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A nova Secretária de Inspeção do Trabalho, co- lega AFT/RJ Vera Lúcia Ribeiro de Albuquerque, reuniu-se com Auditores Fiscais do Trabalho, em São Paulo, no mês de fevereiro último, expondo seu programa de ação. Admitiu ser urgente a re- posição do quadro paulista de AFTs. Leia repor- tagem nas páginas de 03 à 07. NOVA SECRETÁRIA REUNE-SE COM AFTs EM SÃO PAULO Secretária da Inspeção do Trabalho do MTE - Vera Lúcia Ribeiro de Albuquerque Fotos: Sinpait Vera Albuquerque ladeada por Makoto Sato - Substituto do Superintendente da SRTE/SP, Luci Lipel - Vice-Presidente do SINPAIT e Dalísio dos Santos - Vice-Presidente de Comunicação do SINPAIT.

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A nova Secretária de Inspeção do Trabalho, co-lega AFT/RJ Vera Lúcia Ribeiro de Albuquerque, reuniu-se com Auditores Fiscais do Trabalho, em São Paulo, no mês de fevereiro último, expondo seu programa de ação. Admitiu ser urgente a re-posição do quadro paulista de AFTs. Leia repor-tagem nas páginas de 03 à 07.

NOVA SECRETÁRIA REUNE-SE COM AFTs

EM SÃO PAULO

Secretária da Inspeção do Trabalho do MTE - Vera Lúcia Ribeiro de Albuquerque

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Vera Albuquerque ladeada por Makoto Sato - Substituto do Superintendente

da SRTE/SP, Luci Lipel - Vice-Presidente do SINPAIT e Dalísio dos Santos - Vice-Presidente de Comunicação do SINPAIT.

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O ELO EditorialUNINDO PELA INFORMAÇÃO

Informativo do SINPAITPublicação Mensal – Distribuição Gratuita

DIRETOR RESPONSÁVELJesus José Bales

AssistenteLuci Helena Lipel

ReportagensJornalista Responsável

Dalísio Domingues dos Santos - MTB. 7.765

DIRETORIA EXECUTIVAPRESIDENTE

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Luci Helena Lipel - José Vieira Rocha Junior1º Vice de Administração

Solange Aparecida de Andrade - Hilda Engler Raggio Bergamasco2º Vice de Administração

Erasmo Torres Ramos - Maria Luiza F. de Almeida Vilar Feitosa3º Vice de Administração

Vera Galvão Moraes - Maria Nilza Bueno da Silveira1º Vice de Planejamento

Mário Kaminski - Nilsa Maria Leis Di Ciero2º Vice de Planejamento

Armando Barizan - Yllen Fábio Blanes de Araújo3º Vice de Planejamento

Renato Miranda de Moraes Carvalho - Antonio Fojo da CostaVice de Normatização

Regina Candellero Castilho Nami HaddadSandra Morais de Brito Costa

Vice de ComunicaçãoDalísio Domingues dos Santos - Ivete Cassiani Furegatti

Vice de CulturaMarco Antonio Melchior - José Maria Coutinho

Vice Parlamentares Edir José Vernaschi

Vice Relações Públicas Suzana Lacerda Abreu de S. Lage

Maria Aparecida Almeida Dias de SouzaVice Inspeção

Ruy Antonio de Arruda Pereira - Rubens Chiapeta AlvaresVice Medicina

Geraldo da Silva Pereira - Ettore Paulo PinottiVice Segurança

José Antonio Mesquita de Oliveira - Newton Carlos PerisVice Aposentados

Adriano Salles Toledo de CarvalhoMaria Marly do Nascimento Jungers

Vice Sindicais Cyro Fessel Fazzio - Erlon Martinho Pontes

Vice Sociais Darcy Rizzo Hungueria - Jane Claudete da Cunha Duarte

Vice Interior Eduardo Caldas Rebouças - Décio Francisco Gonçalves da Rocha

Vice Internacional Nelson Alves Gomes - Luiz Carlos do Prado

CONSELHO FISCALTITULARES

Bruno Clemente Domingos, Emilia de Castro Paiva, Felix Suriano Domingues Neto,

Rubens de Souza Brittes, Wilson Antonio BernardiSUPLENTES

Ana Maria Fornos Rodriguez, Antonio Picinini, Enio Celso Salgado, Rivaldo Ribeiro da Costa, Tadashi Abe

SINPAITSindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho

Fundado em 19/05/1953R. Avanhandava, 133 – 4º andar – cjs. 41/42

Centro – São Paulo/SP – CEP: 01306-001Tels: (11) 3214-0750 / 3255-9516 / 3257-5267

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Reprodução: As matérias publicadas só poderãoser reproduzidas com autorização expressa do SINPAIT,

sujeitando, os infratores, às penalidades legais.Responsabilidades: As matérias assinadas são de

inteira responsabilidade de seus autores, não refletindo,necessariamente, a opinião do SINPAIT.

Editoração, Criação e Impressão:Graphcollor Gráfica e Editora Ltda

(11) 3159-1485 / [email protected]

Tiragem: 3.600

ISSN 1983-263X

Auditoria do Trabalho a serviço do povo

Apesar de todos os percalços, das adversidades, 2010 foi um ano de grande produção para a Auditoria Fiscal do Trabalho, do Brasil. Os auditores fiscais es-tiveram na vanguarda da luta pelo respeito aos direitos sociais e, principalmente, na sustenta-ção da formalidade, da inclusão dos trabalhadores no mercado de trabalho, ou seja, na defesa da “carteira assinada”. O ataque aos direitos básicos do trabalha-dor continua intenso, em nosso país, partindo de setores de peso, principalmente de importantes organizações de consultoria em-presarial. Quando se supunha en-terrado o discurso do início dos anos 1990, da pré-globalização, que exigia a flexibilização total, “a liberdade de cada um dispor de sua força de trabalho, como bem entender”, eis que ele volta com força, com constantes artigos na imprensa e debates na televisão, pedindo o fim da CLT, a reforma trabalhista e o fim do contrato de trabalho, ainda o alicerce princi-pal a sustentar todo o arcabouço trabalhista e social de nosso país.

Recentemente, um professor e consultor trabalhista, em amplo artigo num dos principais jornais do país, atacou a atuação da fis-calização federal do trabalho e do Ministério Público do Traba-lho, acusando-os de ultrapassar competências legais e interferir de modo autoritário nas relações de trabalho. Invocou, até, a pre-tensa ilegalidade do auditor fiscal do trabalho no estabelecimento do vínculo empregatício, durante a ação fiscal, alegando que essa competência é exclusiva do juiz trabalhista. Fazem um alarido imenso, mas não apontam uma

única alternativa decente para “mudar para melhor”. Querem, simplesmente, a imolação dos di-reitos do trabalhador, para que ele volte a ser a massa indefesa, ex-posta à sanha dos exploradores.

É justamente nesse quadro con-flituoso, exacerbado, que emerge serena a figura do AFT – auditor ou auditora – a fazer valer o ordena-mento legal vigente, a impor limites na ação truculenta de empregado-res, inclusive de poderosos grupos empresariais, a fazer respeitar os fundamentos da relação de empre-go. Esse trabalho fecundo, persis-tente, trouxe resultados auspicio-sos, a ponto de o próprio Governo ter reconhecido que o acentuado número de empregos formais, al-cançado em 2005, deveu-se à vi-gorosa ação dos auditores fiscais do Trabalho. No Estado de São Paulo as estatísticas mostram que o número de empregados regis-trados na ação fiscal, de trabalha-dores portadores de deficiência e aprendizes incluídos no mercado formal, com carteira assinada, ultrapassou em muito as metas fixadas no planejamento do ano passado.

Por isso esta edição de “O ELO” é dedicada aos colegas AFTs que responderam com uma formidá-vel produção fiscal, ao chamado feito pela Administração. Divul-gar os resultados dessa robus-ta ação é fazer justiça a esses dedicados colegas, que não só revertem seu trabalho diário em favor dos mais fracos, da classe trabalhadora, como honram essa nobre instituição brasileira, que é a Inspeção do Trabalho, agora en-riquecida na sua condição de audi-toria, principalmente na proteção do FGTS.

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O ELO

Vera: SP e RJ precisam já de número maior de AFTs

“Sei que a principal demanda de São Paulo é ter, de imediato, número bem maior de auditores fiscais. Seu quadro está defasado em relação ao imenso con-tingente que deve atender. O mesmo ocorre no Rio de Janeiro. São dois Estados dos mais necessitados de número maior de AFTs”, disse a colega auditora Vera Lúcia Ribeiro de Albuquerque, numa reunião de serviço, com os AFTs de São Paulo, na sede da su-perintêndencia paulista, na tarde do último dia 14 de fevereiro. Vera assumiu a chefia da SIT-Secretaria da Inspeção do Trabalho, do MTE, no dia 25 de janeiro passado.

Com mais de 100 auditoras e auditores lotando o pequeno auditório da SRT/SP, a nova secretária fez exposição de seus objetivos, no comando da SIT, colocando como prioridade a boa qualificação pro-fissional dos AFTs, mostrando-se inteiramente aberta ao diálogo, pronta a esclarecer qualquer dúvida e res-ponder qualquer pergunta. A reunião, que começou por volta das 13hs30ms, prolongou-se até às 19:00 hs, com meia hora de coffee-break, gentilmente ofereci-do pelo SINPAIT-SINDICATO PAULISTA DOS AUDITO-RES FISCAIS. A mesa que coordenou os trabalhos foi formada pelo superintendente regional José Roberto

“Sei que a principal demanda de São Paulo é ter, de imediato, número bem maior de auditores fiscais.

Melo, a secretária Vera Lúcia Albuquerque, o chefe da SEINTE/SP Marco Antonio Belchior, o AFT Renato Bignami, o chefe da SEGUR/SP Celso Haddad, o di-retor da DEFIT Leonardo Soares e o ex-assessor da SIT, Rodrigo Vaz, agora lotado na SRTE/SP. O SINPAIT foi representado por sua vice-presidente, colega Luci Helena Lipel, que no final fez breve saudação à nova secretária e expôs dificuldades que estão atingindo a Inspeção do Trabalho em nosso Estado.

Importância do diálogo

Convocada, cada gerência regional enviou pelo menos três auditores fiscais para essa reunião, além, é claro, do próprio gerente regional. Ainda que pra-ticamente todos os temas debatidos fossem ligados mais à rotina operacional da fiscalização, a secretária Vera Albuquerque pediu, por várias vezes, que per-guntas fossem feitas, que dúvidas fossem apresenta-das, deixando bastante evidente que essa oportuni-dade era para um amplo entendimento de tudo que diz respeito à auditoria fiscal do trabalho no Estado de São Paulo. No entanto, o diálogo ficou mais em situações de natureza burocrático-operacional, não

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avançando em algumas questões cruciais que envol-vem todo o universo prático da Fiscalização.

Lembrando que a auditoria Fiscal do Trabalho é atividade de nível nacional, portanto com seus proce-dimentos básicos unificados, destacou que, na prá-tica, há questões típicas, próprias de cada regional. “Por isso pretendo visitar o maior número possível de superintêndencias, reunindo com colegas AFTs, para ouvir das chefias, ouvir de cada colega, quais suas demandas mais prementes, quais situações mais complicadas, que precisam de solução. Preten-do, até o carnaval, visitar 19 regionais. Ainda no final da semana passada estive no Rio Grande do Sul e fizemos uma excelente reunião de trabalho com os colegas gaúchos, em Porto Alegre. Quero estar a par de tudo que se passa com a fiscalização.” Vera disse que está dando continuida-de à administração anterior. Segundo ela, a ex-Secretária Ruth Vilela deixou o cargo por vontade pessoal e a indicou para sucedê-la, o que foi acei-to pelo Ministro. Assim, desta-cou que sua gestão, na SIT, é de continuidade, mas terá ca-racterísticas próprias, porque o estilo de trabalho é próprio de cada um. “Meu jeito de ser é mais informal, mais coloquial. Gosto de conversar. A qualquer hora, em qualquer dia, quem precisar falar comigo terá aberto o canal de comunicação. E tenho do Ministro Lupi absoluta autonomia de ação, como ocorria com a doutora Ruth”, disse Vera.

Qual o quadro ideal ?

A nova secretária da SIT fez detalhada exposição sobre a redução constante do quadro de Auditores Fiscais do Trabalho, em atividade, no Brasil. O núme-ro de admissões não cobre o número de vagas deixa-das pelos aposentados e afastados. Mencionou que, no conceito tradicional da OIT, o número básico seria de 01 AFT para cada 20.000 trabalhadores. Mas esse conceito acabou superado pelas mudanças e evolu-ção no mercado de trabalho, com as crises econômi-cas que provocam desemprego, como está ocorren-do na União Européia, introdução, quase diária, de novas tecnologias, características bem individuais de certos países, ou regiões, incorporação de novas for-mas de trabalho, até mesmo da ecologia e defesa do meio ambiente, tudo isso acabou levando a uma revi-são do modo como era, até aqui, vista essa questão.

Tanto que a OIT tem uma comissão estudando, em profundidade, os contingentes ideais de auditores em relação à massa trabalhadora e deve anunciar, em breve, os novos parâmetros, incluindo, por exemplo, as domésticas no universo de mão de obra que deve ser alcançado pela inspeção do trabalho. As próprias relações de trabalho têm-se alterado, com mudanças frequentes. Na construção civil, por exemplo, está sendo utilizada a Empresa de Propósito Específico-EPE, de existência limitada, que se constitui para implementação da obra, extinguindo-se quando ela é concluída. O auditor tem de estar atento a essas inovações, sem o que não desempenhará a contento seu trabalho.

Esse conflito conceitual quanto ao número ideal de auditores, AFT X PEA - aparentemente inexpressivo,

torna-se fundamental quando a SIT tem de batalhar, junto ao Ministério do Planejamento e Gestão, pela convocação de concurso e nomeação de no-vos AFTs. O núcleo duro da administração federal exige argumentação sólida, basea-da em dados concretos, para autorizar novas contratações. A importância da arrecadação

do FGTS, por exemplo, é um dos principais argumen-tos, a favor da auditoria Fiscal do Trabalho, junto ao Ministério do Orçamento e Gestão.

Vera Albuquerque vê algumas providências otimis-tas. Citou que a Receita Federal, no seu mais recen-te concurso para admissão de 400 novos auditores, não fixou, no edital, a lotação prévia dos aprovados. Somente após ter a lista de aprovados é que fez a distribuição, por Estados, conforme a necessidade de serviço. O novo auditor somente soube onde iria trabalhar depois da matrícula. Assim, a SIT pretende fazer o mesmo, e já para o próximo concurso, que se espera seja autorizado para 2012. Ao divulgar o edital não externará, previamente, por Estado, a lotação dos aprovados. Isso facilitará bastante a distribuição racio-nal dos novos AFTs, conforme a necessidade regional mais premente. Contudo, os 117 novos AFTs, que de-vem ser nomeados, ainda estão alcançados pelo edital do concurso, que fixou, de modo prévio, a lotação por Estado. Outra inovação, para o próximo concurso, é que a boa parte das questões deve versar sobre saúde e segurança, abrindo chance para aprovação de nú-mero maior de candidatos especializados nessas áre-as. O concurso continuará sendo “generalista”, mas conduzido para uma especialização.

O número de admissões não cobre o número de vagas deixadas pelos aposentados

e afastados.

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O ELO

No momento a SIT luta pela nomeação dos novos 117 AFTs, o que é muito pouco, mas, de qualquer forma, se puderem entrar logo em atividade, já será possível algum alívio na imensa sobrecarga de servi-ços, em praticamente todas as regionais.

Comentou-se, também, o elevado grau de dificul-dade, contido nas provas, nos recentes concursos para a auditoria Fiscal do Trabalho. São questões geralmente difíceis. Talvez o concurso para AFT, no momento, seja o mais difícil dentre todos para o ser-viço público federal. Exige-se muito, para poucas va-gas. E o grau de exigências nem sempre corresponde ao conhecimento médio que o AFT deve ter para o exercício da atividade. “Não deixa de ser uma forma, um tanto sofisticada, de esvaziar a auditoria Fiscal do Trabalho”, comentou um colega, numa roda que con-versava diante da mesa do “coffee break”.

Racionalizar o trabalho

Vera apelou por uma melhor racionalização das atividades a fim de que a demanda reprimida possa ser encaminhada de modo mais adequado. Desta-cou, por exemplo, que um Estado como São Paulo, com 27 gerências regionais, um volume imenso de atividade fiscal, da maior importância, a ser execu-tado, não pode ficar colhendo denúncias individu-ais, no plantão fiscal, ou exercendo homologação, ou mediação. Considera que esse atendimento também é importante, mas não, necessariamente, pelo Audi-tor Fiscal. “Se nossa prioridade máxima é conseguir o trabalho decente para todos os brasileiros e mes-mo para os estrangeiros, que aqui chegam na bus-ca de uma vida melhor, é nesse foco que a auditoria Fiscal do Trabalho tem de concentrar toda sua força e capacidade de ação”. Enfatizou que não vislumbra o fim do plantão fiscal, mas nele o melhor a fazer é orientar, encaminhar o trabalhador para a solução prática de seu problema, e não gerar, em cada queixa individual, mais um pequeno processo para entulhar a repartição. Desse modo, como o número de AFTs é, realmente, reduzido, tudo tem de ser feito dentro do planejamento previamente adotado. A nova metodo-logia, que não alterou o modelo costumeiro de fiscali-zação, introduziu o planejamento fiscal baseado nos projetos específicos, executados em grupo. Esses projetos são dirigidos para as situações prioritárias, não só de maior abrangência de trabalhadores, mas, também, de situações especiais, sobretudo em saú-de e segurança. Não há projetos de gerências. São todos da superintêndencia. Na verdade os projetos complementam aquelas atividades fiscais prioritárias

e permanentes - as metas obrigatórias - como o re-gistro, recolhimento do FGTS, combate ao trabalho infantil, inclusão da pessoa com deficiência, o apren-diz, a prevenção etc.

Vera Albuquerque chamou atenção para que o fluxo de atividade não se emperre por falta de co-municação. O coordenador deve colocar o chefe da SEINT a par de tudo que está sendo feito. A secretá-ria disse que o colega AFT Rodrigo Vaz, engenheiro, inicialmente, da superintêndencia do Mato Grosso do Sul, depois, transferiu-se para o Rio de Janeiro e, na SIT, cuidou da implantação do novo sistema, agora vai assessorar o desenvolvimento dos proje-tos de fiscalização no Estado de São Paulo. O início da operacionalização da rede do SFITWEB também vai auxiliar, de modo excelente, a atividade diária do AFT. “Em termos de sistema é o futuro da fiscaliza-ção”, enfatizou o colega Leonardo Soares. Informou, ainda, que em breve a lavratura do auto de infração será unicamente eletrônica, como, por exemplo, já ocorre com a NFGC. Foi mencionado, também, que o IPEA divulgou um estudo no qual mostra que a Ins-peção do Trabalho, do modo como está sendo feita, no Brasil, está no caminho certo e deve aprofundar sua metodologia operacional.

Ainda que seja apenas linguagem de marketing, que sempre colide com a transparência da verdade, afirmou-se que a Inspeção do Trabalho deve aperfei-çoar seus “produtos” para que possam ser mostra-dos com eficiência à população. Os bons resultados da ação fiscal devem ser divulgados, por todos os meios, para consolidar a boa imagem da auditoria Fiscal do Trabalho. Mas na superintêndencia pau-lista não há serviço de imprensa para isso. Nesse contexto, de fortalecimento da imagem pública da Inspeção do Trabalho, defendeu-se a repressão ao trabalho escravo, pois essas ações projetam, de modo positivo, a atividade fiscal, e dão a ela um re-conhecimento até de nível internacional. E também influem, em nosso mundo político, derrubando re-sistências daqueles que sempre querem negar, ou reduzir, os meios necessários para custear a Inspe-ção do Trabalho. Mas há os que fazem restrição a esse ponto de vista, lembrando que há cinco anos a poderosa central sindical norte-americana, AFL-CIAO, subscreveu um pedido dos produtores de suco de laranja, da Flórida, ao Congresso dos Es-tados Unidos, alegando que deveriam suspender a importação de suco de laranja do Brasil porque o produto estaria sendo feito com trabalho escra-vo, vez que o próprio governo brasileiro reconhece que há trabalho escravo no país.

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Em defesa da Inspeção do Trabalho

Um tema que tem preocupado os Auditores e Auditoras Fiscais que, realmente, se interessam pelo destino da Inspeção do Trabalho, em nosso país, é a invasão, cada vez maior, de outros órgãos oficiais, em nossa área de atuação. Competências legais do AFT estão sendo desrespeitadas de modo frequente, sobretudo em São Paulo.

A esse respeito, a colega AFT Luci Helena Lipel, saudando a secretária Vera Albuquerque, em nome do SINPAIT, expôs, de modo objetivo, essa preocupação dos auditores que trabalham em São Paulo: “queremos pedir à secretária Vera uma atenção especial para conter o verdadeiro assédio que vem ocorrendo, por parte de vários órgãos oficiais, às atividades típicas, legalmente privativas, da auditoria Fiscal do Trabalho. Aqui em São Paulo essa invasão, e usurpação de competência legal, tem ocorrido, em maior escala, na área de segurança e saúde, e nas ações que se apresentam como de com-bate ao trabalho escravo. São agentes da Vigilância Sa-nitária do Estado, são agentes da Secretaria da Justiça do Estado, são agentes de uma Delegacia de Polícia, que se apresenta como especializada em acidentes do trabalho, são agentes do CREA-Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, são agentes municipais de prefeituras da grande São Paulo, enfim, são pelo me-nos dez, ou doze setores oficiais, que estão fiscalizando abertamente, sobretudo na área de saúde e segurança, sem que, na maioria das vezes, tenham amparo legal para isso. Como esses órgãos contam com assessorias de imprensa, suas ações são apresentadas com desta-que, na mídia, principalmente na televisão. Como não contamos com serviço dessa natureza – assessoria de imprensa – todo o trabalho de fiscalização feito pelos co-legas Auditores e Auditoras Fiscais da Superintêndencia Regional do Trabalho paulista fica no anonimato, como

se nós não existíssimos. Essa questão já foi levada, até mesmo por escrito, à administração regional, à SIT, ao Ministro do Trabalho, mas, até aquí, infelizmente nada foi feito”.

A secretária Vera Albuquerque concordou com a preocupação dos AFTs de São Paulo, informando que a SIT tem feito o encaminhamento legal para todas as de-núncias de invasão de competências, e com a presteza que se faz necessária tomará providências em defesa, principalmente, da Inspeção do Trabalho, da proteção das competências legais que lhe são conferidas e, acima de tudo, para que ninguém, nenhum outro órgão, deixe de reconhecer o trabalho altamente relevante dos AFTs em favor da classe trabalhadora brasileira.

Prestação de contas A secretária realçou que temos, sempre, de prestar

contas à sociedade sobre todo o trabalho que desenvol-vemos, considerando que isso traz um grande prestí-gio institucional, à Inspeção do Trabalho. Paralelamente, mencionou-se que hoje o Auditor Fiscal do Trabalho brasileiro é, certamente, o melhor remunerado, em todo o mundo, e, assim, torna-se um imperativo ético que sempre preste contas do que faz, à opinião pública do país. Certamente a forma prática, para isso, é a avaliação adequada do trabalho fiscal, que deve ser feita publica-mente, de modo transparente, e com frequência.

Por outro lado, a secretária Vera Albuquerque mos-trou-se otimista quanto à implantação da Escola de Ins-peção do Trabalho, em nosso país, um pleito já antigo e que irá fortalecer bastante nossa instituição. Destacou que o importante é começar o seu funcionamento, pois no início tudo é difícil. Citou o exemplo da Espanha, onde a Escola de Inspeção começou numa pequena sala, na repartição oficial, mas que logo atraiu muitos interessados e hoje está cumprindo com eficiência o seu papel. E dentro desse tema, falou com entusiasmo da importância da capacitação dos AFTs. A OIT tem solici-tado ao MTE a liberação de AFTs para ministrar cursos, no exterior, levando para outros países experiências im-portantes da Inspeção do Trabalho brasileira. Salientou a importância do auditor, interessado nessa área, domi-nar um novo idioma, principalmente o inglês, ou espa-nhol. E quem se inscrever para realizar cursos de espe-cialização, no exterior, também precisa deixar bem claro que sua pretensão se ajusta aos interesses da Inspeção do Trabalho e trará enriquecimento técnico e cultural a ela. O colega Leonardo Soares, a esse respeito, contou passagem envolvendo um AFT que, mesmo vetado pela SIT, ao solicitar autorização para curso no exterior, pois não comprovou a importância do que pretendia

A esse respeito, a colega AFT Luci Helena Lipel, saudando a secretária Vera Albuquerque, em nome do SINPAIT, expôs, de modo objetivo, essa preocupação

que se faz necessária tomará providências em defesa, principalmente, da Inspeção do Trabalho, da proteção das competências legais que lhe são conferidas e, acima de tudo, para que ninguém, nenhum outro órgão, deixe de reconhecer o trabalho altamente relevante dos AFTs em favor da classe trabalhadora brasileira.

A secretária realçou que temos, sempre, de prestar contas à sociedade sobre todo o trabalho que desenvol-vemos, considerando que isso traz um grande prestí-gio institucional, à Inspeção do Trabalho. Paralelamente, mencionou-se que hoje o Auditor Fiscal do Trabalho brasileiro é, certamente, o melhor remunerado, em todo o mundo, e, assim, torna-se um imperativo ético que sempre preste contas do que faz, à opinião pública do país. Certamente a forma prática, para isso, é a avaliação adequada do trabalho fiscal, que deve ser feita publica-

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O ELO

fazer, conseguiu, por influência política, ir para um país europeu, onde fez o curso que pretendia e, ao retornar, transferiu-se para outra área federal, que era o seu real objetivo, deixando bastante evidente a sua pequenez de caráter, pois queria, tão somente, utilizar-se do Ministé-rio do Trabalho como escada para o seu pouco edifican-te objetivo pessoal.

Portaria 40

A secretária Vera analisou a Portaria 40, que tanta

polêmica tem gerado em meio à inspeção do trabalho. Ela versa sobre embargo e interdição, dando poderes ao superintendente regional para referendar, ou não, a decisão tomada pelo Auditor Fiscal, em seu trabalho de campo. Vera afirmou que o superintendente tem, real-mente, amparo legal para confrontar a decisão de em-bargo, ou interdição, tomada pelo AFT, mas a SIT está estudando o aspecto legal dessa portaria e formará um grupo de trabalho com colegas peritos no tema, para debater alguns pontos polêmicos e se posicionar logo sobre o assunto.

FGTS: prioridade número um

Dentro da categoria, a maioria silenciosa tem sua opinião, mas praticamente não se manifesta, sobretudo quanto às areas que, institucionalmente, são o sustentá-culo da Inspeção do Trabalho no Brasil.

Um colega AFT, que pediu para não se identificar, fez seu desabafo: “para mim toda atividade que, his-toricamente, está ligada a nós, devemos lutar para que continue conosco. Cada atividade que perdemos é um pedaço de nós que se vai, tornando nossa instituição mais fraca, de importância menor. Não atribuo relevân-cia a esse debate sobre a forma de atuação, se o tra-balho deve ser individual, ou coletivo. As duas formas são boas, quando são bem desenvolvidas pelo AFT. E uma complementa a outra. Mas acho que o trabalho em grupo somente se justifica quando é amplo, mais complicado. Antes, a experiência que tínhamos eram os comandos fiscais, que hoje não se fazem mais. Se ao longo dos anos o trabalho era basicamente individual, e os objetivos eram alcançados, não sei se a mudança de agora vai melhorar, ou não, o que, de certa forma, vem sendo feito a contento. É preciso ver se o trabalho cole-tivo não vai acobertar aquele que é omisso, que procura fugir da ação fiscal diária. Para mim a questão é muito simples: precisamos de um planejamento tecnicamente bem feito e um comando competente e, principalmen-te, presente. Sem isso, a engrenagem não funciona, fica tudo no discurso teórico, nas abobrinhas recheadas. O

que, efetivamente, dá importância estrutural à Audito-ria Fiscal do Trabalho é o tripé: registro de empregado, FGTS e prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Somos auditores. Auditor é palavra lati-na, aquele que ouve, e sendo Auditor Fiscal, também confere, investiga, age, decide. Além dessas três áreas básicas, todas as demais, como combate ao trabalho escravo, ao trabalho infantil, a inclusão da pessoa com deficiência, do aprendiz, todas são importantes, todas dignificam a Inspeção do Trabalho. Mas a fiscalização do registro de empregado e do FGTS, por exemplo, são ab-solutamente privativas do Auditor Fiscal do Trabalho. Só ele pode fazer, e mais ninguém. São duas áreas imunes à invasão de agentes externos. Dessa forma represen-tam a motivação legal da Inspeção do Trabalho. Uma auditora, ou auditor, que consigam levantar R$ 1 milhão de FGTS, numa empresa, ou consigam que a empresa deposite, amigavelmente, uma quantia desse porte, na conta vinculada dos empregados, estarão dando uma força extraordinária à Auditoria Fiscal do Trabalho. Por isso essas atividades fundamentais devem ser, sem-pre, a prioridade máxima em qualquer planejamento da ação fiscal. A avaliação de nosso trabalho é outro ponto da maior importância. E sobre a avaliação não tenho co-nhecimento se alguma coisa está sendo proposta”.

E os gerentes ? No dia seguinte ao da reunião com a secretária Vera

Albuquerque, (08/02), ocorreu um encontro técnico, logo pela manhã, no prédio da Superintêndencia paulis-ta, entre os gerentes regionais e as chefias da fiscaliza-ção e demais áreas ligadas à ela. Admitindo certo des-conforto, alguns gerentes regionais perguntavam, entre si, como ficam nesse novo contexto, com a fiscalização do trabalho sendo desenvolvida por meio de projetos, comandados por coordenadores.

Ocorreram alguns momentos de tensão, sobretudo quando uma colega AFT, gerente regional no interior, formulou uma questão, bastante pertinente ao tema que se discutia, mas teve uma resposta, de integrante da mesa, que a desapontou, sobretudo porque fugiu à apreciação técnica, descendo à consideração pessoal, fato que apequena a discussão. Outro gerente regio-nal pediu que o comando da fiscalização se posicione de modo bastante claro sobre a forma como os proje-tos serão desenvolvidos, pois como os plantões estão mantidos, e a demanda de atendimento não pode parar, é necessário um ajuste bastante adequado entre as ativi-dades diárias internas e externas. Vários gerentes acham que está faltando diálogo e isso acaba provocando o desentrosamento. (D.S.)

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Brasília, 18/03/2011 - Dando segurança ao processo de provimento dos cargos públicos alocados no MTE, garantindo a continuidade do serviço público, foram prorrogados os prazos de validade dos dois últimos concursos realiza-dos: Concurso Administrativo/2008 e Concurso AFT/2009.

O certame para selecionar 234 Auditores Fis-cais do Trabalho teve seu prazo dilatado por mais oito meses, a contar de 1º de março do corrente, consoante com o que dispõe a Portaria/SE nº 34, de 21 de fevereiro de 2011.

Quanto ao concurso para os cargos de Agen-te Administrativo, Administrador e Economista, cuja homologação se deu em 20 de março de 2009, e que expiraria em 20 de março de 2011, foi prorrogado por mais dois anos, conforme Por-taria/SE nº 45, do último dia 14 deste mês. Em sua totalidade, existem 2.122 vagas disponibili-zadas, mas cerca de 3.320 candidatos já foram nomeados.

Apesar de as solicitações de vagas adicionais estarem suspensas por tempo indeterminado, pelo Ministério do Planejamento, o fl uxo de no-meações advindas de saídas (vacâncias de no-vos servidores) seguirá normalmente.

Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE

MTE prorroga prazo para convocação de aprovados em concursos

O Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco condenou o deputado estadual Marcos Barreto ao pagamento de R$100 mil a seus empregados, por causar dano moral coletivo. A fi scalização havia fl agrado trabalho escravo na propriedade rural do deputado.

Com sucessivas condenações, aos poucos a Justiça do Trabalho vai fi rmando jurisprudência para punir maus empregadores, que praticam o dano moral contra seus empregados.

Em São Paulo tem aumentado o número de denúncias, feitas por trabalhadores, registradas pelo Núcleo de Combate ao Assédio Moral, na Superintêndencia Regional do Trabalho, na rua Martins Fontes, 109, 8º andar.

Justiça condena por dano moral coletivo

“O Governo não pode tratar sua relação com outro poder, que é independente, como se estivesse nego-ciando com o Sindicato de Motoristas de Ônibus”.

A frase, extremamente infeliz, foi do juiz Ga-briel Wedy, presidente da Associação dos Juízes Federais, ao saber que o governo da Presidente Dilma Roussef não negociará reajustes salariais com a magistratura. 14,70% é o índice de reajus-te pleiteado pelos 2 mil juízes federais, buscando a reposição da infl ação.

A manifestação do juiz Gabriel Wedy teve uma resposta dura do sindicalista Nailton Francisco de Souza, dirigente do Sindicato dos Motoristas de Ônibus de São Paulo: “quem é um juiz para achar que, só porque vive numa casta, é superior a ou-tros trabalhadores?”

No início de março corrente o sociólogo Emir Sader, ao criticar a ministra da Cultura, Ana Buar-que de Holanda, também teve uma frase lamen-tável: “ela parece meio autista”. Certamente a última coisa que se espera de um sociólogo é que não seja preconceituoso, principalmente contra o ser humano que nasce com uma doença incurá-vel, como o autismo.

O Brasil vive momento de perigosa banalização de seus mais caros valores éticos e sociais. Frases grosseiras são ditas, rotineiramente, por pessoas em posição de destaque, muitas vezes abordando assuntos de relevância, reduzindo tudo à reles discussão de futebol, em bar da esquina. Quando as pessoas infl uentes apequenam o embate de idéias, são as instituições, as liberdades públicas, as primeiras atingidas e o risco é para toda a so-ciedade democrática. (D.S.)

O juiz e o motorista de ônibus

Certames em vigência tiveram validades acrescidas pelo dobro do período ini-cialmente previsto. Fluxo de nomeações advindas de saídas de servidores inde-pende da suspensão de solicitações de vagas adicionais.

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Foram dois meses de sofri-mento longe de casa e um final que, mesmo obten-

do-se a garantia de pagamento dos valores devidos, não confirmou o provérbio segundo o qual tudo está bem quando termina bem. Na segunda-feira (14), quarenta pe-dreiros e ajudantes recrutados em Estados do Nordeste para trabalhar em Sorocaba - e mantidos por cer-ca de sessenta dias em condições precárias de conforto e higiene, numa casa-alojamento do Jardim Europa - viram seu sonho de cida-de grande desmoronar inapelavel-mente, ao receber a quitação dos dias trabalhados e embarcar em ônibus que os levariam para suas cidades de origem.

A ação rápida da Gerência Regional do Trabalho, de Sorocaba, que vistoriou o alojamento no mesmo dia em que a situação foi denunciada por este jornal (“Leis trabalhistas - Nordestinos vivem em alojamento precário”, 10/2, pág. A6), impediu que os traba-lhadores fossem prejudicados por mais tempo. Os que decidiram fi-car, foram colocados ao amparo da legislação federal que regula-menta aspectos de segurança e condições sanitárias em canteiros de obras e alojamentos. Os que, decepcionados com a experiência, acharam melhor partir - a maioria deles -, embarcaram em ônibus pagos pelas empresas contratan-tes e retornaram para suas casas.

Triste por um lado, já que reve-

O sonho desmoronado

(Editorial do Jornal Cruzeiro do Sul, da cidade de Sorocaba, de 16.02.2011)

lou uma faceta cruel do mercado de trabalho, capaz de amonto-ar pessoas em espaços escuros e mal ventilados em pleno rigor do verão sorocabano, o episódio demonstrou, entretanto, alguns aspectos positivos, tais como, a mobilização de vizinhos (eles se cotizaram para comprar comida, arrecadaram roupas e chegaram a oferecer uma ceia de Natal aos tra-balhadores); a atitude de uma pes-soa da vizinhança, que denunciou o caso ao jornal e permitiu que as autoridades o conhecessem, e a resposta ágil da fiscalização, que compareceu prontamente ao local, onde constatou a situação denunciada, antes que os respon-sáveis tivessem a oportunidade de descaracterizá-la.

Outro aspecto que salta aos olhos é a questão da responsabili-dade, extremamente relevante nos dias de hoje, em que dificilmente uma obra de fôlego é realizada sem que se façam terceirizações e quarteirizações. Muitos empresá-rios imaginam que, por não serem agentes diretos de determinada irregularidade no campo trabalhis-ta, não respondem legalmente por elas. O caso dos nordestinos mos-trou que essa é uma falsa premis-sa: conforme o gerente Regional do Trabalho em Sorocaba, Vitório José Cattai, o fato de a construtora haver contratado subempreiteiras para cuidar do pessoal não a isen-ta de responder por tudo o que ocorre com os trabalhadores.

O mais preocupante, porém, é a informação daquela Gerência de que abusos contra trabalha-dores da construção civil estão se tornando frequentes. A explo-ração de mão de obra barata, em condições irregulares e mediante ofensas à própria dignidade do trabalhador, é algo que a socie-dade sorocabana deve repudiar com todas as suas forças. Todo cidadão deve ser respeitado em seus direitos, e essa é uma ques-tão humanitária que transcende a qualquer ponderação de cará-ter meramente econômico ou de mercado. Imprensa, sindicatos, vereadores, Ministério Público e toda a população - além, é claro, dos Auditores do Ministério do Trabalho - têm o dever moral de fiscalizar e denunciar qualquer irregularidade.

Sorocaba tem uma longa tradi-ção de hospitalidade para com os povos de outras regiões do Brasil e do mundo, e isso, mais do que as belas avenidas, é o que a tor-na tão especial. O respeito às ori-gens e a multiculturalidade está no DNA de um povo constituído, em grande parte, por viajantes e migrantes, que aqui encontraram uma oportunidade de se estabe-lecer e de prosperar. Por respeito a quem chega, mas também por amor próprio, isso não deve ja-mais se perder.

Colaboração de Célia Regina Bellia MonteiroAFT aposentada/Sorocaba/SP

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Na ressaca do carnaval, em onze de março último, a mídia divulgou, com intensa agi-tação, que “o rombo da previdência dos

funcionários públicos cresce 9% e chega a R$51 bi”. Como há vinte anos atrás, no governo do presiden-te Fernando Collor, foi retomado, agora, o mesmo discurso anti-servidor público, na mesma histeria daquele presidente, que se apresentava como “caça-dor de marajás” . Como sempre, os jornais fizeram a comparação dos gastos do INSS, no custeio da apo-sentadoria dos trabalhadores do setor privado, com os gastos da União no regime previdenciário dos ser-vidores públicos federais, explicitando uma diferença geométrica em cima do servidor público.

Segundo o Relatório Resumido da Execução Or-çamentária, divulgado pelo Tesouro Nacional, o go-verno federal desembolsou R$51,245 bilhões, no ano passado, para garantir a aposentadoria dos 949.848 servidores públicos, enquanto em 2009 o dispêndio foi de R$47.014 bilhões. “A situação é insustentável,” disse o secretário de Previdência Social, Leonardo Rolim, lembrando que o sistema arrecada pouco mais de R$22,5 bilhões, para pagar uma despesa de R$73,9 bilhões. Na opinião do secretário Rolim, para reverter o quadro do regime de previdência dos ser-vidores públicos, é preciso regulamentar o fundo de previdência complementar do funcionalismo, projeto de lei 1.991, enviado ao Congresso pelo presidente Lula em 2007, mas com sua tramitação parada desde aquela época. Com o fundo, o teto de aposentado-ria do servidor público, que hoje não existe, seria o mesmo que o do INSS – atualmente é de R$3.689,66. Assim, o servidor que quiser receber um valor maior teria de contribuir para o fundo de previdência com-plementar. Destacou, ainda, o secretário Leonardo Rolim, que o rombo da previdência do servidor pú-blico federal só não é maior do que os R$51 bilhões porque os funcionários da União são estimulados a permanecer trabalhando, com o incentivo do paga-mento de um abono-permanência, que é a vantagem financeira para o servidor que opta por continuar na ativa, mesmo tendo cumprido todos os requisitos para se aposentar. Além, é claro, do desconto de 11% que tem sobre seus vencimentos mensais, quando se aposenta, destinado à Previdência, este, sim, um fator que desestimula o servidor a se aposentar.

Ninguém, muito menos o servidor federal, nega a gravidade dessa situação. Mas o funcionalismo não

Aperta ainda mais o gargalo da previdência

pode ser exposto à execração pública, porque não foi ele que criou essa realidade infernal. Se uma propos-ta de solução, apresentada pelo Executivo, dorme no Congresso Nacional há três anos, agravando, a cada mês, as contas da previdência pública, a culpa não pode ser atribuída ao servidor. Como também não é dígno mantê-lo como o bode expiatório dessa hiper-trofia da máquina pública. Boa, ou não, uma solução deve ser tomada, e com urgência, pelo Executivo e pelo Congresso, principalmente para tranquilizar a fa-mília do funcionalismo público. Afinal, todo servidor público contribui para a Previdência sobre sua remu-neração integral, ao longo de sua vida funcional, e se aposenta conforme as regras legais existentes, pois se não atendê-las, não terá sua aposentadoria.

O salário mínimo

A recente votação do novo valor do salário míni-mo, no Parlamento, motivou acalorada discussão so-bre o déficit da Previdência Social e a situação de pe-núria dos aposentados e pensionistas do Brasil. Ain-da nos anos 1930, quando Eloy Chaves apresentou a primeira lei de previdência social pública, em nosso país, essa questão já provocava grandes debates. Pouco depois Getúlio Vargas criou os IAPs, os insti-tutos previdenciários, que serviram como primeira, e até modesta, organização de previdência social para trabalhadores, dando-lhes direito à aposentadoria, ainda que deixasse de fora todos que trabalhavam no setor rural. Mas essas importantes iniciativas foram feitas dentro de uma realidade especial, pois naquela época havia pleno emprego urbano e todo o arca-bouço se baseou na tradicional forma atuarial, de um trabalhador ativo, contribuinte, para um aposentado, que, naquela ocasião, iria se aposentar somente trin-ta, ou trinta e cinco anos depois, ou seja, após 1970. O que sobreveio após 1970 foi desastroso. A crise internacional do petróleo, em 1973, quebrou rapida-mente as finanças brasileiras. A produção industrial amorteceu, o desemprego cresceu, a economia infor-mal expandiu-se, a arrecadação previdenciária des-pencou. A Constituição de 1988, fazendo justiça, deu ao trabalhador rural o direito à aposentadoria públi-ca, ainda que fosse somente com um salário mínimo. E o dinherio para pagá-la? De onde saiu?

A economia brasileira tornou-se insustentável. Co-meçou o martírio, com a pressão internacional, ante

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o rápido crescimento da dívida externa, sobrevindo a humilhação e o sufoco do FMI. O presidente Sarney, não conseguindo administrar, devido à economia to-talmente desarrumada, a inflação galopante, viu-se obrigado a decretar a moratória, marginalizando o Brasil no contexto internacional. A par dessa situação descontrolada, o gigantismo da administração pre-videnciária, com tudo centralizado em três institutos criados pelo governo militar, o INPS, IAPAS e INAMPS, sobrevieram os graves problemas de gestão, com mega-escândalos explodindo em todos os lados, em todos os setores da Previdência Social. A corrupção chegou a desviar, durante anos, um volume fantás-tico de recursos previdenciários. Em 1990, o presi-dente Collor, alegando não ter outra saída, modificou radicalmente a administração da Previdência, criou o INSS, centralizando ainda mais a administração, e co-meçou a preparar o ambiente para a privatização. A Fundação Geap (Patronal) ficou na marca do penalti. Mas esse objetivo, “dose pra elefante”, como definiu, na época, o professor Anibal Fernandes, não chegou sequer a entrar na pauta. O presidente Collor logo foi despejado do Palácio do Planalto, no processo de “impeachment”. Seu mandato foi completado, com muita eficiência e honestidade, é preciso realçar, pelo presidente Itamar Franco que, como um formidável bombeiro, foi apagando os imensos incêndios dei-xados pelo antecessor – inflação mensal de 60/70%! O presidente Fernando Henrique Cardoso prometeu uma ampla reforma previdenciária, mas não a fez. O presidente Luiz Inacio Lula da Silva prometeu ampla reforma previdenciária, mas não a fez. Hoje, apesar da recuperação, mas ainda sem pleno emprego, com a economia informal concentrando 50% da mão de obra economicamente ativa do país, com o núme-ro de aposentados crescendo diariamente, os fundos previdenciários estão exauridos. Cinco reais a mais, no valor do salário mínimo, significam, para os co-fres da Previdência, aquele centímetro a menos, no acostamento, que faz o ônibus rolar precipício abai-xo. O sistema foi idealizado de forma equivocada, a classe política não teve competência, nem coragem, de modificá-lo, enquanto era tempo, e agora não há nenhum mágico que consiga desatar esse nó cego.

A propósito, o jornalista Carlos Alberto Sarden-berg, um dos mais conceituados analistas econômi-cos da imprensa brasileira, no dia 28 de fevereiro último publicou um comentário, no jornal “Estado de São Paulo”, sob o título “Esquerda ou Direita”, que a seguir transcrevemos:

“Reforma da Previdência é igual no mundo todo. Trata-se de fazer com que as pessoas trabalhem mais, contribuam mais e se aposentem com vencimentos menores. Parece que o governo Dilma – ou parte dele – está retomando essa agenda, incluíndo idade míni-ma para aposentadoria do pessoal do setor privado

e o fim da aposentadoria integral para funcionários públicos.

Seria uma agenda de esquerda ou de direita? De direita, será a resposta majoritária por aqui, pois se trata, dirão, de limitar direitos e benefícios dos traba-lhadores.

Na Espanha, porém, o governo é de esquerda, do Partido Socialista, chefiado por José Luis Rodriguez Zapatero. As duas centrais sindicais também estão na esquerda. Pois governo e centrais firmaram um pacto em torno de uma reforma que aumenta a idade mí-nima de aposentadoria de 65 para 68 anos e o tempo de contribuição de 35 para 38 anos. A pensão será calculada com base nos salários dos últimos 20 anos (em vez dos atuais 15), o que deve reduzir seu valor.

Como argumentou a esquerda espanhola? Que era preciso salvar o regime previdenciário e garantir a to-dos uma pensão razoável, um objetivo de justiça so-cial que depende do equilíbrio financeiro do sistema. Até o ano passado, a Previdência espanhola estava no azul: as contribuições pagas pelos trabalhadores ativos eram mais do que suficientes para pagar as aposentadorias. Em 2010, porém, já se registrou um pequeno déficit. E eles estão reagindo antes que esse déficit se transforme em uma bola de neve.

Pode-se acrescentar. A introdução do sistema pú-blico de Previdência sempre foi uma agenda da social democracia e do socialismo não revolucionário. Por-tanto, impedir o colapso dessa política deve ser de esquerda. Não é mesmo? Por outro lado, tudo que limita direito dos trabalhadores deve ser de direita. Certo?

Ideologias à parte, os números indicam que a Pre-vidência brasileira está no caminho do desastre. As duas, a do INSS e a do setor público. No ano passado, o déficit do INSS foi de R$ 44,3 bilhões. Em janeiro de 2011, de R$ 3 bilhões, isso com o salário mínimo a R$ 540, valor vigente desde o início do ano. Com o novo valor de R$ 545, o custo mensal adicional será de R$ 115 milhões; o anual, de R$ 1,5 bilhão.

Pela regra aprovada para o mínimo, o salário de 2012 deve ir a R$620,00 reais. O custo ficará em torno de R$ 23 bilhões ao ano, simplesmente a metade do valor atual do déficit.

Não tem a menor viabilidade. O governo terá de aumentar impostos para finan-

ciar isso – e isso numa economia já sobretaxada por uma carga tributária que é a maior entre os países emergentes. Acrescente-se aí que o déficit do sis-tema de aposentadoria dos servidores públicos fe-derais passou dos R$ 50 bilhões no ano passado, o que exige mais carga de impostos onerando toda a sociedade.

Não há a menor dúvida, o sistema já está quebra-do. E então, aqui no Brasil, reforma da Previdência é de esquerda ou de direita?” (D.S.)

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O Superintendente Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, José Roberto Melo, reuniu-se em seu gabinete, no últi-mo dia 30 de março, com os funcionários da Gerência Regional Sul, para comunicar que essa repartição deve ser desativada brevemente, em decorrência da necessidade de redução de custos, determinada pela presidência da República.

O superintendente Melo informou ao presidente do SINPAIT, colega Jesus Bales, que também convocará reunião com os funcionários das outras três regionais, da Capital, para fazer a mesma comunicação. Explicou que essa providência foi determinada pela administração central, em Brasília, vez que os cortes de gastos devem atingir todos os ministérios. No caso específi co das quatro regionais, da Capital (Norte-Sul-Leste-Oeste), um dos fatores determinantes de sua desativa-ção é o alto valor do aluguel dos prédios, mas enfatizando, também, o custo mensal de manutenção.

Comissão

Na reunião do dia 29 de março passado, a qual compare-ceram quase todos os colegas AFTs lotados na gerência Sul, foi acertada a formação de uma comissão, que analisará todas as alternativas viáveis para manter a repartição aberta. Essa comis-

Contenção de gastos pode fechar gerênciassão tem prazo de 30 dias para apresentar um relatório que será enviado ao MTE em Brasília. Contudo, o superintendente Melo não se mostra otimista quanto ao sucesso dessa iniciativa.

Indagado das providências a serem tomadas, em relação ao pessoal da gerência sul, caso seja, mesmo, fechada, o supe-rintendente esclareceu que os AFTs retornarão à sede central, na rua Martins Fontes, onde eram lotados antes da criação das então subdelegacias, na Capital, e demais funcionários tam-bém, sempre obedecendo o critério que atenda as necessida-des do serviço público.

Os serviços, que mesmo funcionando dentro das gerên-cias, já são executados por trabalhadores do Estado, ou da Pre-feitura, continuarão sob a responsabilidade dos órgão estadu-ais, ou municipais, conveniados, com tendência a se expandir essa forma operacional. Os novos locais de atendimento serão determinados pelos órgãos conveniados.

Por outro lado, o superintendente José Roberto Melo infor-mou que esteve em São José do Rio Preto, acompanhado de seus assessores, procurando inteirar-se dos problemas daque-la repartição do Ministério do Trabalho e Emprego. Na ocasião foi realizada uma reunião com todos os servidores.

Na volta, em reunião com o SINPAIT, o Superintendente Melo informou ao Presidente Jesus, sobre o assunto. (D.S.)

Dilma e Obama fi rmaram protocolos trabalhistas

Na sua recente visita ao Brasil o presidente norte-ameri-cano Barak Obama fi rmou vários protocolos de intenções, na área trabalhista, com a presidente Dilma Rousseff , visando a garantia do trabalho dígno em ambos países. A previsão é de que muitas empresas norte-americanas ingressem no Brasil para participar das obras vinculadas à Copa do Mundo, em 2014 e Olimpíadas, em 2016.

No documento ambos presidentes se comprometeram a manter uma colaboração vigorosa na preservação do “traba-lho decente”, concordando em manter treinamento recíproco de trabalhadores, uma proteção integral nas áreas de saúde e segurança, combate ao trabalho infantil e forçado, sem uti-lizar a expressão “trabalho escravo”, eliminar todas as formas de discriminação e fortalecer a liberdade de associação e de negociação coletiva.

Considerando que, moralmente, todo trabalho deve ser decente, o professor José Pastore, da Usp, num recente artigo, utilizou, para essa questão, a defi nição do Ministério do Traba-lho e Emprego e da OIT: “...trabalho decente é aquele adequa-

damente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, de modo a garantir uma vida dígna aos trabalhadores.”

Para muitos a defi nição é utópica, quase poética, pois na realidade brasileira, com 50% da mão de obra ativa na infor-malidade, esse trabalho ideal ainda está muito longe de ser alcançado. No caso dos protocolos trabalhistas, fi rmados por Dilma e Obama, o professor Pastore levanta várias dúvidas e suspeitas, lembrando que das 188 convenções aprovadas pela OIT, visando o trabalho dígno no mundo, os Estados Unidos ratifi caram apenas 14. É bem verdade que os Esta-dos Unidos ainda são dos poucos países fi liados que pagam em dia a contribuição à OIT. A preocupação atual do governo norte-americano é gerar empregos, em seus país, contando, para isso, com relações econômicas e comerciais mais estrei-tas com o Brasil. Pode ser que esses protocolos de intenções tenham sido motivados, justamente, por esse aspecto, de in-teresses mútuos, buscando igualdade de comportamento na área trabalhista.(D.S.)

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Referência: 46017.000197/2011-60Interessado: Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho – SINAITAssunto: invasão de competência da fiscalização

NOTA INFORMATIVA Nº 001/2011/MGB/DEFIT/SIT

Cuida-se da Carta SINAIT nº 11/2011, do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho – SINAIT, encaminhada a esta Secretaria, em que a entidade informa dois casos de invasão de competência de atividades de fiscalização do trabalho levados a seu conhecimento.

2. Informa que o Sindicato Paulista dos Auditores-Fiscais do Trabalho – SINPAIT denunciou a Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo – SP que, por meio de suas autoridades sanitárias, estaria fiscalizando as empre-sas tendo por base a Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, conforme relatado em correspondência do Gerente Regional do Trabalho e Emprego naquela cidade (OFÍCIO/GAB/GRTE/SBC nº191/2010).

3. Refere-se, ainda, ao caso encaminhado pela Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Blumenau – SC quanto ao procedimento do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – CEREST daquele município que fiscalizou os atributos de registro e trabalho infantil em uma empresa.

4. Em relação à fiscalização constante do relatório do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – CEREST de Blumenau – SC, informa-se que esta Secretaria foi informada do fato por meio do MEMO GRTE/SEINT/BNU Nº 004/2011 encaminhado pela Seção de Inspeção do Trabalho da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Blumenau – SC.

5. Tendo-se observado que a fiscalização do CEREST foi desencadeada em face de solicitações feitas pela 4ª. Promotoria de Justiça da Comarca de Blumenau – Vara da Infância e da Adolescência e ao Conselho Tute-lar do Garcia em Blumenau – SC, esta Secretaria encaminhou ofício a esses órgãos, esclarecendo a competência do Ministério do Trabalho e Emprego para fiscalizar os assuntos que envolvem relações empregatí-cias, conforme cópias em anexo.

6. Em relação ao OFÍCIO/GAB/GRTE/SBC n° 191/2010, do Gerente Re-gional do Trabalho e Emprego em São Bernardo do Campo, verifica-se que há solicitação de tomada de medidas legais e judiciais cabíveis para resguardar a competência dos auditores-fiscais do trabalho em matéria de fiscalização trabalhista.

7. A denúncia é grave e acompanhada de cópia de auto de infração lavrado pelo Departamento de Proteção à Saúde e Vigilância da Se-cretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo, que comprovaria a fiscalização de quesitos relacionados à legislação trabalhista, ou seja, fora do âmbito de atuação daquele órgão municipal e com usurpação da atribuição desta pasta.

8. Não se questiona a necessidade de serem tomadas providências para evitar a prática dessas fiscalizações que, por seu turno, são atos pratica-dos por autoridade incompetente e, portanto inválidos do ponto de vista jurídico, cuja juridicidade, no entanto, não parece ser contestada pelas empresas fiscalizadas, talvez por desconhecimento da legislação.

Invasão de Competência

9. Vale esclarecer que, embora o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de sua Auditoria-fiscal do Trabalho seja detentor da competência para fiscalizar o fiel cumprimento das normas trabalhistas pelas empre-sas, não possui competência legal para determinar ou aplicar sanções a outros órgãos ou entidades que estejam realizem fiscalizações de forma indevida, ao arrepio da lei.

10. Do ponto de vista administrativo, as ações que podem ser praticadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego diretamente junto a esses órgãos consistem somente no encaminhamento de correspondências para es-clarecimento dos equívocos por eles praticados.

11. Essa possibilidade não afasta a adoção de medidas judiciais que se fizerem necessárias, no entanto, o Ministério do Trabalho e Emprego, como mero órgão da União, não possui legitimidade para ingresso em juízo.

12. De acordo com o disposto no art. 131 da Constituição Federal e na Lei Complementar n°73, de 10 de fevereiro de 1993, à Advocacia-Geral da União cabe a representação judicial da União, assim, os assuntos que para sua solução necessitem de envolvimento de órgãos judiciá-rios devem a ela ser encaminhados, conforme reforça o PARECER N°011/2009/DECOR/CGU/AGU, em anexo, exarado para esclarecer a possibilidade jurídica de ajuizamento de Ação Civil Pública pela Advoca-cia-Geral da União, sem prejuízo das ações que venham a ser propostas pelo Ministério Público Federal.

13. Diante do exposto, sugere-se o encaminhamento do presente à Consultoria Jurídica deste Ministério, a quem, por ser órgão setorial da Advocacia-Geral da União, compete a verificação da plausibili-dade jurídica de ser ajuizada ação contra a Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo pela Procuradoria da União do Estado de São Paulo.

14. Sem prejuízo do encaminhamento sugerido no item 13, opina-se pelo envio de ofício de esclarecimento àquela Prefeitura, ao Departa-mento de Proteção Saúde e Vigilância da Secretaria de Saúde da Pre-feitura Municipal de São Bernardo do Campo, e ao SINAIT, na forma de minutas em anexo.

Brasília, 27 de janeiro de 2011.

MARIA DA GLORIA BITTENCOURTAFT/SIT/MTE

De acordo com a nota Técnica.Brasília, 27 de janeiro de 2011.

LEONARDO SOARES DE OLIVEIRADiretor do Departamento de Fiscalização do Trabalho/SIT.

De acordo. Encaminhe-se como propostoBrasília, 27 de janeiro de 2011.

VERA LÚCIA RIBEIRO ALBUQUERQUESecretária de Inspeção do Trabalho

Sobre o assunto a Secretaria de Inspeção do Trabalho manifestou-se por meio da Nota Informativa nº 001/2011/MGB/DEFIT/SIT/TEM, conforme segue:

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Depois dos violentos protestos de trabalha-dores nas usinas hi-

droelétricas de Jirau e Santo Anto-nio, no rio Madeira, em Rondônia, e São Domingos, no Mato Grosso do Sul, quando foram destruídos os canteiros de obras, alojamen-tos, refeitórios e frota de ônibus de transporte dos empregados, a presidente Dilma Rousseff inter-veio pessoalmente e determinou ao ministro Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência da República, que convocasse o Ministério Público do Trabalho, as centrais sindicais e as empresas encarregadas das obras, para ela-boração de um pacto trabalhista que faça retornar a normalidade a esses locais de trabalho.

A presidente Dilma quer que as empresas se comprometam a respeitar integralmente a legisla-ção trabalhista, sobretudo quan-to à forma correta de contratação dos trabalhadores, pagamento dos salários, sem qualquer atra-so, e respeito às condições bási-cas do trabalho dígno.

São todas obras de grande porte, nas quais construtoras e empreiteiras são financiadas pelo Governo, por meio dos recursos vinculados ao PAC-Programa de Aceleração do Crescimento.

A primeira reunião ocorreu em Brasília, no último dia 30 de mar-ço, quando as partes trocaram informações e fizeram posiciona-mentos. Há divergências, pois as

Presidenta orienta pacto trabalhista para manter obras do PAC

grandes construtoras, que man-têm cerca de 25 mil trabalhado-res nas obras de Jirau e Santo Antonio, dizem que não há, no momento, qualquer conflito tra-balhista, não receberam qualquer pauta de reivindicações, não ati-nando com as razões de rebelião tão violenta. As centrais sindicais dizem que há casos de maus tra-tos aos empregados, condições ruins de conforto nos alojamen-tos, prevenção precária para aci-dentes e, principalmente, formas irregulares de contratação, com terceirizações e até quarteiriza-ções de mão de obra, havendo a presença de empreiteiras sem condições mínimas de atuar em obras de grande porte, como são, na maioria, as do PAC.

“Há intermediadores de mão de obra atuando abertamente nos canteiros de Jirau e Santo Anto-nio. Por que as construtoras acei-tam a presença desses gatos? Por que as construtoras não fazem a contratação direta, anotando as carteiras de trabalho de todos seus empregados?” , indagou um sindicalista ao sair da reunião.

Mas executivos das constru-toras também admitem que os conflitos, o ambiente de elevada tensão que atingem esses cantei-ros de obras, podem estar sendo gerados artificialmente, numa dis-puta surda entre as centrais sindi-cais, pelo enquadramento desses milhares de trabalhadores, que propicia uma elevada soma da

contribuição sindical. Por ora, a única entidade sindical que real-mente esteve nas primeiras nego-ciações, nos canteiros de Jirau e de Santo Antonio, foi o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia, que atuou de modo independente.

Greves e rebelião Uma série de problemas tra-

balhistas foi-se acumulando nas obras do PAC, em vários pontos do país, nos últimos meses, fa-zendo eclodir greves, como nas construções de Pecem (Ceará) e Suape (Pernambuco), culminan-do com a verdadeira rebelião no canteiro de obras da hidroelétri-ca de Jirau, no rio Madeira, em meados de março último, quan-do foram presas 80 pessoas. O canteiro de obras foi varrido por uma onda de ódio e violência, sendo incendiados 48 ônibus da frota que transportava os traba-lhadores, queimando os aloja-mentos e refeitórios e destruindo os canteiro de obras, obrigando a paralisação definitiva de todos os trabalhos nesse local. A violência explodiu quando uma greve já paralisava os canteiros de Jirau e Santo Antonio. Os incidentes vão retardar de modo acentuado o término dessas construções.

A explosão de violência, segui-da de atos de vandalismo, até en-tão eram fatos inéditos nas obras do PAC. Só no canteiro de Jirau

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O ELO

a Construtora Camargo Correia foi obrigada a retirar, à pressas, cerca de 25 mil trabalhadores, levados para Porto Velho, porque não tinham, mais, sequer um lu-gar para dormir, ou se alimentar. Admite-se que as obras do PAC, objeto desses protestos, reúnam cerca de 100 mil trabalhadores em todo o país.

Motivos

As queixas principais são quanto a forma de contratação, pois algumas empresas ofere-cem salários melhores, plano de saúde, vale alimentação e regis-tro em carteira, enquanto outras não oferecem esses benefícios e terceirizam os trabalhos para su-bempreiteiras, nem sempre idô-neas. Até atrasos salariais foram registrados.

Depois do quebra-quebra e incêndio de instalações, no can-teiro de obras de Jirau, um co-mando fiscal, integrado por co-legas AFTs da Superintendência Regional do Trabalho de Rondô-nia, esteve no local e constatou o estado calamitoso em que tudo ficou.

Com base no relatório de fis-calização, o MPT pediu o em-bargo da obra de Jirau ao TRT. “Ficou constatado, pela auditoria fiscal do Trabalho, que boa parte dos alojamentos, a totalidade da área de lazer, lavanderia, farmá-cia e agência bancária da mar-gem direita, foram destruídos pelo fogo,”, afirma o relatório. Depois da vistoria, os auditores fiscais, os representantes do sin-dicato dos trabalhadores e repre-sentantes dos empregadores se reuniram, nesse local, para esta-

belecer em que situação a obra poderá ser retomada. O chefe do Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalho, da SRT-RO, desta-cou que a NR 18 estabelece que quando o empregador mantém alojados trabalhadores, há a ne-cessidade de níveis mínimos de segurança para a condução de uma obra.

“Partindo-se dessa premissa, é imprescindível que a área de vivência seja restaurada dentro dos parâmetros estabelecidos pela norma, para que a empre-sa possa retornar à produção, especificamente dentro dos pa-drões anteriormente ao evento.” O relatório anexado à petição do Ministério Público afirma que “a empresa deverá comunicar e solicitar aprovação do órgão re-gional do Ministério do Trabalho, quando ocorrerem modificações substanciais nas instalações e nos equipamentos desses esta-belecimentos.”

Por outro lado, dirigentes das centrais sindicais admitiram não ter experiência para lidar com tão grande massa de trabalhadores. A rigor elas foram chamadas pelo Governo para que houvesse in-terlocutor, pois as centrais sindi-cais não tem representação nes-ses locais de trabalho, das gran-des obras do PAC. Quando ex-plodiu a revolta em Jirau, coube ao Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia comparecer ao local e iniciar ne-gociação com os empregadores. O próprio sindicato admitiu des-conhecer as razões do protesto. O mais grave é que o grupo que iniciou o ataque estava encapu-zado, com toucas ninja, como se preparado para um ato de vio-

lência, no qual os atacantes não queriam ser identificados.

Migrações em massa Essas construções gigantes-

cas, como as hidroelétricas do rio Madeira, levam para o cora-ção da floresta amazônica gran-des multidões de trabalhadores, muitos recrutados em pleno ser-tão, mas outros, nas cidades. Chegam aos locais das plantas tanto jovens, com baixa escola-ridade, como outros de brincos nas orelhas, portando lap-top, roupas de grife, com aspecto totalmente urbano, de grandes centros. É uma massa eclética e pouco organizada.

Sindicalistas estimam que as obras da Copa do Mundo, em 2014 e das Olimpíadas, em 2016, vão absorver mais de um mi-lhão de trabalhadores, gerando intenso movimento migratório, no país, inclusive com impacto ambiental, nas regiões dos pro-jetos. Espera-se, até mesmo, imigração de trabalhadores de países vizinhos.

Admite-se que nem as gran-des empresas, nem o meio sin-dical, nem mesmo o Governo, estão preparados para essa mega-mobilização. As obras do PAC já sentem falta de mão de obra em várias regiões. Mesmo nas cidades a construção ci-vil, mercê do boom imobiliário, também passa dificuldades para montar seus quadros de traba-lhadores. Até mesmo os acam-pamentos do MST, na região centro-sul, estão se esvaziando porque seus militantes estão sendo atraídos para o mercado de trabalho formal. (D.S.)

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Os governos da Colômbia e da China fi rmaram importante acordo pelo qual será construída uma ferrovia transcontinen-tal, ligando os oceanos Atlântico e Pacífi co. Ela será no norte da Colômbia, quase fronteira com o Panamá, ligando Urabá, no Atlântico, a Cupica, no Pacífi co, servindo de alternativa ao canal do Panamá

Na sua edição de 16/03/2011 a revista Veja publica repor-tagem a respeito, destacando que “a construção do “canal seco”, como está sendo chamada a ferrovia, envolve enormes desafi os logísticos. Serão 220 quilômetros de trilhos assenta-dos por todo tipo de terreno. Embora seu traçado ainda não esteja plenamente defi nido, é certo que serpenteará por um grande número de pontes sobre rios e túneis sob montanhas. Uma das maiores difi culdades será transpor o rio Atrato, que chega a ter 500 metros de largura e corre por uma planície que se inunda nos períodos chuvosos. Em virtude da abundância de obstáculos que serão enfrentados, cada quilômetro da es-trada de ferro custará 34,5 milhões de dólares. Para efeito de comparação, o custo médio do quilômetro de ferrovia no Bra-sil é de 1,8 milhão de dólares. A obra será fi nanciada e adminis-trada pela China em território colombiano. Em troca do direito de explorar a rota, os chineses executarão a obra e pagarão a conta de 7,6 bilhões de dólares. O valor inclui, além da estrada de ferro, a construção de um porto no Atlântico e outro no Pa-cífi co. À Colômbia interessa uma via direta para escoar seu car-

Após fiscalização, auditores fiscais da Superintên-dencia Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, embargaram, no dia primeiro de março último, o aloja-mento e demais instalações usadas pelos cerca de 350 trabalhadores que fazem as obras da arena do Grêmio, em Porto Alegre. Os operários, que são da Construtora OAS, haviam entrado em greve, em fins de fevereiro, exigindo aumento salarial de 10% e folga de sete dias, a cada três meses trabalhados, para visitar familiares no nordeste.

Geraldo Santana, dirigente do Sindicato dos Traba-lhadores da Indústria da Construção Civil de Porto Ale-gre, mostrou-se revoltado com o descaso do emprega-dor. “ O alojamento não tem ventilação, os banheiros, vestiários e refeitórios não tem instalações adequadas. Além disso, há contratações não registradas na origem, antes da viagem dos operários para o sul.” O colega

Presença chinesa na Amazôniavão para o voraz mercado chinês. A China será favorecida com uma entrada exclusiva para seus produtos industrializados.”

Essa obra, já considerada tão épica quanto foi a construção dos canais de Suez e do Panamá, foi idealizada de modo muito discreto pela Colômbia. No aspecto ecológico, principalmen-te do seu impacto ambiental, pois a amazônia colombiana é muito vasta, a construção da ferrovia poderá ser muito ques-tionada pelos movimentos conservacionistas internacionais, como o Greenpeace e, certamente, vai gerar muita polêmica, envolvendo os países vizinhos.

A presença chinesa, que se apresentará ostensiva, desper-ta preocupações geopolíticas, inclusive no Brasil, e, com uma entrada legal totalmente sua, no continente sul-americano, com muito mais facilidade inundará esta região com seus pro-dutos. Aliás, os chineses também estão comprando grandes glebas, consta que inclusive na Bolívia, para formar sua própria produção de alimentos. Da mesma forma está implantando seus projetos de ocupação na África, onde compra direitos de mineração e constrói grandes complexos agropecuários. Na África do Sul já surgiram problemas trabalhistas graves, pois os mineiros sul-africanos não aceitaram a forma, quase escra-vocrata, dos chefes chineses tratá-los. Houve protestos, greves e pelo menos numa das minas os trabalhadores sul-africanos, enfurecidos, queimaram os alojamentos e mataram um dos executivos chineses.(D.S.)

Fiscalização embarga arena do Grêmio

AFT Renato Futuro, presidente do Sindicato dos Audito-res Fiscais do Trabalho do Rio Grande do Sul (antiga AGI-TRA), disse que ações fiscais como essa são emblemáti-cas, porque mostram, de modo muito positivo, perante a opinião pública, a importância da inspeção do trabalho.

A arena, novo estádio do Grêmio, terá capacidade para 52 mil pessoas. Sua construção começou no final do ano passado, estimando-se que esteja concluída em dezembro de 2012, pois deverá receber jogos da Copa das Confederações, em 2013 e da Copa do Mundo, em 2014. Situação muito mais difícil é a do estádio do Co-rinthians, em Itaquera, no extremo da zona leste pau-listana, cujas obras sequer tiveram início.Na verdade ninguém confirma se esse estádio será, mesmo, cons-truído. No entanto, segundo a Fifa e a CBF, a abertura da Copa do Mundo de 2014 deverá ser nesse estádio do Corinthians.(D.S.)

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Qualifi cação leva nordestino retornar ao chão natalNo que poderia ser chamado “movimento Asa Branca”,

muitos nordestinos e nordestinas, que há anos trabalham no sudeste, estão retornando a seus estados de origem, a convite de suas empresas, que estão instalando fi liais naquela região.

Esse refl uxo no movimento migratório brasileiro está ocorrendo porque o atual estágio de crescimento econômi-co, de nosso país, continua esbarrando numa grande difi cul-dade, que é a falta de mão de obra qualifi cada. Indústrias e grandes redes varejistas, que estão chegando ao nordeste, nem sempre conseguem o volume necessário de mão de obra especilizada para completar seus quadros operacio-nais. Para contornar essa difi culdade, estão convidando suas empregadas e empregados mais experientes, e de origem nordestina, que trabalham em suas unidades, no sudeste, para que aceitem retornar ao seu chão natal, para assumir as vagas existentes. Considerando que a transferência também propicia um acréscimo salarial, a maioria está aceitando. Pas-sa a ganhar um pouco mais e volta para junto de seus fami-liares, seus entes queridos, às vezes morando na mesma casa da infância e juventude.

O Magazine Luíza, por exemplo, que comprou as Lojas Maia, no nordeste, está desenvolvendo o programa de trans-ferência de mão de obra e diz estar satisfeito com essa solu-ção. “Isso está sendo útil à empresa e bom para o empregado”, disse um executivo do Luíza. O cearense Cândido Ferreira, que foi vendedor numa loja do Magazine Luíza, mas hoje trabalha em loja de outra grande rede, na rua Direita, no centro velho paulistano, diz que se for convidado talvez volte, mas, atual-

mente, está numa fase de prosperidade, em S. Paulo. “É que as pessoas estão um pouco melhor de vida e, assim, estão com-prando mais. Para um vendedor, como eu, isso é o mais im-portante. Tenho superado, todo mês, minhas metas e, por isso, estou ganhando melhor. Agora, não nego que a saudade, às vezes, bate forte, e vem uma vontade doida de voltar para lá”. Sorrindo, Cândido cantarolou baixinho: “Só deixo meu Cariri, no último pau de arara...”.

Também o Grupo Pão de Açúcar implementou um progra-ma, que se chama “De Volta pra sua Terra”, e, por meio dele, completou o quadro de empregados na loja Extra que abriu em Teresina. A falta de mão de obra qualifi cada atinge, da mesma forma, a região centro-oeste, onde empresas de gran-de porte, como a BRF Brasil Foods (união da Sadia e Perdigão), com importantes processadoras de aves e carnes suínas, em cidades de Goiás, têm encontrado difi culdades para organizar seu quadro de pessoal. No mais das vezes essas grandes em-presas contratam profi ssionais especializados e, por meio de treinamentos intensivos, acabam formando seu próprio con-tingente de mão de obra.

Especialistas em recursos humanos lembram que o Brasil já esteve na vanguarda da formação profi ssionalizante, na Amé-rica Latina, sobretudo com a rede de escolas do SENAI/SENAC/SENAR, mas essa formidável estrutura foi sucateada, nos últi-mos vinte anos, e hoje não só a juventude brasileira, mas todo o parque produtivo do país, pagam caro por esse erro, que se refl ete na falta de mão de obra qualifi cada nos mais diversos setores da produção.(D.S.)

AFT catarinense corre São SilvestreO colega AFT aposentado Laercio Moritz, residente na ci-

dade de Gaspar/SC, participou da tradicional corrida de São Silvestre, em São Paulo, no dia 31 de dezembro último.

ticipar do festejo do reveillon, na avenida Paulista, que hoje é um dos mais concorridos do Brasil, tendo reunido multidão de mais de um milhão de pessoas.

A foto mostra Laercio participando da São Silvestre/2010, uma prova trazida ao Brasil pelo jornalista Casper Líbero, pro-movida pelo seu jornal, A Gazeta Esportiva, e cuja primeira edição foi em 1943.

Laercio é atleta, tendo participado de várias edições da São Silvestre. “Desta vez inovamos. Eu e meu colega Ivo corremos trajados de “Fritz”, mostrando aos paulistanos as velhas tradi-ções germânicas de nossa região, em Gaspar”, disse ele.

À noite Laercio e sua esposa Denise aproveitaram para par-

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GEAP e encolhimento da inspeção preocupam AFTstodo mundo”. Duvido que ele, na hora da doença, procure o SUS. Certamente seu jornal lhe oferece um plano de saúde, talvez gratuitamente, melhor que o da nossa GEAP, que nós pagamos”, disse Víspico. O colega AFT Yllen, que ouvia o rela-to, lembrou que o lobby das grandes empresas de planos de saúde é muito forte. “Nós formamos um segmento de traba-lhadores numericamente muito expressivo. Acho que entre titulares, dependentes e agregados, a GEAP deve ter mais de 100 mil fi liados no serviço público federal. Isso faz ôlho gor-do nas empresas de plano de saúde. Qual o plano privado de saúde que não quer ter para si esse contingente? Por isso essa campanha infernal para desmoralizar e fechar a GEAP.” Ainda assim, vários colegas deploraram que os serviços oferecidos pela GEAP, sobretudo a rede de hospitais, na capital paulista, estão cada vez mais reduzidos. Setores importantes, como ortopedia, no Hospital das Clínicas, não são oferecidos pela GEAP a seus fi liados.

Homenagem Como faz, em todas as reuniões festivas, a direção do

SINPAIT presta homenagem a colegas aposentados. Desta vez o homenageado foi o colega Armando Barizan, que ao se aposentar, no ano passado, estava lotado na gerencia re-gional Oeste, da capital. “Barizan sempre foi um colega aten-cioso, prestativo, um auditor fi scal sempre presente nas lutas da categoria, e no desepenho da atividade fi scal foi sempre exemplar. Formado em Direito pela tradicional faculdade do Largo São Francisco, da USP, mesmo antes de entrar para o Mi-nistério do Trabalho, no concurso de 1975, já tinha uma baga-gem profi ssional respeitavel. Poucos sabem, mas o Barizan foi empregado da Curia Metropolitana de São Paulo. E teve cargo importante. Era secretário particular do bispo auxiliar, D. Paulo Rolim Loureiro, quando o cardeal-arcebispo de São Paulo era D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta. Por isso é com muita alegria que a direção do SINPAIT homenageia o colega Arman-do Barizan, entregando-lhe, por meio da colega Solange An-drade, uma placa que lembra sua passagem pela Inspeção do Trabalho e pela Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo.

“Estive na sede da superintendencia, na Martins Fontes, na semana passada, e ouvi de colegas que as gerencias regionais do Trabalho, na capital, podem ser fechadas se não consegui-rem reduzir seus custos. Parece que a administração central não aceita, por exemplo, qualquer aumento na renovação do contrato de aluguel, mas isso é impossível de se conseguir. Tambem colegas auditores continuam se aposentando sem que as vagas, em aberto, sejam preenchidas. O colega Paulo Cristino, gerente de Ribeirão Preto, lembra que em 1976, sua então subdelegacia do Trabalho, em Ribeirão Preto, tinha 29 auditores (na época inspetores), e em fi ns de 2010 tinha ape-nas 09. Agora está com 13 pela chegada de colegas que con-seguiram a transferencia. E nesses últimos 35 anos a massa trabalhadora da região ribeiro-pretana cresceu vertiginosa-mente. Esse progresso intenso deu a ela o título de “California brasileira”. Fica claro que a Inspeção do Trabalho está enco-lhendo, fi cando menor a cada ano”, disse o colega AFT Arman-do Barizan, numa roda de amigos, na reunião festiva do “ani-versariante do mês”, na sede do SINPAIT, ocorrida no fi nal da tarde do último dia 5 de abril.

Esses rumores estão preocupando a categoria. Na verda-de, a prevalecer a ordem de Brasília, de que os contratos de locação não poderão ser reajustados, ou seja, devem ser re-novados com o mesmo valor, as gerencias regionais de todo o Estado também podem ser atingidas, pois os locadores, evi-dentemente, vão querer, pelo menos, o acréscimo do percen-tual anual da infl ação.

A festa era para os anivesariantes de fevereiro e março, do ano corrente, e reuniu cerca de quarenta auditores e auditoras fi scais do Trabalho. Sob o comando do presidente Jesus Bales e da vice Luci Helena Lipel, a reunião, bastante alegre e anima-da, prolongou-se até por volta das 20:00 horas. “O duro, agora, é enfrentar o trânsito congestionado, aí pela Consolação. Nes-te inicio de noite não há quem ande pelas ruas de São Pau-lo”, lamentou a colega Darcy Hungueria, ainda que estivesse contando com a gentileza do colega Rubens Brittes, que lhe ofereceu carona até Higienópolis, onde ela reside.

GEAP Os constantes ataques contra a GEAP e seu enfraque-

cimento, que vem de longa data, da mesma forma mantem apreensivos os AFTs e praticamente todos os funcionários do MTE, pois a maioria é fi liada a esse antigo plano de saúde dos servidores federais.

O colega AFT João Víspico mencionou artigo publicado re-centemente por um jornalista, José Roberto Toledo, atacando violentamente a GEAP e chamando os funcionários publicos federais, fi liados a ela, de privilegiados, pois utilizariam um pla-no de saúde pago pelo Governo, ou seja, pelos contribuintes. “Isso é mentira! Quem paga a GEAP somos nós, servidores. O desconto vem em nosso hollerith, todo mes. Ninguém tem o atendimento da GEAP de graça. O articulista quer que o servi-dor público tenha unicamente o atendimento do SUS, “como

Trabalho e pela Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo.

Armando Barizan homenageado

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O ELO

Para homenagear os aniversariantes, estiveram presentes, além de Diretores do SINPAIT, mais os seguintes convidados: Armando Barizan, Claudete Moreira Barbosa, seu fi lho Élio Rubens, acompanhado da Mariana, Eliana Montrezol Rejani Medina, Francisco José Trenco, colega de outro Estado, que acompanhou a Beatriz, Ivete Cassiani Furegatti, João Saocuk, Maria Cecília Castro Bertato, Rodolpho Vinzens Simonek, Ro-seli Nieto Piovezan, Rubens de Souza Brittes, Sylvio Ferreira e esposa Wilma, e Yllen Fábio Blanes de Araújo.

Aos aniversariantes, renovamos nossos cumprimentos e aos convidados os agradecimentos pela presença.

Porque para nós, aquele histórico prédio da rua Martins Fontes, 109, será sempre a DRT. Superintendencia, gerência, são coisas para indústria, para as grandes empresas capitalis-tas. O trabalhador, até hoje, identifi ca nossa sede central como a DRT, talvez o prédio público mais popular da cidade”, disse o presidente Jesus Bales, do SINPAIT.

Emocionado, Armando Barizan agradeceu a homenagem e olhando o colega AFT João Víspico lembrou os primeiros tem-pos em que estiveram juntos. “Eu e o João temos uma vida em comum. Fomos empregados, juntos, na administração da CSN. Estudamos na faculdade de Direito do Largo São Francisco. Prestamos, juntos, o concurso para Inspetor do Trabalho, em 1974. E na mesma ansiedade, fomos juntos ver o resultado. Quando vimos nossa aprovação, saimos felizes para comemo-rar, almoçando no Chopp Guanabara, então um excelente res-taurante da rua Boa Vista, no centro velho, que hoje não vejo mais por lá. São lembranças doces que fazem a história de nos-sas vidas. Só tenho palavras de carinho e agradecimento aos colegas, ao Ministério do Trabalho, à nossa DRT, ao sindicato, desde os tempos em que era associação, porque aquí construi minha vida profi ssional, fui sempre feliz e, posso dizer, me senti realizado.”

Presenças Jesus e Luci, após o corte do bolo de aniversário, fize-

ram a distribuição dos presentes, aos aniversariantes, con-vidando demais colegas para a entrega.

Comemoraram seus aniversarios os colegas Beatriz C a r d o s o M o n t a n h a n a , Carlos Alberto Angelini, João Vispico, José Carlos da Rocha, Maria de Lourdes Rocha Ferrari, Nacira Araújo Simonek, Paulo Cristino da Silva e Vera Galvão Moraes.

Aniversariantes de Março

aos convidados os agradecimentos pela presença.

Convidados

Aniversariantes de Fevereiro

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Novas Diretorias

Nossos cumprimentos aos novos dirigentes, desejan-do-lhes felicidades e sucesso na gestão das

entidades:

I - SINDSEF/SP – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado de

São Paulo(Biênio 2011/2013)

DIRETORIA COLEGIADA

Secretaria Geral I: Eladir Elizabeth Lima (MTE-SRTE/SP); II: Hidetoshi Takiishi; Secretaria de Finanças I: Claudine Nóbrega G o m e s ( I N C R A ) ; I I : Lu i z A n t o n i o G ê n o va (IPEN-CNEN) ;Secretaria de Administração I: André Willian de Oliveira Santos (MTE-SRTE/SP); II: Kleber Velho Neves (DNIT ); Secretaria de Imprensa e Comunicação I: Carlos Daniel Gomes Toni; II: José Cássio Alves Ramos (MTE-SRTE/SP); Secretaria de Aposentados e Pensionistas I: Luis Antonio Cordeiro Uchoa (ICMBIO); II: Eunicio José Martins (INSS - ex-LBA); Secretaria de Formação Política e Sindical I: Felipe Atoline Freire de Andrade (INCRA); II: Glauber Augusto de Macedo Girotto (SPU);Secretaria Sócio Cultural: Suely Maria Pereira Fonseca (FUNDACENTRO); Secretaria de Assuntos Jurídicos I: Maria Inês dos Santos (IPEN-CNEN); II: Maria das G. Santana (MTE/SRTE/GATE-Zona Oeste); Secretaria do Interior I: Pedro Luiz Paulino (MTE-SRTE-GRTE/Campinas-Agência Mogi Mi-rim; II: Tiago Ferreira Saraiva (MTE-SRTE-GRTE/Araraquara); III: Liliane Souza Silva (MTE-SRTE-GRTE/Presidente Prudente); IV: Clarice Tomás de Souza de Freitas (Ministério da Defesa).Suplentes: José Maria de Souza (IPEN-CNEN); Antônio Carlos Leal (MTE-SRTE); Deolinda Claudete M. Fernan-des (Aposentada Ministério da Defesa); André Teixeira Hernandes (DNIT); Carlos Afonso Fernandes França (IBAMA) e Wânia Mara da Silva Garrido.

II – SAFITEBA – Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia

(Biênio 2011/2013)

Nomeações em Brasília

FERNANDA MARIA PESSOA DI CAVALCANTI – Assessor Técnico, do Departamento de Fiscaliza-ção do Trabalho, da Secretaria de Inspeção do Tra-balho/MTE – Portaria GM/MTE nº 327, de 24.02.11 (DOU. 25.02.11);

EDUARDO MARTINS PEREIRA – Assessor Espe-cial do Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, do MTE – Portaria PR/CC/MTE nº 614, de 24.02.11 (DOU. 25.02.11).

RENATO BIGNAMI – Assessor da Secretaria de Ins-peção do Trabalho/MTE – Portaria GM/MTE nº 493, de 18.03.11 (DOU. 21.03.11) e Substituto eventual da Secretária de Inspeção do Trabalho - Portaria GM/MTE nº 495, de 18.03.11 (DOU. 21.03.11);

VALMOR SCHIOCHET – Diretor do Departamento de Estudos e Divulgação da Secretaria Nacional de Economia Solidária/MTE – Portaria PR/CC/MTE nº 829, de 05.04.11 (DOU. 06.04.11).

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente - Carlos Roberto DiasSecretário: José Bittencourt Câmara Neto; Diretor de Políticas de Classe e Articulação Institucional: Edmar Menezes Bastos; Adjunto: José Ivan Dantas Pugliese; Diretor Administrativo e de Patrimônio: Wellington Maciel Paulo; Adjunto: Pietro Sebastião Ra-mos Mastrolorenzo; Diretor Financeiro e de Planeja-mento: Amaurílio Gaião Peixoto de Alencar; Adjunto: Jorge Rios De Souza; Diretor Social de Comunica-ção e Divulgação: Moacyr Magalhães Vieira; Adjun-ta: Denise Lordelo dos Reis Oliveira; Diretor Jurídico: Roberto Miguel Santos; Adjunto: Manoel Waldon de Andrade Neto; Diretor do Interior: José Alfredo dos Santos Coutinho; Adjunto: Frank Hudson Santana Bomfim; Diretora de Aposentados e Pensionistas: Maria Lêda de Carvalho; Adjunto: Dílson Senna Sou-za; Diretor de Inspeção do Trabalho: Palmério Silva Queiroz; Adjunto: Maurício Passos de Melo.

CONSELHO FISCAL

Conselheiros: Antônio Barreto Motta, Lúcia Maria Rocha Lima Nunes, Georgina de São Pedro da Silva Costa, Maurício Nolasco de Macedo, José Honorino de Macedo Neto e Raimundo Jorge Bastos Santana.

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Aposentadorias

Nossos cumprimentos pelos serviços prestados à classe e à Inspeção do Trabalho aos contemplados

com as aposentadorias:

JOSÉ ANTONIO BULHÕES DUARTE ARCOVERDE CAVALCANTI – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na GRTE/Bauru/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 11, de 20.01.11 (DOU. 10.02.11);

SHEILA REGINA SARRA– Auditora Fiscal do Traba-lho, lotada na SRTE/São Paulo/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 13, de 26.01.11 (DOU. 14.02.11);

HELENA EMI AKI JUJII – Auditora Fiscal do Traba-lho, lotada na SRTE/São Paulo/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 35, de 08.02.11 (DOU. 15.02.11);

SYLVIO BOSCARIOL RIBEIRO – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na SRTE/São Paulo/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 38, de 09.02.11 (DOU. 15.02.11);

PAULO AFONSO MORAL MARCOS – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na SRTE/São Paulo/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 25, de 03.02.11 (DOU. 21.02.11);

ROSARIA CONCEIÇÃO MENE – Auditora Fiscal do Trabalho, lotada na GRTE/SUL/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 24, de 03.02.11 (DOU. 25.02.11);

JOAQUIM GOMES PEREIRA – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na SRTE/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 42, de 11.02.11 (DOU. 01.03.11);

MARIA MARTA DE CARVALHO BADAN – Auditora Fiscal do Trabalho, lotada na GRTE/CAMPINAS/SP - Por-taria SRTE/SP/MTE nº 44, de 14.02.11 (DOU. 02.03.11);

YARA CLEYDE VOLPE NAPOLI DE NARDIELLO – Au-ditora Fiscal do Trabalho, lotada na GRTE/SUL/SP - Por-taria SRTE/SP/MTE nº 49, de 22.02.11 (DOU. 02.03.11);

JOSÉ LUIZ LUCCAS BARBOSA – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na GRTE/ SUL/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 50, de 23.02.11 (DOU. 02.03.11);

DORALICE DE LUNAS LEME GONÇALVES– Auditora Fiscal do Trabalho, lotada na SRTE/São Paulo/SP - Por-taria SRTE/SP/MTE nº 46, de 18.02.11 (DOU. 15.03.11).

Designações em São Paulo

CAROLINA GUEDES DOS SANTOS SILVA - Chefe do Setor de Treinamento, da Divisão de Administração, da SRTE/SP – Portaria GM/MTE nº 268, de 15.02.11 (DOU. 16.02.11);

GABRIELA MENDONÇA DE ALBUQUERQUE DRAGO - Chefe do Setor de Inspeção do Trabalho, da GRTE/Piracicaba/SP – Portaria GM/MTE nº 446, de 16.03.11 (DOU. 17.03.11);

SIMONE BIASETO DE OLIVEIRA – Chefe da Agência Regional em Mauá, da GRTE/Santo André/SP – Portaria GM/MTE nº 612, de 05.04.11 (DOU. 06.04.11);

ROBERTO HIROSHI ISHIKAWA – Chefe do Setor de Inspeção do Trabalho, da GRTE/Santo André/SP – Portaria GM/MTE nº 613, de 05.04.11 (DOU. 06.04.11).

Na Paz do Senhor

JOSÉ ATTUY

AFT aposentado/São Paulo/SP+ 30/11/2010

LEONILDO ZOPOLATOAFT aposentado/São Paulo/SP

+ 13/02/2011

BENEDICTO LAURO THOMÉAFT aposentado/Pindamonhangaba/SP

+ 28/02/2011

HÉLIO BENVENUTOAFT aposentado/Presidente Prudente/SP

+ 09/03/2011

Adeus. Até sempre.Saudades...

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No dia 12 de fevereiro de 2011, às 18.30 horas, no Santuá-rio Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo, realizou-se a ceri-mônia religiosa de casamento dos jovens PAULA e GILBERTO.

O noivo é fi lho de Gilberto Ferreira Avelar (i.m.) e Margareth Aparecida Machado (i.m.).

Paula, que acompanhamos seu crescimento desde a in-fância, quando participou de vários eventos promovidos pelo SINPAIT, é fi lha de Aparecido Nunes Duarte e de nossa colega de Diretoria, AFT lotada na Gerência Regional do Trabalho e Empre-go da Zona Leste/São Paulo Jane Claudete da Cunha Duarte.

Os cumprimentos, após a cerimônia, foram no elegante es-paço Palazzo Oliva, onde os noivos recepcionaram os convida-dos com uma bonita festa, que contou a presença de muitos colegas da auditoria do trabalho.

Muita emoção e alegria durante todo o casamento, mas o ponto alto da noite foi o momento em que os convidados, ao mesmo tempo, abriram as garrafas de champanhe colocadas nas mesas e brindaram pela saúde e felicidades dos nubentes. Na sequência, mais uma surpresa: a espetacular queima de fo-gos ornamentais.

Na oportunidade, agradecemos o convite e renovamos os cumprimentos aos pais e familiares, desejando ao jovem casal muito amor, harmonia e felicidades.

Enlace MatrimonialPAULA & GILBERTO

ISABELLA JAIME PAULA nasceu em Santiago do Chile, em 23.03.2011, fi lha de Ana Carolina Jaime Paula e Maiko Paula e neta de nossos amigos José Jaime e da AFT Lucíola Rodrigues Jaime, que ocupou com muita desenvoltura e di-namismo o cargo de Superintendente da SRTE/São Paulo.

Isabella, segundo a vovó Lucíola, faz jus ao nome, é real-mente bela, linda! “A cara da mamãe Carol”!... Além do mais, já tem um patrimônio histórico, pois foi agraciada com três nacionalidades: chilena (pelo local de nascimento), ameri-cana (os pais têm cidadania americana) e brasileira (origem consangüínea). Tudo isso, valeu uma peregrinação pelas em-baixadas para o registro de Isabella no universo jurídico.

Parabéns Isabella pela sua chegada. Deus a abençoe e lhe reserve uma vida longa e feliz. Nossos cumprimentos aos pais, à irmãzinha Juliana, aos avós e familiares.

Nascimento

No dia 12 de fevereiro de 2011, às 18.30 horas, no Santuá-

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O colega Auditor Fiscal do Trabalho aposentado Paulo Os-car Ferreira Schwarz, de Jahu, exerce há muitos anos o jor-nalismo em sua cidade natal, sobretudo publicando crôni-cas de excelente valor literá-rio e mesmo histórico. Seus relatos são um retrato até mesmo romântico, às vezes bem humorado, dos acon-

tecimentos do dia a dia, ao longo dos anos, na segunda metade do século XX. Assim, Paulo reuniu suas crônicas num belo livro, com o título “43 ANOS DE CRÔNICAS – Resenha de 1967 a 1988”, que foi lançado numa concorrida noite de autógrafos, em fins de novembro do ano pas-sado, no Espaço União, em Jahu.

Na foto, o colega AFT Laércio Garnica, e sua esposa Margarida, que foram abraçar Paulo Schwarz, prestigiando o lançamento, que foi um acontecimento cultural e social de muita relevân-cia para o povo jauense. Paulo tem como pseu-dônimo “P. Preto”.

A redação do Elo e a direção do SINPAIT agra-decem ao autor o envio de um exemplar do seu livro de crônicas.

O colega Auditor Fiscal do Trabalho aposentado Paulo Os-car Ferreira Schwarz, de Jahu, exerce há muitos anos o jor-nalismo em sua cidade natal, sobretudo publicando crôni-cas de excelente valor literá-rio e mesmo histórico. Seus relatos são um retrato até mesmo romântico, às vezes bem humorado, dos acon-

tecimentos do dia a dia, ao longo dos

43 anos de crônicas O livro de Paulo Schwarz

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O ELO

Convite

CondolênciasAgradecimentos

Roberto Sá Borges – AFT aposentado/EUA – “Divido com o SINPAIT e a Vera Galvão, a dor e a saudade pela perda do Pai. Vera sempre foi muito admirada por mim, por ser uma auditora-fiscal da melhor qua-lidade técnica e de fina educação. Com o seu irmão Tércio, mantive um relacionamento especial, porque se tratava de uma figura humana de muita expres-são. Infelizmente, ele nos deixou muito prematura-mente, mas até estes dias recordo-o pelo pensamen-to. Os falecimentos sucedem-se no SINPAIT, porque a vida é assim mesmo, deixando vincado que temos que contar a vida em dias preciosos, como tenho fei-to desde 1998 quando me aposentei. Um abraço fra-terno para todos os colegas de São Paulo onde exerci minhas honrosas funções, especialmente os antigos de São Bernardo do Campo e Diadema.”

Clotilde Chaparro Rocha – AFT aposentada- Brasília/DF - para o lançamento do conto A MÁ BABÁ (extra-ído do livro Pesadelos, Sonhos e Contos) na Embai-xada de Portugal.

FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueire-do de Segurança e Medicina do Trabalho Eduardo de Azevedo Costa – São Paulo/SP - para a solenida-de de abertura da I Bienal da FUNDACENTRO – Cen-tro de Referência do Trabalhador Leonel Brizola, em Brasília/DF.

SINDSEF/SP – Sindicato dos Trabalhadores no Ser-viço Público Federal do Estado de São Paulo/SP - para posse da nova diretoria que conduzirá a entida-de nos próximos 2 anos, na Associação Cultural Mie Kaikan.

Wellington Maciel Paulo – Presidente SAFITEBA – Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Es-tado da Bahia – Salvador/BA - para solenidade de posse da nova diretoria Executiva e Conselho Fiscal do SAFITEBA, biênio 2011/2013, no Auditório da SAEB.

Beatriz Cardoso Montanhana – AFT/GRTE/Leste/SP - “Manifesto aqui meus agradecimentos pelo carinho com que fui tratada na sede do SINPAIT pelos Presidente, Vice-Presidente e Vice-Presidente de Comunicação da entidade. Muito obrigada pela dedicação e pelo cuidado na publicação do artigo na última edição de “O Elo”!”

Joaquim Gomes Pereira – AFT aposentado/São Paulo/SP – “Agradeço os seus cumprimentos pela conquista da justa aposentadoria publicada no DOU em 01/03. Enfim, é chegada a hora da despe-dida e, nela, um misto de felicidade e lamento. Fe-licidade, por acreditar ter feito a minha parte, pelas conquistas obtidas e colher os potenciais frutos da ociosidade. Lamento, por ter de deixar, profissio-nalmente, tanta gente querida, amigos, parceiros e colegas de qualidade, de valor, de luta e de con-quistas. Enfim gente que habita o meu coração e que amo !!! Criei uma poesia simples, para os ami-gos e colegas que comigo viveram momentos pro-fissionais, de construção de um Brasil melhor, de qualificação do trabalho e de promover dignidade ao labor do trabalhador.”(Veja publicação do texto poético nesta edição).

Maria Marta de Carvalho Badan – AFT aposentada/Campinas/SP – “Agradeço o seu atencioso e-mail, com cumprimentos pela minha aposentadoria. Dei-xo-os, todos, como colegas, mas permanece aqui o meu lado amigo, sempre pronto a acolhê-los e acarinhá-los.”

Nilde Vernúncio Pontes da Silva – AFT aposen-tada/Florianópolis/SC – “É com grande pesar que não posso confirmar minha presença na festan-ça do meu aniversário...todos sabem como sou “festeira”...mas morando longe, não houve coin-cidência de datas para eu estar em São Paulo no próximo mês. Abraço a todos os aniversariantes que estarão comigo em pensamento e agradeço mais uma vez à diretoria e amigos do Sindicato pela maravilhosa acolhida que sempre dão aos aposentados.”

CORREIO A ELO

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Tudo se inicia no edital publicado no jornal,depois do rígido exame no concurso federal.Que alegria ver o seu nome no Diário Ofi cial,Ser nomeado, do trabalho um Auditor Fiscal.

O profi ssional se lança com fé e esperançana penosa missão do dia a dia da auditoria.Registro, o trabalho precário e o da criança,

Terceirização, jornada e o Fundo de Garantia,Condições de saúde e os riscos à segurança.

Quanta tristeza, temor e solidão se vivencianas obras, fazendas, serviços e na indústria,

em empresas no meio rural ou centro urbano.Gente contente no emprego ou na ocupaçãoa conquistar o bendito pão nosso de cada dia.

Entretanto, ainda há labor precário e insano,Trabalhadores cabisbaixos e sem motivação,Desgastados no trabalho insalubre cotidiano,Septos furados pelo cromo da galvanoplastia,Tantos eletrocutados na rede de distribuição,Lesões osteomusculares, falha na ergonomia,Trabalho árduo nos ambientes de construção.Mercúrio, benzeno, asbestos, tanta hipocrisiaquanta mão perdida na prensa da metalurgialesões, mutilações e acidentes nessa liturgia

Pós inspeção, vem o lavrar da documentação,Aplicada em conformidade com a necessidade:Notifi cação, autuação, embargo ou interdição.Concede-se dignidade, liberta-se a sociedadeDa exploração, das fraudes e da precarização.

Forjado pela luta inóspita na fi scalizaçãoSem treinamentos e escassa capacitaçãoValeu a experiência, senso e a formação

Contudo, despeço-me a questionar:

Quantos trabalhadores protegi?Quanto conhecimento difundi?

Quantas doenças preveni ?Quanta justiça promovi ?Quanta riqueza distribui?

Quantas palestras ministrei?Quantas reuniões coordenei?Quanta legislação implantei?

Quantos ambientes transformei?Quantos patrões humanizei?

Quantos trabalhadores libertei?Quantas fraudes controlei?Quantas mutilações evitei?Enfi m, quantas vidas salvei?

Não sei !

Que a sociedade promova o julgamento!Porque a aposentadoria, outrora perdida,

chegou pela idade, tempo e merecimento.É o momento, pois mais hora menos vida

de seguir novos rumos com autoconfi ança,Prazerando a vida e qualifi cando o tempo,enquanto a morte não nos tem lembrança.

No peito um sentimento de triste felicidade.Na conquista do trabalho a justa liberdade.Neste adeus de gratidão, já com saudade.

Despedida

Joaquim Gomes PereiraAFT aposentado/SP

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