A maior plataforma de mídia online do mundo do futebol acaba de ser lançada por um dos times mais estrelados da história. Otro é o nome do projeto que reunirá num único local craques da bola e do engajamento.

A proposta da Our Star Club, empresa inglesa por trás do projeto, é ambiciosa. Criar um aplicativo em que alguns dos maiores astros do futebol coloquem conte-údos exclusivos e participem de experiências com os torcedores. Assim, ela cria o “outro time” do fã, o que justifica a utilização da palavra “Otro” para a empresa.

Sem precisar do intermédio de clubes e imprensa para a geração do conteúdo, o dinheiro arrecadado com os torcedores reverte diretamente para a plataforma, que conta com um time de craques consagrados somando 850 milhões de segui-

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

‘Otro’ une conteúdo exclusivo de ídolos

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1136 - SEGUNDA-FEIRA, 3 / DEZEMBRO / 2018

Euros foi o valor simbólico de venda do Palermo a um grupo inglês; tradicional equipe italiana possui 22,8 milhões de euros em dívidas.10

dores nas redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter.O aplicativo conta com Eric Cantona, David Beckham e Zinedine Zidane, ícones

das décadas de 90 e 2000. Tem também algumas das maiores estrelas da atualida-de, como Messi, Neymar e Suárez. Atletas relevantes nas redes como David Luiz e Boateng. O time ainda traz jovens astros, como Dybala, Lukaku e Gabriel Jesus. Até o futebol feminino está representado por Lieke Martens e Toni Duggan.

“Nossa proposta é criar algo novo para os torcedores. Não é mais só os lances de gols. É um projeto global com um alcance global”, afirmou Jeremy Dale, CEO da Otro, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte seis horas antes do lança-mento oficial da plataforma nas redes de todo o mundo.

A ideia é fazer com que a plataforma tenha conteúdos abertos e, também, alguns que serão exclusivos para assinantes. No Brasil, o custo da Otro é de R$ 9,90 por mês. Mundialmente, a assinatura é de US$ 3,99 (cerca de R$ 15 pela atual cotação do dólar). Além do acesso ao material, os fãs poderão ganhar prêmios e participar de experiências com os craques que participam da plataforma.

O preço mais em conta para o mercado brasileiro é parte da estratégia da plata-forma para somar novos clientes nos mais diversos mercados globais. Em países de menor poder aquisitivo, o preço médio da assinatura será de US$ 2,50.

O pré-lançamento do Otro veio por meio de posts no Instagram com fotos dos ícones que são os sócios-fundadores do projeto. Em dois dias, mais de 230 mil pessoas se uniram à plataforma, que foi lançada à 0h desta segunda-feira (dia 3) na Inglaterra, 22h do domingo (2/12) no Brasil.

I M A G E M D A S E M A N A

BOLSONARO LEVANTA TAÇA DE TÍTULO DO

PALMEIRAS

O presidente eleito Jair Bolsonaro foi convidado pelo Palmeiras para levantar a taça

do Campeonato Brasileiro; cerimônia

também contou com a presença

do senador eleito Major Olímpio e do presidente da CBF, o

Coronel Nunes.

O P I N I Ã O

Não houve Brasileiro para patrocinadores

É preciso checar nas imagens de celebração ao título palmeirense para confirmar: a As-saí permanece como patrocinadora principal do Campeonato Brasileiro. Para citar outro parceiro do maior e mais importante torneio do futebol nacional, só com fotos de placas de campo. Não há comunicação oficial da competição com o torcedor. Ativação além da exposição parece uma realidade consideravelmente distante.

O Campeonato Brasileiro de 2018 foi encerrado no fim de semana e, mais uma vez, ele passou praticamente em branco para o mercado de patrocínio do Brasil. Não houve anúncio nas redes sociais ou festa privada. Não há nada que remeta às melhores práticas de ativação no esporte. Não há nem mesmo uma clara definição de patrocinador.

Esse é um problema grande do mercado esportivo brasileiro. O maior produto do es-porte nacional não pode ficar à margem daquilo que se espera minimamente de um seg-

mento mais bem desenvolvido. Parece que o Campeonato Brasileiro parou no tempo.

E parou sozinho. A Libertadores, por exemplo, tem sido citada constantemen-te pela falta de organização, mas há alguns anos que tem uma preocupação maior com patrocinadores e parceiros comerciais.

No mercado nacional, a Copa do Brasil já se apresenta com um grupo de patrocina-dores definidos, que cada vez mais ativam o torneio. A Continental, por exemplo, faz ações de relacionamento com frequência.

O problema é antigo: não há ninguém que pensa o Campeonato Brasileiro como um produto. A organização da CBF negligencia essa responsabilidade, a ponto de achar na-tural partidas com times desfalcados pela Copa do Mundo ou viradas de mesa. A Globo paga pelo torneio diretamente aos clubes, ninguém reclama, o jogo segue.

O risco é evidente. Aquele que deveria ser o mais importante torneio do esporte na-cional pode virar figurante frente aos avanços de Copa do Brasil e Libertadores. O Cam-peonato Brasileiro não consegue se promover para o mercado e tampouco se promove para os torcedores. A responsabilidade fica toda para os clubes, que não têm um órgão definido para unir as vozes em torno de um objetivo em comum. Uma bagunça.

Na última semana, o 1º Fórum Máquina do Esporte recebeu um representante da LaLiga para falar do torneio. Isso no Brasil, um mercado que não tem um representante bem definido para falar do Brasileirão. Nesta edição do Boletim, temos a notícia da Bun-desliga fechando parcerias para aumentar a influência na Índia. Tem como imaginar algo do tipo aqui? Já passou da hora de mudar o modo de pensar o futebol no Brasil.

Organização do Campeonato

Brasileiro insiste em não pensar o

torneio como um produto comercial

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

Fortaleza exalta sócio em anúncio de Rogério Ceni

A Bundesliga anunciou na sexta-feira (30) um novo foco estratégico: a Índia. Em parceria com a IMG Reliance (joint venture entre a líder global de marketing esportivo IMG e a Reliance Industries, maior em-presa do setor privado da Índia), a liga e os clubes que fazem parte dela trabalharão para promover o torneio no país asiático e também estarão juntos em uma série de pro-jetos e atividades com o intuito de desenvolver o futebol na região. En-tre as ideias que serão colocadas em prática estão o aproveitamento do sistema de desenvolvimento juvenil da Alemanha para lançar atividades de base em vários estados com a visão de elevar o futebol indiano.

B U N D E S L I G A T E R Á F O C O E S T R AT É G I C O N A Í N D I A

Uma carta de uma menina de 9 anos endereçada ao astro do basquete

americano Stephen Curry vai fazer com que a Under Armour mude a es-tratégia de venda da marca. A história foi divulgada pela ESPN. Riley Mor-

rison, uma fã mirim, entrou no site da marca americana com o pai para comprar o modelo de tênis que leva

o nome de Curry. Só que a menina se decepcionou ao não encontrar o que queria e, então, decidiu escrever para

o jogador, que acatou o pedido.

APÓS PEDIDO, CURRY FAZ

UNDER ARMOUR ADOTAR “TÊNIS

SEM GÊNERO”

POR REDAÇÃO

Rogério Ceni tem se tornado um ídolo do Fortaleza, e o clube tem usado isso para levantar o programa de sócio-tor-cedor. Na última sexta-feira (30), a diretoria do time anunciou a renovação com o treinador com um vídeo que fez menção ao momento da equipe e de seus seguidores.

O filme mostrou a simbologia da estrela e como ela está presente no currículo de Rogério Ceni e, agora, na camisa do Fortaleza, em referência ao título da Série B do Campeonato Brasileiro, conquistado pela equipe neste ano.

O anúncio termina com o agradecimento aos sócios-torce-dores do Fortaleza. Nos dias anteriores à renovação, os fãs da equipe pediram a permanência do torcedor em gritos nas arquibancadas e em mensagens nas redes sociais.

Essa é a segunda vez nas últimas semanas que o marketing do Fortaleza faz referência a “estrela”. Antes da penúltima rodada da Série B, o clube fez um outdoor com luzes nas estrelas do escudo do time. A cada 5 mil ingressos vendidos para o evento, uma delas se acendia.

Toda a campanha do Fortaleza tem dado resultado. Neste ano, o clube dobrou o número de sócios-torcedores; no fim da disputa da Série B, a equipe chegou a 30 mil fãs.

Rogério Ceni se tornou peça central para deixar os torce-dores empolgados com a disputa pela Série A do Campeo-nato Brasileiro. A diretoria do time quer manter o crescimen-to e alcançar a marca de 35 mil sócios-torcedores até o início do torneio nacional de 2019.

POR ERICH BETING

A Cimed ativou o patrocínio à Stock Car de uma maneira diferente na últi-ma semana. Em uma ação promocional, a marca levou um carro da equi-pe Cimed Racing e o piloto Cacá Bueno até a praia do Leblon, no Rio de

Janeiro. Lá, o pentacampeão da categoria participou de um desafio com a dupla de vôlei de praia Evandro e Vitor Felipe.

A praia do Leblon foi escolhida como palco da visita do Stock Car da Cimed Ra-cing por ser o local de treinamento da dupla Evandro/Vitor, que voltaram a jogar juntos na temporada 2018. Evandro é o atual campeão brasileiro da modalidade, tendo sido campeão do Circuito Mundial e do Campeonato Mundial em 2017.

Maior vencedor em atividade da Stock Car com 37 vitórias, Cacá ainda fez ques-tão de lembrar de quando o Rio de Janeiro era palco de corridas das principais ca-tegorias do esporte a motor, como Fórmula 1, Fórmula Indy, Stock Car e MotoGP.

“É ótimo ver a Cimed apoiando o esporte nas três paixões brasileiras: o auto-mobilismo, vôlei e futebol. E ver um Stock Car aqui no Leblon foi especial. Tive grandes momentos correndo no Rio de Janeiro. Lembro que uma vez eu venci uma corrida no Dia dos Pais, com o meu pai (Galvão Bueno) narrando e isso foi bem marcante na minha carreira. E ainda tenho memórias de criança, como em 1984, no teste de pneus da F1, quando encontrei o Ayrton Senna em Jacarepaguá e tirei uma foto com ele”, contou o piloto.

A ação também serviu como promoção para a última etapa da Stock Car na tem-porada 2018. A prova será realizada no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, no próximo dia 9 de dezembro. A Cimed Racing disputa o título com Felipe Fraga.

Cimed ativa Stock Car com vôlei na praia

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POR REDAÇÃO