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nº 49. ano VII. Departamento de Assuntos Legislativos. 16 de dezembro de 2011 1 Notícias Federais Assuntos Econômicos ............................................................................................ 5 Relatório final sobre políticas contra drogas inclui fim da propaganda de bebidas alcoólicas ..........5 Dilma Rousseff veta uso do FGTS em obras da Copa e propaganda de fábricas de cigarro ..............5 Comissão de Orçamento aprova Plano Plurianual 2012/2015 ........................................................... 6 Relator libera bebida alcoólica apenas na Copa e inclui meia-entrada para idosos .......................... 7 PIB industrial crescerá 1,8% este ano, estima CNI .............................................................................8 Diário Oficial publica lei antifumo ......................................................................................................9 Normas de certificação de conformidade para produtos importados...............................................9 Retenção de receita de medicamento controlado pode virar lei..................................................... 10 Declaração do Simples vai acabar para 3,8 mi de empresas ........................................................... 11 CMA aprova criação de incentivos para reflorestamento em propriedades de agricultura familiar ..... .........................................................................................................................................11 Senado proíbe diferenciação de preços pagos a produtores de leite ..............................................12 Indústria em busca de renovação ....................................................................................................13 Meio Ambiente………….. ...................................................................................... 14 Câmara dos Deputados marca data para votação do Código Florestal ...........................................14 Dilma prorroga decreto que adia cobrança de multa a desmatadores ...........................................14 Meio Ambiente rejeita substituição obrigatória de combustível fóssil ...........................................15 Meio Ambiente rejeita proposta sobre geração de créditos de carbono ........................................16 Comissão veta uso de 5% dos reflorestamentos por não produtores de papel .............................. 16 MPF dá parecer favorável ao banimento do amianto no Brasil ....................................................... 17 Projeto regulamenta logística reversa de lixo tecnológico .............................................................. 18

Notícias Federais - fiepr.org.br · 16 de dezembro de 2011 6 artigo que permitia aos fabricantes de cigarro efetuar publicidade institucional. Ambas as propostas constavam do Projeto

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nº 49. ano VII. Departamento de Assuntos Legislativos. 16 de dezembro de 2011

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Notícias Federais

Assuntos Econômicos ............................................................................................ 5

Relatório final sobre políticas contra drogas inclui fim da propaganda de bebidas alcoólicas .......... 5

Dilma Rousseff veta uso do FGTS em obras da Copa e propaganda de fábricas de cigarro .............. 5

Comissão de Orçamento aprova Plano Plurianual 2012/2015 ........................................................... 6

Relator libera bebida alcoólica apenas na Copa e inclui meia-entrada para idosos .......................... 7

PIB industrial crescerá 1,8% este ano, estima CNI ............................................................................. 8

Diário Oficial publica lei antifumo ...................................................................................................... 9

Normas de certificação de conformidade para produtos importados............................................... 9

Retenção de receita de medicamento controlado pode virar lei ..................................................... 10

Declaração do Simples vai acabar para 3,8 mi de empresas ........................................................... 11

CMA aprova criação de incentivos para reflorestamento em propriedades de agricultura

familiar..... ......................................................................................................................................... 11

Senado proíbe diferenciação de preços pagos a produtores de leite .............................................. 12

Indústria em busca de renovação .................................................................................................... 13

Meio Ambiente………….. ...................................................................................... 14

Câmara dos Deputados marca data para votação do Código Florestal ........................................... 14

Dilma prorroga decreto que adia cobrança de multa a desmatadores ........................................... 14

Meio Ambiente rejeita substituição obrigatória de combustível fóssil ........................................... 15

Meio Ambiente rejeita proposta sobre geração de créditos de carbono ........................................ 16

Comissão veta uso de 5% dos reflorestamentos por não produtores de papel .............................. 16

MPF dá parecer favorável ao banimento do amianto no Brasil ....................................................... 17

Projeto regulamenta logística reversa de lixo tecnológico .............................................................. 18

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Infraestrutura……………… ..................................................................................... 18

Walter Pinheiro destaca indústria de telecomunicações e manifesta preocupação com

desindustrialização ........................................................................................................................... 18

CCJ aprova mudança em cobrança do ICMS em operações pela internet ou telefone ................... 19

CCT vota projeto que privilegia indústria nacional .......................................................................... 19

Tributos………………….. ......................................................................................... 20

Tributo em carro importado supera 56% do preço no Brasil ........................................................... 20

CAE aprova projeto que exclui da base de cálculo do PIS e da COFINS os juros sobre capital

próprio .............................................................................................................................................. 21

Sancionada lei que permite tributação de derivativos cambiais em até 25% ................................. 21

Receita vai criar malha fina para empresas...................................................................................... 21

Questões Institucionais ....................................................................................... 23

Especialistas defendem que novo CPC traga princípios do processo eletrônico ............................. 23

Relações de Trabalho .......................................................................................... 24

Aprovado o Projeto que trata da Transação e Homologação de Acordos na Justiça do Trabalho ... 24

Extinção do adicional de 10% do FGTS é aprovada na CCJC ............................................................ 25

Convenção 158: deputado apresenta voto em separado pela rejeição na CCJ ............................... 25

União desiste de cobrar contribuição ao INSS ................................................................................. 26

Comissão aprova punição para empresa que pratique discriminação salarial ................................ 26

Projeto sobre gorjetas divide patrões e empregados ...................................................................... 27

Mercado só gera emprego que paga até dois salários ..................................................................... 28

Sindicalistas demonstram preocupação com mudanças na CLT ...................................................... 30

Relatório setorial confirma salário mínimo de R$ 622,73 em 2012 ................................................ 31

Novo aviso prévio onerará empresas ............................................................................................... 32

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Notícias Estaduais

Assuntos Econômicos .......................................................................................... 33

Paraná tem nove municípios entre as cem maiores economias do País ......................................... 33

O tratamento diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte ............................. 34

Empresários do Estado serão incentivados a inovar ........................................................................ 34

Proposição define novas regras para compras coletivas na internet ............................................... 35

Fusão da Claspar e Codapar é aprovada no Legislativo ................................................................... 36

Meio Ambiente……….. ......................................................................................... 36

Deputados aprovam proibição de sacolas plásticas no Paraná ....................................................... 36

Faltam informações sobre emissão de gases poluentes .................................................................. 37

Infraestrutura…………… ........................................................................................ 38

Projeto de Lei das PPPs foi aprovado em Plenário ........................................................................... 38

Beto Richa sanciona lei que amplia Região Metropolitana de Curitiba ........................................... 38

Projeto de Lei sobre a informatização dos processos administrativos foi aprovado em Plenário ... 39

FIEP debate eixos de desenvolvimento na área de transporte ........................................................ 39

Projeto prevê que prédios públicos utilizem energia solar .............................................................. 40

Tributos…………………… ......................................................................................... 40

Projeto de Lei de regulamentação de precatórios foi aprovado em Plenário ................................. 40

IPVA para 2012 é aprovado com apenas uma emenda ................................................................... 41

CCJ adia para 2012, votação de mensagem alterando base de cálculo do ICMS ............................ 41

FIEP e Sinditextil promovem ação para conscientizar consumidores sobre peso dos tributos ....... 41

Criação de três novas taxas .............................................................................................................. 42

Política Social. .................................................................................................... 42

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Projeto de Lei do Conselho Estadual de Cultura foi aprovado em Plenário .................................... 42

Estudantes já podem se inscrever para cursos do PRONATEC ......................................................... 43

Relações do Trabalho .......................................................................................... 44

Governo vai oferecer opção de microcrédito pelas Agências do Trabalhador ................................ 44

Notícias Federais

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Assuntos Econômicos

Relatório final sobre políticas contra drogas inclui fim da propaganda de bebidas alcoólicas

A proibição da propaganda de bebidas alcoólicas nos meios de comunicação de massa está sendo recomendada no relatório final da Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e outras Drogas. O texto ganhou formato final ao ser aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), no âmbito da qual funciona a subcomissão. O veto à propaganda de bebidas foi a principal mudança introduzida no relatório que saiu da subcomissão. A sugestão foi levada ao exame da CAS pelo senador Wellington Dias (PT-PI), que presidiu a subcomissão. A relatora, senadora Ana Amélia (PP-RS), aceitou incluir a proposta no texto submetido à votação, mas disse que duvidava da eficácia da proibição. Ana Amélia fez ressalvas ainda à ideia de impor uma taxa de 1% sobre a venda de bebidas e tabaco, para gerar recursos destinados a financiar medidas de prevenção às drogas. Segundo ela, o ideal é separar parte dos tributos que hoje já incidem sobre esses produtos para a finalidade prevista. A senadora argumentou que o aumento de impostos acaba estimulando o contrabando e a produção clandestina. No papel de relatora, no entanto, ela disse que sua função era apresentar um texto que refletisse o pensamento da maioria dos membros da subcomissão. Além disso, enfatizou que a função do relatório, neste momento, é permitir o livre debate em torno das conclusões da subcomissão. Ela observou, ainda, que qualquer medida a ser adotada exigirá entendimento com áreas do governo e dos setores afetados. Wellington Dias argumentou no debate que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não apenas classifica o álcool como droga, mas também como "a mais grave" entre todas. Ele disse que, com base nisso, vários países já proibiram a publicidade de bebidas. Disse ainda que, após a proibição da propaganda de cigarros, houve queda acentuada do número de fumantes no país. Outra sugestão do relatório é a criação de uma subcomissão mista do Congresso Nacional para dar efetividade às medidas propostas que dependam de aprovação de matérias legislativas. A ideia é acelerar a tramitação das matérias que abordem o tema, em seus diversos aspectos, e até mesmo propor projetos caso se considere que ainda há lacunas na legislação. A subcomissão seria formada por integrantes das Comissões de Constituição e Justiça das duas Casas. Fonte: Agência Senado

Dilma Rousseff veta uso do FGTS em obras da Copa e propaganda de fábricas de cigarro A presidente da República, Dilma Rousseff, vetou o uso do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) em obras para a Copa do Mundo FIFA 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016. No mesmo despacho, publicado no Diário Oficial da União, ela também vetou o

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artigo que permitia aos fabricantes de cigarro efetuar publicidade institucional. Ambas as propostas constavam do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 29/11, oriundo da MP 540/11, aprovado no último dia 22 pelo Senado Federal e encaminhado à sanção da presidenta, que o transformou na Lei 12.546, de 2011. O PLV modificava o artigo 1º da Lei 11.491, de 2007, autorizando excepcionalmente, até 30 de junho de 2014, a aplicação de recursos do FI-FGTS em projetos associados aos dois eventos em suas cidades-sedes. O texto exigia que os recursos fossem "direta ou indiretamente" necessários para garantir a realização dos eventos "em consonância com os requisitos de conforto e segurança estabelecidos pelas autoridades competentes". Exigia também que fossem relativos à infraestrutura aeroportuária; a operações urbanas consorciadas, de transporte e mobilidade urbanos; ou a empreendimentos hoteleiros ou comerciais. O veto foi proposto pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, sob o argumento de que os empreendimentos relacionados às duas competições esportivas já têm "linhas de crédito disponíveis para o seu desenvolvimento além dos investimentos definidos como essenciais à realização dos eventos, especificados na Matriz de Responsabilidades celebrada pela União, pelos Estados e pelos Municípios". A justificação acrescenta que "a proposta desvirtua a prioridade de aplicação do FI-FGTS, que deve continuar focada nos setores previstos na Lei, que demandam elevado volume de recursos e são fundamentais para o desenvolvimento do país." Cigarro - O veto à propaganda das empresas tabagistas foi proposto pelo Ministério da Saúde. O texto do PLV alterou a Lei 9.294, de 1996, para excluir das restrições à publicidade de produtos fumígenos "a divulgação institucional dos fabricantes, assim compreendida qualquer modalidade de informação ou comunicação que não se refira ao produto em si, mas sim à empresa ou instituição, visando à disseminação de sua marca e imagem e não à promoção de seus produtos". Para o Ministério, "o dispositivo introduz expressamente a possibilidade de divulgação institucional dos fabricantes de tabaco, em desacordo com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, em especial a Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco, promulgada pelo Decreto n 5.658, de 2 de janeiro de 2006". Foi ainda vetado o artigo do PLV que permitia às empresas de transporte coletivo urbano participar da experiência-piloto de desoneração da folha de pagamento. Sem o veto, as empresas poderiam substituir a contribuição patronal sobre os salários por uma alíquota sobre o faturamento das empresas, variando entre de 1,5% a 2,5%. Os vetos terão de ser apreciados pelo Congresso Nacional. Fonte: Agência Estadual de Notícias

Comissão de Orçamento aprova Plano Plurianual 2012/2015 Com um acréscimo de R$ 108 bilhões, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou o relatório final do Plano Plurianual 2012/2015, que prevê investimentos de R$ 5,4 trilhões em quatro áreas (Social; Infraestrutura; Desenvolvimento Produtivo e Ambiental; e Especiais). De autoria do senador Walter Pinheiro (PT-BA), o relatório deve ser

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votado no Plenário do Congresso Nacional na noite da próxima terça-feira (20). Walter Pinheiro explicou que promoveu a redistribuição dos recursos a partir do acréscimo de mais de R$ 108 bilhões na receita da União, anunciado há alguns meses pelo relator da Receita do Orçamento da União, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), e das emendas de bancada, entre outros parâmetros. Com a redistribuição, confirmou o senador, foram alocados mais R$ 2 bilhões para a implantação do programa nacional de banda larga. Também haverá mais recursos para obras de ampliação e construção de portos e aeroportos; melhoria da educação básica; e expansão do ensino superior. Walter Pinheiro explicou ainda que recusou os 258 destaques apresentados ao projeto, por considerar que alguns pleitos já estavam contemplados na proposta, que recebeu 2.213 emendas, das quais 246 receberam voto do relator pela aprovação. Outras 263 emendas foram acolhidas parcialmente. Em relação ao aumento salarial defendido pelas carreiras do Judiciário, Walter Pinheiro explicou que o tema não é tratado no plano plurianual, mas que ele poderia tentar fazer uma redistribuição de recursos, caso demanda nesse sentido seja apresentada até a votação da matéria no Congresso Nacional, no próximo dia 20. O PPA é uma lei federal com validade de quatro anos. Ela estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para o período de sua vigência. O plano foi instituído pela Constituição de 1988 como uma forma de resgatar o planejamento governamental de médio prazo no país. Apesar de conter as metas do Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público da União, o PPA é elaborado pelo Ministério do Planejamento, com apoio dos demais órgãos federais. Sua vigência vai até o primeiro ano de governo do mandatário seguinte, com forma de garantir um mínimo de continuidade das políticas públicas entre dois mandatos presidenciais diferentes. Reuniões na CMO - Na próxima segunda-feira (19), o relator-geral do Orçamento de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), deverá apresentar seu relatório na CMO. Na terça-feira (20), a comissão deverá analisar o relatório do Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves (COI), coordenado pelo deputado Weliton Prado (PT-MG). Na quarta-feira (21), a comissão deverá votar o relatório de Chinaglia ao Orçamento de 2012, que deverá ser examinado no Plenário do Congresso Nacional no dia 22. Fonte: Agência Senado

Relator libera bebida alcoólica apenas na Copa e inclui meia-entrada para idosos Mudanças de última hora adiaram a votação do projeto da Lei Geral da Copa (PL 2330/11, do Executivo), na comissão especial que analisa a proposta. O relator, deputado Vicente Candido (PT-SP), manteve a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, mas somente durante a Copa do Mundo de 2014. Candido desistiu de alterar o Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/03) para liberar o

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álcool em todos os campeonatos disputados no País, como constava na primeira versão do relatório. Outra mudança feita pelo relator foi incluir o direito a meia-entrada para idosos em qualquer ingresso da Copa, conforme prevê o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03). Com isso, a reserva de 300 mil ingressos a R$ 50 será destinada apenas a estudantes, indígenas e beneficiários do Bolsa-Família – além de adeptos da Campanha Nacional do Desarmamento, incluídos na segunda versão do parecer. "A maior polêmica era a bebida nos estádios. Para a Copa do Mundo, sim. Para os outros campeonatos brasileiro e regionais, por enquanto, não”, disse Candido. “O governo está constituindo uma equipe de trabalho para reformular o Estatuto do Torcedor. Isso virá para cá (Congresso) no ano que vem, de outra forma." A mudança, no entanto, ainda não agrada aos deputados de três comissões da Câmara que levaram, para a reunião da comissão especial, cartazes contra a liberação de bebidas nos estádios. O protesto foi das comissões especiais sobre Consumo de Bebidas Alcoólicas; de Combate às Drogas; e da Comissão de Seguridade Social e Família. "Nossa posição é contrária. É um retrocesso. A lei já existe e a FIFA e os patrocinadores precisam respeitar a lei brasileira”, disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP). Durante a reunião, também houve protesto da União Nacional dos Estudantes (UNE) em defesa da meia-entrada nos jogos da Copa. O relator, no entanto, cedeu apenas em relação aos idosos e manteve os estudantes na categoria que terá acesso à cota de ingressos de até R$ 50. Candido incluiu ainda a previsão de que o calendário letivo de 2014 poderá ser alterado para que as aulas não coincidam com os jogos da Copa. Segundo o relator, as escolas públicas e privadas terão autonomia para fixar o calendário. Fonte: Agência Senado

PIB industrial crescerá 1,8% este ano, estima CNI O Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) terá uma variação positiva de 2,8% este ano, taxa que se expandirá para 3% em 2012. Já o PIB industrial, que em 2011 deve crescer 1,8%, aumentará 2,3% no ano que vem. As projeções foram feitas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aposta numa pequena queda na taxa de crescimento do consumo das famílias de 4,2% em 2011 para 4% em 2012. A CNI também espera que crescimento de 4,8% e 5% em 2011 e 2012, respectivamente, nos investimentos no setor produtivo. A taxa de desemprego, por sua vez, deve cair de 6% para 5,8% da População Economicamente Ativa (PEA). Para os economistas da CNI, a inflação cairá de 6,5% este ano para 5,2% em 2012. A entidade espera queda na taxa de juros reais, de 4,8% para 4,4% ao ano. Os economistas da CNI acreditam que, este ano, a balança comercial brasileira fechará 2011 com um superávit de US$ 28,8 bilhões, valor superior ao estimado para o ano que vem, de US$ 20,8 bilhões. As exportações terão um acréscimo de US$ 253,9 bilhões para US$ 275,4 bilhões, enquanto as importações subirão de US$ 225,1 bilhões para US$ 254,6 bilhões. Os industriais brasileiros trabalham com uma taxa de câmbio de R$ 1,80 em dezembro de 2012,

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ante R$ 1,79 este ano. A CNI aposta, ainda, em uma queda de 3,25% para 3% do PIB do superávit primário do setor público. Fonte: Blog RT

Diário Oficial publica lei antifumo O Diário Oficial da União publica a lei federal que proíbe o fumo em ambientes fechados de acesso público em todo o país. A norma ainda precisará ser regulamentada pelo Congresso para a fixação dos valores da multa a ser aplicada nos locais que desobedecerem à regra. A proibição de fumo nesses locais já vigora em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná, onde foram aprovadas leis estaduais sobre o assunto. A partir de 2016, as mensagens de advertência sobre os riscos do produto à saúde - que atualmente constam na parte traseira da embalagem de cigarros - terão que constar também na parte frontal. As informações são da Agência Brasil. Fonte: Gazeta do Povo Política Industrial

Normas de certificação de conformidade para produtos importados A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) aprovou o parecer do relator, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP), favorável com emendas ao PLC 176/2008, que aplica aos produtos importados para comercialização no país as mesmas regras de avaliação de conformidade aplicadas aos produtos similares nacionais para a conformação do atendimento da Regulamentação Técnica Federal. Nunes ratificou as emendas aprovadas na CAE e inseriu mais uma emenda. Assim, todas as emendas aprovadas determinam que: * A faculdade dada aos órgãos responsáveis pela Regulamentação Técnica Federal para efeitos de comprovação de atendimento às regulamentações técnicas por eles expedidas não será restrita a fase posterior ao início do despacho aduaneiro; * O importador deverá arcar com a custa de armazenagem do produto em recinto alfandegado, bem como os ônus do perdimento ou destruição, quando cabível – retenção do produto importado em desconformidade com a Regulamentação Técnica Federal retido pela autoridade aduaneira; e * A importação de produtos sujeitos à Regulamentação Técnica Federal, listados em regulamento, poderá estar sujeita ao regime de licenciamento não automático, com vistas a assegurar a garantia de conformidade. Os demais pontos do projeto permanecem iguais. Assim, a importação de produtos sujeitos à Regulamentação Técnica Federal, listados em regulamento, poderá estar sujeita ao regime de licenciamento não automático, com vistas a assegurar a garantia de conformidade. Esses produtos

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deverão ser relacionados por classificação tarifária nas respectivas regulamentações. O produto importado que se apresente em desconformidade será retido pela autoridade aduaneira por prazo não superior a 60 dias, a ser determinado pelo órgão fiscalizador. O importador que apresentar documentação falsa ou declaração dolosa quanto à regulamentação do produto ficará sujeito às penas de suspensão e cancelamento de sua habilitação. O projeto, desse modo, confere ao procedimento aduaneiro instrumentos para efetiva análise da adequação de produtos estrangeiros a regulamentos técnicos brasileiros, assegurando tratamento isonômico entre produtos nacionais e importados. O procedimento proposto não configura barreira não tarifária ao comércio, mostrando-se em conformidade com os objetivos do Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT) da OMC, que já vincula os produtos nacionais por força do regulamento técnico federal. O maior beneficiário da nova norma é o consumidor final, que terá a segurança de que o regulamento técnico – elaborado para proteger a segurança e saúde humana, vegetal e animal, assim como o meio ambiente – será obrigatoriamente observado tanto por produtos brasileiros como por importados. O PLC 176/2008 segue para o Plenário. Fonte: CNI

Retenção de receita de medicamento controlado pode virar lei A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou o projeto que regulamenta na forma de lei a retenção da receita de medicamentos sujeitos a controle sanitário especial. As regras para os medicamentos controlados são definidas hoje em regulamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O projeto, apresentado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), foi aprovado com aperfeiçoamentos sugeridos pelo relator, senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Ele manteve a exigência da retenção da receita, mas deixou a critério do órgão sanitário competente a adoção de regulamento sobre aspectos específicos, como as substâncias sujeitas a controle especial e as condições para a venda e entrega do medicamento ao paciente. Para o senador, as normas atuais são frágeis, mas seria excessivo trazer para uma lei nacional detalhes operacionais que ficam mais apropriados em uma norma infra legal. O projeto original determinava, por exemplo, que a receita seria em duas vias, uma para ser retida no estabelecimento e a segunda para servir como comprovante do atendimento. Além disso, previa atendimento do pedido apenas quando a receita fosse legível e sem rasuras, contendo dados do profissional que prescreveu e também do usuário.

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Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) argumentou na justificação que a aprovação de lei sobre o tema pode contribuir para um cenário de consumo mais racional de medicamentos. A proposta recebeu decisão terminativa e deve seguir para exame na Câmara dos Deputados. Fonte: Agência Senado Microempresa

Declaração do Simples vai acabar para 3,8 mi de empresas Como parte do programa de simplificação de obrigações tributárias, um universo de 3,8 milhões de empresas estarão dispensadas, a partir de 2013, de entregar à Receita a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN). De acordo com o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal, Carlos Roberto Occaso, essas declarações não serão mais necessárias, pois o governo já possui as informações. A Receita tem acesso ao recolhimento mensal das pequenas e médias empresas do Simples, afirmou o subsecretário, por meio do Programa Gerador de Arrecadação do Simples Nacional. "A isenção da declaração é excelente porque reduz a burocracia. Em empresas desse porte, normalmente os proprietários são responsáveis pela maior parte das atividades no dia a dia", afirmou Luiz Barretto, presidente do SEBRAE. "Simplificar a documentação exigida traz ganho de produtividade e permite que o empresário esteja mais focado na gestão da empresa." A decisão faz parte do processo de simplificação tributária em curso na Receita, antecipado pela Folha no dia 6. "Ainda será necessário entregar a última declaração, a de março de 2012. A partir daí, no entanto, não exigiremos mais a entrega da DASN." Fonte: Blog RT Política Agroindustrial

CMA aprova criação de incentivos para reflorestamento em propriedades de agricultura familiar A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) aprovou projeto de lei da senadora Ana Rita (PT-ES) que autoriza a concessão de subvenção econômica para agricultores familiares que fizerem reflorestamento ou regeneração florestal em suas terras (PLS 396/2011). A proposta também prevê o benefício para quem adotar práticas de conservação e recuperação de solo. Como exemplo de prática exigida para a obtenção do benefício, a autora cita a proteção de nascentes e cursos d'água, além de plantio em nível, rotação de culturas e adubação orgânica, entre

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outros. Como incentivo, Ana Rita sugere a concessão de rebate, bônus e redução de juros em programas oficiais de crédito rural. O projeto ainda será votado pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), em decisão terminativa. Audiências - A CMA também aprovou requerimento de autoria de seu presidente, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), para a realização, em 2012, de uma série de audiências públicas sobre controle e avaliação das políticas públicas brasileiras. Os debates terão como temas a política nacional de formação de estoques públicos; o Programa Bolsa-Família; aeroportos e transporte aéreo; construção de submarinos; operações especiais do BNDES; programa de tratamento de resíduos sólidos urbanos; programa de proteção ao depoente especial; e implantação e operacionalização da assistência farmacêutica básica no âmbito do sistema de saúde pública. Fonte: Agência Senado

Senado proíbe diferenciação de preços pagos a produtores de leite A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA) aprovou terminativamente, projeto que proíbe a diferenciação de preços pagos pelas empresas de laticínios a produtores de leite. A proposta também obriga essas indústrias a informar aos produtores o preço pago pelo litro e leite até o dia 25 do mês anterior à entrega. O projeto agora vai à sanção. Pelo projeto (PLC 80/11), de autoria do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), a empresa que pagar preços diferenciados aos seus fornecedores estarão sujeitas a pagar indenização à parte prejudicada. Além disso, caso seja descumprida a determinação de informar o preço que será pago pelo litro do leite até o dia 25 do mês anterior, a proposta determina que a empresa de laticínios pagará ao produtor o maior preço praticado no mercado. Na justificativa do projeto, o deputado Reginaldo Lopes critica as práticas das empresas de laticínios em sua relação com os produtores de leite, como o pagamento de preços mais baixos aos fornecedores que produzem menos e a falta de transparência com relação aos preços praticados. Segundo ele, nessa atividade, "o vendedor só fica sabendo o preço depois de quarenta e cinco dias, em média, do produto vendido". O relator, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), recomendou a aprovação e salientou que o projeto dará ao setor brasileiro maior estabilidade nas relações comerciais entre produtores de leite e empresas que processam o produto. "De fato, há uma relação desigual e de maior exposição dos médios e pequenos empreendimentos ao risco quando o laticínio adquire o leite do produtor, mas não lhe informa antecipadamente o preço que pagará pelo produto" - disse o senador. Ele destacou ainda que o planejamento da atividade leiteira, como qualquer outra, demanda informações antecipadas sobre os custos de produção e os preços do produto. "Obrigar os laticínios a divulgar os preços que serão pagos até o dia 25 de cada mês permite ao

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produtor, ao menos, optar por outro laticínio (quando possível), barganhar melhores preços ou mesmo planejar o aumento ou a redução do uso de insumos na produção, a fim de obter a melhor relação custo-benefício de sua atividade". Após a aprovação, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) ressaltou que saber o valor do produto antecipadamente é uma antiga reivindicação dos produtores de leite. - É justo que os produtores de leite possam saber quanto vão receber antes de entregar seu produto - afirmou. Fonte: Agência Senado Fomento e Desenvolvimento Tecnológico

Indústria em busca de renovação Inovar é a palavra do momento na indústria brasileira. Ainda mais em uma época de valorização da sustentabilidade, na qual a criação de soluções e produtos sobre o tema vem ganhando força no setor produtivo. Mas, de um modo geral, o atual quadro ainda está longe do ideal. Determinados gargalos impedem o País de se tornar referência na promoção de ações realmente transformadoras. O desconhecimento do significado dos termos ou a apropriação inadequada de táticas mercadológicas também contribui para o quadro. Acontece que conceituar inovação é uma tarefa complicada, acredita Ricardo Felizzola, coordenador do Conselho de Inovação e Tecnologia da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e presidente do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP). "O problema todo é que o pessoal confunde inovação com novas tecnologias. Inovação é um conceito econômico, não tecnológico. Novas tecnologias são insumos, com elas se pode inovar e criar produtos que vão ser colocados no mercado", define. Quando o assunto incorpora um viés relacionado ao meio ambiente, as divergências de classificação se acentuam. A mistura gera interpretações díspares. "Usar inovação para melhorar a sustentabilidade. Não consigo entender essa frase", relaciona o conselheiro da Fiergs. O assunto é tão polêmico quanto complexo. O gerente-executivo do UniEthos, Reginaldo Magalhães, garante que as duas coisas estão em sintonia. "Não existe sustentabilidade sem inovação. Elas são coisas totalmente casadas", rebate o dirigente do segmento do Instituto Ethos responsável por difundir práticas de responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável no meio empresarial.

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Embora o cenário recente evidencie uma distância em relação ao discurso e às práticas das empresas, os exemplos positivos começam a ganhar forma. Nesse sentido, as companhias de grande porte e líderes de mercado podem ser elencadas como casos à parte. Donas de maior capacidade de investimento e solidez econômica, elas são as que mais têm praticado iniciativas unindo os dois elementos. "As companhias de grande porte procuram utilizar menos recursos naturais nos seus produtos. Também há inovações na linha de produção, voltadas aos processos de ecoeficiência, como a utilização de energia renovável e a redução no consumo de água e eletricidade", exemplifica. Fonte: Blog RT

Meio Ambiente

Câmara dos Deputados marca data para votação do Código Florestal A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) realizou uma audiência para debate, entre os parlamentares membros, do texto do novo Código Florestal (PL 1876/99) aprovado pelo Plenário do Senado. O debate propôs que os deputados trabalhem nos aspectos do texto do Senado em que haja consenso – seja pela manutenção ou supressão – em busca de uma proposta que possa ser votada em uma única oportunidade. Em seguida, seriam votados os destaques de votação em separado (DVS) das inovações promovidas Senado para as quais não seja alcançado consenso sobre a manutenção ou retirada. Essa proposta foi levada para a reunião de líderes, e resultou na marcação das datas de 6 e 7 de março de 2012 para a votação no Plenário da Câmara dos Deputados – um dia para o texto integral do novo Código Florestal e outro para os DVS. Ainda não foi oficialmente indicado o relator da matéria. Fonte: CNI

Dilma prorroga decreto que adia cobrança de multa a desmatadores

O governo prorrogou, novamente, o decreto que suspende a cobrança de multas aplicadas a proprietários que descumprem a atual lei ambiental. A prorrogação do decreto, até 12 de abril de 2012, foi assinada pela presidente Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial. A presidente já havia prorrogado o decreto em junho, em meio às discussões da reforma do Código Florestal, que foi aprovado no Senado no início deste mês e retornará para votação na Câmara, já

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que senadores apresentaram emendas ao texto. O texto aprovado traz pontos polêmicos que causam embates entre ambientalistas e ruralistas. Uma dessas divergências gira em torno de dispositivo que suspende multas ambientais aplicadas até julho de 2008, desde que as áreas desmatadas sejam recuperadas. Outro dispositivo do texto estabelece um prazo de cinco anos para que os proprietários rurais se adequem à legislação ambiental, para que não fiquem impedidos de receber crédito agrícola em instituições financeiras oficiais. Dilma tem reafirmado que vetará trechos que considere prejudiciais ao país e se declarou contra a consolidação de áreas desmatadas ilegalmente e a anistia a desmatadores. Fonte: Gazeta do Povo

Meio Ambiente rejeita substituição obrigatória de combustível fóssil

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável rejeitou a substituição obrigatória de combustíveis fósseis (gás, gasolina, diesel e querosene) pelos de biomassa (derivados de óleos vegetais, bagaço de cana, biogás e outros). A medida está prevista no Projeto de Lei 1609/07, do ex-deputado Dr. Talmir, que sugere uma substituição inicial de 40% para que o restante da substituição aconteça em cinco anos. Por ter sido aprovada em uma comissão e rejeitada em outra, a proposta deve ser analisada pelo Plenário, caso não seja descartada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Ainda segundo o projeto, as montadoras de veículos automotores devem substituir sua produção de veículos movidos a combustíveis derivados de petróleo por veículos movidos a combustíveis derivados de biomassa. Não será concedida licença aos veículos fabricados anteriormente à vigência da lei que não forem adaptados para combustíveis derivados da biomassa, no prazo de quatro anos. “Proposta radical” - O relator da proposta, deputado Marcio Bittar (PSDB-AC), considerou a proposta radical demais. Ele defendeu que seria inviável a substituição tão rápida, não apenas pelo aspecto econômico, mas também ambiental. “A ampliação da área plantada para atender a essa demanda de biomassa, caso tecnicamente factível, certamente levaria à rápida devastação de enormes áreas hoje preservadas”, disse. Bittar também argumentou que os programas hoje existentes no Brasil para substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis são suficientes. Por um lado, o Plano Nacional de Mudança do Clima (Lei 12.187/09) prevê investimentos em novas unidades de produção de etanol, utilizado em adição à gasolina e pela frota de carros com a tecnologia flex. Por outro, o programa de Biodiesel (Lei 11.097/05) está em andamento, e a utilização de 5% de combustível de biomassa adicionado ao diesel foi antecipada de 2013 para 2010.

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A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou em 2008 uma alternativa à proposta, transformando a substituição obrigatória em um programa de incentivo, mas mesmo essa opção foi rejeitada. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Meio Ambiente rejeita proposta sobre geração de créditos de carbono A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável rejeitou o Projeto de Lei 542/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que trata de objetivos e diretrizes para a política de apoio aos projetos que gerem créditos de carbono. Para receber esses incentivos, os projetos devem ser considerados como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), estabelecido no Protocolo de Quioto – Convenção das Nações Unidas sobre mudança do clima. A relatora na comissão, deputada Rebecca Garcia (PP-AM) disse que, apesar de o autor da proposta ressaltar o enorme potencial de geração de créditos de carbono no âmbito do MDL, em especial nos setores florestal e de resíduos sólidos, o texto seria redundante com relação à atual legislação. “Isso ocorre porque sua principal previsão já está contida na lei que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC (Lei 12187/09), não carecendo, portanto, de nova lei, apenas de decreto do Poder Executivo, para sua operacionalização”, explicou a relatora. Tramitação - A proposta tramita em caráter conclusivo, e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão veta uso de 5% dos reflorestamentos por não produtores de papel A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio rejeitou o Projeto de Lei 721/11, que torna obrigatória a destinação, para a construção civil, para as indústrias moveleira e naval e para outras atividades que não compreendam a produção de papel e celulose, de pelo menos 5% da produção de madeira extraída de florestas plantadas. De autoria do deputado Edson Pimenta (PCdoB-BA), a proposta restringe essa obrigação a áreas de florestas plantadas superiores a cinco mil hectares. Para o relator, deputado Renato Molling (PP-RS), o projeto “faz um juízo completamente equivocado do funcionamento do mercado”. Segundo afirma, ele iria impedir o setor que investe na produção de seus próprios insumos de consumi-los na quantidade que necessita. De acordo com Molling, a indústria de celulose produz 100% da madeira que consome. Além disso, a madeira de reflorestamento seria insuficiente para atender as demandadas desse mercado. “Como, então, haverá a citada substituição, o setor de papel e celulose ficará impedido de se abastecer com

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sua própria produção?”, questiona. Tramitação - O projeto segue para análise conclusiva das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

MPF dá parecer favorável ao banimento do amianto no Brasil

O Ministério Público Federal é favorável ao banimento total do uso do amianto no Brasil. O parecer com este entendimento, assinado pelo procurador geral da República, Roberto Gurgel, veio em resposta à ação direta de inconstitucionalidade impetrada em abril de 2008 pelas associações nacionais de procuradores do Trabalho e dos magistrados da Justiça do Trabalho contra a Lei 9.055/95, que permite o uso controlado do amianto crisotila no país, o único tipo ainda em uso no Brasil. Procuradores e magistrados da Justiça do Trabalho esperam que o julgamento do mérito da ação aconteça no primeiro semestre de 2012. Com o parecer, o relator, ministro Ayres Britto, já tem condições de redigir seu voto, que irá para apreciação no plenário do Supremo Tribunal Federal - STF. Esta decisão fortalece a luta da engenheira de Segurança do Trabalho e Auditora-Fiscal do Trabalho Fernanda Giannasi, que é coordenadora da Rede Virtual-Cidadã pelo Banimento do Amianto para a América Latina. Fernanda Giannasi trabalha há quase 30 anos como Auditora-Fiscal, e a partir de 1985 começou a pesquisar o tema do amianto e, desde então, com a ação de fiscalização, tem lutado contra o seu uso. Ela ajudou a formar a primeira associação de vítimas em Osasco/SP, a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea). Hoje, Fernanda coordena a Rede Virtual-Cidadã pelo Banimento do Amianto na América Latina, que socializa e discute os problemas do amianto no mundo todo. Em 2004, o Tajiri Muneaki Memorial Fund, no Japão, a homenageou por sua luta pelo banimento desse mineral cancerígeno. O Brasil é um grande produtor de amianto, com uma das maiores minerações no mundo, a quarta maior produção. O tema envolve interesses econômicos e políticos. O amianto é, por exemplo, uma das fontes de riqueza mais importantes do Estado de Goiás. A Auditora-Fiscal, liderança indiscutível na luta pelo banimento do amianto no Brasil, já recebeu ameaças de morte por meio de cartas postadas na Alemanha, no Correio da Universidade de Berlim. O remetente escreveu a maquina, em inglês, e fez diversas acusações contra ela, que teria "interesses financeiros" no combate ao amianto. A Interpol investiga as ameaças, também enviadas a outras duas pessoas envolvidas no combate ao amianto, na Inglaterra e no Japão. Fonte: Blog RT

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Gestão de Resíduos Sólidos

Projeto regulamenta logística reversa de lixo tecnológico A Câmara analisa o Projeto de Lei 2045/11, do deputado Penna (PV-SP), que regulamenta a chamada logística reversa (operação de retorno) de produtos descartados que geram resíduos tecnológicos. A Lei 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, já responsabiliza as empresas pela destinação final e ambientalmente adequada do lixo tecnológico. O projeto detalha as obrigações das empresas e estabelece uma cadeia de encargos, que vai da indústria ao vendedor final. O texto, por exemplo, obriga as indústrias a colocar um símbolo informando que o produto está sujeito à coleta especial. Já os comerciantes deverão manter locais de coleta do lixo tecnológico, com prazos para implantação detalhados. Segundo a proposta, caberá aos fabricantes, importadores e vendedores cuidar da destinação correta dos resíduos, com a viabilização de postos de entrega, a criação de um sistema de retorno do produto usado, a conscientização do consumidor e a reutilização ou reciclagem da sucata eletrônica. São considerados resíduos tecnológicos produtos como pilhas e baterias, computadores e seus equipamentos periféricos, televisores e lâmpadas fluorescentes. “A rápida evolução tecnológica gera produtos com ciclos de vida cada vez mais curtos, acarretando o seu acúmulo em locais inadequados e a contaminação do solo e da água”, diz Penna. Para ele, esse cenário exige a “implantação de medidas que promovam a reciclagem, a reutilização e a disposição ambientalmente adequada, capazes de evitar ou minimizar os impactos desses resíduos”. De acordo com o texto, o desrespeito às regras sujeitará a empresa ou pessoa física às penas previstas na Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), que variam de prestação de serviços comunitários até a suspensão total das atividades. Tramitação - Antes de ir ao Plenário, o projeto será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Infraestrutura

Walter Pinheiro destaca indústria de telecomunicações e manifesta preocupação com desindustrialização

Em pronunciamento, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) destacou o papel da indústria de

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telecomunicações para o futuro do Brasil. Esse segmento, de acordo com ele, mobiliza cerca de R$ 150 bilhões a cada ano em sua operação no Brasil. O representante da Bahia lamentou que o país enfrente atualmente um processo de desindustrialização que reflete diretamente na pauta de exportações, sobretudo nos produtos manufaturados. Pinheiro afirmou que muitas empresas de capital internacional de produtos de telecomunicação fecharam suas portas no Brasil na última década. O senador lembrou que a Lei de Informática, que criou, na década de 90, o Processo Produtivo Básico (PPB), possibilitou uma redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 18% para 3%. O parlamentar afirmou que muitas empresas utilizam o PPB com grande sucesso, mas outras "importam tudo" e não investem nada em pesquisa e desenvolvimento. Fonte: Agência Senado

CCJ aprova mudança em cobrança do ICMS em operações pela internet ou telefone

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 71/11, do deputado Assis Carvalho (PT-PI), que altera o regime de tributação nas operações interestaduais com faturamento para o consumidor por meio eletrônico ou qualquer outro meio não presencial. A proposta será analisada por uma comissão especial e votada em dois turnos pelo Plenário. A PEC determina a adoção da alíquota interestadual quando o destinatário não for contribuinte do ICMS e a operação se der sem a presença física dele no estado de origem. Passa a caber ao estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual. Pelo texto constitucional vigente, nas operações e prestações que destinem bens e serviços ao consumidor final localizado em outro estado, a alíquota interestadual é adotada quando o destinatário for contribuinte do imposto, prevalecendo à alíquota interna quando o destinatário não for contribuinte dele. De acordo com a PEC, a alíquota interestadual passa a ser adotada quando, apesar do destinatário não ser contribuinte, a operação se der por meio da internet, telefone, correio ou outro meio assemelhado. Fonte: Agência Câmara de Notícias Energia

CCT vota projeto que privilegia indústria nacional A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) analisa o Projeto de Lei do Senado 430/2011, da senadora Ana Amélia (PP-RS), que propõe que os recursos destinados a programas de eficiência energética sejam prioritariamente aplicados em iniciativas da indústria

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nacional. A proposta altera a Lei 9.991/2000 e tem decisão terminativa na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). Na justificação da proposta, a autora lembra que as concessionárias do setor de energia elétrica recolhem recursos para investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e em eficiência energética. Ela argumenta que os recursos para as atividades de P&D são destinados exclusivamente a instituições nacionais, mas não os direcionados para a eficiência energética. Para a senadora, essa situação configura um desperdício de oportunidade para estimular a indústria nacional. O relator da matéria na CCT, senador Aníbal Diniz (PT-AC), afirma em seu voto que a senadora "vislumbrou uma real oportunidade de estimular a inovação na indústria brasileira, e, por consequência, preservar empregos e gerar renda no país", motivo pelo qual apresentou voto favorável à aprovação da proposição. Fonte: Agência Senado

Tributos

Tributo em carro importado supera 56% do preço no Brasil O esforço do governo para proteger as montadoras com fábrica no país aumentará o peso dos tributos nos veículos importados para mais da metade do preço de venda, informa reportagem publicada na Folha. A nova alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os modelos estrangeiros passa a valer no dia 16.12.2011 e eleva a carga tributária de 48,72% para 56,12% do valor final dos estrangeiros, segundo cálculo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), feito a pedido da Folha. O percentual para os nacionais permanece em 41,12%. Significa dizer que cerca de R$ 52 mil do coreano Kia Sportage gasolina 2.0 vendido a R$ 93 mil seriam desembolsados para cobrir o custo tributário. O preço considera o aumento de 6,57% anunciado pela marca após a medida, em outubro. A conta engloba tributos diluídos por toda a cadeia e repassados ao preço final de venda. O instituto utiliza a metodologia desde 2005 para o cálculo em diversos produtos. O reajuste de 30 pontos percentuais no IPI será aplicado às marcas importadas com índice de nacionalização inferior a 65%. A redução do tributo está atrelada a contrapartidas de investimento em inovação. Estão livres da tributação maior as unidades vindas de países com os quais o Brasil tem acordo, como a Argentina e o México. Fonte: Blog RT

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CAE aprova projeto que exclui da base de cálculo do PIS e da COFINS os juros sobre capital próprio A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o texto original do PLS 628/2007 do senador Valdir Raupp (PMDB/RO), que exclui da base de cálculo das contribuições para PIS e COFINS os juros recebidos ou creditados, a título de remuneração do capital próprio. O parecer do senador Eduardo Suplicy, pela rejeição do projeto, teve 11 votos contrários. Assim, com a rejeição do parecer do relator, que passou a constituir Voto em Separado, o sen. Cyro Miranda (PSDB/GO) foi designado relator do Vencido. A CNI apoia o texto original. Para o sistema indústria o projeto cuida de justiça tributária, pois os juros sobre capital próprio, por exigirem a existência de lucro na pessoa jurídica que os distribui, têm natureza similar aos dividendos, e como os dividendos não constituem receita para fins de cálculo do PIS e da COFINS. Por ser terminativo na CAE o projeto seguirá para a Câmara dos Deputados, salvo apresentação de recurso para apreciação em Plenário. Fonte: CNI

Sancionada lei que permite tributação de derivativos cambiais em até 25%

A presidente Dilma Rousseff sancionou, a Lei 12.543/2011, que, entre outras medidas, permite a cobrança de alíquota de até 25% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre contratos derivativos vinculados à taxa de câmbio do dólar. A medida tem como objetivo evitar a sobrevalorização do real. A possibilidade de taxação dos derivativos cambiais está em vigor desde julho, quando foi editada a Medida Provisória (MP) 539/2011, depois transformada no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 26/2011. O Plenário do Senado aprovou o projeto em 16 de novembro. Com a lei, também passa a ser exigido o registro dos contratos de derivativos cambiais em câmaras ou prestadores de serviço de compensação, de liquidação e de registro autorizados pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários. As pessoas jurídicas exportadoras poderão descontar o IOF devido por operações com derivativos do IOF a recolher como contribuinte. Fonte: Agência Senado

Receita vai criar malha fina para empresas As pessoas jurídicas também terão a sua malha fina. A informação é do secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. A malha fina é o banco de dados do Fisco, onde são armazenadas as declarações que apresentam inconsistências após os diversos cruzamentos realizados pelos sistemas informatizados do Fisco. Hoje, já é possível, por exemplo, com dados das notas fiscais eletrônicas, cruzar informações sobre subfaturamento e omissão de receitas. Contribuinte com uma fonte de renda não terá que declarar IR em 2014 Impostos federais poderão

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ser pagos com cartão de crédito em 2012 Declaração de IR de empresa acaba até 2014. Sendo assim, é possível fazer auditorias eletrônicas, disse Barreto, por meio dos valores de compra e assim estimar as receitas do contribuinte. Se a Receita detectar irregularidades, a empresa será chamada a se regularizar. "Se não fizer a regularização, sofrerá a ação fiscal. Os sistemas estão sendo finalizados e já têm capacidade de entrar em produção em 2012", disse. A base do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) permite atualmente o acesso aos dados das empresas tanto pelo Fisco federal quanto pelos fiscos estaduais. Mesmo com os convênios para a troca de dados com os estados, não é necessário nenhum tipo de solicitação da Receita Federal, porque com o Sped as informações estão disponíveis para todos. "Assim como temos a malha da pessoa física, teremos a instituição da malha da pessoa jurídica dando maior abrangência à presença fiscal e alcançando todos os níveis de contribuintes. É importante notar que a malha consiste, sem ter a presença da fiscalização, do cruzamento de informações internas e externas", disse Barreto. Barreto informou ainda que a fiscalização continuará, em 2012, voltada para os grandes contribuintes. Principalmente, os que fazem, segundo ele, planejamento tributário abusivo. O planejamento tributário consiste em usar brechas na lei para reduzir o pagamento de impostos. "O foco vai ser os grandes contribuinte, principalmente, na fiscalização do planejamento tributário abusivo, mas ampliaremos, também, a atuação em todas as empresas, da malha da pessoa jurídica". Fim da Declaração - A Receita Federal anunciou que contribuintes pessoas físicas que possuem uma só fonte de renda e que optarem pelo modelo simplificado não precisarão mais fazer a declaração do IR. Segundo a Receita Federal, a previsão é que isso ocorra a partir de 2014 (referente aos ganhos de 2013), mas a data ainda está em estudo. A declaração passará a ser previamente preenchida pela Receita e entregue a esses contribuintes, que confirmarão ou não as informações. Cartão de Crédito - Outra novidade informada pela Receita é que, a partir de 2012, o DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) começará a ser impresso com código de barras para permitir o pagamento de tributos federais com cartão de débito ou de crédito. Hoje, o contribuinte, depois de fazer a declaração e verificar se tem algum imposto a pagar, precisa imprimir o DARF para pagar a dívida. Também pode autorizar o débito em conta corrente. Com a mudança, o documento poderá ser pago em qualquer caixa eletrônico que possua leitor de código de barra, como postos de gasolina ou supermercados. Simplificação - As mudanças pretendem simplificar o sistema brasileiro. Como revelado pela Folha no último dia 6 de dezembro, o governo decidiu acabar com a principal declaração entregue hoje pelas empresas, a do IR da Pessoa Jurídica. Para atender a ordem de racionalizar o sistema tributário brasileiro, dada pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso de posse, a Receita Federal também vai extinguir mais sete documentos e

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adotar medidas para simplificar o PIS/COFINS. Na ocasião, em entrevista à Folha, o secretário da Receita, Carlos Barreto, disse que várias declarações não são mais necessárias porque o órgão já dispõe das mesmas informações por meio de sistemas eletrônicos, notas fiscais eletrônicas e do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital). Fonte: Blog RT

Questões Institucionais

Especialistas defendem que novo CPC traga princípios do processo eletrônico Vários especialistas defenderam que o projeto do novo Código de Processo Civil (PL 8046/10) traga princípios que orientem o uso do processo eletrônico nos tribunais, durante audiência da comissão especial que analisa o código. O processo eletrônico é abordado no projeto, mas de forma pontual. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eletrônico (IBDE), José Carlos de Araújo Almeida Filho, é fundamental que o CPC altere o ponto da legislação atual (Lei 11.419/06) que permite a cada tribunal definir os parâmetros do processo legislativo no órgão. Ele argumenta que isso tem causado a proliferação de procedimentos diferentes em cada tribunal, criando uma “torre de babel” no processo eletrônico. “Nós temos hoje um sistema judicial em que está cada tribunal de cada estado está regulamentando a informatização de uma forma diferente. É consenso que não é possível a existência de diversos códigos de processo eletrônico em cada tribunal”, afirmou. Para o advogado Mauro Leonardo Albuquerque Cunha, conselheiro do Instituto Brasileiro de Direito e Política da Informática, a existência de vários procedimentos eletrônicos divergentes pode até mesmo gerar ações judiciais. “Poderíamos ter uma ação de inconstitucionalidade do sistema de tramitação de processos de um determinado estado porque esses sistemas são legislativos e comprometem alguns princípios”, disse. O advogado alertou, no entanto, que é preciso avançar pra uma lei que trate do processo eletrônico e não apenas da digitalização dos autos, como hoje ocorre. “O que temos hoje é um processo em papel correndo em vias digitais de telemática e a tecnologia caminha para um futuro sem papel”, criticou. Para o advogado Marcelo Weick, que é doutorando em governança eletrônica, a instituição de princípios gerais do processo eletrônico vai permitir a sistematização do que já é praticado atualmente. “O processo eletrônico já está inserido em pelo menos 50 pontos do projeto do novo CPC, mas sem uniformização. O que a gente espera é que seja criado um conjunto de normas que oriente essa sistemática, os princípios básicos para o enfrentamento da questão eletrônica”, disse. Uma das lacunas da norma é de que forma o processo eletrônico viola o direito à privacidade das pessoas. Para Mauro Leonardo, a qualificação excessiva das partes nas peças disponíveis na

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internet, com dados sensíveis como CPF, RG, entre outros, é prejudicial. “O processo precisa ser público, os autos não. A qualificação excessiva da parte não precisa estar disponível publicamente nem na Internet nem nos cartórios”, disse. José Carlos de Araújo Almeida Filho também ressaltou que o direito ao esquecimento precisa ser preservado. “Digamos que eu seja réu de uma ação penal ou de uma ação cível de reparação por danos morais. Se eu for absolvido, os dados continuariam tramitando na rede. A internet não permite o direito ao esquecimento”, ressaltou. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Relações de Trabalho

Aprovado o Projeto que trata da Transação e Homologação de Acordos na Justiça do Trabalho A Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público – CTASP da Câmara dos Deputados aprovou o parecer do deputado Luciano Castro (PR/RR), relator do PL 1.153 de 2011, de autoria do deputado Sandro Mabel (PR/GO), que dispõe sobre transação e homologação de acordos na Justiça do Trabalho. O substitutivo atualiza os artigos 643 e 652 da CLT conforme a Emenda Constitucional 45 (Reforma do Judiciário), além de reescrever, baseado na alegação da melhor técnica legislativa, o texto do projeto inicial. A CNI manifestou posição convergente ao projeto, pois a possibilidade de transação nas relações trabalhistas e a competência da Justiça do Trabalho para homologar os acordos extrajudiciais é um mecanismo que diminui o número de conflitos, consagrando os princípios da conciliação e da segurança jurídica. As partes integrantes da relação de trabalho se beneficiarão diretamente com a homologação judicial de acordos por elas firmados. Além das controvérsias serem resolvidas em menor tempo, traz maior proteção ao trabalhador e confere maior segurança para o empregador quanto à validade do acordo firmado. Vale ressaltar que a função jurisdicional não se limitará simplesmente em homologar os acordos, visto que o juiz apreciará os termos transacionados à luz da legislação trabalhista vigente. A CNI /COAL encaminhou ao relator Nota Técnica, com o objetivo de subsidiar o seu parecer e articulou pela aprovação do projeto junto aos membros da CTASP. O projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC. Fonte: CNI

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Extinção do adicional de 10% do FGTS é aprovada na CCJC Foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - (CCJC) da Câmara dos Deputados, o PLP 378/2006 de autoria do deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP). O relator da proposta na CCJC, deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), apresentou parecer pela constitucionalidade, que foi aprovado por unanimidade. O projeto extingue a contribuição adicional de 10% incidente sobre os depósitos referentes ao FGTS, devida pelos empregadores em caso de despedida do empregado sem justa causa. Essa contribuição foi criada pela Lei Complementar 110/01 com a finalidade de prover recursos ao FGTS para realização dos créditos complementares nas contas vinculadas, decorrentes de decisão do STF que reconheceu o direito dos trabalhadores a complemento da atualização monetária no saldo das contas referente ao período de dezembro de 1988 a fevereiro de 1989 (época do Plano Verão) e ao mês de abril de 1990 (época do Plano Collor I). Ciente do caráter esporádico da necessidade de recompor os recursos do FGTS e do elevado ônus para os empregadores a CNI defende que a manutenção, por tempo indeterminado, do acréscimo de 10% sobre a multa rescisória não se justifica. Os recursos do Fundo já foram recuperados. O FGTS não é mais deficitário. A contribuição adicional onera em muito a carga tributária das empresas nacionais, refletindo negativamente na competitividade de produtos e serviços oferecidos por empresas do setor formal da economia. A Confederação Nacional da Indústria, em parceria com as demais confederações patronais, atuou para que o projeto fosse aprovado. As Federações de Indústria, alertadas pelo RedIndústria, emprestaram o seu apoio à aprovação da proposta, encaminhando aos parlamentares dos seus Estados manifestações favoráveis à matéria. A proposta segue para apreciação pelo Plenário da Câmara dos Deputados. Fonte: CNI

Convenção 158: deputado apresenta voto em separado pela rejeição na CCJ Deputado apresenta voto em separado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, contra a aprovação da Convenção 158 da OIT. Apesar de a proposta ainda não ter sido pautada no colegiado, o deputado Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA), já antecipou sua posição contra a Mensagem Presidencial para ratificação da medida internacional. A Mensagem 59/08, do Executivo, que submete à apreciação do Congresso o texto da Convenção 158, de 1982, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre Término da Relação de Trabalho por iniciativa do Empregador, já foi rejeitada em duas comissões na Câmara dos Deputados. A primeira foi a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, onde foi aprovado o parecer pela rejeição do deputado Júlio do Delgado (PSB-MG). À época, o parecer do relator foi acompanhado por 20 deputados, apenas um membro do colegiado votou a favor da Convenção 158.

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A segunda a rejeitar a Mensagem 59/08 foi a Comissão de Trabalho da Câmara. Nesta, o relator foi o deputado Sabino Castelo Branco (PTB-AM). Seu parecer, modificado de forma repentina e sem as devidas explicações, foi aprovado por 17 votos contra oito. CCJ - Agora a matéria aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, cujo relator é o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). Ele apresentou parecer pela constitucionalidade da proposta. Antes mesmo de ser apreciada no colegiado. Fonte: Blog RT

União desiste de cobrar contribuição ao INSS

Depois de ser derrotada nos tribunais superiores, a União decidiu desistir de ações que discutem a incidência de contribuição previdenciária sobre auxílio-alimentação, vale-transporte e seguro de vida. A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicaram orientações para que os procuradores não recorram mais nessas situações. A AGU publicou a súmula nº 60, editada no dia 08.12.2011. Ela estabelece que não há incidência de contribuição previdenciária sobre o vale-transporte pago em dinheiro, "considerando o caráter indenizatório da verba". A orientação - que deve ser seguida pelos advogados da União, procuradores federais e do Banco Central - foi publicada após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao julgar um recurso do Unibanco, em maio de 2010, os ministros declararam, por maioria de votos, a cobrança inconstitucional. Eles entenderam que se trata de verba indenizatória, e não de remuneração ao trabalhador. "Não há incidência sobre o que não representar acréscimo patrimonial, por ser apenas uma reposição por um valor gasto pelo trabalhador, ainda que em espécie", diz o advogado Guilherme Romano, do escritório Décio Freire & Associados. O número de ações relativas ao tema e o impacto da desistência ainda estão sendo levantados, de acordo com a Secretária-Geral de Contencioso da AGU, Grace Maria Mendonça. Neste mês, o Ministério da Fazenda aprovou dois pareceres da PGFN que dispensam os procuradores de recorrer de decisões judiciais contrárias ao pagamento de contribuição previdenciária sobre auxílio-alimentação e seguro de vida contratado pelo empregador. Fonte: Blog RT

Comissão aprova punição para empresa que pratique discriminação salarial A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou punição para empresas que paguem salários diferentes para as mesmas funções ou cargos em razão de sexo ou raça. A empresa que fizer a distinção será obrigada a pagar ao funcionário discriminado a diferença acumulada e as contribuições previdenciárias equivalentes. Além disso, o funcionário também terá direito a multa de 50% sobre a diferença de vencimento.

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O texto aprovado é um substitutivo do deputado Wellington Fagundes (PR-MT) ao Projeto de Lei 371/11, da deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS). O substitutivo amplia o alcance do projeto inicial, voltado apenas para a discriminação entre homens e mulheres, para incluir ainda a discriminação racial. Multa - Por outro lado, o texto do relator diminui o valor da multa prevista no projeto original. A deputada Manuela sugere que seja cobrada da empresa uma multa equivalente a dez vezes a diferença salarial acumulada. Já Wellington Fagundes argumenta que esse valor causa prejuízos desproporcionais e diminui a punição para 50% da diferença salarial acumulada. “Em nosso entendimento, a multa é um instrumento acessório ao montante principal e, por isso, não deve ter valor dez vezes superior a este”, avalia o relator. Fiscalização - Outra mudança proposta altera o instrumento de fiscalização da empresa. Pelo projeto original, o Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social deveria ter três campos adicionais para incluir a qualificação do cargo, a quantidade de horas trabalhadas e o sexo do trabalhador. Wellington Fagundes argumenta que este formulário já não é mais utilizado e, por isso, alterou o projeto para que a prestação das informações seja tratada em regulamento. “Dessa forma, é possível compatibilizar a prestação das informações requeridas pelo projeto com os instrumentos existentes, os quais são constantemente aperfeiçoados e substituídos”, justifica. Tramitação - A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto sobre gorjetas divide patrões e empregados

Patrões e empregados de estabelecimentos de hospedagem e alimentação, como bares, restaurantes e hotéis, têm posições divergentes sobre o projeto do Senado que caracteriza como crime a apropriação da gorjeta pelo empregador (PL 7443/10). Os patrões são contra. Já os trabalhadores, a favor da proposta, que foi debatida na Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público. O projeto prevê pena de prisão de um a quatro anos e multa para o empregador que não repassar corretamente a taxa de serviço a garçons, camareiras, ascensoristas e carregadores de malas, por exemplo. Ainda de acordo com o texto, no caso de apropriação indevida da gorjeta, o empregador será obrigado a devolver o valor ao funcionário em até 48 horas, acrescido de 50% do montante devido. A cada período de 48 horas, se não houver devolução, a quantia é aumentada em 50%. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade, Moacyr Roberto Tesch, afirma que é comum os empregadores não repassarem as gorjetas aos empregados,

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especialmente com relação aos garçons. Críticas - O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre de Abreu, critica o projeto. Ele destaca que cada estado e cada sindicato trata de forma diferente a distribuição da taxa de serviço. Por isso, de acordo com Alexandre de Abreu, enquanto não houver a regulamentação válida para todo o País, não deve ser aprovada uma lei nacional que prevê prisão e multa para o empregador que se apropriar da gorjeta do trabalhador. Alexandre de Abreu ressalta que os sindicatos dos patrões e empregados do setor de hospedagem e alimentação já estão trabalhando em conjunto para apresentar um projeto de lei sobre a taxa de serviço. Divergência na Comissão - O projeto do Senado já recebeu parecer favorável do relator na Comissão de Trabalho, deputado Filipe Pereira (PSC-RJ). Entretanto, o deputado Laercio Oliveira (PR-SE) apresentou voto em separado no qual pede a rejeição da proposta. Tramitação - A proposta, que passará pelo Plenário, será votada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Mercado só gera emprego que paga até dois salários

O número de empregados com carteira assinada no Brasil aumenta desde 2000. Nesses quase 12 anos, o mercado formal absorveu 14,7 milhões de pessoas, o que resultou em avanços na qualidade de vida da população, em uma significativa ampliação da classe média e, consequentemente, no desenvolvimento de um novo e cobiçado público consumidor. No entanto, essa expansão do emprego ocorreu de forma desigual em termos de salário: os novos postos de trabalho se concentraram em vagas de baixa remuneração, que pagam no máximo dois salários mínimos mensais – o equivalente, hoje, a R$ 1.090. Para quem pensa em ingressar numa empresa ganhando mais que isso, o mercado encolheu. Segundo dados levantados pela Gazeta do Povo na base on-line do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro de 2000 e outubro de 2011 o país criou 18,5 milhões de empregos de até dois mínimos e, em sentido oposto, fechou 3,8 milhões de vagas mais bem remuneradas. Coordenado pelo Ministério do Trabalho, o Caged registra as contratações e demissões de trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – não inclui, portanto, militares e funcionários públicos estatutários. A retração do mercado para faixas salariais mais altas não é um fenômeno novo. Mas chama atenção o fato de que ele persiste, indiferente ao aquecimento da economia, à disputa cada vez mais acirrada por profissionais e aos sintomas de “apagão” de mão de obra em alguns setores. As empresas até contratam trabalhadores por mais de dois salários. O problema é que, no conjunto da economia, as demissões nessa faixa salarial superam as admissões, o que torna negativo o saldo de

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empregos – em outras palavras, há um fechamento de postos de trabalho. Entre janeiro e outubro de 2011, as empresas brasileiras admitiram 2,7 milhões de pessoas por uma remuneração superior a dois mínimos, mas dispensaram 2,86 milhões de funcionários nessa condição. Ou seja, em dez meses, foram extintas cerca de 160 mil vagas nessa faixa salarial. Quem está garantindo o crescimento do emprego formal são os postos mais “baratos”: com 14,84 milhões de contratados e 12,76 milhões de demitidos, o saldo das vagas de até dois salários ficou positivo em 2,08 milhões. A situação não é diferente no Paraná, onde o mercado gerou 156 mil empregos de até dois salários e fechou 14 mil postos mais “caros”. Mesmo profissionais com ensino superior completo têm sido contratados para receber menos de dois salários. De janeiro a outubro, quase 77 mil brasileiros formados aceitaram trabalhar recebendo até 1,5 mínimo, o equivalente a R$ 817,50 – para efeito de comparação, em Curitiba há anúncios oferecendo salário de R$ 800 para empregados domésticos. Setores - De uma lista de sete grandes setores da economia brasileira, apenas administração pública e serviços criaram vagas de remuneração superior a R$ 1.090 neste ano. Mesmo assim, em número limitado: dos 806 mil empregos criados por empresas prestadoras de serviços, apenas 33 mil pagam acima desse valor. Na administração pública, a divisão foi mais equilibrada: 10 mil das 28 mil vagas abertas estão na faixa de cima. Dentro do setor industrial, só a indústria extrativa mineral (7 mil vagas, de um total de 17 mil novos empregos) e a de veículos (441 de 27,4 mil) geraram postos de maior valor. Mínimo subiu 60% mais que inflação desde 2001 - Um dos fatores que explicam a expansão das vagas de até dois salários mínimos e a extinção de postos mais bem pagos está na forte valorização do salário mínimo. “Ganhar dois mínimos hoje significa receber muito mais, em termos reais, que há dez anos”, diz José Márcio Camargo, economista da Opus Gestão de Recursos e professor da PUC-Rio. Entre 2001 e 2011, o valor do mínimo triplicou, passando de R$ 180 para R$ 545, aumento quase 60% superior ao da inflação do período. Com isso, aumentou o número de pessoas que recebem até dois salários – o equivalente a R$ 360 há dez anos e a R$ 1.090 hoje. Em 2012, o benefício subirá quase 15%, novamente acima da inflação, para R$ 625, segundo a última estimativa do governo. O economista Fábio Romão, da LCA Consultores, lembra que o aumento da formalização, sobretudo a partir de 2004, incluiu nos dados do Caged um grande contingente de trabalhadores de baixa remuneração. “A inclusão de trabalhadores até então informais engordou a base da pirâmide salarial do emprego formal.” Para Camargo, da PUC-Rio, outra explicação está em uma mudança estrutural vivida pela economia brasileira. “O setor mais dinâmico da economia nos últimos anos tem sido o de serviços. E ele tende a pagar salários mais baixos que a indústria, que vem perdendo força.” Diferença natural - Há, ainda, o fato de que o salário dos recém-contratados é, em geral, inferior ao dos que perdem o emprego. “Essa diferença é natural. Ruim é quando ela aumenta, algo que não tem ocorrido”, diz Cid Cordeiro, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos

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Socioeconômicos (Dieese-PR). Para ele, a rotatividade como estratégia de contenção de gastos – a troca trabalhadores “caros”, com mais tempo de casa, por outros mais jovens e “baratos” – ainda existe, mas “diminuiu muito”. “Boa parte da rotatividade se deve hoje ao trabalhador, que pede demissão para trabalhar em outro lugar, por salário melhor.” Fonte: Gazeta do Povo

Sindicalistas demonstram preocupação com mudanças na CLT

Representantes das confederações de trabalhadores e de centrais sindicais criticaram propostas de mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que, em sua visão, prejudicam os trabalhadores. Eles participaram de reunião na Subcomissão em Defesa do Emprego e da Previdência Social, vinculada à Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Os participantes também discutiram os resultados de debates realizados sobre a CLT em vários estados. O relato desses debates foi feito por Lourenço Ferreira do Prado, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec). As audiências nos estados integram a Campanha em Defesa da CLT, lançada em agosto durante reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH). Segundo Prado, esse é apenas o início da mobilização dos trabalhadores pela manutenção de seus direitos conquistados. Durante a reunião, os debatedores criticaram o Projeto de Lei 1.463/11, do deputado federal Sílvio Costa (PTB-PE), que institui alterações na CLT, por meio do Código do Trabalho. Para os sindicalistas, o texto que tramita na Câmara acarretará perda de direitos dos trabalhadores. - A CLT corre perigo muito grave, muito sério mesmo. A grande maioria que o governo tem lá [na Câmara] não vale apara as questões trabalhistas e previdenciárias - alertou Lourenço Ferreira do Prado, Presidente da Contec. Segundo o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, José Calisto Ramos, além de precarizar ainda mais as condições de trabalho, o projeto representa interferência no movimento sindical. - O artigo 8º da Constituição é muito claro: é vedada ao estado a interferência na organização sindical brasileira, mas o estado está interferindo. Deixe que nós decidamos sobre nossas questões - disse. Já o representante do Ministério Público do Trabalho José Lima Ramos Pereira ressaltou que as alterações na CLT devem ser realizadas no sentido de garantir e ampliar os direitos conquistados. Para ele, a atualização da legislação trabalhista é necessária, mas os direitos já consolidados não podem ser flexibilizados. - É preciso maior discussão na sociedade. O que preocupa hoje é retirar da legislação trabalhista os direitos já consolidados - disse Pereira. Para Gabriel Faria Oliveira, presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais o Brasil possui hoje um bom arcabouço jurídico relativo aos direitos trabalhistas, mas muitos desses direitos não são efetivados. - Vivemos numa era de direitos; precisamos trabalhar na era da efetivação desses direitos - afirmou.

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PEC 369/05 - A PEC 369/05 foi outra proposta em tramitação na Câmara muito criticada durante a audiência. Enviada ao Congresso Nacional pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a proposta altera os artigos 8º, 11 e 37 da Constituição e institui a contribuição de negociação coletiva, a representação sindical nos locais de trabalho e a negociação coletiva para os servidores da Administração Pública. Os debatedores concordaram que um período de crise econômica não é o momento propício e que a votação imediata, sem mais debates com os segmentos envolvidos, não é a forma adequada para votação da matéria. - Não é interessante para ninguém discutir a PEC 369 em um momento de crise financeira. Vamos discutir o fim do fator previdenciário, vamos discutir a reforma política, defendeu José Augusto da Silva, presidente do Fórum Sindical dos Trabalhadores. Para Sérgio Miranda, coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores de Minas Gerais, com a crise, países da Europa estão impondo aos trabalhadores a redução de seus direitos trabalhistas o que deve servir de alerta ao movimento sindical brasileiro. - O que ocorre hoje na Europa deve servir de alerta para nós. Está ocorrendo um desmonte da sociedade de bem estar social - alertou. Os sindicalistas também apresentam uma pauta de reivindicações prioritárias como o fim do fator previdenciário e redução jornada de trabalho de 44 para 40 horas. Também participaram da audiência Warley Martins, presidente da Cobap, e Sérgio Luis da Costa, presidente do Fórum Social dos Trabalhadores de Goiás. Fonte: Agência Senado

Relatório setorial confirma salário mínimo de R$ 622,73 em 2012 O valor do salário mínimo para 2012 deve ser mesmo de R$ 622,73, o que representa um aumento nominal de 14,26% em relação ao valor atual, de R$ 545. O dado consta do relatório setorial da área temática Trabalho, Previdência e Assistência Social, relativo ao projeto de lei orçamentária de 2012 (PLN 28/11), em exame na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). O novo valor tinha sido encaminhado ao Congresso, no fim de novembro, pelo Ministério do Planejamento, em ofício com a atualização dos parâmetros econômicos utilizados na elaboração da proposta orçamentária. Estima-se que a variação no dispêndio para 2012, decorrente apenas do salário mínimo, alcance a cifra de R$ 22,5 bilhões. Projeções recentes da área técnica do governo federal indicam que a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para o exercício de 2012 deverá corresponder a 6,3% - acréscimo de aproximadamente 0,6 ponto percentual em relação à taxa considerada para o salário mínimo quando do projeto de lei orçamentária. De acordo com o que estabelece o artigo 48 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, o projeto e a lei orçamentária incluirão os recursos necessários ao atendimento do reajuste do salário mínimo, em atendimento à sua política de valorização de longo prazo prevista na Lei 12.382/2011. A norma confirma a política de reajustes adotada desde 2004, com base na variação do INPC,

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acumulada nos 12 meses anteriores ao mês do reajuste, acrescida da variação real do Produto Interno Bruto (PIB) verificada no ano anterior ao da apresentação do projeto orçamentário. As despesas impactadas pelo aumento do salário mínimo são o abono e seguro desemprego; benefícios previdenciários; e benefícios assistenciais previstos na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um beneficio individual, não vitalício e intransferível, que assegura a transferência mensal de um salário mínimo ao idoso, com 65 anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Já a Renda Mensal Vitalícia (RMV) é destinada a pessoas maiores de 70 anos de idade ou inválidos, definitivamente incapacitados para o trabalho, que não exerçam atividades remuneradas e não obtenham rendimento superior a 60% do valor do salário mínimo; que não contem com pessoas de quem dependam e não tenham outro meio de prover o próprio sustento. Segundo informações do Ministério do Planejamento, cada R$ 1,00 de aumento do salário mínimo provoca acréscimo líquido de R$ 289,8 milhões nas despesas orçamentárias do governo. O relator da proposta orçamentária de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), já havia apontado a necessidade de alterar o salário mínimo, tendo em vista que o projeto original do governo foi elaborado com uma previsão de INPC de 5,7%. O número, somado à taxa de crescimento do PIB em 2010, que foi de 7,5%, projetou um mínimo de R$ 619,21, equivalente a um aumento nominal de 13,6%. A atualização elevou a inflação para 6,65%. Fonte: Agência Senado

Novo aviso prévio onerará empresas A regulamentação do dispositivo constitucional referente à proporcionalidade do aviso prévio, estabelecida em lei aprovada no Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, supre uma lacuna inadmissível na legislação trabalhista brasileira. Contudo, a relação de três dias por ano de trabalho, podendo gerar o compromisso de manter ou pagar o trabalhador demitido durante três meses, significará graves ônus para os empregadores. Trata-se, portanto, de mais um fator com impacto negativo sobre a competitividade das empresas, somando-se aos impostos elevados, juros exagerados, câmbio apreciado e os próprios encargos sociais sobre a folha de pagamentos já existentes no País. Assim, a promulgação da lei deveria ter a contrapartida de uma desoneração compensatória. O Brasil demorou 23 anos, desde a promulgação da Constituição de 1988, para regulamentar o aviso prévio proporcional, previsto na alínea 21 do artigo sétimo da Carta. Nessas mais de duas décadas, ocorreram muitas mudanças na economia mundial e nacional, incluindo o advento da globalização e o estabelecimento de um nível de competição jamais antes visto no capitalismo contemporâneo. Assim, toda medida que onere hoje as empresas interferem de modo direto em sua capacidade concorrencial, fator que caracteriza o anacronismo da lei.

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Por isso, teria sido mais lógico e lúcido que a regulamentação da proporcionalidade do aviso prévio não tivesse sido feita de modo isolado, mas sim no âmbito de uma ampla reforma trabalhista, defendida há tempos pelos setores produtivos brasileiros. Esse olhar mais aprofundado do tema permitiria a configuração de marco legal que atendesse à Constituição de 88 e, ao mesmo tempo, refletisse a presente conjuntura socioeconômica do Brasil e toda a complexidade da economia mundial. Como outras nações, deveríamos ter uma legislação trabalhista que onerasse menos as empresas e remunerasse mais o trabalhador, reduzindo os encargos que ambos recolhem aos cofres públicos. Fonte: Blog RT

Notícias Estaduais

Assuntos Econômicos

Paraná tem nove municípios entre as cem maiores economias do País Nove municípios paranaenses estão na lista das cem maiores economias do País, segundo dados de 2009 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital, Curitiba, ocupa a quarta posição no ranking nacional, com Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 45,8 bilhões em 2009, à frente de cidades mais populosas, como Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). Também estão entre as cem maiores economias municipais do País as cidades de Araucária (PIB de R$ 11,9 bilhões), São José dos Pinhais (R$ 11,5 bilhões), Londrina (R$8,8 bilhões), Maringá (R$ 7,2 bilhões), Foz do Iguaçu (R$ 6,7 bilhões), Paranaguá (R$ 5,4 bilhões), Ponta Grossa (R$ 5 bilhões) e Cascavel (R$ 4,9 bilhões). Apesar dos efeitos da crise internacional que marcaram o exercício de 2009 o PIB de Curitiba registrou crescimento nominal de 5,6%, com destaque para o setor industrial, que teve expansão de 16,7%. Mesmo assim, os serviços permaneceram predominantes na estrutura econômica do município, respondendo por mais de 80% da renda local. A capital responde por 24,09% do PIB paranaense. Para o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES), a relação confirma o dinamismo da economia da região metropolitana de Curitiba e também do interior do Estado, que a partir deste ano ganhou mais atenção do governo estadual, a partir de uma série de programas destinados a fomentar o desenvolvimento de todas as regiões e especialmente das cidades de pequeno e médio porte. “Os programas estaduais, como o recém-lançado Pró-Rural – Renda e Cidadania no Campo, vêm priorizando a redução das desigualdades regionais”, afirma o diretor de

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pesquisa do IPARDES, Júlio Suzuki. O programa, lançado pelo governador Beto Richa no mês passado, prevê investimentos de R$ 130,8 milhões para estimular a economia de 131 municípios localizados em oito microrregiões paranaenses que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Pró-Rural, que será implementado com financiamento do Banco Mundial (BIRD) e contrapartida do Tesouro do Estado, envolve uma população 1,9 milhão de pessoas, das quais 615 mil (32%) vivem no meio rural. A área de atuação do projeto vai se concentrar em oito territórios rurais. Trata-se de um conjunto de municípios unidos geograficamente com o mesmo perfil econômico e ambiental, com identidade, coesão social e cultural. O governo também fomenta o desenvolvimento regional por meio do Paraná Competitivo, programa que concede incentivos fiscais para investimentos privados no Estado e já enquadrou empreendimentos em várias regiões. Fonte: Agência Estadual de Notícias Microempresa

O tratamento diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte Foi aprovado o projeto de lei nº 941/11, de autoria do Poder Executivo, oriundo da mensagem nº 105/11. Essa proposição altera dispositivos da Lei nº 15.562 (de 4 de julho de 2007), que dispõe sobre o tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no estado do Paraná. Em primeira discussão, na 24ª sessão extraordinária, o projeto recebeu 46 votos favoráveis. A matéria passou ainda na 25ª sessão extraordinária com 49 votos favoráveis. E como não recebeu emendas durante sua tramitação foi dispensada de redação final, conforme requerimento apresentado pelo deputado Ademar Traiano (PSDB), líder do Governo, aprovado também em Plenário. Fonte: ALEP Fomento e Desenvolvimento Tecnológico

Empresários do Estado serão incentivados a inovar O Conselho Temático da Micro, Pequena e Média Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) realizou a última reunião de 2011. Na ocasião, o gerente de inovação da FIEP, Filipe Cassapo, apresentou aos presentes o edital da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do SEBRAE na área de inovação. Através deste dispositivo, espera-se sensibilizar, no mínimo, 700 empresas paranaenses para a importância de inovar em seus processos e produtos na busca pela competitividade. Através de apoio financeiro para consultoria, as empresas interessadas poderão incutir em seus negócios a cultura da inovação. “Se tudo der certo iremos multiplicar por dois o números de empresas inovadoras do Estado.”,

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afirmou Cassapo. Segundo o presidente do Conselho, Norbert Heinze esta é mais uma ótima oportunidade que as empresas, por meio dos seus sindicatos, têm à disposição através da FIEP. Outro ponto da reunião foi a apresentação do consultor do SEBRAE, Cirineu Rodrigues, sobre as recentes alterações no regime tributário do Simples Nacional, através das resoluções nº 92 e 94/2011. A nova sistemática que irá regular os Conselhos Temáticos e Setoriais da federação foi apresentada pelo coordenador dos conselhos, Eduardo Knechtel. Segundo ele, a perspectiva é que os oito conselhos setoriais desdobrem-se em 20 de modo a trabalhar mais pontualmente a atuação das cadeias produtivas. Fonte: FIEP Direito do Consumidor

Proposição define novas regras para compras coletivas na internet O projeto de lei nº 389/11, de autoria do deputado André Bueno (PDT), foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná. A matéria disciplina a venda eletrônica de produtos e serviços através de sítios de compra coletiva pela internet e estabelece critérios de funcionamento para essas empresas no estado. Com a iniciativa, Bueno quer estabelecer que as empresas de compras coletivas mantenham serviço de atendimento telefônico e hospedem seus sites em servidores de empresas com presença física no país. Também determina que cada anúncio traga, em tamanho visível, informações sobre quantidade mínima de compradores, prazo para utilização da oferta, endereço e telefone do anunciante e quantidade máxima de cupons que podem ser comprados por cliente. Agendamento - Para reduzir problemas de agendamento, a proposição prevê ainda que as ofertas apresentem dados sobre a quantidade de clientes que serão atendidos por dia e a forma de agendamento para utilização da oferta. Outra questão abordada pelo projeto é a devolução de valores pagos no caso de o número mínimo de interessados não ter sido atingido, que passaria a ser de 72 horas. O deputado destaca que esse sistema de vendas é campeão no número de reclamações nos PROCON ’s de todo o Brasil. Segundo os serviços de defesa do consumidor, desde 2008 as reclamações de consumidores aumentaram 780%. Os principais problemas enfrentados são dificuldades no cancelamento de serviço, a não entrega do produto comprado, cobranças indevidas e o descumprimento de prazos anunciados durante a compra. Fonte: ALEP

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Política Agroindustrial

Fusão da Claspar e Codapar é aprovada no Legislativo O projeto de lei nº 938/11, do Poder Executivo, autorizando a incorporação da Empresa Paranaense de Classificação (Claspar) pela Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), vinculadas à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, passou com 44 votos favoráveis, em segunda discussão, na 24ª sessão extraordinária. A matéria foi submetida ainda a votações nas 25ª e 26ª sessões extraordinárias. Em todas foi aprovada. De acordo com o Executivo, a intenção é criar uma nova organização, mais moderna e alinhada com as estratégias do governo. A Codapar é uma empresa de economia mista, criada em 1956. Tem como missão a melhoria da infraestrutura rural por meio da elaboração e execução de projetos de conservação de solos e adequação de estradas rurais, permitindo uma produção ambientalmente correta e sustentável, além de facilitar o escoamento da produção. A Claspar foi fundada em 1957, para executar a classificação dos produtos agrícolas, pecuários e das matérias-primas, seus subprodutos e resíduos de valor econômico no Paraná. É uma empresa pública de direito privado que tem como único dono é o governo do Estado. Nas empresas de economia mista há a participação do governo do Estado e outros acionistas. Fonte: ALEP

Meio Ambiente

Deputados aprovam proibição de sacolas plásticas no Paraná A Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei 260/2011, de autoria do deputado Caíto Quintana (PMDB), que proíbe o uso de sacos e sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais e órgãos públicos no Paraná. Segundo a proposta, o uso de sacos e sacolas plásticas só será permitido se forem fabricadas exclusivamente com matérias primas biodegradáveis, derivadas total ou parcialmente de fontes de origem renovável natural. Para Caíto, este tipo de matéria precisa atender basicamente os seguintes requisitos: biodegradação em no máximo 18 meses, conter no mínimo 70% de material biodegradável e os resíduos finais não poderão ser tóxicos ou provocar dano ao meio ambiente e que resultem em gás carbônico, água e biomassa. “Os materiais plásticos são provenientes de resina sintética oriunda do petróleo. Não são biodegradáveis e levam muito tempo para se decompor na natureza”, informa.

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Dano ambiental – Ao serem jogadas em vazadouros, as sacolas podem obstruir a passagem da água, acumulando detritos e impedindo a decomposição dos materiais biodegradáveis. Tratando-se, portando de um material altamente nocivo ao meio ambiente, torna-se igualmente necessário um combate mais eficaz contra este tipo de material. São práticas largamente consagradas, em quase todos os países da Europa. Por tudo isso, o deputado justifica que sua proposição visa desestimular o uso de sacolas plásticas, lembrando que os estabelecimentos comerciais e órgãos públicos terão prazo de um ano para substituir os materiais. Caíto reconhece que a proposta irá acarretar, num primeiro momento, aumento de custo para os empresários. “Mas isto até que os consumidores se convençam da importância substancial da mudança de atitude e de consciência com relação ao uso ecologicamente correto de materiais biodegradáveis”, concluiu. Fonte: ALEP

Faltam informações sobre emissão de gases poluentes

O Brasil entra no escuro no acordo global aprovado para a redução de emissões de gases do efeito estufa. O último levantamento amplo realizado pelo país sobre a liberação de substâncias poluentes na atmosfera foi divulgado no ano passado e traz dados até 2005. Os números revelam que o Brasil emitiu naquele ano 2,2 milhões de toneladas de gases nocivos à natureza. O próximo estudo será divulgado apenas em 2014. Além da falta de dados recentes, ainda não há uma definição de como o país vai trabalhar a mudança do uso do solo, como na agropecuária e no desmatamento – que é responsável por aproximadamente 79% dos gases responsáveis pelo aquecimento global. Representantes de mais de 190 países aprovaram durante a conferência sobre o clima de Durban, na África do Sul (COP-17), um protocolo de intenções destinado a reduzir os gases que provocam o efeito estufa. Até 2015, os países que mais poluem no mundo terão de se debruçar sobre os números de emissões de gases para ver quem vai cortar, e de que forma, a poluição. O objetivo é que um plano entre em vigor até 2020. Segundo um estudo elaborado pelo instituto alemão IWR, o Brasil foi o 12.º maior emissor de CO2 em 2010, com 464 milhões de toneladas – geradas na produção de energia e em processos industriais. Na pesquisa anterior, o país ocupava a 15.ª posição no ranking. A China, com 8,3 bilhões de toneladas, os Estados Unidos, com 5,4 bilhões, e a Índia, com 1,7 bilhão, aparecem, respectivamente, nas três primeiras posições. Já um levantamento de 2008, da UNdata, apontou que cada brasileiro é responsável por emitir 1,9 tonelada de CO2 na natureza por ano. Para o superintendente-geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana, a iniciativa do COP-17 foi um avanço para se debater questões relacionadas ao meio ambiente. No entanto, ele acredita que o prazo para o acordo entrar em vigor é muito extenso. “Foi muito positivo um acordo no qual todos os países aceitaram reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Porém, os prazos são insuficientes para atender a um problema que cresce a cada dia”, afirma.

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Desafio - O principal desafio do país é conseguir controlar a emissão de gases poluentes no campo, medida que deverá estar incluída no acordo global de 2015. Para isso, será necessário investir em políticas públicas para reduzir o desmatamento e na aplicação da agricultura sustentável. Como a maioria da poluição atmosférica é oriunda do campo, o pesquisador e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Carlos Alberto Sanquetta ressalta a necessidade de um investimento específico para o setor. Segundo ele, é indispensável um manejo diferente do solo. “Uma das formas é produzir a mesma quantidade de alimentos em uma área menor de produção. Além disso, é preciso usar o solo corretamente, sem grande emissão de carbono. Isso requer capacitação dos produtores e não será feito do dia para a noite”, salienta o pesquisador, que participou do encontro na África do Sul. Fonte: ALEP

Infraestrutura

Projeto de Lei das PPPs foi aprovado em Plenário O Plenário aprovou o projeto de lei nº 852/11, que dispõe sobre as normas de licitação e contratação de parcerias público-privadas, referente à mensagem do Poder Executivo nº 027/11. Os parlamentares aprovaram o projeto com 41 votos favoráveis e apenas 06 contrários. O projeto foi aprovado com apenas uma emenda, da bancada do PMDB, que prevê a autorização da Assembleia Legislativa na hipótese de implantação de PPPs no Estado, caso a caso. “Esta emenda valoriza esta Casa, e assim o governo poderá melhor informar sobre as PPPs”, afirmou o líder do PMDB, deputado Caíto Quintana. As demais emendas apresentadas foram rejeitadas. Segundo o deputado Ademar Traiano (PSDB), líder do Governo, com as PPPs o Executivo pretende incrementar projetos de interesse público, inclusive com fomento de atividades privadas nas áreas de tecnologia e inovação, cultura e desenvolvimento econômico. Fonte: ALEP

Beto Richa sanciona lei que amplia Região Metropolitana de Curitiba

Os municípios de Campo do Tenente, Piên e Rio Negro também passam a fazer parte da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que agrupa agora 29 municípios. É que o governador Beto Richa (PSDB) sancionou no último dia 9 o projeto de lei que amplia a RMC, conforme propostas originalmente apresentadas na Assembleia Legislativa pelos deputados Stephanes Junior

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(PMDB), Toninho Wandscheer (PT) e Anibelli Neto (PMDB). “A ampliação da RMC representa uma conquista para essas cidades que agora poderão contar com os benefícios dos programas do Governo Federal, como o Programa Minha Casa, Minha Vida”, disse o deputado Toninho. Fonte: ALEP Projeto de Lei sobre a informatização dos processos administrativos foi aprovado em Plenário

O Projeto de Lei nº 884/11, do Poder Executivo, dispõe sobre a informatização dos processos administrativos de qualquer natureza no âmbito da Secretaria de Estado da Fazenda. Segundo o deputado Cesar Silvestri Filho (PPS), que relatou a matéria pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o objetivo da proposição é modernizar e facilitar o acesso do cidadão aos processos administrativos. Silvestri, assim como o deputado Ademir Bier (PMDB), que relatou o projeto em Plenário pela Comissão de Finanças, manifestaram-se favoráveis à iniciativa. O projeto foi aprovado, em primeira discussão, com 40 votos. Fonte: ALEP Transportes

FIEP debate eixos de desenvolvimento na área de transporte

Entidades representativas do setor produtivo e do governo do Paraná reuniram-se na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) para discutir os eixos de desenvolvimento que irão nortear as ações de infraestrutura e logística de transporte que estarão contempladas no projeto Sul Competitivo. Iniciativa da FIEP e das federações industriais do Rio Grande do Sul (FIERGS) e Santa Catarina (FIESC), projeto tem por objetivo realizar um diagnóstico da situação logística na região Sul do país e propor soluções integradas para o transporte de cargas através de portos, aeroportos, ferrovias, hidrovias, dutovias e rodovias. “A fronteira não é política, é econômica. Então uma obra feita aqui no Paraná pode resolver o problema de uma empresa em Santa Catarina e vice-versa”, observou Paulo Ceschin, coordenador do Conselho Setorial de Infraestrutura da FIEP. O encontro contou com a participação de representantes da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (FACIAP), Federação do Comércio do Paraná (FECOMÉRCIO), Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), BRDE e Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado do Paraná (SICEOT-PR). Fonte: FIEP

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Energia

Projeto prevê que prédios públicos utilizem energia solar

O projeto de lei nº 342/11, tornando obrigatória a instalação de sistema de aquecimento de água por energia solar e aproveitamento de águas de chuva na construção ou reforma de prédios públicos, foi aprovado em terceira discussão. A proposição é de autoria dos deputados Luiz Accorsi (PSDB) e Rasca Rodrigues (PV). Conforme os autores, “a utilização de energia solar apresenta grandes vantagens tanto econômicas quanto ambientais, por tratar-se de uma fonte limpa e inesgotável que se delineia cada dia mais como uma das grandes soluções energéticas para o planeta”. Entendem os parlamentares que a utilização da água da chuva para regar hortas e jardins, fazer a lavagem do prédio, dar a descarga de privadas, entre outras utilidades, “se reveste de importância econômica e ambiental”. No projeto de lei eles estabelecem que “todo edital de licitação para obras de construção ou reforma de prédio público trará expressamente a obrigatoriedade da instalação de sistema de aquecimento de água por energia solar e aproveitamento de águas de chuva na edificação”. A proposição precisa ainda ser submetida à votação em redação final, porque recebeu emenda na Comissão de Ecologia e Meio Ambiente (em forma de substitutivo geral). Só após o cumprimento desse trâmite legal e regimental é que o projeto poderá ser encaminhado para sanção (ou veto) do Governo do Estado. Fonte: ALEP

Tributos

Projeto de Lei de regulamentação de precatórios foi aprovado em Plenário O projeto de lei nº 940/11, que regulamenta o acordo direito de precatórios e estabelecem políticas fazendárias, oriunda também da mensagem governamental nº 092/11, foi aprovado com 45 votos favoráveis, na forma de subemenda substitutiva geral da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em terceira discussão. Fonte: ALEP

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Impostos

IPVA para 2012 é aprovado com apenas uma emenda O projeto de lei nº 932/11, de autoria do Poder Executivo, normatizando o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para o ano 2012, foi aprovado em segunda discussão, durante a sessão ordinária. A matéria que trata do IPVA acabou recebendo três emendas, mas apenas uma foi aprovada pelo Plenário. Passou a emenda do deputado Nelson Luersen (PDT), possibilitando o pagamento do IPVA com vencimento segundo o final da placa do veículo. “A proposta é de interesse social e resultado de inúmeras solicitações recebidas dos cidadãos que no início do ano se deparam com inúmeras outras despesas”, declarou Luersen, ao solicitar apoio dos parlamentares para sua emenda. As outras duas emendas de autoria da bancada do PT foram rejeitadas. Fonte: ALEP

CCJ adia para 2012, votação de mensagem alterando base de cálculo do ICMS Um acordo de lideranças postergou para o próximo ano a votação do projeto de lei nº 953/11, oriundo da mensagem governamental nº 82/11, que estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A matéria altera a legislação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, reduzindo a base de cálculo nas operações internas de modo que a carga tributária seja equivalente a 7%. Fonte: ALEP

FIEP e Sinditextil promovem ação para conscientizar consumidores sobre peso dos tributos

Para mostrar o impacto da elevada carga tributária sobre o poder de compra da população, a Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) e o Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado do Paraná (Sinditextil) promovem a partir de 14.12.2011, uma panfletagem em semáforos e pontos de grande concentração de comércio. A ação, que faz parte do movimento A Sombra do Imposto, tem como objetivo conscientizar o cidadão sobre a necessidade de uma reestruturação no sistema tributário brasileiro. “Nosso objetivo é fazer com que as pessoas percebam que a carga tributária quando compramos qualquer produto é muito injusta”, afirma o presidente do Sinditextil, Nelson Furman. “Queremos aproveitar o período de compras de Natal para conscientizar a população sobre o fato de que impostos mais justos só trariam benefícios para o país”, acrescentou. A primeira mobilização aconteceu dia 14.12.2011, no Centro Cívico, próximo à sede da FIEP. Nos

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cruzamentos da Avenida Cândido de Abreu com as ruas Barão de Antonina e Inácio Lustosa, os motoristas receberão adesivos e panfletos que mostram o quanto é pago em impostos na compra de diferentes produtos. Também será distribuída uma caneta com uma mensagem informando que os tributos representam 48% do valor daquele produto. No dia 15.12.2011, a mobilização acontece em outros dois locais: no cruzamento das avenidas Marechal Floriano Peixoto e Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba, e também na Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres), esquina com Rua Alberto Twardowski, no Jardim Botânico. Já no sábado (17), das 10h às 13 horas, a ação da Sombra do Imposto será realizada no calçadão da Rua XV de Novembro, um dos principais pontos de comércio da capital. Com apoio da Associação Comercial do Paraná (ACP) e do Conselho de Jovens Empresários (CJE), o movimento fará uma passeata pelo calçadão, também com distribuição de panfletos, adesivos e canetas. Fonte: FIEP Taxas

Criação de três novas taxas A mensagem nº 109/11 (projeto de lei nº 981/11) cria três novas taxas: a Taxa de Fiscalização Sanitária Animal (TFSA), a Taxa de Fiscalização Sanitária Vegetal (TFSV) e a Taxa de Serviços Administrativos (TSA), as duas primeiras tendo como fato gerador o exercício do poder de polícia, e a última, a prestação de serviço público específico e divisível, efetivo ou potencial, prestado ou posto à disposição pela futura Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Paraná ADAPAR - recebeu um substitutivo geral de Plenário, aprovado em redação final com 40 votos favoráveis. Fonte: ALEP

Política Social

Educação

Projeto de Lei do Conselho Estadual de Cultura foi aprovado em Plenário O projeto de lei nº 820/11, de autoria do Poder Executivo, instituindo o Conselho Estadual de Cultura (CONSEC), passou com três emendas. Uma delas, modificativa, altera o artigo 2º do

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projeto definindo que o “Conselho Estadual da Cultura constitui-se por 29 membros titulares e respectivos suplentes”. Na proposta original estavam previstos 28 membros. A essa proposta foi acrescentada a seguinte emenda aditiva: “01(um) representante da Bancada Evangélica da Assembleia Legislativa do Paraná”. As duas emendas são assinadas pelos deputados Pastor Edson Praczyk (PRB), Artagão Junior (PMDB), Pedro Lupion (DEM), Marla Tureck (PSD), Gilson de Souza (PSC), Cantora Mara Lima (PSDB), Leonaldo Paranhos (PSC) e Toninho Wandscheer (PT). A terceira emenda é de autoria da Comissão de Cultura. Em primeira discussão, com 36 votos favoráveis, foi aprovado o projeto de lei nº 952/11, de autoria do Poder Executivo (oriundo da mensagem nº 108/11), instituindo o Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (PROFICE) e o Fundo Estadual de Cultura (FEC). O texto do anteprojeto enviado a Assembleia foi elaborado com a participação da sociedade civil, a partir de consultas e audiências públicas realizadas pela Secretaria de Estado da Cultura em 14 cidades do Paraná. De acordo com o deputado Péricles de Mello (PT), presidente da Comissão de Cultura, esse projeto, aliado ao que cria o Conselho de Cultura (Consec), vai permitir grandes avanços. Ele destacou ainda a emenda apresentada pela Comissão que transfere recursos do ICMS para o financiamento de projetos culturais. Fonte: ALEP

Estudantes já podem se inscrever para cursos do PRONATEC

Os alunos da rede pública estadual que procuram qualificação para o primeiro emprego podem se inscrever para os Cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), vinculados ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Médio Técnico e Emprego (PRONATEC). As inscrições estarão abertas até 20 de janeiro para os 116 cursos oferecidos gratuitamente em todo o Estado, com carga horária mínima de 160 horas. São 11,6 mil vagas para cursos do FIC. A Secretaria de Estado da Educação aderiu ao PRONATEC em parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). O PRONATEC tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Os cursos serão dados em municípios de 27 das 32 regiões do Estado atendidas pelos Núcleos Regionais de Educação (NRE’s). Os interessados devem procurar a equipe de Educação e Trabalho do núcleo da sua região. Os telefones e endereços estão nas páginas eletrônicas dos núcleos (www.diaadia.pr.gov.br/nre/). Fonte: Agência Estadual de Notícias

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Relações do Trabalho

Governo vai oferecer opção de microcrédito pelas Agências do Trabalhador

O Governo do Paraná vai oferecer mais uma opção de microcrédito para pequenos empreendedores. Parceria a ser firmada entre a Secretaria do Trabalho, Emprego e Economia Solidária e a Caixa Econômica Federal permitirá operações de crédito com valores entre R$ 300 e R$ 15 mil, para capital de giro, investimento fixo e investimento misto. A previsão é que o serviço esteja disponível no início do ano que vem. O programa vai beneficiar microempresários formais ou informais que atuam individualmente ou não, com faturamento anual de até R$ 120 mil. As taxas de juros serão de 0,64% ao mês – a mais barata do mercado - e os prazos para pagamento variam de quatro a 24 meses, sem carência. Os interessados em acessar o microcrédito deverão procurar o Posto de Atendimento ao Microcrédito (PAM), nas Agências do Trabalhador, assim que o serviço esteja disponível. Segundo o secretário estadual do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz Claudio Romanelli, o objetivo é atender artesãos, prestadores de serviços, empreendedores individuais, associações, cooperativas, entre outros tipos de empresários. “Entre as metas do governador Beto Richa está incentivar os microempresários que desejam ampliar suas atividades e apoiar aqueles que planejam iniciar o negócio próprio. Quando um empreendimento cresce, são gerados mais empregos e a economia local é fortalecida”, analisa. Os recursos virão da linha Crescer, do Programa Nacional de Microcrédito. Inicialmente serão atendidos os municípios que tenham Agência do Trabalhador e da Caixa. Na segunda etapa, estará disponível em toda rede de Agências do Trabalhador, presente em 220 municípios, com uma cobertura de 93% da população do Paraná. O Programa Nacional de Microcrédito foi lançado em agosto e se encaixa no modelo da economia solidária. A meta é promover o acesso ao crédito, com agilidade, sem exigir dos profissionais garantias para o pagamento dos empréstimos, podendo ser utilizada a modalidade de aval solidário. Para desenvolver o programa no Paraná a Secretaria do Trabalho, pelas Agências do Trabalhador, dará assessoria aos empreendedores na formalização das operações de crédito. Já a Caixa, na condição de agente financeiro, será responsável pela contratação do microcrédito e como banco depositário. Fonte: Agência Estadual de Notícias