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nº48 Março a Junho 2012 LEMBRE-SE DA SUA MEMÓRIA Conheça 7 dicas para estimular a sua memória e reduzir o risco de desenvolver demência. TENHO ALZHEIMER - QUID JURIS Saiba mais sobre planeamento precoce, interdição, testamento vital e decisões para o futuro Estivemos nos bastidores da novela da SIC na qual Lídia Franco veste a pele de Teresa Amorim, uma personagem portadora da doença de Alzheimer NOvELA “ROSA FOGO” DIvULGA DRAMA DA DOENçA DE ALZHEIMER

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nº48

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012

LEMBRE-SE DA SUA MEMÓRIAConheça 7 dicas para estimular a sua memória e reduzir o risco de desenvolver demência.

TENHO ALZHEIMER - QUID JURISSaiba mais sobre planeamento precoce, interdição,

testamento vital e decisões para o futuro

Estivemos nos bastidores da novela da SIC na qual Lídia Franco veste a pele de Teresa Amorim, uma personagem portadora da doença de Alzheimer

NOvELA “ROSA FOGO” DIvULGADRAMA DA DOENçA DE ALZHEIMER

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nEuropSICoLogIA E ESTImuLAção CognITIvAno déFICE CognITIvo LIgEIro E dEmênCIAS

dIAgnÓSTICo prECoCEdo dIAgnÓSTICo dIFErEnCIAL Ao

dIAgnÓSTICo prECoCE nA dEmênCIA

LEmBrE-SE dA SuA mEmÓrIA7 dICAS pArA rEduZIr o rISCo dE dESEnvoLvEr dEmênCIA

novELA “roSA Fogo” dIvuLgAdrAmA dA doEnçA dE ALZHEImEr

TEnHo ALZHEImErquId jurIS

SEr CuIdAdorCuIdAr dA nuTrIção dE umA

pESSoA Com dEmênCIA

CompAnHIA nACIonAL dE BAILAdoEnSAIo gErAL SoLIdárIo Com A

ALZHEImEr porTugAL

FormAção à dISTânCIAE-LEArnIng E B-LEArnIng

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dESTAquES

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A cada 72 segundos surge mais um caso de doença de Alzheimer.A maioria esmagadora dos casos afecta cidadãos comuns, pouco ou nada famosos, mais ou menos queridos dos seus familiares, vizinhos, colegas ou companheiros dos bancos de jardim.Uns vivem sozinhos, sem conseguirem sair de casa ou perden-do-se nas ruas. Outros habitam com a família, por vezes apenas com o marido ou a mulher já com as limitações físicas e emocio-nais da idade avançada. Há ainda queles que estão internados em instituições, nem sempre adequadas para os acolher.Nenhum de nós terá ficado indiferente à recente vaga de notícias sobre idosos que morrem sozinhos e cujos corpos são encontra-dos dias, semanas ou meses depois do óbito. Chocou-nos certamente o caso da idosa cujo cadáver foi encon-trado apenas por causa de uma dívida fiscal que quase conduzia à venda da sua casa em hasta pública.Quantos destes casos não seriam pessoas com doença de Alzheimer, eventualmente por diagnosticar, participantes involuntários desse grupo de anónimos cujo número cresce a cada 72 segundos?Quando a doença atinge poderosos e famosos não tem menor efeito real. Por exemplo, levou Ronald Reagan a esquecer-se de que havia sido Presidente dos Estados Unidos. E transformou implacavelmente Margaret Thachter, que confundiu a Bósnia com as Falkland e para quem a Dama de Ferro passou a ser uma referência sem qualquer significado.Quer um quer outro, por grande ironia da História, foram afasta-dos da vida pública e votados ao isolamento e à solidão. E foi assim porque a doença perturba os familiares e os amigos, causa vergonha e medo, afastando até os mais próximos.Quando este mal chega ao cérebro de alguém e se instala, primeiro discretamente e depois de forma avassaladora, não poupa os mais famosos, os mais inteligentes ou os mais bonitos, nem mesmo os mais generosos e altruístas.Importa dar testemunho público sobre a necessidade e vantagem de encarar desde cedo os primeiros sintomas de doença de Alzheimer e fazer o que se pode retardar a sua progressão e minorar os efeitos.Nem todos terão a disponibilidade de Ronald Reagan para par-tilhar publicamente a sua situação de saúde, esclarecendo que padecem desta doença e encarando os seus efeitos a prazo.Mas pode fazer sentido perspectivar com lucidez o futuro quando o mal acontece, aprendendo a proteger-se da vulnerabilidade e das manipulações oportunistas que surgem, muitas vezes, nos que estão mais próximos. Todos estes aspectos são abordados e desenvolvidos na telenovela «Rosa Fogo», protagonizada por Lídia Franco, no papel de uma doente com Alzheimer chamada Teresa, por Ângelo Rodrigues, na personagem Estevão, seu filho e Sandra Barata Belo, que dá corpo á enfermeira (pouco) cuidadora.A Alzheimer Portugal saúda a decisão dos produtores, autores e actores de «Rosa Fogo» por tratarem um tema tão difícil. Sabe-mos que as novelas são entretenimento televisivo mas podem ser também um serviço de alerta e uma acção de sensibilização. «Rosa Fogo» merece aplauso cívico.

Com amizade,

FICHA TéCnICA

propriedade e Edição: Alzheimer PortugalAssociação Portuguesa de Familiares

e Amigos de Doentes de Alzheimerperiodicidade: Quadrimestral

direcção: Maria do Rosário Zincke dos Reisredacção: Tatiana Nunes

design e Edição: Marketividade, lda.Impressão, papel e Acabamento:

Gráfica Invulgar

EdITorIAL

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ConvoCATÓrIA

Convocam-se os Senhores Associados da ALZHEIMER PORTUGAL – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMILIARES E AMIGOS DE DOENTES DE ALZHEIMER para a Assembleia Geral Ordinária que terá lugar no dia 31 de Março de 2012,no Centro Social da Paroquia de S. Sebastião da Pedreira (Rua Tomás Ribeiro 62, 1050-231 Lisboa).

A Assembleia reunirá, em primeira convocatória, pelas 14 horas e às 14 horas e 30 minutos, com qualquer número de associados, tendo a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Informações gerais.

2. Apresentação, discussão e votação do Relatório de Actividades e Contas de 2011. i

3. Eleição da Comissão Científica. ii

Lisboa, 01 de Março de 2012

NOTA: Logo após o encerramento dos trabalhos da Assembleia Geral vamos poder contar com algumas intervenções dos nossos especialistas (Professor Doutor João Barreto, Professor Doutor Alexandre de Mendonça, Dr. Celso Pontes, Dra. Olívia Robusto, Dra. Catarina Oliveira, Professora Doutora Isabel Santana, entre outros).

i O Relatório de Actividades e as Contas de 2011 encontram-se disponíveis, para consulta, na nossa página da internet (www.alzheimerportugal.org), na sede bem como nas instalações das Delegações e Núcleo de Almeirim.

ii A lista da Comissão Científica encontra-se disponível nos mesmos locais.

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Um cérebro saudável é importante em muitos aspectos da sua vida - os seus pensamentos, sentimentos e

lembranças, a sua família, etc.

Não se sabe ainda como se pode pre-venir ou curar a demência, mas existem muitas coisas que se podem fazer para manter o cérebro saudável com o avançar da idade. Ao adoptar estas 7 dicas, estará a dar um grande passo para reduzir o risco de desenvolver Doença de Alzheimer.

Infelizmente, os grandes factores de risco para a demência - a idade e os genes - não são possíveis de controlar. Por isso mesmo, é importante fazer o que está ao nosso al-cance – adoptar um estilo de vida saudável e alterar os nossos hábitos.

Não podemos ga-rantir que adoptando estas 7 dicas não irá desenvolver Doença de Alzheimer. No entanto, os estudos têm vindo a evidenciar que as pes-soas que adoptam es-tilos de vida saudáveis, têm um risco reduzido de vir a desenvolver demência.

Nunca é demasiado cedo para começar a cuidar da sua memória. Segundo os cien-tistas, as mudanças que ocorrem no nosso cérebro e que podem resultar em demên-cia, começam a formar-se décadas antes de os primeiros sintomas aparecerem.

Manter o cérebro activo permite fortalecer as ligações entre as células cerebrais, con-tribuindo para uma mente saudável.

• Faça actividades que envolvam novas aprendizagens;

• Faça jogos de raci-ocínio, como palavras cruzadas, puzzles de letras e números, jogue xadrez, damas ou car-tas;

• Leia, escreva, con-verse, use o computa-dor, aprenda uma nova língua, tire um curso;

• Participe em actividades culturais, como assistir a jogos, concertos, ir a museus ou galerias de arte;

• Procure descobrir quais os seus pas-satempos preferidos e pratique-os, por exemplo, pintura, costura, carpintaria;

• Mesmo em casa, mantenha-se activo: cozinhe novos pratos ou dedique-se ao seu jardim.

Uma alimentação equilibrada e saudável promove um cérebro saudável.

reduza as gorduras saturadas:

• Escolha carnes magras, frango e produ-tos lácteos com pouca gordura. Evite a manteiga, alimentos fritos, doces, bolos e bolachas.

Prefira alimentos saudáveis:

• Gorduras Insaturadas: azeite, óleo de girassol, abacate, azeitonas, nozes, se-mentes e peixe;

• Ácidos Gordos Ómega-3: soja, margarina, peixe (especialmente gordos, como salmão, cavala, atum e sardinha);

• Alimentos ricos em Antioxidantes: amei-xas, uvas passas, mirtilos, outras bagas, espinafres, couve de Bruxelas, ameixas, brócolos, beterraba, abacate, laranjas, uvas vermelhas, pimenta vermelha, cerejas, kiwis, cebola, milho e beringela;

Os seus hábitos e estilo de vida podem fazer uma grande diferença na sua saúde, assim como reduzir os riscos de desenvolver Doença de Alzheimer ou outras formas de demência

LEmBrE-SE dA SuA mEmÓrIA7 dICAS pArA rEduZIr o rISCo dE dEmênCIA

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LEmBrE-SE do SEu CérEBro

LEmBrE-SE dA SuA ALImEnTAção

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• Bebidas ricas em antioxidantes: chá verde, sumos de frutas, legumes e vinho tinto (com moderação);

• Alimentos ricos em Ácido Fólico: laranja, morango, banana, espinafres, espargos, brócolos, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, lentilhas, feijão, grão-de-bico e cereais integrais;

• Alimentos ricos em Vitamina E: óleos vegetais, nozes, vegetais de folhas verdes e cereais integrais;

• Alimentos ricos em Vitamina B12: carne, frango, peixe, leite e ovos.

Evite maus hábitos:

• Não fume;

• Não consuma bebidas alcoólicas em grandes quantidades. Quando beber, beba com moderação;

• Não prescinda das suas horas de sono e de descanso. Dormir faz bem à saúde.

O exercício físico estimula o fluxo sanguíneo no cérebro. As pessoas que se exercitam regularmente têm menos probabilidades de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. Estas condições estão também associadas a um risco maior de desenvol-ver demência. Por isso, pratique exercício físico para o bem da sua saúde:

• Exercite o seu corpo, pelo menos, 30 minutos por dia. Pode andar, dançar, correr, andar de bicicleta, nadar, passear pelo jar-dim... tudo o que coloque o seu corpo em movimento e faça o coração bater com mais força;

• O treino de resistência ou peso ajuda a de-senvolver a força muscular, coordenação de movimentos e mantém a densidade óssea;

• Trabalhe a flexibilidade e equilíbrio, com actividades como a dança, alongamentos, tai chi, pilates e yoga.

Ao realizar check-ups regularmente, con-segue detectar eventuais problemas assim que eles surgirem. O tratamento torna-se mais fácil e as consequências serão tam-bém menores.

• Controle a sua tensão arterial;

• Controle o seu colesterol;

• Controle os seus níveis de açúcar no sangue;

• Controle o seu peso.

Ter uma vida social activa, participar em actividades de lazer e conviver com outras pessoas ajuda a manter o seu cérebro sau-dável.

• Mantenha o contacto com a família e amigos;

• Participe em clubes sociais, culturais ou outros grupos;

• Envolva-se em trabalhos comunitários ou torne-se voluntário;

• Saia e converse com os seus vizinhos, amigos ou mesmo com os trabalhadores do supermercado ou café a que habitual-mente vai.

Proteja a sua cabeça para reduzir os riscos de desenvolver demência.

• Evite bater com a cabeça;

• Use sempre cinto de segurança;

• Atravesse sempre na passadeira;

• Use sempre capacete de segurança quando andar de mota, bicicleta, skate, patins ou fizer equitação.

E lembre-se: é importante lembrar-se da sua memória em todas as idades.

A magia das 7 dicas Lembre-se da sua memória está na forma como elas funcionam em conjunto.

Quando conjuga as 7 dicas nas suas actividades do dia-a-dia, maximiza os benefícios e consegue resultados bastante mais favoráveis:

• Passeie o seu cão e fale com as pessoas no jardim.

• Faça palavras cruzadas com um vizinho.

• Jogue golf ou ténis num clube recreativo.

• Disfrute de uma refeição saudável com a família ou amigos.

Os seus hábitos e estilo de vida podem fazer uma grande diferença na sua saúde, assim como reduzir os riscos de desenvolver Doença de Alzheimer ou outras formas de demência. Lembre-se: nunca é cedo demais para que se lembre da sua memória. •

Fonte: Alzheimer Australia.

LEmBrE-SE do SEu Corpo

LEmBrE-SE dS SEuS HáBIToS

LEmBrE-SE dA SuA SAÚdE

LEmBrE-SE dA SuA vIdA SoCIAL

LEmBrE-SE dA SuA CABEçA

LEmBrE-SE do SEu CérEBro

LEmBrE-SE dA SuA ALImEnTAção

LEmBrE-SE do SEu Corpo

LEmBrE-SE dA SuA SAÚdE

LEmBrE-SE dA SuA vIdA SoCIAL

LEmBrE-SE doS SEuS HáBIToS

LEmBrE-SE dA SuA CABEçA

mantenha o cérebro activo

tenha uma alimentação saudável

pratique exercício físico

faça check-ups regularmente

participe em actividades sociais

não fume, beba com moderação e durma bem

proteja a sua cabeça de lesões

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Verificamos, nos Serviços Clínicos de Lisboa da Alzheimer Portugal e ao longo dos últimos anos, um aumento gradual

e em termos gerais, independentemente da idade, dos pedidos para consulta. Do universo dos utentes que nos procuram, destaco, neste artigo, as marcações provenientes da faixa etária da população situada entre os 45 e 60 anos de idade. Estamos, pois, perante pessoas muito jovens, profissionalmente activas e que na sua maioria apresentam um nível elevado de educação formal.

No sentido de compreender este aumento de procura por parte de uma população cada vez mais jovem, podemos equacionar a coexistência de várias hipóteses com maior ou menor grau de subjectividade. Poderá em parte traduzir níveis de informação mais elevados na população, levando o utente a recorrer aos serviços de saúde aquando a detecção de queixas do foro cognitivo? Por sua vez, estarão os equipamentos de saúde mais atentos à valorização e despiste etiológico destes sintomas?

Poderá ainda, e de forma a restringir neste texto a formulação de mais hipóteses, a in-cidência deste tipo de sintomatologia ser cada vez mais elevada e representar uma conse-quência do frequentemente citado estilo de vida moderno? Do universo de hipóteses e correlações que podemos estabelecer, é certo que as abordagens têm sofrido significativas transformações ao longo dos anos. Tanto ao nível do despiste diagnóstico provável como da resposta terapêutica – farmacológica e não farmacológica – verificam-se hoje, metodolo-gias de intervenção diferentes e necessaria-mente em evolução.

Porém, continuamos a não nos movermos

no campo das certezas e o pensamento de causalidade linear é facilmente frustrado ao tentar imergir na subjectividade humana. É necessário, pois, compreender a pessoa nas suas diversas dimensões objectivas e subjectivas, procurando explicar a pessoa com o sintoma e não apenas o sintoma.

A abordagem multidisciplinar e interdis-ciplinar, no caso das especialidades médi-cas de psiquiatria e neurologia, parece-nos obviamente a forma ideal de promover uma compreensão tão global quanto possível do indivíduo, evitando as consequências de uma leitura mais parcial no bem-estar psicológico de quem procura ajuda.

Os utentes mais jovens que atendemos possuem, quase na to-talidade, um diagnóstico provável e são assistidos em consulta médica de especialidade. No entan-to, apresentam frequente-mente um sofrimento psíquico intenso, susten-tado em grande parte na dificuldade em compreender o seu estado. Refiro-me, como expliquei atrás, a pessoas activas, diferenciadas e autónomas nas suas actividades diárias.

A palavra “Alzheimer”, é na consulta, fre-quentemente pronunciada e investida com uma carga de fatalismo – fruto do estigma cultural cristalizado em torno da Doença de Alzheimer, dissociando-a da definição de demência e elevando-a na representação popular a uma doença muito mais gravosa que as demên-cias – mesmo nos casos em que tal não foi comunicado pelo médico assistente. É impor-

tante uma intervenção esclarecedora, realista e psico-educativa, com base na informação clínica existente, no sentido de desmistificar a situação e facilitar a aceitação e o investimento do utente no seu próprio processo terapêutico.

Por vezes o quadro de Défice Cognitivo Ligeiro (DCL), aparece assumido pelo utente como demência, quando na realidade a demência é critério de exclusão diagnóstica para DCL. Apesar de existirem fortes proba-bilidades de evolução para um quadro de demência, não é certo que tal vá acontecer.

A presença de distúrbios psiquiátricos, nomeadamente a depressão, é muito frequente e pode por si só ser causa e também

efeito de alterações nas funções cognitivas. O diagnóstico diferencial de Depressão assume um cariz obrigatório, visto que facilmente se pode confundir com um quadro de demência, até pela concomitância tão frequente e que dificulta a distinção

entre primária ou secundária aos sintomas cognitivos.

Na Alzheimer Portugal e para utentes enqua-drados nesta tipologia, propomos, em função da avaliação clínica realizada e salvo a detecção de contra-indicações, um acompanhamento psicológico de suporte estruturado e um programa de estimulação cognitiva elaborado a partir da avaliação neuropsicológica realizada nos nossos serviços. •

dr. pedro Costapsicólogo Clínico

do dIAgnÓSTICo dIFErEnCIALAo dIAgnÓSTICo prECoCE nA dEmênCIA

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É necessário, pois, compreender a pessoa nas suas diversas dimensões objectivas e subjectivas, procurando explicar a pessoa com o sintoma e não apenas o sintoma

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BBvA EnTrEgA donATIvo dE 2500€ à ALZHEImEr porTugAL

Representado pela fadista Kátia Guerreiro, o BBVA doou nesta época de Natal 2500€ à Alzheimer Portugal, destinados a apoiar o equipamento da Casa do Alecrim, o primeiro Lar da Associação, que se encontra em fase final de construção. O montante que seria despendido em presentes de Natal para os funcionários do BBVA, reverteu, assim, para várias organizações sem fins lucrativos, entre elas a Alzheimer Portugal.

prémIoS BpI CApACITAr 2011 dISTInguE A ALZHEImEr porTugAL

A Alzheimer Portugal foi uma das 11 instituições sem fins lucrativos distinguidas no Prémio BPI Capacitar. Um prémio de 31 000€ para o Projecto “Mais SAD” da Casa do Alecrim, que visa o alargamento da cobertura horária do Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) oferecendo serviços aos fins-de--semana e feriados, promovendo melhoria da qualidade dos serviços prestados às Pessoas com Doença de Alzheimer.

ALZHEImEr porTugAL é umA dAS vEnCEdorAS dA mISSão SorrISo

O Projecto “Estimular para Viver” da Dele-gação Centro da Alzheimer Portugal foi um dos 22 projectos vencedores da Missão Sorriso. 17 600€ irão permitir adquirir equi-pamentos para equipar a sala de Fisiotera-pia e a Sala de Snoezlen do novo Centro de Dia da Delegação Centro, em fase de construção.

BrEvES

SInAIS dE ALErTApArA um dIAgnÓSTICo prECoCE

Muitas vezes, pode ser difícil perceber a diferença entre as alterações nas funções cognitivas resultantes do processo natural de envelhecimento, com sintomas que poderão traduzir a instalação de um quadro patológico.

Se de alguma forma, as alterações interferirem na vida quotidiana da pessoa, é aconselhado o recurso a consulta médica, para que após avaliação clínica, seja iniciado o processo de diagnóstico diferencial.

A tabela apresentada, pretende alertar para a importância de estar atento a sinais que não sendo por si só reveladores de patologia, justificam uma avaliação médica e psicológica.

SInAIS dE ALErTAEsquecer-se de parte ou da totalidade de um acontecimento

Progressivamente perder a capacidade de seguir indicações verbais ou escritas

Esquecer-se de informação que conhecia, como dados históricos ou políticos

Progressivamente perder a capacidade de tomar decisões

Progressivamente perder a capacidade de gerir o seu orçamento

Não saber em que data ou estação do ano está

Perder progressivamente a capacidade de, autonomamente, se lavar, vestir ou alimentar

Ter dificuldades em manter uma conversa, não conseguindo manter o raciocínio ou lembrar-se das palavras

Esquecer-se do local onde guardou um objecto e não ser capaz de fazer o processo mental retroactivo para se lembrar

Perder aos poucos a capacidade de acom-panhar a história de uma novela ou filme

Ter uma vaga lembrança de um acontecimento

Manter a capacidade de seguir indicações ver-bais ou escritas

Manter na memória as informações mais essenci-ais, apesar de por vezes ser difícil recordar-se

Tomar uma decisão errada pontualmente

Esquecer-se de um pagamento mensal

Esquecer-se da data em que está e lembrar-se mais tarde

Manter a capacidade de se lavar, vestir, alimentar, apesar das dificuldades impostas pelas limitações físicas

Esquecer-se, às vezes, de qual a melhor palavra a usar

Perder alguma coisa de vez em quando, mas con-seguir encontrá-la através do seu raciocínio lógico

Manter a capacidade de acompanhar a história de uma novela ou filme

o quE é normAL no EnvELHECImEnTo

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A neuropsicologia estuda a relação entre o cérebro e a cognição e com-portamento. As funções cognitivas,

memória, orientação, linguagem e todas as que nos permitem funcionar no nosso dia--a-dia, alteram-se perante lesões ou doenças cerebrais, tais como as demências dege-nerativas (p.ex. Doença de Alzheimer). Para se conhecer a gravidade dessas alterações é imperativo realizar uma avaliação neuro-psicológica, que caracteriza as funções altera-das e mantidas e a gravidade dessa alteração (perfil neuropsicológico).

Este perfil é importante para a decisão médica sobre a terapêutica farmacológica, para os familiares compreenderem os dé-fices e o comportamento do doente e para a informação ao próprio doente, sendo in-dispensável para um programa terapêutico não-medicamentoso (reabilitação/ estimu-lação cognitiva) adequado ao doente.

A colaboração entre médicos e psicó-logos (neuropsicólogos) é fundamental para a compreensão dos casos e para a definição da intervenção. O objectivo da intervenção (farmacológica e não-farmacológica) é o de tornar a evolução mais lenta e permitir maior autonomia e independência, dando uma melhor qualidade de vida.

Na literatura encontramos resultados

díspares referentes à eficácia da estimulação cognitiva, porque não existem estudos que comparem grupos de doentes com e sem intervenção e a metodologia de intervenção não é claramente definida. Em casos de suspeita de demência é fundamental que a estimulação se inicie numa fase precoce, de “Defeito Cognitivo Ligeiro” (DCL), pois o doente poderá aprender e desenvolver estra-tégias que serão úteis em fases avançadas. A junção dos dois tipos de intervenção, medica-mentosa e cognitiva, será a metodologia ideal para um melhor resultado.

Em doentes com demência, as melhorias conseguidas são tem-porárias, pois as altera-ções das áreas cerebrais que suportam as funções cognitivas são progres-sivas e os resultados de qualquer intervenção terapêutica serão cada vez menos eficazes, o que não significa que a intervenção não seja necessária, mas é importante sabermos as limitações e que existem questões por res-ponder (tempo de duração da intervenção e por quanto tempo se mantêm os resultados).

Estas questões, colocadas pelos doentes e familiares, não têm uma reposta directa, pois cada caso responde de forma diferente e apresenta um perfil evolutivo diferente. O neuropsicólogo deverá seleccionar os casos que podem beneficiar da intervenção e a me-todologia de intervenção mais adequada, a partir do perfil da avaliação neuropsicológica. Na fase de DCL a intervenção é, geralmente, individualizada, permitindo ajustes a pro-

gramas pré-definidos, mas nas situações de demência em fase moderada / avançada a intervenção mais fre-quente usa metodologia de grupo.

O desenho do pro-grama de intervenção deverá ser explicado ao doente e aos fami-liares. As sessões de estimulação cognitiva são realizadas duas a

três vezes por semana, com duração de 60 minutos. Ensinar a usar uma agenda, onde marque tarefas diárias e factos a re-cordar é, geralmente, requerido aos doen-tes. A duração total da intervenção é variável (três, seis ou mais meses). O doente deverá

nEuropSICoLogIA E ESTImuLAção CognITIvA no déFICE CognITIvo LIgEIro E dEmênCIAS

É necessário melhorar a metodologia da intervenção, usando desenhos experimentais mais robustos e medidas de eficácia, de funcionalidade, de humor e de qualidade de vida, padronizadas e validadas

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09realizar avaliações neuropsicológicas ao longo do programa de intervenção, para análise da evolução e reformulação do pro-grama de intervenção.

Os programas de estimulação inci-dem, principalmente, na memória, pois é das primeiras capacidades alteradas nos processos demenciais. A memória permite registar e re-cordar informação, prever acontecimentos e não esquecer o que temos para realizar no futuro. A memória é uma capacidade constituída por vários processos, que regula o nosso pen-samento e constitui a nossa individualidade.

Nem todos os processos mnésicos ficam alterados no início da demência, o que leva à perplexidade dos familiares “como é que ele não se lembra do que lhe disse há momen-tos atrás e depois lembra-se, melhor do que eu, das coisas da infância?”; isto significa que a memória não é um sistema unitário, mas formada por diversos sistemas, em que alguns estão alterados e outros intactos, sendo possível utilizar os intactos ou pouco alterados no processo de estimulação.

Será importante referir que, nem todos os défices de memória correspondem a demência e, nem todas as demências se iniciam por défice mnésico. Há casos de demência que se iniciam por dificuldades de linguagem, por dificuldades em progra-mar movimentos ou por modificações de comportamento (diminuição da iniciativa ou desinibição). Todas estas modificações terão impacto no desempenho funcional da

vida diária, pelo que a estimulação cognitiva tem como objectivo principal a melhoria da funcionalidade.

Na revisão da literatura, os estudos de eficácia da reabilitação cognitiva em doen-

tes com “Demência” ou com “Defeito Cognitivo Ligeiro”, variam entre a opinião de que a rea-bilitação cognitiva tem um efeito realmente positivo no funciona-mento cognitivo (Tsola-ki M, 2011; Spector A, et al. 2003; Gatz M, et al 1998) ou que terá um efeito apenas marginal. Actualmente, o enfoque da reabilitação cogniti-va, centra-se nos casos com “Defeito Cognitivo

Ligeiro” (fase muito inicial de demência), com resultados demonstrando que, quando a intervenção se inicia nesta fase, se obtêm benefícios em capacidades específicas, no humor e na funcionalidade.

A intervenção em doentes com “DCL” pode ainda ajudar a lidar melhor com a incerteza do futuro e a aceitar a situação (Joosten-Weyn Banningh LW, 2011). Numa revisão sistemática da literatura sobre eficá-cia, com 15 programas de intervenção (de grupo ou individuais) em doentes com “DCL”, encontram-se melhorias estatistica-mente significativas em 44% de medidas de memória, 12% de outras medidas cogniti-vas e em 49% de medidas de qualidade de vida e de humor (Jean L et al, 2010).

Apesar dos resultados mais recentes serem indicadores de benefício cognitivo e funcional para doentes em situação de pos-sível evolução para demência, é necessário,

numa perspectiva de investigação e clínica, melhorar a metodologia da intervenção, usando desenhos experimentais mais ro-bustos e medidas de eficácia, de funcionali-dade, de humor e de qualidade de vida, pa-dronizadas e validadas para as populações em estudo. •

dra. manuela guerreiropsicóloga (neuropsicologia) / Investigadora -

Faculdade de medicina de Lisboa

Referências bibliográficas

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Nem todos os processos mnésicos ficam alterados no início da demência, o que leva à perplexidade dos familiares “como é que ele não se lembra do que lhe disse há momentos atrás e depois lembra-se, melhor do que eu, das coisas da infância?

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Apesar dos diagnósticos tardios continuarem a ser a realidade mais frequente e de as demências con-

tinuarem subdiagnosticadas, um estudo recente revela uma crescente vontade da população em procurar um médico em caso de sentir confusão ou perda de memória.i

De realçar também o crescente interesse da população pelos testes preditivos, ou seja, se existir um teste que permita prever a possibilidade, antes do aparecimento de quaisquer sintomas, de se vir a desenvolver Doença de Alzheimer, o mesmo estudo revela que, cerca de 2/3 dos inquiridos quereriam fazer esse teste.

Conforme podemos constatar pela leitura do artigo do nosso Psicólo-go Pedro Costa incluído neste nosso Boletim (“Do Diagnóstico Diferencial ao Diagnóstico Precoce na Demência”) a tendên-cia é para os profissio-nais de saúde serem cada vez mais confrontados com pessoas que se queixam de problemas de memória ou que temem que possam vir a sofrer de Doença de Alzheimer porque têm um familiar com a Doença.

Certamente que o que mais preocupa as pessoas é poder prevenir, retardar a pro-gressão ou minorar os sintomas.

Conhecer atempadamente significa

poder beneficiar de tratamentos mais ade-quados, entender o que nos espera no fu-turo, conversar sobre o diagnóstico e sobre os sentimentos que nos invadem, com a família e com os amigos, procurar infor-mação sobre a doença e sobre os recursos disponíveis, e obter apoio, nomeadamente psicológico.

Mas igualmente importante será também poder escolher alguém da nossa confiança que nos possa apoiar em questões financeiras, pessoais ou de saúde e que, no futuro, nos possa representar, decidindo legitimamente em nosso nome e no nosso interesse.

Importante será ainda tomar uma série de decisões, de diversa natureza, sobre nós próprios e sobre a forma como queremos que a nossa vida seja condu-zida quando já não es-tivermos em condições de tomar as nossas próprias decisões.

pLAnEAmEnTo prECoCEE proCESSo dE InTErdIção

Embora domine a ideia errada de que a nossa família tem poder para decidir por nós em situação de incapacidade, importa ter presente que tal não acontece. Em situa-ção de incapacidade, enquanto esta não for declarada através de uma sentença judicial, a verdade é que ninguém pode tomar de-

cisões em nosso nome. Nem o nosso côn-juge, nem os nossos filhos, isoladamente ou em conjunto, podem dispor do nosso património, decidir sobre a nossa saúde ou sobre os cuidados de que precisarmos. Mesmo que o estejam a fazer com a melhor das intenções ou no nosso melhor interesse, sem o nosso consentimento, em princípio, qualquer decisão tomada em nosso nome não é legitima.

Verificando-se a situação de incapaci-dade de alguém, há que desencadear um processo de interdição. É uma acção que corre no Tribunal da área de residência da pessoa a interditar. A situação de incapaci-dade é verificada pelo Juiz que se apoia no parecer de um perito médico, numa série de perguntas feitas à pessoa interditanda e noutros meios de prova que considere necessários.

Têm legitimidade para intentar essa acção, o Ministério Público e qualquer fa-miliar sucessível (o cônjuge, os filhos, os netos).

Nessa acção é nomeado um tutor, ou seja, alguém incumbido de assegurar os cuidados e de administrar os bens da pessoa interdita, zelando sempre pelos seus interesses e representando-a quando necessário.

Muito embora qualquer pessoa maior e idónea possa ser nomeado tutor, o Código Civil prevê um critério supletivo com priori-dades (primeiro o cônjuge, na sua falta ou impossibilidade o filho mais velho....)

TEnHo ALZHEImErquId jurIS?

Estas decisões podem assumir a forma de testamento vital, uma declaração escrita de procuração para cuidados de saúde

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O regime das incapacidades vigente em Portugal ainda não prevê a figura da auto-tutela, ou seja, a possibilidade de ser o próprio a escolher, enquanto o conseguir, pessoa da sua confiança para o representar como tutor.

De qualquer forma, desde já aconselha-mos que as pessoas escrevam, preferen-cialmente, ou que exprimam por qualquer outra forma, a sua von-tade sobre quem quer que as represente em situação de incapaci-dade. É possível que, quando a questão se colocar, essa vontade possa ser respeitada.

TESTAmEnTo vITAL E dECISÕESpArA o FuTuro

Como estaremos recordados, em Setembro passado, foram discutidos na Assembleia da Republica quatro Projectos de Lei sobre testamento vital. Muito embora esses Projectos não sejam tão ambiciosos como desejávamos, uma vez que se restringem às questões de saúde, deixando de fora as questões patrimoniais, aguardamos com expectativa o resultado da discussão na especialidade.

Muitos de nós nos preocupamos com a perspectiva de virmos a sobrecarregar

os nossos familiares próximos, nomeada-mente os filhos, com a dureza de tomar de-cisões difíceis sobre nós. Estamos a pen-sar na institucionalização, em intervenções clínicas ou em decisões sobre fim de vida.

As decisões para o futuro (das quais os tes-tamentos vitais são uma das possíveis formas que podem assumir) podem respeitar a:

• Consentimento e recu-sa de determinados trata-mentos;

• Participação em en-saios clínicos;

• Opções relativamente a cuidados de saúde, incluindo cuidados paliativos;

• Opções relativamente a institucionali-zação;

• Questões financeiras relacionadas com a prestação de cuidados e outras;

• Preferências no que diz respeito a ne-cessidades espirituais ou religiosas e estilo de vida.

É importante pensarmos sobre estas questões e outras que nos podem preocu-par, que as partilhemos com a nossa família e que as escrevamos.

É importante consultar um advoga-do que nos possa aconselhar sobre as soluções jurídicas que temos ao dispor para

preparar e prevenir o futuro quanto à gestão e disposição dos nossos bens (depósitos bancários, a pensão de reforma, os bens imóveis, por exemplo) e sobre questões pessoais, de cuidados de saúde ou outros.

A vida é nossa, não a vamos deixar nas mãos dos outros ou, pelo menos, vamos escolher alguém em quem confiamos, para a conduzir como nós queremos, quando já não formos, ou se alguma vez não formos, capazes de o fazer por nós próprios. •

Maria do Rosário Zincke dos ReisAdvogada e presidente da

direcção da Alzheimer portugal

i Results of the survey reveal that over 85% of res-pon-dents in the five countries surveyed say that if they were exhibiting confusion and memory loss, they would want to see a doctor to determine if the cause of the symptoms was Alzheimer’s disease. Over 94% would want the same if a family member were exhibiting the symptoms.

ii Projecto de Lei nº 21/XII/1.ª (Regula o direito dos ci-dadãos a decidirem sobre a prestação futura de cuida-dos de saúde, em caso de incapacidade de exprimirem a sua vontade, e cria o Registo Nacional de testamento vital (RENtev); Projecto de Lei nº 62/XII/1.ª (Estabelece o regime das directivas antecipadas de vontade em matéria de cuidados de saúde e cria o Registo Nacional de Di-rectivas Antecipadas de Vontade); Projecto de Lei nº 63/XII (Regula o Regime das Directivas Antecipadas de Von-tade); Projecto de Lei nº 64/XII/1ª (Regula as Directivas Antecipadas de Vontade em matéria do Testamento Vital e nomeação de Procurador de Cuidados de Saúde e pro-cede à criação do Registo Nacional do Testamento Vital).

FrAnçA 26% 33%39%

poLÓnIA 30% 20%48%

ALEmAnHA 23% 48%28%

ESpAnHA 39% 27%32%

ESTAdoS unIdoS 30% 35%35%

Interessados Talvez Pouco provável / Não

Interesse público na realização de testes preditivos que mostrem a tendência de vir a desenvolver a doença de Alzheimer*

* os resultados do estudo revelam que mais de 85% dos entrevistados nos cinco países dizem que, se sentissem sintomas como confusão e perda de memória, gostariam de consultar um médico para

determinar se a causa dos sintomas é Doença de Alzheimer. Mais de 94% afirma o mesmo, caso fosse um membro da sua família com os sintomas.

É importante consultar um advogado que nos possa aconselhar sobre as soluções jurídicas que temos ao dispor para preparar e prevenir o futuro

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novELA “roSA Fogo” dIvuLgA drAmA dA doEnçA dE ALZHEImEr

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As novelas televisivas não estão condenadas a serem apenas tramas amorosas mais ou menos óbvias,

servidas ao público em doses repetitivas, como se fossem colheres de xarope alienante e um tanto aborrecido.

A televisão e a sétima arte evoluíram com as exigências sociais e adoptaram narrativas que também constituem formas de intervenção social, tratando, em ficção, temas que dizem respeito a todos e podem afectar qualquer cidadão.

É nesta linha de estratégia - integrar problemas sérios e reais na ficção romântica e consciencializar os espectadores - que Patrícia Muller, autora de Rosa Fogo, incluiu no enredo da novela a história de Teresa, uma personagem com Doença de Alzheimer.

Interpretada pela conceituada actriz Lídia Franco, a personagem Teresa Amorim é uma ex-professora primária, de 65 anos, que viu a sua carreira terminar, com grande desgosto, devido à doença.

Lídia Franco confessa que dar vida a esta personagem é o sonho de qualquer actriz:

«Quando me convidaram fiquei bastante entusiasmada, pois teria de investigar e aprender sobre esta doença e teria o desafio de uma personagem nada linear e repleta de emoções».

Fomos testemunha deste desafio nas gravações de Rosa Fogo. Na cena presen-ciada, Teresa Amorim fica confusa sobre a identidade dos que a rodeiam e entra num ciclo de angústia e amargura.

Depois, de uma con-fusão sua, sente-se an-gustiada e chora com-pulsivamente.

Este tipo de cenas ex-ige muito de Lídia Fran-co, enquanto profissional e enquanto pessoa.

Para interpretar estas emoções da forma mais verdadeira possível, a actriz prepara--se profundamente: «Como se trata de uma novela, os horários de gravação são muito intensos e, às vezes, aproveito o meu pró-prio cansaço para a personagem.

Quando tenho cenas mais violentas, preparo-as com extremo cuidado em casa. Costumo dizer que a novela se faz em casa, pois no estúdio é uma correria e temos de ter disponibilidade total».

Mas os problemas da personagem Teresa Amorim cruzaram-se com a actriz meses an-tes de Lídia pisar o set de gravação.

A pesquisa sobre a doença de Alzheimer foi realizada na Internet e no contacto com pes-soas portadoras deste tipo de demência, pas-sando a fazer parte da sua vida.

A actriz nunca tinha tido qualquer tipo de aproximação à doença

e, por isso mesmo, considera marcante o momento em que teve a oportunidade de visitar o Centro de Dia da Alzheimer Portugal pela primeira vez: «Além de ter recebido uma verdadeira master class sobre esta doença, estive em contacto directo com os doentes e tive ainda a oportunidade de

Luzes. Câmara. Acção! Estivemos nos bastidores de rosa Fogo, novela da SIC na qual Lídia Franco veste a pele de Teresa Amorim, uma ex-professora primária portadora da doença de Alzheimer

«além de todos os cuidados médicos necessários, o melhor tratamento é mesmo o amor» (Lídia Franco)

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sentir o extremo cuidado e amor com que aí são tratados.

Quando saí de lá vinha de rastos, pensando que esta é uma das piores doenças que um ser Humano pode ter, e que, além de todos os cuidados médicos necessários, o melhor tratamento é mesmo o amor.»

Em Rosa Fogo, tal como na vida real, esse amor tão necessário é bem notório. Ângelo Rodrigues, que também faz parte deste núcleo dramático, veste a pele de Estêvão, filho de Teresa Amorim, com quem mantém uma profunda relação de carinho e de extrema cumplicidade.

O jovem actor confessa que, de início, o seu conhecimento sobre a doença de Alzheimer era muito teórico, proveniente apenas «de filmes e de depoimentos que lia». Com o passar do tempo e com a evolução da doença de Teresa ao longo da trama, Ângelo foi ganhando maior cons-ciência sobre a doença de Alzheimer.

«É uma doença altamente destrutiva, não só para a pessoa afectada mas para toda a gente que a rodeia», sublinha.

Ao assistir a Rosa Fogo, qualquer telespectador se identifica facilmente com Estêvão Amorim, simpatizando com a sua dor e seu afecto pela mãe. Daí que o actor seja constantemente abordado na rua e nas redes sociais por familiares e cuidadores de pessoas com doença de Alzheimer, por pessoas que elogiam a qualidade do seu desempenho e que, em jeito de desabafo, partilham consigo

as suas próprias experiências.

Para Ângelo, essa é a maior gratificação pelo seu trabalho, até porque «este é um assunto muito sensível e, para ser feito

em televisão, tem de ser o mais fidedigno possível».

Cruzando os guiões de novela com a rea-lidade da doença, estima-se que só em Portugal sofram de

Alzheimer 90 mil pessoas e na Europa os números não são menos assustadores: to-dos os anos são diagnosticados cerca de 800 mil novos casos.

Enquanto a tão desejada cura não che-ga mantêm-se os terríveis efeitos nos doen-tes, familiares e cuidadores e é essa reali-dade que, transposta para a novela, vamos certamente continuar a acompanhar, com as personagens Teresa Amorim e Estevão muito bem retratados por Lídia Franco e Ângelo Rodrigues, respectivamente. •

«este é um assunto muito sensível e, para ser feito em televisão, tem de ser o mais fidedigno possível» (Ângelo Rodrigues)

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TESTEmunHoA rEvoLTA do InTELECTo

Tem 82 anos, a minha Mãe. Quando comecei a achar que era crescida, a minha grande dúvida era como se

fazia para chegar a um nível intelectual como o dela: não iria ter tempo na vida toda para ter lido os livros todos, ter estudado as artes todas, ter pensado as filosofias todas. Como é que ela teria feito, como era que fazia?? Não chegava lá, e isso atormentava-me. Achava que ficaria sempre anos luz da sua sapiência, do seu enorme mundo.

Distinguia-se assim, pela visão, pela bagagem, pelo enorme conhecimento do mundo. Pela capacidade intelectual.Depois, pela independência. Sempre autónoma, sempre a criar o seu caminho, sempre a não querer que nos metêssemos ou que a travássemos.Um dia declarou que ía vender a casa e que ía para um Lar, porque isso era ideal, teria “cama, mesa e roupa lavada e toda a independência do mundo”. Estranhámos, lutámos muito contra, enfurecemo-nos todas - cada uma à sua medida – ela e nós, pela luta de aparentes teimosias. Não sabíamos, não podíamos saber. Mas ela já sabia.A minha mãe é médica, o meu pai e o meu avô eram médicos. O conhecimento do corpo e eventualmente da mente estavam com ela. Acredito, hoje, que pressentiu, e depois estudou, e percebeu cedo, que caminhava para uma demência. Muito antes de nós. E por isso quis desfazer dependências, criar soluções, facilitar-nos, e a ela, a vida.Numa primeira fase, instalada num Lar, a minha Mãe era a grande dinamizadora de sessões de tertúlia, ou interpretações da Bíblia, ou passeatas a pé. Andava ainda com o seu carro que tanto adorava, e onde ao longo dos anos nos tínhamos habituado a ver papéis de todos os tamanhos e feitios a lembrar coisas óbvias, tipo “abastecer!” ou “ligar faróis”. Mas desde pequenina que assistia aos recados da minha Mãe, para nós e para si própria: lembrete para as compras, os presentes a tratar, os telefonemas a fazer…. E por isso não estranhámos. Era ela, mais velha, a apurar aquele (achávamos nós) “tique”.Está cada vez pior, riamos ao princípio. Depois começámos a perceber. Devagar, começámos a chamar as coisas pelos nomes, a insistir com as idas ao neurologista.

Das primeiras vezes, ía sozinha lá para dentro, não nos deixava entrar.O nosso médico de família, amigo de sempre, colo das nossas maleitas e dúvidas, avisou-me: “é ideal que ela tenha querido ir para um Lar por ela própria. Se tivessem de ser vocês a tomar a decisão ía ser muito mais difícil e doloroso. E se ela não quisesse, pior. Assim, por muito que vos custe, ela já lá está e vocês poderão dar-lhe todo o apoio de qualidade, sem se preocuparem com as questões técnicas ou com o peso da logística do dia a dia.” Quase certo. Na altura parecia terrível, mas ele estava quase certo.

Só nunca nos desligamos das questões técnicas, porque elas são difíceis e dolorosas para a nossa Mãe: uma mulher que dava aulas de saúde escolar, intervenção de higiene publica….como pode agora admitir que lhe dêem banho? Desespera. Já não sabe porquê, mas desespera: resiste inabalável à ideia de que necessita de ajuda para a sua higiene. Ela?? Ela, que sabe mais que bem como tomar conta de si e que ainda por cima toda a vida lutou para que esse conhecimento chegasse a todos?E então enfurece-se. Depois conta-me que se enfureceu, mas já não sabe porquê. E

entristece. As reacções estão lá, a razão é que já não.O intelecto, de tanto ser a mais-valia, cansou--se. Agora quero lá saber, decidiu ele. Agora vou fazer só que me apetece mesmo agorinha fazer, nada mais. Esqueçam lá etiquetas, valores de anos acumulados, regras de boas maneiras ou até respeito ao próximo: não quero saber. Agora, vou estar por minha conta, vou fazer o que muito bem me apetecer, mereço férias de uma vida sem desligar. Hoje, capitalizo as gargalhadas desta Mãe, que tantas vezes agora tratamos como filha. Rimos que nem umas malucas, cantamos e dançamos na rua, andamos de braço dado... Carpe Diem. Vivemos cada momento. Oiço-lhe verdades que nunca antes ouvi. Está numa roda livre de liberdade que é assustadora, mais para nós do que para ela.Temos de deitar abaixo barreiras da análise: não dá para rotular atitudes ou declarações. Tudo é fruto do momento. Até porque a sua comida preferida pode ser “uma chatice” 5 minutos depois, ou um programa desejado pode ser uma “seca” quando lá se chega… Mas acima de tudo, temo-la: ao seu riso, às suas delicias (quando alguma coisa ou pessoa a delicia, é o melhor ronrom do mundo, acreditem), às suas mil vezes boas reacções a uma boa noticia que agora mil vezes podemos repetir… Temo-la connosco. Custa o que nos desaparece entre as mãos como se não fosse a coisa mais importante que ela tinha, e por isso obriga-nos ao exercício do mais importante ser só tê-la: viva, forte, exuberante. Perdida, a pedir ajuda sem ser capaz porque nunca o fez, a pedir descrição porque não suporta o que sabe que está a fazer errado mas não consegue evitar, nem corrigir… é uma bebedeira permanente, incontrolável, mas nossa. Connosco. E com um riso delicioso. Por isso me agarro aos dias, aos momentos, e lhes dou todo o valor do mundo. Eternizo-os, e conto-os, e rio-me de mim e dela, e no dia seguinte começo tudo outra vez. Porque sem ela provavelmente eu não sorriria às primeiras amendoeiras em flor, nem falaria às rolas. E isso, acreditem, vale um intelecto inteiro! •

margarida pinto Correiapresidente da Fundação gil

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O peixe é considerado um alimento de fácil digestão e rico nutricionalmente, por ser fonte de

proteínas de elevado valor biológico, e rico em vitaminas do complexo B e minerais como o iodo, fósforo, sódio, potássio, ferro e cálcio. A sua gordura é considerada de melhor qualidade que a da carne, por ser rica em ácidos gordos insaturados e conter baixa proporção de ácidos gordos saturados. Os denominados peixes gordos (ex: sardinha, salmão, atum, peixe espada preto), têm um elevado aporte de gordura polinsaturada, especialmente os ácidos gordos ómega 3. Estes ácidos essenciais ao nosso organismo devem ser componentes fundamentais na nossa alimentação. Diversos estudos comprovam que o ómega 3 possui um papel protector sobre o sistema cardiovascular

e cerebrovascular, revelando um papel preventivo sobre doenças como cancro, aterosclerose e Alzheimer. A falta de ingestão de ómega 3, por um período prolongado de tempo, tem sido associada a atrasos no crescimento, problemas de visão e distúrbios neurológicos. Actualmente, a recomendação nutricional para a população europeia, adulta e saudável, é o consumo de 1 a 2 porções de peixe gordo por semana, recomendações estas baseadas na sua riqueza em ómega 3. A Roda dos Alimentos, guia alimentar português, preconiza que o consumo total de carne, pescado ou ovos não deverá ser superior a 135g por dia. Devido ao seu contributo na promoção da saúde, é importante incentivar o consumo de pelo menos uma refeição diária de peixe.

Na cultura gastronómica portuguesa o peixe

é um dos alimentos mais utilizados, daí que Portugal seja o terceiro maior consumidor de peixe no Mundo, destacando-se o consumo de sardinha, carapau, salmão, pescada, faneca e bacalhau.O peixe é juntamente com o marisco, inserido no grupo do pescado. O marisco, incluí os crustáceos (camarão, lagosta, caranguejo) e os moluscos (lula, polvo, amêijoa, berbigão), que, de forma geral, apresentam menor quantidade de proteínas e maior quantidade de colesterol que o peixe.Uma alimentação baseada na variedade poderá ser um bom contributo para melhorar a sua saúde, por isso seja criativo e procure incluir o peixe no seu dia-a-dia alimentar. •

dra. Helena ávila m., presidente da Asso-ciação portuguesa dos nutricionistas

Ingredientes

4 Postas de Salmão frescoManjericãoTomilhoAlecrimOrégãosSal e pimentaAzeiteBatatas cozidasSalada fresca ou legumes cozidos

Preparação

Disponha as postas de salmão numa travessa e tempere com as 4 ervas aromáticas (Manjericão, Tomilho, Alecrim e Orégãos), adicione sal e pimenta a gosto e algumas gotas de azeite. Leve ao forno até o salmão es-tar assado.

Sirva com batatas cozidas e uma salada fresca ou legumes cozidos.

BEnEFÍCIoS do ConSumo dE pEIXEnuTrIção

SALMÃO PROvENçAL

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CuIdAr dA nuTrIção dE umA pESSoA Com dEmênCIASEr CuIdAdor

umA BoA nuTrIção é ImporTAnTE

O tipo de alimentação que fazemos afecta a nossa saúde e qualidade de vida. Pessoas mal nutridas adoecem mais facilmente e recuperam de doenças ou lesões mais lentamente. A desnutrição é um dos problemas que afecta muitos idosos, especialmente as pessoas com demência.Conseguir manter uma pessoa com demência bem nutrida pode ser bastante complicado, pois as pessoas podem:• Ter falta de apetite;• Ter excesso de apetite ou uma enorme vontade de comer doces;• Esquecer-se de comer ou beber;• Esquecer-se de como mastigar ou engolir;• Ter frequentemente a boca seca ou outro desconforto na boca;• Não conseguir reconhecer os alimentos ou bebidas.

EquILÍBrIo nuTrICIonAL dIárIo

As necessidades nutricionais de uma pessoa com demência são semelhantes às de outras pessoas da sua idade. No entanto, algumas pessoas com demência aumentam o seu nível de actividade física, o que significa que precisam de se alimentar melhor para que não percam peso.Algumas dicas que podem ajudar a manter o equilíbrio nutricional diário:• Ingerir uma grande variedade de alimentos nutritivos;• Fazer, pelo menos, três refeições por dia;• Beber bastante água;• Comer bastantes legumes e frutas;• Comer cereais, pão e massas;• Fazer uma dieta baixa em gorduras saturadas;• Escolher alimentos pobres em sal e consumir sal com moderação;

• Incluir na alimentação alimentos ricos em cálcio;• Evitar doces e ingerir açúcares com moderação.

ESquECImEnTo

Algumas pessoas com demência podem esquecer-se de comer.O que tentar?• Um relógio de alarme ou um telefonema podem ser um lembrete útil na hora das refeições;• Snacks que são fáceis de comer e não precisam de ser refrigerados podem ser deixados fora do frigorífico, onde possam ser facilmente vistos.

vIvEr SoZInHo

Algumas pessoas com demência podem não conseguir ou não querer preparar refeições para si. Isto pode ser particularmente difícil se viverem sozinhas.O que tentar?• Sempre que possível, coma ao mesmo tempo que a pessoa com demência, para que as refeições sejam um momento de convívio;• Experimente encomendar refeições que sejam entregues em casa. No entanto, tenha em atenção que estas podem não fornecer todas as necessidades nutricionais diárias ou podem não ser aquilo a que a pessoa está acostumada a comer;• Contratar um serviço de apoio domiciliário para ajudar a pessoa a preparar as suas refeições ou para lhe servir as refeições; • Comprar refeições pré-preparadas no supermercado;• Os familiares e amigos podem ajudar a preparar as refeições;• Prepare maiores quantidades de comida

e congele porções individuais para ir consumindo ao longo do tempo;• De vez em quando, experimente comer fora. No entanto, verifique se a pessoa com demência se irá sentir confortável com o local e a refeição servida;• Prepare refeições simples que não precisem de ser cozinhadas, como iogurtes, sandes, fruta.

áLCooL

O álcool pode estimular o apetite e aumentar o prazer numa refeição. No entanto, o excesso de álcool pode vir a substituir os alimentos e as pessoas podem ficar desnutridas. Se a pessoa com demência sempre bebeu bastante, pode ser difícil mudar seus hábitos. O que tentar?• Certifique-se que a pessoa se alimenta bem; • Desencoraje a pessoa de beber com o estômago vazio;• Ofereça outras bebidas para além do álcool;• Junte um pouco de água às bebidas alcoólicas, para reduzir a sua percentagem de álcool.

ComEr Com AS mãoS

Se a pessoa com demência está a ter dificuldade em comer com talheres, escolher alimentos que possam ser comidos “à mão” é uma boa alternativa. Assim, consegue manter a autonomia da pessoa sem a tornar dependente de alguém que lhe dê a comida à boca.O que tentar?• Prepare um prato nutritivo e atraente, que possa ser comido com as mãos;• Certifique-se que os alimentos estão

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acessíveis, colocando-os sobre um prato ou travessa plana sem padrão para que o alimento possa ser distinguido claramente. Verifique se a travessa ou prato está a uma distância confortável para a pessoa com demência;• Não utilize utensílios complicados, nem coloque muitas coisas em cima da mesa, como muitos talheres diferentes, muita louça, alimentos e bebidas;• Sirva apenas um prato de cada vez;• A falta de paladar e olfacto pode reduzir o apetite. A preparação de alimentos saborosos, de sabor forte e aromático pode ajudar;• Dê tempo à memória para responder e não seja demasiado exigente com a pessoa com demência;• Pode ser necessário ajudar a pessoa para que esta consiga levar os alimentos do prato até à boca;• Coma ao mesmo tempo que a pessoa com demência, para que esta o imite nos movimentos e gestos;• Ao servir os alimentos, tenha em consideração a cultura e hábitos alimentares do passado da pessoa.

ComEr nAS FASES mAIS AvAnçAdAS dE dEmênCIA

É comum, nas fases mais avançadas de demência, as pessoas perderem uma quantidade considerável de peso. As pessoas podem esquecer-se de como comer ou beber ou podem não reconhecer os alimentos que lhes são servidos. Algumas pessoas tornam-se incapazes de mastigar e engolir correctamente. Por todos estes motivos, muitas vezes é necessário recorrer a suplementos nutricionais aconselhados pelo médico.

Se a pessoa tiver dificuldades de deglutição ou não consumir alimentos ou bebidas ao longo de um período significativo de tempo, a sua saúde poderá ser afectada. Deve, por isso, consultar um médico para evitar problemas de desnutrição.

ALgunS ConSELHoS:

• Faça da refeição um momento simples e descontraído, sem tensões. Nem todos os alimentos têm de ser comidos com talheres se isso estiver a atrapalhar a pessoa.

• Tenha em consideração os hábitos alimentares da pessoa com demência. É importante saber se ela sempre comeu pouco ou muito, ou que tipos de refeição mais gosta.

• Tenha em atenção a temperatura dos alimentos, pois a pessoa com demência pode perder a capacidade de perceber se a comida está muito quente ou, por outro lado, pode não perceber que a comida ainda não foi aquecida.

• Muitas pessoas com demência não ingerem a quantidade suficiente de líquidos, pois podem esquecer-se de beber ou mesmo não reconhecer a sensação de sede. Certifique-se de que a pessoa bebe água, sumo ou chá regularmente, de forma a evitar a desidratação.

• Muitos dos problemas alimentares são temporários e podem ir mudando à medida que a doença progride. Por isso, esteja sempre atento. •

Fonte: Alzheimer Australia.

grupoS dE SuporTE

Uma oportunidade de encontro de fa-miliares e amigos de pessoas com demência, cuidadores que vivem pro-blemas idênticos e que, em comum, os podem analisar, trocando impressões e experiências, dando e recebendo su-gestões.

SEdE – LISBoA

Primeiro sábado de cada mês, às 14:30h, no Centro de Dia Prof. Doutor Carlos Garcia

dELEgAção norTE

Última quarta-feira de cada mês, às 14:00h, no Hospital S. João.

dELEgAção CEnTro

Última quinta-feira de cada mês, às 17:00h, nas instalações da Delegação Centro.

dELEgAção dA mAdEIrA

Último sábado de cada mês, às 16:00h, nas instalações da Delegação da Ma-deira.

nÚCLEo do rIBATEjo

Última quinta-feira de cada mês, às 18:00h, nas instalações do Núcleo do Ribatejo.

Para mais informações e para confir-mar a sua presença, contacte a Sede ou respectiva delegação.

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FormAçãoACçÕES AgEndAdAS

A Alzheimer Portugal é Acreditada como Entidade Formadora pela DGERT (Direcção Geral do Emprego

e das Relações de Trabalho), desde 2006.

Apresentamos-lhe algumas das Acções de Formação já agendadas. Para frequentar as Acções de Formação e os Workshops é obrigatório efectuar a inscrição e o respectivo pagamento.

Para consultar o calendário completo das actividades de formação visite www.alzheimerportugal.org ou contacte a Sede ou Delegação mais próxima de si.

Se deseja confirmar a sua presença ou pedir mais informações contacte a Sede ou respectiva Delegação.

SEdE - LISBoA

Acções de Formação para Cuidadores Informais - Familiares:

• 21 de Junho 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Ocupação”

• 21 de Junho 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Prevenção de Quedas e adaptações em casa”

Acções de Formação para Cuidadores For-mais nível 1 – Auxiliares de Acção directa:

• 19 de Abril 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Ocupação”

• 19 de Abril 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Prevenção de Quedas e adaptações em casa”

Acções de Formação para Cuidadores Formais nível 5 – Técnicos Superiores:

• 7 de Maio 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Respostas Sociais”

• 8 de Maio 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Aspectos Jurídicos”

• 9 de Maio 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Relações Interpessoais”

dELEgAção CEnTro

Workhops para Cuidadores Informais – Familiares:

• 26 de Março 2012 | Workshop I - “Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura” Alberto Caeiro – Como é que olho/vejo a pessoa com demência?

• 16 de Abril 2012 | Workshop II - “Nada se perde, tudo se transforma” Lavoiser - Será? Lidar com perdas. O que é que cuidar transformou em mim?

• 14 de Maio 2012 | Workshop III -“Sê todo em cada coisa; põe quanto és no mínimo que fazes” Ricardo Reis – Quais as “exigências”? Autonomia versus dependência

• 21 de Junho 2012 | Workshop IV - “Pudesse eu não ter laços nem limites” Sophia de Mello Bryner – Medos e Tabus na Demência. Como posso definir limites?

Acções de Formação para Cuidadores In-formais, Familiares e Cuidadores Formais nível 1 – Auxiliares de Acção directa:

• 13 de Abril 2012 | Estratégias para a Vida Diária

• 30 de Abril 2012 | Comunicação com o Doente de Alzheimer

• 08 de Junho 2012 | Ajudas Técnicas para o Doente de Alzheimer

• 13 de Junho 2012 | O Cuidador - Direitos, Princípios e Valores do Cuidar

• 22 de Junho 2012 | Recurso Z Sociais para o Doente de Alzheimer

• 06 de Julho 2012 | Posturas e Transferências

Acções de Formação para Cuidadores Formais nível 5 – Técnicos Superiores:

• 27 de Março 2012 | Compreender alterações neurocomportamentais da Doença de Alzheimer

• 11 de Maio 2012 | Actividade Física e a Demência

• 25 de Maio 2012 | Modificação Ambiental

• 18 de Junho 2012 | Como Cuidar do Cuidador

dELEgAção norTE

Acções de Formação para Cuidadores Informais - Familiares:

• 2 Junho 2012 | Lidar com a doença de Alzheimer: Cuidados a prestar à pessoa com demência

• 9 Junho 2012 | Lidar com a doença de Alzheimer: Adaptação Psicológica da Família à demência

• 16 Junho 2012 | Lidar com a doença de Alzheimer: Estratégias para maior bem-estar

Acções de Formação para Cuidadores Formais nível 5 – Técnicos Superiores:

• 14 de Abril 2012 | Lidar com a doença de Alzheimer: Aspectos Relacionais

• 21 de Abril 2012 | Lidar com a doença de Alzheimer: Estratégias para maior bem--estar

• 19 de Maio 2012 | Lidar com a doença de Alzheimer: Cuidados a prestar à pessoa com demência

dELEgAção dA mAdEIrA

Acções de Formação para o público:

• 20 de Abril 2012 | Workshop Técnicas de Memorização

Acções de Formação para Cuidadores Informais - Familiares:

• 09, 11 e 13 de Julho 2012 | Workshop “Cuidar da pessoa com demência”

Acções de Formação para Cuidadores Formais nível 1 – Auxiliares de Acção directa:

• 21, 23 e 25 de Maio 2012 | Workshop “Cuidar da pessoa com demência”

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FormAção à dISTânCIAE-LEArnIg E B-LEArnIng

O Departamento de Formação da Alzheimer Portugal inicia, este ano, um novo desafio na formação em

formato Blended Learning e e-Learning.

Este novo projecto pretende dar resposta às necessidades dos formandos, quer sejam familiares, técnicos ou ajudantes de acção directa. No que se refere aos profissionais e à necessidade de realização de formação fora do horário laboral, esta formação permitirá que não tenham de faltar ao serviço ou colocar dias de férias. No que se reporta aos cuidadores informais a formação online possibilitará não terem de enfrentar a dificuldade em encontrar quem fique com o doente para que estes possam vir à formação.

O Blended Learning, normalmente referido como b-Learning, consiste numa junção da formação tradicional, com presença em sala de aula, com a formação em e-Learning, em formato online.

No e-Learning, os formandos e formadores desenvolvem o processo de aprendizagem a partir da Internet. O conteúdo da aprendizagem encontra-se

disponível online, estando assegurado o feedback automático das actividades de aprendizagem do formando.

Por seu lado o b-Learning agrega a formação online com a formação presencial. Assim, se parte dos conteúdos são disponibilizados em aulas na internet, outra parte é dada presencialmente.

A formação online a realizar pela Alzheimer Portugal terá um formato de aprendizagem individual com Tutoria, com vista a permitir ao formando que recorra a um tutor para esclarecer as questões. No que se refere à formação em b-Learning existirão ainda alguns módulos de formação presencial com o objectivo não só de possibilitar o esclarecimento de dúvidas, mas também de sedimentar os conhecimentos adquiridos através de role-playings, brainstorming, etc., entre os formandos e o Tutor (formador).

De facto, a formação em e-Learning e b-Learning que será desenvolvida pelo Departamento de Formação da Alzheimer Portugal terá como objectivos permitir:

- A adaptação da formação ao formando, sendo que é o formando que define o seu método de estudo e o seu ritmo de aprendizagem, o que promove a aprendizagem;

- A conciliação da formação com a profissão, podendo frequentar a formação sem ter de abandonar o seu posto de trabalho uma vez que o formando tem disponível a qualquer momento os módulos online;

- A promoção da formação contínua das pessoas que passam a não ter de escolher entre ir trabalhar ou ir à formação, podendo fazer a formação no horário que mais lhes convier, em qualquer altura do dia ou da noite;

- O aumento da eficácia da aprendizagem pois intensifica a relação de aprendizagem e a aplicação dos conhecimentos adquiridos no dia-a-dia, podendo colocar automaticamente em prática os conhecimentos adquiridos e, quando surgem dúvidas resultantes dessa aplicação prática, colocá-las de imediato ao formador/tutor. •

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BEnEFÍCIoS pArA ASSoCIAdoSnovoS proToCoLoS

Fique a conhecer todos os protocolos que a ALZHEIMER PORTUGAL tem vindo a estabelecer com diversas

entidades públicas e privadas, procurando sempre benefícios e mais valias para todos os associados, nas seguintes áreas:

• Material Médico; Equipamentos Hospitalares; Ajudas Técnicas; • Apoio Domiciliário; Serviços de Higiene; • Apoio Pessoal; • Lar de Idosos; Centros de Dia;• Clínicas; Centros de Enfermagem; • Sistemas de Localização; • Farmácias; • Diversos;Para conhecer o Dossier de Protocolos visite o site da Alzheimer Portugal: www.alzheimerportugal.org

CASA dE rEpouSoquInTA doS CEdroS

Estadias temporárias com um custo diário de 55€, com alimentação, higiene e todos os cuidados necessários para o bem-estar do doente, não incluindo: medicamentos, fraldas, resguardos e outras situações específicas;Desconto de 5% na jóia;Desconto de 10% nos serviços prestados.

Rua Escola 12,São Domingos de Carmões 2565-116 Carmões (Torres Vedras)T. 261 743 739 | F. 261 742 [email protected]://quintadoscedros.pai.pt

CELEIro dA CIdAdE IIdIETéTICA dE SAnTArém

Desconto de 10% sobre todos os artigos da Farmácia

Rua Serpa Pinto, 60 – r/c, 2000–046 SantarémRua Pedro Santarém, Marvila, 2000-223Rua Batalhoz 20, Cartaxo, 2070-071 CartaxoT. 243 770 071

CuIdAdoS dE FAmÍLIA ApoIo domICILIárIo

Desconto de 10% sobre os serviços de higiene, acompanhamento, companhia e deslocações.

Rua Alves Rediol, nº397, 4050-043 PortoT. 225 091 [email protected]

FArmáCIA BATISTA

Desconto de 10% sobre todos os artigos de Farmácia.Entrega da medicação no domicílio dos utentes, na zona de Santarém;

Rua Serpa Pinto 101, 2000 – 046 SantarémT. 243 321 873

FArmáCIA mEndonçA

Desconto de 10% sobre todos os artigos de Farmácia.

Praça da República 2080-044 AlmeirimT. 243 592 265

FArmáCIA modErnAvILA CHã dE ourIquE

Desconto de 10% sobre todos os artigos de Farmácia, nomeadamente medicamen-tos sujeitos a receita médica, medicamen-tos não sujeitos a receita médica, outros produtos de saúde, bem-estar e serviços.Entregas ao domicílio, sempre que solicita-das, sem qualquer taxa, para residentes no concelho do Cartaxo e concelhos limítrofes.

Serviço de Disponibilidade após as 24h: 962 870 467/ 966 188 108Rua Mariano Carvalho,15 A,C,E - Vila Chã de Ourique - 2070-668 CartaxoT. 243 700 110 | F. 243 700 119 / 243 789 [email protected]

FArmáCIA pInTo LEAL

Desconto de 10% na compra de qualquer produto, excepto nos MSRM (Medicamentos Sujeitos a Receita Médica) com PVP acima de 69.03€, em que o desconto a fazer pela farmácia é de 10%, até um máximo de 5€.

Av. 25 de Abril n.60, Shopping Center de Massamá, Loja 98, 2745-862 MassamáT. 214 387 580 | F. 214 397 [email protected] www.farmaciapintoleal.com

FArmáCIA SALuTAr

Desconto de 10% na compra de qualquer produto, excepto nos MSRM

(Medicamentos Sujeitos a Receita Médica) com PVP acima de 69.03€, em que o desconto a fazer pela farmácia é de 10%, até um máximo de 5€.

Rua do Conde de Redondo, nº 9A (Cruzamento Rua Gomes Freire/Sede da PJ), 1150-101 Lisboa T. 213 533 [email protected]

FArmáCIA SouSA

Desconto de 10% na compra de qualquer produto, excepto nos MSRM (Medicamentos Sujeitos a Receita Médica) com PVP acima de 69.03€, em que o desconto a fazer pela farmácia é de 10%, até um máximo de 5€.

Estrada de Benfica, 429, 1500-078 BenficaT. 217 780 [email protected]

FArmáCIA SouSA E SILvA

Desconto de 10% sobre todos os artigos de Farmácia.

Rua António Eloy Godinho, nº63-A, Vilgateira T. 243 468 400

FArmáCIA unIão

Desconto de 10% na compra de qualquer produto, excepto nos MSRM (Medicamentos Sujeitos a Receita Médica) com PVP acima de 69.03€, em que o desconto a fazer pela farmácia é de 10%, até um máximo de 5€.

Estrada de Benfica, 592, 1500-107 LisboaE-mail: [email protected]. 217 111 072

gEnTEATIvAApoIo domICILIárIo

Desconto de 20% sobre a tabela de preços em vigor (cuidados de higiene, acompanhamento diurno e nocturno)

Avenida Sobrão, 964595-278 Meixomil - Paços de FerreiraT. 912 728 [email protected]

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mAIS FAmÍLIAApoIo domICILIárIo

Desconto de 20% sobre a tabela de preços em vigor.

Av. Serpa Pinto, 479-282 MatosinhosTel: 229 385 [email protected]

mImInHoS EXTrAApoIo domICILIárIo

Desconto de 10% sobre todos os serviços.

Quinta da Pomba 294, 1 ARanhados 3500 ViseuTel: 232 4320 38 [email protected] http://miminhosextra.com.sapo.pt

orTopEdIA mAIS

Desconto de 10% sobre a tabela de preços em vigor (venda de ajudas técnicas).

Av. da Boavista 41 PortoTel: 220 998 [email protected] www.ortopediamais.pt

ourISAÚdE

Desconto de 10% sobre todos os artigos de Farmácia, nomeadamente medicamen-tos sujeitos a receita médica, medicamen-tos não sujeitos a receita médica, outros

produtos de saúde, bem-estar e serviços.Entregas ao domicilio, sempre que solicita-das, sem qualquer taxa, para residentes no concelho do Cartaxo e concelhos limítrofes.

Rua Mariano Carvalho, 88 - Vila Chã de Ourique - 2070-668 CartaxoTel: 243 790 [email protected]

pHArmA SCALABIS

Desconto de 10% sobre todos os artigos de Farmácia.

Rua Nuno Velho Pereira, 102000-231 SantarémTel: 243 357 [email protected]

prEmIunIvErSAL

Desconto de 10% nos produtos Nest2US LocCar e Next2US Loc2YOU.

Av. Alberto Henrique Lourenço, n.º1 3-C7600-935 AmadoraTel.: 912 300 313 / 961 916 [email protected]

rESIdênCIA ESTIALIvIngBELLA vIdA dE vIAnA

10% de desconto sobre preçário da residência de seniores, em regime de acolhimento temporário ou permanente;

10% de desconto sobre preçário de apoio domiciliário;

12,5% de desconto em consultas de Fisiatria e 30% em sessões de Fisioterapia e Terapia da Fala, para utentes externos.

Rua do Mirante nº854900-837 Areosa - Viana Do CasteloT. 258 839 [email protected]

SImpLEmEdproduToS AuXILIArES médICoS

Desconto de 5% mais isenção de pagamen-to de portes para entrega das caixas dispen-sadoras de comprimidos, a praticar sobre a tabela de preços gerais da Simplemed.

Praceta dos Lilases,18 Birre CascaisTel: 216 042 [email protected] http://www.simplemed.pt

SonHo LILáSSErvIço dE ApoIo domICILIárIo

Desconto de 15% nos seguintes serviços:• Apoio Domiciliário – Auxiliar• Apoio Continuado• Acompanhante• Fisioterapia• Psicologia• Enfermagem

Rua Paiva de Andrade, 17 - r/c 2560-357 Torres Vedras T. (Torres Vedras) 261094728 / 261094732; T. (Lisboa) 211955006 | F. [email protected]

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noTÍCIAS

vITAmInAS E áCIdoS gordoS ÓmEgA-3 ASSoCIAdoS A mELHor SAÚdE mEnTAL

A adopção de uma dieta rica em vitaminas e ácidos gordos ómega-3 pelos idosos pode ajudar a evitar o atrofiamento do cérebro associado à doença de Alzheimer, sugere um estudo publicado na revista “Neurology”.

O estudo revelou que os indivíduos que apresentavam elevados níveis de vitaminas B, C, E, D, que podem ser encontradas nomeadamente nas frutas e legumes com a excepção da vitamina D que pode ser encontrada no peixe, obtiveram melhores resultados nos testes que avaliaram a função executiva e atenção, apresentaram também melhores capacidades viso-espaciais e uma maior função cognitiva global, em comparação com os indivíduos que tinham uma dieta pobre nestes nutrientes.

Os investigadores também observaram que, em comparação com os participantes que tinham níveis baixos destas vitaminas no sangue, os que tinham elevados níveis apresentavam um cérebro com maior volume.

Os ácidos gordos ómega-3, que podem ser encontrados nomeadamente no salmão, foram associados com melhores resultados obtidos nos testes que avaliaram a função executiva, mas não houve nenhuma outra associação entre este nutriente e nenhuma das outras capacidades mentais avaliadas.

O estudo constatou ainda que os indi-víduos que ingeriam elevadas quantidades de gorduras trans (abundantes em alimen-tos embalados, fritos, congelados, assados e em margarinas) tinham, em comparação com os indivíduos que não adoptavam esta dieta, um volume do cérebro menor e obtiveram piores resultados nos teste de memória e raciocínio.

Fonte: Alert Online (03-01-2012)

Função CErEBrAL ComEçA A dECAIr A pArTIr doS 45 AnoS

As capacidades cerebrais começam a deteriorar-se cedo, a partir dos 45 anos, descobriram os cientistas britânicos. Entre os 45 e os 49 anos, há um declínio mental de 3,65%, dizem os investigadores.

Estudos anteriores sugeriam que a deterioração das capacidades cognitivas começava pouco antes dos 60 anos, mas os resultados do novo estudo indicam que pode ocorrer muito antes. Os resultados agora obtidos pelos cientistas londrinos são importantes, porque indiciam que o tratamento à demência deve ter início aos primeiros sinais de alterações mentais.

Fonte: Jornal de Notícias (06-01-2012)

porTuguESA dESCoBrE moLéCuLA pArA ATACAr ALZHEImEr E CAnCro

Um estudo coordenado por uma investigadora da Universidade do Minho descobriu uma molécula-chave que «abre novas perspectivas» no tratamento de doenças como Parkinson, Alzheimer, hipertensão hereditária e cancro.

Segundo Sandra Paiva, os resultados deste estudo representam «um grande avanço» na compreensão dos mecanismos de degradação de proteínas. «Os defeitos nestes mecanismos estão associados a doenças neuro-degenerativas, como Parkinson e Alzheimer, à hipertensão hereditária e ao cancro. Este estudo abre novas perspectivas no tratamento destas e de outras doenças», sublinha.

Fonte: TVI 24 (27-01-2012)

porTugAL vAI TEr 80% dE popuLAção EnvELHECIdA Em 2050

Cerca de 80% da população portuguesa será dependente e envelhecida no ano 2050. Uma tendência que acompanha a quebra da taxa de natalidade que tem vindo a diminuir desde 1990.

Dentro de 15 anos vai haver uma quebra da população mais jovem e em 2030 cerca de 60% do total dos portugueses vão ter mais de 40 anos de idade. Estas são algumas das várias previsões apresentadas pela directora do Oxford Institute of Population Ageing, da Universidade de Oxford, Sarah Harper, durante a VIII Conferência da Indústria Farmacêutica organizada pelo Diário Económico e pela MSD sob o tema “Inovação e longevidade: os desafios colocados aos sistemas de saúde”, avança o DE.

Fonte: RCM Pharma (27-01-2012)

HomEnS Têm mAIS propEnSão pArA A dEmênCIA quE AS muLHErES

Os homens têm mais tendência para perder capacidades mentais à medida que envelhecem do que as mulheres. De acordo com um estudo publicado no jornal Neurology, os homens têm mais possibilidades de serem diagnosticados com problemas cognitivos, desenvolvendo, 72 em cada mil, ligeiras deficiências cognitivas e perdas de memória, que poderão conduzir a situações de demência. No caso das mulheres são diagnosticadas 57 em cada mil.

Segundo o estudo, entre as causas para os sintomas se manifestarem mais cedo nos homens poderá estar o facto de estes também terem maior propensão a desenvolver doenças cardiovasculares mais cedo que as mulheres. No entanto, qualquer que seja o factor que “protege” as pessoas do sexo feminino ele acaba aos 80 anos, refere a investigadora.

Fonte: I Online (26-01-2012)

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23 dE mAIo dE 2012àS 21:00H no TEATro CAmÕES,LISBoA

A Companhia Nacional de Bailado (CNB) oferece o Ensaio Geral dos bailados La Valse e A Sagração da Primavera à Alzheimer Portugal. Com o principal propósito de angariação de fundos para a Alzheimer Portugal, qualquer pessoa pode reservar o seu lugar para este Ensaio Geral, mediante um donativo a partir de 10,00€.

O Ensaio Geral dos bailados La Valse e A Sagração da Primavera é, assim, uma oportu-nidade de assistir ao último período de trabalho dos bailarinos antes da Estreia sendo, ao mes-mo tempo, uma forma de apoiar a Alzheimer Portugal a prosseguir o seu grande objectivo de alcançar uma sociedade que integre as Pessoas com Demência e reconheça os seus Direitos.

Segundo Luís Moreira, coordenador do projecto Ensaio Geral Solidário, a força motriz desta iniciativa “é acreditar que todos juntos fazemos a diferença e que através da Arte podemos construir um Mundo melhor. Os motivos que nos guiam são a grande respon-sabilidade social que todos temos, em apoiar as instituições e associações que lutam com sérias dificuldades financeiras, não só no seu dia-a-dia como também para desenvolverem novos projectos. O que no início foi um pro-jecto é hoje uma realidade, sendo este Ensaio Geral Solidário para a Associação Alzheimer Portugal o sétimo da Temporada 2011/2012 da Companhia Nacional de Bailado.”

Ao contribuir para esta causa, será entregue um recibo de donativo, ao abrigo da Lei do Mecenato, para efeitos de dedução fiscal.

para reservas e informações:[email protected]. 213 610 460/7nIB’s para donativos:Caixa Geral de Depósitos: 003502590000025033008Montepio Geral:003600299910012048352

LA vALSE, CurTA-mETrAgEm

Foi intenção de Maurice Ravel, cerca de 1906, compor para orquestra um tributo à valsa e a Johann Strauss II. Pretendia que fosse uma obra romântica, que intitulou La Valse, un poème chorégraphique, e sobre a qual escreveu ser ‘uma espécie de apoteose da valsa vienense mesclando-se na minha cabeça com a ideia de turbilhão fantástico do destino. Acontece porém, que Ravel acaba por se alistar no exército e interrompe a sua criação musical. Só em 1919, após a 1.ª Guerra Mundial, retoma a ideia, em resposta a uma encomenda de Serguei Diaghilev, para os Ballets Russes. Ravel refaz integralmente a concepção inicial.

Influenciado pela experiência da guerra, o romantismo perde dominância e o ritmo da valsa deriva frequentemente para o caos, numa metáfora à Europa de então. A estreia acabou por acontecer em Dezembro de 1920, sem que Diaghilev a tivesse utilizado, por a ter considerado ‘não como um ballet, mas como um retrato de um bailado.’ George Balanchine viria a coreografar a composição de Ravel, cerca de trinta anos mais tarde.

Quando os laços da Europa são repetidamente equacionados, a CNB desafia um coreógrafo e um realizador a explorarem a composição de Ravel e a conceberem um olhar cinematográfico sobre o movimento dos corpos.

Realização João BotelhoCoreografia Paulo Ribeiro Produção AR DE FILMES

SAgrAção dA prImAvErA,A mInHA SAgrAção

«Apenas o facto de escrever ou deixar escapar-me da boca a conjugação destas simples palavras «a minha Sagração», me transtorna a mente, o coração, a flor da pele. O tempo parece não ter passado desde que, ainda jovem, interpretei o papel da eleita do coreógrafo Joseph Roussillo no Ballet Gulbenkian.

O tempo parece não ter passado desde a primeira vez que vi, num minúsculo televisor, a versão de Pina e ter decidido nunca coreografar esta peça. O tempo parece não ter passado desde a polémica estreia de Nijinski/Stravinski. Mas o tempo passou e a obra perdura no nosso imaginário cultural. O fascínio e respeito pela partitura foram determinantes para a minha interpretação, construção dramatúrgica e coreográfica da peça.

A fidelidade ao guião de Stravinski foi, desde o início, o único caminho com o qual me propus confrontar. No entanto, dois aspectos se distanciaram do conceito original. Visões personalizadas que imprimem à história uma lógica mais possível à minha compreensão, mais aprazível à minha manipulação.

Em 1.º lugar concedi ao personagem do Sábio um protagonismo invulgar, sendo ele que inicia a peça. Ainda em silêncio e durante todo o Prelúdio habita o espaço solitário e vazio traçando nos seus gestos um percurso de premunição, antecipação e preparação do terreno para o ritual. A 2º opção, que se distancia drasticamente do conceito original, reside no facto de o personagem da Eleita não ser tratada como uma vítima no sentido dramático da questão.

A minha Eleita sente-se uma privilegiada e quer dançar até sucumbir. Em nenhum momento se sente obrigada ou castigada nem o medo a invade. Ela expõe a sua força e energia vitais lutando cegamente contra o cansaço.»

olga roriz

Direcção/Coreografia Olga RorizMúsica Igor Stravinski, Le Sacre du PrintempsCenografia Pedro Santiago Cal Figurinos Olga Roriz e Pedro Santiago Cal Desenho de luz Clemente Cuba

CompAnHIA nACIonAL dE BAILAdo EnSAIo gErAL SoLIdárIo Com ALZHEImEr porTugAL

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SEdEAv. de Ceuta Norte, Lt. 15, Piso 3 - Quinta do Loureiro, 1300-125 LisboaT. 213 610 460/8 | F. 213 610 [email protected]

Centro de DiaProf. Doutor Carlos GarciaAv. de Ceuta Norte, Lote 1, Loja 1 e 2Quinta do Loureiro1350-410 Lisboa T. 213 609 300

dELEgAção norTECentro de Dia “Memória de Mim”Rua do Farol Nascente N.º47A R/C4455-301 Lavra T. 226 066 863 | F. 223 754 484 [email protected]

Gabinete do CarreçoLargo da Estação Nº2 4900-045 Carreço T. 258 835 043 | F. 258 835 043

dELEgAção CEnTroRua Marechal António Spínola, Loja 26(Galerias do Intarmarché) 3100-389 PombalT. 236 219 469 [email protected]

Gabinete de CoimbraBairro São José nº 13 - 3030 CoimbraT. 239 716 [email protected]

dELEgAção dA mAdEIrAComplexo Habitacional da Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E 9000-135 FUNCHAL T. 291 772 021 | F. 291 772 021 [email protected]

nÚCLEo dE AvEIroSanta Casa da Misericórdia de Aveiro Complexo Social Qta. da Moita - Oliveirinha3810 AveiroT. 234 940 480 [email protected]

nÚCLEo do rIBATEjoR. Dom Gonçalo da Silveira Nº31 -A 2080-114 Almeirim T. 243 000 087 [email protected]

www.alzheimerportugal.org

gABInETES Com o ApoIoALZHEImEr porTugAL:

ALAndroALRua Dr. António José de Almeida, nº137250-138 Alandroal.T. 268 447 [email protected]

FAroEspaço Saúde em DiálogoPraceta Azedo Gneco, 17 Bloco E8000-163 FaroT. 289 829 [email protected]

FáTImAEstrada de Leiria, n.º 55 2495-407 FátimaT. 249 538 [email protected]

AZEITão“Gabinete Alzheimer da Casa dos Avós”Conforto dos Avós Residência GeriátricaRua da Salmoura, n.º9 a 9BBrejos de AzeitãoT. 212 889 120

Em 2011 FoI ASSIm. Passeioda Memória23 Setembro 2012