8
O BOLETIM Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes Rua Maia de Lacerda 155 Estácio Rio RJ CEP: 20250-001 - Tel. (21) 2273-9398 - Ano 58 - Nº 696 DEZEMBRO / 2015 DIANTE DAS AFLIÇÕES Através da fé raciocinada, vinculando-nos ao psi- quismo de Jesus, lograremos a Paz que dulcifica a alma e que enternece o coração. Espíritas, o Senhor que vos convocou à sua seara espera que tenhais a confiança absoluta no amor de Deus. Chorai, quando necessário, porque o Mestre, não poucas vezes, também foi dominado pelas lágrimas. Bendizei, no entanto, o resgate que vos atormenta, a fim de fruirdes a paz que vos está reservada. Breve é o tempo físico logo depois que passa, e se pensardes nas alegrias que vos estão reservadas, a dor diminui de intensidade e o fardo das aflições dimi- nui também seu peso. Fostes convocados para construir o reino de Deus. As aflições que vos aturdem fazem parte do burila- mento necessário para a edificação da glória solar. Amai, porque no amor estão as soluções para os mais intrincados problemas. Através do exercício do amor, seja de que faceta se revista, encontrareis a harmonia do júbilo, do júblo da esperança, e a esperança da paz. Vossos amigos espirituais, os Espíritos Espíritas, estão convosco, e vos amparam. Não temais, porque a vida materializando o programa Divino não vos oferecerá aflições que não possam ser regularizadas. Ide animados, de retorno a vossos lares, certos de que estais sob o divino amparo. Abençoe-nos o Pai e conforte-nos Jesus. São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra Muita Paz, meus amigos Fonte: Mensagem do Dr. Bezerra de Menezes aos espíritas, através da psicofonia de Divaldo Pereira Franco, no 4º Congresso Espírita do Estado do Rio de Janeiro, em 11 de outubro de 2015 Estamos no Natal. O que significa para os Espíri- tas esta afirmação? Significa que devemos aquecer, mais ainda, os nossos corações para reverenciar o nascimento do mestre Jesus e, com muita propriedade, refletirmos sobre o melhor que esta festa significa. Podemos sim, promover a reunião da família, dos amigos, da comunidade, mas isso não quer dizer que podemos liberar os costumes para os festejos exagerados, a bebida ilimitada e o festival de pre- sentes caros. O Natal, para nós, deve representar a simplicida- de que Jesus ensinou ao promover seu nascimento em uma manjedoura e em um ambiente de pobreza e trabalho. Vamos pensar em um Natal onde não seja tão necessário fazermos uma roupa nova para a ceia, podemos usar uma boa roupa do nosso armário e, quem sabe, doar uma que esteja em bom estado para quem não tenha nada? Sim, irmãos, pensemos em doar, oferecer algo que saia do nosso coração, como a viúva e a caixa de coleta (Marcos 12: 41 -44), ou então, como Be- zerra de Menezes, que por nada ter a oferecer a um pedinte que o abordou, ofereceu-lhe um generoso abraço e a ele transmitiu as poderosas energias que seu coração gerou. Vamos refletir, sempre haverá algo que possa- mos doar, sem condições, sem trocas, apenas doar, de preferência incógnitos, o Pai saberá nos identifi- car. “Pela nossa expressão verbalista menos enobrecida, repelimos a benção do amor que nos encheria do contentamento de viver” Emmanuel Sementes do Evangelho Amor, p. 19

O BOLETIM - Interactive: criação de sites, marketing digital e SEO · 2015-12-16 · benção do amor que nos encheria do contentamento de viver” Emmanuel Sementes do Evangelho

Embed Size (px)

Citation preview

O BOLETIM Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

Rua Maia de Lacerda 155 — Estácio — Rio — RJ CEP: 20250-001 - Tel. (21) 2273-9398 - Ano 58 - Nº 696 — DEZEMBRO / 2015

DIANTE DAS AFLIÇÕES

Através da fé raciocinada, vinculando-nos ao psi-quismo de Jesus, lograremos a Paz que dulcifica a alma e que enternece o coração. Espíritas, o Senhor que vos convocou à sua seara espera que tenhais a confiança absoluta no amor de Deus. Chorai, quando necessário, porque o Mestre, não poucas vezes, também foi dominado pelas lágrimas. Bendizei, no entanto, o resgate que vos atormenta, a fim de fruirdes a paz que vos está reservada. Breve é o tempo físico logo depois que passa, e se pensardes nas alegrias que vos estão reservadas, a dor diminui de intensidade e o fardo das aflições dimi-nui também seu peso. Fostes convocados para construir o reino de Deus. As aflições que vos aturdem fazem parte do burila-mento necessário para a edificação da glória solar. Amai, porque no amor estão as soluções para os mais intrincados problemas. Através do exercício do amor, seja de que faceta se revista, encontrareis a harmonia do júbilo, do júblo da esperança, e a esperança da paz. Vossos amigos espirituais, os Espíritos Espíritas, estão convosco, e vos amparam. Não temais, porque a vida materializando o programa Divino não vos oferecerá aflições que não possam ser regularizadas. Ide animados, de retorno a vossos lares, certos de que estais sob o divino amparo. Abençoe-nos o Pai e conforte-nos Jesus. São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra Muita Paz, meus amigos Fonte: Mensagem do Dr. Bezerra de Menezes aos espíritas, através da psicofonia de Divaldo Pereira Franco, no 4º Congresso Espírita do Estado do Rio de Janeiro, em 11 de outubro de 2015

Estamos no Natal. O que significa para os Espíri-

tas esta afirmação? Significa que devemos aquecer, mais ainda, os

nossos corações para reverenciar o nascimento do mestre Jesus e, com muita propriedade, refletirmos sobre o melhor que esta festa significa.

Podemos sim, promover a reunião da família, dos amigos, da comunidade, mas isso não quer dizer que podemos liberar os costumes para os festejos exagerados, a bebida ilimitada e o festival de pre-sentes caros.

O Natal, para nós, deve representar a simplicida-de que Jesus ensinou ao promover seu nascimento em uma manjedoura e em um ambiente de pobreza e trabalho.

Vamos pensar em um Natal onde não seja tão necessário fazermos uma roupa nova para a ceia, podemos usar uma boa roupa do nosso armário e, quem sabe, doar uma que esteja em bom estado para quem não tenha nada?

Sim, irmãos, pensemos em doar, oferecer algo que saia do nosso coração, como a viúva e a caixa de coleta (Marcos 12: 41 -44), ou então, como Be-zerra de Menezes, que por nada ter a oferecer a um pedinte que o abordou, ofereceu-lhe um generoso abraço e a ele transmitiu as poderosas energias que seu coração gerou.

Vamos refletir, sempre haverá algo que possa-mos doar, sem condições, sem trocas, apenas doar, de preferência incógnitos, o Pai saberá nos identifi-car. “Pela nossa expressão verbalista menos enobrecida, repelimos a benção do amor que nos encheria do contentamento de viver”

Emmanuel Sementes do Evangelho – Amor, p. 19

DEZEMBRO / 2015

O BOLETIM

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 2

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Expediente O Boletim

Desde agosto de 1957

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

Rua Maia de Lacerda, 155, Está-cio, Rio de Janeiro — RJ

CEP 20250-001 Tel. (21) 2273-9398

Endereço eletrônico: www.bezerramenezes.org.br

Email: [email protected]

Elaboração e Editoração: Equipe da Área de Divulgação do CEBM

Revisão: Lucia Maria Alba da Silva

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 150 exemplares

* * * * * * * *

CONSELHO DIRETOR DO CEBM

Área Administrativa:

Lydia Alba da Silva

Área Financeira:

Luiz Raimundo Silva Arruda

Área de Assuntos Doutri-nários:

Lydia Alba da Silva

Área de Divulgação:

Cybele Silva Gomes

Área de Evangelização Es-pírita Infantojuvenil e Famí-lia:

Lucia Maria Alba da Silva

Área de Assistência e Promoção Social Espírita:

Marcia Antonio Frota Cor-

reia

RÁDIO RIO DE JANEIRO - 1400 AM

Internet: www.radioriodejaneiro.am.br

Coopere, depositando qualquer valor dentro da sua possibilidade na conta corrente 10.000-5, agência 1699-3, do Banco Bradesco (nº do banco: 237), em nome da Fundação Cristã - Espírita Cultural Paulo de Tarso (FUNTARSO),

Informações pelos telefones: (21) 3386-1400 (das 06 às 18h) – (21) 2478-1400 (24 horas) ou pelo site.

A Rádio Rio de Janeiro, 1400 AM, transmitindo do Brasil para o mun-do, é um dos meios pelos quais a FUNTARSO, sua operadora, propicia a aplicação de sua missão.

DEZEMBRO /2015

O BOLETIM

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 3

LEMBRETE FRATERNO

“...Este ano teremos o pior Natal dos últimos anos.”

Essa expressão foi usada por um líder do comércio

do Rio de Janeiro, diante da perspectiva de vendas menores neste Natal.

A frase me leva ao episódio bíblico onde Jesus con-citou os mercadores do Templo de Jerusalém a saírem do local, ali era um pedaço sagrado da religião judaica e não poderia se misturar com o comércio... (em Marcos 11:15-19; Mateus 21:12-17 , Lucas 19:45-48, João 2:13-16).

A simonia (simonia é a venda de favores divinos, bênçãos, prosperidade material, bens espirituais, coisas sagradas, perdões, objetos ungidos, etc. em troca de dinheiro.) é um agregado nocivo aos grandes movimen-tos religiosos, que sempre esteve presente na visão distorcida da relação entre os homens e Deus. Foi muito presente na Idade Média através das indulgências, hoje em dia é menos ostensiva mas não menos presente, visto que ainda nos iludimos com os galardões dos falsos religiosos e pretensos profitentes de causas em que não acreditam, que iludem em nome de seus inte-resses menores.

O Natal é a festa cristã onde o mercantilismo fica muito evidente, a mídia explora a figura do Papai Noel, da árvore de natal, do trenó, da neve, todo um cenário que nada tem a ver com o Brasil e os brasileiros... É um cenário que sempre nos impediu de termos a nossa própria tradição natalina, coerente com nossos costu-mes e hábitos, tornando nossa festa uma festa de ricos e endividados, já que as pessoas procuram “caprichar” nos presentes, que devem ser os mais ricos e deseja-dos! O Natal acaba se transformando em um evento onde se disputa índices estatísticos mostrando os anos em que mais ou menos se vendeu...

O presépio é retratado, mas sem o espírito natalino que motivou Francisco de Assis a criá-lo e sem a refe-rência maior que a tradição ensina, de que os presentes ofertados a Jesus eram simples e simbólicos, hoje dirí-amos que eram “lembrancinhas”. Estes presentes pos-suíam um sentido fortemente simbólico: O ouro repre-sentava a realeza (não a glória, poder ou a riqueza, mas sim, na visão da época, a realeza, a casta divina do enviado de Deus), a mirra simbolizava a pureza, en-quanto o incenso simbolizava a fé. Quase ninguém fala da verdadeira missão daquele Pequeno, que nascia na simplicidade da manjedoura para mostrar sua singeleza e que trazia a mais importante mensagem de todos os tempos: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próxi-mo com a si mesmo.

Não é mostrada a frugalidade com que o Mestre pontifi-cou sua presença entre nós, mas as comemorações são feitas em majestosos templos, com pompa e circunstân-cia. Não existe um só instante do magistério crístico em que apareçam festins plenos de comidas fartas e bebi-das em exagero, mas é assim que as pessoas comemo-ram, dentro de um padrão em que não existe um só exemplo na trajetória dos Evangelhos.

Transformar o pior Natal dos últimos anos, está em nós, em nosso coração. Vamos festejar sim, está em nossa natureza reverenciarmos o Mestre Jesus, mas comece-mos pelo nosso semelhante, vamos abrir os olhos e o coração para tantos que estão doentes, pelos que perde-ram seus empregos, pelas famílias em desalinho, por aqueles que não sabem o que fazem e portanto, se arrastam pelos corredores das prisões ou pelos grilhões de suas consciências.

O Natal é o generoso abraço da fé que deve sempre ser renovada, é Jesus em sua manjedoura, é seu exem-plo e seu amor por todos nós, que deve ser fortalecido a cada ano pelo esforço na construção de um mundo melhor, mais justo, mais sincero, pelo nosso carinho com a nossa casa planetária, tão castigada pela incapacidade de valorizarmos o próximo, o meio ambiente, os mares e as florestas.

O Natal somos nós, ungidos pelo incenso, pelo ouro e pela mirra, em seu melhor simbolismo.

Pense nisso!

“Em tudo o que sentirmos, pensarmos, falarmos, doemos aos ou-

tros o melhor de nós, reconhecendo que, se as árvores são valorizadas pelos próprios frutos, cada árvore recebe e receberá invariavelmente atenção e auxílio do pomicultor conforme os frutos que venha a produ-zir”

Pensemos nisso! Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. PALAVRAS DE LUZ. (pelo Espíri-to Emmanuel), p. 363, FEB, 1ª Edição, 2014.

Reflexões sobre o Natal Assaruhy Franco de Moraes

DEZEMBRO /2015

O BOLETIM Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 4

NO MUNDO DO ESPERANTO

“La paco de Jesuo estu en la koroj de niaj karaj gefratoj”

Trechos de mensagem de Emmanuel, recebi-

da por Chico Xavier, em 1940, ao ser visitado

por Ismael Gomes Braga, na época, dirigente

do Dep. de Esperanto da FEB.

“No cômputo das transformações por que passa

o mundo, não são poucos os núcleos de organização espiritual que se instalam na Terra com vistas ao porvir da humanidade. Se por toda parte observamos o esboroamento das obras humanas, a fim de que se renove o caminho da civilização, contemplamos tam-bém as atividades do exército de operários das edifica-ções do futuro, como se fossem construtores de um mundo novo... obedecendo ao determinismo divino das tarefas recebidas nas luzes do plano espiritual.

Jesus afirmava não ter vindo ao planeta para destruir a Lei, como o Espiritismo na sua feição de Consolador, não surgiu para eliminar religiões existen-tes. O Mestre vinha cumprir os princípios da Lei, como a Doutrina Consoladora vem para restauração da Verdade, reconduzindo a esperança aos corações...

...Também o ESPERANTO, amigos, não vem destruir as línguas utilizadas no mundo para o inter-câmbio dos pensamentos. A sua missão é superior, é da união e da fraternidade rumo à unidade universalis-ta. Seus princípios são os de concórdia...

.... Sim, nesta hora o ESPERANTO é uma força que atua para a união e a harmonia, com o facilitar que se estabeleça a permuta dos valores universais do pensamento em forma universalista.... Os que buscam a luz da sinceridade para o exame de todos os assun-tos, saberão encontrar no movimento esperantista essa claridade reveladora que, em realizações sagradas desde agora, esclarecerá, mais tarde, as ideias do mundo, fazendo ressaltar a nobreza dos seus princí-pios...

.... Sim, o ESPERANTO é lição de fraternidade. Aprendamo-la, para sondar na Terra, o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos. Com muita propriedade digo: “aprendamo-la”, porque somos também companheiros vossos que, havendo conquistado a expressão universal do pensamento, vos desejamos o mesmo bem espiritual, de modo a organi-zarmos, na Terra, os melhores movimentos de unifica-ção. DEUS é venerado pelos homens através de numerosas línguas de que se servem as seitas e as religiões, todas tendendo para o maravilhoso plano da unidade essencial. Copiemos esse esforço sábio da natureza divina e marchemos para a síntese da ex-pressão, malgrado a diversidade dos processos com que exprimis os pensamentos.

Todo esse esforço é de fraternidade legítima e, rogando a Jesus que abençoe os trabalhos e as espe-ranças de nosso irmão presente, que lhe santifique os esforços e os de seus companheiros nas tarefas que lhes foi deferida pelas forças espirituais, deixo-vos a todos vós os meus votos de paz, aguardando para todos nós, discípulos humildes do Cristo, a bênção reconfortante do seu amor. ”

TRAÇOS BIOGRÁFICOS

Sábios do mundo inteiro proclamavam alto e bom som ser de todo impossível solucionar a equação do “mais pesado que o ar”, e, portanto, que o homem pudesse empreender viagens pelo espaço como o faz pelo mar!

Alberto Santos Dumont, nascido vinte de julho de mil oitocentos e setenta e três, na cidade de Santos Dumont, Minas Gerais, não se deixava impressionar com as opiniões dos homens da ciência, porque as grandes vocações, quando surgem na Terra, não se deixam influenciar pelas ciências rotineiras, transcendem o horizonte das coisas conhecidas. Nos homens de gênio falam mais seus conhecimentos, frutos amadurecidos de estudos levados a efeito em existências pretéritas e, depois, completadas no Espaço, sob a orientação de entidades superiores.

Santos Dumont era médium, e, por força dessa faculdade me-dianímica, ele recebia as orientações de seus mentores da Espiritua-lidade e as executava prontamente, sem qualquer hesitação. Tanto assim que era conhecida a sua maneira brusca e habitual de decidir as coisas. Seriam infrutíferas as tentativas de dissuadi-lo nessas ocasiões, porque ele sentia que estava com a verdade, porque a verdade cantava dentro dele mesmo, sem que ele pudesse explicar como esse fenômeno se produzia. E essa voz misteriosa jamais o enganou e por isso confiava nela cegamente.

— Hei de vencer o problema do mais pesado que o ar — dizia ele —, porque a voz amiga e enérgica que ressoa dentro de mim não se cansa de dizer que o dirigível não é a última etapa em aeronáuti-ca.

Logo após haver demonstrado a possibilidade da navegação aérea, Santos Dumont, num belo gesto de desprendimento e de superioridade espiritual, abriu mão de todos os direitos sobre os privilégios de sua invenção. E assim procedeu por ser um Espírito superior que trabalhou para o progresso da Humanidade, sem visar a qualquer benefício de ordem pessoal.

Esse Ícaro brasileiro tinha a intuição de que seu feito, de tão al-ta repercussão para os terrícolas, não passava de coisa insignifican-te diante da Ciência e do mundo espiritual, da qual ele era modesto aprendiz. Tinha plena consciência de que se muito cooperaram para o êxito de seu empreendimento, os conhecimentos que possuía e a sua tenacidade no trabalho, muito e muito mais devia ele aos seus amigos e mestres do Espaço, que sempre o inspiravam, por ser Santos Dumont um simples, um bom, um operário sincero do pro-gresso universal!

Parece até um paradoxo que Santos Dumont, após a conquista dos galardões da vitória, fosse acometido de profunda tristeza, de um amargor que dia e noite lhe conturbava o coração bem formado. Não mais podia ouvir o ruído dos motores, porque esse ruído fazia que sua alma chorasse por ver que todo o seu esforço, toda a sua luta e todo o seu acalentado ideal haviam sido profanados pela inconsciência dos homens.

Seu grande invento que devia servir exclusivamente para a mais íntima comunhão de amor entre os homens, foi também vil e torpemente transformado em veículo de destruição e de morte!

Santos Dumont, que tanto soube honrar os compromissos as-sumidos perante os maiores da Espiritualidade, tombou, no final de sua jornada terrena, com o coração apunhalado pela maldade dos fazedores de guerras.

Desencarnou no dia vinte e três de julho de mil novecentos e trinta e dois, em Guarujá, Santos.

Fonte: SOARES, Sylvio Brito. GRANDES VULTOS DA HUMANIDADE E O ESPIRITISMO, p.

33 , FEB, 3ª Edição, 1992.

ALBERTO SANTOS DUMONT

◊◊

DEZEMBRO / 2015

O BOLETIM Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 5

A PEDRA MOLHADA

Dois sacerdotes, um mais idoso e outro mais moço, dialogavam, ao redor de uma fonte, sobre o problema da vocação religiosa. O jovem se sentia desalentado, quase mesmo arrependido de ter empenhado a sua palavra com Deus.... Alegava conflitos de ordem íntima e, depois, causava-lhe espécie a disputa políti-ca que observava no seio da Igreja.

Escutando-o, a fitar as águas, o velho pároco, que tinha à conta de seu mentor espiritual, o deixava desabafar:

— Não é possível que seja assim... O senhor não acha que somos contraditórios?... Falamos de humil-dade e queremos os primeiros lugares... Dentro da hierarquia eclesiástica, todos buscam estar acima uns dos outros... O que temos feito do Evangelho?!... O exemplo de Jesus lavando os pés dos discípulos jaz esquecido... Como servirmos aos propósitos do Se-nhor, se não demonstramos vocação para a cruz?!...

Depois de ouvi-lo longamente em silêncio, o sacer-dote de cabelos já encanecidos, mergulhou a mão nas águas da fonte e de lá retirou uma pedra.... Mostran-do-a ao seu rebelado pupilo, que se sentia fraquejar na fé, partiu-a ao meio, batendo-a de encontro a uma pedra maior.

— Veja, meu filho — explicou o ancião. Esta pedra, há muito tempo imersa nas águas da fonte, revela-se molhada por fora e seca por dentro. Assim temos sido nós, em contato com o Evangelho!... As lições do Senhor, infelizmente, ainda não nos penetraram em profundidade.... Na grande maioria, a luz da religião não passa de esplendor para os olhos.... As nossas almas, duras como esta pedra, impenetráveis, não têm absorvido, em seu íntimo, a água lustral da cren-ça.... Não há nada errado com a Igreja; nós é que temos seguidamente nos equivocado.

E arrematou. Tranquilizando o jovem sacerdote, induzindo-o a mais justas reflexões:

— Individualmente, carecemos ser mais maleáveis... Não tomemos homens, tão frágeis quanto nós mes-mos, para medida de nossa fé. Procuremos em nós a coerência que não devemos esperar dos outros. A não ser em nossas mazelas, não há nada que nos impeça a vivência pessoal do Evangelho... A maldade alheia não pode ser responsabilizada pela ausência de bondade em nós. Sejamos, meu filho, dentro da fonte abençoada da vida, uma pedra molhada, por fora e por dentro!...

Ramiro Gama

Fonte: BACCELLI, Carlos A. LINDOS CASOS DE ALÉM

TÚMULO (pelo Espírito Ramiro Gama), cap.47, DIDIER, 1998

“Em muitas circunstâncias, prova Jesus que suas vistas não se circunscrevem ao povo judeu, mas que abrangem a Humanidade toda. Se, portanto, diz a seus apóstolos que não vão ter com os pagãos, não é que desdenhe da conver-são deles, o que nada teria de caridoso; é que os judeus, que já acreditavam no Deus uno e esperavam o Messias, estavam preparados, pela lei de Moisés e pelos profetas, a lhes acolherem a palavra. Com os pagãos, onde até mesmo a base faltava, estava tudo por fazer e os apóstolos não se achavam ainda bastante esclarecidos para tão pesada tare-fa. Foi por isso que lhes disse: “Ide em busca das ovelhas transviadas de Israel”, isto é, ide semear em terreno já arro-teado. Sabia que a conversão dos gentios se daria a seu tempo. Mais tarde, com efeito, os apóstolos foram plantar a cruz no centro mesmo do Paganismo”

(Do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XXIV, item, 9 de Allan Kardec.)

ESTUDAR KARDEC CONHECER KARDEC

PARA ENTENDER JESUS

(Bezerra de Menezes)

EVANGELHO NO LAR E NO CORAÇÃO... PAZ NA HUMANIDADE

Allan Kardec esclare-ce: “Não vades ter com os gentios. ”

O Evangelho no Lar é um roteiro simples de oração familiar, com o objetivo primordial de espiritualização do ambiente caseiro.

Além de proporcionar a evangelização de cada parti-cipante, atrai para o domicílio a presença de bons

Espíritos e do próprio Jesus.

É um momento de recolhimento, aprendizado e oração, para harmonizar nos-sa casa e a todos a quem dirigirmos nossas

preces.

DEZEMBRO / 2015

O BOLETIM

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 6

Caridade é também doar esperança e coragem aos companheiros que estão prestes a desfalecer, na luta pela vitória do bem.

A caridade é, invariavelmente, sublime nas menores manifestações, todavia, inúmeras pessoas muitas vezes procuram limitá-la, ocultando-lhe o espírito divino.

[...] se somos efetivamente os aprendizes do Evangelho redivivo, unamos o ideal superior e a ação edificante, em nossos sentimentos e atos de cada

dia, e busquemos fundir numa só luz renovadora a fé e a caridade, em nossos corações, desde hoje.

A equipe do APSE agradece a todos os que, com muito amor, bondade e carinho, participaram de suas campanhas e de seu trabalho em 2015.

FELIZ ANO NOVO

ORAÇÃO DAS CRIANÇAS

Agradecemos, Jesus, O amparo do teu afeto, A luz, a alegria, o teto,

A paz, o conforto e o pão... E porque nada tenhamos a dar-te às mãos divinas,

Em nossas mãos pequeninas Trazemos-te o coração.

Ensina-nos, Mestre Amado,

A descobrir-te o roteiro Para buscarmos primeiro,

Aprender e trabalhar... Cada dia, cada hora,

Concede-nos, Bom Amigo, A bênção de estar contigo Na bênção de nosso Lar.

Casimiro Cunha

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. FÉ E VIDA. (Espíritos Diversos), p. 32, FEB, 1ª Edição, 2015

SÁBADOS (de 15h às 17h)

• Grupos de infância a partir de 2 anos

• Grupo de jovens • Grupo de pais e responsáveis

CEBM – EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA

INFANTOJUVENIL E FAMÍLIA

Mensagens Diversas

Você está convidado a conhecer as atividades do APSE/CEBM.

Reuniões mensais – 4º sábado, de 8h às 12h

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. SEMENTES DO EVANGELHO – CA-

RIDADE (pelo Espírito Emmanuel), páginas diversas, , FEB, 2014

DEZEMBRO /2015

O BOLETIM

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 7

L E I A E M E D I T E

Cadastre-se na Biblioteca. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Visite a LIVRARIA

No Mês de Dezembro:

Adquira. Presenteie.

Contribua para a banca de livros usados oferecendo

obras em bom estado.

Afirmas que o progresso, exprimindo a felicidade e aprimoramento, é o porto a que te destinas no mar da experiência terrestre, mas se cultivas sinceridade e decisão contigo mesmo, abraça o trabalho e a prece como sendo a embarcação e a bússola do caminho. Rochedos de incompreensão escondem-se, traiçoeiros, sob a crista das ondas, ameaçando-te a rota. No entanto, ora e serve. A prece ilumina. O trabalho liberta. Monstros do precipício surgem à tona, inclinando-te à perturbação e ao soçobro. Contudo, ora e serve. A prece guia. O trabalho defende. Tempestades de aflição aparecem de chofre, vergastando-te o refúgio. Entretanto, ora e serve. A prece reanima. O trabalho restaura. Companheiros queridos que te suavizavam as agruras da marcha desembarcam nas ilhas de enganoso descanso, deixando-te as mãos sob multiplicados encargos. Todavia, ora e serve. A prece consola. O trabalho sustenta. Em todos os problemas e circunstâncias que te pareçam superar o quadro das próprias forças, ora e serve. A prece é silencio que inspira. O trabalho é atividade que aperfeiçoa. O viajor mais importante da Terra também passou pelo oceano do suor e das lágrimas, orando e servindo. Tão escabrosa lhe foi a peregrinação entre os homens, que não sobrou amigo algum para compartilhar-lhe espontaneamente os júbilos da chegada pelo es-caler em forma de cruz. Tão alto, porém, acendeu ele a flama da prece, que pôde compreender e desculpar os próprios algozes, e tão devotadamente se consagrou ao trabalho, que conseguiu vencer os abismos da morte e voltar aos braços dos amigos vacilantes, como a repetir-lhes em regozijo e vitória: “Tende bom ânimo! Eu estou aqui”.

Emmanuel

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. JUSTIÇA DIVINA. (pelo Espírito Emmanuel), cap.39, FEB, 14ª ed. 2015

ORA E SERVE

Tecidos de Algodão para feitura de mantas, lençóis e fronhas

Retalhos de Algodão

PARTICIPE. DIVULGUE!

NOVOS SÓCIOS CONVITE

Prezado Confrade. Nossa Instituição depende de seu Quadro Social para

a consecução de suas finalidades. Se você frequenta nossa Casa há algum tempo e sente vontade de unir-se à nossa família, procure-nos.

“AJUDAR É HONRA QUE NOS COMPETE. ”

Continuamos a contar com você em 2015.

PROGRAMAS ESPÍRITAS NA TV E NA INTERNET

DESPERTAR ESPÍRITA – Lar Fabiano de Cristo

CNT – em rede nacional: domingo / 8h às 8h30 NET – Rio – canal 6 – Quarta/ 20h30 às 21h30 Quinta-feira: 13h30 às

14h30

ALVORADA ESPÍRITA 24 horas de programação com palestras e programas de TV

www.tvalvoradaespirita.com.br

TV MUNDO MAIOR Emissora da Fundação Espírita André Luiz – www.tvmundomaior.com.br

Programa TRANSIÇÃO- a visão espírita para um novo tempo

Rede TV– domingos às 16h15 – www.programatransicaotv.br

NET – canal 20

TVCEI - www.tvcei.com TVCEERJ - http://ceerj.tv/tv

DEZEMBRO / 2015

O BOLETIM

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 8

REUNIÕES PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL, SEGUIDAS DE PASSES E ÁGUA MAGNETIZADA.

PROGRAMAÇÃO – DEZEMBRO 2015 TERÇA-FEIRA

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO — O LIVRO DOS ESPÍRITOS

DIA HORA TEMAS

01 15h A resignação. A felicidade não é deste mundo. EV – Cap. 5: 12 a 20 Welles Costa

08 15h O Cristo Consolador EV – Cap.6: 1 a 8 Wilta Correia da Silva

15 15h Aquele que se eleva será rebaixado. EV – Cap. 7: 3 a 6: 11 e 12 Elza Gonzaga da Cruz

22 15h Mistérios ocultos aos doutos e aos prudentes Ev - Cap. 7: 7 , 10 e 13 Vera Lucia Claudiana da Silva

29 15h Nossa origem. Nosso destino. Da perfeição Manoel Messias Macedo

QUINTA-FEIRA

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO — O LIVRO DOS ESPÍRITOS

DIA HORA TEMAS EXPOSITORES

03 19h O argueiro e a trave no olho EV – Cap.10: 9 e 10 Inês Gripp

10 19h Não julgueis para não serdes julgados. EV – Cap. 10: 11 a 13 Zita Flora de Almeida

17 19h Perdão das ofensas. A indulgência EV – Cap. 10: 14 a 21 Aimar Sobreira

24 e

31

19h

Não Haverá Reunião

DOMINGO

DIA HORA TEMAS EXPOSITORES

06 10h JESUS Silvia Almeida

13 10h LIBERDADE – IGUALDADE – FRATERNIDADE (OBRAS PÓSTUMAS – PARTE I) Maria Teresa Nunes

20 10h SER CRISTÃO Carlos Alberto Mendonça

27 10h TEMA LIVRE Marcelo Jorge Nazareth

ATIVIDADES NO CEBM

SEGUNDA-FEIRA 18h50min às 20h15min 18h30min às 20h

Reunião de Estudo e Educação da Mediunidade (Privativa) Reunião de Atendimento Espiritual (Privativa)

TERÇA-FEIRA

13h45min às 15h 14h30min às 15h 15h às 16h30min 16h30min às 18h

— — — — — —

Reunião de Atendimento Espiritual (Privativa) Diálogo Fraterno Reunião de Estudos Doutrinários (Pública) Grupo de Estudo: O Livro dos Espíritos

QUARTA-FEIRA

8h às 8h30min 8h30min às 9h 19h às 20h30min 19h às 20h30min 19h às 20h30min

— — — — —

Encontro para Oração Diálogo Fraterno Grupo de Estudo - Introdução à Doutrina Espírita Grupo de Estudos Básicos da Mediunidade Grupo de Estudo do Evangelho

QUINTA-FEIRA

18h30min às 19h 18h45min às 20h 19h às 20h30min

— — — —

Diálogo Fraterno Reunião de Atendimento Espiritual Direto (Privativa) Reunião de Estudos Doutrinários (Pública)

SEXTA-FEIRA

18h45min às 20h — — —

Reunião de Atendimento Espiritual à distância (Privativa)

SÁBADO

8h às 12h 15h às 17h 17h30min às 19h30min

— — —

Atividade do APSE (4º Sábado) Evangelização Espírita Infantojuvenil e Família Grupo de Estudos Espíritas

DOMINGO

9h30min às 10h 10h às 11h30min 13h45min às 16h30min 9h às 13h30min

Diálogo Fraterno Reunião de Estudos Doutrinários (pública) Caravana - Visita ao Instituto Miguel Pedro (mensal - no 3º domingo) Caravana - Visita ao Centro Espírita Filhos de Deus (mensal - no último domingo)