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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
O AMOR E A SOLIDARIEDADE NA APRENDIZAGEM
Aluna: Rita de Cássia Araujo Brun
Rio de Janeiro
2010
2
ALUNA: RITA DE CÁSSIA ARAUJO BRUN
O AMOR E A SOLIDARIEDADE NA APRENDIZAGEM
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para
conclusão do curso de pós graduação “Lato
Sensu” em psicopedagogia.
Por: Rita de Cássia Araujo Brun
ORIENTADOR: PROF. Carly Machado
RIO DE JANEIRO
2010
3
AGRADECIMENTOS:
A Deus primeiramente,ao meu esposo
Roberto Mello Brun pelo apoio e auxílio.
A minha filha Ana Carolina e ao meu filho
Sidney,a minha professora Dayse Serra
que contribuiu como agente educadora.
E as pessoas que direta e indiretamente
contribuíram para a confecção desse
trabalho acadêmico e sua constante
atualização.
4
DEDICATÓRIA
Dedica-se ao meu pai Wilson Monteiro,
a minha mãe Wanda Gonçalves,a minha
Irmã,meus irmãos,minhas amigas,meu
esposo, meu filho, minha filha,
minha nora, e ao Dr: Rafael Motta.
Essas pessoas acreditaram em mim.
5
Resumo
O tema escolhido, foi devido à realização de um trabalho voluntário no
ano de 2008 à junho de 2009, onde trouxe grandes experiências com crianças
carentes da comunidade e da necessidade da aprendizagem estar
acompanhada da solidariedade e do amor. Os objetivos são: criar condições
que levem o aprendiz a ampliar a sua capacidade de ação e reflexão no mundo
em que vive; Levar o professor e aluno a aceitação de si mesmo e do outro
(este fator é importante no relacionamento de ambas as partes),
desenvolvendo análises sobre interligação entre a aprendizagem e a
solidariedade-amor; Na formação da auto-estima.Os tópicos tratados trazem
algumas soluções para que haja o melhor aproveitamento quando se busca
alternativas para o futuro. O futuro vai sendo construído com peças do passado
e do presente.
6
Metodologia
Esta pesquisa bibliográfica foi realizada dando ênfase aos autores dos quais pesquisei através de: leituras,reflexões e avaliações para
assim proporcionar um bom trabalho acadêmico.Gostaria de ressaltar as
autoras Maria Cândida Moraes e Maria Dolores Fortes Alves com seus livros
riquíssimos em seus conteúdos.Freire, Morin, Rogers com teorias voltadas
para a afetividade na aprendizagem. A revista Nova Escola. De quem educa
e jornal Appai com leituras atualizadas sobre o amor e a solidariedade na
aprendizagem. O trabalho voluntário da Pastoral da criança realizado até o mês
de janeiro devido a fatalidade ocorrida. Estes autores proporcionam uma visão
ampla mostrando os problemas e as soluções,como outros que estão sendo
citados durante estes capítulos.
7
Sumário
INTRODUÇÃO.....................................................................................................9
I. A IMPORTÂNCIA DE SE TER UMA APRENDIZAGEM DESENVOLVIDA
COM MAIS SOLIDARIEDADE E AMOR.........................................................13
1.1- O que é solidariedade?........................................................................13
1.2- A importância da solidariedade na aprendizagem............................14
1.2.1- Como organizar seu tempo,planejar de acordo com as
necessidades de cada aluno e promover um ambiente de
cooperação,amor e solidariedade na
aprendizagem..................................................................................................15
II.O QUE RESULTA O PROFESSOR A ENSINAR POR ESSES
CAMINHOS.......................................................................................................20
2.1-Construindo novos caminhos..................................................................21
2.2- Apontando alguns caminhos..................................................................22
III.COMO DEVE PROCEDER O PSICOPEDAGOGO JUNTO ALUNO X
PROFESSOR DENTRO DE UMA APRENDIZAGEM DE AMOR E
SOLIDARIEDADE.............................................................................................30
3.1- A intervenção psicopedagógica..............................................................31
3.2- As responsabilidades de um psicopedagogo dentro do código de
ética..................................................................................................................32
8
3.3- Alguns resultados positivos utilizando o vínculo afetivo na
aprendizagem...................................................................................................34
CONCLUSÃO.................................................................................................40
ANEXOS..........................................................................................................46
BIBLIOGRAFIA ..............................................................................................50
9
Introdução
O significado do amor e da solidariedade na aprendizagem leva-se a pensar
quedeve-se instruir, fazer, saber, comunicar, respeitar, avaliar,executar,obter
conhecimentos, mostrar,guiar,orientar,dirigir,desenvolver habilidades-verbos
que apontam para o professor enquanto agente principal e responsável pelo
ensino.Nesse sentido, também o processo de aprendizagem precisa ser
acompanhado de um feedback imediato. A aprendizagem se faz num processo
contínuo e o feedback é o elemento integrante desse processo,pois deverá
fornecer dados ao aluno e ao professor para corrigir e levar adiante o processo
de aprendizagem. Não perder tempo no mundo de hoje, numa sociedade cada
dia mais voltada para a tecnologia, em processo de mudança acelerado,é
preciso refletir sobre o que queremos construir sujeitos ativos, transformadores,
meros sujeitos passsivos, receptores de conhecimento ou sujeitos onde
aprendem o melhor.
Nesta pesquisa o tipo de processo de aprendizagem se realiza através
do relacionamento interpessoal muito forte.Cria-se assim,um clima afetivo,
responsável,em muitos aspectos,pelo sucesso(ou fracasso)da aprendizagem.
Onde leva o professor e a todos a refletir.
Não é fácil falar deste assunto onde percebemos que a realidade é dura
cita-se a Pastoral da Criança como exemplo.Se esta Doutora que lutou e
deixou sua história de amor e solidariedade.Morreu ensinando e orientando os
10
pais.Este terremoto nos leva a pensar que cada um deve deixar sua história
para não ser tarde demais.O mundo está nos surpreendendo com catátrofes
onde não poderar dar mais tempo.Nem com toda a tecnologia,experiência e às
vezes ficamos de mãos desatadas.E agora o que nos leva a pensar? Quantos
crianças ficaram orfãs? Logo no início foi a primeira fonte de pesquisa que me
chamou atenção e hoje começo esta pesquisa com um grande exemplo que
nos deixou uma lição de vida e com lágrimas nos olhos.Esse relato mostra-se
que não temos controle do mundo e das coisas, é só Deus.Na Pastoral da
Criança,o protagonista da ação transformadora,da libertação,é o próprio
excluído. De que maneira as pessoas despertam para a necessidade de ajudar
seu semelhante? A pessoa deve ter claro em sua mente que o serviço
vonluntário é expressão do chamado de Deus para servi com alegria. Os
voluntários vivem a dimensão da solidariedade e do amor,desenvolvendo
ações concretas.
É necessário que haja o amor,o amor é a base de tudo,com um ato de
amor é que se expressa a afetividade.O amor é afeto posto em ação,não
somente com as mãos na felicidade mas,também com a cabeça voltada para
ela.Trabalhar o amor e a soliedariedade dentro da educação é um grande
desafio,onde lida com traumas na infância,na adolescência,problemas na área
de saúde,conflitos familiares,rejeições,a má alimentação,a violência no lar e
tantos outros problemas...Por isso, precisamos como educadores questionar as
origens dos alunos,suas histórias,seus comportamentos,o convívio familiar e
tentando solucionar com um olhar mais cuidadoso para juntos avaliarmos onde
estará a não aprendizagem.
Por isso é importante o Psicopedagogo mostrar interesse e se
apronfudar através dos seus conhecimentos acerca da aprendizagem humana,
objetivando a participação no diagnóstico e no tratamento dos estudos da
aprendizagem,não esquecendo o seu papel na escola assessorando ao
11
professor,a equipe técnica,ao aluno,a família,o espaço físico, o currículo e a
metodologia.O olhar Psicopedagógico sobre os conteúdos escolares.Educar é
enriquecer a capacidade de ação e reflexão do ser aprendente.Aprender
implica em transforma-se em coerência com o emocionar.É necessário que
haja amor para que amplie a visão da aceitação de si mesmo e do outro. Os
professores devem preparar o espaço escolar de aprendizagem e não ensinar
valores,mas vivê-los desde a biologia do amor, cultivá-los em nossa
corporeidade, a partir do respeito a si mesmo que surge do conviver no
respeito mútuo.
O professor deve crer no amor,
porque ele possibilita
que o diálogo esteja
sempre presente nas
horas de paz e nas
horas de contrariedade;
crer no amor porque
ele supera barreiras, quebra preconceitos,vence resistências,
perdoa pecados,reconcilia os adversários e promove uma vivência de paz;
crer no amor porque ele desarma os opressores,pacifica os violentos e cura os
machucados;
crer no amor porque ele é símples,singelo e ético;
crer no amor porque ele humaniza a humanidade;
crer no amor porque ele faz voltar ao princípio de tudo;
crer no amor porque ele é o caminho sobre modo excelente.
Rita de Cássia Araujo Brun
12
A relação dialógica,de confiança e de respeito deve ser estabelecida
entre os educadores e os educandos como estimuladora e facilitadora da
aprendizagem,enquanto que a repreensão,o castigo são obstáculos ao
processo de aprendizagem dos alunos. Neste sentido,o ensino-aprendizagem
não é visto como um processo meramente cognitivo ou intelectual,porque:o
modo como nós sentimos influência de forma significativa no modo como
ensinamos e no modo que aprendemos. Por isso, não podemos ignorar a
dimensão emocional e afetiva.
Esta pesquisa é muito importante para educação e desenvolvimento da
aprendizagem, pois através da busca de conhecimento o pesquisador
descobre parâmetros que estão relacionados a sua realidade sócio-
econômica.A história se repete muitas vezes e com os erros do
passado,aprendemos a viver o presente e a prevenir o futuro.Esta definição de
educação busca qualidade que é encontrada no conhecimento e inovador,o
ponto de partida para formação ética do indivíduo.
A reflexão trata-se de uma melhor resposta para o problema.Através
das experiências adquirimos mais conhecimentos.
O olhar psicopedagógico percebe o sujeito em sua dimensão integral
única, sem conceitos preestabelecidos.
Devido a realização de um trabalho com a comunidade trouxe o
interesse de se concretizar um estudo mais profundo através da
Psicopedagogia onde utilizava-se o amor e a solidariedade na
prendizagem,dessa forma obteve-se bons resultados, por isso o motivo desta
pesquisa.
13
I.A IMPORTÂNCIA DE SE TER UMA APRENDIZAGEM
DESENVOLVIDA COM MAIS SOLIDARIEDADE E AMOR.
1.1- O que é solidariedade?
Solidaridade...é aquecer o outro com olhar do seu coração.Solidariedade é
termos os mesmos sonhos e valores universais que criam a possibilidade de
“comunhão”.Ao compartilhar os mesmos sonhos,descobrimo-nos irmãos por
meio da fraternidade do amor.
Solidarizar é tornar sólido. Quando solidarizamo-nos,tornamo-nos
consistentes, unimos forças, fiamos caminhos. Encontra-se sentido em sentir-
se como parte do todo. Pela solidariedade, retornar-mos a nossa
essência,religamo-nos ao todo, à teia da vida.
Parafraseando Rubem Alves em suas sábias palavras,dizemos que
solidariedade é como uma semente que está enterrada no corpo e somente
pelo calor do amor poderá acordar e brotar.
A solidariedade é um sentimento que se faz “valor” e tem valor.Ela está
dentro de nós.Não se ensina ou se ordena o outro a ser solidário.Somente se
14
pode fazer brotar e crescer as sementes da solidariedade pelo
compartilhar,pelo partilhar com o outro os sentimentos que estão contidos na
morada de nossa alma:o coração.
A solidariedade é um sentimento. É esse sentimento que nos torna
humano. A solidariedade do olhar do outro outorga nossa própria identidade
humana e assim,reconhecemos nossa essência,o nosso valor.
ALVES (2000:207) “A solidariedade é a forma visível do amor.Pela magia do
sentimento de solidariedade o meu corpo passa a ser morada do outro.É
assim que acontece a bondade.”
O contrário da solidariedade é a solidão.Deixamo-nos sozinhos em
nosso próprio mundo porque as pontes que construímos não foram
solidificadas e desmonoraram-se no egoísmo de sonhos não
compartilhados...não realizados.
Tornamos nosso mundo vazio.
Um sonho sonhado sozinho é apenas um sonho,mais um sonho
solidarizado,compartilhado,acredito é um sonho realizado.
Pela solidariedade unimos força continuamos gestando nossos
sonhos,voando... crescendo,dividindo,e multiplicando,partindo nossa autoria e
autoria de quem acolhemos.Juntos tecemos pelos caminhos de amor fraterno...
1.2- A importância da solidariedade na aprendizagem.
A educação seria muito melhor,se ao invés de professores tivéssemos
educadores.Os professores previlegiam os valores que estão na categoria da
“ação correta” enquanto o amor ficou em último lugar na escala,isto nos faz
pensar que o aprendido na escola pelo professor o fez esquecer o aprendido
no seio da família...ou a família se esqueceu do que era essencial:a
15
solidariedade,a dedicação,compaixão...-o amor em suas diversas
manifestações nos ser humano,alma,essência,providência.
Assim,pensamos:”Quem é este professor?O que se professa nem ao
menos reflete seu ser em sua própria prática?”
Como diz Gusdorf,nos ensinamentos da pedagogia Waldorf,a criança
aprende muito mais pelo que vê,imita e sente e não pelo que o professor
fala.Para despertar valores...Humanos,o professor deve cultivá-los
primeiramente dentro de si.
O valor Disciplina aparece com mais frequência que o valor
curiosidade,espírito de pesquisa.Desta maneira,pensamos que o aluno
disciplinado é mais valorizado que o aluno pesquisador.
De acordo com Vygotsky e Piaget,a criança aprende explorando o meio
e interagindo com os outros.Ainda,a criança é curiosa por natureza,pois
observa,imita,explora,age e interage,produz conhecimentos e torna-se
autor.Por que os professores desejam conhecer,ser e viver?A vida é ação e
emoção que trazemos das raízes do coração.O professor necessita encontrar
sua própria criança interior,redescobrir-se para poder outorgar este direito a
seu aluno.
1.2.1- Como organizar seu tempo,planejar de acordo com as
necessidades de cada aluno e promover um ambiente de
cooperação,amor e solidariedade na aprendizagem.
Necessidade da aprendizagem ser significativa, o que acontece mais
facilmente quando as situações são percebidas como problemáticas, portanto
16
pode-se dizer que só se aprende aquilo que é necessário, não se pode ensinar
diretamente a nenhuma pessoa autenticidade do professor, isto é, a
aprendizagem pode ser facilitada se ele for congruente. Isso implica que o
receptivo perante seus sentimentos reais, tornando-se uma pessoa real na
relação com seus alunos aceitação e compreensão: a aprendizagem
significativa é possível se o professor for capaz de aceitar o aluno tal como ele
é, compreendendo os sentimentos que este manifesta, pois a aprendizagem
autêntica é baseada na aceitação incondicional do outro tendência dos alunos
para se afirmarem, isto é , os estudantes que estão em contato real com os
problemas da vida, procuram aprender, desejam crescer e descobrir, querem
criar, o que, pressupõe uma confiança básica na pessoa, no seu próprio
crescimento a função do professor consistiria no desenvolvimento de uma
relação pessoal com seus alunos e de o estabelecimento de um clima nas
aulas que possibilitasse a realização natural dessas tendências; portanto o
professor é um facilitador da aprendizagem significativa, fazendo parte do
grupo e não estando colocado acima dele; este também é um dos
pressupostos básicos da teoria de Rogers, ou seja, o aspecto interacional da
situação de aprendizagem, visando às relações interpessoais e intergrupais o
professor e o aluno são co-responsáveis pela aprendizagem, não havendo
avaliação externa, a auto-avaliação deve ser incentivada; implica em uma
filosofia democrática organização pedagógica flexível é por meio de atos que
se adquire aprendizagens mais significativas a aprendizagem mais socialmente
útil, no mundo moderno, é a do próprio processo de aprendizagem, uma
contínua abertura à experiência e à incorporação, dentro de si mesmo, do
processo de mudança.
Como metodologia, a não-diretividade é característica. É um método não
estruturante de processo de aprendizagem, pelo qual o professor não interfere
diretamente no campo cognitivo e afetivo do aluno. Na verdade, Rogers
pressupõe que o professor dirija o estudante às suas próprias experiências,
para que, a partir delas, o aluno se autodirija. Rogers propõe a sensibilização, a
afetividade e a motivação como fatores atuantes na construção do
conhecimento.
17
Uma das idéias mais importantes na obra de Rogers é a de que a
pessoa é capaz de controlar seu próprio desenvolvimento e isso ninguém pode
fazer para ela.
Na obra acima citada, páginas 271, 272, Rogers coloca:
"Algumas questões para concluir"
" ...Mesmo que tentemos esse método para facilitar a aprendizagem,
levantam-se muitas questões difíceis. Podemos permitir aos estudantes que
entrem em contato com os problemas reais? Toda a nossa cultura-procura
insistentemente manter os jovens afastados de qualquer contato com os
problemas reais. Os jovens não tem que trabalhar, assumir responsabilidades,
intervir nos problemas cívicos ou políticos, não tem lugar nos debates das
questões internacionais. ...Será possível inverter essa tendência?
...Uma outra questão é a de saber se podemos permitir que o
conhecimento se organize no e pelo indivíduo, em vez de ser organizado para
o indivíduo. Sob esse aspecto, os professores e os educadores se alinham com
os pais e com os dirigentes nacionais para insistirem que os alunos devem ser
guiados....Espero que, ao levantar essas questões, tenha mostrado claramente
que o duplo problema que é a aprendizagem significativa e forma de como
realizá-la nos coloca perante problemas profundos e graves. ...Tentei apontar
algumas dessas implicações das condições facilitadoras da aprendizagem no
domínio da educação, e propus, uma resposta a essas questões..."
A grande crítica à teoria de Rogers é feita pela utopia que ela implica,
sua teoria é idealista, da corrente também denominada de romântica,
irrealizável para seus críticos. Porém, na obra rogeriana são notáveis os
seguintes aspectos: o desejo de mudança, a intenção de realização de algo
concreto e a preparação da opinião pública para as mudanças possíveis.
Vale a pena lutar e relutar para vencer,citamos como um grande
exemplo a Pastoral da Criança que a médica Zilda Arns,coordenava milhares
de voluntários da Pastoral da Criança,uma iniciativa reconhecida
internacionalmente que ajudou a salvar vidas e manter acessa a chama de
18
solidariedade até o último instante da sua vida.Trabalhou com amor e pelo
amor,cuidando da promoção humana da valorização das pessoas e
principalmente deixou um ensinamento claro que o serviço voluntário é
expressão do chamado de Deus para servir com alegria.A educação é o
caminho para um mundo melhor sem dúvida nenhuma,por esta razão os
voluntários levavam solidariedade e amor as comunidades.
A afetividade é um componente básico do conhecimento e está
intimamente ligado ao sensorial e ao intuitivo. A afetividade se manifesta no
clima de acolhimento, de empatia, inclinação, desejo, gosto, paixão, de ternura,
da compreensão para consigo mesmo, para com os outros e para com o objeto
do conhecimento. A afetividade dinamiza as interações, as trocas, a busca, os
resultados. Facilita a comunicação, toca os participantes, promove a união. O
clima afetivo prende totalmente, envolve plenamente, multiplica as
potencialidades. O homem contemporâneo, pela relação tão forte com os
meios de comunicação e pela solidão da cidade grande, é muito sensível às
formas de comunicação que enfatizam os apelos emocionais e afetivos mais do
que os racionais. Temos baseado a educação mais no controle do que no
afeto, no autoritarismo do que na colaboração. “Talvez o significado mais
marcante de nosso trabalho e de maior alcance futuro seja simplesmente
nosso modo de ser e agir enquanto equipe. Criar um ambiente onde o poder é
compartilhado, onde os indivíduos são fortalecidos, onde os grupos são vistos
como dignos de confiança e competentes para enfrentar os problemas - tudo
isto é inaudito na vida comum. Nossas escolas, nosso governo, nossos
negócios estão permeados da visão de que nem o indivíduo nem o grupo são
dignos de confiança. Deve existir poder sobre eles, poder para controlar. O
sistema hierárquico é inerente a toda a nossa cultura”.
Morin,em sua sapiência octogenária,ensina-nos que,para
compreendermos o outro,primeiro é necessário compreendermos quais são os
paradigmas que nos governam.É necessário a autocompreensão pelo
autoconhecimento.Sugere-nos o autor que temos uma forma arcaica de
19
conhecimento de nós mesmos.Existe em nós uma parte que mente,que nos
engana,que nos faz esquecer o que nos incomoda e realça o que nos
agrada.Iremos projetar e identificar estas partes que estão em nós em
alguém;criamos paradigmas.Quando conhecemos nossos paradigmas temos a
possibilidade de alargarmos nosso olhar e ver o outro além de nós
mesmos.Assim,a relação com outros se inscreve virtualmente na relação
consigo mesmo;o tema arcaico do duplo,tão profundamente enraizado em
nossa psique,mostra que cada um carrega um alterego(eu mesmo-outro),ao
mesmo tempo,diferente e idêntico ao seu ponto(surpeendidos diante de um
espelho,sentimo-nos estranhos a nós mesmos,embora nos reconhecendo).Por
carregarmos essa dualidade,na qual o “o eu é um outro”,podemos,na
simpatia,na amizade,no amor,introduzir e integrar o outro em nosso
eu.(...)Paradoxalmente o princípio da inclusão (amor)é necessário ao princípio
da exclusão que,pondo-nos no centro do mundo,permite-nos aí situar o outro.A
compreensão só pode ocorrer na intersubjetividade.Na
intersubjetividade,produze-se a convivência com a possibilidade de
compreensão que permite reconhecer o outro como outro sujeito e senti-
lo,eventualmente,no amor como alterego,outro si mesmo.(MORIN,2002)
20
II.O QUE RESULTA O PROFESSOR A ENSINAR POR
ESSES CAMINHOS?
Freire (1993,p.57 e 59)Considera amorosidade uma qualidade
indispensável aos educadores no processo de ensinar.
Amorosidade que se afirma no “direito de lutar,de denunciar e
de anunciar.”Amorosidade que está associada à coragem,de lutar e
denunciar as injustiças sociais,à tolerância,de “conviver com o
diferente,aprender com o diferente, a respeitar o diferente” e a
dialogar com o diferente.O amor é compreendido por Freire
(1981,p.29) como:uma intercomunicação íntima de duas conciências
que se respeitam cada um tem o outro como sujeito do seu
amor.Não se trata de apropriar-se do outro (...) Ama-se na medida
em que se busca comunicação,intregação a partir da comunicação
com os demais (...) Não há educação sem amor. A amorosidade
está presente na prática educativa libertadora em uma dimensão
política sendo uma das tarefas mais importantes da prática
educativo-crítica:
21
Propiciar as condições em que os educandos em suas
relações uns com outros e todos com o professor ou a professora
ensaiam a experiência profunda de assumir-se.
Assumir-se com um ser social e histórico,como ser
pensante,comunicante,transformador,criador,realizador de
sonhos,capaz de ter raiva,porque capaz de amar (Freire 1997,p.46)
A afetividade expressa no processo ensino-aprendizagem e
nas relações intersubjetivas dos atores educacionais distingue a sua
educação humanista-libertadora da educação tradicional,que
denomina de “bancária”,pautada em relações interpessoais
autoritárias,meritocráticas e cometitivas.Para Freire:ensinar exige
querer bem aos educandos (...) significa,de fato,que a afetividade
não me assusta,que não tenho medo de expressá-la. Significa esta
abertura bem a maneira que tenho de autenticamente selar o meu
compromisso com os educandos,numa prática específica do seu
humano.Na verdade,preciso descartar como falsa a separação
radical entre seriedade docente e afetividade (1997,p.159)
2.1- Construindo novos caminhos...
Um dos elementos constituintes de uma boa relação entre educador e
educando é o valor “confiança”que vem do verbo confiar,fiar-com.Quem confia
com o outro fia,tece os caminhos da teia da vida.A vida humana se faz em
teia.Somente construindo fios e pontes que nos unem ao outro,podemos sair
do nosso próprio casulo,do saber que nada se sabe,solitariamente,que criam
nós e caminhos que não levam a lugar nenhum.
Confiar é o verbo.Um verbo que só se faz ação quando ao outro eu
dou a mão.
Quem confia acolhe,traz o outro para si e juntos significam os caminhos
da vida.
22
Ninguém aprende aquilo que não apreende,aquilo que não acolhe.
Apreende-se aquilo se que colhe e traz para si.Eu aprendo aquilo que aprendi
em mim,aquilo que colhi,signifiquei e,em mim,acolhi.
Também,podemos dizer isto do conhecimento,da aprendizagem.Para
aprender e apreender,precisa-se colher e acolher,mas,para o
acolhimento,precisa-se confiança...con-fiar. E,para confiar,é preciso
acolher.Despir-se dos medos dos espinhos,colher e acolher as rosas...
O professor confia o seu aluno e,por esta razão,cria expectativas
positivas sobre o mesmo.O aluno confiano professor e,por isso,segue-o quase
cegamente.Juntos,professor e aluno,unidos por laços de confiança e
respeito,solidarizam-se por meio do amor fraterno e tecem os caminhos que
levam ao bem maior da vida:o conhecimento.Assim,para confiar,é preciso
respeitar...
Onde existe conflito,o educador espelha a cooperação.
Onde existe resistência,o educador espelha a aceitação.
Onde existe desinteresse,o educador prática a criatividade.
Onde existe arrogância,o educador prática a caridade.
Onde existe controle,o educador prática a confiança.
Onde existe cobrança,o educador prática a flexibilidade.
Onde existe existe medo,o educador prática a esperança.
Onde existe ressentimento,o educador prática o perdão.
Onde existe competição,o educador prática a solidariedade.
Onde existe tristeza e dor,o educador prática o amor.
(extraído do livro de PROFESSOR A EDUCADOR)
2.2- Apontando alguns caminhos...
23
Quando o professor puder olhar para sua prática e nela ver refletida seu
ser em seu fazer;estará apto do exercício da reflexão de ressificará os
valores.Neste ato de refletir,voltar-se para si mesmo,o professor poderá
encontrar no mais dentro suas raízes do humano.O professor poderá
encontrar-se no valor do valer,no valor do seu ser,no valor do amor,no valor de
ser,ter,fazer,fazer-se essência humana,essência da humanidade.O professor
encontrará seu valor no valor de conter:a humanidade da humanidade.O
professor poderá encontrar o valor de ser educador.
Espírito Santo (2002)
O saber,engravidado pelo prazer de compreender,colher,acolher,
confraterniza os frutos dos conhecimentos que fiamos juntos por gestos
solidários de amor,faz parir nossa autoria,traz mais vida para a vida.
O amor vem de uma inacreditável força da vida que transfigura a vida.
O amor faz o corpo soar melodia dos mundos que moram
nele,harmonizando-nos com o todo.
O amor liga-nos ao outro,restituindo a nós mesmos. (MORIN,2003)
Amor ,em nosso tempo presente,é tema de debates,encontros,publicações,
discussões,enfim.Entretando,entre o dito e o feito existe uma lacuna,pois é
simples falar,discursar,elaborar um conjunto de pensamentos sobre o
amor,palavra dicantada em verso e prosa,mas vivenciada de modo
incompleto,distante da plenitude de sua essencialidade.
O resgate do amor,tarefa essencial a todos nós,torna-se profundamente
necessário,ficamos a cada dia,mais distantes dos bons sentimentos,das
genuínas emoções e,principalmente de nossa capacidade de conviver em
harmonia num mundo repleto de diferenças.Faz-se necessário emergimos para
um novo tempo e reconstruirmos caminhos para que o conhecimento
acumulado por nossa trajetória humana nos conduza para a tomada de
decisões vinculada á aprendizagem,a administração dos conflitos e
inevitavelmente,dos processos do auto conhecimento,da auto-aceitação e da
autoconsciência.
24
Aprender a ser professor passa pelos caminhos acadêmicos,pelas aulas
teóricas e práticas,pelo mundo dos métodos e técnicas.Aprender a ser
educador segue um pouco mais adiante:entramos no mundo dos sonhos e dos
pensamentos carregados de luz,cor e sabor.
Aprender a ser educador passa pelos caminhos da humildade do ensinar
aprendendo e aprender ensinando passa pelos caminhos de amor,pelos
caminhos do calor do acolhimento,pelos caminhos do coração.
Aprender a ser educador passa pelos caminhos do saber que nada se
sabe só porque a sabedoria é construída em teia,tecida por caminhos de
conhecimentos comungados com o outro.
Aprender a ser educador passa pelo desabrochar das sementes de
amor,confiança,alegria,amizade,doçura...que foram plantadas no seio da
humanidade e nos faz recordar nossa essência humana.
Aprender a ser educador passa pelos caminhos da consciência de nossa
unidade.
O professor ensina,transmite conhecimentos;o educador engravida
pensamentos,gesta mundos e mundos dos sonhos.
O professor seduz;o educador dá à luz,faz parir autorias.
O professor forma;o educador (trans)forma,vai além da forma porque
acredita que seu aluno é singular,deve voar e descobrir os tesouros de
saber,conhecer e ser... humano.
Pensamos que,desta maneira,mirando-se no mais dentro,o professor
educador terá acesso a alguns elementos imprescíveis á relação entre
25
professor e aluno,pois supomos que os valores sejam elementos constituintes
da autoria de pensamento tanto do educador quanto do educando e estão
intrínsecos neste movimento de intersubjetividade.
FREITAS (2000:33) “O educador olha e interage com
que pode ser seu aluno-em seu contexto sua
diversidade,em seu devir.O professor vê seus alunos em
sua disciplina.O educador é movido por sua vocação no
seu campo de trabalho,na vida,enquanto o professor
atua somente em sua profissão,mas que também não
pode se escusar de atuar com a ética sinceridade e o
amor.”
A afetividade deve esta atrelada à aprendizagem, e como sabemos
emoções positivas fortalecem o campo da construção e reconstrução
do saber, do pensamento, do perceber da existência humana.
Escolas que, onde os docentes agem com mais afetividade, certa-
mente há uma maior interação entre docentes e educandos resul -
tando portanto uma percepção de aprendizagem signifiactiva,on-
de os conteúdos são melhores absorvidos, resultando dai reduções
de notas baixas , fruto portanto da calmaria cerebral, que capta
estimulos externos e internos numa inseparável dicotomia afeto
x razão;Muito embora não é incentivado aqui o excesso de afe -
tividade, mas inseparável, como bem diz Morin,2001 " Mas é pre-
ciso dizer que já no mundo mamífero e, sobretudo, no mundo hu-
mano, o deesenvolvimento da inteligência é inseparável do mun-
do da afetividade, isto é, da curiosidade, da paixão, que, por sua
vez, são a mola da pesquisa filosófica ou cintífica."
26
O docente e a escola, necessariamente em primeira ordem, devem
abrir o coração ao educando, e este sem subterfurguos ou discrimi-
nações, se oruindo de escolas públicas,são muito mais carentes, de-
notando enfim, uma carência afetiva que será suprida por um do -
cente que não lhes dê uma caricia física, mas acima de tudo no au-
ge de sua prática pedagógica seja capaz de atrelar conteúdos pe -
dagógicos a ações positivas de reconhecimento, de valor ao seu a-
lunado, ao elogiar no momento em que este é capaz de resolver um
problema mais ou menos complexo, ou mesmo aceitá-lo como tal,
com seus trejeitos, maneiras de vestir-se, falar, de respeitar a sua
diversidade étnica-sócio-econômica.
Pra se ter uma boa relação de afetividade entre docente x educando
é imprescindível que ambos estejam de uma certa forma abertos a
tal proposta e sem artificialidades, não obstante é inegável também
afirmar-se que quem doa, é porque é possuidor de algo. Essa relação
exige um diálogo. Steiner( 2001,p.72) diz-nos, que " o diálogo emocio -
nal pode ser descartado como tagarelice psicológica ou ridicularizado
por pessoas que não se sentem muito à verdade com as próprias emoções".
O educador contemporâneo Paulo Freire nos deixa uma aprendizagem
em relação à educação que é o melhor investimento para reduzir os problemas
existentes e para que a educação venha ter esse impacto social é preciso que
ela esteja voltada para a cidadania.Observa-se através de pesquisas
realizadas por professores de educação,as organizações não-
governamentais(ongs) e grupos comunitários(comitês) que desempenham uma
ação fundamental,pois fazem uma ponte entre a escola e a sociedade.Eles
criam projetos e propostas para estimular a transformação das escolas em
espaços de cidadania,através da mobilização de professores e alunos de
colégios públicos e privados,com lideranças e universitários,objetivando
facilitar a criação de projetos socioeducativos para as comunidades.È preciso
27
se ter esperança,sonhar e reconhecer que em conjunto que a gente constrói
um mundo melhor.Isto nos faz pensar que como educadores temos um
trabalho de responsabilidade social e a importância do papel da educação
como mecanismo transformador da sociedade.
Observa-se que algumas escolas tentam com a criatividade driblar as
dificuldades na aprendizagem onde são raras as oportunidades de o aluno
carente desfrutar de momento de lazer ou mostrar o que produzir.Com poucos
recursos,aproveitam ao máximo qualquer oportunidade que proporcionam.A
idéia é fazer com que esses alunos entendam que o futuro também depende
de nossas ações.E o professor tem essa função de estimular esses
alunos.Com essas atividades proporcionadas pelos professores fazem com
que os alunos revelem o que sabem fazer de melhor e descobrem que todos
tem um dom a ser explorado.Também tem a finalidade de desenvolver um
trabalho socil-educativo criando circustâncias para que eles desenvolvam seu
potencial e se reconhecem como transformadores da nossa sociedade.
Despertando,através da arte,valores como a solidariedade,a humanização e a
cidadania.
Cada escola que desenvolve o trabalho englobando a parte emocional e
social com a participação dos alunos traz um grande diferencial para o trabalho
cujo resultado torna-se positivo mesmo ao meio das dificuldades mas o
importante é que cada escola venha atingir o objetivo central que é através
dessas atividades o professor possa compreender que o sucesso do trabalho
se dá quando dividimos com os outros as nossas idéias,os nossos
sonhos,independente das circunstâncias.
A finalidade de cada projeto realizado na verdade leva a reconhecer a
autonomia,a socialização, a criatividade,a autoestima respeitando as suas
limitações e as suas diferenças.Isto leva a crer que essas professoras
estimulam os valores,alegria,o amor,a ética através das atividades realizadas.
28
Talvez um exercício interessante para o professor seja o das
lembranças.Lembrar de que quando era alunos,daquelas professores que eram
educadores e,de repente,ter a humildade de imitá-los ou até reinventá-los.
E não há tempo nem idade para fazer diferente.
Muitas das vezes o professor se sente impotente devido a desigualdade
social por morarem em comunidades carentes,são muito descriminadas:e
ainda são tratados como ociosos e inferiores.E é necessário neste momento a
professora utilizar suas idéias para construção de novos hábitos,novas
condutas criar espaços onde eles possam falar sobre suas vivências,mesmo os
mais tímidos expor suas idéias e opiniões.Questionando sobre o preconceito e
abordar alguns assuntos em que eles também não dão conta do preconceito
que eles mesmo carregam e isso precisa trabalhar passo a passo.A professora
precisa encoragar,desafiar,incentivar,valorizar.Dessa forma ela os faz
compreender que precisam lutar pelos seus direitos.E eles têm capacidade
para discutir e opinar sobre seus pontos de vista.Paulo Freire considerava
importante para toda a gente,mas essencial para quem educava: Gostar de
viver.
Quem gosta de viver não tem preguiça de reiventar,nem medo de
ousar.Quem gosta de viver não tem medo da ternura,da gentileza,do
amor.Quem gosta de viver,educa!
E como então podemos ter uma educação de qualidade?
A resposta talvez seria copiando práticas aprovadas,que dão certo em nossas
próprias escolas.De acordo com as pesquisas,leituras,análises,observa-se que
há tentativas para o sucesso mas ainda necessitamos do apoio
governamental,da infra-estrutura ,das avaliações periódicas,plano de carreira
29
com salários dignos,formação adequada dos professores,metodologias
atuais,participação efetiva dos pais e da comunidade.
Entende-se por inibição cognitiva a uma diminuição da atuação de algum
aspecto da cognição, enquanto o sintomatizar é a sua transformação. A
inibição cognitiva, nessa ótica, é a diminuição dos processos cognitivos os
quais a adaptação mobiliza, o que é expresso na forma de sintoma, entendido
como dificuldade de aprendizagem. A inibição de um dos movimentos do
processo de equilibração impede a permanente reconstrução pessoal da
modalidade a partir dos quatro níveis (organismo, corpo, inteligência e desejo).
O sintoma cristaliza a modalidade de aprendizagem em um determinado
momento, a partir daí, esta perde a possibilidade de ir transformando-se e de
ser utilizada para transformar. O sintoma implica colocar em outro lado, jogar
fora, atuar o que não se pode simbolizar, enquanto a simbolização permite
ressignificar, e a ressignificação possibilita que a modalidade possa ir se
modificando. Ao não poder estabelecer este processo de ressignificação
interno à própria modalidade de aprendizagem, esta modalidade fica enrijecida,
impedindo ou dificultando a aprendizagem de determinados aspectos da
realidade. (Fernández, 1991 p.116) A Inibição Cognitiva de fundo emocional,
ou de ordem das relações, pode ser questionada se o psicopedagogo não tiver
a afetividade como variante no processo de aprendizagem. Por esta razão, vale
tomar como premissa a afirmação de Paulo Freire sobre afetividade, quando
diz que na verdade, é preciso descartar como falsa a separação radical entre
seriedade docente e afetividade. Não é certo, sobretudo do ponto de vista
democrático, que serei tão melhor professor quanto mais severo, mais frio,
mais distante e "cinzento" me ponha nas minhas relações com os alunos, no
trato dos objetos cognoscíveis que devo ensinar. A afetividade não se acha
excluída da cognoscibilidade. (Freire, 1997)
30
III.COMO DEVE PROCEDER O PSICOPEDAGOGO
JUNTO ALUNO X PROFESSOR DENTRO DE UMA
APRENDIZAGEM DE AMOR E SOLIDARIEDADE?
No sentido de contribuir para o debate acerca da inserção da
psicopedagogia no que concerne ao amor,compreendido com a potencialidade
humana de sermos solidários uns com os outros, veremos então a função do
psicopedagogo dentro deste aspecto.
“Acredito que a paz começa na sua mente,no seu coração,e vive ao redor de
você.Lembre-se a paz está nos seus lábios e nas suas mãos.”
ANTOINETTE SAMPSON.
O papel do psicopedagogo na escola deve ser acessorado ao professor
e a equipe técnico.Fazer um trabalho com a família para compartilhar as
experiências e dificuldades de aprendizagem.Ter consciência de que acima de
tudo é necessário que o Pp mostre interesse em aprofundar-se cada vez seus
conhecimentos acerca da aprendizagem humana,objetivando a participação no
diagnóstico e no tratamento dos distúrbios da aprendizagem.Por isso faz-se
necessário o amor e a solidariedade nessa profissão pois irá solucionar
problemas que precisa-se de estudo,experiência,dedicação e respeito.
LUIZ CARLOS DE MENEZES É FÍSICO E EDUCADOR DA UNIVERSIDADE DE S.P (USP )
ELE PENSA:
“Aquele que reconhece o valor de alguém pelas batalhas que enfrenta,e não
pelo que aparenta ,jamais será preconceituoso.”
31
Da mesma forma,quem percebe que cada um de nós tem o desafio de
admitir e afirmar a própria singularidade diante do mundo não faz a crueldade
de humilhar e sim de aprender amar e respeitar.
A escola deveria ser um espaço de diversidade onde se aprende conviver
com as diferneças.
Quem educa,constrói um futuro mais bonito.
Ninguém é tão forte que nunca tenha chorado.
Ninguém é tão fraco que nunca tenha vencido.
Ninguém é tão inútil que nunca tenha contribuído
Ninguém é tão sábio que nunca tenha errado
Ninguém é tão corajoso que nunca tenha medo.
Ninguém é tão medroso que nunca tenha coragem.
Conclusão:
Ninguém é tão ninguém que não precisa de alguém como eu preciso de
você. Autor desconhecido.
3.1- A intervenção psicopedagógica
O psicopedagogo deve buscar o que significa o aprender para esse
sujeito e sua família,tentando descobrir a função do não aprender.Conhecer
como se dá a circulação de conhecimento na família,qual a modalidade de
aprendizagem da criança,não perdendo de vista qual o papel da escola na
construção do problema de aprendizagem apresentado,também engajar a
família no projeto de atendimento para ampliar seu conhecimento sobre a
dificuldade,modificando seu modo de pensar e de agir com relação à criança.
32
Em face da criança que fracassa,muitas vezes a escola,e os profissionais
da educação não levantam problemas como a estrutura da escola,a estrutura
social e a inadequação dessa estrutura a situação real de vida da criança.
Daí pode surgir os motivos do fracasso escolar:Uma não-aproximação e
conhecimento do aluno e de suas necessidades.Principalmente se estes
alunos apresentarem uma realidade diferente da realidade do
ensinante.Portanto,buscar soluções para o fracasso escolar não consiste em
patologizar o aprendente mas em ampliar esse foco,abrindo espaço para
outras variáveis que também influenciam no processo da aprendizagem com a
instituição,o método de ensino,as relações ensinante-aprendente,os aspectos
sócios –culturais,a história de vida do sujeito,entre outras.
3.2- As responsabilidades de um psicopedagogo dentro do código
de ética.
Observa-se que o código nos ensina a considerar o meio,a família,a
escola e a sociedade,porém alguns psicopedagogos têm sua forma de agir e
pensar.
Alguns deles entendem que necessitamos do amor para ajudar o
sujeito,outros pensam,o problema existe e quem deve dar conta é você.
É importante ter consciência de cada item para cumprir dentro do código
de ética a função de um psicopedagogo,saber os deveres e fundamentos de
um psicopedagogo.
33
Isso nos traz a responsabilidade de descobrir a melhor forma possível
para solucionar a dificuldade seja ela qual for.Com relação ao tópico do código
de Ética que trata do relacionamento do psicopedagogo com outros
profissionais,pensa-se que o esforço para conhecer,para nomear,para
determinar a origem do termo e usá-lo devidamente está muito mais ligado à
importância do conhecimento em si do que lhe atribuir propriedade.
O psicopedagogo está obrigado a guardar segredo sobre fatos de que
tenha conhecimento do sujeito.Esse tópico trata do sigilo profissional,é
importante e necessário que haja respeito,ética profissional,credibilidade e
acima de tudo muito cuidado para que,então,gere sucesso no exercício.O Pp
deve ter como característica saber acolher o sujeito,dar carinho e limites na
medida certa e no momento adequado,manter um bom relacionamento com o
aluno e consequentemente,um clima de harmonia,ter expectativas positivas
acerca do sujeito.
Mostrar para o aluno que ele pode fazer a diferença,que ele tem o seu
lugar e o seu valor no mundo.
“Educação requer ação e como resultado desta ação,há o aprendizado.”
É importante ter consciência de cada item para cumprir dentro do código
de ética a função de um psicopedagogo,saber os deveres e fundamentos de
um psicopedagogo.
Isso nos traz a responsabilidade de descobrir a melhor forma possível
para solucionar a dificuldade seja ela qual for.
Toda construção de conhecimento se faz a partir do outro já
existente.Isto não é diferente com o psicopedagogo.Por isso é necessário
conhecer o que se fala,do que se fala,de onde se fala mais não para “marcar
34
território”,ou para “pedir licença ou desculpas” a outras disciplinas,mas para
juntos ampliar o conhecimento.
JEAN PIAGET “O objeto da educação intelectual não é
saber repetir e conservar verdades acabadas,pois uma
verdade que é produzida não passa de uma
semiverdade,mas sim,aprender por si próprio a
conquista do verdadeiro,correndo risco de despender
tempo nisso e de passar por todos os rodeios que uma
atividade real pressupõe.”
“Quero ser criança até o final:a criança é fase criadoura por exelência.”
JEAN PIAGET
.
3.3- Alguns resultados positivos utilizando o vínculo afetivo
na aprendizagem.
Pichon-Riviére,na teoria do vínculo,ressalta a importância deste para a
aprendizagem.Todos temos exemplos em nossa história de aprendizagem de
professores que com sua afetividade nos fizeram gostar de suas disciplinas e
até ter facilidade de aprender por causa deles.Mas também tivemos a
experiência contrária:professores que desprezavam a afetividade e dificultavam
bastante o nosso aprender.Não é à toa que escolhemos a profissão de
educador.Diga-se de passagem,se fizemos esta escolha profissional,segundo a
psicopedagogia,é porque o nosso vínculo com a aprendizagem foi muito mais
positivo do que negativo.
35
Sobre o vínculo e o psicopedagogo: A idéia central deste trabalho está
na conscientização da importânica do vínculo na eficácia de uma intervenção
psicopedagógica.Ao colocar-se,como instrumento restaurador da relação do
aprendiz com o objeto do conhecimento,o psicopedagogo torna-se,ele
mesmo,um gente vincular para seu aluno.
Desenvolver com o outro um vínculo especial:agente preventivo e
reintegrador da distorção educativa.Essa distorção refere-se a não inclusão da
diferença e da especificidades no processo escolar institucional.
O papel do psicopedagogo supõe um olhar para a singularidade do seu
cliente,uma aceitação da sua diferença entre os outros e construir com ele uma
nova relação com o conhecimento.
Viver com ele (sujeito) e com sua família um processo de esclarecimento
das dificuldades e servir como fonte de resgate,transformando dor
(sintomas:fracasso escolar)em amor (prazer em aprender) através da
qualidade do seu VÍNCULO com ele.
Eis um problema nacional.Por que tantas crianças e jovens e não
conseguem aprender?Especialmente no período da alfabetização,o problema
do fracasso escolar tem tirado o sono dos professores.Ao analisar a
questão,porcuramos as causas no próprio aluno,muitas vezes atribuindo os
seus resultados à falta de interesse,à ausência de investimentos na
aprendizagem e até mesmo à existência de alguma defiência que impede a
aprendizagem de transcorrer normalmente.È comum também que o problema
seja atribuído ao contexto familiar,às condições sociais do aluno e,ainda,à
privação cultural.Todos esses fatores podem representar,certamente,causas
para o não-aprender.Ou,ainda,o fracasso escolar pode ter origem num conjunto
de causas anteriormente apresentadas que se interlaçam.No entanto,é preciso
ter cuidado para não “responsabilizar” o aluno pelo seu fracasso escolar,pois
nem sempre o problema está localizado no próprio sujeito.Recomenda-se que
36
o professor também reflita sobre a sua prática pedagógica,especialmente sobre
as atividades repetitivas e sobre as experiências de aprendizagem que são
oferecidas,que nem sempre respeitam a individualidade dos alunos.Todos
nós,crianças ou adultos,temos os nossos modelos próprios de aprendizagem
e,dessa maneira,a aprendizagem torna-se um processo muito singular.
Não se trata de buscar culpados para o fracasso escolar,nem de
responsabilizar os professores,mas buscar alternativas que estão ao nosso
alcance para solucionar o problema.Afinal,podemos trabalhar em conjunto com
as famílias de nossos alunos,mas não podemos promover grandes alterações
dentro desse contexto,podemos oferecer oportunidades de enriquecimento
cultural na escola,mas não solucionar os problemas sociais e de privação
cultural de nossos alunos.Então,a questão é:como podemos fazer com que o
nosso aluno aprenda,apesar das adversidades?È nosso papel de educador
buscar alternativas e,muitas delas,são possíveis de serem realizadas dentro da
escola.
Aprender algo requer interesse pelo objeto;numa linguagem
psicopedagógica requer desejo.È preciso que a escola faça sentido na vida do
aluno e que ele não pense que alguns nasceram para estudar e outros
não,caindo nas armadilhas do sistema capitalista e neoliberal.Mas nós só
conseguimos desejar aquilo que possui algum significado para nós.Aí entra o
papel do professor na hora de eleger as oportunidades de aprendizagens
significativas.Procurar mostrar para os alunos o sentido da educação e seus
benefícios,bem como a necessidade de investimentos a longo prazo também
produz efeitos interessantes e,é claro,é bom evitar os discursos
preconceituosos como “estudar para vencer na vida...”, “estudar para se
alguém...”. O mestre Paulo Freire pode nos ajudar a organizar um discurso de
convencimento respeitoso e dialético sobre a importância do ato de estudar.
Para a psicopedagogia,cada um de nós aprende de uma forma diferente
e o professor,na maioria das vezes,trabalha com números médios ou grandes
37
de alunos,é impossível promover atividades individualizadas o tempo
inteiro.Então,uma das soluções seria oferecer o maior número possível de
atividades diferenciadas para um mesmo conteúdo,dando oportunidade para as
diferenças dos modelos de aprendizagem operarem.Também não podemos
nos satisfazer se parte da turma aprende e parte não.Se alguns alunos não
acompanham a turma,não devemos esperar pelos períodos oficiais de
recuperação para fazer algo.È necessário pensar de que maneira podemos
utilizar a Epistemologia Convergente,ou seja,a integração de áreas do
conhecimento para oferecer oportunidades diferenciadas de aprendizagem
para os alunos com dificuldades.O trabalho diversificado ainda é uma boa
alternativa para que o professor tenha condição de dar maior atenção aos
grupos de alunos com dificuldades.
Os profissionais engajados no campo da Psicopedagogia têm atentado
para a necessidade do trabalho a ser realizado na instituição escolar. Pensar a
escola, à luz da Psicopedagogia, significa analisar um processo que inclui
questões metodológicas, relacionais e socioculturais, englobando o ponto de
vista de quem e de quem aprende, abrangendo, conforme já dissemos, a
participação da família e da sociedade. Reportemo-nos ao que pensa Weiss a
respeito disso: “ Existem diferentes enfoques em relação ao que se entende
por Psicopedagogia na escola. Adotarei a posição de considerá-la como um
trabalho em que se busca a melhoria das relações com a aprendizagem, assim
como a melhor qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e
educadores . É dar-se ao professor e ao aluno um nivel de autonomia na busca
do conhecimento e, ao mesmo tempo, possibilitar-se uma postura crítica em
relação à estrutura da escola e da sociedade que ela representa. Para isto, é
necessário um posicionamento sobre o que a escola produz” ( Weiss, 1991).
Nestas palavras, a psicopedagogia Maria Lucia Leme Weiss reflete a
preocupação e a tendência atual da Psicopedagogia no seu compromisso com
a escola. Nesse trabalho preventivo junto à escola, deve-se levar em
consideração, inicialmente, quem são os protagonistas dessa história:
38
professor e aluno. Porém, estes não estão sozinhos: participam, também, a
família e outros membros da comunidade que interferem no processo de
aprendizagem – aqueles que decidem sobre as necessidades e prioridades.
O aluno, ao ingressar no ensino regular, por volta de 7 anos, traz
consigo uma história vivida dentro do seu grupo familiar. Se a sua história
transcorreu sem maiores problemas, estará estruturado seu superego e poderá
deslocar sua pulsão a objetos socialmente valorizados, ou seja, estará pronto
para a sublimação. A escola se beneficia e também tem função importante
nesse mecanismo, pois lhe fornece as bases necessárias, ou seja, coloca ao
dispor da criança os objetos para os quais se deslocará a sua pulsão. A escola
enfim administra – bem, mal, etc. – esse mecanismo pulsional da criança. É o
momento ideal para o ingresso no ensino regular, já que as suas condições
psíquicas favorecem o aprendizado escolar. Se tudo correu bem no
desenvolvimento da criança, estará estruturado o seu desejo de saber: a
epistemofilia. Ingressa na escola com um desenvolvimento construído a partir
do intercâmbio com o meio familiar e social, qual pode ter funcionado tanto
como facilitador quanto como inibidor no processo de desenvolvimento afetivo-
intelectual.
Pois bem, grifamos a expressão desenvolvimento afetivo-intelectual
acima, precisamente para salientar um item observado no presente ensaio: o
lugar da afetividade ao se operar a assitência psico-pedagógica. Do fator
afetivo poderemos depreender todo um delta de significados simplesmente se
tomarmos o que diz o dicionário sobre afetividade no seu sentido número 2: “
Psicol. Conjunto de Fenômenos psíquicos que se manisfestam sob a forma de
emoções, sentimentos e paixões acompanhados sempre da impressão de dor
ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou
tristeza “ ( 1986, p. 55 ). O verbete em questão fala em emoções, sentimentos,
dor, prazer, satisfação insatisfação, enfim aquilo que a criança pode
perfeitamente manisfestar na sua relação com o outro, na relação familiar, na
escola, principalmente, onde o outro é um estranho e sabe - tudo ( o professor
39
os colegas ), e onde o sujeito está, por assim dizer, completamente exposto ao
mundo, um mundo concentradamente competitivo. Em seus eventuais
bloqueios, a afetividade pode estar operando a impedir a aprendizagem.
Em minhas considerações finais sobre este capítulo deixo-me autorizar
em mensagem porque esta transcende as palavras e traduzem a minha alma
em relação a esta profissão:
AS QUALIDADES DE UM PSICOPEDAGOGO É:
Não se abala com os fortes ventos da vida,continua amando quando as
coisas vão mal,continua amando na doença, no sofrimento,nos dias difíceis,
quando o dinheiro é escasso, e as dificuldades amontoam,aguenta o mau
humor, sabe esperar sem lamúrias, quando as irritações se acumulam,não se
irrita com os erros dos outros, com os pequenos incômodos do dia a dia, com a
falta de consideração e os esquecimento de coisas que lhe parecem
importante. Procura ser sensível aos desejos alheios. Ele está sempre
antecipando as necessidades. O amor é generoso, com seus bens,com seu
tempo e seu carinho. Não pensa só em si, nos seus próprios desejos,conforto e
prazer. O amor é pródigo com seu afeto e com aquilo que possui. A justiça faz
parte da sua maneira de ser. O amor luta para que a verdade seja conhecida, e
os direitos de todos sejam respeitados.
Rita de Cássia.
Aluna: Psicopedagogia
40
CONCLUSÃO
Ainda acredita-se que existe grandes educadores que se interessam
na prática de utilizar o amor e a solidariedade para com o próximo pois;ao
decorrer desse trabalho pode-se observar através das leituras,pesquisas que o
que é ruim hoje,poderá ter efeito oposto amanhã e o que foi ruim ontem será
melhor no futuro.É sempre uma conquista.É um assunto complexo mas
abordante em relação a aprendizagem.Mas humildimente,peço licença para
escrever em poucas linhas o que realmente traz efeito com o amor e a
solidariedade na aprendizagem neste trabalho.
Todos os dias ouvimos muita coisa.Nosso cérebro filtra o que nos
interessa e joga fora todo resto.Quando o ouvido está pensando no cuidar,não
é só o cérebro que processa as informações.Neste instante surge a ferramenta
ideal,amor e solidariedade.A preocupação com o próximo,o não isolamento e a
disposição de ajudar devem ser objetos de todos.O ato de ouvir não é muita
coisa.Ele deve estar sempre acompanhado do cuidar.E esse cuidado deve ser
do educador,da escola,da família,do psicopedagogo,do corpo docente e da
sociedade.E ele é fundamental.Com tudo isso,tentamos uma visão geral e
abrangente dos aspectos positivos e negativos bem como a importância de se
ter mais amor e solidariedade na aprendizagem com a finalidade de mostrar
como tentar transformar em uma melhor aprendizagem.
41
Exemplificando o amor e a solidariedade,abrindo um leque para o futuro
com espectativas melhores e com as contribuições da psicopedagoga
juntamente com professor,educador,todos e despertando caminhos,da
realidade do professor,lançando dicas pedagógicas,em busca da
transformação a cada dia através das necessidades do aluno e do professor.
ALVES(1986:26) “O professor pode ser um funcionário
das intituições que gerencia,um especialista em
reprodução de conhecimentos e uma peça no aparelho
ideológico de estado.Um educador ao contraído,é um
fundador de mundos,mediador de esperanças,pastor de
projeto.”
Comece de novo!
Comece de novo.
Se você fez planos que não deram certo,
Se você tentou dar o melhor de si e não há mais o que tentar,
Se você falhou consigo mesmo sem saber porquê,
Comece de novo.
Se você contou aos seus amigos o que planejava fazer,
Se você confiou neles e eles não o apoiaram,
Se agora você está sozinho,só podendo conta
consigo mesmo,
Comece de novo.
Se você falhou com seus familiares.
Se agora você já não e tão importante para eles,
Se eles perderam a confiança em você,
Se você se sente um estranho em seu próprio lar,
Comece de novo.
42
Se você está certo de que está acabado e quer dissistir,
Se você chegou ao fundo do poço,
Se você tentou e tentou e não conseguiu subir,
Comece de novo.
Se os anos passam tão depressa e os sucessos são poucos,
Se chega a se sentir triste,
Deus dá um novo caminho para você.
Comece de novo.
Começar de novo significa:
“Vitórias alcançadas.”
Começar de novo significa:
“Uma corrida bem feita.”
Começar de novo significa:
“Deus sempre vencerá!”
Rita de Cássia.
Aluna: Psicopedagogia.
Às vezes o amor está onde menos se espera!!!
Compreender a vida.O que os alunos trazem é importante,mas é bom
considerar que há algo mais à frente.Os futuros educadores têm que dominar
os conteúdos de que os alunos precisam se compromissar com a sua
causa,acreditar nela e buscar seus caminhos.O professor tem que aceitar o
desafio e experimentar.Não há receitas prontas e imediatas e sim
reflexões,troca de conhecimentos e parcerias.O importante é tentar chegar,pelo
menos terá certeza de que a tarefa está sendo cumprida independente das
circuntâncias.
43
Um conjunto de coisas chegará a realização de uma aprendizagem com amor
e solidariedade bem melhor mas é necessário a todo momento orientar a
família os alunos junto aos professores sobre o seu desempenho escolar e se a
situação se agravar e persistir,um profissional especializado em
psicopedagogia deverá ser consultado,pelo bem-estar e crescimento saudável
do aluno.A solidariedade e o amor são contagiantes precisa ter mais ações e
atitudes solidárias para que haja transformação neste mundo.Cita-se como um
grande exemplo e experiência própria o trabalho que foi realizado com a
comunidade carente onde possibilitou-se estudos bíblicos,reforço
escolar,alimentação,coral,atividades educativas,reuniões de pais trazendo para
essas crianças um pouco de esperança para aqueles que precisam de
ajuda.Este trabalho foi altamente voluntário,quebramos limites aprendemos
com eles suas múltiplas necessidades e inteligências e a maior resposta é a
lição de superação e acreditar no potencial da aprendizagem de cada criança
na capacidade de evoluir e avançar desde que bem assistida.Aprender a
conhecer o que afeta esta criança é o primeiro passo para criar estratégias
para realizar um bom resultado.Respeitar a evolução de todas as crianças é
fundamental para garantir o avanço deles nas diversas áreas.Por que cada
criança tem o seu ritmo.Nesta pesquisa,suscita-se caminhos para autoria de
pensamento e o ressignificar dos valores presentes no ser,no fazer e no viver
psicopedagógico.E,para significar este viver,existem valores que fazem a
diferença:são os valores sementes da humanidade,valores humanos
essenciais,que cabe ao educador pelo ato de amor e solidariedade fazer
germinar...
O trabalho do Mestre...
Ele não pode entregar tudo aquilo que conhece,
mas pode criar um certo campo de flores no qual
suas pétalas podem se abrir,na qual suas sementes
encorajadas para dar um salto,no qual o milagre
torna-se possível.
44
Os valores são os que tornam as pessoas mais humanas,se desenvolver-mos
em nossos alunos o conceito de:
respeito,amor,solidariedade,reflexão,honestidade,paciência,além da
disciplina,curiosidade,teremos com certeza uma sociedade melhor vital
importância na vida de qualquer pessoa ver o sucesso do aluno como se fosse
o seu filho quando nós educadores acreditarmos nesta possibilidade,os
problemas na educação serão solucionados pelo menos uns 70%.
Quando o aluno tem um ambiente seguro e em constante transformação
ajuda-o a fazer as descobertas sobre:o espaço,os objetos,os colegas e sobre si
mesmo.
Retomemos nossas reflexões sobre a relação criança-escola,motivo de
atenção do psicopedagogos.A criança não escolhe ir para a escolar,e
tampouco,o que vai aprender.A instituição escolar,o rigor,tem a função de
preparar a criança para ingressar na sociedade,promovendo as aprendizagens
tidas como importantes para o grupo social ao qual esse sujeito pertence.
Por outro lado,na escola,a criança encontra-se,vale retocar neste
ponto,especialmente com um outro-o professor.O professor escolheu sua
tarefa - ensinar o que sabe-e preparou-se para tal. As motivações que o
levaram a eleger essa tarefa podem ser muito variadas e determinam
seguramente uma forma de vínculo com os seus alunos.Para pensar as
motivações dessa escolha,podemos perguntar: O que significa ensinar para
quem ensina?Para alguns,pode representar a necessidade de transmitir,de dar
ao outro o que se sabe.O que se sabe pode ter sido descoberto e construído a
partir das próprias ações sobre o mundo físico e social,ou transmitido como
saber descoberto e elaborado por outros,portanto de caráter inquestionável.Em
45
última instância,o professor que não vivenciou uma verdadeira apropriação do
saber não poderá acompanhar o aluno no caminho de recorrer,então,à
memorização e a conceitos,idéias,estratégias e caminhos para resolver
situações preestabelecidas.No entanto,é importante levar em conta que os
professores que ensinam desta forma são aqueles que,por sua história
vincular,não aprenderam outra forma de aprender.
Pode-se fazer,ainda,uma outra pergunta:Para que saber? Podem
existir,entre outras,algumas possibilidades importantes.Uma delas é o desejo
de mostrar sabedoria e ,com ela,exercer poder sobre o outro,o que não passa
de uma afetividade autoritária,de dominação negativa;outra é poder demonstrar
o que se sabe,para não se dar conta do que não se sabe.Uma terceira
possibilidade para responder a essa questão é ensinar para sentir a presença
do outro,visto que ensinar não é um processo solitário:o professor torna-
se,visto que ensinar assim,um mediador no processo de construção do
conhecimento e que tem que haver humildade, solidariedade, amor, e etc.
Agradeço à Deus por proporcionar esta oportunidade de realizar esta pesquisa.
Obrigada Senhor pela minha vida e a minha saúde.
Por recomeçar de novo a minha tragetória.
46
ANEXO I
Sáb, 16 de Janeiro de 2010 17:12
"Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das
árvores e nas montanhas, longe dos predadores, das ameaças e dos perigos e
mais perto de Deus, devemos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado,
promover o respeito a seus direitos e protegê-los".
Parágrafo final da última palestra da Dra. Zilda Arns Neumann Haiti, 2010
47
ANEXO II
48
ANEXOS III
Este foi o trabalho que realizamos com as crianças:
Sala de aula Aniversário das crianças
49
Fantoche Dia das crianças
Coral
50
BIBLIOGRAFIA
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http://www.via6.com/topico.php?tid=259689 11/02/2010
54
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: O amor e a solidariedade na
aprendizagem
Autora: Rita de Cássia Araujo Brun
Data de Entrega: Janeiro de 2010
Avaliado por: Carly Barboza Machado Conceito: