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KANÁ MANHÃES Na manhã da última quinta-feira, a procura por vagas gerou tumulto na entrada da sede da secretaria de Educação EDUCAÇÃO O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda- feira, 9 de março de 2015 Ano XXXIX, Nº 8649 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 DIVULGAÇÃO KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL FEMASS VAI DIVULGAR EDITAIS COM NOVAS VAGAS EDUCAÇÃO, PÁG.10 POLÍCIA SEGUE NA BUSCA POR CRIANÇA POLÍCIA, PÁG.5 LEI REDUZ CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA GERAL, PÁG.12 KANÁ MANHÃES Indústria do petróleo aguarda definições da Petrobras sobre o futuro do processo de exploração e produção. As investigações da Operação Lava-Jato geraram a instabilidade da companhia Crise afeta a indústria offshore Barramares recebe obras de urbanização O loteamento foi fundado há 13 anos em uma região pró- xima ao Parque de Exposições e ao Centro de Convenções de Macaé. Mas assim como acon- teceu em muitos lugares no mu- nicípio, o crescimento nos últi- mos anos veio acompanhado da falta de infraestrutura. Depois de anos cobrando do poder público, as tão sonhadas obras de urbanização se tornaram uma realidade. Essa semana, o Bairros em Debate conversou com os moradores para saber o que eles pensam sobre a nova infraestrutura. Segundo eles, a situação melhorou bastante e amenizou problemas antigos, como os alagamentos. No en- tanto, eles cobram a construção de uma área de lazer, instalação de redutores de velocidade nas ruas e o reforço no patrulha- BAIRROS EM DEBATE KANÁ MANHÃES Conclusão prevista para abril José Sergio Gabrielli diz que guerra econômica geopolítica internacional interfere menos no mercado brasileiro do que a instabilidade da Petrobras por conta das investigações da Operação Lava-Jato PÁG. 3 mento. A obra de urbanização do Barramares foi orçada em R$ 5.310.922,22 e é de responsa- bilidade da secretaria de Obras Públicas. De acordo com a pre- feitura, a previsão é de que as in- tervenções na Rua Elis Regina terminem em abril PÁG. 8 EMEIs não atendem a demanda Em suas duas últimas edições este jornal veiculou reportagens sobre a situação de mães que estão buscando vagas em cre- ches públicas no município e que vêm en- contrando dificuldades para alocar os fi- lhos. No mesmo dia da divulgação a Secre- taria recebeu em sua sede uma média de 800 pessoas em busca de vagas. No total foram distribuídas cerca de 700 senhas, sendo 400 para atendimento na quinta- feira e 300 para atendimento na sexta. A oportunidade foi para crianças com idade entre dois e três anos. Falta ainda o aten- dimento a menores de dois anos. PÁG. 10 Prefeitura diz que o município conta com 62 unidades e 11 escolas serão construídas Nupem vai oferecer curso para agricultores POLÍCIA EDUCAÇÃO ESPECIAL Data para o início das atividades deve ser divulgada em breve PÁG. 10 WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL Erick (D), novo comandante do 9° GBM, tomou posse essa semana Aulas serão no laboratório Comandante avalia sua atuação no Bombeiros O tenente-coronel Erick Alves comentou sobre o planejamento de 2015 PÁG. 5 POLÍCIA GERAL POLÍTICA Homem é preso após oferecer propina à PM Orçamento Participativo realiza reunião decisória Pesquisas podem ajudar na produção Motorista tentou subornar agentes durante blitz PÁG. 5 Verba prevista para este ano é de R$ 18,5 milhões PÁG. 11 Projeto busca revitalizar poços na Bacia de Campos PÁG. 3 ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 30º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) Dia Internacional da Mulher

Noticiário 08 03 15

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Page 1: Noticiário 08 03 15

KANÁ MANHÃES

Na manhã da última quinta-feira, a procura por vagas gerou tumulto na entrada da sede da secretaria de Educação

EDUCAÇÃO

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015Ano XXXIX, Nº 8649Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

DIVULGAÇÃO KANÁ MANHÃESWANDERLEY GIL

FEMASS VAI DIVULGAR EDITAIS COM NOVAS VAGAS EDUCAÇÃO, PÁG.10

POLÍCIA SEGUE NA BUSCA POR CRIANÇA POLÍCIA, PÁG.5

LEI REDUZ CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICAGERAL, PÁG.12

KANÁ MANHÃES

Indústria do petróleo aguarda definições da Petrobras sobre o futuro do processo de exploração e produção. As investigações da Operação Lava-Jato geraram a instabilidade da companhia

Crise afeta a indústria offshore

Barramares recebe obras de urbanizaçãoO loteamento foi fundado há 13 anos em uma região pró-xima ao Parque de Exposições e ao Centro de Convenções de Macaé. Mas assim como acon-teceu em muitos lugares no mu-nicípio, o crescimento nos últi-mos anos veio acompanhado da falta de infraestrutura. Depois de anos cobrando do poder público, as tão sonhadas obras de urbanização se tornaram uma realidade. Essa semana, o Bairros em Debate conversou com os moradores para saber o que eles pensam sobre a nova infraestrutura. Segundo eles, a situação melhorou bastante e amenizou problemas antigos, como os alagamentos. No en-tanto, eles cobram a construção de uma área de lazer, instalação de redutores de velocidade nas ruas e o reforço no patrulha-

BAIRROS EM DEBATE

KANÁ MANHÃES

Conclusão prevista para abril

José Sergio Gabrielli diz que guerra econômica geopolítica internacional interfere menos no mercado brasileiro do que a instabilidade da Petrobras por conta das investigações da Operação Lava-Jato PÁG. 3

mento. A obra de urbanização do Barramares foi orçada em R$ 5.310.922,22 e é de responsa-bilidade da secretaria de Obras Públicas. De acordo com a pre-feitura, a previsão é de que as in-tervenções na Rua Elis Regina terminem em abril PÁG. 8

EMEIs não atendem a demanda

Em suas duas últimas edições este jornal veiculou reportagens sobre a situação de mães que estão buscando vagas em cre-ches públicas no município e que vêm en-contrando dificuldades para alocar os fi-lhos. No mesmo dia da divulgação a Secre-taria recebeu em sua sede uma média de 800 pessoas em busca de vagas. No total foram distribuídas cerca de 700 senhas, sendo 400 para atendimento na quinta-feira e 300 para atendimento na sexta. A oportunidade foi para crianças com idade entre dois e três anos. Falta ainda o aten-dimento a menores de dois anos. PÁG. 10

Prefeitura diz que o município conta com 62 unidades e 11 escolas serão construídas

Nupem vai oferecer curso para agricultores

POLÍCIA EDUCAÇÃOESPECIAL

Data para o início das atividades deve ser divulgada em breve PÁG. 10

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

Erick (D), novo comandante do 9° GBM, tomou posse essa semana Aulas serão no laboratório

Comandante avalia sua atuação no BombeirosO tenente-coronel Erick Alves comentou sobre o planejamento de 2015 PÁG. 5

POLÍCIA GERAL POLÍTICA

Homem é preso após oferecer propina à PM

Orçamento Participativo realiza reunião decisória

Pesquisas podem ajudar na produção

Motorista tentou subornar agentes durante blitz PÁG. 5

Verba prevista para este ano é de R$ 18,5 milhões PÁG. 11

Projeto busca revitalizar poços na Bacia de Campos PÁG. 3

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 30º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

Dia Internacional da Mulher

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

CidadeEDIÇÃO: 265 PUBLICAÇÃO: 1º DE JULHO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Gabrielli: "o processo decisório da Petrobras afeta fornecedores"

Obras na BR-101 previstas para 2015 Direção da Autopista Flu-minense anunciou que o início das ações em Macaé podem ocorrer ainda neste ano. Após a realização da Audiência Pú-blica, promovida pelo Ibama, no último dia 28 de janeiro, as obras de duplicação da BR 101 nesse trecho ainda passam pe-lo processo de licenciamento prévio para sua execução.

Em meio ao turbilhão que atinge o mercado do petró-leo no país, o ex-diretor da Petrobras, José Sergio Ga-brielli, apresentou ontem o seu panorama sobre a crise institucional enfrentada pela companhia. Gestor da estatal na época em que foi registrada a contraditória compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, e de fases de corrupção dela-tadas por ex-diretores da empresa, Gabrielli este-ve ontem em Macaé para participar de Seminário

no Sindipetro-NF. Em um rápido encontro com a im-prensa, José Gabrielli, hoje professor aposentado da Universidade Federal de Brasília (UFBA), afirmou que as denúncias de cor-rupção investigadas pela operação Lava-Jato são re-lativas aos atos realizados fora da companhia, que não espera um retorno ao alto escalão da gestão da empresa e ainda apontou possíveis saídas para a re-estruturação do mercado do petróleo brasileiro.

Agente da Previdência Social proíbe queFarmácia forneça remédios à população

Durante entrevista concedida à emissora local no programa Mesa Redonda, o Agente da Previ-dência Social, Sr. Ruiz Sérgio Ribeiro Barbosa, dis-se que foi sua a decisão de proibir a distribuição de remédios na Farmácia do INPS, a quase 200 pessoas, na sua maioria crianças, porque as recei-tas tinham sido aviadas por médico que trabalha no Centro de Saúde do Estado.

Bombeiros comemoram dia 2 de julho 125 anos de atividades

Em 1975, era instalado em plena Av. Rui Barbosa, no prédio da Associação do Comér-cio, Indústria e Lavoura de Macaé, um Grupa-mento do Corpo de Bombeiros. Hoje, quando a unidade comemora 125 anos, está instalada em sede própria e bem aparelhada para enfrentar perigos de toda espécie.

Suspeito de ter assassinado Evaldo Costa repudia acusações feitas pela Polícia

Ao ser ouvido na tarde de quarta-feira pelo Juiz da Comarca, Edemir Dias Peçanha, prin-cipal suspeito de ter atirado em Evaldo Costa na noite de 28 de março, segundo investigações feitas pelos policiais da 130ª DP constantes do inquérito, negou a autoria e disse que repudia o depoimento prestado pelo motorista Álvaro

Alves Paes, que afirmou ter-lhe emprestado a arma que disparou o tiro.

Médicos concentram-se na Prefeitura e criam fundo de greve para colegas

Perto de 20 médicos participaram na tarde de ontem, terça-feira, de uma concentração ob-jetivando chamar a atenção da opinião pública para o movimento que vem sendo desenvolvido pela classe, reivindicando diversas melhorias salariais e melhores condições de trabalho. Do movimento participou também o médico Car-los Emir Mussi, prefeito do município, que em-prestou o seu apoio tendo comparecido ao ato dezenas de servidores, assessores e secretários.

Projeto Rio Serra-Mar busca fortalecimento da atividade turística da serra macaense

NOTA

Passe escolar gera dúvidaO passe escolar é um be-neficio concedido aos alunos da rede pública para que pos-sam se deslocar de suas resi-dências às unidade de ensino. No entanto, em Macaé os pais estão questionando uma das regras do órgão municipal pa-ra que o aluno tenha direito ao beneficio. De acordo com rela-tos, a partir deste ano a deter-minação da Prefeitura é que só terão direito ao passe os estu-dantes que residem no mínimo a 2 km da escola, o equivalente, por exemplo, a distância entre a Escola Municipal Maria Le-tícia, localizada no Centro, à Barra de Macaé.

KANÁ MANHÃES

Gabrielli participou ontem de Seminário de Planejamento no Sindipetro NF, em Macaé

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 3

PolíticaOFFSHORE

Crise da Petrobras afeta mais que queda do preço do petróleoGuerra econômica geopolítica internacional interfere menos no mercado offshore brasileiro do que a instabilidade da Petrobras Márcio [email protected]

As incertezas quanto aos investimentos previstos pela Petrobras na opera-

ção do petróleo brasileiro neste ano, em virtude da instabilidade gerada pela crise institucional que se abateu sobre a compa-nhia a partir das investigações da Operação Lava-Jato, geram impactos profundos no cotidia-no da indústria offshore local, bem mais que a batalha geo-política travada entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos, no controle do mercado de óleo e gás mundial.

Esses efeitos foram destaca-dos por José Sergio Gabrielli, nome que ressurge como ex-presidente da Petrobras em uma época marcada por duas fases distintas: a da autossuficiência e das negociatas que podem ter gerado um rombo de mais de R$ 80 bilhões em atos de corrupção.

Do alto da experiência adqui-rida ao conduzir por sete anos a presidência da companhia, Gabrielli trouxe nesta semana a Macaé a sua imagem como gestor da companhia na época que se tornou uma das maiores empresas de energia do mundo.

Ao se reunir com a direção do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Gabrielli reforçou os rumo-res de ser um dos militantes do ex-presidente Lula (PT) na or-

ganização do ato em defesa da Petrobras, pré-agendado por lideranças do partido para o próximo dia 13.

Oficialmente, Gabrielli es-teve no Sindipetro-NF para participar de reunião interna da instituição.

Especulações à parte, as decla-rações do ex-presidente sobre a companhia ajudaram a enten-der o atual comportamento do mercado do petróleo nacional, que gera diretamente efeitos na administração de Macaé e as demais cidades produtoras de petróleo do Norte Fluminense.

No aspecto internacional, Gabrielli aponta a existência de uma guerra geopolítica tra-vada por 'gigantes do petróleo mundial'.

“Os preços do petróleo estão caindo por uma questão geopo-lítica internacional. A Arábia Saudita, que tradicionalmente era quem recuperava o preço do petróleo com a redução da pro-dução, não está reduzindo o seu ritmo. A Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo), portanto, não está reduzindo a sua produção. Por isso os preços do barril do petróleo continuam caindo. Acredito que isso tem a ver muito com a expectativa de expansão da produção do petró-leo nos Estados Unidos e a Ará-bia Saudita quer impedir que essa nova produção americana crie competição com sua produ-ção. Este cenário não tem nada

a ver com o Brasil”, apontou o ex-presidente da Petrobras.

No âmbito nacional, Ga-brielli aponta os efeitos da crise institucional enfrentada pela Petrobras, como fator predo-minante que afeta o mercado o¡shore local.

“Há um problema que de-pende do país, que é a situação da cadeia de fornecedores da indústria do petróleo. Este se-tor está em crise. Atualmente a Petrobras está com um proces-so decisório muito lento, porque dada a crise, as decisões são mais lentas. Isso afeta de forma muito especial os pequenos e médios fornecedores, que sentem a curto prazo os efeitos do paga-mento com atraso dos projetos

da Petrobras”, apontou.O ex-presidente da compa-

nhia aponta também a questão da redução dos investimentos previstos pela empresa para este ano.

"A revisão que a Petrobras está fazendo em seu plano de negócios, pelo menos pa-ra 2015, vai apresentar uma redução de investimentos. A Petrobras está anunciando in-vestimentos para 2015 em tor-no de US$ 33 bilhões, quando a média anterior era de US$ 45 bilhões. Portanto, haverá uma redução razoável. Não acredi-to que isso vai atingir de forma direta a exploração e produção na Bacia de Campos e na Bacia de Santos", analisou.

KANÁ MANHÃES

Indústria do petróleo aguarda definições da Petrobras sobre o futuro do processo de exploração e produção

Recado aos municípiosAo apontar a retração de ne-gócios da companhia para este ano, José Sergio Gabrielli afir-mou que a Petrobras não deve apresentar grandes mudanças no planejamento estratégico de investimentos a longo prazo, definido pelo Plano de Gestão de Negócios para 2015-2019.

“Uma empresa como a Pe-trobras não muda seu plano de negócios a curto prazo. Nada no mundo do petróleo muda a curto prazo. Atrasar projetos é gerar efeitos na receita futura", opinou o ex-presidente.

No entanto, ele desconside-

rou a possibilidade da compa-nhia antecipar a apresentação do Plano 2015-2019, prevista para acontecer em junho, aten-dendo assim a uma reivindi-cação do núcleo do desenvol-vimento regional, criado pelos prefeitos das cidades produto-ras de petróleo do Norte Flu-minense.

"Acho difícil ocorrer a anteci-pação da apresentação do Plano que representa o investimento em todos os projetos da compa-nhia que precisam ser planeja-dos. Não dá para antecipar essa análise", disse Gabrielli.

Pesquisas podem revitalizar poços na Bacia de Campos

FUTURO

A capacidade de elevação do fator de produção dos po-ços maduros, que garantem hoje boa parte da produção de petróleo registrada na Bacia de Campos é foco de pesquisas da Petrobras e também dos pro-jetos que podem ser desenvol-vidos através da instalação do Parque Científico e Tecnológico de Macaé.

O projeto, que requer tecno-logia e maiores custos de pro-dução, já faz parte do portfólio

Sugestão apontada por ex-presidente é foco da Petrobras e do Parque Científico e Tecnológico

do Parque, que deve ser oficial-mente instituído neste ano.

"Vamos embarcar nesta pro-posta desenvolvida pela Petro-bras como um dos focos de atu-ação do Parque Tecnológico", garantiu o secretário municipal de Desenvolvimento Econômi-co, Vandré Guimarães.

Para garantir a concretiza-ção da proposta, a secretaria de Desenvolvimento Econômico já vai implantar, neste ano, as pri-meiras incubadoras de centro de pesquisas do Parque Científi-co, utilizando espaço na sede do Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT).

"Vamos avançar ainda mais", garantiu Vandré.

KANÁ MANHÃES

Vandré Guimarães garantiu concretização do Parque Científico

Através de resolução, Câmara mudou para a sexta-feira o dia de realização da Tribuna Cidadã

NOTA

PONTODE VISTADesde o encerramento do período eleitoral em outubro do ano passado, quando a presidente Dilma Rousse¡ (PT) acabou eleita, havia um turbilhão de fatos que deixavam não só os políticos, mas os eleitores de modo geral per-plexos com as informações divulgadas sobre a Operação Lava-Jato, iniciada em março de 2014, e que engenhosa-mente como uma teia de aranha, foi se ampliando.

Com a crise econômica e política instalada no país e, es-pecialmente, atingindo o setor de petróleo e gás, os em-presários macaenses continuam em busca de caminhos que possam nortear suas ações.

Durante a reunião da Comissão Municipal da Firjan quarta-feira, Cliton Silva Santos que presidiu ano passado a Associação Comercial e Industrial de Macaé, ao participar da discussão sobre a licença ambiental para a construção do Terminal Portuário no Barreto, e as informações sobre o andamento do projeto disse que: “O Porto virou um pavão misterioso”.

Como sempre, os políticos acabam frustrando os eleitores macaenses que

acreditam sempre nas promessas de candidatos tipo “Copa do Mundo”, aqueles

que só aparecem de quatro em quatro anos. O empresário Mauricio Brennand

sugeriu que fossem cobrados dos deputados federais e estaduais que tiveram

votos aqui, compromissos com o município. A conferir.

Até domingo.

E por falar em promessas, as obras prometidas e que não vão acontecer. Duplicação da ponte Ivan Mundim que liga a Barra à Cidade. A construção da Estrada e Arco Viário de Santa Teresa. A construção do Terminal Portuário em São José do Barreto. O projeto “Mais água para Macaé”, projeto de R$ 105 milhões. Mas água que é bom mesmo, nada. Continua faltando.

Para onde vamos?

Firjan cobra resultados

A rede começou a pegar não só peixes pequenos. Os grandes, até então considerados blinda-dos, começaram a ser expostos a cada etapa da investigação que já vai fazer um ano, exigindo novas etapas de investigações. À medida que novos persona-gens eram envolvidos, todas as pessoas de bem começavam a fi-car indignadas com a facilidade do trânsito livre para a prática do mal feito. Os cidadãos que pagam seus impostos em dia, ao serem informados sobre os caminhos percorridos que deram origem ao “petrolão”, transformando-se num dos maiores escândalos envolven-do a Petrobras, ainda estão es-tarrecidos com o governo que prometeu um mundo melhor para a economia e para os tra-balhadores. O que se observou, até antes da posse do novo go-verno e dos ministros, foi exata-mente medidas extremas para colocar a economia em ordem, atingindo a classe trabalhado-ra, enquanto no lado político, o Congresso Nacional era colo-cado em xeque, numa demons-tração inequívoca de que as mu-danças de comportamento dos atores logo tomariam conta do

Senado e da Câmara dos Depu-tados. Enquanto muitos peixes graúdos estão presos e outros na mira da Justiça que poderão ser alcançados após ter o Su-premo Tribunal Federal (STF), recebido a denúncia do Procu-rador da Justiça e dando início à investigação agora de nomes da classe política envolvida, o caldeirão começa a ferver ainda mais. Enquanto isso, buscando conter a onda de insatisfação e insuflados, a classe sindical e aí entrando em cena o ex-pre-sidente Lula, começa a mobili-zar todas as entidades para uma grande manifestação no dia 13 de março, para defender uma bandeira até então considera-da indefensável politicamente. Também durante esse período longo, a população insatisfeita com os rumos que tomam a si-tuação, se mobiliza pelas redes sociais e pretendem levar às ruas dia 15, espontaneamente, milhões de pessoas contrárias à situação em que o Brasil se en-contra. O “Vem pra Rua”, pode ser a pá de cal ou o início de uma luta aguerrida contra tudo o que está acontecendo e muitos pre-ferem aguardar o resultado e sa-ber “para onde vamos”.

Há quase 38 anos, vivendo o município intensamente os efeitos da indústria do petró-leo, a administração pública nas esferas municipal, estadual e federal, simplesmente não fi-zeram o dever de casa, deixan-do de planejar a cidade para o crescimento célere a que se viu obrigado. Com as portas aber-tas para o mundo, Macaé antes cognominada de “Princesinha do Atlântico” se transformou na Capital Nacional do Petró-leo, sediando todas as unidades da Petrobras para a exploração de petróleo na plataforma con-tinental do litoral fluminense batizada de Bacia de Campos, e também todas as empresas de perfuração e exploração que instalaram por aqui suas bases. O desenvolvimento a que se viu obrigado o município, não levou os gestores da adminis-tração pública a pensar grande e hoje a cidade e municípios da região vivem um verdadeiro caos. Todos sabiam, também em 2007, quando foi divulgada pela Agência Nacional de Petró-leo, a descoberta da camada de pré-sal, que o município deveria contar com um aeroporto com

pista para pouso e decolagem de grandes aeronaves, porto seco, um novo terminal portuário, novas rodovias ligando os prin-cipais pontos, dentre outras me-didas de caráter urgente mas... ficaram esquecidos. Enquanto isso nascia o Porto do Açu em São João da Barra, o aeroporto internacional de Cabo Frio com a quarta pista maior do Brasil e terminal de carga, a duplicação da BR-101, mesmo em ritmo lento, e a representação política macaense dormindo em berço esplêndido. Embora alinhados nas ações para o desenvolvi-mento, os empresários ligados à Firjan, principalmente à Co-missão Municipal e Regional do Norte Fluminense, o SESI primeiro e depois o SENAI que inaugura este ano sua segunda unidade no município, e ainda a ACIM – Associação Comercial e Industrial de Macaé, apoiando todas as iniciativas em torno da construção do Terminal Portuá-rio no Barreto e da nova pista de 2.100 metros no aeroporto não enxergam luz no fim do túnel e continuam a cobrar resultados das autoridades. Enquanto isso, ficam todos a ver navios...

PONTADAS

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Com a experiência de quem administrou a Petrobras no período que se tornou referência mundial em pro-dução de energia, o ex-presidente da companhia, José Sergio Gabrielli deixa um recado discreto para os no-vos gestores da estatal: é preciso agilizar as respostas sem mexer no que já está planejado para o futuro.

Mesmo com a mudança no comando do 9º Grupamento de Bombeiro Militar, as praias de Macaé seguem com o monitoramento especial das equipes de Guarda-Vidas, posicionadas de forma estratégica nos trechos com maior risco de incidência de casos de afogamento. A atuação tem sido elogiada por banhistas e frequentadores do belo cenário do litoral da Princesinha do Atlântico

O Brasil acordou - muito tardiamente - para a questão da falta d’água. A preocupação começou a se intensificar em São Paulo, com o rápido esvaziamento de importantes re-servatórios, e em poucos meses já se estendeu para os outros estados do Sudeste, que também se encontraram frágeis e despreparados para enfrentar estações mais secas.

Poder de decisão

Só fechar a torneira não basta

Mantendo o posicionamen-to político adquirido a partir do momento em

que assumiu a gestão de uma das cinco maiores empresas do mun-do, Gabrielli participou de uma reunião interna do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) com o propósito de oferecer o seu conhecimento para as discussões relativas a re-presentatividade dos milhares de funcionários que atuam nas ativi-dades realizadas pela companhia na Bacia de Campos.

Em uma conversa franca com jornalistas, ele foi objetivo ao res-ponder perguntas sobre o seu tra-balho à frente da estatal, além de apresentar a sua análise sobre o que a Petrobras se tornou após os três anos da sua saída do posto de CEO da companhia.

De acordo com Gabrielli, a Pe-trobras peca por demorar para tomar decisões relativas a novos contratos. Pecaria mais ainda se não tivesse cautela em celebrar parcerias para o desenvolvimento de trabalhos técnicos que possam garantir o crescimento da produ-ção do petróleo nacional, sem ex-ceder as demandas ainda encon-tradas no mercado internacional.

Quem ouviu o testemunho do ex-presidente da Petrobras, ou o leu transcrito nas páginas de O

DEBATE, percebeu que o planeja-mento do futuro é o grande trunfo para garantir a prosperidade que, por muitos anos, foi reconhecida pela população brasileira.

Na época de Gabrielli à frente da companhia imperava no país o sonho de quase todos os cida-dãos brasileiros em participar da pujança da Petrobras, seja como funcionário 'crachá verde', seja como acionista do capital aberto da estatal na bolsa de valores in-ternacional.

Hoje em uma posição diferencia-da em relação a empresa, Gabrielli, ao que parece, segue apostando su-as fichas na Petrobras. Mas até ele é incapaz de dizer qual será o futuro previsto pela companhia diante de tantas denúncias de corrupção que ainda assombram a estatal.

A verdade é que, como disse o ex-presidente, a Petrobras detém nas mãos reservas que podem gerar uma produção diária de 25 milhões de barris de petróleo por dia, potencial que atrai o interesse das grandes empresas o�shore, que não deixaram e nem sonham em deixar o polo industrial de Macaé.

Mas se não houver definições políticas quanto ao gerenciamento da companhia, a insegurança, seja ela jurídica ou até mesmo física, po-de se tornar a verdadeira mancha na história da Petrobras.

Outras regiões do país, momentaneamente, pa-recem estar em posição

mais confortável, mas nin-guém deve esperar para ver o pior acontecer.

A comoção precisa ser na-cional. Chegamos ao limite e não há escapatória: será ne-cessário mudarmos nossos hábitos, mesmo sabendo que o uso doméstico não é o maior “vilão” do desperdício e mau planejamento. É verdade que o problema só será amenizado com ações firmes e transpa-rentes do governo e das gran-des corporações - porém, essa constatação não altera o fato de que nós, brasileiros, somos um dos povos que mais gastam água no mundo.

Após inúmeros alertas, a po-pulação começou a incorporar diversos hábitos visando evitar o desperdício. Seja com banhos mais curtos, reutilizando água da chuva para lavar o carro ou substituindo a descarga por baldes, a mobilização é gran-de. Mas será que a nossa capa-cidade de colaboração se limita a essas pequenas atitudes?

Na verdade, por maior que seja o nosso esforço pessoal, o consumo pode continuar excessivo caso não tenhamos cuidado na escolha e manuten-ção dos equipamentos da casa. Isso pode ocorrer em qualquer ambiente, como cozinha, ba-nheiro e área de serviço. Pouco adianta, por exemplo, fechar-mos as torneiras ao ensaboar utensílios se ela estiver com

vazamento e escoar água por longos períodos de tempo - e o mesmo se aplica aos canos.

Para evitar tais problemas, vistorias regulares são impor-tantes, mas podemos também instalar acessórios indicados para diminuir o volume que gastamos. Simples peças po-dem gerar grande economia. Uma delas é o redutor de va-zão, um pequeno anel contro-lador do nível hídrico, de fácil instalação e acessível no mer-cado, que reduz em média 50% do consumo das torneiras.

Outra dica é a inserção de pias e chuveiros de baixo flu-xo. Além de oferecer vantagens como preços baratos e rápida montagem, a pressão fica inal-terada, diminuindo os gastos. Os vasos sanitários, da mesma forma, podem ser adquiridos em modelos de fluxo duplo, ou seja, que permitem a descarga com menos água para líquidos, e mais para sólidos, poupando o seu uso total.

Os tempos são outros. Não podemos mais esbanjar, exa-gerar e ignorar o problema da água. Estamos perceben-do, da pior maneira, que ela é, sim, finita. Enquanto as autoridades responsáveis se mexem para controlar a crise, a população sente na pele os gastos excessivos de tantas décadas. Só nos resta fazer nossa parte e aprender com nossos erros.

Ricardo Granja é Diretor Geral da GTRES Metais Sanitários

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PrestígioO ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, demonstrou entrosamento com a equipe da direção do Sindicato dos Petrolei-ros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). Ele participou do primeiro dia de reuniões do Semi-nário de Planejamento, realizado ao longo des-ta semana pelos diretores da instituição, com objetivo de traçar metas relativas à defesa dos funcionários da estatal. A experiência garantiu bons frutos ao Sindicato.

ApoioMesmo sendo atualmente professor aposentado da Universidade Federal da Bahia, José Sergio Ga-brielli não demonstrou interesse em participar da edição deste ano da Brasil Offshore. Ele reforçou a sua atual posição profissional ao ser indagado se recebeu convite ou possuía interesse em retornar à gestão da companhia. É notório o prestígio que ele nutre junto a lideranças do Partido dos Trabalhado-res, através da amizade com o ex-presidente Lula.

JogadasEm Macaé, o tabuleiro do xadrez político re-gistra novas jogadas. Para garantir uma forte aliança para a disputa das eleições de 2016, o governo direciona 'fiéis escudeiros' para inte-grar legendas. Há a expectativa de migração do prefeito Dr. Aluízio Júnior, eleito pelo PV, para o PMDB. Com ele devem seguir várias lide-ranças que almejam disputar o pleito de 2016. Vale lembrar que a bancada peemedebista li-dera, com folga, o número de cadeiras na atual formação da Câmara de Vereadores.

MudançaO parlamento municipal deve estudar a mu-dança do dia de realização da Tribuna Cidadã. Considerado como avanço, o projeto criado na atual legislatura da Câmara abre o espaço do plenário para representantes de diversos segmentos da sociedade macaense. Hoje, as audiências ocorrem na última quarta-feira do mês, mas acabam extrapolando horários e afe-tando o início da sessão ordinária. A ideia é que a Tribuna passe a ser realizada às quintas-feiras.

Táxis Após a decisão do governo por adiar a licitação para a liberação de 122 autarquias para táxis, motoristas auxiliares que já atuam na prestação do serviço na cidade, ganham maiores chances em garantir aces-so às autonomias que atenderão principalmente às demandas da edição deste ano da Brasil Offshore. O governo planeja oficializar o registro dos novos taxistas em junho, antes da realização da feira. Até lá, a disputa pelas vagas promete ser intensa.

NúmerosFalando em Brasil Offshore, a edição deste ano da feira já registra números expressivos e até históricos. Mesmo com os efeitos da crise do petróleo, grandes empresas que atuam no mercado mundial do setor já con-firmaram presença, tanto como expositoras, quanto como integrantes da Rodada de Ne-gócios. Apesar de ser considerado como alto, o resultado estimado para o evento em 2015 é a geração de mais de R$ 1 bilhão em contratos.

OcupaçãoSeja por flanelinhas, seja por proprietários de comércios, vagas públicas de estacionamento, situadas na região fora da administração do Ro-tativo, estão sendo disputadas a 'peso de ouro' no Centro da cidade. Já tem gente ocupando os espaços de forma privada, bloqueando a parada de outros veículos através da utilização de cones, latões e até pedras. O ato é irregular e requer a fiscalização dos agentes de trânsito municipal.

IPVANa próxima terça-feira (10) vence o prazo para veículos com placa final 7 quitarem a segunda parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). De acordo com o cronograma definido pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), março prevê vencimentos de cotas entre os dias 16 e 26. Até o final do mês, a instituição, com apoio da Polícia Militar, deve intensificar as blitzen por toda a cidade.

ServiçoAlém da telefonia móvel, o serviço de internet de banda larga a cabo torna-se alvo de críticas constantes por clientes sediados em Macaé. A interrupção do serviço sem comunicação pré-via, oscilação de sinais e a demora no atendi-mento técnico faz parte dos transtornos enfren-tados pelos clientes que acabam pagando caro pelo acesso ao produto. O Procon possui um papel importante para cobrar das operadoras a prestação de um serviço de qualidade.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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Rede de assistência oncológica da secretaria de Saúde de Macaé foi reformulada com o objetivo de oferecer ao usuário um atendimento humanizado e de qualidade

NOTA

Page 5: Noticiário 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 5

Polícia

Menina Ana Gabriela continua desaparecida

DESAPARECIMENTO

A menina Ana Gabriela, de apenas sete anos, que desapa-receu há mais de um mês, ain-da não foi encontrada. A Polícia Civil da 123ª DP continua com as investigações sobre o caso. No entanto, não há nenhuma novidade.

Polícia Civil prossegue com as investigações sobre o caso

A garota sumiu no dia primei-ro de fevereiro, em uma praça da Barra de Macaé, depois de pedir dinheiro à avó para comprar um salgado. Segundo parentes, Ana seguiu até um bar próximo, mas não foi mais vista desde então. À época, uma manifestação che-gou a fechar a Rodovia Amaral Peixoto, em frente ao local do desaparecimento.

De acordo com o delegado titular da 123ª DP, Filipi Poyes,

não houve mudança no cenário. “Estamos trabalhando para so-lucionar o caso, sem descartar hipóteses. Infelizmente, não te-mos nada novo, além do que já foi passado.” Um fator que pode contribuir na investigação são as imagens do circuito interno dos ônibus que passavam em frente à praça da Barra no mo-mento em que Ana Gabriela sumiu. A Polícia Civil já fez o pedido à empresa responsável.

DIVULGAÇÃO

A garota sumiu no dia primeiro de fevereiro, em uma praça da Barra de Macaé, depois de pedir dinheiro à avó para comprar um salgado

Motorista é preso após oferecer propina à PM

CORRUPÇÃO

Uma tentativa de subor-no, no valor de R$ 150,00, le-vou um motorista direto para a cadeira, na última sexta-feira (6). O homem, de 31 anos, foi abordado por Policiais Milita-res durante uma blitz e ofere-ceu aos agentes propina para ser liberado.

De acordo com a Polícia Militar, a Operação AREP III acontecia na Rua Bom Jardim com a Rua Macaé, em Rio das

Ele não estava autorizado a dirigir por não ter a CNH

Ostras, quando o condutor de carro, modelo VW Gol, foi pa-rado. Ao ser abordado pelo po-licial de plantão, ele confessou que não tinha a Carteira Na-cional de Habilitação (CNH) e ofereceu uma quantia em di-nheiro para fugir do flagrante.

O agente então deu voz de prisão ao homem pelo crime de corrupção ativa, que foi algemado e levado para a de-legacia do município. Ele pres-tou depoimento ao delegado e permanece detido na 128ª DP. A pena para esse tipo de deli-to varia entre dois e 12 anos de prisão, mais multa.

DIVULGAÇÃO/PM

Os R$ 150,00 oferecidos ao policial como proprina e o documento do suspeito foram apreendidos

MUDANÇA

Comandante dos Bombeiros avalia primeiros dias de atuaçãoO tenente-coronel Erick Alves comentou sobre o planejamento de 2015

Thuany [email protected]

Em entrevista concedida a O Debate depois de as-sumir a posição como co-

mandante do 9° GBM de Macaé, o coronel Erick Alves analisou seus primeiros dias de atuação à frente da Corporação, além do planejamento previsto para os próximos meses de 2015, bem como as diversas reuniões com superiores e representantes de outros batalhões.

Dentre os planos que já co-meçaram a ser traçados, está a ênfase na atualização e instru-ções aos bombeiros de todas as seções. “Um dos nossos princi-pais objetivos nesse ano será a preocupação em aprofundar, o máximo possível, as ações que envolvem o treinamento e a conduta de cada militar, bus-cando sempre uma reciclagem, um desenvolvimento maior das suas atribuições”, revelou Alves.

Outro ponto abordado foi a adaptação pela qual o 9° GBM, assim como os demais bata-lhões de todo o Estado, têm precisado passar em decorrên-cia da diminuição de verbas do Governo Estadual, após a crise que afetou o repasse dos royal-ties. “Tenho muitos projetos a serem implementados aqui no quartel, mas precisamos nos ater a essa realidade de crise

que não poupou ninguém. O que está ao nosso alcance, já es-tá sendo feito. Um bom exem-plo é a aceleração da entrega de documentos processuais, espe-cialmente aqueles referentes a estabelecimentos comerciais.

WANDERLEY GIL

“Um dos nossos principais objetivos nesse ano são as ações que envolvem o treinamento e a conduta de cada militar, buscando um desenvolvimento maior das suas atribuições", afirmou o coronel

Esse é um dos grandes pontos de mudança”, destaca o coronel.

Além dos planejamentos já citados, vale destacar que, de qualquer forma, as mudanças são muito mais internas do que externas, não interferindo na

qualidade do atendimento à população. “Cada comandante tem o seu modo de comandar a tropa. O meu é diferente do comandante anterior. Mas, é claro que prezo por manter e preservar, como já disse ante-

riormente, todas as questões que vêm dando certo, que estão funcionando”. `

Alves também comentou so-bre a reunião que envolverá to-do o efetivo do 9° GBM. “No fi-nal deste mês está marcada uma

reunião com toda a tropa, jus-tamente para que eu possa me apresentar a todos, o que ainda não consegui fazer. Aos poucos, tenho visitado cada seção e con-versado com os agentes, sempre que possível”, finalizou.

WANDERLEY GIL

O novo comandante desfila perante à tropa que passou a administrar depois que assumiu a função no 9° GBM

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

Economia Inflação oficial acumula alta de 7,7% em 12 meses, a maior taxa desde 2005

NOTA

SERVIÇO

Sebrae promove ações especiais durante a semanaSérie de eventos começa nesta segunda-feira e vão até o próximo domingoGuilherme Magalhã[email protected]

Após colocar a cidade co-mo centro do desenvol-vimento regional por

meio da realização de um es-tudo inédito sobre o potencial econômico de diversos setores impulsionados pelas atividades offshore, durante o decorrer desta semana e da próxima, o Sebrae irá promover no municí-pio uma série de eventos com o objetivo de situar e capacitar os empresários locais para os pró-ximos três trimestres do ano.

Na próxima quarta-feira (11), a instituição realiza o ‘Seminá-rio de Cenários e Tendências 2015’. Com a presença de di-versas lideranças locais do se-tor privado e público, o evento oferecerá diversas palestras de contextualização sobre o atual cenário do mercado offshore, tanto com foco para os micros e pequenos empreendedores, como para empresas maiores diretamente ligadas à cadeia produtiva de petróleo. O evento acontece no Hotel Four Points, localizado na Rua Dolores Car-valho Vasconcelos, 110 - Bairro

da Glória; a partir das 18h. A participação é gratuita e com vagas limitadas. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (22) 2762-9864.

KANÁ MANHÃES

Eventos acontecerão ao longo da semana em vários pontos da cidade

EDUCAÇÃO FINANCEIRADo início desta semana até o pró-

ximo dia 15, o Sebrae, em parceria com o Banco Central, também promoverá a Semana Nacional de Educação Financeira. Durante o período, a instituição realizará uma série de palestras gratuitas sobre o tema gestão de finanças pessoais, com o objetivo de promover a edu-cação financeira e contribuir para o fortalecimento da cidadania, por meio de vários eventos simultâne-os em todo o estado.

Visando ampliar a compreen-são dos consumidores para que façam escolhas conscientes quan-to à administração de seus recur-sos financeiros neste período de recessão econômica, alguns dos temas abordados serão consumo, poupança e crédito.

Em Campos dos Goytacazes, as palestras acontecem dia 10, no Instituto Superior de Ensino (ISE-CENSA - Rua Salvador Corrêa 139, Centro), às 19h e às 20h; e no dia 12, na Universidade Estácio de Sá (Av. 28 de Março 423, Centro), às 19h e às 20h. Já em Macaé, as palestras acontecem no dia 13, na Unigran-rio (Av. N. Senhora da Gloria, 845), às 19h e às 20h. Mais informações podem ser adquiridas pelo telefone 0800 570 0800.

SERVIÇO

Programação

●18:30 - Abertura●18: 40 - Apresentação

do Plano de Trabalho 2015-2016

●A Micro e a Pequena Empresa no contexto regional, com Antônio Batista (Sebrae)

●19:10 - Palestra●CENÁRIO Econômico

e as Perspectivas do Setor do Petróleo, com Alfredo Renault (Pro-fessor de economia da PUC)

●20:15 - Palestra●O Governo do Estado

do Rio de Janeiro e o setor de petróleo, com Marcelo Vértis (Sub-secretário de Estado de Energia, Logística e Des.Industrial)

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 7

Page 8: Noticiário 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

BAIRROS EM DEBATE Barramares

Loteamento Barramares recebe obras de infraestrutura Moradores relatam que a urbanização é um pedido feito ao poder público há mais de 10 anosMarianna [email protected]

Impulsionado pela econo-mia do petróleo, a questão da moradia é um dos pon-

tos que mais pesam no bolso na hora de escolher um lugar para se viver em Macaé. Com o alto valor dos imóveis, muita gente tem optado pelas áreas mais longes do Centro para morar. Uma delas é o Barramares, bairro fundado há 13 anos em uma região próxima ao Parque de Exposições e ao Centro de Convenções de Macaé.

Mas assim como aconteceu em muitos lugares no municí-pio, o crescimento nos últimos anos veio acompanhado da falta de infraestrutura. Depois de anos cobrando do poder pú-blico, as tão sonhadas obras de urbanização chegaram ao lote-amento.

A última visita feita pela nos-sa equipe de reportagem foi em agosto, quando as obras ainda estavam nas ruas internas. Es-sa semana, o Bairros em Debate volta para ver como está o anda-

mento e saber o que os morado-res pensam em relação a isso.

“Sem dúvida o nosso bair-ro melhorou bastante com as obras. Só de colocar o asfalto já deu outra cara. Antes isso aqui era barro puro. Quando chovia a gente não conseguia entrar e sair de casa porque alagava tudo. Além disso tinha a poei-ra, que causava uma sujeirada e problemas de saúde. Moro aqui há apenas dois anos, mas tem vizinhos que vivem desde que o Barramares foi fundado e eles relatam que isso é uma conquista depois de anos de lu-ta. Estou muito feliz”, conta o morador Nelbi Jorge Machado.

O Barramares já está quase 90% urbanizado, faltando ago-ra a conclusão do serviço na Rua Elis Regina. No entanto, apesar de ter melhorado, quem vive nessa rua critica o andamento das obras, que já deveriam ter sido concluídas em 2014.

“Tivemos grandes avanços, em vista do que era há um ano. Mas ainda pode melhorar mais. A única crítica que tenho a fazer é em relação a demora das obras

na minha rua, que já deveriam estar finalizadas. Era para ter terminado há cerca de seis me-ses, mas já se passou um ano e não tem prazo de conclusão. Questionei os funcionários e eles apenas dizem que não sa-bem e que deve demorar ainda mais algum tempo”, relata a vi-ce-presidente da Associação de Moradores, Conceição Apare-cida Fraga, também conhecida como Cidinha.

Além do andamento das obras, Cidinha diz que ainda existem outras pendências. “Depois da infraestrutura, te-mos como prioridade algumas outras coisas, como o reforço no policiamento e a construção de uma área de lazer”, frisa.

A obra de urbanização do Barramares está orçada em R$ 5.310.922,22 e é de responsabi-lidade da secretaria de Obras Públicas.

Procurada, a secretaria de Obras informou que as obras na Rua Elis Regina estão dentro do cronograma. A previsão é de que as ações sejam concluídas no mês de abril.

KANÁ MANHÃES

A obra de urbanização do Barramares foi orçada em R$ 5.310.922,22

Sem praça, crianças brincam pelas ruas do bairroDas cercas de duas mil pes-soas que moram no Barrama-res, metade delas é de crianças. É comum encontrá-las brin-cando pelas ruas do bairro, já que área de lazer não existe ali.

A praça do bairro continua sendo um sonho não realizado. Sem um local adequado para a prática de atividades de lazer, no Barramares as crianças e jovens improvisam as brinca-deiras no meio da rua.

O que deixa a população indignada é que o espaço pa-ra isso já existe, assim como o projeto, porém até hoje ele não saiu do papel. Atualmente o terreno conta apenas com um campo de futebol improvisado.

Em agosto do ano passado, a prefeitura disse que estavam programadas para a localidade

depois que as obras de infraes-trutura forem concluídas, áreas de lazer, praças, parques infan-tis e quadras esportivas.

“Carecemos de áreas de la-zer. Hoje só temos um campo de futebol, mas mesmo assim não atende a todos. As crian-ças pequenas, por exemplo, não contam com espaços para brincar. Poderia ter aqui uma praça com parquinho igual ao que vem sendo feito em outros bairros, como no Parque Aero-porto”, ressalta Nelbi, que tem dois filhos pequenos.

A secretaria de Limpeza e Manutenção informou que a construção de uma praça está dentro do cronograma, no entanto não deu nenhum prazo, ou detalhe, de quando isso será feito.Única opção de lazer do bairro é um campo situado em um terreno

Redutores de velocidade nas ruasSe não há locais de lazer, o jeito é a criançada ir brincar no meio da rua. Só que, ape-sar do bairro se tranquilo, as ruas pavimentadas acabaram se tornando um atrativo para alguns condutores, que estão transitando acima dos limites de velocidade, colocando em risco a vida dos pedestres.

“Instalaram alguns quebra-molas na segunda rua, mas exis-te a necessidade de fazer isso em todo o bairro. Muitos veículos, principalmente motos, passam aqui correndo, podendo atrope-lar alguém”, alerta Nelbi.

Segundo a Resolução nº 39/98 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que es-tabelece os padrões e critérios para a instalação de ondulações transversais e sonorizadores nas vias públicas, “a implan-tação de ondulações transver-sais e sonorizadores nas vias públicas dependerá de autori-zação expressa da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via, podendo ser co-locadas após estudo de outras alternativas de engenharia de tráfego, quando estas possibili-dades se mostrarem ineficazes para a redução de velocidade e acidentes”.

Ele também destaca que as ondulações transversais devem ser utilizadas em locais onde se pretenda reduzir a velocidade do veículo, de forma impera-tiva, principalmente naqueles onde há grande movimentação

de pedestres.Mas independente da prefei-

tura tomar ou não uma atitude, os motoristas também têm o dever de colaborar para pro-mover um trânsito seguro. O Art. 220 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que deixar de reduzir a velocidade do veí-culo de forma compatível com a segurança do trânsito “nas pro-ximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desem-barque de passageiros ou onde haja intensa movimentação de

pedestres” é considerada uma infração gravíssima. O infrator poderá ser multado.

Já o Art. 311 prevê que “tra-fegar em velocidade incom-patível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, ge-rando perigo de dano” a pena passa a ser de detenção, que pode variar de seis meses a um

ano, ou multa.A secretaria de Mobilida-

de Urbana esclarece que já foi concluído o levantamento com relação aos pontos em que há necessidade de instala-ção nas vias do bairro e que já foi encaminhado à secretaria de Obras para execução. Vale res-saltar que continuam as ações de infraestrutura urbana no Barramares, para instalação das redes de esgoto e de águas pluviais, meios fios, calçadas e pavimentação das ruas.

Mobilidade Urbana vai fazer estudo no bairro

Segurança pública é ressaltadaAssim como acontece em toda a cidade, o medo é um sentimento comum entre a maioria dos moradores do lote-amento. Eles relatam que, devi-do a falta de um policiamento ostensivo na região, o índice de assaltos tem crescido.

Uma moradora, que pede para não ser identificada, conta que a maioria dos casos é de roubo a

pedestres. “Os meliantes estão geralmente em motos e arma-dos. E não tem hora ou dia. Re-centemente teve um assalto em plena luz do dia, onde uns jovens tiveram os seus celulares rou-bados. Existe esse medo. E acho que não se restringe ao nosso bairro. Pedimos às autoridades competentes que intensifiquem o patrulhamento aqui”, solicita.

Moradores pedem mais policiamento na região

Árvores são plantadas pela SemaPromover uma área verde, com árvores, é pensar em quali-dade de vida. O que poucos pen-sam é que, além de representar uma beleza cênica, elas podem trazer muitos benefícios, tanto econômicos quanto para a saúde e a qualidade de vida na Terra.

Diante disso, é importante preservar as áreas de mata e evi-tar retirar as árvores da cidade, pois elas vão muito além do con-ceito de gerar sombra.

A exposição ao sol durante o dia gera cansaço e desconforto, podendo vir a trazer problemas mais graves, como o câncer de pele. Esse contato direto entre os raios ultravioletas e o asfalto gera um efeito de estufa, aumen-tando a sensação térmica.

Uma cidade mais arborizada promove um aumento da umi-dade relativa do ar. O ar seco é uma das maiores causas de pro-blemas respiratórios e de pele por permitir o acúmulo da po-eira no ar, além de secar as vias respiratórias e ser um pesadelo

para pessoas alérgicas. As árvo-res ajudam com a evaporação da água das folhas, o que ocasiona o aumento da umidade.

Elas também são consideradas um grande potencial para o tra-balho de remoção de partículas e gases poluentes da atmosfera. Algumas espécies possuem a capacidade de filtrar compostos químicos poluentes, como o dió-xido de enxofre (SO2), o ozônio (O3) e o flúor, através de meca-nismos fotossintéticos.

Diante disso, a prefeitura plan-tou no final do ano passado algu-mas mudas de árvores no cantei-ro situado na Rua Pixinguinha. “Seria bom que isso fosse feito em todo bairro”, sugere Nelbi.

De acordo com a prefeitura, a coordenadoria de Arboriza-ção da secretaria de Ambiente realizou o plantio de plantas nativas e frutíferas por solicita-ção dos próprios moradores. A previsão é de que seja realizado outros, após a conclusão de um levantamento.

Árvores foram plantadas a pedido dos moradores

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 9

QUESTÃODE JUSTIÇA

Ser Mulher e Mudar o Mundo

Prevenção - uma necessidade

A violência contra mu-lheres e meninas é uma grave violação de direitos humanos, e pode ser tanto física, quanto sexual e/ou mental, incluindo a mor-te. Ela afeta a sociedade da pior forma, com conse-quências negativas para as famílias, comunidade e país em geral.

Serão necessárias mais do que décadas de mobi-lização da sociedade civil para pôr fim à violência de gênero.

Um número sem prece-dentes de países atualmen-te tem leis contra a violência doméstica, agressão sexual ou outras formas de violên-cia, mas ainda persistem ab-surdos, como na Etiópia, on-de ainda hoje, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 85% das mu-lheres sofreram a mutilação genital, rito que ainda é uma prática em várias aldeias africanas.

O verdadeiro desafio está na implementação dessas leis, que ainda permitem que os culpados permaneçam impunes ou condenados a penas brandas. Espera-se que o projeto de lei aprova-do na Câmara possa ajudar a mudar esta realidade.

Com certeza, é impor-tante punir com vigor os culpados, mas podemos ir além: podemos prevenir, evitando assim que todos os anos milhares de mu-lheres sejam mortas. Cabe a cada um de nós, homens e mulheres, trabalharmos cotidianamente para alte-rarmos esta realidade.

Somos capazes de nos superar, sonhar com um mundo melhor e de lutar por ele. No mês em que se comemora o Dia Interna-cional da Mulher nos cabe, além de parabenizar as mu-lheres, nos empenharmos para um mundo sem discri-minação e violência.

ANDREA MEIRELLES [email protected]

Violência contra mulheres e meninas

Simone de Beauvoir cer-ta vez escreveu que “não se nasce mulher: torna-se”. De minha parte, acredito que nos tornamos mulheres através de nossas atitudes, e evoluímos na medida dos valores que elas afirmam. Complicado? Não é não.

Basta lembrar a origem do Dia Internacional da Mu-lher: operárias mortas num incêndio, em represália a uma greve, na Nova Iorque do século XIX.

Era 8 de março de 1857, data da primeira greve nor-te-americana conduzida somente por mulheres, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, de-cidiram paralisar seus tra-balhos, reivindicando o di-reito à jornada de 10 horas (isso mesmo, 10h). Os do-nos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, ma-tando carbonizadas todas as tecelãs.

Somente em 1910, durante

a II Conferência Internacio-nal de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto declarar o dia 8 de março como o “Dia Internacional da Mulher” em homenagem às operárias de Nova Iorque.

Quem eram? Eram mulhe-res sujeitas à mesma tripla jornada de serem mães, ad-ministradoras de suas casas e trabalhadoras. E que, além de tudo isso, ainda eram companheiras para seus ma-ridos, parceiros, namorados. Como todas nós.

Isso não mudou em nada. Se hoje as empresas não nos queimam vivas, por fazer-mos greve, em compensação, nos é cobrado que sejamos sempre mais eficientes do que os homens, ainda que com salário menor. Tudo isso enquanto cumprimos a mesma tripla jornada. E ain-da, por muitas vezes, somos as únicas chefes da família.

Mais de cem anos depois, ainda temos muito espaço a conquistar.

Além da grave discrimi-nação de gênero no mer-cado de trabalho, o maior problema ainda vivenciado pelas mulheres é a violên-cia.

Os números no mundo todo são impressionantes. Segundo a ONU, sete em ca-da 10 mulheres no mundo já foram ou serão violentadas em algum momento da vida.

No Brasil, estima-se que três em cada cinco mulhe-res jovens já sofreram vio-lência em relacionamentos, muito embora 91% dos ho-mens dizem considerar que “bater em mulher é errado em qualquer situação”.

Este mês a Câmara dos Deputados aprovou o proje-to de lei que aumenta a pena para aqueles que assassina-rem mulheres por razões de gênero - o chamado femini-cídio.

Na justificativa do projeto de lei se destacou o femini-cídio de 43,7 mil mulheres no Brasil de 2000 a 2010, sendo que 40% das vítimas foram assassinadas dentro de suas casas, a maioria por seus companheiros ou ex-companheiros. Esta esta-tística coloca o Brasil entre os vinte países mais violen-tos. Não é uma posição no ranking a se comemorar.

FeminicídioA alteração legislativa torna o

crime hediondo, e ainda prevê um aumento de pena para mor-tes decorrentes da violência do-méstica.

Passam a ser condições agra-vantes: o estado gravídico da ví-tima, se o assassinato se der nos três meses posteriores ao parto, se a vítima for menor que 14 anos, maior de 60, ou for pessoa com deficiência. Se cometido na frente

de filhos, netos ou pais da vítima, a pena também sofrerá aumento.

O texto da lei considera femi-nicídio o crime que decorre da violência doméstica ou familiar, menosprezo ou ainda discrimi-nação à condição de mulher.

A pena prevista para homicídio (e agora feminicídio) é de 12 a 30 anos de reclusão. O projeto vai agora para a sanção presidencial.

CÓDIGO FLORESTAL

Combate à crise hídrica passa pela revisão do novo Código Florestal Redefinição das Áreas de Preservação Permanentes (APPs) para limites anteriores aos do código atual é uma forma de recuperar os reservatóriosMartinho Santafé

Mobilizado para deba-ter a crise hídrica que vários estados enfren-

tam, a Câmara dos Deputados promoveu um encontro entre especialistas e parlamentares esta semana. Coordenador da Frente Parlamentar Ambien-talista, o deputado Sarney Filho (PV-MA) afirmou que a redefi-nição das Áreas de Preservação Permanentes (APPs) para li-mites anteriores aos do código atual é uma forma de recuperar os reservatórios que fornecem água para o consumo humano. “Já existem propostas em aná-lise na Câmara que redefinem as APPs com limites maiores. Precisamos de mais matas em beira de rio para nos proteger de situações como essa”, declarou.

O especialista em Políticas Públicas Aldem Bourscheit também defendeu a revisão do código, para reestabelecer limites maiores de proteção de nascente e cursos de rio. “A implantação do novo Código Florestal foi um retrocesso no que se refere à proteção de nascentes, beiras de rio e cur-sos d’água”, observou.

Mauricio Guetta, especia-lista em políticas públicas ambientais do Instituto Socio-ambiental, salientou que, além dos retrocessos no Código Flo-restal, contribuem para a cri-se hídrica do País o desmata-mento da Amazônia e a falta de novas demarcações de terras indígenas. “Precisamos zerar o desmatamento na Amazônia e entender a relevância das re-servas indígenas na regulação climática e dos recursos hídri-cos brasileiros”, destacou.

A coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Maria Luisa Ribeiro, citou a destruição do bioma Mata Atlântica - que, segundo ela, tem apenas 8% de remanescentes florestais - como uma das causas da falta de água. Ela disse ainda que a crise não é apenas de escas-sez, mas de qualidade da água. “Precisamos despoluir, inves-tir em saneamento e reinvestir no desmatamento zero”, com-pletou.

Coautor do requerimento que solicitou a comissão ge-ral, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) comentou que a cri-se hídrica tem causas globais e locais, mas ressaltou os pro-blemas provocados pela falta de planejamento e por um modo de vida descomprome-tido com o futuro das próximas gerações. “O desafio do século 21 é inventar novas formas, sustentáveis, de produzir e consumir”, defendeu.

Na comissão geral, diversos parlamentares apresentaram propostas para o Brasil lidar com as crises hídricas e ener-géticas. O deputado Delegado Edson Moreira (PTN-MG) destacou a necessidade ur-gente de investimentos na des-poluição de rios. “Se o Poder Executivo criasse mecanismos para a captação e o direciona-mento correto das águas plu-viais, a falta d’água não estaria premente como está”, opinou. Ele citou como exemplo o caso de Israel, onde a água do mar é reaproveitada nos grandes centros.

Já o deputado Evandro Ro-gerio Roman (PSD-PR) suge-riu o aproveitamento da água do Amazonas. “Isso é possível; existem estudos sobre isso.”

NOVAS TÉCNICAS AGRÍCOLAS PARA PRESERVAR OS RECURSOS HÍDRICOS

O Brasil concentra cerca de 12% de toda água doce do pla-neta e a maior parte desse re-curso, aproximadamente 70%, é utilizado em atividades agrí-colas. Em meio à crise hídrica que atinge o Brasil, principal-mente a região Sudeste, im-plantar técnicas que ajudem a conservar esse recurso é fun-damental.

“Algumas das tecnologias oferecidas pelo Plano ABC (Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consoli-dação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura), do Ministério da Agricultura, possuem um peso conservacionista muito grande. O plantio direto e a integração lavoura-pecuária, por exemplo, facilitam a infil-tração da água no solo. Há um aproveitamento melhor desse recurso”, afirma Eduardo As-sad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária.

O plantio direto é a técnica de semeadura na qual a se-mente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem) usando semea-deiras especiais. Esse proces-so diminui o risco de erosão e aumenta a capacidade de infiltração da água e de reten-ção de umidade, melhorando o rendimento em anos secos. Segundo dados da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (Febrapdp), a técnica pode trazer uma economia de até 30% no uso de água para irrigação.

A integração lavoura-pecuá-ria-floresta (ILPF) promove a recuperação de áreas de pasta-gens degradadas, agregando na mesma propriedade diferentes sistemas produtivos, como grãos e pecuária de corte, por exemplo. Além disso, as árvo-res protegem o solo e também diminuem o risco de erosão e melhoram a infiltração da água.

TRATAMENTO DE DEJETOSÉ preciso considerar que a

disponibilidade da água não está somente relacionada com a quantidade, mas tam-bém com a qualidade da água. Nesse caso, o tratamento de dejetos animais, outra tecno-logia oferecida pelo Plano ABC, também traz benefícios. “Es-sa tecnologia tem um aspecto ambiental importante, porque evita que os coliformes sejam jogados diretamente no solo e assim contaminem o lençol freático”, explica Assad.

Estudo realizado pelo Cen-tro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP) verifi-cou que os dejetos gerados por 140 bovinos confinados por 90 dias, podem recuperar em mé-dia 700 kg de nitrogênio, o que representa o potencial de cerca de 400 kg de nitrogênio via fer-tilizantes sintéticos. Somado a isso, é possível gerar 1.500 m3 de biogás, que geraram cerca de 2300 kWh.

Isso significa que essa tecno-logia pode trazer economia ao produtor, pois ele gasta menos com adubo e energia, e ainda reduz as emissões de gases-estufa e impactos ambientais como contaminação do solo e da água.

PRODUÇÃO DE ENERGIAMAIS LIMPA

O Brasil é conhecido por ter uma matriz energética predominantemente limpa, centrada na produção hidroe-létrica. Porém, a crise hídrica está levando o país a sujar a sua matriz, com o aumento da produção de energia vinda das

termoelétricas, que queimam combustíveis fósseis (óleo, carvão, gás natural), altamente poluentes.

“Podemos aproveitar a pró-pria agricultura para colaborar com a conservação dos recur-sos hídricos e também para produzir energia, sem sujar a nossa matriz”, ressaltou Luis Fernando Guedes Pinto, do Instituto de Manejo e Certi-ficação Florestal e Agrícola (Imaflora).

O pesquisador também con-cordou que “é possível corre-lacionar algumas práticas do ABC com a conservação do solo e da água”. E ainda disse que os resíduos das atividades agrícolas podem gerar energia, o que diminuiria a dependên-cia do país em relação às hidre-létricas.

Como alternativa, Luis Fer-nando citou a bioeletricidade, atividade não relacionada ao Plano ABC, mas que tem um potencial muito grande de geração de energia. A bioele-tricidade é uma energia limpa e renovável feita a partir de subprodutos da cana-de-açú-car (bagaço e palha). Segun-do o Portal Bioeletricidade, 1 tonelada de palha pode gerar 500 kWh. Em 2010, o consu-mo médio de uma residência brasileira foi de 154 kWh. Isso significa que com apenas 1 hec-tare de cana é possível através da bioeletricidade abastecer oito residências o ano todo.

AGROFLORESTARECUPERA VEGETAÇÃO

Os Sistemas Agroflorestais, ou Sistemas de Agroflores-tas, são modelos de explo-ração dos solos e produção de alimentos que mais se aproximam ecologicamente das florestas naturais. Por conta disso é que os SAF’s são reconhecidos como uma importante alternativa para a preservação ambiental em locais onde a exploração dos recursos da natureza ocasio-nou problemas sociais e am-bientais em larga escala.

Diferente de outros mode-los de recuperação de áreas degradadas, as agroflorestas permitem associar preserva-ção a produção agrícola. Isto significa que ao mesmo tempo em que os agricultores ajudam na recuperação ecológica dos solos, eles também podem ga-rantir renda obtendo produtos como madeira, frutas, hortali-ças e plantas medicinais.

São diversos tipos de siste-mas agroflorestais. Os SAF’s podem ser agrossilvicultu-rais que combinam árvores com cultivos agrícolas anuais; agrossilvipastoris que combi-nam árvores com cultivos agrí-colas e animais; silvipastoris que combinam árvores e pasta-gens (animais) ou sistemas de enriquecimento de capoeiras com espécies de importância econômica que consistem no reflorestamento e visam a pro-dução de madeira com valor de mercado.

Ao contrário das agroflores-tas, os modelos de cultivo in-tensivo, como a monocultura, tem custos não só ambientais como também sociais, pois além de provocar perda da biodiversidade, degradação

dos solos e escassez de água, a monocultura tem provocado o êxodo rural pela perda da fonte de renda de milhões de famí-lias do campo. Famílias como as de agricultores que parti-cipam do Projeto Interagir, No vale do Araguaia, em Mato Grosso, se mantém no campo ao recuperarem não só o meio ambiente, mas também a dig-nidade e a fonte de renda por meio dos SAF’s.

O Projeto Interagir patro-cinado pela Petrobras atra-vés do Programa Petrobras Socioambiental, tem unido o conhecimento de indígenas e não-indígenas na produção de alimentos agroecológicos e na recuperação de áreas degrada-das na região do Araguaia, em Mato Grosso.

PROJETOS DE CONSERVAÇÃOO tradicional Edital de Apoio

a Projetos de Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza está com as inscrições abertas. A sub-missão de propostas é reali-zada exclusivamente pelo site www.fundacaogrupoboticario.org.br <http://www.fundacao-grupoboticario.org.br/>, até 31 de março.

Podem concorrer ao apoio financeiro projetos que con-tribuam para a conservação da natureza em todas as regiões do Brasil e que sejam realiza-dos por instituições sem fins lucrativos, como organizações não governamentais ou funda-ções ligadas a universidades.

De acordo com a diretora executiva da instituição, Malu Nunes, “o edital público prevê a seleção de projetos que bus-quem resultados práticos para a conservação e que estejam alinhados aos compromissos brasileiros e internacionais de conservação da biodiversi-dade”. Para atingir esse obje-tivo, o edital disponibiliza três linhas temáticas.

Uma linha prioriza exclu-sivamente estudos ou inicia-tivas que objetivem a criação ou ampliação de Unidades de Conservação (UCs) de Prote-ção Integral e Reservas Parti-culares do Patrimônio Natural (RPPNs).

Ações relacionadas às 1.473 espécies ameaçadas brasilei-ras também possuem uma linha específica. Nela são selecionadas iniciativas que contemplem a execução de ações prioritárias previstas nos chamados Planos de Ação Nacional (PAN). Os PANs são documentos públicos que elencam objetivos prioritários de conservação para espécies ou ecossistemas.

O edital prevê ainda uma linha específica para iniciativas no ecossistema marinho brasileiro. O objetivo é selecionar projetos que apresentem estudos, ações e ferramentas para proteção e redução da pressão sobre a bio-diversidade marinha do país.

Em caso de dúvidas sobre o processo de submissão, os in-teressados podem entrar em contato pelo e-mail [email protected]. Para se inscrever, acesse a área de Editais no site www.fundacaogrupoboticario.org.br <http://www.fundacaogru-poboticario.org.br/>.

CRÉDITO

O Brasil é conhecido por ter uma matriz energética predominantemente limpa, centrada na produção hidroelétrica. Porém, a crise hídrica está levando o país a sujar a sua matriz, com o aumento da produção de energia vinda das termoelétricas, que queimam combustíveis fósseis (óleo, carvão, gás natural), altamente poluentes.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

Geral

FeMASS lança editais para Transferência Externa e Reingresso

OPORTUNIDADE

A Faculdade Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS) divulga na próxima terça-feira (10) os editais de Reingresso e Transferência Externa para o segundo se-mestre de 2015. Ao todo estão sendo oferecidas 70 vagas, com 35 para Reingresso e 35 para Transferência Externa, sendo 11 para Administração, 5 para

Ao todo estão sendo oferecidas 70 vagas, com 35 para Reingresso e 35 para Transferência Externa

Engenharia de Produção e 19 para Sistemas da Informação, em cada processo.

O número maior de vagas pa-ra os cursos de Administração e Sistema da Informação se deve ao não preenchimento total das vagas disponíveis no Vestibular 2015 realizado no início deste ano. Com essas vagas remanes-centes, a direção da instituição disponibilizará nestes editais essas oportunidades.

Os candidatos a Reingresso terão de fazer prova de conheci-mento; e os que se inscreverem para Transferência Externa terão, além da prova de conhe-

cimento, de entregar também a documentação para análise de isenções de disciplinas.

As inscrições para o Rein-gresso e Transferência Externa poderão ser feitas de 13 a 17 de abril, das 14h às 20h, na secre-taria da FeMASS. O candidato interessado deverá preencher o Requerimento de Inscrição pa-ra um dos Processos Seletivos e efetuar o pagamento da taxa de inscrição na secretaria da Fe-MASS, no valor de R$ 35,00. A prova de conhecimentos será realizada no dia 29 de abril, às 18h, na instituição.

A divulgação dos resultados

WANDERLEY GIL

As inscrições para o Reingresso e Transferência Externa poderão ser feitas de 13 a 17 de abril, das 14h às 20h, na secretaria da FeMASS

acontecerá no dia 22 de maio, uma sexta-feira, a partir das 16 horas, nos murais da FeMASS, que está localizada na Cidade Universitária, à rua Aloísio da Silva Gomes, 50, bairro Granja dos Cavaleiros.

A FeMASS é uma instituição de ensino superior mantida pe-la Funemac. Atualmente, conta com os cursos superiores de Ad-ministração, Engenharia de Pro-dução e Sistemas da Informação que fazem parte de um projeto integrado de graduação e foram pensados em conjunto para aten-der às demandas do mercado de trabalho na cidade de Macaé.

Mesmo com 62 EMEIs, mães têm di�culdade para encontrar vagas

MACAÉ

Em suas duas últimas edi-ções o Jornal O Debate veiculou reportagens sobre a situação de mães que estão buscando vagas em creches públicas no municí-pio e que vêm encontrando di-ficuldades para alocar os filhos. No mesmo dia da divulgação da primeira matéria, a Secretaria recebeu em sua sede uma média de 800 pessoas em busca de va-gas. No total foram distribuídas

De acordo com a Prefeitura, município conta com 62 unidades de educação infantil. Pais garantem que número não é suficiente

cerca de 700 senhas, sendo 400 para atendimento na quinta-feira e 300 para atendimento na sexta. A oportunidade foi para crianças com idade entre dois e três anos.

Nesta reportagem, após pro-curada pela redação de O Deba-te o órgão municipal deu algu-mas informações sobre a atual situação do município com a educação infantil. De acordo com os dados disponibilizados, a rede conta com 45 unidades de educação infantil e 17 unidades mistas (infantil/Fundamental), o que dá um total de 62 escolas da Rede Municipal atendendo a crianças a partir de dois anos

de idade. “Dez unidades foram inaugu-

radas neste governo, muitas de-las mantiveram o nome antigo, de quando estavam em espaços alugados e adaptados para uso escolar, agora numa estrutura física nova e construída especi-ficamente para ser escola. Com isso houve também a ampliação de vagas”, explicou a secretaria.

O órgão informa ainda que o Plano Nacional de Educação (PNE) pede que até 2024 os municípios consigam atender 50% da demanda das crianças de zero a 3 anos. E “caminha-mos em Macaé para a univer-salização de 3 anos, com 4 e 5

anos já completos”, informou o órgão.

Ainda segundo as informa-ções, são dez mil alunos entre creche e pré-escola hoje na rede pública municipal e dependen-do da unidade escolar, são em média de 18 a 20 alunos por sala.

E a previsão é de que 11 no-vas escolas sejam construídas até o final do governo. “Mais 11 escolas estão planejadas até o fim desta gestão. Elas serão construídas justamente nos se-tores administrativos de maior carência de escolas: o Vinho e o Marrom, que incluem Lago-mar, Aeroporto, Barreto, Nova Holanda etc”, informaram.

KANÁ MANHÃES

Na última quinta-feira, 5 procura por vaga gerou tumulto na porta da secretaria de Educação

OPORTUNIDADE

Laboratório do Nupem prepara curso para agricultores da região Iniciativa tem como objetivo fornecer aos participantes tecnologia de produção com baixo ou nenhum impacto ambiental

Juliane Reis [email protected]

O Núcleo em Ecologia e De-senvolvimento Socioam-biental de Macaé (Nupem),

por meio de iniciativa de profissio-nais do laboratório de Biotecnolo-gia Vegetal está organizando um curso de Biotecnologias Verdes a ser oferecido para agricultores da região. A iniciativa ainda em fase de estudo e elaboração do cronograma das atividades tem como objetivo fornecer aos parti-cipantes tecnologia de produção com baixo ou nenhum impacto ambiental. Na última quinta-feira organizadores receberam na cida-de a visita de um renomado pes-quisador da Embrapa - Hortaliças (DF) que é especialista em adubos orgânicos onde discutiram a pos-sível agenda do curso.

As atividades serão realizadas por meio do Projeto Integrando Tecnologias Agroecológicas para Promoção do Desenvolvimento Rural em Assentamentos do Mu-nicípio de Carapebus-RJ e Mitiga-ção dos Impactos Ambientais no PARNA Jurubatiba (EXTPESQ) coordenado pelo professor Dr. Marco Antonio Lopes Cruz - La-boratório de Biotecnologia Ve-getal (NUPEM/UFRJ) com a colaboração dos professores Drª

Elane da Silva Ribeiro - Labora-tório de Biotecnologia Vegetal (NUPEM/UFRJ); Drª Izabela Silva dos Santos (técnica) - Labo-ratório de Biotecnologia Vegetal (NUPEM/UFRJ); Dr. Rodrigo L. Martins - Laboratório de Bio-tecnologia Vegetal (NUPEM/UFRJ); Dr. Daniel B. Zandonati - EMBRAPA - Hortaliças (DF); Drª Núbia Maria Correia - EMBRAPA - Hortaliças (DF); Dra. Tatiana U. P. Konno - Laboratório Integrado de Botânica (NUPEM/UFRJ) e a Drª Lísia M. S. Gestinari - Integra-do de Botânica (NUPEM/UFRJ).

“Temos como objetivo, atra-vés de cursos teórico/práticos, transferir conhecimento biotec-nológico de produção agrícola sustentável e de baixo ou nenhum impacto ambiental, que permitam o desenvolvimento da agricultura familiar, subsistência e comercia-lização com estratégias ambien-talmente corretas de produção”, ressaltou o coordenador Marco Cruz.

A atividade terá como público alvo agricultores de assentamen-tos da região que praticam agricul-tura familiar. E o processo seletivo dos candidatos será feito através de reuniões com as lideranças dos assentamentos, tomando como base o número de vagas e dispo-nibilidade de recursos materiais,

DIVULGAÇÃO

Os profissionais que participaram da reunião para definição do curso. Da esquerda para direita: Luis Nogueira, Elane Ribeiro, Rodrigo Lemes, Marco Antonio e Emanuel Voctor

logístico e de equipamentos.Marco explica que a Região

Norte Fluminense possui uma grande quantidade de famílias agricultoras que estão inseridas de diferentes maneiras no siste-ma agrícola de produção regio-nal e que dependendo do arranjo produtivo, existem localidades agrícolas com diferentes graus de deterioração ambiental, de pro-blemas agrários e de dificuldades econômicas. Um quadro que pre-ocupa, pois segundo ele, pode ge-rar abandono da prática agrícola, e levar a situações de insegurança alimentar e nutricional.

“Esse problema pode afetar as próprias famílias agricultoras, e também para a sociedade em geral, que depende dos produtos para consumo. Uma das princi-pais ações do NUPEM/UFRJ foi a criação do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba em 1998. Este Parque Nacional é o único a proteger somente ecossistemas de restinga, preservando uma das maiores áreas e a mais represen-tativa das restingas brasileiras. E atualmente o NUPEM abre novas frentes de atuações regionais, en-tendendo que a sua forte inserção social como promotor e divulga-dor do conhecimento científico inter e multidisciplinar, pode promover o resgate da vocação

agrícola da região por meio do desenvolvimento e divulgação de tecnologias agrícolas sustentáveis e ambientalmente mais seguras.

IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃODE BIOTECNOLOGIAS

Marco explica que a utilização de biotecnologias de micropro-pagação é vista como alternativa viável para a produção de espécies vegetais de interesse econômico e permite o aumento da rentabi-lidade do agricultor em função da sua melhora na produtividade e podem ser aplicadas na cultu-ra extensiva ou na produção de

plantas ornamentais e agricultu-ra familiar.

“A definição de agroecologia a estabelece como um conjunto de conhecimentos técnicos multidis-ciplinar com princípios metodo-lógicos e teóricos que permitam desenvolvimento e manejo de agrossistemas sustentáveis. Esse modelo de produção agrícola tam-bém orienta para a conservação da agrobiodiversidade e da biodiver-sidade em geral. Fertilizantes quí-micos são provenientes de fontes não renováveis e a sua utilização em excesso causam problemas ambientais como eutrofização de

cursos d`água e lençóis freáticos e salinização de solos agricultáveis. Além disso, pode sofrer forte va-riação de preços, o que prejudica agricultores de menor poder eco-nômico”, lembra.

Para finalizar, Marco destaca que a produção de fertilizantes orgânicos é relativamente sim-ples e pode ser adaptada a cada caso ou necessidade do agricultor. Segundo ele, essa combinação de técnicas biotecnológicas, associa-das às práticas ecológicas respon-sáveis, pode aumentar a eficiência de arranjos de produção familiar com a participação de agriculto-res individualizados ou associados em cooperativas. “Isso permitirá agregar valor a essa produção e dessa forma melhorar a renda des-ses trabalhadores rurais”, conclui.

CURSOS OFERECIDOSPELO PROJETO

Os cursos atualmente ofereci-dos pelo projeto são Produção de Adubos Orgânicos Sólidos e Líqui-do para a produção de hortaliças, Micropropagação: produção de mudas para a agricultura familiar; curso Básico de Botânica Aplicada a Exploração Sustentável, Degra-dação Ambiental e Riscos Atuais às Unidades de Conservação; e Manejo de Plantas Daninhas na Sustentabilidade Agrícola.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 11

INTEGRAÇÃO

Orçamento Participativo realiza primeiras reuniões decisóriasLei municipal prevê aplicação de 5% dos recursos de Macaé em 2015 para obras e serviços escolhidos pela populaçãoGuilherme Magalhã[email protected]

Atentos para a necessida-de dos levantamentos de obras e serviços no

munícipio, o Conselho do Or-çamento Participativo (COP) reuniu-se no fim da última semana na sede da Prefeitura, onde ficou definido que os fó-runs sobre o tema abrangerão a discussão de melhorias em todos os bairros da cidade. De acordo com a prefeitura, este ano o COP contará com R$ 18,5 milhões para obras em todo o município.

No encontro, a coordena-dora do conselho, professora Sônia Teresinha, ressaltou que os fóruns serão democráticos e abrangerão representantes de toda a população macaense.

“Nos fóruns levaremos a prestação de contas do le-vantamento de necessidades de 2014 e levantaremos as demandas de 2015”, contou a coordenadora, observando que o primeiro encontro ofi-cial acontece no próximo dia 17 às 18h30.

Na data, os membros do COP se reunirão na Associação dos Moradores do Mirante da La-goa com os representantes do setor Azul - Cavaleiros, Bairro da Glória, Cancela Preta, Gran-ja dos Cavaleiros, Imboassica, Lagoa, Mirante da Lagoa, Praia do Pecado, São Marcos e Vale Encantado - para realizar o I Fórum de Levantamento de Necessidades de Obras e Ser-viços para 2015.

SOBRE O ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

O Orçamento Participati-vo (OP) é um processo que

DIVULGAÇÃO

Membros representantes do conselho se reuniram no auditório do Centro Administrativo Luis Osório

segue o cumprimento da Lei 3432/2010, pelo qual a população decide, de forma direta, a aplicação de 5% dos

recursos em obras e serviços executados pela administra-ção municipal. O processo tem início com as reuniões

p r e p a r a t ó r i a s, q u a n d o a prefeitura presta contas do exercício passado, seguido das eleições dos delegados e

encontros para indicação das prioridades de obras e servi-ços para os diversos setores do município.

Em seguida, são prioriza-das as obras e serviços no Fórum dos Delegados, por sua vez, as secretarias mu-nicipais acompanham estas reuniões prestando esclare-cimentos sobre os critérios que norteiam o processo e a viabilidade técnica. Na eta-pa seguinte, as demandas de obras e serviços priorizadas passam por análise técnica e financeira nas secretarias municipais responsáveis. Após aprovação, seguem pa-ra a Secretaria Municipal de Planejamento, sendo inseri-das no Plano de Investimen-to para o ano seguinte. Após análise técnica feita pelo go-verno, é realizado o Fórum dos Delegados para priori-zação das obras.

De acordo com a divisão ge-opolítica de Macaé, existem hoje no município 44 bairros, dos quais se subdividem exa-tamente 70 localidades espe-ciais. Seguindo esta lógica, para aumentar e qualificar a participação popular, a atual Câmara Permanente de Ges-tão (CPG) considerou eleger um delegado para cada bairro em 11 meses de reuniões para definir os futuros eleitos aos cargos do conselho comuni-tário, sendo realizadas exatas 70 reuniões, as últimas acon-teceram no mês passado nos bairros da Lagoa, São Marcos e Mirante.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

MARIA DA PENHA

Pesquisa revela que Lei reduziu violência domésticaEm contrapartida, estudo indica que Rede de Atendimento à Mulher ainda é desafio para o país

Ludmila [email protected]

Hoje (08) comemora-se o Dia Internacional da Mulher, além de ser

uma data comemorativa, deve ser também, reflexiva, já que há muitos anos as mulheres vêm lutando e obtendo, mesmo que devagar, resultados em igualar seus direitos ao dos homens.

Com isso, existem diversas ações de vários órgãos públicos, seja do Governo Federal ou não, que realizam atividades para ajudar a combater preconceitos, violências, entre outros.

De acordo com estudo reali-zado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que avaliou a Efetividade da Lei Ma-ria da Penha, a norma fez dimi-nuir em cerca de 10% a taxa de homicídios domésticos, desde 2006, quando entrou em vigor. Ou seja, a Lei é responsável por evitar milhares de casos de vio-lência doméstica no país.

Segundo a pesquisa, a dimi-nuição é atribuída ao aumen-to da pena para o agressor, ao maior poder da mulher, às con-dições de segurança para que a vítima denuncie e ao aperfei-çoamento do sistema de Jus-tiça Criminal para atender de forma mais efetiva os casos de violência doméstica.

Para a subsecretária de Políti-ca para as Mulheres, Jane Roriz, a pesquisa ressalta a importân-cia da Lei Maria da Penha e co-mo ela é realmente eficaz.

“Essa pesquisa é o exemplo de que a Lei funciona. É indis-pensável apresentar os bons exemplos às mulheres, exem-plos de que existe sim, uma re-de de assistência às mulheres e que, além disso, existe uma Lei eficaz e que pune. Porque o importante é que mulheres que vivem em uma situação de violência recebam e consigam o apoio que precisam”, enfatiza

Certamente ainda há muito a se trabalhar em relação aos avanços dos direitos das mulhe-res e a diminuição da violência doméstica no país. Entretanto,

muito já pode ser comemora-do. O trabalho realizado pela Subsecretária de Política para as Mulheres no município vi-sa principalmente o poder das mulheres e a conscientização da população.

Segundo Jane, a subsecretaria trabalha com prevenção. A re-alização das palestras em esco-las, nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e onde mais for necessário, ajuda nas ações desenvolvidas para a igualdade de oportunidades e combate às discriminações e desigualdades de gênero.

Além disso, o trabalho de pre-venção leva à população mais conhecimento sobre o tema. Segundo a subsecretária, pou-cos conhecem efetivamente o

WANDERLEY GIL

A Subscretaria de Política para Mulheres presta serviço jurídico, psicológico e social a todas as mulheres

trabalho realizado na subse-cretaria.

“Poucos sabem os serviços que oferecemos aqui. Muitos acreditam que apenas as mu-lheres que sofrem de violência podem ser atendidas na sub-secretaria. Nessas palestras, além de levarmos informações sobre direitos, preconceito e conscientização, informamos sobre a rede de atendimento que prestamos às mulheres da cidade. Damos assistência jurídica, psicológica e social, não necessariamente à mulher que tenha sido vítima de algu-ma violência, o órgão atende as mulheres”, ressalta Jane.

Hoje, o município realiza um belo serviço de prevenção e conscientização quanto aos

direitos das mulheres. Muitas pessoas buscam o órgão atrás de informação e para ajudar alguém próximo que passe por algum problema de violência.

“A gente recebe mulheres que querem ajudar alguma amiga ou mulheres que ainda não entra-ram no ciclo de violência e antes que o problema se inicie, já bus-cam por ajuda. Nosso trabalho está crescendo e melhorando cada vez mais”, disse.

Desde a semana passada estão ocorrendo eventos, em diversos lugares da cidade, em homena-gem à mulher. Nesta semana, os eventos acontecem a partir do dia 10 (terça-feira), a Praça Ve-ríssimo de Mello recebe a Feira de artesanato “Arte Mulher” e apresentação da Orquestra Es-

tudantil da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart), a partir das 10h; na quarta-feira (11), Fórum sobre Políticas para as Mulheres, no CRAS do Aeroporto, às 13h; no dia 13 (sexta-feira), Encontro de Mulheres, no Paço Municipal, às 15h30 e no dia 16 (segunda-feira), Tarde Interativa, no CRAS de Botafogo, às 14h.

LEI MARIA DA PENHAO nome Lei Maria da Penha

foi dado após organizações de defesa dos direitos humanos apresentarem à Comissão Inte-ramericana de Direitos Huma-nos da OEA denúncia relativa à impunidade do crime cometido contra a farmacêutica cearen-se Maria da Penha Fernandes.

Ela ficou paraplégica em con-sequência de duas tentativas de homicídio praticadas contra ela por seu marido, que perma-necia impune e se beneficiando com a proximidade de prescri-ção do crime. Após reconhecer a omissão do Estado brasileiro, a OEA aceitou a denúncia e de-terminou, além do julgamento do agressor, a elaboração de lei especifica relativa à violência contra a mulher. A Lei 11.340 foi sancionada pelo Presidente da República e publicada em 7 de agosto de 2006, com a denomi-nação de Lei "Maria da Penha"

A Lei Maria da Penha incor-porou o avanço legislativo in-ternacional e se transformou no principal instrumento legal de enfrentamento à violência doméstica contra a mulher no Brasil, tornando efetivo o dispo-sitivo constitucional que impõe ao Estado assegurar a "assistên-cia à família, na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a vio-lência, no âmbito de suas rela-ções" (art. 226, § 8º, da Consti-tuição Federal). A Lei Maria da Penha reconhece a obrigação do Estado em garantir a seguran-ça das mulheres nos espaços público e privado.

Com a lei, inúmeros bene-fícios foram alcançados pelas mulheres. Foi criado um me-canismo judicial específico - os Juizados de Violência Do-méstica e Familiar contra as Mulheres com competência cível e criminal; além de uma série de medidas protetoras de urgência para as vítimas de violência doméstica; reforço à atuação das Delegacias de Atendimento à Mulher, da Defensoria Pública, do Minis-tério Público e de uma rede de serviços de atenção à mulher em situação de violência do-méstica e familiar.

Em 2012, A Lei Maria da Pe-nha foi considerada pela Or-ganização das Nações Unidas (ONU) a terceira melhor lei do mundo no combate à violência doméstica, perdendo apenas para Espanha e Chile.

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PROPOSTAS

Câmara de Macaé anuncia mudanças na Secretaria LegislativaNovas medidas implementadas têm como objetivo aumentar a eficiência e melhorar o atendimento ao público

Uma delas é a anteci-pação das pautas que serão discutidas e vo-

tadas nas sessões ordinárias, realizadas às terças e quar-tas-feiras. Desde fevereiro, os gabinetes dos vereadores recebem, com um dia de an-tecedência, a relação de pro-jetos propostos pelos parla-mentares, previstos para o debate naquela semana.

De acordo com o primeiro secretário da Mesa Direto-ra, Welberth Rezende, essa medida possibilita que cada parlamentar possa estudar as pautas previamente, pre-parando-se para o debate. "É importante termos acesso às informações necessárias an-tes da votação. Assim, pode-mos tomar decisões de forma mais consciente e avaliarmos as propostas que, de fato, atendem aos anseios da po-pulação", esclareceu.

Outra mudança já em vigor é a digitalização das atas e ofí-cios legislativos, implemen-tados no retorno das sessões plenárias deste ano. Desde en-tão, tanto os encaminhamen-tos para o Executivo, como as deliberações registradas por meio de ata, ganharam dina-mismo e transparência. "A no-va versão da ata já está dispo-nível no site http://cmmacae.rj.gov.br. Para evitar proble-mas de legibilidade, agora ela é digitada. A versão manus-crita será apenas simbólica, uma forma de preservarmos a tradição", informou o dire-

tor de Assuntos Legislativos, Aristófanis Quirino.

Ainda segundo informa-ções da Diretoria de Assun-tos Legislativos, ações como a informatização dos processos e a interligação com os gabi-

DIVULGAÇÃO

Série de medidas foram idealizadas pela nova Mesa Diretora (biênio 2015-2016)

netes dos vereadores também estão sendo planejadas pela Secretaria da Câmara. "Ao final desta etapa, o próximo passo será disponibilizar para o público externo um sistema de consulta online

sobre as leis e proposições municipais", acrescentou Aristófanis.

Uma capacitação sobre os procedimentos legislativos já foi iniciada no mês de fe-vereiro e terá continuidade

ao longo da atual gestão, que vai incorporar à sua rotina reuniões periódicas de plane-jamento, prestação de contas e capacitação dos servidores.

E as mudanças ainda não terminaram. A equipe da Se-

cretaria está trabalhando na criação de um manual de re-dação próprio para o Legisla-tivo macaense e na confecção de um regimento interno co-mentado pela Procuradoria da Casa.

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