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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência. Nota Técnica n o 054/2011SEM/ANEEL Em 16 de maio de 2011. Processo: 48500.000964/2011-12 Assunto: Análise das contribuições à Audiência Pública AP 024/2011, referente ao processo de regulamentação das condições para registro de CCEAR. I. DO OBJETIVO Apresentar a análise dos resultados da Audiência Pública AP 024/2011, destinada ao aperfeiçoamento de ato regulamentar da ANEEL que trata das disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado CCEARs. II. DOS FATOS 2. Em 26 de abril de 2011, a Diretoria da ANEEL deliberou pela abertura de Audiência Pública, na modalidade de intercâmbio documental, no período de 28 de abril a 5 de maio de 2011, para que fossem colhidos subsídios para o aperfeiçoamento do ato regulamentar que tinha, como propósito inicial, estabelecer critérios objetivos para manutenção de registro de CCEARs por disponibilidade, bem como disciplinar o tratamento associado às implicações comerciais decorrentes de eventual cancelamento do registro desses contratos. 3. Em linhas gerais, a minuta de ato normativo disponibilizada na AP 024/2011 apresentava os seguintes pontos: i. consagrar a atribuição da CCEE de efetuar o registro de CCEARs, nos termos do inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização; ii. estabelecer a necessidade de cancelamento do registro de CCEAR celebrado por agente vendedor que atendesse, de forma cumulativa, os requisitos de (a) estar com o cronograma de implantação da usina atrasado, (b) não ter promovido a devida recomposição de lastro, e (c) ter descumprido, no âmbito da CCEE, as obrigações de aporte de garantias financeiras pelo período de dois meses consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo; iii. definir a contabilização do mês de abril de 2011 para início da aplicação da norma;

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL

Em 16 de maio de 2011.

Processo: 48500.000964/2011-12 Assunto: Análise das contribuições à Audiência

Pública AP 024/2011, referente ao processo de regulamentação das condições para registro de CCEAR.

I. DO OBJETIVO

Apresentar a análise dos resultados da Audiência Pública AP 024/2011, destinada ao aperfeiçoamento de ato regulamentar da ANEEL que trata das disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs.

II. DOS FATOS

2. Em 26 de abril de 2011, a Diretoria da ANEEL deliberou pela abertura de Audiência Pública, na modalidade de intercâmbio documental, no período de 28 de abril a 5 de maio de 2011, para que fossem colhidos subsídios para o aperfeiçoamento do ato regulamentar que tinha, como propósito inicial, estabelecer critérios objetivos para manutenção de registro de CCEARs por disponibilidade, bem como disciplinar o tratamento associado às implicações comerciais decorrentes de eventual cancelamento do registro desses contratos.

3. Em linhas gerais, a minuta de ato normativo disponibilizada na AP 024/2011 apresentava os seguintes pontos:

i. consagrar a atribuição da CCEE de efetuar o registro de CCEARs, nos termos do inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização;

ii. estabelecer a necessidade de cancelamento do registro de CCEAR celebrado por agente vendedor que atendesse, de forma cumulativa, os requisitos de (a) estar com o cronograma de implantação da usina atrasado, (b) não ter promovido a devida recomposição de lastro, e (c) ter descumprido, no âmbito da CCEE, as obrigações de aporte de garantias financeiras pelo período de dois meses consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo;

iii. definir a contabilização do mês de abril de 2011 para início da aplicação da norma;

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(Fl. 2 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

iv. atribuir, a partir do cancelamento do registro do CCEAR, a exposição financeira do mercado de curto prazo às distribuidoras signatárias;

v. vincular o reconhecimento de exposição involuntária ao acionamento, por parte da distribuidora, da cláusula de rescisão contratual;

vi. estabelecer que a exposição financeira ao mercado de curto prazo assumida pela distribuidora deveria ser tratado como crédito da distribuidora junto ao agente vendedor;

vii. definir prazo para a distribuidora acionar diretamente a cláusula de rescisão contratual;

viii. promover alteração em dispositivos da Convenção de Comercialização que tratam das competências do Conselho de Administração e da Superintendência da CCEE atinentes a registro de contratos; e

ix. incluir requisito de natureza comercial para liberação de entrada em operação comercial de novos empreendimentos de geração, por meio de alteração da Resolução ANEEL nº 433, de 26 de agosto de 2003.

4. Em cumprimento ao disposto no § 3º do art. 4º da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, a ANEEL instaurou a AP 024/2011. Foram encaminhadas 104 contribuições de 18 instituições. A síntese da análise da quantidade de contribuições recebidas e do aproveitamento para o aperfeiçoamento da minuta de resolução é apresentada na Tabela 1. O sumário de contribuições, assim como algumas questões conceituais de grande relevância nelas abordadas, estão apresentados ao longo desta Nota Técnica.

Tabela 1: Síntese da análise de contribuições da Audiência Pública AP 024/2011

# Empresa Aceita Parcialmente

Aceita Não

Aceita Não

Considerada Já

Prevista Total de

Contribuições

1 ABIAPE 3 6 1 1 11

2 ABRACE 1 1

3 ABRACEEL 2 5 1 1 9

4 ABRADEE 2 2 1 3 8

5 ABRAGE 2 2 1 5

6 ABRAGEF 1 2 3

7 AES SUL 1 1

8 ANACE 1 1 2

9 APINE 3 6 1 1 11

10 CCEE 4 3 2 9

11 COPEL 1 1

12 ELEKTRO 3 2 1 6

13 GRUPO AES1 1 1 2

14 GRUPO CPFL ENERGIA 4 1 5

15 GRUPO EDP 3 2 2 7

16 MULTINER 1 3 5 1 10

17 NEOENERGIA 2 2 4

18 PETROBRAS 3 2 4 9

TOTAL 20 44 21 16 3 104

1 Formado pelas empresas AES Eletropaulo, AES Tietê, AES Info e AES Minas PCH.

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(Fl. 3 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

III. DA ANÁLISE

5. Depreende-se, do volume de contribuições recebidas em uma audiência pública de 8 dias de duração, que a proposta de criação de requisitos objetivos para estabelecer as condições a serem atendidas por agentes vendedores de CCEARs para que o registro desses contratos possa ser mantido pela CCEE produziu, efetivamente, uma ampla discussão entre os agentes do setor.

6. A definição desses requisitos objetivos se mostra adequada, ou mesmo necessária, na medida em que houve um significativo aumento da inadimplência nos processos de liquidação financeira do mercado de curto prazo, aumento esse que decorre, em grande parte, de agentes vendedores com as seguintes características:

a) signatários de CCEARs por disponibilidade;

b) responsáveis por usinas termelétricas cujo cronograma de implantação estabelecido no ato de outorga não foi cumprido;

c) inadimplentes com a obrigação contratual de recomposição de lastro;

d) inadimplentes com a obrigação de aporte de garantias financeiras, nos valores apurados pela CCEE, para fins de liquidação financeira do mercado de curto prazo; e

e) inadimplentes com a obrigação de pagamento integral dos débitos atribuídos no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo.

7. Com o intuito de implementar mecanismos para redução dos valores inadimplidos de agentes vendedores com as características acima descritas, foi elaborada a minuta de ato normativo submetida à apreciação pública por meio da AP 024/2011.

8. Algumas contribuições, embora meritórias pelo fato de que seu conteúdo está direcionado à criação de um ambiente regulatório que viesse a minimizar os efeitos da inadimplência de agentes vendedores de CCEARs, não puderam ser consideradas em virtude da extrapolação do escopo da norma apreciada. Dentre essas contribuições, cabe destacar (i) a aplicação de medidas de avaliação da capacidade dos empreendedores, principalmente no que tange a seus patrimônios e experiência no setor elétrico, (ii) a exigência de garantias de performance por parte do agente vendedor, (iii) a inclusão, nos editais de leilão, de disposição no ato de outorga que vincule os efeitos da outorga à situação de adimplência do agente de geração no âmbito do CCEAR e do mercado, (iv) o aprimoramento do mecanismo de garantias financeiras do mercado de curto prazo, e (v) o estabelecimento de critérios para revogação do ato de outorga de agentes de geração que descumprem o cronograma de implantação de usina comprometida com CCEAR.

9. Com relação às contribuições destinadas ao aprimoramento dos dispositivos da norma, os principais pontos abordados na audiência pública estão discutidos nas seções que se seguem. Importa ressaltar que, em diversas contribuições apresentadas no Anexo I desta Nota Técnica, a justificativa para o aproveitamento dessas contribuições contém importantes elementos de análise.

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III. 1. Das principais propostas apresentadas na AP 024/2011

10. De uma maneira consolidada, as principais propostas de alteração da norma podem ser assim descritas:

a) ampliação da abrangência da norma para contemplar (i) os CCEARs por quantidade e (ii) as usinas descasadas;

b) estabelecimento de prazo para a CCEE informar as partes signatárias do cancelamento do registro do CCEAR;

c) reconhecimento de exposição involuntária a partir do primeiro mês de cancelamento do registro do CCEAR;

d) aferição do empenho da distribuidora em promover a substituição dos contratos condicionada à efetiva rescisão contratual;

e) interrupção dos créditos obtidos pela distribuidora junto ao agente vendedor quando da efetiva rescisão contratual;

f) inclusão da hipótese de retomada do registro do CCEAR em caso de quitação dos débitos perante às distribuidoras e à CCEE; e

g) vinculação da entrada em operação comercial da usina à condição de adimplência do agente de geração com todas as obrigações no âmbito da CCEE.

11. Entende-se que a ampliação da abrangência da norma para contemplar as usinas descasadas é adequada. Embora o faturamento de um CCEAR atrelado a usina descasada seja diferente daquele envolvendo uma usina atrasada, o tratamento é semelhante em termos de exposição do agente vendedor ao mercado de curto prazo.

12. Assim, a redação dos dispositivos que estabelecerão os requisitos para fins de cancelamento do registro do CCEAR será alterada para:

“I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial na data de início de suprimento do CCEAR, independentemente do cumprimento do cronograma de implantação da usina estabelecido no ato de outorga;

II – que não tenha apresentado e registrado na CCEE contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição total de lastro, de acordo com a legislação aplicável; e

III – que tenha descumprido, no âmbito da CCEE, as obrigações de aporte integral de garantias financeiras por dois períodos consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

13. Com base no princípio da isonomia, verifica-se pertinente contemplar, na norma, os CCEARs por quantidade, apesar de que, no caso de contratos por quantidade envolvendo usinas hidrelétricas de concessão onerosa, o cancelamento de seu registro terá implicações adicionais, como o Mecanismo de Realocação de Energia – MRE e a reversão de ativos vinculados ao contrato de uso de bem público. Assim, em um eventual cancelamento desse tipo de contrato, haverá a necessidade de uma avaliação mais ampla.

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(Fl. 5 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

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14. Quanto ao estabelecimento de prazo para a CCEE informar as partes signatárias do cancelamento do registro do CCEAR, é relevante observar que, a partir desse cancelamento, a distribuidora terá que tomar a decisão de acionar ou não a cláusula de rescisão contratual, sendo que essa decisão traz impactos ao agente vendedor. Portanto, é importante a ciência das partes, ainda mais porque o cancelamento do registro será promovido pela Superintendência da CCEE com base em critérios objetivos estabelecidos em ato normativo específico.

15. O reconhecimento de exposição involuntária a partir do primeiro mês de cancelamento do registro do CCEAR é devido, visto que tal cancelamento, provocado pelo agente vendedor, fará com que a distribuidora fique automaticamente exposta ao mercado de curto prazo, mesmo o CCEAR não tendo sido efetivamente rescindido.

16. Por outro lado, a aferição do empenho da distribuidora em promover a substituição dos contratos deve, de fato, ser feita a partir da efetiva rescisão dos CCEARs. Entretanto, com relação à proposta de definição de premissas para aferir esse empenho, importa ressaltar que tal definição será objeto da resolução normativa que estabelecerá os critérios para cálculo dos montantes de exposição e sobrecontratação involuntárias, nos termos dos artigos 2º, 3º, 38 e 42 do Decreto nº 5.163/2004. Esse ato normativo encontra-se em elaboração, após a realização da Audiência Pública 011/2011.

17. Em relação às contribuições relativas à (i) inclusão da hipótese de retomada do registro do CCEAR em caso de quitação dos débitos perante às distribuidoras e à CCEE, e (ii) constituição dos créditos junto ao agente vendedor somente nas situações onde a distribuidora faz a opção por manter a relação contratual com o agente vendedor inadimplente, esta Superintendência manifesta-se favoravelmente.

18. No que se refere à discussão sobre a forma de caracterizar a inadimplência do agente vendedor no mercado de curto prazo, é importante enfatizar que, dentre os requisitos que caracterizam essa condição de inadimplência, encontra-se a obrigação de aporte de garantias financeiras.

19. No cálculo das garantias financeiras, são considerados os valores referentes às penalidades apuradas e cobradas no âmbito da CCEE. Assim, se um agente descumprir a obrigação de pagar os valores associados a uma penalidade aplicada pela CCEE, estará descumprimento, automaticamente, a obrigação de aporte integral de garantias financeiras.

20. De modo a evitar a interpretação de que o alcance dessa inadimplência está restrito às operações de compra e venda realizadas no mercado de curto prazo, é mais adequado utilizar a expressão “inadimplência no âmbito da CCEE”.

III. 2. Das alterações dos arts. 28 e 32 da Convenção de Comercialização

21. Conforme abordado na Nota Técnica nº 043/2011-SEM/ANEEL, há diversas disposições afetas a registro de contratos na CCEE que disciplinam, dentre outros pontos, a validação dos montantes contratados pelas partes e os prazos de registro. No caso específico de CCEARs, o processo de registro não envolve uma ação direta das partes contratantes, visto que é a Superintendência da CCEE, no uso da atribuição conferida pelo inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização, quem promove o registro desses contratos regulados, sendo esse registro promovido por todo o período de suprimento.

22. Com o propósito de vincular a manutenção do registro de CCEAR à condição de adimplência do agente vendedor no âmbito da Câmara, foi sugerida, na minuta de ato normativo disponibilizada na AP

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024/2011, a alteração da redação do inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização, visto ser extremamente razoável o seguinte entendimento: a Superintendência da CCEE, por ter a competência para promover o registro de CCEARs, deve ter também a competência para realizar o cancelamento do registro desses contratos a partir de critérios objetivos, definidos em ato normativo, para exercer tal tarefa.

23. Além da proposta de alteração do dispositivo acima mencionado, incluiu-se uma alteração no inciso XIII do art. 28 da Convenção de Comercialização, de modo a ampliar a abrangência das deliberações do Conselho de Administração da CCEE acerca de registro de contratos envolvendo agentes inadimplentes.

24. A Tabela 2 apresenta a comparação entre a redação atual e a redação proposta desses dois dispositivos citados.

Tabela 2 – Comparação de dispositivos da Convenção de Comercialização

Dispositivo Redação atual (REN 109/2004) Redação proposta (AP 024/2011)

Inciso XIII do art. 28

“deliberar sobre o impedimento de registro de novos contratos no SCL, no caso de inadimplência do agente ou descumprimento de outras obrigações no âmbito da CCEE, sem prejuízo do desligamento do agente”

“deliberar sobre o impedimento de registro de novos contratos no SCL, e/ou a manutenção do registro de contratos existentes, no caso de inadimplência do agente ou descumprimento de outras obrigações no âmbito da CCEE, sem prejuízo do desligamento do agente”

Inciso II do art. 32

“registrar os contratos de compra e venda de energia elétrica”

“promover e/ou cancelar o registro de contratos de compra e venda de energia elétrica”

25. No âmbito da AP 024/2011, foram recebidas contribuições de 4 associações do setor e da própria CCEE referentes à proposta de alteração de dispositivos da Convenção de Comercialização.

26. ABIAPE e APINE sugeriram a manutenção da redação original do inciso XIII do art. 28, sob a alegação de que não é necessária deliberação do Conselho de Administração da CCEE dado que as condições e a autorização para cancelamento do registro do CCEAR já estarão definidas em norma. Assim, a operacionalização do cancelamento ficaria apenas a cargo do Superintendente da CCEE, observado o estabelecido na regulamentação aplicável.

27. A ABRAGE apresentou uma contribuição no sentido de consagrar o entendimento de que os dispositivos que versam sobre (i) a deliberação do Conselho de Administração da CCEE acerca da manutenção do registro de contratos existentes, e (ii) a atribuição da Superintendência da CCEE de promover o cancelamento de registro de contratos de compra e venda, seriam aplicados somente nos casos de agentes vendedores de CCEARs inadimplentes no âmbito da Câmara.

28. A ABRACEEL argumentou que o cancelamento do registro do CCEAR, por ter previsão normativa própria, tornaria desnecessária a alteração dos arts. 28 e 32 da Convenção de Comercialização.

29. Por fim, a CCEE apresentou proposta de nova redação para o inciso XIII do art. 28, de modo a (i) estabelecer que a deliberação do Conselho de Administração da CCEE sobre o impedimento de registro de novos contratos se aplicaria apenas a contratos de venda, já que contratos de compra contribuem para a redução da inadimplência do agente, e (ii) promover a substituição do termo “manutenção” por “cancelamento” do registro de contratos existentes.

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(Fl. 7 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

30. Diante da relevância do tema e das contribuições recebidas, torna-se necessário apresentar os argumentos que se seguem.

31. Os artigos 28 e 32 da Convenção de Comercialização tratam, respectivamente, das atribuições do Conselho de Administração e da Superintendência da CCEE, sendo que, no rol de atribuições dessas duas instâncias da CCEE, há disposições aplicáveis a registro de contratos.

32. Consta, de forma explícita no inciso XIII do art. 28, a prerrogativa de o Conselho de Administração da CCEE “deliberar sobre o impedimento de registro de novos contratos no SCL, no caso de inadimplência do agente ou descumprimento de outras obrigações no âmbito da CCEE”. Na prática, esse tipo de deliberação ocorre quando um agente vendedor se torna inadimplente na liquidação financeira do mercado de curto prazo, sendo que, do ponto de vista operacional, tal deliberação torna inativas as ferramentas computacionais empregadas no processo de registro de contratos de venda.

33. Não há, na norma, diferenciação de tratamento em relação à natureza do agente vendedor ou ao tipo de contratos de venda já registrados. Dito de outra maneira, todo agente vendedor inadimplente no na CCEE pode ficar impedido de registrar novos contratos de venda. Entretanto, a decisão do Conselho de Administração da CCEE não afeta os contratos registrados até o momento da deliberação do Conselho.

34. A proposta de redação para esse dispositivo submetida à AP 024/2011 amplia a abrangência das deliberações do Conselho de Administração da CCEE acerca de registro de contratos envolvendo agentes inadimplentes, ao estabelecer a possibilidade de se promover, efetivamente, o cancelamento do registro de contratos existentes. E, diante da ausência de balizadores, tal disposição se aplicaria a qualquer agente vendedor e a qualquer tipo de contrato, razão pela qual ABRACEEL e ABRAGE se manifestaram desfavoravelmente à proposta formulada.

35. Além disso, é razoável inferir que ABIAPE e APINE também são contrários à ampliação da abrangência das deliberações do Conselho de Administração da CCEE, visto que apresentaram ponderações no sentido de que não seria necessária deliberação do Conselho dadas as condições objetivas para cancelamento do registro do CCEAR. Ou seja, essas associações demonstram, implicitamente, que o cancelamento de registro de contratos ficaria restrito a CCEARs celebrados por agentes vendedores enquadrados em requisitos definidos em ato normativo específico.

36. Com relação à competência do Superintendente da CCEE, prevista no inciso II do art. 32, a manifestação das associações do setor é semelhante. Entende-se que o cancelamento de registro a ser promovido pela Superintendência da CCEE será aplicado somente aos CCEARs celebrados por agentes vendedores enquadrados em requisitos definidos em ato normativo específico.

37. Por todo o exposto, é pertinente, e até mesmo necessária, uma reflexão maior acerca da abrangência das decisões do Conselho de Administração da CCEE e das ações da Superintendência da CCEE referentes a manutenção/cancelamento de registro de contratos.

38. O que a ANEEL está propondo, nesse momento, é a criação de requisitos objetivos para estabelecer as condições a serem atendidas por agentes vendedores de CCEARs para que o registro desses contratos possa ser mantido pela Superintendência da CCEE. E na verificação de não atendimento dessas condições, está-se promovendo o regramento das implicações comerciais decorrentes do cancelamento do registro desses contratos regulados.

39. Portanto, é entendimento desta Superintendência de que o mais adequado é manter a atual redação do inciso XIII do art. 28 e do inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização.

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40. É oportuno lembrar que, na discussão da norma que promoverá a regulamentação do processo de desligamento de agente pelo Conselho de Administração da CCEE (norma em fase de elaboração para posterior submissão à apreciação pública), haverá espaço para avaliar melhor a questão de cancelamento de registro de quaisquer contratos bilaterais, exceção dos CCEARs.

IV. DO FUNDAMENTO LEGAL

41. As argumentações expressas nesta Nota Técnica são fundamentadas nos seguintes instrumentos legais e regulatórios:

Leis nos 9.427, de 26 de dezembro de 1996; e 10.848, de 15 de março de 2004;

Decretos nos 5.163, de 30 de julho de 2004; e 5.177, de 12 de agosto de 2004;

Resolução ANEEL no 433, de 26 de agosto de 2003; e

Resolução Normativa no 109, de 26 de outubro de 2004.

V. DA CONCLUSÃO

42. Diante do exposto, conclui-se que a minuta de resolução normativa que estabelece disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs, submetida à Audiência Pública AP 024/2011, no período de 28 de abril a 05 de maio de 2011, foi aperfeiçoada em consonância com as contribuições encaminhadas pelos agentes e correções de texto, bem como pela análise técnica efetuada pela SEM, apresentada neste documento.

VI. DA RECOMENDAÇÃO

43. Com respaldo nas competências desta Agência, recomenda-se que a minuta de resolução normativa que estabelece disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs, seja aprovada pela Diretoria da ANEEL, nos termos do Anexo II desta Nota Técnica.

LUÍS HENRIQUE BASSI ALMEIDA Especialista em Regulação

De acordo:

FREDERICO RODRIGUES Superintendente de Estudos do Mercado

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Anexo I da Nota Técnica nº 054/2011-SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011

Relatório de Análise de Contribuições referente à Audiência Pública AP 024/2011

- Aceita - Não aceita

- Parcialmente aceita - Não considerada

- Já prevista

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Ementa, preâmbulo e considerandos

Redação original: Estabelece disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs por disponibilidade celebrados por agentes vendedores inadimplentes no mercado de curto prazo, e dá outras providências.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto nos incisos XIV e XVII do artigo 3o da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, nos artigos 1o e 56 do Decreto no 5.163, de 30 de julho de 2004, nos artigos 1o e 2o do Decreto no 5.177, de 12 de agosto de 2004, o que consta do Processo no 48500.000964/2011-12, e considerando:

a atuação de agentes vendedores no Ambiente de Contratação Regulada – ACR deve observar, entre outros pontos, as condições e limites estabelecidos na Convenção de Comercialização de Energia Elétrica; e

a Audiência Pública no AP 024/2011, realizada no período de 28 de abril a 05 de maio de 2011, mediante intercâmbio documental, permitiu a coleta de subsídios e informações para o aperfeiçoamento deste ato regulamentar, resolve:

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(Fl. 10 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

ABIAPE, APINE

e MULTINER

Em

enta

1. Alterar a redação da ementa para:

“Estabelece disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs por disponibilidade celebrados por agentes vendedores inadimplentes no mercado de curto prazo, e dá outras providências.”

A condição de agente vendedor inadimplente no mercado de curto prazo é uma circunstância sobre a qual versa o regulamento proposto, e não uma condição inerente ao agente objeto da regulação.

Parcialmente aceita

Entende-se adequada a inversão da lógica de registro, ou seja, em vez de cancelar o registro do contrato, a CCEE condicionaria o registro à comprovação, pelo agente vendedor, de sua adimplência junto à Câmara.

Além disso, é apropriada a ampliação da abrangência da norma para contemplar os CCEARs por quantidade, apesar de que, no caso de contratos por quantidade envolvendo usinas hidrelétricas de concessão onerosa, o cancelamento de seu registro tem implicações adicionais, como o Mecanismo de Realocação de Energia – MRE e a reversão de ativos vinculados ao contrato de uso de bem público.

Assim, a redação da ementa será alterada para:

“Estabelece disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs, e dá outras providências.”

ABRACEEL

Em

enta

2. Alterar a redação da ementa para:

“Estabelece disposições relativas a registro de do Contrato de Ressarcimento associado a Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs por disponibilidade celebrados por agentes vendedores inadimplentes no mercado de curto prazo, e dá outras providências.”

Não aceita O chamado “contrato de ressarcimento” é uma simples decorrência da operacionalização do registro de um CCEAR por disponibilidade.

O cancelamento do registro de CCEAR por disponibilidade eliminará a necessidade de adoção desse mecanismo meramente operacional de atribuir, ao agente vendedor, um contrato de ressarcimento.

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(Fl. 11 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

CCEE

Em

enta

3. Alterar a redação da ementa para:

“Estabelece disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs por disponibilidade celebrados por agentes vendedores inadimplentes no mercado de curto prazo, e dá outras providências.”

A proposta formulada objetiva estender as condições estabelecidas nessa norma à inadimplência no mercado de curto prazo ocasionada por agentes vendedores de CCEAR na modalidade de quantidade.

Além da oportunidade de conceder maior amplitude à norma, tal alteração também será uma questão de isonomia.

Aceita Por uma questão de isonomia, é pertinente abarcar os contratos por quantidade na norma aqui discutida, embora se vislumbre a possibilidade de arbitragem por parte dos proprietários de usinas hidrelétricas entre os ambientes de contratação regulada e livre.

Não se descarta, contudo, a necessidade de promover uma análise mais ampla acerca das implicações comerciais decorrentes do cancelamento de registro de CCEAR por quantidade, especialmente de contratos que envolvem usinas hidrelétricas de concessão onerosa.

Questões como o MRE e a reversão de ativos vinculados ao contrato de uso de bem público devem fazer parte dessa avaliação.

Art. 1º da Resolução Normativa

Redação original: Estabelecer as disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs, modalidade de disponibilidade, celebrados por agentes vendedores em situação de inadimplência no mercado de curto prazo.

Parágrafo único. Para fins desta Resolução, caracteriza-se como inadimplente no mercado de curto prazo o agente vendedor de CCEAR por disponibilidade que atende, cumulativamente, aos seguintes requisitos:

I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial na data prevista;

II – que não tenha apresentado contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição de lastro; e

III – que tenha descumprido, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, as obrigações de aporte de garantias financeiras pelo período de dois meses consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo.

ABIAPE, APINE

e MULTINER

Caput

4. Alterar a redação do caput para

“Estabelecer as disposições relativas a manutenção do registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs, modalidade de disponibilidade, celebrados por agentes vendedores em situação de inadimplência no mercado de curto prazo.”

Busca-se clareza no texto.

Parcialmente aceita

A redação do caput do art. 1º deve guardar relação direta com a ementa do ato normativo. Assim, em virtude da revisão do escopo da norma, conforme apresentado na contribuição 1, a redação do caput do art. 1º será alterada para:

“Estabelecer as disposições relativas ao registro de

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(Fl. 12 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs a ser promovido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.”

ABIAPE e

APINE

Par. único

5. Alterar a redação do parágrafo único para:

“Para fins desta Resolução, caracteriza-se como inadimplente no mercado de curto prazo em um determinado mês de liquidação o agente vendedor de CCEAR por disponibilidade que atende, cumulativamente, aos seguintes requisitos: I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial na data prevista; II – que não tenha apresentado e registrado na CCEE contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição total de lastro; e ...”

Deve-se ampliar a abrangência da norma para contemplar as usinas descasadas, ou seja, aquelas cuja outorga estabelece a entrada em operação comercial da usina em data posterior ao início do período de suprimento do CCEAR.

Parcialmente aceita

Dado que haverá um dispositivo normativo que disciplinará o registro de CCEAR pela CCEE, de modo que a manutenção desse registro fique condicionada à situação de adimplência do agente vendedor no âmbito da Câmara, não se verifica necessário utilizar a expressão “em um determinado mês de liquidação”.

A condição de adimplência será apurada mensalmente em virtude da periodicidade mensal do processo de contabilização.

Quanto às alterações nos requisitos, vide resposta à contribuição 6.

ABRACEEL e

Grupo EDP

Incisos I a III do

par. único

6. Alterar a redação dos incisos I a III do parágrafo único para:

“I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial na data prevista autorizada pela ANEEL para entrar em operação comercial na data de início de suprimento do CCEAR; II – que não tenha apresentado e registrado na CCEE contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição total de lastro, de acordo com a legislação aplicável; e III – que tenha descumprido, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, as obrigações de aporte de garantias financeiras pelo período de dois meses por dois períodos consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

Afora ajustes de redação, a proposta apresentada tem o propósito de ampliar a abrangência da norma de modo a contemplar as usinas descasadas.

Parcialmente aceita

Embora o faturamento de um CCEAR atrelado a usina descasada seja diferente daquele envolvendo uma usina atrasada, o tratamento é semelhante em termos de exposição do agente vendedor ao mercado de curto prazo. Por esse motivo, é adequada a ampliação da abrangência da norma.

Em relação à menção do registro do contrato de recomposição de lastro na CCEE, esta Superintendência corrobora o entendimento de que a apresentação desse contrato, sem o devido registro, não produz os efeitos desejados.

Por fim, quanto à utilização do termo “por dois períodos”, verifica-se sua pertinência.

Assim, a redação dos dispositivos que estabelecerão os

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

requisitos para fins de cancelamento do registro do CCEAR será:

“I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial na data de início de suprimento do CCEAR, independentemente do cumprimento do cronograma de implantação da usina estabelecido no ato de outorga;

II – que não tenha apresentado e registrado na CCEE contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição total de lastro, de acordo com a legislação aplicável; e

III – que tenha descumprido, no âmbito da CCEE, as obrigações de aporte integral de garantias financeiras por dois períodos consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

ABRADEE

Incisos I a III do

par. único

7. Alterar a redação dos incisos I a III do parágrafo único para:

“I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial total e parcial na data prevista para início de suprimento do CCEAR; II – que não tenha apresentado contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição total de lastro, conforme previsto no CCEAR; e III – que tenha descumprido, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, as obrigações de aporte de garantias financeiras pelo período de dois meses por dois períodos consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

A proposta apresentada tem o objetivo de ampliar a abrangência da norma de modo a contemplar as usinas descasadas.

Além disso, a alteração do termo “meses” para “períodos” evitará a necessidade de futuro ajuste caso a periodicidade do processo de contabilização seja alterada para

Parcialmente aceita

Vide resposta à contribuição 6.

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(Fl. 14 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

semanal.

ABRAGE Inciso I do par. único

8. Alterar a redação do inciso I do parágrafo único para:

“I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial na data prevista, ou possua início previsto para entrada em operação comercial em data posterior a de início de suprimento do CCEAR;”

A proposta apresentada busca ampliar a abrangência da norma de modo a contemplar as usinas descasadas.

Parcialmente aceita

Vide resposta à contribuição 6.

ANACE Todo o artigo

9. Alterar a redação do art. 1º para:

“Estabelecer as disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs, modalidade de disponibilidade, celebrados por agentes vendedores em situação de inadimplência no mercado de curto prazo âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Parágrafo único. Para fins desta Resolução, caracteriza-se como inadimplente no âmbito da CCEE, inclusive com relação à contabilização e liquidação promovidas no mercado de curto prazo, o agente vendedor de CCEAR por disponibilidade que atende, alternada ou cumulativamente, aos seguintes requisitos: ...”

Parcialmente aceita

A redação do caput do art. 1º deve guardar relação direta com a ementa do ato normativo. Assim, em virtude da revisão do escopo da norma, conforme apresentado na contribuição 1, a redação do caput do art. 1º será alterada para:

“Estabelecer as disposições relativas ao registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs a ser promovido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.”

Com relação à utilização do termo “alternada”, importa destacar que tal termo faria com que, por exemplo, um agente vendedor, sem a usina em operação comercial quando do início do período de suprimento do CCEAR, teria o registro de seu contrato cancelado mesmo que apresentasse um contrato de recomposição de lastro. Definitivamente, esse não é o propósito da norma.

CCEE Caput

10. Alterar a redação do caput para:

“Estabelecer as disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs, modalidade de disponibilidade, celebrados por agentes vendedores em situação de inadimplência no mercado de curto prazo.”

A proposta apresentada tem o intuito de ampliar a abrangência da norma de modo a

Parcialmente aceita

Vide resposta às contribuições 3 e 4.

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(Fl. 15 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

contemplar os CCEARs por quantidade.

CCEE Par.

único

11. Alterar a redação do parágrafo único para:

“Para fins desta Resolução, caracteriza-se como inadimplente no mercado de curto prazo o agente vendedor de CCEAR por disponibilidade que atende, cumulativamente, aos seguintes requisitos: I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial na data prevista; II – que não tenha apresentado contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição de lastro; e III – que tenha descumprido, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, as obrigações de aporte integral de garantias financeiras pelo período de dois meses consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo; e II – que não esteja observando os prazos constantes de seus cronogramas para entrada em operação comercial da usina, conforme informado pela ANEEL à CCEE.”

A redação sugerida visa:

ampliar o conceito de inadimplência para qualquer descumprimento no âmbito da CCEE;

tornar mais rígida a norma ao exigir o atendimento integral das obrigações de aporte de garantias financeiras e/ou de pagamento dos débitos na liquidação financeira; e

estender a aplicação da norma às usinas descasadas.

Parcialmente aceita

Embora a expressão “inadimplente no mercado de curto prazo” possa levar ao entendimento de que o alcance dessa inadimplência está restrito às operações de compra e venda realizadas no mercado de curto prazo, é importante enfatizar que, dentre os requisitos que caracterizam essa condição de inadimplência, encontra-se a obrigação de aporte de garantias financeiras.

No cálculo das garantias financeiras, são considerados os valores referentes às penalidades apuradas e cobradas no âmbito da CCEE. Assim, se um agente descumprir a obrigação de pagar os valores associados a uma penalidade aplicada pela CCEE, estará descumprimento, automaticamente, a obrigação de aporte integral de garantias financeiras.

Portanto, é mais adequado utilizar a expressão “inadimplente no âmbito da CCEE”.

A questão da ampliação da abrangência da norma para as usinas descasadas está abordada na resposta à contribuição 6.

Por fim, tendo em vista a revisão da ementa do ato normativo, o enquadramento de agente vendedor inadimplente não será mais definido no art. 1º.

Grupo AES Inciso I do par. único

12. Alterar a redação do inciso I do parágrafo único para:

“I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial na data prevista para início de suprimento do CCEAR ou apresente geração inferior ao despacho por ordem de mérito.”

Deve-se adequar a abrangência da norma ao disposto na cláusula 6.2.1 dos CCEARs por disponibilidade, ou seja, contemplar todos os casos em que a

Parcialmente aceita

Os agentes vendedores com usinas descasadas serão abarcados na norma aqui discutida.

No caso de usinas já em operação comercial, a exposição financeira ao mercado de curto prazo será, de fato, atribuída ao agente vendedor toda vez que a geração da usina for inferior ao despacho por ordem de mérito.

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(Fl. 16 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

exposição financeira ao mercado de curto prazo é atribuída ao agente vendedor. Entretanto, cabe destacar que o impacto dessa exposição no processo de contabilização/liquidação foi minimizado por conta de uma alteração promovida nas regras de comercialização.

A parcela do despacho não atendida pelo agente vendedor faz com que a contraparte da distribuidora (CVU) seja lançada no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo, reduzindo o débito do agente vendedor.

Grupo CPFL

Incisos I a III do

par. único

13. Alterar a redação dos incisos I a III do parágrafo único para:

“I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja prevista para entrar em operação comercial com o número de unidades geradoras capazes de suprir o contrato de CCEAR, na data prevista de início de suprimento;

II – que não tenha apresentado e registrado na CCEE contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição total de lastro, de acordo com a legislação aplicável e com o CCEAR; e

III – que tenha descumprido, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, as obrigações de aporte de garantias financeiras pelo período de dois meses por dois períodos consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

Constata-se a pertinência de ampliar a abrangência da norma de modo a contemplar as usinas descasadas.

Além disso, a alteração do termo “meses” para “períodos” evitará a necessidade de futuro ajuste caso a periodicidade do processo de contabilização seja alterada para semanal.

Parcialmente aceita

Vide resposta à contribuição 6.

MULTINER

Incisos IV e V do par. único

14. Incluir os incisos IV e V do parágrafo único com a seguinte redação:

“IV – não tenha obtido medida cautelar ou tutela antecipada em processo judicial, que tenha por consequência a suspensão da obrigação de efetuar o pagamento dos débitos apurados no processo de contabilização da CCEE; e

V – não esteja aguardando manifestação da ANEEL a cerca de pedido já

Não aceita As decisões judiciais ou administrativas, por óbvio, devem ser cumpridas, não necessitando de previsão explícita em regulamento.

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

protocolado de excludente de responsabilidade que suspenda as obrigações do CCEAR.”

Uma eventual decisão judicial cautelar precisa ser respeitada, não podendo o agente coberto por tal decisão ser caracterizado como inadimplente no mercado de curto prazo.

Ademais, também não pode ser apenado o agente vendedor que esteja aguardando a decisão da ANEEL a respeito de pedido de excludente de responsabilidade por caso fortuito ou força maior já protocolado na Agência.

Neoenergia

Incisos I a III do

par. único

15. Alterar a redação dos incisos I a III do parágrafo único para:

“I – cuja usina que confere respaldo físico aos contratos não esteja em operação comercial, com lastro suficiente para honrar os referidos contratos, na data prevista para início de suprimento dos CCEARs; II – que não tenha apresentado e registrado contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição total de lastro, de acordo com a legislação aplicável; e III – que tenha descumprido, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, as obrigações de aporte de garantias financeiras pelo período de dois meses por dois períodos consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

Afora ajustes de redação, a proposta apresentada tem o propósito de adequar a norma às disposições contratuais, especialmente aquelas que tratam das exposições financeiras ao mercado de curto prazo.

Parcialmente aceita

Vide resposta à contribuição 6.

Petrobras

Incisos I a III

do par. único

16. Alterar a redação dos incisos I a III do parágrafo único para:

“I – cuja usina que confere respaldo físico aos contratos não esteja em operação comercial na data prevista para início de suprimento do CCEAR; II – que não tenha apresentado e registrado na CCEE contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição total de lastro, de acordo com a legislação aplicável; e III – que tenha descumprido, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia

Parcialmente aceita

Vide resposta à contribuição 6.

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(Fl. 18 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Elétrica – CCEE, as obrigações de aporte de garantias financeiras pelo período de dois meses por dois períodos consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

A proposta formulada visa (i) incluir as usinas descasadas no escopo da norma, (ii) ratificar o entendimento de que contratos de recomposição de lastro precisam estar registrados na CCEE, e (iii) melhorar a redação dos dispositivos.

Art. 2º da Resolução Normativa

Redação original: A CCEE deverá efetuar o registro dos CCEARs por disponibilidade conforme previsto no inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização, sendo que a manutenção desse registro estará vinculada ao não enquadramento do agente vendedor nas condições estabelecidas no parágrafo único do art. 1º desta Resolução.

§ 1º O cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata o caput, caso aplicável, deverá ser promovido pela CCEE a partir da contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mês de abril de 2011.

§ 2º Na ocorrência do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade, as distribuidoras signatárias deverão ser informadas pela CCEE.

ABIAPE e APINE

§§ 1º e 2º

17. Alterar a redação dos §§ 1º e 2º para:

“§ 1º O cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata o caput, caso aplicável, deverá ser promovido pela CCEE a partir da contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mês em que se caracterizou a inadimplência a partir de abril de 2011. § 2º Na ocorrência do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade, A partir da ocorrência da inadimplência no mercado de curto prazo, nos termos do art. 1º, as distribuidoras signatárias do CCEAR deverão ser informadas pela CCEE em até dois dias úteis.”

A regra deve ser válida para todas as contabilizações a partir de abril de 2011.

Ademais, verifica-se adequado o prazo de dois dias úteis, a partir da verificação da inadimplência, para que a CCEE informe as distribuidoras e ao gerador signatário do CCEAR sobre o não registro do CCEAR.

Aceita Acolhe-se a proposta de estabelecer prazo para as partes signatárias do CCEAR serem informadas pela CCEE a respeito do cancelamento do registro do contrato.

A adoção do mês de abril para início desse processo de vinculação do registro do CCEAR à condição de adimplência do agente vendedor no âmbito da Câmara tem a concordância desta Superintendência.

Apesar de a contribuição requerer pequenos ajustes de texto, considera-se aceita.

ABRACEEL, Grupo CPFL

Todo o artigo

18. Alterar a redação do artigo 2º para:

“A CCEE deverá efetuar o registro dos CCEARs por disponibilidade conforme

Parcialmente aceita

O chamado “contrato de ressarcimento” é uma simples decorrência da operacionalização do registro de um

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

e Petrobras

previsto no inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização, sendo que a manutenção desse registro estará vinculada o registro automático do Contrato de Ressarcimento estará vinculado ao não enquadramento do agente vendedor nas condições estabelecidas no parágrafo único do art. 1º desta Resolução. § 1º O cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata o caput, caso aplicável, deverá ser promovido A alteração na Regra de Comercialização, para que não haja o registro automático do Contrato de Ressarcimento de que trata o caput, deverá ser promovida pela CCEE a partir da contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mês de abril de 2011. § 2º Na ocorrência do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade, A partir da ocorrência da inadimplência no mercado de curto prazo, nos termos do art. 1º, as distribuidoras signatárias deverão ser informadas pela CCEE em até dois dias úteis.”

É pertinente estabelecer prazo para as distribuidoras serem informadas a respeito do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade.

CCEAR por disponibilidade.

Ao cancelar o registro do CCEAR por disponibilidade, não existirá mais esse contrato de ressarcimento no processo de contabilização.

Ademais, vide resposta à contribuição 17.

ABRADEE, Grupo EDP

e Neoenergia

§ 2º

19. Alterar a redação do § 2º para:

“Na ocorrência do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade, as distribuidoras signatárias deverão ser informadas pela CCEE em até dois dias úteis contados da data de cancelamento.”

É importante atribuir prazo para a CCEE informar as distribuidoras sobre o cancelamento dos CCEARs.

Aceita Acolhe-se a proposta de estabelecer prazo para as partes signatárias do CCEAR serem informadas pela CCEE a respeito do cancelamento do registro do contrato.

Apesar de a contribuição requerer pequenos ajustes de texto, considera-se aceita.

CCEE Todo o artigo

20. Alterar a redação do artigo 2º para:

“A CCEE deverá efetuar o registro dos CCEARs por disponibilidade conforme previsto no inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização, sendo que a manutenção desse registro estará vinculada ao não enquadramento do agente vendedor nas condições estabelecidas no parágrafo único do art. 1º desta Resolução. § 1º O cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata o

Aceita Entende-se adequados (i) a utilização do termo “de ofício”, visto que o cancelamento do registro do CCEAR será uma mera execução de comando estabelecido em ato normativo, (ii) a ampliação da abrangência da norma para contemplar os contratos por quantidade, e (iii) o regramento para eventual retomada do registro do CCEAR.

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(Fl. 20 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

caput, caso aplicável, deverá ser promovido, de ofício pela CCEE, a partir da contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mês de abril de 2011. § 2º Na ocorrência do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade, as distribuidoras signatárias deverão ser informadas pela CCEE.”

Adicionalmente, sugere-se a inclusão dos seguintes dispositivos:

“§ 3º O CCEAR poderá ser registrado pela CCEE somente na hipótese da comprovação, pelo Agente Vendedor, do pagamento integral de seus débitos no âmbito da CCEE e perante as Distribuidoras, desde que tal comprovação ocorra antes da revogação da autorização/concessão pela ANEEL e/ou da resolução dos CCEARs, prevista no artigo 4º.

§ 4º O novo registro, citado no § 3º, não possuirá efeitos retroativos, devendo ser realizado pela CCEE a partir do primeiro dia do mês subseqüente à comprovação do pagamento de todos os débitos por parte do Agente Vendedor.”

A utilização do termo “de ofício” tem o objetivo de deixar explícito que o cancelamento a ser realizado pela CCEE prescindirá de contraditório/ampla defesa, sendo ato vinculado à determinação normativa da ANEEL.

Quanto à inclusão de novos dispositivos, entende-se necessário contemplar a possibilidade de retomada do registro do CCEAR motivada pela quitação de todos os débitos pelo agente vendedor.

Entretanto, a proposta de redação apresentada será objeto de pequenos ajustes, o que não impede que a contribuição seja considerada aceita.

COPEL § 1º

21. Alterar a redação do § 1º para:

“§ 1º O cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata o caput, caso aplicável, deverá ser promovido pela CCEE a partir da contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mês de abril de 2011, retroagindo em todos os meses, até o início da inadimplência, por meio da recontabilização.”

Se há a necessidade de criar mecanismos para a redução dos valores inadimplidos de agentes vendedores de CCEAR por disponibilidade, deve-se considerar que, para que goze de plena eficácia, a medida deve incidir desde a origem do problema.

Não aceita A discussão sobre o tratamento a ser conferido para o período de janeiro de 2010 a março de 2011 será travada em outro processo.

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Ademais, os agentes credores não deveriam ratear essa inadimplência, pois não têm responsabilidade por esses contratos nem possibilidade de ação para a correção desse problema.

O problema originário é uma relação bilateral entre os inadimplentes e as distribuidoras, regidos de acordo com as normas da ANEEL.

ELEKTRO Todo o artigo

22. Alterar a redação do artigo 2º para:

“A CCEE deverá efetuar o registro dos CCEARs por disponibilidade O registro dos CCEARs por disponibilidade conforme previsto no inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização, sendo que a manutenção desse registro estará vinculada ao não enquadramento do agente vendedor nas ficará condicionado à comprovação à ANEEL, pelo agente vendedor, das condições estabelecidas no parágrafo único do art. 1º desta Resolução. § 1º O cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata o caput, caso aplicável, deverá ser promovido pela CCEE mediante manifestação da ANEEL/CCEE atestando a regularidade do Agente Vendedor, a partir da contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mês de abril de 2011. § 2º Na ocorrência do cancelamento do registro do hipótese em que o CCEAR por disponibilidade não seja registrado dentro do prazo previsto para início do período de suprimento, as distribuidoras signatárias deverão ser informadas pela CCEE.”

Entende-se adequada a inversão da lógica de registro: em vez de cancelar o registro do contrato, a CCEE condicionaria o registro à comprovação, pelo agente vendedor, de sua capacidade de honrar esses contratos regulados.

Parcialmente aceita

Entende-se pertinente a inversão da lógica de registro, ou seja, em vez de cancelar o registro do contrato, a CCEE condicionaria o registro à comprovação, pelo agente vendedor, de sua adimplência junto à Câmara.

Todavia, a proposta de redação sugerida será objeto de ajustes.

ELEKTRO § 3º

23. Incluir o § 3º com a seguinte redação:

“§ 3º Adicionalmente às providências descritas no § 2º, as distribuidoras signatárias do CCEAR serão comunicadas, nos prazos previstos para o envio dos relatórios pelos agentes vendedores inclusive recebendo cópia destes, para que seja possível ter conhecimento sobre possíveis problemas relacionados à eficácia dos CCEARs dentro dos prazos inicialmente previstos.”

Parcialmente aceita

Constará, no ato normativo, dispositivo que estabelecerá a obrigação de a CCEE informar as partes signatárias do CCEAR sobre o cancelamento do registro desses contratos.

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Tendo em vista que as distribuidoras são signatárias dos CCEARs e, portanto, sofrem os efeitos decorrentes de atrasos na entrada em operação comercial das usinas, deveriam ser avisadas de todo e qualquer andamento das obras, para estarem preparadas para os possíveis efeitos decorrentes de tais atrasos.

MULTINER Todo o artigo

24. Alterar a redação do artigo 2º para:

“A CCEE deverá efetuar o registro dos CCEARs por disponibilidade conforme previsto no inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização, sendo que a manutenção desse registro estará vinculada ao não enquadramento do agente vendedor nas condições estabelecidas no parágrafo único do art. 1º desta Resolução.

§ 1º O cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata o caput, caso aplicável, deverá ser promovido pela CCEE a partir da contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mês de abril de 2011 publicação desta Resolução.

§ 2º Tomada a decisão pelo cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade, a CCEE deverá notificar o agente vendedor e dar prazo de 5 dias úteis para a sua defesa, antes da efetivação do cancelamento.

§ 23º Na ocorrência do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade, as distribuidoras partes signatárias deverão ser informadas notificadas pela CCEE.”

As novas regras estabelecidas pela ANEEL só podem valer para os fatos geradores subseqüentes, não podendo retroagir.

Além disso, é necessário garantir o direito de contraditório e ampla defesa.

Por fim, entende-se que não só as distribuidoras devem ser informadas pela CCEE, mas as partes signatárias do CCEAR cujo registro foi cancelado.

Parcialmente aceita

É devido o conhecimento, pelo agente vendedor, do cancelamento do registro do CCEAR promovido pela CCEE.

Com relação ao estabelecimento de prazo para manifestação do agente vendedor, é importante ressaltar que o cancelamento do registro do CCEAR nada mais é do que a execução, pela CCEE, de um comando definido em ato normativo.

Quanto à definição do marco temporal para aplicação dessa nova norma, faz-se mister observar que o processamento de uma contabilização ocorre no mês seguinte às operações de compra e venda, e a discussão sobre a manutenção ou cancelamento de registro de CCEAR deve produzir efeitos quando desse processamento.

Art. 3º da Resolução Normativa

Redação original: A partir do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata esta Resolução, a distribuidora assumirá, a cada processo de contabilização, a exposição financeira no mercado de curto prazo.

§ 1º Observado o art. 4º, a exposição financeira de que trata o caput será considerada, para fins tarifários, como:

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

I – involuntária, no exato montante da energia contratada, caso a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual; ou

II – voluntária, caso a distribuidora opte por manter sua relação contratual com o agente vendedor.

§ 2º O reconhecimento de exposição involuntária também estará condicionado à comprovação, por parte da distribuidora, de seu empenho para promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no mercado de curto prazo.

§ 3º Na ocorrência do disposto no caput, a distribuidora tornar-se-á credora junto ao agente vendedor no valor correspondente à exposição financeira, a ela atribuída, no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo.

ABIAPE e APINE

Caput

25. Alterar a redação do caput para:

“A partir do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata esta Resolução, a distribuidora signatária do respectivo CCEAR assumirá, a cada processo de contabilização, a exposição financeira no mercado de curto prazo decorrente desse cancelamento, inclusive o pagamento dos débitos de que trata o inciso III do art. 1º.”

A proposta apresentada na AP 024/2011 permite acontecer uma inadimplência do agente vendedor na liquidação do mercado de curto prazo. Assim, propõe-se que a distribuidora assuma também os custos decorrentes dessa primeira inadimplência, pois, do contrário, permaneceria um mês em que haveria consumo de energia pela distribuidora (consumidores cativos) sem a contrapartida de pagamento aos agentes de mercado.

Não aceita Em virtude da consideração do descumprimento de aporte de garantias financeiras por dois períodos consecutivos, será possível, do ponto de vista temporal, cancelar o registro dos CCEARs antes do processamento da contabilização, o que evitará qualquer inadimplência na liquidação financeira.

Portanto, não é necessário acatar o pleito apresentado.

ABIAPE e APINE

§ 3º

26. Alterar a redação do § 3º para:

“Na ocorrência do disposto no caput inciso II do art. 1º, a distribuidora tornar-se-á credora junto ao agente vendedor no valor correspondente à exposição financeira, a ela atribuída, no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

Entende-se que a distribuidora só deve se tornar credora, junto ao agente vendedor, do valor correspondente à exposição financeira no mercado de curto prazo decorrente do cancelamento do registro do CCEAR, caso ela opte por manter sua relação contratual com o agente vendedor e desde que honre os pagamentos da receita de venda nele previstos.

Aceita Deve-se condicionar o crédito à opção da distribuidora de não manter a relação contratual com o agente vendedor inadimplente.

Apesar de a contribuição requerer pequenos ajustes de texto, considera-se aceita.

ABRACEEL Caput 27. Alterar a redação do caput para: Parcialmente O chamado “contrato automático” é uma simples

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

e Petrobras

“A partir do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade da não realização do registro automático do Contrato de Ressarcimento de que trata esta Resolução, a distribuidora signatária do respectivo CCEAR assumirá, a cada processo de contabilização, a exposição financeira no mercado de curto prazo.”

Busca-se a compatibilização de texto.

aceita decorrência da operacionalização do registro de um CCEAR por disponibilidade.

O cancelamento do registro de CCEAR por disponibilidade eliminará a necessidade de adoção desse mecanismo meramente operacional de atribuir, ao agente vendedor, um contrato de ressarcimento.

ABRACEEL § 2º

28. Excluir o § 2º:

“O reconhecimento de exposição involuntária também estará condicionado à comprovação, por parte da distribuidora, de seu empenho para promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no mercado de curto prazo.”

Adicionalmente, sugere a renumeração e alteração de redação do § 3º para:

“§ 32º Na ocorrência do disposto no caput inciso II, a distribuidora tornar-se-á credora junto ao agente vendedor no valor correspondente à exposição financeira, a ela atribuída, no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

A proposta de exclusão do § 2º está relacionada com a inclusão, no art. 4º, de dispositivo semelhante, o que permitirá estabelecer o vínculo entre (i) a necessidade de empenho para promover a substituição dos contratos e (ii) a efetiva rescisão do CCEAR por disponibilidade.

Quanto à alteração no § 3º, entende-se que a distribuidora deve ser credora apenas nos casos em que não for feita a opção pela rescisão contratual.

Aceita A contribuição apresentada tem o acolhimento de mérito, sendo necessários alguns ajustes de redação, o que não impede que seja considerada aceita.

ABRADEE e

Grupo EDP

Inciso I do § 1º

29. Alterar a redação do inciso I do §1º para:

“I – involuntária, no exato montante da energia contratada desde a primeira contabilização a partir do mês de cancelamento do registro do contrato, caso a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual; ou”

Entende-se adequado que o reconhecimento de exposição involuntária seja feito a partir do momento em que o registro do CCEAR foi cancelado, e não a partir da efetiva rescisão contratual.

Aceita O reconhecimento de exposição involuntária deve, de fato, ser feito a partir do momento em que o registro do CCEAR foi cancelado, e não a partir da efetiva rescisão contratual.

Apesar de a contribuição requerer pequenos ajustes de texto, considera-se aceita.

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

ABRADEE e

Grupo AES

§§ 2º e 3º

30. Alterar a redação dos §§ 2º e 3º para:

“§ 2º O reconhecimento de exposição involuntária também estará condicionado à comprovação, por parte da distribuidora, de seu empenho para promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no mercado de curto prazo. § 3º Na ocorrência do disposto no caput, a distribuidora tornar-se-á credora junto ao agente vendedor no valor correspondente à exposição financeira, a ela atribuída, no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo, garantido repasse na tarifa dos valores pagos até o efetivo recebimento do crédito pelo agente vendedor.”

Adicionalmente, sugere-se a inclusão do § 4º com a seguinte redação:

“§ 4º Entende-se como empenho da distribuidora em substituir os contratos a participação nos leilões provenientes de empreendimentos de geração existentes (“A-1” e Ajuste) e novos empreendimentos de geração (“A-3” e “A-5”) a partir da efetiva rescisão contratual.”

Entende-se que o Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits – MCSD não deve ser considerado no empenho a ser verificado para fins de reconhecimento de exposições e sobrecontratações involuntárias.

A participação nesse mecanismo deve ser facultativa ao agente de distribuição, uma vez que a utilização do MCSD para cobertura de desvios involuntários pode resultar em sobreposição contratual, dificultando a gestão de energia por parte da distribuidora.

Ademais, verifica-se apropriado que, dada a natureza duvidosa dos créditos obtidos junto ao agente vendedor inadimplente, haja o repasse na tarifa dos valores pagos até que ocorra seu recebimento, sendo então promovida a devolução dos valores devidos.

Não aceita Dado que a manutenção da relação contratual é uma prerrogativa da distribuidora, o repasse tarifário deve guardar relação com a opção feita.

Quanto à proposta de definição de premissas para aferir o empenho da distribuidora na recontratação de energia, importa ressaltar que tal definição será objeto da resolução normativa que estabelecerá os critérios para cálculo dos montantes de exposição e sobrecontratação involuntárias, nos termos dos artigos 2º, 3º, 38 e 42 do Decreto nº 5.163/2004.

O referido ato normativo encontra-se em elaboração, após a realização da Audiência Pública 011/2011.

ABRAGE Caput

31. Alterar a redação do caput para:

“A partir do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata esta Resolução, a distribuidora assumirá, a cada processo de contabilização, a exposição financeira no mercado de curto prazo, incluindo aquela relativa ao mês

Não aceita Vide resposta à contribuição 25.

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

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que caracterizou a inadimplência do agente vendedor, quando este não adimpliu com o pagamento integral de seus débitos no mercado de curto prazo, de que trata o inciso III do artigo 1º.”

A proposta apresentada na AP 024/2011 permite acontecer uma inadimplência do agente vendedor na liquidação do mercado de curto prazo.

Assim, propõe-se que a distribuidora assuma também os custos decorrentes dessa primeira inadimplência.

CCEE Caput

32. Alterar a redação do caput para:

“A partir do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata esta Resolução, a distribuidora assumirá, a cada processo de contabilização, a exposição financeira no mercado de curto prazo.”

Aceita A ampliação da abrangência da norma para contemplar os CCEARs por quantidade é devida.

Apesar de a contribuição requerer pequenos ajustes de texto, considera-se aceita.

ELEKTRO Todo o artigo

33. Alterar a redação do artigo para:

“A partir do cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade de que trata esta Resolução da data de início de suprimento do CCEAR por disponibilidade que deixou de se tornar eficaz por inadimplemento do agente vendedor, a distribuidora assumirá, a cada processo de contabilização, a exposição financeira no mercado de curto prazo.

§ 1º Observado o art. 4º, a exposição financeira de que trata o caput será considerada, para fins tarifários, como:

I – involuntária, no exato montante da energia contratada, caso a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual eficácia do CCEAR não seja atestada pela ANEEL ou o agente que ela venha a indicar para tanto, ficando o referido contrato automaticamente rescindido; ou

II – voluntária, caso a distribuidora opte por manter sua relação contratual com o agente vendedor manifeste sua intenção de assumir os ônus decorrentes do inadimplemento do agente vendedor em oposição à rescisão automática do CCEAR.

§ 2º O reconhecimento de exposição involuntária também estará condicionado à comprovação, por parte da distribuidora, de seu empenho para A ANEEL adotará

Parcialmente aceita

O reconhecimento de exposição involuntária deve, de fato, ser feito a partir do momento em que o registro do CCEAR foi cancelado, e não a partir da efetiva rescisão contratual.

Entretanto, os seguintes comentários se fazem necessários em relação a pontos abordados na contribuição:

vincular, em ato normativo, o cancelamento do registro do CCEAR à rescisão automática do contrato é ignorar as disposições pactuadas relativas ao rito de rescisão contratual;

atribuir à ANEEL a responsabilidade por adotar as medidas necessárias para substituição dos contratos é indevida, visto que a participação no MCSD e a aquisição de energia em leilões de ajuste decorrem da manifestação de interesse da distribuidora, e não da ação do regulador; e

o entendimento de que a distribuidora é passiva na contratação de energia em leilões regulados é

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

todas as medidas necessárias a fim de permitir que as distribuidoras afetadas pelo inadimplemento do agente vendedor possam promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no mercado de curto prazo.

...”

Dado que (i) as distribuidoras são obrigadas por lei a comprar energia em leilões promovidos pela ANEEL, (ii) a participação das distribuidoras nesses certames é passiva, limitando-se à declaração de necessidade de compra, e (iii) o MME, a ANEEL e a EPE são responsáveis pela avaliação dos empreendimentos e habilitação dos participantes nos leilões de energia, entende-se que:

o CCEAR celebrado com agente vendedor inadimplente deve ser cancelado automaticamente, dado que ainda não se tornou eficaz;

a exposição involuntária deve ser reconhecida como regra, independentemente de qualquer atuação da distribuidora, já que não teve participação na escolha do agente vendedor;

a necessidade de adoção de alguma medida pela distribuidora permite que o agente vendedor promova discussões judiciais quanto à aplicação ou não da cláusula contratual, favorecendo a parte infratora em detrimento do mercado;

a distribuidora, pelo fato de não poder escolher o vendedor, não deve estar sujeita à comprovação de que está empenhada para recompor o lastro de compra, dado que a responsabilidade pela má escolha do agente vendedor não é dela; e

a situação de exposição ao mercado de curto prazo não deve gerar nenhum vínculo da distribuidora com o agente vendedor, sendo incumbência da ANEEL adotar as medidas punitivas contra tal agente, liberando a distribuidora de todo e qualquer ônus decorrentes desta situação.

questionável.

Grupo CPFL Todo o artigo

34. Alterar a redação do art. 3º para:

“A partir do cancelamento do registro da efetiva rescisão do CCEAR por disponibilidade de que trata esta Resolução, a distribuidora assumirá, a cada processo de contabilização, a exposição financeira no mercado de curto prazo.:

Parcialmente aceita

A exposição involuntária deve, de fato, ser reconhecida a partir do momento em que o registro do CCEAR foi cancelado, e não a partir da efetiva rescisão contratual.

Entretanto, considerando o intervalo de tempo entre o

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

§ 1º Observado o art. 4º, a exposição financeira de que trata o caput será considerada, para fins tarifários, como:

I – observado o art. 4º, a exposição financeira de que trata o caput será considerada, para fins tarifários, como involuntária, no exato montante da energia contratada desde a primeira contabilização a partir do mês de rescisão contratual, caso a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual; ou

II – voluntária, caso a distribuidora opte por manter sua relação contratual com o agente vendedor.

§ 2º O reconhecimento de exposição involuntária também estará condicionado à comprovação, por parte da distribuidora, de seu empenho para promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no mercado de curto prazo, a partir da rescisão do CCEAR.

§ 3º Na ocorrência do disposto no caput, a distribuidora tornar-se-á credora junto ao agente vendedor no valor correspondente à exposição financeira, a ela atribuída, no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo, garantido repasse na tarifa dos valores pagos até o efetivo recebimento do crédito pelo agente vendedor.

§ 4º Entende-se como empenho a participação nos leilões provenientes de empreendimentos de geração existentes (“A-1” e Ajuste) e novos empreendimentos de geração (“A-3” e “A-5”) a partir da efetiva rescisão contratual.”

O empenho na substituição dos contratos cancelados deverá ser observado apenas após a efetiva rescisão contratual, de forma a evitar que a distribuidora recontrate montantes de energia provenientes de contratos ainda vigentes ou sub judice.

Não obstante, não deve ser considerado o MCSD como alternativa para recontratação de energia.

cancelamento do registro do CCEAR e a efetiva rescisão contratual, verifica-se adequado que a aferição do empenho da distribuidora no processo de recontratação deve ser iniciada somente após a constatação de que o CCEAR foi devidamente rescindido.

Grupo EDP § 2º

35. Excluir o § 2º:

“O reconhecimento de exposição involuntária também estará condicionado à comprovação, por parte da distribuidora, de seu empenho para promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no mercado de curto prazo.”

Aceita Acolhe-se o mérito da proposta, sendo necessário, contudo, promover ajustes de texto em relação à proposta submetida, o que não impede considerar tal contribuição aceita.

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

A proposta de exclusão do § 2º está relacionada com a inclusão, no art. 4º, de dispositivo semelhante, o que permitirá estabelecer o vínculo entre (i) a necessidade de empenho para promover a substituição dos contratos e (ii) a efetiva rescisão do CCEAR por disponibilidade.

MULTINER § 3º

36. Alterar a redação do § 3º para:

“Na ocorrência do disposto no caput No caso de exposição voluntária, a distribuidora tornar-se-á credora junto ao agente vendedor no valor correspondente à exposição financeira, a ela atribuída, no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo, desde que pague a receita de venda ao agente vendedor.”

As obrigações das partes no CCEAR por disponibilidade já estão fixadas no contrato. Assim, a ANEEL não pode interferir em um contrato bilateral criando uma nova obrigação.

A distribuidora só se tornará credora, junto ao agente vendedor, do valor correspondente à exposição financeira no mercado de curto prazo decorrente do cancelamento do registro do CCEAR, caso ela opte por manter sua relação contratual com o agente vendedor e desde que honre os pagamentos da receita de venda.

No caso de exposição involuntária, o valor correspondente à exposição financeira da distribuidora decorrente do cancelamento do CCEAR já estará sendo ressarcido pelas tarifas, não cabendo um duplo ressarcimento à distribuidora.

Não aceita A distribuidora tornar-se-á credora caso não exerça a prerrogativa de invocar a cláusula de rescisão do CCEAR.

Portanto, em se mantendo a relação contratual, as disposições estabelecidas no contrato permanecem válidas, não sendo necessário refletir tal conceito no ato normativo.

Neoenergia §§ 1º a

37. Alterar a redação dos §§ 1º ao 3º do art. Art. 3º para:

“§ 1º Observado o art. 4º, a exposição financeira de que trata o caput será considerada, para fins tarifários, como:

I – involuntária, no exato montante da energia contratada, desde a primeira contabilização a partir do mês de cancelamento do registro do contrato, caso a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual; ou

II – voluntária, caso a distribuidora opte por manter sua relação contratual com o agente vendedor.

Parcialmente aceita

Há concordância com (i) o reconhecimento da exposição involuntária a partir do momento em que o registro do CCEAR foi cancelado, (ii) a aferição do empenho da distribuidora em substituir os contratos a partir da efetiva rescisão contratual, e (iii) a vinculação dos créditos junto ao agente vendedor à manutenção da relação contratual.

No que se refere à proposta de definição dos parâmetros para aferir o empenho da distribuidora na recontratação de energia, importa ressaltar que tal definição será objeto da

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(Fl. 30 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

§ 2º O Após a efetiva rescisão contratual, o reconhecimento de exposição involuntária também estará condicionado à comprovação, por parte da distribuidora, de seu empenho para promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no mercado de curto prazo, através dos leilões A-3, A-1 e de ajuste.

§ 3º Na ocorrência do disposto no caput inciso II do § 1º deste artigo, a distribuidora tornar-se-á credora junto ao agente vendedor no valor correspondente à exposição financeira, a ela atribuída, no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo.”

A exposição financeira ao mercado de curto prazo das distribuidoras, em razão do cancelamento do registro do contrato pela CCEE, deve ser tratada como involuntária desde a primeira contabilização a partir do mês de cancelamento do referido registro, independentemente da rescisão contratual ter sido efetivada ou não.

Quanto à comprovação do empenho em promover a substituição dos contratos, deve-se observar que tal empenho só existirá após a efetiva rescisão contratual. Além disso, entende-se que o MCSD não é uma alternativa adequada para realizar essa recontratação.

Em relação às exposições ao mercado de curto prazo, argumenta-se que a distribuidora só deve se tornar credora bilateralmente do gerador inadimplente caso não solicite a rescisão do CCEAR.

resolução normativa que estabelecerá os critérios para cálculo dos montantes de exposição e sobrecontratação involuntárias, nos termos dos artigos 2º, 3º, 38 e 42 do Decreto nº 5.163/2004.

O referido ato normativo encontra-se em elaboração, após a realização da Audiência Pública 011/2011.

Art. 4º da Resolução Normativa

Redação original: A rescisão do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos desta Resolução, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual no prazo de até 60 dias a contar da data de publicação desta norma.

ABIAPE e APINE

Caput

38. Alterar a redação do caput para:

“A rescisão do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos desta Resolução, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual

Parcialmente aceita

Entende-se pertinente (i) iniciar a contagem dos dias a partir da notificação, pela CCEE, do cancelamento do registro do CCEAR, e (ii) estabelecer prazo de 30 dias.

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(Fl. 31 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

no prazo de até 60 dias a contar da data de publicação desta norma 45 dias a contar da data de notificação pela CCEE de que trata o § 2º do art. 2º.”

Além do fato de que 45 dias é um prazo mais apropriado, esse prazo deve iniciar a partir da notificação recebida pela distribuidora da inadimplência do vendedor nas obrigações do CCEAR.

ABRACEEL Caput

39. Alterar a redação do caput para:

“A rescisão do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos desta Resolução, pela inadimplência no mercado de curto prazo, nos termos do art. 1º, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual no prazo de até 60 dias a contar da data de publicação desta norma 30 dias a contar da data de notificação pela CCEE de que trata o § 2º do art. 2º.”

Adicionalmente, sugere a inclusão de parágrafo único com a seguinte redação:

“Parágrafo único. A partir do cancelamento do CCEAR de que trata o caput, o reconhecimento de exposição involuntária também estará condicionado à comprovação, por parte da distribuidora, de seu empenho para promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no mercado de curto prazo.”

Parcialmente aceita

Há concordância com (i) o prazo de 30 dias e (ii) o início da contagem dos dias a partir da notificação, pela CCEE, do cancelamento do registro do CCEAR.

Quanto à definição do motivo da rescisão contratual, importa apresentar os argumentos que se seguem.

A inadimplência do agente vendedor, no âmbito da CCEE, faz com que o registro do CCEAR seja cancelado, por força de ato normativo. Esse cancelamento leva ao descumprimento de obrigações contratuais por parte do agente vendedor, em especial a assunção da exposição financeira ao mercado de curto prazo e a constituição de cobertura contratual para o comprador.

O referido descumprimento de obrigações contratuais pelo agente vendedor permite que a distribuidora invoque a cláusula de rescisão do CCEAR.

Portanto, para reproduzir esse conceito de forma fidedigna, verifica-se mais adequado mencionar que a rescisão do CCEAR foi motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos da norma aqui discutida.

Por fim, no que tange à referência temporal para aferição do empenho da distribuidora em promover a substituição dos contratos, observa-se a pertinência de realizar tal aferição somente após a constatação de que o CCEAR foi devidamente rescindido.

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

ABRADEE Caput

40. Alterar a redação do caput para:

“A rescisão do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos desta Resolução, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual no prazo de até 60 dias a contar da data de publicação desta norma informação pela CCEE do cancelamento do registro do contrato, conforme disposto no § 2º do art. 2º.”

Sendo a norma proposta geral para cancelamento de registro de CCEAR, cabe estabelecer o prazo para acionamento da cláusula de rescisão contratual pela distribuidora.

Parcialmente aceita

Vide resposta à contribuição 38.

CCEE Caput

41. Alterar a redação do caput para:

“A rescisão resolução do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos desta Resolução, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual no prazo de até 60 10 dias a contar da data de publicação desta norma do recebimento da notificação enviada pela CCEE à distribuidora prevista no § 2º do art. 2º desta Resolução.”

A alteração do termo “rescisão” para “resolução” foi motivada para evitar divergências, visto que, na jurisprudência e doutrina, existem grandes questionamentos quanto ao fato da rescisão somente poder ser declarada judicialmente.

Já em relação a prazo, verifica-se pertinente que a distribuidora se manifeste quanto à resolução ou manutenção do contrato a partir da notificação do cancelamento do CCEAR pela CCEE. Além disso, a diminuição desse prazo é recomendável como forma de diminuir o período de instabilidade jurídica (o contrato existe, mas não está registrado).

Parcialmente aceita

Com exceção do prazo, considerado muito exíguo, entende-se apropriadas (i) a adoção do termo “resolução” e (ii) a contagem dos dias a partir da notificação enviada pela CCEE de que o contrato teve o seu registro cancelado.

Grupo CPFL Caput 42. Alterar a redação do caput para:

“A rescisão do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro pela inadimplência no mercado de curto prazo, nos termos desta Resolução

Parcialmente aceita

Há concordância com (i) o prazo de 30 dias e (ii) o início da contagem dos dias a partir da notificação, pela CCEE, do cancelamento do registro do CCEAR.

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(Fl. 33 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

do art. 1º, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual no prazo de até 60 30 dias a contar da data de publicação desta norma da notificação pela CCEE de que trata o § 2º do art. 2º.”

Entende-se mais adequado o prazo de 30 dias contados da data de notificação pela CCEE.

Quanto à definição do motivo da rescisão contratual, importa apresentar os argumentos que se seguem.

A inadimplência do agente vendedor, no âmbito da CCEE, faz com que o registro do CCEAR seja cancelado, por força de ato normativo. Esse cancelamento leva ao descumprimento de obrigações contratuais por parte do agente vendedor, em especial a assunção da exposição financeira ao mercado de curto prazo e a constituição de cobertura contratual para o comprador.

O referido descumprimento de obrigações contratuais pelo agente vendedor permite que a distribuidora invoque a cláusula de rescisão do CCEAR.

Portanto, para reproduzir esse conceito de forma fidedigna, verifica-se mais adequado mencionar que a rescisão do CCEAR foi motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos da norma aqui discutida.

Grupo EDP Caput

43. Alterar a redação do caput para:

“A rescisão do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos desta Resolução, pela inadimplência no mercado de curto prazo, nos termos do art. 1º e o conseqüente cancelamento do seu registro, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual no prazo de até 60 dias a contar da data de publicação desta norma.”

Adicionalmente, sugere a inclusão de parágrafo único com a seguinte redação:

“Parágrafo único. A partir do cancelamento do CCEAR de que trata o caput, o reconhecimento de exposição involuntária também estará condicionado à comprovação, por parte da distribuidora, de seu empenho para promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no

Parcialmente aceita

A inadimplência do agente vendedor, no âmbito da CCEE, faz com que o registro do CCEAR seja cancelado, por força de ato normativo. Esse cancelamento leva ao descumprimento de obrigações contratuais por parte do agente vendedor, em especial a assunção da exposição financeira ao mercado de curto prazo e a constituição de cobertura contratual para o comprador.

O referido descumprimento de obrigações contratuais pelo agente vendedor permite que a distribuidora invoque a cláusula de rescisão do CCEAR.

Portanto, para reproduzir esse conceito de forma fidedigna, verifica-se mais adequado mencionar que a

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

mercado de curto prazo.”

Por empenho na substituição dos CCEARs resolvidos, entende-se a declaração de necessidade de compra para os leilões A-1, A-3, A-5 e de ajuste.

rescisão do CCEAR foi motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos da norma aqui discutida.

MULTINER Caput

44. Alterar a redação do caput para:

“A rescisão do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos desta Resolução, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual no prazo de até 60 dias a contar da data de publicação desta norma recebimento pela distribuidora da notificação da CCEE de cancelamento do registro do CCEAR.”

A rescisão do CCEAR por disponibilidade, mesmo nos termos dessa resolução, deverá observar o disposto no Contrato, mais especificamente na subcláusula 10.2 que estabelece prazo de 15 dias úteis para que a parte inadimplente sanar o fato motivador da rescisão.

Aceita A proposta de iniciar a contagem dos dias a partir da notificação enviada pela CCEE de que o contrato teve o seu registro cancelado é conveniente.

Apesar de a contribuição requerer pequenos ajustes de texto, considera-se aceita.

Neoenergia Caput

45. Alterar a redação do caput para:

“A rescisão do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos desta Resolução, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão contratual no prazo de até 60 dias a contar da data de publicação desta norma notificação pela CCEE de que trata o § 2º do art. 2º.”

Sendo a norma proposta geral para cancelamento de registro de CCEAR, cabe estabelecer o prazo para acionamento da cláusula de rescisão contratual pela distribuidora.

Aceita Vide resposta à contribuição 44.

Petrobras Caput

46. Alterar a redação do caput para:

“A rescisão do CCEAR por disponibilidade motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos pela caracterização como inadimplente no mercado de curto prazo do agente vendedor que atende, cumulativamente, aos requisitos do parágrafo único do artigo 1º desta Resolução, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de rescisão

Não aceita Vide resposta à contribuição 43.

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(Fl. 35 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

contratual no prazo de até 60 dias a contar da data de publicação desta norma.”

Busca-se adequação de texto.

Art. 5º da Resolução Normativa

Redação original: Os arts. 28 e 32 da Convenção de Comercialização, instituída pela Resolução Normativa no 109, de 26 de outubro de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 28. Compete ao Conselho de Administração da CCEE:

............................................................................................................................................................................................................................................................................................

XIII – deliberar sobre o impedimento de registro de novos contratos no SCL, e/ou a manutenção do registro de contratos existentes, no caso de inadimplência do agente ou descumprimento de outras obrigações no âmbito da CCEE, sem prejuízo do desligamento do agente.”

“Art. 32. São de competência exclusiva da Superintendência da CCEE as seguintes atribuições:

............................................................................................................................................................................................................................................................................................

II – promover e/ou cancelar o registro de contratos de compra e venda de energia elétrica.”

ABIAPE e APINE

Caput

47. Alterar a redação do caput para:

“Os arts. 28 e O art. 32 da Convenção de Comercialização, instituída pela Resolução Normativa nº 109, de 26 de outubro de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: ..:”

Dado que as condições e a autorização para cancelamento do registro do CCEAR já estarão definidas em norma, tem-se que não é necessária nova deliberação do Conselho de Administração da CCEE.

A operacionalização do cancelamento ficaria apenas a cargo do Superintendente da CCEE, observado o estabelecido na norma.

Parcialmente aceita

Vide seção III.2 desta Nota Técnica.

ABRACEEL Todo o artigo

48. Excluir todo o art. 5º.

O cancelamento do registro do CCEAR por disponibilidade terá previsão normativa própria, sendo desnecessária a alteração nos arts. 28 e 32 da Convenção de Comercialização.

Parcialmente aceita

Vide seção III.2 desta Nota Técnica.

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

ABRAGE

Inciso XIII do art. 28

da REN 109/04

49. Alterar a redação do inciso XIII do art. 28 da Resolução Normativa nº 109/2004 para:

“XIII – deliberar sobre o impedimento de registro de novos contratos no SCL, e/ou a manutenção do registro de contratos existentes CCEARs por disponibilidade, no caso de inadimplência do agente ou descumprimento de outras obrigações no âmbito da CCEE, sem prejuízo do desligamento do agente.”

A alteração nesse dispositivo da Convenção de Comercialização deve alcançar os CCEARs por disponibilidade.

Não aceita Vide seção III.2 desta Nota Técnica.

ABRAGE

Inciso II do art. 32 da REN

109/04

50. Alterar a redação do inciso II do art. 32 da Resolução Normativa nº 109/2004 para:

“II – promover e/ou cancelar, neste último caso de acordo com os termos da Resolução Normativa nº XXX, o registro de contratos de compra e venda de energia elétrica.”

A alteração nesse dispositivo da Convenção de Comercialização deve alcançar os CCEARs por disponibilidade.

Parcialmente aceita

Vide seção III.2 desta Nota Técnica.

CCEE

Inciso XIII do art. 28

da REN 109/04

51. Alterar a redação do inciso XIII do art. 28 da Resolução Normativa nº 109/2004 para:

“XIII – deliberar sobre o impedimento de registro de novos contratos de venda no SCL, e/ou a manutenção o cancelamento do registro de contratos existentes, no caso de inadimplência do agente ou descumprimento de outras obrigações no âmbito da CCEE, sem prejuízo do desligamento do agente.”

Busca-se deixar mais claro o escopo das decisões do Conselho de Administração da CCEE.

Não aceita Vide seção III.2 desta Nota Técnica.

Art. 6º da Resolução Normativa

Redação original: O art. 5º da Resolução ANEEL nº 433, de 26 de agosto de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 5º ................................................................................................................................................................................................................................................................................

I – .......................................................................................................................................................................................................................................................................................

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(Fl. 37 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

II – ......................................................................................................................................................................................................................................................................................

III – .....................................................................................................................................................................................................................................................................................

IV – declaração emitida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE atestando a adimplência ao mercado de curto prazo e a quitação de eventuais débitos do agente detentor de Autorização ou Concessão de geração junto ao agente de distribuição signatário de CCEAR por disponibilidade, sendo esses débitos provenientes de exposição financeira decorrente de cancelamento de registro de contrato, nos termos da regulamentação específica.”

ABIAPE e APINE

Inciso IV do art. 3º

da RES 433/03

52. Alterar a redação do inciso IV do art. 3º da Resolução ANEEL nº 433/2003 para:

“IV – declaração emitida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE atestando a adimplência ao mercado de curto prazo, inclusive de todas as penalidades aplicáveis conforme a legislação vigente e a quitação de eventuais débitos do agente detentor de Autorização ou Concessão de geração junto ao agente de distribuição signatário de CCEAR por disponibilidade, sendo esses débitos provenientes de exposição financeira decorrente de cancelamento de registro de contrato, nos termos da regulamentação específica, e”

Adicionalmente, sugere-se a inclusão do inciso V com a seguinte redação:

“V – declaração dos agentes de distribuição com as quais o agente detentor de Autorização ou Concessão de geração seja signatário de CCEAR por disponibilidade, atestando a quitação dos eventuais débitos de que trata o § 3º do art. 3º da Resolução Normativa nº....”

Parcialmente aceita

Há concordância com a ampliação do conceito de adimplência. Quanto à proposta de segregação das declarações, é oportuno observar que, caso a declaração de quitação de eventuais débitos junto às distribuidoras não seja emitida pela CCEE, a Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração – SFG/ANEEL, responsável pela liberação de entrada em operação comercial das usinas, terá que exigir, do agente de geração, uma declaração de cada distribuidora integrante do SIN para que seja comprovada tal quitação.

Cabe destacar que as distribuidoras que nunca tiveram relação contratual com esse agente de geração terão que emitir documento atestando a ausência de relacionamento com o esse agente de geração.

Do exposto, verifica-se muito mais adequado que seja concentrada, na CCEE, a apuração de quitação desses débitos que serão eventuais e excepcionais.

ABRACEEL

Inciso IV do art. 3º

da RES 433/03

53. Alterar a redação do inciso IV do art. 3º da Resolução ANEEL nº 433/2003 para:

“IV – declaração emitida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE atestando a adimplência ao mercado de curto prazo, inclusive de todas as penalidades aplicáveis conforme a legislação vigente, e, no caso de não solicitação do cancelamento do CCEAR nos termos do § 2º do art. 3º da Resolução Normativa nº XXX, a quitação de eventuais débitos do agente detentor de Autorização ou Concessão de geração junto ao agente de distribuição signatário de CCEAR por

Aceita É apropriada a ampliação do conceito de adimplência.

Apesar de a contribuição requerer pequenos ajustes de texto, considera-se aceita.

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(Fl. 38 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

disponibilidade, sendo esses débitos provenientes de exposição financeira decorrente de cancelamento de registro de contrato, nos termos da regulamentação específica”

CCEE

Inciso IV do art. 3º

da RES 433/03

54. Alterar a redação do inciso IV do art. 3º da Resolução ANEEL nº 433/2003 para:

“IV – declaração emitida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE atestando a adimplência ao mercado de curto prazo e a quitação de eventuais débitos do agente detentor de Autorização ou Concessão de geração junto ao agente de distribuição signatário de CCEAR por disponibilidade, sendo esses débitos provenientes de exposição financeira decorrente de cancelamento de registro de contrato, nos termos da regulamentação específica.”

Adicionalmente, sugere-se a inclusão do inciso V com a seguinte redação:

“V – declaração emitida pelo agente de distribuição quanto a quitação de eventuais débitos do agente detentor de Autorização ou Concessão de geração junto ao agente de distribuição signatário de CCEAR, sendo esses débitos provenientes de exposição financeira decorrente de cancelamento de registro de contrato, nos termos da regulamentação específica.”

Não aceita Caso a declaração de quitação de eventuais débitos junto às distribuidoras não seja emitida pela CCEE, a SFG/ANEEL, responsável pela liberação de entrada em operação comercial das usinas, terá que exigir, do agente de geração, uma declaração de cada distribuidora integrante do SIN para que seja comprovada tal quitação.

Além disso, para as distribuidoras que nunca tiveram relação contratual com esse agente de geração, haverá a necessidade de emissão de documento atestando a ausência de relacionamento com o esse agente de geração.

Do exposto, verifica-se muito mais adequado que seja concentrada, na CCEE, a apuração de quitação desses débitos que serão eventuais e excepcionais.

MULTINER Todo o artigo

55. Desfazer a inclusão do inciso IV ao art. 3º da Resolução ANEEL nº 433/2003.

Somente podem ser exigidos requisitos técnicos que comprovem a possibilidade de geração de energia para o sistema com eficiência, segurança e qualidade (com fundamento no art. 121 do Decreto nº 41.019/57) ou requisitos ambientais (com fundamento na Lei nº 6.938/81).

Portanto, após a outorga do empreendimento, se o agente cumpre os requisitos técnicos e ambientais necessários à exploração do empreendimento, a entrada em operação comercial se constitui um direito subjetivo do agente de geração.

Não aceita Dado que a liberação para entrada em operação comercial de uma determinada usina produz efeitos comerciais para o agente de geração, é razoável que requisitos de natureza comercial venham a integrar o rol de exigências para conceder tal liberação.

Ademais, não há restrições para definição de requisitos no âmbito da Resolução ANEEL nº 433/2003.

Petrobras

Inciso IV do art. 3º

da RES

56. Alterar a redação do inciso IV do art. 3º da Resolução ANEEL nº 433/2003 para:

“IV – declaração emitida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE atestando a adimplência ao mercado de curto prazo e a quitação de eventuais débitos do agente detentor de Autorização ou Concessão de geração

Não aceita Na hipótese de existência de um agente da CCEE inadimplente no âmbito da Câmara e com participação minoritária em diversos empreendimentos de geração, a proposta apresentada produziria rebatimentos negativos

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(Fl. 39 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

433/03 junto ao agente de distribuição signatário de CCEAR por disponibilidade, sendo esses débitos provenientes de exposição financeira decorrente de cancelamento de registro de contrato, nos termos da regulamentação específica que o agente que pleiteia a autorização para operação comercial, bem como seus sócios controladores, não tenham inadimplências para com quaisquer das obrigações da CCEE (liquidação no mercado de curto prazo, aporte de garantias financeiras, penalidades, e outras que estejam previstas na regulação).”

Deve-se evitar que um agente ou seus controladores que estejam inadimplentes na CCEE venham a trazer maior risco ao mercado.

na questão da segurança energética, sem a devida compensação em termos de segurança de mercado.

Art. 7º da Resolução Normativa

Redação original: A CCEE deverá alterar, no que couber, o Procedimento de Comercialização PdC CO.01 – Contratos Bilaterais – para reproduzir as disposições desta Resolução, em especial a vinculação da manutenção do registro de CCEAR por disponibilidade à condição de adimplência do agente vendedor no âmbito da CCEE.

CCEE Caput

57. Alterar a redação do caput para:

“A CCEE deverá alterar, no que couber, o Procedimento de Comercialização PdC CO.01 – Contratos Bilaterais – para as Regras e Procedimentos de Comercialização necessários a fim de reproduzir as disposições desta Resolução, em especial a vinculação da manutenção do registro de CCEAR por disponibilidade à condição de adimplência do agente vendedor no âmbito da CCEE.”

Aceita Apesar de a contribuição requerer pequenos ajustes de texto, considera-se aceita.

Novos artigos para a Resolução Normativa

Grupo CPFL

58. Incluir artigo com a seguinte redação:

“Art. X. A partir da não realização do registro automático do Contrato de Ressarcimento de que trata esta Resolução, a distribuidora signatária do respectivo CCEAR assumirá, a cada processo de contabilização, a exposição financeira no mercado de curto prazo.

§ 1º Será garantido o repasse integral na tarifa da distribuidora signatária do respectivo CCEAR, de todos os custos inerentes à exposição financeira no mercado de curto prazo.

Não aceita Há dispositivos na minuta de ato normativo que tratam da questão formulada nessa contribuição.

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(Fl. 40 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

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§ 2º De forma a garantir este repasse integral, a distribuidora signatária deverá notificar o gerador que descumpriu o CCEAR, obedecendo ao estabelecido nas cláusulas deste contrato.”

Grupo EDP

59. Incluir artigo com a seguinte redação:

“Art. X. No caso de o agente vendedor ter sua autorização de geração revogada, as garantias de fiel cumprimento serão utilizadas para abater eventuais débitos do agente detentor de autorização de geração junto ao agente de distribuição signatário de CCEAR por disponibilidade, sendo esses débitos provenientes de exposição financeira decorrente de cancelamento de registro de contrato de que trata esta Resolução.”

Os prejuízos causados pela inadimplência do agente vendedor devem ser ressarcidos aos consumidores cativos e, para tanto, pode-se buscar recursos advindos da execução da garantia de fiel cumprimento que fica retida até a entrada em operação comercial da usina.

Não aceita Entende-se que a medida, embora desejável, para ser eficaz, deve estar prevista no edital do leilão. Na configuração atual, os valores são remetidos para o Tesouro Nacional, a menos que haja outro entendimento com respaldo jurídico.

Grupo EDP

60. Incluir artigo com a seguinte redação:

“Art. X. Fica revogado qualquer registro do agente proprietário ao Condomínio Virtual “Contrato Automático”, decorrente do atraso da operação comercial da usina nas mesmas condições dispostas no Parágrafo Único do art. 1º desta Resolução.”

É imprescindível que sejam eliminados os contratos automáticos do agente proprietário ao Condomínio Virtual, para que não ocorra a prorrogação dessa inadimplência aos agentes que não possuem qualquer relação com os contratos por disponibilidade de agentes inadimplentes.

Não aceita O chamado “contrato automático” é uma simples decorrência da operacionalização do registro de um CCEAR por disponibilidade.

O cancelamento do registro de CCEAR por disponibilidade eliminará a necessidade de adoção desse mecanismo meramente operacional de atribuir, ao agente vendedor, um contrato de ressarcimento.

Portanto, não há necessidade de inserir um artigo na norma para disciplinar algo que já é decorrência de outros dispositivos apresentados nessa mesma norma.

MULTINER

61. Incluir artigo com a seguinte redação:

“Art. X. Em caso de revogação de decisões judiciais e administrativas de caráter provisório que tinham por consequência a desobrigação por parte do agente vendedor dos CCEARs de celebrar contratos de recomposição de lastro, o mesmo

Não aceita Fora do escopo desta Audiência Pública.

A possibilidade de aprimoramento do processo de aplicação das penalidades por insuficiência de lastro para venda de energia e potência e de cobertura contratual de

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

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poderá optar pela apresentação de contratos de compra de energia nos meses subseqüentes de modo a recompor o lastro do período em que vigeu a medida cautelar.

§ 1º A apresentação de lastro adicional nos meses posteriores implicará a revisão dos valores do CCEAR faturados pelo agente vendedor nos meses anteriores, eventualmente reduzidos em função da Resolução Normativa nº 165, de 2005, e a alocação da exposição financeira ao mercado de curto prazo nos respectivos meses às distribuidoras.

§ 2º O agente vendedor que aportou o lastro nos meses posteriores terá direito ao valor correspondente à liquidação desses contratos ao PLD dos respectivos meses de registro.

§ 3º A primeira verificação de lastro do agente vendedor de trata o caput, para fins de aplicação da penalidade de que trata o art. 3º do Decreto 5.163, de 2004, dar-se-á após 6 (seis) meses do deslinde da cautelar e considerará todo o período desde o seu início.”

Entende-se adequado permitir a recomposição de lastro em meses posteriores, não se caracterizando pela permissão de registro de contratos de lastro ex-post nem pela necessidade de recontabilização.

O crédito ao PLD original dos demais agentes com posições credoras será honrado pela alocação dessa exposição às distribuidoras, na mesma forma que ocorreria caso a usina tivesse entrado em operação comercial. A única diferença é que, se o agente vendedor tivesse aportado o lastro naquele mês, ele seria o credor da exposição ao PLD, pagando aos demais agentes geradores o valor do contrato de reposição.

De modo similar, a revisão do faturamento do agente vendedor do CCEAR por disponibilidade não implica recontabilização, mas tão somente o afastamento da aplicação do inciso I do art 3º da Resolução Normativa nº 165, de 2005, que, por não ter havido naquele mês original o contrato de lastro, resultou em pagamento nulo por parte das distribuidoras.

Por fim, o prazo de 6 meses para que o agente vendedor recomponha o lastro visa

consumo, em situações alcançadas por medidas judiciais ou administrativas de caráter provisório, está sendo tratada no âmbito da Audiência Pública AP 122/2010.

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viabilizar essa solução.

MULTINER

62. Incluir artigo com a seguinte redação:

“Art. X. Em caso de revogação de decisões judiciais e administrativas de caráter provisório que tinham por consequência a desobrigação por parte do agente vendedor dos CCEARs de celebrar contratos de energia de substituição, o mesmo poderá optar por celebrar contratos de compra e venda de energia referente aos processos de contabilização e liquidação já encerrados, requerendo para tanto a recontabilização desses meses, nos termos do artigo 51 da Convenção de Comercialização.

§ 1º O prazo para o registro dos contratos de substituição e para o pedido de recontabilização de que trata o caput será de 120 (cento e vinte) dias contados da revogação da liminar;

§ 2º Nos períodos referentes à recontabilização, o agente vendedor será remunerado pelas distribuidoras conforme os critérios do art. 3º da Resolução Normativa nº 165, de 2005;

§ 3º Os valores decorrentes do registro do(s) contrato(s) bilateral(ais) considerados na recontabilização serão utilizados para o recálculo das penalidades por insuficiência de lastro.”

A proposta apresentada tem o propósito de estabelecer a previsão de recontabilização. Para conferir maior eficácia a essa recomposição retroativa de lastro, seria recomendável conceder prazo de 120 dias contados da data da revogação da liminar.

Assim, não haveria prejuízo a qualquer agente do setor. Pelo contrário, as distribuidoras (e, por conseqüência, os consumidores) seriam beneficiados pelos critérios de repasse da Resolução Normativa nº 165, de 2005, não ficando expostas ao PLD.

Não aceita Vide resposta à contribuição 61.

MULTINER 63. Incluir artigo com a seguinte redação:

“Art. X. O art. 2º da Resolução Normativa nº 336, de 28 de outubro de 2008, passa

Não considerada A contribuição apresentada extrapola o escopo da norma submetida à apreciação pública.

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a vigorar com a seguinte redação:

„Art. 2º Para fins de apuração do valor da garantia financeira a ser aportada por cada agente de mercado, deverão ser observados os seguintes critérios:

...

§ 1º Para os agentes vendedores de CCEAR por disponibilidade, o período referido no inciso I do caput deverá ser o mês anterior ao mês da realização das operações, o mês em curso e o mês subseqüente.

§ 2º O prazo para o registro dos contratos de substituição e para o pedido de recontabilização de que trata o caput será de 120 (cento e vinte) dias contados da revogação da liminar.

§ 3º Nos períodos referentes à recontabilização, o agente vendedor será remunerado pelas distribuidoras conforme os critérios do art. 3º da Resolução Normativa nº 165, de 2005.

§ 4º Os valores decorrentes do registro do(s) contrato(s) bilateral(ais) considerados na recontabilização serão utilizados para o recálculo das penalidades por insuficiência de lastro.”

A partir do momento em que se criam regras especiais e mais rigorosas para um grupo de agentes, no caso os agentes vendedores de CCEAR por disponibilidade, visando reduzir ou eliminar a inadimplência no mercado de curto prazo a eles relacionada, também devem ser revistas as garantias financeiras que devem ser aportadas na CCEE.

Petrobras

64. Incluir artigo com a seguinte redação:

“Art. X. Os contratos de ressarcimento por atraso de entrada em operação automáticos entre os vendedores e os compradores, definidos conforme Parágrafo único do artigo 1º desta Resolução, que foram registrados na CCEE no período de janeiro de 2010 a março de 2011, serão cancelados.

§ 1º A partir da publicação desta Resolução, a CCEE deverá recontabilizar o período disposto no caput.

§ 2º Os compradores assumirão, a cada processo de recontabilização, a exposição

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

A discussão sobre o tratamento a ser conferido para o período de janeiro de 2010 a março de 2011 será travada em outro processo.

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

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financeira no mercado de curto prazo.

§ 3º Aos compradores afetados pelas recontabilizações, será concedida exposição involuntária no exato montante da energia contratada.”

Tal dispositivo visa eliminar o impacto das inadimplências existentes em função do atraso na entrada em operação comercial das usinas termelétricas comprometidas com CCEARs por disponibilidade, no período de janeiro de 2010 a março de 2011.

Além disso, no referido período, as distribuidoras tiveram CCEARs por disponibilidade registrados em seus nomes sem a devida contrapartida de qualquer pagamento por essa energia.

Caso esse dispositivo proposto não seja implantado, os montantes financeiros oriundos da inadimplência ocorrida no período citado continuarão existindo e continuarão incidindo sobre os agentes credores de cada liquidação.

Outros temas

ABIAPE, APINE e ABRAGE

65. Aplicar a proposta de atribuir, às distribuidoras, a exposição financeira ao mercado de curto prazo de forma retroativa, de modo a alcançar os agentes vendedores inadimplentes do ano de 2010 e do primeiro trimestre de 2011.

Entende-se que tal medida desfaz a irregularidade da regra de registro automático de um contrato desprovido de lastro, que atribui a terceiros a consequência de um contrato particular e regulado, e que resulta em doação de energia.

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

A discussão sobre o tratamento a ser conferido para o período de janeiro de 2010 a março de 2011 será travada em outro processo.

ABIAPE e APINE

66. Emitir norma para tratar de registro de CCEAR por quantidade, para os casos de agentes vendedores com usinas atrasadas e que não promovem a devida recomposição de lastro.

Embora não tenha ocorrido ainda nenhum caso envolvendo agente vendedor de CCEAR por disponibilidade, é prudente antecipar uma norma que possa evitar o surgimento de inadimplência associada a esses tipos de contrato.

Aceita O escopo do ato normativo aqui discutido será ampliado para contemplar os CCEARs por quantidade.

ABRACE 67. Estabelecer, em norma, o tratamento tarifário para os recursos auferidos com o recebimento, pela distribuidora, da multa rescisória do CCEAR por disponibilidade,

Parcialmente aceita

Será avaliada a forma mais adequada de capturar os valores provenientes da aplicação da multa rescisória.

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cujo registro tenha sido cancelado, e cuja cláusula de rescisão tenha sido efetivamente invocada pela distribuidora.

Entende-se que os recursos financeiros associados a essa multa não devem ficar como “bônus” para as distribuidoras, mas sim utilizados para diminuir os custos decorrentes das novas contratações de energia, respeitando, desta forma, o princípio da modicidade tarifária.

ABRACEEL

68. Instruir processo para permitir a aplicação retroativa das disposições tratadas na norma disposta na AP 024/2011.

Tal pleito está baseado no próprio voto do diretor-relator.

Já prevista O processo mencionado pela Associação encontra-se em fase de instrução.

ABRADEE

69. Reiterar o entendimento de que alterações nas regras não devem ser tratadas de forma retroativa, permitindo, assim, preservar a estabilidade regulatória e evitar questionamentos judiciais sobre operações efetuadas sob as regras vigentes à época.

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

A discussão sobre o tratamento a ser conferido para o período de janeiro de 2010 a março de 2011 será travada em outro processo.

ABRADEE

70. Promover a avaliação da capacidade dos empreendedores, principalmente no que tange a seus patrimônios e experiência no setor elétrico, bem como ações regulatórias de antecipação às situações que tragam impacto ao mercado.

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

A contribuição referente à capacidade dos empreendedores será considerada no processo de aprovação do edital de leilão de energia nova.

Quanto às ações regulatórias de antecipação às situações que tragam impacto ao mercado, importa destacar (i) a alteração na metodologia de cálculo de garantias financeiras (exigência de aporte de garantias financeiras previamente ao início de suprimento do CCEAR), e (ii) a elaboração de ato normativo para regulamentar o processo de desligamento de agente da CCEE, que conferirá maior celeridade ao procedimento de exclusão de um agente inadimplente da Câmara.

ABRADEE 71. Propor que, na análise do pleito de exclusão de responsabilidade realizada pela ANEEL, seja considerado o cumprimento do procedimento estabelecido na

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

Casos particulares, que requerem análise de excludente

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

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cláusula 13 do CCEAR por disponibilidade, o qual dispõe que o agente vendedor que venha invocar a ocorrência de caso fortuito ou força maior, deve, para tal, adotar medidas como (i) notificar o agente comprador, (ii) promover ações para remediar ou atenuar as consequências de tal evento, (iii) manter a parte compradora informada, dentre outras.

de responsabilidade, não são objeto da minuta de ato normativo submetida à apreciação pública.

ABRAGEF

72. Considerar, para fins de cancelamento de registro de CCEAR por disponibilidade, aspectos como (i) o cabimento da imputabilidade do ônus, (ii) a dosimetria e a factibilidade do cumprimento do regramento, e (iii) a existência de uma etapa anterior ao encerramento do CCEAR, momento esse em que seria apurada a possibilidade de recuperação do empreendimento.

Ademais, entende-se adequado assegurar, antes do efetivo cancelamento do registro do CCEAR, o direito de ampla defesa e do contraditório.

Não aceita O enquadramento do agente vendedor nos requisitos definidos na norma é a motivação para o cancelamento do registro do CCEAR.

ABRAGEF

73. Admitir, como regramento permanente, em qualquer situação que requeira a celebração de contratos bilaterais de recomposição de lastro para CCEAR por disponibilidade, que essa operação se realize com qualquer agente de geração que disponha de energia para venda, independentemente de data de outorga e do submercado de entrega.

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

Importa ressaltar, contudo, que as restrições impostas pelo CCEAR por disponibilidade para recomposição de lastro não impedem que o agente vendedor possa celebrar contratos de compra com o propósito de evitar a exposição financeira ao mercado de curto prazo.

ABRAGEF

74. Alterar a redação do art. 3º da Resolução Normativa nº 165, de 19 de setembro de 2005, de modo a (i) excluir a referência do Preço de Liquidação de Diferenças – PLD na comparação de valores, e (ii) reduzir os percentuais de deságio por conta do tempo de atraso.

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

A revisão da Resolução Normativa nº 165/2005 foi objeto da AP 041/2010.

AES Sul

75. Garantir que, em caso de rescisão de CCEARs por disponibilidade solicitada pela AES Sul, nos termos da norma submetida à apreciação pública, a distribuidora não fique sujeita a limites de repasse e pagamento de penalidade por insuficiência de cobertura contratual.

A AES Sul, por ter participado do leilão A-3 de 2008 com o intuito de recontratar a energia associada a UTE Uruguaiana, tem CCEARs celebrados com agentes

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

O pleito apresentado transcende a discussão travada a respeito de registro de CCEAR por disponibilidade, dado que se refere a divergências de entendimento em relação ao processo tarifário, particularmente o tratamento conferido para a energia associada a UTE Uruguaiana.

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vendedores que se enquadram na norma discutida na AP 024/2011.

ANACE

76. Promover a revisão da modelagem dos CCEARs por disponibilidade para alterar as regras de registro dos contratos.

Já prevista As regras de comercialização aplicáveis ao Novo SCL, já aprovadas, trazem importantes aperfeiçoamentos no que tange à contabilização de CCEARs por disponibilidade.

Todavia, cabe destacar que a discussão sobre registro de CCEAR por disponibilidade não tem vinculação com o modo como esses contratos são modelados no âmbito da CCEE.

ELEKTRO

77. Modelar, em nome do vendedor, a usina termelétrica comprometida com a contratação por disponibilidade, sendo que, nos casos de descasamento e de atraso, deve ser registrado um contrato no montante da energia contratada entre as partes.

Já prevista As regras de comercialização aplicáveis ao Novo SCL, já aprovadas, trazem essa forma de modelagem conforme proposto.

Todavia, cabe destacar que a discussão sobre registro de CCEAR por disponibilidade não tem vinculação com o modo como esses contratos são modelados no âmbito da CCEE.

ELEKTRO 78. Exigir garantias de performance por parte do vendedor. Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

ELEKTRO

79. Incluir, para os próximos leilões de energia nova, disposição no ato de outorga que vincule os efeitos da outorga à situação de adimplência do agente de geração no âmbito do CCEAR e do mercado.

Tratando-se de empreendimentos novos, as autorizações de geração somente fazem sentido se o agente responsável honrar seus compromissos quanto ao início de suprimento. Além disso, dada a gravidade da falha na entrada em operação para a segurança do setor elétrico brasileiro, é importante que as regras atualmente em vigor sejam revistas.

A par disso, a fim de criar um mecanismo que desestimule a falta de comprometimento com os prazos de entrada em operação comercial, o que coloca em risco a segurança do abastecimento de energia elétrica para o país, é necessária a criação de regras mais duras para fazer com que os geradores

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

Tal contribuição será considerada no processo de aprovação do edital de leilão de energia nova.

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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS

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inadimplentes percam seus direitos de agente do setor elétrico nos casos em questão.

Petrobras

80. Aprimorar os mecanismos de garantia financeira, fazendo com que agentes que comercializam energia “a descoberto” tenham a obrigação de aportar recursos, ou realizar seguros, em montantes que protejam o mercado em caso de exposições financeiras ao mercado de curto prazo.

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

A questão das garantias financeiras está inserida no bojo da discussão sobre a segurança das operações realizadas no mercado de curto prazo.

A SEM, por determinação da diretoria da ANEEL apresentada no processo de aprovação das regras aplicáveis ao Novo SCL (vide voto do Diretor-Relator do processo que resultou na emissão da Resolução Normativa nº 428, de 15 de março de 2011), está elaborando estudo a respeito das disposições normativas que podem conferir maior segurança ao mercado de curto prazo.

Nesse estudo, estão sendo considerados, dentre outros pontos, os mecanismos de garantias financeiras, o critério de rateio de inadimplência e as sanções a serem impostas aos agentes inadimplentes.

Petrobras

81. Estabelecer critérios para revogação do ato de outorga de agentes de geração que descumprem o cronograma de implantação de usina comprometida com CCEAR.

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

Dado que a Resolução Normativa nº 63, de 12 de maio de 2004, regula a imposição de penalidades a agentes do setor elétrico, o estabelecimento da sanção para os casos de atraso do cronograma de implantação de usina comprometida com CCEAR é objeto dessa norma.

Petrobras

82. Segregar, da liquidação financeira do mercado de curto prazo, os valores referentes ao despacho fora da ordem de mérito de preço por razões de segurança energética.

Entende-se que a cobrança do Encargo de Serviços do Sistema – ESS para ressarcimento dos agentes termelétricos cujas usinas foram despachadas por razão

Não considerada Fora do escopo desta Audiência Pública.

No âmbito da chamada contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mercado de curto prazo, não há apenas os valores monetários associados às exposições financeiras dos agentes ao

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de segurança energética deve ser feita de forma apartada. PLD. Há diversas componentes que formam o valor total contabilizado e atribuído a um determinado agente de mercado.

Componentes como (i) acerto financeiro do MRE, (ii) alívio de exposições financeiras de CCEARs, (iii) alocação de excedente financeiro, (iv) rateio dos valores decorrentes de penalidades, (v) ajustes oriundos de recontabilizações, e (vi) ESS se juntam ao resultado propriamente dito do agente no mercado de curto prazo. Portanto, é a soma de todas essas componentes, algumas negativas e outras positivas, que leva ao valor total do processo de contabilização.

Importa ressaltar que a componente ESS acima mencionada deriva de diversos itens, sendo cada item associado aos seguintes fatos:

a) despacho fora da ordem de mérito por razões elétricas; b) despacho fora da ordem de mérito por razão de

segurança energética; c) despacho fora da ordem de mérito por ultrapassam da

Curva de Aversão a Risco – CAR; d) operação de compensação síncrona; e e) prestação de serviços ancilares.

Diante do exposto, verifica-se que a proposta apresentada pela PETROBRAS consiste em apurar, de forma apartada, um item de uma componente da liquidação financeira do mercado de curto prazo.

Ora, qual seria a motivação para realizar tal procedimento? Por que os valores associados ao despacho por razão de segurança energética são mais importantes do que os demais valores que formam a liquidação financeira do

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mercado de curto prazo?

A resposta a estes questionamentos resulta no não acolhimento do pleito formulado.

Faz-se mister destacar, inclusive, que todos os itens de ESS estão amparados pelo art. 59 do Decreto nº 5.163/2004. Portanto, não há, do ponto de vista legal, motivo para promover tal segregação.

Segregar um item da liquidação financeira do mercado de curto prazo não resolve o problema do mercado. Pelo contrário, amplia.

É importante discutir os mecanismos para minimizar o percentual de inadimplência, bem como rever o critério de rateio de inadimplência.

O aprimoramento do mercado como um todo propiciará ganhos para todos os agentes, inclusive aqueles envolvidos com o despacho por razão de segurança energética.

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(Fl. 51 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Proposta de Resolução Normativa

Anexo II da Nota Técnica nº 054/2011-SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011

Proposta de Resolução Normativa

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL

RESOLUÇÃO NORMATIVA No , DE DE DE 2011.

Estabelece disposições relativas a registro de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs, e dá outras providências.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto nos incisos XIV e XVII do artigo 3o da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, nos artigos 1o e 56 do Decreto no 5.163, de 30 de julho de 2004, nos artigos 1o e 2o do Decreto no 5.177, de 12 de agosto de 2004, o que consta do Processo no 48500.000964/2011-12, e considerando que:

a atuação de agentes vendedores no Ambiente de Contratação Regulada – ACR deve observar,

entre outros pontos, as condições e limites estabelecidos na Convenção de Comercialização de Energia Elétrica; e

a Audiência Pública no AP 024/2011, realizada no período de 28 de abril a 05 de maio de 2011,

mediante intercâmbio documental, permitiu a coleta de subsídios e informações para o aperfeiçoamento deste ato regulamentar, resolve:

Art. 1o Estabelecer as disposições relativas ao registro de Contratos de Comercialização de

Energia no Ambiente Regulado – CCEARs a ser promovido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

Art. 2o A CCEE deverá efetuar o registro dos CCEARs por todo o período de suprimento,

conforme previsto no inciso II do art. 32 da Convenção de Comercialização, sendo que a manutenção desse registro estará vinculada ao não atendimento cumulativo, por parte do agente vendedor, dos seguintes requisitos:

I – cuja usina que confere respaldo físico ao contrato não esteja em operação comercial na data

de início de suprimento do CCEAR, independentemente do cumprimento do cronograma de implantação da usina estabelecido no ato de outorga;

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(Fl. 52 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Proposta de Resolução Normativa

II – que não tenha apresentado e registrado na CCEE contratos bilaterais de compra de energia elétrica para recomposição total de lastro, de acordo com a legislação aplicável; e

III – que tenha descumprido, no âmbito da CCEE, as obrigações de aporte integral de garantias

financeiras por dois períodos consecutivos, ou de pagamento integral dos débitos em uma única liquidação financeira do mercado de curto prazo.

Art. 3o A CCEE deverá, a cada processo de contabilização das operações de compra e venda de

energia elétrica, verificar a condição do agente vendedor conforme os critérios definidos no art. 2o, sendo que o cancelamento do registro do CCEAR, caso aplicável, deverá ser promovido de ofício.

§ 1o O disposto no caput deverá ser aplicado a partir da contabilização das operações de compra

e venda de energia elétrica realizadas no mês de abril de 2011. § 2o Na ocorrência do cancelamento do registro do CCEAR, as partes signatárias deverão ser

informadas pela CCEE em até dois dias úteis contados da data de cancelamento. Art. 4o A partir do cancelamento do registro do CCEAR de que trata esta Resolução, a

distribuidora signatária do respectivo contrato assumirá, a cada processo de contabilização, a exposição financeira no mercado de curto prazo.

§ 1o Observado o art. 5o, a exposição financeira de que trata o caput será considerada, para fins

tarifários, como: I – involuntária, no exato montante da energia contratada, desde o primeiro mês em que o

CCEAR deixou de ser contabilizado em razão do cancelamento de seu registro, caso a distribuidora acione a cláusula de resolução contratual; ou

II – voluntária, caso a distribuidora opte por manter sua relação contratual com o agente

vendedor. § 2o Na ocorrência do disposto no inciso II, a distribuidora tornar-se-á credora junto ao agente

vendedor no valor correspondente à exposição financeira, a ela atribuída, no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo.

Art. 5o A resolução do CCEAR motivada pelo cancelamento de seu registro, nos termos desta

Resolução, prescindirá de manifestação adicional por parte da ANEEL, desde que a distribuidora acione a cláusula de resolução contratual no prazo de até 30 dias a contar da data de recebimento da notificação emitida pela CCEE referente ao cancelamento do registro do CCEAR.

§ 1o O reconhecimento de exposição involuntária estará condicionado à comprovação, por parte

da distribuidora, de seu empenho em promover a substituição dos contratos que deram origem a sua exposição financeira no mercado de curto prazo.

§ 2o O empenho em promover a substituição dos contratos de que trata o § 1o será aferido a

partir da efetiva resolução do CCEAR.

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(Fl. 53 da Nota Técnica no 054/2011–SEM/ANEEL, de 16 / 05 / 2011)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Proposta de Resolução Normativa

Art. 6o Na hipótese de o CCEAR não ser resolvido em virtude do cancelamento de seu registro,

este poderá ser retomado caso o agente vendedor: I – promova o equacionamento dos débitos relacionados à exposição financeira do mercado de

curto prazo assumida pelas distribuidoras signatárias dos CCEARs, no período em que esses contratos não foram contabilizados; e

II – retome a condição de agente de mercado adimplente no âmbito da CCEE. § 1o Na ocorrência do disposto no inciso I, as partes signatárias do CCEAR deverão notificar a

CCEE para que esta promova, a partir do primeiro dia do mês subsequente à referida notificação, a retomada do registro dos contratos.

§ 2o A condição de agente de mercado adimplente no âmbito da CCEE de que trata o inciso II

implica o cumprimento, dentre outras obrigações estabelecidas na Convenção de Comercialização, de aporte pleno de garantias financeiras e de pagamento integral dos débitos da liquidação financeira do mercado de curto prazo.

§ 3o A retomada do registro de CCEAR, caso aplicável e observadas as disposições desta

Resolução, não produzirá efeitos retroativos. Art. 7o O art. 5o da Resolução ANEEL no 433, de 26 de agosto de 2003, passa a vigorar com a

seguinte redação: “Art. 5o ............................................................................................................................................. I – .................................................................................................................................................... II – ................................................................................................................................................... III – ..................................................................................................................................................

IV – declaração emitida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE atestando o equacionamento, por parte do agente detentor de Autorização ou Concessão de geração, de quaisquer obrigações perante à Câmara, bem como de eventuais débitos junto ao agente de distribuição signatário de CCEAR em virtude da exposição financeira decorrente de cancelamento de registro de contrato, nos termos da regulamentação específica.”

Art. 8o A CCEE deverá alterar, no que couber, as Regras e Procedimentos de Comercialização

de modo a reproduzir as disposições desta Resolução.

Art. 9o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

NELSON JOSÉ HUBNER MOREIRA