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NOVA MEDICAL SCHOOL DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO
Mónica Rafaela Gonçalves Calado Araújo
Relatório de estágio realizado no âmbito do
Mestrado Integrado em Medicina
Regente: Professor Doutor Miguel Xavier
Orientador: Dr. Luís Campos
Ano letivo 2016/2017
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Índice
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................3
2. OBJETIVOS..................................................................................................................................................3
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...............................................................................43.1. ESTÁGIO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – OPCIONAL............................................................................43.2. ESTÁGIO DE CIRURGIA ..................................................................................................................................53.3. ESTÁGIO DE MEDICINA ..................................................................................................................................63.4. ESTÁGIO DE SAÚDE MENTAL ........................................................................................................................73.5. ESTÁGIO DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR ..................................................................................................73.6. ESTÁDIO DE PEDIATRIA .................................................................................................................................73.7. ESTÁGIO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA .................................................................................................8
3. REFLEXÃO CRÍTICA...................................................................................................................................8ANEXOS............................................................................................................................ERRO!MARCADORNÃODEFINIDO.
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1. INTRODUÇÃO O sexto ano do MIM tem um carácter profissionalizante, tendo como objetivo proporcionar o
aos alunos o exercício orientado e tendencialmente autónomo da prática médica, conseguido
sobretudo através da unidade curricular de Estágio Profissionalizante. Esta UC contempla a
realização de seis estágios parcelares – Medicina Interna, Cirurgia Geral, Medicina Geral e Familiar,
Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e Saúde Mental – e termina com a elaboração deste relatório.
O presente relatório visa apresentar, de modo sucinto, as atividades realizadas ao longo do
sexto ano do MIM. Após esta Introdução, o relatório será dividido em três partes: uma primeira parte
que incluirá a enumeração dos objetivos gerais e específicos propostos para o ano
profissionalizante; uma segunda parte constituída por uma breve descrição dos estágios parcelares
e das atividades desenvolvidas nos mesmos; e uma terceira parte onde é feita uma reflexão crítica
final, que consistirá na análise retrospetiva das atividades descritas, respetivos objetivos e
autoavaliação e uma consideração geral sobre a globalidade do ano letivo e do MIM. Finalmente,
em Anexos, encontrar-se-á referência às atividades extracurriculares desenvolvidas no presente
ano, e respetivos certificados, e outros trabalhos que considero pertinentes.
2. OBJETIVOS A finalidade da educação médica pré-graduada é ajudar o estudante médico a adquirir uma
base de conhecimentos sólida e coerente, associada a um adequado conjunto de valores, atitudes
e aptidões que lhe permita tonar-se um médico fortemente empenhado nas bases científicas da
arte da Medicina, nos princípios éticos, na abordagem humanista que constituiu o fundamento da
prática médica e no aperfeiçoamento ao longo da vida das suas próprias capacidades de modo a
promover a saúde e o bem-estar das comunidades que servem.1 Tendo em conta o carácter
profissionalizante e de “transição” entre o papel de aluno e de médico que o 6º ano apresenta o
principal objetivo do mesmo é a consolidação final desses conhecimentos, sobretudo através da
aquisição de autonomia no seu desempenho, permitindo uma transição adequada da condição de
aluno para a de médico interno num futuro próximo.
1 O Licenciado Médico em Portugal – Faculdade de Medicina de Lisboa, 2005
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Em termos mais específicos, considerando as competências nucleares do Médico, no final
deste ano devo ser capaz de demonstrar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso,
aplicando-os com eficácia na análises e solução dos problemas clínicos mais comuns e a obtenção
progressiva de autonomia e responsabilidade, bem como a aquisição e desenvolvimento de novos
conhecimentos e competências; ter aptidões clínicas para avaliar os doentes e gerir
adequadamente os seus problemas médicos, numa abordagem holística, bio-psicosocial, através
de uma história clínica abrangente e um exame físico detalhado, desenvolvendo estratégias para
explorar as hipóteses de diagnóstico e instituir terapêuticas adequadas, incorporando no tratamento
os conceitos de prevenção da doença e promoção da saúde, respeitando as suas crenças, atitudes
e comportamentos; ter consciência das possíveis limitações enfrentadas pelo médico; desenvolver
aptidões interpessoais, das quais destaco a comunicação e interação eficaz com os doentes,
famílias, pessoal médico e outros profissionais envolvidos na prestação dos cuidados de saúde; e
estimular certas atitudes, como a identificação de necessidades de aprendizagem e o investimento
na atualização e melhoria das aptidões clínicas, ao longo deste ano e em toda a carreira médica.
Concretamente, procurei assegurar o aperfeiçoamento na colheita de histórias clínicas, na
elaboração de documentos essenciais (diários clínicos, notas de entrada e de alta), no exame físico,
no raciocínio clínico, na elaboração de prognósticos, no diagnóstico e tratamento dos doentes
(técnicas de gasimetria, punção venosa e sutura simples) e na capacidade de hierarquização das
situações clínicas mais emergentes, ao nível do serviço de urgência, e que requeiram transferência
para áreas de diagnóstico e terapêutica altamente diferenciadas.
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 3.1. ESTÁGIO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – OPCIONAL (01/08/2016 A 31/08/2016)
Apesar desta UC não constituir uma componente do Estágio Profissionalizante, penso ser
pertinente mencioná-la uma vez que proporcionou um contacto adicional com a prática clínica e
oportunidade de observação de outras abordagens no âmbito da Medicina.
Por opção e iniciativa própria, o meu estágio opcional foi realizado ao abrigo do programa
de Intercâmbios Clínicos da IFMSA-SCOPE. O estágio decorreu no serviço de Ginecologia e
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Obstetrícia do Hospital Universitario Dr José Eleuterio Gonzalez, durante 4 semanas, sob a
regência do Dr. Donato Saldivar Rodriguez.
Ao longo do estágio, integrei as equipas de Ginecologia e Obstetrícia nas diferentes
atividades clínicas, nomeadamente no Serviço de Urgência, Internamento de Obstetrícia, Bloco de
Partos, Bloco Operatório, Consulta de Ginecologia, Consulta de Obstetrícia e Colposcopia.
O estágio foi uma experiência enriquecedora quer do ponto de vista técnico-científico quer
de autonomia. Em termos científicos, pela preocupação por parte dos médicos, com a integração
dos alunos e transmissão de conhecimentos; e quanto à autonomia, por se privilegiar a componente
prática, dando enorme liberdade aos alunos para observarem doentes, e efetuarem procedimentos
médico-cirúrgicos (suturas, partos).
3.2. ESTÁGIO DE CIRURGIA (12/09/2016 A 04/11//2016) O estágio decorreu ao longo de 8 semanas, sob a regência do Prof. Rui Maio, no Hospital
Beatriz Ângelo, sendo a distribuição concretizada em 5 semanas de Cirurgia Geral, 2 semanas de
Anestesiologia e 1 semana de Serviço de Urgência. No serviço de cirurgia acompanhei o Dr. Paulo
Oliveira nas diversas valências da especialidade: Bloco Operatório, na Enfermaria, no Serviço de
Urgência, Consulta Externa, e Reuniões Semanais do Departamento. Foi possível, assim participar
em três cirurgias, nomeadamente herniorrafias, como 1º e 2º ajudante, treinando técnicas como a
desinfeção, preparação da mesa cirúrgica e suturas. Na enfermaria acompanhei a evolução dos
doentes desde o recobro até ao momento da alta, e as intercorrências que surgiram durante o
processo, que ilustraram possíveis complicações no pós-operatório. Elaborei ainda vários
documentos: diários clínicos, notas de alta, avaliações de internamento e protocolos cirúrgicos.
Realizei ainda a colheita de uma história clínica, a qual, foi a base do caso clínico apresentado no
Mini-Congresso. No serviço de Anestesiologia, pude adquirir conhecimentos teóricos e práticos
desta especialidade, dos quais destaco a oportunidade de realizar gestos técnicos, até então nunca
praticados, como a ventilação manual com máscara facial, entubação oro-traqueal, colocação de
máscara laríngea, introdução de dispositivo intra-glótico, introdução de sonda nasogástrica e
colocação de acessos venosos periféricos. Estive presente nas sessões teóricas e teórico-práticas
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decorridas na primeira semana de estágio, e destaco a apresentação de um caso sobre “A propósito
de uma DPC – Complicações no contexto de um caso clínico” no Mini-Congresso.
3.3. ESTÁGIO DE MEDICINA (07/11//2016 A 06/01/2017) O estágio de Medicina, com duração global de 8 semanas e sob a regência do Prof. Dr.
Fernando Nolasco, foi realizado no Hospital São Francisco Xavier. Ao longo do estágio fui integrada
na equipa da Dr.ª Susana Jesus, no Serviço de Medicina – Unidade Funcional III.
O trabalho na Enfermaria ocupou a maior parte deste estágio, onde fui integrada em todas
as tarefas diárias, com especial enfoque na anamnese, realização de exame objetivo, requisição e
interpretação de exames complementares de diagnóstico, discussão de terapêutica, e elaboração
de diários clínicos, notas de entrada e notas de alta, sempre exercidas com responsabilidade e
devida tutela. O acompanhamento diário permitiu, não só o aperfeiçoamento do raciocínio clínico,
mas também a discussão ética das situações em que os doentes se encontravam num estádio
grave e avançado da doença e que, por isso, necessitavam cada vez mais de um cuidado paliativo;
aflorando-se, assim, questões sobre a limitação dos cuidados nos casos próximos ao fim de vida.
A abordagem multidisciplinar do doente alargou-me ao diálogo com outros profissionais de saúde.
Quando solicitada, tive oportunidade de conversar com os familiares sobre o estado clínico do
doente e evolução durante o internamento. Quanto aos procedimentos, colhi várias amostras de
sangue arterial periférico e sangue venoso e observei a realização de uma toracocentese.
Frequentei ainda o serviço de urgência, que me permitiu interagir com um leque diversificado
de patologias num curto espaço de tempo, o que implicou um raciocínio clínico instantâneo,
obrigando à anamnese sucinta e direcionada. Assisti ainda às consultas externas de Medicina
Interna, às reuniões de serviço e ao Journal Club.
Em termos formativos, este estágio teve ainda uma componente teórica, com aulas
lecionadas por vários elementos do Serviço de Medicina, bem como uma componente teórico-
prática, com seminários lecionados na Faculdade de Ciências Médicas semanalmente. Na última
semana foram apresentados pelos alunos do 6º ano vários trabalhos, sendo, que no meu caso,
apresentei um Caso Clínico sobre Derrame Pleural Maligno.
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3.4. ESTÁGIO DE SAÚDE MENTAL (23/01//2017 A 17/02/2017) O estágio de Saúde Mental (SM), com duração de 4 semanas e sob regência do Prof. Dr.
Miguel Xavier, decorreu na Unidade da Primeira Infância (UPI), equipa especializada da Área de
Pedopsiquiatria do Hospital de D. Estefânia, sob orientação do Dr. Pedro Caldeira da Silva.
Durante o estágio tive a oportunidade de assistir a entrevistas de acolhimento (realizadas
pelas Enfermeiras da Equipa antes da primeira consulta), primeiras consultas médicas, consultas
diagnósticas e de seguimento. Gradualmente, ao longo do estágio, fui tendo um papel mais
interventivo nas consultas. Destaco ainda, a minha participação nas diferentes reuniões com
carácter formativo clínico ou comunitário, realizadas regularmente.
3.5. ESTÁGIO DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR (20/02/2017 A 17/03/2017) O estágio de Medicina Geral e Familiar (MGF), com a duração de 4 semanas e sob a
regência da Prof. Dr.ª Maria Isabel Santos, foi realizado na Unidade de Saúde Familiar da Ajuda,
sob tutela do Dr. Francisco Carvalho. Acompanhei o meu tutor pelas diversas valências da consulta:
Saúde de Adultos, Saúde Infantil, Planeamento Familiar, Saúde Materna, Consulta de Diabetes e
Hipertensão, Consulta de Doença Aguda, e Consulta Domiciliária. Apesar de não ter tido a
oportunidade de realizar consultas de forma autónoma, observei o modo como a consulta deve ser
dirigida, participando na anamnese, exame objetivo, e propondo algumas condutas diagnósticas e
terapêuticas. Através deste amplo espectro de ação médica tive oportunidade de reconhecer a
importância do modelo holístico na prestação dos cuidados de saúde primários, as inter-relações
entre fatores somáticos, psicológicos e sociais, e a influência das interações entre os membros de
uma família, na doença e no comportamento da mesma. Por fim, tive também oportunidade de
perceber melhor o funcionamento da plataforma informática SAMS, nomeadamente ao nível do
SOAP. Como complemento para avaliação, elaborei o Diário de Exercício Orientado, discutido
oralmente no final do estágio.
3.6. ESTÁDIO DE PEDIATRIA (20/03/2017 A 21/04/2017) O estágio parcelar de Pediatria, com a duração de 4 semanas e sob a regência do Prof. Dr.
Luís Varandas, foi realizado no serviço de Pediatria do Hospital Dona Estefânia, sob a tutela do Dr.
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António Pedro Campos. Ao longo do estágio frequentei as áreas da Enfermaria, Consulta Externa
e Serviço de Urgência. Pude ainda, numa ocasião, frequentar a Consulta de Imunoalergologia com
a Dr.ª Nicole Pinto. Aliada a esta componente prática, tive também uma componente mais teórica
e pedagógica refletida na assistência de Sessões Clínicas e Reuniões de passagem dos doentes,
assim como nas aulas teórico-práticas de Imunoalergologia e nos Seminários de apresentação de
trabalhos dos alunos do 6º ano. Nesta ocasião apresentei, juntamente com outros colegas, um caso
clínico com revisão teórica sumária sobre “Opsoclonus Mioclonus”. Durante o estágio, como
elemento valorativo e objeto de avaliação, apresentei uma revisão teórica sobre Pancreatite Aguda.
3.7. ESTÁGIO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (24/04/2017 A 19/05/2017) O estágio parcelar de Ginecologia e Obstetrícia (GO), com a duração de 4 semanas e sob a
regência da Prof. Dr.ª Teresa Ventura, foi realizado no Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, sob a
orientação da Dr. André Reis Correia e Dr.ª Ana Paula Santos As atividades foram divididas por
duas semanas em Ginecologia e duas semanas em Obstetrícia, ao longo das quais frequentei a
enfermaria de grávidas e puérperas; as consultas de obstetrícia, ecografia obstétrica e ginecologia;
os exames de histeroscopia; o serviço de urgência; o bloco de partos; e o bloco operatório. Realizei
vários exames ginecológicos, colheita de exsudados vaginais e rectais, citologias cérvico-vaginais,
palpação mamária, medição de altura de fundo uterino e auscultação de foco fetal. Consolidei o
conhecimento e a capacidade de interpretação de CTG. Em termos formativos, assisti às várias
reuniões de serviço da equipa de Ginecologia e de Obstetrícia. Como momento de avaliação,
apresentei o trabalho “Aborto Recorrente”, no final do estágio.
3. Reflexão Crítica
Findo este ano letivo, considero que os objetivos foram cumpridos quer devido à estrutura
pedagógica deste ano profissionalizante, quer devido à autonomia que me foi concedida e à
vontade que tinha de evoluir como futura profissional médica.
A aquisição de autonomia no trabalho diário representou o objetivo mais importante a atingir.
Para tal, adotei uma atitude de dedicação, rigor e motivação, sendo que a autonomia desejada foi
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progressiva e conseguida sobretudo nos estágios de Medicina, Pediatria e MGF, onde me foi
sempre incutido o sentido de responsabilidade e espírito crítico. Especificamente, o estágio
Medicina, onde me foi confiada bastante autonomia na avaliação dos doentes, permitiu melhorar
capacidades de comunicação e ganhar mais segurança na atribuição de um diagnóstico e
instituição terapêutica; o estágio de MGF, que se tornou uma excelente oportunidade para
aperfeiçoar as minhas competências de diagnóstico e tratamento das patologias mais prevalentes,
dando ênfase ao uso judicioso dos meios complementares de diagnóstico; e o estágio de Pediatria,
onde destaco principalmente o aperfeiçoamento da comunicação com o doente pediátrico e seus
familiares. Saliento também que, para o êxito da maioria dos estágios parcelares, contribuiu o rácio
tutor/aluno de 1:1, adequado e necessário ao exercício clínico devidamente profissionalizante, por
parte do aluno. Lamento não ter encontrado esta condição no estágio de Cirurgia, onde este rácio
foi de 1:3, dificultando a participação e aprendizagem dos procedimentos práticos.
Em termos de objetivos específicos, quer a consolidação de conhecimentos quer o treino das
minhas aptidões clínicas foi muito trabalhado este ano; a este nível, destaco sobretudo os estágios
de GO e SM, onde reconhecia uma maior falha de competências, que considero agora mais
colmatadas. Nomeadamente, o estágio de SM, que permitiu encarar a doença mental com maior
naturalidade, reconhecendo a importância de combater o estigma e da integração dos doentes no
contexto biopsicossocial. Quanto à identificação das limitações da prática médica, gostaria de
referir que apesar da maioria dos casos vivenciados ter correspondido a uma evolução clínica
favorável, foi inevitável o confronto com a deterioração clínica e a própria morte. Foi neste contexto
que me apercebi da necessidade do médico ser coerente com a situação em causa, saber respeitar
o limite do ser humano e da própria doença e saber assim aceitar o fim da vida.
Apesar das múltiplas variáveis que condicionam o nosso trabalho como alunos,
nomeadamente os locais de estágios, os tutores e o rácio médico/doente e tutor/aluno em cada
local, penso que as mais-valias retiradas de cada estágio dependem sobretudo da iniciativa e do
empenho de cada um, apesar de reconhecer que algumas dessas variáveis foram pontualmente
desmotivadoras para mim. Tendo isto em conta, o meu trabalho ao longo deste ano foi o mais
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dedicado possível, tentando sempre retirar conhecimentos e trabalhar aptidões em todos os
estágios por onde passei e tentando colmatar as falhas que reconheci no início deste ano. Da
mesma forma, tentei ao máximo integrar-me nas equipas em que estive e fazer com que me fosse
dada cada vez mais autonomia nas tarefas que desempenhei, apesar de reconhecer os meus
limites e identificar ativamente certas áreas onde poderei no futuro evoluir.
Ao longo deste ano verifiquei a importância da identificação de necessidades de
aprendizagem e a formação contínua para melhorar as aptidões clínicas. Esta é uma atitude que
pretendo manter em toda a carreira médica, por a considerar fundamental para a boa prática da
Medicina e benefício dos doentes.
Relativamente ao estágio clínico opcional é, na minha opinião, uma excelente oportunidade
de experienciarmos áreas do nosso interesse. A possibilidade de ter realizado o estágio no México,
foi sem dúvida uma mais valia pessoal e profissional, na medida em que foi uma oportunidade para
desenvolver competências médicas, num contexto internacional, noutro idioma e com uma relação
entre pares e um método de trabalho diferentes; bem como conhecer novas culturas e contactar
com estudantes de diversas nacionalidades, aptidões que certamente me serão úteis no futuro.
Tratando-se de uma reflexão crítica, considero como ponto negativo, a duração insuficiente
dos estágios, com pouco enfoque prévio, particularmente SM e MGF, a discrepância existente no
grau de exigência, carga horária e, nalguns casos, a pouca uniformização existente nas avaliações
praticadas entre os diversos locais de estágio.
Em suma, considero ter sido um ano fulcral para a minha formação humana e académica,
onde desenvolvi progressiva autonomia e consolidei e adquiri novos conhecimentos, aptidões
clínicas e capacidades de comunicação.
Concluo assim o MIM com a sensação de dever cumprido e com a preparação que considero
essencial para enfrentar o futuro profissional. Contudo não termino o processo de aprendizagem,
pretendendo manter a vontade de aprender sempre mais, e manter um caráter exigente e de
aperfeiçoamento, nunca esquecendo os valores morais e éticos. Por último, deixo um
agradecimento a todos os professores, tutores e médicos que me ensinaram durante estes 6 anos.
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4. Anexos
- Certificado de Participação e Creditação do Intercâmbio Clínico
- Certificado de Participação no XX Congresso Nacional de Medicina Intensiva/VI Congresso Lusobrasileiro de Medicina Intensiva
- Certificado de Participação no Workshop UCF Amadora-Sintra – Saúde da Mulher e Neonatal, da Criança e do Adolescente
- Certificado de Participação no IMed Conference 8.0
- Certificado de Participação no Workshop de Neurologia do IMed Conference 8.0
- Certificado de Participação na Clinical Mind Competition do IMed Conference 8.0
- Certificado de Participação no no Curso TEAM
- Certificado de Comunicação Oral sobre “Paralisia Facial Periférica”
- Certificado de Participação no Programa de Curtos Estágios Periféricos – Pediatria 2015
- Certificado de Participação no Programa de Curtos Estágios Periféricos – Endocrinologia 2014
- Declaração de Representação dos Alunos no Conselho Pedagógico
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- Certificado de Participação e Creditação do Intercâmbio Clínico
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- Certificado de Participação no XX Congresso Nacional de Medicina Intensiva/VI Congresso Lusobrasileiro de Medicina Intensiva
CERTIFICADO
Certificamos que Mónica Rafaela Araújo esteve presente XX Congresso Nacional de Medicina Intensiva/VI Congresso Lusobrasileiro de Medicina Intensiva, realizado de 4 a 6 de Maio de 2017, em Lisboa.
Lisboa, 6 de Maio de 2017
Presidente da SPCI
Presidente da AMIB
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- Certificado de Participação no Workshop UCF Amadora-Sintra – Saúde da Mulher e Neonatal, da Criança e do Adolescente
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- Certificado de Participação no IMed Conference 8.0
iMed Conference 8.0 2016 |
Conference Tickets Phase 3
— Certificado de Participação
DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DE CERTIFICADO
AS ATIVIDADES FREQUENTADAS ENCONTRAM-SE NA PÁGINA SEGUINTE
EMITIDO POR:
NOME
EVENTO
iMed Conference 8.0 2016 | Conference Tickets Phase 3
13-10-2016
The iMed Conference is a 4-day congress which aim is to share the latest discoveries in translational sciencewith Health and Life Sciences enthusiasts. This grand project by AEFCM is now in its 8th edition and this year,from 13th to 16th october we will be talking about Oncology, Neonatology, Psychiatry and Rehabilitation! To�nd out more go to www.imedconference.org Come to Lisbon and look further with us. For more info abouttickets and payments go to: https://goo.gl/oAOaU5 Email: [email protected] TICKET PRICES |PHASE 3: -AEFCM Membership - 52€ - Non AEFCM Membership | Students - 55€ - Non Students - 70€
AEFCM - Associação de Estudantes da NOVA Medical School
Campo Mártires da Pátria, 130
1169-056 Lisboa
Monica Araujo
14100428 HLXDE
aefcm.upstudents.pt Comprovativo de Emissão de Certi�cado Electrónico
Decreto-Lei n.º 290-D/99 e 62/2003 — European Union Directive 1999/93/CE
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- Certificado de Participação no Workshop de Neurologia do IMed Conference 8.0
iMed Conference 8.0 - Workshops
— Certificado de Participação
DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DE CERTIFICADO
EMITIDO POR:
NOME
AEFCM - Associação de Estudantes da NOVA Medical School
Campo Mártires da Pátria, 130
1169-056 Lisboa
Monica Araujo
14100428 GHJMV
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- Certificado de Participação na Clinical Mind Competition do IMed Conference 8.0
Clinical Mind Competition
Registration
— Certificado de Participação
DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DE CERTIFICADO
AS ATIVIDADES FREQUENTADAS ENCONTRAM-SE NA PÁGINA SEGUINTE
EMITIDO POR:
NOME
EVENTO
AEFCM - Associação de Estudantes da NOVA Medical School
Campo Mártires da Pátria, 130
1169-056 Lisboa
Monica Araujo
14100428 OAACY
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- Certificado de Participação no no Curso TEAM
Scanned by CamScanner
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- Certificado de Participação no Programa de Curtos Estágios Periféricos – Pediatria 2015
20
- Certificado de Participação no Programa de Curtos Estágios Periféricos – Endocrinologia 2014
21
- Certificado de Comunicação Oral sobre “Paralisia Facial Periférica”
Scanned by CamScanner
22
- Declaração de Representação dos Alunos no Conselho Pedagógico
