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1>NOTAS FISCAIS Julho de 2012
O Poder Executivo de Santa Catarina di-vulgou no dia 31 de julho a remunera-ção dos servidores públicos na internet.
Os dados estão disponíveis no Portal da Transpa-rência (www.transparencia.sc.gov.br), gerenciado pela Secretaria da Fazenda. “Quanto mais trans-parente for o governo, melhor será para a socieda-de”, ressaltou o governador Raimundo Colombo.
A consulta on-line chamada “Remuneração e Dados Funcionais de Servidores” está disponível na área “Gasto Público” do portal. A busca será feita inicialmente por órgão (secretarias, empre-sas, autarquias e fundações) e por vínculo (efetivo, comissionado ou temporário, no caso dos profes-sores ACTs, por exemplo). Caso o usuário escolha a opção efetivo, ainda poderá determinar se quer listar os servidores ativos ou os aposentados.
Ao clicar sobre o botão “Efetuar consultas”, o sistema listará os nomes em ordem alfabética e os cargos. É possível ainda digitar o nome do
servidor que se deseja buscar. Ao clicar sobre o nome, serão informados os dados funcionais, como carreira, nível, lotação e nomeação, e a remuneração. Estão disponíveis dados como a remuneração básica acrescida de verbas indeni-zatórias (auxílio-alimentação, transporte, cre-che, etc) descontadas as deduções obrigatórias (IRPF e previdência).
O secretário da Fazenda, Nelson Serpa, lembra que nas últimas semanas uma equipe de técnicos da área de Contabilidade da Fazenda, com au-xílio da Secretaria de Estado da Administração e do Ciasc (Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina), esteve focada na sistematização das informações para atender a Lei de Acesso à Informação e a determinação do governador de dar transparência aos atos públi-cos. “A sociedade é quem paga os impostos e tem o direito de saber de que forma esses recursos es-tão sendo aplicados pelo governo”, frisou Serpa.
Poder Executivo de SC divulga salários de servidores na internetPublicação foi feita na terça-feira, dia 31 de julho, e atende a Lei de Acesso à Informação, além de dar mais transparência aos atos do Governo do Estado
Na estreia da série, conheça o GES Simples Nacional
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Auditora interna Clarice Ehara relembra infância e o tempo que viveu no Japão
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Perfi l
Sua história
Os Especialistas
Escola Fazendária projeta biblioteca virtual na SEF
Secretaria de Estado da Fazenda Florianópolis/SC, Julho de 2012 Ano VII Número 49
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Geral
Produtora do fi lme "Boca Rica", GEAFC Loreni Pizzi dedica tempo livre ao cinema
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Nelson Serpa recebeu a imprensa para falar sobre o assunto
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13º SALÁRIOProjeto que isenta o 13º salário do desconto do Imposto de Renda pode ser examinado
pelos senadores após o recesso parlamentar. A proposta altera a Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988. O autor do projeto, senador Lobão Filho (PMDB-MA), argumenta que a medida aumentará a renda disponível do trabalhador, o que vai contribuir para fomentar o consumo. O senador argumenta ainda que o 13º salário é fator de redistribuição de renda e, além de ajudar a atenuar o endividamento acumulado durante o ano, a medida também vai proporcionar à população uma poupança para enfrentar as despesas típicas do início do ano.
CIPADepois de um processo alongado, foram nominados os oito servidores da
Secretaria da Fazenda para compor a Comissão Interna de Previsão de Acidentes (CIPA). Estão contempladas as diretorias: DIAF/GEAPO (quatro servidores - todos analistas sendo uma supervisora CAF), DECOG (um contador), DIAT/GERAR (um servidor analista), Escola Fazendária (uma servidora analista) e DIAG (um servidor auditor interno). Como existem apenas oito interessados (número mínimo), será realizada uma nova chamada a todos os servidores da SEF para consolidar os nomes colocados à disposição.
PACTO FEDERATIVOO novo projeto de pacto federativo, debatido por uma comissão nomeada pelo Senado Federal, terá
o texto fi nal redigido até 3 de agosto e, ainda na primeira quinzena, deverá ser entregue ao presidente do Senado, José Sarney. O presidente da comissão é o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, e o relator é o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel. O novo pacto servirá para colocar um ponto nas discussões sobre a guerra fi scal, a disputa dos estados por ICMS e a divisão do Fundo de Participação dos Estados e dos royalties do petróleo.
Nesta edição vou contar um fato que está relacionado aos valores da Secreta-ria de Estado da Fazenda: Ética, Respei-to, Justiça e Honestidade. Mas vou mais além destacando o “Compromisso com o Estado”, a “Transparência”, a “Auste-ridade”, a “Responsabilidade Social” e, acima de tudo, a “Moralidade”.
Vamos ao que interessa: remexendo nos documentos que contam fatos da nossa história, compartilho com vocês uma mensagem que foi lida no Con-gresso Representativo (atual Assembleia Legislativa), relatando o primeiro caso de desvio de verbas, apresentado pelo vice-governador, Coronel Vidal José de Oliveira Ramos, no exercício do cargo de governador, ao Congresso Representati-vo do Estado, em 24 de julho de 1904. Foi assim relatado:
“Na subdiretoria de Rendas do Tesou-
ro do Estado, onde mandei fazer rigoroso
exame, foram descobertas graves irregu-
laridades, pelo que ordenei a suspensão
imediata do respectivo subdiretor.
Continuando o trabalho de fi scaliza-
ção, sob a direção do diretor do Tesouro,
verifi cou-se, pelo confronto da escritu-
ração da repartição com os dados, cedi-
dos pela Alfândega desta capital, pelas
Agências de Vapores, pelos Consulados
dos paises que importam produtos do Es-
tado e por diversas casas exportadoras,
que o subdiretor Propício Octaviano Se-
ára fraudava a Fazenda Estadual, sone-
gando despachos de mercadorias expor-
tadas e apropriando-se da importância
dos impostos pagos.
Apurada a responsabilidade do fun-
cionário infi el, foi requisitada a sua pri-
são administrativa, que não efetuou-se
por haver ele se evadido, em vista de que
exonerei-o, a bem do serviço, do cargo
que exercia, mandando remeter à auto-
ridade judiciária competente todos os
documentos relativos ao fato, a fi m de
ser iniciado o processo por crime de pe-
culato. Promoveu-se, ao mesmo tempo,
o sequestro do imóvel dado em fi ança e
de outros bens do responsável para a ga-
rantia da Fazenda.
A importância desviada, por meio do
descaminho de despachos de exportação,
monta a 24:839$227 contos de réis (em
valores atuais, cerca de R$ 1,4 milhão),
tendo-se verifi cado mais a existência de
um desfalque de 1:024$300 contos de réis
(em valores de hoje, perto de R$ 60 mil),
na caixa de estampilhas. Além do subdire-
tor foram exonerados o segundo escritu-
rário e três guardas, por ter fi cado paten-
te a absoluta falta de zelo no cumprimento
dos deveres dos cargos que exerciam.”
Além do primeiro caso de corrupção envolvendo servidor da Secretaria da Fazenda, pode ter sido este, também, a primeira auditoria do Governo do Estado em suas repartições.
A ética, transparência e moralidade
A dica cultural deste mês vem de João Henrique Heidrich, analista da Receita Estadual há 41 anos. Ele sugere o livro “1808”, de Laurentino Gomes. “Este livro relata episódios da verdadeira história vivida pelo povo português. A maneira pela qual eram tratados os assuntos do país, o que certamente infl uenciou na formação de nosso caráter político
e também na nossa ideia de civilidade”, destaca Heidrich.
• Laurentino Gomes, Editora Planeta, 372 páginas, categoria não-fi cção, preço aproximado R$ 40. Livro está há 207 semanas não consecutivas, segundo recente cotação da revista Veja, entre os dez mais vendidos do país.
A Real história brasileira
João Henrique
Heidrich
De
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mado R$ 40.
3>NOTAS FISCAIS Julho de 2012
Geral
A s Secretarias da Fazenda de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul fi rmaram parceria para implantar,
a partir de 1º de agosto, projeto piloto que verifi cará a situação cadastral das empre-
sas dos dois Estados durante a emissão
da Fiscal Eletrônica (NF-e). A medida
tem como objetivo evitar a concorrência
desleal, auxiliar as empresas emissoras de
documento fi scal eletrônico e coibir a so-
negação. A intenção é estender a parceria
para os demais Estados.
Hoje, no caso de uma venda entre em-
presas dos dois Estados, o fi sco verifi ca ape-
nas a situação do vendedor, o emissor do
documento fi scal. Com a implementação
do projeto, será possível consultar também
a situação do destinatário da mercadoria,
inviabilizando a emissão da NF-e caso seja
comprovada a existência de irregularidade
no cadastro de qualquer um dos envolvi-
dos na operação. A situação cadastral pode
ser verifi cada em www.sef.sc.gov.br ou no
Sintegra. Não haverá rejeição se o destina-
tário estiver desobrigado de inscrição no
Cadastro de Contribuintes do ICMS.
A Escola Fazendária, dentro do
projeto "Portal do Conhecimen-
to Corporativo", quer valorizar
ainda mais os servidores da Secretaria
da Fazenda. Para isso está efetuando um
levantamento da produção científica
dos servidores fazendários relacionada
com as áreas e processos da secretaria.
E, para isso acontecer, a ESFAZ quer
saber se você possui alguma produção
científica ou outro tipo de material.
O objetivo é compilar trabalhos
como monografias, dissertações, teses,
artigos e livros, para criar uma Biblio-
teca Virtual. A Escola Fazendária bus-
ca a socialização do conhecimento no
âmbito da organização. Assim, se você
possui algum trabalho relacionado aos
temas citados, entre em contato com a
equipe da Escola Fazendária. Ou então
solicite mais informações pelo site da
ESFAZ: [email protected].
Vale ressaltar que outros trabalhos
como produção cultural e literária fa-
rão parte de uma segunda etapa do
projeto.
Fazendas de SC e RS parceiras contra a concorrência desleal
Escola Fazendária projeta a criação de Biblioteca Virtual
Projeto piloto nacional vai checar cadastros na emissão da NF-e
Primeira parte do acervo busca monografi as, teses, artigos e livros
Os contribuintes emitentes poderão consultar a regularidade cadastral no site da SEF ou pelo Sintegra
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Corte nas despesasO Governo do Estado suspendeu até 31 de dezembro de 2012 todos os atos
administrativos que impliquem aumento de despesa da folha de pagamento estadual nos órgãos da Administração Direta, Autarquias e Fundações do Poder Executivo, além das empresas dependentes do Tesouro do Estado. A determinação foi publicada por meio de Resolução do Grupo Gestor de Governo no Diário Ofi cial no dia 25 de julho. De acordo com o secretário da Fazenda, Nelson Serpa, que coordena o Grupo Gestor, as medidas de contenção de despesas são necessárias em razão da desaceleração da economia e consequente queda na arrecadação dos tributos, principalmente o ICMS.
Dicionário ICMSCom 1776 páginas, a obra criada pelo auditor fi scal Almir Gorges, chega na sua 13ª edição. Atualizada
e incorporando a interpretação das alterações mais recentes da legislação do ICMS de SC, além de conter assuntos novos, é uma obra essencial a qualquer profi ssional do meio tributário. A obra traz curso completo sobre Substituição Tributária, com exemplos práticos; questões sobre Nota Fiscal e Conhecimento Eletrônico, Escrituração Fiscal Digital e PAF-ECF; o Simples Nacional de A a Z; seção especial de “Perguntas e Respostas”; entre outros. Interessados podem obter mais informações por meio da página na internet www.dicionariodoicms.com.br.
ProrrogaçãoEm julho, a Secretaria da Fazenda prorrogou o prazo para que os contribuintes
inadimplentes em relação ao ITCMD - Imposto sobre heranças e doações - regularizassem espontaneamente a situação. Quem recebeu heranças ou doações acima de R$ 2.000, como, por exemplo, imóveis, veículos e dinheiro, entre 2007 e 2012, e não tivesse declarado ao fi sco estadual, tinha a possibilidade de quitar o débito, evitando o pagamento de multa e juros, até o recebimento da notifi cação. As notifi cações foram entregues na primeira quinzena do mês de julho.
◉ EXPEDIENTE - Informativo interno da SEF produzido pela Assessoria de Comunicação || (48) 3665-2575 / 3665-2572 || [email protected] || Maiara Gonçalves (MTb 3236) e Enio Parker Novaes (MTb 995) com as colaborações de Marianne Ternes e Guilherme Garcia (estagiários).
Guilherme Garcia
Lógica e criatividade seguem caminhos totalmente diferentes, mas quando unidas podem resultar em trabalhos
que vão além de um simples passatempo. A partir de uma produção de conclusão de curso de sua irmã, Marivânia, a gaúcha de Liberato Salzano, Loreni Pizzi, 37, recebeu convite para acompanhar e auxiliar a produ-ção do curta-metragem Boca Rica.
Loreni foi além de uma simples ajudante, desempenhou a função e ocupou o cargo de produtora executiva do fi lme. Mesmo não atuando diretamente nos aspectos técnicos do curta, foi extremamente importante e res-ponsável pela produção geral.
Assim que recebeu o script, colocou em prática o conhecimento de administração. Fez estimativa dos gastos, fi cou responsável pelos contratos, aluguel de equipamento, transporte, alimentação, e patrocínios, além de auxiliar na produção de arte.
Para quem coordena diariamente, desde 2005, uma equipe de 25 pessoas e trabalha com um orçamento de R$ 380 milhões na GEAFC/SEF, Loreni não teve difi culdades em administrar a produção, mas sim surpresas.
Quando soube que precisaria de um cai-xão para uma cena do fi lme, foi com a irmã até uma funerária em Palhoça. Responsável
Luz, câmera e... matemáticaLoreni Pizzi, gerente da GEAFC/DIAF, é também produtora executiva no cinema catarinense
Curta-metragem Boca Rica foi exibido durante o 16º Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), que recebeu mais de 20 mil pessoas em junho de 2012
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Loreni
destina o
tempo fora
da SEF para
se dedicar
ao cinema
pelos custos, Loreni entrou na loja e imedia-tamente pediu, com um sorriso no rosto, o caixão mais barato que tivesse para alugar. O rapaz que estava do outro lado do balcão fi cou surpreso, sem entender nada. Tudo fez sentido somente quando ela fi nalmente ex-plicou que se tratava de um fi lme.
O curta-metragem foi exibido no 16º Flo-rianópolis Audiovisual Mercosul (FAM) deste ano. Durante oito dias, mais de 20 mil pessoas assistiram às estreias nacionais e pro-duções premiadas. Em 2013, estará envolvi-da em duas produções: “A Última Gaveta à Esquerda” e “Vide Bula”, ambos roteirizados pela irmã cineasta. “Agora assisto aos fi lmes com olhar mais técnico e crítico”, diz.
A gerente da GEAFC agora destina o tempo livre para se dedicar ao cinema. Com um cá-lice de um bom vinho, acompanha algumas obras clássicas, como “O Conde de Monte Cristo”, fi lme que já viu quatro vezes.
► FICHA TÉCNICA
Boca RicaRoteiro: • Marivânia PizziProdução executiva:• Loreni PizziSinopse: • Vitorino, um garimpeiro
aposentado, morre deixando a família na miséria. Apesar de muito trabalho, nunca conseguiu mais do que uma pepita dourada, que estampa seus dentes. A amizade com um geólogo ajuda a redimí-lo, partindo orgulhoso, estampando em seu rosto, um largo sorriso dourado. À família, deixa como testamento um tes-temunho de belas palavras que aprendeu com o amigo e os dentes de ouro.Classifi cação indicativa:• 10 anos
Guilherme Garcia
Criado pela Constituição Federal de 1988, o Imposto sobre a Trans-missão Causa Mortis e Doação
(ITCMD) é cobrado sempre que alguém recebe um bem por meio de doação ou herança. Pode ser qualquer tipo de bem, como, por exemplo, imóveis, veículos, ações, cotas de empresa, móveis, dinheiro em espécie, títulos e créditos.
Cada Estado tem uma lei que institui a cobrança no âmbito de sua competên-cia. No último ano, a arrecadação total do ITCMD atingiu R$ 93 milhões, repre-sentando uma participação de 0,63% no montante da arrecadação estadual.
De acordo com o coordenador do ITCMD no Estado, o auditor fi scal Luiz Carlos Mello da Silva, quando alguém re-cebe uma doação ou uma herança não pre-cisa pagar o preço do bem para ter direito a ele. O benefi ciário tem apenas despesas com a transmissão, como o pagamento do ITCMD ou das custas de cartório. Este é o fato econômico que justifi ca a incidência do tributo nos casos em que a pessoa tem direito a incorporar um bem ao patrimô-nio de forma não-onerosa.
O pagamento do ITCMD deve ser feito pelo benefi ciário da transmissão de bens. No caso da doação é o donatário. Já no caso de herança, pode ser o herdeiro le-gítimo, aquele que faz parte da linha su-cessória prevista na lei civil, ou herdeiro testamentário, quem recebe o legado, isto é, o benefi ciário do testamento.
Em Santa Catarina, desde outubro de 2008, o procedimento é feito pela Inter-net e pode ser concluído em questão de minutos. O contribuinte acessa a pági-na eletrônica da Secretaria da Fazenda e preenche um formulário de Declara-ção de Informações Econômico-Fiscais (DIEF). Na declaração são informados os dados referentes à transmissão e o próprio sistema calcula o valor do im-posto a pagar.
É gerado um Documento de Arreca-dação Estadual (DARE) que pode ser pago na rede bancária ou pela própria Internet. Depois de concluir o procedi-
DIVULGAÇÃO/ASCOM
ITCMDComo funciona
► SAIBA MAIS
Até R$ 20 mil: 1% sobre o valor dos bens
De R$ 20 mil a 50 mil:3% sobre o valor dos bens e diminui R$ 400
De R$ 50 mil a 150 mil:5% sobre o valor dos bens e diminui R$ 1.400
Acima de R$ 150 mil:7% sobre o valor dos bens e diminui R$ 4.400
Alíquota de 8%:Aplicada quando se trata de transmissão entre parentes colaterais (como tios, primos, etc.) ou quando não há rela-ção de parentesco entre o doador e o benefi ciário.
5>NOTAS FISCAIS Julho de 2012
O Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis
e Doação é cobrado, pelo Estado, sobre bens
recebidos por meio de doação ou herança
Para calcular quanto será o ITCMD, basta apurar o valor dos bens transmitidos e posteriormente aplicar a seguinte tabela prática:
mento, o contribuinte pode ir até o car-tório e dar continuidade aos registros referentes à transmissão dos bens.
A legislação prevê diferentes casos de benefícios fi scais, que são divididos em imunidade e isenção. Como é o caso, por exemplo, de transmissão de bens via doa-ção ou testamento para templos de qual-quer culto, partidos políticos, sindicatos
e instituições de educação e assistência social sem fi ns lucrativos.
No Estado, existe isenção quando o valor do bem transmitido por heran-ça ou doação não ultrapassa R$ 2.000. Mesmo nestes casos, o contribuinte deve preencher a DIEF e requerer a isenção ou imunidade, que também é processa-da de forma eletrônica.
A auditora do sol poente
Filha de japonês que veio para o Brasil após a guerra, Clarice Ehara superou difi culdades da infância humilde, fez faculdade, morou no Japão e hoje é auditora interna do Poder Executivo
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Eu tinha 21 anos quando resolvi co-nhecer o Japão. Era 1991 e eu já ti-nha largado o curso de Administra-
ção para fazer Ciências Contábeis, mas não sabia se era isso mesmo que queria fazer. Também não estava feliz com meu emprego de Técnica Administrativa na Universidade Estadual de Londrina. Então, pensei: ‘Vou para lá, conhecer e ganhar um dinheirinho’. Nessa época, muitos estrangeiros e descen-dentes de japoneses foram conhecer e mo-rar no país. Eu era um deles.
Meu pai veio para o Brasil logo depois do fi m da Segunda Guerra Mundial, por volta dos 20 anos de idade. A família dele tinha ter-ras e uma plantação de arroz lá, mas o Japão estava devastado. Ele veio sozinho, na cara e na coragem, com a promessa de mandar al-gum dinheiro para a família. Só que não foi bem assim: quando chegou, foi trabalhar no interior de São Paulo e acabou virando mão-de-obra escrava. Não recebia pagamento e ainda tinha a dívida interminável da viagem de navio e da hospedagem. De algum jeito, ele conseguiu sair de lá e se mudou para o in-terior do Paraná, onde conheceu minha mãe, brasileira fi lha de japoneses.
Eles foram apresentados pelas famílias. O casamento foi arranjado – um Miyai, como é chamado em japonês. Minhas duas irmãs, meu irmão e eu, a caçula, nascemos no Pa-raná. Nossa infância e adolescência foram muito pobres. Como meu pai não sabia falar português (ele me chamava de ‘Cu-ra-rice’ porque no japonês não existe a junção do C com o L) e não tinha formação escolar, era muito difícil arranjar emprego. Depois de trabalhar por algum tempo na terra de ou-
tros, ele conseguiu arrendar uma terrinha. Na época, não existiam incentivos e fi nan-ciamentos e ele não tinha dinheiro. Então, era plantar hoje para comer amanhã.
Meu pai falava sempre: ‘Eu não tenho dinheiro, eu não pude estudar, não vou poder deixar nada para vocês. Mas pelo menos o estudo eu vou dar porque a partir daí vocês conquistam’. E foi assim: quando minha irmã mais velha fez sete anos e en-trou em idade escolar, nós morávamos no sítio e não tinha escola por perto. Ele disse: ‘Nós vamos ter que mudar para a cidade para ela poder estudar’. E aí ele devolveu a terra e nós fomos para Londrina.
As pessoas têm aquela coisa da rigidez e da disciplina japonesa, mas minha famí-lia nunca foi de cobrar. Minha mãe nunca olhou caderno, boletim, nunca pediu nada, sempre foi assim. Porque era tanta preocu-pação pra conseguir viver que a própria vida nos ensinou. Todos os fi lhos estudaram e se formaram por conta. Todos têm faculdade.
Apesar de meu pai ser japonês, bastante disciplinado e organizado, eu só fui ter mais contato com a cultura japonesa mesmo du-rante os quase três anos que vivi no Japão. Morei em várias cidades do interior, me mu-dava sempre que conseguia um novo empre-go. Trabalhei em montadoras de aspirador de pó, chips da Sony, linhas de montagem. Lá vi como os japoneses são extremamente organizados, disciplinados e dedicados. Eles trabalham como se a fábrica fosse deles. Têm muito amor, muito cuidado.
Era uma época que tinha muito estran-geiro no Japão. Todo lugar que eu ia encon-trava amigos, brasileiros e de outros países, e nós saíamos juntos. Foi com um desses grupos de amigos que fui escalar o Monte Fuji. Eu não tinha ideia da difi culdade e foi horrível! Comecei a sentir dor no ouvido por causa da pressão e queria descer, mas ninguém quis e eu tive que acompanhar. Escalamos a noite inteira e, em alguns tre-chos, eles alugam bastões para auxiliar na subida porque é muito íngreme. Quando chegamos lá em cima, o dia estava nas-cendo, conseguíamos ver tudo, os lagos... É muito bonito. É uma coisa que você não esquece. Mas hoje eu não faria mais!”
(entrevista e transcrição de Marianne Ternes)
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Sua história
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Clarice trabalha na Diretoria de Auditoria Geral
(DIAG) da Secretaria da Fazenda desde 2009
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Gesagro, presente desde fertilizantes a frigorífi cosGrupo monitora 3.000 contribuintes no Estado e foi responsável pela arrecadação de R$ 118,8 milhões neste primeiro semestre
Marianne Ternes
O Grupo Especialista Setorial Agroin-dústria (Gesagro) é um dos 18 Grupos Especialistas Setoriais de
Fiscalização (GES), responsáveis por 80% da arrecadação de ICMS no Estado. O Gesagro é encarregado da fi scalização da cadeia pro-dutiva da agroindústria, composta por mais de 3.000 estabelecimentos ativos, de acordo com cadastro de dezembro de 2011.
Estão incluídos no grupo de contribuintes acompanhados pelo Gesagro desde as fábri-cas de fertilizantes, indústrias de ração e de insumos agroindustriais até os frigorífi cos, moinhos de trigo e milho, ervateiras e ataca-distas ligados diretamente ao setor, como de carne e insumos agropecuários.
Criado em 25 de março de 2008, o grupo é composto hoje por cinco auditores fi scais: César Eduardo Grando Coletti (coordena-dor), Valdir Sebastiani (sub-coordenador) e Ingon Luiz Rodrigues (integrante), que atu-am em Chapecó, e Jorge Henrique Bernardes (integrante) e Luiz Carlos Souza Hemcke-maier (integrante), ambos lotados em Lages.
Eles têm a tarefa de estudar o contexto das agroindústrias catarinenses, identifi -cando as empresas que compõem o setor, para fazer um acompanhamento perma-nente e ter uma visão integrada da produ-ção agroindustrial e da comercialização no Estado. Também devem orientar as empre-sas do setor quanto ao cumprimento das obrigações tributárias e promover ações de estímulo ao pagamento espontâneo de débitos. Além disso, participam da elabo-
ração de planos setoriais de fi scalização de abrangência estadual ou regional.
Assim como os demais GES, o Gesagro seleciona os contribuintes responsáveis por 80% da arrecadação do setor da Agroindús-tria e os acompanha mensalmente, identi-fi cando os decréscimos na arrecadação e as razões da ocorrência. Este procedimento é realizado manualmente. Ao todo, informa Colletti, são 207 estabelecimentos monito-rados e mais 11 em acompanhamento.
Para identifi car quais empresas estão em débito com o ICMS, existe um grupo especí-fi co que monitora as faltas de recolhimento do imposto declarado na DIME (Declaração do ICMS e do Movimento Econômico). Os débitos decorrentes das operações das em-presas que não são declarados nas DIMEs são identifi cados através do monitoramento ou do acompanhamento. Se confi rmados, são objeto de notifi cações fi scais apuradas em auditorias fi scais ou contábeis.
A arrecadação do Gesagro no primeiro semestre de 2012 foi de R$ 118,8 milhões, com um crescimento de 2,34% em relação ao mesmo período do ano anterior. O gru-po planeja para o segundo semestre uma operação nos estabelecimentos que adqui-rem carne bovina ou bufalina de outros Es-tados, com o objetivo de verifi car o recolhi-mento do ICMS devido pela entrada destas carnes em Santa Catarina. “Esperamos para o segundo semestre uma reação positiva da arrecadação, seja em função do incremento nas vendas do setor, seja em relação à veri-fi cação da correta utilização dos benefícios fi scais”, explica o coordenador Coletti.
Frigorífi cos, indústrias de ração, moinhos de
trigo e ervateiras são exemplos de contrinuintes
fi scalizados pelo GES Agroindústria
Os Especialistas
► QUEM SÃO ELES
CoordenadorCésar Eduardo Grando Coletti •
8ª Gerfe Chapecó
Sub-CoordenadorValdir Sebastiani •
8ª Gerfe Chapecó
IntegranteIngon Luiz Rodrigues•
8ª Gerfe ChapecóJorge Henrique Bernardes•
10ª Gerfe LagesLuiz Carlos Souza Hemckemaier•
10ª Gerfe Lages
O Notas Fiscais apresenta uma série de matérias sobre os Grupos Especialistas Setoriais (GES) da SEF. Nesta edição, falaremos sobre o GES
Agroindústria. No mês que vem será a vez do GES Automação Comercial.
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Fatos e fotos que merecem destaque e fazem parte
do dia a dia aparecem aqui.
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■ Mais boloO melhor do aniversário é estar
com os amigos. E neste mês de julho
mais dois funcionários assopraram
velinhas. A procuradora do Estado,
Jocélia Lulek, que presta serviço para
a Secretaria da Fazenda, compartilhou
um bolo com os colegas no dia 13. Já
o assessor de assuntos tributários do
gabinete, Ramon Medeiros, regeu o
coro do "Parabéns a você", no dia 19.
Nas duas comemorações não faltaram
animação e salgadinhos. Nós, do
NOTAS FISCAIS, não deixamos de
estar presentes para registrar a alegria
na festa pela vida de dois queridos
colegas. E nunca é tarde para desejar,
aos dois, muita saúde e felicidades por
mais um ano de convívio.
Apesar de todos os avanços da Medicina, lavar as mãos
continua sendo a melhor maneira de prevenir uma
infecção. Ralph Cordell
Epidemiologista americana do Centro de Controle de Doenças,
em Atlanta, Estados Unidos. ■ Na telinhaNão só de números vivem os fazendários. Neste mês a SEF foi
a primeira a divulgar o projeto de programas, ações e atividades
desenvolvidas em cada área. Por videoconferência, representantes de
quatro diretorias da SEF falaram para todas as SDRs. Já o secretário
Nelson Serpa participou de um debate onde o tema central foi a
renegociação das dívidas dos Estados com a União.
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