Upload
phungnhu
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
NOTA TÉCNICA 0088//1166
CONSTRUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O SEU PROCESSO DE TRABALHO
2018/2021
O objetivo desta Nota Técnica é apresentar aos Gestores orientações metodológicas
gerais para a construção de um Plano Municipal de Saúde. Trata-se de recomendações
que visam auxiliar a equipe local na organização deste momento, ficando a critério de
cada Gestor Municipal definir as estratégias mais adequadas para tal, de acordo com
suas prioridades.
1º PASSO – Definição da equipe de trabalho
A constituição de uma equipe responsável pela elaboração do Plano de Saúde é
imprescindível e deve ser a primeira medida adotada pelo Gestor Municipal,
buscando propiciar o mais amplo envolvimento no processo de elaboração do
mesmo.
É recomendável o envolvimento e comprometimento dos profissionais ligados aos
diversos níveis de atenção (da Estratégia de Saúde da Família ao nível hospitalar), as
Vigilâncias (Epidemiológica, Ambiental, Sanitária e Saúde do Trabalhador) e os setores
administrativos e financeiros. A partir da Constituição Federal Brasileira de 1988,
também conhecida como constituição cidadã, Lei n.º 8.142/90, resultado da luta pela
democratização dos serviços de saúde foram criados os Conselhos e as Conferências
de Saúde como espaços vitais para o exercício da participação e do controle social no
SUS. Na perspectiva de fortalecer as ações do controle social, recomenda-se a
participação de Conselheiros na formulação das políticas de saúde.
Para atender prazos específicos do plano e as exigências legais é obrigatória a
organização de um cronograma, através do qual, serão dimensionadas as etapas para
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
2
o cumprimento de cada passo exigido, incluindo as etapas de envio e discussão com o
Conselho de Saúde local.
Para que o plano seja operativo e articulado é necessário que as equipes utilizem
como base inicial outros instrumentos de gestão elaborados anteriormente, tais como:
avaliação do Plano Municipal de Saúde anterior, as ressalvas e recomendações do
Conselho Municipal de Saúde nas Programações Anuais de Saúde (PAS) e nos
Relatórios de Gestão (RAG), Relatório das Conferências de Saúde anteriores, Plano
Plurianual (PPA), Planos Estadual e Nacional de Saúde vigentes, bem como o Plano
atual da Gestão da Saúde proposto.
Os objetivos do Plano Municipal devem guardar coerência com os compromissos
negociados no âmbito da Região de Saúde no espaço da Comissão Intergestores
Regional (CIR), essa interligação é essencial para fortalecer o SUS nas Regiões de
Saúde.
2º PASSO – Análise Situacional de Saúde
O ponto de partida do Plano é a realização de uma análise situacional do município
para identificação, formulação, priorização e análise dos problemas de saúde em seu
território. O objetivo da análise situacional é permitir a identificação das
necessidades de saúde e seus problemas para determinar as prioridades de ação a
serem inseridas no Plano.
É importante delinear o perfil epidemiológico da população residente no município,
para o qual poderão ser utilizados diversos sistemas de informação de saúde,
definindo indicadores atuais e futuros para o município. Todos os dados deverão ser
analisados e comentados, sugerindo as características locais que podem estar
contribuindo para tal situação. Devem ser utilizados quadros, tabelas, gráficos para
cada conjunto de dados, preferencialmente visualizados numa série histórica de no
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
3
2.1 Condições de Saúde da População: Devem-se identificar os grupos
vulneráveis ou de necessidades que demandam intervenções específicas, e, quando
possível, os dados sejam desagregados segundo etnia, raça, sexo, faixa etária e local de
ocorrência/residência. Alguns indicadores podem fazer parte desses, tais como*:
Taxa de natalidade;
Taxa de mortalidade infantil e materna;
Taxa de mortalidade geral e por causas;
Morbidade hospitalar;
Morbidade dos Agravos de Notificação;
Imunizações e Doenças Imunopreveníveis.
*Os indicadores a serem trabalhados devem refletir a realidade sócio-econômica e
sanitária de cada município;
.
mínimo quatro anos. A análise situacional pode ser dividida em 3 eixos orientadores,
que são explicitados abaixo:
Condições de Saúde da População: este eixo relaciona os compromissos e
responsabilidades ligados somente ao setor saúde. Para identificar essas
condições é necessário definir o perfil demográfico, socioeconômico e
epidemiológico da população do município;
Determinantes e Condicionantes de Saúde: este eixo relaciona as medidas
compartilhadas ou sob a coordenação de outros setores – intersetorialidade –
que se configuram como determinantes e/ou condicionantes da situação de
saúde ou da atenção à saúde desenvolvidos pelo município. Por exemplo, as
questões de ambiente/saneamento, ciência e tecnologia, educação, etc;
Gestão em Saúde: este eixo relaciona-se com todos os componentes
considerados estratégicos para apoio ao desenvolvimento da gestão estratégica
e participativa local: como questões de planejamento, descentralização, Redes
de Atenção à Saúde e regionalização, financiamento, participação social, gestão
do trabalho em saúde, educação em saúde, informação em saúde e infra-
estrutura. Abaixo, alguns itens sugeridos para a construção da análise
situacional e suas respectivas fontes de informação:
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
4
2.3 Gestão em Saúde: Compreendendo uma análise dos componentes do sistema, dos
diversos setores da Secretaria Municipal de Saúde, contemplando:
Infraestrutura (disponibilidade de recursos logísticos, rede física, projetos de
investimento, distribuição e utilização de recursos humanos e materiais);
Gestão (base jurídico-política, estrutura organizacional, descentralização e processos
de gestão – planejamento, gestão do trabalho, educação permanente, controle
social, informação em saúde, redes de atenção, etc.);
Financiamento (transferências entre as esferas de gestão, gasto público total,
execução orçamentária e financeira, fundo de saúde e regulamentação do
financiamento);
Organização (formas de organização dos serviços existentes nos vários níveis de
atenção);
Produção/Prestação de Serviços (volume, tipo, relação oferta-demanda,
acessibilidade).
2.2 Determinantes e Condicionantes de Saúde:
Apresentação do território, limites, área geográfica, economia, renda;
Acesso ao abastecimento de água, coleta de lixo e dejetos, esgotamento sanitário,
condições das habitações;
População, estrutura etária, crescimento populacional, pirâmide etária, distribuição
segundo área de residência (urbana/rural), índice de envelhecimento, esperança de
vida ao nascer, grupos vulneráveis a exemplo de indígenas, assentados,
quilombolas, etc;
Educação (nível escolaridade, taxa de analfabetismo, rede de educação);
Acesso a vias de transporte;
Inserção no mercado de trabalho (empregado ou desempregado);
Tipo de ocupação, nível de renda, formas de organização social, religiosa e política.
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
5
Fontes de informação: As fontes relacionadas à gestão no seu município são obtidas
diretamente na Secretaria Municipal de Saúde e no Conselho Municipal de Saúde.
Na Sala de Situação do Ministério da Saúde existem dados sobre o financiamento e
Redes de Atenção: http://www.saude.gov.br/saladesituacao.
No site do CNES, se atualizado, existem dados sobre os recursos humanos da SMS:
http://cnes.datasus.gov.br/;
No site do SIOPS no link “[4] Demonstrativos” e “[3] Indicadores” no lado esquerdo
superior podem ser acessados alguns dados sobre financiamento do município:
http://siops.datasus.gov.br/municipio.php. Para consultá-los selecione a UF
(Pernambuco), o período desejado e o município. É necessário que os dados já
tenham sido enviados ao SIOPS.
O site do fundo nacional de saúde: http://www.fns.saude.gov.br/indexExterno.jsf
* É importante sempre levar em conta a fonte utilizada e se é possível levantar
dados mais atualizados, pois algumas informações podem estar com dados
desatualizados.
Fontes de informação:
No Caderno de Informações em Saúde do DATASUS*, basta acessar esses dados, por
meio do link abaixo, clicando no nome do seu município:
http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/pe.htm;
Na Sala de Situação do Ministério da Saúde existem algumas informações que podem
ser utilizadas nessa etapa: http://www.saude.gov.br/saladesituacao. Depois de
acessar a página (os pop-ups devem estar permitidos no navegador), clique em
"Entrar" na parte inferior central;
No site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
:http://www.ibge.gov.br/home/.
* É importante sempre levar em conta a fonte utilizada e se é possível levantar dados
mais atualizados, pois algumas informações podem estar com dados desatualizados.
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
6
2.4 Gestão em Saúde - Série histórica dos indicadores:
Faz-se necessário uma avaliação das tendências demonstradas na série histórica dos
indicadores priorizados. Porém vale ressaltar que o Estado de Pernambuco já utiliza
indicadores tais como:
Política Estadual de Fortalecimento da Atenção Primária (PEFAP);
Política Nacional de Melhoria de Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ);
Indicadores do SISPACTO que fazem parte do processo de transição para o
Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde (COAP);
Fontes de informação:
No site da Secretaria Estadual de Saúde, no menu do lado esquerdo, no item “Informações em Saúde” existem dados dos últimos anos de diversos indicadores dos municípios: http://portal.saude.pe.gov.br/;
No site do SISPACTO contém informações referentes ao Pacto pela Vida e de
Gestão http://portalweb04.saude.gov.br/sispacto/default.asp
Histórico de cobertura da Saúde da Família:
http://dab.saude.gov.br/portaldab/historico_cobertura_sf.php
No site do DATASUS, para cálculo dos indicadores:
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php;
http://www2.datasus.gov.br/SIAB/index.php
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
7
3º PASSO - Identificação e explicação dos problemas
A partir da caracterização da população do município, em termos demográficos,
condições de vida e situação epidemiológica, além das informações acerca do sistema
municipal de saúde, o próximo passo para conclusão da Análise Situacional é a
identificação e a explicação dos problemas.
Problema de saúde pode ser definido como algo considerado fora dos padrões de
normalidade para o ator social que está analisando uma determinada situação, no que
se refere aos riscos à saúde, às formas de adoecimento e morte da população
(problemas do estado de saúde da população) ou à organização e funcionamento do
sistema de saúde (problemas do sistema e dos Serviços de Saúde). Os problemas
devem ser formulados em frases, de modo mais preciso e completo possível.
Facilitando sua explicação e priorização.
O mais importante é que a explicação dos problemas deve ser associada às condições
de vida e saúde da população do município.ORecomenda-se que, com a realização
desse passo, seja produzida uma lista que não ultrapasse 10 problemas, podendo
dividir-se em 05 problemas do estado de saúde da população e 05 problemas do
sistema e dos serviços de saúde.
Nesse momento, não são suficientes apenas as informações de saúde dos municípios,
por mais completas que estas sejam sendo necessário estabelecer um processo de
reflexão e discussão coletiva em torno das informações existentes, aproveitando-se a
experiência acumulada dos gestores, técnicos e profissionais de saúde que atuam no
município. É essencial, ainda, uma escuta qualificada, que pode ser realizada através
do Conselho Municipal de Saúde (CMS), a fim de incorporar informações de usuários,
líderes comunitários, além das deliberações das Conferências Municipais de Saúde
para a identificação, priorização de problemas e a formulação de propostas para o
plano.
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
8
4º PASSO – Priorização dos problemas identificados
A partir da relação de problemas identificados, será necessário determinar as
prioridades que nortearão a definição das diretrizes da gestão municipal para saúde.
Selecionar problemas prioritários é um processo de escolha que não implica
necessariamente em ignorar a existência de outros problemas. É um procedimento
necessário dado o caráter praticamente ilimitado dos problemas e as limitações em
termos de recursos para enfrentá-los ao mesmo tempo.
Como sugestão, os municípios podem fazer uma oficina com vários atores sociais para
levantar os problemas e as prioridades para o período de governo (médio prazo).
Podem fazer parte da oficina: profissionais da Secretaria Municipal de Saúde,
profissionais da prefeitura, as organizações comunitárias e o conselho municipal de
saúde. Essas oficinas podem ser realizadas, a partir de diversas dinâmicas de trabalho,
sendo que os objetivos serão o levantamento do Diagnóstico (Análise Situacional) e a
definição dos problemas de saúde, a partir da percepção dos diversos atores sociais,
buscando não só o levantamento dos problemas, mas também a identificação dos
fatores que o determinam. Podemos definir nestas oficinas o que (problema), quando
(tempo), onde (ocorrência), quem (população afetada).
A partir do levantamento dos problemas para facilitar a decisão da gestão, deve-se,
priorizar também as ações que serão enfrentadas inicialmente pela gestão. Essas
ações podem ser classificadas pelos seguintes aspectos:
Magnitude – Tamanho do problema;
Transcendência – Importância política, cultural e técnica que é dado ao problema
considerado;
Governabilidade – Factibilidade (disponibilidade de conhecimentos e recursos
materiais para enfrentar o problema) e Viabilidade (controle das variáveis
políticas/econômicas que determinam a possibilidade de solução);
Custos – Quanto custa, em termo de recursos financeiros para enfrentar o
problema.
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
9
5º PASSO - Compatibilização dos problemas priorizados com as propostas da Conferência Municipal de Saúde
Sugere-se que o gestor elabore seu Plano Municipal de Saúde, priorizando os
problemas de saúde em consonância com o Conselho Municipal de Saúde, como já
explicitado anteriormente. Também é recomendado que a equipe de trabalho se
debruce sobre o relatório da Conferência Municipal de Saúde para verificar se as
propostas votadas e aprovadas na plenária final encontram-se contempladas dentre os
problemas priorizados.
Caso a Conferência Municipal de Saúde ocorra após a construção do Plano de Saúde,
sugere-se que as Diretrizes do Plano de Saúde possam nortear as discussões da
Conferência a fim de que as necessidades da população possam ser refletidas no
planejamento municipal.
6º PASSO - Formulação dos Compromissos do Plano Municipal de
Saúde (PMS)
Na sequencia da conclusão da análise de situação, a equipe de trabalho do Plano
Municipal de Saúde deve formular os compromissos expressos em diretrizes,
objetivos, metas quadrienais, indicadores e responsáveis.
O próximo passo consiste nos objetivos:
OBJETIVOS: expressam o que se pretende fazer acontecer a fim de superar,
reduzir, eliminar ou controlar os problemas identificados. Se bem formulados,
os objetivos descreverão a situação a ser alcançada.
DIRETRIZ: São formulações que indicam as linhas de ação a serem seguidas.
São expressões de forma objetiva – sob a forma de um enunciado – síntese – e
visam delimitar a estratégia geral e as prioridades do Plano de Saúde
EXEMPLO: Qualificação e Humanização na Atenção á Saúde
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
10
É importante destacar que a proposição de objetivos não pode estar relacionada
somente com a solução de problemas, deve-se também considerar a factibilidade
técnico-organizacional e a viabilidade política e econômica. É imprescindível apontar
os responsáveis pelos objetivos a serem alcançados.
A partir da construção dos objetivos, a equipe de trabalho do PMS deve passar para
a formulação das metas quadrienais.
Nesse sentido, deve-se ter bastante cuidado ao elaborar as metas para o período de
quatro anos. Assim, as metas devem ser devidamente qualificadas, o que significa
analisar de que forma elas serão apuradas. Por exemplo: que indicadores serão
usados e quais são as fontes de dados ou que estudos deverão ser desenvolvidos,
inclusive como, quando e quem os desenvolverá.
EXEMPLO: “Efetivar a atenção básica como principal porta de entrada e
ordenadora do SUS, usando estratégias para assegurar qualificação na
assistência e no acompanhamento dos municípios.”
Metas - As metas são expressões quantitativas de um objetivo, elas
concretizam o objetivo no tempo, esclarecem e quantificam “o que”,
“para quem”, “quando”.
EXEMPLO: Implantar 04 equipes de Saúde da Família
INDICADOR – É uma razão que reflete a situação determinada, a partir da relação entre variáveis existentes e programadas que permitam medir mudanças e determinar o grau de cumprimento das metas.
EXEMPLO: nº de Equipes de Saúde da Família implantadas
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
11
7º PASSO– Apresentação ao Conselho Municipal de Saúde para Análise e Deliberação
Uma vez concluídos os seis passos anteriores, cabe à equipe de trabalho apresentar
o ao Conselho Municipal de Saúde para discussão e incorporação das últimas
contribuições antes da formatação final e aprovação do Plano Municipal de Saúde.
Desse modo, a gestão municipal estará atendendo o que determina a Lei nº.
8.142/90 e o CMS estará cumprindo o seu papel de coformulador das políticas de
saúde do município.
8º PASSO – Publicação da resolução com a Deliberação do Conselho Municipal de Saúde sobre o PMS em Diário Oficial
Cumprindo com o seu papel deliberativo, o Conselho Municipal de Saúde deve
elaborar uma resolução com a deliberação sobre o Plano Municipal de Saúde, que
deve ser homologada pelo Secretário Municipal de Saúde, no prazo máximo de trinta
dias, após o plenário.
Para garantir a transparência do processo e a legitimidade do Plano Municipal de
Saúde, o mesmo deverá ser anexado ao Sistema de Apoio ao Relatório Anual de
Gestão (SARGSUS) juntamente com a resolução do CMS durante a alimentação do
Relatório Anual de Gestão, além de ser publicizado no Diário Oficial e no site do
município, caso possua.
ATENÇÃO: Agenda prioritária em 2017 para o Planejamento
Municipal da Saúde:
Elaborar Relatório Anual de Gestão referente ao exercício 2016 e Revisar a PAS
2017 com prazo até 30/03/2017;
Construir e apresentar à Câmara dos Vereadores em Audiência Pública e ao
Conselho Municipal de Saúde o RReellaattóórriioo DDeettaallhhaaddoo QQuuaaddrriimmeessttrraall em Maio,
Setembro e Fevereiro do ano seguinte conforme agenda abaixo:
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
12
Fevereiro/2017 – Apresentação do 3º RDQ de 2016;
Maio/2017 - Apresentação do 1º RDQ de 2017;
Setembro/2017 - Apresentação do 2º RDQ de 2017;
Fevereiro/2018 - Apresentação do 3º RDQ de 2017;
Realizar a CCoonnffeerrêênncciiaa MMuunniicciippaall ddee SSaaúúddee que trará as necessidades de saúde
da população local, base para a construção do PMS 2018-2021;
Elaborar o Plano Municipal de Saúde 2018-2021 bem como sua Programação
Anual de Saúde 2018 (Ver Nota Técnica Nº 05) e aprovar no Conselho
Municipal de Saúde como previsto na Lei Complementar 141/2012 até antes do
envio da LDO 2018 (01/08/2017);
Elaborar o PPllaannoo PPlluurriiaannuuaall ((PPPPAA 22001188--22002211)),, a LLeeii ddee DDiirreettrriizzeess OOrrççaammeennttáárriiaass
((LLDDOO 22001188)) e a LLeeii OOrrççaammeennttáárriiaa AAnnuuaall ((LLOOAA 22001188)) para o 2º ano de Gestão
em consonância com os instrumentos básicos de planejamento.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. BAHIA. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. Manual Prático de Apoio À elaboração de planos municipais de Saúde. Salvador, 2009.42 p.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS - Uma Construção Coletiva – Instrumentos Básicos – Vol. 2.Brasília, DF, 2008.54 p.
3. BRASIL. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 31 dez. 1990.
4. SÃO PAULO. Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo.Instrumento de Planejamento da Gestão Municipal do SUS - Nota Técnica CIB. São Paulo, SP, 2009. 40 p.
5. SANTA CATARINA. Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina. Guia para elaboração do plano municipal de saúde. Florianópolis, SC, 2008.11p.
SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
13
LEGISLAÇÃO CONSULTADA
1. Acórdão TCU nº 1459/2011, de 03/06/11 – Dispõe sobre a
obrigatoriedade na alimentação do Relatório Anual de Gestão no sistema
SARGSUS a estados e municípios e permite o acesso aos relatórios de gestão
registrados no SARG-SUS por qualquer cidadão via internet;
2. Decreto GM/MS nº 7.508 de 28/06/11 – Regulamenta a Lei 8080/90 e
dispõe sobre a organização do sistema público de saúde, o planejamento da
saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa;
3. Lei Complementar nº 141 de 13/01/12 - Dispõe sobre os valores mínimos
a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de
rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização,
avaliação e controle das despesas com saúde nas três esferas de governo; e
revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de
27 de julho de 1993;
4. Portaria GM/MS nº 575, de 29/03/12 - Institui e regulamenta o uso do
Sistema de Apoio ao Relatório Anual de Gestão (SARGSUS), no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS);
5. Resolução CNS nº 459, de 10/10/12 - Aprova o Modelo Padronizado de
Relatório Quadrimestral de Prestação de Contas para os Estados e Municípios,
conforme dispõe o parágrafo 4º do artigo 36 da Lei Complementar nº
141/2012.
6. Portaria GM/MS nº 2.135, de 25/09/13 - Estabelece diretrizes para o
processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Gerência de Gestão Estratégica e Participativa
Diretoria Geral de Planejamento
Tel: 3184-0169/0070 E-mail: [email protected]; [email protected]