8
ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 31 DE IANE1RO DE 1914 NUM. 1580 *^BfeW_!0uMii-r" SEMANÁRIO HUMORÍSTICO lLLUSTRADO^^=^= I1UIII-I-4» AVUIiSO -- 30» i*éis Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515 --¦™* 1 ¦rrÜ u -.v A PATROA - Como -'que você, não sendo casada, apparece agora grávida ? A CRIADA - Olhe quê não foi por obra e graça do Espirito Santo... Seu marido que o diga. ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceulico e chimico JOÍO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syph.lis" Vonde-Bc om toda. P_ar-r.cl-rr e Drogarias. -BLHHM___________f________-

NUM. 1580 *^BfeW !0uMii-r - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01580.pdf · Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515--¦™*

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: NUM. 1580 *^BfeW !0uMii-r - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01580.pdf · Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515--¦™*

ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 31 DE IANE1RO DE 1914 NUM. 1580

*^BfeW_!0uMii-r"SEMANÁRIO HUMORÍSTICO lLLUSTRADO^^=^=

I1UIII-I-4» AVUIiSO -- 30» i*éis

Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515

--¦™*

1¦rrÜ

u -.v

A PATROA - Como -'que você, não sendo casada, apparece agora grávida ?

A CRIADA - Olhe quê não foi por obra e graça do Espirito Santo... Seu marido que o diga. •

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceulico e chimico JOÍO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syph.lis"

Vonde-Bc om toda. a» P_ar-r.cl-rr e Drogarias.

-BLHHM___________f________-

Page 2: NUM. 1580 *^BfeW !0uMii-r - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01580.pdf · Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515--¦™*

=»=ffl )-( O RIO NU )-( :Jggj] -:.l de Janeiro de 1914

r EK_PED»g.EN¥E _J_tzzD Czz.—,

'ASSIGNATURAS

Anno . . . 125000 | Semestre. . 7.000Exterior: Anno 20J000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

"Toda a correspondência, seja deque espécie fôr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

^^^^S?£S^^S?c2!^S2;E_SS3_CARTAS EM TRANSITO

(De um marido angustiado,pedindo a um amigo conselhossobre o que deve fazer num ca-so estranho t]tie se passou comsua mulher).

«Henrique amigo.

Não podes imaginar o que me suecede,meu caro Henrique! Estou num estado d'al-ma impossível de descrever e por isso lançomâo da penna para te narrar um facto estrr.-nho que se passou em minha casa e pedir-teque me aconselhes sobre a providencia quedevo tomar. E's a única pessoa com quemposso me expandir, és o meu único amigo,e tenho certeza de que só tu me poderás va-ler neste momento terrível, indicando-me oque devo fazer.

Ha um anno que, como sabes, casei coma Vitalina e julgava-me feliz.

De ha uni mez para cá, porém, comeceia notar que ella já não era a mesma paracommigo, tendo chegado ao ponto de, porvarias vezes, fugir ás minhas caricias deesposo...

A suspeita de uma traição" se avolumavadia a dia no meu cérebro e eu, após variaspesquizas feitas com habilidade, não conse-gui descobrir nem sombra de unia prova,nem o mínimo indicio de que minha mulhertinha um amante.

Entretanto, a frieza com que me tratava,sem motivo algum, parecendo até ennojadade mim, não permittla que eu me conformas-se com o resultado negativo das pesquizas eresolvi jogar uma cartada.

Ante-hontem, depois de ter fingido umaviagem a S. Paulo, entrei em casa ás duashoras da tarde e, sem ser visto por pessoaalguma, cheguei á porta do nosso quarto e vique estava fechada por dentro. Puz-me á es-cuta e ouvi... (ahi Henrique! Nem imaginascomo fiquei!) ouvi phrases cochichadas, bei-jos, muitos beijos !

Que momento angustioso! Minha cabeçaestalava e fiz esforços sobrehumanos paranão metter os hombros na porta, põl-a abaixoe crivar de balas os dois traidores 1

Contive-me a custo, acariciando nervo-samenfe a coronha do meu Smith and Wessone resolvi esperar que abrissem a porta: o pri-meiro a sahir—elle ou ella—seria morto im-mediatamente; depois o outro.

Fiz das tripas coração e acalmei-me paraque a mão não me tremesse no momento tra-gico da vingança da honra ultrajada...

Tomei precauções para que o inelro nãofugisse e postei-me num logar em que pudes-se agir com resultado. Esperei largo tempo,talvez uma hora. De repente, a porta abre-see surgem, risonhas, abraçadas pela cintura,minha mulher e sua prima Laura... AquellaLaura que queria casar comtigo e que tu des-prezaste por causa do vicio que lhe des-cobriste . . ... . ¦ . .,- : .... .

Fiquei pasmado, tremulo, a olhal-as deolhos esbogalhados... Vitalina, muito natu-

Tfflnrente, limitou-se a pergitirtar-ine, cum arescarninho:

—Já voltaste de S. Paulo?...Compichendes agora a minha situação,

Henrique ?Que devo fazer, que providencias hei de

tomar para sahir dessa entalaçào ?Responde-me com urgência e franqueza;

pensa por mim, porque não estou cm condi-ções dc pensar coisa alguma.—Teu Marcai."

Confere.INDISCRETO.

Leiam A VIUVA ALEGRE — contorápido N. 5. Preço $300 pelo Correio $500

iPí©£§S(_D?Adorada pequeninaDe olhos verdes de morrer!Comtigo, minha menina,Hoje eu queria... dormir.

PONTO.

Eio á noiteO Stadt Muncheu éo quartel-general dos

actores e actrizes nacionaes e nacionalizados,activos e inactivos.

Logo que vai anoitecendo, elles vão che-gando e formando-grupos á porta ou em re-dor das mesas. Nestas é que maior numerose reúne, pois mais vale passar o tempo sen-tado do que de pé e o direito de sentar e seconservar ali durante horas a fio é facilmenteadquirido mediante a despesa de uni tostão,preço de uma chicara de café...

E' interessante estar de parte a ouvir oque esses artistas conversam. Entre os nãocontractados, então, a palestra versa sempre"sobre as companhias organizadas 011 a orga-nizar e sobre os collegas que dellas fazemparte.

Desde que o empresário Moraes pensouem confiar ao actor Marzullo a tarefa de reu-nir elementos para a troupe que actualmentefuneciona no Recreio, começou nas rodas doMuncheu a trepação. Dali passaram aos jor-naes os commentarios em que se aceusava oorganizador por deixar de parte alguns Ittmi-nares da scena, nacionaes daqui e de alem-mar...

A Sr-'. Luciiia Peres, desilludida, partirapara Lisboa, contractada com reaes vantagenspecuniárias e artísticas...

O Sr. João Barbosa recusara fazer parteda companhia nacional (?), aliegando (segun-do as linguinhas do Muncheu) a inferioridadeartística do Sr. Marzullo...

E outros episódios interessantes se de-ram até que o empresário Moraes conseguiuchamar ao seu grêmio aquellas duas princi-pães figuras do theatro brazileiro.

E á noite, 110 quartel-general dos artistasnacionaes e nacionalizados, activos e ina-ctivos, commentava-se por vários modos osuecesso.

Um linguinha terrível dizia o seu modode ver ao imparcial Mario:—Acho que a Luciiia e o João fizerammal em acceitar o contracto, pois a compa-nhia vai mambembar pelos Estados.—Não fizeram mal — replicou o Mario;quem andou mal foi o Moraes, que se esque-ceu da Davina...

Ao ouvir isso, retirei-me para nào estou-iar a rir nas bochechas do pretencioso oui-rittco... '

.VlfDíífc ;;i CflDiraicuiiiPS©

Para o MOTTE 11. !l da !« serie

Quando a Bertha se casouLevou um grande canudo

Recebemos as seguintes Glosas :

João Tliemiido goslouDa gentil Bertha; a pequenalira uma bella morena !Quando a Bertha se casouMil esperanças levouDe ser feliz; o TliemudoJulgou ser valente em tudo !Mas, na noite do casório,Saliiu-lhe um fraco, um simplórioLevou uni grande canudo!

. JACINTHO PRAZERES.

Não sei que foi que arranjouA Bertha, emquanto solteira;Sei é que houve chinfrineiraQuando a Bertha se casou.. .—A Bertha! a ingrata! bradouO noivo assás carrancudo...Rendeu-se o lorpa, comtudo,A's lábias da noiva esperta ;E, levando-a emfim, íí Bertha,Levou um grande canudo!

AMBROSIO.

Contar-te leitor eu vouUm caso ha tempo passadoE por mim presenciadoQuando ti Bertha se casou:Ella uo seu quarto entrouJunto ao meu, donde vi tudo,Vi o marido espadandoCheio de emoção entrarE que ella então a suspirar,Levou um grande canudo!

-ELMANO

NOCT1VAÜO.

Tudo p'ra mim acabou,Na zona estou estragado...Tudo já tinha acabado,Quando a Berlim se casou;O marido a maguoti,Pois quiz tudo ver de pertoNão falou : fez-se de mudo,E ella, a pobre da coitada,No meio desta chanchadaLevou um grande canado.

D. QUIXOTE.

2» SerieMOTTE N. 1

Dei-lhe um beijo na boquinhaEfiz-lhe muitas caricias.

Glosas até 7 de Fevereiro.

CAMISARIA AMAZONAA casa q«e maisbarato vendo

Artigos para corpocama e mesa

tamisai. collarinhos. punhos, tiranias, meia..tamisslas, l_n[Ses. írantias, toalhas para

roslo, guarda 11 após, saias, ele.— Preços baratissimos —

77 - RUA DA CARIOCA - 77

Page 3: NUM. 1580 *^BfeW !0uMii-r - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01580.pdf · Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515--¦™*

tf*:g_| 31 de Janeiro de 191^*' ^_f g] )-( O RIO NU )-( :3 —

»3-_ i. * »* . ¦ Sm. *,

[7^ ^S ^ni-ílu^f^i!,, 4

Mais uma revista de F. Cardoso de Me-nezes, desla vez feita de collaboração com oactor Carlos Leal, foi levada á scena no S.José.

O Cttcra, tal é o nome da peça, agradouem cheio, o que era de esperar, dados os no-mes já bastante applaudidos dos seus autores.

i»r Evohé! é o titulo de uma revista car-navalesca que subiu á scena no Rio Branco.

Queríamos dizer algo dessa peça, mas aempresa daquelle theatio esqueceu-se de nosmandar desta vez o-costumado convite paraa prcmièrc e como nãu lemos entrada ali demeia cara...

Para outra vez será.itar Com que então a Dores do S. Pedro

sempre encontrou um que não é para graças?!Gostamos disso ! Estamos convencidos

de que actualmente as gabirúas theatraes sósabem andar nos eixos quando a lenha lhe.;canta no lombo.

ita* Pensamento que tem no leque uma sau-tinha do Recreio :

«Se eu governasse cm teus olhosHavia de ser assim :Para a mais gentes fechadoAberto só para mim.»

Meu Deus ! Quanta belleza de arte ! !(tf A Emma — disse-nos o Mattos — vae

descansar e descarregar, sendo substituídapela Brazilia Lázaro.

E, olha lá, ó Mattos, quem será o pai dacreança?

..»: Deixem lá que o tal seguro de vidaexigido pelo Olympio sempre foi um seguroniuito mal seguro.

Si o homem não exigiu coisa nenhuma !No seguro precisa elle de pôr... uma

coisa que nós sabemos.sar A Belmira e o Mattos estão agora

como os gallos de briga; andam sempre ásbicadas.

Ha poucos dias, quasi foi necessário cha-inar-se a assistência para soecorrer os dois,que tinham ficado avariadissimos num renhi-do combate.

«a- Avaccalharam-se nesta semana :... o Álvaro Pires por causa de uma ga-

birita reles com quem conversa desde o dia23 p. p.

... o Machadinho porque a sua portu-gueza quer que elle se torne inimigo daBrahmina.

... o Campos do S. Pedro por ter arran-jado aquella conquista batida.

... O Tifão porque nâo pôde deixar depassar horas esquecidas á porta da caixa doS. José.

... o Carlos Abreu ao ter a certeza deque a sua loura foi para S. Paulo, quando ei-le a queria no Recreio.

... e o Peixotinho por causa dos amoresjoanisados que agora tem a sua Coralia Zor.i-nha dos Pobres.

e& A' força de viver com a hespanhola, oLino Ribeiro esqueceu-se de que é portugueze já não sabe patavina da sua lingua.

0 peor é que o diabo também não falahespànhol! E' tão embaralhado o seu actualidioma, que só elle é que pôde entendel-o;isto é, elle e a mulher, que, segundo nos ga-rantiu o Edú Carvalho, adoptou e faz uso dalinguk do pobre Lino.

MARCA REGISTRADA

CORRESPONDÊNCIA

Não ha no Rio de Janeiro sinão umaAlfaiataria Guanabara, c essa é esta-beleeida á rua da Carioca n. 3 4. onde não seengana o freguez, porque" urdo ali eslú á mus,-tra com os respectivos preços marcados.

Os imiladotes do seu sysUtna de venda éque são muitos; contra elles se deve prevenir opublico para uão ser enganado.

Somente na Alfaiataria Guanabara é que sepôde obter por pouco dinf eiio um terno de bnmde linho ou de casemira estrangeira, confeccio-nado com apuro e bom gosto.

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

ANNUNCIOS ESPECIAES

José Monteiro c Anthero Vieira - Para onumero passado a coisa chegou tarde; paraeste, agora que a romaria já passou, nao tem

Os amigos desculpem-nos e para outravez cá estamos ás ordens.

JOÃO RATÃO.

Au Bljou de Ia Mode ¦ Grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e estrangciro para homens, senhoras e crianças.

Pre-ços baratissimos, '" ^ '

• lephone 3.660.¦ da Carioca n. 80 — Te-

PEP.Si*SMIEír2IOiS

Quem diz que descobriu a Verdade, men-te; pois si ella e uma senhora que anda sem-pre nua !...

MENTIROSO.

—Não-gósto-de-vei- mulheres nem mesmopelas costas; o meu fraco são os rapazes,pois só com elles me dou bem, apezar de en-trado em annos. ^^ veja_

Oh !. .. A carrestia da vida I Quanto zim-pathico eu chamo para conversar, me res-ponde: Não tenho dinhêrra!

WESUGHT.

Já levei trezentas descomposturas, algunspares de taponas e nada arranjei com as mu-lheies bonitas a quem dirijo gracejos. Masnão desisto; alguma ha de me cahir no papo...

LAMBARY.

O cardeal excommungou o tango porachal-o uma dansa indecente; bem se vê queSua Eminência, sendo Arcoverde, nunca foiroxo pelas peruadas... ^^

3fr Galeria Artística %

Criada de absoluta confiança, para todoo serviço de um homem solteiro ou viuvosem filhos, nova, pratica na arte de agradar,oflerece-se a quem a quizer; não faz questãode ordenado, mas quer ser bem tratada ebem... acompanhada durante a noite. Cartasa Mme. X, caixa postal 69(39.

Dentista.—Arranca dentes sem dor; es-pecialidade em trabalhos para senhoras, poistem um segredo para lhes metter o ferro,produzindo-lhes, em vez de dor, um prazerque é de lamber os beiços e pedir por mais.

Dirigir-se ao Dr. Boticão, posta restante.

Senhora donzella, já madura, vendo quenão encontra marido, procura um senhor quelhe queira dará sua... protecção, tirando-lhe o... embaraço para fazel-a feliz. Infor-inações, por favor, na casa da Libania.

Casamentos.—No civil e religioso, naigreja verde e atrás da porta; preparam-se ospapeis com presteza e seriedade por poucodinheiro. Trata-se na 25." pretoria com o res-pectivo escrivão. _

Avisamos aos leitores que Unhamfaliu (lc i.lqumas estampa» (Ia nossaGaleria Artística, e queiram complc-tara collecção, que em nosso cscr.p-torlo existem exemplares dc todosos números d» KM» XI] desde o im-cio da publicação dessa t.iiler.a. po-dendo ser adquiridos sem nuymeiato

de preço.

Mocinha de 15 annos, recentemente de-,sencabeçada, offerece seus prestimos. E' apro-veitar emquanto é tempo, pois agora é queella está apertada... por dinheiro e nào en-geita parada. Ver e tratar com a Cara Alan-chada.

Um aioço de 20 annos, serio e bem ser-vido... de boa intenção, ofíerece-se para tra-tar de cachorrinhos nas casas das respectivasdonas, pois, é cuéra nesta especialidade;cartas ao Carneassada, largo da Mãi do Bispo.

Tônico Japonez

Para perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas: Andra-das, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

Coisas importantes

Os collarinhos do Marzullo.O macho asneiro descoberto pelo Mi-

randa.As caretas do Carlos Abreu.Os odulos do Simões Coelho.

,„ "mnTTY". j^Iili.i mJn>-'^'~rsrj!ufla^^~í"'^^t S8_T

Page 4: NUM. 1580 *^BfeW !0uMii-r - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01580.pdf · Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515--¦™*

)-( O RIO NU )-( ;il dc Janeiro dc 1Í)M

*MS !l(-r-'¦ ^^!^é

Desde os saudosos tcmjios em que D RicTde Janeiro era a feiosa Sebastianopolis c nãotinha a Avenida com o Maná numa ponta e oobelisco lopes trovoada na outra, que eu ti-nha uma embirração doida, uma qtlizilia me-donlia, contra tudo quanto era jiadrcca, des-de o formigão escanifrado até o bispo anafado.

Oli! Do bispo principalmente eu tinhaiim ódio burro !

Também havia dois motivos imperiosos.Um é que quando o tal bispo entrava na pa-nella do feijão, a boia ficava reduzida ao ar-roz e carne secca, o que, francamente, não éiguaria nem para um vigário de Pindurasaiaou Páo Cirande.

O outro motivo é que, sendo cnlâo bispoum tal Lacerda, uma oceasião num salão mepediram num joguinho de prendas duas rimaspara o tal nome. Eu achei logo a primeira—herda e fugi com a outra engasgado, apezardo tal cheirinho que tem.

Pois, meus amiguinhos, apezar dos peza-res e desta ogeriza toda com a padrecada,fiz as pazes com o pessoal lodo, e d'aquiproclamo o Arcoverüe o primeiro homem desaias deste mundo e do outro.

Sim, senhores! Gostei do supplicante evou metter a tia Pulcheria de freira num con-vento de barbadinhos.

O que me fez ficar ás boas foi essa coi-sada do tango ex-commungado. Muito bem,seu Arquinhoverde; você deu no vinte e me-rece uma manifestação com foguetes, bandaallemã e retrato a óleo.

Era o que faltava ver o tal senhor tango,um troço da estranja, um gringo capadocio,mettido a sebo r.os nossos saiões da elite,emquanto o nosso patrício, o legitimamentebrazileiro, o requebrado maxixe ficava bar-rado como cachorro em sac.iistia de. igrpja L

E depois como é áspero um cavalheirocom o braço torto feiloaza de samburá dizerá dama:

— Senliorita, vamos tangar?Além disso, a senhorita podia muito bem

ser meio surda, não ouvir a syllaba tangar eresponder roxa de raiva:

—Vá você, seu atrevido, não seja porco !Podiam também, com a máxima facilida-

de, do uso do tango passarem ao da tanga eentrava a rapaziada toda a morrer secca ven-do tanto pitéo que lia por ahi.

taliça e nós achamos que do mesmo modoque a Uropa se curvou diante do Brazil, estecieve se curvar ante o padroco e erigir-lhe—umiiionumentofeito de qualquer coisa; -miolode pão ou mesmo sebo de grillo.

Era um descalabro, unia encrenca pretana zona si o tal de tango expulsasse o nossogostoso maxixe!

E afinal onde é que o tango tem o mexi-¦do suspiroso, o corta-jaca scientiíico, a te-- soura cotúba, o parafuso tremelicado do nos-so maxixe V

E o corropio circumscisílautico que faz anegrada toda gritar:— Aperta a íivella, madama 1 Agüenta anota, mulata .' O' cabra bào !

Uma ova 1 O tal de tango o que é quetem dc bom ? O arroxo da juntaçào dos per-names? Ora, para embrulhar perna com per-na a gente vai a qualquer cinema da moda '.Seu Arcoverde teve razão e emquauto

assim pode contar com a minlia... adhesào !L. REPÓRTER.

Aguti .lupoiiczuNão ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a côr que se deseja.E' tônico, faz crescer o cabello e extirpea caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 aHospício, 164 e

Bibliotheca d'0 RIO NU

166.

Nãíia, a medida excommungativa de seuArcoverde é uma verdadeira belleza de hor-

«Uma senhora de condueta ali-ançada, fallando francez e por-tuguez, vae em casa de familiaou pensão, para cergir roupa epassar a ferro, por 2í diários;d i rija-se etc.»

(Jornal tio Brasil)rala francez, portuguez,Tem condueta afiançada,E cose a roupa rasgadaIndo á casa do freguez ;Alem disso, a ferro passaA roupa (pois está visto)Por dois mil réis tudo isto !Eu acho quasi de graça ;Para provar que ha erro,Os argumentos dispenso,Mormente si como eu penso,

^i-se-nlfQ-ra-/tTY) o fti 1 o!

A CABEÇA 1)0 CARVALHO — Pyraml-dal trabalho do bestinito do incomparavcl Va-ãabundo, 2/000 j pelo Correio, 2Í500.

SCENAS DE ALCOVA - luteressantis-simos episódios da vida ale 11111 pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, lífiOO-pelo Correio, 2Í000.

AMORES DE UM FRADE-(2- edição,11. I da «Collecção Amorosa»)—Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO-(11. 2 da «Col-lecçào Amorosa») — Episódios picantes entreum casal reccui-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalém, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME M1NET —(n. 3 da «CollecçãoAmorosa») —Historia de uma linda viuvinhapatusca, (pie para comer exige apperiüvos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis.

CASTA SUZANNA - (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripçâo descenas amorosas jiassadas entre uma don-zelia e Lúcio d'A'niour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

ÁLBUNS DE VISTAS - Collecção«le Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cott-che de 1« qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados os ns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, 1J000; pelo Correio1Í500.

O TIO EMPATA - N. 1 dos Contos ra-pidos — Engraçadissimo conto, escripto emlinguagem livre, em que o autor se vè bar-rado pelo lio na oceasião em que ia gosar asearicias dos cachorrinhos de duas primasdonzellas-Preço 300 rs.; pelo Correio 500 rs.

A MULHER DE FOGO - N. 2 dos Con-tos rápidos— Mesma linguagem. Historia deuma mulher fogosa que casoii com um inglez.Preço, 300 rs.; pelo Correio 500 rs.D. ENÜRACIA, n. 3 dos Contos Rápidos— Narração das aventuras de um rapaz emcasa da madrinha. Preço, 300 réis; pelo Cor-reio, 500 réis.FAZ TUDO - N. 4 dos Contos Rápidos —

impressões de um tabaréo sobre uma mulherda rua do Senado. Preço, 300 réis ; pelo Cor-r£±a,-3QQ--TOS:

ELMANO

COMO ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resinados,infiuenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenao exige resguardo. Vende-se em todas aspharrnacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;'Rio Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel & •'C; Santos, Drog. Colombo.

A VIUVA ALEGRE - N. 5 - dos Contosrápidos — Historia de uma viuvinha que co-meça a alegrar-se durante o velório do ma-nao.

ialai-TS.1.?;?. °S Ilvro» acima citados aaa.natural? C°m Ora*""*as "a-auas do

arnní?HD0NZEL~AvenU,ras de um moçoacanhado e que as circunstancias fizeram omaior conquistador do Rio. Preço 1 $000;pelo Correio, 1J500.

rwrnriH \ CpA A,LEÜ£E - Educadíssima

IfotwJ rCel'A d0S Cai'dc'i<-'s», em versos*,Á \?/ a rCS rcsPelt;lvl-is padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemConeioVa^-PeÍas'-- Preço'50ü *'* • &°800 réis.

CDOs pedidos dirigidos ao nosso escripto-

no devem vir acompanhados da respe-ctiva importância, em vales postaes, ordenscommerciaes, dinheiro ou sellos do Correio,e endereçados a

A. VELLOSO, Rua do Hospício n. 218.

Page 5: NUM. 1580 *^BfeW !0uMii-r - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01580.pdf · Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515--¦™*

Pgg^jE^S8-_*_CA- t__u—| ,.:;_

:(fF3 31 de Janeiro de 1914

Regras de civilidade

CD

Os objectos e os ornatos de uma sala etambém do próprio vestuário com o tempoperdem o destino para que foram feilos e ad-quirem novas applicações.

CDAs escarradeiras.Muita gente, que se julga chie c conhece-

dora das regras de civilidade, ainda hojepensa que as escarradeiras são destinadas areceber as catarrheiras da reunião.

Puro engano ! Ellas substituem com mui-ta vantagem os banquinhos de collocar aspatas.

Um cavalheiro genuinamente smart o pri-meiro cuidado que deve ter numa sala é poros pés na respectiva escarradeira.

CDOs tapetes.Quer os da porta de entrada ou da sala,

quer os do sofá, mudaram completamente demister; ninguém mais limpa ahi os pés.

Os primeiros são destinados a receber aspontas dos charutos e as baratas dos cigarros.

Os segundos, é evidente que estando nolo"ar dns escamdfiiiflS e tendo estas outras

smart, a gente limpa os dedos no reposteiroda poria, nas cortinas da janella ou mesmona capa do piano.

CDSi por desgraça faltarem na sala esses

troços, ergue-se rapidamente o vestido deuma senhora vizinha, dizendo: ,

—Espera um pouco, bemzinho... Deixalimpar esta coisada na.fralda da tua camisa !

PETRONIO.

fuiicções, são destinados a guardar os escar-ros dos circuinstantes.

CDOs lenços.Não ha coisa mais anti-esthetica que uma

senhora ou um homem servir-se do lençopara assoar d nariz. , . ,

E' até um grave attentado a elegampcia.Quando o mouco vem ás fuças, com os

dedos pollegar c indicador tira-se a ester-queira com toda a graça, atira-se o troço nocollo da senhora próxima ou nas pernas dealgum cavalheiro; e depois, soberanamente

«Uma senhora dc 40 annosde toda a-confiança desejaempregar-se em casa de fami-lia para arrumadei,ra e concer-tar roupa, com pequeno orde-nado, porém qtter ser tratadacomo pessoa da familia; car-tas a Luiza etc.»

(Do Jornal do Brasil)

Apezar da sua idade,Faz muito por baixo preço,A sua intenção conheçoli me causa hilaridade ;Quer fazer arrumaçãoE coser roupa (de cama).Mas não concerta a da ama,Só pega na do patrão !E embora haja quisilia,

-Q-pa-trlo lhe aiTiista_n aza

)-( O RIO NU )-( s_r==5 ===

CranSXulRlMFu me ESTiü-OS

CARNAVALESCO.-Ahi vai uma fantasiasuperior a todas as que você nos oflèreceu eque podem servir muito bem para a sua nia-mãi. Calções de capim.casaca de farelo, cha-péo de alfafa e bolas de milho secco. E mui-to chie, porém você é muito capaz, depois devestido, de se comer a si mesmo.

Senhorita Z. — Arde sim, senhorita.Qual-ciuer que seja o fabricante, o negocio cahmdono olho ha de arder por força. Use óculosune é o meio de pol-o no seguro.

MlNOCA.—Uma moça de família que vai aum baile de club carnavalesco, somente tema fazer unia coisa: após o baile, pela madru-gada ir á Copacabana tomar champagne naMère Louise. Quanto ao noivo, si nao torararão, dará logo o fora.

Novato.—Isso de armas de carregar pe-Ia boca era no tempo em que não se dava ti-ro sem socar primeiro. Hoje todas as armasrecebem o cartucho pela culatra, isso desde ocanhão velho de guerra até á garrucha de fa-milia. Ha, entretanto, algumas tão aperfeiçoa-das que carregam dos dois modos. Uma des-tas é que lhe serve para desemburral-o.

Pedida.—Oh! encrenca cabelluda! Então,o primo Quincas... etc. e tal e agora o itioAntônio pediu-a em casamento?! Que melecaroxa 1 Também quem a mandou ser tao ato-bada em dar ao primo o que devia guardarpara o titio? „

Nós francamente nao conhecemos collanenhuma que concerte isso. Só mesmo em ca-sa com as titias é que talvez lhe ensinem o

Ficando a Luiza em casa,Como gente da familia !

ELMANO

Licor TibainaO melhor petrifica-— (Cor do sançjite —

GRANADO & C - Rua \° de Março, \k

-meiOTPobre titio 1... .|OAo Moleque.—Não nos amole a paci-

encia, e, de uma vez para sempre, fique sa:bendo que nós não gostamos dessa frueta. Sivocê quizer ter a prova de que o redactordesta secção continua a ser duro, mande ai-«nem em condições, pois você nem pintado.

Um ANNO.-Safa! Então você principiouem 1913 e terminou em 1914! Pois, amigo,reclame immediatamente o titulo de prest-dente honorário do Club dos Brochas.

JOÃO DURO.

Novella illustrada (39) llie as

c|f AS HIEfeJI H ÉSJj .loriji- <1<- MnderU-y %^__,

XI

E esta, hein?!—disse Cláudio.Que pensas disso?Seria capaz de jurar que a voz era

dc minha mulher!—Eu não te queria dizer nada a esse

respeito, com receio de que me ehamassesdoido; mas a mim também me pareceu...

—Entretanto, é inadmissível!—Evidentemente!. . . A menos que

não seja obra do demônio. - -Ou alguma brincadeira de mao

i;osto! , iNesse momento Julmha cessou ue

aemer e, erguendo-se do chão, sentou-senuma cadeira. Carlota seguiu-lhe 0 exem-

pio, dando por findo o fanico.—Quem sabe—aventou Julmha—si

não é o meu vizinho pintor que se.querdivertir á nossa custa?

—Nesse caso, é preciso puxarorelhas—opinou o oflicial.

E, dizendo isso, dirigiu-se ao quartode Pincelam, a cuja porta bateu inútil-mente. Procurando informar-se com a do-na da casa, soube que o artista subira coma amante, havia já algum tempo.=Emhm— disse Cláudio —eu-reeo-

nheci perfeitamente a voz de minha mu-lher; entretanto, é materialmente impôs-sivel que ella pudesse vir aqui. . . Nem

sei o que pensar!. . - Será o presagio de

alguma desgraça? Quem sabe si nao sue-

cedeu alguma coisa a Leonidia?. . - Nada!

Vou para casa saber do que ha. _juntando a accào á palavra, Cláudio

dcsappareceu, deixando a amante entre-

gue a um natural desespero.*¦- Que—tyfo' — exclamou Ju.ljnha:--v^u*. LjfT ¦.—r%-

vai-se sem se incommodarcommigo! Vou

morrer de medo si ficar sozinha aqui, poisa minha opinião é de que se trata de um

ladrão, dc um malfeitor, que poderá vol-

tar. . ,. .Tens razão—aceudiu Carlota.

—E' fácil arranjar as coisas—disse Cy-

villo. Dormirei num colchão junto á en-

trada e vocês duas ficarão na cama.. Si o

gatuno voltar, terá com quem se avir.—Gomo elle é valente!—murmura-

ram ao mesmo tempo as duas mulheres.E acceitaram a proposta com enthu-

siasmo. . , _ rCollocado no soalho o colchão, L-y-

nilo deitou-se, com o intuito de velar

pela segurança da casa. ..-Nao tardou, entretanto, a, fercar no

somno. . ¦' ','•¦¦ ~y '],''','

—Que typoT — exclamou JiiUirlia

•(ContintÍ0'A i\ü?\

Page 6: NUM. 1580 *^BfeW !0uMii-r - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01580.pdf · Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515--¦™*

)-(O RIO NU )-( =IP5| 31 de Janeiro de 1914

<.E eii, bispo de outra diocese, tambémte excommungo a ti.»

Essa tirada que alli fica, e que a vocêscausará pasino vendo-a citada por um maltra-pilho como eu, pertence a não sei que es-criptui" e representa a resposta enviada a umbispo, (chileno, creio) que lançou a excom-iiuinlião sobre uma obra por elle publicada.

Lembrou-me essa phrase retumbante eenérgica o caso da exconiniiinlião com que aigreja catholica fulminou o tango, essa deli-ciosa empernação por musica que a elite pa-riziense adoptou e que a não menos deliciosaMaria Lino nos apresentou no theatro S. Josc.

. E' facto que a coisa, vista ao vivo, é defazer ficar mais duro ainda um frade de pe-dra e arrastal-o ao peccado... E eu que odiga: todas as noites cavava com o meu ami-go Alvarenga unia carona para o camarote doTorres e ia babar-me, apreciando a MariaLino a tangar com o felizardo do Mattos; etambém todas as noites, ao recolher ao meuquarto na hospedaria das estrellas, punha-mea contar o numero destas, pois o meu tcctonão tem taboas...

Mas não era caso para excommungar otango.

Digam-me suas eminências: o bolina jáfoi excommungado ?

No emtanto, bolinar é mais indecente doque tangar; bolina-se nos bonds, nos trens,nos cinemas, nas igrejas; bolina-se quasisempre uma mulher desconhecida; ao passoque o tango é dansado no palco, no salão,estando de accordo o par e assistindo a ellesomente quem quizer...

Apezar de iniioffen. iva a excoiiiniiinhão,que o Padre decretou talvez por inveja e des-peito, os tangueiros ou tangtiistas devem fa-zer como as telephonistas: não ligar.

Não ligar e responder com a phrase queabre hoje esta secção e que vale por um as-sobio de truz...

GAROTO.

@ |§>

Colleecão amorosaAté a presente data, consta esta collec-ção de romanceies editados pelo Rio Nude 4 volumes: n. 1, Amores ile um Frade,picaresca historia de frei Ignacio,um sem-torrão que soube gosar o que dc melhorexiste nesle mundo— o amor; n. 2, Noitede Noivado, em que são narradas as peri-pecias de um noivado em que a noiva étão escovada como o noivo ; n. .1, Mudei-me Mittct, deliciosa narrativa da Vidaamorosa de uma mulher viciada, em queella, afinal não leva a melhor parte...e n.4, Casta Siizaiiiiii, extravagante historiade uma donzella, que só deixou dc o serdepois de haver provado o amor por va-rios modos que não conipromettiaiii asua virgindade.Qualquer desses volumes, que se ven-dem juntos ou separados, á razão de500 réis cada um, constitue unia tei-tura amena, muito recoiiiinendada aosenfraquecidos de todas as idades, não sópela linguagem altamente excitante emque elles sâo escriptos, como tambémpelas lindas e suggestivas gravuras queos ornam e que são mesmo de fazer re-suscitar tim defunto. —= —Os pedidos do Correio, aos quaes de-vem "acompanlw_jnais_3.C_Ljéi^pãiia-o

-pòriedccâda livro/devemserdirigidos a

TA. Velloso - RUA m H0SP,CI° l m... ¦._¦*¦ Rio de Janeiro

A collecçào completa será enviadaa quem a pedir envian-do a quantia de 3$000.

Eu vinha procurar o doutor para mereceitar um remédio para tosse.

Elle não está, mas vou dar-lhe o con-selho que elle dá a todos os que soffrem detosse, bronchite etc. Tome Peitoral de AngicoPelotense j é só o que elle receita.

Um burro 1

BILHETE DISCRETOEscreva sem receio, Tens liilo us bi-

llic.es ilcW, 15, 10 ? Tenho grandes re-vehicòes ii fuzer-le, tinem pede «_¦ o ques:il>_ que mus o HOMEM MAU. Niioposso niu exprimir mais duro para mereconhece tes, set» «.lar a perceber ao UO-MEM MAU. Quem il- escreve é o que foiobrigado a acabar com a .. embora lutivesses pedido que não a acabasse e miecon li nu árias a c... Escreva para o «Cor-

jxío_^J^_ijili_i____-.t_-k7—J-r-ír-para tt_-ti liemsomente Adeus. Lembra-te da rua doOuvidor, esquina da de Quitanda, ondeeu te conheci pela primeira vez.

(lio O Imparcial)

Do bilhete a discreçãoJá me fez rir a perder!O que escreveu é Iam hãoQue está bom p'ra se... lamber!

ZÉ.

Licor TibainaO melhor purifica-—- dor tio sangue -*-

GRANADO & C. - Rua Io de Março, ií

©ECHDDHBJiíl

Pôde ir-se d'aqui, senhora,Não a quero p'ra mulher.

Pois vou mesmo, vou me embora,Vou-me ter com quem me quer.

—Cliiquinlia, ó bella Cliiqtlinllfll Tu que-res que a campainha da tua porta d es pre guee as forças todas empregue para arrombar aparede ? Tenho fome, tenho sede de umacoisa que tu lens... Ora, tu por tres vinténs,que é quanto vale esse mimo, a mini, quelanto te estimo, não deves negal-o...

-Escuta: eu tenho medo que a frucla tefaça mal: está verde, e eu não quero depoister de... de chorar a tua morte...

—IV muito boa! Dc sorte que tu nãoinicies que eu morra e vais com toda a pa-cliorra me apunhalando a existência!

—Tem paciência... sê prudente... Nàosc fez Roma mini dia I Também oprimo que-ria, numa certa occasião, dar na frueta umbeliscão, fazendo juras de amor... Mas eudisse: «Não senhor! Deixe a frueta na Fru-cteira !•> E elle viu que era uma asneira, con-fessou e nâo quiz mais.

—Tu coutaste isso a teus pais?De certo 1Mas que loucura! Não vês que a fo-

me é tão dura p'ra quem a tem ? Algum dia,lias de saber que agonia já me tem feito essafrueta...

Mas mamai é muito arguta! Si elladescobre que apenas tiras um naco...

—De penas tenho eu vivido, Chiquinlia !Não penses mais na friictinlia, deixa tirar-lheumpedaço...

—Mas ah ! qne perna !... que braço !...—Basta !... Basta :...

Meu velludo !... Meu amor!...—Assim vai ludo !

Que tem isso, si me adoras?...—Mas tu não comes: devoras !...

® ®Pomada Seccativa de São Lázaro

A unica que cura toda e qualquer feridasem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

Como elles andam !...«Um moço distineto, em-

pregado, robusto e sincero,—¦ des e|aAd-venri-a r-iíal-meiTtexoiTr

uma senhora maior de 25 an-¦ nos, séria e sem compromis-sos, que esteja em condiçõesde prolegel-o. Lavra-se con-trato se exigir; cartas a De-silludido, no escriptorio des-ta folha.»(Do Jornal do Commercio.)

Dn vida na cavaçãoJá não ha mais preconceito!Haja vista a safaçãoCom que esse typo perfeitoDo cavador annunciaQue é distineto, que é robusto (!),Para ver si se amazíaSem trabalho ou grande custoCo'uma senhora maiorDe vinte e cinco de idadeQue o proteja. . .

Era melhorQue com mais sinceridadeDissesse logo o quer,Pois eu tiro a conclusãoQue esse gajo, da mulher,Quer ser um bom rufião. . .

Y.

Page 7: NUM. 1580 *^BfeW !0uMii-r - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01580.pdf · Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515--¦™*

31 de Janeiro dc 1914 )-( O RIO NU )-(

preta dos pasteis á Emma Madre Abbadessa,da zona praça dos Arcos, pelo progresso quetem feito a -mesma Madre Abbadessa, nosconstantes tratos de roçados com as suas in-qtiilinas.

Bem ido...LINGUA DE PRATA.

CD

Na zona chieNa terça-feira ultima a Violeta Murrinha

Xexéo, possuída de uma dor de cor... mico-pia profunda, foi se distrahir no Café Para-tihos ás 6 horas da manhã, fazendo espiritocom as suas duas companheiras de farra.

E depois digam cjtie a rezina de pinlieironão segura ,

m- A Olivia Gallinha da Lapa, tendo idoabarracar com o menino Saboia, pela manhãviu os cortinados sujos de uma certa coisa,estando ao lado, na mesinha de cabeceira,um pote de vaselina.

Que negocio foi esse, sua funecionaria i&ar Contou-nos o Magalhães que o Ar-

mando Moreno no ultimo baile do «Carlosüonics» andava á procura de quem gostassede... roscas da Penha.

Livra I¦w A Rosa Arrasta Meu Negro anda tão

prosa depois que freqüenta os Carapicús, que¦chega até a não quererJ)dl£_aS_demais_func^_cionarias se photographém junto com ella.

Quem nunca comeu azeite...ttcj O Antônio «do Costa» tomou um «Bie-

riot» na zona Lapa e aterrou na zona GomesFreire.

«¦ir o Vira Barris declarou que ou empas-tella o «Rio Nú» ou suicida-se.

Parece-nos que o mais certo, seu coisa,é você suicidar-se mil vezes...

mr A Vidinha Pellanca voltou as zonaspara passar o Carnaval; findo este, conti-iiuará na abarracaçào. E ainda lia ptictis ne;-,-sas condições ?•t-sr Contou-nos o Geraldo que nao sepreoecupa mais com a Olivia Gallinha da La-pa porque esta já está estragada de todas asmaneiras...

O que, seu moço, ja assim ?...iar Prevenimos á Angela Fallabosta que

a Violeta Murrinha Xexéo jurou tirar a forrapor ter essa funecionaria se vangloriado coma sua dor de cor... nucopia com relação acerta costureira.Pi^ai=e-^4mii-beer-t3i«-Fíi41aeosta^

Uma doce visita

Saibam todos, oh ! leitores,Que hoje tive uma visita,Bella, faceira e catita,E linda como os amores!Pediu-me por mil favoresQue lhe amarrasse a botina.—Prompto e já, minha menina!..E de joelhos vou ver,O que tenho que fazerNa perna de Parisina I

—Oli 1 que pé tão delicado!Exclamo com meus botões,E procurando os cordõesSubo co' a mão apressado,Pelo sapato adoradoQue esta perna-tão mimosa—Estreita assim, oh ! formosa:E minha mão faz a zona,Passeando até á... portaCabelluda e côr de rosa !

Peço desculpas, leitores,De escutarem até cá 1Mas creio que ella assim fez,P'ra que eu chegasse até lá 1

AVIEN.

Já leu A VIUVA ALEGRE?... o n. 5 dosContos Rápidos 11 E' um suecesso sem iguala sua leitura.

WFija \ -i_iO_Nu j, — ¦ "¦—

CDna Avenida Rio Branco, no domingo

ultimo'á noite, agarradinhas aos seus quen-dinhos zinlws.a Zézé Não Estou Acostumadae a Rosita Hespanhola...

... na zona Mem dc Sa a Laura Paod'Agua agarrada a um clmiffcur...

... na zona Gomes Freire a Manannatodaavaccalhada com um marchante...

a Didi fazendo filas com um mon-drongo na feijoada no «Poleiro»,no domingo

a Sinhá Sente Ventos na zona RioBranco á procura de um conhecido chatiffeur...

... a Laura Gaivota fazendo a mudançaparaobecco do Mosqueira...

a Lourença Cabeça de Morcego, fa-zendo subscripção entre as suas inquilinaspara comprar sorvete...

... a Emma Madre Abbadessa, culti-vando um vasto roçado com a Rosa...

... na zona Lavradio o menino Amoedoespreitando uma wesugth...

... na zona Gomes Freire a Carlota pro-curando quarto... w-.„„

... na zona Lapa.de automovel.a Virgo-lina Mancha Amarella...

viajando em um trem dos suburbiosno sabbado ultimo á 1 hora da noite, a Ma-rina...

VÈ TUDO.

BOLSA DE OURO

CHAPA SEMANAL

«Effectuoti-se o enlace nupcialda gentil professora Fulana detal com mlle, Beltrana de tal,filha etc.

-ar A Alice Treme Treme é uma mulatasestrosa de mais.

Tanta gazolina tem recebido na sua ga-rage que esta tem augmentado extraordina-riamente. , „

Pudera 1 Si a gaja não deixa os cliattffcunquietos !

im- A Sebastiana Paulista precisa tomarmais cuidado com os chupões do Loureiro,porque as marcas ficaram visiveis no seu pes-coco. . .

Si oc/*fl/#w-Chicodá também para uni-tar o Loureiro, então é que a Sebastiana ficaaté sem pescoço.

its- A Maria Izabel da zona Lavradio 27fez hontem mais uma fita de suicídio porqueo seu preferido zinho avaccallwu-se nas zonascom outros funecionarios.

E a peste nâo morreu !tar Entre as artistas e funecionarias do

«Palace Theatre» Rita Doria e Lina Lys, liou-ve grossa encrenca, atirando Dona uni vidrode perfumaria na cabeça da Lys fenndo-a,sendo a aggressora levada- para o 5» dtstnctopolicial. . . _. , ,

A encrenca começou na «Pensão Richard»onde ambas moram e teve fim naqtielle

E tudo isto por causa de um marchante...&r A Marocas Sessenta e Nove, da zona

Mem de Sá, contou-nos que vae mandar a

(Do Imparcial)

Como nada causa espantoNeste paiz de misérias,Aonde as coisas mais sériasSão tratadas com desdém,Não me admiro, portanto,E nem siquer faço troça,De que se case uma moça,Com outra moça também '.

ELMANO II.

645_47_248 065-68-167 357-59-060

773-76—275•36_34_035 890-91-892DEZENAS

98-02-93-10-83-20-78-40-25-56CENTENAS

370-450-361 -687-132-905DON FELICIO.

""JãTãTLOTERIAS DA CAPITAL FEDERAL

~~ Sabbado, ti de Fevereiro, ás 3 horas da tarde

260'—2a

^OOIOOO6.000 BILHETES o««ftrt

inteiros a 110$, quinto**, a 22$ e quadrages.mos a 2$SOO

Bilhetes á venda em t.das as casas lotericas

"MJatilgr-'— —^ -rr-, -rr^rr.7-e-^yg»«^ãÉHMÉ»_BS 7

Page 8: NUM. 1580 *^BfeW !0uMii-r - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01580.pdf · Redacção, eseriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515--¦™*

)-(O RIO NU )-(31 de Janeiro de 1914

Gomo ganhar dinheiro facilmente?" I l•lu vosso <>sloi'v<>. na >iis«.!|!il* ver i-ciiH/ihIo'? Sol-i inU-liz «'in vossn Inmllia uu <-m

'1'ciidcs ul.,,..,i jlcscio que. npcmnr <l«. vosso ,;sioivo. nao e....»y,,...i. **->. re, '•»•' , .„ ,„„„ ..o,,,,,,,,,!,!,,

vosso «o.r.á.Ir.-lo f PrccIxacN .l.seol» ir a .,,....« ««..*« qu o» J

. ç.l|»^f

,„.„!,,„.' jo. s. i.lisu.o f

al.,.,.,1» ,..ssoa que NC ««nha separado? «mar pro... <« » ¦¦ ««."'""nm n.àl,'fi.io f lt.«-..,.rra. «1.,,.», ol.j.e.o

»l!M,..«tm«les<ia «1» «**•«,>'»;»'J!^ j;X|".rl,la<«c * Au.M,,«.„nr o 1»< ¦ .Ia vossa

iiliumlam-in <!«¦ .linln-iro íqne vos «éuliaii. ronbado í Alcançar l.o.ii eu.pre.i».vista on memorial Adivinhar numero «!<¦ norte? Aírnln

Empregue os Acciiniiiladorcs Mentttcs Com elles podeis lambem facilitar rri^^^^/^^^w/^^iV.f, obtendo bons

empregos, resolver favorável mente ns dificuldades tia vida, dc

^J^^' ÀMEL * DE

'! ^$\Q Í^AGríETIZADOR

^lMy '¦

Vi' Radio-àctiuidòde do

l.|AWE[E[l^^ \ày^m\5mo humano

/ fliljC PARA 5E 0BTER|

^ Al « Y% \ FORTUNÁ-SAUDE-FEUODMmm "m ^ c

j nÂuliLlll \ JC^X w ^orprebendente,

ll ^^~^

¦g= —'=y

Preço de cada Accumulador33$ rs.

Um Accumulador sozinho dárezultado ; mas os dois (ns. 5 e 6)reunidos tendo força dc/, vezesmaior, são de efeito rápido c muitomais eficazes paru qualquer fim. Osdois custam 66$0O0 rs.

Os pedidos de fora devem vircom o dinheiro em vale postal ouem carta de valor' registrado nocertificado do correio e dirigidos aLAWRENCE & C, rua daAssembléa n. 45 — Rio deJaneiro.

Os Accumuladores seguirão emregistrado pelo correio, acompanha-dos de impresso ensinando qual-quer pessoa a uzal-os e sem neces-sidade de outras despezas. Nadamais se gasta com a preparação ounçcessorios, mesmo porque a prepa-ração pode ser feita uma só vez epara sempre!

Podeis enviar vosso dinheirocom toda confiança, pois nossa cazaé conhecida, e, tendo sido fundadanoanno.de 1900, é portanto antiga.

Se não tiverdes recursospara obter de prompto os2 Accumuladores, eompraeum de cada vez por 33SOOOrs.; ou então eomprae jápor 10SOOO rs. o Occultis-mo Pratico, com o qual po-deis, sem os Aeeumulado-res, alcançar muitas coizas.Dá-se grátis um Magazine.

O Anel de Magnetizadorcusta 20$000

Enviar com o dinheiro a medida dagrossura do dedo em que dezejaes

uzal-o.

B 3DD cs CONTOS RÁPIDOSA'venda cm nosso escriptorio

N. -1 O TIO EMPATAN. A MULHER DE FOGON. D. ENGRACIAN. A- FAZ TUDO...N. A VIUVA ALEGREN. O Menino do Gouvêa (cm prepi.o

l BtBBKBBâKããi