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Pará socorre os desabrigados ANO II Nº 13 PARÁ, MAIO DE 2009 © RODOLFO OLIVEIRA / AG. PARÁ DESTAQUES O Governo do Estado libe- rou R$ 4 milhões para ajudar as vítimas das enchentes. Já foram enviados medicamentos, 15.200 cestas básicas, 5 mil redes, 13 mil colchões, 5 mil mosquiteiros, 5 mil cobertores e 11 mil metros cú- bicos de madeira para os municí- pios mais atingidos. Um total de 250 homens da Defesa Civil dão apoio ao desabrigados. Página 8 Solid coloca o Pará na dianteira da pesquisa genética Página 7 Novas estações de tratamento ampliam oferta de água no Estado Página 6 Comissão pede cancelamento de títulos bloqueados Páginas 4 e 5

Notícias do Governo Popular

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ANO II • Nº 13 • PARÁ, MAIO DE 2009

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Page 1: Notícias do Governo Popular

Pará socorre os desabrigadosANO II • Nº 13 • PARÁ, MAIO DE 2009

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O Governo do Estado libe-rou R$ 4 milhões para ajudar as vítimas das enchentes. Já foram enviados medicamentos, 15.200 cestas básicas, 5 mil redes, 13 mil colchões, 5 mil mosquiteiros, 5 mil cobertores e 11 mil metros cú-bicos de madeira para os municí-pios mais atingidos. Um total de 250 homens da Defesa Civil dão apoio ao desabrigados. Página 8

Solid coloca o Pará na dianteira da pesquisa genética

Página 7

Novas estações de tratamento ampliam oferta de água no Estado

Página 6

Comissão pede cancelamento de títulos bloqueados

Páginas 4 e 5

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Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) - Rodovia Augusto Montenegro, Km 09, s/nºBelém - Pará - Telefones: 91 - 3202-0904 / 3202-0910 / 3202-0911 / 3202-0903 (fax)www.pa.gov.br - [email protected] de Jornalismo: Samuel Mota - Edição: Raimundo Sena Textos: Andrei Protázio, Elielton Amador, Fabíola Batista, Irna Cavalcante, Luiz Carlos e Tânia Monteiro Editores de fotografia: David Alves e Lucivaldo Sena • Editoração eletrônica: Augusto Henrique

Ana Júlia CarepaGOVERNADORA DO ESTADO

Odair Santos Corrêa VICE-GOVERNADOR DO ESTADO

Fábio Fonseca de CastroSECRETÁRIO DE ESTADO DE COMUNICAÇÃO

Pará, maio de 20092

Cacau e Açaí lideram fruticulturaGrande parte da programação da Frutal Amazônia e do Flor Pará

deste ano será voltada para os produtores dessas frutas

As feiras Frutal Amazônia e o Flor Pará 2009 terão como novida-de este ano a realização dos Semi-nários do Açaí e do Cacau, culturas que apresentam grande potencial no Estado. A Frutal Amazônia e o Flor Pará serão realizadas no perí-odo de 25 a 28 de junho, no Han-gar - Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, sob a coor-denação da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri).

Os seminários irão reunir os agricultores das principais re-giões produtoras dessas frutas. No caso do açaí, as regiões em destaque serão o Tocantins e o Marajó e, no que se refere ao ca-cau, as regiões são o Xingu, To-cantins e Sul do Pará. No evento, o foco serão as discussões sobre a cadeia produtiva das culturas incluindo a realização, pela pri-meira vez no Pará, da reunião da Câmara Nacional do Cacau. Du-rante a programação, também será fundada a Federação das Cooperativas de Agricultores Familiares do Baixo Tocantins, com a f inalidade de fortalecer o associativ ismo local.

Também incluído na progra-mação, será feito o lançamento da Festa do Cacau 2009, que este ano sairá da região da Transama-

A Frutal Amazônia e o Flor Pará fazem parte dos calendários

estadual e nacional de exposição e comercialização de frutas e flores e todos os anos colocam o Pará

no centro dos debates sobre o que há de mais moderno no que se

refere à produção, à agroindústria e à comercialização de flores e

frutas no país.

zônica e irá para o Sul do Pará. O município escolhido foi Tucu-mã por vir se destacando na pro-dução da fruta. Na ocasião, será lançada ainda a Festa Estadual do Açaí.

Como ocorreu nos últimos dois anos, os agricultores fami-liares terão destaque especial no Frutal Amazônia e Flor Pará. Uma ampla programação foi ela-borada para assegurar a partici-pação desse segmento em todas as atividades que ocorrerão pa-ralelas às exposições. Entre as atividades, está a realização de nove cursos técnicos, que conta-rão ainda com a participação de ser vidores dos órgãos agrícolas, estudantes e jovens rurais, com o objetivo de melhorar a quali-

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O cacau ganha destaque na Frutal Amazônia e Flor Pará

dade da produção no campo, com ênfase na agricul-tura familiar.

Além das expo-sições de frutas e flores nos 300 es-tandes que estarão espalhados nas fei-ras, a programação inclui seminários, debates, cursos, rodadas de negó-cios e até um par-que tecnológico com a apresenta-ção de experiên-cias de agroindús-tria que deram certo no campo no segmento da agri-cultura familiar.

Entre os prin-cipais eventos destacam-se o Se-minário de Gestão dos Conse-lhos de Desenvolvimento Rural Sustentável, com a participação de 240 conselheiros municipais. Serão apresentados ainda relatos de experiências dos trabalhos dos conselhos dos Estados do Pará, Paraná e Amazonas e uma série de palestras voltadas à melhoria dos Arranjos Produtivos Locais (APL) ligados à fruticultura, à questão

fundiária do Pará, ao Cadastro Am-biental Rural (CAR) e à comercia-lização de produtos da agricultura familiar. Numa Casa de Farinha, os visitantes poderão acompanhar como ocorre a produção da farinha de mandioca e até saborear o pro-duto. No espaço da Sagri, em Ana-nindeua, será ofertado um curso de produção de doces e compotas, que depois serão expostos e co-mercializados no evento.

Page 3: Notícias do Governo Popular

Obras ocupam lugar do sonhoPrimeiro Estado a aderir ao programa Minha Casa, Minha Vida, do

Governo Federal, o Pará construirá 51 mil moradias em 13 municípios

Pará, maio de 2009 3

O Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, vai destinar R$ 60

bilhões - R$ 34 bilhões subsidiados aos beneficiários – para a construção de 1 milhão de casas populares em todo o país, para quem ganha até

10 salários mínimos, em três anos. As inscrições podem ser feitas pela

internet por meio dos sites da Cohab (www.cohab.pa.gov.br) e da Caixa

(www.caixa.gov.br)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem lançar o Minha Casa, Mi-nha Vida no Pará - primeiro Estado a aderir ao programa - provavelmen-te ainda no primeiro semestre deste ano. A viagem foi acertada, no início do mês, em Brasília, durante reunião de Lula com a governadora Ana Júlia Carepa e Roger Agnelli, presidente da empresa Vale, que vai construir seis mil casas nos municípios de sua área de influência. Segundo a gover-nadora, com o Programa de Acelera-ção do Crescimento, o Minha Casa Minha Vida e outras ações voltadas para a área de habitação, o Pará re-duzirá em 15% o déficit habitacional do Estado que ultrapassa 400 mil unidades. "Esse déficit habitacional somente crescia até hoje, mas agora começamos a reverter essa tendência. A partir desses resultados positivos temos chances de conseguir mais fi-nanciamentos para novos projetos", disse ela.

Um total de 51 mil unidades, en-tre casas e apartamentos, serão cons-truídas nos 13 municípios paraenses selecionados pela Caixa Econômica Federal. Para muitas famílias é a pri-

meira oportunidade de financiamen-to da casa própria. A governadora Ana Júlia Carepa assinou o termo de

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adesão juntamente com o superin-tendente regional da Caixa, Evandro Narciso de Lima, no dia 17 de abril.

O Governo do Estado firmou duas outras parcerias: com a empresa Dire-cional Engenharia S. A., para a cons-trução do residencial Bela Citá, em Marituba, Região Metropolitana de Belém (RMB), que atenderá servido-res públicos estaduais; e entre a Com-panhia de Habitação do Pará (Cohab) e a Caixa para o início do programa Carta de Crédito FGTS, que vai subsi-diar ações regionais de habitação. Ana Júlia lembrou que, em cinco anos, o governo do Estado terá construído o dobro de unidades habitacionais que a Cohab construiu em 44 anos de exis-

Cerca de 70 mil empregos serão criados com a construção de casas populares no Pará

tência. Serão quase 70 mil moradias, incluindo as 51 mil previstas pelo Mi-nha Casa, Minha Vida, e as 15 mil já em andamento no Programa de Ace-leração do Crescimento (PAC) - além de outras que fazem parte de progra-mas do Executivo local.

Empregos – O governo vai ain-da facilitar a regularização junto à Se-cretaria de Estado da Fazenda (Sefa), para aumentar a quantidade de em-presas aptas a atender o público de programas habitacionais no Estado, restritas hoje a 38, número insufi-ciente para a meta estabelecida. Parte dos jovens atendidos pelo programa Bolsa Trabalho será qualificada para atuar no ramo da construção civil. A estimativa é que, sejam gerados apro-ximadamente 70 mil empregos dire-tos e indiretos no Estado, benefician-do a população local.

BelémAnanindeua

Marituba

Castanhal

Stª Bárbara do Pará

Benevides

Abaetetuba

Cametá

Bragança

Marabá

Parauapebas

Santarém

Itaituba

Municípios contemplados com oMinha Casa, Minha Vida

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4 Pará, maio de 2009

Pará quer cancelar registros de terras suspeitos

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A Comissão Permanente de Moni-toramento, Estudo e Assessoramen-to das Questões Ligadas à Grilagem, criada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJE) divulgou pesquisa que aponta a existência de 9.815 registros de terras bloqueados por apresenta-rem documentos com algum tipo de irregularidade, no Pará, onde alguns municípios apresentam registros de áreas superiores à sua superfície ter-ritorial. Apesar de já terem sido blo-queados por meio do provimento n° 013/2006, da Corregedoria do Inte-rior, publicado no Diário da Justiça de 23/06/2006, a atual Corregedoria do Interior se recusa a fazer o cance-lamento administrativo de todos os títulos irregulares. Diante dessa situa-ção, representantes do poder público e da sociedade civil paraense encami-nharam ao Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ), no dia 30 de Abril, um pe-dido de cancelamento administrativo dos registros de terra com evidência de grilagem ou incorreção no Estado.

A análise da Comissão, presidida pelo desembargador Ricardo Ferreira Nunes, conclui que os municípios de Moju, Acará, Tomé-Açu e São Félix do Xingu são os que apresentam as maiores irregularidades e incoerência

Registros bloqueados conforme o tamanho

TAmAnhO (hA) nº

Acima de 1.000.000 12Acima de 100.000 92Acima de 10.000 668Acima de 5.000 671Acima de 3.000 3.762Acima de 2.500 897Registros passíveis de apuração

6.102

Acima de 100 2.690Até 100 842Áreas sem indicação de tamanho

181

TOTAL GERAL 9.815

Em dois anos de trabalho, a Comissão encontrou mais de 5 mil registros com área superior ao limite constitucional (2,5 mil hectares), sem a autorização do Senado ou do Congresso Nacional, o mesmo ocorrendo com títulos emitidos pelo Governo do Pará em área superior ao limite constitucional, além de registros duvidosos de áreas que

possivelmente são erros de escrituração e documentos que não transferem domínio ou que não apresentam dados de título de origem.

Estado pede ao Conselho Nacional de Justiça o cancelamento de 9.815 registros de terras irregulares

nas documentações, indicando pro-priedades com área superior aos limi-tes territoriais do município.

O pedido de cancelamento ad-ministrativo dos registros foi for-malizado pela Comissão que é for-mada por representantes do TJE, da Procuradoria Geral do Estado, Instituto de Terras do Pará Instituto Nacional de Colonização e Refor-

presidente do Iterpa, José Heder Be-natti, afirmou que hoje o Estado tem o controle do que está acontecendo na área fundiária. A existência de títu-los falsos é um problema que, de acor-do com o procurador Geral do Esta-do, Ibraim Rocha, continuará sendo combatido pelo governo do Estado.

A solução apontada pela Corre-gedoria do Interior - a abertura de ações judiciais para cada um dos registros, nas diversas varas agrárias - já foi adotada pelo Iterpa que, nos últimos 15 anos, ajuizou 50 ações envolvendo mais de 24 milhões de hectares, mas apenas seis ações fo-ram concluídas. O cancelamento, via Corregedoria do Interior, como

ma Agrária, Ministério Público Fe-deral, Ministério Público Estadual, Advocacia Geral da União, Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Pará, Federação dos Trabalha-dores na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri), Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Comissão Pastoral da Terra e Fede-ração da Agricultura do Estado do Pará.

O presidente da Fetagri, Carlos Au-gusto Silva, diz que "enfim, foi aberta a caixa preta". Segundo ele, o mo-mento é histórico para o avanço no combate à grilagem no Estado, consi-derando que todas essas terras devem ser destinadas à reforma agrária. O

Estudo mostra, pela primeira vez, a dimensão e a profundidade do problema fundiário no Estado

Page 5: Notícias do Governo Popular

5Pará, maio de 2009

Pará quer cancelar registros de terras suspeitos

Depois de avaliarem as ações rea-lizadas pelo Governo do Estado no cumprimento de decisões judiciais de reintegrações de posse, os líde-res dos poderes Executivo, Legisla-tivo e Judiciário do Pará divulgaram nota conjunta, no dia 25 de abril, em que reafirmam o compromisso com o estado democrático de direito no Pará e a garantia da ordem e da paz a todos que vivem e produzem no campo.

gal e respeito aos direitos hu-manos. O resultado desse es-forço, conclui a nota, é que o Pará se tornou o Estado com a maior redução de mortes por conflitos de terra no pa-ís, nos últimos dois anos.

O documento teve gran-de repercussão. Na Assem-bleia Legislativa do Pará, o lí-

der do governo, deputado Airton Faleiro (PT), afirmou que "aqui no parlamento, governo e oposição também se uniram em defesa do Pará, motivado pelo pedi-do de intervenção federal no Estado e o impeachment da governadora Ana Jú-lia Carepa. A senadora que fez o pedi-do (Kátia Abreu-TO) está equivocada e misturando sua condição de presiden-te da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) com o de senadora da opo-sição", disse Faleiro. O presidente da Ale-pa, Domingos Juvenil disse que "Isso é im-portante para a tranqüilidade e a segurança de todos os setores do Estado".

Rômulo Nunes, Ana Júlia Carepa e Domingos Juvenil destacam queda de conflitos no campo

Registros bloqueados conforme o tamanho

TAmAnhO (hA) nº

Acima de 1.000.000 12Acima de 100.000 92Acima de 10.000 668Acima de 5.000 671Acima de 3.000 3.762Acima de 2.500 897Registros passíveis de apuração

6.102

Acima de 100 2.690Até 100 842Áreas sem indicação de tamanho

181

TOTAL GERAL 9.815

MOJUÁrea = 909.936,95 haNº de bloqueios = 546 áreas Área total bloqueada = 14.454.591,68 ha 15,9 vezes o tamanho do município

TOMÉ-AÇU

ACARÁ

SãO FÉlix dO xiNgUÁrea = 8.418.787,43 haNº de bloqueios = 2.883 áreas Área total bloqueada = 28.475.419,72 ha 3,4 vezes o tamanho do município

Fonte: iterpa

MUNICÍPIOS MAIS GRILADOS

já fez a Corregedoria do TJE do Es-tado do Amazonas, que cancelou mais de 48 milhões de hectares de terras, é apontado como o caminho correto para resolver a questão.

Em defesa do estado de direito

Um inquérito está sendo conduzido pela Delegacia de Conflitos Agrários para apurar o conflito ocorrido no dia 18 de abril, na fazenda Espírito Santo, em Xinguara, em que saíram feridos o integrante do MST, Waldecir Wilson Nunes, 48 anos, e o vigilante do Grupo Santa Bárbara (do grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas), Ander-son Ferreira e que reacendeu o debate sobre a grilagem no Estado. Segundo o governo, os conlfitos diminuíram. Re-latório fundamentado com números dos inquéritos abertos, apresentado pela Polícia Civil do Estado, aponta que dos 13 assassinatos ocorridos em

2008, na área de conflitos fundiários do sul do Pará, apenas um deles foi diretamente relacionado às questões envolvendo disputa de terras. Todas as informações são fundamentadas nos inquéritos abertos nas delegacias locais. Além das rixas pessoais, moti-vo mais comum, alguns dos casos têm motivação política, principalmente nas disputas por poder em sindicatos dos trabalhadores rurais e na Coomi-gasp (Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada), problemas que fazem parte do quadro geral dos conflitos, mas que não são classificados como motivados por disputa fundiária.

A assinada pela governadora Ana Júlia Carepa, pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Domingos Juvenil, e pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Rômulo Nu-nes, a nota afirma que estão sendo toma-das "efetivas providências para a garan-tia do Estado Democrático de Direito no Pará", citando como provas disso o es-forço que vem sendo feito para cumpri-mento dos mandados judiciais de rein-tegração de posse de terras no campo e na cidade, com o emprego da força le-

Conflito reacende debate

Page 6: Notícias do Governo Popular

6 Pará, maio de 2009

Obras de sistemas de abastecimento e esgotamento sanitário paralisadas há nove anos estão sendo retomadas pelo Governo do Estado, por meio do progra-ma Água para Todos. As ordens de serviço foram assinadas pela governadora Ana Júlia Carepa, no início de abril. Dez municípios serão beneficiados: Abaetetuba, Bagre, Bragança, Breves, Capanema, Capitão Poço, Itupiranga, Tailândia, São João do Araguaia e Viseu. Serão mais de 15 mil ligações de água e esgoto, que re-presentam um investimento de R$ 60 milhões, do tesouro do Estado e do PAC.

A retomada do Projeto Alvorada, extinto por irregularidades na administra-ção passada, também representa uma resposta à crise econômica, já que as obras movimentarão o setor da construção civil. A meta é que os serviços terminem até abril de 2010. O projeto, iniciado em 2002, concluiu apenas um sistema, dos 58 previstos.

Água tratada para mais paraensesAmpliação de estações de tratamento vai zerar o déficit de água na RMB e aumentar atendimento em Marabá e em outros municípios

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ARÁZerar o déficit de abastecimento de

água de Belém, Ananindeua e Maritu-ba, acumulado entre 1997 e 2006, será realidade com os investimentos na se-gunda etapa da Estação de Tratamento de Água do Bolonha (ETA Bolonha). As obras já entraram em fase de testes e serão concluídas em outubro deste ano. Os recursos da Caixa Econômica Fede-ral, com contrapartida do Governo do Estado, somam aproximadamente R$ 88 milhões, além dos R$ 12 milhões que serão aplicados na ampliação da captação do Guamá, ligada ao sistema da ETA Bolonha.

“A segunda etapa elimina esse défi-

cit e projeta o atendimento da deman-da dos três municípios nos próximos 20 anos”, informou Eduardo Ribeiro Júnior, presidente da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). Para assegurar esse atendimento, a Cosanpa

O déficit da Região Metropolitana de Belém é de 8 milhões de litros de água/ dia, de acordo o Plano

Diretor de Água. A Cosanpa atende 1,25 milhão de pessoas (250 mil

ligações) na região metropolitana. A estimativa é de que 280 mil pessoas (55 mil ligações) não estejam sendo

atendidas nos três municípios.

O governo investe na ampliação e construção de novos sistemas de tratamento de água

Governo do Estado retoma obras de saneamento em 10 municípios

se focará na redução da perda de água. Do que é produzido, 47% são perdidos, e cerca de 70% dessa perda decorre do baixo índice de medição dos clientes. “36% dos clientes da região metropoli-tana não estão hidrometrados. A meta é atingir 50% até final de 2010 e 80% em 2014”, acrescentou.

“A partir da obra, vamos suprir parte da demanda reprimida nesses municí-pios; o restante será abastecido por sis-temas isolados (poços), como no bairro Che Guevara, uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, explicou Ribeiro. Com a segunda etapa, a produção da ETA Bolonha dobrará de 3,2 mil litros por segundo para 6,4 mil litros por segundo.

marabá – Cerca de 300 mil fa-mílias serão beneficiadas com as obras

no sistema de abastecimento de água do município de Marabá, a ETA do Tocan-tins. Até o final de 2010, mais de 80% da população terá acesso à água distribuída pela Cosanpa. Será implantado sistema de captação subterrânea da rede, no total de 17 Km, aumentando o número de li-gações de 18 mil para 35 mil. A capacida-de de captação será ampliada de 1,2 mil metros cúbicos por hora para 3 mil me-tros cúbicos. O investimento será de R$ 32 milhões. Hoje, só 40% da população, 18 mil ligações dos 45 mil imóveis exis-tentes, é atendida. No município também será feita a primeira etapa de esgotamen-to sanitário para 16 mil pessoas no bairro Cidade Nova, a partir de 3,2 mil ligações e coleta e tratamento, por meio de finan-ciamento do PAC. O investimento é de R$ 26 milhões, e a conclusão das obras está prevista para 2010.

Page 7: Notícias do Governo Popular

7Pará, maio de 2009

Estado dá salto na pesquisa genéticaGoverno compra o primeiro sequenciador de DNA da América

Latina e faz outros investimentos em ciência e tecnologia

O Pará recebeu, em abril, o Solid, um dos aparelhos mais modernos do mundo na área de pesquisa gené-tica, graças à iniciativa do Governo do Estado de criar uma rede de ci-ência e tecnologia que consolide um novo modelo de desenvolvimento baseado na inclusão social. Sequen-ciador de DNA de última geração, o Solid compõe a Rede Paraense de Genômica e Proteômica (RPGP), colocando a Amazônia na rota dos grandes centros da pesquisa científi-ca nacional.

A saúde e a produção no campo serão as primeiras beneficiadas pelo Solid que integra um grupo de cinco laboratórios aprovados pelo gover-no junto à Financiadora de Estudos e Projetos(Finep), do Governo Federal, e está instalado no laboratório de Ciên-ciasBiológicas da Universidade Federal

Primeiro da América Latina, o Solid é um sequenciador de DNA de última geração, produzido pela empresa americana Applied Biosystems. O

equipamento custou R$ 13 milhões, sendo R$ 8 milhões de contrapartida

do Estado. O Solid é capaz de sequenciar um genoma inteiro em

apenas uma semana, permitindo um rápido acesso ao código genético de

uma célula.

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Ádo Pará (UFPA), em Belém.

Além do Pará, só o estados do Rio de Ja-neiro e Minas Gerais receberão o mesmo equipamento. Em todo o mundo, há ape-nas 300 máquinas iguais, principalmente nos Estados Unidos e Europa. Com o So-lid, as pesquisas desenvolvidas pela Rede Paraense de Genomas podem ajudar a

AVANços DA CiêNCiA E tECNoLoGiA No EstADo Rede Paraense de Genômica e Proteônica (RPGP) composta por cinco

instituições de pesquisa: Embrapa, Instituto Evandro Chagas, Museu Emílio Goeldi, UFPA e Ufra

 Até 2010, o Pará vai ter três parques de ciência e tecnologia, em Belém, Marabá e Santarém

 A Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa) investiu R$ 25 milhões em pesquisas, valor triplicado a partir de parcerias

 Em um ano, o governo beneficiou 240 bolsistas de mestrado, 150 de doutorado e mil bolsistas júnior

Com a Universidade Federal do Oeste do Pará, o Estado vai ganhar mais de 500 doutores

FONTE: SEDECT E FAPESPA.

mundo, o câncer gástrico, cujas ocorrên-cias no Brasil são lideradas pelo Pará.

As pesquisas,primeiramente, vão fo-car demandas sociais, como doenças endêmicas da Amazônia entre elas a malária; e também econômicas, como no caso de gargalos tecnológicos ao de-senvolvimento do Estado. O genoma da pimenta-do-reino, por exemplo, deve ser objeto de análise. O Solid vai ajudar também a estudar uma das mais ricas biodiversidades do mundo.

“Enfrentamos dois grandes desafios na indução do novo modelo de desen-volvimento. O primeiro é implantar um sistema regional de inovação numa re-gião periférica, quando se trata de ciên-cia e tecnologia. O segundo é fazer a ci-ência chegar aos pequenos produtores, como os agricultores familiares”, afirma a governadora Ana Júlia Carepa.

desmitificar as causas e propor soluções para um dos cânceres mais recorrentes no

O Solid é um dos equipamentos mais modernos do mundo na área da pesquisa genética

Page 8: Notícias do Governo Popular

Pará, maio de 20098

O Governo do Estado liberou R$ 4 milhões para ajudar as vítimas das en-chentes nos 30 municípios que estão em situação de emergência, no Pará. Das ações emergenciais constam o en-vio de medicamentos, 15.200 cestas básicas, 5 mil redes, 13 mil colchões, 5 mil mosquiteiros, 5 mil cobertores e 11 mil metros cúbicos de madeira, além da liberação do CredPará e Cheque Mora-dia e do acompanhamento pela Defesa Civil e Secretaria de Assistência e De-senvolvimento Social.

A governadora visitará seis municí-pios do oeste do Pará, nos dias 13, 14 e 15 de maio, além da visita que ela acaba de fazer, pelo mesmo motivo, nos mu-nicípios do sudeste do Pará. A governa-dora anunciou que o Estado vai ampliar prazos para os municípios pagarem suas dívidas com o Igeprev (Instituto de Ges-tão Previdenciária do Estado) e o Iasep (Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado).

A Defesa Civil mobilizou 250 ho-mens para ajudar no atendimento de emergência e no trabalho de recupera-ção dos municípios afetados. Cerca de 33 mil famílias foram impactadas. Há 2.865 pessoas desalojadas, 182 desabri-gadas, 896 deslocados e 13.296 afetados pela cheia. Mais de mil pessoas estão

Solidariedade às vítimas da cheiaDefesa Civil mobiliza 250 homens e envia mais de 15 mil cestas

básicas para os 32 municípios mais atingidos pelas cheias no Estado

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em abrigos, recebendo cobertores, col-chões, medicamentos e cestas básicas. Três técnicos da Defesa Civil Nacional encontram-se no Pará ajudando no atendimento às vítimas.

A região do Tapajós recebeu 3 mil kits de emergência que incluem agasa-lhos, colchões, redes, medicamentos e alimentos. Em Altamira, no Xingu, um hospital de Campanha foi montado para atender os desabrigados. O gover-no também vai ajudar a reconstruir as casas destruídas.

O Baixo Amazonas, Xingu e Sul do Pará foram as regiões mais atingidas. No Baixo Amazonas e no Tapajós, o ní-vel dos rios chegou a 9 metros acima do nível normal e 550 famílias foram desa-lojadas. Em Marabá, na região de Cara-jás, no sul do Pará, 346 famílias foram desalojadas.

O presidente Lula garantiu que vai en-viar recursos ao Pará, a pedido da gover-nadora Ana Júlia Carepa que solicitou R$ 80 milhões para ajudar os desabrigados.

BARRAGEnS - O Governo do Estado vai garantir moradia para quem ficou sem casa, devido ao rompimen-to de 11 barragens - cujas causas ainda estão sendo apuradas – em Altamira, um dos municípios mais afetados pelas cheias. Cerca de 2 mil e 600 famílias fo-ram atingidas e 130 foram levadas para abrigos. O Governo também instalou um Hospital de Campanha para dar

atendimento básico às vítimas, no mu-nicípio, onde as águas destruíram 70 ca-sas e outras 737 foram danificadas.

Segundo o coordenador adjunto da Defesa Civil, major Norat, a ten-dência é que até o final deste mês o nível de chuvas se estabilize. “Até lá, estamos prontos para atender as víti-mas das cheias em todos os municí-pios”, garantiu.

Um hospital de campanha garantiu atendimento médico básico aos desabrigados

O Governo investiga o rompimento de barragens clandestinas que pioraram a situação em Altamira

A situação de emergência é o reconhecimento pelo poder público, de situação anormal, provocada por

desastres, causando danos superáveis pela comunidade afetada. Ela permite a dispensa de licitação, para Prefeituras e o Estado, nas compras e serviços para

atender a população.

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