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N N Ú Ú CLEO DE ENGENHARIA DE CLEO DE ENGENHARIA DE Á Á GUA E SOLO GUA E SOLO Vital Pedro da Silva Paz [email protected] Francisco A. C. Pereira [email protected] Aureo Silva de Oliveira [email protected] UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA Centro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais

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NNÚÚCLEO DE ENGENHARIA DE CLEO DE ENGENHARIA DE ÁÁGUA E SOLOGUA E SOLO

Vital Pedro da Silva [email protected]

Francisco A. C. [email protected]

Aureo Silva de [email protected]

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIACentro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais

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AGR 182 – Irrigação e DrenagemProf. Vital Pedro da Silva Paz

[email protected]

IRRIGAÇÃO LOCALIZADA_1

NEASNEAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIACentro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais

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Irrigação Localizada

Características e Partes

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Irrigação Localizada• Histórico:– A primeira referência ocorreu na Alemanha (1860)– Nos Estados Unidos, por volta de 1913, experimentou-se

irrigar com tubos perfurados na superfície– Também foram observadas experiências com tubos com

aberturas estreitas no Reino Unido por volta de 1940.

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• Histórico:– Somente na década de 60 com o desenvolvimento

dos materiais plásticos (PE e PVC), é que surge a irrigação por gotejamento

– Este tipo de irrigação apresenta um grande potencial onde:• a água é cara e escassa;• os solos são salinos, pedregosos ou de topografia

acidentada; • áreas que produzem culturas com alto valor

comercial.– As principais culturas conduzidas sob irrigação

localizada são: abacate, citrus, uva, morango, tomate, flores, fruteiras em geral e olerícolas.

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• Histórico:

– Aplica um pequeno volume de água com alta freqüência de aplicação. Desta forma, somente uma fração da superfície do solo é molhada.

– Operam sob baixas pressões, sendo que pode haver

variações significativas nos valores de vazões:

• Gotejamento - as pressões variam de 0,5 a 2 kgf/cm2 e as vazões variam de 0,5 a 12 l/h.

• Micro-aspersão, as pressões variam de 1 a 3 kgf/cm2 e as vazões de 50 a 200 l/hora.

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Vantagens

• Permite um melhor aproveitamento hídrico, pois irriga apenas a área ao redor da planta, diminuindo assim, a evaporação direta da água do solo para a atmosfera. Reduz também, perdas por percolação profunda, escoamento superficial e por ventos

• Não interfere na execução dos tratos culturais, pois permite até mesmo o movimento de máquinas e implementos.

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Vantagens

• Propicia aumento da produtividade, melhorando a qualidade do produto, devido ao fato da umidade permanecer razoavelmente constante e da distribuição ao longo da linha de cultivo ser mais uniforme

• Reduz o perigo de salinidade para as plantas, pois mantém os sais diluídos na água do solo devido a aplicações freqüentes, e também na zona do bulbo molhado, permitindo assim, o uso de água com salinidade média.

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Vantagens

• Possibilita a prática de quimigação, ou seja, aplicação de produtos químicos (fertilizantes, inseticidas, fungicidas) via água de irrigação, o que acarreta uma redução na mão-de-obra e da quantidade de insumos, aumentando a eficiência de aplicação.

• Facilita o controle fitossanitário, pois não molha a parte aérea das plantas, o que permite que os defensivos não sejam “lavados”, ao mesmo tempo em que facilita o controle de plantas daninhas, pois desestimula seu crescimento, reduzindo o uso de mão-de-obra e defensivos químicos.

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Vantagens

• Pelo fato de operar a baixas pressões e vazões e curtos períodos de operação, reduz o requerimento de energia, além de permitir automação.

• Economia de mão-de-obra, devido ao fato do sistema ser fixo e ter a possibilidade de ser automatizado.

• Adapta-se a diferentes tipos de solos e topografia.

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• Apresenta elevado custo inicial quando comparado a outros sistemas

• Pequeno diâmetro dos emissores: pode apresentar problemas de entupimento, causado principalmente por partículas de areia, fertilizantes, algas, bactérias, óxido de ferro e precipitados químicos, tornando-se necessário então, manutenção periódica

• Pode ocorrer o acúmulo de sais na superfície do solo e no perímetro do bulbo molhado, o que pode trazer prejuízos às plantas

Limitações

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•A uniformidade de distribuição dos emissores pode ser afetada, principalmente em áreas declivosas, onde emissores que operam com baixos valores de pressão podem ter variações de vazão significativas

•Pode ocorrer a limitação no desenvolvimento das raízes das plantas, devido ao fato das raízes tenderem a se desenvolverem somente na região do bulbo molhado, próximo ao emissor ao longo de cada linha lateral

• Alguns solos podem não ter capacidade de infiltração suficiente para absorver a água aplicada pelos emissores, sendo então necessário um manejo rigoroso

Limitações

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• Pode ocorrer a limitação no desenvolvimento das raízes das plantas, devido ao fato das raízes tenderem a se desenvolverem somente na região do bulbo molhado, próximo ao emissor ao longo de cada linha lateral.

• Como um pequeno volume do solo é umedecido, limita-se a habilidade da planta em crescer em busca de água e fertilizantes em locais afastados da zona úmida, o que pode acarretar prejuízos na produção, caso haja interrupção da irrigação.

• As linhas de polietileno podem ser danificadas por roedores e formigas.

Limitações

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Partes do sistema

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Cabeçal

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Filtros• Areia:– responsável pela eliminação de partículas grosseiras em

suspensão, algas e viscosidades bacterianas, matéria orgânica, microorganismos e partículas coloidais.

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Filtros• Areia:

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Filtros• Tela:

– Eficientes na retenção de partículas, porém facilmente obstruídos por matéria orgânica. São responsáveis pela eliminação de impurezas menores que ultrapassam o filtro de areia, bem como partículas insolúveis advindas de fertilizantes.

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Emissores em irrigação localizada

• São dispositivos que aplicam água a baixas vazões e baixas pressões

• São desenvolvidos para dissipar pressão e fornecer uma baixa vazão com uma boa uniformidade

• Emissores ideais devem ter uma seção relativamente grande em relação a vazão e apresentar algum dispositivo de lavagem para reduzir problemas de entupimento

• Devem também ser baratos e compactos

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• Sistemas de irrigação localizada:

-Irrigação por gotejamento-Irrigação por micro-aspersão-Irrigação sub-superficial-Irrigação por borbulhamento (“bubbler”)

Emissores em irrigação localizada

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• Gotejadores são peças construídas para permitir uma redução da pressão da água e diminuir a vazão a alguns litros por hora, de modo que a água atinja a planta em forma de gotas.• Em geral, operam com vazão de 0,5 a 20 l/h.• Para obtenção de vazões tão pequenas é

necessário que a saída do gotejador tenha diâmetro igualmente pequeno, sujeitando-o, portanto, a entupimentos.• O processo de fabricação dos gotejadores deve

ser bastante preciso, caso contrário as pequenas variações nas dimensões de cada peça podem acarretar grandes mudanças de vazões.

Irrigação por gotejamento

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• Trabalham sob uma pressão de serviço de 10 m.c.a., existindo tipos que trabalham sob pressões menores (até 5 m.c.a) e outros que trabalham sob maiores pressões (até 30 m.c.a)

• Gotejadores auto-compensantes possuem vazão constante sobre uma faixa bem ampla de pressão, permitem dimensionar sistemas com linhas laterais mais longas, o que diminui o custo do sistema

• A seção transversal de fluxo dos gotejadores é muito pequena, o seu diâmetro, em geral, varia entre 0,3 a 1,0 mm, a qual pode entupir facilmente.

Irrigação por gotejamento

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• Quanto à conexão dos gotejadores na linha lateral, tem-se gotejadores conectados “sobre”, “na”, “no”prolongamento” da linha lateral, e embutido dentro da linha.

Irrigação por gotejamento

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• Principais tipos de emissores em gotejamento– Microtubos

Irrigação por gotejamento

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• Principais tipos de emissores em gotejamento- Gotejador com longo percurso (labirinto);

Irrigação por gotejamento

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• Principais tipos de emissores em gotejamento- Gotejador tipo orifício;

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• Principais tipos de emissores em gotejamento- Tubos de emissão;

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• Principais tipos de emissores em gotejamento- Tubos de emissão;

Irrigação por gotejamento

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• Principais tipos de emissores em gotejamento- Tubos exudantes

Irrigação por gotejamento