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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Nota Técnica nº 238/2015–SRM-SRG/ANEEL
Em 29 de outubro de 2015.
Processo: 48500.006210/2014-19 Assunto: Critérios para anuência e as demais condições de repactuação do risco hidrológico, nos termos da medida da Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015 – MP 688.
I. DO OBJETIVO
1. Apresentar proposta final de Resolução Normativa com critérios para anuência e as demais condições de repactuação do risco hidrológico, nos termos da medida da Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015 – MP 688.
II. DOS FATOS
2. Em 28 de maio de 2015 foi aberta a Audiência Pública nº 32/2015 – AP 32/2015, com prazo de contribuições até 6 de julho de 2015, cujo objetivo foi obter subsídios e informações adicionais para a discussão conceitual do GSF.
3. Em 5 de agosto de 2015 foi emitida a Nota Técnica nº 134/2015-SRM/SRG/ANEEL, consolidando a análise das contribuições recebidas na AP 32/2015.
4. Em 12 de agosto de 2015 foi emitida a Nota Técnica nº 146/2015-SRM/SRG/ANEEL, com proposta de repactuação com transferência do risco hidrológico dos contratos regulados vigentes de fonte hidrelétrica para os consumidores, mediante redução de preço.
5. Em 18 de agosto de 2015 foi publicada a Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015, dispondo sobre a repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica e instituindo a bonificação pela outorga de concessão de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
6. Na 30ª Reunião Pública Ordinária de Diretoria, realizada no dia 18 de agosto de 2015, restou decidido pela abertura da 2ª fase da AP 32/2015, com vistas a colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento dos instrumentos para a repactuação do risco de que trata a MP 688, ocasião em que também foi exarado o Despacho nº 2.721/2015, negando administrativamente o pleito dos agentes em relação a compensações ao risco hidrológico incorrido.
7. Na 32ª Reunião Pública Ordinária de Diretoria, realizada no dia 1° de agosto de 2015, restou decidido pela abertura da 3ª fase da AP 32/2015, com vistas a obter subsídios para o aprimoramento: (i) da proposta de Resolução Normativa que revisa a Resolução Normativa nº 337, de 11
FL. 2 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
de novembro de 2008, e a Convenção de Comercialização de Energia Elétrica, aprovada pela Resolução Normativa nº 109, de 26 de outubro de 2004; e (ii) dos aditivos aos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEAR para extensão do prazo das outorgas vigentes e aos Contratos de Concessão.
8. Na 35ª Reunião Pública Ordinária de Diretoria, realizada no dia 22 de setembro de 2015, restou decidido pela abertura da 4ª fase da AP 32/2015, com vistas a colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento de minuta de resolução normativa visando definir as condições e os procedimentos para a repactuação do risco hidrológico dos agentes de geração participantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE.
III. DA ANÁLISE
9. A Medida Provisória nº 688 – MP 688, de 18 de agosto de 2015, permitiu a repactuação do risco hidrológico atualmente suportado pelos agentes de geração hidrelétrica participantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, desde que haja anuência da ANEEL.
10. A MP 688 prevê mecanismos diferenciados para essa repactuação, relacionados à energia vendida pelos geradores no Ambiente de Contratação Regulada e não Regulada1, doravante denominados Ambiente de Contratação Regulada – ACR e Ambiente de Contratação Livre – ACL.
11. Como a repactuação depende de anuência da ANEEL, nos cabe definir os critérios de anuência, que respeitem a condição de equilíbrio entre as partes. Além disso, foi inserido comando que prevê o ressarcimento dos resultados obtidos pelos geradores desde janeiro de 2015, com compensação em anos posteriores, de modo que é preciso também regular como se dará a aferição dos resultados já realizados e a forma de compensação.
12. A MP 688 também prevê compensação para a contratação voluntária de reserva de capacidade de geração específica para mitigação do risco hidrológico2, o que também merece regulamentação.
13. O caput do art. 1º da MP 688 apresenta a possibilidade de repactuação nos seguintes termos:
“Art. 1o O risco hidrológico suportado pelos agentes de geração hidrelétrica participantes do Mecanismo de Realocação de Energia - MRE poderá ser repactuado pelos geradores, desde que haja anuência da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, com efeitos a partir de 1o de janeiro de 2015, mediante contrapartida dos agentes de geração hidrelétrica.”
14. Do texto se depreende que a repactuação só será válida caso haja anuência da ANEEL e concomitante contrapartida dos agentes de geração hidrelétrica. Também do art. 1º decorre os efeitos da repactuação anuída com contrapartida devidamente dimensionada se dão a partir de janeiro de 2015. Assim, é preciso definir quais os critérios de anuência e como estabelecer a contrapartida adequada aos consumidores, estabelecendo-se mecanismos capazes de gerar efeitos de forma permanente com equilíbrio entre as partes repactuantes (geradores hidrelétricos e consumidores), estendendo-se os mesmos efeitos desde janeiro de 2015.
1 O ambiente denominado na MP de não regulado se refere à contratação livre (entre consumidores e geradores) e também a autoprodução de energia elétrica. 2 Inciso II do §4° do art. 1° da MP 688.
FL. 3 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
15. Se a Medida Provisória encerrasse seu texto no caput do art. 1º, caberia à ANEEL, na qualidade de anuente, a regulação integral desse mecanismo de repactuação do risco hidrológico. Não obstante, algumas diretrizes são dadas nos parágrafos subsequentes para orientar a regulação da Agência. A primeira dessas diretrizes é a diferenciação dos mecanismos aplicáveis aos blocos de energia contratada no Ambiente de Contratação Regulada - ACR e não contratada no ACR (doravante denominada energia do Ambiente de Contratação Livre – ACL).
III.1 ENERGIA CONTRATADA NO ACR
16. O primeiro bloco, da energia contratada no ACR, tem seu tratamento descrito nos §§ 1º a 3º:
“§ 1º O risco hidrológico repactuado, relativo à energia contratada no Ambiente de Contratação Regulada de que trata o art. 2º da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, será coberto pela Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias, observadas as seguintes condições: I - pagamento de prêmio de risco pelos geradores hidrelétricos, a ser aportado em favor da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias; e II - cessão para a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias dos direitos e das obrigações dos geradores referentes, respectivamente, à liquidação da energia secundária e ao deslocamento de geração hidrelétrica, decorrentes de ajustes do MRE, no Mercado de Curto Prazo. § 2º Será ressarcido aos agentes de geração o resultado do deslocamento de geração hidrelétrica subtraído da liquidação da energia secundária e do prêmio de risco pactuado, referente à energia contratada no Ambiente de Contratação Regulada no ano de 2015, por meio da postergação de pagamento do prêmio de que trata o inciso I do § 1º, com aplicação de taxa de desconto. § 3º Não havendo prazo remanescente de contrato de venda de energia que permita o ressarcimento de que trata o § 2º, os agentes de geração poderão optar por quaisquer dos seguintes instrumentos: I - extensão do prazo das outorgas vigentes, com base nos preços contratados e compatível com o ressarcimento de que trata o § 2º, limitado a quinze anos, com direito de celebração de contrato de energia no Ambiente de Contratação Regulada coincidente com a extensão de prazo da outorga, mantidas as condições contratuais vigentes, ressalvada a repactuação do risco hidrológico; e II - extensão do prazo das outorgas vigentes, com base em preço de referência compatível com o ressarcimento de que trata o § 2º, limitado a quinze anos, dispondo o gerador livremente da energia.”
17. O § 1º explicita que a contrapartida necessária para garantir a eficácia da repactuação do risco hidrológico, a ser oferecida pelos geradores com energia contratada no ACR, se dá pelo pagamento de um prêmio depositado na Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias.
18. O dispositivo segue estabelecendo que o pagamento desse prêmio seja aliado à cessão de direitos e obrigações vinculados à geração de energia secundária e ao deslocamento da geração hidrelétrica, decorrente de ajustes do MRE, no Mercado de Curto Prazo - MCP.
FL. 4 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
19. Nesse ponto, é importante observar que as transações ocorridas dentro do MRE possuem efeitos indiretos no MCP. O resultado do MCP depende da geração hidrelétrica verificada em cada mês e das decisões tomadas pelos agentes em relação à sazonalização de garantia física no MRE e ao montante de energia transacionado em contratos.
20. A existência de ajustes ou energia secundária não implica, respectivamente, falta ou sobra de recursos energéticos para atendimento de contratos de venda. Um agente pode ter energia secundária e ficar exposto ao MCP, pois seu recurso energético total, dado pela energia alocada pelo MRE, pode ser menor que sua obrigação de entrega contratual no respectivo mês e vice-versa.
21. Assim, o próprio conceito de deslocamento da geração hidrelétrica com efeitos no MCP não é autoaplicável, sendo dependente do mecanismo de repactuação que se deseja implementar, considerando quais são os efeitos permanentes da repactuação e quais as implicações da retroação desses efeitos a janeiro de 2015.
22. Para o caso da energia contratada no ACR, já na NT 193/2015 foi explicitado que a repactuação deve observar somente os efeitos hidrológicos, desconsiderando as estratégias de sazonalização3. Desse modo, o deslocamento da geração hidrelétrica utilizado como referência para aplicação do mecanismo compara a energia alocada pelo MRE com a garantia física uniforme, auferindo o desempenho exclusivo dos fatores hidrológicos. Esse resultado é transferido ao consumidor na proporção do risco repactuado, ou seja, trata-se de uma transferência de efeitos do risco de uma parte para a outra, expurgados os fatores não hidrológicos, independentemente do resultado efetivamente obtido pelo gerador no MCP.
23. Assim, o prêmio de risco da energia contratada no ACR deve ser necessariamente diferente do prêmio de risco da energia do ACL, que, como se verá adiante, não cuida de repactuação via transferência de risco, mas via transferência de proteção (hedge).
24. Essa sistemática perene de repactuação via transferência do risco hidrológico entre as partes, implica o recálculo dos resultados de 2015 para os geradores, tendo em vista a previsão de retroatividade contida no caput do art. 1º. Esse recálculo é descrito no § 2º, no qual se estabelece que a diferença positiva em prol do gerador, decorrente da aplicação retroativa, deve ser amortizada pela postergação de pagamento do prêmio em anos subsequentes, enquanto durar o contrato de venda.
25. Percebe-se que há uma integridade nos conceitos explorados na NT 193/2015. O mecanismo de repactuação é perene, com efeitos a partir de janeiro de 2015, ou seja, não é possível aplicar uma sistemática para um ano e outra sistemática nos demais. Esse entendimento implica que o deslocamento hidráulico de referência e o respectivo prêmio de risco devem ser compatíveis com a modalidade de repactuação do risco hidrológico via transferência de risco, não sendo aplicáveis à modalidade de repactuação via transferência de hedge, destinada à energia do ACL.
26. É justamente por isso que o deslocamento hidráulico de referência e o prêmio de risco associado variam em função do mecanismo a ser implementado4, o que permite a elaboração de produtos diferenciados de repactuação do risco hidrológico no ACR, considerando os dispositivos elencados na MP
3 Essa interpretação está refletida na formulação proposta no art. 3° da minuta de Resolução disponibilizada na 4ª fase da AP 32/2015. 4 O que por consequência afeta o resultado a ser compensado em relação ao ano de 2015, o qual se trata apenas de aplicação retroativa da sistemática perene de repactuação do risco hidrológico.
FL. 5 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
688. Esses produtos serão apresentados em seção específica que dispõe sobre o cálculo do prêmio de risco no ACR.
27. Finalizando os dispositivos que tratam da repactuação aplicável à energia contratada no ACR, a MP traz no § 3º do art. 1º a possibilidade de extensão da concessão, hipótese aplicável caso o prazo do contrato de venda não seja suficiente para amortizar o resultado da retroação do mecanismo ao ano de 2015.
28. Na NT 193/20155 foi proposto que, antes de estender a outorga, fosse estendido o contrato de venda, no bojo dos critérios de anuência a serem estabelecidos pela ANEEL. Isso porque, a MP 688 trata de um mecanismo perene de repactuação de risco hidrológico, de modo que a proposta feita buscou evitar que um agente gerador adepto à medida fique com um intervalo em sua outorga sem a proteção do risco repactuado, voltando a gozar da proteção apenas no período de extensão dessa outorga.
29. Assim, a extensão da outorga só ocorreria caso não houvesse prazo de outorga suficiente para estender o contrato de venda no ACR em período capaz de amortizar o resultado de 2015. Para o consumidor, essa sistemática eliminaria o risco de recontratação do montante de reposição. Para o gerador, reduzir-se-ia a possibilidade de ocorrência de um intervalo de tempo sem cobertura do risco hidrológico, que só aconteceria caso o prazo necessário de vigência do contrato de venda para amortização de 2015 se encerrasse antes do fim da outorga original.
30. Alguns agentes questionaram a legalidade da extensão do contrato de venda, por não haver previsão expressa na MP 688, além de argumentarem que não há vantagem para o gerador na extensão do contrato de venda. A vantajosidade para o gerador está bem conFigurada justamente porque a extensão do contrato de venda protege o gerador do risco hidrológico durante o prazo estendido. Além disso, ainda que não haja previsão expressa na MP 688, a proposta feita na NT 193/2015 não é conflitante com a MP 688, podendo ser interpretada como critério de anuência à repactuação.
31. Não obstante, é fato que a proposta inicial apresentada na NT 193/2015 limita a possibilidade de alguns agentes aderirem, em função de já terem tomado decisões de venda a prazo mais longo, não dispondo de energia suficiente para estender seus contratos de venda atuais no ACR. Além disso, contratos com vencimento próximo vinculados a UHEs possuem um preço elevado, sendo possível que o consumidor consiga contratar o montante de reposição a preços mais baixos.
32. Também é preciso ressaltar que alguns contratos possuem vedação legal para prorrogação, de modo que a ANEEL não poderia exercer seu critério de anuência. Assim, propõe-se afastar a previsão de extensão de prazo dos contratos de venda. Dessa forma, a compensação do resultado de 2015 que não tenha sido amortizada integralmente pela postergação do pagamento do prêmio, em função de o prazo do contrato original de venda no ACR ser insuficiente, se dará necessariamente por extensão do prazo de concessão. Para o período de extensão, o agente poderá negociar sua energia livremente ou recontratá-la nas condições originais6, escolha que deverá ser feita na assinatura do termo de repactuação.
5 Complementada pela Nota Técnica nº 197/2015-SRM/SRG/ANEEL. 6 Exceto contraparte e montante. O novo contrato será multilateral e o montante contratado considerará toda a garantia física da UHE, observada a repactuação de parcela dessa garantia física no ACL.
FL. 6 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
33. Outro ponto afeto aos critérios de anuência a serem estabelecidos pela ANEEL no âmbito da competência conferida pela MP 688 é a elegibilidade da energia no mecanismo do ACR ou do ACL. Na NT 193/2015 foi proposta a exclusão da possibilidade de adesão em qualquer ambiente dos agentes que puderam repactuar o risco hidrológico no âmbito da oferta de renovação do contrato de concessão por 30 anos em regime de cotas promovida pela Medida Provisória nº 579/2012, convertida na Lei 12.783/2013.
34. O consumidor poderia estar se beneficiando desde 2013 com o ingresso dessa energia ao regime de cotas e teria arcado com o risco hidrológico desde então. Agora que as outorgas desses agentes têm vencimento próximo, não haveria vantagem para o consumidor numa repactuação retroativa a 2015, a qual, ainda por cima, postergaria ainda mais o ingresso dessa energia ao regime de cotas. Nesse ponto, mantemos o entendimento.
35. Ainda quanto à elegibilidade, propusemos que só seria elegível ao mecanismo do ACR a energia vinculada a contratos com vigência mínima até dezembro de 2016. Também mantemos esse entendimento. A MP 688 trata de um regime de repactuação do risco hidrológico com efeitos perenes e futuros, sendo a retroação uma excepcionalidade conferida como benefício aos geradores. Não há como retroagir um mecanismo se ele não é aplicável em 2016 em função de o agente não estar mais contratado no ACR. Assim, para que o agente não seja excluído da possibilidade de repactuação, sua participação se daria no mecanismo do ACL.
36. Por fim, foi proposto que só seriam elegíveis para o ACR os contratos de venda com lastro identificável e exclusivo oriundo de usina hidrelétrica. Esse critério busca evitar a repactuação de contratos no ACR com lastro genérico, misto ou não identificável, cuja precificação envolve estratégias de portfólio, e não apenas risco hidrológico. Essas estratégias não possuem relação com a definição do prêmio de risco.
37. Além disso, contratos dessa natureza permitem que uma mesma planta possa ser citada como lastro em vários contratos (ou vários produtos com durações distintas) e também que um mesmo contrato (ou mesmo produto) misture em seu lastro plantas geradoras com outorgas distintas e fontes diversas.
38. Nesse sentido, sem excluir os agentes da possibilidade de repactuação, mantemos o entendimento de que o critério de anuência mais adequado é o endereçamento dessa energia para o mecanismo do ACL, de modo que cada usina ficaria com seu risco repactuado, com a precificação adequada de prêmio de risco via transferência de hedge.
III.2 ENERGIA DO ACL
39. Em relação à energia do ACL, as diretrizes do mecanismo de repactuação do risco hidrológico são tratadas nos §§ 4º e 5º do art. 1º da MP 688:
“§ 4º A parcela do risco hidrológico vinculado à energia não contratada no Ambiente de Contratação Regulada será repactuada por meio da assunção pelos agentes de geração de direitos e obrigações vinculados à energia de reserva de que trata o art. 3º-A da Lei no 10.848, de 2004, observadas as seguintes condições: I - pagamento de prêmio de risco pelos geradores hidrelétricos a ser aportado na Conta de Energia de Reserva - Coner;
FL. 7 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
II - contratação voluntária pelos agentes de geração, de reserva de capacidade de geração específica para a mitigação do risco hidrológico, que poderá ser definida pelo Ministério de Minas e Energia, a partir de estudo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética - EPE, cujos custos não serão rateados com os usuários finais de energia de reserva do Sistema Interligado Nacional - SIN; e III - ressarcimento da diferença entre as receitas e os custos associados à energia de reserva de que trata o inciso II por meio da extensão do prazo das outorgas vigentes, limitado a quinze anos. § 5º Será ressarcido aos agentes de geração o resultado do deslocamento de geração hidrelétrica subtraído da liquidação da energia secundária e do prêmio de risco pactuado na forma do inciso I do § 4o, referente à energia contratada no Ambiente de Contratação Livre ou destinada à autoprodução para consumo próprio no ano de 2015, por meio de quaisquer dos seguintes instrumentos: I - extensão de prazo da outorga, limitado a quinze anos, dispondo o gerador livremente da energia; e II - direito de celebração de contrato de energia no Ambiente de Contratação Regulada, coincidente com a extensão de prazo da outorga, limitado a quinze anos, a preços e condições a serem estabelecidas pela Aneel.”
40. A diferença fundamental em relação à proposta do ACR é que a repactuação de risco no ACL não se dá via transferência do risco entre as partes, mas via transferência do hedge representado pela energia de reserva, conforme § 4º. Essa diferença exige que se definam critérios de anuência diferenciados no ACL e se aplique mecanismo específico, a fim de se manter a integridade do disposto no caput do art. 1º da MP 688, que prevê a repactuação do risco hidrológico com contrapartida ao consumidor, produzindo efeitos desde 2015.
41. A NT 193/2015 descreveu os critérios que equilibram a transferência da energia de reserva existente vis-à-vis os benefícios da retroação do mecanismo ao ano de 2015 e da compra de capacidade incremental de energia de reserva.
42. Nesse aspecto, é preciso ressaltar que o § 5º disciplina tão somente à aplicação retroativa do § 4º, de modo que o deslocamento da geração hidrelétrica do ACL se refere ao resultado que seria evitado pela transferência do uso da energia de reserva existente durante o ano de 2015, aplicando-se neste ano a mesma sistemática perene da operacionalização do mecanismo de repactuação dos anos subsequentes, de forma a atender integralmente ao comando dado no caput do art. 1º.
43. Interpretações distintas, como as sugeridas em algumas contribuições7, cotejam que o ano de 2015 teria um tratamento diferenciado em relação aos anos subsequentes, ainda que o prêmio pago nesse ano seja exatamente igual ao pago nos anos subsequentes.
44. Isso equivaleria a dizer que não haveria integridade na relação de repactuação de risco com contrapartida, na medida em que estariam sendo ressarcidos os efeitos ocorridos em 2015 mediante
7 Como exemplo, citamos as contribuições recebidas da APINE, COPEL, CEMIG, Light, CPFL, Duke, ABRAGE, CEEE, ABCE, Excelência Energética, AES Tietê e Cia Geração de Energia Pilão na 4ª fase da AP 32/2015.
FL. 8 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
a exigência de um prêmio que não é adequado à relação repactuada, a qual prevê explicitamente a transferência de hedge entre as partes8.
45. Caso o resultado a ser compensado em relação a 2015 não seja dependente do volume de reserva existente repactuado, criaríamos um estímulo para que os agentes buscassem adquirir o menor montante possível de energia de reserva existente, pois o resultado a ser ressarcido em 2015 aumentaria quanto menor esse montante. Ou seja, a leitura dos agentes implica que o benefício do ressarcimento seria tanto maior quanto menor o ônus de se obtê-lo, ferindo a lógica econômica da repactuação e ignorando a contrapartida ao consumidor.
46. Para tratar o equilíbrio dessa relação, a NT 193/2015 estabeleceu que o prêmio associado à transferência da energia de reserva seria o próprio custo dessa energia, a partir do diagnóstico de que ela é um seguro bastante custoso para seu usuário.
47. Nesse sentido, eximir o consumidor do pagamento da reserva existente durante a vigência da outorga do gerador optante pela repactuação já seria uma contrapartida adequada, ainda que o mecanismo fosse retroagido a 2015.
48. Não obstante, seria preciso estabelecer um nível mínimo de reserva existente que o gerador hidrelétrico seria obrigado a reter durante seu prazo original de outorga, tendo em vista o benefício complementar de comprar capacidade incremental de energia de reserva com integral ressarcimento de eventuais perdas no usufruto desse incremento, conforme disposto nos incisos II e III do § 4º do art. 1º da MP 688. O estabelecimento desse mínimo busca estabelecer uma restrição orçamentária para o gerador optante pela repactuação no ACL, conforme Figura 1.
Figura 1 – Restrição orçamentária do gerador
49. A inserção dessa restrição orçamentária é importante porque, quanto maior o prazo de outorga original do gerador, maior é o incentivo econômico do carregamento da reserva incremental, dada
8 Repete-se o comando do § 4º: A parcela do risco hidrológico vinculado à energia não contratada no Ambiente de Contratação Regulada será repactuada por meio da assunção pelos agentes de geração de direitos e obrigações vinculados à energia de reserva de que trata o art. 3º-A da Lei no 10.848, de 2004.
FL. 9 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
a integral compensação do usufruto dessa reserva em extensão do prazo de concessão. Em caso de opção livre, os geradores com maior prazo de outorga poderiam optar por levar uma quantidade irrisória de reserva existente apenas para se habilitarem à compra de reserva incremental, mesmo que isso implicasse um menor ressarcimento para o ano de 2015.
50. Na NT 193/2015, foi proposto que o meio de tornar essa escolha mais equilibrada do ponto de vista do consumidor seria a partir da imposição de uma restrição financeira ao gerador repactuante associada ao pagamento de um montante mínimo de energia de reserva existente durante todo o prazo remanescente da outorga. Esse pagamento se manteria, portanto, concomitante ao pagamento da energia de reserva incremental, quando essa entrasse em operação. Fazendo isso, o gerador beneficiar-se-ia em extensão de prazo de outorga pelo uso da reserva incremental e pela retroação do uso da reserva existente no ano de 2015, além de estar protegido contra a redução da garantia física.
51. Alguns agentes, além de desconsiderarem o benefício da redução da garantia física, argumentaram que o mínimo imposto para contratação da reserva existente estava muito elevado, tornando a repactuação no ACL inviável. Nessa perspectiva, propomos um aprimoramento em relação ao disponibilizado na NT 193/2015, preservando a lógica da imposição de uma restrição financeira ao gerador, mas tornando a escolha flexível.
52. Nessa nova proposta, o agente poderá contratar energia de reserva incremental em montante igual ao solicitado de energia de reserva existente no momento da repactuação e não terá direito à compensação pela redução da garantia física. A solicitação de energia de reserva existente não será limitada. Quanto mais energia de reserva existente o agente solicitar, mais reserva incremental poderá ser adquirida e maior será o resultado compensado do ano de 20159. Caso o volume solicitado de energia de reserva existente não possa ser integralmente atendido, o agente poderá utilizar essa frustração no atendimento como direito de compra de reserva incremental. A nova lógica de tratamento da restrição orçamentária é apresentada na Figura 2.
Figura 2 – Nova proposta de tratamento da restrição orçamentária do gerador.
9 A compensação máxima de 2015 se dará pelo desempenho da geração hidrelétrica observada em relação à garantia física do MRE.
FL. 10 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
53. Para que a relação com o consumidor fique equilibrada, mantemos a proposta de que a energia de reserva existente deve ser paga durante todo o prazo remanescente de outorga. Além disso, o deslocamento hidráulico de referência para ressarcimento do ano de 2015 deve ser o resultado da geração da energia de reserva solicitada para esse ano10.
54. Com essa sistemática os geradores com pouco prazo remanescente de outorga, que terão pouco ou nenhum período de usufruto da reserva incremental, tomarão sua decisão buscando equilibrar o ressarcimento de 2015 com o ônus de carregar a reserva existente repactuada nesse prazo remanescente de outorga. Já os geradores com prazo mais longo, darão maior valor à oportunidade de contratar reserva incremental, sopesando a compensação dos resultados de 2015 com um maior período de carregamento da reserva existente.
55. Em relação às alternativas de contratação no período de extensão de prazo de outorga para compensar os resultados de 2015 ou do uso da reserva incremental, a proposta da NT 193/2015 restringia a opção de contratação ao ambiente livre, para evitar desequilíbrios no balanço contratual do ACR. Essa restrição se deveu à redação do § 5º atribuir dois instrumentos de ressarcimento sem explicitar que esses instrumentos seriam de livre escolha dos geradores11, de modo que a escolha caberia à ANEEL na qualidade de anuente da repactuação.
56. Não obstante, alguns agentes apresentaram pleitos sobre a dificuldade de securitizar os direitos emergentes da extensão de prazo caso não haja opção de venda no ACR com condições preestabelecidas.
57. Assim sendo, consideramos que é viável disponibilizar essa opção aos geradores repactuantes no ato da repactuação. Os efeitos nos balanços contratuais das distribuidoras ocorreriam também se as usinas hidrelétricas virassem cotas, pois elas teriam ingresso compulsório no portfólio de compra, de modo que não há alteração nesse aspecto. Considerando isso, estabelece-se ainda que a venda dessa energia no ACR no período de extensão de outorga se dê pela mesma regra de alocação da energia proveniente de cotas de usinas vencidas.
III.3 DOS DISPOSITIVOS APLICÁVEIS AOS DOIS AMBIENTES
58. Trataremos agora da discussão dos dispositivos gerais, aplicáveis aos dois ambientes. Todavia, antes de avançar nos demais dispositivos da MP 688 é preciso discutir qual será o critério de extensão de prazo de outorga para usinas que optem por se proteger em parte com o mecanismo do ACR e em parte com o mecanismo do ACL, podendo constituir ativo financeiro oriundo dos dois mecanismos. Não faz sentido que a extensão de prazo de outorga de uma usina se dê em parcelas distintas, pois se trata de um único bem público concedido, independente dos arranjos comerciais e societários adotados por seus titulares.
59. Daí decorre que, no prazo de extensão da outorga, toda a garantia física deve ser utilizada para amortização do ativo financeiro constituído, ainda que represente mais do que o montante
10 Assumindo um PLD médio de R$ 271/MWh para 2015 e uma geração de reserva uniforme custando R$ 207/MWh, cada unidade de reserva adquirida representa uma compensação de R$ 64/MWh. Em termos da garantia física hidrelétrica, cada ponto percentual de energia de reserva existente adquirida em hedge geraria um ativo de R$0,64/MWh. 11 No caso do mecanismo do ACR, está bastante claro no § 3º que “os agentes de geração poderão optar por quaisquer dos seguintes instrumentos”.
FL. 11 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
inicialmente repactuado do risco hidrológico. Além disso, é preciso definir quais as opções disponíveis para os geradores realizarem a extensão, se por meio da recontratação da energia no ACR mantidas as condições do contrato original ou se a contratação no ACR por meio de preço de referência. Caso a opção seja pela livre negociação da energia, não há conflito, pois esta opção é disponível nos dois mecanismos.
60. Para tratar essa questão, propomos que a opção de contratação no ACR se dê em dois produtos, compatíveis com as proporções da energia pactuada em cada mecanismo. A margem líquida oriunda dessa contratação mista será calculada de maneira ponderada, estabelecendo-se um único prazo de extensão de outorga capaz de amortizar o somatório dos ativos constituídos em cada ambiente.
61. Feitos esses esclarecimentos, voltamos à MP 688, discutindo os demais dispositivos de aplicação geral:
“§ 6º A repactuação do risco não inclui os efeitos de perdas elétricas da rede básica, de consumo interno e de indisponibilidade de geração. § 7º A Aneel estabelecerá o prêmio de risco, os preços de referência e a taxa de desconto de que trata esse artigo. § 8º As revisões ordinárias de garantia física das usinas participantes do MRE que impliquem alteração da garantia física utilizada como base para a repactuação do risco hidrológico de que trata o caput poderão ensejar alteração, pela Aneel, do preço dos contratos de que tratam o inciso I do § 3º e o inciso II do § 5º ou da extensão do prazo da outorga. § 9º O agente de geração, incluindo o grupo econômico do qual faz parte, que possuir ação judicial em curso na qual requeira isenção ou mitigação de riscos hidrológicos relacionados ao MRE, deverá, como condição para valer-se da repactuação prevista no caput, desistir da ação judicial e renunciar a qualquer alegação de direito sobre a qual se funde a referida ação, protocolando requerimento de extinção do processo com resolução do mérito, ficando dispensados os honorários advocatícios em razão da extinção da ação.”
62. O § 6º possui uma particularidade associada à sua aplicação a pequenas centrais hidrelétricas – PCHs no ACR. No atual arcabouço regulatório, os efeitos das indisponibilidades de usinas hidrelétricas não despachadas centralizadamente são capturados pela apuração da geração média. No caso de descumprimento de metas de geração média, a usina hidrelétrica é desligada compulsoriamente do MRE, devendo manter-se nessa situação por pelo menos um ano.
63. Por essa razão foi proposto na NT 193/2015 que, mesmo em caso de exclusão do MRE, as usinas hidrelétricas continuassem pagando o prêmio associado à transferência do risco hidrológico até o fim de sua concessão, pois o contínuo pagamento do prêmio compensaria o fato de as usinas terem sido ressarcidas por indisponibilidade enquanto estavam no mecanismo.
64. Para a versão final de minuta de REN, mantemos a proposta de que, no caso de usinas hidrelétricas desligadas compulsoriamente do MRE (que inclui efeitos das indisponibilidades), o montante do risco hidrológico a ser transferido aos consumidores seja zero, mas que o gerador hidráulico mantenha o pagamento do prêmio como contrapartida às indisponibilidades ora assumidas pelos consumidores.
FL. 12 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
65. Por outro lado, não é razoável exigir que usinas hidrelétricas que tenham pagado o prêmio por um curto período enquanto estiveram no MRE e permaneçam desligadas do MRE por um período maior, mantenham o pagamento do prêmio durante todo o período em que estejam desligadas do MRE. Desse modo, sugerimos que, enquanto a usina hidrelétrica estiver desligada do MRE, o pagamento do prêmio deve ser por prazo igual àquele em que o gerador hidráulico efetuou o pagamento do prêmio relativo à usina hidrelétrica enquanto ela esteve no MRE.
66. No caso de usinas hidrelétricas para as quais o gerador hidráulico opte por retirá-las do MRE, o raciocínio é o mesmo, incluindo um motivo adicional, qual seja: evitar a possibilidade de arbitragem do gerador hidráulico pela relação prêmio de risco x transferência de risco.
67. Em outras palavras, caso não houvesse a obrigação do gerador hidráulico em manter o pagamento do prêmio enquanto a usina hidrelétrica estivesse desligada voluntariamente do MRE, o gerador hidráulico poderia, em anos em que a hidrologia é mais favorável, retirar sua usina hidrelétrica do MRE, deixando de recolher o prêmio à Conta Bandeiras e, em anos em que a hidrologia é desfavorável, optar pelo retorno ao MRE e consequente repactuação mediante transferência dos custos da escassez hidrológica ao consumidor e pagamento do prêmio. Assim, a proposta final objetiva também minimizar essa capacidade de arbitragem do gerador hidráulico, mantendo a proporcionalidade nos pagamentos do prêmio enquanto a usina estiver desligada do MRE.
68. O § 7º reforça a competência da ANEEL em regular a matéria. O dispositivo não retira da agência a responsabilidade por regular outros pontos da MP 688 no exercício de sua função de anuente da repactuação, tendo em vista que os dispositivos, em sua maioria, não são autoaplicáveis.
69. O § 8º, por sua vez, trata das revisões de garantia física. É importante enfatizar esse dispositivo, pois ele legitima o prêmio de risco proposto para o ACR, que combina a transferência do risco hidrológico com a proteção da redução da garantia física a fim de se ancorar numa redução de preço de 10%.
70. Ressaltamos ainda que o risco de redução de garantia física não pode ser desprezado. O Decreto nº 2.655, de 2 de julho de 1998, prevê a revisão da garantia física das usinas hidrelétricas a cada 5 anos, ou em prazo menor, caso ocorra fato relevante. Isso significa que um contrato de concessão de um empreendimento hidrelétrico com duração de 30 anos, pode ter sua garantia física revista em pelo menos seis oportunidades.
71. Justamente em função da recorrência do evento fixada no regulamento, o próprio Decreto nº 2.655 estabelece uma perda máxima de 10% da garantia física inicial ao longo do horizonte contratual, limitando os efeitos cumulados dessas revisões. O fato de esse recálculo não ter sido executado pelos órgãos competentes com a periodicidade prevista, não exclui a existência da previsão regulamentar, que pode ser avocada a qualquer momento para regularizar essa periodicidade e garantir a eficácia do dispositivo.
72. O §8º estabelece que a ANEEL poderá repercutir os efeitos de reduções na garantia física em benefício dos agentes, de modo que essa repercussão só faz sentido se realizada em respeito ao comando do caput do art. 1º, que prevê uma repactuação equilibrada do risco entre as partes com a devida contrapartida. Portanto, no caso do ACL, considerando a flexibilidade conferida ao gerador na escolha do montante de energia de reserva existente a ser adquirido, o qual sopesa o ressarcimento de 2015 e confere direito ao gerador à compra de energia de reserva incremental, e que não há contrapartida ao consumidor, entendemos não haver razoabilidade em oferecer o benefício.
FL. 13 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
73. Por fim, o § 9º apresenta o critério de desistência das ações judiciais para que o agente possa repactuar o risco hidrológico em qualquer ambiente. Sobre esse aspecto, é preciso fazer esclarecimentos em relação ao conceito de grupo econômico. O intuito da MP é promover a postura ativa do agente na resolução de mérito de ação ajuizada requerendo isenção ou mitigação de riscos hidrológicos relacionados ao MRE.
74. Assim, se uma sociedade de propósito específico, por exemplo, apresentar desistência de ação judicial com o objetivo de repactuar o risco, é preciso que essa sociedade informe quais de seus sócios constituíram o bloco majoritário favorável à essa decisão, demonstrando ainda que esses sócios adotaram a mesma postura em ações autônomas ou impetradas por sociedades nas quais são majoritários.
III.4 PRÊMIO DE RISCO DO ACR
75. Para realizar uma análise profunda a respeito do valor esperado do risco hidrológico e, consequentemente, do prêmio associado a esse risco, avaliamos a precisão do valor projetado pelo modelo computacional utilizado no setor. Consideramos as projeções realizadas pela CCEE no início do período seco de cada ano (rodada do início de maio), observando o horizonte até julho de 2015. Os dados são do armazenamento do subsistema SE/CO.
Figura 3 – Armazenamento projetado e realizado
76. O Figura 3 demonstra que o modelo computacional tem sido incapaz de prever hidrologias críticas, o que é natural, tendo em vista que a previsão de vazões em horizontes mais longos é feita convergindo à média de longo termo da energia natural afluente - ENA. Assim, mais importante do que constatar o erro preditivo elevado do modelo em comparação a um cenário de hidrologia desfavorável, é preciso ver se a trajetória de recuperação dos reservatórios em caso de reversão da ENA à média é uma trajetória crível.
77. Para tanto, fizemos um exercício de consistência das previsões resultantes dos modelos computacionais comparando a recuperação dos reservatórios realizada com a estimada. Num ano em que há inversão da hidrologia, os reservatórios entram numa curva ascendente, retomando níveis razoáveis.
FL. 14 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Essa capacidade de recuperação dos reservatórios pode ser analisada comparando-se mês do ano A com o mesmo mês no ano A+1.
78. A comparação de um mesmo mês expurga efeitos sazonais e captura uma inversão da tendência ao longo dos últimos 12 meses. Assim, analisamos o histórico de 1996 a 2015, olhando só os períodos de recuperação dos reservatórios e construímos uma Tabela de frequência. As 105 observações que apresentam recuperação do armazenamento representam 47% do total de observações, sendo que as restantes indicam trajetória descendente ou deplecionamento, conforme Tabela 1.
Tabela 1 – Recuperação dos níveis de armazenamento
Realizado
Recuperação anual
Freq. Relativa
Freq. Absoluta
Freq. Acumulada
30%+ 2,86% 3 2,86%
25%-30% 8,57% 9 11,43%
20%-25% 8,57% 9 20,00%
15%-20% 10,48% 11 30,48%
10%-15% 16,19% 17 46,67%
5%-10% 22,86% 24 69,52%
0%-5% 30,48% 32 100,00%
100,00% 105
79. As 3 maiores recuperações aconteceram entre abril, maio e junho de 2002, período em que o SIN recuperou 30%, 33%, 30% da sua capacidade de armazenamento em relação aos mesmos meses de 2001. Como pode se ver na Tabela 2 para o ano de 2002, que foi o melhor ano, a recuperação dos armazenamentos possui permanência no tempo, dado que a recuperação de um mês influencia o mês seguinte.
Tabela 2 – Recuperação anual dos níveis de armazenamento do SIN em 2002
80. Essa informação é interessante para que possamos comparar o comportamento observado com a previsão de recuperação anual prevista para 2016 conforme acompanhamento diário do SIN divulgado pela CCEE para 5 de outubro. Como é possível observar na Tabela 3, a previsão da CCEE prevê o ano de 2016 com um ano de inversão de tendência hidrológica e recuperação dos reservatórios.
Mês EArm% SIN
Recuperação
Anual
jan 49% 9%
fev 64% 24%
mar 70% 29%
abr 68% 31%
mai 68% 33%
jun 64% 30%
jul 58% 27%
ago 52% 25%
set 48% 25%
out 41% 18%
nov 38% 15%
dez 40% 9%
2002
FL. 15 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Tabela 3 – Recuperação anual dos níveis de armazenamento do SIN prevista para 2016.
81. Chama a atenção a recuperação anual prevista para 2016, tanto em valor como em permanência. Nesse pequeno intervalo, com 14 valores e, que captura o ano de recuperação dos reservatórios, ocorrem dez valores (destacados em cinza) com recuperação substancialmente superiores ao máximo histórico e elevada permanência, o que indica um otimismo exacerbado do modelo computacional, de modo que o risco calculado deve ser olhado com reserva.
82. Um das razões que pode explicar esse otimismo é o uso de reservatórios equivalentes na modelagem do NEWAVE, o que implica maior volume de água útil e maior liberdade de operação (otimização com menos restrições). Para testar essa hipótese, observamos o histórico de armazenamento desde 1996 até 2015 (20 anos). Como pode ser observado na Figura 4, o subsistema SE/CO nunca ficou acima de 90% de armazenamento, o que também jamais ocorreu para o SIN.
Figura 4 – Armazenamento realizado desde 1996 (base de dados disponível no site do ONS)
Mês EArm% SINRecuperação
Anual
out-15 31% 8%
nov-15 32% 13%
dez-15 37% 15%
jan-16 46% 25%
fev-16 58% 35%
mar-16 72% 42%
abr-16 77% 42%
mai-16 79% 42%
jun-16 79% 41%
jul-16 76% 35%
ago-16 71% 35%
set-16 67% 34%
out-16 66% 35%
nov-16 65% 33%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
0%
3%
6%
8%
11
%
13
%
16
%
18
%
21
%
23
%
26
%
29
%
31
%
34
%
36
%
39
%
41
%
44
%
46
%
49
%
51
%
54
%
57
%
59
%
62
%
64
%
67
%
69
%
72
%
74
%
77
%
80
%
82
%
85
%
87
%
90
%
92
%
95
%
97
%
10
0%
Energia armazenada % desde 1996
SE/CO
SUL
NORTE
NORDESTE
SIN
FL. 16 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
83. Não obstante, na métrica utilizada para fins de cálculo de garantia física12, o subsistema SE/CO fica com 100% de armazenamento durante aproximadamente 26% do tempo, conforme Figura 5, não aderindo aos dados históricos, que nunca chegaram a 90%.
Figura 5 – Armazenamento projetado pelo NEWAVE sem influência de níveis de partida
84. Outra hipótese para explicar o descolamento dos resultados é a própria projeção da ENA pela Média de Longo Termo - MLT, a qual parte de uma hipótese de estacionariedade. Se observarmos os dados do ONS, que constituem o histórico operativo na modalidade de despacho centralizado, ou seja, são os melhores disponíveis para comparação com a realidade atual, temos uma série de ENA para cada subsistema desde janeiro de 2000 até agosto de 2015. Como é possível ver na Tabela 4, a presunção de estacionariedade parece ser um problema no subsistema Nordeste, no qual a média está distanciada em um desvio padrão da MLT, tomada ao longo da reconstituição hidrológica de longo prazo13.
Tabela 4 – Análise do comportamento da ENA (base de dados disponível no site do ONS)
85. Esses fatores se manifestam na aferição do valor esperado do risco hidrológico, o qual deve ser pautado pelas variáveis que influenciam a operação real. Além disso, há muitos outros fatores que afetam a operação real e concorrem para a volatilidade do desvio da previsão, tais como14: (i) a existência de limites operativos mínimos, que reduzem o volume útil dos reservatórios; (ii) a existência de volumes de reserva máximos (função de volumes de espera), a partir dos quais o vertimento de uma cascata deve ser iniciado ainda que os reservatórios não estejam com 100% de sua capacidade, para fins de controle de cheias; (iii) a existência de inflexibilidade em parte do bloco termoelétrico; (iv) a
12 Essa prática busca retirar a influência dos níveis de partida da energia armazenada nos reservatórios, observando os resultados obtidos a partir do décimo ano de simulação. 13 Histórico hidrológico do SIN reconstituído desde o ano de 1931 até 2013. 14 Esse constitui um dos princípios basilares que justificam a adoção da opção de simulação na modalidade estática, cujos resultados procuram refletir exclusivamente a flutuação ordinária do fenômeno estocástico das afluências.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0%
3%
6%
9%
11
%
14
%
17
%
20
%
23
%
26
%
29
%
31
%
34
%
37
%
40
%
43
%
46
%
49
%
51
%
54
%
57
%
60
%
63
%
66
%
68
%
71
%
74
%
77
%
80
%
83
%
86
%
88
%
91
%
94
%
97
%
10
0%
Energia Armazenada % - Projeção NEWAVE
SE/CO
SE/CO S NE N SIN
Média 100% 112% 74% 91% 98%
Desv Pad 25% 66% 27% 26% 25%
Máximo 181% 423% 154% 195% 193%
Mínimo 38% 20% 26% 44% 47%
FL. 17 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
heterogeneidade de vazões e afluências em um mesmo subsistema; (v) a indisponibilidade das unidades geradoras despachadas; e (vi) a desatualização das informações cadastrais das plantas de geração (rendimentos, perdas, capacidade de reservação).
86. Na NT 146/2015, simulamos o valor esperado do risco hidrológico a partir da utilização do SUISHI, modelo que representa mais adequadamente a operação dos reservatórios, por tratá-los de forma independente e individualizada. A simulação foi criticada por alguns agentes em função da influência dos níveis iniciais de armazenamento utilizados, retirados do PMO de julho/2015, além de terem sido apontadas inconsistências relacionadas à geração de outras fontes15 e à sazonalização da carga. O valor esperado do risco hidrológico obtido à época foi de R$(-)6,90/MWh, a partir dos resultados do ano 2 oriundos da série histórica de 83 anos, totalizando 996 observações. O desempenho do MRE foi estimado como neutro, ou seja, em média as usinas participantes do mecanismo geraram a garantia física16.
87. Diante das contribuições recebidas, optamos por simular novamente os resultados do MRE, utilizando-se da versão 8.2.14 do SUISHI, corrigindo os dados de carga e geração de outras fontes, atualizando os dados dos níveis de armazenamento conforme PMO de setembro/2015 e incorporando uma limitação operativa mínima de 10%, como restrição técnica ao volume útil dos reservatórios. A mesma conFiguração foi previamente simulada no modelo NEWAVE, versão 20 e modalidade estática, de modo a se obter a função de custo futuro associada, a qual constitui pré-requisito ao processamento do modelo SUISHI, em seu módulo de simulação hidrotérmica17.
88. Na Figura 6 se observam os resultados de armazenamento obtidos por essas novas simulações, obtidos também para o ano 2, com os mesmos parâmetros de série histórica e garantia física do MRE utilizados na NT 146/2015. Juntamente com as simulações, está inserida a curva de frequência dos armazenamentos observados no histórico operativo, para verificar a aderência dos resultados.
89. Nesse sentido, é possível perceber que: (i) há ganho qualitativo entre a simulação realizada na NT 146/2015 (azul) e a nova simulação do SUISHI (verde); (ii) há maior aderência do SUISHI com o histórico operativo (vermelho) em relação ao NEWAVE (roxa), em função do tratamento dos reservatórios de forma independente, corroborando as conclusões obtidas nas análises das projeções da CCEE; (iii) a despeito de o armazenamento inicial estar em níveis baixos, influenciando os resultados simulados, o pessimismo desse fator parece ter compensado as demais restrições existentes na operação real que não foram incorporadas no modelo simulado e que ocorrem na operação real; (iv) o descolamento da simulação realizada para o histórico operativo se concentra nos maiores níveis de armazenamento, o que pode estar associado a gestão de volumes de espera para controle de cheias.
15 Geração de fontes não despachadas centralizadamente. 16 A garantia física do MRE considerada na simulação foi de 50.000MWm. O desempenho do MRE ficou em -0,44%. 17 Nesse caso, como a conFiguração estática do SIN foi previamente fixada por ocasião do processamento prévio do modelo NEWAVE, essa condição preserva-se quando da conversão desse mesmo caso a posteriori no SUISHI, em seu módulo de simulação hidrotérmica e dinâmica.
FL. 18 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Figura 6 – Armazenamentos simulados para o SE/CO e histórico observado
90. Em termos de insuficiência de geração do MRE em relação à garantia física do mecanismo, considerando sazonalização uniforme, é possível verificar a convergência do novo valor simulado e do histórico realizado, o que já ocorrera na simulação da NT 146/2015, conforme Tabela 5:
Tabela 5 – Resultado médio do MRE em relação à garantia física flat
Resultado do MRE flat
NT 146/2015 SUISHI -0,44%
Nova Simulação SUISHI -0,69%
Histórico operativo 2001-2015 -0,80%
91. Já em termos de valor esperado, a Figura 7 faz uma comparação entre os resultados simulados na NT 146/2015 e nesta Nota Técnica, os valores informados nas contribuições recebidas pelos agentes e os valores do risco realizado18, considerando o PLD vigente a cada época atualizado pelo IPCA até janeiro de 2015, e um risco realizado ajustado pela aplicação retroativa dos limites atuais do PLD19 no histórico operativo observado.
18 Os valores realizados foram calculados a partir da aplicação da sazonalização uniforme (flat) para fins de apuração do resultado mensal do MRE em cada uma das 177 observações, as quais consideram o período de janeiro de 2001 a setembro de 2015. O PLD utilizado em cada mês foi obtido pela atualização pelo IPCA do resultado da ponderação dos valores médios mensais observados para cada submercado com os seguintes pesos: 58% para o SE/CO, 17% para S, 16,5% para o NE e 8,5% para o N. Os pesos foram obtidos pela participação de cada submercado na carga total do SIN realizada em 2015 até setembro, conforme dados divulgados pelo ONS. As informações de PLD e geração hidrelétrica para o último trimestre de 2015 foram obtidas a partir de projeções divulgadas pela CCEE. 19 Limite máximo de R$388,48/MWh e limite mínimo de R$30,26/MWh.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Energia armazenada % do SE/CO - Simulações e histórico
Histórico (1996-2015)
Nova_SUISHI
NT146_SUISHI
NEWAVE
FL. 19 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Figura 7 – Comparação entre valores esperados do risco hidrológico
92. A observação dos valores históricos reforça a nossa tese de que os resultados puros dos modelos computacionais devem ser analisados com ressalva, como se pode ver pelo distanciamento das estimativas dos agentes em relação ao valor do histórico ajustado pelos limites de PLD atuais, qual seja, R$(-)7,35/MWh. Esse valor do histórico ajustado é o mais relevante para que se façam comparações, tendo em vista que os resultados simulados partem dos limites de PLD atuais. Não obstante, a observação do histórico realizado é importante, pois demonstra o risco de alterações nos limites do PLD e como eles afetam o valor esperado do risco hidrológico20, tendo reduzido expressivamente o risco financeiro do gerador hidrelétrico.
93. Concentrando a análise apenas na nova simulação (R$(-)9,94/MWh) e no histórico ajustado (R$(-)7,35/MWh) é possível perceber um desvio relevante. Esse desvio se deve em parte ao descolamento do modelo de formação de preço das restrições operativas reais. Ao ajustarmos o modelo computacional para refletir mais adequadamente essas restrições, a partir da inserção de um limite operativo mínimo de 10% nos níveis de armazenamento e da utilização do SUISHI, os Custos Marginais de Operação resultantes da simulação refletiram esses ajustes, de modo que a valoração do deslocamento hidrelétrico passou a ser mais cara21.
94. Nos dados do histórico operativo, isso não ocorreu, pois as restrições operativas não foram integralmente modeladas na formação de preço, de modo que o operador sempre se defrontou com uma realidade mais difícil do que a considerada pelo modelo, o que novamente convalida os graus de liberdade do operador conferidos pelo modelo institucional22. Assim sendo, o modelo computacional
20 O efeito da redução do PLD sobre o risco hidrológico já foi salientado como uma medida que já mitigou substancialmente o risco de perder dos geradores hidrelétricos. A revisão do limite máximo do PLD para o ano de 2015 adotada pela ANEEL mitigou os efeitos da aplicação do fator de ajuste do MRE (GSF). 21 O resultado do modelo computacional fica mais conservador e mais usinas mais caras são despachadas por mérito. 22 O desejável nesse caso, é que o modelo computacional sofra ajustes para refletir melhor a realidade operativa. Com os estudos atuais, é possível chegar a uma conclusão preliminar de que a decisão operativa fora do mérito do
15,87
9,94
7,35
6,90
5,79
4,02
3,63
1,60
- 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00
2001-2015 realizado
Nova Simulação SUISHI
2001-2015 ajustado PLD atual
NT 146 SUISHI
Caso Dinâmico Abragel
Caso Dinâmico CCEE
PMO ago/2015 (Apine)
PDE (Agentes)
Risco hidrológico em cada modelo - Valor esperado ou realizado em R$/MWh da GF
2001-2015 realizado
Nova Simulação SUISHI
2001-2015 ajustado PLD atual
NT 146 SUISHI
Caso Dinâmico Abragel
Caso Dinâmico CCEE
PMO ago/2015 (Apine)
PDE (Agentes)
FL. 20 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
precificou os deslocamentos hidrelétricos ocorridos no passado por um preço mais baixo do que aquele que seria aderente às reais dificuldades operativas23. O PLD médio associado a deslocamentos hidrelétricos negativos no histórico ajustado foi de R$182,09/MWh, tendo atingido R$220,31/MWh no nova simulação do modelo computacional ajustado24.
95. Outra explicação para a diferença dos resultados é que o modelo estatístico, por possuir mais realizações (996), acaba por conferir maior continuidade às observações do fenômeno estudado, tornando-as melhores distribuídas em torno do valor central, além de possibilitar mais combinações em ambos os extremos da distribuição. O histograma proveniente das observações histórica, por seu turno, é mais discreto, efeito da menor quantidade de dados observados (177)25. Isso pode ser observado na comparação dos histogramas de frequência relativa, conforme Figura 8, que apresenta também a distribuição obtida na NT 146/2015 (em azul), sobreposta pela nova simulação (em verde), além da histórica (vermelha).
Figura 8 – Histogramas do desvio da geração do MRE em relação à garantia física
96. Em função desses tipos de dificuldade na definição de uma melhor estimativa, a nossa recomendação inicial era a adoção de um prêmio associado ao preço de cada gerador, neutralizando não apenas os efeitos do risco hidrológico, mas também da redução da garantia física. Todavia, dadas as diversas contribuições recebidas valorando apenas o risco hidrológico, com diversos níveis, algumas inclusive com modulação e cobertura parcial, entendemos conveniente fazermos uma escolha a respeito do valor esperado do risco hidrológico que nos permita dar mais opções para os geradores, sem desequilibrar a relação com os consumidores.
modelo computacional não desotimiza a operação, mas simplesmente tende a corrigir a sinalização imperfeita fornecida pela ferramenta computacional utilizada. 23 O que beneficiou o gerador hidrelétrico, reduzindo seu custo de deslocamento. 24 Dessa diferença observada, depreende-se que a repactuação do risco hidrológico também retira do gerador um risco associado a eventuais alterações da modelagem computacional de formação de preço, as quais afetam a valoração desse risco. 25 Em 45,20% das observações do histórico, o GSF mensal é menor que um, implicando custo de risco hidrológico. Em realizações anuais, o GSF é negativo em 7 dos 15 anos observados ou 47% do tempo.
FL. 21 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
97. Essa escolha se centra em qual é o dado mais representativo do risco futuro, se o histórico operativo ajustado ou se o modelo ajustado a restrições operativas reais. Nesse aspecto, entendemos que a escolha menos controversa é a utilização do histórico operativo, pois a observação do passado prescinde de qualquer premissa de cálculo. Além disso, o passado é a melhor base de dados para se testar a aderência de qualquer modelo, conforme explorado nesta Nota Técnica. Assim, se acreditamos que o passado nos dá uma boa validação de um modelo estatístico, talvez o mais interessante seja adotar o próprio dado realizado, evitando discussões sobre quais as premissas mais adequadas para precificação.
98. Feita essa escolha, passamos agora à discussão de: (i) como incorporar a aversão a risco do consumidor ao valor esperado para que se chegue ao prêmio de risco; e (ii) como inserir alternativas que limitem à transferência do risco hidrológico, por meio de um aprimoramento do fator F26, variando o prêmio associado a esse risco.
99. Em relação à incorporação da aversão ao risco, é possível fazer duas abordagens. A primeira delas é a escolha de um quantil da distribuição dos dados históricos que tenha menor valor em risco do que o valor esperado. Nessa hipótese, o quantil escolhido representaria o prêmio a ser pago pelos geradores, o qual já incorporaria a aversão a risco do consumidor ao refletir uma realização mais crítica do que o valor esperado. Para o percentil 10, que equivale a uma proteção ao consumidor de 90% dos cenários de risco hidrológico, isso representaria um prêmio de R$49,35/MWh. Para o percentil 15, que protege de 85% dos cenários, o prêmio seria de R$25,40/MWh.
100. O problema dessa abordagem é que ela não permite uma estratificação equilibrada do risco hidrológico para níveis de repactuação intermediários, tendo em vista que, a depender do nível de risco repactuado e do produto escolhido, várias observações deixam de ser relevantes na distribuição, tornando-a ainda mais dispersa, menos representativa e mais assimétrica.
101. Outra forma de se incluir a aversão a risco do consumidor é somar ao valor esperado a amortização e remuneração de uma ocorrência gravosa no histórico. Assim, em vez de o prêmio ser constituído pela escolha de um quantil específico, sendo pago para o gerador como se esse quantil representasse o valor esperado, estabelece-se um valor de referência para cálculo de amortização e de remuneração ao longo de um período arbitrado para proteção ao risco.
102. Esse modelo exige a definição de três parâmetros: (i) o valor em risco sobre o qual o consumidor será remunerado; (ii) o prazo médio de exposição a esse risco e (iii) a taxa de remuneração. Ele permite uma estratificação mais adequada do risco hidrológico em produtos com diferentes características e níveis de proteção, de modo que optamos por essa abordagem, o que nos permite conferir opções mais flexíveis aos geradores, resguardando adequadamente a relação com o consumidor.
103. Em relação à escolha do valor em risco, podemos utilizar qualquer realização do GSF no histórico, desde que seja uma realização de valores negativos mais gravosa do que a média, refletindo adequadamente a aversão do consumidor. Nesse caso, propomos utilizar como referência o resultado do
26 Na proposta original o Fator F pesava qual a parcela do contrato de venda no ACR que o gerador desejava repactuar. No novo modelo, o F passa a definir o nível de risco aceito pelo gerador, explícito em cada produto ofertado, de modo que o os produtos são a manifestação da expressão (GSFflat – F), com F variando de zero até 11%.
FL. 22 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
segundo pior ano completo da série histórica em termos de custo unitário médio do risco hidrológico, qual seja, o ano de 201427.
104. Em relação ao prazo médio de exposição ao risco, optamos por utilizar a média aritmética simples dos prazos dos CCEARs de Energia Nova oriundos de Leilões de Energia Nova por fonte hidráulica, resultando num prazo médio de 25 anos (representativo da maioria dos contratos elegíveis à repactuação no ACR).
105. Em relação à taxa de desconto do consumidor, propomos que seja utilizada a mesma taxa do gerador. Entendemos que um mesmo risco deve ser precificado da mesma forma distinta por dois agentes econômicos. Precificação distinta só ocorreria como manifestação de imperfeições no mercado de capitais. Não obstante, observando-se o comportamento médio do mercado essa diferença não persiste. Dessa forma, a taxa do consumidor também será de 9,63% a.a.
106. A partir da definição desses parâmetros, é possível estimar fluxos de caixa com 25 períodos (incluído o período inicial), assumindo uma ocorrência do valor em risco em um ano específico. Para cada fluxo de caixa é possível calcular o valor presente líquido, o qual pode ser distribuído em série uniforme de pagamentos. Essa série uniforme de pagamentos aferida em cada fluxo de caixa equivale ao prêmio compatível com cada fluxo, o qual está condicionado ao ano de registro da ocorrência gravosa a ser compensada ao consumidor como representação da aversão em risco. Se a ocorrência do valor em risco se der no início do fluxo, o prêmio fica mais alto. Caso essa ocorrência se dê no final do fluxo, o prêmio fica mais baixo. O prêmio final que propomos é obtido pela média aritmética simples dos prêmios de cada fluxo de caixa, os quais constituem um vetor de 25 prêmios.
107. Tomando como referência uma repactuação na qual o gerador repasse os resultados do GSF abaixo de 0,95 e a energia secundária ao consumidor, teríamos o valor esperado de R$(-)3,67/MWh com uma ocorrência gravosa de R$(-)20,31/MWh, relativa ao ano de 2014. Para cada ano possível para realização da ocorrência gravosa, teríamos um prêmio distinto, sendo que a média dos prêmios resultaria em R$4,75/MWh (equivalente ao produto SP95, que será explicado adiante), conforme resumido na Tabela 6.
27 Considerando-se todos os custos unitários da distribuição histórica mensal ajustada pelo PLD, o valor médio de 2014 estaria situado próximo ao percentil 12.
FL. 23 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Tabela 6 – Exemplo de cálculo do prêmio de risco (compatível com o produto SP95)
108. Com a definição desses parâmetros, propomos que a repactuação possa se dar a partir da distinção de três classes de produtos. Na primeira classe de produtos (classe P), o gerador fica com o risco de redução da garantia física e escolhe sua proteção entre diferentes níveis de perdas associadas ao risco hidrológico, mas mantém a propriedade da energia secundária28, de modo que seu prêmio de risco é mais alto, pois embute o valor esperado desse ganho de secundária como compensação ao consumidor.
109. Na segunda classe de produtos (classe SP), o gerador também fica com o risco de redução da garantia física e também opta por um nível de proteção específico, todavia, ele abre mão da energia secundária, de modo que seu prêmio se reduz em relação aos produtos da primeira classe.
110. A terceira classe (classe SPR) é constituída por um único produto no qual o gerador se protege de qualquer efeito do risco hidrológico (positivo ou negativo) e da redução da garantia física pagando um prêmio equivalente a uma redução de 10% no preço do contrato.
111. As duas primeiras classes de produtos (P e SP) possuem prêmios escalonados de acordo com o nível de proteção repactuado pelo gerador29. Ao todo são oferecidos 25 produtos, conforme Tabela 7. A Tabela também apresenta o valor estimado do resultado do gerador em 201530, considerando os diferentes níveis de cobertura de cada produto, e o respectivo período de postergação do pagamento do prêmio para compensação do ativo. Os produtos estão codificados de acordo com a classe e com o nível de GSF assumido pelo gerador. O produto P97, por exemplo, é um produto no qual o gerador fica com a secundária e o consumidor arca com GSFs mensais abaixo de 0,97 (F=3%). No produto SP92, por sua vez, o gerador passa a secundária para o consumidor e arca com GSFs ocorridos até 0,92 (F=8%).
28 Essa classe de produto permite a adesão da UHE Teles Pires na sistemática do ACR. 29 O nível de proteção, decorrente do aprimoramento do Fator F, afeta também o deslocamento hidráulico de referência utilizado para cálculo do resultado a compensar referente ao ano de 2015. Essa consequência sobre o resultado a compensar é decorrente do fato de que para o ano de 2015 se aplicam as mesmas regras de repactuação perenes a serem aplicadas nos anos subsequentes, tanto para a repactuação do ACR quanto para a repactuação do ACL. 30 O valor definitivo será calculado pela aplicação da regra definida na Resolução Normativa a ser aprovada.
Prêmio
Ano da
ocorrência
gravosa
5,80R$ 0
5,65R$ 1
5,51R$ 2
.
.
.
.
.
.
4,26R$ 22
4,24R$ 23
4,22R$ 24
Média dos
prêmios4,75R$
FL. 24 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Tabela 7 – Produtos para repactuação do risco hidrológico no ACR
PRODUTO
Quem fica com o
resultado da secundária?
Valor realizado
compatível com o
produto R$/MWh (-)
Valor em risco a ser remunerado ao consumidor
R$/MWh - 2º pior ano completo
(2014)
Resultado do deslocamento hidráulico de
2015 R$/MWh
Prêmio a ser pago pelo
gerador na Conta Bandeira R$/MWh
Ativo do gerador referente à
retroação da repactuação a
janeiro de 2015 R$/MWh
Prazo de postergação do pagamento do prêmio (anos, a partir de 2016)
P100 Gerador 10,46 39,97 40,27 12,76 27,51 2,53
P99 Gerador 9,65 36,73 37,56 11,77 25,79 2,58
P98 Gerador 8,87 33,50 34,84 10,80 24,04 2,62
P97 Gerador 8,13 30,26 32,13 9,88 22,25 2,66
P96 Gerador 7,45 27,33 29,41 9,04 20,37 2,66
P95 Gerador 6,78 24,42 26,69 8,21 18,48 2,66
P94 Gerador 6,15 21,51 24,23 7,42 16,81 2,68
P93 Gerador 5,57 18,83 21,84 6,69 15,15 2,68
P92 Gerador 5,03 16,24 19,45 6,01 13,44 2,64
P91 Gerador 4,53 13,65 17,38 5,37 12,01 2,64
P90 Gerador 4,04 11,06 15,43 4,74 10,69 2,67
P89 Gerador 3,57 8,48 13,69 4,13 9,56 2,74
SP100 Consumidor 7,35 35,85 40,27 9,31 30,96 4,20
SP99 Consumidor 6,54 32,62 37,56 8,31 29,25 4,50
SP98 Consumidor 5,76 29,38 34,84 7,35 27,49 4,86
SP97 Consumidor 5,02 26,14 32,13 6,43 25,70 5,29
SP96 Consumidor 4,33 23,22 29,41 5,58 23,83 5,77
SP95 Consumidor 3,67 20,31 26,69 4,75 21,94 6,39
SP94 Consumidor 3,04 17,39 24,23 3,96 20,27 7,38
SP93 Consumidor 2,46 14,71 21,84 3,23 18,61 8,78
SP92 Consumidor 1,92 12,13 19,45 2,55 16,90 11,04
SP91 Consumidor 1,41 9,54 17,38 1,90 15,48 16,64
SP90 Consumidor 0,93 6,95 15,43 1,28 14,15 Não paga
SP89 Consumidor 0,46 4,36 13,69 0,68 13,01 Não paga
SPR100 Consumidor Dependem do preço 10% do preço Depende do
preço Depende do
preço
112. O produto SP100 (F=0%) é aquele que apresenta o valor do prêmio e do ativo compatível com o cálculo do valor esperado de R$(-)7,35/MWh, pois nesse produto todo o risco hidrológico é alocado ao consumidor, inclusive a energia secundária. Ressalta-se que para os produtos SP 90 e SP 89 o gerador cede sua energia secundária, mas não chega a desembolsar prêmio algum. Isso ocorre porque o prêmio não é capaz de amortizar a capitalização do ativo constituído pelo resultado de 201531, de modo que esses produtos implicam inequívoca extensão da outorga.
113. Com relação ao ativo a ser compensado ao gerador em relação ao ano de 2015, é possível observar as variações decorrentes da escolha de cada produto. Para o produto SP95, por exemplo, o gerador tem um resultado de R$(-)26,69/MWh, o qual enseja uma compensação de R$21,94/MWh, após abatimento do prêmio de R$ 4,75/MWh. Essa compensação tem impacto direto no resultado econômico de 2015, com efeitos sobre indicadores de desempenho, rentabilidade e potencial pagamento de dividendos.
31 O resultado de 2015 considerou estimativas de PLD e GSF flat para os meses de outubro, novembro e dezembro. Os PLDs foram R$ 151, R$ 134 e R$ 104 e os GSFs foram 87%, 86% e 87%, respectivamente.
FL. 25 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
114. É possível observar que a diferença entre os prêmios dos produtos da classe P e SP é constante para cada nível de risco repactuado. Essa diferença é justamente o valor esperado da energia secundária aferido no mecanismo de aproximadamente R$3,45/MWh. Assim, para um mesmo nível de risco repactuado, o gerador escolherá entre as classes P e SP comparando a sua valoração da energia secundária com aquela implícita no modelo de precificação.
115. Esse leque de alternativas maximiza as possibilidades de adesão, ao trabalhar com diferentes níveis de comprometimento do orçamento dos geradores e diferentes níveis de limitação de risco, sem prejudicar o estabelecimento de uma contrapartida adequada aos consumidores.
III.5 EXTENSÃO DE PRAZO PARA COMPENSAÇÃO DE RESULTADOS
116. Com relação ao fluxo de caixa para cálculo da extensão do prazo de outorga de concessões hidrelétricas para amortização dos resultados do ano de 2015, foram recebidas contribuições alertando que deve ser considerada a margem líquida para fins de amortização do resultado dos geradores, o que enseja aperfeiçoamentos na minuta de REN proposta e um detalhamento mais preciso dos procedimentos de cálculo da extensão de prazo.
117. Primeiramente, cabe dirimir as dúvidas sobre o que está incluso no custo operacional de referência e se é necessário algum ajuste. Para tanto, observamos os procedimentos de cálculo adotados no reajuste da receita anual de geração (RAG) realizado em 2014, conforme Resolução Homologatória nº 1.767/2014, que resultou em um custo a ser considerado na cobertura tarifária das distribuidoras de R$30,26/MWh.
118. A Nota Técnica nº 043/2014-SRG/ANEEL especificou os custos que compõe a RAG: “15. Conforme o regime instituído, a RAG deve ser calculada considerando-se os valores do Custo da Gestão dos Ativos de Geração – GAG, acrescidos dos encargos de uso e conexão, a taxa de fiscalização dos serviços de energia elétrica – TFSEE, e os custos associados aos programas de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética – P&D. ... 40. A partir do somatório das RAGs calculadas, faz-se a conversão em tarifa (R$/MWh), a fim de se estipular o preço de cobertura para compra de energia nos processos das distribuidoras beneficiárias de energia em regime de cotas. 41. Essa conversão observa a expectativa de CFURH a ser paga no próximo período, considerando o total da garantia física e a Tarifa Atualizada de Referência – TAR, fixada pela Resolução Homologatória 1654, de 19 de novembro de 2013.
42. Somando-se a expectativa de CFURH com o somatório das RAGs e dividindo-se pela Garantia Física contratadas em cotas, chega-se a 30,26 R$/MWh, 4% de aumento em relação ao valor do reajuste de 2013.”
119. Dessa forma, a maior parte dos custos de uma usina hidrelétrica está explicitamente considerada, em termos médios, no valor de R$30,26/MWh. Considerando que o objetivo é estabelecer um parâmetro regulatório de custo operacional, não é preciso dar tratamento a encargos de uso e conexão ou CFURH. Em relação à TFSEE e aos custos de P&D, é possível se estabelecer um parâmetro mais adequado ao preço de referência de R$153,77/MWh, tendo em vista que esses encargos são função da
FL. 26 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
receita do gerador, variando de acordo com o preço praticado, o qual se distancia substancialmente do valor praticado pelas usinas em regime de cotas.
120. Assim sendo, o valor ajustado do custo operacional de referência se daria a partir do expurgo dos valores de TFSEE e P&D dos R$30,26/MWh calculados para as usinas em regime de cotas, resultando em R$29,88/MWh, e posterior inclusão desses itens calculados com base no preço de referência. A TFSEE passaria a ser incluída como custo unitário a partir da seguinte expressão, derivada das equações32 (4) e (5) do Submódulo 5.5 do PRORET, que define o valor da taxa para autoprodutores e produtores independentes:
𝑇𝐹𝑆𝐸𝐸𝑟𝑒𝑓 = 0,4% × 𝑃𝑟𝑒𝑓 = 0,4% × 153,77 = 𝑅$0,62/𝑀𝑊ℎ
𝑇𝐹𝑆𝐸𝐸𝑟𝑒𝑓: taxa de fiscalização a ser incluída no custo operacional de referência; e
𝑃𝑟𝑒𝑓: preço de referência de R$153,77/MWh no exemplo abordado; esse preço varia caso o agente opte
por prorrogar nas condições do contrato preexistente no ACR.
121. Para o caso do P&D, a conta também é bastante simples. Desconta-se do preço de referência a alíquota de 9,25% de PIS/CONFIS e aplica-se o percentual de 1%, conforme expressão abaixo:
𝑃&𝐷𝑟𝑒𝑓 = 1% × 𝑃𝑟𝑒𝑓 × (1 − 𝑃𝐼𝑆/𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆) = 1% × 153,77 × 0,9075 = 𝑅$1,40/𝑀𝑊ℎ
𝑃&𝐷𝑟𝑒𝑓: taxa de fiscalização a ser incluída no custo operacional de referência;
𝑃𝑟𝑒𝑓: preço de referência de R$153,77/MWh no exemplo abordado; esse preço varia caso o agente opte
por prorrogar nas condições do contrato preexistente no ACR; e
𝑃𝐼𝑆/𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆: Tributo sobre receita com alíquota máxima de 9,25% sobre o preço faturado.
122. O custo operacional de referência passar a ser constituído pela soma de R$29,88/MWh
com a 𝑻𝑭𝑺𝑬𝑬𝒓𝒆𝒇 e com o 𝑷&𝑫𝒓𝒆𝒇. Para o caso de o preço de referência ser R$153,77/MWh, esse valor
fica em R$31,90/MWh.
123. A partir da definição dos parâmetros de custo operacional de referência, a margem líquida considerada para cálculo do prazo de extensão se dará pela seguinte equação, que expurga o pagamento de imposto de renda e contribuição social sobre lucro líquido.
𝑀𝐿𝑟𝑒𝑓 = (𝑃𝑟𝑒𝑓 × (1 − 𝑃𝐼𝑆/𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆) − 29,88 − 𝑇𝐹𝑆𝐸𝐸𝑟𝑒𝑓 − 𝑃&𝐷𝑟𝑒𝑓) × (1 − 𝐼𝑅𝑃𝐽/𝐶𝑆𝐿𝐿)
𝑀𝐿𝑟𝑒𝑓 = (𝑃𝑟𝑒𝑓 × [1 − 9,25% − 0,4% − 0,9075%] − 29,88) × (1 − 34%)
𝑀𝐿𝑟𝑒𝑓 = (𝑃𝑟𝑒𝑓 × 89,4475% − 29,88) × (1 − 34%)
32 As equações originais visam estabelecer uma taxa referenciada a valores de receita anuais. Para tanto, é estimado o benefício econômico típico unitário, que considera um fator de capacidade de 0,5, multiplicado por 8,76. Esse benefício depois é multiplicado pela potência da usina. O resultado final da taxa anual multiplica, portanto, três fatores: 8,76, fator de capacidade de 0,5 e potência. Associando-se essa taxa a uma garantia física disponível para venda em termos unitários, a multiplicação desses fatores torna-se expletiva, sendo necessário tão somente multiplicar o preço pela alíquota de 0,4%.
FL. 27 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
𝑀𝐿𝑟𝑒𝑓: Margem líquida de referência; e
𝐼𝑅𝑃𝐽/𝐶𝑆𝐿𝐿: Tributo sobre o lucro, considerando alíquota marginal de 34%.
124. Considerando o preço de referência de R$153,77/MWh, isso representa uma margem líquida de R$71,05/MWh. Essa margem líquida constitui a base para aferição da série de pagamentos uniformes capaz de ressarcir o ativo do gerador hidrelétrico constituído em função da retroação do mecanismo de repactuação do risco hidrológico para o ano de 2015. Para o agente que repactue o risco no ACR, a margem líquida deverá deduzir ainda o pagamento do prêmio correspondente à opção de repactuação feita pelo gerador.
125. Algumas contribuições reportaram-se à despesa de uso do bem público – UBP, alegando que deveria haver consideração dessa despesa na apuração da margem líquida. Ressalta-se que o pagamento de UBP já está considerado na GAG.
126. A GAG inicial, que vem sendo reajustada pela ANEEL por meio da aplicação da variação do IPCA, foi definida pelo Ministério de Minas e Energia na Portaria nº 578/2012 a partir da consideração, dentro outros fatores, de um estudo realizado pela ANEEL sobre os custos operacionais das usinas geradoras, consubstanciado na Nota Técnica nº 383/2012-SRE/SRG/ANEEL – NT 383 (Processo 48500,005619/2012-48).
127. O estudo partiu da solicitação de dados contábeis de todos os geradores com fonte hidrelétrica em seu portfólio33, independentemente da idade ou do tamanho empreendimento34. Os custos informados pelos geradores englobaram as seguintes naturezas de gasto, conforme a Tabela 8 (reprodução da Tabela 1 da NT 383).
Tabela 8 – Elenco de contas considerado no cálculo dos custos operacionais de geração NT 383.
33 Ofício Circular 008/2012 SRE/SFF/ANEEL, de 30 de maio de 2012. 34 CGHs não foram consideradas.
FL. 28 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
128. A inclusão da natureza de gasto Arrendamentos e Aluguéis – NG 91 implica que o pagamento de Uso do Bem Público já foi considerado em termos médios na construção da curva de custo operacional da geração35. Agregá-lo por fora, como sugerem algumas contribuições, causaria dupla contagem e distorção no custo operacional de referência utilizado para apuração da margem líquida.
III.6 ENQUADRAMENTO DAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS DO PROINFA
129. O §1º do art. 1º da MP 688 estabelece que o risco hidrológico repactuado, relativo à energia contratada no ACR, será coberto pela Conta Bandeiras. No caso do PROINFA, em conformidade com o Submódulo 5.3 do PRORET, as cotas de energia e custeio são rateadas entre concessionárias de distribuição, consumidores livres, autoprodutores e produtores independentes.
130. Entre esses agentes, somente as concessionárias de distribuição recebem (compram) cotas (contratos) de energia para garantir o atendimento à totalidade de seu mercado mediante contratação regulada (ACR) nos termos do §1º do art. 1º da MP 688. Os demais agentes utilizam as cotas de energia do PROINFA para atender a seus compromissos no mercado livre, de modo que essa energia é classificável como não contratada no ACR, cabendo a essa parcela os comandos específicos dos §§4º e 5º do art. 1º da MP 688.
131. Assim, em estrito atendimento à MP 688, propomos que a repactuação do risco hidrológico das usinas hidrelétricas assinantes dos contratos PROINFA-PCH-MRE seja também segregada em 2 parcelas, ACR e ACL.
132. Dessa forma, para a parcela ACR das usinas hidrelétricas assinantes dos contratos PROINFA-PCH-MRE, a repactuação dar-se-á mediante transferência de risco ao consumidor via pagamento de prêmio à Conta Bandeiras. Já para a parcela não contratada no ACR dessas mesmas usinas, a repactuação dar-se-á mediante aquisição de energia de reserva.
133. Para identificação dos montantes de energia contratada destinada ao ACR, propõe-se a adoção da proporção das cotas de energia das concessionárias e permissionárias de distribuição (as quais constituem o ACR) frente ao total das cotas para o ano de 2015, conforme Resolução Homologatória nº 1.833, de 2 de dezembro de 2014. Eventuais alterações nessa proporção para os anos subsequentes não ensejarão alterações nos montantes elegíveis a repactuação em cada mecanismo.
Tabela 9 – Cotas do PROINFA 2015
Quotista Cota de Energia do
PROINFA 2015 (MWh)
Representatividade
CONCESSIONÁRIAS DE DISTRIBUIÇÃO 8.332.664,14 74,75%
CONSUMIDORES LIVRES E AUTOPRODUTORES/PRODUTORES INDEPENDENTES DE ENERGIA NAS DISTRIBUIDORAS 1.920.437,51 17,23%
CONSUMIDORES LIVRES E AUTOPRODUTORES/PRODUTORES INDEPENDENTES DE ENERGIA NAS 817.119,93 7,33%
35 Conforme COMUNICADO TÉCNICO IBRACON Nº 02/09, a UBP pode ser classificada como despesa de aluguel ou arrendamento mercantil, devendo-se observar o regramento do CPC 06.
FL. 29 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
TRANSMISSORAS
COOPERATIVAS PERMISSIONÁRIAS 76.550,41 0,69%
Total 11.146.772,00 100%
134. Da Tabela 9, identifica-se que a representatividade do mercado cativo (ACR) cotista do PROINFA frente ao total de cotas para 2015 é de 75,44%. Desse modo, propõe-se que o montante de energia das usinas assinantes dos contratos PROINFA-PCH-MRE a ser considerado no ACR seja de 75% do montante de energia contratado no âmbito do PROINFA por cada usina hidrelétrica e os demais 25% do montante contratado seja considerada não contratada no ACR, junto à parcela não contratada da usina hidrelétrica.
III.7 QUESTÕES CONTRATUAIS, TERMOS DE REPACTUAÇÃO E PRAZOS DE ADESÃO
135. Os termos de repactuação deverão refletir os aprimoramentos descritos nesta Nota Técnica: (i) no ACL, retirando o mínimo de compra de energia de reserva existente, estabelecendo que o prazo dessa compra coincida com o prazo de outorga original do gerador pactuante e incluindo a manifestação prévia do gerador a respeito da opção de compensação do resultado de 2015 e da compra da reserva incremental, limitado ao montante comprado de reserva existente; e (ii) no ACR, estabelecendo o produto pelo qual a repactuação foi realizada, o prazo de postergação de pagamento do prêmio e a eventual manifestação prévia para compensação do resultado de 2015 na extensão do prazo de outorga, caso a postergação de pagamento do prêmio seja insuficiente.
136. Além disso, propomos afastar a exigibilidade de adesão mínima dos geradores, ou seja, excluímos em nossa proposta o requisito de adesão de dois terços dos geradores como condição de eficácia dos mecanismos, indo ao encontro de diversas contribuições.
137. Propomos ainda que se afaste a necessidade de a Eletrobras assinar o termo de repactuação, de modo que esse termo represente uma adesão unilateral dos geradores.
138. Em relação à extensão do prazo de concessão, a minuta proposta é meramente indicativa, pois cada contrato possui uma redação específica, cabendo apenas a extensão do prazo de outorga nas condições vigentes sem qualquer outra alteração..
139. Quanto ao prazo de adesão, propomos que o gerador deverá aderir até 14 de dezembro de 2015 para fazer jus à repactuação com compensação do resultado de 2015. Caso algum agente queira optar no futuro, sem direito à compensação de 2015, a opção pela repactuação deverá ser manifestada até 30 de setembro de cada ano, com vigência a partir de 1º de janeiro do ano subsequente.
140. Ademais, em relação aos contratos de venda a serem pactuados no período de extensão, entendemos que há necessidade de a Resolução Normativa apresentar a minuta do contrato de venda no ambiente regulado para a hipótese do gerador livre que deseje a sua extensão de prazo com contratação regulada. Para o gerador ou parcela de usina repactuada no ACR, a MP 688 estabelece que a recontratação se dará nas condições do contrato inicialmente vigente, não cabendo a formulação de uma regra geral.
141. Em relação aos montantes contratados na extensão de prazo, caso provenientes de recontratação com condições originais (mecanismo ACR), poderá haver majoração da quantidade contratada de modo a contemplar a parcela da energia originalmente livre que não tenha participado da
FL. 30 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
repactuação proposta para o ACL. Essa majoração de montantes será proporcional para as contrapartes compradoras originais.
142. Já no caso de contratação a preço de referência (mecanismo ACL), propomos que os montantes sejam alocados às concessionárias de distribuição pela mesma regra aplicável às cotas incrementais provenientes de UHEs enquadradas na Lei 12.783/2013, conforme Resolução Normativa nº 631/2014. Além disso, propomos que a liquidação dos valores associados à receita devida aos geradores sejam liquidados centralizadamente na CCEE em mecanismo específico para esse fim.
143. Por fim, propomos a retirada da Tarifa de Energia Otimizada – TEO – do cálculo de transferência de risco ao consumidor, tendo em vista que esse valor não foi considerado na aferição dos prêmios e tampouco está sendo tratado caso o gerador obtenha ganho com esse mecanismo. Da mesma forma, optamos por não incluir o tratamento de alívio de exposição a submercados do MRE, pois esse tratamento não está precificado nos prêmios instituídos.
III.8 COMENTÀRIOS FINAIS
144. Algumas contribuições manifestaram discordância com a decisão da ANEEL contida no Despacho nº 2.721/2015 – DSP 2721, que indeferiu administrativamente, por razões de mérito, as petições apresentadas pelos agentes em relação ao risco hidrológico. Destacamos que não houve apresentou recurso ao DSP 2721, sendo esta, portanto, a decisão final da questão no âmbito administrativo.
145. De qualquer modo, reforçamos nossos argumentos, consubstanciados na NT 134/2015-SEM/SRG/ANEEL – NT 134, que analisou as contribuições da 1ª fase da Audiência Pública 032/2015 e amparou a decisão da Diretoria Colegiada da ANEEL.
146. A análise da NT 134 se pautou em três aspectos fundamentais: (i) a inexistência de dispositivo legal, contratual, editalício ou regulamentar que preveja a limitação do risco hidrológico ou o expurgo de efeitos; (ii) a falseabilidade36 dos argumentos dos agentes ao tentarem demonstrar que teriam ocorrido supostos fatos do príncipe com consequências danosas e imprevisíveis que pioraram a situação do risco hidrológico, argumentos esses que eram baseados em raciocínios indutivos, os quais confrontados com dados ou exercícios empíricos tiveram a generalidade de suas conclusões e o seus nexos de causalidade afastados; e (iii) a observação dos resultados econômicos dos principais agentes de geração, tanto em lucro líquido, que sofre efeitos financeiros, mas possui a vantagem de agregar informações das participações societárias não passíveis de consolidação operacional, quanto do resultado
36 Aplicamos o princípio da falseabilidade de Popper, tido em metodologia científica como a solução para o teste de argumentos indutivos. Trata-se da demonstração da fragilidade de enunciados universais baseados em indução (p.ex. se houvesse racionamento, os geradores hidrelétricos teriam seus efeitos de risco hidrológico mitigados, melhorando seus resultados), a partir da demonstração de que há pelo menos uma ocorrência que contraria o raciocínio indutivo (na NT simulamos um cenário de racionamento e a situação para o gerador pioraria do ponto de vista financeiro e de GSF, o que de fato teria ocorrido em 2014, caso os indicativos de corte tivessem ensejado racionamento). Além do exemplo do racionamento, essa metodologia nos serviu para demonstrar o comportamento tarifário respondendo a fatores concorrentes, notadamente temperatura e atividade econômica, descaracterizando o raciocínio simplista dos agentes de que o comportamento da carga seria fruto exclusivamente de sinal tarifário equivocado.
FL. 31 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
operacional37, que agrega os resultados consolidados, mas expurga os efeitos de participações minoritárias.
147. Reiteramos, assim, todos os argumentos apresentados na NT 134, os quais são corroborados pelo bom desempenho econômico dos resultados dos geradores no primeiro semestre de 2015 (que já constitui 70% do resultado integral obtido em 2014 em termos de lucro líquido, a despeito de o custo financeiro ter crescido substancialmente de um ano para o outro e as condições macroeconômicas terem se deteriorado ainda mais).
148. A repactuação do risco hidrológico com efeitos a partir de 2015 ampliará ainda mais o resultado já obtido, tanto em lucro líquido como em EBITDA, não sendo surpreendente se o resultado anual superar até mesmo o ano de 2013, ainda que para o segundo semestre COPEL, CEMIG e CESP possam ter resultados mais contidos em função do ingresso de parte de suas UHEs ao regime de cotas de que trata a Lei 12.783/2013 desde julho. Os dados, disponíveis publicamente nos sites das companhias, estão na Tabela 10.
Tabela 9 – Resultado dos geradores - 1º semestre de 2015 sem efeitos da repactuação, 2014 e 2013.
LUCRO LÍQUIDO EBITDA
Empresa 6 Meses 2015 2014 2013 6 Meses 2015 2014 2013
AES Tietê 326 mi 449 mi 881 mi 661 mi 918 mi 1.525 mi
Duke 40 mi 286 mi 418 mi 259 mi 704 mi 914 mi
Copel Geração 735 mi 1.187 mi 1.079 mi 1.179 mi 1.422mi 1.852 mi
Tractebel 554 mi 1.383 mi 1.437 mi 1.376 mi 2.895 mi 3.042 mi
CPFL Geração 122 mi 107 mi 311 mi 413 mi 1351 mi 1.359 mi
CESP 369 mi 1.148 mi 991 mi 1.140 mi 4.017 mi 3.062 mi
CEMIG Geração 1.829 mi 2.074 mi 1.865 mi 2.424 mi 4.240 mi 2.985 mi
CELESC Geração 31 mi 101 mi 17 mi 57 mi 157 mi 45 mi
Eletrobras Geração 1.432 mi 331 mi 1.629 mi 2.695 mi 4.929 mi 3.817 mi
EDP Geração 14 mi 267 mi 215 mi 362 mi 532 mi 801 mi
Alupar Geração 13 mi 82 mi 29 mi 95 mi 168 mi 113 mi
Neoenergia Geração 78 mi 77 mi 245 mi 247 mi 247 mi 411 mi
Somatório 5.543 mi 7.315 mi 9.062 mi 10.908 mi 21.580 mi 19.926 mi
149. Estimativas preliminares apontam que os efeitos retroativos apenas da repactuação no ACR com o produto SP100 terão impacto aproximado de R$2,5bi no EBTIDA dos geradores, o que é algo próximo de R$1,5bi de efeito no lucro líquido. Dessa forma, o lucro líquido do primeiro semestre de 2015 pode ficar quase idêntico ao lucro anual obtido em 2014, apenas em função da aplicação retroativa do mecanismo de repactuação, a qual possui previsão legal explícita na MP 688.
37 A partir da utilização da métrica EBITDA, do inglês Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, ou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.
FL. 32 da Nota Técnica no 238/2015-SRM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
IV. DO FUNDAMENTO LEGAL
150. As propostas e fundamentos constantes dessa Nota Técnica estão consubstanciados nas Leis n° 9.427, de 1996, nº 10.848, de 2004, e nos Decretos nº 2.335, de 1997, nº 5.163, de 2004, e nº 5.177, de 2004, e na Medida Provisória nº 688, de 18/08/2015.
V. DA CONCLUSÃO
151. A Medida Provisória 688, de 2015, que permitiu a repactuação do risco hidrológico de usinas hidrelétricas participantes do MRE, trouxe diversas questões passíveis de regulamentação pela ANEEL e que constam da análise realizada nesta Nota Técnica.
VI. DA RECOMENDAÇÃO
152. Recomendamos o encaminhamento do processo à Diretoria Colegiada da ANEEL com vistas à aprovação da minuta de resolução normativa anexa.
PAULO FÉLIX GABARDO Especialista em Regulação - SRM
GENTIL NOGUEIRA DE SÁ JÚNIOR Especialista em Regulação - SRM
OTÁVIO RODRIGUES VAZ Especialista em Regulação - SRM
MURILO ANTUNES BRAGA Especialista em Regulação - SRM
RAFAEL COSTA RIBEIRO Especialista em Regulação - SRG
BRUNO GOULART DE FREITAS MACHADO Especialista em Regulação - SRG
RICARDO TAKEMITSU SIMABUKU
Assessor - SRM
FERNANDO COLLI MUNHOZ
Assessor - SRG
De acordo:
JÚLIO CÉSAR REZENDE FERRAZ Superintendente de Regulação Econômica
e Estudos do Mercado – SRM
CHRISTIANO VIEIRA DA SILVA Superintendente de Regulação dos Serviços de Geração - SRG
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO I – NOTA TÉCNICA nº 238/2015, de 29/10/2015.
MINUTA DE RESOLUÇÃO NORMATIVA
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL
RESOLUÇÃO NORMATIVA No , DE DE DE 2015
Estabelece os critérios para anuência e as
demais condições para repactuação do risco
hidrológico de geração hidrelétrica por agentes
participantes do Mecanismo de Realocação de
Energia.
O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA -
ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em
vista o disposto na Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no 9.427, de 26 de dezembro de 1996,
no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, no 10.848, de 15 de março de 2004, na Medida Provisória no
688, de 18 de agosto de 2015, no Decreto no 2.335, de 6 de outubro de 1997, no 5.163, de 30 de
julho de 2004, e o que consta do Processo no 48500.006210/2014-19, resolve:
Art. 1o Estabelecer os critérios para anuência e as demais condições para repactuação
do risco hidrológico de geração hidrelétrica por agentes participantes do Mecanismo de Realocação
de Energia - MRE.
CAPÍTULO I
DA REPACTUAÇÃO DO RISCO HIDROLÓGICO
Art. 2o A repactuação de que trata essa Resolução poderá ser realizada nas seguintes
modalidades:
I – Ambiente de Contratação Regulada - ACR; e
II – Ambiente de Contratação Livre - ACL.
§1o É elegível à repactuação do risco hidrológico no ACR a parcela da usina hidráulica
participante do MRE, cujo titular da outorga tenha negociado contratos de venda de energia
vinculados expressamente à usina, a concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia
elétrica, com vigência mínima até 31 de dezembro de 2016, observado o §3o.
§2o É elegível à repactuação do risco hidrológico no ACL a parcela da usina hidráulica
não enquadrada nos requisitos do §1o, observado o §3o.
§3o Não são elegíveis para repactuação do risco hidrológico as usinas hidrelétricas
cujos titulares tenham recusado a prorrogação da concessão nos termos da Lei no 12.783, de 11 de
janeiro de 2013.
Art. 3o Caso o gerador opte pelos dois mecanismos de repactuação, a extensão de prazo
se dará observando a mesma proporção da parcela de usina pactuada em cada mecanismo,
amortizando-se o somatório dos ativos constituídos em cada ambiente pela margem líquida total.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Seção I
Da Repactuação no Ambiente de Contratação Regulada
Art. 4o A repactuação do risco hidrológico no ACR se dará por meio da transferência
do risco hidrológico ao consumidor mediante pagamento de prêmio de risco pelo gerador.
§ 1o O risco hidrológico a ser transferido ao consumidor será constituído pela
insuficiência de geração do MRE, calculada nos termos do art. 5o, podendo o gerador optar na
repactuação por qualquer uma das seguintes classes de produtos:
I – classe P, na qual o gerador permanece com a propriedade da energia secundária;
II – classe SP, na qual a energia secundária também é transferida ao consumidor;
III – classe SPR, na qual, além da energia secundária, o gerador transfere ao consumidor
o risco de redução da garantia física.
§ 2o Para as classes P e SP, o gerador deverá definir o nível de insuficiência de geração
do MRE que suportará por meio do fator F, estabelecido entre zero e 11%, com variação por ponto
percentual.
§ 3o Para a classe SPR, o fator F será zero.
§ 4o O prêmio de risco a ser pago à Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras
Tarifárias - CCRBT será definido considerando a classe de produto e o fator F escolhidos pelo
gerador, conforme ANEXO I.
§ 5o Os valores definidos no ANEXO I para as classes de produto P e SP estão
referidos à data-base de janeiro de 2015, devendo ser reajustados anualmente pela variação do
Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.
§ 6o O valor a ser pago a CCRBT deverá considerar os valores de que trata o § 5o
multiplicado pela quantidade de energia repactuada, devendo ser depositado até o último dia útil de
cada mês.
§ 7o O gerador firmará termo de adesão, conforme ANEXO II, o qual especificará a
classe de produto, o fator F, o montante de energia cujo risco hidrológico será repactuado, o prazo
de postergação de pagamento do prêmio de risco para compensação do resultado de 2015, conforme
art. 6o, as penalidades e a renúncia a pleitos presentes e futuros.
§ 8o A opção pela repactuação deverá ser protocolada pelo agente gerador até 30 de
setembro do ano anterior ao início da vigência da repactuação, ressalvado o disposto no § 9o.
§ 9o Excepcionalmente para o ano de 2015, o gerador deverá assinar o termo de
repactuação até 4 dezembro de 2015.
Art. 5o O montante do risco hidrológico no ACR, a ser transferido aos consumidores,
será calculado mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE no
processo de contabilização, a partir da seguinte equação:
𝑇𝑅_𝑅𝐼𝑆𝑝,𝑚 =𝑀𝑂𝑁𝑇_𝐶𝑉𝑅𝑚
𝑄𝑀_𝐺𝐹′𝑝,𝑚× ( ∑ {𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜(0; [(1 − 𝐹) × 𝐺𝐹𝐼𝑆_2′𝑝,𝑟,𝑤 − 𝐺𝐹𝐼𝑆_3′𝑝,𝑟,𝑤]) × 𝑃𝐿𝐷𝑝,𝑟,𝑤 − 𝐶 × {∑[𝑆𝐸𝐶′𝑝,𝑠,𝑟,𝑤 × 𝑃𝐿𝐷𝑠,𝑟,𝑤]
4
𝑠=1
}}
𝑟,𝑤∈𝑚
)
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
onde:
𝑇𝑅_𝑅𝐼𝑆𝑝,𝑚: Resultado mensal do risco hidrológico que será transferido do vendedor aos
compradores, da usina “p” e por mês “m”;
QM_GF′p,m: Quantidade mensal de garantia física sazonalizada flat, da usina “p” e por
mês “m”;
F: Risco hidrológico aceito pelo gerador, variando entre zero e 11%, conforme tabela de
produtos oferecidos para repactuação, sendo zero para a classe SPR;
MONT_CVRm: Montante em MWm do contrato de venda no ACR no mês “m”,
distribuído no mês de maneira uniforme, sendo que para usinas do Programa Incentivo
às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – PROINFA, seu valor corresponde a 75% do
montante de energia contratado individualmente por cada usinas por meio dos contratos
PROINFA-PCH-MRE, distribuído no mês de maneira uniforme;
GFIS_2′p,r,w: Garantia Física Modulada Ajustada à sazonalização flat da usina “p”, para
o patamar de carga “r” e semana “w”;
GFIS_3′p,r,w: Garantia Física Modulada Ajustada à sazonalização flat para o MRE da
usina “p”, para o patamar de carga “r” e semana “w”;
C: Pode assumir valor zero ou um, a depender da classe de produto escolhida pelo
gerador, sendo zero para a classe P, na qual a secundária permanece com o gerador, e
um para as classes SP e SPR, na qual a secundária é transferida ao consumidor;
SEC′p,s,r,w: O Direito à Energia Secundária da usina “p” participante do MRE, por
submercado “s”, patamar de carga “r” e semana “w”, considerada a sazonalização flat;
PLDs,r,w: Preço de Liquidação de Diferenças do submercado “s”, para o patamar de
carga “r” e semana “w”.
§ 1o O resultado apurado, positivo ou negativo, será transferido à CCRBT.
§ 2o Caso a usina hidrelétrica seja desligada do MRE por opção do gerador hidráulico
ou de forma compulsória pela ANEEL o montante do risco hidrológico a ser transferido aos
consumidores será zero, mantido o pagamento do prêmio de que trata o art. 2o em período
equivalente àquele em que o gerador esteve no MRE com obrigação de pagamento do prêmio.
Art. 6o O resultado, a ser ressarcido para o ano de 2015, será calculado em
conformidade com o art. 5o, observando o pagamento do prêmio de risco no montante definido no
art. 4o.
§ 1o O ressarcimento se dará por meio da postergação do pagamento do prêmio de risco
definido no art. 4o em prazo suficiente para amortização do resultado a ser ressarcido, utilizando-se
a taxa de capitalização de 9,63% ao ano e correção monetária pelo IPCA.
§ 2o Na impossibilidade de ressarcir o resultado de 2015 no prazo remanescente da
vigência do contrato de venda, haverá extensão dessa outorga com opção de recontratação da
energia vendida ao ACR ou livre negociação da energia.
§ 3o A opção pela recontratação da energia vendida no ACR no prazo de extensão da
outorga se dará nas mesmas condições do contrato preexistente de venda no ACR, exceto em
relação ao montante vendido.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
§ 4o O montante negociado na extensão de prazo poderá ser majorado em relação ao
contrato de venda preexistente para contemplar a parcela de usina originalmente livre e que não
tenha sido repactuada nos termos do art. 7o.
§ 5o O prazo de extensão da outorga será calculado considerando a amortização do
ativo constituído e atualizado monetariamente por meio da aferição da margem líquida unitária de
referência, calculada em R$/MWh a partir da seguinte equação:
𝑀𝐿𝑟𝑒𝑓𝐴𝐶𝑅 = (𝑃𝑟𝑒𝑓 × (1 − 𝑃𝐼𝑆/𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 − 𝑇𝐹𝑆𝐸𝐸 − 𝑃&𝐷 − 𝑂𝑃𝐸𝑋𝑟𝑒𝑓 − 𝑁 × 𝑃𝑟ê𝑚𝑖𝑜𝑈𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜) × (1 − 𝐼𝑅𝑃𝐽/𝐶𝑆𝐿𝐿)
𝑀𝐿𝑟𝑒𝑓𝐴𝐶𝑅: Margem líquida unitária de referência para a repactuação do ACR;
𝑃𝑟𝑒𝑓: Preço a ser praticado na extensão do prazo de outorga, equivalente a
R$153,77/MWh à data base de janeiro de 2015, em caso de opção por livre negociação
da energia;
𝑃𝐼𝑆/𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆: Soma das alíquotas do Programa de Integração Social - PIS e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS;
𝑇𝐹𝑆𝐸𝐸: Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica;
𝑃&𝐷: Encargo de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética;
𝑂𝑃𝐸𝑋𝑟𝑒𝑓: Custo operacional de referência, equivalente a R$29,88/MWh à data base de
janeiro de 2015, incluídos os custos de uso da rede e as estimativas de Compensação
Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos - CFURH e de pagamento pelo Uso
do Bem Público - UBP;
𝑁: Variável que pode assumir os valores zero ou um, a depender da opção de venda
para o prazo de extensão da outorga, sendo um para o caso de opção de recontratação da
energia no ACR e zero em caso de opção por livre negociação;
𝑃𝑟ê𝑚𝑖𝑜𝑈𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜: Prêmio de risco unitário associado à opção de repactuação eleita pelo
gerador, considerando a classe de produto e o fator F;
𝐼𝑅𝑃𝐽/𝐶𝑆𝐿𝐿: Somatório das alíquotas do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ e
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL.
§ 6o Para o agente que optar pela classe de produto SPR, será considerada na
extensão de prazo eventual redução da garantia física ocorrida no período de pagamento do prêmio
de que trata o art. 4o.
§ 7o O ativo constituído nos termos do § 6o considerará o percentual de redução da
garantia física aplicado à receita líquida obtida no período em que essa redução gerou efeitos
concomitantes ao pagamento do prêmio de que trata o art. 4o.
Seção I
Da Repactuação no Ambiente de Contratação Livre
Art. 7o A repactuação do risco hidrológico no ACL se dará por meio de pagamento de
prêmio de risco equivalente à assunção dos direitos e obrigações vinculados à capacidade existente
de energia de reserva de que trata o art. 3o-A da Lei no 10.848, de 2004.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
§ 1o O gerador firmará termo de adesão, conforme ANEXO III, especificando o
montante da energia de reserva existente destinada ao seu uso.
§ 2o O direito a compra de energia de reserva incremental com compensação de
resultados em extensão de prazo, de que trata o art. 8o, será limitado ao montante de energia de
reserva existente solicitado pelo gerador nos termos do § 1o.
§ 3o Caso o agente não seja atendido em sua solicitação de energia de reserva existente,
essa frustração poderá ser direcionada para a compra de reserva incremental, sem direito à
compensação de resultados com extensão de prazo.
§ 4o O gerador hidráulico poderá optar pela repactuação até 30 de setembro do ano
anterior ao do início do uso da reserva existente que se dará em janeiro do ano seguinte, observado
o disposto no art. 8o.
§ 5o O uso da energia de reserva existente solicitada pelo gerador e da energia de
reserva incremental contratada se dará durante o prazo remanescente original da outorga do gerador
hidráulico.
Art. 8o A repactuação prevista no art. 7o é requisito indispensável para participar de
leilões específicos para contratação de capacidade incremental de energia de reserva.
Parágrafo único. O resultado obtido com a energia contratada nos leilões específicos
será integralmente ressarcido por meio de extensão do prazo de outorga, exceto para a parcela de
compra associada à frustração da solicitação da energia de reserva existente.
Art. 9o O resultado, a ser ressarcido para o ano de 2015, será obtido a partir do
resultado da restituição dos montantes financeiros excedentes da CONER ao longo do ano de 2015,
atribuído ao gerador hidráulico conforme montante repactuado.
Art. 10. O ressarcimento da contratação da capacidade incremental de energia de
reserva, de que trata o art. 8o, e dos resultados de 2015, de que trata o art. 9o, deverá observar a
margem líquida unitária de referência, calculada em R$/MWh a partir da seguinte equação:
𝑀𝐿𝑟𝑒𝑓𝐴𝐶𝐿 = (𝑃𝑟𝑒𝑓 × (1 − 𝑃𝐼𝑆/𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 − 𝑇𝐹𝑆𝐸𝐸 − 𝑃&𝐷 − 𝑂𝑃𝐸𝑋𝑟𝑒𝑓) × (1 − 𝐼𝑅𝑃𝐽/𝐶𝑆𝐿𝐿)
onde:
𝑀𝐿𝑟𝑒𝑓𝐴𝐶𝐿: Margem líquida unitária de referência;
𝑃𝑟𝑒𝑓: Preço a ser praticado na extensão do prazo de outorga, equivalente a
R$153,77/MWh à data base de janeiro de 2015;
𝑃𝐼𝑆/𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆: Soma das alíquotas do Programa de Integração Social - PIS e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS;
𝑇𝐹𝑆𝐸𝐸: Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica;
𝑃&𝐷: Encargo de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética;
𝑂𝑃𝐸𝑋𝑟𝑒𝑓: Custo operacional de referência, equivalente a R$29,88/MWh à data base de
janeiro de 2015, incluídos os custos de uso da rede e as estimativas de Compensação
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos - CFURH e de pagamento pelo Uso
do Bem Público - UBP;
𝐼𝑅𝑃𝐽/𝐶𝑆𝐿𝐿: Somatório das alíquotas do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ e
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL.
§ 1o No período de extensão de prazo, o gerador hidráulico não fará jus ao uso da
energia de reserva existente ou incremental, ficando isento do pagamento do respectivo prêmio do
risco.
§ 2o Encerrado o prazo original da concessão, a capacidade de energia de reserva de
uso do gerador hidráulico será transferida aos demais usuários da energia de reserva, excetuando-se
os demais geradores hidráulicos.
§ 3o O cálculo do resultado da energia de reserva incremental será feito um ano antes
do encerramento do prazo original de outorga, estimando-se o período remanescente do uso da
reserva incremental a partir dos resultados dos doze meses anteriores, observada a proporção dos
volumes de energia de reserva contratados em cada período.
§4o O gerador poderá optar por negociar livremente sua energia ou contratá-la no ACR
no período de extensão da outorga, aplicando-se em ambos os casos o preço de referência para
cálculo desse período de extensão.
§ 5o A opção pela venda de energia vendida no ACR no período de extensão da outorga
se dará conforme contrato de adesão disponível no ANEXO IV, aplicando-se nos demais aspectos o
disposto para as UHEs em regime de cotas, inclusive quanto à alocação da energia contratada,
mantido o risco hidrológico no gerador durante o período de extensão.
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 11. Os arts. 4o, 5o e 9o da Resolução Normativa no 337, de 11 de novembro de
2008, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2o ........................................................
X – Usuário de Energia de Reserva: agente de distribuição, consumidor livre,
consumidor especial, autoprodutor na parcela da energia adquirida, produtor de geração com perfil
de consumo ou agente de exportação e, por equiparação, o gerador hidráulico participante do
Mecanismo de Realocação de Energia - MRE, enquadrados no §4o do art. 1o da Medida Provisória
no 688, de 18 de agosto de 2015, em virtude da repactuação do risco hidrológico.
....................................................................
Art. 3o ..........................................................
Parágrafo único. O prêmio de risco do gerador hidráulico participante do MRE que
repactuar o risco hidrológico se dará por meio do pagamento do valor do encargo de energia
reserva, conforme estabelecido no art. 7o, nos termos do inciso I do §4o da Medida Provisória no
688, de 18 de agosto de 2015.
....................................................................
Art. 7o O rateio do EER entre os Usuários de Energia de Reserva será obtido
mediante a aplicação das seguintes fórmulas:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
𝐸𝐸𝑅𝑔𝑚 = 𝑃𝑔𝑚 ∗ 𝐸𝐸𝑅𝑚
𝐸𝐸𝑅𝑟𝑚 = 𝑘𝑟𝑚 ∗ (𝐸𝐸𝑅𝑚 −∑𝐸𝐸𝑅𝑔𝑚
𝑛
𝑔
)
onde:
EERgm é o valor do encargo, expresso em Reais, a ser pago pelo Usuário de Energia
de Reserva associado aos geradores hidráulicos participantes do MRE “g”, nos termos
do inciso X do art. 2o, na Liquidação Financeira Relativa à Contratação de Energia
de Reserva do mês “m”;
EERrm é o valor do encargo, expresso em Reais, a ser pago pelo Usuário de Energia
de Reserva associado aos agentes de consumo “r”, na Liquidação Financeira Relativa
à Contratação de Energia de Reserva do mês “m”; e
Pgm representa o percentual obtido da razão entre o montante de energia de reserva
contratada pelo Usuário de Energia de Reserva associado ao gerador hidráulico
participantes do MRE “g”, nos termos do inciso X do art. 2o, e o montante total de
garantia física da energia de reserva associado aos pagamentos devidos aos Agentes
Vendedores, na Liquidação Financeira Relativa à Contratação de Energia de Reserva
do mês “m”;
krm representa a parcela de carga do Usuário de Energia de Reserva “r” no Sistema
Interligado Nacional - SIN, conforme medição da CCEE em base anual.
n representa os Usuários de Energia de Reserva associado aos agentes de geração que
optaram pela repactuação do risco hidrológico, nos termos do §4o do art. 1o da
Medida Provisória no 688, de 18 de agosto de 2015.
....................................................................” (NR)
Art. 11. A Cláusula 1ª do Contrato de Uso da Energia de Reserva - CONUER, Anexo da
Resolução Normativa no 337, de 11 de novembro de 2008, passa a vigorar com a seguinte redação:
“CLÁUSULA 1ª – DAS DEFINIÇÕES
1.1 ............................................................... ....................................................................
USUÁRIOS DE ENERGIA DE RESERVA ou USUÁRIOS: agente de
distribuição, consumidor livre, consumidor especial, autoprodutor na parcela da
energia adquirida, produtor de geração com perfil de consumo ou agente de
exportação e gerador hidráulico participante do Mecanismo de Realocação de
Energia – MRE, enquadrados no §4o do art. 1o da Medida Provisória no 688, de 18 de
agosto de 2015, que optaram pela repactuação do risco hidrológico.
...................................................................” (NR)
Art. 12. O art. 54 da Convenção de Comercialização de Energia Elétrica, Anexo da
Resolução Normativa no 109, de 26 de outubro de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 54-I. Parágrafo único. A adesão ao CONUER é compulsória para a CCEE e
para todos os agentes de distribuição, consumidores livres, consumidores especiais,
autoprodutores quqe comercializam energia no SIN e agentes de exportação e os
agentes de geração hidráulica participantes do MRE, enquadrados no §4o do art. 1o
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
da Medida Provisória no 688, de 18 de agosto de 2015, que optaram pela repactuação
do risco hidrológico.
...................................................................” (NR)
Art. 13. Até que se proceda à alteração algébrica das Regras de Comercialização e dos
Procedimentos de Comercialização aplicáveis, a CCEE fica autorizada a efetuar a operacionalização
da restituição dos montantes financeiros excedentes por meio de Mecanismo Auxiliar de Cálculo -
MAC.
Art. 14. A CCEE deverá encaminhar mensalmente à ANEEL o resultado da apuração do
risco hidrológico de que trata o art. 5o, do encargo de energia de reserva, da restituição dos
montantes financeiros excedentes da CONER e da liquidação financeira relativa à contratação de
energia de reserva.
Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
ROMEU DONIZETE RUFINO
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO I – Valores dos prêmios unitários do mecanismo do ACR para
cada classe de produto e fator F, referenciados à data-base de janeiro de 2015.
CLASSE
DE
PRODUTO
FATOR
F PRODUTO
Prêmio
unitário
R$/MWh
P 0 P100 12,76
P 1 P99 11,77
P 2 P98 10,80
P 3 P97 9,88
P 4 P96 9,04
P 5 P95 8,21
P 6 P94 7,42
P 7 P93 6,69
P 8 P92 6,01
P 9 P91 5,37
P 10 P90 4,74
P 11 P89 4,13
SP 0 SP100 9,31
SP 1 SP99 8,31
SP 2 SP98 7,35
SP 3 SP97 6,43
SP 4 SP96 5,58
SP 5 SP95 4,75
SP 6 SP94 3,96
SP 7 SP93 3,23
SP 8 SP92 2,55
SP 9 SP91 1,90
SP 10 SP90 1,28
SP 11 SP89 0,68
SPR 0 SPR100 10% do preço
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II
TERMO DE REPACTUAÇÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACR
TERMO DE REPACTUAÇÃO DO RISCO HIDROLÓGICO No ____ / ____
Pelo presente instrumento, o ______________ (TITULAR DE OUTORGA DE USINA
HIDRÁULICA PARTICIPANTE DO MRE E VINCULADO A CCEAR OU BILATERAL COM
DISTRIBUIDORA), detentor de outorga para geração de energia elétrica, com sede no endereço
_______________, na cidade de _________, no estado de ________, inscrita no CNPJ/MF sob o no
_______, doravante denominado “GERADOR”, neste ato representado por seus representantes
legais ao final assinados, nos termos de seus documentos societários e estatutários;
CONSIDERANDO QUE:
a) O GERADOR firmou Contratos de Comercialização de Energia Elétrica elegíveis para
repactuação do risco hidrológico no Ambiente de Contratação Regulada - ACR;
b) nos termos do respectivo CONTRATO DE CONCESSÃO e/ou ATO AUTORIZATIVO
celebrado entre o Poder Concedente e o GERADOR, ao GERADOR foi outorgada
concessão/autorização para geração de ENERGIA ELÉTRICA, em decorrência da
exploração de: (i) Aproveitamento Hidrelétrico - AHE ou Pequena Central Hidrelétrica -
PCH ___________, localizada em ________, com POTÊNCIA INSTALADA de ____ MW
- Usina _________ (“USINA”);
c) A Resolução Normativa no ____, de __ de _________ de 2015, estabelece os critérios para
anuência e as condições de repactuação do risco hidrológico.
d) O GERADOR, por sua livre iniciativa, opta pela repactuação do risco hidrológico, nos
termos da Medida Provisória no 688, de 2015 e Resolução Normativa no ___, de 2015,
optando pela classe de produto _____ e fator F ____.
e) A ANEEL anuiu com a celebração deste Termo de Repactuação, conforme consta do
Despacho no _____, publicado em _________;
RESOLVE o GERADOR aderir ao presente TERMO, que se regerá pelas condições e cláusulas a
seguir:
CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO
O presente Termo tem por objeto repactuar o risco hidrológico inerente aos CONTRATOS
REGULADOS de que trata o art. 2o da Resolução Normativa no ___, de 2015, firmados pelo
GERADOR, com contrapartida de prêmio de risco a ser pago, juntamente com a cessão de direitos
e obrigações, à Conta Centralizadora de Recursos de Bandeira Tarifária - CCRBT.
CLÁUSULA TERCEIRA - DA VIGÊNCIA
Subcláusula Primeira - A vigência deste TERMO terá início na data de sua celebração e
encerramento na data de ___ / ___ / ____ (fim do período do contrato de venda).
CLÁUSULA TERCEIRA - DA TRANSFERÊNCIA DO RISCO HIDROLÓGICO
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Subcláusula Primeira - A cessão dos direitos e obrigações associados ao risco hidrológico será
efetuada considerando o fator F de ___, para a classe de produto ____.
CLÁUSULA QUARTA - DA CONTRAPARTIDA
Subcláusula Primeira - Como contrapartida pela repactuação do risco hidrológico, o GERADOR
deverá recolher mensalmente à CCRBT o resultado da multiplicação do montante mensal de
energia vinculado aos CONTRATOS listados no Anexo I e o prêmio de risco unitário do produto
_____, de R$___/MWh, referenciado à data-base de janeiro de 2015.
Subcláusula Segunda - O valor do prêmio de risco unitário será reajustado em janeiro de cada ano
a partir da variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.
Subcláusula Terceira - O recolhimento do valor mensal a ser depositado na CCRBT se dará a
partir de ___ / ___ / ____. (aplicável a quem consegue compensar o ativo de 2015 com postergação
do pagamento do prêmio).
CLÁUSULA QUINTA - DA AMORTIZAÇÃO DO ATIVO CONSTITUÍDO EM 2015
DURANTE O PRAZO DE EXTENSÃO DE OUTORGA (aplicável a quem não consegue
compensar o ativo de 2015 com postergação do pagamento do prêmio).
Subcláusula Primeira - O GERADOR manifesta sua opção de ________________________
_________________________________ (contratar livremente ou recontratar com o ACR nas
condições originais de contrato preexistente, exceto montante) durante o prazo de extensão da
outorga.
Subcláusula Segunda - O GERADOR fará jus à extensão de seu prazo de outorga, que deverá ter
sua data final alterada para ___ / ___ / ____. (varia a depender da opção manifestada na
Subcláusula Primeira).
Subcláusula Terceira - No período de extensão, o GERADOR deverá recolher mensalmente à
CCRBT o resultado da multiplicação do montante mensal de energia de _____ MWh, do novo
CONTRATO de venda, o prêmio de risco unitário do produto _____, de R$___/MWh, referenciado
à data-base de janeiro de 2015 (aplicável apenas a quem optou por recontratar com o ACR nas
condições originais de contrato preexistente, exceto montante).
CLÁUSULA SEXTA - DA PENALIDADE
Subcláusula Primeira - Na hipótese de descumprimento do disposto na CLÁUSULA QUINTA,
será cobrado juros de mora de 1% ao mês e multa de 10% sobre o montante da Subcláusula
Primeira da Cláusula Quinta.
Subcláusula Segunda - Enquanto durar a inadimplência as receitas a serem liquidadas no Mercado
de Curto Prazo do GERADOR serão retidas para suportar o valor inadimplido, acrescido de multa e
juros, apurados conforme Subcláusula Primeira.
Subcláusula Terceira - Adicionalmente ao disposto na Subcláusula Primeira, o inadimplemento da
obrigação prevista na CLÁUSULA QUINTA enseja a inclusão do GERADOR no Cadastro de
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Inadimplentes com Obrigações Intrassetoriais, de que trata a Resolução Normativa no 538, de 5 de
março de 2013.
CLÁUSULA SÉTIMA - DA EFICÁCIA
Subcláusula Primeira - Como condição para se valer da repactuação prevista neste contrato, o
GERADOR renuncia, de modo irrevogável e irretratável, ao direito de discutir, na via
administrativa, arbitral e judicial, suposta isenção ou mitigação de riscos hidrológicos relacionados
ao MRE.
Subcláusula Segunda - O GERADOR apresenta cópia do requerimento de extinção dos processos,
incluindo aqueles abertos pelas sociedades ou consórcios titulares de outorgas de empreendimentos
hidrelétricos nos quais o GERADOR detenha controle acionário, sobre o assunto a que se refere a
subcláusula primeira, com resolução do mérito, na qual contenha o número dos respectivos
protocolos judiciais, nos termos do Código de Processo Civil, ficando dispensados os honorários
advocatícios em razão da extinção da ação (aplicável se houver ação em curso).
Subcláusula Segunda - O GERADOR apresenta cópia de ata de assembleia de acionistas de
sociedades ou consórcios titulares de outorgas de empreendimentos hidrelétricos nos quais o
GERADOR tenha participação minoritária, na qual manifesta formalmente sua proposta de
elaboração de requerimento de extinção do processo sobre o assunto a que se refere a Subcláusula
Primeira, com resolução do mérito, anexando, em caso de aprovação da proposta, o respectivo
requerimento com número de protocolo judicial, nos termos do Código de Processo Civil, ficando
dispensados os honorários advocatícios em razão da extinção da ação. (aplicável se houver ação em
curso, sem posição de controle).
CLÁUSULA OITAVA - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Subcláusula Primeira - O presente TERMO é firmado em caráter irrevogável e irretratável pelo
prazo de vigência definido na CLÁUSULA TERCEIRA, independentemente da celebração de
outros atos jurídicos junto a terceiros, mesmo ocorrendo venda, cessão, incorporação ou qualquer
outro negócio jurídico envolvendo o GERADOR, assumindo os novos controladores ou a nova
detentora das outorgas, todos os direitos e as obrigações assumidas no presente instrumento.
Subcláusula Segunda - Todas as atividades, operações e processos previstos neste TERMO,
independentemente de sua definição e tratamento neste instrumento, deverão ser realizados
conforme o previsto na legislação aplicável à matéria e em regulamentação da ANEEL, presente e
futura, não havendo oponibilidade de ato jurídico perfeito ou direito adquirido às determinações
regulamentares.
Subcláusula Terceira - O presente TERMO não poderá ser alterado, devendo, porém, observar o
disposto na Subcláusula Segunda.
Subcláusula Quarta - Este instrumento possui eficácia como título executivo extrajudicial, na
forma da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e do Código do Processo Civil.
Subcláusula Quinta - Eventuais litígios oriundos da aplicação do presente instrumento serão
dirimidos no Foro da Seção Judiciária da Justiça Federal do Distrito Federal.
Por estar de acordo, o GERADOR adere ao presente instrumento em 1 (uma) via.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
__________________, ___ de ______________ de ______.
GERADOR
_____________________________ _____________________________
Nome: Nome:
CPF: CPF:
RG: RG:
Testemunhas:
_____________________________ _____________________________
Nome: Nome:
CPF: CPF:
RG: RG:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO III
TERMO DE REPACTUAÇÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACL
TERMO DE REPACTUAÇÃO DO RISCO HIDROLÓGICO No ____ / ____
Pelo presente instrumento, o ______________ (TITULAR DA OUTORGA DE USINA
HIDRÁULICA PARTICIPANTE DO MRE), detentor de outorga para geração de energia elétrica,
com sede no endereço _______________, na cidade de _________, no estado de ________, inscrita
no CNPJ/MF sob o no _______ , doravante denominada “GERADOR”, neste ato representadas por
seus representantes legais ao final assinados, nos termos de seus documentos societários e
estatutários;
CONSIDERANDO QUE:
a) A Medida Provisória no 688, de 18 de Agosto de 2015, permitiu a repactuação do risco
hidrológico vinculado à energia não contratada no Ambiente de Contratação Regulada -
ACR dos agentes de geração hidrelétrica, participantes do MRE, mediante contrapartida do
GERADOR, por meio da assunção dos direitos e obrigações vinculados à energia de
Reserva de que trata o art. 3o-A da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004;
b) A CCEE é responsável por estruturar e gerir o Contrato de Uso da Energia de Reserva -
CONUER e a Conta de Energia de Reserva - CONER, nos termos do Decreto no 6.353, de
16 de janeiro de 2008, da Convenção de Comercialização, aprovada pela Resolução
Normativa no 109, de 26 de outubro de 2004, e Resolução Normativa no 337, de 11 de
novembro de 2008;
c) nos termos do respectivo CONTRATO DE CONCESSÃO e/ou ATO AUTORIZATIVO
celebrado entre o Poder Concedente e o GERADOR, ao GERADOR foi outorgada
concessão/autorização para geração de ENERGIA ELÉTRICA, em decorrência da
exploração de: (i) Aproveitamento Hidrelétrico - AHE ou Pequena Central Hidrelétrica -
PCH ___________, localizada em ________, com POTÊNCIA INSTALADA de ____ MW
- Usina _________ (“USINA”);
d) A Resolução Normativa no ____, de __ de _________ de 2015, estabelece os critérios para
anuência e as condições de repactuação do risco hidrológico;
e) O GERADOR, por sua livre iniciativa, optou pela repactuação do risco hidrológico, nos
termos da Medida Provisória no 688, de 18 de Agosto de 2015;
f) O GERADOR firmou o Contrato de Uso da Energia de Reserva - CONUER, nos termos da
Resolução Normativa no 337, de 11 de novembro de 2008;
g) A ANEEL, após avaliação dos impactos da repactuação, anuiu com a celebração deste
Contrato conforme consta do Despacho no _____, publicado em _________;
RESOLVE o GERADOR, aderir ao presente TERMO que se regerá pelas condições e cláusulas a
seguir:
CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
O presente TERMO tem por objeto repactuar o risco hidrológico por meio de assunção de direitos e
obrigações vinculados à energia de reserva, com consequente contrapartida de pagamento a ser
transferida à CONER.
CLÁUSULA SEGUNDA - DA VIGÊNCIA
Subcláusula Primeira - A vigência do CONTRATO terá início na data de sua assinatura e
encerramento em ___ / ___ / ____. (prazo final original da outorga)
Subcláusula Segunda - O resultado da repactuação do risco hidrológico e consequente
contrapartida alcançará os efeitos já percebidos a partir de 1o de janeiro 2015, nos termos do
art. 1o da Medida Provisória no 688, de 2015.
CLÁUSULA TERCEIRA - DA ASSUNÇÃO DOS DIREITOS SOBRE A ENERGIA DE
RESERVA
Subcláusula Primeira - Na liquidação financeira relativa à contratação de energia de reserva, a
CCEE depositará em favor do Gerador os montantes de excedentes apurados na CONER,
proporcionais à ______ MW médios de energia de reserva, a ser restituídos aos GERADORES
enquadrados como Usuários da Energia de Reserva na forma do disposto na Resolução Normativa
da ANEEL no 337, de 11 de novembro de 2008.
Subclásula Segunda - O GERADOR se assegura do direito de comprar energia de reserva
incremental com compensação dos resultados em extensão de prazo ___________.
CLÁUSULA QUARTA - DO PRÊMIO DE RISCO
Como contrapartida pela repactuação do risco hidrológico, o GERADOR, a partir da competência
de janeiro de 2016, deverá recolher mensalmente à CONER a importância resultante da aplicação
do prêmio de risco estabelecido na Resolução Normativa no 337, de 11 de novembro de 2008,
correspondente ao montante de ______ MW médios de energia de reserva.
CLÁUSULA QUINTA - DO RESSARCIMENTO
Subcláusula Primeira - Será ressarcido ao GERADOR o resultado do ano de 2015 referente à
restituição dos montantes financeiros excedentes da CONER, conforme montante repactuado.
Subcláusula Segunda - O ressarcimento de que trata a Subcláusula Primeira dar-se-á pela extensão
de prazo de outorga e considerará o uso da energia de reserva incremental.
CLÁUSULA SEXTA - DA EFICÁCIA
Subcláusula Primeira - Como condição para se valer da repactuação prevista neste contrato, o
GERADOR renuncia, de modo irrevogável e irretratável, ao direito de discutir, na via
administrativa, arbitral e judicial, suposta isenção ou mitigação de riscos hidrológicos relacionados
ao MRE.
Subcláusula Segunda - O GERADOR que possuir ação judicial em curso sobre o assunto a que se
refere a Subcláusula Primeira, deverá anexar ao processo, no momento da assinatura do presente
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
contrato, cópia do requerimento de extinção do processo com resolução do mérito na qual contenha
o número do respectivo protocolo judicial, nos termos do Código de Processo Civil, ficando
dispensados os honorários advocatícios em razão da extinção da ação.
Subcláusula Terceira - A eficácia da repactuação está condicionada à adesão de agentes de
geração que representem pelo menos dois terços da garantia física do MRE.
CLÁUSULA SÉTIMA - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Subcláusula Primeira - O presente TERMO é firmado em caráter irrevogável e irretratável pelo
prazo de vigência definido na CLÁUSULA TERCEIRA, independentemente da celebração de
outros atos jurídicos junto a terceiros, mesmo ocorrendo venda, cessão, incorporação ou qualquer
outro negócio jurídico envolvendo o GERADOR, assumindo os novos controladores ou a nova
detentora das outorgas, todos os direitos e as obrigações assumidas no presente instrumento.
Subcláusula Segunda - Todas as atividades, operações e processos previstos neste TERMO,
independentemente de sua definição e tratamento neste instrumento, deverão ser realizados
conforme o previsto na legislação aplicável à matéria e em regulamentação da ANEEL, presente e
futura, não havendo oponibilidade de ato jurídico perfeito ou direito adquirido às determinações
regulamentares.
Subcláusula Terceira - O presente TERMO não poderá ser alterado, devendo, porém, observar o
disposto na Subcláusula Segunda.
Subcláusula Quarta - Este instrumento possui eficácia como título executivo extrajudicial, na
forma da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e do Código do Processo Civil.
Subcláusula Quinta - Eventuais litígios oriundos da aplicação do presente instrumento serão
dirimidos no Foro da Seção Judiciária da Justiça Federal do Distrito Federal.
Por estar de acordo, o GERADOR adere ao presente instrumento em 1 (uma) via.
__________________, ___ de ______________ de ______.
GERADOR
_____________________________ _____________________________
Nome: Nome:
CPF: CPF:
RG: RG:
Testemunhas:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
_____________________________ _____________________________
Nome: Nome:
CPF: CPF:
RG: RG:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO IV
CONTRATO DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
NO AMBIENTE REGULADO – CCEAR POR QUANTIDADE
CCEAR Nº ...../15
PRODUTO 2018/2047
CONTRATO DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA
NO AMBIENTE REGULADO – CCEAR, NA
MODALIDADE QUANTIDADE DE ENERGIA
ELÉTRICA, QUE ENTRE SI FAZEM A _________ E A
_________.
De um lado, a _________________, concessionária ou autorizada (no caso de PCH e UHE até 50
MW) de geração de energia elétrica, com sede na Rua ______________, Município de
__________, Estado de __________, inscrita no CNPJ/MF sob o nº _____________, doravante
denominada VENDEDOR, e de outro lado _______________, titular de concessão para prestação
de serviços públicos de distribuição de energia elétrica, com sede na Rua ____________, Município
de ___________, Estado de _____________, inscrita no CNPJ/MF sob o nº _______________,
doravante denominada COMPRADOR, quando em conjunto denominadas PARTES, e
separadamente PARTE, neste ato representadas por seus representantes legais ao final assinados,
nos termos de seus documentos societários;
CONSIDERANDO QUE:
1. a Medida Provisória n° 688, de 18 de Agosto de 2015, permitiu a repactuação do risco
hidrológico vinculado à energia não contratada no Ambiente de Contratação Regulada -
ACR dos agentes de geração hidrelétrica, participantes do MRE, mediante contrapartida do
GERADOR, por meio da assunção dos direitos e obrigações vinculados à energia de
Reserva de que trata o art. 3º-A da Lei no 10.848, de 2004.
2. nos termos do respectivo CONTRATO DE CONCESSÃO e/ou ATO AUTORIZATIVO
celebrado entre o Poder Concedente e o VENDEDOR, conforme previsto no EDITAL, ao
VENDEDOR foi outorgada concessão/autorização para geração de ENERGIA ELÉTRICA,
em decorrência da exploração de: (i) Aproveitamento Hidrelétrico – AHE ou Pequena
Central Hidrelétrica - PCH................, localizada em ................, com POTÊNCIA
INSTALADA de ...... MW – Usina ................ (“USINA”);
3. O GERADOR, por sua livre iniciativa, optou pela repactuação do risco hidrológico, nos
termos da Medida Provisória n° 688, de 2015, e Resolução Normativa nº xxx, de 2015.
4. a ANEEL, após avaliação dos impactos da repactuação, anuiu com a celebração do TERMO DE
REPACTUAÇÃO DO RISCO HIDROLÓGICO, conforme consta do Despacho nº XXXXX, publicado em
XXXX.
5. a comercialização realizada entre as PARTES, de natureza regulada, deve ser acompanhada
no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, para os fins
previstos na legislação, na CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO, nas REGRAS e nos
PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
As PARTES têm entre si justo e acordado celebrar o presente CONTRATO DE
COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA NO AMBIENTE REGULADO, doravante denominado
“CONTRATO” ou “CCEAR”, o qual se regerá pelas disposições das Leis nº 10.848, de 15 de
março de 2004, nº 11.488, de 15 de junho de 2007, e nº 11.943, de 28 de maio de 2009, da Medida
Provisória nº 688, de 18 de agosto de 2015, dos Decretos nº 5.163, de 30 de julho de 2004, e nº
6.210, de 18 de setembro de 2007, e demais disposições legais e regulamentares aplicáveis, bem
como pelas REGRAS e PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO, e de acordo com as
seguintes cláusulas e condições:
CLÁUSULA 1ª – DO OBJETO E ANEXOS DO CONTRATO
1.1. O CONTRATO tem por objeto estabelecer os termos e as condições da compra e venda da
ENERGIA CONTRATADA com POTÊNCIA ASSOCIADA, realizada entre o COMPRADOR e o
VENDEDOR na modalidade quantidade e com vinculação à USINA, conforme os montantes
indicados na Cláusula 4ª, a partir da DATA DE INÍCIO DO SUPRIMENTO.
1.2. São partes integrantes do CONTRATO:
a) ANEXO I – PARÂMETROS DA CONTRATAÇÃO;
b) ANEXO II – DEFINIÇÕES;
c) ANEXO III – CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE GARANTIA VIA VINCULAÇÃO
DE RECEITAS;
d) ANEXO IV – CONTRATO DE CONCESSÃO e/ou ATO AUTORIZATIVO, e seus
aditivos, que fica incorporado ao CONTRATO por referência, como se nele estivesse
transcrito.
1.3. Em caso de divergências entre as disposições constantes do CONTRATO e os termos
dispostos em seus ANEXOS I a III, deverão prevalecer as disposições do CONTRATO.
CLÁUSULA 2ª – DAS DEFINIÇÕES E PREMISSAS
2.1. Para o perfeito entendimento e precisão da terminologia técnica empregada no CONTRATO
e seus anexos, os termos e expressões grafados em letra maiúscula, quando utilizados no
CONTRATO, terão os significados relacionados no ANEXO II – DEFINIÇÕES.
2.2. A utilização das definições constantes do CONTRATO, no plural ou no singular, no
masculino ou no feminino, não altera os significados a elas atribuídos no ANEXO II –
DEFINIÇÕES.
CLÁUSULA 3ª – DA VIGÊNCIA E DO PERÍODO DE SUPRIMENTO
3.1. A vigência do CONTRATO terá início na presente data, encerrando-se no dia xx de
xxxxxxx de 20xx (prazo de término da extensão da outorga), observado o disposto na subcláusula
3.4, sendo sua eficácia condicionada à celebração do correspondente CCG.
3.2. O PERÍODO DE SUPRIMENTO terá início à zero hora do dia xx de xxxxxxx do ano de
20xx e o término do suprimento ocorrerá às 24 horas do dia xx de xxxxxxx do ano de 20xx.
3.3. Na eventualidade de o prazo final da concessão, permissão ou autorização do
COMPRADOR encerrar-se antes do término do PERÍODO DE SUPRIMENTO, o sucessor da
titularidade da respectiva concessão assumirá todas as obrigações e direitos previstos no
CONTRATO.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
3.4. O término do prazo de vigência do CONTRATO não afetará quaisquer direitos ou
obrigações anteriores a tal evento e que seu exercício ou cumprimento se dê após o término da
vigência do CONTRATO.
CLÁUSULA 4ª – DOS MONTANTES CONTRATADOS
4.1. Para fins de aplicação das disposições previstas no CONTRATO, os montantes
especificados na tabela seguinte, referenciados ao CENTRO DE GRAVIDADE do
SUBMERCADO da USINA, representam os valores de ENERGIA CONTRATADA e POTÊNCIA
ASSOCIADA:
Tabela 1 – USINA
SUBMERCADO:
ENERGIA CONTRATADA e POTÊNCIA ASSOCIADA
ANO DE
SUPRIMENTO
ENERGIA
CONTRATADA
(MWmédio)
POTÊNCIA
ASSOCIADA
(MWh/h)
20xx
20xx
20xx
.......
20xx
TOTAL
4.1.1. Os montantes de ENERGIA CONTRATADA, observados os critérios de
SAZONALIZAÇÃO e MODULAÇÃO definidos nesta Cláusula, serão considerados como
requisito do VENDEDOR e recurso do COMPRADOR nos processos de apuração de
insuficiência de lastro para venda e de cobertura contratual do consumo, respectivamente,
nos termos das REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO.
4.1.2. Os montantes de POTÊNCIA ASSOCIADA, que correspondem a 1,5 vezes o valor
da ENERGIA CONTRATADA, serão considerados como recurso do COMPRADOR e
requisito do VENDEDOR no processo de apuração de insuficiência de lastro de
POTÊNCIA, nos termos das REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO.
4.2. Os montantes de ENERGIA CONTRATADA e POTÊNCIA ASSOCIADA, definidos na
tabela da subcláusula 4.1, poderão ser reduzidos, de comum acordo entre as PARTES, em caso de
redução/degradação da GARANTIA FÍSICA da USINA.
4.2.1. Na ocorrência do disposto na subcláusula 4.2, as PARTES deverão celebrar Termo
Aditivo ao CONTRATO.
4.2.2. As reduções previstas na subcláusula 4.2 serão tratadas como exposição voluntária
do COMPRADOR perante a ANEEL.
4.3. Na hipótese de alocação de ENERGIA CONTRATADA em mais de um SUBMERCADO, a
CCEE deverá registrar o CONTRATO considerando um registro contratual independente para cada
SUBMERCADO, para fins de controle, monitoramento, contabilização, e outros fins previstos na
CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO, nas REGRAS e nos PROCEDIMENTOS DE
COMERCIALIZAÇÃO.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
4.4. A SAZONALIZAÇÃO e a MODULAÇÃO da ENERGIA CONTRATADA serão tratados
conforme o previsto no CONTRATO, na CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO, nas
REGRAS e nos PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO.
4.5. Os riscos hidrológicos serão assumidos pelo VENDEDOR, conforme REGRAS DE
COMERCIALIZAÇÃO.
4.6. A SAZONALIZAÇÃO da ENERGIA CONTRATADA será realizada seguindo o perfil de
carga declarada pelo COMPRADOR ao final de cada ano e consolidada pelo SIMPLES/EPE ou seu
sucedâneo, de acordo com limites máximos e mínimos situados entre 85% (oitenta e cinco por
cento) e 115% (cento e quinze por cento) da média anual da ENERGIA CONTRATADA,
respeitados os limites de POTÊNCIA ASSOCIADA.
4.7. A MODULAÇÃO da ENERGIA CONTRATADA para cada PERÍODO DE
COMERCIALIZAÇÃO de cada MÊS CONTRATUAL, respeitados os limites de POTÊNCIA
ASSOCIADA, deverá ser realizada pelo SCL em conformidade com as REGRAS e
PROCEDIMENTOS de COMERCIALIZAÇÃO aplicáveis.
4.8. Os PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO regerão os prazos para informação da
SAZONALIZAÇÃO e da MODULAÇÃO da ENERGIA CONTRATADA, bem como o tratamento
a ser dado em caso de seu descumprimento.
4.9. Em caso de decretação de racionamento de ENERGIA ELÉTRICA, deverá ser observado o
disposto no artigo 22 da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, ou na legislação vigente.
CLÁUSULA 5ª – DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES
5.1. Todas as atividades, operações e processos previstos no CONTRATO, independentemente
de sua definição e tratamento neste instrumento, deverão ser realizados conforme o previsto na
legislação aplicável à matéria, em regulamentação da ANEEL, na CONVENÇÃO DE
COMERCIALIZAÇÃO, REGRAS e PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO, nos
PROCEDIMENTOS DE REDE e/ou nos PROCEDIMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO, não havendo
oponibilidade de ato jurídico perfeito ou direito adquirido às determinações regulamentares.
5.2. As PARTES deverão atender plenamente a todas as obrigações, impostas a AGENTES, que
estão estabelecidas na CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO, nas REGRAS DE
COMERCIALIZAÇÃO e nos PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO.
5.3. As PARTES concordam que será de inteira responsabilidade do VENDEDOR arcar com
todas as obrigações e responsabilidades relativas a TRIBUTOS, tarifas e encargos de conexão, de
uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, e aqueles relativos ao consumo interno verificado
da USINA e às perdas elétricas devidas e/ou verificadas entre a USINA e o CENTRO DE
GRAVIDADE do SUBMERCADO onde a USINA estiver localizada.
5.4. As PARTES concordam, ainda, que será de inteira responsabilidade do COMPRADOR
arcar com todas as obrigações e responsabilidades relativas a TRIBUTOS, tarifas e encargos de
conexão, de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, e aqueles relativos às perdas
incidentes e/ou verificadas entre o CENTRO DE GRAVIDADE do SUBMERCADO onde se
localiza a USINA e o destino final da ENERGIA CONTRATADA.
5.5. O VENDEDOR é o responsável pela implantação, operação e manutenção da USINA.
CLÁUSULA 6ª – DA RECEITA DE VENDA
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
6.1 A RECEITA DE VENDA, segregada por USINA e calculada mensalmente no âmbito das
REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO a partir do início do PERÍODO DE SUPRIMENTO, será
definida com base no estágio de implantação de cada USINA.
6.2 A RECEITA DE VENDA a que o VENDEDOR faz jus, por USINA, corresponderá a:
𝑹𝑽𝒊,𝒎 = 𝑷𝑽𝒊,𝒎 × 𝑬𝑪𝒊,𝒎
Onde:
𝑅𝑉𝑖,𝑚: RECEITA DE VENDA da USINA “i”, em Reais (R$), apurada no mês “m”;
𝐸𝐶𝑖,𝑚: ENERGIA CONTRATADA da USINA “i”, em MWh, no mês “m”, conforme
SAZONALIZAÇÃO definida na subcláusula 4.6;
𝑃𝑉𝑖,𝑚: PREÇO DE VENDA, em R$/MWh, da USINA “i”, no mês “m”, observado o
disposto na subcláusula 6.4.
6.3 O valor inicial do PREÇO DE VENDA de cada USINA, referenciado ao mês janeiro de
2015 (mês de eficácia da repactuação do risco hidrológico):
6.3.1. PREÇO DE VENDA da USINA A: R$ .....,..... (.......................), por megawatt-hora.
6.3.2. PREÇO DE VENDA da USINA N: R$ .....,..... (.......................), por megawatt-hora.
6.4 O PREÇO DE VENDA será atualizado anualmente pelo IPCA, tendo como referência o mês
de janeiro, respeitado o prazo mínimo legal de doze meses, contados a partir do primeiro dia do mês
de janeiro de 2015, mediante a aplicação da seguinte equação algébrica:
𝑷𝑽𝒎 = 𝑷𝑽𝟎 × (𝑰𝒎𝑰𝟎
)
Onde:
𝑷𝑽𝒎: valor atualizado do PREÇO DE VENDA;
𝑷𝑽𝟎: valor inicial do PREÇO DE VENDA, conforme subcláusula 6.3;
𝑰𝒎: número índice do IPCA do mês de dezembro; e
𝑰𝟎: número índice do IPCA referente ao mês de janeiro de 2015 (mês de eficácia da
repactuação do risco hidrológico).
6.4.1 Deverão ser adotadas seis casas decimais exatas para os cálculos, desprezando-se os
demais algarismos a partir da sétima casa, inclusive.
6.5 Caso o IPCA não seja publicado até o momento do faturamento pelo VENDEDOR, será
utilizado, em caráter provisório, o último índice publicado, e o ajuste será efetuado no primeiro
faturamento após a publicação do índice que deveria ter sido utilizado.
6.6 Caso venha a ocorrer a extinção do IPCA, adotar-se-á outro índice oficial que venha a
substituí-lo, e na falta desse, outro com função similar, conforme determinado pelo Poder
Concedente.
6.7 As PARTES reconhecem que a RECEITA DE VENDA, em conjunto com as respectivas
regras de correção monetária previstas no CONTRATO, é suficiente para o cumprimento das
obrigações previstas no presente instrumento.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
6.7.1. A USINA que faz jus ao recebimento de sub-rogação dos benefícios do rateio da
Conta de Consumo de Combustíveis – CCC, nos termos do art. 11 da Lei nº 9.648, de 27 de
maio de 1998, terá deduzido de seu PREÇO DE VENDA o valor que vier a ser percebido
sob esse título, conforme regulamentado, autorizado e homologado pela ANEEL.
6.8 Caso sejam criados, após a data de assinatura do CONTRATO, novos TRIBUTOS, encargos
setoriais ou contribuições parafiscais e outros encargos legais, ou modificada a base de cálculo, as
alíquotas e/ou regime de arrecadação dos atuais, de forma a aumentar ou diminuir o ônus das
PARTES com repercussão no equilíbrio contratual, o PREÇO DE VENDA poderá ser adequado de
modo a refletir tais alterações, para mais ou para menos, e entrará em vigor após a homologação da
ANEEL.
CLÁUSULA 7ª – DO FATURAMENTO
7.1. Na definição dos valores monetários a serem faturados mensalmente pelo VENDEDOR,
serão considerados, de forma conjunta, os valores associados:
(i) à RECEITA DE VENDA;
(ii) às demais disposições do CONTRATO que envolvam acerto financeiro.
7.1.1. Caso o total dos acertos financeiros de que tratam a Subcláusula 7.1.(ii) resulte em
valor superior ao valor de que trata a Subcláusula 7.1.(i), o pagamento do COMPRADOR ao
VENDEDOR no mês correspondente deverá ser em valor igual a zero e o saldo
remanescente deverá ser considerado no(s) faturamento(s) posterior(es) em tantas vezes
quantas forem necessárias para sua quitação.
7.1.2. Na hipótese prevista na Subcláusula 7.1.1 o faturamento do VENDEDOR ao
COMPRADOR deverá observar a legislação tributária atinente à espécie.
7.1.3. O saldo remanescente de que trata a subcláusula 7.1.1 será atualizado mensalmente
pelo IPCA.
7.1.4. Quando de resolução do CONTRATO ou do término do PERÍODO DE
SUPRIMENTO, na hipótese de existir saldo remanescente a favor do COMPRADOR,
conforme disposto na Subcláusula 7.1.1, o COMPRADOR efetuará a cobrança do valor
apurado em face do VENDEDOR.
7.2. A apuração de que trata a subcláusula 7.1 será realizada no âmbito das REGRAS, sendo
vedado ao VENDEDOR o faturamento de valor divergente daquele publicado pela CCEE.
7.3. O faturamento do VENDEDOR será realizado em três parcelas, mediante a emissão de um
ou mais DOCUMENTOS DE COBRANÇA, individualizados por USINA, cujos vencimentos
ocorrerão conforme as seguintes datas:
a) Primeira parcela: vencimento no dia 20 do mês subsequente ao mês do suprimento
considerado;
b) Segunda parcela: vencimento no dia 30 do mês subsequente ao mês do suprimento
considerado; e
c) Terceira parcela: vencimento no dia 15 do segundo mês subsequente ao mês do
suprimento considerado.
7.3.1. O valor a ser faturado em cada vencimento corresponderá a um terço da RECEITA
DE VENDA apurada nos termos da Cláusula 6ª, podendo ser realizado um ajuste no valor
do último vencimento em virtude da contabilização das operações no MERCADO DE
CURTO PRAZO.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
7.3.2. O(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA poderá(ão) ser emitido(s) em nome da(s)
matriz(es) ou filial(is) do VENDEDOR ou do COMPRADOR, conforme previamente
informado e acertado entre as PARTES.
7.3.3. O(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA será(ão) apresentado(s) pelo
VENDEDOR no prazo de, no mínimo, cinco dias úteis anteriormente à data do vencimento.
No caso de atraso na apresentação, por motivo imputável ao VENDEDOR ou à CCEE, as
datas de vencimento serão automaticamente postergadas por prazo igual ao do atraso
verificado.
7.3.4. Caso as datas de vencimento previstas nesta subcláusula ocorram em dia não útil na
praça do COMPRADOR, considerando, inclusive, os feriados bancários e dias em que não
haja expediente ao público, o pagamento poderá ser efetuado no primeiro dia útil
subsequente.
7.4. Os pagamentos mencionados nesta cláusula deverão ser efetuados conforme previsto no
ANEXO III.
7.5. As PARTES concordam que, na hipótese de o VENDEDOR ficar inadimplente na
liquidação financeira do MERCADO DE CURTO PRAZO, sendo essa inadimplência decorrente
deste CONTRATO, os recursos financeiros associados ao faturamento bilateral estabelecido na
subcláusula 7.3 serão utilizados para abater os valores inadimplidos pelo VENDEDOR junto ao
MERCADO DE CURTO PRAZO, conforme regulamentação específica.
7.5.1. Enquanto perdurar a situação de inadimplência do VENDEDOR na liquidação
financeira do MERCADO DE CURTO PRAZO, todo faturamento, realizado nos termos da
subcláusula 7.3, deverá ser feito de modo que os recursos financeiros associados a esse
faturamento bilateral sejam transferidos para a conta corrente do VENDEDOR junto ao
AGENTE DE LIQUIDAÇÃO.
7.6. Os pagamentos devidos pelo COMPRADOR ao VENDEDOR deverão ser efetuados livres
de quaisquer ônus e deduções não autorizadas, e eventuais despesas financeiras decorrentes dos
referidos pagamentos correrão por conta do COMPRADOR.
7.7. O não cumprimento da obrigação de pagamento pelo COMPRADOR, nos prazos e
condições determinados nesta Cláusula, implicará a aplicação de penalidade de multa e a incidência
de juros e atualização monetária sobre o valor devido, nos termos da Cláusula 8ª.
7.8. As divergências eventualmente apontadas por uma das PARTES em relação aos valores de
faturamento publicados pela CCEE não afetarão os prazos para pagamento do(s) DOCUMENTO(S)
DE COBRANÇA.
7.8.1. Na eventualidade de as divergências apontadas serem procedentes, serão publicados
novos valores para fins de faturamento.
7.8.2. Os ajustes de que trata a subcláusula 7.8.1 ensejarão a emissão do competente
DOCUMENTO DE COBRANÇA, que deverá identificar o mês de competência do
suprimento, cuja compensação poderá se dar no próprio mês, ou, de comum acordo entre as
PARTES, em DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA subsequente(s).
7.9. Caso, em relação a qualquer DOCUMENTO DE COBRANÇA, existam montantes
incontroversos e montantes em relação aos quais o COMPRADOR tenha questionado a respectiva
certeza e liquidez, o COMPRADOR, independentemente do questionamento apresentado ao
VENDEDOR, por escrito, deverá, na respectiva data de vencimento, efetuar o pagamento da
parcela inconteste, sob pena de, em não o efetuando, caracterizar-se o inadimplemento do
COMPRADOR, ressalvado o disposto na subcláusula 7.2.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
7.10. Sobre qualquer soma contestada, representando créditos para uma PARTE, que venha a ser
acordada posteriormente, ou definida como sendo devida pela outra PARTE, aplicar-se-á o disposto
na subcláusula 8.2, excetuando-se a multa. Os juros e a correção monetária incidirão desde a data
do vencimento da parcela contestada até a data de sua liquidação.
CLÁUSULA 8ª – DA MORA NO PAGAMENTO E SEUS EFEITOS
8.1. Fica caracterizada a mora quando o COMPRADOR deixar de liquidar qualquer dos
pagamentos até a data de seu vencimento.
8.2. No caso de mora, incidirão sobre a parcela em atraso, corrigida monetariamente até a data
do pagamento, os seguintes acréscimos:
a) multa de 2% (dois por cento); e
b) juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, calculados pro rata die.
8.2.1. É vedada a incidência da multa sobre os valores em atraso já lançados em períodos
anteriores.
8.2.2. Os juros de mora deverão incidir sobre o valor total apurado, excetuando-se a parcela
referente aos encargos moratórios de períodos anteriores.
8.3. Os acréscimos previstos nos itens (a) e (b) da subcláusula 8.2 incidirão sobre o valor em
atraso, mensalmente atualizadas pela variação pro rata die do IPCA, observado o disposto na
subcláusula 6.5.
8.4. Se no período de atraso a correção monetária for negativa, a variação prevista na subcláusula
8.3 será considerada nula.
8.5. A partir do 20º (vigésimo) dia útil da data do vencimento do DOCUMENTO DE
COBRANÇA indicado na Cláusula 7ª, sem que haja seu devido pagamento, o VENDEDOR poderá
adotar as medidas previstas nas Cláusulas 9ª e 10 para a realização de seu crédito, sem prejuízo do
disposto na Cláusula 5ª do CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE GARANTIA DE
PAGAMENTO – CCG, caso aplicável.
CLÁUSULA 9ª – DA RESOLUÇÃO
9.1. Não obstante o caráter irrevogável e irretratável do CONTRATO, este será objeto de
resolução pela ANEEL na ocorrência de qualquer das seguintes hipóteses:
(i) decretação da falência, dissolução ou liquidação judicial ou extrajudicial da PARTE,
observada a emissão de aviso ou notificação à outra PARTE para dar ciência do
ocorrido;
(ii) na eventualidade de uma PARTE ter revogada qualquer autorização legal,
governamental ou regulatória indispensável ao cumprimento das atividades e obrigações
previstas no CONTRATO, inclusive, mas não se limitando, à concessão de serviço
público, permissão ou autorização;
(iii) o desligamento de uma PARTE da CCEE, nos termos das normas de regência;
(iv) atraso superior a trinta dias no adimplemento da obrigação de reconstituição dos valores
originalmente aportados de garantia de fiel cumprimento da USINA;
9.2. Não obstante o caráter irrevogável e irretratável do CONTRATO, este poderá ser resolvido,
a critério da PARTE adimplente, em caso de descumprimento de qualquer obrigação
contratual pela outra PARTE.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
9.2.1. Na ocorrência da hipótese prevista na subcláusula 9.2, a PARTE adimplente deverá
enviar notificação por escrito à outra PARTE.
9.2.2. Caso não sanada, no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis contados do
recebimento de notificação de que trata a subcláusula 9.2.1, a PARTE adimplente
considerará resolvido o CONTRATO, após manifestação da ANEEL.
9.3. Ocorrendo a resolução do CONTRATO, a PARTE inadimplente obriga-se a manter a
PARTE adimplente isenta de quaisquer obrigações e responsabilidades nos termos do
CONTRATO, inclusive no âmbito da CCEE, observado o disposto na subcláusula 10.1,
responsabilizando-se também pelo pagamento de quaisquer ônus decorrentes de tal resolução.
9.4. A resolução do CONTRATO não libera as PARTES das obrigações devidas até a data do
distrato e não afetará ou limitará qualquer direito que, expressamente ou por sua natureza, deva
permanecer em vigor após a resolução ou que dela decorra.
9.5. O registro do CONTRATO será cancelado pela CCEE na hipótese de sua resolução, sem
efeitos retroativos, observado o disposto na CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO.
CLÁUSULA 10 – DA RESPONSABILIDADE E INDENIZAÇÃO
10.1. A PARTE que, por sua ação ou omissão, der causa à resolução do CONTRATO por incorrer
nas hipóteses tratadas na Cláusula 9ª, ficará obrigada a pagar à outra PARTE, sem prejuízo de
perdas e danos, penalidade de multa por resolução, limitada a um ano de faturamento, calculada de
acordo com a fórmula abaixo descrita:
𝑀𝑢𝑙𝑡𝑎 = 𝑚𝑖𝑛(30% × ∑ 𝑃𝑉
𝑈𝑆𝐼𝑁𝐴𝑆(𝑆)
× 𝑉𝐸𝐶𝑅; ∑ 𝑃𝑉 × 𝑉𝐸𝐶
𝑈𝑆𝐼𝑁𝐴(𝑆)
)
Onde:
𝑃𝑉: PREÇO DE VENDA das USINA, em R$/MWh, vigente na data de resolução do
CONTRATO, nos termos da Cláusula 6ª;
𝑽𝑬𝑪𝑹: volume de ENERGIA CONTRATADA da USINA, remanescente entre a data de
resolução e a data de término do PERÍODO DE SUPRIMENTO, expresso em MWh;
𝑽𝑬𝑪: volume de ENERGIA CONTRATADA, expresso em MWh; relativo ao ano da
resolução do CONTRATO; e
𝒎𝒊𝒏: é a função mínimo que calcula o menor dentre dois valores.
10.2. A PARTE inadimplente deverá, no prazo máximo de dez dias úteis contados da data em que
ocorrer a resolução, efetuar o pagamento do valor estipulado na subcláusula 10.1.
10.2.1. O pagamento realizado após esse prazo será acrescido de juros de mora à taxa
estipulada no item (b) da subcláusula 8.2, calculados entre o décimo primeiro dia útil
contado da data em que ocorrer a resolução e a data do efetivo pagamento.
10.3. Caso haja controvérsia com relação ao pagamento da penalidade prevista na subcláusula
10.1, a questão deverá ser submetida ao processo de solução de controvérsia, na forma da Cláusula
11.
10.4. A responsabilidade de cada uma das PARTES no âmbito do CONTRATO estará, em
qualquer hipótese, limitada aos montantes de danos que der causa, sem prejuízo de eventuais
penalidades.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
10.5. Pelo descumprimento de qualquer obrigação de sua responsabilidade, o VENDEDOR e o
COMPRADOR sujeitar-se-ão à aplicação das penalidades cabíveis, conforme a legislação aplicável,
sem prejuízo da aplicação do disposto no CONTRATO.
CLÁUSULA 11 – DA SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS
11.1. Uma controvérsia se inicia com a NOTIFICAÇÃO DE CONTROVÉRSIA de uma PARTE a
outra.
11.2. Na eventualidade de ocorrerem controvérsias derivadas do CONTRATO, as PARTES
buscarão solucioná-las amigavelmente no prazo de até 15 dias úteis contados do recebimento da
NOTIFICAÇÃO DE CONTROVÉRSIA.
11.3. Caso as controvérsias decorrentes do CONTRATO não sejam solucionadas na forma da
subcláusula 11.2, as PARTES deverão submetê-las ao processo de solução de conflitos por meio de
arbitragem, incluindo o previsto na CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO e na
CONVENÇÃO ARBITRAL, nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 e do art. 4º da
Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, valendo a presente como cláusula compromissória.
CLÁUSULA 12 – CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
12.1. Na ocorrência de um evento de caso fortuito ou força maior, nos termos do parágrafo único
do art. 393 do Código Civil, que afete ou impeça o cumprimento das obrigações contratuais, o
CONTRATO permanecerá em vigor, mas a PARTE atingida pelo evento não responderá pelas
consequências do não cumprimento de suas obrigações nos termos do CONTRATO, durante o
período de ocorrência do evento e proporcionalmente aos seus efeitos.
12.1.1. No caso de a PARTE atingida ser o VENDEDOR, as implicações de que trata a
subcláusula 12.1 envolvem o não recebimento da RECEITA DE VENDA.
12.2. Nenhum evento de caso fortuito ou força maior eximirá a PARTE afetada de quaisquer de
suas obrigações devidas anteriormente à ocorrência do respectivo evento ou que tenham se
constituído antes dele, embora vençam durante o evento de caso fortuito ou força maior, em
especial as obrigações financeiras, que deverão ser pagas nos prazos contratuais. O não
cumprimento dos prazos implica incidência dos acréscimos moratórios previstos na subcláusula 8.2.
12.3. A PARTE que desejar invocar a ocorrência de caso fortuito ou força maior deverá adotar as
seguintes medidas:
(i) notificar a ANEEL e a outra PARTE da ocorrência de evento que possa vir a ser
caracterizado como de caso fortuito ou força maior, tão logo quanto possível, mas, em
nenhuma circunstância, em prazo superior a cinco dias úteis contados da data em que
tiver tomado conhecimento de sua ocorrência, fornecendo uma descrição da natureza do
evento, uma estimativa de sua duração e do impacto no desempenho de suas obrigações
contratuais;
(ii) informar regularmente a ANEEL e a outra PARTE a respeito de suas ações e de seu
plano de ação para remediar e/ou minimizar tais consequências;
(iii)adotar as providências cabíveis para remediar ou atenuar as consequências de tal evento,
visando retomar suas obrigações contratuais com a maior brevidade possível;
(iv) respaldar todos os fatos e ações com documentação ou registro disponível; e
(v) prontamente comunicar a ANEEL e a outra PARTE do término do evento e de suas
consequências.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
12.4. Caso seja reconhecida pela ANEEL a caracterização do evento como de caso fortuito ou
força maior, a CCEE procederá à suspensão do registro do CONTRATO pelo período reconhecido
e notificará a outra PARTE deste CONTRATO sobre essa circunstância.
CLÁUSULA 13 – DISPOSIÇÕES GERAIS
13.1. O CONTRATO é celebrado em caráter irrevogável e irretratável pelo prazo de vigência
definido na Cláusula 3ª, ressalvadas as disposições contidas na Cláusula 9ª.
13.2. O CONTRATO não poderá ser alterado, exceto por meio de aditamento escrito firmado
pelas PARTES, ou outro meio constante em PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO,
observado o disposto na Lei nº 10.848, de 2004, no Decreto nº 5.163, de 2004, e nas demais
disposições legais e regulamentares aplicáveis.
13.3. Ficam autorizadas cessões de direitos e/ou obrigações decorrentes do CONTRATO nos
casos de reestruturação societária (cisão, fusão, incorporação, criação de subsidiária, etc.) do
VENDEDOR e/ou do COMPRADOR, respeitadas as condições pactuadas no CONTRATO,
notadamente o PREÇO DE VENDA e os montantes de ENERGIA CONTRATADA.
13.4. No caso da mudança de titularidade da autorização ou permissão do VENDEDOR,
observado o disposto no item (ii) da subcláusula 13.7, e respeitadas as condições pactuadas no
CONTRATO, fica prévia e expressamente assegurada a sub-rogação dos direitos e obrigações
decorrentes do CONTRATO.
13.5. O VENDEDOR poderá ceder os direitos creditórios decorrentes do CONTRATO em
garantia de contrato de financiamento relacionado à USINA, sem prejuízo do disposto na
subcláusula 7.5.
13.6. Nenhum atraso ou tolerância, por qualquer das PARTES, relativamente ao exercício de
qualquer direito, poder, privilégio ou recurso contido no CONTRATO, será tido como passível de
prejudicar tal direito, poder, privilégio ou recurso, nem será interpretado como renúncia do(s)
mesmo(s) ou novação da(s) obrigação(ões).
13.7. Sem prejuízo das demais obrigações previstas no CONTRATO, as PARTES obrigam-se a:
(i) observar e cumprir rigorosamente toda a legislação aplicável aos seus negócios sociais e
às atividades a serem desenvolvidas nos termos do CONTRATO;
(ii) obter e manter válidas e vigentes, durante o prazo de vigência do CONTRATO, todas as
licenças e autorizações atinentes aos seus negócios sociais e/ou ao cumprimento das
obrigações, inclusive no que diz respeito ao contrato de concessão, autorização ou
permissão, assumidas no CONTRATO, exceto se tal situação for modificada por
AUTORIDADE COMPETENTE e, nesse caso, as PARTES obrigam-se a adotar uma
alternativa contratual que preserve os efeitos econômico-financeiros do CONTRATO
em conformidade com o originalmente pactuado; e
(iii)informar a outra PARTE, no prazo máximo de 48 horas contado da data do
conhecimento do evento, sobre quaisquer eventos, de qualquer natureza, que possam
representar uma ameaça ao cumprimento integral e pontual das obrigações assumidas no
CONTRATO.
13.8. O VENDEDOR obriga-se a não celebrar quaisquer contratos de venda de ENERGIA, nem
aditar os ora existentes, com o intuito de assumir quaisquer compromissos de suprimento ou
fornecimento de ENERGIA em montantes que impeçam ou inviabilizem a disponibilização e venda
da ENERGIA CONTRATADA nos termos do CONTRATO.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
13.9. Qualquer aviso ou outra comunicação de uma PARTE a outra a respeito do CONTRATO
será feita por escrito, em língua portuguesa, e poderá ser entregue ou enviada por correio registrado,
fac-símile ou meio eletrônico, em qualquer caso com prova formal do seu recebimento, ao endereço
e em atenção dos representantes, a saber:
Se para o VENDEDOR:
A/C:
Tel.:
Fax.:
E-mail:
Se para o COMPRADOR:
A/C:
Tel.:
Fax:
E-mail:
13.10. Na hipótese de qualquer das disposições previstas no CONTRATO vier a ser declarada
ilegal, inválida ou inexequível, as disposições remanescentes não serão afetadas, permanecendo em
plena vigência e aplicação e, nessa hipótese, as PARTES se obrigam, desde já, a adotar uma
disposição que a substitua e que atenda aos objetivos da disposição considerada ilegal, inválida ou
inexequível, e que mantenha, tanto quanto possível, em todas as circunstâncias, o equilíbrio dos
interesses comerciais das PARTES.
13.11. O CONTRATO e seus eventuais aditamentos ou alterações deverão ser homologados pela
ANEEL e registrados na CCEE, nos prazos estabelecidos em PROCEDIMENTOS DE
COMERCIALIZAÇÃO.
13.12. O CONTRATO é reconhecido pelas PARTES como título executivo, na forma do Art. 585,
inciso II, do Código de Processo Civil Brasileiro, para efeito de cobrança dos valores devidos.
13.13. O CONTRATO será regido e interpretado, em todos os seus aspectos, de acordo com as leis
brasileiras.
13.14. Observado o disposto na Cláusula 11, fica eleito o Foro da Circunscrição Judiciária de
Brasília/DF, com expressa renúncia de qualquer outro, por mais privilegiado que seja, para a
finalidade específica de adoção de eventuais medidas coercitivas ou cautelares entendidas como
necessárias pelas PARTES, bem como para a eventual execução de sentença arbitral ou o ingresso
de pedido de decretação de nulidade de sentença arbitral.
13.15. E, por estarem assim justas e contratadas, as PARTES celebram o presente instrumento.
_____________________ , ______ , de _______________ de __________ .
(Local) (Dia) (Mês) (Ano)
VENDEDOR:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
________________________________ ________________________________
Nome: Nome:
Cargo: Cargo:
RG: RG:
CPF/MF: CPF/MF:
COMPRADOR:
________________________________ ________________________________
Nome: Nome:
Cargo: Cargo:
RG: RG:
CPF/MF: CPF/MF:
TESTEMUNHAS:
_________________________________ ___________________________________
Nome: Nome:
RG: RG:
CPF/MF: CPF/MF:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO I AO CCEAR – PARÂMETROS DA CONTRATAÇÃO
USINA A - REFERÊNCIAS TÉCNICAS E COMERCIAIS
1. Nome da USINA: .........................
2. Localidade: .................................
3. SUBMERCADO: ..............................
4. POTÊNCIA INSTALADA da USINA: .......... MW
a) POTÊNCIA da unidade geradora 01: .......... MW
b) POTÊNCIA da unidade geradora 02: .......... MW
...
c) POTÊNCIA da unidade geradora n: .......... MW
5. GARANTIA FÍSICA: .......... MWmédios (Portaria ....... n° ........ , de ....../....../......)
USINA N - REFERÊNCIAS TÉCNICAS E COMERCIAIS
1. Nome da USINA: .........................
2. Localidade: .................................
3. SUBMERCADO: ..............................
4. POTÊNCIA INSTALADA da USINA: .......... MW
a) POTÊNCIA da unidade geradora 01: .......... MW
b) POTÊNCIA da unidade geradora 02: .......... MW
...
c) POTÊNCIA da unidade geradora n: .......... MW
5. GARANTIA FÍSICA da USINA: .......... MWmédios (Portaria ....... n° ........ , de ....../....../......)
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II AO CONTRATO DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA NO AMBIENTE
REGULADO
DEFINIÇÕES
AGENTE DA CCEE ou AGENTE: concessionário, permissionário, autorizado de serviços e
instalações de ENERGIA ELÉTRICA e consumidores integrantes da CCEE;
AGENTE DE DISTRIBUIÇÃO: titular de concessão, permissão ou autorização de serviços e
instalações de distribuição para fornecer ENERGIA ELÉTRICA a consumidor final,
exclusivamente de forma regulada;
AGENTE DE LIQUIDAÇÃO: instituição financeira contratada pela CCEE para proceder à
liquidação financeira das operações realizadas no MERCADO DE CURTO PRAZO;
AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO REGULADA - ACR: segmento do mercado no qual se
realizam as operações de compra e venda de ENERGIA ELÉTRICA entre AGENTES
VENDEDORES e AGENTES DE DISTRIBUIÇÃO, precedidas de licitação, ressalvados os casos
previstos em lei, conforme REGRAS e PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO
específicos;
ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica, autarquia sob regime especial instituída pela Lei nº
9.427, de 1996, modificada pela Lei nº 10.848, de 2004, responsável pela regulação, controle e
fiscalização dos serviços e instalações de ENERGIA ELÉTRICA;
ATO AUTORIZATIVO: é o ato de outorga de autorização para geração de ENERGIA
ELÉTRICA emitido pelo Poder Concedente, individualizado para cada USINA.
AUTORIDADE COMPETENTE: qualquer entidade governamental que tenha competência para
interferir no CONTRATO ou nas atividades das PARTES;
CÂMARA DE ARBITRAGEM: entidade eleita pelos AGENTES DA CCEE destinada a
estruturar, organizar e administrar processo de solução de Conflitos, que, no exercício estrito dos
direitos disponíveis, deverá dirimir Conflitos por meio de arbitragem, nos termos da
CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO e do Estatuto da CCEE;
CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CCEE: pessoa jurídica
de direito privado, sem fins lucrativos, que atua sob autorização do Poder Concedente e regulação e
fiscalização da ANEEL, segundo a CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO;
CENTRO DE GRAVIDADE: ponto virtual definido nas REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO
relativo ao SUBMERCADO onde está localizada cada USINA, no qual será efetuada a entrega
simbólica da ENERGIA CONTRATADA;
COMPRADOR: AGENTE DE DISTRIBUIÇÃO participante do LEILÃO;
CONTRATO ou CONTRATO DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA NO AMBIENTE
REGULADO – CCEAR: o presente Contrato Bilateral celebrado no âmbito do ACR entre
VENDEDOR e COMPRADOR;
CONTRATO DE CONCESSÃO: instrumento jurídico de Concessão de Uso de Bem Público, que
regula a exploração do potencial de energia hidráulica, celebrado com o Poder Concedente;
CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE GARANTIA VIA VINCULAÇÃO DE RECEITAS -
CCG: contrato firmado entre as PARTES e instituição financeira (BANCO GESTOR), que
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
estabelece a forma de cumprimento das obrigações relativas ao pagamento previsto no
CONTRATO, constituindo o Anexo III ao presente;
CONVENÇÃO ARBITRAL: instrumento firmado pelos AGENTES DA CCEE e pela CCEE, por
meio do qual estes se comprometem a submeter os conflitos à CÂMARA DE ARBITRAGEM,
aprovado pela Resolução Homologatória nº 531, de 7 de agosto de 2007;
CONVENÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO: instrumento jurídico instituído pela Resolução
Normativa ANEEL nº 109, de 26 de outubro de 2004, nos termos da Lei nº 10.848, de 15 de março
de 2004, do Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004, e do Decreto nº 5.177, de 12 de agosto de
2004;
DATA DE INÍCIO DO SUPRIMENTO: data indicada na subcláusula 3.2, que corresponde ao
início da disponibilização da ENERGIA CONTRATADA e POTÊNCIA ASSOCIADA pelo
VENDEDOR;
DIRETRIZES: definidas conforme estabelecido na Portaria MME nº 672, de 19 de dezembro de
2014;
DOCUMENTO DE COBRANÇA: documento fiscal e/ou comercial, previsto na legislação
vigente, emitido pelo VENDEDOR em face do COMPRADOR, para cobrança da ENERGIA
CONTRATADA;
EDITAL: documento aprovado pela ANEEL que disciplina o processo licitatório;
ENERGIA ELÉTRICA ou ENERGIA: quantidade de energia elétrica ativa durante qualquer
período de tempo, expressa em MWh;
ENERGIA CONTRATADA: é o montante de ENERGIA ELÉTRICA, expresso em MWmédios,
relativo à cada USINA e limitado à respectiva GARANTIA FÍSICA, comercializado no LEILÃO e
objeto de CCEAR;
EPE: Empresa de Pesquisa Energética, criada por meio do Decreto nº 5.184, de 16 de agosto de
2004, que tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o
planejamento do setor energético, tais como energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados,
carvão mineral, fontes energéticas renováveis e eficiência energética, dentre outras;
GARANTIA FÍSICA: é o montante, em MWmédios, correspondente à quantidade máxima de
ENERGIA relativa à USINA que poderá ser utilizada para comprovação de atendimento de carga
ou comercialização por meio de contratos, estabelecido na forma constante da Portaria MME nº
258, de 28 de julho de 2008;
HABILITAÇÃO TÉCNICA: registro, cadastramento e habilitação técnica da USINA junto à EPE,
nos termos das DIRETRIZES;
IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pela Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística;
LEILÃO: processo licitatório para contratação de concessões e autorizações de geração e para
compra e venda de ENERGIA, regido pelo Edital de Leilão nº 03/2015-ANEEL e seus documentos
correlatos;
MERCADO DE CURTO PRAZO - MCP: segmento da CCEE onde são comercializadas as
diferenças entre os montantes de ENERGIA ELÉTRICA contratados e registrados pelos AGENTES
DA CCEE e os montantes de geração ou consumo efetivamente verificados e atribuídos aos
respectivos AGENTES DA CCEE;
MÊS CONTRATUAL: todo e qualquer mês do calendário civil durante o PERÍODO DE
SUPRIMENTO;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
MODULAÇÃO: discretização de montantes mensais de ENERGIA por PERÍODO DE
COMERCIALIZAÇÃO;
NOTIFICAÇÃO DE CONTROVÉRSIA: documento formal destinado a comunicar às PARTES
as controvérsias que versem sobre as disposições do CONTRATO e/ou a elas relacionadas;
ONS: Operador Nacional do Sistema Elétrico, responsável pela coordenação e controle da operação
de geração e da transmissão de ENERGIA ELÉTRICA do SIN;
PERÍODO DE COMERCIALIZAÇÃO: é a menor unidade de tempo de comercialização de
ENERGIA ELÉTRICA;
PERÍODO DE SUPRIMENTO: corresponde ao intervalo de tempo entre a DATA DE INÍCIO
DO SUPRIMENTO e a data de término da disponibilização da ENERGIA CONTRATADA e
respectiva POTÊNCIA ASSOCIADA pelo VENDEDOR;
PLD: Preço de Liquidação de Diferenças, com valores máximo e mínimo definidos periodicamente
pela ANEEL, levando em conta os custos variáveis de operação dos empreendimentos termelétricos
disponíveis para o despacho centralizado, na forma do art. 57 do Decreto nº 5.163, de 30 de julho de
2004;
POTÊNCIA: é a quantidade de ENERGIA ELÉTRICA solicitada na unidade de tempo, expressa
em MW;
POTÊNCIA ASSOCIADA: é a quantidade de POTÊNCIA que o VENDEDOR deverá
disponibilizar ao COMPRADOR, definida nos termos da Cláusula 4ª;
POTÊNCIA INSTALADA: somatório das potências elétricas ativas nominais das unidades
geradoras da USINA, comprometidas com este CONTRATO, nos termos do respectivo
CONTRATO DE CONCESSÃO e/ou ATO AUTORIZATIVO, conforme ANEXO I do
CONTRATO, expressa em MW;
PREÇO DE VENDA: preço da ENERGIA CONTRATADA e respectiva POTÊNCIA
ASSOCIADA;
PROCEDIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO: conjunto de normas aprovadas pela ANEEL
que definem condições, requisitos, eventos e prazos relativos à comercialização de ENERGIA
ELÉTRICA no âmbito da CCEE;
PROCEDIMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO: conjunto de normas aprovadas pela ANEEL que
normatizam e padronizam as atividades técnicas relacionadas ao funcionamento e desempenho dos
sistemas de distribuição de energia elétrica;
PROCEDIMENTOS DE REDE: documentos elaborados pelo ONS com a participação dos
AGENTES e aprovados pela ANEEL, que estabelecem os procedimentos e requisitos técnicos
necessários ao planejamento, implantação, uso e operação do SIN, e definem as responsabilidades
do ONS e dos AGENTES;
RECEITA DE VENDA: receita associada ao CONTRATO, definida nos termos da Cláusula 6ª;
REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO: conjunto de regras operacionais e comerciais e suas
formulações algébricas definidas pela ANEEL, e de cumprimento obrigatório pelos AGENTES DA
CCEE, aplicáveis à comercialização de ENERGIA ELÉTRICA no âmbito da CCEE;
SAZONALIZAÇÃO: discretização mensal de montantes anuais de ENERGIA;
SCL: Sistema de Contabilização e Liquidação da CCEE;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL - SIN: conjunto de instalações e equipamentos
responsáveis pelo suprimento de ENERGIA ELÉTRICA às regiões do país interligadas
eletricamente;
SIMPLES-EPE: Sistema de Informações de Mercado para o Planejamento do Setor Elétrico, sob a
responsabilidade da EPE;
SUBMERCADO: divisão do SIN para a qual é estabelecida PLD específico e cujas fronteiras são
definidas em razão da presença e duração de restrições relevantes de transmissão aos fluxos de
ENERGIA ELÉTRICA no SIN;
TERMO DE REPACTUAÇÃO DO RISCO HIDROLÓGICO: instrumento contratual em que o
titular da outorga da usina hidrelétrica participante do MRE, por sua livre iniciativa, optou pela
repactuação do risco hidrológico, nos termos da Medida Provisória n° 688, de 2015, e Resolução
Normativa n° xxx, de 2015.
TRIBUTOS: todos os impostos, taxas e contribuições, incidentes sobre o objeto do CONTRATO,
excluído qualquer outro existente ou que venha a ser criado sobre o lucro líquido ou resultado de
qualquer das PARTES. Tal exclusão abrange, não estando limitada a, o imposto sobre a renda da
pessoa jurídica, a contribuição social sobre o lucro e impostos ou contribuições sobre
movimentações financeiras;
USINA: instalação industrial destinada à produção de ENERGIA ELÉTRICA, mediante exploração
de potencial hidráulico;
VENDEDOR: titular de concessão, permissão ou autorização de geração de ENERGIA
ELÉTRICA que tenha ENERGIA negociada no LEILÃO.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO III AO CCEAR
CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE GARANTIA DE PAGAMENTO,
VIA VINCULAÇÃO DE RECEITAS
Pelo presente:
1. a [.........], com sede na Rua ................, nº ....., na Cidade de ................, Estado de
......................., inscrita no CNPJ sob o nº ............, empresa concessionária de serviço
público de DISTRIBUIÇÃO de energia elétrica, mediante Contrato de Concessão de
Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica firmado com o Poder Concedente,
doravante denominada COMPRADOR;
2. a [.........] (SPE, no caso de consórcio vencedor da licitação), com sede na Rua
................, nº ....., na Cidade de .................., Estado de ........................................,
inscrita no CNPJ sob o nº .................., empresa concessionária de GERAÇÃO,
denominada simplesmente VENDEDOR; e
3. o Banco [......] , inscrito no CNPJ/MF sob o n.º .......... com sede na Rua ........, nº ....,
na Cidade de ........., Estado de ........................................denominado BANCO
GESTOR;
todos neste ato representados nos termos de seus instrumentos societários, por seus
representantes legais ao final assinados, e em conjunto denominados PARTES;
CONSIDERANDO QUE:
(a) em decorrência do 21° Leilão de Energia Proveniente de Novos Empreendimentos de
Geração (“LEILÃO”), coordenado pela Agência Nacional de Energia Elétrica –
ANEEL, o COMPRADOR e o VENDEDOR assinam CONTRATO DE
COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA NO AMBIENTE REGULADO - CCEAR, o
qual trata do suprimento de energia elétrica visando ao atendimento do mercado
consumidor da área de concessão do COMPRADOR;
(b) além do CCEAR indicado, o COMPRADOR assinou outros CCEARs com demais
vendedores de energia elétrica participantes do LEILÃO;
(c) conforme a regulamentação do setor elétrico, o COMPRADOR tem como uma de
suas prioridades o pagamento do suprimento de energia elétrica, para a devida
prestação do serviço público de distribuição;
(d) o CCEAR, em sua Cláusula 1ª, prevê a assinatura do presente instrumento jurídico-
financeiro com a finalidade de garantir o cumprimento das obrigações do
COMPRADOR, em especial quanto aos pagamentos a serem feitos ao VENDEDOR;
(e) para viabilizar os pagamentos mencionados, o BANCO GESTOR deverá executar as
atividades previstas no instrumento; e
(f) o(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA poderá(ão) ser emitido(s) em nome da(s)
matriz(es) ou filial(is) do VENDEDOR ou do COMPRADOR, conforme previamente
informado e acertado entre as PARTES;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
resolvem celebrar o presente Contrato de Constituição de Garantia de Pagamento, Via
Vinculação de Receitas (“CCG”), que passa a fazer parte integrante e inseparável do CCEAR,
regendo-se pelas cláusulas e disposições a seguir estipuladas.
CLÁUSULA PRIMEIRA – DAS DEFINIÇÕES
1.1. Para fins de permitir o entendimento e a precisão da terminologia técnica empregada no
CCG, fica desde já acordado entre as PARTES o conceito dos seguintes vocábulos e
expressões:
I. BANCO GESTOR: instituição Financeira, sem vinculação societária, direta ou indireta,
com COMPRADOR ou VENDEDOR, contratada pelo COMPRADOR com a anuência
do VENDEDOR, para a centralização e administração do fluxo de recursos da CONTA
CENTRALIZADORA, da CONTA VINCULADA e da CONTA RESERVA, na forma
prevista no CCG, para fins de pagamento dos valores indicados nos DOCUMENTOS
DE COBRANÇA;
II. CCEAR: Contrato bilateral celebrado entre o VENDEDOR e o COMPRADOR, no
Ambiente de Contratação Regulada – ACR, sob o nº .........;
III. CONTA CENTRALIZADORA: Conta corrente de titularidade do COMPRADOR,
mantida no BANCO GESTOR, na Agência nº....., sob o nº ....., utilizada para centralizar
parte do produto da cobrança da tarifa de fornecimento de serviços públicos de
distribuição de energia elétrica, cujo fluxo mensal de recursos deve equivaler a, no
mínimo, 1,2 vezes o somatório do(s) valor(es) do(s) DOCUMENTO(S) DE
COBRANÇA com vencimento no mês em referência, movimentável unicamente pelo
BANCO GESTOR;
IV. CONTA MOVIMENTO: Conta corrente de titularidade do COMPRADOR, mantida no
BANCO GESTOR, na Agência nº....., sob o nº ....., de livre movimentação do
COMPRADOR, ou qualquer outra conta corrente que o COMPRADOR venha a indicar
por simples comunicação ao BANCO GESTOR;
V. CONTA RESERVA: Conta corrente de titularidade do COMPRADOR, mantida no
BANCO GESTOR, cuja abertura e manutenção serão exigidas no caso de inadimplência
no pagamento dos valores indicados nos DOCUMENTOS DE COBRANÇA;
VI. CONTA DO VENDEDOR: Conta bancária de titularidade do (da filial do)
VENDEDOR utilizada para recebimento dos recursos oriundos dos pagamentos
indicados nos DOCUMENTOS DE COBRANÇA, nos termos da subcláusula 3.4.1;
VII. CONTA VINCULADA: Conta corrente de titularidade do COMPRADOR, mantida no
BANCO GESTOR, na Agência nº....., sob o nº ....., a qual receberá transferência de
parcela dos recursos da CONTA CENTRALIZADORA para pagamento dos valores
indicados nos DOCUMENTOS DE COBRANÇA, movimentável unicamente pelo
BANCO GESTOR em cumprimento às determinações do VENDEDOR e na forma do
CCG;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
VIII. DOCUMENTO DE COBRANÇA: Documento fiscal e/ou comercial, previsto na
legislação vigente, emitido pelo VENDEDOR em face do COMPRADOR, nos termos
do CCEAR; e
IX. MERCADO DE CURTO PRAZO: segmento da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica – CCEE onde são comercializadas as diferenças entre os montantes de energia
elétrica contratados e registrados pelos agentes da CCEE e os montantes de geração ou
consumo efetivamente verificados e atribuídos aos respectivos agentes da CCEE.
1.2. Quaisquer termos utilizados neste Instrumento, mas não definidos no presente, terão os
significados estabelecidos no CCEAR.
CLÁUSULA SEGUNDA – DO OBJETO
2.1. O CCG tem por objeto estabelecer os termos e as condições de cumprimento da
obrigação de pagamento do COMPRADOR para com o VENDEDOR, conforme
definido no CCEAR, mediante:
I. a vinculação de parte da receita do COMPRADOR em favor do VENDEDOR; e
II. a regulamentação de todos os termos e condições segundo os quais o BANCO
GESTOR irá atuar como banco mandatário, depositário e responsável pela
centralização e administração de fluxos de recursos da CONTA
CENTRALIZADORA, da CONTA VINCULADA e da CONTA RESERVA, para
fins de pagamento do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA.
2.2. A constituição da CONTA CENTRALIZADORA e da CONTA VINCULADA, com os
direitos e as obrigações dela decorrentes, incluindo o mecanismo de vinculação de
receita, para efeito do CCG, somente deverá ser exigida 60 dias antes da data de início
do suprimento previsto no CCEAR.
CLÁUSULA TERCEIRA – DA VINCULAÇÃO DE RECEITA E PAGAMENTO
3.1. Para assegurar o cumprimento das obrigações de pagamento assumidas pelo
COMPRADOR no CCEAR, e observadas as condições previstas nas Cláusulas Quarta e
Quinta, o COMPRADOR vincula ao VENDEDOR, em caráter irrevogável e
irretratável, até a final liquidação de todas as obrigações, parcela dos recursos
resultantes do recebimento das tarifas de fornecimento de serviços públicos de
distribuição de energia elétrica depositados na CONTA CENTRALIZADORA.
3.2. A receita a ser vinculada para pagamento mensal do(s) DOCUMENTO(S) DE
COBRANÇA será:
I. exclusivamente a correspondente a 1,20 vezes os valores indicados no(s)
DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, considerando suas respectivas datas de
vencimento, e deduzidos de eventuais valores relativos a montantes controversos,
nos termos do CCEAR;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
II. retirada da CONTA CENTRALIZADORA e depositada na CONTA VINCULADA
pelo BANCO GESTOR, conforme as condições e os períodos definidos entre
COMPRADOR e BANCO GESTOR.
3.3. Aplica-se aos montantes contestados, o tratamento previsto na subcláusula 7.10 do
CCEAR.
3.4. O pagamento integral do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA será caracterizado
pela transferência da receita prevista na subcláusula 3.2 para a CONTA DO
VENDEDOR, complementada, se for o caso, com receita proveniente da CONTA
RESERVA.
3.4.1. A CONTA DO VENDEDOR utilizada para recebimento dos recursos oriundos
dos pagamentos indicados nos DOCUMENTOS DE COBRANÇA será:
(I) a conta corrente mantida no Banco ........., Agência nº....., sob o nº ....., caso
o VENDEDOR estiver adimplente no âmbito da liquidação financeira do
MERCADO DE CURTO PRAZO; ou
(II) a conta corrente mantida junto à instituição financeira contratada pela
CCEE para proceder à liquidação financeira das operações realizadas no
MERCADO DE CURTO PRAZO, caso o VENDEDOR estiver
inadimplente no âmbito da liquidação financeira do MERCADO DE
CURTO PRAZO.
3.5. Para garantia do cumprimento das obrigações aqui previstas, e como indicativo de
liquidez e capacidade de pagamento, o COMPRADOR se obriga a manter, na CONTA
CENTRALIZADORA, um fluxo de recursos mensal no valor equivalente a 1,2 vezes o
somatório do(s) valor(es) do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA com vencimento
no mês em referência, tudo conforme disposto no CCG.
3.6. Caso não se verifique em determinado mês, condicionada esta ocorrência a uma única
vez ao ano, o fluxo de recursos de que trata a subcláusula 3.5, haverá um período de
carência de um mês para que o COMPRADOR destine parcela suficiente de seus
recursos para cumprimento desta obrigação do CCG.
CLÁUSULA QUARTA - ADMINISTRAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS
4.1. As contas CENTRALIZADORA, VINCULADA e RESERVA serão movimentadas
unicamente pelo BANCO GESTOR, nos termos e parâmetros do CCG, sendo que a
CONTA VINCULADA e a CONTA RESERVA serão utilizadas unicamente para
pagamento ao VENDEDOR.
4.2. Na movimentação da CONTA CENTRALIZADORA, deverá ser observada a seguinte
prioridade:
I. transferência para a CONTA VINCULADA, limitada a 1,20 vezes os valores
indicados no(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, conforme as respectivas datas
de vencimento; e
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
II. transferências para a CONTA RESERVA, nos termos da Cláusula Quinta.
4.3. Após a constatação, pelo BANCO GESTOR, de que o saldo da CONTA VINCULADA
assegura o pagamento da parcela vincenda do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA
respeitados os procedimentos definidos no item II da subcláusula 3.2, o saldo
remanescente da CONTA CENTRALIZADORA será transferido para a CONTA
MOVIMENTO, cujos recursos serão livres de quaisquer ônus e poderão ser cedidos ou
vinculados a terceiros em garantia e/ou em outras operações do COMPRADOR.
4.4. Caso na(s) data(s) de vencimento do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA não existir
saldo suficiente na CONTA VINCULADA para seu pagamento integral, o BANCO
GESTOR deverá:
I. realizar a transferência do montante disponível na CONTA VINCULADA para a
CONTA DO VENDEDOR; e
II. bloquear a CONTA CENTRALIZADORA e manter o fluxo de recursos entre a
CONTA CENTRALIZADORA e a CONTA VINCULADA, até a quitação total da
dívida, incluindo os encargos moratórios conforme definido na Cláusula 8ª do
CCEAR.
4.5. Caso o COMPRADOR tenha constituído CONTA RESERVA, e se na(s) data(s) de
vencimento do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA não existir saldo suficiente na
CONTA VINCULADA para seu pagamento integral, o BANCO GESTOR deverá:
I. realizar a transferência do montante disponível na CONTA VINCULADA para a
CONTA DO VENDEDOR;
II. realizar a transferência do montante necessário da CONTA RESERVA para a
CONTA DO VENDEDOR; e
III. se não existir saldo suficiente na CONTA RESERVA, o BANCO GESTOR
deverá bloquear a CONTA CENTRALIZADORA e manter o fluxo de recursos
entre a CONTA CENTRALIZADORA e a CONTA VINCULADA, até a quitação
total da dívida e a recomposição do saldo da CONTA RESERVA.
4.6. Após o pagamento do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, os eventuais recursos
remanescentes na CONTA VINCULADA deverão ser automaticamente transferidos
para a CONTA MOVIMENTO.
4.7. O COMPRADOR e o VENDEDOR aceitam e concordam que:
I. os recursos depositados na CONTA CENTRALIZADORA, na CONTA
VINCULADA e na CONTA RESERVA somente poderão ser movimentados para
operações de crédito e débito mediante Ordens de Transferências, DOCs ou TEDs
pelo BANCO GESTOR;
II. em decorrência do disposto no CCG, não serão emitidos talonários de cheques ou
cartões de débito; e
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
III. não lhe serão disponibilizados quaisquer outros meios de movimentação da
CONTA CENTRALIZADORA, da CONTA VINCULADA, ou da CONTA
RESERVA.
CLÁUSULA QUINTA – DA CONTA RESERVA
5.1 O COMPRADOR será obrigado a constituir os valores da CONTA RESERVA no
BANCO GESTOR caso seja configurada inadimplência no pagamento do(s)
DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, caracterizada esta por:
I. uma ausência de pagamento em um dos DOCUMENTOS DE COBRANÇA, para
quaisquer vencimentos, durante um período de doze meses; ou
II. duas ocorrências do período de carência referido na subcláusula 3.6.
5.2 Na CONTA RESERVA, movimentável exclusivamente pelo BANCO GESTOR, na
forma do CCG, deverão ser mantidos recursos equivalentes a 30% (trinta por cento) do
somatório do(s) valor(es) do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA com vencimento
no mês em referência, visando a assegurar seu integral pagamento.
5.3 O valor depositado na CONTA RESERVA permanecerá bloqueado pelo BANCO
GESTOR durante o prazo mínimo de 12 (doze) meses, após o que será liberado ao
COMPRADOR caso não haja, nesse período, caracterização de inadimplência de
qualquer DOCUMENTO DE COBRANÇA, em qualquer vencimento.
5.4 O valor da CONTA RESERVA deverá ser constituído e recomposto por meio de
bloqueio dos valores depositados na CONTA CENTRALIZADORA e transferidos para
a CONTA RESERVA.
5.5 O COMPRADOR poderá aplicar, por sua conta e risco, os recursos depositados na
CONTA RESERVA em títulos e valores mobiliários emitidos ou, direta ou
integralmente, garantidos ou segurados pelo governo do Brasil ou qualquer agência ou
órgão deste, ou, ainda, pelo Banco Central do Brasil, ou fundos de investimentos
lastreados nesses títulos e valores mobiliários. As aplicações deverão obedecer a
proporção de 100% (cem por cento) em títulos e valores mobiliários em moeda nacional
ou em CDB de Bancos de primeira linha, bem como permanecerão bloqueadas
conforme acima mencionado.
5.6 As aplicações financeiras e os títulos eventualmente adquiridos pelo COMPRADOR, na
forma do parágrafo anterior, ficam a partir da data de suas aquisições/aplicações
caucionadas exclusivamente aos fins previstos nesta Cláusula Quinta.
5.7 O COMPRADOR deverá recompor a CONTA RESERVA na hipótese de se verificarem
quaisquer perdas ou diminuição dos recursos nela depositados em virtude das aplicações
realizadas pelo COMPRADOR nos termos da subcláusula 5.5.
CLÁUSULA SEXTA - OBRIGAÇÕES DO VENDEDOR E DO COMPRADOR
6.1. São obrigações do VENDEDOR:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
I. enviar mensalmente ao COMPRADOR o(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA
original(is), com cópia ao BANCO GESTOR, com a indicação das datas de
vencimento e respectivos valores, observado o prazo de, no mínimo, cinco dias úteis
anteriormente à data do vencimento;
II. indicar ao BANCO GESTOR os dados bancários para recebimento dos recursos
financeiros tratados neste instrumento, mantendo-os devidamente atualizados,
observado o disposto na subcláusula 3.4.1; e
III. responder civil e penalmente por qualquer prejuízo que venha a causar ao
COMPRADOR, em decorrência de emissão de DOCUMENTO(S) DE
COBRANÇA em desacordo com o CCEAR, em relação aos prazos e valores
devidos.
6.1.1. Configurar-se-á descumprimento de obrigação contratual caso o VENDEDOR
não indique, ao BANCO GESTOR, os dados bancários referentes à conta
corrente de que trata o item II da subcláusula 3.4.1, na situação em que o
VENDEDOR encontrar-se inadimplente no âmbito da liquidação financeira do
MERCADO DE CURTO PRAZO no momento do envio do DOCUMENTO DE
COBRANÇA ao COMPRADOR.
6.1.2. O descumprimento de obrigação contratual de que trata a subcláusula 6.1.1
poderá motivar a resolução do CCEAR, nos termos de sua subcláusula 9.2.
6.2. São obrigações do COMPRADOR:
I. autorizar o BANCO GESTOR a reter e transferir à conta e ordem do VENDEDOR,
para a CONTA DO VENDEDOR, os recursos financeiros necessários ao pagamento
do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, nos montantes e prazos estipulados no
CCEAR;
II. informar imediatamente ao VENDEDOR qualquer alteração ocorrida em seu padrão
de arrecadação em relação ao fluxo de recursos da CONTA CENTRALIZADORA;
III. nomear novo BANCO GESTOR, no prazo de trinta dias após o recebimento de
notificação de desistência de atuação do atual BANCO GESTOR, ou por solicitação
do VENDEDOR, em caso de descumprimento por parte do BANCO GESTOR, das
suas obrigações estipuladas no CCG;
IV. adotar todas as providências cabíveis para a manutenção do BANCO GESTOR até a
assunção de novo BANCO GESTOR, para que não haja a interrupção das atividades
previstas no CCG; e
V. não alienar, ceder, transferir, dispor, empenhar ou por qualquer forma, gravar os
recursos relativos à CONTA VINCULADA;
VI. informar ao BANCO GESTOR, em um prazo de 24 horas após o recebimento do(s)
DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, a existência de montantes em relação aos
quais o COMPRADOR tenha questionado a respectiva certeza e liquidez, e a
situação de adimplemento do VENDEDOR no âmbito da liquidação financeira do
MERCADO DE CURTO PRAZO para fins de definição da CONTA DO
VENDEDOR.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
6.3. Em qualquer caso de substituição do BANCO GESTOR, o COMPRADOR deverá
comunicar o VENDEDOR com 15 (quinze) dias úteis de antecedência.
6.4. Desde que não haja conflitos com o disposto no CCEAR e no CCG, nem possibilidade
de prejuízo ao devido pagamento dos valores constantes do(s) DOCUMENTO(S) DE
COBRANÇA, e conforme os prazos e condições cabíveis, o COMPRADOR e o
VENDEDOR poderão acordar com o BANCO GESTOR eventuais ajustes operacionais
à sistemática prevista no presente instrumento.
CLÁUSULA SÉTIMA - OBRIGAÇÕES DO BANCO GESTOR
7.1. São obrigações do BANCO GESTOR:
I. executar todos os atos e procedimentos previstos contratualmente para assegurar a
vinculação da receita do COMPRADOR e sua transferência ao VENDEDOR,
respondendo civil e penalmente por qualquer dano ou prejuízo que venha a causar
ao COMPRADOR e/ou ao VENDEDOR em decorrência do descumprimento de
suas obrigações;
II. não acatar ordem, seja do VENDEDOR ou do COMPRADOR, no que se refere à
vinculação e transferência de receita, em desacordo com o CCG;
III. informar imediatamente ao VENDEDOR, o descumprimento, por parte do
COMPRADOR, de qualquer obrigação referente à vinculação de recursos prevista
no CCG;
IV. utilizar os valores depositados na CONTA CENTRALIZADORA conforme previsto
no CCG;
V. monitorar o saldo da CONTA CENTRALIZADORA, visando ao cumprimento das
condições previstas no CCG e, caso necessário, comunicar as demais PARTES para
a adoção das medidas cabíveis;
VI. efetuar a transferência dos recursos depositados na CONTA CENTRALIZADORA
para a CONTA VINCULADA, sem custos para o COMPRADOR, até o montante
relativo à parcela vincenda do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, respeitados
os procedimentos definidos no item II da subcláusula 3.2 do CCG;
VII. transferir os recursos retidos, na forma da Cláusula Quarta, sem custos para o
COMPRADOR, para a CONTA DO VENDEDOR, limitado aos valores das
respectivas parcelas do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, respeitados os
procedimentos definidos no item II da subcláusula 3.2, e observadas as respectivas
datas de vencimento;
VIII. transferir o valor constante da CONTA CENTRALIZADORA para a CONTA
MOVIMENTO, sem custos para o COMPRADOR, somente após o saldo da
CONTA VINCULADA assegurar o pagamento total mensal das obrigações do
COMPRADOR, constantes do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, conforme a
Cláusula Quarta;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
IX. não reconhecer todo DOCUMENTO DE COBRANÇA emitido pelo VENDEDOR
cujos dados bancários estejam em desacordo com o disposto na subcláusula 3.4.1; e
X. verificar, junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, a
situação de adimplemento do VENDEDOR no âmbito da liquidação financeira do
MERCADO DE CURTO PRAZO, para fins de transferência dos recursos para a
CONTA DO VENDEDOR.
7.2. Em relação ao previsto no item VII da subcláusula 7.1, caso na(s) data(s) de vencimento
do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA não existir saldo suficiente na CONTA
VINCULADA, o BANCO GESTOR deverá observar o disposto nas subcláusulas 4.4 e
4.5.
7.3. Na hipótese de o BANCO GESTOR ser o mesmo para diversos CCEARs do LEILÃO
firmados pelo COMPRADOR, o BANCO GESTOR deverá utilizar os valores
depositados na CONTA CENTRALIZADORA e na CONTA RESERVA somente para
pagamento das obrigações pecuniárias previstas nos CCEARs do LEILÃO,
proporcionalmente aos valores devidos pelo COMPRADOR aos seus respectivos
VENDEDORES e indicados em cada CCEAR, devendo adotar todas as demais medidas
previstas no CCG em relação a cada DOCUMENTO DE COBRANÇA.
7.4. O VENDEDOR aceita e reconhece que o BANCO GESTOR não será responsável pela
insuficiência de fundos na CONTA CENTRALIZADORA, que o impossibilite de
cumprir integralmente o previsto neste instrumento, salvo quando a insuficiência
decorrer de ação ou omissão culposa atribuível ao BANCO GESTOR.
7.5. O BANCO GESTOR, sempre que solicitado, deverá fornecer ao VENDEDOR,
informações que atestem a manutenção de fluxo de recursos de que trata a subcláusula
3.5.
7.6. O BANCO GESTOR se obriga a notificar o COMPRADOR e o VENDEDOR, com 120
(cento e vinte) dias de antecedência, sua intenção de não mais atuar como BANCO
GESTOR, permanecendo, entretanto, no exercício de suas funções até que o novo
BANCO GESTOR tenha celebrado um contrato de adesão ao CCG, por meio do qual se
sub-rogará nos direitos e obrigações do BANCO GESTOR substituído.
CLÁUSULA OITAVA – AUTORIZAÇÕES E PROCURAÇÃO AO BANCO GESTOR
8.1. Para os fins previstos no CCG, neste ato o COMPRADOR autoriza o BANCO
GESTOR, em caráter irrevogável e irretratável, a:
I. reter da CONTA CENTRALIZADORA e transferir para a CONTA VINCULADA,
consoante mecanismo descrito na Cláusula 4ª, os recursos necessários ao pagamento
da parcela vincenda do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, transferindo para a
CONTA DO VENDEDOR somente os montantes não controversos, respeitados os
procedimentos definidos no item II da subcláusula 3.2, nos montantes e prazos
estabelecidos no CCEAR;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
II. bloquear a CONTA CENTRALIZADORA e manter o fluxo de recursos entre a
CONTA CENTRALIZADORA e a CONTA VINCULADA, até a quitação da
dívida resultante do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA, caso na(s) data(s) de
vencimento do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA não exista saldo suficiente
na CONTA VINCULADA;
III. reter e transferir, da CONTA CENTRALIZADORA para a CONTA RESERVA,
não movimentável pelo COMPRADOR, o valor equivalente a 30% (trinta por cento)
do somatório do(s) valor(es) do(s) DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA com
vencimento no mês em referência, nos termos da Cláusula Quinta;
IV. transferir da CONTA RESERVA para a CONTA DO VENDEDOR parte ou o total
dos recursos depositados na CONTA RESERVA, em caso de insuficiência de saldo
na CONTA VINCULADA, e visando ao pagamento integral do(s)
DOCUMENTO(S) DE COBRANÇA; e
V. informar e fornecer ao VENDEDOR a existência de saldo suficiente na CONTA
CENTRALIZADORA e na CONTA VINCULADA, mediante solicitação escrita.
8.2. Para cumprimento do previsto no CCG, o COMPRADOR neste ato nomeia e constitui o
BANCO GESTOR como seu procurador, de maneira irrevogável e irretratável, na forma
do artigo 684 do Código Civil Brasileiro, até a final liquidação de todas as obrigações
assumidas no CCEAR, com poderes específicos para a prática dos atos necessários a
esse fim e previstos no CCG, especialmente aquelas previstas nas Cláusulas Terceira,
Quarta e Quinta.
8.3. A revogação da outorga de poderes prevista na subcláusula 8.2 somente ocorrerá nos
casos de substituição do BANCO GESTOR, a pedido deste ou por iniciativa do
COMPRADOR, sempre com comunicação prévia ao VENDEDOR, observadas as
disposições das Cláusulas Sexta e Sétima.
CLÁUSULA NONA – DOS CUSTOS E ENCARGOS
9.1. Serão de exclusiva responsabilidade do COMPRADOR todas as despesas bancárias
contraídas ou incorridas para a manutenção das CONTAS CENTRALIZADORA,
VINCULADA, RESERVA e MOVIMENTO, em razão do CCG, bem como as demais
obrigações fiscais e tributárias aplicáveis.
9.2. Serão de exclusiva responsabilidade do VENDEDOR todas as despesas bancárias
contraídas ou incorridas para a manutenção da CONTA DO VENDEDOR, em razão do
CCG, bem como as demais obrigações fiscais e tributárias aplicáveis.
CLÁUSULA DÉCIMA – DO PRAZO E EFICÁCIA
10.1. O CCG entra em vigor na data de sua assinatura, assim permanecendo até o
cumprimento de todas as obrigações do CCEAR, observado seu prazo de vigência,
sendo regido e interpretado, em todos os seus aspectos, pelas leis brasileiras.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
10.2. A eficácia do CCG está vinculada ao início do PERÍODO DE SUPRIMENTO previsto no
CCEAR, somente após o que gerará quaisquer efeitos.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA– DA CONFIDENCIALIDADE
11.1. As PARTES e o BANCO GESTOR concordam que todas as informações e dados
disponibilizados por um ao(s) outro(s) serão considerados confidenciais, e não
divulgarão tais informações para terceiros, exceto se expressamente autorizado, a priori
e por escrito, pelo(s) interessado(s) signatários do CCG.
11.2. Somente será permitida a divulgação de informações sem autorização prévia no caso de
determinação judicial ou de autoridade administrativa, ficando as PARTES e o BANCO
GESTOR obrigados a informar sobre referida divulgação ao(s) interessado(s)
signatários do CCG.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DISPOSIÇÕES GERAIS
12.1. Sem prejuízo das declarações prestadas no CCEAR, as PARTES declaram e garantem
que:
I. estão autorizadas, nos termos da lei e de seu Estatuto Social, a assumir as obrigações
e a cumprir as disposições do CCG; e
II. a celebração e o cumprimento das obrigações decorrentes do CCG não violam
nenhuma disposição de seu Estatuto Social ou das leis e dos regulamentos a que se
submete.
12.2. O CCG somente poderá ser alterado ou retificado mediante assinatura de correspondente
Termo Aditivo pelas PARTES, ou conforme determinado em Procedimento de
Comercialização específico.
12.3. No caso de substituição de BANCO GESTOR, o novo BANCO GESTOR deverá aderir
de forma integral aos termos, condições e disposições do CCG e de seus eventuais
aditivos ou instrumentos modificadores ou substitutos, obrigando-se ao cumprimento de
todas as obrigações previstas para os fins aqui dispostos.
12.4. A ausência, pelas PARTES, de reclamação relativa à falta de cumprimento de quaisquer
obrigações previstas no CCG: (i) não operará ou será interpretada como renúncia a
qualquer outro direito ou faculdade, seja ela similar ou de natureza diversa, nem (ii) terá
efeito, a menos que, efetuada por escrito e devidamente assinada por um representante
da respectiva PARTE, assim como, a tolerância ou concessão de prazo ou quaisquer
outras condições que uma PARTE fizer à outra não operará como renúncia ao
cumprimento da respectiva obrigação, novação ou alteração dos termos e condições aqui
acordados.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
12.5. O presente Instrumento obriga os contratantes, em caráter irrevogável e irretratável, em
todos os seus termos, cláusulas e condições, por si e seus sucessores, a qualquer título,
bem como os cessionários autorizados.
12.6. As PARTES reconhecem neste ato que as obrigações decorrentes do presente
Instrumento comportam execução específica, nos termos do artigo 461 do Código de
Processo Civil.
12.7. Quaisquer dúvidas ou pendências relacionadas a este Instrumento serão dirimidas
conforme disposto na Cláusula 11 do CCEAR – Da Solução de Controvérsias. Caso
sejam necessárias providências judiciais na forma prevista na Lei nº 9.307/96, as
PARTES elegem o Foro da Circunscrição Judiciária de Brasília/DF, renunciando a
qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
12.8. Qualquer aviso ou outra comunicação de uma PARTE a outra e ao BANCO GESTOR a
respeito deste CCG será feita pelos representantes, a saber:
Se para o VENDEDOR:
A/C:
Tel.:
Fax.:
E-mail:
Se para o COMPRADOR :
A/C:
Tel.:
Fax.:
E-mail:
Se para o BANCO GESTOR :
A/C:
Tel.:
Fax.:
E-mail:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
E por estarem assim justas e contratadas, as PARTES firmam o CCG, em “n” (nº suficiente)
vias de igual teor e forma.
(Local), de de ..... .
Pelo COMPRADOR:
Nome: Nome:
Cargo:
CPF/MF:
RG:
Cargo:
CPF/MF:
RG:
Pelo VENDEDOR:
Nome: Nome:
Cargo:
CPF/MF:
RG:
Cargo:
CPF/MF:
RG:
Pelo BANCO GESTOR:
Nome: Nome:
Cargo:
CPF/MF:
RG:
Cargo:
CPF/MF:
RG:
TESTEMUNHAS
Nome:
CPF/MF:
Nome:
CPF/MF:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II – NOTA TÉCNICA nº 238/2015, de 29/10/2015.
RELATÓRIO DE ANÁLISE DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA AP 032/2015
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
ABCE / APINE / AES Tietê / SAESA / Casa da Pedra / COOPERLUZ /
ABRAGE / CEEE / Piedade / Votorantim Energia / Hidrelétrica Rossi Ltda. / ESBR / CDSA / PCH Braço /
Eletrobras / Duke Energy / Light / Tractebel / CESP
/ ABRAGEL / Cia Geração de Energia Pilão
As contribuições apresentam leves variações, mas, em resumo tem o seguinte conteúdo textual, sem apresentação de dados para comprovar a tese. Diversos agentes contribuíram no sentido de reiterar sua posição na 1° fase da AP 32/2015, de que a situação do GSF deriva de fatos do príncipe e não está relacionada exclusivamente ao risco hidrológico. Alegam, como exemplo, de que fatores como a geração fora da ordem de mérito, energia de reserva e não decretação de racionamento foram determinantes nos atuais níveis do GSF.
Não aceita
Os pedidos administrativos interpostos pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica – APINE e pela Associação de Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica – ABRAGE, que tinham como mote a alegação de que os níveis de GSF atuais estavam relacionados a fatores não hidrológicos, foram negados, no mérito, em análise da Diretoria Colegiada da ANEEL (Despacho n° 2.721/2015).
Não houve recurso contra o despacho.
O assunto é abordado novamente na subseção III.8 da NT 238/2015
ABCE / ABIAPE
Instrumento para abrir mão da proteção judicial
Parcialmente aceita
Ver Anexo I da NT 238/2015. Está especificado no termo de repactuação que acompanha a minuta de REN
ABCE
Potencial inconstitucionalidade da renúncia da discussão judicial. Não considerada
Essa renúncia está expressamente prevista na MP 688/2015 e, portanto, a tramitação dessa MP é o foro adequado para discutir essa inconstitucionalidade.
ABCE / ABRAGEL / AES Tietê / SAESA / COPEL /
ESBR / CDSA / Duke / EDP
Abrangência do termo “Grupo Econômico”
Parcialmente aceita
Assunto tratado na proposta final, delimitando o conceito. Ver seção III.7 da NT 238/2015.
ABCE Do resultado do deslocamento não deverá ser subtraído o valor recebido pelo agente com a liquidação da energia Não Aceita Trata-se de comando da MP 688, contemplado na
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
secundária.
proposta final. Ver Anexo I da NT 238/2015.
ABIAPE / Votorantim Energia
Regulamentação do “constrained off” para hidrelétricas.
Não Considerada
Tal matéria está sendo discutida no âmbito do processo 48500.003224/2015-53, sob o amparo de decisão judicial.
ABRAGEL / APINE / ABRAGE / Excelência Energética / CEEE / ESBR / EDP / Cia
Geração de Energia Pilão
Prêmio de Risco no ACR Prêmio de Risco = R$ 7,25 / MWh.(APINE) Não há que se falar em prêmio de risco (SAESA) Prêmio de Risco = R$ 1,60 / MWh.(ABRAGE) Prêmio de Risco = R$ 4,73 / MWh (Excelência) Prêmio realista com os prazos contratuais de cada gerador (ESBR) Exclusão dos anos de hidrologia acentuadamente crítica, vinculação com o PLDmáx, em substituição ao IPCA e adoção de preço por patamares (EDP)
Parcialmente aceita
Ver subseção III.4 da Nota Técnica.
ABIAPE Montante da cessão da energia de reserva. Aceita
Ver subseção III.2 da Nota Técnica.
ABIAPE
Segregação da energia de reserva por fonte e localidade
Não Aceita
A Energia de Reserva já dispõe de um conjunto de projetos localizados em diversos subsistemas e diversas fontes (principalmente eólica e biomassa), capaz de formar um portfólio adequado.
ABIAPE / ABRAGEL / APINE /
AES Tietê / COPEL /
Prazo de adesão no ACL para a reserva existente
Prazo mínimo de adesão no ACL de 2 anos (ABIAPE) Prazo mínimo de 12 meses no ACL (ABRAGEL)
Não Aceita
Ver subseção III.2 da Nota Técnica.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
Votorantim Energia / CESP
Prazo mínimo de 2 anos no ACL (APINE) Prazo mínimo de 2 anos no ACL com início em jan/2015 (AES Tietê). Pelos anos de 2015 e 2016 (COPEL) Prazo mínimo de 1 ano (Votorantim Energia) Prazo de 2 anos (Duke)
ABIAPE
Energia de reserva com característica de autoprodução
Não aceita
A Energia de Reserva já tem sua característica vinculada a Produção Independente de Energia Elétrica – PIE, não sendo possível vincular com a característica de autoprodução.
ABIAPE
Energia de reserva fora de operação comercial
Não aceita A energia de reserva fora de operação comercial não impacta a conta da energia de reserva no período em que não se encontra liberada para operação comercial.
ABIAPE Ressarcimento do prêmio de risco Não considerada
A ABIAPE não forneceu elementos claros para elucidar sua pretensão nessa contribuição.
ABIAPE Securitização do ressarcimento Aceita Ver subseção III.7 da Nota Técnica.
ABIAPE / APINE / ABRAGE / Excelência Energética / CEEE / COPEL / EDP / Cia
Geração de Energia Pilão
Taxa de desconto Compatível com o risco da proposta (ABIAPE) 9,63% ao ano (APINE / EDP) 8,74% ao ano (ABRAGE) 10% ao ano (Excelência / Cia Geração de Energia Pilão) 10,86% ao ano (COPEL)
Parcialmente aceita
Ver subseções III.4 e III.7 da Nota Técnica.
ABIAPE / APINE / ABRAGE / CEEE /
Custos para o cálculo da extensão da outorga Parcialmente Aceita Ver subseção III.7 da Nota Técnica.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
Tractebel / CESP Custos, impostos, taxas, tributos e impostos utilizados no cálculo da extensão da outorga.
ABIAPE Prazo para decisão de opção de venda Aceita Ver subseção III.7 da Nota Técnica.
ABIAPE Equilíbrio econômico Aceita
Ver Anexo I, com a proposta da minuta de REN.
ABIAPE / Cia Geração de Energia Pilão
Revisão da garantia física Não aceita Ver subseções III.2 e III.7 e Anexo I.
ABIAPE
Contratação de Reserva de Capacidade Específica
Já considerada
A reserva de capacidade específica ocorrerá por meio de leilões, autorizados pelo Poder Concedente, e o seu edital e minutas de contrato deverão passar por processo de AP específico.
ABIAPE Usinas com energia alocada tanto no ACR quanto no ACL Parcialmente aceita Ver subseções III.6 e III.7 e Anexo I.
ABIAPE Obrigação de desistência da ação judicial Não considerada
A questão da obrigação de desistência da ação judicial está prevista na MP 688/2015.
ABIAPE / CEEE / Tractebel
Tratamento das ações residuais
Não aceita
A ANEEL não tem como regular as decisões judiciais que podem trazer qualquer tipo de tratamento para as questões por ela abrangidas.
Deste modo, não há como regular como se dará o tratamento de decisões, por vezes ainda não conhecidas.
ABIAPE / Brasil PCH Isonomia entre os agentes Já considerada
A ANEEL sempre busca dar isonomia nas suas decisões, sempre considerando as diferenças
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
existentes.
No caso, registra-se que a solução prevista na MP 688 já trouxe soluções diferenciadas para o ACL e ACR, provavelmente considerando as diferenças já existentes ente esses ambientes de comercialização.
ABIAPE
Solução estrutural para o MRE.
Não aceita
A MP 688 já traz uma solução estrutural para o risco hidrológico dos geradores.
Ao repactuar o risco hidrológico, o gerador fica se protege (ACL) ou fica imune (ACR) contra quaisquer efeitos do MRE.
Atiaia Energia / Duke Edição de Resolução Normativa regulamentando aspectos da MP 688/2015.
Aceita Resultado final no Anexo I desta Nota Técnica.
Atiaia Energia
a) O GERADOR firmou Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado – CCEARs ou contratos bilaterais com Concessionárias ou Permissionárias de Distribuição de Energia Elétrica vinculados a usinas hidráulicas que participem, tenham participado ou venham a participar do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, listados no Anexo I, doravante denominados CONTRATOS REGULADOS;
Não considerada
Observar Anexo I e termos de repactuação.
ABRAGEL
Discordância quanto ao fato de os impactos da atual situação do GSF terem iniciado em janeiro de 2015.
Não considerada
A retroação da metodologia de repactuação do risco hidrológico está definida na MP 688/2015, portanto, fora da competência da ANEEL.
ABRAGEL Redução do preço de forma percentual Não aceita Ver subseção III.4.
ABRAGEL Contratos do PROINFA
Parcialmente aceita Ver subseção III.6
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
ABRAGEL / AES Tietê / CEEE / COPEL / Duke /
Tractebel
Eficácia condicionada à repactuação de 2/3 do MRE – - inconstitucionalidade da cláusula (ABRAGEL) - insegurança jurídica (AES Tietê) - 2/3 do MRE todo ou 2/3 da parcela sem cotas e Itaipu (CEEE)
Aceita
Critério excluído.
ABRAGEL
Convidar o BNDES para discussão do impacto nos empreendimentos
Já considerada
O mecanismo da Audiência Pública é voltado à participação de todos os interessados nos assuntos nela discutidos, o que permite ao BNDES e qualquer outra instituição financeira, participar das discussões nela colocadas.
ABRAGEL
Prazos diferentes quanto à aplicação do mecanismo de repactuação para o ambiente regulado (prazo do contrato de longo prazo e prazo de outorga).
Não considerada
A contribuição não dispõe de elementos mínimos que permitam identificar o objeto questionado.
APINE / COPEL
Metodologia proposta para o valor esperado do risco hidrológico (R$ 6,90 / MWh) APINE propõe valor esperado de R$1,60 / MWh a R$3,63 / MWh
Não considerada
Ver subseção III.4.
APINE Prazo do acordo de repactuação no ACR – prazo do contrato e não da outorga
Parcialmente aceita Ver subseções III.1 e III.7 e Anexo I, com a minuta da REN.
APINE Vigência do prêmio de risco em caso de extensão da Concessão
Parcialmente aceita Ver subseção III.7.
APINE / AES Tietê / Prêmio de risco no ACL Não aceita Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
ABRAGE / Votorantim Energia / Light / CESP
Prêmio equivalente no ACR e ACL (Light)
III.3.
ABRADEE
Adequação do Decreto n° 8.401/15
Não considerada
Adequações de Decreto dependem do Poder Concedente. No caso específico, nossa análise é de que o estabelecido na MP 688 dispensa a necessidade de revisão do Decreto n° 8.401/2015.
ABRADEE Tratamento do repasse da receita arrecadada pelas distribuidoras à CCRBT
Não considerada Essa possibilidade tem que ser analisada em processo específico.
ABRADEE
Necessidade de avaliar a quantidade de Bandeiras Tarifária e/ou do período de atualização dos seus patamares
Não considerada
Essa possibilidade tem que ser analisada em processo específico.
ABRADEE Reconhecimento dos Riscos de Financeiros do Ambiente de Contratação Regulado.
Não considerada Essa possibilidade tem que ser analisada em processo específico.
ABRADEE Tratamento às perdas econômicas associadas ao aumento e à volatilidade dos Itens da Parcela A.
Não considerada Essa possibilidade tem que ser analisada em processo específico.
ABRADEE Impacto nas distribuidoras na constituição de ativo financeiro a ser dado às geradoras.
Não considerada Essa possibilidade tem que ser analisada em processo específico.
AES Tietê / SAESA Necessidade de publicação de regulamento pela ANEEL com prêmio de risco, preços de referência e
Aceita Resolução colocada na 4ª fase da AP 32/2015. Ver Anexo I com a proposta final.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
taxa de desconto.
SAESA
Cálculo do GSF deve observar o limite máximo do déficit de energia de 5%
Não aceita
Interpretação equivocada dos conceitos de garantia estrutural de suprimento (planejamento de longo prazo) com a lógica de alocação de energia no Mecanismo de Realocação de Energia – MRE.
SAESA / Duke
Impossibilidade de qualquer decisão até a MP 688 ser convertida em Lei.
Não aceita
Medida Provisória tem força de lei e vigência imediata e, portanto, independe de sua conversão em Lei para produzir seus efeitos.
SAESA Para projetos estruturantes a ANEEL não deveria cobrar prêmio de risco.
Não aceita O risco hidrológico decorre da participação no MRE e, portanto, não há como diferenciar projetos estruturantes dos demais.
SAESA A proposta não confere tratamento ao fluxo de caixa de 2015 para projetos estruturantes.
Não aceita O risco hidrológico decorre da participação no MRE e, portanto, não há como diferenciar projetos estruturantes dos demais.
SAESA
A sazonalização da GF no ACR deve seguir o perfil de sazonalização dos CCEARs, para evitar exposições involuntárias no MCP.
Não aceita
A sazonalização deve seguir os critérios estabelecidos no normativo vigente para fins de sazonalização (REN 584/2013). Sua eventual alteração deve ser tratada em processo específico.
SAESA Esclarecimento quanto à possibilidade ou não adesão no ACR ou ACL
Aceita Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e III.3.
SAESA Recolhimento de tributos e encargos, especialmente Não considerada A discussão sobre o recolhimento desses tributos no
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
relacionado ao não recolhimento do PIS/PASEP, COFINS, IRPJ e CSLL.
âmbito da CONER é tema fora de escopo dessa AP e vem sendo tratado pela CCEE.
Casa da Pedra / COOPERLUZ /
Hidrelétrica Rossi Ltda.
Qualquer que seja a solução proposta pela via da repactuação do risco hidrológico” de que trata a Medida Provisória, os agentes de geração devem ser tratados com o devido respeito à isonomia, proporcionando-se lhes iguais oportunidades de (i) participação das discussões e (ii) contratação da repactuação. Nesse sentido, não podemos deixar de manifestar nossa preocupação quanto ao exíguo período de tempo concedido para contribuição na presente audiência pública, o que impede os geradores de se organizarem adequadamente para discutir as propostas em comento.
Já considerada
O meio pelo qual a ANEEL promove as discussões sobre os regulamentos que pretende publicar é a Audiência Pública. No caso específico, a AP 32/2015 está em sua 4ª fase, sendo que em todas os agentes puderam contribuir de forma propositiva na regulamentação da MP 688/2015. As 4 fases de AP proporcionaram mais de 2 meses para os agentes contribuírem no processo de repactuação do risco hidrológico. Ademais, todos os processos da ANEEL são públicos e disponibilizados via internet aos interessados.
cope
Recusa da CCEE no cumprimento da decisão devido ao fato de a Cooperluz ser representada por outro agente, ou seja, ter seus ativos de geração modelados abaixo de uma comercializadora.
Não considerada
A contribuição não está relacionada ao objeto da Audiência Pública, devendo ser tratado em processo específico.
Aliança
Tratamento para usinas que tiveram alteração de titularidade em 2015.
Não aceita
As questões de direitos e obrigações de transferência de titularidade devem estar previstas nos acordos bilaterais de compra e venda, não cabendo regulamentação.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
Aliança
Estabelecimento de um procedimentos pré-adesão, para que se possa verificar o grau de adesão à proposta e os potenciais impactos no caixa das empresas que aderirem.
Não aceita
A adesão de cada agente é independente.
ABRAGE / CEEE / CDSA / Tractebel / CESP
Inconsistência do conceito de deslocamento hidráulico
Não aceita Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e III.3.
ABRAGE / CEEE / CESP Regra de rateio da energia de cada contrato, no ACL e ACR, para cada usina hidrelétrica.
Não Aceita Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e III.3.
ABRAGE / Excelência Energética / CEEE /
Tractebel / ABRADEE
Sazonalização da garantia física
Não considerada
A questão da necessidade de se rever as regras de sazonalização do MRE, em face de repactuação do risco hidrológico, será analisada em AP específica.
ABRAGE / CEEE / CDSA / CESP
A proposta não resolve o problema de caixa das geradoras hidráulicas
Não considerada
A MP 688/2015 estabeleceu as formas de repactuação do risco hidrológico, cabendo a ANEEL regulamentar essas formas. Não existe previsão na MP 688 de mecanismos que tragam solução para alegado “problema de caixa” das geradoras.
CEEE Necessidade de postergação das operações do MCP
Não considerada Essa contribuição está fora do escopo da AP 32/2015.
CEEE
Prazo para postergação da outorga e Lei n° 12.783/2013
Não aceita
A postergação da outorga no ambiente regulado se dará após a opção pela repactuação do risco hidrológico, não comprometendo a necessária manifestação quanto à prorrogação, de que trata a Lei n° 12.783/2013.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
COPEL
Esclarecimentos dos os direitos e obrigações sobre a energia de reserva.
Não considerada
Ver Anexo I da Nota Técnica.
Neoenergy
Usina eólicas, solares e térmicas vendidas em leilões de reserva não sofrem condição de restrição de despacho em condições de redução sazonal de carga. Toda a sazonalidade da carga, seja durante o dia, semana ou mês é suportado majoritariamente pela geração hidrelétrica. Os reservatórios da usinas hidrelétricas são o real e único acumulador da reserva contratada através das fontes fixas. Portanto, essas mesmas fontes deslocam a geração hidrelétrica, e devem participar do rateio do risco hidrológico da seguinte forma: Quando qualquer uma das usina de reservatório do país incorrer em vertimento as usinas de reserva não hidráulicas pagam uma taxa de auxílio à recomposição da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias, através do pagamento também do mesmo prêmio de risco dos geradores hidrelétricos. Quando o vertimento se cessa, o pagamento da taxa de risco será cancelado. A proposta é que em caso de vertimento a primeira energia a ser não turbinada é a energia
Não considerada
A contribuição foge ao escopo da AP, ao tratar de soluções que não estão previstas na MP 688/2015. A ANEEL, ao regulamentar a matéria, está restrita aos comandos gerais da Legislação superior.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
de reserva, a qual impacta o risco hidrológico dos agentes hidrelétricos e devem ser divididos com os geradores de reserva não hídricos.
Excelência Energética / CEEE / Tractebel / CESP
Detalhamento das consequências de eventual revisão ordinária da garantia física (parágrafo 6° do art. 1° da MP 688/2015).
Aceita
Ver Anexo I, introdução da seção III e subseções III.1, III.2, III.3 e III.7.
Excelência Energética
Detalhar a possibilidade de repactuação do ACL, de modo que sejam abarcados todos os geradores hidráulicos participantes do MRE.
Não aceita
Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e III.3.
Neoenergy
Todos os recursos financeiros dos geradores hidrelétricos que estão no MRE devem ser direcionados para compor a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias, ou seja, a energia secundária e o próprio valor do MRE pago
Parcialmente considerada
Ver Anexo I.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
pelos geradores dentro do mecanismo devem ser direcionados para a composição de recursos para a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias. Se somarmos os valores totais mensais do MRE à conta pode chegar a atender o prêmio de risco, sem imputar despesas extraordinárias aos mesmo geradores. Lembramos que os geradores não estruturam em sua taxa interna de retorno valore associados a ganhos e perdas de pagamentos ou recebimentos de MRE e Energia Secundária, portanto esses valores podem e devem ser alocados para redução do prêmio de risco. Adicionalmente sugerimos que essa mesma regra seja aplicada aos geradores do ACL e ACR, sem diferenciação. Caso a composição de todos os recursos de MRE e Energia Secundária (esses recursos gerarão fonte mensal fixa para a conta) ainda não for suficiente para suportar os gastos com o risco hidrológico, a ANEEL define para o próximo ciclo de liquidação o valor do prêmio a ser pago para cada MWh gerado. Dessa forma, o prêmio de risco será efetivamente pago apenas quando houver necessidade efetiva.
Votorantim Energia O modelo de contrato apresentado para o ACL não Não considerada A minuta de resolução colocada em AP na 4ª fase
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
faz menção à energia que atende ao consumo próprio.
estabelece os critérios de elegibilidade para participação no ACL, incluindo os autoprodutores.
Votorantim Energia
Limitação do risco de GSF ao volume de energia de reserva a ser alocado aos participantes do MRE não contratados no ACR, conforme detalhado no item 2.5 deste documento.
Não aceita
Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e III.3.
Enel
No caso de falta de recursos suficientes na CCRBT em determinado mês, o déficit financeiro deve ser repartido proporcionalmente entre as distribuidoras e os geradores. Adicionalmente, o saldo deficitário do mês corrente deve ser somado ao custo do próximo mês, como já ocorre na forma atual de operação da CCRBT, de forma que no acumulado o déficit financeiro tenda a zero.
Não considerada
Fora do escopo. As questões relativas à CCRBT deverão ser analisadas em processo específico.
Enel
Criação de mais patamares de bandeiras tarifárias, e mecanismos de acionamento, tornando o sistema de bandeiras mais dinâmico de forma que, no caso de ocorrência de déficits contínuos na CCRBT, o valor da bandeira aumente automaticamente, ou, por outro lado, no caso de superávits constantes de recursos, o valor das bandeiras possa ser reduzido de forma a equilibrar custos e as receitas.
Não considerada
Fora do escopo. As questões relativas à CCRBT deverão ser analisadas em processo específico.
Enel Em virtude da elevação da inadimplência no setor de distribuição, verificada desde o início do ano, a Não considerada Fora do escopo. As questões relativas à CCRBT
deverão ser analisadas em processo específico.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
ANEEL deve considerar nos cálculos a serem realizados para estimar o valor das bandeiras em 2016, pelo menos, a inadimplência regulatória das distribuidoras como um redutor das receitas de bandeiras.
Enel
Em função do expressivo aumento da Parcela A na composição da receita requerida das distribuidoras e da grande volatilidade observada nesta componente desde 2013, deve-se criar uma remuneração adicional que compense as distribuidoras da elevação dos montantes e custos de captação financeira na gestão da Parcela A.
Não considerada
Fora do escopo. Essas questões devem ser tratadas em processo específico, após o protocolo de pedido administrativo.
Enel
Mitigar a perda econômica não gerenciada pelas distribuidoras em função do aumento da Parcela A, incluindo a desconsideração do risco hidrológico repactuado na glosa de perdas e o recálculo da inadimplência regulatória considerando as receitas requeridas dos processos tarifários anuais.
Não considerada
Fora do escopo. Essas questões devem ser tratadas em processo específico, após o protocolo de pedido administrativo.
Enel
Adequação da fórmula do impacto do deslocamento da geração hidrelétrica de forma a considerar a variação da geração do MRE em relação à garantia física e não a energia vendida.
Aceita
Ver Anexo I.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
ESBR
Ressarcimento pelos custos dever ser realizado desde 2014.
Não aceita.
O limite temporal da repactuação do risco hidrológico é janeiro de 2015, conforme MP 688/2015, não dispondo a ANEEL de competência para definir outro período.
ESBR Esclarecimento do conceito de “Deslocamento Hidráulico”
Parcialmente aceita Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e III.3.
ESBR Postergação do pagamento do prêmio de risco para usinas em motorização.
Não aceita Não cabe tratamento diferenciado, devendo-se observar o montante contratado.
Brasil PCH Aplicação de fator redutor para o prêmio relacionado ao PROINFA
Não aceita Ver subseção III.7.
Brasil PCH
Operacionalização para o PROINFA, por meio de redução do preço repactuada por meio de termo aditivo.
Não aceita
A MP 688 definiu expressamente como se dará o pagamento do prêmio pela repactuação (pagamento à CCRBT).
Enel Green Power
Esclarecimento sobre o prazo para repactuar para usinas que ainda não entraram em operação comercial.
Parcialmente aceita
Ver subseção III.7 e Anexo I.
Duke Energy
Definição de risco hidrológico
Já considerada
A definição do risco hidrológico encontra-se claramente descrita na minuta de repactuação de risco hidrológico.
Duke Energy Vinculação ao ressarcimento de 2015 no ACL com a contratação bilateral
Não aceita Ver subseções III.2 e III.7.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
Light Disponibilização de documentação suplementar
Não considerada Informações suplementares foram disponibilizadas nas fases 3 e 4 da AP 32.
Tractebel Disponibilização das minutas do contrato de cessão do risco hidrológico em Consulta Pública específica.
Não aceita A atual Audiência Pública é a oportunidade de contribuições para aprimoramento do contrato de cessão do risco hidrológico.
Tractebel
A prorrogação dos contratos de concessão não podem afetar direitos de prorrogação pré-existentes.
Não considerada
Questões relativas a direitos de prorrogação pré-existentes devem ser discutidos em processos específicos relacionados à outorga (contrato de concessão correspondente).
CESP Tratamento regulatório de Ilha Solteira e Jupiá
Não aceita Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e III.3.
EDP Período de transição para o prêmio de risco.
Não aceita Ver subseção III.4.
CPFL
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACR
CLÁUSULA QUARTA .................. Subcláusula Segunda - A cessão não considerará as receitas e despesas contabilizadas no MERCADO DE CURTO PRAZO decorrentes de qualquer outro fato não relacionado ao fator de ajuste do MRE ou a alocação da energia secundária, incluindo-se, de forma não exaustiva, a aplicação do Mecanismo de Redução da Energia Assegurada – MRA e o rateio de inadimplências.
Não aceita
Ver introdução da seção III e subseções III.1 e III.3.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
Atiaia Energia / ABRAGEL
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACR
CLÁUSULA QUARTA – DA TRANSFERÊNCIA DO RISCO HIDROLÓGICO .... Subcláusula Terceira - Na hipótese de a usina hidráulica vinculada ao CCEAR deixar de participar do MRE, por opção ou por exclusão, nos termos da Resolução Normativa n° 409, de 10 de agosto de 2010, terá o seguinte tratamento:
a) Para as despesas no MERCADO DE CURTO PRAZO, será considerado o fator de ajuste do MRE sobre a garantia física para simular o efeito de que trata a Subcláusula Primeira.
b) Para as receitas no MERCADO DE CURTO PRAZO, será considerada a geração que exceder a garantia física da usina.
Subcláusula Quarta - Alternativamente ao disposto na Subcláusula Terceira, o agente poderá optar por assumir integralmente o risco hidrológico em relação ao período de não participação no Mecanismo, hipótese em que deverá comunicar à ANEEL, por escrito, a sua opção, sem prejuízo do ressarcimento de que tratam os incisos I e II do §3º do art. 1º da Medida Provisória 688/2015. Subcláusula Quinta – O ressarcimento de que tratam os incisos I e II do §3º do art. 1º da Medida Provisória 688/2015, em relação ao agente que ou deixar o MRE após 01.01.2015, será apurado pelo resultado do deslocamento de geração hidrelétrica subtraído da liquidação da energia secundária e do prêmio de risco pactuado, referente ao período de participação do agente no MRE.
Não aceita
Ver subseção III.7.
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ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
Excelência Energética
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACR
CLÁUSULA QUARTA – DA TRANSFERÊNCIA DO RISCO HIDROLÓGICO
Subcláusula Primeira ‐ A partir de 1°/1/2015, os efeitos decorrentes do deslocamento hidrológico verificado pela aplicação do fator de ajuste do MRE ou da alocação da energia secundária, na proporção do montante anuído para repactuação pela Aneel e do fator de transferência do risco hidrológico de ____% (fator f), serão cedidos à CCRBT.
Não aceita
A identificação fica mais clara ao se definir exatamente o que se pretende transferir, que é o resultado do Mercado de Curto Prazo decorrente da aplicação do fator GSF. O termo “efeitos decorrentes do deslocamento hidrológico” é impreciso e pode suscitar questionamentos futuros. Ver Anexo I.
Excelência Energética
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACL
CLÁUSULA QUARTA – DA ASSUNÇÃO DOS DIREITOS SOBRE A ENERGIA DE RESERVA
Subcláusula Primeira ‐ Na liquidação financeira relativa à contratação de ENERGIA DE RESERVA, a CCEE depositará em favor do Gerador os
Não aceita
Ver detalhes no Anexo I.
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ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
montantes apurados na CONER, proporcionais à geração de ______ MW médios de ENERGIA DE RESERVA.
Excelência Energética
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACL
Supressão da cláusula 6° do Contrato de Cessão do Risco Hidrológico.
Não aceita
Ver detalhes no Anexo I.
CPFL
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACR
Subcláusula Terceira - Na hipótese de a usina hidráulica vinculada ao CCEAR deixar de participar do MRE, por opção ou por exclusão, nos termos da Resolução Normativa n° 409, de 10 de agosto de 2010, terá o seguinte tratamento: I. A usina não sofrerá com os impactos do MERCADO DE CURTO PRAZO referente ao risco hidrológico, independentemente do fator de ajuste do MRE. II. Para as despesas no MERCADO DE CURTO PRAZO, será considerada a diferença entre a Garantia Física da usina e a geração, ambas no centro de gravidade, não ficando a cargo da CCRBT as despesas decorrentes de indisponibilidade.
Não aceita
Ver detalhes no Anexo I.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
III. Para as receitas no MERCADO DE CURTO PRAZO, será considerada a geração que exceder a garantia física da usina no centro de gravidade.
CPFL
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACR
Subcláusula Primeira – Como contrapartida pela repactuação do risco hidrológico, o GERADOR deverá recolher mensalmente à CCRBT a importância resultante da aplicação da tarifa de R$ ____/ MWh sobre o montante anuído de repactuação, observados os montantes mensais de cada CONTRATO REGULADO a garantia física da usina comercializada no ACR.
Não aceita
Ver detalhes no Anexo I.
CPFL
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACR
Subcláusula Terceira – O recolhimento deverá se iniciar em ___/___/___, como forma de compensar o risco hidrológico apurado no ano civil de 2015, tendo sido utilizada uma taxa de desconto de ____%.
Aceita
A taxa é parte da Resolução Normativa proposta.
CPFL CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO
HIDROLÓGICO - ACR
Não aceita Alterado o texto para viger nos seguintes termos: Subcláusula Segunda – Enquanto durar a
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
Subcláusula Segunda – Enquanto durar a inadimplência, as receitas liquidadas no Mercado de Curto Prazo do GERADOR serão retidas para suportar o valor inadimplido, acrescido de multa e juros, apurados conforme Subcláusula Primeira.
inadimplência, as receitas a serem liquidadas no Mercado de Curto Prazo do GERADOR serão retidas para suportar o valor inadimplido, acrescido de multa e juros, apurados conforme Subcláusula Primeira.
CCEE
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO - ACL
Exclusão da CCEE da assinatura dos contratos de cessão do risco hidrológico
Aceita
Questões relativas a direitos de prorrogação pré-existentes devem ser discutidos em processos específicos relacionados à outorga (contrato de concessão correspondente).
AES Tietê
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO – ACR e ACL
Inclusão de cláusula no contrato de cessão do risco hidrológico com a assinatura de termo aditivo ao Contrato de Concessão com novo termo final de concessão e preço para o período de prorrogação.
Não aceita
A necessidade de termo aditivo ao Contrato de Concessão será avaliada para cada cessão do risco realizada, sendo ponto inicial para abertura de processo específico para aditamento do prazo de outorga.
AES Tietê
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO – ACR e ACL
Inclusão de cláusula no contrato de cessão do risco
Não aceita
A proposta final apresenta termo de adesão unilateral a ser assinado pelo gerador.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
hidrológico com a anuência da ANEEL à repactuação objeto do contrato de repactuação.
AES Tietê
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO – ACR e ACL
Inclusão de cláusula no contrato de cessão do risco hidrológico condicionando sua eficácia com a conversão da MP 688/2015 em Lei.
Não aceita
Medida Provisória tem força de lei e vigência imediata e, portanto, independe de sua conversão em Lei para produzir seus efeitos.
COPEL
CONTRATO DE CESSÃO DO RISCO HIDROLÓGICO – ACR
Subcláusula 4° da Cláusula 4° - não identificado o item 2.1 mencionado na Subcláusula 4ª da Cláusula 4ª. .
Aceita
O texto será adequado para a seguinte redação: Subcláusula Quarta - Para as despesas no MERCADO DE CURTO PRAZO, será considerado o fator de ajuste do MRE sobre a garantia física para simular o efeito de que trata a Subcláusula Primeira.
COPEL Subcláusula 3° da Cláusula 8°
Não aceita Os procedimentos de comercialização são sujeitos a mudanças que, para o caso específico, não devem alterar o conteúdo da repactuação.
COPEL Substituição da Eletrobras pela CCEE e MME como signatários da cessão do risco hidrológico no ACL
Não aceita A proposta final apresenta termo de adesão unilateral a ser assinado pelo gerador.
COPEL Substituição da Eletrobras pela CCEE e MME como signatários da cessão do risco hidrológico no ACR
Não aceita A proposta final apresenta termo de adesão unilateral a ser assinado pelo gerador.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 2ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
CPFL
Indicar no contrato de cessão do risco hidrológico que o gerador hidráulico participante do MRE comercializou energia utilizada por concessionárias ou permissionárias de distribuição.
Não aceita
Ver detalhes no Anexo I.
ABRACE
Aprimoramentos regulatórios que promovam transferência de custos e/ou riscos sejam feitos de forma que não se transfiram ônus a agentes que a eles não deram causa ou sem a devida contrapartida
Não considerada
A própria MP 688 já promove transferência de custos e riscos entre agentes que não deram causa. Como exemplo, a repactuação definida na MP para o ACL, ao transformar em extensão de outorga o resultado da energia de reserva de 2015 e o custo da contratação da reserva incremental, acaba por transferir custo e risco do ACL para o ACR.
ABRACE
A regulamentação da Medida Provisória nº 688/2015 proposta pela ANEEL deve ser orientada pela busca do equilíbrio entre o risco que será alocado aos consumidores e o prêmio de risco pago pelos geradores como contrapartida
Já considerada
A ANEEL tem buscado preservar esse equilíbrio.
ABRACE
Esclarecimento sobre a repactuação dos geradores que comercializam energia com o Ambiente Livre, particularmente no que diz respeito ao “Modelo de Contrato de Cessão do Risco Hidrológico – ACL” e ao tratamento dos direitos de uso da Energia de Reserva pelos geradores em 2015
Aceita
Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e III.3.
Cia Geração de Energia Pilão
CONSIDERANDO QUE: a) O GERADOR é titular de usina hidráulica participante do Mecanismo de Realocação de
Não considerada Ver detalhes no Anexo I.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
Energia – MRE com garantia física que não está associada a Contrato de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado – CCEAR.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
ABIAPE 1. Propor a alteração da REN 337/2008. Sugere que (i) a única relação do gerador com a CONER seja referente ao depósito de prêmio, e (ii) que a energia de reserva alocada ao gerador seja transferida ao seu perfil na CCEE.
Não aceita A SRM não concorda com o entendimento manifestado pela ABIAPE, que interpreta que a obrigação de que trata o § 4º do artigo 1º da MP nº 688/2015 seja restrito ao pagamento do prêmio de risco à CONER.
A MP 688/2015 não faz qualquer restrição, pelo contrário, estabelece à assunção de direitos e obrigações vinculadas à energia de reserva, de que trata o art. 3º-A da Lei 10.848/2004, observado ainda o pagamento de prêmio de risco.
Nesse sentido, por força de Lei, é plenamente razoável o enquadramento dos agentes de geração como usuários contratantes da energia de reserva existente, nos termos da REN 337/2008.
Assim, como usuário da energia de reserva, não cabe tratamento diferenciado para restituição dos montantes financeiros excedentes na CONER.
ABIAPE 2. Propor o direito de celebração de contrato de energia no Ambiente de Contratação Regulada, de que trata o inciso II do § 5º.
Aceita Opção conferida na proposta final.
ABIAPE 3. Propor a abertura de Audiência Pública para tratar de constrained-off para usinas hidrelétricas. A matéria não é escopo desta Audiência Pública e está sendo tratado no âmbito de processo específico.
Não considerada A matéria não é escopo desta Audiência Pública e está sendo tratado no âmbito de processo específico.
ABRACEEL 4. Propor a correção monetária pela taxa Selic pro rata die dos valores financeiros diferidos por razão de suspensão da liquidação financeira do MCP.
Não considerada Matéria fora do escopo desta Audiência Pública.
ABRADEE 5. Propor a adequação do Decreto 8.401/2015 e do submódulo 6.8 do PRORET.
Não considerada Não é de competência desta Agência a alteração de Decreto e o PRORET será tratado em Audiência Púbica específica.
ABRADEE 6. Propor o tratamento para o repasse da receita arrecadada pelas distribuidoras à Conta Centralizadora dos Recursos da Bandeira Tarifária.
Não considerada Matéria fora do escopo desta Audiência Pública.
ABRADEE 7. Propor o aprimoramento dos mecanismos e critérios de acionamento, dimensionamento e periodicidade de atualização das Bandeiras Tarifárias, bem como da sua quantidade.
Não considerada Matéria fora do escopo desta Audiência Pública.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
ABRADEE 8. Reconhecer os riscos financeiros do Ambiente de Contratação Regulada. Não considerada Matéria fora do escopo desta Audiência Pública.
ABRADEE 9. Tratar às perdas econômicas ao aumento e à volatilidade dos itens da Parcela A.
Não considerada Matéria fora do escopo desta Audiência Pública.
ABRADEE 10. Substituir o Termo Aditivo, que envolveria as distribuidoras como signatárias, por documento jurídico compatível coma as condições expressas na MP 688/2015.
Não aceita A recontratação em mesmas condições, aplicável como opção ao ACR na extensão de prazo, pressupõe contrapartes idênticas.
ABRADEE 11. Definir a regra de sazonalização dos contratos. Não aceita O Voto do Diretor Relator referente a 2°fase da AP 32/2015 se refere à sazonalização da garantia física dos geradores e não dos contratos.
ABRADEE 12. Avaliar previamente e conjuntamente com instituições de auditoria contábil a constituição do Ativo Financeiro constituído aos geradores hídricos signatários do Acordo.
Não aceita A solução proposta pela ANEEL observa a melhor técnica.
ABRAGE 13. Disponibilizar documentos relativos aos aditivos contratuais referentes à extensão de prazo de vigência e do período de fornecimento em decorrência de repactuação do de CCEAR de energia existente, fontes alternativas, PROINFA e contratos bilaterais anteriores à Lei 10.848/2004.
Não aceita Conforme apresentado pela Nota Técnica 193/2015-SRM/SRG/ANEEL e minuta de Resolução de que consta da 4° Fase desta Audiência Pública, entende-se que, independente do tipo de contrato, se energia existente ou nova, a exigência para elegibilidade da repactuação do risco hidrológico é a existência de vínculo entre a
ABRAGE 14. Disponibilizar o contrato para venda no ACR de agentes que repactuarem o risco hidrológico vinculado à energia não contratada no ACR.
Aceita Ver Anexo I.
AES TIETÊ 15. Disponibilizar o contrato para venda no ACR para os agentes que decidirem vender energia no ACR em prazo coincidente com o da extensão da concessão e o valor que será praticado.
Não aceita Não cabe, dado que a recontratação se dá com as condições originais de cada contrato, não permitindo regral geral.
AES TIETÊ 16. Enquadrar como elegíveis à repactuação do risco hidrológico as usinas comprometidas com CCEAR que findam o prazo de suprimento em 2015.
Não aceita. Matéria do fora do escopo da 3°Fase da AP 32/2015.
A SRM não concorda com o enquadramento conforme entendimento manifestado na Nota Técnica 193/2015-SRM-SRG/ANEEL e seção III.1 desta Nota Técnica. Não há como retroagir efeitos se o contrato não existir em 2016
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
CCEE 17. Alterar a minuta da Resolução Normativa que altera a REN 337/2008 e 109/2004, conforme apresentado abaixo:
O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto nos arts. 3º e 3º-A da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, no Decreto nº 6.353, de 16 de janeiro de 2008, na Medida Provisória 688, de 18 de agosto de 2015, no Decreto nº 6.353, de 16 de janeiro de 2008,e o que consta do Processo nº 48500.000553/2008-13, resolve:
Não aceita Não há diferença.
CCEE 18. Alterar o art. 1º da minuta de Resolução Normativa que altera a REN 337/2008 e 109/2004, conforme apresentado abaixo:
Art. 1° Aprovar a alteração na Resolução Normativa nº 337, de 11 de novembro de 2008, e na Convenção de Comercialização de Energia Elétrica, aprovada pela Resolução Normativa nº 109, de 26 de outubro de 2004, de forma a incluir e equiparar incluindo os agentes de geração hidráulica participantes do MRE, enquadrados no §4° do art. 1° da Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015, que optaram pela repactuação do risco hidrológico, como novos Usuários de Energia de Reserva e alterando a forma de rateio do Encargo de Energia Reserva – EER.
Aceita Ver proposta final no Anexo I.
CCEE 19. Alteração do art. 2° da minuta de Resolução Normativa que altera a REN 337/2008 e 109/2004, conforme apresentado abaixo:
Art. 2º ........................................................ .................................................................... X – Usuário de Energia de Reserva: agente de distribuição, consumidor livre, consumidor especial, autoprodutor na parcela da energia adquirida, produtor de geração com perfil de consumo ou agente de exportação e, por equiparação, o gerador hidráulico participante do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, enquadrados no §4° do art. 1° da Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015, em virtude da repactuação do risco hidrológico.
Aceita Ver proposta final no Anexo I.
CCEE 20. Alterar o art. 2° da minuta de Resolução Normativa que altera o art. 7º da REN 337/2008, para equiparação do prêmio de risco ao encargo de energia de Reserva (EER).
Parcialmente aceita A proposta deverá ser incluída como parágrafo do art. 3, conforme apresentado abaixo.
Art. 3º ..........................................................
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
Art. 7º ................................................
..........................................................
onde:
EERgm é o valor do encargo, expresso em Reais, a ser pago pelo Usuário de Energia de Reserva associado aos geradores hidráulicos participantes do MRE “g”, nos termos do inciso X do art. 2º, na Liquidação Financeira Relativa à Contratação de Energia de Reserva do mês “m”. O prêmio de risco se dará por meio do pagamento do valor do EERrm pago pelo Usuários de Energia de Reserva, nos termos do inciso I do §4º da Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015, sendo equivalente ao valor do EERrm pago pelo Usuários de Energia de Reserva; ??????
Parágrafo único. O prêmio de risco do gerador hidráulico participante do MRE que repactuar o risco hidrológico se dará por meio do pagamento do valor do encargo de energia reserva, conforme estabelecido no art. 7º, nos termos do inciso I do §4º da Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015.
CCEE 21. Alterar o art. 2º da minuta de Resolução Normativa que altera o art. 7° da REN 337/2008, conforme apresentado abaixo:
Art. 7º .......................................................... ..................................................................... Onde: ..................................................................... Pgm representa o percentual obtido da razão entre o montante de energia de reserva contratada pelo Usuário de Energia de Reserva associado aos geradores hidráulicos parcitipante participantes do MRE “g”, nos termos do inciso X do art. 2º, e o montante total de garantia física da energia comprometida com Contrato de Energia de Reserva de reserva associado aos pagamentos devidos aos Agentes Vendedores, na Liquidação Financeira Relativa à Contratação de Energia de Reserva do mês “m”;
Não aceita. Não há diferença na eficácia. Ver Anexo I.
CCEE 22. Alterar o art. 3° da minuta de Resolução Normativa que altera a Cláusula 1ª do CONUER, Anexo da REN 337/2008, conforme apresentado abaixo:
“CLÁUSULA 1ª – DAS DEFINIÇÕES ....................................................................
Aceita
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
USUÁRIOS DE ENERGIA DE RESERVA ou USUÁRIOS: agente de distribuição, consumidor livre, consumidor especial, autoprodutor na parcela da energia adquirida, produtor de geração com perfil de consumo ou agente de exportação e, por equiparação, o gerador hidráulico participante do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, enquadrados no §4° do art. 1° da Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015 que optaram pela repactuação do risco hidrológico. ....................................................................”
CCEE 23. Alterar o art. 4º da minuta de Resolução Normativa que altera o art. 54 da REN 109/2004, conforme apresentado abaixo:
“Art. 54............................................................... .................................................................... Art. 54-I-X. A adesão ao CONUER é compulsória para a CCEE e para todos os agentes de geração hidráulica participantes do MRE, enquadrados no §4° do art. 1° da Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015, que optaram pela repactuação do risco hidroógico.” Art. 54-I. A adesão ao CONUER é compulsória para a CCEE e para todos os agentes de distribuição, consumidores livres, consumidores especiais, autoprodutores que comercializam energia no SIN e agentes de exportação e os agentes de geração hidráulica participantes do MRE, enquadrados no §4° do art. 1° da Medida Provisória n° 688, de 18 de agosto de 2015, que optaram pela repactuação do risco hidrológico.
Aceita
CCEE 24. Incluir artigo na minuta de Resolução Normativa, conforme apresentado abaixo:
Art. 5º Até que se proceda à alteração algébrica das Regras de Comercialização e dos Procedimentos de Comercialização aplicáveis, a CCEE fica autorizada a efetuar a operacionalização da restituição dos montantes financeiros excedentes por meio de Mecanismo Auxiliar de Cálculo - MAC.
Aceita Adicionalmente deverá ser incluído o seguinte artigo:
Art. 6° A CCEE deverá encaminhar mensalmente a ANEEL o resultado da restituição dos montantes financeiros excedentes da CONER.
COMPANHIA GERAÇÃO DE
25. Excluir, na minuta de Termo Aditivo ao Contrato de Concessão, a menção ao destino da energia, uma vez que a Medida Provisória n. 688/2015 permite a
Aceita
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
ENERGIA PILÃO e EXCELÊNCIA ENERGÉTICA
extensão de concessão também nos casos de produção indepentende ou autoprodução.
COMPANHIA GERAÇÃO DE ENERGIA PILÃO e EXCELÊNCIA ENERGÉTICA
26. Incluir inciso no art. 9º da REN 337/2008, conforme apresentado abaixo:
V – o pagamento dos valores devidos aos geradores hidráulicos participantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, enquadrados no §4º do Art. 1º da Medida Provisória n. 688, de 18 de agosto de 2015.
Não aceita Os geradores hidráulicos que repactuarem o risco hidrológico serão enquadrados como Usuários de Energia de Reserva, de modo que a previsão da restituição dos montantes financeiros excedentes da CONER está previsto no inciso IV do art. 17° da REN 337/2008, e conforme metodologia estabelecida nas Regras de Comercialização.
COMPANHIA GERAÇÃO DE ENERGIA PILÃO e EXCELÊNCIA ENERGÉTICA
27. Incluir inciso no §1º do art. 14 da REN 337/2008, conforme apresentado abaixo.
Art. 14 ....................................
§1º A receita auferida com a liquidação da energia de reserva produzida no mercado de curto prazo deverá ser destinada à CONER.
§1º A receita auferida com a liquidação da energia de reserva produzida no mercado de curto prazo deverá ser destinada:
I – Aos geradores hidráulicos participantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, enquadrados no §4º do Art. 1º da Medida Provisória n. 688, de 18 de agosto de 2015 que tenham optado pela assunção dos direitos de energia de reserva, na proporção de sua assunção;
II – À CONER, na proporção que não se enquadre no inciso I.
........................................
Não aceita Os geradores hidráulicos farão jus à restituição dos valores excedentes da CONER, nos termos do inciso IV do art. 17 da REN 337/2008 e Regras de Comercialização.
COPEL 28. Incluir inciso no art. 5° da Portaria MME 123/2015, com redação dada pela Portaria MME 384/2015, conforme apresentado abaixo:
A Copel, Cemig e Cesp tiveram concessões de UHEs que venceram ao longo do ano de 2015, conforme lista disponibilizada no Quadro 1, do voto do relator da AP 54/2015 (48500.002243/2015-62)
.................................
Não considerada A matéria é fora do escopo desta Audiência Pública.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
Para tais casos, a Copel propõe que o resultado do Custo do Deslocamento subtraído do Prêmio de Risco e eventual receita decorrente da energia secundária, calculado até o termo final dessas concessões, seja ressarcido ao atual concessionário (constitua igualmente Ativo Regulatório).
Nestas hipóteses, sugere-se que o pagamento do ressarcimento ao atual concessionário ocorra em parcela única pelo vencedor do Leilão de que trata o art. 8º da Lei n. 12.783/2013 (Leilão 12/2015).
Para tal, o preço teto do Leilão, por Lote, correspondente ao valor inicial do GAG da(s) UHE(s)S a ser(em) leiloada(s) adicionado da parcela de Retorno da Bonificação pela Outorga, deverá incluir parcela de Retorno do Ativo Regulatório (resultado do Custo do Deslocamento subtraído do Prêmio de Risco e eventual receita decorrente da energia secundária, calculado até o termo final dessas concessões)
........................................
A redação proposta deverá incluir o Inciso III, contemplando a parcela de Retorno do Ativo Regulatório, referente ao ressarcimento do custo do deslocamento, nos termos da MP 688/2015.
COPEL 29. Propor cálculo do custo do deslocamento hidráulico. Parcialmente aceita Ver introdução da seção III e subseções III.1, III.2 e III.3.
COPEL 30. Propor a elegibilidade da repactuação do risco hidrológico para usinas hidrelétricas que possuem contratos de energia (CCEAR ou bilateral) que encerram em dezembro de 2015.
Não aceita Só é possível retroagir a regra em 2015 para contratos que existam em 2016.
COPEL 31. Propor eliminar o risco da inadimplência do MCP e expurgar do cálculo do pagamento do prêmio de risco as usinas do LER que ainda não entraram em operação comercial, em razão de problemas no sistema de transmissão.
Não aceita Os geradores hidráulicos que repactuarem o risco hidrológico serão enquadrados como Usuários de Energia de Reserva assumindo todas as obrigações e direitos atinentes a esta contratação.
COPEL 32. Propor que os agentes que repactuarem o risco hidrológico não suportem na CCEE nenhum custo decorrente de liminares de terceiros.
Não aceita Não existe mecanismo que permita à ANEEL tratar as decisões judiciais, dado que o conteúdo dessas decisões pode extrapolar o poder normativo da ANEEL.
A pretensão aqui colocada é transferir o custo das decisões
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
judiciais para os credores do mercado de curto prazo que também são agentes da CCEE e que podem conseguir decisões liminares contrárias, contra as quais a ANEEL não poderá ser insurgir.
Assim, entendemos não haver mecanismos que permitam à ANEEL blindar os agentes dos efeitos das ações judiciais dos agentes que optarem por não aderir à repactuação.
COPEL 33. Contemplar na apuração do período de extensão da concessão, a consideração dos tributos e encargos incidentes sobre a receita do gerador auferida no período, tanto para as contratações no âmbito regulado, quanto no não regulado.
Parcialmente aceita Ver subseção III.7.
COPEL 34. Excluir a cláusula de eficácia dos Contratos de Cessão de Risco Hidrológico (ACR e ACL)
Parcialmente aceita Ver detalhes no Anexo I.
COPEL 35. Menção expressa nos contratos do mecanismo de alteração dos preços ou extensão do prazo da outorga, em razão da redução da garantia física das usinas que repactuarem o risco hidrológico.
Parcialmente aceita Está sinalizado para o produto SPR100, mas é preciso analisar a elaboração de regra complementar.
COPEL 36. Propor que seja calculado um prazo de extensão da outorga que acomode as situações de empreendimentos contratos no ACR e ACL.
Não considerada Matéria fora do escopo da 3° Fase da AP 32/2015.
COPEL 37. Diferir a tributação envolvida na repactuação do risco hidrológico para o momento de fato que se realizarem as receitas.
Não considerada Matéria fora do escopo da 3° Fase da AP 32/2015.
COPEL 38. Propor as minutas de Termo Aditivo ao Contrato de Concessão que constam dos Anexos I e II da respectiva contribuição.
Não aceita Cada outorga será analisada em caso específico.
COPEL 39. Propor minuta Portaria contemplando a extensão do prazo de outorga conferida pelo MME para PCH, em substituição a minuta de Resolução Autorizativa.
Não aceita Cada outorga será analisada em caso específico.
COPEL 40. Propor que seja elaborada minuta de CCEAR a ser celebrado em função da repactuação do risco hidrológico para as hipóteses de contrato bilateral e quando o CCEAR se encerrar antes do prazo da outorga. Sugere-se ainda que conste expressa referência à celebração do Termo Aditivo ao Contrato de
Não aceita Cada outorga será analisada em caso específico. Em caso de recontratação no ACR, esta será feita com as condições preexistentes.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
Concessão.
CPFL 41. Propor que fique claramente definido que reduções de garantia física ocorridas no período de vigência da repactuação, além de serem compensadas por extensão adicional da outorga ou pela alteração no preço dos contratos durantes a extensão, possam também, ser compensadas por postergação adicional no pagamento do prêmio no caso do ACR
Não aceita Não há previsão legal estabelecida na MP 688/2015 para postergação adicional no pagamento do prêmio no caso de redução de garantia física.
CPFL 42. Manifestar o entendimento que o CCEAR a ser utilizado na extensão da concessão deve ser um contrato completo, contemplando inclusive os aspectos abaixo:
1. Contrato na modalidade por disponibilidade para UHE, ou seja, contrato que garanta ao gerador que o risco hidrológico será assumido pelo comprador;
2. Tratamento dos efeitos das eventuais reduções de Garantia Física durante a repactuação do risco hidrológico.
Parcialmente aceita Conforme estabelecido no inciso I do § 3º da MP 688/2015, os o agente de geração possui o direito de celebração de CCEAR com a extensão do prazo da outorga, mantidas as condições contratuais vigentes, ressalvadas a repactuação do risco hidrológico.
Portanto, deverão ser respeitadas as condições contratuais vigentes, não podendo ser alterada entre outros a modalidade do contrato. A única alteração necessária é o montante, de maneira compatível ao montante outorgado.
EDP 43. Manifestar a simplicidade das minutas dos aditivos do contrato de concessão e do CCEAR, sem, por exemplo, contextualizar no preâmbulo se foram assumidos, no todo ou em parte, os risco hidrológicos, a questão do preço de venda, entre outros pontos. Sugere-se adequar os aditivos aos demais documentos relacionados aos aspectos da MP 688/2015 para que todos os documentos formem um conjunto único.
Aceita No fechamento da AP serão disponibilizados todos os documentos aprovados.
EDP 44. Adequar a minuta do aditivo ao contrato de concessão para o período da extensão eventualmente necessária, aos casos de agentes de geração não classificados como prestadores de serviço público, já que há caso de Produtores Independentes de Energia.
Aceita
EDP 45. Sugerir que na minuta do aditivo ao contrato de concessão de geradores com pagamento pelo Uso do Bem Público haja previsão expressa de que o pagamento seja mantido apenas no período originalmente previsto no contrato de concessão, não se aplicando à extensão.
Não aceita Vide seção III.5 desta Nota Técnica.
Custo de referência para extensão da outorga já considera o pagamento da UBP.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 3ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
EDP 46. Manifestar a necessidade de representação, de forma abrangente, de todos os contratos considerados no Ambiente Regulado, de modo a haver previsão de cláusula para extensão de “Contrato Bilaterais Regulados”, ou seja, aqueles provenientes de Geração Distribuída decorrente de Chamada Pública, Geração Distribuída decorrente de processos de desverticalização, Licitação Pública de Distribuidoras com mercado próprio menor que 500 GWh, Contratação entre distribuidoras supridas e supridoras, contratos celebrados anteriormente à Lei nº 10.848/2004 (16/3/2004), bem como contratos oriundos do sistema isolado de distribuidora interligada.
Não aceita O Anexo I é suficientemente genérico ao tratar dos contratos do ACR, abrangendo todas as hipóteses, desde que respeitem os critérios de elegibilidade.
EDP 47. Sugerir a possibilidade de extensão parcial de seus contratos no ACR, para a parcela da energia não contratada.
Não aceita A extensão do contrato será posterior ao fim da outorga original, concomitantemente à extensão da outorga.
EDP 48. Prever tratamento da extensão da concessão nos casos que envolverem consórcios, pois pode haver ou não a adesão de todos os consorciados responsáveis pela Concessão dos empreendimentos.
Parcialmente aceita Todos os consorciados deverão aderir à repactuação, pois o mecanismo será aplicado na usina e não em parcela da usina do consórcio.
EDP 49. Restringir a participação ao período de contratação da reserva vinculado ao prazo estabelecido no Contrato de Acordo de Adesão.
Parcialmente aceita O prazo de uso da reserva estará especificado no termo de repactuação e se estenderá até o fim da outorga original.
EDP 50. Tratar casos específicos como:
1) Situação na qual o CCEAR tem seu termo final após o término do prazo da concessão; questiona se haverá indenização ao término da concessão ou assunção, de direitos e deveres, pelo eventual novo concessionário.
2) Situação na qual o montante contratado em CCEAR aumentará a partir de 2017, ou seja, para os anos de 2015 e 2016 há parcela da energia contratada nos ACR e ACL, e a partir de 2017 toda a energia estará contratada no ACR.
3) Possibilitar a repactuação do risco hidrológico de usinas que não iniciaram a operação comercial.
Não aceita Casos específicos serão analisados em concreto, sem afetarem a regra geral.
ENERGISA 51. Propor que sejam adotados critérios conservadores no cálculo do prêmio de risco e na formação de uma reserva técnica financeira inicial para fazer frente ao risco, que passa a ser assumido pelos consumidores, com reflexo na
Parcialmente aceita Vide seção III.4 desta Nota Técnica.
A Conta Bandeira será tratada em Audiência Pública específica.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 3ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
gestão de caixa das distribuidoras.
LIGHT 52. Manifestar o entendimento que o prêmio de risco para a parcela da energia não vinculada ao ACR deveria ser calculado e utilizado apenas para o ano de 2015, situação em que haverá o ressarcimento do deslocamento hidrelétrico ao gerador, mediante extensão do prazo de outorga.
Não aceita Proposta vai contra a MP 688.
LIGHT 53. Propor que na hipótese do custo da contratação de energia de reserva da parcela da usina não contratada no ambiente regulado ser superior a receita proveniente da geração das usinas de reserva, essa diferença negativa seja ressarcida ao gerador mediante extensão do prazo de outorga, através da mesma metodologia de cálculo e contratação aplicável ao ressarcimento do deslocamento hidrelétrico ocorrido em 2015.
Não aceita Não há previsão legal na MP 688/2015 para operacionalização da proposta apresentada.
LIGHT 54. Expurgar do cálculo do fator de ajuste do MRE (GSF) os riscos não hidrológicos representados pela geração fora da ordem de mérito e da importação de energia elétrica, incorporando tais disposições nos contrato de repactuação de risco hidrológico como verdadeira condição de eficácia para o instrumento.
Não considerada Matéria fora do escopo desta Audiência Pública.
LIGHT 55. Propor que seja garantido de forma expressa nos contratos a garantia de proteção ao rateio do ajuste do GSF de agentes que detenham ações judiciais para aqueles que repactuarem o risco hidrológico.
Não aceita Matéria fora do escopo desta Audiência Pública.
TRACTEBEL 56. Apresentar minutas de termo aditivo, para fins de extensão do prazo de vigência e do período de fornecimento dos seguintes contratos:
1) CCEAR em leilões de energia existente; 2) CCEAR em leilões de fontes alternativas; 3) Contratos bilaterais anteriores à Lei 10.848/2004; e 4) Contratos no ãmbito do Proinfa.
Não aceita Não é necessário especificar o contrato base.
TRACTEBEL 57. Alterar na minuta de aditivo ao CCEAR a redação da Cláusula xx.1 da Cláusula Segunda para, ao invés de tratar a extensão do CCG como condição de eficácia de vigência do contrato, impor ao comprador a obrigação de formalizar o aditivo ao CCG junto com o aditivo ao CCEAR, cabendo à ANEEL
Não aceita O modelo utilizado de CCEAR é o mesmo dos leilões.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 3ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
Entidade Texto Aproveitamento Justificativa
fazer valer tal obrigação.
TRACTEBEL 58. Manifestar o entendimento de que a minuta de aditivo ao Contrato de Concessão e a minuta de Resolução Autorizativa devem expressamente ratificar os direitos já detidos pelos agentes que aderirem à repactuação, não podendo prejudicar ou limitar qualquer outro direito de prorrogação ou renovação pré-existente.
Não aceita Não foi apresentada proposta de redação para alteração das minutas encaminhadas à Audiência Pública.
Também não foi apresentada justificativa se a redação proposta enseja qualquer prejuízo aos agentes.
ÚNICA 59. Manifestar o entendimento de que os impactos referentes ao Fator GSF devem ser restringir aos agentes envolvidos o tema e quem usufrui do benefício institucional de tal mecanismo. Entende ainda que suas associadas não podem ser prejudicadas pelas liminares obtidas por terceiros na justiça no curso de ações judiciais das quais não fizeram parte via rebatimento no mecanismo de rateio de inadimplência.
Não considerada Matéria fora do escopo desta audiência pública.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 4ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
APINE / CPFL / Duke
Contratos diferentes dos CCEARs - a vinculação do lastro do contrato à usina participante do MRE pode se dar por meio de contratos diferentes dos CCEARs
Já considerada
O critério de elegibilidade para repactuação no ACR (§ 1° do art. 1°) não está restrito aos CCEARs.
Detalhes sobre o critério de elegibilidade para repactuação o ACR podem ser encontrados na subseção III.1, III.3 da Nota Técnica n° 238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
APINE
Repactuação facultativa para cada contrato e para cada usina
Já considerada
O parágrafo único do art. 9° dispõe que o agente deverá encaminhar lista discriminando as usinas hidrelétricas que terão seus contratos repactuados e o montante associado à repactuação.
APINE / COPEL / ABRAGE / ABRAGEL /
CEEE / CESP
Repactuação de usinas com comprovação de lastro misto ou não identificável.
Não aceita
Isso evita a repactuação de contratos no ACR com lastro genérico, misto ou não identificável, cuja precificação envolve estratégias de portfólio, e não apenas risco hidrológico. Essas estratégias não possuem relação com a definição do prêmio de risco pela área técnica. Contratos dessa natureza permitem que uma mesma planta possa ser citada como lastro em vários contratos (ou vários produtos com durações distintas) e também que um mesmo contrato (ou mesmo produto) misture em seu lastro plantas geradoras com outorgas distintas e fontes diversas.
Qualquer regra de proporcionalização, conforme proposto pela APINE, exige uma nova Audiência Pública.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
APINE / COPEL / ABRAGE / CEEE / ABCE /
CESP / AES Tietê
Contratos de energia no ACR com prazo final antes de 31/12/2016. COPEL sugere que o deslocamento de 2015 seja pago pelo vencedor da licitação das concessões com vencimento até 31/12/2016
Não aceita
O caput do art. 1° é claro ao dispor que O risco hidrológico suportado pelos agentes de geração hidrelétrica participantes do MRE poderá ser repactuado pelos geradores, desde que haja anuência da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, com efeitos a partir de 1o de janeiro de 2015, mediante contrapartida dos agentes de geração hidrelétrica.
O regulamento em AP define exatamente os critérios que a ANEEL deve definir, como anuente da repactuação.
Ademais, o critério de elegibilidade somente endereça ao tipo de repactuação passível para deterrminada usina. Assim, usinas não elegíveis pelas regras do ACR poderão optar pelas condições do ACL.
APINE / COPEL / CEMIG / ABRAGE / CEEE / ABCE
Repactuação das usinas que tiveram possibilidade de renovação, nos termos da Lei n° 12.783/2013.
Não aceita
O novo regime jurídico comercial proporcionado pela Lei n° 12.783/2013 tem como um dos seus pilares, a transferência do risco hidrológico aos consumidores.
Não por outro motivo, as usinas que aderiram à renovação nos termos da Lei n° 12.783/2013 (usinas cotistas) tem o seu risco hidrológico alocado aos consumidores.
O consumidor poderia estar se beneficiando desde 2013 com o ingresso dessa energia ao regime de cotas e teria arcado com o risco hidrológico desde então. Agora que as outorgas desses agentes têm vencimento próximo, não haveria vantagem para o consumidor numa
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
repactuação retroativa a 2015, a qual, ainda por cima, postergaria ainda mais o ingresso dessa energia ao regime de cotas.
APINE / Excelência Energética / DME
Energética / Cia Geração de Energia Pilão
Concessões compartilhadas - como será feita a extensão de prazo no caso de outorgas compartilhadas, uma vez que o prazo de extensão poderá ser diferente entre os diversos concessionários.
Não aceita
A repactuação deverá estar vinculada a cada outorga de usina hidráulica, não havendo possibilidade de compartilhamento.
A extensão será atribuída à outorga existente, devendo todos os agentes que compõe determinada outorga aceitar de forma conjunta a repactuação.
Qualquer tipo de compartilhamento inviabilizaria a atual proposta, pela impossibilidade de prorrogação da outorga de forma particionada.
APINE / COPEL / CEMIG / CPFL / Brasil PCH /
ABRAGE / Atiaia Energia / ABRAGEL / CEEE /
Brookfield / Excelência Energética / DME
Energética / ESBR / Cia Geração de Energia Pilão
Prêmio de risco no ACR
Parcialmente aceita
(novo critério)
Detalhes sobre o prêmio de risco no ACR podem ser encontrados na subseção III.4 da Nota Técnica n° 238/2015-SEM-SRG/ANEEL..
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 4ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
APINE / COPEL / CEMIG / CPFL / EDP / ABRAGE /
CEEE / Brookfield
Taxa de desconto
Aceita
(taxa de desconto de 9,63% a.a.)
Detalhes sobre taxa de desconto podem ser encontrados na subseção III.4 e III.7 da Nota Técnica n° 238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
APINE / COPEL / CPFL / ABRAGE / CEEE / ABCE /
AES Tietê
Ressarcimento de 2015 no ACR (modificação do §2º, Art. 4º) para permitir a extensão da outorga e não dos contratos regulados.
Aceita
A proposta estava fundada no empoderamento da ANEEL como anuente da repactuação. Todavia, há contratos com vedação legal expressa de prorrogação (bilaterais). A ANEEL não poderia estender esses contratos.
APINE / COPEL
Atualização monetária do prêmio de risco e do ativo regulatório - o descasamento entre os índices de atualização do Prêmio de Risco e do Ativo Regulatório trará inconvenientes contábeis para a completa amortização do Ativo.
Não aceita
O prêmio de risco e o ativo regulatório possuem natureza distinta.
APINE / Light / CPFL / EDP / ABRAGE / CEEE
Limite de contratação da reserva existente, estimado em 12% (§1º do art. 5º). Alegam que o valor é elevado.
Parcialmente aceita
Como alternativa propõe-se que o montante de reserva existente adquirida seja balizador para a compra da reserva incremental (futura).
Detalhes sobre o limite de contratação podem ser encontrados na subseção III.2 Nota Técnica n° 238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
Contratação de energia de reserva incremental com vinculação a energia de reserva existente Não aceita
Detalhes sobre o limite de contratação podem ser encontrados na subseção III.2 da Nota Técnica n°
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 4ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
APINE / COPEL / CPFL
238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
APINE / COPEL
Eliminar o risco de inadimplência do MCP da liquidação da energia de reserva
Não aceita
A Conta de Energia de Reserva e as regras de mercado dispõe de mecanismos para mitigar e recuperar a eventual inadimplência no MCP, não sendo necessário trazer excepcionalização para os geradores que passarão a ser usuários da energia de reserva.
APINE / COPEL / CEMIG / Light / CPFL / Duke /
ABRAGE / CEEE / ABCE / Excelência Energética / AES Tietê / Cia Geração
de Energia Pilão
Ressarcimento de 2015 para energia não contratada no ACR (art. 7°). Alegação de que a proposta apresentada pela ANEEL está em desacordo com o que foi definido pelo poder público na MP 688/2015, que para o ano 2015, no que se refere à apuração do valor do ressarcimento ao gerador, não fez nenhuma distinção da energia contratada no ACR da energia não contratada no ACR
Não aceita
Detalhes sobre o ressarcimento para a energia não contratada no ACR podem ser encontrados na subseção III.7 da Nota Técnica n° 238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
APINE / COPEL / Aliança / Light / Duke / ABRAGE /
ABRAGEL / CEEE / ABCE / AES Tietê
Tratamento das ações judiciais Necessidade de tratamento adequado para as ações judiciais residuais (ou seja, relativamente às empresas que não aderirem à repactuação), de modo que os efeitos das mesmas não recaiam sobre os geradores que aderirem à proposta (tanto no ACR quanto no ACL).
Não aceita
Não existe mecanismo que permita à ANEEL tratar as decisões judiciais, dado que o conteúdo dessas decisões pode extrapolar o poder normativo da ANEEL.
A pretensão aqui colocada é transferir o custo das decisões judiciais para os credores do mercado de curto prazo que também são agentes da CCEE e que podem conseguir decisões liminares contrárias, contra as quais a ANEEL não poderá ser insurgir.
Assim, entendemos não haver mecanismos que permitam à ANEEL blindar os agentes dos efeitos das
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 4ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
ações judiciais dos agentes que optarem por não aderir à repactuação.
APINE
Previsão de desistência das ações pelo grupo econômico Inconstitucionalidade da previsão na MP 688 inviabilizando o seu direito constitucionalmente assegurado, de acesso à Justiça Não considerada
Essa previsão consta explicitamente na MP 688 e, portanto, a ANEEL não dispõe de meios para alterar essa previsão.
APINE
“Art. 9º O processo de repactuação do risco hidrológico com vigência a partir da competência de janeiro de 2016 e que permitira o ressarcimento do resultado do ano de 2015, observara os seguintes prazos”. I - O agente gerador hidráulico devera apresentar ate 15 (quinze) dias após a publicação da Resolução, manifestação de interesse na repactuação do risco hidrológico. II - A ANEEL publicara , em ate 15 (quinze) dias após a manifestação do interesse, Despacho listando os contratos e usinas elegíveis para repactuação no ambiente de contratação regulada e livre. III – O contrato de adesão para repactuação do risco hidrológico devera ser assinado ate 15 (quinze) dias após a publicação do Despacho. § 1º. A manifestação de interesse e o contrato de adesão deverão ser acompanhados de lista discriminando as usinas hidrelétricas que terão seus contratos repactuados, o montante associado a repactuação e a estrutura do grupo econômico com o objetivo de aferir o requisito do §9° do art. 1° da Medida Provisória n° 688, de 2015. § 2º Para os agentes que possuam ação judicial em curso na
Não aceita
Medida Provisória tem força de lei e vigência imediata e, portanto, independe de sua conversão em Lei para produzir seus efeitos.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
qual requeiram isenção ou mitigação de riscos hidrológicos relacionados ao MRE, a eficácia do contrato de adesão para repactuação do risco hidrológico ficará suspensa até que seja homologado, em juízo, o requerimento de extinção do processo com resolução do mérito. § “2º O requerimento de extinção do processo com resolução do mérito deverá ser protocolado pelo agente de geração no prazo de 10 dias após a conversão da Medida Provisória n. 688/2015 em lei.”
IEP
As compensações devem se limitar à extensão do contrato e do prazo de outorga no ACR conforme descrito no item III.4 da NT 183/2015 Não aceita
As compensações previstas na minuta de Resolução seguem a previsão da MP 688.
CCEE
Art.1º (....) §3° Não são elegíveis para repactuação do risco hidrológico as usinas passíveis de prorrogação, nos termos da Lei n° 12.783, de 11 de janeiro de 2013 e as usinas hidrelétricas que tiveram seu direito à energia secundária cedido.
Não aceita
A Nota Técnica traz novas possibilidades de ressarcimento com diferenciados prêmios de risco.
Nessas possibilidades estão previstos produtos para os quais não existe cessão da energia secundária, o que permitirá a adesão de usinas hidrelétricas com direito à energia secundária cedido.
CCEE
Art. 2º § 3° A opção pela repactuação deverá ser protocolada pelo agente gerador até outubro do ano anterior ao início do período de suprimento do contrato de venda nos casos de empreendimentos em fase de implantação, ressalvado o disposto no art. 9 8º
Não aceita.
Proposta final com aprimoramentos conforme Anexo I.
CCEE
Art. 2º § 1º O gerador assinará termo contrato de adesão, conforme Anexo I, definindo a proporção da energia vendida sujeita à repactuação.
Não aceita.
Proposta final com aprimoramentos conforme Anexo I.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 4ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
CCEE
Art. 3º Parágrafo único. Caso a usina hidrelétrica seja excluída desligada do MRE por opção do gerador hidráulico ou de forma compulsória pela ANEEL o montante do risco hidrológico a ser transferido aos consumidores será zero, mantido o pagamento do prêmio de que trata o art. 2º durante o período em que durar o desligamento a exclusão.
Não aceita.
Proposta final com aprimoramentos conforme Anexo I.
CCEE
Inclusão na resolução das eventuais alterações na REN 337/2008, acerca da contratação de energia de reserva.
Aceita
A minuta final contemplará a Resolução da repactuação (4ª fase da AP 32/2015) e alterações da REN 337/2008 (3° fase da AP 32/2015).
CCEE
Art. 5º A repactuação do risco hidrológico no Ambiente de Contratação Livre se dará por meio de pagamento de prêmio de risco equivalente à assunção dos direitos e obrigações vinculados à capacidade existente de energia de reserva de que trata o art. 3°-A da Lei n° 10.848, de 2004. § 1º O gerador assinará termo contrato de adesão, conforme Anexo II, especificando o montante da energia de reserva existente destinada ao seu uso, correspondente, no mínimo, à participação de sua garantia física no total de garantia física hidráulica elegível para essa modalidade de repactuação.
Não aceita.
Proposta final com aprimoramentos conforme Anexo I.
CCEE / Excelência Energética / Cia Geração
de Energia Pilão
Art. 6° A repactuação prevista no art. 5 4° é requisito indispensável para participar de leilões específicos para contratação de capacidade incremental de energia de reserva, nos termos do inciso II do §4° do art. 1° da Medida Provisória n° 688, de 2015.
Não aceita.
Proposta final com aprimoramentos conforme Anexo I.
Art. 8º O ressarcimento da contratação da capacidade Não aceita. Proposta final com aprimoramentos conforme Anexo I.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 4ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
CCEE
incremental de energia de reserva, de que trata o art. 6 5º, e dos resultados de 2015, de que trata o art. 5 6º deverão observar:
CCEE
Art. 9º O processo de repactuação do risco hidrológico com vigência a partir da competência de janeiro de 2016 e que permitirá o ressarcimento do resultado do ano de 2015, observará os seguintes prazos. II - A ANEEL publicará, em até 15 (quinze) dias após a manifestação do interesse, Despacho listando os contratos, e usinas elegíveis, por agentes geradores, inscritos no CNPJ/MF sob o nº, por Código Único de Empreendimentos de Geração – CEG e nome dos ativos das usinas elegíveis para repactuação no ambiente de contratação regulada e livre, e determinando à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE que realize a contabilização e a liquidação financeira sem considerar Os efeitos das liminares/tutelas antecipadas deferidas em favor dos agentes geradores, independentemente da extinção do processo com resolução do mérito.
Não aceita.
Proposta final com aprimoramentos conforme Anexo I.
CCEE
Art. 9º O processo de repactuação do risco hidrológico com vigência a partir da competência de janeiro de 2016 e que permitirá o ressarcimento do resultado do ano de 2015, observará os seguintes prazos. III – O termo contrato de adesão para repactuação do risco hidrológico deverá ser assinado até 15 (quinze) dias após a publicação do Despacho.
Não aceita.
Proposta final com aprimoramentos conforme Anexo I.
CCEE
Inclusão de artigo: Art. X Até que se proceda à alteração algébrica das Regras de Comercialização e dos Procedimentos de Comercialização aplicáveis, a CCEE fica autorizada a efetuar a operacionalização da restituição dos montantes financeiros excedentes por meio de Mecanismo Auxiliar de Cálculo - MAC.
Não aceita.
Proposta final com aprimoramentos conforme Anexo I.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 4ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
CCEE
Método de apuração do valor de repasse do risco hidrológico para os distribuidores (proposta 1). Menor impacto operacional
Aceita
Método refletido no Anexo I.
COPEL / CEMIG / Aliança / Light / CPFL / Duke /
ABRAGE / CEEE / ABCE / ESBR
As contribuições apresentam leves variações, mas, em resumo tem o seguinte conteúdo textual, sem apresentação de dados para comprovar a tese. A frustração da energia hidrelétrica no atual cenário não está compreendida no risco hidrológico que os geradores assumem por força de lei, mas sim decorre de fatos do príncipe, dentre os quais destacam-se: (i) geração térmica fora da ordem de mérito; (ii) geração de reserva e (iii) importação de energia. No mesmo sentido, com todo respeito, refutamos o contido no Voto do Diretor Relator do processo 48500.00621/2014-19, que ensejou a instauração desta AP, no que diz respeito ao entendimento de que as intervenções acima descritas fazem parte da álea ordinária do gerador hidrelétrico e que poderiam, portanto, ter
sido previstos e precificados.
Não aceita
Os pedidos administrativos interpostos pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica – APINE e pela Associação de Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica – ABRAGE, que tinham como mote a alegação de que os níveis de GSF atuais estavam relacionados a fatores não hidrológicos, foram negados, no mérito, em análise da Diretoria Colegiada da ANEEL (Despacho n° 2.721/2015).
Não houve recurso contra o despacho.
COPEL
Conforme acima mencionado, a documentação até então disponibilizada não fornece elementos suficientes para a adequada compreensão do alcance da proposta de Repactuação do Risco Hidrológico, não havendo, deste modo, como o gerador realizar uma análise adequada da proposta, não sendo possível, via de consequência, tomar-se uma decisão a respeito da adesão, ou não, à proposta de repactuação.
Não considerada
O processo encontra-se em sua 4ª fase, contendo diversos documentos e elementos (minutas de resolução, aditivos a contratos de concessão e termo de cessão do risco hidrológico).
Ademais, não existe nada “acima mencionado” na contribuição da COPEL, relativo à falta de elementos para adequada compreensão do alcance da proposta.
COPEL Risco da conversão da Medida Provisória 688/2015 em Lei.
Não considerada Medida Provisória tem força de lei e vigência imediata e, portanto, independe de sua conversão em Lei para
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
ANEXO II DA NOTA TÉCNICA Nº 238/2015-SEM-SRG/ANEEL, de 29/10/2015 RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 32/2015 – 4ª FASE
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
produzir seus efeitos.
COPEL / ESBR
Utilização da sazonalização real (efetivamente realizada pelos geradores) para definição do deslocamento hidrelétrico
Não aceita
O risco repactuado deve se restringir ao deslocamento hidrelétrico e, portanto, ficar imune às estratégias de comercialização dos agentes hidrelétricos.
COPEL / CEMIG / Aliança / CPFL / EDP / ABRAGE /
CEEE
Parâmetros para a amortização do valor de ressarcimento. CFURH, RGR, Prêmio de Risco, TUSD/TUST, IR, CSLL.
Parcialmente aceita
Detalhes sobre os parâmetros para a amortização do ressarcimento podem ser encontrados na subseção III.7 da Nota Técnica n° 238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
COPEL
Constituição de ativo regulatório no ACR Possibilidade de o gerador optar pela prorrogação da outorga com contrato de energia no ACR.
Aceita
Propomos acatar a contribuição, permitindo a contratação no ACR, de modo a assegurar a securitização do ativo pelos agentes.
COPEL / Aliança / Light / CPFL / EDP / Duke /
ABRAGE / CEEE / ABCE / AES Tietê / ABIAPE
Prazo para contratação da energia de reserva existente.
Não aceita
Detalhes sobre o prazo para contratação da energia de reserva existente podem ser encontrados na subseção III.2 da Nota Técnica n° 238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
CEMIG / ABRAGE / ABIAPE
Prêmio de risco no ACL Alegação de que o prêmio de risco do ACL deve ser aderente ao custo “puro” da energia de reserva, cujos direitos e obrigações seriam assumidos pelo gerador, sem a inclusão de itens adicionais, que digam respeito à administração da CONER, tais como o “Fundo de Garantia para Operacionalização da Contratação da Energia de Reserva”.
Não aceita
O prêmio de risco no ACL envolve todos os custos inerentes à operacionalização da conta de energia de reserva. Segregar os custos que fazem parte da conta de energia de reserva para diminuir seu custo desvirtuam o método de repactuação no ACL.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
Aliança
Tratamento para usinas que tiveram alteração de titularidade em 2015
Não aceita
As questões de direitos e obrigações de transferência de titularidade devem estar previstas nos acordos bilaterais de compra e venda, não cabendo regulamentação.
Light / COPEL
Condições mínimas para tomada de decisão necessidade de que todos os valores envolvidos neste processo, conforme condições gerais estabelecidas pela MP 688/2015 e regulamentação proposta nesta e na 2ª fase da AP 032/2015, sejam previamente conhecidos pelos agentes.
Não aceita
As condições de repactuação estão claramente definidas nos documentos já disponibilizados nas 4 fases da AP 32/2015. Os agente de geração tem plenas condições de simular os valores envolvidos no processo relativos às suas outorgas e adotar suas decisões.
CPFL / EDP / Brasil PCH / Atiaia Energia / ABRAGEL / Excelência Energética / APINE / Cia Geração de
Energia Pilão
Continuidade do pagamento de prêmio para usina fora do MRE. Sugestão da EDP – manutenção do pagamento do prêmio para usinas que optarem pela saída do MRE e suspensão do pagamento no caso de saída compulsória (REN 409/2010).
CPFL
Art. 9ª O processo de repactuação do risco hidrológico com vigência a partir da competência de janeiro de 2015, e que permitirá o ressarcimento desde aquela competência, observará os seguintes prazos.
Não aceita
A repactuação (prêmio vs risco) de fato ocorrerá a partir de janeiro de 2016, sendo o resultado da competência de 2015 uma retroação dos efeitos já conhecidos (prejuízo para o consumidor) dessa repactuação.
EDP
Art. 2° A repactuação do risco hidrológico no Ambiente de Contratação Regulada se dara dar-se-a mediante pagamento de PREMIO DE RISCO pelo gerador, definido como o custo a ser suportado pelos agentes de geração, em virtude da repactuação do RISCO HIDROLOGICO. e equivalente a: O PREMIO DE RISCO será aplicado em patamares, de acordo com a situação hidrológica verificada no período, nos seguintes termos:
Não aceita
A conjugação se dará está correta. A possibilidade de aplicação do prêmio de risco em patamares não foi aceita. Detalhes sobre os prêmio de risco podem ser encontrados na subseção III.4 da Nota Técnica n°
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
(a parte da contribuição referente ao prêmio de risco está abrangida na parte prêmio de risco no ACR).
238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
EDP
§ 2° O PREMIO DE RISCO devera ser pago a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifarias – CCRBT, observadas as seguintes condições: I – o valor do PREMIO DE RISCO cera___2 calculado a partir da atualização do preço de venda a janeiro de 2015, conforme índice estabelecido no contrato; e II – o PREMIO DE RISCO será atualizado em janeiro de cada ano de acordo com a variação do Preço de Liquidação de Diferenças – PLD Teto pela variação do índice estabelecido no contrato. (....) (INSERIR) § 4° Para o período de amortização necessário para o ressarcimento de que trata o artigo 4o, o valor do Premio de Risco cera___2 de R$ 4,12/MWh, correspondente a media aritmética dos prêmios de risco dos incisos I, II e III do caput deste artigo.
(INSERIR) § 5° Para fins de aplicação dos patamares de Premio de Risco previsto nos incisos I, II e III do caput deste artigo, considerar-se-ão os valores do Custo Marginal de Operação – CMO.
Não aceita
A vinculação do prêmio de risco ao limite máximo do PLD apesar de pertinente, considerando que o risco será maior quanto maior for esse limite, traz o inconveniente da imprevisibilidade. O PLDmáx é atualizado anualmente e na transição de 2014/2015 seu valor foi reduzido pela metade, o que acabou também reduzindo o pela metade o risco associado ao GSF.
EDP
(INSERIR) § 6° Os contratos de concessão e os atos autorizativos serão alterados para permitir que, quando do termino do prazo de outorga, a renovação poderá contar com a repactuação do risco hidrológico de que trata esta resolução, a critério do agente de geração.
Não aceita
O processo de repactuação que envolver a necessidade de extensão da outorga implicará na abertura de um processo específico para essa extensão.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
EDP
1° O gerador assinara contrato de adesão, conforme Anexo II, especificando, por sua conta e risco, o montante da energia de reserva existente destinada ao seu uso.
Parcialmente aceita
Aceita a colocação do termo “por sua conta e risco”. (A contribuição referente à participação mínima está contemplada no item “limite de contratação da energia existente.”)
Brasil PCH / Atiaia Energia / ABRAGEL
Critério de elegibilidade dos contratos do PROINFA
Parcialmente aceita
Detalhes sobre a participação do PROINFA na repactuação do ACR podem ser encontrados na subseção III.6 da Nota Técnica n° 238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
Brasil PCH
Repactuação no PROINFA com base na revisão do preço contratual.
Não aceita
A MP 688 definiu expressamente como se dará o pagamento do prêmio pela repactuação (pagamento à CCRBT).
Brasil PCH / ABRAGEL
Tratamento dos efeitos de eventual revisão ordinária da garantia física.
Não aceita
Detalhes sobre a eventual revisão ordinária de garantia física podem ser encontrados na subseção III.6 da Nota Técnica n° 238/2015-SEM-SRG/ANEEL.
ABRAGE / CEEE
Hipótese de a ANEEL não enquadrar na proposta de repactuação do risco hidrológico no ACR os contratos celebrados cujo encerramento do vínculo ocorra nos anos de 2016, 2017 e 2018
Não aceita
O limite temporal definido na minuta colocada em AP foi de 31/12/2016.
ABRAGE / CEEE
Risco judicial da CONER
Não aceita
Não há como regular judicial, pois a ANEEL não tutela o judiciário.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
ABRAGE / CEEE / CPFL
Incorporação na formulação do deslocamento hidrelétrico a exposição residual a diferença de preços
O cálculo do risco hidrológico tranferido deve observar também o ressarcimento pela eventual não cobertura da exposição residual do MRE (recebimento de alocada em outro submercado e que não tenha excedente financeiro suficiente para a cobertura)
Não aceita
Não foi considerado no prêmio de risco.
ABRAGE / CEEE Data base do prêmio de risco Não aceita
O prêmio de risco está calculado na base janeiro de 2015.
CEEE Cláusula de eficácia 2/3 do MRE Aceita
Cláusula excluída.
Excelência Energética
Art. X. Ao final do termo original da concessão, inclusive nas concessões compartilhadas, eventual transferência da concessão para terceiros irá respeitar integralmente os direitos dos concessionários, incluindo eventuais prorrogações de prazo final de concessão no âmbito da MP 688.
Não aceita
A questão de concessões compartilhadas já foi justificada em item anterior.
Excelência Energética / DME Energética / Cia
Geração de Energia Pilão
Art. 9º O processo de repactuação do risco hidrológico com vigência a partir da competência de janeiro de 2016 e que permitirá o ressarcimento do resultado do ano de 2015, observará os seguintes prazos. I - O agente gerador hidráulico deverá apresentar até 30 (trinta) dias após a publicação da Resolução, manifestação de interesse
Parcialmente aceita
Prazo final em 14 de dezembro de 2015 ou 30 de setembro do ano anterior para repactuações futuras.
𝑇𝑅_𝑅𝐼𝑆𝑝 ,𝑐 ,𝑚 = 𝐹𝑐 ×𝑀𝑂𝑇_𝐶𝑉𝑅𝑚 ,𝑐
× ∑ 𝐺𝐹𝐼𝑆2𝑝 ,𝑟 ,𝑤′ − 𝐺𝐹𝐼𝑆3𝑝 ,𝑟 ,𝑤′ × 𝑃𝐿𝐷𝑝 ,𝑟 ,𝑤
𝑟 ,𝑤∈𝑚
−∑𝐷𝑆𝐸𝐶𝑝 ,𝑠,𝑟 ,𝑤′ × (𝑃𝐿𝐷𝑠,𝑟 ,𝑤 − 𝑇𝐸𝑂𝑝 ,𝑚)
4
𝑠=1
×1
𝑄𝑀_𝐺𝐹𝑝 ,𝑚′
+1
𝑀𝐺𝐹𝐼𝑆𝑝 ,𝑚𝑝∈𝑎𝑝∈𝑃𝑀𝑅𝐸
× 𝐸𝐹_𝑁_𝐿𝐹𝑎 ,𝑚
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
na repactuação do risco hidrológico.
DME Energética
Art. 9° (...) Parágrafo único. A manifestação de interesse e o contrato de adesão deverão ser acompanhados de lista discriminando as usinas hidrelétricas que terão seus contratos repactuados, o montante associado à repactuação e a estrutura do grupo econômico com o objetivo de aferir o requisito do §9° do art. 1° da Medida Provisória n° 688, de 2015. I – Para fins do disposto no parágrafo único do artigo 9º, considera-se integrante do mesmo grupo econômico empresa que possua participação acionária de no mínimo 60% do capital social de outra empresa; ou grupo econômico constituído nos termos do artigo 265 e seguintes da Lei 6.404/76.
Parcialmente aceita
Critérios definidos conforme Anexo I.
ESBR
Regra especial para empreendimentos estruturantes
Não aceita
Todas as regras especiais para os projetos estruturantes (exemplo o art. 19 do Dec. 5.163/2004 e garantia física plena por unidade geradora até a unidade base de motorização) foram previstas no edital de licitação dessa usinas. A questão do GSF isoladamente não traz percepção de risco diferenciado para os projetos estruturantes.
ESBR
Regra especial para os geradores que foram obrigados a vender 100% de sua garantia física nos leilões de energia nova.
Não aceita
Não existe obrigação de o agente gerador vender 100% de sua garantia física. Na hipótese de algum ente financiador trazer tal exigência, é lógico que o preço de venda pactuado deve refletir o risco associado à venda de 100% da GF, dado que isso maximiza o risco de perdas para GSFs reduzidos.
ESBR Possibilidade de renovação do acordo de repactuação do risco hidrológico a cada cinco anos. Não aceita
A repactuação do risco deve ser opção irretratável até o término da Concessão, dado que o agente, ao dispor de
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CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS
AUTOR TEXTO ACOLHIMENTO JUSTIFICATIVA
intervalo de cinco anos, poderia dispor de elementos para optar pela repactuação somente nos períodos com maior previsão de Gafes reduzidos. No âmbito desse processo, de acordo com o histórico de operação, períodos de 2 a 4 anos com GSFs reduzidos são esperados, devido à necessidade de recuperação dos reservatórios após uma crise hídrica.
ABIAPE
A questão carece de soluções estruturais. Para tanto, a ABIAPE considera essencial o encaminhamento do processo 48500.003224/2015-53, cuja implantação deve ser realizada de forma independente à proposta discutida nesta AP.
Não aceita
A solução estrutural para a situação do GSF foi trazida pela MP 688/2015. O assunto tratado no processo citado se refere a cumprimento de decisão judicial que será avaliado pela ANEEL naquele processo.
ABRADEE A ABRADEE reitera as contribuições da demais fase da AP.
Não aceita Contribuições respondias no Relatório de Análise de Contribuições da 2ª fase da AP`32/2015.