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NOVAS FORMAS PARA A EDUCAÇÃO: OS DOCENTES
ESTÃO PREPARADOS PARA O SÉCULO XXI?
Área temática: Educação em Sistema de Gestão
Cleonice Nazaré do Nascimento
Arnaldo José França Mazzei Nogueira
Júlio Araújo da Silva Jr.
Resumo: A mudança da realidade em sala de aula, ocorrida ao longo do tempo, provoca uma reflexão sobre a atuação
docente quanto a elaboração e aplicação das aulas, no cenário atual. Os modelos clássico e antigo não conquistam, nem
tornam fieis mais os alunos. Os professores são requisitados para entender que existem novas ferramentas e
possibilidades, como por exemplo a utilização da tecnologia. Em tempos de “Modernidade Líquida” muito bem
delineada por Zigmunt Bauman (2001), onde tudo muda rapidamente, valeria pensar se os docentes estão preparados
para as necessidades que emergem, nas novas formas para a educação. Sendo assim o tema central abordado é: Os
educadores, docentes atuantes na formação de nossos cidadãos, conseguem acompanhar esta realidade, se adaptando as
novas formas de educação que emergem da tradicional sala de aula, para o Século XXI
Palavras-chaves:.
ISSN 1984-9354
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
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1. INTRODUÇÃO
O avanço acelerado da tecnologia trouxe grandes mudanças na realidade organizacional
em todos os setores, a chamada 3ª Revolução Industrial. As fronteiras se tornaram linhas pontilhadas e
as distancias se estreitaram, o acesso a informação ganhou velocidade e hoje temos muito mais
disponibilidade de conhecimento e conteúdo. Uma era que o poder está nas mãos de quem possui o
conhecimento como apresenta Zigmunt Bauman em sua obra Modernidade Líquida, publicada no ano
2000 e traduzida para a Língua Portuguesa em 2001.
O título da obra de Bauman (2001) origina-se da modernidade da sociedade, um discurso da
pós-modernidade em que nós vivemos. Em um espaço de grande liquidez, tudo muda, muito rápido se
transforma. Seu discurso dialoga com Prigogine, que falava que no ponto de equilíbrio você identifica,
com uma certa facilidade, o que é solido. Em um novo ponto de equilíbrio a matéria jamais será a
mesma. Bauman passa a utilizar o termo “líquido” fazendo uma analogia ao estado da matéria onde o
que é líquido toma novas formas, conforme o recipiente, sofrendo as pressões e adaptando-se a elas.
Utilizando a metáfora da liquidez na sociedade, apresenta a quebra dos sólidos como uma forma de
quebrar e limpar as obrigações “irrelevantes”, limpar a área para novos e aperfeiçoados sólidos.
Quebrar o molde, buscar novas formas perante aquelas que já estão ultrapassadas.
A tarefa dos indivíduos livres era usar sua nova liberdade para encontrar o
nicho apropriado e ali se acomodar e adaptar: seguindo fielmente as regras e
modos de conduta identificados como corretos e apropriados pra aquele lugar.
São esses padrões, códigos e regras a que podíamos nos conformar, que
podíamos selecionar como pontos estáveis de orientação e pelos quais
podíamos nos deixar depois guiar, que estão cada vez mais em falta. (Bauman,
2001, pags.13 e 14)
Na modernidade pesada, o poder estava relacionado a conquista de espaço e território, muros
sólidos definindo limites e excluindo aqueles que não pertenciam aquele lugar. A conquista do espaço
era o objetivo supremo, foi a era da conquista territorial. Os desbravadores eram aplaudidos na partida,
onde buscavam novas conquistas de territórios e ovacionados no retorno, demonstrando suas
conquistas e descobertas. A riqueza e o poder dependiam da qualidade do hardware, complexos e
lentos e não disponíveis a todos.
No mundo fluido, o espaço fica maior com as máquinas mais velozes, com invenções e
desenvolvimento de tecnologia, e cada vez mais cabem mais coisas, com eventos simultâneos, rápidos,
conjugados e assim ampliando também o espaço. Sujeitos fluem com os sistemas, simbolizados no
software, com as pessoas dispersas desenvolvendo capital intelectual e interligando a si mesmas a
tecnologia, objetos, espaço e tempo. Desta forma o espaço físico, delimitado, perde valor, pois a
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instantaneidade descortina as fronteiras e deixa acessíveis os lugares e oportunidades, antes sob o
poder de alguns. A rapidez do software no tempo desvaloriza a ideia de espaço, aquele espaço físico
onde as pessoas se reuniam, trabalhavam e conviviam. O espaço torna-se irrelevante, aniquilando a
diferença entre “longe” e “aqui”. Não havendo mais limitações impostas pelo espaço, podemos ir a
qualquer hora, em qualquer lugar. Define a instantaneidade como realização imediata, tendo a exaustão
e desinteresse como consequência desta mesma realização.
O poder na modernidade leve está nas mãos daqueles que são ágeis e se movem rapidamente,
aqueles que mais se aproximarem do aqui e agora. São eles que mandam sobre aqueles que não têm a
mesma liberdade, cabendo a esses serem influenciados a obedecer. A modernidade fluida é a época do
desengajamento, mandam os que são livres para se mover.
Neste cenário que se apresenta, um dos pilares voltados ao desenvolvimento do conhecimento e
compartilhamento das informações, está relacionado a Educação de uma sociedade. A tecnologia
avança e novas ferramentas são pensadas a cada dia. Até que ponto os profissionais da educação estão
avançando na mesma velocidade? Os educadores, docentes atuantes na formação de nossos cidadãos,
conseguem acompanhar esta realidade, se adaptando as novas formas de educação que emergem da
tradicional sala de aula, para o Século XXI? A geração conectada, vivendo em uma sociedade em rede
solicita uma importante atenção mais do que apenas a disponibilização dos aspectos tecnológicos.
Sendo assim temos dois objetivos a saber: verificar se um dos “atores” principais, o docente, está
alinhado com esta nova realidade e em um segundo momento algumas ferramentas disponíveis na
atualidade para o ensino versus aprendizagem. Frente abrir espaço para clarear este novo caminho
buscamos auxilio nos autores tais como Antunes (2009), Cortella (2014), Dowbor (2013 e 2011),
Masetto (2010), Peña (2007), Ronca (1995) e Zagury (2009), convergindo com suas impressões e
abordagens sobre o tema proposto.
METODOLOGIA DE PESQUISA
A metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória em bibliografia, sites e artigos científicos
disponíveis que tratassem temas como era tecnológica, profissão docente, didática no ensino-
aprendizagem, ferramentas para a educação e o perfil atual do aluno em sala de aula, bem como suas
necessidades atuais referentes a educação. Esse tema apresenta uma diversidade de pesquisas
demonstrando a relevância do assunto. Apresenta a necessidade de novas abordagens e continua busca
para clarear o caminho que vem se desenhando. É um grande desafio a ser superado.
DA ESCOLA TRADICIONAL PARA O PENSAMENTO DA “NOVA ESCOLA”
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Segundo Antunes (2009), acreditava-se que o professor, durante muitos anos deveria ser o
centro do processo de aprendizagem e, o aluno, apenas um mero captador, um depositório de
conhecimentos, que somente aprendia quando estivesse habilitado a repetir as lições e aprendizados
que conseguia memorizar. O docente mais valorizado era o que possuía mais conhecimento, por meio
de suas horas e horas de estudo, ou vivência profissional, sendo uma fonte de informações diversas,
uma cultura múltipla e abrangente em diversos assuntos. No passado sempre foi valorizado a
obediência, o silêncio do aluno, a atenção a mensagem transmitida pelo professor, sendo assim o
caminho da aprendizagem era de fora para dentro. Do mestre para o aluno.
Pensamentos novos começaram a surgir ainda timidamente no século XIX, eclodindo no
século XX, que vieram a questionar a escola convencional surgindo sugestões e novas abordagens em
diversas obras, conforme alguns fundamentos deste período apresentados na Tabela 1.
Algumas Escolas Algumas Teorias e Métodos Alguns Representantes
Abbotsholme, de Cecil Reddie.
Inglaterra, 1889
Centros de Interesse (Ovídio
Decroly)
John Dewey, Nascido em
Burlington. Estados Unidos (1859-
1932)
University Elementary School, de
John Dewey, Estados Unidos,
1896
Método Montessori (Maria
Montessori). Casa dei Bambini,
1907.
Maria Montessori. Nascida na
Italia (1870-1952)
École des Roches, de Edmond
Desmolins. França, 1899
Método dos Projetos (Kilpatrick) Cèlestin Freinet. Nascido em Gars
(França) (1896-1966)
Escolas Waldorf (F. Steiner) Métodos dos Grupos Móveis
(Claraparède)
Paulo Freire Nascido em Recife
(PE) (1921-1997)
Educação Funcional
(Claraparède). Suiça
Métodos de Trabalho em Equipe
(Cousinet)
Antón S. Makarenko. Nascido em
Bielopolie (Ucrânia/URSS) (1888-
1939)
Tabela 1. Alguns fundamentos, Escolas, Teorias e Representantes (ANTUNES, 2009, p. 19)
No florescer destas novas abordagens, sugerindo mudança de conceitos e criticas as práticas
pedagógicas, não se perde a importância de uma base sólida de conhecimentos, um plano de ensino
bem estruturado e ainda se mantém a característica de uma avaliação rígida nos mesmos modelos.
Ilustrando algumas características abordadas por Antunes (2009) do que diferenciaria a
definição de professores e de “professauros” (alusão aos extintos dinossauros) os primeiros estariam
baseados em alguns princípios tais como:
Autonomia ao educando com parabenização na presença de iniciativa;
Alunos são diferentes, aprendem de forma particular;
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A curiosidade natural do aluno constitui o foco do seu interesse;
Participação ativa do aluno como protagonista e não mero espectador;
Valorização de atividades fora de sala;
Interligação da aprendizagem teórica com a vida prática;
Na abordagem apresentada pela “Nova Escola” as luzes dos holofotes se distribuem, com a
certeza que o professor não é mais o centro, distribuindo conhecimento aos seus alunos, mas sim, um
contribuinte no aprendizado do aluno. O docente jamais ensina; na verdade contribui para que o aluno
aprenda, sendo de extrema importância a ação dinâmica do aluno, assumir sua responsabilidade no
aprendizado. Desta forma caberá ao professor incentivar e mostrar caminhos e alternativas. Um
incentivador!
“Ainda uma vez, parece claro descobrir que a essencial diferença no conceito de
“aprendizagem” não agrega mais ou menos dificuldade ao professor, mas exige uma
consciência crítica sobre meu papel e sobre a importância do mesmo em ajudar seus
alunos a localizar, meditar, comparar, classificar e usar ainda outras habilidades
reflexivas.” (ANTUNES, 2009, p.35)
Questiona-se sobre qual é o objetivo da aula? Qual o motivo de sua existência? Segundo
Masetto (2010) a aula é um tempo e um espaço existentes para que o aluno aprenda e desenvolva ainda
atitudes que o auxiliem neste mesmo processo. Por exemplo, Pozo, em seu livro Aprendizes e mestres
(2002) escrevendo sobre o sistema de aprendizagem afirma que:
[...] toda situação de aprendizagem... pode ser analisada a partir de três
componentes básicos: os resultados da aprendizagem, também chamados
conteúdos, que consistiriam no que se aprende, ou o que muda como
consequência da aprendizagem; os processos da aprendizagem, ou como se
produzem essas mudanças; e as condições de aprendizagem, ou o tipo de
prática que ocorre para pôr em marcha esses processos de aprendizagem.
(POZO, 2002, p.67-68)
A aprendizagem acontecerá sempre na interação dos aprendizes, exigindo estudo e participação
ainda que se afirme que os mesmos possuam cada vez menos tempo disponível para que possam se
dedicar aos estudos. Em sala, tanto professor e aluno, aprendem desde que essa interação ocorra em
uma realidade cada vez mais dinâmica e com recursos múltiplos. Aprender é um processo. Influenciar
e motivar alunos a se tornarem eternos aprendizes, com seu próprio esforço e ação. O incentivo de
aprender a “aprender”.
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Os alunos do ensino superior, como novo exemplo, pesquisados por Grigoli (1990, apud
Masetto 2010), apontam dois tipos de comportamentos essenciais aos professores que são esperados e
desejados por eles sendo:
a) Estimular os alunos à independência, delegando responsabilidades e acreditando em seus
potenciais com feedback para aprendizado em suas realizações.
b) Organização e direcionamento do ensino com foco na autonomia intelectual do aluno seja na
leitura de textos, pesquisas entre outros.
Masetto (2010) afirma que o comportamento do professor de forma tradicional como
especialistas em um assunto exige profunda revisão. Uma mudança para o docente do ensino superior
que andará na contramão do que vem sendo praticado em sala de aula.
EVOLUÇÃO: DESAFIOS NO SÉCULO XXI
Conforme Dowbor (2013) o mundo de hoje constitui, ao mesmo tempo, um desafio ao mundo
da educação e uma oportunidade. Torna-se uma questão de sobrevivência buscar alternativas para se
transformar a presente insatisfação dos alunos em sala de aula, o “saco cheio” dos alunos por modelos
ultrapassados. Hoje os alunos possuem “a mão” recursos mais estimulantes e ágeis tais como filmes,
vídeos, reportagens que são postadas diariamente na internet, ou até mesmo por meio da televisão, que
está presente na maioria dos lares brasileiros independente da classe social, raça ou região. Entende-se
que, em breve, a internet esteja acessível a todos, desta forma se faz necessário não apenas entender e
utilizar as ferramentas disponíveis, mas sim, repensar o processo do conhecimento em um sentido mais
abrangente e consequentemente o novo papel do docente neste processo.
Em um novo momento vivenciado no século XXI aqueles que estiverem avessos a novas
propostas, reticentes no entendimento desta nova tecnologia e suas ferramentas, poderão terminar
desembocando no conceito anteriormente abordado, uma nova era de extinção dos “professauros
tecnológicos”, mantendo-se na retaguarda de um movimento sem volta. Cortella (2014) coloca que
essa realidade demanda certo cuidado pelos docentes para não abarcar na precarização das
competências e habilidades próprias.
Ronca (1995) também aborda as constantes críticas discutidas entre docentes tais como a
indisciplina e quantidade excessiva de alunos em sala de aula, que limitam as metodologias e
abordagens no aprendizado. Em contrapartida a necessidade do professor se manter economicamente
versus a quantidade de horas empenhadas no desenvolvimento da função. Mas esta é a realidade que se
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apresenta. Será suficiente para justificar uma inércia para tornar as aulas mais atraentes e alinhadas ao
que aluno hoje requer? A tecnologia não seria uma forma de dinamizar ou abrir novas possibilidades?
A tecnologia é um dos instrumentos disponíveis e desta forma sempre haverá a necessidade de adequá-
las ao objetivo pré-definidos de aprendizagem.
“Estas precisam ser usadas de modo a centrar-se no aluno e em sua
aprendizagem; a incentivar a aprendizagem ativa e colaborativa; a facilitar a
atitude de mediação do professor e o desenvolvimento da relação de
parceria e colaboração entre professor-aluno, aluno-aluno e entre os
grupos.” (MASETTO, 2010, p. 142)
Dowbor ainda afirma que o desafio não é simples: como professores, precisamos preparar os
alunos para trabalhar com um universo tecnológico no qual nós mesmos (docentes) ainda somos
principiantes. O mundo está mudando, é a modernidade líquida de Bauman (2001) e as pessoas
precisam acompanhar. De forma abrangente acompanhar seja no papel de aluno que aprende, nas
formas de ensino e na atuação do educador, que tem papel ativo no processo de todo esse
desenvolvimento.
ALGUMAS ALTERNATIVAS PARA O ENSINO VERSUS APRENDIZAGEM
As redes de comunicação e a introdução das TIC´s (Tecnologias da Informação e
Comunicação) na Educação agregaram a possibilidade de potencializar uma aprendizagem mais
flexível e colaborativa, de modo a delinear novos cenários de aprendizagem e darem apoio às
atividades em aulas presenciais, tornando mais interessantes, dinâmicas e alinhadas a esta nova
realidade.
“Por TIC´s queremos entender o uso da informática, do computador, da
Internet, do CD-Rom, da hipermídia, de ferramentas para a educação a
distância, como chat, grupos ou listas de discussão, correio eletrônico, etc. e
de outros recursos e linguagens digitais de que atualmente dispomos e que
podem colaborar significativamente para tornar o processo de educação
mais eficiente.” (MASETTO, 2010, p. 141-142)
Segundo Masetto (2010) os jovens de hoje cresceram com a tecnologia participando de sua
realidade desde a infância, permitindo a continua conexão com informações, redes, pessoas, em uma
simultaneidade e multiplicidade de informações descontínuas. Essa realidade proporciona novas
formas de integração de recursos como luz, som, imagem, vídeos, entre outros. Abre a oportunidade de
se orientar o aluno fora das paredes da sala de aula, abrangendo horários maiores e antes não
acessíveis. O desafio a este jovem será filtrar esta sobrecarga de informações, com uma visão crítica do
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que é realmente importante e necessário. Para Cortella (2014) a tecnologia poderá impactar tanto de
forma positiva ou negativa sobre o aluno, por um lado reativou a escrita por conta da tecnologia via
texto mas ao mesmo tempo o acesso veloz as informações causam a dispersão da atenção.
Ao considerar sobre a aprendizagem colaborativa, podemos citar duas possibilidades
educativas de recursos como Wiki e Blogs (PEÑA, 2006). Essas duas ferramentas têm sido utilizadas
na Educação com a característica de alta interatividade, disponibilizando e distribuindo informações,
sendo um espaço propício para o desenvolvimento da aprendizagem colaborativa. Segundo Baggetun
(2006, apud PESCE 2010), a Wiki é uma ferramenta de código aberto, cujo conceito está baseado na
escrita participativa com compartilhamento e colaboração de informações, mediante uma base de
igualdade e facilidade de acesso. Fundamenta-se em pressupostos construtivistas, pois dá
oportunidade, como ferramenta, para se explorar, construir seu próprio conteúdo e criar significado,
possibilitando ao aluno tornar-se o agente do próprio aprendizado. Não há hierarquia, todos podem
escrever de forma igualitária, exigindo-se apenas um planejamento especifico e inovação por parte do
docente.
Outra ferramenta também muito utilizada são os Blogs, uma página da Web que originalmente
iniciou-se como a disponibilização de um diário pessoal ou de um grupo, sobre assuntos específicos.
São considerados como um sistema de gestão de conhecimento, onde as informações que são inseridas
podem ser compostas e ampliadas com a participação de leitores e seguidores, através de comentários,
gerando debates, redirecionando interesses. Com foco na Educação os Blogs podem ser utilizados para
anotações de aula, compartilhamento de material, conteúdos, links e vídeos interessantes
correlacionados com os temas discutidos em aula, apresentação de trabalhos, entre outros.
Segundo PESCE (2010), na aprendizagem colaborativa, os sujeitos sociais em interação
situam-se como coparticipantes do processo de aprendizagem no qual estão envolvidos, e devem desta
forma, estar a par do cenário global, das etapas do programa de estudo/pesquisa, dos objetos almejados
e das estratégias utilizadas. O docente neste ambiente faz uma liderança compartilhada não se
colocando como centro do estudo e sim permitindo que os integrantes atuem igualmente na construção
deste ambiente de aprendizagem. Caso o docente imponha sua marca neste trajeto pode inibir a
participação ou até mesmo anular a colaboração do grupo, se houver caracterização da dominância.
Nesta nova era digital além dos ambientes de redes sociais e espaços de coautoria existem
também os repositórios de conteúdos abertos. Conforme Dowbor (2011), O MIT (Massachusetts
Institute of Technology) usando de bom senso tomou a decisão de tornar público, e de forma gratuita,
toda a produção de seus docentes e pesquisadores.
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Mais um exemplo a ser considerado é o Projeto OpenScout (http://www.openscout.net), que
teve início em setembro de 2009 e término em Agosto de 2012. Em parceria com a Associação
Europeia de Tecnologia (EATEL) foi criado o Special Interest Group (SIG), em setembro de 2012. As
atividades continuaram por meio deste grupo com conteúdo aberto para as áreas de negócios e gestão,
onde o principal objetivo é dirigir e promover a educação mesmo após a finalização formal do projeto.
O SIG mantém e amplia o portal, a comunidade de usuários e serviços do OpenScout e pretende ser o
ponto de acesso único para as pessoas envolvidas neste campo. O projeto é financiado conjuntamente
com o programa eContentplus da Comissão Europeia como um Projeto de destino, no domínio dos
conteúdos educativos (Grant ECP 2008 EDU 428.016). Com o OpenScout o potencial de conteúdos e
materiais de aprendizagem abertos, já existentes, podem ser plenamente explorados, tanto no setor
empresarial, por alunos, docentes, pesquisadores e outros interessados relacionados. Trata-se de uma
plataforma integrada de Recursos Educacionais Abertos (REA). Possui o objetivo principal de oferecer
serviços e recursos tecnológicos, educacionais e culturais, promovendo gestão de conhecimento com
fácil localização, acesso e uso. Financiado pela comunidade Europeia é resultado de um consórcio de
universidades e centros de pesquisa, que contribuem conjuntamente com a realização de todo o
processo.
A OpenScout Tool Library reúne pessoas que estão desenvolvendo ou usando
recursos de aprendizagem e dá condições a elas de compartilhar suas histórias e
recursos. Pessoas de diferentes realidades, formações e referências. Que estejam
ainda envolvidas em diferentes estágios do uso de recursos de aprendizagem,
formando um ecossistema de pessoas, histórias e recursos. Fornecendo serviços de
educação na internet, permitindo aos usuários encontrar facilmente acesso, uso de
conteúdo aberto, troca de educação e formação em gestão. Pode ser usado por
alunos diretamente, mas também por instituições de formação e educação que
buscam conteúdos de aprendizagem para ser integrado em suas ofertas de
aprendizagem.
O governo brasileiro vem implementando programas e ações de inclusão digital, visando a
participação e desenvolvimento de discentes e docentes. Tem em grande parte o papel de reduzir a
desigualdade da sociedade e a disponibilização de forma mais igualitária das oportunidades geradas
pelo acesso a tecnologia.
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Podemos perceber nas iniciativas citadas que existem alternativas diversas, que estão sendo
disponibilizadas diariamente, no intuito de acessar informações no ciberespaço, revolucionando o
processo de aprendizagem, bem como o funcionamento das instituições de ensino (em todos os níveis).
Existe um descompasso entre a velocidade de aprendizado das novas tecnologias entre alunos e
professores. A maioria dos professores atuantes, diferentemente dos jovens de hoje, nasceram em
época em que a tecnologia ainda caminhava a passos lentos. Muitos por iniciativa própria tentaram,
mediante recursos disponíveis, acompanhar essa transformação.
O Centro de Estudos e Pesquisa da Fundação Victor Civita (2010) (FVC) que, juntamente com
o Ibope e o Laboratório de Sistemas Integráveis da Universidade de São Paulo (LSI-USP), realizou
uma pesquisa no ano de 2009 sobre o uso de computadores e de Internet nas escolas públicas de
capitais brasileiras. Um dos índices apontado, relacionado ao tema em questão, revelou que 70% dos
professores sentiam-se pouco ou nada preparados para o uso das tecnologias da educação.
Segundo Masetto (2010) os objetivos que poderão ser alcançados por estas tecnologias são:
“-Valorizar a autoaprendizagem, incentivar a formação permanente, a pesquisa de informações básicas e das novas informações, o debate, a discussão, o diálogo, o registro de documentos, a elaboração de trabalhos, a construção da reflexão pessoal, a construção de artigos e textos - Desenvolver a interaprendizagem: a aprendizagem como produto das inter-relações entre as pessoas.” (p. 143)
Fica claro que algumas ações são necessárias para tentar amenizar essas diferenças de geração.
O docente precisa recuperar essa perda, talvez com a possibilidade de frequentar cursos de formação
continuada, novas abordagens de aprendizagem, tecnologia, ferramentas multimídia, entre outros e
assegurar o desenvolvimento de competências essenciais para se manter ativo nesta profissão,
atendendo as necessidades emergentes da nova geração que é multifacetada.
O OUTRO LADO DA MOEDA
A necessidade de acompanhar esse movimento, utilizando a tecnologia e novas práticas,
é sem dúvida, um desafio para o professor. Sempre nas discussões no campo da Educação, se levanta a
necessidade de se aumentar a qualidade, buscar inovação, formar alunos mais preparados, desde a
Educação Básica até o Ensino Superior.
Precisamos analisar outros impactos que o docente vivencia em sua carreira. Se a educação é de
má qualidade, também foi essa má qualidade de ensino que o professor, em muitos casos, recebeu em
sua formação. Segundo Cortella (2014) o professor não é exclusivamente responsável pelas
possibilidades de sua formação. Bem ou mal, as vezes aos “trancos e barrancos”, ele passou pelo
processo educacional e está formado. E logo começa a trabalhar, colocar em prática todo o
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conhecimento absorvido no manancial dos mestres em sala de aula. Agora é a sua vez, poderá começar
a trabalhar, por exemplo, em um colégio, mas, rapidamente percebe que a remuneração não é
suficiente para saldar suas necessidades pessoais. Sendo assim surge a necessidade de buscar novas
oportunidades, procurar mais aulas para compor sua grade e disponibilidade de horários. Em pouco
tempo está em outros dois colégios ou instituições – e começa a corrida desenfreada para poder
cumprir as exigências e normas de cada instituição. Cumprir prazos, elaborar as avaliações,
lançamento de notas, corrigir as provas, elaboração e participação em eventos acadêmicos, entre
outros. Resultado: Sobrecarga, falta de tempo, ansiedade.
A cada dia, a cada ano, novos objetivos, novas metodologias, novas formas de avaliação vem
surgindo. Mas o tempo é tão escasso que até as correções de provas de múltipla escolha causam
estresse, por conta inclusive da quantidade de alunos que este professor administra em sala de aula. Em
um Centro Universitário, de iniciativa privada, na capital de São Paulo, professores do ensino superior
chegam a ministrar aulas magnas para 200 alunos, em cada turma! Como avaliar, como saber afinal
quem é quem!? A coordenação explica em certa reunião que o importante a partir de agora é que os
professores trabalhem em conjunto, integrando os componentes curriculares. Fazer com que os alunos
participem mais, e inclusive discutem o cenário que descrevemos no início deste artigo referente as
ferramentas tecnológicas, a produção acadêmica, mais e mais. Os docentes até concordam –
teoricamente. Mas a maioria não tem tempo para se reunir, outros não querem mais trabalho do que já
tem, ou não vem importância nas colocações apresentadas. Por que vou fazer tudo isso se vou ganhar a
mesma coisa?? Comentam e permanecem na zona de conforto.
Pela simbiose existente entre um assunto abstrato, “a aula”, e um assunto concreto, “o
professor”, Ronca (1995) aborda a dicotomia errônea que possa existir sobre a figura docente,
navegando entre culpado e vítima de aulas ultrapassadas, que não ecoam mais no perfil dos
estudantes de hoje. Analisando de uma forma mais ampla o docente é apenas parte de uma
engrenagem no ambiente do aprendizado e seria perigoso uma crítica exacerbada sobre essa figura
responsabilizando como estrito “culpado” pela falta de identidade vivida no momento da aula.
“Ao mesmo tempo, vemos professores que, embora vivendo sob o teto dessa
estrutura, conseguem fazer um trabalho sério, gratificante e, por que não
dizê-lo, maravilhoso. Não se contentam com certas frases ouvidas à boca
pequena: Por que alterar o que está dando certo? ou, trabalho assim há
anos e não preciso mudar! ou, eu faço o que eu posso!” (RONCA, 1995, p.
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Zagury (2009) em 2002 iniciou a elaborar um projeto de pesquisa com o principal objetivo de
colher dados concretos sobre o pensamento do professor brasileiro que atua em sala de aula. Uma
abordagem sobre alguns aspectos polêmicos da prática docente, tais como progressão continuada,
auto-avaliação, avaliação qualitativa, metodologia, entre outros, diretamente relacionados à qualidade
de ensino, foco que sempre permeia as discussões no campo da Educação. A seguir apresentamos
alguns dados importantes a serem analisados como resultado da Pesquisa de Zagury (2009).
O estudo foi concluído com 1.172 entrevistas válidas (especialistas em Estatística Aplicada a
Educação indicaram uma amostra necessária de 1.000), abrangendo 42 cidades, em 22 estados da
federação, sendo colhida de forma espontânea e não identificada. Professores regentes de turmas do
Ensino Básico, predominantemente mulheres (93%) e faixa etária concentrada em 25 a 40 anos (69%).
O grau de instrução concentrado em formação apenas no ensino superior (50%), 31% com
especialização e apenas 2% em mestrado. Esse dado é interessante ser comentado, a necessidade da
continuação nos estudos acadêmicos e a desproporção entre especialistas e mestres. 67% dos
professores eram da rede publica, com concentração de 83% no ensino fundamental.
Observamos a seguir um dos temas da pesquisa que refere-se as três maiores dificuldades em
sala de aula, segundo entrevistas. Foram delineados 07 prováveis problemas e solicitado aos
respondentes que assinalasse apenas uma opção (a mais importante), com a possibilidade de em uma
oitava opção o professor poder apontar outra possibilidade caso não achasse as outras alternativas
como mais graves em sua opinião.
Maior dificuldade do professor Dados %
Manter a disciplina em sala 22
Motivar os alunos 21
Fazer a avaliação dos alunos 19
Manter-se constantemente atualizado 16
A escolha da metodologia adequada a cada unidade ou aula 10
Usar recursos audiovisuais 3
Falta de participação e interesse dos pais 1
Trabalhar com classes cheias 1
Desrespeito/falta de limite dos alunos 1
Dominar o conteúdo de sua disciplina 1
Outras 4
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Não respondeu 2
Base 1.172
Tabela 2. As maiores dificuldades em sala de aula (ZAGURY,2009, p. 83)
Como podemos observar na Tabela 2, a disciplina em sala de aula e a falta de motivação são os
dois itens mais votados. Não se pode separar um do outro e seria até impossível definir quem é a causa
ou efeito. Não há disciplina por falta de motivação ao estudo, por ter parado de aprender ou não há
motivação pelo excesso de indisciplina em sala de aula? O que podemos afirmar que se os dois
problemas forem solucionados 43% dos problemas estariam resolvidos. Nesse ponto as novas formas
de educação, abordagens e ferramentas da tecnologia poderiam auxiliar nesse processo, trazendo
inovação e maior movimento na dinâmica da aula e envolvimento do aluno (responsabilidade
compartilhada). Alunos desmotivados e/ou indisciplinados acabam resultando em um só problema, que
deve ter outras causas individuais. Não seria justo atribuir ao docente toda responsabilidade de resgatar
e superar essas dificuldades. Mas quando o próprio professor admite que não está dando conta da
situação, esse pedido de “socorro” não pode ser ignorado, afinal com alunos desmotivados e
indisciplinados, a qualidade do ensino não vai melhorar.
Analisando ainda a Tabela 02 podemos observar que os cinco problemas mais citados pelo
professor brasileiro referem-se a sua própria atuação, em função de seu papel docente que obterá um
melhor ou pior desempenho. Veremos a seguir as Dificuldades versus Causas, sob três ângulos que
conversam entre si (quatro itens mais citados), conforme segue:
Dificuldades x Causas
Manter-se atualizado em sua disciplina
%
Tempo/Falta de tempo 52
Falta de recursos financeiros 49
Não respondeu 20
Falta de oportunidade de atualização, incentivo, instituições não
oferecem ao professor
7
Tabela 3. Adaptado ZAGURY,2009, p. 103
Dificuldades x Causas
Escolha da metodologia adequada a unidade ou aula
%
Despreparo dos professores 23
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Falta de tempo 9
Turmas heterogêneas 6
Falta de recursos audiovisuais:slides, Videos 5
Tabela 4. Adaptado ZAGURY,2009, p. 104
Dificuldades x Causas
Deficiência na formação e/ou treinamento continuado
%
Dificuldade financeira para custear cursos e livros de atualização 50
Falta de tempo/excesso de trabalho 48
Acomodação/desmotivação dos professores 10
Grande quantidade de mudanças do mundo atual 5
Tabela 5. Adaptado (ZAGURY,2009, p. 105)
Com professores sobrecarregados, cansados, estressados, desatualizados, e desmotivados,
dando aulas antigas e cansativas, sem foco na melhoria e a corresponder com as necessidades
emergente atuais, os alunos se tornarão ainda mais desmotivados e indisciplinados. Sabemos que esse
assunto abre possibilidade para outros tantos que causam impacto na Educação porém esse ciclo
vicioso entre aluno e professor precisa ser quebrado onde Zagury (2009) afirma: Os alunos (crianças
ou não) dizem: “Já que é tudo sempre a mesma coisa, então, vamos bagunçar, porque assim, ao menos
a gente se diverte!”, enquanto os docentes afirmam: “Os alunos de hoje não têm mais jeito, na minha
época era diferente”.
Um círculo vicioso, que se auto-alimenta, se faz e refaz continuamente, o qual requer urgente
rompimento possibilitando rever e reconstruir o processo do Ensino com qualidade, formando
cidadãos e profissionais preparados para o desempenho de um papel íntegro perante a sociedade. A
tecnologia não deve ser vista, segundo Cortella (2014) como a única prioridade na esperança que o
cenário mude e a qualidade do aprendizado se alavanque única e exclusivamente por meio destas
ferramentas.
Caberá ao docente avaliar, são duas gerações convivendo na sociedade como um todo, ainda
segundo Cortella (2014) são os “nativos digitais”, pessoas com idade inferior a 30 anos e os
“migrantes digitais” que passaram pela transição da época sem tecnologia para os dias atuais da
tecnologia veloz e sua pluralidade de recursos. Conviver em paz será o desafio, nem em uma postura
totalmente aversa a tecnologia (informatofobia) ou acreditar que a tecnologia será a resolução para
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todos os problemas da educação (informatolatria). Se posicionar nos polos é uma postura inadequada,
sendo o desafio entender que esta realidade cobra do docente um movimento que responda este cenário
apresentado garantindo sua permanência ativa no mercado de trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitos são os desafios no século XXI para que o docente consiga se preparar para atender esse
cenário atual, um caminho sem volta e independente das ferramentas o docente precisa compreender
que novas formas de educação estão se construindo. Não de maneira determinada e definida mas sim a
necessidade de desenvolver competências em um comportamento flexível e atento, adaptável, ousando
em formas e recursos objetivando a aprendizagem do aluno. Também pudemos observar que em
nenhum momento as ferramentas apresentadas, bem como a tecnologia, são tratadas como soluções
exclusivas para os problemas de aprendizagem, mas sim como instrumentos, recursos que devam ser
agregados a esta geração que nasce totalmente familiarizada com essa acessibilidade e velocidade de
informações. Notamos ainda que o docente acaba sendo impactado em diversas variáveis tais como as
oportunidades de seu próprio aprendizado, condições de trabalho insuficientes ou inadequadas, o perfil
do aluno de hoje e a própria disponibilidade da tecnologia. É um assunto que cabe novas pesquisas e
debates para se gerar compartilhamento de ideias e novas propostas a serem testadas e refletidas ,
sobre o papel profissional docente e as oportunidades que se descortinam.
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