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Novas vestes da União Europeia? O papel do IVA Clotilde Celorico Palma

Novas vestes da União Europeia? O papel do IVA · IVA e aquelas que os EM deveriam teoricamente receber, tendo em conta as respectivas economias) ascenderiam a 12% das receitas teóricas

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Novas vestes da União

Europeia? – O papel do IVA

Clotilde Celorico Palma

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Novas vestes da União Europeia?

O papel do IVA

Temas a abordar:

• Estratégia recente da Comissão:

- Relatório Monti

- Comunicação de Outubro de 2010

- O “IVA europeu”

- Livro verde sobre a Reforma do IVA

• Algumas medidas adoptadas por Portugal desde 2008

• Conclusões

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Novas vestes da União

Europeia? O papel do IVA• Ideia chave - Programa da Comissão de 2000

(“Estratégia destinada a melhorar o funcionamento do sistema comum do IVA no âmbito do mercado interno”,COM (2000) 348 final, 07.06.2000):

• Parte da constatação de que, a curto prazo, seria impossível uma passagem à origem.

• A curto prazo, a estratégia deverá centrar-se em 4 objectivos essenciais: simplificação e modernização das regras existentes, aplicação mais uniforme das disposições actuais e nova execução da cooperação administrativa.

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Europeia? O papel do IVA

Estratégia mais recente da Comissão:

- Relatório Monti: Uma nova estratégia para o mercado interno, 9 de Maio de 2010.

- Comunicação da Comissão de 27 de Outubro de 2010 – Um acto para o mercado único (COM(2010) 608 final).

- LIVRO VERDE Sobre o futuro do IVA -Rumo a um sistema de IVA mais simples, mais sólido e eficaz (1.12.2010 / COM(2010) 695 final).

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Europeia? O papel do IVA

Relatório Monti/ Papel da fiscalidade no reforço do mercado interno:

– A necessidade de adoptar medidas fiscais em tempos de crise deve conduzir a uma maior coordenação dos sistemas fiscais.

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Europeia? O papel do IVA

Relatório Monti/ Papel da fiscalidade no reforço do mercado interno – Maior coordenação fiscal em 3 domínios:

- Imposto sobre as sociedades (Grupo do Código de Conduta)

- Impostos sobre o consumo, em particular o IVA

- Tributação ambiental

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Europeia? O papel do IVA

Relatório Monti/ Maior coordenação no IVA:

- Simplificação das transacções transfronteiriças especialmente em matéria de IVA, v.g, transacções efectuadas através do comércio electrónico.

- Eliminar os obstáculos às transacções intra UE.

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Relatório Monti:

- Simplificar e modernizar as regras de

facturação, com favorecimento da

facturação electrónica.

- Maior coordenação quanto aos níveis das

taxas – análise das taxas normais e refrear

a aplicação de taxas reduzidas.

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Relatório Monti:

- Problema da falta de consenso quanto à proposta de Directiva sobre os serviços postais face à liberalização destes serviços no mercado interno.

- Reforço da cooperação administrativa, concretamente, da troca automática de informações entre as Administrações Fiscais.

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Europeia? O papel do IVA

Comunicação da Comissão de 27 de Outubro de 2010 – Um acto para o mercado único – A Comissão adoptará até finais de 2011 iniciativas tendo em vista o desenvolvimento do comércio electrónico.

- A Comissão publicará uma nova estratégia em matéria de IVA até finais de 2011, tendo em vista um sistema mais sólido e eficaz para o mercado único, nomeadamente, uma diminuição dos encargos administrativos das empresas que actualmente existe devido às diferenças de taxas , as isenções derrogações, opções e regras das operações transfronteiriças e a diminuição da fraude (cerca de 12% do IVA não é arrecadado).

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Europeia? O papel do IVAUm IVA europeu?

- No Outono de 2010 foi lançada a ideia de um “IVA europeu”.

- A Comissão entende que deve cobrar as suas receitas próprias.

- Está em discussão na Comissão qual o significado de um “IVA europeu” – valor tributável, taxas, sujeitos passivos, arrecadação do imposto.

- Ainda em Março ou Abril deste ano a Comissão pensa chegar a conclusões públicas.

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Europeia? O papel do IVA

• LIVRO VERDE Sobre o futuro do IVA:

Discussão pública sobre a possível

reforma do imposto, pedindo contributos a

várias questões suscitadas até 31 de Maio

de 2011, de forma a até finais de 2011

emitir uma Comunicação sobre a matéria.

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LIVRO VERDE/ Motivos subjacentes:

• Complexidade do sistema em vigor

• Melhorar o funcionamento do mercado único

• Maximizar a cobrança das receitas e reduzir a vulnerabilidade do sistema à fraude

• Alterações do contexto tecnológico e económico

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LIVRO VERDE/ Aspectos a analisar:

• Que grau de harmonização exige o

mercado único?

• Reduzir a burocracia

• Um sistema de IVA mais sólido

• Uma gestão do sistema de IVA eficaz e

moderna

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Europeia? O papel do IVA

LIVRO VERDE/ Aspectos a analisar:• Um sistema de IVA com uma base de incidência

ampla, de preferência com uma taxa única, aproximar-se-ia do ideal de um imposto de consumo que permite minimizar os custos de conformidade. Contudo, na UE, a taxa normal apenas abrange dois terços do consumo total, beneficiando o terço restante de diferentes isenções ou de taxas.

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Europeia? O papel do IVA

LIVRO VERDE/Aspectos a analisar:• Nos EM que são igualmente membros da OCDE, as receitas

efectivas de IVA representam apenas 55% da média das receitas que, teoricamente, seriam cobradas se todo o consumo final fosse tributado à taxa normal.

• Em 2008, o total das receitas de IVA cobradas pelos EM foi cerca de 862 000 milhões de euros.

• Os desvios do IVA na UE (diferença entre as receitas efectivas de IVA e aquelas que os EM deveriam teoricamente receber, tendo em conta as respectivas economias) ascenderiam a 12% das receitas teóricas de IVA em 2006, sendo esta percentagem superior a 20% em alguns EM.

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LIVRO VERDE/ Aspectos a analisar:• Aplicação do IVA às operações transfronteiras no

mercado único – tributação na origem ou no destino? O facto de as operações nacionais e intra-UE continuarem a ser tratadas de forma diferente pode ser um obstáculo à melhoria do funcionamento do mercado único. Esta situação é agravada pela existência de inúmeras opções e excepções para os EM na legislação relativa ao IVA, o que leva à vigência de regras diferentes na UE.

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LIVRO VERDE/ Aspectos a analisar:• Aplicação do IVA às operações

transfronteiras no mercado único - Solução alternativa: Aplicação generalizada do mecanismo de autoliquidação nas B2B – A Comissão gostaria de reflectir sobre um projecto piloto para testar a introdução de um sistema de autoliquidação generalizado obrigatório. Está plenamente ciente que este projecto tem implicações administrativas e económicas.

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LIVRO VERDE/ Aspectos a analisar:

• Aplicação do IVA às operações

transfronteiras no mercado único - Solução

alternativa: tributação no EM de destino -

implicaria uma revisão e melhoria aprofundadas

da sua aplicação em termos de segurança

jurídica e de encargos administrativos ao nível

das operações intra-UE.

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Europeia? O papel do IVA

LIVRO VERDE/ Aspectos a analisar: Mecanismo do balcão único

• Enquanto o IVA for baseado na tributação no lugar de destino, o balcão único continuará a ser conveniente por representar uma medida de simplificação e favoreceria o cumprimento das regras e o comércio transfronteiras.

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LIVRO VERDE/ Aspectos a

analisar: Como assegurar a

neutralidade do sistema de IVA?

• Regras aplicáveis aos organismos

públicos - actividades semelhantes são

tributadas em IVA de maneira diferente

em função do estatuto do fornecedor.

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• LIVRO VERDE/ Aspectos a analisar: As

isenções são contrárias ao princípio do IVA

como um imposto de ampla base de incidência.

A pertinência de muitas das isenções actuais é

questionável. Alargar a base de incidência

mediante a redução do número de isenções

permitiria reforçar a eficácia e a neutralidade do

imposto, constituindo uma alternativa válida ao

aumento das taxas de IVA.

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LIVRO VERDE/Aspectos a analisar: Deduções

• O direito a deduzir o IVA pago a montante é fundamental para garantir a neutralidade deste imposto ao nível das empresas.

• A neutralidade deste imposto implica que o IVA incidente sobre bens e serviços utilizados em actividades económicas tributadas deva ser inteiramente dedutível.

• O alargamento da dedutibilidade do IVA constitui o factor-chave, mas quando e como deve ser efectuada a dedução são factores que também devem ser considerados.

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LIVRO VERDE/ Aspectos a analisar: Serviços internacionais

• Importa definir abordagens acordadas

internacionalmente para evitar a dupla tributação ou a não tributação destes serviços, estando a ser realizado um trabalho importante nesta matéria na OCDE.

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LIVRO VERDE/ Aspectos a

analisar: Reduzir a burocracia

• Programa de acção de 2007 da

Comissão para reduzir os encargos

administrativos e simplificar

obrigações em matéria de IVA - COM

(2007) 23 de 21.1.2007.

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LIVRO VERDE/ Aspectos a analisar: Adaptação do sistema de IVA às grandes empresas e às empresas pan-europeias

• Considerar que as operações entre empresas coligadas ou as entregas de bens entre sucursais são excluídas do âmbito de aplicação do IVA ou alargar do âmbito de aplicação territorial dos agrupamentos para efeitos de IVA são soluções que

permitiriam reduzir os custos de conformidade do IVA num grande número de operações dentro da UE.

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Europeia? O papel do IVA

LIVRO VERDE/ Aspectos a

analisar: Rever o modo de cobrar o IVA

• Estudo de 2009 sobre a viabilidade sobre as

formas de melhorar e de simplificar a cobrança

do IVA através de tecnologias modernas e/ou de

intermediários financeiros

(http://ec.europa.eu/taxation_customs/index_en.

htm).

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Europeia? O papel do IVA

Medidas de IVA adoptadas por

Portugal desde 2008

Lei n.º 26-A/2008, de 27.06 – Diminuição da

taxa do IVA de 21% para 20%.

Lei n.º 67-A/2007, de 31.12 (OE/2008) –

alteração das regras do reembolso do IVA

agilizando-as.

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Medidas de IVA adoptadas por Portugal desde 2008

Lei n.º 64-A/2008, de 31.12 (OE 2009):

- Isenção para transmissões de bens a título gratuito, para posterior distribuição a pessoas carenciadas, efectuadas a IPSS e a ONG sem fins lucrativos, bem como as transmissões de livros a título gratuito efectuadas ao departamento governamental na área da cultura, a instituições de carácter cultural e educativo, a centros educativos de reinserção social e a estabelecimentos prisionais (art.º 15.º, n.º10, CIVA)- o âmbito foi mais largado com a Lei n.º 22/2010, de 23.08.

- Regularizações – art.º 78.º CIVA

- Alargamento de taxas reduzidas para empreitadas de bens imóveis

Lei n.º 15/2009, de 1.4 - Regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de mercadorias

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Europeia? O papel do IVA

Medidas de IVA adoptadas por Portugal desde 2008DL n.º 136-A/2009, de 05.06: redução do prazo da garantia a prestar à administração tributária para efeitos de obtenção do reembolso do IVA, minimizando-se os constrangimentos e os custos envolvidos na obtenção de garantias desta natureza, que se afiguram particularmente onerosos, no actual contexto económico, sobretudo para os sujeitos passivos de menor dimensão ou com maiores dificuldades de obtenção de financiamento junto da banca.

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Europeia? O papel do IVA

Algumas medidas de IVA adoptadas por

Portugal desde 2008.

- Lei 2/2010, de 15.03 – diminuição do prazo

geral do reembolso (art.º 22.º do CIVA).

- Lei 12-A/2010, de 30.06 – Aumento das taxas

do IVA em um ponto percentual – 20% para

21%, 5% para 6% e 12% para 13%.

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Algumas medidas de IVA adoptadas por Portugal desde 2008

Lei n.º 3-B/2010 de 28.4 (OE/2010) – artigo 78.º do CIVA – dedução de imposto quanto a créditos incobráveis nos termos de acordo obtido em procedimento extrajudicial de conciliação, em conformidade com o DL n.º 316/98, de 20.10.

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Algumas medidas de IVA adoptadas por Portugal desde 2008

Lei n.º 55-A/2010, de 31.12 (OE/2011):

– Aumento da taxa normal de 21% para 23%.

- Alteração de algumas verbas das listas das taxas reduzidas, ex., ginásios e revogação de outras ex., flores e plantas ornamentais, utensílios e outros equipamentos exclusiva ou principalmente destinados ao combate e detecção de incêndios.

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Conclusões:

Têm as medidas adoptadas por

Portugal em matéria de IVA

sido as mais adequadas ao

combate à crise?

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Conclusões:

- Necessidade de rever as taxas reduzidas.

- Necessidade de revogar o regime do

artigo 53.º do CIVA.

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Conclusões: verifica-se uma extrema concentração de imposto num número reduzido de sujeitos passivos, indicando que, de acordo com os dados oficiais disponíveis (ano de 2000, INE), de um universo superior a 770.000 contribuintes, 192 sujeitos passivos eram responsáveis por mais de um terço do IVA entregue nos cofres do Estado, e 0,6% dos sujeitos passivos representavam quase dois terços do total da arrecadação, enquanto que, no outro extremo, o IVA relativo a 565.000 sujeitos passivos (cerca de 73% do universo dos contribuintes) não chegava a atingir 2,5% da cobrança... (José C. Gomes Santos, “O IVA – Um Imposto (muito especial) sobre o Consumo”, Vinte Anos de Imposto Sobre o Valor Acrescentado em Portugal: Jornadas Fiscais em Homenagem ao Professor José Guilherme Xavier de Basto, Almedina, Coimbra, Novembro 2008 e Relatório do Grupo para o Estudo da Política Fiscal, CCTF n.º 209, Fevereiro 2009).

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Conclusões: metade dos sujeitos

passivos de IVA estão inscritos nos

regimes especiais de isenção dos artigos

53.º a 59.º do Código do IVA, estando

cerca de 40% abrangidos pela isenção do

regime do artigo 53.º(José C. Gomes

Santos, ibidem).

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Conclusões: a situação indicia que a fixação legal dos valores do volume de negócios que determina a isenção, se situa em montantes excessivos atendendo à dimensão da nossa realidade profissional e empresarial e à prática internacional, notando que tais dados são igualmente reveladores de evasão fiscal através de subavaliação ou ocultação de vendas por parte de certos operadores (José C. Gomes Santos, ibidem).