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8/3/2019 O Anjo Exterminador - Amauri Ferreira (PDF) http://slidepdf.com/reader/full/o-anjo-exterminador-amauri-ferreira-pdf 1/12 O ANJO EXTERMINADOR Por Amauri Ferreira Ensaio - 2005 www.amauriferreira.com Ouço discursos que têm pouco a dizer  Muita ladainha não me ensina a viver  Prefiro o canto dos pássaros, o som que vem do mar  E o silêncio interrompido por quem sabe falar   Assustome quando eu ve!o tanta seriedade  Muitas bri"as e discuss#es para se e$i"ir respeito  Prefiro fazer "irar o meu corpo que não tem idade %omo uma criança que brinca, o meu E& estará desfeito  %he"uei at' aqui, quem poderá me e$plicar(  )izem que tudo está confuso, tudo fora do lu"ar O meu instinto estava certo, quando me atirou ao peri"o  Ao aproveitar a e$periência, descobri um novo abri"o

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O ANJO EXTERMINADOR 

Por Amauri Ferreira

Ensaio - 2005

www.amauriferreira.com

Ouço discursos que têm pouco a dizer 

 Muita ladainha não me ensina a viver 

 Prefiro o canto dos pássaros, o som que vem do mar 

 E o silêncio interrompido por quem sabe falar 

 

 Assustome quando eu ve!o tanta seriedade

 Muitas bri"as e discuss#es para se e$i"ir respeito

 Prefiro fazer "irar o meu corpo que não tem idade

%omo uma criança que brinca, o meu E& estará desfeito

 

%he"uei at' aqui, quem poderá me e$plicar(

 )izem que tudo está confuso, tudo fora do lu"ar 

O meu instinto estava certo, quando me atirou ao peri"o

 Ao aproveitar a e$periência, descobri um novo abri"o

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es)amos fora o rio3 ara encon)rar uma )erra 7enerosa3 ,ue nos esera acien)emen)e< )am8m oemos criar noos camin/os ,uano es)amos fora a socieae3 ara esco8rir as ri,ue9as anossa so4io... E*eri+ncia e es)ar en)ro e fora o rio< e*eri+ncia e momen)os em ia socia4 ee re)iro esiri)ua4% no /( como iermos a8so4u)amen)e en)ro ou fora o rio3 en)ro ou fora aia socia4. Poemos )er a sa8eoria e osar as e*eri+ncias ,ue con+m ara o o4imen)o anossa r6ria 4i8erae3 ara a e*anso os nossos 4imi)es3 ara sen)ir a na)ure9a o nosso r6rio

)emo. #a8e somen)e a n6s resoner s se7uin)es ,ues)es% o ,ue nos for)a4ece e o ,ue nosenfra,uece' Hua4 o momen)o e en)rarmos e e sairmos o rio' O ,ue fa9emos com as nossas r6rias moifica1es ,ue ocorrem en)ro e fora o rio'

En)o3 sen)imos ,ue a47o se assa conosco. No somos mais os mesmos. Dei*amos asnossas 4em8ran1as ara )r(s3 camin/amos e4a areia a raia3 rumo ao mar3 4enamen)e se7uros onosso camin/o Para nossa surresa3 esco8rimos ,ue )am8m oemos ier no mar% e animais)erres)res3 )ornamo-nos animais mar)imos A/3 e ,ue mar marai4/oso esse3 com seus in=meros

 ei*es3 um mais 8e4o ,ue o ou)ro Ao mesmo )emo3 )uo oe aina arecer es)ran/o aos nossoso4/os3 )o acos)umaos com a ia )erres)re. Desco8rimos ,ue recisamos )ra8a4/ar uro3 cons)ruir a4ian1as3 se ,uisermos so8reier nesse muno simu4)aneamen)e 8e4o e eri7oso. #riamos um noomoo e ier no mar3 cons)rumos noas re4a1es com os seus /a8i)an)es3 arenemos a am(-4o e

es,uecemos como era a ia fora e4e. A rea4iae a nossa ia se confune com a rea4iae omar% in)amos o mar nossa maneira3 iemos o mar em )oa a sua in)ensiae. @im4esmen)e none7amos o mar3 mas3 ao con)r(rio3 reso4emos afirm(-4o em )oa a sua rea4iae...

 Bier em um coro /umano% isso no mais um ro84ema ara mim. No )en/o ese:o ene7ar o meu r6rio coro e nem um ese:o e fu7a ara o muno o >a4m-)erres)re?3 naeseran1a e encon)rar a >a9? e a >fe4iciae? or 4(. No3 no se )ra)a isso. O meu nascimen)ono foi uma esco4/a3 mas uma necessiae... E ,uano ier em um coro /umano ei*a e ser um

 ro84ema3 )orna-se um dever enunciar )uo a,ui4o ,ue o arisiona3 ,ue a8afa o cora1o ,ue ne4e u4sa. E o a4o os meus a)a,ues 3 eien)emen)e3 )oo conformismo ,ue a /umaniae )eima em4an1ar mo3 )oa esconfian1a na nossa caaciae cria)ia e na nossa ousaia ara )ri4/armos em)erras es)ran7eiras. Ao es)ar ossuo or um ensamen)o )o rico3 no me ermi)o )er ou)ra os)ura,ue no se:a a a a1o. No )em como ser iferen)e3 nin7um recisa me eir naa3 ois refiroa7ir or uma e*)rema necessiae ,ue )oma con)a e mim. E como e*i7ir a1es e ,uem a ia/umana )ornou-se um insuor)(e4 ro84ema3 ,ue recisa se a7arrar a um >eu? ara se efener' Oa8suro esse comor)amen)o mos)ra-se e4o sim4es fa)o e ,ue essa necessiae e efesa con)ra a pr*pria vida+++

Fica imosse4 4ear o r6rio >eu? a srio ,uano se en)ene ,ue e4e aenas um feitiço...#omo no )en/o um >eu? ara efener3 no reciso e a47um ,ue o efena. No ,uin)a4 a min/acasa a (rore o reconhecimento no conse7ue encon)rar meios ara ir ao muno% o seu so4o in6si)o ara (rores ar)ificiais... O a)o e es)ruir e e criar )orna-se uma e4iciosa )arefa ,uanono se )em comromisso com uma ien)iae G o meu =nico comromisso com a ia. E como

)uo fica mui)o mais 4ee3 mais sa8oroso3 ,uano o ,ue se rou9 fru)o e uma for1a in)erior eno o resu4)ao e uma orem e*)erna... O au)+n)ico ar)is)a )em comromisso aenas com acria1o< a o8ra e ar)e ,ue e4e en7enra es)( acima e ,ua4,uer in)eresse u)i4i)aris)a. #onen/amos3 f(ci4 erce8er o mau c/eiro ,ue e*a4a as o8ras e um em8us)eiro ,ue )em a sua ia fis7aa e4o

 oer3 one o in/eiro es)( acima e )uo e ,ue3 or isso3 as re7ras morais so ron)amen)eo8eecias. E*is)em escri)ores3 m=sicos3 in)ores e ou)ros >ar)is)as? aos mon)es or es)e munoesa4/ano o 6io e )oa esconfian1a e4a ia. Tra)a-se e uma rou1o G e 7rane e4ociaee a8ran7+ncia G e )uo o ,ue enenena a ia% so coisas 8ai*as3 en7anaoras3 criminosas3 con)ra o

 futuro o /omem3 con)ra a caaciae e  pensar  o /omem. E so rou)os ,ue es)o esa4/aos or )oa ar)e% na mia e massa3 nos cinemas3 nos )ea)ros3 nas uniersiaes. E o ,ue ,uerem3afina4 e con)as' Huerem aa)ar a nossa for1a in)erior ao ,ue :( es)( es)a8e4ecio.

Isso )uo escone3 na erae3 um meo )erre4 e ,ue a nossa o9 in)erior en/a )ona G e4a somen)e ser( ouia3 en)enia3 recon/ecia e a4ori9aa se for3 an)es e )uo3 aa)aa snormas i7en)es3 )ornano-se inofensia aos in)eresses mais 8ai*os e consera1o e uma

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socieae fr(7i4. #aso con)r(rio3 a nossa o9 in)erior ser( acusaa e eri7osa3 e oen)e e e 4ouca. Nesse caso3 o nosso >eu? resonsa8i4i9ao or )er ermi)io ,ue e4a a9asse. O r6rio iniuo)ransforma-se no o4icia4 e si mesmo3 eni)enciano-se3 uiano a inoc+ncia as suas for1as.&m ese)(cu4o /orre4 se (% reso ao >eu?3 o iniuo 4u)a )errie4men)e con)ra as for1as ,ue3ne4e mesmo3 >7ri)am? or muan1as. A8afar as for1as e cria1o G esse o moo e ia ,ueimera nas socieaes moernas.

&ma for1a in)erior3 ,uano afirmaa3 no se ei*a fi*ar or em8us)es fornecios e4o oer  G e4a no recisa ser recon/ecia. Nie)9sc/e comreeneu mui)o 8em isso ao i9er% >io e meu r6rio cri)o? >Ecce !omo?3 r64o7oC. A o9 in)erior ( o cri)o ara si mesma a)ras a sua r6ria e*resso. O au)+n)ico ar)is)a insere o seu esri)o na o8ra3 sem eir ermisso a nin7um%,uano ma4 se ( con)a o ,ue se assou3 e4e :( se encon)ra no rocesso cria)io. @e oemos i9er ,ue /( uma orem3 ou uma )arefa3 e4a 3 sem =ia3 uma orem in)erna3 esiri)ua4. Ta4 orem

 rou9 uma o8ra au)+n)ica3 ,ue no nos ermi)e ne7ar a 8e4e9a a sua e*resso% oemos ouir uma mesma m=sica G ou 4er um mesmo 4iro G e9enas e e9es ara sen)irmos ,ue a o8ra e ar)e ines7o)(e4. Dian)e e )an)a ri,ue9a3 e )an)a noiae3 o ini7en)e e )eioso >eu? )orna-sea8so4u)amen)e esre9e4.

Mas uma coisa  produzir   o8ras e ar)e3 ou)ra coisa apenas  consumir   o8ras e ar)e. O

/omem moerno3 em rimeiro 4u7ar3 as consome or,ue mais c;moo consumir o ,ue criar. Emse7uno 4u7ar3 e4e aenas consome or,ue no )em como criar en,uan)o ie e moo assio. Emsuma3 e4e consome mui)o ma43 or,ue o 8om uso o rou)o a,ue4e ,ue sere como alimento araa rou1o e noas o8ras3 e no como mero en)re)enimen)o ara aa9i7uar o Knimo. Huano oconsumo es)( focao no o8:e)o e no numa in)ensiae ,ue sur7e na re4a1o com a o8ra G o ,ue nos

 ermi)e 7erar uma o8ra e ar)e G )orna-se o8re. mui)o comum o8serarmos uma aie9 ara seassis)ir ao maior n=mero e fi4mes3 ara se ouir o maior n=mero e m=sicas3 ara se 4er a maior ,uan)iae e 4iros e reis)as so8re /is)6ria3 o4)ica3 fi4osofia3 e)c. #onsome-se emais3 mas se

 rou9 ouco. O /omem moerno no sa8e como a7raecer aos ar)is)as ,ue consome. osse4ima7inarmos o ,ue um Fe44ini3 um Ler7man ou um An)onioni con)inuam a 7erar em 7rane ar)eo seu =84ico% )a4e9 uma cer)a rea1o e io4a)ria3 e consumismo esenfreao as suas o8ras...

A rou1o cu4)ura4 o 6io os in)e4ec)uais. @uas enormes co4e1es e 4iros3 or e*em4o3so sin)omas e cansa1o3 e uma ia ,ue se )ornou emasiao )eiosa. O in)e4ec)ua4 encon)ra noconsumo a rou1o cu4)ura4 uma fu7a i7na e um /omem re7ui1oso% com o amo4ecimen)o aener7ia cria)ia3 /( o aumen)o a caaciae e memori9ar frases3 8io7rafias3 fa)os /is)6ricos3concei)os os rinciais fi46sofos na /is)6ria a fi4osofia3 e)c. Em mui)os casos3 )orna-se um 7rane)io 4er um 4iro e um in)e4ec)ua4 com 500 (7inas e uro acen)o aca+mico% seu con)e=o 3,uase semre3 so8re o ,ue a47um isse3 o ,ue o ou)ro escreeu3 semre com a reocua1o ecomroar cien)ificamen)e ,ue sa8e o ,ue es)( i9eno. Torna-se um reprodutor   o ,ue ou)rosisseram3 re,uen)ano a47umas ieias3 fa9eno3 a)3 8i9arras mis)uras e concei)os. Pouco a,ui4o,ue escree e*erimen)a3 e fa)o3 na ia. Por isso seus escri)os so )o suerficiais e3

 rincia4men)e3 inofensios. #om um >eu? a seri1o o oer3 o in)e4ec)ua4 conse7ue 4ear a srioum ))u4o e ou)orao3 or e*em4o. Mui)a in)e4ec)ua4iae no mua naa% erio em si mesmo3o in)e4ec)ua4 no rou9 a ar)e reo4ucion(ria3 or,ue es)( reocuao somen)e com o rece8imen)oe e4o7ios G ie ara a7raar o seu =84ico e a8as)ecer3 com isso3 a sua con)a 8anc(ria.

#onsumir ara rou9ir% a fome a for1a in)erior insaci(e4. @omen)e e4a caa9 e 7erar uma ar)e reo4ucion(ria. Por isso3 no )en/o mo)io suficien)e ara acrei)ar num su:ei)oreo4ucion(rio3 ,ue emun/a a 8aneira a reo4u1o3 iri7ino-se s massas3 aos 8erros. Prefiroconfiar no an:o ,ue e*is)e em )oos n6s G um an:o com uma a7ressiiae i7na e ume*)erminaor. Le4o isfarce ara a)acar esse nosso >muno encan)ao3 c/eio e fan)asias?.

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2. DADO@ PE@@OAI@% O H&E PODEMO@ FAER #OM E$E@'

A7ora3 e*on/o a47uns aos essoais ,ue me ermi)em ser recon/ecio e4a socieae.Toos n6s somos mui)o arecios nesses asec)os% )uo foi fornecio a n6s >7enerosamen)e?... Ocri)o eio e fora% ese o nascimen)o nos )ornamos eeores e )oas as ins)i)ui1es ,ue nosforneceram as creenciais ,ue eno)am >norma4iae?. No meu caso3 e:am o ,ue eu >eo? a e4as%

 

&MA DATA DE NA@#IMENTO% e4o ca4en(rio cris)o3 nasci em 2 e Jun/o e <&M @INO% se7uno a as)ro4o7ia3 sou o si7no e +meos<&M NOME% cons)a na min/a #er)io e Nascimen)o ,ue o meu nome Amauri @an)os Ferreira3fi4/o e Roni4a @an)os Ferreira e e Mauri4/o Ferreira<&MA #IDADANIA% como eu nasci em uma ciae c/amaa @o Pau4o3 sou consierao

 au4is)ano<&MA NA#IONA$IDADE% como eu nasci em um as c/amao Lrasi43 sou consierao 8rasi4eiro<&M IDIOMA% como o iioma oficia4 o Lrasi4 o or)u7u+s3 comunico-me em or)u7u+s<&MA E@P#IE ANIMA$% como eu nasci em um coro /umano3 sou consierao um ser /umano<&M @EXO% como o meu coro )em um +nis3 sou consierao um ser /umano o se*o mascu4ino<&MA RAQA% como a cor a e4e o meu coro 8ranca3 sou consierao um /omem 8ranco<&M R E &M #PF% n=meros e n=meros<&M #ERTIFI#ADO DE RE@ERBI@TA% se7uno cons)a no meu cer)ificao3 eu sou >reseris)a e2 ca)e7oria3 re4acionao como so4ao no ,ua4ificao na Resera?<&M DIP$OMA &NIBER@IT"RIO% se7uno cons)a nos ocumen)os a Facu4ae #(ser $8ero3fui a4uno e 4(3 formano-me em Re4a1es P=84icas3 no ano e 2002<&M E@TADO #IBI$% como eu no sou casao com ou)ro ser /umano3 sou consierao um /omemso4)eiro<&MA PROFI@@SO% cons)a na min/a car)eira e )ra8a4/o ,ue eu rece8o um sa4(rio e uma

ins)i)ui1o 8anc(ria< or)an)o3 sou consierao 8anc(rio<&M @A$"RIO% recisamen)e R .U23V5 mensais referen)e a Ou)u8ro e 2005C3 or V /orasi(rias e )ra8a4/o.

Po8re socieae. Mi4/ares e ias arisionaas or si7nos ,ue se )ransformaram na coisamais imor)an)e ,ue e*is)e% efener uma ien)iae. Huerer3 8uscar3 4u)ar or uma ien)iae% esse)io e esfor1o o mais desprezvel   ,ue e*is)e. semre o mesmo o1o rofuno orecon/ecimen)o% a) nesse on)o3 as c/amaas >minorias? sociais )+m mui)o ,ue arener.

!onrar um nome3 uma ()ria G 7uerras e ca(eres rou9ios or um )io e ia ,ue3 or no sa8er mais criar3 ( o san7ue ara no erer a,ui4o ,ue 4/e >ro)e7e?% um mero con:un)o esi7nos. Discusses in)ermin(eis so8re a erae as coisas< in)o4erKncia com as iferen1as ere4i7io3 naciona4iae3 se*o e cor a e4e% so as 7uerras o ressen)imen)o3 o /omem coare...Hua4 a me4/or rofisso' Hua4 o maior sa4(rio' No cansamos e resenciar as 8ri7as en)re osescraos3 em ,ue um )ra8a4/aor ,uer roar ,ue mais come)en)e o ,ue o ou)ro% es)( a8er)a aconcorr+ncia no muno os ne76cios... No muno as ien)iaes.

Por isso ,ue essas coisas so armai4/as )erreis ,uano se ese:a fi*ar-se ne4as. O nossoesfor1o aenas )em aroa1o ,uano o foco es)( em a47o ,ue recon/ecio socia4men)e3 ,ue in)eressan)e ara o status quo. Dessa forma3 )uo parece se )ornar mui)o c;moo3 ois o camin/o a

 ercorrer :( es)( )ra1ao3 com o fu)uro 4ane:ao. Naa e inen1es3 naa e criar o r6riocamin/o% >Pois a4i /( eri7o?3 i9 o oer. O muno o recon/ecimen)o )orna-se mui)o mais>se7uro?3 mas )am8m mui)o mais mon6)ono e erimen)e. &m aro e ia norue7u+s ou

fin4an+s um a)en)ao con)ra )oa inen)iiae3 con)ra )oo imreis)o ,ue ( sa8or ia% osacasos3 as ores3 as a7i)a1es ,ue sur7em na nossa ia so e*ci)a1es3 so resen)es ,ue o /omemmoerno no sa8e aroei)ar3 refu7iano-se so8 os 8ra1os cariosos e um Es)ao. E3 ian)e e ummoo e ia )o or7ani9ao3 )orna-se curioso o nice e suicio nesses ases-moe4o% o =4)imo

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recurso e uma ia ,ue ereu a a)mosfera a iferencia1o3 one o ar )ornou-se esao emais eo araso3 insuor)(e4 e ier. &m su:ei)o assim sen)e-se a) culpado or es)ar infe4i9 em umasocieae ,ue 4/e oferece )uo. E4e o4/a ara as fam4ias ,ue camin/am nas ruas e nos ar,ues esen)e uma or rofuna% o ,ue e4e + o seu r6rio fu)uro3 sim8o4i9ao e4o aro e fe4iciae,ue omina o camo socia4.

Para me oor a essas coisas 4amen)(eis3 refiro me ier)ir com os meus r6rios aos

 essoais. No ( ara 4e(-4os a srio3 or,ue )uo oe ser o8:e)o e moifica1o. Fa9 ar)e omeu ins)in)o ar)s)ico anificar ima7ens3 re4acionamen)os ou a) o meu r6rio nome. Ten)a)ias eencon)rar uma efini1o ara mim foram )oas em o... Huano acrei)aram ,ue a )in/amfina4men)e encon)rao3 )ra)ei sem fa9er esfor1o a47umC e es)ruir a ima7em ,ue )in/am fei)o emim. $o7o a6s3 i um o4/ar ececionao3 um cer)o inc;moo 7erao3 ou3 em uma a4ara3 umestranhamento3 o ,ue me 4eou a i9er% >Pois 3 no sou o ,ue oc+ ima7inou...?

Meu o4/ar o4)a-se ara ois anos a)r(s e o ,ue e:o' A min/a r6ria eo4u1o or meioos meus escri)os% e4es so )es)emun/os a min/a )ransforma1o. O ,ue e:o ne4es G e )am8m a,ui

 G a for1a in)erior e*ressano-se caa e9 mais in)ensamen)e3 a8so4u)amen)e unia com o )emoa sua r6ria na)ure9a. No /( mais como se7urar% se um ia eu 4ear um )iro3 8uscarei as for1asesiri)uais mais rofunas ara con)inuar ieno3 so8re)uo e maneira ro4fica... Arras)arei o

meu coro ferio a) a fon)e a ia< 8e8erei a sua (7ua ura e esco8rirei asas em mim ,ue a)en)o no /aia erce8io... #orre nas eias o meu coro o  san"ue do artista... An)es e )uo3 eusou o An:o E*)erminaor e mim mesmo. No ( ara ei*ar e es)ruir em mim o ,ue oe ser es)ruo. No ( ara e*i7ir resos)as e a47um so8re coisas ,ue somen)e eu osso fa9er. No (

 ara ei*ar e a7raecer aos 7ranes esri)os o assao ,ue rou9iram o8ras e*)raorin(rias. No ( ara ei*ar e cu4)iar a ami9ae com ,uem acrescen)ou mui)o min/a ia% uma ami9ae3sem =ia3 espinosista.

O e7o um 7rane en7ano3 ois e4e no ermi)e ,ue a o9 o a7raecimen)o en/a aomuno ara e*rimir nossa amira1o e4o 7rane esri)o ,ue3 )o raramen)e3 encon)ramos nanossa ia. O >i(4o7o esiri)ua4?3 ao ,ua4 se referiu Nie)9sc/e3 o i(4o7o en)re os esri)os for)es3como uma ami9ae ,ue a)raessa os scu4os3 um encon)ro e for1as ,ue se comunicam or in)ermio e uma o8ra. &ma re4a1o ,ue esre9a a ami9ae uma re4a1o triste3 c/eia ein)eresses u47ares. o ,ue ocorre ,uano a qualidade  a re4a1o cee 4u7ar quantidade. A7rane ami9ae no ,uan)i)a)ia3 mas ,ua4i)a)ia% os nossos 7ranes momen)os oem no ser mui)os3 mas so in)ensos. Mas isso no a47o ara se 4amen)ar e ar socos na aree3 ois no se)ra)a e 4em8rar a a)a e aniers(rio as e9enas e >ami7os? ,ue se ossui< e*erimen)ar

 rii4e7iar a in)ensiae3 a ,ua4iae os afe)os3 a re4a1o ,ue se cons)r6i e se es)r6i a caains)an)e3 o noo ,ue ee assa7em e ,ue 8em-ino3 seno rece8io com f4ores na or)a anossa casa... O nosso sen)imen)o =nico3 no osse4 comunic(-4o em sua a8so4u)a rofuniae

 or meio as a4aras% em ,ua4,uer )en)a)ia e ferir essa 4ei e)erna3 ouiremos aenas os ruos ea47o imosse4 e ser )o)a4men)e e*resso or um si7no. Por isso o nosso ami7o3 mui)as e9es3

 oe assar a ia in)eira sem ouir a confisso Woc+ um 7rane ami7oW% isso no um ro84ema e4e. Ou3 en)o3 ,uano a47um i9 Weu )e amoW% )am8m no um ro84ema a,ue4e ,ueoue3 or,ue e4e no recisa ouir...

Para )ornar-se 7rane3 reciso ,ue8rar o casu4o o >eu? ara3 em se7uia3 a8anon(-4o.@omen)e assim osse4 4an1ar-se ao ar ara e*4orar noos munos. E o con)r(rio isso3 o ,ue '>E*resso mora4men)e% amar o r6*imo3 ier ara ou)ros e ou)ras coisas oe ser a meia

 ro)e)ora ara a consera1o a mais ura su8:e)iiae? Nie)9sc/e3 >Ecce !omo?C. @u8me)io mora43 ce7o ara as coisas ,ue 4/e acon)ecem3 o su:ei)o no ,uer es)ruir o seu casu4o. Assim3 e4eno cresce3 no se eseno4e e... cris)a4i9a-se. De iso res)ri)a3 reconcei)uosa3 su8me)ia ima7ina1o3 )emos um )io e iniuo escrai9ao or uma cu4)ura sus)en)aa e4os i4ares oressen)imen)o. $em8ro-me a car)a e Pero Ba9 e #amin/a >a cer)io e nascimen)o? o Lrasi43

como a c/amou #ais)rano e A8reuC3 rincia4men)e os )rec/os em ,ue e4e i9 so8re a inoc+nciaos nios%

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>Anam nus3 sem co8er)ura a47uma. Nem fa9em mais caso e enco8rir ou ei*a e enco8rir suas er7on/as o ,ue e mos)rar a cara. Acerca isso so e 7rane inoc+ncia. ...CTam8m anaam en)re e4es ,ua)ro ou cinco mu4/eres3 noas3 ,ue assim nuas3 no areciamma4. En)re e4as anaa uma3 com uma co*a3 o :oe4/o a) o ,uari4 e a n(e7a3 )oa )in7iaa,ue4a )in)ura re)a< e )oo o res)o a sua cor na)ura4. Ou)ra )ra9ia am8os os :oe4/os com ascuras assim )in)as3 e )am8m os co4os os s< e suas er7on/as )o nuas3 e com )an)a

inoc+ncia assim esco8er)as3 ,ue no /aia nisso eser7on/a nen/uma?.

osse4 ima7inar a e*)raorin(ria cena esse encon)ro en)re uas cu4)uras )o is)in)as3 rincia4men)e ,uano uma e4as carre7a no seu Kma7o )oa a su8:e)iiae cris) e seus a4oressuremos3 como o sofrimen)o ara e*iar os ecaos3 a comai*o e a imor)a4iae a a4ma. Pe4aiso os nae7an)es or)u7ueses3 e4es se consieraam os >normais? e os /a8i)an)es a e*6)ica)erra recm-esco8er)a eram consieraos os >es)ran/os?3 ois no )in/am o menor uor eanarem nus3 e se mos)rarem3 e ierem 4ires e um >eu? carre7ao e cu4a e ia. Mas oimu4so :u47aor e ressen)io e Pero Ba9 e #amin/a no se con)ee3 res)ano-4/e fa9er3 ,uase nofina4 a car)a3 um ae4o ao rei e Por)u7a4%

>#on)uo3 o me4/or fru)o ,ue e4a se oe )irar arece-me ,ue ser( sa4ar es)a 7en)e. E es)aee ser a rincia4 semen)e ,ue Bossa A4)e9a em e4a ee 4an1ar. E ,ue no /ouesse maiso ,ue )er Bossa A4)e9a a,ui es)a ousaa ara essa nae7a1o e #a4icu)e 8as)aa. Huan)omais3 isosi1o ara se ne4a cumrir e fa9er o ,ue Bossa A4)e9a )an)o ese:a3 a sa8er3acrescen)amen)o a nossa f?.

>Acrescen)amen)o a nossa f?% a,ue4e oo ien)ificao como >a)rasao?3 ,ue no iiaso8 o omnio o e7o3 ,ue so8reiia em um 4u7ar ,ue >fa4)aa )uo?3 eeria ser sa4o e4a fcris) Eis a recei)a os cii4i9aos euroeus% Jesus no cora1o os nios Preso a umasu8:e)iiae3 o su:ei)o :u47a )oa iferen1a como um eri7o rea4 ara a es)rui1o os a4ores ,ueese:a conserar ima7inem um nae7an)e cris)o ian)e e 8e4as nias nuas3 em uma )erra

 araisaca...C. E4e se ( con)a ,ue o seu ese:o ,uer fa9er noas cone*es com o escon/ecio3com o roi8io3 com o >errao?3 com )uo a,ui4o ,ue ir( es)ruir a su8:e)iiae ,ue 4/e >ro)e7e?.#omo rea1o3 recorre3 en)o3 s armas... Deois e 500 anos3 imos no ,ue isso resu4)ou% nomassacre a ,uase )o)a4iae a ou4a1o in7ena< na escraio e nios e ne7ros< nas i7re:asesa4/aas or )oo o as< na es)rui1o imieosa o meio am8ien)e< na forma1o e um Es)ao<na en)raa o cai)a4< no inc/a1o ou4aciona4 as 7ranes ciaes< no a8ismo socioecon;mico ,ueseara a e4i)e os miser(eis< na io4+ncia ur8ana...

Per)encemos a uma cii4i9a1o ,ue )em como rincio e*c4uir )oa iferen1a G uma

cii4i9a1o ,ue rerou9ia or e,uenos esri)os ,ue es)o com4e)amen)e is)an)es aafirma1o as suas r6rias iferen1as. Biemos em um muno e or7ani9a1o conseraora3in)o4eran)e3 nocia ao meio am8ien)e e ao r6rio /omem% uma socieae assim no sa8e o ,ue ier em um moo e comosi1o cria)io3 inoaor e si mesmo3 ,ue cu4)ia as iferen1as eencon)ra na mu4)i4iciae o com8us)e4 ara a rou1o o noo. @e o /omem 3 or na)ure9a3 umanima4 o4)ico como isse Aris)6)e4es na sua >Po4)ica?C3 es)( seno3 cer)amen)e3 um o4)icomeocre...

U. A DE@TR&IQSO DA DEMO#RA#IA

E como )a4 /omem fa9 o4)ica' Por ser o /omem a 4ei3 e4e acrei)a ,ue sa8e is)in7uir o

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 :us)o o in:us)o3 o 8em o ma4. A4m isso3 um a)rio)a3 ,ue rocura resei)ar as ins)i)ui1esemocr()icas ,ue 9e4am e4a >manu)en1o a a9 e a orem socia4?< 3 )am8m3 um /omem)ra8a4/aor3 ,ue ene a sua for1a e )ra8a4/o ara 7an/ar o seu o >/ones)amen)e?3 acrei)anonas ossi8i4iaes e ascenso socia43 :( ,ue >)oos )+m oor)uniaes i7uais ara roserar? nessesis)ema. O /omem moerno ossui uma caaciae e :u47amen)o assus)aora% a iferen1a amaldiçoada< a iferen1a uma oposição  aos seus ar)i7os e f< a iferen1a uma ameaça

consera1o os a4ores a socieae ,ue e4e )an)o eene< a iferen1a ee ser !ul"ada e punida3 ara ,ue e4a se )orne a47o comum3 faci4men)e ien)ific(e4 e =)i4 ara o >8em? socia4< a iferen1aee ser re"enerada...

A aranoia isseminaa e4o camo socia4. O iferen)e :( imeia)amen)e esi7naocomo >4ouco?3 como >nocio? orem socia4. &m oo assim cr+ ,ue es)ar( ro)e7io os>esa:us)aos? meian)e a a4ica1o as 4eis% a >Dec4ara1o os Direi)os o !omem e o #iao?3e 3 um a)es)ao a eraeira aranoia ,ue )omou con)a e um oo. Por )r(s e a4aras)o >:us)as?3 escone-se um sis)ema )o)a4i)(rio3 san7uin(rio3 ,ue )en)a3 eseseraamen)e3 conserar um moe4o e socieae ,ue sere ara sa)isfa9er os ese:os e uma e4i)e arasi)(ria. @omen)e um

 oo fr(7i4 ese:a ,ue o oer 4/e ro)e:a os imreis)os a ia3 as moifica1es 7eraas e4a r6ria ia.

  Tris)e e ine:oso3 o /omem moerno ,uer ossuir3 caa e9 mais3 o8:e)os ,ue sa)isfa1am osseus ese:os. Mas 8as)a rou8arem um o8:e)o ,ue 4/e >er)ence? ara ,ue o seu 6io )orne-see*4ci)o. Nesses momen)os3 e4e se sen)e o mais >in:us)i1ao? o muno3 7ri)a or >:us)i1a?3 esera,ue o ano sofrio se:a rearao3 mesmo ,ue se:a3 em cer)os casos3 ao cus)o a mor)e e a47um. Omais curioso ,ue esse /omem /eonis)a3 ominao e4o consumismo a) a meu4a3 ima7ina ,ue

 ar)icia >a)iamen)e? a ia o4)ica a sua socieae or meio as e4ei1es emocr()icas. Por causa isso3 e4e 4aa as mos ian)e os ro84emas socioecon;micos o seu as e3 como se isso no

 8as)asse3 aina fica eno:ao com as en=ncias e corru1o os o4)icos.  Aina no es,uecemos o 4ema a Reo4u1o Francesa3 ou me4/or3 a >Reo4u1oLur7uesa?% >$i8erae3 I7ua4ae e Fra)erniae?. Aina no cansamos e ouir ,ue a emocracia o >sis)ema o4)ico mais :us)o ,ue :( e*is)iu3 one os o4)icos e4ei)os reresen)am a on)ae eum oo?. Mas :( assou a /ora e sa8ermos ,ue isso uma mera fa4(cia% ara ,uem esse sis)ema in)eressan)e' Para o m(7ico muno a 8ur7uesia Huem )em cai)a43 )em oer. O ,ue a 8ur7uesiae*i7e os 7oernan)es a 7aran)ia e ,ue o rocesso e acumu4a1o no se:a in)erromio. Huemse in)rome)er no camin/o e amea1ar esse munin/o encan)ao eer( ser es)ruo o mais r(io

 osse4 como o 6io os >:us)os? e os >8ons? con)ra a amea1a comunis)a% uerra Fria3 uerrao Bie)n3 7o4es mi4i)ares em ases su4-americanos...

 No nosso muno a)ua43 as 4eis e a :us)i1a )+m como rinciais fun1es ar 7aran)ias ara ,uea e*4ora1o o )ra8a4/o cai)a4is)a se:a >4e7)ima? sim3 or,ue com o fim o feua4ismo res)ou3,ue4es ,ue ossuam aenas a sua for1a e )ra8a4/o3 so8reier no noo sis)ema o4)ico-econ;mico )ra8a4/ano3 em )roca e um sa4(rio3 ara um 8ur7u+s...C e3 )am8m3 eem imeir ,ue

os a4iosos 8ens acumu4aos e4a e4i)e resu4)an)es o rocesso e e*4ora1o a mo e o8raa4/eiaC no se:am a4os e e*)orso G e3 a4m isso3 ,ue ela mesma no se:a )ima e a)os io4en)os romoios e4os mar7ina4i9aos a socieae com a crise o sis)ema eni)enci(rio3 as a1es>so4i(rias?3 e >resonsa8i4iae socia4? as ins)i)ui1es riaas3 or e*em4o3 so aenasaa)a1es ,ue se rocura fa9er ara ,ue o sis)ema no se:a inami)ao e4os e*c4uosC. >Po4cia

 ara ,uem recisa e o4cia?3 ois a rorieae riaa o a4or m(*imo. Nos casos e 4a)rocnioou e se,ues)ro e um 8ur7u+s3 a for1a o4icia4 raiamen)e mo8i4i9aa ara so4ucionar essescasos% ca)uraos3 os resons(eis so :u47aos e unios e*em4armen)e. No foi or acaso ,ue3com a e*4oso o cai)a4 no scu4o XIX3 a cons)ru1o e resios )ornou-se uma )arefainisens(e4.  Nas e4ei1es3 sa8emos o oer ,ue a 8ur7uesia )em ara e4e7er o cania)o ,ue mais 4/e

in)eressa% a mia )em uma fun1o funamen)a4 nesse rocesso3 com enorme oer e ersuaso.Mas3 no en)an)o3 o oo ima"ina ,ue ossui oer e eciso na ia o4)ica e seu as3 :( ,ue3 nore7ime emocr()ico3 a >o9 a maioria ouia?. Por isso ,ue3 ara esse sis)ema funcionar3

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funamen)a4 ,ue o e4ei)or se:a rou9io antes% criaa uma es)ran/a sensa1o e ,ue a orem ascoisas muou G a orena1o a no8re9a ara a orena1o a 8ur7uesia es)a =4)ima seria mais>:us)a?3 corresoneria a um >aan1o?...C. A6s a Reo4u1o Francesa3 o oer assa ara asmos... o povo Deemos acrei)ar nesse a)o e res)ii7i)a1o'   A democracia foi o "rande "olpe da bur"uesia% um oo cansao3 ressen)io3 7an/a aoor)uniae e ar)iciar >a)iamen)e? a ia o4)ica o seu as. O Es)ao G a) en)o

reresen)ao e comanao e4a fi7ura e um rei G assa or uma su8s)i)ui1o e in64ucro% a 8ur7uesia inen)a uma armai4/a roi7iosa ara ei)ar a /os)i4iae a massa con)ra si mesma3conceeno ao oo o direito e e4e7er os o4)icos ,ue o reresen)aro no oer... @a8emos ,ueno /( oer ,ue se sus)en)e sem o aoio o oo3 or isso /oue a necessiae e criar essaarmai4/a imec(e43 quase - prova de crticas% ,uem ousasse cri)ic(-4a era sumariamen)eec4arao inimi7o a >4i8erae?. Nesse on)o3 a 8ur7uesia foi incrie4men)e as)u)a% cer)amen)e3 ae*eri+ncia reo4ucion(ria e a a:uou mui)o3 :( ,ue3 uran)e a reo4u1o3 a 8ur7uesia)es)emun/ou o ,ue um oo ominao e4o 6io caa9 e fa9er WRe4e)a )eu ces)o iino comca8e1as e )iranos... Y@an)a ui4/o)ina3 ro)e)ora os a)rio)as3YRo7ai or n6s.Y@an)a ui4/o)ina3ca4afrio os aris)ocra)as3YPro)e7ei-nos -  Prece revolucionária de ./01./02C. @o8 a 7ie a

 :us)i1a3 a con,uis)a a >4i8erae? e a >a9? foi a 7rane romessa a reo4u1o3 mesmo ao cus)o

a e7o4a e (rios inimi7os como foi o caso e raco La8euf3 o iea4i9aor a >Re=84ica osI7uais?3 cu:o ro7rama i9ia ,ue >a revolução não acabou porque os ricos absorveram todas as

riquezas, colocandoas e$clusivamente sob o seu comando, fazendo com que os pobres fossem

colocados em estado de virtual escravidão, definhando na mis'ria e não sendo nada no Estado?C.O sis)ema emocr()ico ermi)e ,ue a 8ur7uesia transfira o 6io as massas ire)amen)e ao

7oernan)e e um as3 4irano-se a acusa1o a,ue4es ,ue e4a e*4ora iariamen)e. E4ei)o e4o oo3 o 7oernan)e a roa e ,ue a >on)ae o oo rea4eceu? G mas3 se a47o er errao3 e4e o rimeiro a ser ec4arao culpado. Por)an)o3 )orna-se comum a reo4)a o oo iri7ir-se con)raos  polticos  e não  con)ra as ins)i)ui1es emocr()icas G e mui)o menos con)ra o sis)ema ee*4ora1o o )ra8a4/o cai)a4is)a nesse caso3 as manifes)a1es iri7em-se con)ra as coni1es e)ra8a4/o3 e4a 4u)a or maiores sa4(rios3 e4a reu1o a :ornaa e )ra8a4/o3 e)c.3 e não con)ra ae*4ora1o a mo e o8raC. Ou se:a3 o Es)ao ina)ac(e43 as suas ins)i)ui1es so sa7raas einio4(eis3 or,ue se acrei)a ,ue3 sem e4as3 no /aeria como man)er a orem socia4. comumouirmos comen)(rios e ,ue >o ro84ema no so as ins)i)ui1es3 mas as essoas ,ue 4( es)o?. Nare4a1o e amor e e 6io com os o4)icos3 o /omem 8ai*o eosi)a as suas eseran1as e sa4a1oem um ou)ro /omem ,ue3 or se me)er no :o7o imundo o oer3 :( es)( erio em si r6rio G como e4e oeria3 en)o3 sa4ar um oo' Fis7ao e4a 8oca3 as eseran1as ,ue o /omem moerno)em ara a4can1ar uma ia me4/or3 em uma socieae mais >:us)a?3 semre se renoam a caae4ei1o.

A sa4a1o no es)( fora e n6s3 mas sim em n6s mesmos. Para cons)ruir uma nova o4)ica3 reciso ier e)icamen)e. A a)iiae o4)ica no um irei)o ,ue3 em um cer)o momen)o3 foi

fornecio a n6s e3 mui)o menos3 encerra-se em uma reresen)a1o ,ua4,uer. E4a )eciasocia4men)e3 meian)e as nossas a1es no co)iiano ,ue nunca se conc4uem3 como e1as ,ue unemos iniuos no socia4. Por)an)o3 a cu4)ura e um oo 3 necessariamen)e3 um rou)o a sua a1o

 o4)ica or isso ,ue caa oo )em a cu4)ura ,ue mereceC. Em uma cu4)ura saia3 o )io 'tico3 ouse:a3 um /omem 4ire o ressen)imen)o e a cu4a3 rou9 uma o4)ica e 4i8era1o o ese:o3

 ossi8i4i)ano o sur7imen)o e noos moos e ier em socieae. Mas3 ara ,ue o )io )icosur:a3 necess(rio ,ue e4e fa1a uma revolução nele mesmo3 ou3 mais recisamen)e3 ,ue e4e se:a umAn:o E*)erminaor e si mesmo... #aso con)r(rio3 e4e ser( um moralista3 ,ue 4u)a contra  osur7imen)o o )io for)e.

#omo o 7rane esri)o no 4ea a srio o >eu? ,ue foi rou9io socia4men)e ne4e3 es)( 4irea ia4)ica3 a in7an1a3 o sen)imen)o e ine:a% e4e confia 4enamen)e no seu r6rio )aco. E4e

sa8e ,ue =nico3 e*)remamen)e rico3 7eneroso3 conscien)e e ,ue as e*eri+ncias a sua ia no oem ser comaraas com ou)ras sin7u4ariaes. E4e no ,uer concorr+ncias3 e4e ,uer su8ir3 caae9 mais3 a escaa o con/ecimen)o. E4e no ,uer o oer3 mas a o)+ncia. E mais% or 

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e*erimen)ar o ra9er a,ui4o ,ue e)erno3 ese:a ,ue os ou)ros iam e acoro com a sua r6riana)ure9a3 or,ue somen)e ,uem afirma a sua r6ria iferen1a caa9 e ese:ar ,ue os ou)rostamb'm afirmem as suas for1as sin7u4ares. Por ier e moo a4e7re3 com uma ia a4)erna)ia ees)ran/a aos ares sociais3 a sua r6ria ia )orna-se a roa mais ise4 e ,ue um outro modo

de vida ' possvel % ian)e e )an)a esconfian1a3 e )an)a acusa1o3 sur7e uma noa maneira esen)ir o r6rio coro3 e e*ressar as suas ieias3 em suma3 e fa9er o4)ica... &ma socieae em

,ue caa um afirma a sua iferen1a3 em ,ue caa um es)e:a ire)amen)e 4i7ao sua caaciae ecria1o3 o ,ue moe esse eraeiro ar)is)a-o4)ico. @omen)e /aer( uma nova o4)ica se /ouer a 4i8er)a1o as for1as cria)ias e um oo. @ur7e3 en)o3 um oo conscien)e os eri7os ,ue a

 riso e um >eu? 7era G o afe)o e )ris)e9a e seus afe)os eriaos em am8i1o3 ine:a e 6io.  Para se cons)ruir uma nova o4)ica3 reciso uma nova euca1o% eucar ara a 7era1o onoo3 ara o esa8roc/ar as facu4aes cria)ias ,ue cons)i)uem a ess+ncia e ,ua4,uer um e n6s.Huano um Lee)/oen eica-se ,ui4o ,ue o oe sa4ar ois somen)e a m=sica oeria sa4(-4o3

 :( ,ue e4a es)aa en)ro e4eC3 nos 4ea :un)o com e4e% a m=sica e Lee)/oen tamb'm nos sa4a. Por isso necess(rio ermi)ir ,ue se:amos 4eaos e4a o8ra e ar)e3 ois e4a nos fornece )uo. A ia a8so4u)amen)e 7enerosa3 no /( >rorieae riaa?. No /( como con)inuar a a7ir e ensar omesmo :ei)o a6s sermos rofunamen)e afe)aos or a47o ,ue se come com a nossa r6ria

na)ure9a% a o)+ncia ,ue cresce3 ,ue )ransforma o rece)or em um a"ente e uma noa rea4iae3como um e*)raorin(rio ar)o ,ue3 se /ouer or3 ,ue se:a iia na sua 4ena rea4iae @omosfi4/os3 mas )am8m somos mes... No fa4)a naa nossa ia3 ois :( e*is)e )uo en)ro e n6s.$u9es nos i4uminam or en)ro< orm3 e*is)em mui)as f4ores no :arim ao nosso reor ,ue

 precisam essa nossa 4u93 e a4or =nico...

Z. A #OMPAIXSO DO@ FORTE@ E O #&IDADO DE @I ME@MO

  &m oo oen)e no con/ece o sen)imen)o e4eao ,ue as a4aras amizade e amor oeme*ressar. Pe4a 6)ica u47ar3 ,uem eraeiramen)e ama ou ,uem eraeiramen)e ami7oC osu:ei)o ,ue a8as)ece o ou)ro somen)e com afe)os a4e7res. @e:a nos momen)os e a4e7ria3 se:a nos e)ris)e9a3 a resen1a o ou)ro uma e*i7+ncia3 como se sua ron)io ara amar3 ara ser a)encioso3fosse a roa o seu amor e a sua ami9ae. O cris)ianismo 8e8eu mui)o essa fon)e3 ao )ransformar o amor ao r6*imo em um 8em suremo.

Mas ,uem no causa a sua r6ria a4e7ria3 ,ue no ama a si mesmo3 e$i"e ,ue a47um4/e ame. De fa)o3 imor)an)e is)in7uir a iferen1a en)re uma a4ian1a e for)es e uma unio efracos% no rimeiro caso3 a re4a1o e a4ian1a no ei*a escaar o sur7imen)o a or3 ois o ,uetamb'm os man)+m :un)os a 7rane9a e suor)ar a or3 e fa9er um uso in)eressan)e e4a3 não

rea7ino e moo 8ai*o3 com acusa1es e e*i7+ncias3 mas en)eneno ,ue a or aenas um >mau :ei)o? ,ue emer7e o encon)ro os coros< :( no se7uno caso3 ,uano a or aarece3 sur7e umainimi9ae3 ,ue oe a) )ransformar-se em 6io% o ou)ro ira um inimi7o. Ou se:a3 e4o camo eiso o ressen)io3 o ou)ro se )orna um 7rane coman/eiro se con)inuar roano a suacaaciae e 7erar somente afe)os a4e7res< mas se na re4a1o sur7irem )am8m afe)os )ris)es3 o seu>eraeiro? amor ou a sua >eraeira? ami9aeC co4ocao em =ia% >No3 oc+ no meama?. A roa esse >no amor? :us)amen)e o afe)o e )ris)e9a ,ue sur7iu3 em um e)erminaomomen)o3 na re4a1o. @u8me)io fic1o o >eu?3 o su:ei)o ,ue ressen)e ima7ina ,ue o ou)ro o ama

 or )er-4/e roorcionao  prazer ... Mas )am8m oe ima7inar ,ue o ou)ro no o ama or )er-4/e roorcionao desprazer . En)o3 ima7ina-se ,ue o ou)ro oe )er semre 8oas ou m(s in)en1es...As suas e*i7+ncias nunca aca8am% 4o7o a6s uma ef+mera sa)isfa1o3 se7ue uma insa)isfa1o

 er)ur8aora. O amor iea43 o ami7o iea43 ou uma escie e >amor-ami7o? iea4% o /omem erfei)o e a mu4/er erfei)a so aenas cones en7enraos or uma car+ncia afe)ia ,ue arre )ooo camo socia4. O in)eressan)e ,ue3 ,uano se esco8re ,ue o arceiro iea4 no e*is)e3 mui)os

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no ,uerem mais sofrer or um amor >imerfei)o?% a saa3 en)o3 no >amar? mais nin7um3)ornar-se c)ico3 )er >cora1o e era?3 fec/ar-se numa reoma e iro e searar o se*o o amor.Pa7a-se caro or isso% ie-se3 en)o3 um se*o mecKnico3 ueri43 sem sa8or3 ,uan)i)a)io. &ma iase*ua4 )ris)e o ,ue res)a aos ,ue ereram a caaciae e e*ressar 4iremen)e os seussen)imen)os. E o ior% or no ierem uma re4a1o se*ua4 4i7aa ao amor3 ,uerem acrei)ar ,uee*erimen)am o >me4/or se*o osse4?3 :( ,ue >)oo muno a7e assim?. O m(*imo e ra9er3 a

,ua4,uer re1o. As re4a1es so nie4aas or 8ai*o3 as no1es e amor e e ami9ae )ornam-see*)remamen)e suerficiais.#omo os nossos coros es)o semre em re4a1o3 inei)(e4 ,ue a nossa o)+ncia es)e:a em

aria1o3 aumen)ano e iminuino a in)ensiae como nos mos)rou Esinosa% ,uano a o)+nciacresce sur7e o sen)imen)o e a4e7ria< ,uano iminui sur7e o sen)imen)o e )ris)e9aC. E or ,ue

 oemos a7raecer a or 7eraa em uma re4a1o' Por meio e4a3 esco8rimos for1as ,ue nemima7in(amos ,ue e*is)iam em n6s% oemos muar as nossas re4a1es ara resirar um noo ar3one o nosso coro a,uire uma noa os)ura e assamos a a4ori9ar aina mais a necessiae enos man)ermos ios ara criar+++< a or somen)e e*u4sa ,uano a,ui4o ,ue ;e ser aroei)ao

 or meio e4a seriu ara nos for)a4ecer% )ra)a-se e mais uma e*eri+ncia roorcionaa e4oacaso. Da Nie)9sc/e i9er ,ue >o ,ue no me ma)a )orna-me mais for)e? >#re=scu4o os [o4os?%

@en)en1as e @e)as3 C. Por)an)o3 no /( um su:ei)o em n6s ara ser acusao3 nem mui)o menos umsu:ei)o e*)erior resons(e4 or 7erar em n6s uma a4e7ria ou uma )ris)e9a< o ,ue e*is)e ainocência a r6ria ia em )oo acon)ecer3 uma ia ,ue escon/ece o si7nificao o >8em? e o>ma4?% e4a sim4esmen)e se rou9. A 7rane ,ues)o o ,ue fa9emos com o ,ue acon)ece conosco3

 ois e*is)em coisas ,ue no eenem e n6s. Mais uma e93 Nie)9sc/e nos mos)ra a) ,ue on)o a,ua4iae a rea1o oe ser um sin)oma e 8ai*e9a ou e no8re9a%

  >A,ue4e \fa)a4ismo russo] e ,ue fa4ei mos)rou-se em mim no fa)o e ,ue uran)e anosae7uei-me )ena9men)e a si)ua1es3 ara7ens3 moraas3 coman/ias ,uase insuor)(eis3uma e9 ,ue me /aiam sio isos)as e4o acaso G era me4/or o ,ue mu(-4as3 o ,ue

 sentilas  como mu)(eis - o ,ue reo4)ar-se con)ra e4as... Per)ur8ar-me nesse fa)a4ismo3eser)ar-me for1a ofenia-me fa)a4men)e en)o G em erae semre foi fa)a4men)e

 eri7oso. G Tomar a si mesmo como um fao3 no se ,uerer \iferen)e] G em )ais coni1esisso a "rande sensatez mesma? >Ecce !omo?3 Por,ue sou )o s(8io3 VC.

E*erimen)ar )uo o ,ue acon)ece conosco3 inc4usie a or3 ara amaurecermos% eis a7rane sensa)e9. O 4amurien)o acrei)a ,ue fa4)am mui)as coisas na sua ia3 rec4ama e )uo3 7as)aener7ia ara 8ri7ar com o acaso3 encon)ra semre a47um mo)io ara acusar o es)ino ,ue foi>in:us)o? com e4e. Mas a ener7ia oe )er um ou)ro uso% a,ui4o ,ue es)( em nosso oer3 ,ueeene e n6s3 ,ue res)a somen)e a n6s a a8er)ura as saas 3 so8re)uo3 uma ,ues)o e força3e querer+++

  &ma re4a1o ,ue no isensa a47umas oses e or ermi)e ,ue sur:a uma noa re4a1o eamor e e ami9ae en)re )ios mais for)es3 sau(eis3 o4ios e4a e*eri+ncia3 ,ue camin/am

 :un)os ara o amor e si mesmo. Por)an)o3 or mais arao*a4 ,ue ossa arecer3 osse4 amar asi mesmo a)ras a ,ua4iae a re4a1o ,ue oemos cons)ruir com a47um ,ue for)e3 fe4i93a4e7re e3 so8re)uo3 crue4% es)e iniuo assa a ser ese:ao como uma necessiae ,ue )emos

 ara encon)rar uma era reciosa ,ue es)( esconia em n6s mesmos. #uiar e si )am8mafirmar a iferen1a o ou)ro G eis um 4ema o iniuo sau(e4.  No e*is)e re4a1o sem crises3 :( ,ue a nossa ia seria indi"na  e ier sem crises.E*erimen)ar a4)os e 8ai*os fa9 ar)e o rocesso o nosso amaurecimen)o3 a a4ori9a1o e

a8so4u)amen)e )uo ,ue acon)ece conosco. No /( uma 7o)a e in:us)i1a na nossa ia. Huano)uo arece es)ar erio3 semre /( uma saa. Mesmo ferio3 o 7uerreiro encon)ra for1as ara rosse7uir a 4u)a... De)ermina1o semre3 esis)ir :amais G eis ou)ro 4ema ,ue moe a rou1o o7rane esri)o. No imor)a o as3 a ciae ou a sim4iciae a casa em ,ue n6s iemos G naa

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8/3/2019 O Anjo Exterminador - Amauri Ferreira (PDF)

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a 4amen)ar3 naa a resmun7ar. @omen)e uma ia sus)en)aa e4a ami9ae e e4o amor caa9 e)ransformar a) a mais sin7e4a casa em uma casa 8an/aa a ouro...

imosse4 arener a amar a si mesmo3 esco8rir as suas r6rias for1as3 afirmar a suasin7u4ariae a) nos momen)os e crise e3 aina mais3 sen)ir o contentamento ntimo  conformenos isse EsinosaC3 se a47um ese:a es)a8e4ecer uma re4a1o na ,ua4 o outro dá tudo3 )ra9 somen)ecoisas >8oas?3 inofensio3 no fa9 )remer o c/o3 no )ra9 surresas >esa7ra(eis?3 em suma3 na

,ua4 o ou)ro ie ara sa)isfa9er os ese:os e a47um% uma re4a1o assim3 com o assar o )emo3se esa9ia3 )ornano-se )o imo)en)e ,ue carac)eri9a uma unio os )ios fracos G a unio os ,ue,uerem aenas conserar a47o ,ue no merece mais ser conserao. Assim3 o ser amao3 a,ue4e ,uesemre fe9 )uo3 :( no )em mais c/arme a47um...

A fe4iciae no sur7e a comai*o os  fracos3 mas a comai*o os  fortes. #omo i9 Nie)9sc/e% >O ,ue fe4iciae' G A sensa1o e ,ue a o)+ncia aumenta G e ,ue uma resis)+nciafoi sueraa? >O An)icris)o?3 IIC. A o)+ncia ,ue cresce or meio e uma crise ,ue foi ruminaa3i7eria e )ransformaa em ener7ia3 rou9 um iniuo caa9 e afirmar )oo acaso3 e amar assuas r6rias for1as. @em recisar e mu4e)as3 e4e i9 ara si% >@in)o-me mais for)e?. E no essa

 os)ura ,ue a ia3 a )oo ins)an)e3 ,uer nos ensinar'  Naa e amor cris)o% no 4u7ar o amor e4os  fracos3 o amor e4os  fortes. Naa e

emocracia reresen)a)ia% a na)ure9a :( emocr()ica3 caa um e n6s )em o seu a4or. Naa e o4)ica comanaa e4os fracos3 e4o ressen)imen)o% ia a o4)ica o no-4u7ar3 a no-reresen)a1o3 ,ue )ecia or )oos n6s3 ,ue ermi)e iermos a4iaos nossa caaciae e a7ir3e afirmar a nossa sin7u4ariae3 e esco8rir a nossa >erae?... Nem uma 7o)a e esconfian1aa ia% refiro ier confian)e ne4a3 areneno com e4a3 fa9eno ar)e e4a. Por,ue E$A a nossamaior aliada.