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FILDA 2014 SONANGOL DISTINGUIDA COM LEÃO DE OURO Novas tecnologias atraíram milhares de visitantes ao espaço da petrolífera angolana N. 35 | Setembro 2014 Notícias Revista tRimestRal infoRmação GeRal DistRibuição GRatuita FORMAÇÃO MSTELCOM INTERNACIONAL NOVO CENTRO DE FORMAÇÃO MARÍTIMA DE ANGOLA REALIZA CERIMóNIA COM FUNDADORES ABERTA NOVA LOJA NA BAIXA DE LUANDA PARA MELHOR SERVIR OS CLIENTES SONANGOL BRILHA NA RIO OIL & GAS A MAIOR EXPOSIÇÃO/FEIRA DO PETRóLEO NA AMéRICA LATINA

Notícias - sonangol.co.aoªs/Documents/Sonangol_Noticias_n35.pdf · Olha-se para uma manada e a primeira impressão com que se fica é a de que a composição ... Por todo o país,

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FILDA 2014

SONANGOL DISTINGUIDA COM LEÃO DE OURONovas tecnologias atraíram milhares de visitantes ao espaço da petrolífera angolana

N. 35 | Setembro 2014

NotíciasRevista tRimestRal • infoRmação GeRal • DistRibuição GRatuita

FORMAÇÃO

MSTELCOM

INTERNACIONAL

NOVO CENTRO DE FORMAÇÃO MARÍTIMA

DE ANGOLA REALIzA CERIMóNIA COM FuNDADORES

ABERTA NOVA LOJA NA BAIXA DE LuANDA PARA MELHOR SERVIR OS CLIENTES

SONANGOL BRILHA NA RIO OIL & GAS

A MAIOR EXPOSIÇÃO/FEIRA DO PETRóLEO NA AMéRICA LATINA

SETEMBRO 2014 | 3

Índice

05ACTuALIDADE

aniveRsÁRio Do PRJosé Eduardo dos Santos festejou,

com a família, o seu 72 º aniversário, rodeado de manifestações de afecto

de todo o país.

16FORMAÇÃO

CfmaO Centro de Formação Marítima de Angola-CFMA, foi mostrado

aos seus fundadores

14CIMEIRA

CPlPReunida em Timor-Leste,

a Cimeira da CPLP admitiu a Guiné-Equatorial

como membro efectivo

20DESENVOLVIMENTO

navios-sonDa Cerimónia, na Coreia do Sul,

assinalou o início da construção de dois navios-sonda para

a frota da Sonangol

22NOVIDADE

mstelComInaugurada nova loja no centro

de Luanda

26DESTAQuE

filDa 2014Com stand futurista, Sonangol atrai milhares de visitantes e

ganha Leão de Ouro

36REPORTAGEM

sonanGol na HuílaUma forma de conhecer melhor

a realidade da petrolífera nacional naquela região

32INTERNACIONAL

bRasilNa Rio Oil & Gas, Sonangol apre-senta as suas potencialidades ao

mundo do petróleo

44DESPORTO

luís sÁ silvaO seu sonho é chegar

à Fórmula 1, o expoente máximo do desporto motorizado

n. 35 | setembRo 2014DistRibuição GRatuita

NOTÍCIAS

revista disponivel nos voos >>>

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4 | Sonangol Notícias

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o Gnu em nÓs

O Gnu, também conhecido como boi-cavalo, é um mamífero selvagem, nativo de África, que vive em manadas preferencialmente nas savanas. Animal imponente, atinge, a correr, os 80 km horários e vive cerca de vinte anos quando sobrevive ao profuso leque de armadilhas da vida na selva.

As fêmeas, quando em defesa de crias, chegam a enfrentar, e até mesmo matar, leopardos ou leões, habitualmente seus predadores naturais.

O acompanhamento da vida dos Gnus oferece, no entanto, uma interessantíssima lição. Olha-se para uma manada e a primeira impressão com que se fica é a de que a composição é sempre de animais fortes, robustos e viçosos. Parece não haver no seio do grupo Gnus fracos. Mas a verdade é que, a cosmética que ajuda os Gnus a oferecerem a imagem de manadas sempre bem constituídas fisicamente, é feita de forma dolorosa.

Ao longo da vida, os Gnus tem a infelicidade de, irremediavelmente, desafiarem a morte. É que as savanas, normalmente regiões intermédias entre bosques e prados, da mesma forma que oferecem chuvas e ricas vegetações, sazonalmente são também bastante secas e como tal, sem alimentos para várias espécies. Aí, os Gnus são forçados à transumância, o tal desafio à morte. Em manadas têm que percorrer muitos quilómetros em busca de água e pastos, passando necessariamente por regiões povoadas por animais que os têm como o “filé mignon” da sua cadeia alimentar e que, por sua vez, também precisam de alimento para manter o peso em tempo de crise.

Está claro que a viagem de ida e volta, nunca termina para todos. Mas são sobretudo os mais fracos, aqueles que menos lutam, menos correm, enfim, menos resistem, que quase sempre acabam entre as mandíbulas de crocodilos e outros carnívoros. E assim, com alguns membros a menos, a manada regressa ao seu habitat natural, com óbitos a lamentar, mas com uma composição forte e vencedora, na medida em que os fracos, os que não deram luta, foram comidos e acabaram como estrume para futuras vegetações.

Transportando este exemplo para os comportamentos humanos, salvaguardando-se, como é óbvio, as devidas diferenças, nas empresas há grupos laborais, cujos os integrantes não têm todos as mesmas competências e, como tal, inevitavelmente acabam por identificar-se sempre alguns menos rentáveis.

Os fracos nas organizações, não o são necessariamente por possuir menos capacidades que os demais, mas porque pelos seus magríssimos níveis de rentabilidade, pontualidade, disciplina, iniciativa e outros, levam a que o grupo tenha dificuldades em transmitir uma imagem de robustez e entrosamento, sinergicamente virado para o mesmo propósito.

Existem, no entanto, diferentes estirpes de franzinos laborais. Alguns deixam de o ser dado o interesse na aquisição de competências que os fortificam, ou porque, mesmo não dispondo de valências técnicas, são participativos, proactivos e fortes auxiliares na construção de bom clima laboral e incentivo ao trabalho. Outros, são da espécie mais daninha; aqueles que sendo desprovidos de recursos, nada fazem para adquiri-los, nunca movem uma palha em sentido positivo de labor próprio ou de auxílio à actividade de outrem. Estes, donos de grande disponibilidade de tempo, são normalmente os que se posicionam como eficazes caixas de ressonância de desinformações, que, quando não fomentam, ajudam a disseminar, para corrosão dos pilares das instituições.

Contrariamente aos Gnus, os fracotes laborais, nunca encetam a viagem das conquistas, assim, não precisam de atravessar rios e, logo, nunca são devorados. Dentro das instituições, não existem para eles predadores naturais. Deste modo, o colectivo vê-se privado do elemento equiparado ao maquilhador que oferece a imagem forte aos Gnus, tornando-se um grupo condenado a dar boleia aos franzinos para todos os percursos, restando a esperança de um dia olhar para trás e perceber que afinal, resolveram tornar-se membros activos do grupo.

Mateus Cristóvão

ANIVERSÁRIO DO PRESIDENTEPor todo o país, o dia 28 de Agosto foi assinalado

com manifestações de carinho e amizade para com José Eduardo dos

Santos, pela passagem de mais um aniversário, que culminaram com o apagar das velas numa

festa familiar

no Clube palmeirinhas, em luanda, o toque foi de festa. acompanhado da primeira-da-ma, ana paula dos santos, e dos filhos, o presidente da república, recebeu abraços, posou para os fotógrafos e dançou. dos numerosos presentes, destaque para um quadro fotográfico que retrata momentos altos da vida do Chefe de estado em tempos passados e uma peça de escultura da auto-ria de etona. Matias damásio e Coreon dú ofereceram um disco de ouro. Houve música ao vivo com alguns dos nomes de referência do merca-

do angolano como Bangão, Kyaku Kadhafi, Matias damásio, nsoki, eddy tussa e Bruna tatiana. num dos momentos mais emotivos da festa, o aniversariante aceitou o desafio de cantar com Matias damásio, recordando os tempos do agrupamento musical nzaji. no momento de soprar as velas, José eduardo dos santos, rodeado de toda a família, escolheu um desejo e assoprou. o desejo já não era propriamente novidade, porque havia sido anunciado momentos antes, no salão nobre do palácio da Cidade alta: “Uma angola de todos e para todos”.

Actualidadeeditorial

SETEMBRO 2014 | 5

6 | Sonangol Notícias SETEMBRO 2014 | 7

Actualidade

13ª EDIÇÃO DO PRÉMIO SONANGOL DE LITERATURA LANÇADA EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE E CABO VERDE

Na opinião do ministro, o pavilhão dos petróleos “permite aos cidadãos conhecer mais a indústria petrolífera e saber as actividades que cada uma das empresas vem desenvolvendo, desde a actividade operacional até a responsabilidade social”.Botelho de Vasconcelos reiterou o objectivo de dois milhões de barris por dia, e esclareceu que “as companhias têm sido orientadas no sentido de intensificarem a pesquisa, exploração e produção de petróleo”. Para o enquadramento dos jovens, referiu o ministro, existem “programas que permitirão que os jovens recém-formados, como aqueles que já trabalham nas companhias, possam ter um futuro em termos de carreira e integração, que lhes dê garantias de sustentabilidade e em termos profissionais possam atingir os seus objetivos. A integração dos angolanos nas empresas petrolíferas “corresponde a 80 por cento, mas, por ser uma actividade complexa e profunda, em certos fragmentos ainda precisaremos da intervenção de trabalhadores estrangeiros” sublinhou Botelho de Vasconcelos.

São Tomé e Príncipe e Cabo Verde acolheram muito recentemente as cerimónias de lançamento da 13ª edição do Grande Prémio Sonangol de Literatura, que se destina a escritores dos cinco países africanos de língua oficial portuguesa.Os actos realizados nos dias 10 e 13 de Setembro, respectivamente, contaram com a participação do Secretário-Geral da União dos Escritores Angolanos (UEA), Carmo Neto, e do representante da Sonangol para o referido concurso, José Mota.No caso concreto do primeiro arquipélago, a actividade, que decorreu numa das unidades hoteleiras da cidade capital são-tomense, foi presidida pelo Secretário-Geral da União dos Escritores de São Tomé e Príncipe, Albertino Bragança, na presença de homens e mulheres das letras daquele país e de distintos convidados.Já em Cabo Verde, o lançamento do concurso levou à Biblioteca Nacional, localizada na cidade da Praia, um grande número de escritores cabo-verdianos, membros do corpo diplomático, para além de convidados das mais diversas instituições locais.O acto, organizado de forma exemplar, foi orientado pelo Presidente da Academia

de Letras de Cabo Verde, Corsino Fortes, tendo sido marcado por referências aos nacionalistas e poetas angolano, António Agostinho Neto, cabo-verdiano, Amílcar Cabral, e são-tomense, Francisco José Tenreiro.Para além de receber cinquenta (50) mil dólares norte americanos, em cerimónia a realizar-se em Luanda, no dia 25 de Fevereiro de 2016, data do 40º aniversário da Sonangol, o vencedor do concurso também terá a sua obra editada.Refira-se que o Grande Prémio Sonangol de Literatura, cujas cerimónias de lançamento da 13ª edição também já tiveram lugar em Luanda e Moçambique, é patrocinado pela petrolífera estatal angolana e gerido pela UEA.

ANFITRIõES CONGRATULAM-SE COM LANçA-MENTO DO PRÉMIO NOS SEUS PAíSES

É unânime. Os escritores de São Tomé e Príncipe e de Cabo Verde enalteceram a ideia da Sonangol de realizar cerimónias de lançamento do Prémio nos seus países, considerando que esse facto contribui para que o concurso seja mais conhecido e desperte, consequentemente, mais interesse

MINISTRO DOS PETRóLEOS NA FILDA 2014José maria botelho de vasconcelos visitou atentamente o stand da sonangol onde recebeu todas as informações relativas à actividade da companhia

da parte dos escritores. Essa foi a ideia central manifestada, em breves entrevistas concedidas ao Jornal e à Revista Sonangol, pelo Secretário-Geral da União dos Escritores de São Tomé e Príncipe e pelo Presidente da Academia de Letras de Cabo Verde, que falaram também de outros aspectos afins.No caso concreto de São Tomé e Príncipe, Albertino Bragança afirmou que o Prémio tem contribuído para que os homens e mulheres das letras do seu país sejam conhecidos além-fronteiras. Disse igualmente que essa importante realização da Sonangol e da UEA pode servir de “forte coadjuvante para que as literaturas africanas de língua portuguesa se possam confluir e fazer renascer a Liga dos Escritores dos Cinco”, que foi criada na década de 1980, mas que infelizmente “morreu quase de imediato”.O Secretário-Geral da União dos Escritores de São Tomé e Príncipe considerou ainda que o arquipélago “é um dos países mais tranquilos do mundo”, facto que aliado à sua beleza natural transmite grande inspiração aos escritores da terra.Por seu lado, o Presidente da Academia de Letras de Cabo Verde começou por referir que o Prémio representa uma sinergia cultural, que também serve para fomentar o próprio desenvolvimento das associações de escritores de cada um dos países concorrentes. “Com a realização deste Prémio, a Sonangol ganhou, perante a massa crítica das nossas culturas, um significado muito especial”, sublinhou.Corsino Fortes não quis deixar de enaltecer a presença, na cerimónia de lançamento, de um número significativo de escritores cabo-verdianos, o que, em sua opinião, é uma demonstração do interesse e do respeito que o concurso já granjeou localmente.Recorde-se que Cabo Verde é o país que tem, até ao momento, mais vencedores (3) de edições do Grande Prémio Sonangol de Literatura.

O N’goma, navio de armazenamento e de processamento de petróleo e de gás natu-ral (FPSO*) da Sonangol recebeu recente-mente dois módulos, um com capacidade de 400 toneladas, para operar como sepa-rador da água e gás do crude, e outro, com 200 toneladas, para processar o petróleo, ambos concluídos em 12 meses. O director-geral da petrolífera italiana ENI - empresa que opera o navio -, Carlos Rus-so, adiantou que o custo total do projecto Ngoma é de 4,6 mil milhões de dólares (460 mil milhões de kwanzas), o que inclui o fabrico do navio, instalações submarinas, perfuração e outros processos. A produção de petróleo pelo N’goma vai começar no final deste ano no Bloco 15/06, que com-preende os campos de Sango, Cinguvo e Mpungi (situados a oeste da Bacia do Baixo Congo). O Ngoma tem capacidade para o armazenamento de 125 mil barris de petróleo por dia. “Temos o orgulho de construir dois módulos, neste que é o segundo maior projecto em Ango-la”, afirmou Julien Panardie, director do projecto.O director-geral do PAENAL, César Guerra, con-siderou que a consolidação do processo de fabri- co e integração dos dois módulos, em Porto Am-boim, “constitui a consumação de um desafio que envolveu técnicos que se empenharam dia e noite e mostra a competência dos técnicos na-

cionais”. O ministro dos Petróleos, José Botelho de Vas-concelos, participou na cerimónia de baptismo do navio. O projecto foi desenvolvido pela Sonangol e mul-tinacionais como a Single Buoy Moxings e a italiana ENI - Ente Nazionale Idrocarburi S.P.A., como operadoras.De notar que o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, já teve oportunidade de manifestar interesse no reforço da cooperação entre a Sonangol e a italiana Eni na construção de uma refinaria e na expansão internacional das actividades.

CERTIFICAçÃO INTERNACIONAL

O PAENAL, na província do Cuanza Sul, tornou--se uma referência em África e no mundo, por estar certificado para a fabricação de módulos, apoiando o sector de exploração petrolífera em águas profundas.O próximo desafio do PAENAL é o projecto Mafumei-ra, que consiste na construção de duas plataformas de exploração petrolífera em Cabinda, com o fim da empreitada previsto para finais de 2017.

*FPSO – Floating Production, Storage and Off-loading (Unidade flutuante de produção, arma-zenamento e transferência).

a Paenal - Porto amboim estaleiros navais, lda. está de parabéns com a conclusão do trabalho de integração de dois módulos, que capacitam o navio para trabalhar em águas profundas

“N’GOMA” PRONTO PARA O SERVIÇO

FOI BAPTIZADO EM PORTO AMBOIM

8 | Sonangol Notícias

Actualidade

SETEMBRO 2014 | 9

10 | Sonangol Notícias SETEMBRO 2014 | 11

Actualidade

a petrolífera italiana eni anunciou uma nova descoberta de petróleo em águas profundas de angola, estimando a existência no local de reservas de 300 milhões de barris

NOVA DEScObERTA DE PETRóLEO ESTIMADA EM 300 MILhõES DE bARRIS

A petrolífera indicou tratar-se da décima descoberta comercial de petróleo feita no bloco 15/06, aproximadamente a 150 quilómetros da costa angolana, no extremo norte do país. A descoberta, de acordo com a petrolífera italiana, que é operadora neste bloco com 35 por cento da sociedade, foi feita na exploração “Ochigufu” - a uma profundidade total de 4.470 metros. Aponta-se para já para uma capacidade de produção superior a 5.000 barris de petróleo por dia. Claudio Descalzi, director-executivo da ENI, afirma tratar-se de uma “importante

descoberta” que “adicionará ainda maior valor ao bloco 15/06”.Além da ENI, o bloco 15/06 é participado pela Sonangol Pesquisa e Produção (30%), SSI Fifteen (25%), Falcon Oil (5%) e Statoil (5%). A ENI tem ainda em curso estudos para “antecipar”, até final deste ano, o arranque da produção noutro campo do bloco 15/06, projecto que prevê produzir 100 mil barris de petróleo por dia. Para aquela área, ao largo da província do Zaire, já foi mobilizada a plataforma FPSO (Floating Production, Storage and Offloading, em inglês) N’Goma.

LIcITAÇÃO DE 12 NOVOS bLOcOS EM 2015

SONANGOL cONTRATA EMPRESA EScOcESA

Cinco estão localizados na bacia do baixo Congo e sete na do namibe

a sonangol contratou a empresa escocesa KCa Deutag para a realização de furos de prospecção em diversos blocos marítimos

Os doze blocos para exploração de petróleo offshore, adicionam-se a outros dez em terra e já em processo de licitação. Dos novos blocos a licitar em 2015, sete estão localizados na bacia do Namibe (Sul do país) e cinco na do Baixo Congo (Norte).A confirmação deste novo leilão surge depois de anúncio idêntico feito pelo ministro dos Petróleos de Angola, José Maria Botelho de

Vasconcelos, durante o Congresso mundial do sector, que decorreu no mês de Junho em Moscovo, na Rússia. Enquanto concessionária nacional, a Sonangol é responsável por estes concursos e tem em curso o leilão de outros dez novos blocos nas bacias terrestres dos rios Kwanza e Congo, que podem representar reservas estimadas em quantidades superiores a sete mil milhões de barris.

O contrato é válido por dois anos com possível renovação por mais dois, no valor de 170 milhões de dólares. A divisão de operações marítimas da KCA Deutag, vai colocar em Angola uma das suas plataformas de prospecção, a Ben Rinnes.A KCA Deutag está presente em Angola desde 2005, onde já opera, três plataformas de prospecção.Rune Lorentzen, presidente da divisão de operações marítimas da KCA Deutag, manifestou a sua satisfação com a assinatura deste contrato e acrescentou que a adjudicação reflecte a qualidade dos serviços prestados pela empresa.A KCA Deutag, com sede em Aberdeen, Escócia, é uma prestadora de serviços às empresas do sector petrolífero, tendo actualmente mais de nove mil trabalhadores e está presente em mais de 20 países.

12 | Sonangol Notícias

O galardão foi entregue por um dos responsáveis da Associação Agro-Pecuária, Comercial e Industrial do Lubango (AAPCIL) à directora do stand da petrolífera nacional, Maria Teresa Nestor, do Gabinete de Comunicação e Imagem da Sonangol E.P.. No seu espaço, a Sonangol apresentou informações sobre o potencial petrolífero nacional, com destaque para as Concessões, Companhias Petrolíferas a operar no país, Bacias Interiores de Angola e a História da Produção de Petróleo desde 1975. Este ano, três Subsidiárias da Sonangol E.P. estiveram representadas no certame, nomeadamente, a Sonagás, com a botija Levita, a Sonangol Distribuidora, com os seus óleos e lubrificantes da marca Ngol, e a SIIND, que exibiu catálogos com referências das suas várias fábricas a funcionar na Zona Económica Especial Luanda-Bengo. A petrolífera nacional também realizou jogos (puzzles) durante a exposição, que foram muito concorridos e tinham como finalidade completar imagens relacionadas com distintas empresas do Grupo. Naquela que é considerada a maior Feira do sul de Angola, o es-paço Sonangol foi visitado por grande quantidade de pessoas, com destaque para estudantes das diversas escolas do Lubango.

SONANGOL PREMIADA NA EXPO hUÍLA 2014uma “Chita de ouro”, correspondente ao melhor stand das empresas do sector de energia e Petróleos, foi o prémio conquistado pela sonangol na 22ª edição da expo Huíla deste ano, na cidade do lubango

12 | Sonangol Notícias

Actualidade

14 | Sonangol Notícias SETEMBRO 2014 | 15

texto: helder de Sousa fotos: Divulgação

GUINÉ EQUATORIAL FORMALMENTE ADMITIDA

CPlPGeorgia, Namíbia, Turquia e Japão receberam o estatuto de Observador Associado da CPLP.

Receberam a Categoria de Observa-dor Consultivo:

ARCTEL-CPLP (Associação de Regu-ladores de Comunicações e Telecomu-nicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa);

ASEL (Associação de Supervisores de Seguros Lusófonos);

IGC/CDH (Ius Gentium Conimbrigae/Centro de Direitos Humanos);

ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas);

ISEDEF (Instituto Superior de Estudos de Defesa “Tenente-General Armando Emílio Guebuza”);

UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa).

A CPLP reúne agora nove estados:

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,

Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e

Timor-Leste.A X Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Timor-Leste, recebeu com aplausos, o

Presidente da Guiné Equatorial e o primeiro-ministro da Guiné Bissau

CimeiRa CPlP

A Cimeira da CPLP em Díli, capital de Timor-Leste, realizada no mês de Julho, aumentou não só o número de países-membros com a admis-

são da Guiné Equatorial, mas também o número de observadores. A organização atribuiu a categoria de observador consultivo a seis instituições, entre as quais o Centro de Direitos Humanos da Universidade de Coim-bra e a UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa). Com estas seis novas organizações, são

actualmente 63, os observadores consul-tivos da CPLP, incluindo instituições tão diversas como a Academia Brasileira de Letras, a AMI-Assistência Médica Internac-ional, a Associação dos Comités Olímpicos de Língua Portuguesa, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde dos Estados Bra-sileiros ou as Fundações Agostinho Neto, Carlos Albertino Veiga, Amílcar Cabral, Bial, Calouste Gulbenkian, Champalimaud, Eduardo dos Santos, Luso-Americana para o Desenvolvimento, D. Manuel II, Oriente,

Mário Soares ou várias universidades do espaço lusófono.

CentRo De neGÓCios Esta Cimeira, para lá das declarações de circunstância habituais, formalizou uma intenção antiga dos seus membros, mate-rializada em decisões de índole económica. Como disse o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho: “Considero que a

economia assume um papel cada vez mais central na actuação da nossa organização e que a “lusofonia económica” constitui uma das maiores oportunidades da CPLP na nova economia global”.A CPLP representa uma dimensão energé-tica assinalável, onde 25% de todas as novas descobertas de petróleo e gás foram feitas em países de língua portuguesa (Brasil, Moçambique e Angola), desde 2005.Por seu turno, Timor-Leste apresenta um elevado potencial no âmbito dos hidrocar-bonetos, sugerindo a constituição de um consórcio de empresas lusófonas para explorar reservas existentes.

anGola RePResentaDa a alto nívelEm Dili, o vice-presidente angolano, representou o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.Manuel Vicente, considerou a Cimeira um sucesso e histórica por ter registado o alargamento da CPLP, com a inclusão de mais um estado-membro, a Guiné Equatorial.À margem dos trabalhos, Manuel Vicente manteve encontros separados com o Presi-dente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, e

com o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, que aproveitou o ensejo para agradecer o apoio de Angola ao seu país. O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, esteve presente na Cimeira na qualidade de Presidente do Parlamento daquela organização. “Nós ficamos particularmente satisfei-tos, porque atingimos o objectivo que nos trouxe a esta conferência de Chefes de Estado, que era o de manter o estatuto da Assembleia Parlamentar, como órgão da CPLP”, frizou.

cimeira

SETEMBRO 2014 | 17

“Augusto Alfredo Orlog”, é o nome que foi dado ao CFMA, situado na comuna do Kicombo, no município do Sumbe.

Tem capacidade para dar formação a 200 estudantes, nas áreas ligadas a engenharia marítima, ciências náuticas, técnicas de sobrevivência pessoal, segurança pes-soal, consciência de segurança e primeiros socorros. Estão previstos também ensina-mentos de formação básica em cisternas de petróleo e gás liquefeito, bem como estágios na área de oficial de máquinas e competên-cia costeira.Este ano, o centro, actualmente frequentado por cerca de 20 alunos, estará ainda em fase experimental de desenvolvimento. O Centro de Formação Marítima, afecto à Academia Sonangol, quer para formação básica, quer para formação especializada está apto a receber certificação internacional.Orçado em 80 mil milhões de kwanzas, o CFMA foi visitado em Agosto pelas vários parceiros intervenientes no projecto, nome-adamente a empresa sueca STENA, através da qual serão passados os certificados internacionais.No ramo educacional, existe uma parceria com a Universidade de Glasgow, a CITY COLLEGE OF GLASGOW uma das maiores

texto: sarissari Dinis foto: José Quarenta

CENTRO DE FORMAÇÃO MARÍTIMA DE ANGOLA

APRESENTADO AOS SEUS FUNDADORES

Inaugurado em Fevereiro passado, o Centro de Formação Marítima de Angola (CFMA), financiado pela Sonangol, representa um considerável

avanço na formação de novos “homens do mar”

16 | Sonangol Notícias

Formação

18 | Sonangol Notícias

faculdades da Escócia, resultado da fusão de três ex-faculdades: Colégio Central de Glasgow, Metropolitan College Glasgow e Universidade de Glasgow de Estudos Náuticos. Os cursos para formação de Oficiais de Marinha compreendem um ano de ensino no CFMA, um ano no City of Glasgow Col-lege e 15 meses a bordo de um navio, a cargo da STENA.

bReve HistÓRiaPor iniciativa da Sonangol Shipping e da Stena, foi decidida a construção de um centro de formação marítima em Angola para formar quadros e para apoiar o esforço do país para ingressar na lista branca da OMI.Em 2008, foi constituída a AMTSL, uma joint venture entre a Sonangol Shipping e a Stena.Para materialização do empreendimento, a Sonangol E.P. constituiu o CFMA, Lda., empresa que investiu o equivalente a cerca de 110 milhões de dólares nas obras de construção do campus, que se iniciaram em Maio de 2010 e prati-camente foram concluídas no início do presente ano.

Para garantir certificação reconhecida

internacionalmente aos nossos alunos, foi

estabelecido um Acordo com o COGC, uma

instituição escocesa de prestígio na área de

formação marítima. Deste modo, os alunos do CFMA

obtêm também a certificação através

da Autoridade Marítima do Reino Unido

SETEMBRO 2014 | 19

Saúde

20 | Sonangol Notícias

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O anúncio da construção das duas unidades foi feito pela ESSA – Empresa de Sondagens e Serviços

de Angola, numa nota assinada pelo seu Director-Geral, Fernando Fonseca.Os navios estão a ser construídos nos estaleiros da empresa sul-coreana Dae-woo Shipbuilding & Marine Engineering (DMSE), na Coreia do Sul, em Opko.Programados para servirem o Programa de Exploração Petrolífera da Sonangol E.P., os dois navios foram objecto de contratos assinados entre a petrolífera nacional e a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, em 15 de Outubro de 2013.O Sonangol Libongo recebeu o número de projecto H3620, enquanto o Sonangol Quilengues recebeu o número de pro-jecto H3621.

o Que É um navio-sonDaÉ um navio projectado para a perfuração de poços submarinos. A sua torre de perfuração localiza-se no centro do navio, onde uma abertura no casco permite a passagem da coluna de perfuração. O sistema de posi-cionamento do navio-sonda, composto por sensores acústicos, propulsores e computa-dores, anula os efeitos do vento, ondas e correntes que tendem a deslocar o navio da sua posição.

NOVOS NAVIOS-SONDA SERÃO ENTREGUES EM 2015 E 2016

com as cerimónias do corte de Aço realizadas na coreia do Sul em Abril e Junho arrancou a construção

do Sonangol Libongo e do Sonangol Quenguela

texto: Gil minguez fotos: arquivo

20 | Sonangol Notícias

Os dois navios--sonda servirão primariamente o Programa de Exploração Petrolífera da Sonangol E.P.

O arranque da cons-trução dos navios foi assinalado com a cerimónia Corte de Aço, nos estaleiros da Daewoo Ship-building & Marine Engineering, em que o Sonangol Libon-gos recebeu o nº H 3620 e o Sonangol Quenguela, o nº H 3621

desenvolvimento

SETEMBRO 2014 | 21

SETEMBRO 2014 | 23

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MSTELCOM

INAUGURA LOJAA Mercury Serviços de Telecomunicações (MSTelcom) inaugurou uma nova loja na

Mutamba-Luanda, que dispõe de serviços de telefonia, transmissão de dados VPN e

de acesso à internet

Numa parceria com a Net One, a loja MSTelcom, localizada na rua Primeiro Congresso, frente à sede da Sonangol E.P., vai colmatar a

necessidade manifestada pelos clientes, principalmente no acesso à internet.

Para além dos serviços já citados e na expectativa de atrair mais clientes, a MSTelcom (criada a 21 de Março de 1997 com o objectivo de gerir, manter e operar de forma eficiente as comunicações do Grupo Sonangol), oferece comunicação de voz, circuitos privados terrestres, comunicações de satélite e transmissão de rádio por UHF e VHF.

À disposição dos clientes, a MSTelcom oferece mais produtos e serviços da dimen-são da empresa, como: Liga Mais, MSDados, MSRadio, MSColocation e MDWholesale.

É de recordar, que a maior petrolífera angolana, há muito que “deixou” de olhar simplesmente para a pesquisa e produção,

alargando o seu campo de acção para além do petróleo e gás natural. Com várias subsidiarias a actuarem nas mais diversas áreas da vida sócio-económica do país, as telecomunicação não foram esquecidas, pois constituem um factor imprescindível no desenvolvimento de qualquer sociedade.

A ACS (Angola Comunicações e Serviços) junta-se a este espaço comercial que com-porta um escritório para cada empresa, sala de reuniões, de atendimento aos clientes, Call Center, uma copa e w.c.

Segundo o director de negócios da MSTelcom, Ângelo Gama, a ACS, que con-trola 80 por cento das operações bancárias do país, foi comprada há anos pela MSTelcom.

Já a Net One, tornou-se parceiro da subsidiária (51% é pertença da MSTelcom) do grupo Sonangol, a fim de ajudar a fornecer serviços topo de gama aos cerca de 300 clientes corporativos, com uma

novidade

texto: euclides seia fotos: José salomão

22 | Sonangol Notícias

Recebida pelos os principais respon-sáveis da nova loja, a administra-dora Ana Joaquina Alves Van-Dúnem da Costa procedeu à inauguração ofi-cial do novo espaço

disponibilidade de 34 mil linhas telefónicas. Na ocasião, Ângelo Gama disse que

“a empresa tem aplicado um plano de desenvolvimento contínuo, que inclui a implementação da primeira rede NGN ( New Generation Network) no país, um “backbone” de fibra óptica que vai de Norte a Sul do país, com anéis de rede de fibra metropolitana nas principais cidades, utilizando a mais recente DWDM com tecnologia de ROADM”.

Para a chefe do Departamento de Comunicação e Imagem da Net One, Luena Guinapa, além de lançarem a Net Residencial, outro objectivo passa por aproveitar a localização geográfica da loja para alavancar a comercialização dos produtos e serviços, bem como melhorar a relação com os clientes através da proximidade.

Ana Joaquina Alves Van-Dúnem da Costa, administradora da Sonangol E.P. procedeu ao corte da fita, testemunhado pelo PCE da MSTelcom, Diogo Manuel, administradores da empresa, altos funcionários da MSTelcom, da Net One e da ACS.

24 | Sonangol Notícias24 | Sonangol Notícias

AF FLEX 230x285v3.pdf 1 06/08/14 12:57

N uma atmosfera de negócios, a Sonan-gol expôs parte do seu “arsenal” num espaço com 432 metros quadrados,

ocupado com os stands da Sonangol. E.P. e das suas subsidiárias Sonangol Distribui-dora, MSTelcom, SIIND e SONAGÁS.Os visitantes tinham à disposição, dois elementos para lhes fornecer informações sobre os produtos e serviços oferecidos pelas empresas do grupo. Além dos as-sistentes responsáveis pela recepção e acompanhamento dos visitantes, a em-presa disponibilizou monitores onde, de modo fácil e intuitivo, era possível aceder a informações diversas, como a sua história, administração, eventos e diplomacia.Na opinião da gestora do stand, Andresa Prata, “a implementação das novas tecnolo-gias de informação e comunicação permite uma maior interação com os visitantes e clientes da Sonangol”. Andresa Prata referiu que a empresa, através das telas, expôs temas tão variados como a produção de petróleo, o trabalho das concessões, a responsabilidade social e ambiental, uma fonte luminosa com dez conexões da Sonangol com o mundo e jogos interativos sobre o universo Sonangol.

texto: euclides seia foto: shayne

FILDA 2014

SONANGOL COM STAND FUTURISTA E TECNOLOGIA

DE PONTA

destaque

SETEMBRO 2014 | 27

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola mostrou a sua grandeza e grandes inovações tecnológicas na 31º Edição

da FILDA 2014 e foi premiada com um “Leão de Ouro”

26 | Sonangol Notícias

28 | Sonangol Notícias

visitantes aPlauDem O stand da Sonangol, localizado à entrada do pavilhão cinco, foi o mais visitado, apesar de coabitar com os espaços de dez das mais significativas empresas petrolíferas a operarem em Angola.A inovação tecnológica no stand foi a atracção dos visitantes que aproveitaram a oportunidade para interagir com ecrãs de vídeos. João Baptista, agente de viagens, declarou--se surpreendido com a dimensão do espaço Sonangol e com a sua qualidade: “Confesso, não sabia que a Sonangol é, além de pesqui-sa e produção de petróleo, um mundo muito mais diversificado. E nunca vi, nas várias edições da FILDA, um stand com maiores dimensões, decoração e organização como o da Sonangol”.

elevaDa RePResentação emPResaRial naCionalQuatrocentos e setenta e cinco empresários nacionais participaram na 31ª edição da Feira Internacional de Luanda, que decorreu, recorde-se, em finais do mês de Julho. De acordo com um inquérito realizado na altura a 100 empresas, 68 porcento dos expositores considerou que o impacto da participação do seu negócio noutras edições foi positiva.Sob o lema “ Os desafios de atracção de investimentos: estratégias, legislação, insti- tuições, infra-estruturas e recursos hu-manos”, a Feira contou com a participação de 805 expositores, dos quais 432 eram empresas nacionais.Participaram 41 países, dos quais o Zimba-bwe, Quénia, República Checa e o Vietname foram estreantes.Portugal foi a maior representação es-trangeira com 105 expositores.

aCtiviDaDeAcompanharam o ministro na visita à FIL-DA, o Secretário de Estado dos Petróleos, Aníbal Octávio Teixeira da Silva, os admin-istradores, Fernando Joaquim Roberto e Paulino Fernando Carvalho Jerónimo, da Sonangol E.P., para além de outros altos funcionários do sector petrolífero nacional. No local os visitantes foram guiados pelo director do Gabinete de Comunicação e Imagem, Mateus Cristóvão.

destaque

SETEMBRO 2014 | 29

O Ministro dos Petróleos José Botelho de Vasconcelos visitou demoradamente o espaço da Sonangol

30 | Sonangol Notícias SETEMBRO 2014 | 31

Filda Gala

O espaço do hotel HCTA encheu-se de beleza e requinte com as centenas de convidados e participantes naquela

que é considerada a maior bolsa de negócios de Angola, a Feira Industrial. Na ediçãoo deste ano, sucesso foi a palavra de ordem: 41 países representados, 805 expositores, dos quais 475 nacionais e 330 internacionais.O ambiente de festa sentia-se em cada pormenor. A música, sincronizada com as galerias de fotos da feira nas telas laterais do salão, dava o toque para o que viria a seguir.No palco, com animação de Gelson Cas-tro (que cantou algumas músicas do seu

repertório), desfilaram as vozes de Ricardo Lemvo, David Zepeda, Telma Lee, Anna Joyce, Mpumi e Liza James.Mas o prato forte seria a revelação dos vencedores do ano.A ministra do Comércio, Rosa Pacavira, fez a apresentação do corpo de jurados, todos da mais alta competência: o professor Adalber-to Carvalho, o Director do Gabinete Técnico de Reconversão Urbana de Luanda, Bento Soito, e o Assessor para Relações Interna-cionais da FILDA, Cláudio Augusto. Por exemplo, a melhor participação de máquinas e equipamentos esteve a cargo da Auto-Sueco, a melhor participação na banca

teve como vencedor o banco BPC, a melhor cobertura de comunicação social-TV ficou com a TPA e a melhor cobertura imprensa escrita ficou com o jornal Expansão.O segundo conjunto de premiações pas-sou pela melhor participação de produtos inovadores que teve como vencedor a Angola Telecom, a melhor participação de tecnolo-gias de informação e comunicação a ZAP e o melhor projecto Sócio-Ambiental a BP, entre outras premiações.Depois de actuações dos artistas, a minis-tra do Comércio ditou a última nomeação, o grande vencedor desta gala, a empresa Auto-Sueco.

texto: baptista bengui foto: shayne

SONANGOL

DISTINGUIDA COM O “LEÃO DE OURO”Em ambiente requintado, a 31ª edição da FILDA encerrou a sua edição de 2014

com a Gala Leões de Ouro, numa festa animada por vários artistas

leões De ouRo 20141. Representação Internacional: Alemanha – LMI

2. Maior Representação Internacional: Portugal

3. Activação da Marca: Movicel

4. Máquinas e Equipamentos: Auto-Sueco

5. Banca: Banco BPC

6. Seguros e Serviços Financeiros: ENSA- Seguros de Angola

7. Cobertura Comunicação Social - TV: TPA

8. Cobertura Comunicação Social - Imprensa escrita: Dis-

tribuição Expansão

9. Cobertura Comunicação Social - Rádio: RNA

10. Energia e Petróleos: Sonangol E.P.

11. Transporte e Logística: TAAG

12. Máquinas e equipamentos agrícolas: TRACTO - LENA

13. Projecto Sócio- Ambiental: BP

14. Produtos Inovadores: Angola Telecom “fale e navegue”

15. Entidades e Empresas Públicas: Administração Tributária

16. Tecnologia de Informação e Comunicação: ZAP

17. Indústria Transformadora: XUNTONG

18. Alimentação e Bebidas: BIAGIO INDÚSTRIA

19. Prestadores de Serviços: Global Médica

20. Montadores de Stand 2014: LINESTANDS

21. Melhor Fornecedor FIL 2014: ADMAC

22. Funcionário do Ano 2014: Jorge Lima

23. Grande Prémio FILDA 2014: Auto-Sueco

A Gala para entrega dos prémios “Leão de Ouro” fechou com “chave d’ouro” os frenéticos dias da FILDA 2014. Elegância e animação foram as pedras de toque, ao som de algumas das vozes mais apreciadas de Angola

veDeta Da Gala

sonanGol a melHoR emPResa Do seCtoRDe eneRGia e PetRÓleos.Na opinião do director do Gabinete de Comunicação e Imagem, Mateus Cristóvão, a distinção que a Sonangol E.P. recebeu de ser a melhor empresa do sector de Energia e Petróleos, “é sinónimo de muito empenho, dedicação e inovação que a Sonangol tem vindo a fazer. A empresa não trabalha para ganhar prémios, mas se isto acontece, vem galardoar o esforço de toda a administração e funcionários da Sonangol”.Mateus Cristóvão garantiu que a Sociedade de Combustíveis de Angola vai continuar a inovar e a trabalhar arduamente para vencer os desafios futuros, dos quais, atingir os dois milhões de barris por dia em 2015, e con-cluiu: “O stand da empresa na participação na FILDA deverá sempre corresponder à grandeza da petrolífera”.

Telma Lee

Mpumi

Ricardo LenvoAnna Joyce

32 | Sonangol Notícias

A Sonangol esteve presente, como exposi-tora, na 17ª edição da Feira e Conferência de Petróleo e Gás (Rio Oil & Gas), considerada o principal evento do sector ao nível da América Latina, que este ano decorreu de 15 a 18 de Setembro, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.Durante o evento, de grande dimensão inter-nacional sobre Petróleo e Gás, a Sonangol soube apresentar ao público especializado o potencial das Bacias Terrestres do Baixo

Congo, do Kwanza, do Namibe e a Bacia Marítima do Baixo Congo, dando assim a ver mapas de concessões petrolíferas, o modelo empresarial da petrolífera angolana, a sua implantação no mundo, a organização políti-ca e administrativa da República de Angola, para além de imagens gerais do país.Pelo facto de Angola ser hoje uma referência para a Indústria do Petróleo e Gás em África, a empresa está comprometida em dignificar a imagem do país no geral e da Sonangol

em particular, bem como alicerçar empatias junto da sociedade, informando ao grande público sobre o processo de angolanização que está a ser levado a cabo no sector petrolífero.Na mais recente edição da Rio Oil & Gas, a Sonangol esteve representada com um stand de 100m2, situado no pavilhão 3, visualmente muito apelativo, com uma imagem muito forte e dinâmica, destacando-se o logotipo S da Sonangol suspenso com o padrão tradi-

texto: Paula almeidafoto: Carlos Guerreiro

SONANGOL NA RIO OIL & GAS 2014Sob o tema “Novo Cenário Geopolítico: superando os desafios”,

a Rio Oil & Gas de 2014, realizada entre 15 e 17 de Setembro, tornou a cidade do Rio de Janeiro na capital do petróleo, visitada por 55 mil pessoas

inTeRnAciOnAL

SETEMBRO 2014 | 33

cional visível de vários pontos do pavilhão. Apresentou ainda um espaço para o jogo “enchimento de um barril de petróleo” em 45 segundos, uma inovação que atraiu um enorme número de visitantes ao stand, ávidos por saber mais sobre a companhia angolana de petróleos.Destacado pelas cores, o padrão e a organi-zação do espaço com a existência de um piso superior, bem distribuído, rentabilizando e permitindo a criação de várias áreas de actuação, chamaram a atenção dos visi-tantes estrangeiros e angolanos, incluindo estudantes, entre os quais, bolseiros da So-nangol, que acorreram ao local da exposição, elogiando a criatividade e a beleza do espaço Sonangol. Este ano, a Feira e Conferência de Petróleo e Gás, que teve como lema “Novo Cenário Geopolítico: Superando os Desafios”, contou com a participação de cerca de 1.300 exposi-tores e 4.400 congressistas, em represen-tação de um total de 27 países.

Sete blocos temáticos - Exploração & Produção; Gás

Natural e Energia; Abastecimento e Petroquímica; Biocombustíveis; SMS & Responsabilidade Social; Regulação, Direito e Economia;

e Gestão e Cenários da Indústria.

34 | Sonangol Notícias

36 | Sonangol Notícias SETEMBRO 2014 | 37

É ponto assente que a Sonangol é a em-presa que lidera o desenvolvimento do país.

De norte a sul, do mar ao leste, é visível a

presença da petrolífera estatal, em particular dos seus principais Negócios que operam no mercado interno, nomeadamente, a Sonangol Distribuidora, Sonangol Logística e a Sonagás,

facto determinado pelos seus respectivos objectos sociais. Porém, no caso concreto da Huíla, também há outras representações da Sonangol a exercer actividade, cada uma à sua

texto & foto: hélder Sirgado

A SONANGOL NA PROVÍNCIA DA HUÍLAA recente realização da Expo Huíla proporcionou a oportunidade de se saber

um pouco mais sobre a petrolífera nacional naquela região do país. Esta temática, que lhe propomos na presente edição da Revista Sonangol, tem

como base entrevistas feitas a responsáveis locais da Sonangol

Reportagem

dimensão.

sonanGol DistRibuiDoRaApós um período recente de alguns constrangimentos, a situação actual de distribuição de combustíveis na Huíla é estável. A garantia é da Supervisora Técnico-Administrativa (STA) da Sonan-gol Distribuidora nessa região de Angola, Amélia Nunes, que entretanto considera haver necessidade de maior capacidade de armazenagem, tendo em conta o volume do consumo de derivados do petróleo na província. Para além da Huíla, onde tem uma média de vendas diária de 259 m3 (metros cúbicos) de gasolina e 146m3 de gasóleo, a estrutura da Distribuidora existente localmente também supervisiona as actividades da empresa no Cunene, cujas vendas/dia são de 54m3 de gasolina e 17m3 de gasóleo. Em relação a Postos de Abastecimento, as duas províncias têm um total de 51, dos quais 43 na Huíla e 8 no Cunene, sendo que nesta última, de acordo com a STA, já se faz sentir a necessidade de um número maior, quiçá contentorizados. A STA considera que as várias empresas da Sonangol na região mantêm relações de trabalho “muito boas”, assentes no espirito de equipa e na pré-disposição para colabo-

rarem entre si sempre que necessário.

sonanGol loGístiCaO Supervisor de Movimentação de Produtos desta empresa do Grupo Sonangol, Isaías Malanga, também considerou que na Huíla já se faz sentir a necessidade do aumento da capacidade de armazenagem de combustíveis. Ao contrário da Distribuidora, a actividade da Logística na Huíla resume-se apenas a essa província, na qual a Subsidiária movimenta diariamente cerca de 567m3 de gasolina e 840m3 de gasóleo, quantidades muito superiores as que se registam na venda de querosene.O aspecto social na Logística também mereceu breves considerações, mas da parte do Assistente da empresa para essa área, Francisco Costa. “Na Huíla sentimos a falta de um centro cultural e de centros infantis, infra-estruturas que seriam uma mais-valia para o nosso funcionamento nesta província”, afirmou.

Arquivo

38 | Sonangol Notícias

DiReCções De seRviços soCi-ais e De seGuRança emPRe-Sarial

A DSS na Huíla está fundamentalmente direccionada para a assistência médico-medicamentosa dos colaboradores locais da Sonangol, realizando também palestras, principalmente sobre o HIV/SIDA, hiperten-são arterial, diabetes, cancro da mama, paludismo, malária, entre outras doenças. Apesar de algumas dificuldades em termos de infra-estruturas, tal como referido pelo responsável local da DSS, Alberto Sequenha, a representação dessa área funcional na Huíla também supervisiona o Cunene, em-bora de forma “muito limitada”.Quanto à Direcção de Segurança Empresar-ial (DSE), as suas actividades na Huíla têm decorrido sem constrangimentos. Esta é a avaliação feita por Pedro Sebastião, Técnico de Segurança Empresarial na província. Pedro Sebastião considera também que o contacto com a Direcção em Luanda tem sido fluído, o que facilita o trabalho desen-volvido pela DSE naquela região do país.

sonaGÁs

sonaiREsta Subsidiária da Sonangol E.P. tem actualmente duas frequências semanais na rota Luanda/Huíla e no sentido inverso. De acordo com o responsável da SonAir na Huíla, Mateus Gil, o objecto social da com-panhia é essencialmente o transporte aéreo para o apoio à indústria petrolífera, sendo os helicópteros o seu “cartão de apresentação”.Mateus Gil fez também referência à satis-fação que os clientes têm manifestado em relação à qualidade dos serviços prestados pela SonAir.

Huíla, Namibe e Cunene. Estas são as três províncias que fazem parte da Região Sul da Sonagás, que tem como Superintendente, Pe-tra Bastos. Na Huíla, a empresa está represen-tada, basicamente, com uma mini instalação de gás com condições de satisfazer a demanda local e cujo ponto forte é o enchimento de garrafas de 12kg. A empresa está com uma capacidade de armazenagem de 200 toneladas métricas e possui cinco viaturas que fazem a transportação, de forma rotativa, de uma média de 85 toneladas métricas destinadas à operação de enchimento, num mercado cujo consumo actual está estimado em 75 tonela-das métricas. “Como vê não temos falta de produto. O nosso único constrangimento tem a ver com a necessidade de mais vasilhames”, afirmou, a propósito, Petra Bastos.No decorrer da entrevista, a Superintendente realçou que o Negócio deu início, recente-mente, à entrega de gás (a granel) ao domicílio na província da Huíla, enquanto no Cunene está em curso a montagem de instalações de gás contentorizadas.Fez ainda alusão ao projecto de “gás rural”, que está em fase de estudo, e que, tal como recordou, visa levar o produto aos locais mais recônditos do país e contribuir para que os cidadãos reduzam o uso de carvão e/ou lenha, situação que implica o abate de árvores.

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L ocalizado na cidade do Lubango, província da Huíla (Sudoeste de Angola), num espaço de mais de 120

hectares de turismo sustentável e de beleza paisagística inconfundível, o Resort Pulu-lukwa representa um arreigado conceito de bem-estar capaz de aliar o descanso à diversão, com incontornáveis momentos de devaneio.

Os seus 61 bungalows de várias tipologias (single, double, twin e familiar), distribuí-dos por três aldeias, nomeadamente, Zulu, Muholo e Madeirense, na encosta da serra, têm condições para oferecer o maior con-forto a um total de 120 pessoas, em perfeita harmonia com a natureza.De acordo com uma das responsáveis do Resort, Manuela Matos, que concedeu

uma curta entrevista à Revista Sonangol, os nomes das aldeias constituem uma homenagem a povos de África, incluindo de Angola, no caso concreto da Huíla, e de Portugal (Madeira).Em local completamente arborizado, o Pululukwa é atravessado pelo rio Ngolo em perfeita “convivência” com sete lagos artificiais e várias cascatas, aos quais se

texto & foto: hélder Sirgado

PULULUKWA RESORT

UM ESPAÇO PRIVILEGIADO EM TERRAS DE ANGOLA

O turismo em Angola vai ganhando forma e conceito graçasa empreendimentos ousados de elevado nível de qualidade,

como é o caso do Resort Pululukwa, no Lubango

Turismo

40 | Sonangol Notícias SETEMBRO 2014 | 41

Turismo

Pululukwa significa

“Descanso” em Umbundo,

a língua falada pelos Ovimbundos,

povo da zona do

planalto entre Benguela e Bié

junta, numa área delimitada mas facilmente ao alcance da visão humana, uma pequena reserva de animais selvagens, que inclui ze-bras, impalas, órix, gazelas, um jacaré, um casal de avestruzes, entre outras espécies.E como o bem-estar também passa pelo es-tômago, o empreendimento oferece pratos para todos os gostos, até os mais requinta-dos, onde não faltam os queijos e enchidos “made in Huíla”, em suma, os sabores da terra. Pintados de forma exótica, o Res-taurante Lagos, o Wine Bar Onawa, o Pub Snack-bar, o Chill Out e o Deck são referên-cias da casa no que a comidas e bebidas diz respeito. Ainda nesse âmbito, é de realçar também o “Menu Empresarial” à disposição dos clientes, de 2ª a 6ª feira.Mas este “oásis africano” em terras de Angola, também oferece as melhores condições para quem ali se desloque por razões de trabalho: pacotes especiais em Meetings Work, serviço personalizado de Transfer de e para o aeroporto, sala de reuniões com capacidade para 100 pessoas, com sistema áudio visual, serviço de Net/Wireless e de Coffee Break, transporte em minibus, passeio com guia a locais históri-cos, apoio para check-in online, etc..

E para que tudo funcione sem percalços, o Resort tem 50 trabalhadores distribuídos por diferentes áreas de serviço, cuja gen-tileza e profissionalismo conferem ao Pulu-lukwa, um ambiente ainda mais acolhedor.

Em relação ao futuro, Manuela Matos deu a conhecer que o Resort está a projectar a construção de um Spa e de um recinto desportivo para as modalidades de futebol de salão e basquetebol, sendo que os mais pequeninos já têm à sua disposição um parque infantil, junto à aldeia Madeirense.

Refira-se, em jeito de curiosidade, que o Resort Pululukwa, do Grupo Cosal, foi de-lineado pelo arquitecto português Augusto Vasconcelos.

Do ponto de vista de localização geográfica, a Huíla confina a norte com as províncias de Benguela e Huambo, a sul com o Cunene, a este com o Bié e Cuando Cubango e a oeste com as províncias de Benguela e do Namibe.

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História

P ara continuar a sua trajectória, o Reino do Bailundo entronizou Armindo Fran-cisco Kalupeteca, “Ekuikui V”, de 38

anos de idade. A história regista que o apogeu do Reino do Bailundo aconteceu durante o reinado de Ekuikui II, de 1876 a 1890. Mas, foi o Rei Katyavala I que fundou o reino, vindo das ter-ras do Kwanza Sul com a sua família, quando habitou nas cercanias das montanhas de Halavala. Antes do século XVII, o reinado manteve-se à margem do domínio colonial. Só por volta de 1770/71 é que Portugal se instalou no Reino

do Bailundo com a presença de um juiz. Em 1885, a colónia portuguesa já estava repre-sentada no reino por um capitão-mor. O rei Ekuikui II era um exímio diplomata. Conseguiu evitar a guerra e incentivou a prática da agricultura, e durante o seu reinado, o Bailundo viveu um períodos de acalmia que muito contribuíram para a esta-bilidade do reino e da população. Depois da sua morte sugiram as grandes guerras que culminaram com a subjugação do Bailundo e de toda a região do Planalto Central, em 1902. Nesse mesmo ano foi criado o Posto do Bimbe, a 16 de Julho, passando então a

denominar-se Katapi e posteriormente Vila Teixeira da Silva. Actualmente, o município do Bailundo conta com cinco comunas: Bailundo, Bimbe, Hengue, Lunge e Luvemba, que ocupam uma superfície de sete mil e 65 quilómetros quadrados. É formado por 573 aldeias e 79 ombalas. No território do Bailundo abundam várias cadeias montanhosas, das quais se destacam as de Lumbanganda, Chilono, Nity e o morro do Halavala, onde jazem os restos mortais dos reis Katyava e Ekuikui, símbo-los da resistência contra o colonialismo na região do Planalto Central.

42 | Sonangol Notícias

texto: helder de Sousa fotos: Arquivo

O REINO DO BAILUNDOLocalizado na província do Huambo, o reino do Bailundo continua a mar-car a história e a tradição do povo angolano, depois da sua constituição

no século XVII no mapa geográfico de Angola

44 | Sonangol Notícias SETEMBRO 2014 | 45

desporto

uma Prenda de anoS amarGa

Luís cumpriu o seu 24º aniversário no passado dia 23 de Agosto, precisamente no fim-de-semana da prova de Spa-Fran-corchamps, onde se disputou, simultanea-mente, o G.P. da Bélgica de Fórmula 1. Na primeira corrida da sua série, sábado, Luís foi vítima de uma escolha de pneus errada e terminou fora dos pontos. No corrida desse domingo, ainda com pista húmida, o piloto angolano foi vítima de um violento despiste na zona mais rápida, na última volta. Sá Silva saiu ileso, sem qual-quer incómodo, do seu carro fortemente danificado.

“Não sabia que era já a última volta e por isso continuava a puxar pois via que estava a apanhar o piloto à minha frente, toquei num corrector que ainda estava molhado e perdi o controlo do carro acabando por embater violentamente nos pneus. Não era bem este o presente de aniversário que esperava”, comentou Sá Silva.Com duas corridas até ao final das séries – Itália e Rússia - , o jovem piloto espera dar uma demonstração das suas reais capacidades.

44 | Sonangol Notícias

O piloto, que tem licença internacional de uma federação filiada na FIA, não pode par-ticipar em provas organizadas por uma in-stituição não reconhecida pelo órgão reitor da modalidade no mundo. Se participasse, estaria a pôr em risco a minha licença. Mas estarei na próxima edição.Nota 10 para a FADM. Com poucos anos de vida, já tem um processo avançado para o devido reconhecimento. E acredito que para o ano que vem já terá luz verde.Com a legalização realizada prometo partici-par nas próximas edições, se for convidado. Tens planos para continuar na fórmula ou pensas em mudar para outra categoria?Se tudo correr bem, é meu desejo passar para GP2. E de seguida dar o grande salto para Fórmula 1.Entre 34 concorrentes, estar em 18º na clas-sificação actual, já é um passo rumo ao de-grau seguinte que é o GP2.Que mensagem deixas aos jovens pilotos angolanos?Os jovens angolanos estão a despertar para este tipo de desporto, estão a participar em corridas de Karting que é sempre um bom começo. Não desistam, e lutem para con-seguirem apoios.Quantos títulos conquistou com o apoio da Sonangol?Em 2007, na Ásia consegui obter a primeira “pole position” e o meu primeiro pódio; ar-ranquei em primeiro e terminei em terceiro.

LUÍS SÁ SILVA

UM ANGOLANO NO TOPO DO AUTOMOBILISMO

texto: Euclides Seia foto: Shayne

O seu sonho é chegar à Fórmula 1, o expoente máximo do desporto

motorizado. A correr no competitivo Campeonato Internacional da categoria GP3, Luís Sá Silva está a dois degraus

de lá chegar

Tens sido sempre apoiado pela Sonangol, desde os tempos em que te iniciaste a cor-rer na China. Esperas continuar a receber esse apoio na próxima época?Sim. Espero continuar a receber o apoio da Sonangol. No início da carreira não tinha esse apoio. E quando assim é, o atleta tem de “dar cartas” nos desportos motorizados, tem de mostrar potencialidades. Só assim é que a petrolífera angolana em parceria com a China (Sonapec) passou a apoiar.Em 2010, quando estive lesionado, fui à Eu-ropa e perdi os apoios porque não podia cor-rer. Mas não se pode ficar afastado das pistas por muito tempo. Assim, regressei à com-petição em 2011 com a ajuda do meu pai.Em 2012, com o apoio da Sonangol, regressei à Europa, e tem sido com esta ajuda que ten-ho levado o nome de Angola a todas as pistas europeias onde corro nos Campeonatos.Como tem sido a sua época de 2014?Tem sido boa. O objectivo era andar no “top ten”, nos dez primeiros lugares, consegui ganhar pontos na Áustria e procuro manter este nível para conseguir um pódio nas próxi-mas corridas.

Sempre com a palavra Angola inscrita no seu carro, Sá Silva, único piloto inter-nacional angolano, é um dos maiores promotores do nosso país e da petrolífera nacio-nal no estrangeiro

Quando e onde começou a sua carreira profissional?Oficialmente começou na Ásia, em 2006. Foi lá a minha estreia na fórmula Renault 2.0. Aos 14 anos, quando estava a gozar férias em Macau, tive contacto com um fórmula (carro de corridas monolugar), era a minha primeira vez ao volante de um automóvel . Sem experiência e por não ter passado por uma escola de Karts, nesta estreia acabei por me despistar.Qual foi a razão de deixar Angola?Saí de Angola, porque a única maneira de evoluir nos desportos motorizados ainda con-tinua a ser na Europa. E, quando se quer che-gar à fórmula 1, não temos outro caminho se não o do “velho continente”. Porque motivo não participou no Grande Prémio Internacional Zé Dú?É o facto da FADM – Federação Angolana de Desportos Motorizados - não ser ainda recon-hecida pela Federação Internacional de Auto-mobilismo. A licença que me permite correr no estrangeiro é passada pela Federação de Macau e não posso participar em provas que não sejam reconhecidas pela Federação In-ternacional.

PerFilLuís Jorge Alves Sá SilvaNatural de BenguelaNascido em 23 de Agosto de 1990

Equipa: Carlin Motor SportTipo de carro: Fórmula mo-nolugar, motor de 6 cilindros, 400 cavalos de potência, 285 km/h de velocidade máxima. Número de corrida: 12Grande objectivo: ser o primeiro angolano a chegar à Fórmula 1Segredo do sucesso: fazer bem o trabalho de equipa e passar muitas horas no simulador.Habilitações: 1º ano na área de Ciências e Tecnologias.Sem previsões de regressar à Faculdade, porque neste momento ser piloto é a minha profissão. E os desportos mo-torizados são o meu trabalho.

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anDebol

PetRo, 29 anos DePoisO Petro de Luanda em andebol sénior masculino, voltou a inscrever o seu nome, 29 anos depois, na galeria de campeões nacionais, de-pois de vencer o 1º de Agosto por 22-20, na final do Troféu Unitel.

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No ano seguinte obtive vários pódios, um seg-undo (vice-campeão) e um terceiro lugar em 2009. Em 2010, na Formula 3 alemã, não tive vitóri-as, mas, na Fórmula 3 austríaca fui segundo.Em 2011, o pai voltou a apoiar-me. Em 2012 voltei a ter o apoio da Sonangol na Fórmula 3 – primeiro e actualmente o único angolano a pontuar nesta prova europeia, fiquei em sexto lugar.Já dei um salto grande para a GP3, portanto têm visto que eu tenho estado a evoluir, por isso, é que apostam em mim. E desde que os apoios continuem eu poderei lutar para subir o mais alto possível e para fazer ouvir o nosso hino.Pensa em formar família?Por enquanto estou dedicado a cem por cento à minha carreira. Quando tiver a minha car-reira bem estabilizada, ou seja, atingir o topo, pensarei nisso.O que farás quando deixares de correr?Quando parar de correr vou dar o meu con-tributo nos desportos motorizados, principal-mente em Angola para termos mais pilotos a correr no estrangeiro.

Luís Sá Silva, no lugar mais alto do pódio, recentemente no circuito do Estoril-Portugal

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NATÁLIA BERNARDO

texto: baptista benguifotos: shayne

natália maria bernardoNascimento: 25 de Dezembro de 1986Calçado: nº 40 Estado: solteira, mas estou noiva. Durante a semana de trabalho visto-me de modo formal e informal, dependendo do con-texto ou ocasião. Casamento agora não é prioridade, mas é meu desejo.Alimentação: Prefiro alimentar-me à base de verdura.Perfume: Dolce & Gabbana .Ídolo: Marcelina e Luísa Kiala e a ex-praticante, Filomena Trindade.Sonhos: ser campeã mundial.

a meia-distância e capitã, natália Bernardo, da equipa sénior feminina de andebol do

petro de luanda é o perfil desta edição da sonangol notícias. a campeã é uma estrela

da família Kiala

Perfil

Onde começou a jogar andebol?No Grupo Desportivo do Maculusso de Luanda

Porque aceitou defender as cores do Petro?Por apresenta-me melhores condições e ser o clube do coração.

Quando começou a praticar andebol?Aos 10 anos de idade. Estou na modali-dade há 17 anos.

Quem a influenciou?As minhas irmãs, que já jogavam.

Quais foram os seus momentos altos e baixos no andebol?Quando a selecção da qual eu fazia parte ficou em sétimo e depois em oitavo lugar no Campeonato do Mundo.

Sente-se realizada no Campeonato Nacional?Sim. Porque já conquistei todos os tí-tulos. O troféu que mais me encantou foi o nacional na categoria de júnior.

O que faz nos tempos livres?Vou ao cinema.

E quanto a estudos?Sou licenciada em Gestão de Em-presas.

O que vai fazer quando terminar a carreira desportiva?(Risos). O futuro a Deus pertence. Mas pretendo trabalhar na área dos Recursos Humanos ou gerir em-presas.

O que significa o Petro para si?É o expoente da minha carreira. O que sou hoje é graças a esse clube.

Como tem sido o seu “reinado” nas vestes de capitã?Não tem sido fácil, mas as colegas têm colaborado. Em campo, a pala-vra de ordem é “nós podemos vencer, pois somos uma equipa”.À direcção eleita, desejo saúde e sucesso na gestão do Clube.

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D e acordo com o conceito geográfico, montanha “é uma grande elevação natural de terreno, com altura superior

a 300 metros, constituída por uma ou mais elevações”1.Nos dias de hoje muitas são as pessoas, que por várias razões, ambicionam “Atingir o Cimo da Montanha”. Vou abrir aqui um parêntesis para recordar aos elucidados e encorajar os perseverantes que a palavra “ambição”, na sua interpretação natural, reflete um desejo de progredir na vida e alcançar, de forma ética, conquistas previamente preconizadas. Neste contexto, gostaria de deixar claro que a ambição jamais pode ser posta no mesmo patamar que a ganância, pese embora ambos os termos conviverem no mesmo espaço - so-ciedade - mas possuírem pesos opostos.Uma maneira simples e realista de situar o leitor sobre o que me refiro, é o provérbio “quem se contenta com pouco não quer evoluir e quem não se alegra com pouco não se alegra nunca”2. Este provérbio diz-nos tudo sobre a força que temos no interior para crescermos e sermos hoje melhores do que ontem. Mostra-nos igual-mente que cada conquista, por mais simples, por mais pequena, ou por menos significante

que ela possa parecer aos olhos dos outros, deve ser sempre um motivo de regozijo para quem a alcança.Porém, o desejo de “Atingir o Cimo da Mon-tanha” pode ter um duplo efeito pelas seguintes razões: Primeiro - pode significar “a satisfação tão esperada” na qual um ou mais objectivos pre-conizados foram realizados; Segundo - pode significar um “paradoxo ou motivo de incerteza” para quem alcança o cimo da montanha sem perspectivar a próxima etapa. Certamente que esta segunda razão gerou uma ligeira dúvida ou necessidade de melhor esclarecimento por parte do autor. A explicação mais lógica consiste na tendência de muitos de nós desejarmos alcançar na vida social certos objectivos e, uma vez atingidos, ficamos por vezes sem saber qual o passo a seguir, ou seja, ficamos sem norte. Este cenário ilustra-nos uma pessoa que esteja no cimo da montanha de onde pode visualizar e contemplar a paisagem, almejando assim um dos seus sonhos mas, nos perguntamos o que sucederá depois? Será que a pessoa vai limitar-se a contemplar a paisagem ou descerá do cimo da montanha para ajustar algo que da visualização

feita não está bem? Na vida prática o mesmo acontece e, por regra geral, são triunfantes aqueles indivíduos que sabem o porquê de quererem alcançar o cimo da montanha e quando devem descer dela, para corrigir, de um modo humilde e inteligente, o que não esta correcto.O ponto aqui patente é realmente o que muitos leitores já devem ter concluído - de uma forma recheada de sabedoria -, que a vida só tem sentido quando pequenos ou grandes objectivos traçados são alcançados. Tal atitude permite reconhecer, respeitar e valorizar tudo o que se alcança e evita que o ser humano conviva no seu dia-a-dia com a máxima “quando não se sabe o que se procura, não se compreende o que se encontra”3. In terminus, penso que de uma forma subtil, o tema em questão transmitiu ao leitor, não o que desconhecia, mas sim refrescou a sua memória de aspectos que nós, ser humanos, muito comentamos, porém raramente aplica-mos durante a nossa existência social quando almejamos “Atingir o Cimo da Montanha”.

*Fonte: 1Instituto Brasileiro de Geografia Estatística; 2Provér-

bio Chinês; 3Autor desconhecido.

texto: Roberto da Graçafoto: Arquivo

ATINGIR O CIMO DA MONTANHA

crónica

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“quem se contenta com pouco não quer evoluir e quem não se alegra

com pouco não se alegra nunca”Roberto da Graça

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O Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica, simples e divertido. Complete cada linha, coluna e quadrado 3x3 com os números de 1 a 9.

Nas verticais e nas horizontais, procure as palavras correspondentes aos animais mencionados na coluna ao lado.Assinale cada palavra descoberta e dê baixa do animal correspondente na coluna ao lado.

suDoKu

suDoKu soPa De letRas PalavRas CRuZaDas

soPa De letRas

PalavRas CRuZaDas

Como JoGaR?

Como JoGaR?

teste a sua CultuRa

• GalinHa• porCo• CoelHo• pato• perU• poMBo• CÃo• Gato• Melro

• andorinHa• CeGonHa• tartarUGa• Javali• vaCa• BUrro• CaBra• pardal

soluções

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Horizontais4 deMasiadaMente lonGo9 GraMátiCa: QUalifiCativo do voCáBUlo aCentUado na últiMa sílaBa voCáBUlo oxítono10 Grande BloCo de Gelo QUe, desprendendo-se dos GlaCiares, flUtUa iMpelido pelas Correntes MarítiMas11 fêMea do Carneiro12 ConJUnto de fiBras sedosas seMelHantes às do alGodÃo, QUe envolveM as seMentes de várias plantas13 QUe reCeBe a lUz e nÃo a refleCte15 série de CUrtas invoCações eM Honra de deUs, da virGeM oU dos santos16 vUlGar, CoMUM17 fixado oU deterMinado antes18 aCto de faisCar.

Verticais1 aleGre, Contente, JUBiloso2 forMa redUzida de MaxidesvalorizaçÃo3 ConforMe CoM a doUtrina reliGiosa tida CoMo verdadeira antóniMo: Heterodoxo4 pinto ainda novo5 estado de lânGUido6 QUe ContéM oxiGénio: áGUa oxiGenada7 aCto de GenUfleCtir8 desiGnaçÃo GenériCa dos óxidos QUe enCerraM Mais oxiGénio do QUe o óxido norMal12 aCto de apresar oU apreender14 diGnidade de rei

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