O Ataque Do Furadentes

  • Upload
    flavia

  • View
    112

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

O ATAQUE DO FURADENTES Welington Almeida Pinto Furadentes o nome da bacteriazinha que ataca a boca de crianas que no cuidam bem dos dentes. Hummmm!... E que vivem comendo doces, chupando balas, mascando chicletes, tomando refrigerantes. H muito um batalho de Furadentes mora na boca do menino Caco, fazendo a maior destruio nos seus dentes: todos amarelos, cheios de pontinhos escuros e apodrecidos de tanta crie. Certo dia, acontece o pior: uma terrvel dor de dente pega o garoto de surpresa. Dona Filhinha tenta acalmar o filho: - Amanh, bem cedinho, vamos ao consultrio do Dr. Juca. S ele poder dar jeito nessa dor de dente. Caco teve pesadelos, atormentado por um sono agitado, sonhava que as bacteriazinhas da crie faziam a maior farra na sua boca, pulando de dente em dente, como palhaos num picadeiro, passavam de um trapzio para o outro. Tinham um chifre pontudo na testa e cutucavam sem parar os dentes mal cuidados. Caco suava frio, apavorado. De repente, aparece um guerreiro vestido de branco, atacando sem d nem piedade as bacteriazinhas. Um alvoroo entre elas!... Pulam de lado, de frente, para cima, para baixo, se escondendo nos furinhos dos dentes detonados de Caco, tentando escapar como podiam da fria do destemido combatente. Depois de expulsar as bactrias da sua boca, o guerreiro se apresenta: - Sou Pastolim, amigo das crianas de boca limpa. - Muito prazer, Caco. - H!...H!... Pelo que vi, tem comido bastante doce e no anda cuidando dos dentes. Caco fica calado sem saber o que dizer. Pastolim continua: - No se assuste, s ataco os bichinhos da crie. O menino, mais aliviado: - Uff!... Ainda bem! - Se quiser, posso ajudar a se livrar de uma vez por todas desse povinho mal intencionado. - Claro! No agento mais de tanta dor! - Voc tem que me prometer uma coisa. Caco, mais do que depressa: - O que Voc quiser. - Usar fio dental e escovar os dentes pelo menos trs vezes ao dia! - Legal. Qu mais? - Escovar a lngua tambm. - A lngua!?... - Sim, no sabia? - Juro que no. - Tem mais: no abusar de doces, balas, chocolates, chicletes, refrigerantes... Essas delcias que crie tambm adora. Caco, depois de pensar um pouquinho: - Fechado. Quando comer doce ou chupar bala, devo usar fio dental e escovar os dentes, no ? - Sim, claro. Pode at comer doces, mas tem que escovar os dentes depois. Combinado? - Oba! Boa dica para saborear um brigadeiro! - diverte Caco. - Muito bem. Fique com esta escova de dentes e este tubo de fio dental. So armas poderosas para combater os agentes causadores da crie - garante Pastolim. - E pasta de dente? - importante tambm. Mas no abuse da quantidade; use o mnimo: assim...

assim... uma bolotinha do tamanho de uma ervilha. - S isso? - Sim. Pasta contm flor. Flor bom para a gengiva e os dentes; o excesso pode manch-los. - Ah, ? - Com certeza. Quanto ao nosso trato... - No esquecerei. Pastolim abre um sorriso alegre: - De hoje em diante, cuide dos dentes ao despertar e aps as refeies. Antes de dormir, capriche mais ainda. A higiene bucal importante para sade dos dentes e das gengivas. Alis, se tivesse escutado a mame!... Mal acaba de falar, Pastolim rodopia trs vezes em torno de si mesmo e desaparece no ar, como num passe de mgica. Caco acorda excitado e remexe de um lado para o outro como se procurasse alguma coisa: Minha escova!... Cad minha escova? Dona Filhinha, que dormia ao seu lado, tambm desperta com a inquietao do filho. - Que foi, Caco? - Minha escova!... Cad minha escova de dentes? Cad meu tubinho de fio dental? - Que escova? Que tubinho? pergunta a me, sem entender nada. - Que o Pastolim me deu de presente, me! Dona Filhinha acha graa, passa a mo na cabea do filho, imaginando que ele tivesse tido um pesadelo. Muito esperta, responde: - Que bom! Prometi ao Pastolim que vou cuidar dos dentes todos os dias. Caco, ainda pela manh, no consultrio do Dentista trata dos dentes. Antes de sair, o doutor Juca brinca: - Menino que no cuida bem dos dentes, perde a guerra para Furadentes. Fica feio, banguela e com bafo-de-ona, capaz de assustar at mesmo Gamb. Depois, ele tira do bolso uma caixa de goma de mascar e oferece a Caco: - para Voc. Desconfiado, o menino se surpreende: - Chicletes!... Para mim? - Esse especial. No tem acar. - Massa!... Obrigado, Doutor. A partir desse dia, Caco reconhece que bactria de crie mesmo perigosa. Bicho ruim, que faz estrago na boca de criana desleixada, dessa que come doce o dia todo e no escova os dentes depois.