Nt 03 2014 Terminologia de Seguranca Contra Incendio

Embed Size (px)

Citation preview

  • 0

    ESTADO DE GOIS SECRETARIA DA SEGURANA PBLICA

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

    NORMA TCNICA 03/2014

    TERMINOLOGIA DE SEGURANA CONTRA INCNDIO

    SUMRIO

    1. Objetivo

    2. Aplicao

    3. Referncias normativas e bibliogrficas

    4. Termos e Definies

  • 2 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    2

    1. OBJETIVO

    1.1 Esta Norma Tcnica padroniza os termos e definies utilizados na legislao de Segurana Contra Incndio do CBMGO, conforme Cdigo Estadual de Segurana Contra Incndio e Pnico (Lei Estadual n. 15.802, de 11 de setembro de 2006).

    2. APLICAO

    Esta Norma Tcnica se aplica a toda legislao de Segurana Contra Incndio do CBMGO.

    3. REFERNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRFICAS

    Instruo Tcnica n. 03/2011 CBPMESP.

    Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes normas tcnicas: NBR 13860/97 Glossrio de termos relacionados com a segurana contra incndio. ISO 8421-1 (1987) General terms and phenomena of fire. ISO 8421-2 (1987) Strutural fire protection. ISO 8421-3 (1989) Fire detection and alarm. ISO 8421-4 (1990) Fire extinction equipment. ISO 8421-5 (1988) Smoke control. ISO 8421-6 (1987) Evacuation and means of escape. ISO 8421-7 (1987) Explosion detection and suppression means. ISO 8421-8 (1990) Terms specific to fire-fighting, rescue services and handling hazardous materials.

    4. TERMOS E DEFINIES

    Para efeitos desta Norma Tcnica, aplicam-se os seguintes termos e definies:

    4.1 Abafamento: mtodo de extino de incndio destinado a impedir o contato do ar atmosfrico com o combustvel e a liberao de gases ou vapores inflamveis.

    4.2 Abandono de edificao: conjunto de aes que visam remoo rpida, segura, de forma ordenada e eficiente de toda a populao fixa e flutuante da edificao, em caso de uma situao de sinistro.

    4.3 Abertura de ventilao: abertura em uma parede ou cobertura de uma edificao concebida para retirar o calor e a fumaa.

    4.4 Abertura desprotegida: porta, janela ou qualquer outra abertura no dotada de vedao com o ndice exigido de proteo ao fogo. Considera-se, ainda, qualquer parte da

    parede externa da edificao com ndice de resistncia ao fogo menor que o exigido para a face exposta da edificao.

    4.5 ABIQUIM: Associao Brasileira da Indstria Qumica.

    4.6 ABNT: Associao Brasileira de Normas Tcnicas.

    4.7 ABP-EX: Associao Brasileira para Preveno de Exploses.

    4.8 ABPI: Associao Brasileira de Preveno de Incndios.

    4.9 Abrigo: compartimento, embutido ou aparente, dotado de porta, destinado a armazenar mangueiras, esguichos, carretis ou outros equipamentos de combate a incndio, capaz de proteger contra intempries e danos diversos.

    4.10 Acantonamento: 1. volume livre de fumaa compreendido entre o cho e o teto/telhado, delimitado por painis de fumaa. 2. construo ou grupo de construes no militares, particulares ou pblicas, utilizadas para alojar, temporariamente, organizaes militares.

    4.11 Aceite: documento em que a Prefeitura local aceita as obras e servios realizados pelo loteador.

    4.12 Acesso: caminho a ser percorrido pelos usurios do pavimento ou do setor, constituindo a rota de sada horizontal, para alcanar a escada ou rampa, rea de refgio ou descarga para sada do recinto do evento. Os acessos podem ser constitudos por corredores, passagens, vestbulos, balces, varandas e terraos.

    4.13 Acesso para bombeiros: reas ou locais que proporcionem facilidades de acesso para bombeiros e equipamentos, no interior das edificaes e reas de risco, em caso de emergncia.

    4.14 Acesso para viaturas: vias trafegveis com prioridade para a aproximao e operao dos veculos e equipamentos de emergncia juntos s edificaes e instalaes industriais.

    4.15 Acionador manual: dispositivo destinado a dar partida a um sistema ou equipamento de segurana contra incndio, pela interferncia do elemento humano.

    4.16 Acionador manual de alarme: dispositivo de alarme de incndio, operado manualmente, o qual proporciona um alarme de incndio sonoro e/ou visual.

    4.17 Acompanhante do vistoriador: pessoa com conhecimento da operacionalidade dos sistemas de segurana contra incndios instalados na

  • 3 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    3

    edificao que acompanha o vistoriador, executando os testes necessrios na vistoria.

    4.18 Adaptao: junta de unio usada para conectar mangueiras com conexes diferentes.

    4.19 Aduo e recalque dgua: transferncia de gua de uma fonte de abastecimento para o local do incndio, atravs da interposio de bombas intermedirias nas linhas de mangueiras.

    4.20 Aduchar: trata-se do acondicionamento de um cabo (ou mangueira), visando seu pronto emprego.

    4.21 Adutora: canalizao, geralmente de grande dimetro, que tem como finalidade conduzir a gua da Estao de Tratamento de guas (ETA), at as redes de distribuio.

    4.22 Aerao: 1. ato ou efeito de arejar; renovao de ar; passagem forada de ar, atravs de uma soluo, de um banho ou de outro sistema, com o objetivo de aumentar o teor de oxignio ou expulsar gases indesejveis. 2. (PP) tcnica simples e eficiente, realizada por meio da aplicao de vapor dgua no material contaminado. Apresenta bons resultados em produtos volteis.

    4.23 .Aerdromo: toda rea de terra, gua ou flutuante destinada chegada, partida e movimentao de aeronaves.

    4.24 Afastamento horizontal entre aberturas: distncia mnima entre as aberturas nas fachadas (parede externa) dos setores compartimentados.

    4.25 Agente extintor: entende-se por agentes extintores, certas substncias qumicas (slidas, lquidas, gasosas ou outros materiais) que so utilizados na extino de um incndio, quer abafando, quer resfriando ou, ainda, acumulando esses dois processos o que, alis, o mais comum. Os principais agentes extintores so os seguintes: gua; espuma; dixido de carbono; p qumico seco; agentes halogenados e agentes umectantes.

    4.26 Agente supressor de exploso: substncias que, quando dispersas dentro de um recipiente, podem interromper o desenvolvimento de uma exploso naquele recipiente.

    4.27 Alvio de emergncia: dispositivo capaz de aliviar a presso interna de um recipiente ou vaso sobre presso.

    4.28 Alambrado: tela de arame ou outro material similar.

    4.29 Alarme de incndio: aviso de um incndio, sonoro e/ou luminoso, originado por uma pessoa ou por um mecanismo automtico, destinado a alertar as pessoas sobre a existncia de um incndio em determinada rea da edificao.

    4.30 Altura ascendente: medida em metros entre o ponto que caracteriza a sada ao nvel da descarga, sob a projeo do paramento externo da parede da edificao, ao ponto mais baixo do nvel do piso do pavimento mais baixo da edificao (subsolo).

    4.31 Altura da edificao ou altura descendente: medida em metros entre o ponto que caracteriza a sada ao nvel de descarga, sob a projeo do paramento externo da parede da edificao, ao piso do ltimo pavimento, excluindo-se ticos, casas de mquinas, barrilete, reservatrios de gua e assemelhados. Nos casos onde os subsolos tenham ocupao distinta de estacionamento de veculos, vestirios e instalaes sanitrias ou respectivas dependncias sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanncia humana, a mensurao da altura ser a partir do piso mais baixo do subsolo ocupado.

    4.32 Altura de suco: altura entre o nvel de gua de um reservatrio e a linha de centro da suco da bomba.

    4.33 Ambiente ventilado: Local ao ar livre ou que possua ventilao natural para ambiente ao ar livre, conforme parmetros desta Norma.

    4.34 Alvar para comrcio de fogos de artifcios: documento expedido pela Diviso de Produtos Controlados da Capital ou setor congnere nas Delegacias Seccionais de Polcia dos demais municpios, que permite a empresa funcionar durante o exerccio corrente de sua expedio.

    4.35 Ampliao de rea: aumento da rea construda da edificao.

    4.36 Anlise: ato de verificao das exigncias das medidas de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco, no processo de segurana contra incndio.

    4.37 Anlise de projeto: ato de verificao das exigncias das medidas de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco, no processo de segurana contra incndio.

    4.38 Anlise preliminar de risco: estudo prvio sobre a existncia de riscos, elaborado durante a concepo e o desenvolvimento de um projeto ou sistema.

    4.39 Andar: volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos ou entre o pavimento e o nvel superior sua cobertura.

    4.40 Anemmetro: instrumento que realiza a medio da velocidade de gases.

    4.41 Anemmetro de fio quente ou termo-anemmetro: tipo de anemmetro que opera associando o efeito de troca de calor convectiva no elemento sensor (fio quente) com a velocidade do

  • 4 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    4

    ar que passa pelo mesmo. Possibilita realizar medies de valores baixos de velocidade, em geral com valores em torno de 0,1 m/s.

    4.42 ANP: Agncia Nacional do Petrleo.

    4.43 Antecmara: recinto que antecede a caixa da escada, com ventilao natural garantida por janela para o exterior, por dutos de entrada e sada de ar ou por ventilao forada (pressurizao).

    4.44 Antilcool: um liquido gerador de espuma (LGE) fabricado a partir de protena animal hidrolizada e estabilizada mediante uso de aditivos especiais que formam uma membrana qumica insolvel entre as bolhas de espuma e a superfcie do lquido inflamado.

    4.45 Aplicadores de espuma: Tipo I: utiliza aplicador que deposita a espuma suavemente na superfcie do lquido, provocando o mnimo de submergncia; Tipo II: utiliza aplicadores que no depositam a espuma suavemente na superfcie do lquido, mas que so projetados para reduzir a submergncia e agitar a superfcie do lquido; Tipo III: utiliza equipamentos que aplicam a espuma por meio de jatos que atingem a superfcie do lquido em queda livre.

    4.46 Aprovado: aceito pela autoridade competente.

    4.47 rea a construir: rea projetada no edificada.

    4.48 rea construda: somatrio de todas as reas ocupveis e cobertas de uma edificao.

    4.49 rea da edificao: somatrio da rea a construir e da rea construda de uma edificao.

    4.50 rea de aberturas na fachada de uma edificao: superfcie aberta nas fachadas (janelas, portas, elementos de vedao), paredes, parapeitos e vergas que no apresentam resistncia ao fogo e pelas quais se pode irradiar o incndio.

    4.51 rea de armazenagem: local destinado estocagem de fogos de artifcio industrializado.

    4.52 rea de armazenamento: local contnuo destinado ao armazenamento de recipientes transportveis de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP), cheios, parcialmente utilizados, e vazios, compreendendo os corredores de inspeo, quando existirem.

    4.53 rea de estacionamento de helicpteros: local destinado ao estacionamento de helicpteros, localizado dentro dos limites do heliporto ou heliponto.

    4.54 rea de operao para chuveiros automticos: a rea calculada a ser totalmente inundada por um sistema de chuveiros automticos.

    4.55 rea de pavimento: medida em metros quadrados, em qualquer pavimento de uma edificao, do espao compreendido pelo permetro interno das paredes externas e paredes corta fogo, excluindo a rea de antecmara, e dos recintos fechados de escadas e rampas.

    4.56 rea de pouso e decolagem: local do heliponto ou heliporto, com dimenses definidas, onde o helicptero pousa e decola.

    4.57 rea de pouso e decolagem de emergncia para helicpteros: local construdo sobre edificaes, cadastrado no Comando Areo Regional respectivo, que poder ser utilizado para pousos e decolagens de helicpteros, exclusivamente em casos de emergncia ou de calamidade.

    4.58 rea de pouso ocasional: local de dimenses definidas, que pode ser usado, em carter temporrio, para pousos e decolagens de helicpteros mediante autorizao prvia, especfica e por prazo limitado, do rgo regional do Comando Areo Regional.

    4.59 rea de refgio: local seguro que utilizado temporariamente pelo usurio, acessado atravs das sadas de emergncia de um setor ou setores, ficando entre esse (s) e o logradouro pblico ou rea externa com acesso aos setores.

    4.60 rea de refgio para helipontos: local ventilado, previamente delimitado, com acesso escada de emergncia, separado desta por porta corta-fogo e situado em helipontos elevados, prximo ao local de resgate de vtimas, com uso de helicpteros para casos de impossibilidade de abandono da edificao pelas rotas de fuga previamente dimensionadas.

    4.61 rea de risco: ambiente externo edificao construda ou rea descampada que pode concorrer para pnico e desastres, tais como balnerios, reas de diverso e entretenimento, lagos, rios, mata virgem, rea rural ou outras que contenham, ou possam vir a conter, produtos inflamveis, combustveis e gases txicos.

    4.62 rea de toque: parte da rea de pouso e decolagem, com dimenses definidas, na qual recomendado o toque do helicptero ao pousar.

    4.63 rea de venda de fogos de artifcio: local destinado permanncia de pessoas para escolha e compra de fogos de artifcio.

    4.64 rea do maior pavimento: rea do maior pavimento da edificao, excluindo o de descarga.

    4.65 rea fria: local que possui piso e paredes, normalmente revestidos com cermica, possuindo tambm instalao hidrulica - banheiros, vestirios, sauna e assemelhados.

  • 5 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    5

    4.66 rea protegida: 1. rea enclausurada provida de um adequado grau de resistncia ao fogo da qual h meios alternativos de fuga. 2. rea dotada de equipamento de proteo e combate a incndio.

    4.67 reas de produo: locais onde se localizam poos de petrleo.

    4.68 Armazm de lquidos inflamveis: construo destinada, exclusivamente, a armazenagem de recipientes de lquidos inflamveis.

    4.69 Armazm de produtos acondicionados: rea coberta ou no, onde so acondicionados recipientes (tais como tambores, tonis, latas, baldes etc.) que contenham produtos ou materiais combustveis ou produtos inflamveis.

    4.70 Arruamentos de quadras: vias de circulao de veculos pesados existentes entre as quadras de armazenamento externo de um ptio de contineres.

    4.71 Aspersor: dispositivo utilizado nos sistemas de pulverizao de gua que tem por finalidade a aplicao do agente extintor para controle ou extino de incndios ou resfriamento.

    4.72 Aterramento: processo de conexo a terra, de um ou mais objetos condutores, visando proteo do operador ou equipamento contra descargas atmosfricas, acmulo de cargas estticas e falhas entre condutores vivos.

    4.73 Atestado de brigada de incndio: documento que atesta que os ocupantes da edificao receberam treinamento terico e prtico de preveno e combate a incndio.

    4.74 tico: parte do volume superior de uma edificao, destinada a abrigar mquinas, piso tcnico de elevadores, caixas de gua e circulao vertical.

    4.75 trio atrium: espao amplo criado por um andar aberto ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais pavimentos cobertos, com fechamento na cobertura, excetuando-se os locais destinados escada, escada rolante e shafts de hidrulica, eletricidade, ar condicionado e cabos de comunicao.

    4.76 Autonomia do sistema: tempo mnimo em que o sistema de iluminao de emergncia assegura os nveis de iluminncia exigidos.

    4.77 Autoridade competente: rgo, repartio pblica ou privada, pessoa jurdica ou fsica investida de autoridade para legislar, examinar, aprovar e/ou fiscalizar os assuntos relacionados segurana contra incndio nas edificaes e reas de risco, baseados em legislao especfica local.

    4.78 Avisador: dispositivo previsto para chamar a ateno de todas as pessoas dentro de uma rea de perigo, controlado pela central.

    4.79 Avisador sonoro: dispositivo que emite sinais audveis de alerta.

    4.80 Avisador sonoro e visual: dispositivo que emite sinais audveis e visveis de alerta combinados.

    4.81 Avisador visual: dispositivo que emite sinais visuais de alerta.

    4.82 Bacia de conteno: rea construda por uma depresso, pela topografia do terreno ou ainda limitada por dique, destinada a conter eventuais vazamentos de produto; a rea interna da bacia deve possuir um coeficiente de permeabilidade de 10-6 cm/s, referenciado gua a 20C.

    4.83 Bacia de conteno de leo isolante: dispositivo constitudo por grelha, duto de coleta e dreno, preenchido com pedra britada, com a finalidade de coletar vazamentos de leo isolante.

    4.84 Balastre: 1. colunelo de madeira, pedra ou metal, que sustenta com outros iguais, regularmente distribudos, uma travessa, corrimo ou peitoril. 2. haste de madeira ou metal, geralmente usada nas viaturas para auxiliar o bombeiro no embarque ou desembarque.

    4.85 Balco ou sacada: parte de pavimento da edificao em balano em relao parede externa do prdio, tendo, pelo menos, uma face aberta para o espao livre exterior.

    4.86 Baldrame: 1. pea de madeira que serve de base s paredes e sustenta os barrotes do soalho. 2. base de parede ou muralha, alicerce de alvenaria.

    4.87 Barra acionadora: componente da barra antipnico, fixada horizontalmente na face da folha, cujo acionamento, em qualquer ponto de seu comprimento, libera a folha da porta de sua posio de travamento, no sentido da abertura.

    4.88 Barra antipnico: dispositivo de destravamento da folha de uma porta, na posio de fechamento, acionado mediante presso exercida no sentido de abertura, em uma barra horizontal fixada na face da folha.

    4.89 Barreiras de fumaa smoke barriers: membrana, tanto vertical quanto horizontal, tal como uma parede, andar ou teto, que projetada e construda para restringir o movimento da fumaa. As barreiras de fumaa podem ter aberturas que so protegidas por dispositivos de fechamento automtico ou por dutos de ar, adequados para controlar o movimento da fumaa.

  • 6 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    6

    4.90 Barreiras de proteo: dispositivos que evitam a passagem de gases, chamas ou calor de um local ou instalao para outro contguo.

    4.91 Bateria de cilindros: conjunto de dois ou mais cilindros ligados por uma tubulao coletora contendo gs extintor ou propulsor.

    4.92 Bico nebulizador: dispositivo de orifcio fixo, normalmente aberto, para descarga de gua sob presso, destinado a produzir neblina de gua com forma geomtrica definida.

    4.93 Bleve: exploso de vapores em expanso de lquido em ebulio. Fenmeno que ocorre quando h ruptura do recipiente de estocagem como conseqncia de fogo externo. H uma liberao instantnea do produto em combusto, que rapidamente se expande na rea de incndio, gerando uma bola de fogo. sigla da expresso boilling liquid expanding vapour explosion.

    4.94 Bocel do degrau: borda saliente do degrau sobre o espelho, arredondada inferiormente ou no.

    Nota:

    Se o degrau no possui bocel, a linha de concorrncia dos planos do degrau e do espelho, nesse caso obrigatoriamente inclinada, chama-se quina do degrau; a salincia do bocel ou da quina sobre o degrau imediatamente inferior no pode ser menor que 15 mm em projeo horizontal.

    4.95 Bomba booster: bomba destinada a suprir deficincias de presso em uma instalao hidrulica de proteo contra incndios.

    4.96 Bomba com motor a exploso: equipamento para o combate a incndio, cuja fora provm da exploso do combustvel misturado com o ar.

    4.97 Bomba com motor eltrico: equipamento para combate a incndio, cuja fora provm da eletricidade.

    4.98 Bomba de escorva: bomba destinada a remover o ar do interior das bombas de combate a incndio.

    4.99 Bomba de pressurizao jockey: dispositivo hidrulico centrfugo destinado a manter o sistema pressurizado em uma faixa preestabelecida.

    4.100 Bomba de reforo: dispositivo hidrulico destinado a fornecer gua aos hidrantes ou mangotinhos mais desfavorveis hidraulicamente, quando estes no puderem ser abastecidos pelo reservatrio elevado.

    4.101 Bomba principal: dispositivo hidrulico centrfugo destinado a recalcar gua para os sistemas de combate a incndio.

    4.102 Bombeiro militar: agente pblico, pertencente ao Corpo de Bombeiros, com

    atribuio de realizar atividades de preveno e combate a incndios, de busca e salvamento e de defesa civil, no mbito das Unidades Federativas respectivas.

    4.103 Botijo: Recipiente transportvel, com massa lquida de GLP de at 13 kg (inclusive), fabricado conforme ABNT NBR 8460.

    4.104 Botijo porttil: Recipiente transportvel de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP), com capacidade nominal de at 5 kg de GLP.

    4.105 Botoeira de alarme: dispositivo destinado a dar um alarme em um sistema de segurana contra incndio, pela interferncia do elemento humano.

    4.106 Botoeira liga-desliga: acionador manual, do tipo liga-desliga, para bomba principal.

    4.107 Brigada de incndio: grupo organizado de pessoas, voluntrias ou no, treinadas e capacitadas em preveno e combate a incndios e primeiros socorros, para atuao em edificaes ou reas de risco.

    4.108 Brigada profissional/efetivo: brigada particular composta por pessoas habilitadas que exercem, em carter habitual, funo remunerada e exclusiva de preveno e combate a incndios e primeiros socorros, contratadas diretamente por empresas privadas ou pblicas, por sociedades de economia mista ou por empresas especializadas, para atuao em edificaes e reas de risco.

    4.109 Brigadista eventual: Pessoa pertencente ao quadro de pessoal de um estabelecimento, voluntria ou no, treinada para atuar, eventualmente, como integrante da brigada de incndio de um estabelecimento, conforme norma Especfica;

    4.110 Cabo Pirotcnico (tambm denominado Blaster Pirotcnico): o operador responsvel pelo planejamento, superviso e/ou execuo do espetculo pirotcnico, legalmente habilitado pelo rgo estadual competente, segundo a regulamentao do Exrcito Brasileiro.

    4.111 Cais: estrutura com plataforma, construda ao longo e paralela a um corpo dgua. Um cais pode ter deck aberto ou pode ser equipado com uma superestrutura.

    4.112 Caldeira: toda e qualquer instalao fixa destinada a produzir vapor dgua sob presso superior atmosfrica, utilizando qualquer fonte externa de calor.

    4.113 Calor: forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformao de outra energia, atravs de processo fsico ou qumico.

  • 7 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    7

    4.114 Calor de combusto, potencial calorfico: energia calorfica passvel de ser liberada pela combusto completa de um material por umidade de massa.

    4.115 Camada de fumaa smoke layer: espessura acumulada de fumaa abaixo de uma barreira fsica ou trmica.

    4.116 Cmara de espuma: dispositivo dotado de selo de vapor, destinado a conduzir a espuma para o interior do tanque de armazenamento de teto cnico.

    4.117 Cmara de retardo da vlvula de alarme do sprinkler: dispositivo volumtrico projetado para minimizar alarmes falsos devido a surtos e flutuaes no fornecimento de gua do sistema de sprinkler.

    4.118 Campo de pouso: rea preparada para pouso, decolagem e acomodao de aeronaves.

    4.119 Canal de fuga: canal que interliga os tanques bacia de conteno distncia, construdo com material incombustvel, inerte aos produtos armazenados e com o coeficiente de permeabilidade mnima de 10-6 cm/s, referenciado gua a 20C.

    4.120 Canalizao (tubulao): rede de tubos, conexes e acessrio, destinada a conduzir gua para alimentar o sistema de combate a incndios.

    4.121 Canho monitor: equipamento usado para lanar jatos com grande quantidade de gua ou de espuma, com movimento lateral e vertical. Pode ser fixo ou mvel (porttil).

    4.122 Capacidade volumtrica: capacidade total em volume de gua que o recipiente pode comportar.

    4.123 Carga de incndio: soma das energias calorficas possveis de serem liberadas pela combusto completa de todos os materiais combustveis contidos em um espao, inclusive o revestimento das paredes, divisrias, pisos e tetos.

    4.124 Carga de incndio especfica: valor da carga de incndio dividido pela rea de piso do espao considerado, expresso em MJ/m2.

    4.125 Carretel axial: dispositivo rgido destinado ao enrolamento de mangueiras semirrgidas.

    4.126 Causa: origem de carter humano ou material, relacionada com um acidente.

    4.127 Central de alarme: equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de deteco, convert-los em indicaes adequadas, comandar e controlar os demais componentes do sistema.

    4.128 Central de GLP (Gs Liquefeito de Petrleo): rea devidamente delimitada que contm os recipientes transportveis ou

    estacionrios e acessrios destinados ao armazenamento de GLP para consumo.

    4.129 Certificado de Conformidade (CERCON): Documento emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Gois (CBMGO), certificando que, durante a inspeo, a edificao possui as condies de segurana contra incndio previstas pela legislao e constantes no processo, estabelecendo um perodo de revalidao.

    4.130 Chama: zona de combusto na fase gasosa, com emisso de luz.

    4.131 Chave de mangueira: ferramenta para apertar e/ou soltar conexes de mangueira.

    4.132 Chuveiro automtico: dispositivo hidrulico para extino ou controle de incndios que funciona automaticamente quando seu elemento termossensvel aquecido sua temperatura de operao ou acima dela, permitindo que a gua seja descarregada sobre uma rea especfica.

    1) Chuveiro de extino precoce e resposta rpida (ESFREarly Suppression and Fast Response): chuveiro de resposta rpida utilizado para extino (e no simplesmente controle) de alguns tipos de incndios, considerados graves, tpico em armazenagem a grande altura de material combustvel.

    2) Chuveiro de cobertura extensiva: chuveiro projetado para cobrir uma rea maior do que a rea de cobertura de chuveiros padro.

    3) Chuveiro de gotas grandes: chuveiro capaz de produzir gotas grandes de gua, utilizado para controle de alguns tipos de incndios graves.

    4) Difusores: dispositivo para uso em aplicaes que requerem formas especiais de distribuio de gua, sprays direcionais ou outras caractersticas incomuns.

    5) Chuveiro de estilo antigo: chuveiro que direciona 40% a 60% da gua para o teto e que deve ser instalado com o defletor pendente ou de p.

    6) Chuveiro aberto: chuveiro que no possui elementos acionadores ou termossensveis.

    7) Chuveiro de resposta imediata e cobertura estendida: chuveiro de resposta rpida projetados para cobrir uma rea maior do que a rea de cobertura de chuveiros padro.

    8) Chuveiro de resposta imediata (QRQuick- Response): tipo de chuveiro de resposta rpida utilizado para extino (e no simplesmente controle) de alguns tipos de incndios.

    9) Chuveiro especial: chuveiro testado e certificado para uma aplicao especfica.

    10) Chuveiro tipo spray: chuveiro cujo defletor direciona a gua para baixo, lanando uma quantidade mnima de gua, ou nenhuma, para o

  • 8 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    8

    teto. o chuveiro de uso mais difundido nos ltimos cinquenta anos devido sua capacidade de controlar incndios em vrios tipos de riscos.

    11) Chuveiro resistente corroso: chuveiro fabricado com materiais resistentes corroso, ou com revestimentos especiais, para serem utilizados em atmosferas que normalmente causam corroso.

    12) Chuveiro seco: chuveiro fixado a um niple de extenso que provido de um selo na extremidade de entrada para permitir que a gua ingresse em seu interior somente em caso de operao do chuveiro. Definies quanto instalao:

    (a) Chuveiro oculto: chuveiro embutido coberto por uma placa que liberada antes do funcionamento do chuveiro.

    (b) Chuveiro flush: chuveiro decorativo cujo corpo, ou parte dele, incluindo a rosca, montado acima do plano inferior do teto. Ao ser ativado, o defletor se prolonga para baixo do plano inferior do teto.

    (c) Chuveiro pendente: chuveiro projetado para ser instalado em uma posio na qual o jato de gua direcionado para baixo, contra o defletor.

    (d) Chuveiro embutido: chuveiro decorativo cujo corpo, ou parte dele, exceto a rosca, montado dentro de um invlucro embutido.

    (e) Chuveiro lateral: chuveiro com defletor especial projetado para descarregar gua para longe da parede mais prxima a ele, em um formato parecido com um quarto de esfera. Um pequeno volume de gua direcionado parede atrs do chuveiro.

    (f) Chuveiro em p: chuveiro projetado para ser instalado em uma posio na qual o jato de gua direcionado para cima, contra o defletor.

    4.133 Cilindro: Recipiente transportvel, com massa lquida de GLP acima de 13 kg e at 90 kg (inclusive), fabricado conforme ABNT NBR 8460

    4.134 Circulao de uso comum: passagem que d acesso sada de mais de uma unidade autnoma, quarto de hotel ou assemelhado.

    4.135 Classes de incndio: classificao didtica na qual se definem fogos de diferentes naturezas. Adotada no Brasil em quatro classes: fogo classe A, fogo classe B, fogo classe C e fogo classe D.

    4.136 Cobertura: elemento construtivo, localizado no topo da edificao, com a funo de proteg-la da ao dos fenmenos naturais (chuva, calor, vento etc.).

    4.137 Combate a incndio: conjunto de aes tticas destinadas a extinguir ou isolar o incndio com uso de equipa- mentos manuais ou automticos.

    4.138 Combusto ativa: combusto em ambiente rico em oxignio. Produz fogo (calor e chama).

    4.139 Combusto completa: aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxignio.

    4.140 Combusto espontnea:

    1. Processo em que o combustvel absorve o comburente (oxignio do ar ou de substncia doadora de oxignio) e gera calor, que ultrapassa o ponto de ignio, e o corpo se inflama sem necessidade de ocorrncia de chama ou fasca.

    2. o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela ao de bactrias, fermentam. A fermentao produz calor e libera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram em combusto sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignio); outros entram em combusto temperatura ambiente (20 C), como o fsforo branco.

    3. Ocorre tambm na mistura de determinadas substncias qumicas, quando a combinao gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combusto. Por exemplo, gua + sdio.

    4.141 Combusto incompleta: aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxignio.

    4.142 Combusto instantnea (v. detonao).

    4.143 Combusto lenta: ocorre em ambiente pobre de oxignio. A reao fraca, a gerao de calor gradual e no h chama.

    4.144 Combusto muito viva (v. deflagrao)

    4.145 Combusto: ao de queimar ou arder. Estado de um corpo que queima, produzindo calor e luz. Oxidao forte com produo de calor e normalmente de chama (no obrigatoriamente). Reao qumica que resulta da combinao de um elemento combustvel com o oxignio (comburente), com intensa produo de energia calorfica e, no obrigatoriamente, de chama.

    4.146 Combustibilidade dos elementos de revestimento das fachadas das edificaes: caracterstica de reao ao fogo dos materiais utilizados no revestimento das fachadas dos edifcios, que podem contribuir para a propagao e radiao do fogo, determinados nas normas tcnicas em vigor.

    4.147 Combustvel: toda a substncia capaz de queimar e alimentar a combusto. Pode ser slido, lquido ou gasoso.

    4.148 Comisso Especial de Avaliao (CEA): grupo de pessoas qualificadas no campo da segurana contra incndio, representativas de entidades pblicas e privadas, com o objetivo de

  • 9 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    9

    avaliar e propor alteraes necessrias ao Regulamento de Segurana contra Incndio.

    4.149 Comisso tcnica: grupo de estudo do CBMGO, institudo com o objetivo de analisar e emitir pareceres relativos aos casos que necessitarem de solues tcnicas mais complexas ou apresentarem dvidas quantos s exigncias previstas na legislao.

    4.150 Como construdo as built: documentos, desenhos ou plantas do sistema, que correspondem exatamente ao que foi executado pelo instalador.

    4.151 Compatibilidade da espuma: capacidade da espuma em permanecer eficaz quando aplicada simultaneamente com outros agentes extintores (tais como p extintor) em um incndio.

    4.152 Compartimentao de reas (vertical e horizontal): medidas de proteo passiva, constitudas de elementos de construo corta-fogo, destinadas a evitar ou minimizar a propagao do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao edifcio, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos, dentro de uma rea mxima de compartimentao pr-estabelecida.

    4.153 Compartimentao horizontal: medida de proteo, constituda de elementos construtivos corta-fogo, separando ambientes, de tal modo que o incndio fique contido no local de origem e evite a sua propagao no plano horizontal. Incluem-se nesse conceito os elementos de vedao abaixo descritos:

    a. paredes corta-fogo; b. portas corta-fogo; c. vedadores corta-fogo; d. registros corta-fogo (dampers); e. selos corta-fogo; f. afastamento horizontal entre aberturas.

    4.154 Compartimentao vertical: medida de proteo, constituda de elementos construtivos corta-fogo, separando pavimentos consecutivos, de tal modo que o incndio fique contido no local de origem e dificulte a sua propagao no plano vertical. Incluem-se nesse conceito os elementos de vedao abaixo descritos: a. entrepisos ou lajes corta-fogo; b. vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes corta-fogo; c. enclausuramento de dutos shafts atravs de paredes corta-fogo; d. enclausuramento das escadas por meio de paredes e portas corta-fogo; e. selagem corta-fogo dos dutos shafts na altura dos pisos e/ou entrepisos; f. paredes corta-fogo na envoltria do edifcio;

    g. parapeitos ou abas corta-fogo, separando aberturas de pavimentos consecutivos; h. registros corta-fogo nas aberturas em cada pavimento dos dutos de ventilao e de ar condicionado.

    4.155 Compartimentar: separar um ou mais locais do restante da edificao por intermdio de paredes, portas, selos e dampers corta-fogo.

    4.156 Compartimento: parte de uma edificao, compreendendo um ou mais cmodos, espaos ou andares, construdos para evitar ou minimizar a propagao do incndio de dentro para fora de seus limites.

    4.157 Compensadores sncronos: equipamento que compensa reativos do sistema, trabalhando como carga quando o sistema est com a tenso alta e trabalhando como gerador quando o sistema est com a tenso baixa.

    4.158 Componentes de travamento: componentes da barra antipnico que mantm a(s) folha(s) de porta corta-fogo na posio fechada.

    4.159 Comportamento do fogo: todas as mudanas, fsicas ou qumicas, que ocorrem quando um material, produto e/ou estrutura queima ou est exposto ao fogo.

    4.160 Compostos halogenados: agentes que contm, como componentes primrios, uma ou mais misturas orgnicas que, por sua vez, contenham um ou mais dos seguintes elementos: flor, cloro, bromo ou iodo.

    4.161 Comunicao visual: conjunto de informaes visuais aplicadas em uma edificao, com a finalidade de orientar sua populao, tais como: localizao de ambientes, sadas, prestao de servios e propagandas, no se tratando especificamente de sinalizao de emergncia.

    4.162 Conselho Tcnico Deliberativo: Grupo de estudo do CBMGO, institudo pelo Comandante do Corpo de Bombeiros, com o objetivo de analisar e emitir pareceres relativos aos casos que necessitarem de solues tcnicas mais complexas ou apresentarem dvidas quantos s exigncias previstas na legislao.

    4.163 Conselho Tcnico Normativo: Grupo de pessoas qualificadas no campo da segurana contra incndio, representativas de entidades pblicas, com o objetivo de avaliar e propor alteraes necessrias s Normas Tcnicas.

    4.164 Concentrado de espuma formadora de filme aquoso (AFFF): concentrado de espuma formadora de filme aquoso que flutua na superfcie dos hidrocarbonos sob condies definidas.

    4.165 Concentrado de espuma resistente ao lcool: concentrado de espuma usado para a extino de incndios envolvendo combustvel

  • 10 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    10

    misturado com gua (lquidos polares) e outros incndios com combustvel que destri a espuma normal.

    4.166 Concentrado de espuma sinttica: concentrado de espuma baseado em lquidos ativadores sintticos de superfcie (geralmente detergentes) como agentes estabilizadores adequados.

    4.167 Conduo: a transferncia de calor, atravs de um corpo slido, de molcula a molcula.

    4.168 Conexo da mangueira: o tipo de conexo utilizada para conectar duas mangueiras entre si ou para conectar a mangueira a algum outro equipamento hidrulico.

    4.169 Continer: grande caixa metlica de dimenses e caractersticas padronizadas, para acondicionamento de carga geral a transportar, com a finalidade de facilitar o seu embarque, desembarque e transbordo entre diferentes meios de transporte.

    4.170 Conteno de produtos vazados: processos que levam a manter um material em seu recipiente ou processo.

    4.171 Controle de fumaa: medidas e meios para controlar a propagao e o movimento da fumaa e gases da combusto, durante um incndio, em uma edificao.

    4.172 Controle mecnico de fumaa: controle de fumaa com o auxlio de meios mecnicos.

    4.173 Controle natural de fumaa: controle da fumaa com a ajuda das correntes de conveco da fumaa.

    4.174 Controle para sistema de proteo contra incndio automtico: dispositivo automtico usado para acionar o sistema de proteo contra incndio automtico aps receber um sinal do equipamento de controle e sinalizao.

    4.175 Conveco: processo de propagao de calor que se verifica nos lquidos e nos gases, por meio de correntes circulatrias originadas da fonte de calor.

    4.176 Cor de contraste: aquela que contrasta com a cor de segurana a fim de fazer com que a ltima se sobressaia.

    4.177 Cor de segurana: aquela para a qual atribuda uma finalidade ou um significado especfico de segurana ou sade.

    4.178 Corpo de Bombeiros: instituio organizada com base na hierarquia e disciplina, legalmente constituda, com regime jurdico administrativo particular, com atribuio de realizar atividades de preveno e combate a incndios, aes de busca e salvamento e de defesa civil.

    4.179 Corredor de circulao: Espao totalmente desimpedido, destinado a circulao e evacuao de pessoas, localizado entre lotes de recipientes contguos e entre estes e os limites da rea de armazenamento.

    4.180 Corredor de inspeo: intervalo entre lotes contguos de recipientes de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP) ou outros gases.

    4.181 Corrimo: barra, cano ou pea similar, com superfcie lisa, arredondada e contnua, aplicada em reas de escadas e rampas destinadas a servir de apoio para as pessoas durante o deslocamento.

    4.182 Corta-fogo: elemento que apresenta, por um perodo determinado de tempo, as seguintes propriedades: integridade mecnica a impactos (resistncia); impede a passagem das chamas e da fumaa (estanqueidade); e impede a passagem de caloria (isolamento trmico).

    4.183 Cortina automatizada corta-fogo: cortina mvel projetada para fechar automaticamente uma abertura dentro de uma edificao de tal forma que impea a passagem de fumaa e gases quentes gerados pelo fogo, e proporcional isolamento trmico, por um perodo determinado de tempo.

    4.184 Cortina de ao: sistema que impede a propagao de incndios em teatros, cinemas e outras casas de diverses.

    4.185 Cortina para fumaa: separao vertical feita ao teto (barreira) para criar um obstculo propagao lateral da fumaa e dos gases de incndio. (no RU = roof screen; nos EUA = smoke curtains; na Frana = cran de cantonnement).

    4.186 CREA: Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

    4.187 Critrio de aceitabilidade: critrios que devem ser estabelecidos em todas as decises sobre segurana de projetos, construes e operaes de plantas industriais, no devendo ser estabelecidos como base de que a falha impossvel. So valores que definem a taxa de aceitabilidade ou no de uma escala de danos e que, ultrapassados, invalidam um projeto.

    4.188 Damper (equivalente similar): dispositivo de fechamento mvel instalado sobre a abertura de um duto ou shaft e controlado automaticamente ou manualmente, utilizado para interromper a passagem de fluido (lquido ou gs) dentro do referido duto. Pode permanecer aberto ou fechado quando estiver inativo.

    4.189 Damper corta-fogo: damper projetado para funcionar automaticamente a fim de prevenir a passagem de fogo por meio de um duto, em condies de teste pr-determinadas.

    4.190 Damper para fumaa: dispositivo para controle a fumaa, em posio normalmente

  • 11 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    11

    aberta ou fechada, com acionamento manual ou automtico. Na Frana usa-se clapet quando normalmente aberta e volet quando fechada.

    4.191 Dano: leses a pessoas, destruio de recursos naturais (gua, ar, solo, animais, plantas ou ecossistemas) ou de bens materiais.

    4.192 DAT: Diviso de Atividades Tcnicas.

    4.193 Degrau: conjunto de elementos de uma escada composta pela face horizontal conhecida como piso, destinado ao pisoteio, e pelo espelho que a parte vertical do degrau, que lhe define a altura.

    4.194 Deflagrao: exploso que se propaga velocidade subsnica.

    4.195 Defletor de chuveiro automtico: componente do bico destinado a quebrar o jato slido, de modo a distribuir a gua segundo padro estabelecido.

    4.196 Densidade de carga de incndio: carga de incndio dividida por reas de piso.

    4.197 Densidade ocupacional estimada: nmero de pessoas por metro quadrado da rea til de pavimento de acordo com sua ocupao. Usado para calcular (em particular) o nmero e a largura das sadas de uma sala ou espao.

    4.198 Densidade populacional (d): nmero de pessoas em uma rea determinada (pessoas/m2).

    4.199 Depsito: espao fsico em que se armazenam matrias-primas, produtos semi-acabados ou acabados espera de ser transferidos ao seguinte ciclo da cadeia de distribuio.

    4.200 Descarga: parte da sada de emergncia que fica entre a escada ou a rampa e a via pblica ou rea externa em comunicao com a via pblica. Pode ser constituda por corredores ou trios cobertos ou a cu aberto.

    4.201 Deslizador de espuma: dispositivo destinado a facilitar a aplicao suave da espuma sobre lquidos combustveis armazenados em tanques.

    4.202 Destravadores eletromagnticos: dispositivo de controle de abertura com travamento determinado pelo acionamento magntico, decorrente da passagem de corrente eltrica.

    4.203 Detector automtico de incndio: dispositivo que, quando sensibilizado por fenmenos fsicos e/ou qumicos, detecta princpios de incndio, podendo ser ativado, basicamente, por calor, chama ou fumaa.

    4.204 Detector de calor: detector sensvel temperatura anormal e/ou taxa de aumento de temperatura e/ou diferenas de temperatura.

    4.205 Detector de chama: detector que capta a radiao emitida pelas chamas.

    4.206 Detector de exploso: dispositivo ou arranjo de aparelhos, contendo um ou mais sensores de exploso, que responde a uma exploso em desenvolvimento.

    4.207 Detector de fumaa: detector sensvel s partculas slidas ou lquidas dos produtos da combusto e/ou pirlise na atmosfera.

    4.208 Detector de fumaa inico: detector sensvel aos produtos da combusto capazes de afetar correntes inicas dentro do detector.

    4.209 Detector de fumaa ptico (fotoeltrico): detector sensvel aos produtos da combusto capazes de afetar a absoro ou disperso de radiao na regio infravermelha visvel e/ou ultravioleta do espectro eletromagntico.

    4.210 Detector de gs inflamvel: equipamento destinado a detectar a presena de gs inflamvel e concentrao da mistura de ar em um local, a fim de determinar o potencial de exploso.

    4.211 Detector de incndio sensvel a gs: detector sensvel aos produtos gasosos da combusto e/ou decomposio trmica.

    4.212 Detector de radiao: aparelho porttil usado para detectar e medir a presena de radiao ionizante alfa, beta, gama e nutron.

    4.213 Detector linear: detector destinado a atuar nos fenmenos monitorados ao longo de uma linha contnua.

    4.214 Detector multiponto: detector destinado a atuar nos fenmenos monitorados alm de um sensor somente, tal qual uma dupla de detectores.

    4.215 Detector pontual: detector destinado a atuar nos fenmenos monitorados por um sensor compacto somente.

    4.216 Detonao: exploso que se propaga velocidade supersnica, caracterizada por uma onda de choque.

    4.217 Dixido de carbono: o composto qumico, CO2, usado como agente extintor de incndio.

    4.218 Dique: macio de terra, concreto ou outro material quimicamente compatvel com os produtos armazenados nos tanques, formando uma bacia capaz de conter o volume exigido por norma.

    4.219 Dique intermedirio: dique colocado dentro da bacia de conteno com a finalidade de conter pequenos vazamentos.

    4.220 Disposio central: disposio do sistema de encanamento da instalao de sprinklers no qual os canos esto instalados de um lado ou do outro do encanamento de distribuio secundrio.

  • 12 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    12

    4.221 Dispositivo de ativao: dispositivo capaz de iniciar um alarme podendo ser operado manual ou automaticamente. Ex.: detector, acionador manual de alarme ou um interruptor de presso.

    4.222 Dispositivo de recalque: registro para uso do Corpo de Bombeiros, que permite o recalque de gua para o sistema, podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de Bombeiros estiver garantido.

    4.223 Dispositivos de descarga: equipamentos que aplicam a espuma sob a forma de neblina e que aplicam o agente numa corrente compacta de baixa velocidade. Podem ser: dispositivos que descarregam a espuma sob a forma de asperso e terminam em um defletor ou uma calha que distribui a espuma; dispositivos que descarregam a espuma sob a forma de uma corrente compacta de baixa velocidade; podem ter ou no defletores ou calhas includos como partes integrantes do sistema. Esses dispositivos podem ter formas como as de tubos abertos, esguichos de fluxo direcional ou pequenas cmaras de gerao com bocas de sadas abertas.

    4.224 Distncia a percorrer: distncia a ser percorrida de um ponto de uma edificao para uma rota de fuga protegida, rota de fuga externa ou sada final.

    4.225 Distncia de segurana: 1) afastamento entre a fachada de uma edificao ou de um local compartimentado outra edificao ou outro local compartimentado, medido na projeo horizontal, independente do pavimento; 2) com relao a lquidos combustveis ou inflamveis e GLP, distncia de segurana a distncia mnima livre, medida na horizontal, para que, em caso de acidente (incndio, exploso), os danos sejam minimizados.

    4.226 Distncia mxima horizontal de caminhamento: afastamento mximo a ser percorrido pelo espectador para alcanar um acesso.

    4.227 Distncia mnima de segurana: afastamento mnimo entre a rea de armazenamento de recipientes transportveis de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP) e outra instalao necessria para a segurana do usurio, do manipulador, de edificao e do pblico em geral, estabelecida a partir do limite de rea de armazenamento.

    4.228 Distribuio de GNL (Gs Natural Liquefeito) a granel: compreendem as atividades de aquisio ou recepo, armazenamento, transvazamento, controle de qualidade e comercializao do GNL, por meio de transporte prprio ou contratado, podendo tambm exercer a atividade de liquefao de gs natural, que sero realizadas por pessoas

    jurdicas constitudas sob as leis brasileiras, com sede e administrao no Pas.

    4.229 Divisria ou tabique: parede interna, baixa ou atingindo o teto, sem efeito estrutural e que, portanto, pode ser suprimida facilmente em caso de reforma.

    4.230 Dosador: equipamento destinado a misturar quantidades determinadas de lquido gerador de espuma e gua.

    4.231 DESCIP: Departamento de Segurana Contra Incndio e Pnico.

    4.232 Duto de entrada de ar (DE): espao no interior da edificao, que conduz ar puro, coletado ao nvel inferior desta, s escadas, antecmaras ou acessos, exclusivamente, mantendo-os devidamente ventilados e livres de fumaa em caso de incndio.

    4.233 Duto de sada de ar (DS): espao vertical no interior da edificao, que permite a sada de gases e fumaa para o ar livre, acima da cobertura da edificao.

    4.234 Duto plenum: condio de dimensiona-mento do sistema de pressurizao no qual se admite apenas um ponto de pressurizao, dispensando-se o duto interno e/ou externo para pressurizao.

    4.235 Ebulio turbilhonar Boil Over: acidente que pode ocorrer com certos leos em um tanque, originalmente sem teto ou que tenha perdido o teto em funo de exploso, quando, aps um longo perodo de queima serena, ocorre um sbito aumento na intensidade do fogo, associado expulso do leo no tanque em chamas.

    4.236 ECPI: Equipamento Conjugado de Proteo Individual.

    4.237 Edificao: rea construda destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instalao, equipamento ou material.

    4.238 Edificao aberta lateralmente: edificao ou parte de edificao que, em cada pavimento:

    a. tenha ventilao permanente em duas ou mais facha- das externas, providas por aberturas que possam ser consideradas uniformemente distribudas e que tenham comprimentos em planta que somados atinjam pelo menos 40% do permetro do edifcio e reas que somadas correspondam a pelo menos 20% da superfcie total das fachadas externas; ou

    b. tenha ventilao permanente em duas ou mais facha- das externas, provida por aberturas cujas reas somadas correspondam a pelo menos 1/3 da superfcie to- tal das fachadas externas, e pelo menos 50% destas reas abertas situadas em duas fachadas opostas.

  • 13 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    13

    Observao:

    Em qualquer caso, as reas das aberturas nas laterais externas somadas devem possuir ventilao direta para o meio externo e devem corresponder a, pelo menos 5%, da rea do piso no pavimento e as obstrues internas eventualmente existentes devem ter pelo menos 20% de suas reas abertas, com aberturas dispostas de forma a poderem ser consideradas uniformemente distribudas, para permitir a ventilao.

    4.239 Edificao destinada ao comrcio de fogos de artifcio no varejo: local destinado ao armazenamento e venda de fogos de artifcio e estampido industrializados.

    4.240 Edificao em exposio: construo que recebe a radiao de calor, conveco de gases quentes ou a transmisso direta de chama.

    4.241 Edificao expositora: construo na qual o incndio est ocorrendo, responsvel pela radiao de calor, conveco de gases quentes e ou transmisso direta de chamas.

    4.242 Edificao importante: edificao considerada crucial em caso de exposio ao fogo. Exemplos: casa de controle, casa de combate a incndio, edificaes com permanncia de pessoas ou que contenham bens de alto valor, equipamentos ou suprimentos crticos.

    4.243 Edificao ou prdio horizontalizado: edifcio com at 2 pavimentos acima do perfil do terreno (por exemplo: trreo e primeiro pavimento).

    4.244 Edificao ou prdio verticalizado: edifcio com mais de 2 pavimentos acima do perfil do terreno (por exemplo: trreo, primeiro pavimento e segundo pavimento).

    4.245 Edificao principal: construo que abriga a atividade principal sem a qual as demais edificaes no teriam funo.

    4.246 Edificao trrea: construo de um pavimento podendo possuir mezaninos cuja somatria de reas deve ser menor ou igual tera parte da rea do piso de pavimento.

    4.247 Efeito chamin Stack effect: fluxo de ar vertical dentro das edificaes, causado pela diferena de temperatura interna e externa.

    4.248 Efeito do sistema de escada pressurizada: efeito causado pelo erro de projeto e/ou instalao com configuraes inadequadas do sistema onde o ventilador est instalado, ocasionando reduo do desempenho do ventilador em termos de vazo.

    4.249 Elemento corta-fogo: aquele que apresenta, por um perodo determinado de tempo, as seguintes propriedades: integridade mecnica a impactos (resistncia); impede a passagem das

    chamas e da fumaa (estanqueidade); e impede a passagem de caloria (isolamento trmico).

    4.250 Elemento estrutural: todo e qualquer elemento de construo do qual dependa a resistncia e a estabilidade total ou parcial da edificao.

    4.251 Elemento para-chamas: aquele que apresenta, por um perodo determinado de tempo, as seguintes propriedades: integridade mecnica a impactos (resistncia); e impede a passagem das chamas e da fumaa (estanqueidade), no proporcionando isolamento trmico.

    4.252 Elevador de emergncia/elevador de segurana: elevador instalado dentro de uma edificao com fechamento estrutural especialmente protegido ou instalado na fachada do prdio, dotado de mecanismo, fontes de energia e controles os quais podem ser comutados para uso exclusivo do Corpo de Bombeiros durante uma emergncia.

    4.253 Elevador de segurana: elevador, dentro de uma edificao, com enclausuramento e proteo estrutural especiais, ou na fachada de uma edificao, e com maquinrio, fonte de energia e controles que podem ser comutados para uso exclusivo de bombeiros durante uma emergncia.

    4.254 Emergncia: situao crtica e fortuita que representa perigo vida, ao meio ambiente e ao patrimnio, decorrente de atividade humana ou fenmeno da natureza que obriga a uma rpida interveno operacional.

    4.255 Empilhamento: Colocao, em posio vertical, de um botijo de GLP sobre o outro, desde que assegurada sua estabilidade

    4.256 Entrepiso: conjunto de elementos de construo, com ou sem espaos vazios, compreendido entre a parte inferior do forro de um pavimento e a parte superior do piso do pavimento imediatamente superior.

    4.257 EPI: Equipamentos de Proteo Individual. (Ex.: capacete de bombeiro, capa de bombeiro, bota de bombeiro, cala de bombeiro, luvas de bombeiro, culos de segurana e outros).

    4.258 EPI de nvel A: o nvel mximo de proteo para todas as possveis vias de intoxicao, sendo por inalao, ingesto ou absoro cutnea. Utiliza-se roupa encapsulada de proteo qumica, com proteo respiratria de presso positiva.

    4.259 EPI de nvel B: o nvel de proteo intermedirio, para exposies de produtos com possibilidade de respingos. Utiliza-se roupa de proteo qumica conforme especificao da tabela de compatibilidade da roupa.

  • 14 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    14

    4.260 EPI de nvel C: o nvel mnimo necessrio de proteo para qualquer tipo de acidente envolvendo produtos qumicos.

    4.261 EPR: Equipamentos de Proteo Respiratria.

    4.262 Escada aberta: escada no enclausurada por paredes e porta corta-fogo.

    4.263 Escada aberta externa (AE): escada de emergncia precedida de porta corta-fogo (PCF) no seu acesso, cuja projeo esteja fora do corpo principal da edificao, sendo dotada de guarda corpo ou gradil (barreiras) e corrimos em toda sua extenso (degraus e patamares), permitindo desta forma eficaz ventilao, propiciando um seguro abandono.

    4.264 Escada prova de fumaa pressurizada (PFP): escada prova de fumaa, cuja condio de estanqueidade fumaa obtida por intermdio de pressurizao.

    4.265 Escada enclausurada: escada protegida com paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo.

    4.266 Escada enclausurada prova de fumaa (PF): escada cuja caixa envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo acesso por antecmara igualmente enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaa em caso de incndio.

    4.267 Escada enclausurada protegida (EP): escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por paredes resistentes ao fogo e dotada de portas corta-fogo.

    4.268 Escada no enclausurada ou escada comum (NE): escada que embora possa fazer parte de uma rota de sada se comunica diretamente com os demais ambientes como corredores, halls e outros, em cada pavimento, no possuindo portas corta-fogo.

    4.269 Escoamento (E): nmero mximo de pessoas possveis de abandonar um recinto dentro do tempo mximo de abandono.

    4.270 Esguicho: dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras destinado a dar forma, direo e controle ao jato, podendo ser do tipo regulvel (neblina ou compacto) ou de jato compacto.

    4.271 Esguicho agulheta: esguicho utilizado para ser acoplado conexo de uma mangueira, servindo para reduzir o dimetro desta e aumentar a velocidade da gua.

    4.272 Esguicho-canho: canho-monitor montado sobre uma viatura de bombeiro, barco de bombeiro, autoescada, snorkel ou edificao.

    4.273 Esguicho regulvel: acessrio hidrulico que d forma ao jato, permitindo o uso dgua em forma de chuveiro de alta velocidade.

    4.274 Esguicho universal: esguicho dotado de vlvula destinada a formar jato slido ou de neblina ou fechamento da gua. Permite ainda acoplar um dispositivo para produo de neblina de baixa velocidade.

    4.275 Espaamento: a menor distncia livre entre os equipamentos, unidades de produo, instalaes de armazenamento e transferncia, edificaes, vias pblicas, cursos dgua e propriedades de terceiros.

    4.276 Espao confinado: local onde a presena humana apenas momentnea para prestao de um servio de manuteno em mquinas, tubulaes e sistemas.

    4.277 Espao compartimentado: parte de uma edificao, compreendendo uma ou mais salas ou espaos, construda para prevenir propagao de incndio por um perodo de tempo pr-determinado.

    4.278 Espao livre exterior: espao externo edificao para o qual abram seus vos de ventilao e iluminao. Pode ser constitudo por logradouro pblico ou ptio amplo.

    4.279 Espaos comuns communicating space: espaos dentro de uma edificao com comunicao com espaos amplos adjacentes, nos quais a fumaa proveniente de um incndio pode se propagar livremente. Os espaos comuns podem permitir aberturas diretamente dentro dos espaos amplos ou podem conectar-se por meio de passagens abertas.

    4.280 Espaos comuns e amplos large volume spaces: espao descompartimentado, geralmente com 2 ou mais pavimentos que se comunicam internamente, dentro do qual a fumaa proveniente de um incndio, tanto no espao amplo como no espao comum, pode mover-se ou acumular-se sem restries. Os trios e shoppings cobertos so exemplos de espaos amplos.

    4.281 Espaos separados separated spaces: espaos dentro de edificaes que so isolados das reas grandes por barreiras de fumaa, os quais no podem ser utilizados no suprimento de ar, visando a restringir o movimento da fumaa.

    4.282 Espetculo pirotcnico: evento onde se realiza a ignio de fogos de artifcio das classes C ou D, tambm chamado de queima ou show pirotcnico.

    4.283 Espuma de alta expanso: recomendada para reas confinadas, tais como subsolos, edificaes, poos de minas, esgotos e outros lugares geralmente inacessveis aos bombeiros,

  • 15 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    15

    espuma que tem uma razo de expanso maior do que 200 (geralmente, cerca de 500).

    4.284 Espuma de baixa expanso: espuma que tem uma razo de expanso de at 20 (geralmente, cerca de 10).

    4.285 Espuma de combate a incndio: uma suspenso aquosa fluida composta de ar ou gs na forma de pequenas bolhas, separadas por pelculas da soluo. A espuma extingue o fogo envolvendo os lquidos combustveis ou inflamveis.

    4.286 Espuma de expanso mdia: espuma que tem uma razo de expanso entre 20 e 200 (geralmente, cerca de 100).

    4.287 Espuma extintora: agente extintor composto de uma massa de bolhas formada mecnica ou quimicamente por um lquido.

    4.288 Espuma formadora de filme aquoso (AFFF): lquido gerador de espuma que forma um filme aquoso que flutua na superfcie dos hidrocarbonetos sob condies definidas.

    4.289 Espuma mecnica: agente extintor constitudo por um aglomerado de bolhas produzidas por agitao da gua com lquido gerador de espuma (LGE) e ar.

    4.290 Espuma qumica: espuma extintora formada pela reao de uma soluo de sal alcalino com uma soluo cida, na presena de um agente estabilizante de espuma.

    4.291 Estabilidade ao fogo: capacidade de um elemento de construo, estrutural ou no estrutural, de resistir ao colapso por certo perodo de tempo, sob ao do fogo, no decorrer de um ensaio normalizado de resistncia ao fogo.

    4.292 Estao central de alarme de incndio: centro com constante permanncia humana, normalmente no pertencente edificao, protegida pelo sistema de alarme, o qual recebe um chamado de incndio e comunica imediatamente ao Corpo de Bombeiros local.

    4.293 Estao de carregamento: instalao especialmente construda para carregamento de caminhes-tanques ou de vages-tanques.

    4.294 Estao fixa de emulsificao: local onde se situam bombas, dosadores, vlvulas e reservatrios de lquido gerador de espuma.

    4.295 Estao mvel de emulsificao: veculo especificado para transporte de lquido gerador de espuma (LGE) e o seu emulsionamento com a gua.

    4.296 Estado de flutuao: condio em que a bateria de acumuladores eltricos recebe uma corrente necessria para a manuteno de sua capacidade nominal.

    4.297 Estado de funcionamento do sistema: condio na qual a(s) fonte(s) de energia alimenta(m), efetivamente, os dispositivos da iluminao de emergncia.

    4.298 Estado de repouso do sistema: condio na qual o sistema foi inibido de iluminar propositadamente. Tanto inibido manualmente com religamento automtico ou por meio de clula fotoeltrica, para conservar energia e manter a bateria em estado de carga para uso em emergncia, quando do escurecimento da noite.

    4.299 Estado de viglia do sistema: condio em que a fonte de energia alternativa (sistema de iluminao de emergncia) est pronta para entrar em funcionamento na falta ou na falha da rede eltrica da concessionria.

    4.300 Estanqueidade: (1) Propriedade de um vaso de no permitir a passagem indesejvel do fluido nele contido. (2) Propriedade de um elemento construtivo em vedar a passagem de gases quentes e/ou chamas, por um perodo de tempo.

    4.301 Evacuao: procedimento de deslocamento e relocao de pessoas e de bens, desde um local onde ocorreu ou haja risco de ocorrer um sinistro, at uma rea segura e isenta de risco.

    4.302 Exausto: princpio pelo qual os gases e produtos de combusto so retirados do interior do tnel.

    4.303 Exerccio simulado: atividade prtica realizada periodicamente para manter a brigada e os ocupantes das edificaes com condies de enfrentar uma situao real de emergncia.

    4.304 Exerccio simulado parcial: atividade prtica abrangendo apenas uma parte da planta, respeitando-se os turnos de trabalho.

    4.305 Expedidor: pessoa responsvel pela contratao do embarque e transporte de logstica envolvendo produtos perigosos expressos em nota fiscal ou conhecimento de transporte internacional. responsvel pela segurana veicular, compatibilidade entre os produtos e a identificao de seus riscos.

    4.306 Exploso: fenmeno acompanhado de rpida expanso de um sistema de gases, seguida de uma rpida elevao na presso; seus principais efeitos so o desenvolvimento de uma onda de choque e rudo.

    4.307 Explosivos: substncias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e presses elevadas.

    4.308 Expositor: Equipamento que pode ser removvel, com capacidade mxima de 1.560Kg de GLP, construdo em metal ou outro material resistente ao fogo, destinado, exclusivamente, a acondicionar recipientes transportveis de GLP

  • 16 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    16

    2

    expostos para comercializao e os equipamentos exigidos pela legislao, tais como balana, extintor(es), material para teste de vazamento e placa(s).

    4.309 Extino ou supresso de incndio: reduo drstica da taxa de liberao de calor de um incndio e preveno de seu ressurgimento pela aplicao direta de quantidade suficiente de agente extintor atravs da coluna de gases ascendentes gerados pelo fogo at atingir a superfcie incendiada do material combustvel.

    4.310 Extintor de incndio: aparelho de acionamento manual, porttil ou sobre-rodas, destinado a combater princpios de incndio.

    4.311 Extintor de incndio com presso armazenada: extintor no qual o agente extintor est permanentemente armazenado com o gs propelente e, desta forma, est constantemente sujeito sua presso.

    4.312 Extintor de incndio de gua: extintor de incndio contendo gua, com ou sem aditivos, como agente extintor.

    Extintor de incndio de dixido de carbono (CO ): extintor de incndio contendo dixido de carbono como agente extintor sob presso.

    4.313 Extintor de incndio de espuma: extintor de incndio contendo soluo de espuma como agente extintor.

    4.314 Extintor de incndio de espuma (qumico): extintor de incndio do qual uma espuma qumica expelida quando se permite que as solues qumicas, separadas dentro do corpo do extintor, se misturem e reajam.

    4.315 Extintor de incndio de halon: extintor contendo o halon como agente extintor.

    4.316 Extintor de incndio de p: extintor contendo p como agente extintor.

    4.317 Extintor de incndio operado por cartucho de gs: extintor no qual a presso para a expulso do agente do corpo do extintor produzida pela abertura, quando do uso, de um cartucho de gs comprimido ou liquefeito.

    4.318 Extintor de incndio porttil: extintor que projetado para ser carregado e operado manualmente.

    4.319 Extintor de incndio sobre rodas (carreta): extintor de incndio montado em rodas ou patins.

    4.320 Fachada: face de uma edificao constituda de vedos e aberturas, que emitir ou receber a propagao de um incndio.

    4.321 Fachada de acesso operacional: face da edificao localizada ao longo de uma via pblica ou privada com largura livre maior ou igual a 6 m, sem obstruo, possibilitando o acesso

    operacional dos equipamentos de combate e seu posicionamento em relao a ela. A fachada deve possuir pelo menos um meio de acesso ao interior do edifcio e no ter obstculos.

    4.322 Fator de massividade (fator de forma) (m-1): razo entre o permetro exposto ao incndio e a rea da seo transversal de um perfil estrutural.

    4.323 Filtro de partculas: elemento destinado a realizar reteno de partculas existentes no escoamento de ar e que esto sendo arrastadas por este fluxo.

    4.324 Fluxo (F): nmero de pessoas que passam por unidade tempo (pessoas/min) em um determinado meio de abandono.

    4.325 Fluxo luminoso nominal: fluxo luminoso medido aps 2 min de funcionamento do sistema de iluminao de emergncia.

    4.326 Fluxo luminoso residual: fluxo luminoso medido aps o tempo de autonomia garantida pelo fabricante no funcionamento do sistema de iluminao de emergncia.

    4.327 Fogo: uma reao qumica de oxidao (processo de combusto), caracterizada pela emisso de calor, luz e gases txicos. Para que o fogo exista, necessria a presena de quatro elementos: combustvel, comburente (normalmente o Oxignio), calor e reao em cadeia.

    4.328 Fogo classe A: fogo em materiais combustveis slidos que queimam em superfcie e profundidade, deixando resduos.

    4.329 Fogo classe B: fogo em lquidos e gases inflamveis ou combustveis slidos que se liquefazem por ao do calor e queima somente em superfcie.

    4.330 Fogo classe C: fogo em equipamentos de instalaes eltricas energizados.

    4.331 Fogo classe D: fogo em metais pirofricos.

    4.332 Fogos de artifcio: peas pirotcnicas com propriedade para produzir ignio para produo de luz, rudo, chamas ou exploses, empregadas normalmente em festividades.

    4.333 Fogos de artifcio e estampido: artefato pirotcnico, que produz rudos e efeitos luminosos.

    4.334 Fonte de energia alternativa: dispositivo destinado a fornecer energia eltrica na falta ou falha de alimentao na rede eltrica da concessionria.

    4.335 Fonte de ignio: fonte de calor (externa) que inicia a combusto.

    4.336 Formador de espuma: equipamento posicionado na linha de mangueira para aerar uma soluo de espuma.

  • 17 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    17

    2

    3

    4.337 Formador de espuma na linha (gerador mecnico de espuma): aparelho que induz o concentrado de espuma para o jato de gua para fazer a soluo de espuma e, em seguida, induz ar sob presso para formar a espuma.

    4.338 Formas de acondicionamento mangueiras: 1) em espiral: forma de acondicionamento em que a mangueira enrolada a partir de uma das juntas de unio. 2) aduchada: forma de acondicionamento em que a mangueira permeada pelo centro e enrolada de tal forma que as juntas de unio permanecem unidas. 3) ziguezague: forma de acondicionamento que a mangueira demonstra um arranjo em forma de zigue-zague.

    4.339 Formas de Combusto: as combustes podem ser classificadas, conforme a sua velocidade, em: completa, incompleta, espontnea e exploso.

    4.340 Fotoluminescncia: efeito alcanado por meio de um pigmento no radioativo, no txico, o qual absorve luz do dia ou luz artificial e emite brilho (luz) por no mnimo 10 min. O pigmento armazena ftons claros (como energia) que excita as molculas de sulfeto, aluminato, silicato etc. e emite brilho intenso, em ambiente escuro, de cor amarelo-esverdeado.

    4.341 Fumaa smoke: partculas transportadas na forma slida, lquida e gasosa, decorrente de um material submetido pirlise ou combusto que juntamente com a quantidade de ar que conduzida, ou de qualquer outra forma, misturada formando uma massa.

    4.342 Gs limpo: agentes extintores na forma de gs que no degradam a natureza e no afetam a camada de oznio. So inodoros, incolores, maus condutores de eletricidade e no corrosivos. Dividem-se em compostos halogenados e mistura de gases inertes. Quando utilizado na sua concentrao de extino, permite a respirao humana com segurana.

    4.343 Gs Liquefeito de Petrleo (GLP): produto constitudo de hidrocarbonetos com 3 ou 4 tomos de carbono (propano, propeno, butano, buteno), podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas fraes de outros hidrocarbonetos.

    4.344 Gs Natural Liquefeito (GNL): fludo no estado lquido em condies criognicas, composto predominantemente de metano e que pode conter quantidades mnimas de etano, propano, nitrognio ou outros componentes normalmente encontrados no gs natural.

    4.345 Gerador de espuma: equipamento que se destina a facilitar a mistura da soluo com o ar para a formao de espuma.

    4.346 Gerenciamento de risco: so os procedimentos a serem tomados em uma edificao ou rea de risco, visando ao estudo, planejamento e execuo de medidas que venham a garantir a segurana contra incndio desses locais.

    4.347 Grelha de insuflamento: dispositivo utilizado nas redes de distribuio de ar, posicionado no final de cada trecho. Esse elemento terminal utilizado para direcionar e/ou distribuir do modo adequado o fluxo de ar de determinado ambiente.

    4.348 Grupo motogerador: equipamento cuja fora provm da exploso do combustvel misturado ao ar, com a finalidade de gerar energia eltrica.

    4.349 Grupo motoventilador: equipamento composto por motor eltrico e ventilador, com a finalidade de insuflar ar dentro de um corpo de escada de segurana para pressuriz-la e evitar/expulsar a possvel entrada de fumaa.

    4.350 Guarda ou guarda-corpo: barreira protetora vertical, macia ou no, delimitando as faces laterais abertas de escadas, rampas, patamares, acessos, terraos, balces, galerias e assemelhados, servindo como proteo contra eventuais quedas de um nvel para outro.

    4.351 Habite-se (ocupe-se, alvar de utilizao): ato administrativo emanado de autoridade competente que autoriza o incio da utilizao efetiva de construes ou edificaes.

    4.352 Halon: agente extintor de hidrocarbono halogenado. Nota: o sistema de numerao a seguir usado para identificar os hidrocarbonos halogenados. A palavra halon seguida por um nmero, normalmente de quatro dgitos, resultando, por sua vez, no nmero de tomos de carbono, flor, cloro e bromo. Os zeros terminais so omitidos. Desta forma, halon 1211 o bromoclorodifluorometano (CF ClBr) e o halon1301 o bromotrifluorometano (CF Br).

    4.353 Heliponto: rea homologada ou registrada, ao nvel do solo ou elevada, utilizada para pousos e decolagens de helicpteros.

    4.354 Heliponto civil: local destinado, em princpio, ao uso de helicpteros civis.

    4.355 Heliponto elevado: local instalado sobre edificaes.

    4.356 Heliponto militar: local destinado ao uso de helicpteros militares.

    4.357 Heliponto privado: local destinado ao uso de helicpteros civis, de seu proprietrio ou de pessoas por ele autorizadas, sendo vedada sua utilizao em carter comercial.

    4.358 Heliponto pblico: local destinado ao uso de helicpteros em geral.

  • 18 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    18

    4.359 Heliportos: helipontos pblicos dotados de instalaes e facilidades para apoio de helicpteros e de embarque e desembarque de pessoas, tais como: ptio de estacionamento, estao de passageiros, locais de abastecimento, equipamentos de manuteno etc.

    4.360 Heliportos elevados: heliportos localizados sobre edificaes.

    4.361 Hidrante: ponto de tomada de gua onde h uma (simples) ou duas (duplo) sadas contendo vlvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampes, mangueiras de incndio e demais acessrios.

    4.362 Hidrante de coluna: aparelho ligado rede pblica de distribuio de gua, que permite a adaptao de bombas e/ou mangueiras para o servio de extino de incndios.

    4.363 Hidrante de parede: ponto de tomada de gua instalado na rede particular, embutido em parede, podendo estar no interior de um abrigo de mangueira.

    4.364 Hidrante para sistema de espuma: equipamento destinado a alimentar com gua ou soluo de espuma as mangueiras para combate a incndio.

    4.365 Hidrante urbano: ponto de tomada de gua provido de dispositivo de manobra (registro) e unio de engate rpido, ligado rede pblica de abastecimento de gua, podendo ser emergente (de coluna) ou subterrneo (de piso).

    4.366 Ignio: iniciao da combusto.

    4.367 Iluminao auxiliar: iluminao destinada a permitir a continuao do trabalho, em caso de falha do sistema normal de iluminao. Por exemplo: centros mdicos, aeroportos, metr etc.

    4.368 Iluminao de emergncia: sistema que permite clarear reas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluindo reas de trabalho e reas tcnicas de controle de restabelecimento de servios essenciais e normais, na falta de iluminao normal.

    4.369 Iluminao de emergncia de aclaramento: sistema composto por dispositivos de iluminao de ambientes para permitir a sada fcil e segura das pessoas para o exterior da edificao, bem como proporcionar a execuo de interveno ou garantir a continuao do trabalho em certas reas, em caso de interrupo da alimentao normal.

    4.370 Iluminao de emergncia de balizamento ou de sinalizao: iluminao de sinalizao com smbolos e/ou letras que indicam a rota de sada que pode ser utilizada neste momento.

    4.371 Iluminao no permanente: sistema no qual, as lmpadas de iluminao de emergncia

    no so alimentadas pela rede eltrica da concessionria e, s em caso de falta da fonte normal, so alimentadas automaticamente pela fonte de alimentao de energia alternativa.

    4.372 Iluminao permanente: sistema no qual as lmpadas de iluminao de emergncia so alimentadas pela rede eltrica da concessionria, sendo comutada automaticamente para a fonte de alimentao de energia alternativa em caso de falta ou falha da fonte normal.

    4.373 Incndio: o fogo sem controle, intenso, o qual causa danos e prejuzos vida, ao meio ambiente e ao patrimnio.

    4.374 Incndio classe A: incndio envolvendo combustveis slidos comuns, como papel, madeira, pano, borracha. caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resduos e por queimar em razo do seu volume, isto , a queima se d na superfcie e em profundidade.

    4.375 Incndio classe B: aquele que acontece em lquidos ou em gases combustveis. O lquido queima na superfcie, os gases, em volume. Os mais frequentes so: gasolina, lcool, GLP e ter. caracterizado por no deixar resduos e queimar apenas na superfcie exposta e no em profundidade.

    4.376 Incndio classe C: incndio que acontece em material energizado, normalmente equipamento eltrico, onde a extino deve ser realizada com agente no condutor de eletricidade.

    4.377 Incndio classe D: incndio envolvendo metais combustveis pirofricos (magnsio, selnio, antimnio, ltio, potssio, alumnio fragmentado, zinco, titnio, sdio, zircnio). caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que contenham gua).

    4.378 Incndio natural: variao de temperatura que simula o incndio real, em funo da geometria, ventilao, caractersticas trmicas dos elementos de vedao e da carga de incndio especfica.

    4.379 Incndio-padro: elevao padronizada de temperatura em funo do tempo, dada pela seguinte expresso:

    Ug = Uo + 345 log (8t+1)

    Onde:

    t o tempo, expresso em minutos;

    Uo a temperatura do ambiente antes do incio do aquecimento em graus Celsius, geralmente tomada igual a 20C;

    Ug a temperatura dos gases, em graus Celsius no instante t.

  • 19 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    19

    4.380 Indicador de nvel volumtrico: Instrumento destinado indicao volumtrica do percentual de fase lquida contido no recipiente.

    4.381 ndice de propagao de chamas: Produto do fator de evoluo do calor pelo fator de propagao de chama.).

    4.382 ndice de propagao de chamas: produto do fator de evoluo do calor pelo fator de propagao de chama.

    4.383 Inertizao: reduo do percentual de oxignio no ambiente, com a introduo de gs inerte, de modo a inibir a combusto.

    4.384 Inflamabilidade: facilidade com que determinado material entra em processo de ignio, por contato com centelhamento de vrias origens, por exposio a uma fonte de alta temperatura, ou por contato com chama.

    4.385 Inibidor de vrtice: acessrio de tubulao destinado a eliminar o efeito do vrtice dentro de um reservatrio.

    4.386 Instalao: montagem mecnica, hidrulica, eltrica, eletroeletrnica, ou outra, para fins de atividades de produo industrial, gerao ou controle de energia, conteno ou distribuio de fludos lquidos ou gasosos, ocupao de toda espcie, cuja montagem tenha carter permanente ou temporrio que necessite de proteo contra incndio previsto na legislao.

    4.387 Instalao de Gs Liquefeito de Petrleo: sistema constitudo de tubulaes, acessrios e equipamentos que conduzem e utilizam o GLP para consumo, por meio da queima e/ou outro meio previsto e autorizado na legislao competente.

    4.388 Instalao fixa de aplicao local: dispositivo com suprimento de gs, permanentemente conectado a uma tubulao que alimenta difusores distribudos com a finalidade de descarregar o agente extintor (gs) diretamente sobre o material no caso de incndio. Podem ser de comando automtico ou manual.

    4.389 Instalao fixa de espuma: so aquelas instalaes em que a aduo de pr-mistura de espuma feita por tubulaes a partir de uma central de espuma diretamente para os tanques atravs de dispositivo de formao (cmaras de espuma) fixos ao tanque.

    4.390 Instalao interna de gs: conjunto de tubulaes, medidores, reguladores, registros e aparelhos de utilizao de gs, com os necessrios complementos, destinado conduo e ao uso do gs no interior da edificao.

    4.391 Instalaes fixas de mangotinhos: dispositivo com suprimento fixo de gases compreendendo um ou mais cilindros que

    alimentam um mangotinho acondicionado em um carretel de alimentao axial, equipado na sua extremidade livre um esguicho difusor com vlvula de comando manual de jato. Esse equipamento de comando manual.

    4.392 Instalaes industriais: Conjunto de equipamentos que no se enquadram como depsitos, postos de servio ou refinarias, mas em que lquidos inflamveis so armazenados e processados.

    4.393 Instalaes sob comando: o agente extintor fica armazenado em depsitos fixos e conduzido atravs de tubulaes rgidas at pontos tticos, onde existem vlvulas terminais (difusores). Desses pontos, por meio da interveno do homem, as tubulaes so complementadas com mangotinhos at o local do foco de incndio onde o agente aplicado.

    4.394 Instalaes temporrias: locais que no possuem caractersticas construtivas em carter definitivo, podendo ser desmontadas e transferidas para outros locais.

    4.395 Instalador: pessoa fsica ou jurdica responsvel pela execuo da instalao do sistema de proteo contra incndio em uma edificao.

    4.396 Interface da camada de fumaa smoke layer interface: limite terico entre uma camada de fumaa e a fumaa provinda do ar externo (livre). Na prtica, a interface da camada de fumaa um limite efetivo dentro da zona de diminuio de impacto, que pode ter vrios metros de espessura. Abaixo desse limite efetivo, a densidade da fumaa na zona de transio cai a zero.

    4.397 Interligao entre tneis: abertura entre tneis, sinalizada, provida de porta de passagem que em caso de incidente possa ser utilizada como rota de fuga.

    4.398 Inundao total: descarga de gases por meio de difusores fixos no interior do recinto que contm o equipamento protegido, de modo a permitir uma atmosfera inerte com uma concentrao determinada de gs a ser atingida em tempo determinado.

    4.399 Irradiao: a transmisso de calor por ondas de energia calorfica que se deslocam atravs do espao.

    4.400 Isolamento de risco: medida de proteo passiva por meio de parede de compartimentao sem aberturas ou afastamento entre edificaes, destinado a evitar a propagao do fogo, calor e gases, entre os blocos isolados.

    4.401 Isolante trmico: material com caracterstica de resistir transmisso do calor, impedindo que as temperaturas na face no exposta ao fogo superem determinados limites.

  • 20 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    20

    4.402 Itinerrio: trajeto a ser percorrido pelas guarnies do Corpo de Bombeiros na ida ou no regresso do atendimento de uma emergncia, previamente estabelecido por meio de croqui.

    4.403 Jato compacto: tipo de jato de gua caracterizado por linhas de corrente de escoamento paralelas, observado na extremidade do esguicho.

    4.404 Jato de espuma de monitor (canho): jato de grande capacidade de esguicho, que est apoiado em posio e que pode ser dirigido por um homem.

    4.405 Jato de fumaa sob o teto ceiling jet: fluxo de fumaa sob o teto, estendendo-se radialmente do ponto de choque da coluna de fogo contra o teto. Normalmente, a temperatura do jato de fumaa sob o teto ser maior que a camada de fogo adjacente.

    4.406 Jato de linha de mangueira: jato de espuma de um esguicho que pode ser segurado e dirigido manualmente. A reao do esguicho usualmente limita o fluxo da soluo a aproximadamente 1.000 L/min. no mximo.

    4.407 Jato de neblina: jato dgua contnuo de gotculas finamente divididas e projetadas em diferentes ngulos.

    4.408 Lance de mangueira: mangueira de incndio de comprimento padronizado (15 ou 30 m).

    4.409 Lano de escada: sucesso ininterrupta de degraus entre dois patamares sucessivos.

    Nota:

    Um lano de escada nunca pode ter menos de trs degraus, nem subir altura superior a 3,70m.

    4.410 Largura do degrau (b): distncia entre o bocel do degrau e a projeo do bocel do degrau imediatamente superior, medida horizontalmente sobre a linha de percurso da escada.

    4.411 Laudo: documento que exibe o relato do tcnico ou especialista designado para avaliar determinada situao ou matria que estava dentro do escopo de seus conhecimentos.

    4.412 Leiaute layout: distribuio fsica de elementos num determinado espao.

    4.413 Limite de rea de armazenamento: linha fixada pela fileira externa de recipientes transportveis de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP), em um lote de recipientes, acrescida da largura do corredor de inspeo, quando este for exigido.

    4.414 Limite do lote de recipientes: linha fixada pela fileira externa de recipientes transportveis de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP), em um lote de recipientes.

    4.415 Linha de abastecimento: Trecho de tubulao para conduo de GLP, normalmente em fase lquida, que interliga a tomada de abastecimento ao(s) recipiente(s) da central de GLP.

    4.416 Linha de espuma: tubulao ou linha de mangueiras destinada a conduzir a espuma.

    4.417 Linha de percurso de uma escada: linha imaginria sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimo, afastada 0,55 m da borda livre da escada ou da parede.

    Nota:

    Sobre essa linha, todos os degraus possuem piso de largura igual, inclusive os degraus ingrauxidos nos locais em que a escada faz deflexo. Nas escadas de menos de 1,10 m de largura, a linha de percurso coincide com o eixo da escada, ficando, pois, mais perto da borda.

    4.418 Linha de soluo: tubulao ou linha de mangueiras destinada a conduzir a soluo de espuma mecnica.

    4.419 Lquido: qualquer material que apresente fluidez maior do que o ponto 300 de penetrao do asfalto, quando ensaiado de acordo com a ABNT NBR 6576 ou uma substncia viscosa cujo ponto de fluidez especfico no pode ser determinado mas definido como lquido de acordo com a ASTM D 4359.

    4.420 Lquido combustvel: lquido que possui ponto de fulgor igual ou superior a 37,8C, subdividido como segue:

    a. Classe II: lquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 37,8C e inferior a 60C;

    b. Classe IIIA: lquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 60C e inferior a 93,4C;

    c. Classe IIIB: lquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 93,4C.

    4.421 Lquido criognico: lquido com ponto de ebulio abaixo de 90C a uma presso absoluta de 101 kPa (14,7 psi).

    4.422 Lquido estvel: qualquer lquido no definido como instvel.

    4.423 Lquido inflamvel: lquido que possui ponto de fulgor inferior a 37,8C, tambm conhecido como lquido Classe I, subdividindo-se em:

    a. Classe IA: lquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8C e ponto de ebulio abaixo de 37,8C;

    b. Classe IB: lquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8C e ponto de ebulio igual ou acima de 37,8C;

    c. Classe IC: lquido com ponto de fulgor igual ou acima de 22,8C.

  • 21 NORMA TCNICA 03/2014 Terminologia de Segurana Contra Incndio

    21

    4.424 Lquidos instveis ou reativos: lquidos que no estado puro ou nas especificaes comerciais, por efeito de variao de temperatura, presso ou de choque mecnico, na estocagem ou no transporte, tornam-se autorreativos e, em consequncia, se decomponham, polimerizem ou venham a explodir.

    4.425 Listagem confivel: relao de dados e caractersticas de projeto de equipamentos ou dispositivos, publicada pelo fabricante e reconhecida por rgos regulamentadores ou normativos, aceita pelo proprietrio da instalao ou seu preposto legal designado.

    4.426 Local de abastecimento: rea determinada pelo conjunto de veculo abastecedor, mangueira flexvel de abastecimento e central de Gs Liquefeito de Petrleo.

    4.427 Local de relativa segurana: local dentro de uma edificao ou estrutura onde, por um perodo limitado de tempo, as pessoas tm alguma proteo contra os efeitos do fogo e da fumaa. Este local deve possuir resistncia ao fogo e elementos construtivos, de acabamento e de revestimento incombustveis, proporcionando s pessoas continuarem sua sada para um local de segurana. Exemplos: escadas de segurana, escadas abertas externas, corredores de circulao (sada) ventilados (mnimo de 1/3 da lateral com ventilao permanente).

    4.428 Local de reunio de pblico: Espao destinado ao agrupamento de pessoas, em imvel de uso coletivo, pblico ou no, com capacidade superior a 100 pessoas, tais como estdios, auditrios, ginsios, escolas, clubes, teatros, cinemas, parques de diverso, hospitais, supermercados, cultos religiosos e sales de uso diverso

    4.429 Local de risco: rea interna ou externa da edificao, onde haja a probabilidade de um perigo se materializar causando um dano.

    4.430 Local de sada nica: condio de um pavimento da edificao, onde a sada possvel apenas em um sentido.

    4.431 Local de segurana: local, fora da edificao, no qual as pessoas esto sem perigo imediato dos efeitos do fogo.

    4.432 Loteamento: parcelamento do solo com abertura de novos sistemas de circulao ou prolongamento, modificao ou ampliao dos existentes.

    4.433 Lotes de recipientes: conjunto de recipientes transportveis de Gs Liquefeito de Petrleo sem que haja corre- dor de inspeo entre estes.