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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015 Ano XL, Nº 8823 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 Combate à corrupção depende de adesão da sociedade Ministério Público Federal estima recolher 5 mil assinaturas em Macaé a favor de projeto de lei WANDERLEY GIL Procurador da República, Flávio Reis, realizará terça-feira mobilização no Calçadão da Rui Barbosa A indignação provocada por crimes como a formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos pode ser transformada em ação capaz de promover a transfor- mação do sistema judiciário brasileiro, tornando mais duras e céleres as punições para prá- ticas ilegais evidenciadas nos últimos meses pela operação Lava-Jato. Macaé pode contri- buir com a adesão de cinco mil assinaturas para a formatação do projeto de lei de iniciativa po- pular, que será enviado ao Con- gresso Nacional em dezembro deste ano, seguindo 10 medidas propostas pelo Ministério Pú- blico Federal para tornar ágeis os julgamentos de casos de cor- rupção no país. PÁG. 3 ESPECIAL KANÁ MANHÃES Pescado busca espaço na mesa do macaense ECONOMIA A variedade das espécies e a qualidade alcançada através da modernização do sistema de comercialização tornaram o pescado de Macaé um forte can- didato a assumir, de vez, posição de destaque na mesa do consu- midor macaense. Entre verdades e mitos, hoje o produto apresenta um valor agregado que representa a ex- celência de um produto que, diferente do que muitos acre- ditam, está acessível aos mais diferentes gostos e bolsos. Uma avaliação feita nesta se- mana por O DEBATE aponta que é possível substituir a tra- dicional carne e o frango, pelo menos uma vez na semana, sem gastar muito. Dependendo da espécie do peixe e o tipo da carne, o valor dos produtos chega a ser o mes- mo, na cidade. PÁG. 6 As vagas oferecidas pela instituição municipal são para os cursos de Li- cenciatura em Matemática, Administração, Engenharia de Produção e Sistemas de Informação. PÁG. 8 Mercado à espera do freguês EDUCAÇÃO Inscrição da Femass começa na segunda DÉFICIT DE R$ 123 MILHÕES POLÍTICA Volume de perdas acumuladas por Macaé reduz capacidade do governo em manter investimentos E m nove meses Macaé acumula perdas de mais de R$ 123 milhões, apenas com os repasses de royalties e de Participação Especial (PE) pagos, neste ano, pela Secreta- ria de Tesouro Nacional. A cidade ainda corre o risco de fechar o presente exercício com um déficit total de R$ 175 milhões. O volume de re- cursos não arrecadados pela cidade, dentro do estimado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015, foi ampliado, nesta semana, com o paga- mento da parcela de R$ 29.952.576,60, repassa- da na quinta-feira (24) pela União. Comparado ao montante pago pela Secretaria de Tesouro Nacional em setembro de 2014 - cerca de R$ 41 milhões - Macaé perdeu só neste mês mais de R$ 11 milhões. PÁG. 11 KANÁ MANHÃES Macaé registra perdas mensais de cerca de R$ 13,6 milhões apenas com o petróleo BAIRROS EM DEBATE GERAL WANDERLEY GIL Secretário acompanha as intervenções Duque de Caxias reivindica soluções Educação promove manutenção de escolas Bairro carece de apoio do governo para superar problemas estruturais PÁG. 10 Hoje, 50 unidades de ensino recebem obras para melhorar estrutura PÁG. 9 WANDERLEY GIL Moradores sugerem ao governo construção de praça e posto de saúde em área do bairro ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 37º C Mínima 20º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS Cuidado excessivo pode gerar problemas Cederj registra pedidos de isenção de taxas Mirinho deixa o PMDB e assina com o PSDB Kynnie Williams lança site nesta segunda Pais devem ter controle na proteção dos filhos PÁG. 5 Oportunidade é relativa a cursos a distância PÁG. 8 Presidente do Macaé Esporte foi recebido com festa PÁG. 11 Cantora macaense abre canal direto com os fãs CAPA KANÁ MANHÃES KABÁ MANHÃES SOBE O NÚMERO DE REGISTROS DE ROUBOS É POSSÍVEL PRODUZIR MAIS E EMITIR MENOS ALERTA SOBRE EFEITOS DAS CHUVAS NA CIDADE POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.9 GERAL, PÁG.8

Noticiário 27 09 15

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Page 1: Noticiário 27 09 15

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015Ano XL, Nº 8823Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

Combate à corrupção depende de adesão da sociedadeMinistério Público Federal estima recolher 5 mil assinaturas em Macaé a favor de projeto de lei

WANDERLEY GIL

Procurador da República, Flávio Reis, realizará terça-feira mobilização no Calçadão da Rui Barbosa

A indignação provocada por crimes como a formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos pode ser transformada em ação capaz de promover a transfor-mação do sistema judiciário brasileiro, tornando mais duras e céleres as punições para prá-ticas ilegais evidenciadas nos últimos meses pela operação

Lava-Jato. Macaé pode contri-buir com a adesão de cinco mil assinaturas para a formatação do projeto de lei de iniciativa po-pular, que será enviado ao Con-gresso Nacional em dezembro deste ano, seguindo 10 medidas propostas pelo Ministério Pú-blico Federal para tornar ágeis os julgamentos de casos de cor-rupção no país. PÁG. 3

ESPECIAL

KANÁ MANHÃES

Pescado busca espaço na mesa do macaense

ECONOMIA

A variedade das espécies e a qualidade alcançada através da modernização do sistema de comercialização tornaram o pescado de Macaé um forte can-didato a assumir, de vez, posição de destaque na mesa do consu-midor macaense.

Entre verdades e mitos, hoje o produto apresenta um valor agregado que representa a ex-celência de um produto que, diferente do que muitos acre-ditam, está acessível aos mais diferentes gostos e bolsos.

Uma avaliação feita nesta se-mana por O DEBATE aponta que é possível substituir a tra-dicional carne e o frango, pelo menos uma vez na semana, sem gastar muito.

Dependendo da espécie do peixe e o tipo da carne, o valor dos produtos chega a ser o mes-mo, na cidade. PÁG. 6

A s va g a s o f e r e c i da s pela instituição municipal são para os cursos de Li-cenciatura em Matemática, Administração, Engenharia de Produção e Sistemas de Informação. PÁG. 8

Mercado à espera do freguês

EDUCAÇÃO

Inscrição da Femass começa na segunda

DÉFICIT DE R$ 123 MILHÕESPOLÍTICA

Volume de perdas acumuladas por Macaé reduz capacidade do governo em manter investimentos

Em nove meses Macaé acumula perdas de mais de R$ 123 milhões, apenas com os repasses de royalties e de Participação

Especial (PE) pagos, neste ano, pela Secreta-ria de Tesouro Nacional. A cidade ainda corre o risco de fechar o presente exercício com um déficit total de R$ 175 milhões. O volume de re-cursos não arrecadados pela cidade, dentro do estimado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015, foi ampliado, nesta semana, com o paga-mento da parcela de R$ 29.952.576,60, repassa-da na quinta-feira (24) pela União. Comparado ao montante pago pela Secretaria de Tesouro Nacional em setembro de 2014 - cerca de R$ 41 milhões - Macaé perdeu só neste mês mais de R$ 11 milhões. PÁG. 11

KANÁ MANHÃES

Macaé registra perdas mensais de cerca de R$ 13,6 milhões apenas com o petróleo

BAIRROS EM DEBATE GERALWANDERLEY GIL

Secretário acompanha as intervenções

Duque de Caxias reivindica soluções

Educação promove manutenção de escolas

Bairro carece de apoio do governo para superar problemas estruturais PÁG. 10

Hoje, 50 unidades de ensino recebem obras para melhorar estrutura PÁG. 9

WANDERLEY GIL

Moradores sugerem ao governo construção de praça e posto de saúde em área do bairro

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 37º CMínima 20º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS

Cuidado excessivo pode gerar problemas

Cederj registra pedidos de isenção de taxas

Mirinho deixa o PMDB e assina com o PSDB

Kynnie Williams lança site nesta segunda

Pais devem ter controle na proteção dos filhos PÁG. 5

Oportunidade é relativa a cursos a distância PÁG. 8

Presidente do Macaé Esporte foi recebido com festa PÁG. 11

Cantora macaense abre canal direto com os fãs CAPA

KANÁ MANHÃES KABÁ MANHÃES

SOBE O NÚMERO DE REGISTROS DE ROUBOS

É POSSÍVEL PRODUZIR MAIS E EMITIR MENOS

ALERTA SOBRE EFEITOS DAS CHUVAS NA CIDADE

POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.9 GERAL, PÁG.8

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CidadeEDIÇÃO: 294 PUBLICAÇÃO: 10 DE OUTUBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Secretário de Obras visitou Macaé

Depois de percorrer algumas obras e dar início a outras no Município de Casimiro de Abeu, na manhã de ontem, dia 9, acompanhado do Deputado Estadual Claudio Moacyr, do Presidente da CEDAE, EMOP e do Diretor de Planejamento da CEHAB-RJ, o Secretário de Obras e Serviços, Engenheiro Emílio Ibrahim (foto) visitou Macaé, dando início à contrução de um bloco na Escola Estadual Luiz Reid, com 12 salas de aula e todas as dependências sanitárias, além de área de recreio coberta.

Polícia realiza “Blitz”, apreende armas, faz flagrante de maconha e prende marginais

Cerca de 200 policiais militares do 7º Batalhão sediado em Alcântara, comandado pelo Tenente-Coronel José Cqarlos Lemos, encontram-se em Macaé desde sexta-feira, realizando uma operação de reconhecimento dos principais pontos estratégicos e fazendo simultanea-mente uma caça ao tráfico do tóxico e eventuais carros roubados, bem como aos desocupados e sem identificação.

Vereadores participam de congresso em Vitória

Uma delegação composta dos edis Adyr Luis Schueler, Rubem Gonzaga de Almeida Pereira, Vení-cio de Oliveira, Malvino Orbílio de Lima, Waldemiro Archângelo, Ivair Marinho, Ivair de Barros Simões,

Waldeci Brandão Willemen, Teodomiro Bitten-court Filho e Valmir dos Santos Silva, vai participar no período de 10 a 15 do XVIII Congresso Nacional de Vereadores, que este ano realiza-se em Vitória.

Câmara Municipal aprova aumento semestral para os servidores

Na reunião de terça-feira passada, a Câmara Municipal de Macaé aprovou por maioria abso-luta o projeto de lei de autoria do vereador Ivair de Barros Simões, autorizando o Chefe do Executivo a conceder aumento semestral para os servidores.

Nova escola de educação infantil inaugurada no LagomarUma solenidade realizada na tarde de ontem marcou a inau-guração da Escola Municipal de Educação Infantil Iracy Pinheiro Marques, no Lagomar. De acordo com a Prefeitura, esta é a 16ª esco-la entregue aos munícipes no atual governo. A cerimônia contou com a participação do líder do governo, Dr. Aluízio Júnior, além do secre-tário de Educação, Guto Garcia, e comunidade local. A unidade, que tem capacidade para atender 500 alunos na faixa etária de 2 a 5 anos, vai atender inicialmente 300 estudantes que já estão devi-damente cadastrados no sistema de pré-matrícula. No entanto, para garantir a vaga, os pais e res-ponsáveis devem comparecer ao setor de Cadastro e Movimentação de Alunos até a próxima segunda-feira (28) para efetuar a matrícula.

Um incêndio de grande proporção destruiu, na noite de ontem, a loja

Malhas Mil, situada no Calça-dão da Avenida Rui Barbosa. Não houve feridos.

As chamas foram comba-tidas por mais de duas horas até serem controladas pela equipe do 9º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM). De-vido a falta da escada magirus, a equipe contou com o apoio de dois caminhões guindastes utilizados pela concessionária Ampla na manutenção da rede de energia elétrica da cidade.

De acordo com testemu-nhas, o incêndio foi registra-do por volta das 20h, após o horário comercial. As chamas consumiram as roupas que es-tavam na patamar inferior da loja, atingindo também o esto-que, situado na parte de cima do estabelecimento comercial.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou rapida-

mente ao local. No entanto, a equipe enfrentou dificuldades para controlar as chamas. Os hidrantes situados no Calça-dão não funcionaram. O ca-minhão de combate a incêndio precisou ser reabastecido no terminal hidráulico situado na frente do prédio da Petrobras, no Viaduto.

O Corpo de Bombeiros en-frentou dificuldade para ter acesso a parte superior do pré-dio. Eles precisaram arrombar a loja para realizar o procedi-mento de rescaldo.

Dois caminhões-pipa foram deslocados para dar suporte ao trabalho de combate a in-cêndio. Guardas Municipais e Agentes de Trânsito deram apoio a atuação do Corpo de Bombeiros. A Polícia Militar também estava no local.

As chamas foram controla-das por volta das 23h.

As causas do incidente serão apuradas nos próximos dias.

Incêndio destrói loja de roupas no Calçadão da Rui Barbosa

Escola Municipal Natálio Salvador Antunes (Córrego do Ouro) completa três anos nesta segunda-feira (28)

NOTA

KAN´AMANHÃES

KANÁ MANHÃES

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015 3

PolíticaAPOIO

Ministério Público Federal lança meta de recolher cinco mil assinaturas em Macaé contra a corrupçãoPopulação da cidade é convidada a participar de formatação de projeto que pretende tornar mais dura e célere condenação de crimes no BrasilMárcio [email protected]

A indignação provocada por crimes como a formação de quadrilha, lavagem de

dinheiro e desvio de recursos pú-blicos pode ser transformada em ação capaz de promover a trans-formação do sistema judiciário brasileiro, tornando mais duras e céleres as punições para práticas ilegais evidenciadas nos últimos meses pela operação Lava-Jato.

E a cidade mais afetada pelos esquemas que enfraqueceram a capacidade administrativa da Petrobras, promovendo sérios impactos na economia nacional, possui papel fundamental na formatação da proposta que re-presentará a iniciativa da popula-ção, cujo objetivo é a construção de um novo arcabouço jurídico essencial para auxiliar o país a recuperar a credibilidade e o rit-mo de crescimento.

Macaé pode contribuir com a adesão de cinco mil assinaturas para a formatação do projeto de lei de iniciativa popular que será enviado ao Congresso Na-cional, em dezembro deste ano, seguindo 10 medidas propostas pelo Ministério Público Federal para tornar mais céleres os julga-mentos de casos de corrupção e endurecer as penalidades aplica-das aos agentes condenados por promover práticas de malversa-ção de recursos e do sistema ad-ministrativo público.

Na região, a mobilização inicia-da há um mês é conduzida pela Procuradoria Geral da Repúbli-ca em Macaé, que abrange tam-bém Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu e Carapebus, municípios que, jun-tos, podem contribuir com 20 mil assinaturas, fortalecendo a iniciativa que, aos poucos, ganha a adesão dos cidadãos.

"Já sentimos uma forte adesão das pessoas nas cidades onde já realizamos palestras e encontros com moradores. Para nós, a cor-rupção só será vencida através

da iniciativa e da adesão de toda a sociedade", considerou o Pro-curador da República em Macaé, Flávio de Carvalho Reis.

Diante da representatividade econômica e social no Norte Flu-minense, Macaé e Rio das Ostras possuem um peso maior na con-tribuição para o amadurecimento do debate que envolve atualmente toda a sociedade.

"A nossa expectativa é recolher cinco mil assinaturas em Macaé, e também em Rio das Ostras. Em Carapebus, Casimiro e Conceição, esperamos contar com a adesão de três mil moradores, em cada cidade", informou o procurador.

Para ser elevada ao status de projeto de lei no Congresso, a pro-posta precisa alcançar a adesão de 1,5 milhão de brasileiros. Até esta semana, 275 mil assinaturas já haviam sido registradas nos sistemas do Ministério Público Federal.

"Qualquer cidadão com título

de eleitor pode participar da mo-bilização. Contamos, também, com a iniciativa da sociedade para recolher as assinaturas e contri-buir na construção de um novo sistema eficiente no combate à corrupção no país", destacou Flávio Reis.

A ficha-padrão criada pelo MPF para o recolhimento das assinatu-ras pode ser acessada e impressa por qualquer cidadão, através do portal www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/10-medidas. Os dados deverão ser registrados na sede da Procuradoria Geral da República em Macaé, situada na Avenida Rui Barbosa, número 2000, Alto dos Cajueiros (Viaduto).

"As assinaturas podem ser reco-lhidas por qualquer pessoa e, de-pois, entregues na Procuradoria. Nós vamos organizar pontos para registrar a adesão dos cidadãos, e contamos também com o apoio de instituições públicas e privadas para expandir a rede em apoio à

mobilização nacional que vem ga-nhando força na região", garantiu o procurador.

Já nesta terça-feira, dia 29, a Procuradoria da República em Macaé realiza no Calçadão da Avenida Rui Barbosa a coleta de assinaturas. A equipe estará no trecho próximo a sede da Asso-ciação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), das 9h às 12h.

As assinaturas serão recolhidas até 9 de dezembro deste ano, no Dia Internacional de Combate à Corrupção, que poderá ser mar-cado como a data em que o povo brasileiro deu um passo impor-tante rumo à uma nação mais séria e honesta.

WANDERLEY GIL

Flávio Reis lidera ações de adesão a projeto de iniciativa popular

Medidas endurecem sistema jurídicoDe acordo com o Procurador Geral da República em Macaé, Flávio de Carvalho Reis, as 10 medidas contra a corrupção têm, em um dos seus três pila-res, a proposta de prevenir as práticas ilícitas.

"As medidas buscam insti-tuir maneiras de se prevenir a corrupção. Uma delas é o teste de integridade, que avaliaria o comportamento do servidor diante de um cenário propício para a prática do crime. A cria-ção de um código de conduta e a destinação de um percentual de recursos do governo para investir em publicidade, obje-tivando incentivar o combate à prática ilegal, também integram o pacote de ações propostas pelo MPF", explicou Flávio.

A eficiência na tramitação dos processos judicais, referentes a crimes de corrupção, faz parte do segundo pilar das 10 medidas contra a prática ilegal.

"Hoje, os processos judiciais levam de 12 a 15 anos para serem concluídos. E a prescrição tam-

bém eleva o grau de impunidade desses tipos de crime. Portanto, as medidas propostas pelo MPF buscam dar mais agilidade na tramitação das ações, elevando o número de condenações de pessoas envolvidas nesse tipo de prática", apontou o procura-rador.

Já o terceiro pilar das 10 me-didas contra a corrupção é o aumento da punição para os corruptos condenados, propos-ta que visa inibir práticas como a registrada no Mensalão e na Lava-Jato.

"Hoje a pena mínima é de dois anos de detenção para corrup-tos condenados. A proposta do MPF é aumentar o efeito desses processos, tornando mais dura a punição", disse Flávio.

Em um período no qual a mo-ralidade política é posta à prova diante da eclosão de escândalos e denúncias sobre a malversação do dinheiro público, o procura-dor afirmou que, para o judici-ário, o momento é importante para que o país possa alcançar

um novo patamar social."A impunidade provoca dois

comportamentos distintos na sociedade: ou o recolhimento da atividade cívica, ou a iniciativa de resolver o problema. Atual-mente, no entanto, vemos um processo de amadurecimento da nossa democracia. A corrupção está no dia a dia das pessoas, e só

MPF

10 medidas contra a corrupção ● CRIMINALIZAÇÃO do enriquecimento ilícito de agentes públicos ● PREVENÇÃO à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação ● RESPONSABILIZAÇÃO

dos partidos políticos e criminalização do caixa 2 ● AUMENTO das penas e crime hediondo para a corrupção de altos valores ● REFORMA no sistema de

prescrição penal ● CELERIDADE nas ações de improbidade administrativa ● AUMENTO da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal ● AJUSTES nas nulidades penais ● PRISÃO preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado ● RECUPERAÇÃO do lucro derivado do crime

será vencida quando todos per-ceberem que esses atos ferem a harmonia da convivência em sociedade, gerando prejuízos para todos os cidadãos, inde-pendente da idade e da condição social. Por isso, a contribuição de todos é importante para tor-nar o Brasil um país melhor", apontou Flávio.

“A corrupção fere a harmonia da convivência em sociedade”FLÁVIO REIS, PROCURADOR

Maxwell Vaz (SD) fez convite ao Procurador Geral da República em Macaé, Flávio Reis, para falar sobre mobilização no plenário da Câmara

NOTA

PONTODE VISTANão é à toa que, além da classe política, também o judiciário, sal-vo exceções, vem caindo cada vez mais nos índices de pesquisas alcançando números menores quando o universo pesquisado alcança a população de modo geral.

Administrar uma prefeitura igual a de Macaé, que enfrenta pro-blemas dos mais diversos matizes e de grande magnitude, não é tão fácil como poderiam alguns imaginar.

Em Macaé, a comemoração do Dia Mundial Sem Carros não estimulou os motoristas deixarem os veículos em casa. A falta de regularidade do transporte coletivo - nas cidades grandes, o ônibus passa de dez em dez minutos ou em tempo cronometrado - levou muitas pessoas que quiseram aderir a desistir da ideia. Em algumas localidades da cidade, os coletivos levam mais de uma hora para atender os passageiros.

O jornalista Alan Gripp, na última quarta-feira, registrou, quando o Congresso decidiu pela manutenção dos vetos da presidente Dilma Rousseff: “A estratégia do governo ficou mais clara. O objetivo é seduzir a bancada peemedebista da Câmara, onde as disputas decisivas são a votação dos vetos, as medidas do ajuste fiscal, em especial a CPMF e, principalmente, o impeachment. Depois... quem sabe?

Até domingo.

Está batido o martelo. O médico Dr. Marcio Bittencourt decidiu que pretende ser candidato a vereador nas eleições de 2016. Ele forma a chapa de apoio à reeleição de Dr. Aluízio, que vem costurando a base de apoio ao governo. Como diretor do HPM conseguiu construir mais um hospital e aumentar 100 leitos. Ele se dedica para melhorar, ainda mais, os serviços de saúde.

Mudança de rumo

Falta coragem?

Em apenas uma semana a socieda-de sentiu, de novo, que não está re-presentada no Congresso Nacional e, depois de despontar como uma alternativa de poder, pelo fato de es-tar presente nos mais de cinco mil municípios brasileiros, e iniciar uma ação que parecia inovadora, o PMDB conseguiu, mais uma vez, trair seus filiados e quem acompanha o dia a dia da política nacional. A crise eco-nômica e política, não resta a menor dúvida, é uma das mais sérias que o Brasil vem passando. Com os parti-dos de oposição trilhando uma alter-nância e, com rapidez, no Congresso Nacional, pautar matérias a ponto de a presidente Dilma ter a aprovação de apenas 7% na última pesquisa di-vulgada pelo Ibope (indicando a re-provação de 93%), muitos analistas imaginavam não só o impeachment, por causa das “pedaladas fiscais”, com a reprovação das contas pelo Tribunal de Contas da União, ou ainda, a possível (mas sempre im-provável), cassação dos mandatos de Dilma e Temer, por ter a campanha do PT e PMDB sido abastecidas por dinheiro que chegaram escorrendo pelos dutos da Petrobras e outras estatais, tornando-se, sem prece-dentes, um dos maiores escândalos de corrupção do país e, talvez, já ad-mitem alguns, do mundo. Embora “escanteado” por muitos por causa das possíveis conexões do mensalão, e agora do petrolão, restando ainda as denúncias do caso BNDES e ou-

tras fontes, o ex-presidente Lula, pretenso candidato do PT em 2018, vem trabalhando - e muito - esta se-mana nos bastidores para provocar a mudança de rumo pretendida pe-la sociedade. Primeiro, foi colocar a presidente Dilma Rousse® na linha de frente que, prometendo o que talvez não vá cumprir, cargos e re-formas administrativas, para ter uma parte do PMDB ao seu lado e evitar o impeachment. E logo o líder da bancada do PMDB na Câmara, Leo-nardo Picciani, que formou no Rio de Janeiro a oposição em apoio a Aécio Neves, desligou-se de maneira rápi-da do grupo de Eduardo Cunha em direção ao Planalto, entrando no cli-ma do toma lá dá cá. Só que a Dilma viajou, não cumpriu o que prometera e... Quem sabe? Outro fato foi o fa-tiamento do processo da Operação Lava-Jato, decidindo o STF tirar do juiz Sérgio Moro a competência para investigar políticos do PT, ligados a escândalos de corrupção. Bem, a re-volta sentida pela sociedade foi tão grande que pode haver outras ma-nifestações por aí afora. Mas como a moralidade não impera no Brasil, beneficiando apenas a imunidade e a impunidade, a população tem mesmo que aguardar os próximos episódios de uma novela que tinha tudo para ganhar a confiança do povo, mas depende das mudanças de rumo em Brasília, onde os atores atuam de acordo com interesses pes-soais e de grupos.

Desde a década de 70, quando a Pe-trobras começou a atuar por aqui, a corrida em busca do “ouro negro” não foi somente da empresa responsável pela exploração e produção. Também fizeram e fazem fila, ainda, empresas e pessoas cheias de ideias e projetos, que buscam os fabulosos recursos dos royalties, e quando não existia a especulação imobiliária. Macaé virou uma cidade de enorme crescimento, mas sem planejamento. As áreas pú-blicas, manguezais, restingas, praças, e tantas outras, começaram a ser in-vadidas, e o que se observa hoje é a periferia de bairros completamente sem infraestrutura, sem água, esgota-mento sanitário, transporte, escolas e outros serviços mínimos para a sobre-vivência das famílias, com a empresa de energia e de telefonia que chegam primeiro garantindo a posse. Enfren-tando as contrariedades da legislação, a ocupação continua de maneira céle-re. As pessoas erguem casas em qual-quer espaço disponível. Impotente, a fiscalização não consegue impedir que

um emaranhado de construções, sem obediência aos critérios de arruamen-to, continue proliferando. A restinga na Fronteira na Barra de Macaé é o exemplo mais gritante. Quem passa pela rodovia vê uma série de casas sendo erguidas a bel-prazer e a pre-feitura finge-se de cega. Na gestão 73-76, Alcides Ramos, enquanto prefeito, ao observar que a ocupação ocorrida em direção ao Pontal da Barra po-deria trazer problemas sérios para a prefeitura, tratou de urbanizar toda a orla em direção à cidade evitando a invasão. Exatamente o que os prefei-tos seguintes não fizeram em direção ao Barreto. E o que deverá acontecer após o Bar do Coco, caso ninguém en-xergue o que está mais do que paten-te? O que falta? Coragem para enfren-tar os “grileiros”? Como perguntar não ofende, no lado norte da cidade, em vez de uma orla urbanizada para proporcionar qualidade de vida, o que se observa é a ocupação desenfreada que vai exigir mais impostos para mais serviços como educação e saúde.

PONTADAS

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

A discussão sobre a possível antecipação das receitas dos royalties do petróleo, em Macaé, ganha um ama-durecimento que pode se tornar um dos principais legados deixados pelo atual cenário de retração de investimentos no mercado de óleo e gás.

A contribuição das empresas do petróleo não é mais pautada apenas pelo volume de geração de receitas públicas, baseadas em impostos, proporcionadas a Macaé.

Amadurecimento

União que faz a diferença

A cada fórum proposto pela Organização dos Municí-pios Produtores de Petró-

leo (Ompetro) é possível identi-ficar a iniciativa de cidadãos, das mais variadas idades e classes sociais, de discutir o futuro do município, um fato importante ao consolidar a aposta do maca-ense na recuperação das carac-terísticas positivas assumidas pela cidade desde sua história com as atividades do segmento de óleo e gás.

Sem deixar de passar pela ótica do risco do endividamen-to, pelas incertezas futuras de um mercado que alcança hoje índices inimagináveis de retra-ção e pela análise da eficiência administrativa, o debate sobre a capitalização dos recursos com investidores externos proporciona ao governo acom-panhar o entendimento da po-pulação sobre a complexidade que é administrar a cidade que vive em seu dia a dia os efeitos de dois fatores distintos: a que-da diária do preço do barril do petróleo no mercado interna-cional e os desinvestimentos anunciados periodicamente pela Petrobras, na tentativa de não sucumbir à corrupção e ao aparelhamento político em sua

gestão.Dentro do debate sobre a an-

tecipação de R$ 298 milhões de recursos, que poderão ser pagos pela prefeitura em 10 anos, com base na reserva de 10% dos re-passes futuros dos royalties, o poder público e a sociedade tra-çam um raio X sobre o sistema administrativo de Macaé e to-dos os seus efeitos, como a ele-vação expressiva do quadro de servidores nos últimos 10 anos, a regionalização da rede públi-ca de Saúde e a necessidade de ampliação da infraestrutura em logística, fundamental à rotina das atividades do petróleo.

Em busca do dinheiro novo, a Ompetro defende como alterna-tiva a resolução reeditada pelo Senado, que permite aos muni-cípios produtores recorrer à ca-pitalização como forma de tapar o rombo gerado pelo déficit na arrecadação.

Para a sociedade essa é uma operação de risco, que precisa ser amplamente discutida e avaliada.

Para Macaé, os dois posicio-namentos formam a construção de um novo modelo democrá-tico de se construir uma nova cidade, na esperança por dias melhores.

Para nós, a integração com o setor responsável pela transformação econômi-

ca e social da cidade ao longo dos últimos 40 anos represen-ta a construção de um novo ca-minho pautado na excelência e na qualidade, conceitos que comprovam a competência do segmento que reconhecida-mente possui potencial para ajudar o município a recupe-rar a sua pujança.

Ao elaborar as diretrizes do Plano de Desenvolvimen-to Integrado (PDI) de Macaé, focamos na proposta de trans-formar o diálogo que já havía-mos firmado com a indústria local, em ações concretas para o desenvolvimento econômico e sustentável da cidade. E essa proposta foi muito bem traba-lhada através da participação de todos os representantes das mais de 30 empresas presen-tes na 1ª Câmara de Diálogo do PDI, conduzida pelo Centro Integrado de Estudos e Pro-gramas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds), no mês passado.

O PDI nos proporcionou evoluir na formação de uma relação institucional entre o governo e a cadeia do petróleo, formatando um programa de trabalho que começa na iden-tificação de demandas e alcan-çará a execução de projetos que já estão sendo trabalhados pela administração municipal.

Pautas levantadas por re-presentantes das principais empresas que atuam no seg-mento de óleo e gás fortale-cem o planejamento do nosso governo em dar andamento a ações que já surtem efeitos

positivos na infraestrutura de Macaé, com a melhoria na pa-vimentação do sistema viário que integra o eixo da logística de cargas o�shore.

A contribuição da indústria no diálogo aberto pelo PDI fortalece também iniciativas buscadas por nossa adminis-tração junto a órgãos situados em outras esferas públicas, como as obras de reforma da pista do Aeroporto de Macaé e a parceria firmada pela pre-feitura junto ao Estado para a execução das obras do Arco Viário de Santa Tereza.

A defesa pela ampliação da oferta de energia na cidade, permitindo a expansão de polos indústrias na região Norte, através da nova subes-tação em Cabiúnas, também integra o pacote de medidas que defendemos como essen-ciais para garantir à indústria o apoio necessário à sua res-truturação.

Os efeitos do atual cenário econômico do país precisam ser encarados, não apenas como fatos negativos conso-lidados, mas como pautas que precisam ser trabalhadas em parceria. E nos orgulha mui-to contar com a participação da indústria através do PDI para levar Macaé a um novo patamar de excelência na sua história como a principal ba-se brasileira na produção da maior matriz energética do mundo. Obrigado a todos os parceiros!

Vandré Guimarães, Secre-tário municipal de Desenvolvi-mento Econômico, Tecnológico e Turismo

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DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

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DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

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DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

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CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Prefeitura de Macaé dá assistência para população em situação de rua

PartidosA semana vai ser marcada pela discussões finais sobre a composição dos partidos para a formação de nominatas que serão apresen-tadas para a disputa do processo eleitoral em 2016. De acordo com o prazo definido pelo Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE), até quinta-feira, dia 1 de Outubro, todas as lideranças que alme-jam disputar o pleito devem estar registradas em alguma legenda. Não restam dúvidas que surpresas serão registradas até os momentos finais desta saga política.

Táxis A prefeitura divulgou, na quarta-feira (23), a re-lação do sorteio de 68 vagas de novos pontos de táxis que foram criados a partir da liberação de novas autonomias. Agora, o serviço está disponível em 13 locais diferentes. Os mais disputados foram a área do Hospital Público Municipal e da Cidade Universitária, que con-centra também o Shopping Plaza Macaé. O sistema contará ainda com dois veículos adap-tados para atender pessoas com deficiência.

Guerra virtualApós dias de silêncio, as trincheiras da guer-ra virtual voltaram a registrar movimentações nas redes sociais de Macaé, nesta semana. No entanto, ao que parece, posicionamentos políticos passaram a perder força e valor, dian-te da falta de credibilidade dos guerrilheiros. Atos como esses passam a ser analisados e investigados também pela justiça e pela polí-cia, uma necessidade para separar bandidos de pessoas que promovem debates sadios sobre Macaé.

Corrupção Aos poucos, a sociedade macaense ade-re à campanha difundida pelo Ministério Público Federal (MPF) para formatar um projeto de iniciativa popular com objetivo de estabelecer legalmente 10 regras de combate à corrupção. Na última semana, o procurador geral do MPF em Macaé, Flávio Reis, ministrou palestra sobre a mobilização para alunos das instituições de ensino superior que formam a Cidade Universitária.

Política O presidente da Câmara de Vereadores, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), defendeu e garantiu a continuidade das audiências públicas da Câ-mara Itinerante. O parlamentar afirmou que o projeto obterá sucesso até quando houver um cidadão disposto a discutir e cobrar do poder público medidas que possam alavancar a qua-lidade de vida da cidade. Dr. Eduardo conside-rou o projeto itinerante como uma ferramenta para vencer 'a velha política'.

Projeto O governo deve enviar, nesta semana, para a Câmara de Vereadores o projeto que vai ampliar o número de vagas para o progra-ma Guarda Mirim. A iniciativa visa atender a um maior número de jovens da cidade para participar do programa que mescla disciplina e aprendizado. Sob a competên-cia de um novo comando, a Guarda passa por uma fase de restruturação, necessária para recuperar a autoestima e o conceito da corporação.

Atualização Os agentes de trânsito da secretaria mu-nicipal de Mobilidade Urbana passarão por processo de formação continuada. A proposta do governo é estruturar regras e diretrizes que deverão padronizar o tra-balho realizado pelos servidores públicos nas ruas, auxiliando no deslocamento de veículos, garantindo a segurança dos pe-destres. O trabalho visa destacar e fortale-cer a importância do serviço dos agentes para a cidade.

Saúde O bloco de oposição, na Câmara de Vereado-res, ainda mantém a discussão sobre o futuro da gestão das Unidades de Pronto Atendimen-to (UPAs) do Lagomar e da Barra. Ao levantar o tema, em sessão ordinária do Legislativo, nesta semana, o líder do bloco, o vereador Igor Sardinha (PT), voltou a denunciar que repasses para o custeio das unidades seguem atrasa-dos. Até o momento, as unidades são gerados por convênio com Organização Social.

Cadastro Pais e responsáveis por crianças do Lago-mar que já passaram por pré-matrícula de-vem se apresentar até esta segunda-feira, dia 28, na secretaria municipal de Educação, para promover o cadastro de movimentação dos estudantes, que serão alocados na Es-cola Municipal de Educação Infantil Iracy Pi-nheiro Marques, inaugurada na quarta-feira, dia 23. Inicialmente a unidade contemplará 300 estudantes. Já em 2016 o número su-birá para 500.

As obras de saneamento básico tem modificado a rotina da população macaense. No terceiro ano de execução das metas previstas na Parceria Pública Privada (PPP), a cidade conseguiu sair de 10% para 60% o volume de esgoto captado e tratado. Para chegar aos 100%, novas ruas precisarão ser quebradas para o assentamento da rede, um processo que deve chegar a bairros próximos ao Centro da cidade já em 2016.

Page 5: Noticiário 27 09 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015 5

PolíciaOVERPARENTING

Superproteção aos �lhos constrói adultos com di�culdades de decisão

Nesta semana, o Tenente-coronel Ramiro Campos explica um pouco das consequências dos pais que praticam o "Overparen-ting", ou seja, o hábito de prote-ger excessivamente os filhos.

A palavra de origem america-na surgiu na década de 60 e 70, quando alguns pais, decidiram criar seus filhos com menos rigor e mais amor, menos cobrança e mais compreensão. O exagero na aplicação produziu uma geração de adultos com dificuldades de de-cisão (adultos-crianças), perma-necendo dependentes da família.

COMO HOUVE UMA INFLUÊNCIA DA CULTURA DOS ANOS 60 E 70, ESTA É A PRIMEIRA GERAÇÃO?

Sim, no mundo enquanto a geração do pós-guerra tratava seus filhos com rigidez, nas su-pramencionadas décadas, hou-ve uma contracultura, ou seja, totalmente oposta à primeira; formando-se pessoas adultas que não se sentem capazes de tomar as próprias decisões, nem de lidar com contratempos e decepções que a vida nos impõe frequentemente; ao primeiro sinal de problema pegam o te-lefone e teclam para os pais com objetivo de pedir orientações. Um adulto tem que ser capaz de refletir e descobrir como lidar com determinadas situações. Os pais têm que aceitar que é parte de seu trabalho deixar este cargo um dia. Conheço uma família de idosos, que possuem um filho com 35 anos de idade, que nun-ca trabalhou, nem estudou, seus pais alegam que enquanto esti-verem vivos, nunca faltará nada para ele, e quando morrerem dei-xarão recursos financeiros para o resto de sua vida.

COMO SABER SE OS PAIS NÃO ESTÃO CONFUNDINDO AMOR COM CUIDADO EXCESSIVO?

O objetivo dos pais é preparar os filhos para o mundo, transfor-mar sua pequena criança em um adulto capaz de convivência har-moniosa com ele mesmo e com a sociedade, e que seja capaz de se cuidar sozinho; ter habilidades necessárias para cuidar de sua casa, pagar suas contas, fazer co-midas e arrumar um emprego; tudo isso sem ter que perguntar aos pais. O amor dos pais é fun-damental na formação de seus filhos, estes têm que saber que são amados e valorizados, porém tem que haver um equilíbrio, a criança tem que aprender a cami-nhar na vida com seus próprios recursos, ter opinião e saber que um dia terão que também formar seus sucessores.

COMO PENSA ESSA GERAÇÃO OVERPARENTING?

Eles têm pouca confiança em si mesmo, são incapazes de fazer certas atividades do cotidiano sozinhos, é o pensamento recor-rente, afinal durante toda vida al-guém fez tudo por eles, na psico-logia isso se chama "desamparo aprendido", algo que vem da falta

No Brasil, problema é conhecido como "Geração Canguru" e é identificado na geração de adultos entre 30 e 40 anos de idade

de conexão entre esforço e resul-tados; alguns chegam ao ponto de não saberem pedir orientações na rua. Na vida profissional, fal-ta iniciativa, sempre alguém pede para que façam o que já deveria estar feito; na infância os pais sempre lhe ensinaram o que eles deveriam fazer; isso impediu de desenvolverem esta habilidade, pensar por si próprio, planejar. As consequências da vida geren-ciada pelos pais se refletem de maneira bem acentuada no fu-turo dos filhos quando tornam-se adultos.

QUANDO ADULTO COMO ELES AGEM?

No Brasil, chamamos de "Ge-ração Canguru", composto por adultos entre 30 e 40 anos de ida-de, que ainda moram na casa dos pais; não há nada de errado dos filhos com esta idade residirem com os pais se não tiverem dinhei-ro ou estiverem desempregados, temporariamente por fatores supervenientes; o que não é cer-to são os filhos nesta idade não se comportarem como adultos, não quererem trabalhar, não quere-rem contribuir financeiramente com a família, tendo recursos fi-nanceiros disponíveis. Resumin-do, agem como crianças, sem fazer nada para auxiliarem à família, sem gastar seu próprio dinheiro. Também existem aqueles "nem-nem” (nem estudam, nem traba-lham), agir assim é um desastre, não somente para ele, como para a família e por fim para a sociedade; não pagam impostos, não serão ci-dadãos úteis, não produzirão nada para as gerações futuras.

COMO SE EXPLICA AS DIVISÕES DO OVERPARKING: SUPERDIRECIONAMENTO, SUPERPROTEÇÃO ESUPERAJUDA?

Superdirecionamento: São os pais que definem o que seus filhos vão estudar, como devem brincar, quais atividades devem praticar, que carreira precisam seguir, eles além de resolverem os problemas dos filhos, moldam seus sonhos.

Superproteção: São aqueles pais que acham que qualquer coisa pode machucar seus filhos, por isso preferem que eles es-tejam dentro de seu campo de visão, tomando sempre partido das crianças, contra quem quer que seja.

Superajuda: São os pais que acompanham as crianças em to-das as atividades, no esporte, na escola, no lazer; agem como ver-dadeiras babás, acordam diaria-mente os filhos para escola, lem-bram cotidianamente os filhos de fazerem as atividades escolares, avisam os filhos dos horários de alimentação, estudo e lazer.

QUAL A SUGESTÃO PARA OS PAIS?

O que todos os tipos de pais que protegem em excesso têm em comum, é o medo do fracas-so dos filhos. Não podem pensar assim, na vida para aprender te-mos que lutar, arriscar, perder, se levantar, tentar de novo, até finalmente ser bem-sucedido, os pequenos erros e fracassos na infância desenvolvem: habili-dades, competência e confiança dos adultos. Ficamos mais fortes quando somos desafiados.

Redução da maioridade penal será tema de palestra, seguida de debate, às 18 horas de quarta-feira (30), no auditório da Cidade Universitária

NOTA

PM prende suspeito de tentativa de homicídio

RIO DAS OSTRAS

Jovem teria tentado matar um homem no bairro Palmital

A Polícia Militar (PM) em

busca do suspeito de uma ten-tativa de homicídio que ocor-reu no bairro Palmital, no dia 23 de setembro, deu continui-dade à investigação criminal vindo a prender um jovem de

18 anos.Segundo a PM, o suspeito

é conhecido como “Juninho Marreco” e o Grupo de Ações Táticas (GAT) estava com in-formações privilegiadas de que

ele seria o autor do crime.A Guarnição logrou êxito em

encontrar e abordar o suspei-to que foi encaminhado para a 128ª DP, onde foi reconhecido e preso em flagrante.

BALANÇO

Sobe o número de registros de roubos Instituto de Segurança Pública divulgou indicadores de criminalidade do mês de agostoLudmila [email protected]

O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou na última semana os in-

dicadores de criminalidade do mês de agosto e, segundo os da-dos, os números da violência no município de Macaé continuam crescendo.

De acordo com o balanço mensal, no mês de julho, Macaé registrou 85 casos de roubos, de todos os gêneros, como em

comércios, a transeuntes, resi-dências, cargas, entre outros; já no mês seguinte (agosto), foram 105 casos, com um aumento de 20 registros em apenas um mês.

Os números reafirmam o que a população vem cobrando da segurança pública do muni-cípio de Macaé há meses: mais policiamento nas ruas. Sendo o roubo a transeunte uma das principais reclamações da po-pulação macaense. Segundo os dados do ISP, o mês de agosto teve 53 casos, sendo 15 registros

a mais do que o mês de julho.Apesar de baixo os números

de ocorrências registradas na Delegacia Legal, de casos de roubos de aparelhos de celular, houve um aumento de 11 casos deste crime. Mas, é importante ressaltar que os números po-dem ser ainda maiores, já que esse tipo de roubo costuma ser uma das principais reclama-ções da população, porém nem todas as vítimas acabam indo à delegacia prestar queixa, gran-de parte das pessoas assaltadas

acreditam que o registro não é importante, porque na maioria dos casos a PM não consegue recuperar o bem material.

Além de Macaé, o 32º Bata-lhão da Polícia Militar abrange os municípios de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Con-ceição de Macabu, Carapebus e Quissamã. Dentro dessas ci-dades, a Capital Nacional do Petróleo lidera com uma boa diferença o número de crimes registrados no sistema da Dele-gacia Legal.

KANÁ MANHÃES

Permanece alto o número de registros na 123ª DP de Macaé no mês de agosto

Page 6: Noticiário 27 09 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO

O uso dos recursos pú-blicos na atualidade cer-tamente encontra-se lide-rando a lista dos assuntos mais debatidos entre os órgãos governamentais e a sociedade civil. O que poucos sabem é que os gastos públicos são regi-dos e regulados através de um conjunto de Leis Orça-mentárias, integrantes do chamado Sistema de Pla-nejamento Orçamentário.

Tal Sistema encontra-se definido na Constituição Federal, mais precisa-mente em seu artigo 165, que dispõe que Leis de ini-ciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretri-zes orçamentárias; e III - os orçamentos anuais.

Os três incisos, que se consubstanciam através de normas, formam os pilares de organização das finanças do Estado, e devem estar amplamente interligados para que possam garantir o cumprimento do plane-jamento de suas atividades.

Além de ter a finalidade de permitir ao Poder Exe-cutivo o conhecimento e a capacidade de previsão de seus gastos, a edição das normas ainda possui o im-portantíssimo objetivo de permitir ao Poder Legis-lativo a oportunidade de participar do planejamen-to dos gastos, fiscalizando e propondo emendas em seu conteúdo, com vias a aprimorá-lo e torná-lo mais eficaz. Passemos, agora, a discorrer sobre as normas em questão.

O Plano Plurianual - PPA - é a norma de maior amplitude temporal, va-lendo por quatro anos, e vem definida na Constitui-ção Federal como sendo a responsável por estabele-cer, de forma regionaliza-da, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as re-lativas aos programas de duração continuada.

As citadas despesas de capital e as de duração continuada são as que promovem o aumento do patrimônio público ou amortizam o principal das dívidas de longo pra-zo. O PPA estabelece as bases para a construção das duas demais normas, que devem guardar com ele total relação. O obje-tivo do PPA é delinear um “norte de orientação” para embasar as mencionadas leis orçamentárias de con-teúdo mais concreto.

A Lei de Diretrizes Or-çamentárias - LDO, pre-vista no inciso II do Ar-tigo 165 da Constituição, por sua vez, estabelece

metas e prioridades para cada exercício financei-ro, além de regras sobre o imprescindível equilíbrio entre receitas e despesas. Na LDO estarão dispostas eventuais alterações na le-gislação tributária que tem o condão de interferir, di-retamente no aumento ou diminuição de arrecada-ção que, por consequência, irá interferir no próximo instrumento normativo a ser analisado, qual seja a Lei Orçamentária Anual.

A Lei Orçamentária Anual - LOA - prevista no inciso III do Artigo 165 da Carta Constitucional é composta por três partes distintas, conforme seu parágrafo 5º, quais sejam: um orçamento fiscal, um orçamento de investimen-to e um orçamento da se-guridade social.

Não restam dúvidas en-tre os estudiosos do tema que o orçamento fiscal é o principal dentre os três orçamentos, tendo em vista que abrange receitas e despesas para o exercício financeiro, abrangendo os Poderes, seus fundos, ór-gãos e entidades da admi-nistração direta e indireta, inclusive fundações insti-tuídas e mantidas pelo Po-der Público.

O orçamento da seguri-dade social dispõe sobre as receitas e despesas com saúde, previdência e assis-tência social e, por último, o orçamento de investi-mento prevê quais serão os investimentos reali-zados pelas empresas em que o Poder Público, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

As normas aqui avença-das integram a inovação trazida pela atual Cons-tituição, denominada pelos constitucionalistas e demais autores como “orçamento-programa”, que tem por principal ob-jetivo garantir os direitos e diretrizes pré-definidos na Constituição, além de estabelecer a obrigato-riedade de se manter um liame entre as três ordens normativas, que devem ser criadas e emendadas de forma a complementa-rem e embasarem umas às outras.

Para que os gastos pú-blicos sejam corretamen-te previstos, planejados e realizados se faz impres-cindível a integração entre o PPA, a LDO e a LOA. Tal integração é a peça-chave para a concretização de políticas públicas que atendam à população e que venham a suprir suas demandas, garantindo-lhe não só o mínimo necessá-rio para sua subsistência, mas uma vida digna.

Leandro Gama Alvitos Especialista em Direito Público

Leandro Gama Alvitos

NOTA

PESCA

Mercado de Peixes tem preços competitivosNa comparação com cortes de carne, diversas espécies de pescado saem mais em contaGuilherme Magalhã[email protected]

Um levantamento realiza-do pela equipe de reporta-gem de O DEBATE mostra que, além de ser uma opção mais saudável para o fim de semana, diversas espécies do recém inaugurado Mercado Municipal de Peixes têm pre-ços competitivos com os cor-tes de carne comercializadas nos supermercados da cida-de. A consolidação do polo pesqueiro marca uma fase de reestruturação da pesca em Macaé, com potencial para fortalecer consideravel-mente a economia provinda da pesca no município

Em números específicos, segundo a pesquisa, peixes populares como anchova (R$ 15); corvina (12), e até mais nobres como dourado (R$ 16) e linguado (R$ 15), saem por em média 48,1% do valor do contra filé, por exemplo,

Procon deve retomar trabalhos da Tenda Itinerante em alguns dias. Atendimento a consumidores no calçadão voltará com estrutura fixa.

variando hoje em torno de R$ 29,90 e R$ 25,99 nos dois principais supermercados do Centro da cidade. Quan-

do a comparação é com uma carne menos nobre, como o quilo da Alcatra, o resultado é parecido: saindo hoje entre

R$ 28,90 e R$ 23,99, a varia-ção média com o preço do pescado também é superior a 40%.

PREÇOS PODEM BAIXAR AINDA MAIS

Uma outra boa notícia é que os comerciantes do Mercado Municipal de Pei-xes estão cada vez mais oti-mistas com o firmamento do tempo para o último terço do ano. Com a desta época, a tendência é que a produção em mar ganhe volume, ele-vando assim ainda mais

“Do início de junho até o fim de agosto, para nós pescadores da região, é considerada a época mais fraca do ano porque os ven-tos sopram mais fortes e consequentemente várias espécies do mercado ficam mais escassas” explicou em entrevista recente o fis-cal de dados da Colônia de Pescadores Z3, Roberto To-nassi, ressaltando que, atu-almente, entre crustáceos e peixes, cerca de 98 espécies marítimas são comerciali-zadas no local.

Considerado como uma das principais referências de pescado na região, de acordo com dados da secre-taria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, em média, o local comercializa entre 4 mil e 5 mil quilos por semana. Além disto, somente no pri-meiro semestre deste ano também exportou quase três mil toneladas para Rio de Janeiro e Niterói, além de várias outras localidades da Região dos Lagos.

WANDERLEY GIL

No local existem mais de noventa espécies diferentes

Variação de preçosAnchova

● Preço mínimo: R$ 15 ● Preço máximo: R$ 18

Corvina ● Preço mínimo: R$ 12 ● Preço máximo: R$ 15

Dourado ● Preço mínimo: R$ 16 ● Preço máximo: R$ 25

Linguado ● Preço mínimo: R$ 15 ● Preço máximo: R$ 35

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015 7

Page 8: Noticiário 27 09 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Geral III Seminário da Guarda Ambiental de Macaé aconteceu nesta sexta-feira (25), no Parque Municipal do Atalaia

NOTA

SEM ESTRUTURA

Macaé não está preparada para períodos de chuva No início da primeira quinzena deste mês, pequenas pancadas de chuva foram suficientes para transbordar rios que estão assoreados

Juliane Reis [email protected]

Conhecida por ser a Capi-tal Nacional do Petróleo, a riqueza oriunda do ou-

ro negro não foi suficiente para preparar Macaé para o futuro no que diz respeito às situações climáticas. O resultado é que chuvas fracas são suficientes para alagar toda a cidade e ge-rar prejuízos à população. Uma situação que, de acordo com especialistas, poderia ser evi-tada se não fosse o crescimento desordenado do município, os desmatamentos de matas cilia-res e devastação de nascentes, aterros e uma série de outras ações.

Um exemplo visível a olho nu é o Rio Macaé, assim como os chamados braços, como Ca-nal do Capote que estão “cheios e próximos de transbordar”. Quem viu esses recursos hí-dricos há poucos dias custa a acreditar que pequenas chuvas ocorridas, no inicio da última quinzena, foram suficientes pa-ra enchê-los. Uma situação que preocupa, pois as águas não têm mais para onde ir, e quando cho-ve o único local que encontram é o rio, que está cada vez mais

assoreado, ou seja, obstruído.Procurado pela redação do

Jornal O Debate, o renomado cientista e professor Francisco Esteves, do NUPEM/UFRJ res-salta que a situação evidencia de maneira clara a forma como a cidade vem sido construída de forma desordenada. “Hoje, o município tem um crescimento desordenado no que diz respei-to ao uso dos recursos hídricos. Toda a retirada de matas cilia-res, o avanço da pecuária sobre a floresta, a urbanização sobre os brejos e nascentes, a retira-da de morros, da parte elevada, para gerar material para aterrar os brejos e as lagoas, tudo isso gera um impacto muito gran-de sobre os recurso hídricos do município. E o que a gente pode ver e observar é que, com tudo isso, o rio Macaé está sen-do progressivamente entupido. Observamos, atualmente, tre-chos do rio Macaé, como próxi-mo à foz - que há 5 anos tinha quase cinco metros de profun-didade -, mesmo nos meses de estiagem, não temos mais de 2,5m de profundidade. Temos hoje um processo de urbaniza-ção acelerado, onde o município vem sendo submetido há mais

KANÁ MANHÃES

Imagem mostra um dos braços do Rio com o nível bastante elevado

de três décadas”, ressalta. Esteves pontua ainda que

o “terreno” foi pouco a pouco modificado e, por consequên-cia, com poucas chuvas e chuvas fracas, o rio vem a transbordar e provocar enchentes na cidade. “As lagoas que antes existiam e armazenavam o excedente de águas das chuvas não existem mais. Em seus lugares foram construídos prédios, casas e para acelerar a drenagem dos brejos e das lagoas alguns canais

foram criados, como o canal do capote. E hoje, quando chove, a água não tem para onde ir senão para o rio e os seus chamados braços artificiais criados pelo homem. As paisagens, as árvo-res, que também poderiam ab-sorver a água, já não existem, e com tudo isso, a sensação que tenho é de que vamos vivenciar grandes enchentes. Dados de pesquisas realizadas por cien-tistas apontam que, já no próxi-mo verão - que não está muito

longe - teremos um grande El Niño (aquecimento do oceano Pacífico) de forma mais inten-sa”, explica.

Ainda de acordo com o pro-fessor e cientista há indícios de que essas pancadas de chuvas sejam similares as ocorridas em 1998 que alagou toda a cidade. “Teve lugares que o nível da água chegou a quatro metros, e isso foi há 17 anos época em que a degradação ainda não era tão visível. Imagine como será nos

dias atuais, em que as áreas ala-gadiças e ou chamadas piscinas naturais não existem mais? Te-mos no Brasil diversas cidades despreparadas para as chuvas e Macaé é uma delas”, pontua.

Em meio às recordações, Es-teves pontua também que desde a época em que Macaé era ocu-pada pela Tribo dos Goytacazes, a referida região era uma gran-de planície inundável, sempre entre os meses de novembro e março. E há décadas que o transbordamento vem sendo crescente por conta das mudan-ças climáticas. A tendência é ter temporadas de verão com volu-me cada vez maior de chuvas.

Ele lembra que, se as margens e os brejos estivessem protegi-dos, continuariam a funcionar como 'esponjas', cedendo len-tamente o volume das chuvas para o lençol freático. No en-tanto, à medida que aumenta a pluviosidade e os brejos estão sendo ocupados por empreen-dimentos diversos, a água vai para locais de maior declive. Ou seja, conforme já relatado por ele em outras edições do Jornal, esse processo de ocupação das margens do Rio Macaé é a con-cretização de futuros e grandes alagamentos na cidade.

FACULDADE PROFESSORMIGUEL ÂNGELO DA SILVA

SANTOS - FEMASS

PROCESSO SELETIVO 2016

REPUBLICAÇÃO DO ANEXO I Parte integrante do Edital Nº 06 - 2015, referente ao Processo Seletivo 2016para acesso aos Cursos de Graduação em Administração, Engenharia deProdução, Sistemas de Informação e Licenciatura em Matemática - FeMASS,tendo em vista a necessidade de atualização do cronograma.

CALENDÁRIO

EVENTO DATAS PREVISTAS

HORÁRIO

Publicação do Edital 10/09/2015 9h

Inscrição 28/09 a 26/10/2015 24 horas por dia

Pedido de isenção do pagamento da taxa de inscrição 28/09 a 02/10/2015 9 às 17 horasDivulgação do resultado de pedidos de isenção da taxa de inscrição 20/10/2015 -

Contestação do Resultado de pedidos de isenção dopagamento da taxa de inscrição 22/10/2015 9 às 17 horas

Resultado das contestações 26/10/2015 -

Último dia para pagamento da taxa de inscrição 27/10/2015 -

Divulgação de Relação das Inscrições deferidas 12/11/2015

Disponibilização do Cartão de Confirmação de Inscrição para candidatos 12/11 a 20/11/2015 -

Solicitação de Correção do Cartão de Confirmação até 25/11/2015 9 às 17 horas

Divulgação do resultado do ENEM 26/11/2015 -

Divulgação do ensalamento (candidato/sala) 01/12/2015 -

PROVA OBJETIVA E REDAÇÃO(As portas dos blocos para acesso às salas serão fechados às 8:59.)

06/12/2015 9 às 13 horas

Divulgação do gabarito da Prova Objetiva 07/12/2015 -

Período de recurso do gabarito prova objetiva 08 e 09/12/2015 10 às 17 horas

Resultado dos recursos 14/12/2015 -

Gabarito oficial 16/12/2015 -

Divulgação do Resultado dos Classificados na Prova Objetiva 12/01/2016 14 horas

Divulgação do Resultado da Prova de Redação 26/01/2016 14 horas

Período de Recurso da Prova de Redação 27 e 28/01/2016 10 às 17 horas

Resultado do Recurso e Resultado Final 01/02/2016 14 horas

Apresentação de documento oficial do resultado do ENEM Na matrícula -

Matrícula dos Classificados no Processo Seletivo 03 e 04/02/2016 14 às 20 horas

Divulgação da 1ª Reclassificação 16/02/2016 -

Matrícula dos convocados na 1ª Reclassificação 18/02/2016 14 às 20 horas

Divulgação da 2ª Reclassificação 19/02/2016 -

Matrícula dos convocados na 2ª Reclassificação 22/02/2016 14 às 20 horas

Previsão de início das Aulas 15/02/2016 -

Inscrição para o vestibular da Femass começa nesta segunda VESTIBULAR

Interessados em ingressar em um dos cursos de graduação oferecidos pela Faculdade Muni-cipal Miguel Ângelo da Silva San-tos (Femass) devem ficar atentos. Serão abertas nesta segunda-feira (28) as inscrições para o vestibular do primeiro e segundo semestres de 2016.

A taxa de inscrição é de R$ 70,00 e os interessados devem se inscre-ver até o dia 26 de outubro pelo www.macae.rj.gov.br/funemac. O cartão de confirmação estará disponível entre os dias 12 e 20 de novembro.

As vagas oferecidas são para os cursos de Licenciatura em Matemática, Administração, Engenharia de Produção e Sistemas de Informação

De acordo com o edital publi-cado recentemente, no total es-tão sendo oferecidas 400 vagas, sendo 200 para cada semestre, distribuídas para os cursos de Ad-ministração, Engenharia de Pro-dução, Sistemas de Informação e Licenciatura em Matemática. São 100 vagas para cada curso, sendo 50 para cada semestre.

Para participar do processo se-letivo e concorrer a uma das vagas oferecidas para os quatro cursos, os interessados devem atender a uma das seguintes situações: ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir do ano de 2012 (tendo obtido a nota na prova igual ou superior a 400 pontos em cada uma das áreas de conhecimento e média igual ou superior a 500 pontos em redação) e/ou ter concluído ou estar regu-larmente matriculado no 3º ano do ensino médio, ou equivalente, com previsão de conclusão para

este ano. Para quem não fez o Enem, o

processo seletivo será realizado em uma única etapa por meio de prova objetiva e prova de redação de caráter eliminatório e classifi-catório. Segundo o edital, o can-didato que optar pelo ingresso através do Enem, mas que não se classificar dentro das vagas, deverá participar do processo seletivo.

O processo seletivo está previsto para o dia 6 de dezembro, das 9h às 13h, na Cidade Universitária.

Interessados em solicitar a isen-ção da taxa de inscrição devem realizar o procedimento entre os dias 28 de setembro e 2 de outu-bro na Secretaria Acadêmica da Funemac. É necessário que o can-didato seja comprovadamente de baixa renda, e que esteja inscrito no Cadastro Único para Progra-mas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Ainda segundo o edital, das va-

gas oferecidas, 50% serão reser-vadas aos candidatos oriundos de escolas públicas e 50% para ampla concorrência, das quais 40% para candidatos que optarem pelo cri-tério Enem e 60% para os demais candidatos.

Ao ingressar em um dos cursos oferecidos pela FeMASS, os es-tudantes passam a fazer parte de uma instituição de ensino superior mantida pela Funemac e que con-ta, atualmente, com os cursos su-periores de Sistemas da Informa-ção, Administração e Engenharia de Produção, que fazem parte de um projeto integrado de gradua-ção, onde os mesmos foram pen-sados em conjunto para atender às demandas do mercado de trabalho na cidade de Macaé e região. Com essa visão de integração, o curso de Licenciatura em Matemática compartilha matérias junto aos outros cursos, e já estará disponí-vel no vestibular 2016.1.

Últimos dias para pedido de isenção e cotas do Cederj CEDERJ

Interessados em concor-rer a uma das vagas ofereci-das pela Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro - Fundação Cecierj / Consórcio Cederj devem ficar atentos. Esta é a última semana para os pedidos de isenção e co-tas referentes ao vestibular do próximo semestre. O prazo pa-ra realização do procedimento termina no dia 02 de outubro pelo www.cederj.edu.br.

De acordo com o edital, os cursos são oferecidos pelas instituições públicas de ensino superior que integram o Con-sórcio Cederj (UENF - UERJ - UFF - UFRJ - UFRRJ - UNI-RIO - CEFET) nas modalidades a distancia e semipresencial.

Prazo encerra no próximo dia 2 de outubro e o procedimento deve ser feito pela internet

Os interessados podem soli-citar a isenção do pagamento da taxa de inscrição do Concur-so Vestibular 2016.1; pré-ins-crição no sistema de cotas (no caso de cursos oferecidos pela UERJ e UENF); pré-inscrição em cotas de Ação Afirmativa para os cursos oferecidos pe-las universidades federais (CE-FET, UFF, UFRJ, UFRRJ, UFF) e cadastramento de professo-res da rede pública de ensino interessados em concorrer às vagas destinadas a participar deste processo com o envio da documentação comprobatória de sua situação de docência.

Ainda segundo informações da Fundação Cederj, a isenção pode ser solicitada por qual-quer candidato ao vestibular da Fundação 2012-1 e o bene-ficio será concedido mediante avaliação socioeconômica. Já o sistema de cotas será dispo-nibilizado somente para os cursos de Licenciatura em Ci-

ências Biológicas, Licenciatura em Geografia, Licenciatura em Pedagogia a e Licenciatura em Química, oferecidos pela UERJ e pela UENF.

Com relação ao proces-so seletivo mediante a Ação Afirmativa é necessário que o candidato tenha feito o ENEM 2014 e cursado todo o Ensino Médio em escola pública. E no caso de professores da rede pública (municipal, estadual ou federal), a solicitação pode ser feita somente para cursos de licenciatura, exceto os ofe-recidos pela UERJ.

A previsão é de que as inscri-ções para o vestibular sejam abertas em outubro. As vagas a serem oferecidas são para os cursos de Administração; Administração Pública; En-genharia de Produção; Tecnó-logos em Gestão de Turismo; Segurança Pública e Sistemas de Computação; e Licencia-turas em Ciências Biológicas,

Física, Geografia, História, Le-tras, Matemática, Pedagogia, Química e Turismo.

No ato da inscrição, os in-teressados poderão optar por um dos 32 polos regionais para realização dos encontros pre-senciais. Os municípios con-templados com os polos são; Angra dos Reis, Barra do Piraí, Belford Roxo, Bom Jesus do Itabapoana, Campo Grande, Cantagalo, Duque de Caxias, Itaguaí, Itaocara, Itaperuna, Macaé, Magé e Miguel Pereira. Além de Natividade, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Piraí, Resende, Rio Bonito, Rio das Flores, Rocinha, Santa Maria Madalena, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São Gonçalo, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Três Rios e Volta Redonda.

Outras informações podem ser obtidas no site da Fundação www.cederj.edu.br.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015 9

QUALIDADE

Educação investe em reforma de escolasCerca de 50 unidades da rede pública de ensino recebem manutenção emergencial

A rede municipal dá sequ-ência ao cronograma de manutenção emergencial

de várias unidades escolares. Mais de 50 escolas municipais receberam na última semana equipes de obras. Os trabalhos de manutenção incluem servi-ços como reparos hidráulicos e elétricos, substituição de lâm-padas e fechaduras, capina, con-serto de telhados, entre outros.

As demandas consideradas emergenciais foram definidas como prioridade pelos pró-prios diretores. Para atender às solicitações, a Subsecretaria de Infraestrutura da Educação subdividiu as demandas em gru-pos. Entre as unidades está Onil-da Maria da Costa ( Engenho da Praia). A unidade que conta com cerca de 500 alunos está recebendo reparos no telhado, portas e janelas e tanque.

Na lista de escolas com manu-tenção em andamento também estão Municipalizada Caetano Dias, Cleide Canela de Souza, Municipalizada Leonel de Mou-

ra Brizola, Neusa Goulart Brizo-la, Professora Lia Kopp Franco, Professora Gesia de Oliveira, Al-mir Francisco Lapa, Aterrado do Imburo, José Calil Filho, Ancyra Gonçalves Pimentel e Átilla de Aguiar Maltez Júnior.

Outras unidades que estão contando com manutenção emergencial são Natálio Salva-dor Antunes, Botafogo, Nosso Senhor dos Passos, Ivete San-tana de Aguiar, Olga Benário Prestes, Balneário Lagomar e Wolfango Ferreira. As esco-las municipais Jacyra Tavares Duval, Córrego do Ouro, Pe-dro Adami, Renato Martins, Boa Alegria, Professora Maria da Conceição Carvalho, Maria Letícia Santos Carvalho, Ana Cristina Ferreira Azarany Al-meida, Sana, Polivalente Anísio Teixeira, Alcina Muzzy de Jesus, Arlea Carvalho José e Professo-ra Celita Reid Fernandes tam-bém estão ganhando serviços de reparos.

Finalizadas - Conforme ma-peamento da Subsecretaria de

Infraestrutura, a ordem de ser-viço para manutenção emer-gencial foi encerrada nas se-guintes unidades: Eraldo Mussi, Professor Joaquim Luiz Freire Pinheiro, Maria Cecília Touri-nho Furtado, André Vinícius de Souza Gonçalves, Paulo Freire, Amcorin,Professor Emilson de Jesus Machado, Fantina de Mello, Botafogo, Nosso Senhor dos Passos e Arlea Carvalho José. As escolas Eda Moreira Daflon, Renato Martins, Arlea Carvalho José, Pedro Adami, Polivalente Anísio Teixeira e Celita Reid Fernandes também fazem parte desta lista.

Segundo o Secretário de Edu-cação, Guto Garcia, com a reali-zação das manutenções a inten-ção é melhorar os ambientes das escolas municipais, propiciando reforço na infraestrutura para os professores, alunos e profis-sionais da Educação. “Um am-biente escolar melhor contribui com o desenvolvimento do pro-cesso ensino-aprendizagem”, finaliza.

ASSESSORIA

Guto Garcia acompanha as intervenções realizadas nas escolas da rede pública

MEIO AMBIENTE

É possível produzir mais energia emitindo menos

Martinho Santafé

Investir na redução das emissões do setor de transpor-tes através de mais integração com ferrovias e hidrovias, em melhorias no transporte pú-blico, acabar com subsídios para combustíveis fósseis, investir mais em biocombus-tíveis; incentivar a eficiência e a consequente economia do uso de energia na indústria e priorizar fontes modernas de energias renováveis (eólica e solar). Estas são as principais recomendações contidas no relatório “Oportunidades e de-safios para aumentar sinergias entre as políticas climáticas e energéticas no Brasil”, divul-gado esta semana pelo World Resources Institute (WRI-Brasil), em parceria com o Ins-tituto de Energia e Ambiente da USP (IEE/USP).

Se o Brasil não começar a re-duzir as emissões no setor de energia, elas serão em breve a principal fonte de produção de gases que contribuem para o aquecimento global no país - os chamados gases de efeito estufa (GEE).

Na última década, o país ampliou sua dependência em combustíveis fósseis e reduziu a fatia de energias renováveis na geração total de energia no país: “Apesar de estarem cres-cendo em termos absolutos, a porcentagem de energias re-nováveis na matriz energética brasileira caiu 6% nos últimos seis anos,” observa Viviane Romeiro, uma das autoras do relatório e Coordenadora de Projetos de Clima no WRI-Brasil. Isto quer dizer que as emissões de energias não-renováveis estão crescendo mais do que as de energias renováveis.

O relatório foi lançado às vésperas da divulgação da pro-posta oficial que o governo leva para a COP 21 - a Conferência do Clima que vai discutir um novo acordo climático pós-2020. E propõe uma mudan-ça radical nos investimentos previstos em energia, além de defender que a proposta bra-sileira para a COP contenha o compromisso de uma forte re-dução de emissões energéticas durante as próximas décadas.

Segundo a Diretora-Execu-tiva do WRI-Brasil, Rachel Bi-derman, se a presidente Dilma Rousseff não apresentar uma proposta consistente para levar à mesa de negociações em Paris, em dezembro, vai enfraquecer a posição do Brasil: “Enfraquece porque resolver o problema das mudanças climáticas, que é ho-je o maior do planeta, depende em grande parte de como pro-duzimos energia. O Brasil po-de sim produzir energia com baixas emissões e é isto o que mostra o relatório”.

A presidente Dilma Rous-seff deve divulgar a proposta brasileira (chamada de INDC no jargão das negociações cli-máticas) durante seu discurso anual na abertura da Assem-bleia das Nações Unidas, em Nova Iorque. Entre os países que emitem mais de 1% do total de GEE no mundo, os que ainda não apresentaram proposta são Brasil, Índia e Indonésia.

As recomendações do es-tudo são resultado do mape-amento e análise de planos e estimativas oficiais e estudos de institutos de pesquisa e instituições respeitadas co-mo o Banco Mundial, Agência Internacional de Energia e o Greenpeace. “Analisamos os cenários existentes e os estu-dos convergem: não há como reduzir a emissão, sem des-carbonizar a matriz,” explica Oswaldo Lucon, professor do IEE/USP e um dos autores da pesquisa. As reduções pro-

Se o Brasil não começar a reduzir as emissões no setor de energia, elas serão em breve a principal fonte de produção de gases que contribuem para o aquecimento global

postas, mesmo em diferentes cenários, levam a estimativas de diminuição das emissões de energia em torno de 40% até 2030.

As políticas públicas de energia e de clima não são har-monizadas no Brasil. O plano de energia tem precedência sobre o plano climático e é re-visto todos os anos, enquanto que a Política Nacional sobre Mudança do Clima “está con-gelada desde 2009,” afirma Lucon.

“A gente carece de instru-mentos de política energéti-ca que incluam a questão das energias renováveis de manei-ra mais estratégica,” critica o Secretário-Executivo do Ob-servatório do Clima, Carlos Rittl. “Os Planos Decenais de Energia (PDEs) não trazem o estabelecimento de metas que possam ser incentivadas por instrumentos tributários. As mudanças se dão por motivos conjunturais”.

Ele dá o exemplo da revi-são de projeção de geração de energia solar, do PDE 2023 para o PDE 2024, em que a estimativa para a produção de energia solar passa de 3 a 4 Gigawatts (GW) para 7GW em dez anos. “Isto foi deci-são estratégica de país para produzir energia mais limpa, porque somos um país muito ensolarado? Não. Foi em fun-ção de um contexto em que os reservatórios das hidrelétricas estão muito baixos, o custo de acionamento das termoelé-tricas foi grande para o país e teve impacto econômico. Não temos um plano para o país,” lamenta.

O QUE O RELATÓRIORECOMENDA

1. Melhorar a eficiência de combustíveis e investir na transição para transportes com baixa emissão de carbo-no. O setor de transportes é a principal fonte das emissões de gases do efeito estufa re-lacionadas à energia. O uso de biocombustíveis que não causem mudanças negativas no uso da terra, juntamente com o transporte de massa e meios de transporte não mo-torizados podem rapidamen-te conter as emissões do setor. Até o momento, com exceção de poucas cidades, o Brasil ofe-receu incentivos limitados no sentido de uma mudança para modos de transporte mais efi-cientes, como ferrovias e BRT. Tal mudança traria benefícios locais significativos e melho-raria a qualidade de vida.

2. Oferta de incentivos para aumentar a eficiência na indústria, incluindo a im-plementação do planejado Mercado Brasileiro para Re-dução de Emissões (MBRE) que incentivaria a eficiência ao criar um preço para o car-bono. Além de condicionar o licenciamento ambiental ao cumprimento de altos padrões de eficiência energética e ace-lerar planos para transição para combustíveis de baixo carbono e a implementação do Sistema de Mensuração, Relato e Verificação (MRV) para emissões de carbono da indústria.

3. Priorizar fontes reno-váveis modernas, particular-mente energia solar e eólica, ao mesmo tempo em que lida com os desafios apresentados pelos grandes projetos de hidrelétri-cas. O Brasil pode promover o desenvolvimento de energia so-lar e eólica e sua interconexão com a rede, ao se comprometer com o aumento de sua partici-pação na matriz energética em 30% até 2030. É preciso incluir esse compromisso no plano na-cional do clima a ser apresenta-do pelo país para a negociação do novo acordo do clima, na COP 21, em Paris.

4. Conciliar as políticas energética e climática, assim como processo de planeja-mento entre as políticas nacio-nais e internacionais. As polí-ticas energética e climática e os processos de planejamen-to precisam ser integrados de forma mais completa e coe-

rente. No setor de energia, isso implica em reconhecer que, se adotado um processo de pla-nejamento de um orçamento de carbono, tendo como base o Plano Nacional de Energia (PNE) e o Plano Decenal para Expansão de Energia (PDE), o Brasil não pode continuar a focar em combustíveis fós-seis. No contexto da política climática, isso inclui estabe-lecer metas ambiciosas e fac-tíveis de redução de emissão de gases do efeito estufa, que considerem todo o potencial de abatimento benéfico e cus-to efetivo no setor energético.

PROPOSTAS NÃO SÃOSUFICIENTES

A Ministra do Meio Ambien-te, Izabella Teixeira, durante uma audiência pública na Câ-mara dos Deputados, semana passada, comentou os planos internacionais brasileiros de mitigação das mudanças cli-máticas duas semanas antes do prazo final de apresentar metas à Conferência de Clima da ONU. Com um discurso de que o governo adotará me-tas baseadas no piso do que é possível fazer, INDC brasileiro não refletirá a ambição neces-sária que o mundo exige para enfrentar as mudanças climá-ticas, o que poderia recolocar o país no papel de protagonista do tema.

A ministra sinalizou indi-cativos do que será o pacote nacional de compromissos pelo clima, o INDC, mas não revelou se o Brasil terá metas absolutas ou se irá usar outras métricas de corte de carbono. O INDC brasileiro será divul-gado no dia 27/09 na Confe-rência de Desenvolvimento Sustentável em Nova York pela presidente Dilma - que também confirmou presença na Conferência do Clima da ONU, a COP 21, a ser realizada em Paris no fim do ano.

As promessas em relação ao principal agente emissor - as florestas - seguem insuficien-tes e sem números. No início de sua fala, a ministra chegou a comentar o desejo de parar de emitir por florestas e pas-sar a florestar, citando inclu-sive a expressão “fim do des-matamento”. Mas em outro momento deixou claro que nesta área o objetivo mesmo será chegar em 2030 com o fim da ilegalidade, ou seja, es-taríamos condenados a viver por mais 15 anos com nossas florestas sendo destruídas, e ainda à margem da lei.

Porém, a própria ministra não soube dizer o quanto do desmatamento atual é legal ou ilegal, sendo impossível assim saber o quanto de des-mate seria reduzido e o quanto de florestas ainda seriam au-torizadas para derrubadas na proposta do governo.

“Pelo que temos ouvido até agora, a conclusão parece simples: A meta para florestas será fraca, insuficiente, mas embalada em um bom pacote de marketing. No discurso, vão dizer que iremos acabar com o desmatamento, mas na prática a proposta de INDC permiti-rá que a derrubada de nossas matas continue ocorrendo”, explica Marcio Astrini, coor-denador de Políticas Públicas do Greenpeace.

Segundo Astrini, a demanda que o governo deveria apre-sentar em Paris é o Desmata-mento Zero. “Já temos áreas abertas suficientes para nos desenvolver e continuar a pro-dução de alimentos sem der-rubar mais nenhum hectare de floresta. Se não acabarmos com o desmatamento, iremos comprometer setores impor-tantes da economia, como a agricultura e o fornecimento de água e energia do país”.

O governo também revelou que irá dobrar a meta de fontes renováveis para a produção de energia elétrica, e que isso es-taria relacionado ao aumento do uso de biomassa na matriz. Mas os números e a forma co-mo isso ocorrerá também só será possível saber no final de setembro.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015

BAIRROS EM DEBATE Duque de Caxias

Lazer e saúde são prioridades em lista de moradores Duque de Caxias apresenta duas realidades e coleciona diversos problemas de infraestruturaMarianna [email protected]

Após dois anos desde a última visita, o Bairros em Debate volta essa se-

mana a uma região ainda pou-co conhecida pela população de Macaé, o Duque de Caxias. Às margens da Linha Verde, o bairro faz divisa com a Cancela Preta e o Bairro da Glória e fica estrategicamente localizado em uma das áreas mais valorizadas da cidade, próximo a Praia dos Cavaleiros, ao shopping e ao po-lo industrial. Porém, o contraste social fica evidente para qual-quer pessoa que passe por ali.

Sendo um pouco afastado da área central do município, Duque de Caxias é um daque-les locais que juntam duas re-alidades distintas: de um lado um conjunto de belas casas e prédios de luxo e do outro uma infraestrutura mais carente.

Percorrendo algumas vias da localidade, é fácil encontrar famílias que residem de forma

precária e sem condições de higiene que seriam condena-das por qualquer órgão públi-co da saúde.

Passado o tempo desde a úl-tima visita, a equipe de repor-tagem pôde perceber que pro-blemas antigos, apesar da pro-messa de melhorias, continuam fazendo parte da rotina desses moradores. Quando se trata de reclamação de problemas, o bairro se torna um, não ten-do pobre e nem rico. Em uma breve visita pelas estreitas ruas da parte mais carente, é pos-sível ver os principais pontos, que podem ser considerados os mais críticos do lugar. Entre os problemas estão os terrenos cobertos por matos, falta de áreas de lazer e posto de saúde e os alagamentos na parte baixa. “Moro no bairro há mais de 20 anos e ninguém olhou por nós até hoje. Vivem aqui cerca de 3 mil pessoas. Precisamos de uma atenção maior”, enfatiza o presidente da Associação de Moradores, Je�erson da Silva.

FOTOS WANDERLEY GIL

Apesar de ser dividido em duas realidades, bairro se torna único quando se trata de infraestrutura

Comunidade carece de áreas de lazerProporcionar aos cida-dãos áreas de lazer com segu-rança e qualidade é um direito que está previsto dentro da Constituição Brasileira de 1988. De acordo com o § 3º do Art. 217, cabe ao Poder Público in-centivar o lazer, como forma de promoção social. Proporcionar áreas de lazer digna também é um direito das crianças e ado-lescentes, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Apesar de a lei existir, o que geralmente vemos são situa-ções opostas. Sem um espaço adequado, crianças e jovens brincam pelas ruas, sem ne-nhum tipo de estrutura e se-gurança. A falta de atividades faz com que eles fiquem vul-neráveis, muitas vezes sendo levados para o caminho errado.

Segundo Je�erson, dentre as prioridades está o pedido que será entregue à prefeitura para a desapropriação ou compra de um terreno no bairro para a construção da praça.

“Hoje a gente não tem ne-nhuma área de lazer ou posto de saúde. Para ter acesso a isso

é preciso se deslocar para loca-lidades distantes. A praça mais próxima fica a cerca de um qui-lômetro, no Bairro da Glória. E mesmo assim é perigoso para a gente ir, pois é preciso atra-vessar a Linha Verde, que não conta com locais de travessia. Por conta disso, muitos pais deixam os filhos brincando no terreno de alguém ou na rua, situações que comprometem a segurança das nossas crianças e adolescentes. Como esse ter-reno está sem nenhum tipo de utilidade, a gente quer propor ao poder público que use essa área em prol da nossa comuni-dade”, conta.

Je�erson diz que o posto de saúde também entra nessa lista de necessidades. “Quando al-guém passa mal ou se machuca aqui a gente tem que ir ao posto mais próximo, na região central ou direto ao HPM. Agora ima-gina se uma pessoa passa mal de madrugada e ainda precisa pegar ônibus para se deslocar. Tendo um espaço com pedia-tria e clínico geral já seria um adianto para a população do bairro”, solicita. Moradores dizem que lazer e saúde são prioridades

Limpeza de terrenos e logradourosA falta de limpeza geral no bairro Duque de Caxias ainda continua tirando o sossego da população. Os moradores reclamam do mato alto em terrenos baldios, calçadas obs-truídas pelos entulhos e carros abandonados.

Os entulhos, assim como o lixo, também são respon-sáveis pelos alagamentos, já que entopem as entradas das galerias pluviais, impedindo o

escoamento da água. “A gente queria que a prefeitura fizes-se toda semana o serviço de varrição e, periodicamente, a limpeza de terrenos porque o mato só cresce cada vez mais. Tem galhos de árvores caídos no canto da via. Estamos aban-donados”, enfatiza o presiden-te do bairro.

Muitos moradores reconhe-cem que grande parte do pro-blema é proveniente da pouca

importância dada por algumas pessoas. O mau hábito de jogar lixo nas ruas também pode ser evidenciado no bairro. Bocas de galerias acumulam resídu-os como copos de plástico, lati-nhas, papel, entre outros lixos. Essa situação contribui ainda mais para os alagamentos no local, uma vez que a água não consegue escoar pelas galerias pluviais.

Um ponto destacado pela

população da parte do bairro é referente aos alagamentos. Segundo Je�erson, uma obra realizada no outro lado da Li-nha Verde tem contribuído ainda mais com o problema, uma vez que o Canal do Capo-te foi mais uma vez obstruído com a implantação de mani-lhas. “A água não corre mais como antigamente e com isso acaba indo toda para o bairro”, relata.

O presidente da Associação de Moradores, Jefferson da Silva, ressalta necessidade de varrição e limpeza de galerias

Mosquito é alvo de reclamação Uma velha história se repete, o problema de mos-quitos na região. Essa situa-ção é constantemente alvo de reclamações não só no Duque de Caxias, como no Bairro da Glória, por onde passa o Canal do Capote. Passa o tempo e os insetos ainda continuam sen-do alvo de reclamações.

Mas não é só o canal que é

responsável por isso, o ma-tagal e os entulhos também contribuem para que o pro-blema continue acontecendo. Contra esses visitantes inde-sejáveis os moradores se pro-tegem com telas, mosquiteiros e muito repelente e inseticida. Mas nem mesmo isso tudo consegue conter o ataque dos insetos.

O que diz a prefeituraS e gundo a prefe i tura ,

as questões que envolvem obras de infraestrutura serão resolvidas, da mesma manei-ra que ela fez no Barramares e Lagomar, e vem realizando na Nova Holanda, Bosque Azul e, futuramente, no Novo Botafogo e Nova Esperança. Já sobre a limpeza, a secre-

taria de Serviços Públicos informou que na próxima se-mana estará no bairro reali-zando as ações necessárias. Sobre os mosquitos e ratos, o CCZ realizará uma ação na próxima quinta-feira (1º). So-licitações como essas podem ser feitas diretamente ao se-tor pelo 2772-6461.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015 11

ORÇAMENTO

Dé�cit das receitas do petróleo já chega a R$ 123 milhões neste mêsVolume de perdas acumuladas por Macaé reduz capacidade do governo em manter investimentosMárcio [email protected]

Em nove meses, Macaé acumula perdas de mais de R$ 123 milhões, ape-

nas com os repasses de royal-ties e de Participação Especial (PE) pagos, neste ano, pela Se-cretaria de Tesouro Nacional. A cidade ainda corre o risco de fechar o presente exercício com um déficit total de R$ 175 milhões.

O volume de recursos não ar-recadados pela cidade, dentro do estimado na Lei Orçamen-tária Anual (LOA) de 2015, foi ampliado, nesta semana, com o pagamento da parcela de R$ 29.952.576,60, repassada na quinta-feira (24), pela União.

Comparado ao montante pa-go pela Secretaria de Tesouro Nacional em setembro de 2014 - cerca de R$ 41 milhões - Ma-caé perdeu só neste mês mais de R$ 11 milhões.

De acordo com as metas mensais de arrecadação, ane-xada à LOA deste ano, Macaé estimava arrecadar neste mês R$ 41.816.534,11. Com os R$ 29 milhões consolidados, a Capi-tal Nacional do Petróleo con-tabiliza o déficit que também supera os R$ 11 milhões.

No mês passado, o municí-pio já acumulava um déficit de R$ 112 milhões. números que apontam um déficit médio mensal de 31% nas contas do município, apenas no que se refere às receitas do petróleo, um efeito negativo difícil de ser equilibrado. Em números

mais precisos, Macaé registra perdas mensais de cerca de R$ 13,6 milhões, apenas com as re-ceitas do petróleo.

Dados apontados pelo go-verno indicam que, no geral, o município acumula perdas or-çamentárias na ordem dos R$ 150 milhões, número que deve subir para R$ 200 milhões até o fim do ano.

Em janeiro, o município previa arrecadar mais de R$ 2,4 bilhões em 2015, segundo

KANÁ MANHÃES

Macaé deve fechar 2015 com um orçamento total de pouco mais de R$ 2 bilhões

as diretrizes da LOA.

NÚMEROS REPRESENTAMDESAFIO ADMINISTRATIVO

Ao configurar-se como um dos 20 municípios com maior orçamento do país, Macaé possui uma complexidade peculiar no que se refere à gestão dos recursos públicos.

Por ter mantido, nos últi-mos quatro anos, uma média anual de arrecadação de R$

2,2 bilhões, a Capital Nacio-nal do Petróleo é recorde na região no comprometimento

das receitas com o custeio da máquina pública.

Formada por um quadro

geral de 14 mil servidores, a folha de pagamento exige da arrecadação anual um custeio de mais de R$ 1 bilhão, o que representaria quase a meta-de dos recursos consolidados pela prefeitura.

Além disso, a administra-ção municipal ultrapassa os índices constitucionais no que se refere ao custeio de programas e serviços pres-tados pelas redes públicas de Saúde e de Educação.

Só para se ter uma ideia, neste ano, já foram desti-nados R$ 383 milhões no custeio da rede pública de atendimento, que envolve o orçamento executado pela secretaria Saúde, o Fundo Municipal de Saúde e a Fun-dação Municipal Hospitalar de Macaé (FMHM).

Na Educação foram aplica-dos R$ 291 milhões, recursos executados pela secretaria e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac).

Também de janeiro a se-tembro deste ano, o governo encaminhou mais de R$ 28 milhões para o custeio das atividades administrativas da Câmara de Vereadores.

ELEIÇÕES

Mirinho deixa o PMDB e retorna ao PSDB

A sede do Partido da Social De-mocracia Brasileira (PSDB) foi palco de uma grande festa na noite de quinta-feira (24). Recordista de mandatos de vereador em Macaé - nove no total -, Mirinho oficializou o seu retorno ao partido, onde foi eleito em três ocasiões.

Lideranças tucanas marcaram presença, além do prefeito e o presi-dente da Câmara Municipal de Santa Maria Madalena, respectivamente Clementino da Conceição e Carlos Alberto de Matos Botelho, a secre-tária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Macaé, Jose-fa Sampayo, o médico Carlos Emir Júnior (PDT) e o coronel da Polícia Militar, Lúcio Aracati.

Além deles, jogadores e o técnico do Macaé Esporte, Josué Teixeira, a bateria da torcida ‘Leões de Ma-caé’, que acompanha Mirinho há cerca de 10 anos, e jovens atletas da equipe de futebol feminino apoiado por ele também marcaram presen-ça e manifestaram apoio à sua pré-candidatura. Futuros candidatos e representantes de alianças políticas de Macaé e municípios vizinhos, as-sociações de moradores e da socieda-de civil, participaram do evento que reuniu aproximadamente 300 pesso-as e também filiou outros nomes da política macaense ao partido.

Primeiro suplente na Câmara, presidente do Macaé Esporte está de volta ao ninho tucano

"O PSDB é a minha casa e já era para eu ter vindo antes para o meu ninho antigo. Agradeço a todos que vieram manifestar o seu apoio. O esporte é causa que sempre preten-do lutar, pois ele promove inclusão social e restaura vidas. Agradeço a toda a família Lopes e ao PSDB pelo convite", destacou Mirinho.

Primeiro suplente do PMDB na atual legislatura, Mirinho foi rece-bido pelo presidente do PSDB de Macaé, Glauco Lopes, e pelo seu pai e presidente de honra da sigla, Sylvio Lopes, que destacou que a filiação do futuro candidato é motivo de orgu-lho para os tucanos.

"Para nós é uma grande honra receber de volta uma pessoa que de-dicou sua vida ao esporte. O esporte faz a grandiosidade de um povo, pro-movendo a união entre as pessoas. Peço a você, Mirinho, que seja um grande soldado na luta pela promo-

ção da união entre os bairros, como acontecia antigamente, através do futebol amador, jogos entre bairros e olimpíadas escolares. Precisamos trazer as pessoas para perto das ou-tras, pois o amor ao próximo possui o poder de agregar. Aquele que possui qualidades, não precisa enumerar os defeitos do outro", disse.

Nestor Lopes, presidente do PS-DB de Santa Maria Madalena, não poupou elogios ao agora compa-nheiro de partido.

- É um privilégio para nós do PSDB trazer ao quadro uma figura da im-portância de Mirinho. Um parlamen-tar com 38 anos de vida pública, que teve a sua ausência na Câmara senti-da, mas nunca deixou de estar verea-dor. Quem o conhece sabe o quanto ele se dedica às causas do povo. Você sempre foi um guerreiro e cada vez que você puder ser a voz desse povo, quem ganha é o povo -, avaliou.

TIAGO FERREIRA/ASSESSORIA

Glauco e Sylvio Lopes receberam Mirinho com festa

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de setembro de 2015