O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Prefeitura renova contrato do Lixo em mais R$ 11 milhões

Ausência de investimentos impede a 'cultura de praça' em Macaé

Custo pela coleta domiciliar e limpeza de terrenos baldios aumenta em 31,5% e passa a gerar uma despesa de mais de R$ 73,7 milhões aos cofres públicos, paga com dinheiro dos repasses dos royalties do petróleo PÁG. 7

Considerados como 'legados perversos' de más gestões públicas na era do petróleo, espaços públicos estão inutilizados

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), terça-feira1 de março de 2016Ano XL, Nº 8954Fundador/Diretor: Oscar Pires

DIVULGAÇÃO PM

WANDERLEY GIL

WANDERLEY GIL

KANÁ MANHÃES

Ginásio Poliesportivo conta com R$ 200 mil para ser reformado no ano da "Tocha Olímpica"

Parque é símbolo da decadência das praças

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Destinadas a imortalizar nomes de ma-caenses que fizeram história na cidade, na região e no país, as praças concentram o que há de mais precioso na rotina de Macaé: a relação entre a população e a cidade. Apesar de possuir, como patrimônio histórico, espaços como a Praça Wa-shington Luiz e a Veríssimo de Mello, o município vive hoje um processo de abandono desses locais democráticos e felizes, evidente no descaso rela-tivo ao Parque da Cidade, uma situação comum a outras praças situadas em bairros e comunida-des carentes. Mesmo assim, há macaenses que sonham com o dia em que poderão levar e brincar com seus filhos em uma área digna do tamanho e da importância de uma verdadeira Capital Na-cional do Petróleo. PÁG. 2

Ap o n t a d o s c o m o 'legados perversos' do petróleo, em matéria

publicada no último domingo (28), pelo jornal O GLOBO, o Parque da Cidade e o Ginásio Poliesportivo Engenheiro Mau-rício Bittencourt podem ser encarados como símbolos de decadência que começou mui-to antes da fase de recessão das

operações do petróleo no país.Herdados de administrações

municipais passadas, os dois projetos, que estão ligados, ad-ministrativamente, à Fundação de Esporte (Fesporte), também não receberam investimentos de reformas estruturais ao lon-go da atual gestão municipal, que já teve 'nas mãos' um total de R$ 1,5 bilhão de receitas pro-

venientes apenas dos royalties e da Participação Especial.

E, ironia ou não, entre 2013 e 2016, os royalties foram apon-tados como fonte orçamentária para custear as despesas fixadas em mais de R$ 12 milhões para a reforma dos dois espaços. A quantia representa o somató-rio das despesas registradas nas Leis Orçamentárias Anu-ais (LOA) de 2014, 2015 e 2016. As normativas, aprovadas pela Câmara de Vereadores e sancio-nadas pelo governo, apontam o direcionamento da aplicação da arrecadação estimada, dentro

OPERAÇÕES SUFOCAM O TRÁFICO DE DROGAS

SEMANA COMEÇA COM MAIS DE 300 VAGAS

DANILO FUNKE REBATE POSIÇÃO DO GOVERNO SOBRE PARQUE

Espaços abandonados e bairros sem áreas de lazer prejudicam a qualidade de vida no município

R$ 1,00

das despesas fixadas de acordo com os programas de trabalho definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), também publicadas anualmente. Para este ano, o orçamento prevê despesas de R$ 200 mil para a reforma do Ginásio Poliesporti-vo, no ano em que Macaé deverá registrar a passagem da tocha dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Já o Parque ainda tem a esperança de contar com a apli-cação de R$ 2,6 milhões para a sua reforma. Isso se os valores não forem mais uma vez anula-dos em suplementações. PÁG. 3

Verbas de R$ 12 milhões não garantiram reformas de Ginásio e Parque da Cidade

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.7

POLÍTICA CIDADE

Garotinho leva prefeitos da Ompetro a Ministro

Governo traça o cenário de “quanto pior, melhor”

ÍNDICETEMPO

COTAÇÃO DO DÓLAR

POLÍCIA POLÍTICA POLÍTICA

Reunião agendada para o dia 3 debaterá antecipação dos royalties PÁG. 3

André Longobardi faz análise sobre a arrecadação municipal diante de crise PÁG. 3

DIVULGAÇÃO PM WANDERLEY GIL

Três homens foram abordados durante ação da polícia Empresário atua no setor offshore

Suspeitos são presos pela PM com pistola Pistola 9 mm e drogas foram encontradas em Rio das Ostras PÁG. 6

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 31º CMínima 24º C

Compra R$ 4,0012Venda R$ 4,0035 Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA GERAL POLÍTICA CADERNO DOIS

Odebrecht vai bloquear acesso ao Shopping

Bicicletas estão proibidas na RJ-106

Prefeito demite mais 86 assessores

CineMaterna em cartaz nesta terça

Obras serão realizadas durante a madrugada PÁG. 6

Medida visa garantir segurança viária na cidade PÁG. 2

No sábado, 46 pessoas foram cortadas da Saúde PÁG. 3

Estará em exibição o filme "Um Suburbano Sortudo", CAPA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, terça-feira, 1 de março de 2016

CidadePRAÇAS

Acesso ao lazer ainda é precário em MacaéEnquanto alguns espaços seguem abandonados, em vários bairros o projeto nunca saiu do papel

Marianna Fontesmarifontes@odebateon.com.br

D ireito de todos, mas aces-sível para poucos. Essa é a realidade da população em

Macaé quando se trata de lazer. Apesar de o governo municipal ter realizado a reforma de algumas praças ao longo dos últimos anos e ter criado algumas novas, muitos espaços ainda seguem abandona-dos pelo poder público.

Um dos maiores exemplos disso é o Parque da Cidade. Inaugurado em 2005, ele hoje é o retrato da falta de investimentos e manutenção. Ao invés de crianças e jovens, o espaço é frequentado por usuários de dro-gas e por poucas pessoas que ainda se arriscam a utilizar as quadras.

“Os moradores reclamam de-mais das condições do parque, que deveria ser um ambiente para as fa-mílias, mas hoje é frequentado por usuários de drogas. Eu, como repre-sentante do bairro, corro atrás, mas não tenho tido êxito. Qual atitude vou tomar contra o governo?”, diz o presidente da Associação, José Pereira da Silva, conhecido como “Zezinho”, que cobra da prefeitura a revitalização do espaço. “Hoje, is-so não está tendo serventia nenhu-ma para nós”, reclama.

Outra localidade que aguarda a revitalização da sua área de la-zer é a Nova Holanda. Segundo o presidente da Associação de Mo-radores, Vando Emanuel, existe um projeto, porém, sair do papel que é bom, nada.

“Hoje esse espaço só serve para jogarem lixo, pois nem a capina fa-zem aqui. Pessoas de dentro da pre-feitura me disseram que o projeto aprovado não vai sair do papel. Já estava certa a reforma e isso revolta, pois prometeram, deixaram os mo-radores na expectativa para agora ficarmos sem saber se vai ou não de fato se tornar uma realidade”, diz ele, explicando que a revitalização incluiria a construção de uma pista de skate e instalação de um parque infantil. “Hoje ninguém frequenta isso aqui porque não tem nem um banco para sentar. A população da Nova Holanda carece de lazer. As crianças ficam na rua porque não têm um espaço para brincar. Os direitos são iguais para todos. Tem

que ter respeito pelo rico e pelo po-bre”, enfatiza.

Já na Praça Arlindo Mourão, na Aroeira, o parquinho foi retirado para a substituição de um novo, o que ainda não aconteceu. “O brinquedo anterior estava todo quebrado e colocando em risco a segurança das crianças. Depois de tanto reclamarmos, a prefeitura fi-nalmente tirou. Prometeram que iam colocar os novos, mas até agora

nada”, diz a moradora Rafaela Silva.Outro bairro que aguarda há anos

a reforma da praça é o Jardim San-to Antônio. Recentemente, o pre-sidente, Marcos Pelé, até chegou a pedir à prefeitura que não enviasse os carnês de IPTU, uma vez que as melhorias não chegam até o local. “É um descaso com a população que vive nessa parte da cidade. Tem brinquedo caído no chão do parquinho desde 2013. Já aconte-

ceram acidentes aqui envolvendo as crianças. Estão brincando com vidas. Isso não pode. Os alambra-dos da quadra e do campinho estão arrebentados. Enfim, está tudo uma bagunça. Queremos respeito com o Jardim Santo Antônio, afinal paga-mos impostos como qualquer outro cidadão”, disse o presidente durante a última reportagem em dezembro.

No Bairro da Glória, as condições da praça principal causaram indig-

nação até nos moradores de rua, que estão vivendo nos vestiários abandonados. Um deles chegou a abordar a nossa equipe na semana passada cobrando da prefeitura a manutenção do local.

BAIRROS SEGUEM SEM ESPAÇOS

Se a situação está ruim onde existem áreas de lazer, nos lo-cais onde não há nenhuma opção

a população vive na expectativa há anos. Um exemplo disso foi retratado no final do ano pas-sado pelos moradores do bairro Engenho da Praia.

Segundo eles, as crianças e jovens que vivem ali só contam com duas opções: brincar na rua e nos terrenos baldios ou se des-locar para outros bairros, como o Centro. Até mesmo a opção mais próxima, situada no Lagomar, acaba sendo inviável por conta de ambas as áreas serem dominadas por facções rivais.

“Não temos um local para levar as nossas crianças para brincar. Não tem uma praça ou uma quadra de esporte. A gente vê que nos outros bairros têm e só aqui é que não”, relata um morador que pede para não ser identificado.

Assim como o Engenho da Praia, o mesmo pedido é feito em outras localidades. Entre os exemplos estão: Nova Esperan-ça, Vale Verde, Bela Vista, Alto da Glória, Imboassica, Jardim Guanabara, Jardim Esperança, Jardim Franco, Jardim Carioca, Jardim Vitória, Águas Maravi-lhosas, Virgem Santa, Piracema, Novo Botafogo, Jardim Aeropor-to, Barramares, Horto, Barra Sul, Novo Horizonte, entre outros.

DIREITO DE TODOS

O lazer é um item fundamen-tal para saúde, pois controla os níveis de ansiedade e contribui com outros fatores psicológicos e também físicos. No caso de crianças e jovens, isso é funda-mental para o seu desenvolvi-mento. Apesar dos benefícios, no Brasil, mesmo sendo um direito previsto na Constituição Federal de 1988, esse é um item que não está acessível a todos.

Esse direito também está pre-visto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê que todo menor de idade tem o direito a ter acesso ao lazer. Se-gundo o Art. 59, “os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a desti-nação de recursos e espaços para programações culturais, espor-tivas e de lazer voltadas para a infância e à juventude”.

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

MARIANNA FONTES MARIANNA FONTES

ESGOTO

Odebrecht esclarece denúncias de vazamento

Na edição do último sábado (27), o jornal O DEBATE publicou uma reportagem falando sobre o problema de esgoto em dois pontos da cidade: um no Novo Visconde e outro no Alto da Glória. Segundo informou a prefeitura, equipes es-tariam sendo enviadas aos locais para que as devidas providências fossem tomadas.

Essa semana, a Odebrecht Am-biental, empresa responsável pela coleta e tratamento de esgoto de Macaé, procurou nossa equipe para esclarecer as denúncias feitas por leitores ao jornal. Segundo ela, em nota, no caso do Visconde, ele é ca-racterizado pela existência da rede mista, ou seja, recebe as contribui-ções de efluentes e águas pluviais em uma única galeria. Em períodos de chuva ela não suporta o volume, o que resulta no extravasamento.

“Com a implantação do sistema de esgotamento sanitário no bairro, prevista para 2017, a concessionária irá realizar a separação absoluta das

Problemas foram relatados por leitores no Novo Visconde e no Alto da Glória

redes de esgoto e águas pluviais, ga-rantindo o pleno funcionamento da coleta e do tratamento de esgoto”, diz a nota.

A concessionária ressalta que vem realizando os serviços de lim-peza das redes de esgoto nos locais onde ainda não há o sistema de es-gotamento sanitário, visando per-mitir um melhor escoamento dos efluentes.

Já em relação ao vazamento da Rua João Alves Saldanha, no Al-to da Glória, a Odebrecht diz que “trata-se de um problema ligado à rede interna do condomínio situ-ado nessa localidade”. Ela ressalta que vem trabalhando na tentativa de um contato com o síndico do condomínio, para, juntos, buscar uma solução definitiva. Enquanto isso não acontece, como forma de amenizar os impactos, a conces-sionária foi encaminhada ao local e realizará a desobstrução da rede.

A empresa enfatiza que a popu-lação pode contribuir informando à Odebrecht Ambiental sobre ocor-rências de esgoto em vias públicas. O objetivo da concessionária é realizar consertos o mais rápido possível, no prazo de 48 horas. O contato pode ser feito pelo telefone 0800 771 0001.

Circulação de bicicleta é proibida na RJ-106BARRA DE MACAÉ

Com o objetivo de promover a segurança viária, desde o ano passado a circulação de bicicletas está proibida no trecho da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), na Bar-ra de Macaé. Como alternativa, os ciclistas devem utilizar a Avenida Luíz Lírio, via paralela.

Leitores procuraram O DEBA-TE através do WhatsApp para expressar insatisfações em rela-ção a essa medida. “A prefeitura proibiu os ciclistas de trafegarem na RJ-106, sendo que ali não existe ciclovia como alternativa. A única que temos é muito curta e existem diversos obstáculos. Na Avenida Luiz Lírio não existe calçada e fi-cam vários veículos estacionados, atrapalhando a passagem. Sem contar que, para não parar no en-garrafamento, eles trafegam ali em alta velocidade”, diz Carlos Henri-que, morador da Fronteira.

Segundo a secretaria de Mobi-lidade Urbana, as intervenções realizadas na Barra, incluindo a sinalização vertical e semafórica, foram realizadas no início do mês de setembro de 2015. Entre elas, a implantação de novos semáfo-

Apesar das reclamações, prefeitura diz que medida tem como objetivo garantir a segurança viária

ros na travessia entre o Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo e a Unidade de Pronto Atendimento Iltamir Abreu (UPA), com a sinali-zação indicando a velocidade per-mitida na via e os locais em que há travessia de estudantes.

Além dessa, outra novidade foi a sinalização indicando a restri-ção e a circulação de ciclistas pela rodovia. A nova sinalização indica que, além dos pedestres que só devem fazer a travessia nos locais sinalizados, ou pelas passarelas subterrâneas, os ci-clistas também estão proibidos de trafegar pelas pistas da Ama-ral Peixoto.

Caso precisem seguir no senti-do Centro ou Lagomar, deverão fazer uso da Rua Luiz Lírio, que é a via paralela à rodovia. Já para fazer a travessia das pistas nos lo-cais apropriados para isso, devem antes descer da bicicleta e seguir de um lado ao outro empurran-do a mesma. Isso porque, além da sinalização, é fundamental que todos se conscientizem da importância de seguir as medidas adotadas para evitar acidentes.

PLANO CICLOVIÁRIO

O incentivo ao uso da bicicleta tem sido cada vez maior em Macaé. Hoje, a cidade é uma das mais estru-turadas no Estado do Rio, oferecen-

do aos cidadãos rotas com ciclovias e ciclofaixas. Essas melhorias vêm, aos poucos, sendo implementadas de acordo com o Plano Cicloviário, que faz parte do Plano Municipal de Mobilidade Urbana.

As rotas são classificadas de três maneiras: lazer, funcional e serviço. A primeira delas, a de lazer, é uma das menores. Ela está atualmente concentrada ao longo da orla do

município. Já as funcionais são aquelas que ligam algumas zonas a polos de trabalho, enquanto as de serviço representam a circulação em uma determinada área.

A Barra de Macaé está inclu-sa na rota 5, que é caracterizada como funcional ligando o bairro até a Petrobras. No entanto, ain-da não há previsão de quando será implementada.

MARIANNA FONTES

Vazamento na Rua João Alves Saldanha está ocorrendo há mais de duas semanas

MARIANNA FONTES

As áreas de lazer são geralmente usadas pelos moradores para promover a socialização

MARIANNA FONTES

Prefeitura pagou mais de R$ 67 milhões a SIT por subsídio relativo a 32 milhões de passagens

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, terça-feira, 1 de março de 2016 3

PolíticaRECEITAS

Governo já recebeu mais de R$ 1,5 bilhão em royaltiesEntre 2013 e 2016, Macaé pôde consolidar uma das maiores arrecadações, mesmo com a crise

Márcio Siqueiramarcio@odebateon.com.br

No momento em que a crise internacional do petróleo estimula a in-

flexão sobre os efeitos das ope-rações o�shore no dia a dia da população da cidade, números referentes ao volume de di-nheiro gerado pelas atividades da Bacia de Campos, aos cofres públicos, acabam sendo utiliza-dos como parâmetros para aná-lises de aprovação e reprovação quanto à sua aplicabilidade.

E, de acordo com dados dis-poníveis no Portal da Transpa-rência, Macaé contabiliza até fevereiro deste ano uma arre-cadação total de mais de R$ 1,5 bilhão apenas com receitas dos royalties e da Participação Es-pecial, acumuladas desde janei-ro de 2013, mês inicial da atual administração municipal.

Os números apresentam, de forma clara, que 2014 foi o ano de maior pujança do municí-pio em relação ao recebimen-to dos repasses feitos pela Se-cretaria de Tesouro Nacional, relativas às 12 parcelas dos royalties e às quatro cotas da Participação Especial.

No ano em que o barril do pe-tróleo ultrapassou o patamar dos US$ 100, a Capital Nacional do Petróleo arrecadou mais de R$ 576 milhões.

Os dados do Portal da Trans-parência da Prefeitura apon-tam, também, o declínio da for-ça dos royalties, dentro da arre-cadação municipal. Em 2015, a cidade recebeu R$ 387 milhões

KANÁ MANHÃES

Macaé segue na segunda colocação entre as cidades que mais receberam royalties, perdendo apenas para Campos

com o petróleo. Mas, mesmo as-sim, conseguiu manter o equilí-brio orçamentário, registrando uma queda de apenas 3% em re-lação a 2014, graças ao superávit das receitas próprias.

Entre janeiro de 2013 e fe-vereiro de 2016, o atual go-verno recebeu exatos R$ 1.558.003.266,95 em royalties e Participação Especial.

Somando todos os valores do petróleo, Macaé contou, em

seus cofres públicos, uma média de R$ 41 milhões com royalties e Participação Especial.

Vale destacar que, nesses quatro anos, a dependência do orçamento do município em relação aos royalties do petróleo atingiu os menores percentuais, no comparativo aos governos anteriores.

Entre 2013 e 2016, o per-centual de participação dos royalties na arrecadação total

do município caiu de 25% pa-ra 16%, segundo análises sobre dados apontados pela secreta-ria municipal de Fazenda, nos últimos quadrimestres de anos fiscais da prefeitura.

Ao que tudo indica, os quatro anos da atual administração da cidade podem ser marcados co-mo o período em que a cidade recolheu o maior volume de re-ceitas do petróleo, ao longo de 40 anos de atividades.

DESPESAS

Prefeito demite mais 86 assessoresSubiu para 251 o número de assessores demitidos pelo governo, dentro da estratégia de reduzir o peso do custeio da folha de pagamento, e que já ex-cede o índice preconizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

No último sábado (27), as portarias que exoneraram ocu-pantes de cargos comissionados e funções gratificadas foram pu-blicadas pela prefeitura.

O maior número de servi-dores extra-quadro demitidos no sábado pertenciam ao qua-dro da secretaria municipal de Saúde. Ao todo, 46 ocupantes de cargos comissionados e funções gratificadas foram exonerados.

No mesmo dia, mais 15 as-sessores foram cortados do quadro da secretaria munici-pal de Serviços Públicos.

Ocorreram exonerações tam-bém na secretaria de Fazenda (2) e na do Ambiente (1).

No sábado, o governo promo-veu também a troca de assesso-res nos quadros das secretarias municipais de Agroeconomia e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

Do quadro da secretaria de Agroeconomia 12 assessores foram exonerados. E 12 novos profissionais foram nomeados para cargos comissionados e funções gratificadas.

Da secretaria de Desenvol-vimento Social, 21 assessores foram exonerados, sendo que outros 12 trabalhadores pas-saram a ocupar as funções no quadro da pasta.

Esta é a segunda lista de exo-nerações realizadas pelo go-verno com objetivo de baixar o custeio da folha. Há 15 dias, 165 pessoas deixaram o quadro de assessorias da administração municipal. A previsão é que 600 sejam demitidos.

KANÁ MANHÃES

Garotinho quer tirar Campos e outras cidades "do buraco"

1,5 bilhãoTotal de receitas dos royalties e da Participação Especial recebidos pelo governo entre 2013 e 2016

576 milhõesÁpice da arrecadação municipal com as receitas oriundas das atividades na Bacia de Campos

NÚMEROS

Despesas �xadas em R$ 12 milhões não garantiram reformas de Ginásio e Parque da Cidade

GESTÃO

Considerados como "legados perversos", espaços públicos estão inutilizados

Apontados como "lega-dos perversos" do petróleo, em matéria publicada no últi-mo domingo (28), pelo jornal O GLOBO, o Parque da Cida-de e o Ginásio Poliesportivo Engenheiro Maurício Bitten-court podem ser encarados como símbolos de decadência que começou muito antes da fase de recessão das operações do petróleo no país.

Herdados de administrações municipais passadas, os dois projetos, que estão ligados, ad-ministrativamente, à Fundação de Esporte (Fesporte), também não receberam investimentos de reformas estruturais ao lon-go da atual gestão municipal, que já teve 'nas mãos' um total de R$ 1,5 bilhão de receitas pro-venientes apenas dos royalties e da Participação Especial.

E, ironia ou não, entre 2013 e 2016, os royalties foram apon-tados como fonte orçamentária para custear as despesas fixadas em mais de R$ 12 milhões para a reforma dos dois espaços.

A quantia representa o soma-tório das despesas registradas nas Leis Orçamentárias Anu-ais (LOA) de 2014, 2015 e 2016.

As normativas, aprovadas pela Câmara de Vereadores e sancio-nadas pelo governo, apontam o direcionamento da aplicação da arrecadação estimada, dentro das despesas fixadas de acordo com os programas de trabalho definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), também publicadas anualmente.

Porém, apesar de fazer parte de legislação municipal e serem previstos por força de lei, as exe-cuções das despesas relativas à reforma do Ginásio e do Parque da Cidade não foram cumpri-das, diante da opção do governo em "suplementar" verbas.

A medida administrativa,

WANDERLEY GIL

Ginásio Poliesportivo conta com R$ 200 mil para ser reformado no ano da "Tocha Olímpica"

ANTECIPAÇÃO

Garotinho leva os prefeitos da Ompetro para encontro com Ministro da Fazenda

Em uma clara de demons-tração de prestigio junto ao governo federal, conquistada durante o mandato de deputado federal na legislatura passada, sendo continuado pela filha, a deputada federal Clarissa Ga-rotinho (PR), que representa a região Norte Fluminense em Brasília, o ex-governador do Estado Anthony Garotinho leva, nesta quinta-feira (3), os prefeitos da Organização dos Municípios Produtores de Pe-tróleo (Ompetro) ao Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Garotinho passou a liderar a frente dos prefeitos da Ompetro que buscam a operação de cré-dito, em forma de antecipação das receitas do petróleo, com objetivo de cobrir os rombos deixados pela queda das recei-tas dos royalties e de Participa-ção Especial. Este grupo é for-mado pelos prefeitos de Cabo Frio e Rio das Ostras, as cidades mais impactadas pela crise.

Há 15 dias, a pauta da ante-cipação dos royalties foi tema da reunião emergencial da Ompetro, solicitada pela pre-feitura de Rio das Ostras, que sediou o encontro.

Ex-governador e ex-deputado federal lidera mobilização em defesa de operação de crédito

Neste dia, a Ompetro suge-riu buscar agenda junto à pre-sidenta Dilma Rousse� (PT). Já Garotinho afirmou que o debate deveria ser feito com o Ministro da Fazenda.

Na terça-feira passada, dia 23, Garotinho afirmou ter liga-do para o Ministro agendando o encontro para esta quinta-feira.

O prefeitos recorrerão à União para garantir aos mu-nicípios o direito de buscar os recursos junto às instituições financeiras, como a Caixa Eco-nômica e o Banco do Brasil.

A operação financeira esta-ria pautada em uma linha de crédito com juros avaliados em 19,3%, considerada como a me-lhor do mercado.

atribuída ao chefe do Executivo com base em artigo também re-gistrado na LDO, retira recursos previstos como despesas para cobrir ou reforçar investimen-tos definidos em qualquer outro setor da prefeitura.

Com isso, em 2014 os R$ 2.418.466,41 estimados para se-rem aplicados na reforma do Gi-násio Poliesportivo, de acordo com a LOA daquele ano, foram anulados pelo governo.

O mesmo aconteceu com os R$ 514.453,05 previstos como despesas para a reforma do Par-que da Cidade.

Em 2015, os R$ 2 milhões previstos como despesas pa-

ra as obras do Ginásio tam-bém foram cortados. O mes-mo aconteceu com os R$ 4,7 milhões antes destinados ao Parque da Cidade.

Para este ano, o orçamento prevê despesas de R$ 200 mil para a reforma do Ginásio Po-liesportivo, no ano em que Ma-caé deverá registrar a passagem da tocha dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Já o Parque ainda tem a es-perança de contar com a apli-cação de R$ 2,6 milhões para a sua reforma.

Isso se os valores não forem mais uma vez anulados em su-plementações.

Câmara de Vereadores realiza hoje, a partir das 10h, a sessão ordinária no Palácio Natálio Salvador Antunes

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, terça-feira, 1 de março de 2016

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Há três anos, a Praça Veríssimo de Mello foi o marco do momento de transformação política e administra-tiva que a cidade vivia, refletido no olhar de esperança e de expectativas estampados nos olhos das centenas de pessoas que acompanharam o início da nova admi-nistração municipal. Hoje, poucos que se relembram do “dia histórico”, ouvem com espanto o governo di-zer que Macaé “não tem a cultura de parque”.

Muitos lembram que em 2013 precisei retornar à Câ-mara Municipal devido a um problema de saúde do vereador Amaro Luiz.

Atropelos

Somos todos São João

A afirmativa, registrada em recente matéria pu-blicada pelo O GLOBO, faz referência a uma pos-sível justificativa à atual situação de abandono do Parque da Cidade, espaço público que até poderia ter sediado a solene pos-se dos atuais membros dos poderes Executivo e Legislativo da cidade, se não se encontrasse, já na época, em estado de um verdadeiro elefante bran-co para Macaé.

A cultura também foi apresentada como uma das características da no-va gestão da cidade, vol-tada à integração entre a sociedade e a cidade, mis-cigenada pelo turismo de negócios e tantas outras reações sociais geradas pela indústria do petróleo.

Apesar de representar um espaço destinado à promoção de eventos, a reunião de famílias e a integração entre o cida-dão e Macaé, o Parque da Cidade se manteve visto apenas como o símbolo de um governo marcado pelo início e crescimento da pujança do petróleo, transformada nos royal-

ties, hoje vistos não mais como herança, mas sim como maldição de admi-nistrações fracassadas.

E, diante dos olhos da sociedade macaense, a diferença entre a Praça Veríssimo de Mello e o Parque da Cidade está apenas na posição geo-gráfica do município. A importância dos dois es-paços para a cultura social do município é a mesma, assim como a necessidade de zelo, de preservação e de revitalização.

Ao longo de 40 anos das operações do petróleo, Macaé viveu um processo de destruição de sua pró-pria identidade. Afinal de contas, hoje são poucos os capazes de identificar, em apenas um olhar, a de-nominação de estátuas e bustos que passam desa-percebido pelas milhares de pessoas que circulam pela área central da cidade.

S e n ã o h á a c u l t u r a de parque, ao menos o Parque da Cidade acaba sendo o símbolo da de-cadência, não econômica de Macaé, mas sim dos va-lores sociais atropelados pelos interesses políticos.

A p r ove i t e i a q u e l e s dois meses para encam-par uma luta iniciada pelos alunos da gradua-ção da UFRJ/Macaé por melhorias na Irmandade São João Baptista, nossa Casa de Caridade, a qual se encontrava em situa-ção lastimável!

Fizemos então o Pri-meiro abraço à Irman-dade em setembro 2013. Daí veio a assinatura da contratualização do SUS, o retorno da he-modiálise aos pacientes internados na Unidade Tratamento Intensiva, início da Oncologia, a alta complexidade da Cirurgia Cardíaca com a nova Unicor!

Mas acima de tudo, esta nova fase do nosso hospital nos possibi-litou e possibilita um cada vez maior acerto e incentivo no ensino aos alunos da graduação e dos Residentes, o que obviamente se reflete no atendimento aos pacien-tes de hoje e do futuro, pois eles serão os futu-ros médicos em nossa cidade e região.

Infelizmente estamos em sério risco de um retrocesso em várias dessas conquistas, pois o pagamento que a Pre-feitura deve fazer pelos

serviços prestados, e que constam no acor-do firmado no contrato de Contratualização do SUS, não tem sido pago com a devida regulari-dade. Por "informações de corredor", seria hoje uma dívida de ainda mi-lhões de reais!

A Casa de Caridade não tem condições de se manter fazendo o que fazemos, e ainda em ex-pansão pois as obras de melhoria não param, sem estes recursos!

Portanto venho no-vamente, agora através deste espaço, solicitar à sociedade civil que de forma democrática possamos influenciar nossos governantes, em especial o Sr. Prefeito e seu Secretário de Saúde que são dois colegas do corpo clínico da institui-ção, que possam o mais rápido possível regulari-zar esta situação.

Só assim a diretoria poderá se planejar fren-te aos desafios de conti-nuar fazendo da nossa Casa de Caridade o que nossa região deseja e merece!

SOMOS TODOS SÃO JOÃO!

Dr. Carlos Emir Mussi JúniorCardiologista

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CIRCULAÇÃO: Macaé, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu.

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Enquanto a prefeitura se prepara para entregar o total de mais de 2 mil casas construídas no Bosque Azul, em parceria com o governo federal, outras centenas de pessoas passam a viver em situação de vulnerabilidade social na Fronteira, diante da ocupação e destruição da área de restinga, que ocorre desde o final do ano passado sem qualquer tipo de fiscalização.

FolhaNo último sábado (27) ocorreu a troca dos cargos comissionados e funções gra-tificadas disponíveis para as secretarias municipais de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Agroeconomia e Mo-bilidade Urbana. A mudança na ocupação das vagas de assessoria já era esperada, diante da troca de secretários realizada pelo governo no início do mês. Com isso, 27 novos profissionais passam a constar na folha de pagamento da prefeitura.

PraçaSabe onde a Fundação de Esporte (Fesporte) realiza o seu principal programa social, con-siderado como uma das maiores ferramen-tas capaz de oferecer oportunidades para crianças e adolescentes que vivem em áreas de risco social? Nas praças da cidade, o que comprova a identidade da população com os espaços de lazer. Para muitos esta é a com-provação de que a população possui uma rela-ção íntima com a "cultura de parque", dentro, é claro, da infraestrutura que a cidade oferece.

LixoDois dias após a equipe de O DEBATE ques-tionar ao setor de comunicação da prefeitura se existia, da parte do governo, a previsão de realização de uma nova licitação do lixo, eis que a secretaria municipal de Serviços Públi-cos assina e publica um novo aditivo ao con-trato, firmado em 2010, que amplia o custo do serviço em mais R$ 11 milhões. Somado o valor antigo, a coleta de lixo domiciliar e a limpeza de terrenos baldios passa a custar R$ 73 milhões. É ou não um bom negócio?

MultasQuem não cumprir com as regras instituídas pelo governo, com força de decreto, no com-bate ao Aedes aegypti poderá pagar multa que varia entre R$ 603 a R$ 1.501,15. A pu-nição vale para proprietários de veículos em situação de abandono, que se tornaram fo-cos potenciais da proliferação do transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus. Além disso, ele terá que pagar as despesas pela remoção do carro para o depósito municipal. Mas será que lá tudo fica protegido?

CombateEm todo o país, existe uma grande preo-cupação quanto a situação dos depósitos públicos onde são alocados veículos apre-endidos em operações. Mas, em Macaé, não é diferente. O local utilizado nesta prática fica no São José do Barreto, sob a responsabilidade da empresa Rodando Legal. Todos sabem que a área onde ficam os veículos não é coberta, o que se torna um local de grande potencial para a proli-feração do Aedes aegypti.

ReceitasMacaé encerra fevereiro atingindo a ar-recadação de R$ 316 milhões, conforme calculado pelo Impostômetro, sistema operado pela Associação Comercial e In-dustrial de São Paulo. Segundo a mesma ferramenta de controle social, a cidade alcança a média mensal de receitas em mais de R$ 141 milhões. Ao todo, mais de R$ 7 bilhões já foram arrecadados pelo atual governo, entre janeiro de 2013 até esta segunda-feira, dia 29.

Salvação Nesta quinta-feira (3), prefeitos dos muni-cípios mais afetados pela crise do petróleo irão se reunir com o Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. O encontro terá como pau-ta a autorização para a operação de crédi-to de antecipação de receitas do petróleo, cobrindo o rombo deixado pela queda no repasse dos royalties. A pauta foi debatida na reunião da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), realizada em caráter de urgência, há duas semanas.

PrestígioPorém, apesar de Macaé presidir a Ompe-tro, quem está 'de frente' nas negociações com o governo federal é o secretário de Governo de Campos dos Goytacazes, o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho. A Ompetro queria se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT). Já Garotinho, que já foi deputado federal, ligou para o Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e agendou o encontro que pode salvar cidades como Cabo Frio e Rio das Ostras.

LegislativoA Câmara de Vereadores promete “pegar fogo” nesta semana devido a duas ques-tões polêmicas. A primeira será a apresen-tação do “Dossiê da Saúde”, elaborado pela Comissão Permanente de Saúde da Casa que aponta o sucateamento da rede pública. A outra será a nova cobrança pela instalação da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) do Transporte, já que a nova concessão do serviço, ao que tudo indica, não deve sair do papel.

NOTA

Sorteio garantirá acesso a 385 imóveis sociais. Processo será realizado no Centro de Convenções, no próximo dia 5 de março.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, terça-feira, 1 de março de 2016 Economia 5

TRABALHO

Semana começa com mais de 300 vagas de emprego

Abrindo a primeira sema-na de março, de acordo com a Agência de Trabalho, Edu-cação Profissional e Renda (AgeTrab) de Macaé, existem mais de 300 ofertas de em-prego disponíveis na cidade. Mantendo, praticamente, os mesmos números da semana passada, quando 316 postos de trabalho foram oferecidos, en-tre os principais destaques da vez estão 60 vagas para vigilan-te e 42 para vendedor externo.

Ainda, segundo a Agetrab, entre os pré-requisitos para se candidatar às vagas de vi-gilantes estão: possuir o curso profissionalizante para desem-penhar a função e ter experiên-cia na área, além de residir em Macaé. Já para o cargo de ven-dedor externo, os pré-requisi-tos são variados, dependendo

Segundo prefeitura, oportunidades para cargos de vigilante e vendedor externo são destaques

da empresa escolhida. Entre outras oportunidades

oferecidas também seguem as vagas para manicure (14); ope-rador de hidrojato (10); vende-dor (9); cozinheiro (6); duteiro offshore (6); auxiliar de servi-ços gerais (5); açougueiro (5) e corretor de imóveis (5). A lista completa com todos os cargos disponíveis pode ser conferida nos classificados dessa edição.

Para se candidatar a qual-quer uma das vagas oferecidas, o mais indicado é que os inte-ressados realizem um agenda-mento on-line por meio do site www.macae.rj.gov.br/traba-lhoerenda. Em seguida, basta comparecer à sede da Agetrab, que fica localizada no Macaé Facilita da Barra, em frente ao Moarcyrzão, com documentos originais (carteira de identi-dade, CPF e carteira de tra-balho), além de currículo atu-alizado. O serviço de cadastro é gratuito, tanto para as empresas quanto para os trabalhadores. O horário de atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 8 às 16h.

BENEFÍCIO

Divulgado calendário para período de defeso do camarão e da piracemaSegundo prefeitura, prazo para pescadores recorrerem ao benefício começa hojeGuilherme Magalhãesguilherme@odebateon.com.br

Com objetivo de assegurar a renda pesqueira no muni-cípio, durante o primeiro

de dois períodos anuais em que acontece a piracema (desova dos peixes de água doce) e a proibição da pesca do camarão nas regiões Sul e Sudeste, a Prefeitura de Ma-caé abre hoje a janela de cadastra-mento para a frente de trabalho que garante aos pescadores locais uma ajuda de custo durante essa fase. Atualmente, segundo infor-mações da subsecretaria de Pesca, a cidade conta com aproximada-mente 500 pescadores já cadas-trados para receber o benefício.

De acordo com o presidente da Colônia de Pescadores Z3, Mar-

celo Pereira, a frente de trabalho é crucial para a sobrevivência dos pescadores que são restringidos de exercer sua atividade profissio-nal durante o período de defeso.

“É um benefício importante para os pescadores que atuam na região, e que precisam de al-gum rendimento para manter a regularidade de seus ganhos. Pa-ra isso, entretanto, tem que ser respeitado o período da desova de algumas espécies”, salientou.

O CADASTRO

Para realizar o cadastro no pe-ríodo de Defeso do Camarão e da Piracema em 2016, segundo informações da prefeitura, os pescadores locais devem com-parecer, das 8h às 17h, na sede

da subsecretaria de Pesca, que fica localizada na Rua Dr. Júlio Olivier, 128, Centro. Além dos documentos necessários para o cadastramento - cópias do CPF, do RG e do comprovante de resi-dência; da carteira de Pescadores Profissionais (POP); da carteira do Ministério da Agricultura; título de eleitor; uma foto 3x4; declaração da Colônia de Pesca-dores ou Associação Mista de Pes-cadores; cópia do cartão de conta corrente da Caixa Econômica Federal (CEF) e Cadastro Nacio-nal de Identidade Social (CNIS), emitido pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) -, os interessados devem estar devi-damente cadastrados como pro-fissionais de pesca do município e exercer, comprovadamente, a

atividade há pelo menos um ano. Os pescadores também não po-dem ter nenhum outro benefício previdenciário ou assistencial de natureza continuada, exceto pen-são por morte e auxílio-acidente.

O BENEFÍCIO

Na prática, durante os três me-ses em que o camarão e os peixes listados para piracema estiverem proibidos de serem pescados, os beneficiários incluídos na frente de trabalho receberão um salá-rio mínimo e uma cesta básica mensal. Segundo a prefeitura, atualmente, além de pescadores, estão cadastradas para receber o benefício mulheres descascadoras de camarão e algumas filepeiras, responsáveis por limpar os pei-xes. No ano passado foram feitos 45 novos cadastros para os pro-fissionais que estavam na lista de espera em substituição a pescado-res que se aposentaram ou estão exercendo outras atividades.

“A proibição da pesca na pirace-ma em Macaé começou em 2009, sendo que, neste período, fica proibida a pesca com rede, per-mitida apenas a pesca com linha", explicou em entrevista recente a subsecretária de Pesca, Rizete Ri-beiro, ressaltando que, segundo a lei de crimes ambientais, o valor da multa para os infratores que forem flagrados pescando duran-te o período de defeso varia de R$ 700 a R$ 100.000,00.

FRENTES DE TRABALHO

Este ano, entre março, abril e maio, as Frentes de Trabalho compostas pelos pescadores par-ticipantes do benefício atuarão na limpeza básica de diversos locais da cidade como o Rio Macaé; Cais do Mercado de Peixes; Pontal; Praia da Barra; Canal Macaé e Ilha do Francês. Por fim, ainda se-gundo a prefeitura, o beneficiário que não comparecer às frentes de trabalho ficará suspenso de parti-cipar do beneficio subsequente.

Atualmente, cerca de 1.300 pescadores vivem da pesca no município, totalizando quase 15 mil pessoas vivendo, direta ou indiretamente, do setor.

WANDERLEY GIL

Durante o defeso, os pescadores recebem um salário mínimo e uma cesta básica

KANÁ MANHÃES

Interessados devem ir à AgeTrab com documentos originais e currículo

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, terça-feira, 1 de março de 2016

Polícia Rua que dá acesso ao shopping é interditada à noite

NOTA

TRÁFICO DE DROGAS

Polícia realiza detenções durante o �nal de semanaOperações em Macaé, Rio das Ostras e Conceição de Macabu resultaram na prisão de quatro suspeitos e apreensão de dois menores de idade

A Polícia Militar (PM) reali-zou operações neste final de semana, visando o com-

bate ao tráfico de drogas na área do 32º BPM, o que resultou em êxito e apreensão de um menor de idade, de 17 anos, na comunidade Malvinas, em Macaé. Já em Rio das Ostras, quatro elementos fo-ram presos suspeitos da venda de entorpecentes e outro menor de idade, de 16 anos, apreendido. E em Conceição de Macabu, dois adoles-centes também foram apreendidos com drogas e munições.

Guarnições do Grupo de Ações Táticas (GAT) II e do setor Mal-vinas I e II estavam em patrulha-mento pela Malvinas, quando per-ceberam um elemento em atitude suspeita segurando uma sacola em uma das mãos e um rádio-trans-missor na outra. Segundo a PM, os rádio-transmissores são geralmen-te utilizados pelo tráfico de drogas para dar a localização das viaturas policiais no interior da comunida-de. Assim, a abordagem foi efetiva-da, sendo encontrados R$ 45,00 em espécie e uma sacola com 97 buchas de maconha.

O jovem, de 17 anos, foi condu-zido à 128ª DP, acompanhado da sua genitora. O menor ficou apre-endido.

RIO DAS OSTRASUma das operações no bairro

Nova Cidade, em Rio das Ostras, deteve dois suspeitos e um menor de idade, de 16 anos.

Segundo a Polícia Militar, uma denúncia anônima informou que

estava ocorrendo tráfico de drogas e guerra de facções criminosas, na Rua da Fonte. Guarnições da PM foram até o local verificar e encon-traram três suspeitos, em um local já identificado pela polícia como ponto da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA). Os policiais des-ceram da viatura para a realização da abordagem nos suspeitos, no momento, quando os elementos tentavam se desfazer de um mate-rial jogando em um valão.

Mesmo assim, a polícia conse-guiu encontrar 37 pinos de cocaína, 80 buchas de maconha e R$ 150,00 em espécie. Em seguida, os suspei-tos Vanderson Constantino, de 25 anos, Rodrigo de Souza Rangel, de 24 e o menor de 16 anos foram en-

caminhados para a 128ª DP, ficando os dois primeiros presos e o menor apreendido.

PALMITAL Diante de outra denúncia anôni-

ma, a PM foi até a Rua 32, no bairro Palmital, em Rio das Ostras, verifi-car a ocorrência de tráfico de drogas no local.

No endereço informado, os poli-ciais observaram duas pessoas em atitude suspeita. Após abordagem e revista pessoal foram encontra-dos 33 pinos de cocaína e R$ 17,00 em espécie. Um jovem, de 18 anos, e uma mulher, de 36, foram enca-minhados à 128ª DP onde foram autuados por tráfico de drogas e ficaram presos.

CONCEIÇÃO DE MACABUGuarnição do Grupo de Ações

Táticas (GAT) da 2ª Cia, em patru-lhamento pelo bairro Vila São José, observou dois menores de idade em atitude suspeita e realizou a aborda-gem. Com um deles foi encontrada munição de calibre 9 mm. Indagado pelos policiais sobre as munições, os menores disseram que vendiam entorpecentes para um elemen-to conhecido como “Cecelo”. Ato contínuo, o jovem teria entregado 77 pinos de cocaína e três buchas de maconha que estavam escondidos em um local próximo.

Diante dos fatos, os jovens foram encaminhados à 128ª DP (Delega-cia de Plantão), onde foram autua-dos e apreendidos.

DIVULGAÇÃO PM

Em Rio das Ostras, no bairro Nova Cidade, a PM encontrou 37 pinos de cocaína, 80 buchas de maconha e R$ 150,00 em espécie

Jovem é preso após furto a residênciaCONCEIÇÃO DE MACABU

A Polícia Militar (PM) pren-deu um jovem, de 18 anos após fur-to à residência de uma mulher.

Segundo as informações, uma guarnição realizava patrulhamen-to na Avenida Vitor Sence, quando

A vítima informou aos policiais sobre uma gravação da ação do suspeito

percebeu três elementos discutin-do. Dois deles estariam acusando o outro elemento de ter furtado uma bicicleta. Em seguida, chegou ao local uma mulher dizendo ser vítima de furto em sua residência pelo mesmo elemento. A mulher informou aos policiais que havia feito uma gravação da ação do sus-peito, quando este entrou em sua casa e levou vários pertences.

Diante dos fatos, os policiais

abordaram o acusado e, após re-vista pessoal, foi encontrado um aparelho celular, que seria da ví-tima. O jovem de 18 anos e a mu-lher foram encaminhados à 122ª DP, onde foi perguntado ao acu-sado onde estariam os pertences furtados. O acusado disse, então, à polícia que o material estava em sua residência.

Ato contínuo, a guarnição se-guiu com o elemento para sua

residência, onde encontrava-se sua tia, que permitiu a entrada dos policiais na casa. No local foi encontrada uma carteira, com vá-rios cartões de banco, identidade, habilitações, documento de um veículo, dois bonés e um relógio.

Já na DP, um relógio foi entre-gue aos policiais, pois pertencia à vítima. A ocorrência teve registro na 128ª DP (Delegacia de Plantão), ficando o suspeito preso.

Rua que dá acesso ao shopping é interditada à noiteTRÁFEGO

As obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário do Subsistema Centro realizadas

Odebrecht Ambiental prevê que as obras finalizem no dia 18 de março

pela Odebrecht Ambiental segue gerando interdições na cidade. Desde ontem (29), a empresa está realizando a implantação da rede coletora, linha de recalque e uma estação elevatória, na via que dá acesso ao Shopping Plaza Macaé, paralela à Avenida Alui-sio da Silva Gomes.

O trabalho inicia às 23h e a via é totalmente interditada duran-te toda a noite. A previsão é que as obras sejam concluídas no dia 18 de março (sexta-feira), até às 5h. De acordo com a Odebrecht Ambiental, todos os esforços estão sendo feitos para que a finalização do serviço e a libe-

ração do trânsito ocorram com brevidade.

Em caso de dúvidas, a empresa disponibiliza um canal de aten-dimento à população através do número: 0800 771 0001, pe-lo Plantão Social pelo número: (22) 99878-0023 ou pelo e-mail: plantaosocial@odebrecht.com.

Elementos são presos com pistola RIO DAS OSTRAS

A Polícia Militar (PM), através de uma denúncia anô-nima, foi informada a respeito da venda de drogas e guerra entre facções criminosas, no bairro Nova Esperança, em Rio das Ostras.

Assim sendo, uma guarnição

A Polícia recebeu informações de que ocorria guerra de facções do tráfico de drogas

se dirigiu até a Rua José de Mat-tos, a fim de localizar os suspei-tos, quando abordou um veículo que estava com três ocupantes, em frente a uma residência. A polícia teria identificado os elementos como traficantes da facção Comando Vermelho (CV). Após revista, uma pistola 9mm com 12 munições intactas foi encontrada. A residência foi vasculhada pela equipe policial, sendo encontrados três table-tes de maconha e um sacolé de cocaína.

Em seguida, os suspeitos fo-

ram encaminhados à 128ª DP e ficaram presos.

LEGISLAÇÃOPorte ilegal de arma de fo-

go de uso permitidoArt. 14: Portar, deter, adquirir,

fornecer, receber, ter em depó-sito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determina-ção legal ou regulamentar: Pena

- reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.

Posse ou porte ilegal de ar-ma de fogo de uso restrito

Art. 16: Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ce-der, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empre-gar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, terça-feira, 1 de março de 2016 7

GeralCUSTO

Prefeitura renova contrato do Lixo em mais R$ 11 milhõesAtravés de publicação registrada no sábado (27), custo de serviço aumentou para R$ 73,7 milhões por apenas um ano

Por meio de um novo termo aditivo publicado no último sábado (27), o governo mu-

nicipal renovou o contrato do lixo com a empresa Limpatech, ato que custará aos cofres públicos mais R$ 11,4 milhões referentes a um ano de prestação do servi-ço. Ao todo, a coleta domiciliar e a limpeza de terrenos baldios, entre outras atividades, vai gerar mais de R$ 73,7 milhões em despesas para a prefeitura.

O acréscimo de R$ 11.400.637,13 no valor da prestação do servi-ço foi registrado seis dias após o vencimento do último prazo de prorrogação do contrato, em vi-gor desde 2011. De acordo com documentos disponíveis no Por-tal da Transparência, o contrato entre a prefeitura e a Limpatech tinha a vigência até o dia 21 de fe-vereiro deste ano.

Com isso, o custo pela limpeza da cidade subiu 31,5%, passando de R$ 50 milhões para mais de R$ 73,7 milhões, em cinco anos. O contrato atravessou dois gover-nos e, segundo a Lei federal 8.666 (Lei das Licitações), só poderia ser prorrogado, através de termos aditivos, por cinco anos.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DA CÂMARA VAI APURAR LEGALIDADE

Alvo de uma investigação re-

alizada pela Comissão de Cons-tituição e Justiça, Finanças e Redação da Câmara de Verea-dores, o contrato assinado pelo ex-prefeito Riverton Mussi, e prorrogado pela secretaria mu-nicipal de Serviços Públicos, chama a atenção pelos valores e pelo prazo de vigência.

Segundo interpretação legal da Comissão, o prazo de cinco anos previsto pela Lei 8.666 venceu no último dia 21 de fevereiro.

“É estranho o governo publi-car um termo aditivo, ampliando o custo do serviço em mais de R$ 11 milhões, seis dias após o venci-mento do contrato”, apontou Ma-xwell Vaz (SDD), vereador relator da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

A publicação do termo aditivo ocorreu dois dias após o jornal O DEBATE questionar a prefei-tura, através da secretaria mu-nicipal de Comunicação, sobre

o posicionamento da Procura-doria Geral de Licitações, Con-tratos e Convênios em relação à prestação do serviço de coleta de lixo e limpeza da cidade.

A informação repassada pelo governo era a de que a secre-taria municipal de Serviços Públicos estava instruindo a realização do novo processo li-citatório. No entanto, ainda não há previsão de quando a concor-rência vai acontecer.

KANÁ MANHÃES

Serviço de R$ 73 milhões prevê limpeza de terrenos baldios em Macaé

Governo traça o cenário de “quanto pior, melhor”OPOSIÇÃO

“Mais de 7 bilhões de reais já fo-ram arrecadados por este governo que traça o cenário do quanto pior, melhor”. A afirmação faz parte das análises do empresário André Lon-gobardi que, devido sua atuação no ramo offshore, também sente os efeitos da desaceleração das ativi-dades do petróleo na região.

Contudo, André acompanha o desempenho da administração municipal, assumindo assim du-as posições: a de cidadão e a de militante político que se destaca na posição contrária ao modelo de gestão que ele qualifica como “Projeto de Poder”.

Empresário do ramo offshore, André Longobardi avalia como ruim o desempenho da gestão municipal

“Estamos vendo isso no cenário federal. Um país rico, mas com uma administração pobre. Aqui em Ma-caé, a arrecadação da cidade regis-trou superávit nos dois primeiros anos deste governo. Caiu apenas 3% em 2015 e já registra excesso de receitas nas principais fontes or-çamentárias, como o ISS e o ICMS, nos dois primeiros meses de 2016. Então por que falta tudo nesta cida-de?”, questiona André.

O fato de Macaé estar em posi-ção favorável frente às demais ci-dades da região, por manter uma elevada capacidade de arrecada-ção, coloca o município em uma posição privilegiada no cenário da crise, segundo André.

“A crise afetou 11 mil trabalhado-res que perderam seus empregos, ou seja, 11 mil famílias. Mas não atingiu o governo, porque nenhum grande contrato foi revisto. Por que engavetaram o projeto da nova con-cessão do transporte? O dinheiro

dos royalties está indo direto para a empresa de transporte público que presta um serviço ruim. Acompa-nhamos a dor de duas famílias que perderam seus filhos dentro de um hospital público da cidade. Resta questionar como isso pode acon-tecer em um município tão rico?”, disse André.

Além de todos esses argumentos, o empresário aponta uma outra

estratégia utilizada pelo governo para traçar o cenário do “quanto pior, melhor”.

“O governo faz uso de uma mídia barata, não pelo que custa aos cofres públicos - também com dinheiro dos royalties - mas pela forma como é apresentada à população, susten-tando grupos que são privilegiados para ajudar a traçar o cenário do quanto pior, melhor”, disse.

“O Parque da Cidade só precisa ter o que toda a cidade quer: carinho”

ENTREVISTA

“Não ter cultura de parque é um absurdo pior do que não cui-dar do espaço”. A afirmativa faz parte da análise feita pelo vice-prefeito, Danilo Funke (REDE) diante da atual situação do Par-que da Cidade. O espaço aban-donado foi citado como uma das “maldições” do petróleo, regis-tradas em matéria publicada pelo jornal O GLOBO na edição deste domingo (28).

Danilo mira os seus comentá-rios nas afirmações do governo municipal, registradas na matéria que apontou o declínio da parti-

Danilo Funke afirma que governo adotou posição de “transferência de responsabilidade”

cipação dos royalties do petróleo na arrecadação municipal.

“Engraçado o prefeito falar que ofereceu o espaço para a Petrobras e, após "não-aceite" dela, jogar a responsabilidade do abandono do Parque da Cidade na empresa”, apontou.

Danilo afirmou também que o abandono do Parque da Cidade não é a única herança deixada pelo go-verno passado, assumida pela atual gestão da cidade.

“O prefeito participou de todos os governos anteriores, não criticou antes e agora diz que foi um erro (a construção do Parque). Transfe-rência de responsabilidade pare-ce que é a mais nova mentira dos próximos meses”, analisa Danilo, fazendo referência ao período pré-eleitoral na cidade.

O vice-prefeito, que assumiu posição contrária ao governo em

2014, comentou ainda a afirmativa da prefeitura de que "Macaé não tem cultura de parque", segundo a matéria de O GLOBO".

“Não ter cultura de parque é um absurdo pior do que não cuidar. Para ir ao Parque, tem que se ter um. Depois de 4 anos, ao ser inter-rogado, ele se pronuncia e diz que é

contra (o Parque)”, aponta.Danilo declara, ainda, que o

abandono não é uma questão re-lativa apenas ao espaço de lazer.

“O Parque da Cidade só precisa do que toda a cidade e os maca-enses precisam, e não estão tendo por parte do prefeito: cuidado e carinho”, afirma.

WANDERLEY GIL

Danilo Funke afirmou que abandono de Parque reflete atual cenário da cidade

ARQUIVO PESSOAL

Segundo empresário, má gestão afeta qualidade de vida em Macaé

NOTA

Roubos frequentes permanecem no Novo Cavaleiros e adjacências. Problema vem sendo relatado há mais de um ano em matérias do Jornal O DEBATE

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, terça-feira, 1 de março de 2016

JOSÉ EDUARDO SILVA/SECOM

Atletas locais participaram da Etapa Verão do Circuito Quatro Estações de Futevôlei, na Prainha, em Barra de São João. Evento foi realizado no final de semana

ESPORTE

Etapa Verão de Futevôlei reúne atletas na Prainha

Ocorreu no último do-mingo, dia 28, a Etapa Verão do Circuito Quatro Estações de Futevôlei, na Prainha, em Barra de São João. O evento, organizado pela Secretaria de Esporte e Lazer de Casimiro de Abreu, reuniu 15 duplas locais e proporcionou ao público que prestigiou o evento grandes jo-gos, mesmo debaixo de um sol escaldante.

A dupla Diogo/Xuxa foi a campeã da etapa ao derrotar na final a dupla Fernando/Fiuza, por 15 a 07. Em terceiro lugar ficou Davi/Jonathas. "Das três etapas já realizadas esta foi a melhor. Todas as duplas esta-vam no mesmo nível técnico e a cada evento a organização vem melhorando. Quem ganha

Terceira etapa do Circuito Quatro Estações é marcada por grandes jogos em Barra de São João

com isso somos nós munícipes e praticantes deste esporte. Estão todos de parabéns", disse Diogo.

A próxima etapa (Outono) do Circuito Quatro Estações de Futevôlei de Casimiro de Abreu esta prevista para acon-tecer na primeira quinzena de maio, desta vez, no Bairro In-dustrial, no distrito sede. "Eu fico só observando e admiran-do a felicidade de cada atleta de poder estar participando deste torneio. Todos se ajudando e colaborando para o sucesso do evento. Não há uma discórdia, e sim, uma integração total dos atletas principalmente dos que saíram de Casimiro de Abreu para poder jogar em Barra. Es-tou muito satisfeita de ver esta integração, pois este é o maior objetivo, aproximar cada vez mais o público, por meio do esporte, da saúde, do lazer e do entretenimento. Esta é a moda-lidade esportiva que mais cresce na cidade", afirmou a secretária de Esporte e Lazer, Dulcinete Arruda.

APOIO

Educação mobiliza escolas na luta contra o Aedes aegyptiNesta terça-feira acontece a ação "Educação contra o Mosquito"

A rede municipal vai pro-mover nesta terça-feira (1), a programação “Edu-

cação contra o Mosquito”. A ação que faz parte da campa-nha lançada no último dia 19, data nacional de Mobilização da Educação contra o Zika, tem como meta alertar professores, alunos e funcionários, assim co-mo pais dos estudantes diante da necessidade de combater o vetor das doenças dengue, zika vírus e febre chikungunya. To-das as 104 escolas municipais serão mobilizadas para a pro-gramação, que vai acontecer das 8h às 17h.

A iniciativa segue as orien-tações do Governo Federal na promoção de ações de esclare-cimento à população, visando o combate aos criadouros do mosquito, principalmente na volta às aulas. O objetivo é en-volver a comunidade escolar nas atividades de combate e prevenção ao mosquito.

Para isso, as unidades mu-nicipais estão se organizando para realizar pesquisas, estu-dos, dinâmicas e atividades de conscientização que possam ser multiplicadas nas casas e bairros dos estudantes. A in-tenção, segundo o secretário de Educação, Guto Garcia, é que os alunos tornem-se sol-

dados no combate ao mosqui-to da dengue. O objetivo é o de que o aluno multiplique in-formações como os cuidados para evitar a proliferação do

mosquito, passando a mensa-gem para a família, ajudando na mobilização de pais, fami-liares e responsáveis quanto à importância dos cuidados no

combate aos focos do mosqui-to”, ressaltou.

Também haverá ações, atra-vés da produção de cartazes e textos relativos ao tema e ou-tras estratégias, como circu-lação pelos bairros das esco-las em que serão distribuídos panfletos explicativos e ações para identificar possíveis focos do mosquito.

Diante da proposta, a Secre-taria de Educação orientou as escolas para que o trabalho específico de combate ao mos-quito da dengue seja contínuo nas salas de aula, no decorrer de todo ano letivo.

Para o dia 1º de março, as escolas municipais já estão organizando ações como ca-minhadas de conscientiza-ção com entrega de material informativo de combate ao mosquito, coleta de materiais nas ruas próximas às unidades, apresentação e produção de materiais didáticos: cartazes, músicas e textos.

O trabalho de conscientiza-ção nas unidades municipais conta com a parceria de ins-tituições militares - Exército e Marinha -, cujos militares estão visitando as escolas, além de setores como Centro de Controle de Zoonozes e Se-cretaria de Saúde.

ASSESSORIA

Professores e estudantes participarão de ato contra quadro de epidemia