14
NÚCLEOS A restauração de um dente tratado endodonticamente tem sido um desafi o para clínicos e pesquisadores, desde os primeiros relatos, como o de Pierre Fauchard, que em 1728 utilizou uma espécie de pino de madeira no canal radicular com o intuito de aumentar a retenção das coroas, até hoje com a utilização dos mais modernos materiais como os pinos de zircônia. Os núcleos intra-radiculares ou de preenchimento estão indicados em dentes que apresentam-se com a coroa clínica com certo grau de destruição e que necessitam de tratamento com prótese. Deste modo, as características anatômicas da coroa são recuperadas, conferindo ao dente condições biomecâncias para manter a prótese em função. Na restauração de um dente tratado endodonticamente, com ampla destruição coronária por cárie ou trauma, o que se deseja é a utilização de um pino intracanal dito ideal, que teria como características: biocompatibilidade, fácil instalação, preservação da dentina radicular, não introdução de tensões demasiadas à raiz, união química/mecânica com o material restaurador e/ou de preenchimento, resistência à corrosão, estética favorável e boa relação custo/benefício. NÚCLEO METÁLICO FUNDIDO A técnica mais conhecida e mais usada é a confecção de núcleo metálico fundido direto, onde há um preparo do conduto radicular e, após a moldagem com resina ou cera, o

Núcleos Resumo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Núcleos Resumo

NÚCLEOS

A restauração de um dente tratado endodonticamente tem sido um

desafi o para clínicos e pesquisadores, desde os primeiros relatos, como o de

Pierre Fauchard, que em 1728 utilizou uma espécie de pino de madeira no

canal radicular com o intuito de aumentar a retenção das coroas, até hoje com

a utilização dos mais modernos materiais como os pinos de zircônia.

Os núcleos intra-radiculares ou de preenchimento estão indicados em

dentes que apresentam-se com a coroa clínica com certo grau de destruição e

que necessitam de tratamento com prótese. Deste modo, as características

anatômicas da coroa são recuperadas, conferindo ao dente condições

biomecâncias para manter a prótese em função.

Na restauração de um dente tratado endodonticamente, com ampla

destruição coronária por cárie ou trauma, o que se deseja é a utilização de um

pino intracanal dito ideal, que teria como características: biocompatibilidade,

fácil instalação, preservação da dentina radicular, não introdução de tensões

demasiadas à raiz, união química/mecânica com o material restaurador e/ou de

preenchimento, resistência à corrosão, estética favorável e boa relação

custo/benefício.

NÚCLEO METÁLICO FUNDIDO

A técnica mais conhecida e mais usada é a confecção de núcleo

metálico fundido direto, onde há um preparo do conduto radicular e, após a

moldagem com resina ou cera, o padrão é fundido com uma liga metálica nobre

ou básica. Tem-se, então, uma porção radicular com conformação cônica, que

copia o preparo da raiz e uma porção coronária que restabelece as estruturas

dentinárias perdidas, tornando o dente apto a ser restaurado.

Não há dúvida de que a técnica mais popular de construção de núcleos

para dentes despolpados tem sido os núcleos metálicos fundidos.

Vantagens: Essa técnica preenche melhor os objetivos a que se destinam,

pois estes núcleos são muito resistentes, versáteis e permitem uma melhor

adaptação ao canal radicular.

Desvantagens: Contudo, esta forma de reconstrução apresenta algumas

desvantagens, como a necessidade de maior número de sessões clínicas,

Page 2: Núcleos Resumo

envolvimento de procedimentos laboratoriais, custo mais elevado e remoção de

maior quantidade de estrutura dental, muitas vezes sadia, para que não se

induza uma grande tensão na entrada do canal radicular.

Os núcleos metálicos fundidos são mais fáceis de preparar com

menores chances de perfuração do que os pinos pré-fabricados. Porém, os

núcleos metálicos fundidos consomem maior tempo de preparo e necessitam

de maiores ajustes para o seu adequado assentamento.

Técnica de confecção

Preparo do remanescente coronário

Deve ser preparado de acordo com as características do tipo de prótese

indicado, preservando o máximo de estrutura dental para manter a resistência

do dente e aumentar a retenção da prótese. Após eliminar as retenções da

câmara pulpar deve restar paredes com uma espessura mínina de 1mm para

sustentar o núcleo. É através dessa base (paredes) que as forças são dirigidas

para a raiz do dente, minimizando as tensões que se formam na interface

núcleo metálico/raiz, principalmente na região apical.

Preparo do conduto

Existem 4 fatores que devem ser analisados para propiciar retenção

adequada: comprimento, inclinação das paredes, diâmetro e característica

superficial.

Comprimento: Vários são os parâmetros citados na literatura, assim temos:

comprimento igual ao da coroa clínica, maior que o da coroa clínica, igual à

metade do comprimento da raiz anatômica, igual a dois terços do comprimento

da raiz anatômica, igual a quatro quintos do comprimento da raiz, metade do

comprimento do pino como mínimo necessário contado a partir da ponta da

crista óssea alveolar até o ápice radicular, e comprimento máximo permitido do

pino sem interferir com remanescente de 3 a 5mm de material obturador para

não comprometer o selamento apical. Vale frisar que 4mm de material

obturador remanescente é importante para evitar a contaminação apical, e

ainda, que o pino/núcleo estabelecido com o maior comprimento possível

Page 3: Núcleos Resumo

favorece sobremaneira a retenção e a dissipação dos esforços advindos da

dinâmica mastigatória.

Inclinação das paredes do conduto: Os núcleos com paredes inclinadas, além

de apresentarem menor retenção do que os de paredes paralelas também

desenvolvem grande concentração de esforços em suas paredes cirundantes

podendo gerar fraturas. Em vista disso, busca-se seguir a própria inclinação do

conduto, que foi alargado para o tratamento endodôntico e que terá seu

desgatse aumentado principalmente na porção apical para a colocação do

núcleo, até que se tenha comprimento e diâmetros adequados.

Diâmetro do pino: O diâmetro do pino tem grande importância na retenção e na

resistência à dissipação das forças oclusais. Um cuidado deve ser tomado, pois

à medida que aumentamos o diâmetro do núcleo/pino estaremos aumentando

sua retenção e sua resistência, porém inversamente proporcional à resistência

da raiz, que vai se tornando mais enfraquecida. Logo, o diâmetro do pino deve

ser de um terço ao do diâmetro da raiz e a espessura da raiz deve ser maior na

face vestibular dos dentes anteriores superiores devido à incidência de forças

nesse sentido, conforme Pegoraro.

Característica superficial: Para aumentar a retenção de núcleos fundidos de

superfícies lisas, estas podem se tornar irregulares ou rugosas antes da

cimentação, pelo uso de brocas ou jateamento com óxido de alumínio.

Remoção do material obturador

A remoção do material obturador deve ser feita sempre que possível

com pontas Rhein aquecidas. Quando não mais for possível, utiliza-se brocas

largo, peeso ou Gates para este fim, de diâmetro aprorpiado de acordo com o

conduto. Durante o uso das brocas deve-se tomar cuidado em acompanhar a

extensão do conduto para não correr o risco de trepanar a raiz. O material

obturador é retirado sem considerando um mínimo de 4mm deve ser deixado

no ápice do conduto para um selamento efetivo.

Para dentes multirradiculares com condutos paralelos somente o de

maior diâmetro é necessário à extensão máxima, o outro apenas até a metade

Page 4: Núcleos Resumo

do comprimento da raiz/coroa remanescente. Nos dentes cujas raízes são

divergentes devem ter seu conduto mais volumoso preparado na sua extensão

convencional (2/3) e o outro preparado parcialmente, apenas com o objetivo de

conferir estabilidade, funcionando com dispositivo anti-rotacional. Se tiver 3

raízes prepara uma convencional, outra parcialmente e outra até a

embocadura, de acordo o diâmetro das raízes.

Confecção do núcleo

Pode ser feito pela técnica direta ou indireta. Na técnica direta, o

conduto é moldado e a parte coronária esculpida diretamente na boca. Na

indireta exige a moldagem dos condutos e porção coronária com elastômero,

obtendo-se um modelo sobre o qual os núcleos são esculpidos no laboratório.

É utilizada quando se tem a necessidade de confeccionar vários núcleos ou

quando são divergentes.

TÉCNICA DIRETA

- Bastão de resina adaptado ao comprimento e diâmetro do conduto e que se

estenda 1cm além da coroa remanescente;

- Lurifica-se o conduto com broca peeso envolvida com algodão;

- Molda-se o conduto levando a resina preparada com sonda ou pincel no seu

interior e introduz-se o bastão no mesmo. A resina em excesso é acomodada

no bastão para confeccionar a porção coronária do núcleo;

- Durante a polimerização da resina, o bastão deve ser removido e

reintroduzido várias vezes no conduto para evitar que o núcleo fique retido pela

presença de retenções deixadas durante o preparo do conduto;

- Após a polimerização corta-se o bastão no nível oclusal e prepara-se a

porção coronária, utilizando brocas, seguindo os princípios de preparo;

- O padrão de resina é fundido e deve apresentar resistência suficiente para

não haver deformações sob forças mastigatórias;

- A adaptação deve ser passiva, deve ser utilizado evidenciadores para marcar

os contatos do núcleo e removê-los;

- Previamente à cimentação o conduto deve ser limpo com álcool absoluto e

seco. Pode ser realizada com cimento Fe fosfato de zinco ou ionômero de

vidro.

Page 5: Núcleos Resumo

TÉCNICA INDIRETA

- Prepara-se a coroa e os condutos buscando-se a preservação da estrutura;

- Adapta-se em cada conduto um fio ortodôntico ou clipe de papel, com

comprimento um pouco maior que o conduto e com folga em toda sua volta,

para se conseguir um molde preciso e fiel;

- O material de moldagem manipulado deve ser levado aos condutos e com

uma broca lentulo embaixa rotação “empurrado” para preencher totalmente;

- Os fios metálicos são envolvidos com material de moldagem e inseridos nos

condutos e com um seringa faz-se a moldagem da parte coronária;

- Vaza-se o molde com gesso tipo IV e os modelos devem ser montados em

articulador para permitir qua a porção coronária seja esculpida, mantendo com

os antogonistas: inclinação das paredes, espaço oclusal e paralelismo com os

outros dentes pilares.

PINOS PRÉ-FABRICADOS

Na tentativa de se suprir deficiências dos núcleos metálicos fundidos,

como estética desfavorável e a necessidade de fase laboratorial, surgiram os

pinos pré-fabricados.

Há disponíveis no mercado inúmeros sistemas, de diferentes materiais e

distintos desenhos. Os sistemas de pinos pré-fabricados tornaram-se muito

populares, principalmente pela sua facilidade de uso e pelo seu relativo baixo

custo.

Em relação aos tipos de material, os pinos pré-fabricados podem ser

divididos entre metálicos e não-metálicos. Os pinos pré-fabricados metálicos

podem ser divididos em passivos e ativos. Os ativos cônicos podem apresentar

sua superfície lisa ou com microretenções do tipo serrilhamento. Estes pinos

são cimentados no canal radicular e a fixação ocorre às expensas do cimento e

das retenções no pino. Os pinos passivos cônicos, por sua vez, são

inerentemente menos retentivos devido ao desenho e à superfície lisa. Os

pinos metálicos passivos paralelos são mais retentivos que os passivos

cônicos, no entanto, possuem a desvantagem de necessitar de ampliação do

canal para sua acomodação, principalmente na região apical, o que aumenta o

risco de perfuração radicular e tensão nesta região (Baratieri, 2001). Já os

pinos metálicos ativos impõem atividade ao canal, ou seja, geram grandes

Page 6: Núcleos Resumo

tensões uma vez que possuem fresas laterais e são rosqueados e/ou travados

na parede dos canais no procedimento de fixação. Essa desvantagem limita o

seu uso apenas em casos muito particulares, e mesmo assim com muita

precaução, pois a possibilidade de fratura é grande.

Já os pinos não metálicos podem ser divididos em cerâmicos, de fibras

de carbono e de fibras de vidro. Os pinos cerâmicos objetivam aliar as

propriedades positivas dos pinos metálicos, com as vantagens de um material

mais estético e inerte aos tecidos vivos.

Desenvolvidos, os pinos cerâmicos pré-fabricados, geralmente, são

confeccionados com óxido de zircônio (94,9%), razão pela qual sua resistência

flexural é similar à dos pinos metálicos e maior que a dos pinos de fibra de

carbono. Os pinos cerâmicos, por apresentarem alto módulo de elasticidade,

são menos suscetíveis às falhas adesivas durante a função mastigatória

(Freedman, 1996), além disso, por serem mais rígidos, permitem o uso de

pinos com menor diâmetro, o que preserva a estrutura dental e reduz as

chances de fratura radicular (Trushkowsky,1996). Nos pinos cerâmicos, há

duas formas de se construir a porção coronal: o preenchimento com resina

composta, que é o mais simples, rápido e barato, e o procedimento cerâmico,

que é executado no laboratório e consiste de completar o preenchimento

radicular e construir a porção coronal com material cerâmico.

Os pinos pré-fabricados de fibra de carbono foram introduzidos no início

dos anos 90, devido à necessidade de uma alternativa aos pinos metálicos que

apresentavam problema. Como o próprio nome diz, esses pinos são

constituídos por fi bra de carbono (64%), arranjados longitudinalmente e

envelopados por uma matriz de resina epóxica, o que lhes confere alta

resistência mecânica (Martinez-Insua et at., 1998). Uma característica dos

pinos de fi bra de carbono é sua flexibilidade, a qual é divulgada pelo fabricante

como sendo similar à da estrutura dentinária e, por consequência, como uma

grande vantagem (Purton, Payne, 1996).

Os pinos pré-fabricados de fibra de vidro são muito recentes e são

necessárias maiores informações laboratoriais, bem como resultados clínicos

longitudinais para sua avaliação. Por ser composto de fibra de vidro envolta por

material resinoso, o pino prevê refração e transmissão das cores internas

através da estrutura dental, porcelana ou resina, sem a necessidade do uso de

Page 7: Núcleos Resumo

opacos ou modificadores e, além disso, adere-se quimicamente às resinas para

uso odontológico, não necessitando de qualquer tratamento de superfície

(Baratieri, 2001).

Restaurações com pinos pré-fabricados

Quando o dente tratado endodônticamente mantém uma parte

considerável da estrutura dental coloca-se um pino pré-fabricado no canal

radicular, com objetivo de aumentar a resistência do material de

preenchimento. Existem várias marcas comerciais e tipos de pinos, e a escolha

deve ser feita em função da relação diâmetro do contudo/comprimento do pino.

Diâmetro do conduto: O diâmetro do pino deve ser compatível com o do

conduto, a espessura da dentina não deve ser diminuída a ponto de

enfraquecer a estrutura. A seleção do pino é feita comparando seu diâmetro

com a luz do conduto, através de uma radiografia e a espessura deve ficar

entre 2 a 3 mm. O conduto é preparado usando brocas que acompanham os

pinos.

Comprimento do pino: Deve ocupar aproximadamente 2/3 do tamanho

do dente. Quando tiver perda óssea deve ser metade do suporte ósseo

envolvido.

Para dentes multirradiculares não é necessário a colocação em todas as

raízes, escolhe-se a de maior diâmetro e uma segunda preparada parcialmente

com comprimento de metade do remanescente. Retira-se o material obturador

com pontas Rhein aquecidas até remover o material ou usa-se as brocas que

acompanham os pinos ou ainda brocas peeso, largo ou Gates.

Qual retentor usar?

A decisão sobre qual pino utilizar em determinado dente depende de

vários fatores, entre eles: localização do dente na arcada, morfologia radicular,

grau de destruição do elemento dental, condições periodontais, estresse

oclusal. Dentre estes fatores, um dos que mais preocupa no planejamento das

restaurações, refere-se à quantidade de estrutura dental remanescente após a

intervenção endodôntica. A falta de estrutura dentinária faz com que a coroa

clínica dificilmente suporte o estresse oclusal parafuncional, ou até mesmo

funcional, ocasionando, freqüentemente, fratura (Federick, 1974). Estes

Page 8: Núcleos Resumo

problemas ocorrem porque há uma alteração muito grande na fisiologia da

dentina. A dentina vital é composta por componente orgânico, inorgânico e

água, com o tratamento endodôntico ocorre uma perda de até 9% na umidade

dentinária, que é de aproximadamente 13,2% na dentina sadia (Helfer et at.,

1972).

As maiores vantagens dos núcleos metálicos fundidos são: baixo custo,

não exigência de técnica ou cimentos especiais para fixação, larga experiência

clínica, nas várias décadas em que já são empregados, e excelente

radiopacidade. Como desvantagens, pode-se citar estética desfavorável, a

possibilidade de sofrerem corrosão, o alto módulo de elasticidade e o fato de

não serem adesivos. Apesar das desvantagens inerentes aos pinos metálicos

fundidos, eles ainda são utilizados e possuem algumas indicações clássicas

como a mudança de ângulo raiz/coroa; ou seja, no caso de uma raiz

vestibularizada em que a coroa necessita ser lingualizada para se harmonizar

posicionalmente com os outros dentes, o núcleo deve ser fundido para gerar tal

configuração (Baratieri, 2001). Em canais excessivamente cônicos ou elípticos,

geralmente, em pré-molares, os pinos pré-fabricados circulares não se

adaptam às paredes e necessitam de uma camada de cimento mais espessa, o

que indica o uso de pinos fundidos (Baratieri, 2001).

Os pinos pré-fabricados possuem as vantagens de: instalação fácil e

rápida; baixo custo; dispensar moldagem e etapa laboratorial; permitir preparo

mais conservador; estar disponível em várias formas, tamanhos e materiais

(metálicos, cerâmicos e fibras). Os pinos de fibra de carbono têm as vantagens

de ter boa biocompatibilidade, resistência à corrosão, resistência à fadiga,

características mecânicas semelhantes às da dentina e facilidade de remoção.

A desvantagem deste tipo de material é que a flexibilidade pode causar falhas

adesivas. Koutayas, Kern (1999) compararam a resistência à fratura entre

dentes restaurados com núcleos metálicos fundidos e com fibras de carbono,

constatando que os últimos apresentavam apenas metade da resistência à

fratura dos primeiros. No entanto, é importantíssimo avaliar o tipo de fratura

ocorrida: nos dentes restaurados com pinos de fibra de carbono só houve

fratura de parede radicular em 5% dos casos, ao contrário dos dentes com

núcleos metálicos fundidos em que esse tipo de falha ocorreu em 91% dos

casos. Desta forma, conclui-se que o módulo de elasticidade do pino similar ao

Page 9: Núcleos Resumo

tecido dentinário diminui a resistência da restauração, que se fratura mais

facilmente, no entanto, a possibilidade de fratura radicular é significantemente

diminuída, o que pode ser uma grande vantagem.

Conclusão

Com base no levantamento bibliográfico realizado, concluiu-se que,

apesar de toda a evolução das técnicas e o desenvolvimento dos novos

materiais, não se conseguiu chegar ao que seria chamado de pino ideal. Entre

os vários tipos de pinos pré-fabricados existentes no mercado, ainda há

indicação específica para cada um deles. Não tendo, ainda, surgido um tipo de

pino com material e técnica que solucione todos os casos. Pode-se concluir

também, que os núcleos metálicos fundidos, apesar de serem uma opção para

restauração de dentes tratados endodonticamente das mais antigas, ainda

continuam sendo muito empregados, e quando bem indicados, proporcionam

resultados clínicos satisfatórios.