NotaTec 25_Emprego Domestico

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  • 8/2/2019 NotaTec 25_Emprego Domestico

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    Nmero 25 Junho 2006

    NOTA TCNICA

    INCENTIVO FORMALIZAO DO

    EMPREGO DOMSTICO

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    NOTA TCNICA Incentivo formalizao do emprego domstico 2

    Incentivo formalizao do emprego domstico

    No Brasil, no ano de 2004, 6,5 milhes de pessoas trabalhavam com empregadosdomsticos, 95% delas do sexo feminino. O perfil das ocupadas nesta atividade seassemelha: geralmente so trabalhadoras negras, com idade entre 25 e 39 anos, com oensino fundamental incompleto.

    uma ocupao antiga que virou profisso regulamentada apenas a partir de 1972,caracterizada por longas jornadas, muitos trabalhadores sem carteira e baixos salrios.Apenas 30% das trabalhadoras contribuem para a Previdncia Social, o que faz com queestas mulheres tendam a permanecer no mercado de trabalho por mais tempo, semconseguir aposentadoria pblica.

    A peculiaridade de ser uma atividade realizada no domiclio das famlias colocaalgumas dificuldades. De um lado impede a fiscalizao de contratao e de jornadas; poroutro, o pouco contato que estas mulheres mantm entre si dificulta a formao da noo declasse trabalhadora e a ao do sindicato.

    Em 06 de maro de 2006, o Governo Federal editou a Medida Provisria no 284,que altera a legislao do imposto de renda das pessoas fsicas, introduzindo a possibilidadede deduzir a contribuio patronal paga Previdncia Social pelo empregador domstico

    incidente sobre o valor da remunerao do empregado. O objetivo desta medida ampliar oregistro em carteira entre os empregados domsticos, garantindo direitos a estestrabalhadores.

    Esta nota tcnica visa discutir o emprego domstico no Brasil, luz da medidaeditada pelo governo.

    Perfil do empregado domstico

    Em 2004, O Brasil possua 6,5 milhes de empregados domsticos, assimdistribudos pelas regies geogrficas: Norte (449 mil trabalhadores); Nordeste (1,4

    milhes de trabalhadores); Sudeste (3,1 milhes de trabalhadores); Sul (888 miltrabalhadores); Centro-Oeste (593 mil trabalhadores).

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    TABELA 1Estimativa dos ocupados no emprego domstico

    Brasil e Grande Regies - 2001 a 2004

    AnoBrasil e Regio Geogrfica

    2001 2002 2003 2004

    Brasil 5.891.227 6.110.060 6.154.621 6.472.484Norte 320.347 349.307 375.767 449.983Nordeste 1.333.811 1.361.702 1.320.810 1.427.568Sudeste 2.857.740 2.953.988 3.040.523 3.112.584Sul 839.292 912.725 877.183 888.596Centro-Oeste 537.781 528.553 539.428 593.753

    Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de DomicliosElaborao DIEESE

    pequena a parcela de empregados domsticos com carteira assinada. Em 2004, 1,6

    milhes de trabalhadores domsticos do Brasil possuam registro em carteira, ou seja,apenas 25,8% do total. Na regio Norte, a proporo foi de 11,6%; no Nordeste, de 14,6%;no Sudeste, 32,3%; no Sul, 30,3% e no Centro-Oeste, 23,1%.

    TABELA 2Proporo de trabalhadores domsticos com carteira de trabalho assinada

    Brasil e Grandes Regies - 2001 a 2004

    AnoBrasil e RegioGeogrfica 2001 2002 2003 2004

    Brasil 26,1 25,8 27,1 25,8Norte 12,0 10,3 10,6 11,6

    Nordeste 15,7 13,8 15,0 14,6Sudeste 32,5 32,4 33,6 32,3Sul 29,8 31,2 31,0 30,3Centro-Oeste 19,9 20,7 24,9 23,1

    Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de DomicliosElaborao DIEESE

    O salrio mdio brasileiro dos trabalhadores domsticos, em 2004, era de R$246,00. Na regio Norte, a mdia era de R$ 209,00; no Nordeste ficava em R$ 161,00; naregio Sudeste chegava a R$ 287,00; no Sul, a R$ 257,00 e, na regio Centro-Oeste, R$243,00.

    Em setembro de 2004, ms de referncia da Pesquisa Nacional por Amostra deDomiclio, o salrio mnimo era de R$ 260,00. Com o desconto da contribuio dostrabalhadores para a Previdncia Social, o lquido seria de R$ 240, 11. Assim, o salriomdio do emprego domstico, no Brasil, superaria o salrio mnimo lquido apenas naregio Sudeste, Sul e Centro-Oeste. O mesmo no acontece com no Norte e Nordeste, ondeos salrios mdios estariam abaixo do salrio mnimo lquido.

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    TABELA 3Salrio mdio do emprego domstico

    Brasil e grandes regies - 2001 a 2004 (em R$ )AnoBrasil e Regio

    Geogrfica 2001 2002 2003 2004

    Brasil 191 207 230 246Norte 149 158 185 209Nordeste 128 135 150 161Sudeste 229 246 270 287Sul 193 215 235 257Centro-Oeste 173 195 225 243

    Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de DomicliosElaborao DIEESE

    A legislao

    A profisso de empregado domstico foi regulamentada pela Lei n 5.859 de 11 dedezembro de 1972, que especificou os principais direitos para a profisso tais como:

    frias de 20 dias teis a cada doze meses de trabalho prestados;

    benefcios assegurados pela lei orgnica da Previdncia Social aposentadoria,acesso sade, auxlios previdencirios;

    pagamento de 8%, tanto para o empregado quanto para empregador com vistas acustear os benefcios da previdncia social;

    multas por no cumprimento desse pagamento, variando entre 10% e 50% do valor

    do dbito.A Lei estabeleceu um prazo de 90 dias para sua regulamentao, com sua entrada

    em vigor 30 dias aps a publicao do seu regulamento. Em 9 de maro de 1973, editou-seo Decreto Lei N 71.885, que alm de manter os principais direitos estabelecidos na lei de1972, detalhou a forma do contrato de trabalho e determinou que as divergncias entreempregado domstico e empregador, relativas s frias e anotao na Carteira do Trabalhoe Previdncia Social, ressalvadas as competncias da Justia do Trabalho, seriam dirimidaspela Delegacia Regional do Trabalho.

    Em 19 de dezembro de 1985, foi regulamentado o Decreto N 92.180, que instituiu

    o vale-transporte e garantiu para os trabalhadores domsticos, os mesmo direitos dosdemais trabalhadores.

    Em 23 de maro de 2001, aps vrias reedies de medida provisria sobre oassunto, foi aprovada a Lei N 10.208 que facultava o acesso, para o empregado domstico,ao Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS - e ao seguro desemprego. Essa lei foiuma tentativa de garantir ao empregado domstico, direitos j consagrados para os demais

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    trabalhadores. Porm, o fato de ser opcional, no incentivava os empregadores a inscrever otrabalhador domstico no FGTS.

    Dados do Ministrio do Trabalho e Emprego mostram que, em 2001, 2.105trabalhadores domsticos receberam seguro desemprego; em 2002, 8.016 trabalhadores; em

    2003 e 2004, 9.207 e 9.490 trabalhadores, respectivamente, e, em 2005, 2.525trabalhadoresdomsticos, considerando um universo de 1,6 milhes de trabalhadores domsticos comcarteira assinada. Como a legislao garante que s tem acesso ao seguro-desempregoquem estiver inscrito no FGTS, os dados do MTE sugerem que, mesmo entre ostrabalhadores com carteira assinada, a no inscrio no Fundo de Garantia uma regra, nouma exceo.

    Incentivo formalizao

    Em 06 de maro de 2006 foi editada a medida provisria N 284, que altera a

    legislao do imposto de renda das pessoas fsicas e introduz a possibilidade de deduzir acontribuio patronal paga Previdncia Social pelo empregador domstico incidente sobreo valor da remunerao do empregado. A deduo:

    Est limitada a apenas 1 empregado domstico por declarao, inclusive no caso dadeclarao em conjunto;

    Est limitada ao valor recolhido no ano-calendrio a que se referir declarao;

    Refere-se ao contribuinte que utilizar o modelo completo de Declarao de AjusteAnual

    A deduo no imposto de renda no poder exceder ao valor da contribuiopatronal calculada sobre um salrio mnimo mensal.

    O objetivo da medida elevar o registro em carteira do trabalhador domstico,atravs de concesso de benefcio aos empregadores. O perfil do empregador composto,em sua maioria, de trabalhadores assalariados cujos rendimentos situam-se no extratosuperior da pirmide salarial.

    Esta ao do governo visa atacar dois problemas especficos da categoria: a falta deregistro em carteira e os custos previdencirios incidentes para o empregador domstico.

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    Entretanto, o limite mximo de at 1 salrio mnimo para o benefcio e aexclusividade para obter o benefcio via declarao com formulrio completo, so aspectosda medida provisria que merecem uma melhor discusso1, para que se possa concretizar oobjetivo da formalizao dos trabalhadores domsticos.

    Limite de um salrio mnimo

    A medida provisria estabelece que o empregador poder descontar no imposto derenda at o limite de um salrio mnimo. Em abril de 2006, esse valor seria de R$ 42,00 porms, o que corresponde 12% do salrio mnimo2, parcela que cabe ao empregador pagarpara a Previdncia Social.

    Mesmo que o empregador pague ao empregado domstico mais de um salriomnimo, no poder ter maior deduo. Assim, essa medida poderia induzir a sub-remunerao, de forma que o trabalhador receberia oficialmente um salrio mnimo e, por

    fora, uma outra quantia complementar.Em 2004, dos 1,8 milhes de trabalhadores domsticos inscritos na Previdncia,

    26,4% contribuam com valor equivalente a at um piso previdencirio e 92,4%, at doispisos previdencirios. Isso indica que h espao para aumentar o alcance da medida.

    Nesse sentido, valeria o esforo de elevar o desconto at dois pisos previdencirios(dois salrios mnimos), o que poderia beneficiar at 1,7 milhes de contribuintesatualmente cadastrados na Previdncia como trabalhadores domsticos. Ainda, tenderia aaumentar o incentivo para aqueles que no formalizaram seus empregados.

    1 Esta MP ainda est tramitando no Congresso Nacional. A Cmara dos Deputados aprovou-a no dia 10 demaio com modificaes que introduzem a obrigatoriedade de o empregador depositar o FGTS para oempregado, o pagamento do salrio-famlia, a estabilidade a gestante e o no-desconto dos valores cobrados attulo de despesas de alimentao, vesturio, material de higiene e moradia do empregado domstico. OSenado Federal est apreciando a nova verso e tambm discute a possibilidade de inserir outrasmodificaes, como por exemplo, a extenso do benefcio fiscal para dois empregados, a dispensa da multa de40% do FGTS, entre outras sugestes que esto em anlise e que, se aprovadas, devem ser encaminhadas parasano presidencial.2 A Lei n 7.787, de 30 de junho de 1989 elevou a alquota de contribuio do empregador domstico de 8%para 12%.

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    TABELA 4Quantidade de contribuintes trabalhadores domsticos segundo as faixas de pisos

    previdenciriosBrasil - 2001 2004

    (n de contribuintes)

    AnoFaixas de pisos previdencirios2001 2002 2003 2004

    TOTAL DE CONTRIBUINTES 1.645.200 1.660.269 1.791.411 1.841.501Contribuies menores que 1 273.451 259.703 129.811 136.334Contribuies igual a 1 538.327 526.150 319.773 349.545Contribuies at 1 piso 811.778 785.853 449.584 485.879Proporo das contribuies at 1 piso(%) 49,3 47,3 25,1 26,438

    Contribuies maiores que 1 at 2 686.135 737.920 1.199.991 1.215.755Contribuies at 2 1.497.913 1.523.773 1.649.575 1.701.634Proporo das contribuies 2 pisos(%) 91,1 91,8 92,1 92,4

    Contribuies acima de 2 at 3 97.533 92.663 110.511 107.501Contribuies acima de 3 at 4 28.878 24.494 19.948 20.598Contribuies acima de 4 at 5 8.910 9.024 6.805 6.703Contribuies acima de 5 at 6 4.950 4.656 2.815 2.633Contribuies acima de 6 at 7 2.614 2.039 1.324 1.237Contribuies acima de 7 at 8 1.480 1.492 258 660Contribuies acima de 8 at 9 921 1.059 81 365Contribuies acima de 9 2.001 1.069 94 170

    Fonte: Dataprev, CNISElaborao DIEESE

    Exclusividade para declarao completa

    A medida provisria estabelece que o benefcio se aplica exclusivamente paraaqueles que utilizarem o modelo de declarao completa. Os contribuintes que optarempelo formulrio simplificado no tero direito ao incentivo da medida provisria. Essaressalva poder afetar milhes de contribuintes que declaram por esse modelo deformulrio e que tenham empregados domsticos.

    O ltimo dado divulgado pela Secretaria da Receita Federal foi em 2001, quando13,9 milhes de contribuintes fizeram a Declarao Anual de Pessoa Fsica, dos quais, 8,7

    milhes a fizeram pelo modelo simplificado, ou seja, 62,8% do total. Caso se estime essemesmo percentual para 2004, quando 20,5 milhes de contribuintes fizeram declarao doimposto de renda, cerca de 12,9 milhes de pessoas ficariam sem acesso ao benefcio deformalizao do emprego domstico. Novamente o montante de contribuintes que declaramno modelo simplificado justifica uma discusso mais profunda sobre esse aspecto damedida provisria.

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    TABELA 5Tipo de formulrio utilizado na entrega da declarao do Imposto de Renda Pessoa

    FsicaBrasil - 2001 e 2004

    AnoTipo de formulrio2001 % 2004(1) %

    Simplificado 8.729.400 62,77 12.905.512 62,77Completo 4.861.324 34,96 7.187.776 34,96Super simplificado 315.421 2,27 466.712 2,27TOTAL 13.906.145 100,00 20.560.000 100

    Fonte: Secretaria da Receita FederalElaborao DIEESENota: (1) Estimativa

    Concluso

    O emprego domstico no regido pela CLT, mas por lei especial (5.859/72), o que

    resulta em direitos diferenciados frente aos demais trabalhadores do pas. Mas, ao longo dotempo, observou-se que vrias garantias e benefcios foram estendidos para ostrabalhadores domsticos.

    O empregado domstico deve ser amparado legalmente como todos ostrabalhadores, apesar das especificidades do servio domstico: longas jornadas, poucaformalizao e baixos rendimentos, direitos trabalhistas diferenciados e ambigidade nasrelaes de trabalho e emprego decorrente do exerccio do trabalho ocorrer no domiclio doempregador. Assim, necessria a luta pela igualdade de direitos com os demaistrabalhadores e a garantia do cumprimento da legislao existente.

    preciso agir sobre esta situao em trs frentes: elevar o nvel educacional destestrabalhadores, dando possibilidade de outras inseres no mercado de trabalho e mesmo, deluta por mais direitos. Valorizar o emprego domstico, atravs de incentivos aformalizao, contribuio previdenciria e elevao dos salrios e dar capacidade paraestas mulheres se identificarem e se organizarem enquanto classe trabalhadora, para quepossam lutar por seus direitos.

    A Medida Provisria n 284 talvez seja um primeiro movimento nesta direo aoconceder benefcios fiscais diretamente pessoa fsica empregadora. A Unio, os Estados,e os Municpios concedem benefcios fiscais pessoa jurdica em montante superior ao da

    MP n 2843, com resultados, em alguns casos, extremamente duvidosos sob o ponto devista da gerao e formalizao do emprego.

    3Alguns estados concedem iseno do 75% do ICMS para criao de indstria, o governo federal d um sriede isenes para as ZPEs Zonas de Processamento de Exportao, alguns municpios concedem iseno deISS

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    Entretanto, preciso considerar que a situao de extrema precariedade do empregodomstico no pas s ser equacionada com o crescimento econmico. A reduo das taxasde desemprego, a melhora nas condies de insero do trabalhador no mercado de trabalho- contratao formal, acesso a direitos e benefcios - e elevao dos rendimentos aumentaro poder de compra das famlias. Assim, as restries oramentrias sero menores epermitir ao chefe de famlia arcar com os custos previdencirios e outros decorrentes daformalizao do contrato de trabalho de seu empregado domstico.

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    DIEESEDireo ExecutivaCarlos Andreu Ortiz PresidenteSTI. Metalrgicas de So PauloJoo Vicente Silva Cayres Vice-presidenteSind. Metalrgicos do ABC

    Antonio Sabia B. Junior SecretrioSEE. Bancrios de So PauloCarlos Eli Scopim DiretorSTI. Metalrgicas de OsascoAlberto Soares da Silva DiretorSTI. Energia Eltrica de CampinasZenaide Honrio DiretoraAPEOESPPedro Celso Rosa DiretorSTI. Metalrgicas de CuritibaPaulo de Tarso G. B. Costa DiretorSind. Energia Eltrica da Bahia

    Levi da Hora DiretorSTI. Energia Eltrica de So PauloCarlos Donizeti Frana de Oliveira DiretorFemaco FE em Asseio e Conservaodo Estado de So PauloMara Luzia Feltes DiretoraSEE. Assessoria Percias e Porto AlegreClio Ferreira Malta DiretorSTI. Metalrgicas de GuarulhosEduardo Alves Pacheco DiretorCNTT/CUT

    Direo tcnicaClemente Ganz Lcio diretor tcnicoAdemir Figueiredo coordenador de desenvolvimento e estudosNelson Karam coordenador de relaes sindicais

    Equipe tcnicaCornlia Nogueira PortoLavinia MouraLuis MouraNelson KaramPatrcia Lino CostaIara Heger (reviso)