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A venda do estádio do Pacaembu para a iniciativa privada foi anunciada pela prefeitura de São Paulo na manhã de sexta-feira, 8 de fevereiro. Em menos de dois dias, porém, a transação já foi contestada na Justiça. Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública, pediu esclarecimentos sobre o caso e determinou "a imediata suspensão da licitação", que na sexta-feira havia determi- nado o consórcio Patrimônio SP vencedor da licitação. O grupo formado pela em- presa de engenharia Progen e pelo fundo de investimentos Savona havia oferecido para a prefeitura R$ 111 milhões pela concessão por 35 anos do estádio. O problema está no limite para a construção de novas facilidades dentro do es- tádio. Segundo a juíza, em terrenos tombados pelo patrimônio público, como é o O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR REDAÇÃO Venda do Pacaembu já vira caso na Justiça 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1182 - SEGUNDA-FEIRA, 11 / FEVEREIRO / 2019 de libras foi o lucro do Liverpool em 2018; recorde foi por time ir à final da Liga dos Campeões e pela venda de P. Coutinho 106 mi O FE R E C I M E N T O

NÚMERO DO DIA 106 ir à final da Liga dos Campeões e pela ... · 2 days ago · convívio da família. Em vez de o futebol questionar isso, presta honras e solidarieda-de. E, logicamente,

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Avenda do estádio do Pacaembu para a iniciativa privada foi anunciada pela prefeitura de São Paulo na manhã de sexta-feira, 8 de fevereiro. Em menos de dois dias, porém, a transação já foi contestada na Justiça.

Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública, pediu esclarecimentos sobre o caso e determinou "a imediata suspensão da licitação", que na sexta-feira havia determi-nado o consórcio Patrimônio SP vencedor da licitação. O grupo formado pela em-presa de engenharia Progen e pelo fundo de investimentos Savona havia oferecido para a prefeitura R$ 111 milhões pela concessão por 35 anos do estádio.

O problema está no limite para a construção de novas facilidades dentro do es-tádio. Segundo a juíza, em terrenos tombados pelo patrimônio público, como é o

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

Venda do Pacaembu já vira caso na Justiça

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1182 - SEGUNDA-FEIRA, 11 / FEVEREIRO / 2019

de libras foi o lucro do Liverpool em 2018; recorde foi por time ir à final da Liga dos Campeões e pela venda de P. Coutinho106mi

O

F E R E C I M E N

TO

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caso do Pacaembu, os donos do espaço podem transferir para outros lugares da cidade o potencial de construção, mas isso não ocorreria no Pacaembu, pelo fato de o terreno não ser do consórcio vencedor da licitação, mas da prefeitura.

Esse debate já havia acontecido na quinta-feira, durante a reunião do Tribunal de Contas do Município (TCM) que permitiu a realização da licitação depois de mais de seis meses embargada por diferentes decisões judiciais. Os conselheiros do TCM, porém, votaram a questão e, por 3 votos a 1, optaram por realizar a licitação.

Com a decisão da juíza, a prefeitura terá até 48h para se manifestar sobre a aber-tura dos envelopes. Essa decisão, porém, mantém a validade da vitória do grupo liderado pela Progen, mas suspende o prazo para contestação do resultado da licitação pelos derrotados e, também, a análise da documentação vencedora. A ida à Justiça foi um ato da associação de moradores do bairro, a Viva Pacaembu.

O projeto do Patrimônio SP prevê, além do pagamento de R$ 111 milhões à pre-feitura, o investimento de R$ 400 milhões em melhorias no Pacaembu. O consórcio poderá colocar abaixo a área do Tobogã, que não faz parte do projeto original do estádio. Segundo o edital de licitação, não será possível mudar a fachada do está-dio nem a arquibancada, apesar de ser permitida a colocação de uma cobertura.

Outro ponto polêmico diz respeito à concessão do complexo do Pacaembu para a população. Atualmente, os paulistanos usam as piscinas do estádio e, também, quadras de tênis. Segundo o consórcio vencedor, seriam destinadas 4 horas sema-nais de uso gratuito das piscinas e, também, 12 horas das quadras poliesportivas. Esses prazos foram determinados no edital de licitação da prefeitura. Nos demais horários, o novo gestor poderia cobrar uma taxa para utilização do espaço.

Segundo a prefeitura, o gasto mensal com o Pacaembu é de R$ 9 milhões.

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O P I N I Ã O

Flamengo não é vítima, mas cúmplice

Acomoção de clubes de todo o país em torno do acidente que vitimou dez crianças das categorias de base do Flamengo na sexta-feira representa um dos raros momentos de humanização do esporte no país. E, parale-

lamente, também revela o nosso profundo descaso com a vida humana. Os clubes só se unem nos momentos de tristeza. No dia a dia, dirigentes duelam

pela atenção da mídia, incitam o ódio e a inimizade entre torcidas, ferem qualquer código de ética em busca do melhor negócio para si, sem se preocupar com o outro.

O acidente que ocorreu com os meninos do Flamengo pode ser descrito de várias maneiras, mas nunca poderá ser considerada uma tragédia. Afinal, tragédia presume um acontecimento inesperado que não tinha como ser evitado pelo ser humano. Um terremoto, um tsunami e um furacão são tragédias. As vítimas de uma enchente, não.

Ao analisarmos as circunstâncias que envolvem o que houve no Ninho do Uru-bu, é impossível dizer que o acidente não poderia ser amenizado fossem outros os procedimentos do clube, dos órgãos de vi-gilância, da cobrança dos próprios atletas e de seus familiares para quem os emprega.

O futebol se acostumou a olhar para o dinheiro sem se importar com mais nada.

Os clubes querem faturar ao máximo, os torcedores querem ver seu time ganhar de tudo e de todos, a mídia incentiva a

todo instante a máxima dos fins justificarem os meios. E, assim, entramos num ciclo de completa valorização material do futebol em detrimento de sua qualidade moral.

O esporte pode nos ensinar a viver em sociedade, mas os exemplos que vimos de forma recorrente mostram que ele se tornou reflexo de uma sociedade desumanizada.

O Flamengo não é vítima, mas cúmplice do que aconteceu. Afinal, ele precisa se preocupar com as condições do alojamento de garotos de 15 anos que são tirados do convívio da família. Em vez de o futebol questionar isso, presta honras e solidarieda-de. E, logicamente, o faz por que não tem para onde correr. O Flamengo é hoje o clu-be mais organizado do país. Se um acidente desses pode acontecer numa instalação do clube que melhor trabalha no país, imagine o que será que ocorre nos outros times?

Em 2004, o zagueiro Serginho precisou morrer dentro de campo para que os clubes começassem a se preocupar com a saúde dos seus funcionários. Quinze anos depois, assistimos a um acidente tão ou mais irresponsável do que esse. Naquela oca-sião, o São Caetano foi corretamente responsabilizado pelo que houve. E agora?

O acidente no Ninho do Urubu pode

ser descrito de várias formas, mas não

se pode considerar uma tragédia

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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ESPN celebra sucesso de

multiplataforma

Patrocinadora da Liga Nacional de Futsal (LNF) e fornecedora da bola oficial da competição, a Um-bro expandirá o apoio à modali-dade. A partir de abril, na estreia da nova temporada, a marca vai ser in-serida no nome do Integrado Cam-po Mourão Futsal que, até 2021, ficará conhecido como Integrado Campo Mourão Umbro Futsal.

Pelo acordo, os jogadores do Campo Mourão também utilizarão o calçado Chaleira, desenvolvido especificamente para o futsal. A par-ceria ainda engloba as categorias de base, desde o sub-13 até o sub-20 e ajudará na manutenção de projetos sociais que atendem mais de 400 crianças na cidade paranaense.

U M B R O T E R Á N A M I N G R I G H T D E E Q U I P E D O F U T S A L N O P R

O canal de TV por assinatura OFF, do Grupo Globo, fez uma ação para reforçar sua identidade com o mer-

cado do skate. O OFF reformou uma pista de skate na Casa Flutuar, local conhecido por adotar o lifestyle do surfe e do skate em Florianópolis.

O canal foi responsável por rep-aginar e assinar um novo visual para a

pista, que fica localizada no Rio Ta-vares, bairro que é um dos berços da

modalidade skate bowl no Brasil. É a primeira ação do gênero feita no país.

NUMA AÇÃO INÉDITA , CANAL

OFF REFORMA P ISTA DE SKATE

EM FLORIPA

POR REDAÇÃO

Com estratégia focada na entrega de conteúdo multiplata-forma e na tendência de hábitos de consumo do fã, a ESPN anunciou que encerrou 2018 com aumento de parcerias de distribuição na TV paga e também na banda larga. Segundo a empresa, foram mais de 50 contratos fechados no último ano, com destaque para provedores de banda larga, um ni-cho que auxilia a oferta da ESPN no mercado de streaming.

“As operadoras de TV por assinatura e os provedores de internet banda larga reconhecem a necessidade de servir aos fãs de esportes onde quer que eles estejam, disponibilizan-do a mais variada oferta de conteúdo e recorrência aos seus assinantes, independentemente da plataforma. Mais do que ter um conteúdo relevante, é fundamental torná-lo acessí-vel”, disse Marcello Zeni, VP de afiliadas de Disney e ESPN.

Outros fatores que contribuíram para o aumento do núme-ro de assinantes da ESPN foram os acordos para criação do canal ESPN Extra e de ampliação da distribuição do carro--chefe da emissora no país, o canal ESPN Brasil.

Com programação focada nos esportes femininos, e--Sports, radicais, ligas americanas e conteúdo regional, o Ex-tra entrou no pacote de ofertas de 26 novos provedores de banda larga e 22 operadoras de TV por assinatura.

Já a ESPN Brasil passou a ser distribuída nos pacotes bási-cos de algumas operadoras, entre elas a NET, que é a maior do país. Isso ampliou em 49% o número de assinantes da emissora, que chegou a liderar em alguns jogos de futebol.

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POR ERICH BETING

A busca sem sucesso da Premier League por um novo CEO fará com que os clubes adotem uma medida considerada radical para encontrar o novo líder do futebol inglês. Segundo o jornal "Financial Times", na última

reunião de conselho da liga inglesa de futebol, os clubes acordaram em levar ao mercado dos Estados Unidos a busca do novo executivo, que já dura oito meses.

Desde que Richard Scudamore (foto) anunciou que não seria mais CEO da liga de futebol mais rentável do mundo após 19 anos, que a Premier League não consegue preencher a vaga. Em novembro do ano passado, chegou a ser anunciada como CEO Susanna Dinnage, executiva-sênior do grupo de mídia Discovery. No feriado de Natal, porém, a executiva alegou motivos pessoais para recusar a oferta. Em janeiro, foi a vez de Tim Davie, CEO dos estúdios BBC, dizer não à proposta.

O problema para contratar o executivo americano pode estar nos valores ofere-cidos pela Premier League. Scudamore recebia cerca de US$ 3,5 milhões ao ano para ser o CEO da liga inglesa e foi criticado por ter recebido bônus de US$ 7 mi para deixar o cargo. Só em direitos de TV, a liga inglesa fatura US$ 10,4 bilhões.

Nos Estados Unidos, os valores pagos aos executivos das ligas esportivas costu-mam ser bem maiores. Roger Goodell, atual CEO da NFL e salário mais alto entre os executivos de ligas esportivas americanas, ganha anualmente US$ 40 milhões.

De acordo com a reportagem do FT, a tendência é que a busca por um CEO americano seja intensificada. A proposta havia sido inicialmente descartada pelos clubes por considerar que o mercado inglês não reagiria bem à indicação. Mas, sem um CEO há quase nove meses, a solução britânica parece ser cruzar o oceano.

Sem CEO, Premier League recorre a EUA

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POR REDAÇÃO