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O BOLETIM Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes Rua Maia de Lacerda 155 Estácio Rio RJ CEP: 20250-001 - Tel. (21) 2273-9398 - Ano 58 - Nº 694 OUTUBRO / 2015 CAMINHO DO PROGRESSO ESPIRITUAL (...). Onde a criatura coloque suas aspirações, aí encontra intercâmbio. O homem é o somatório dos seus anelos e realizações. Enquanto não elabore mais altas necessida- des íntimas, demorar-se-á nas permutas grosseiras da faixa dos instintos primários. Em razão disso, a Humanida- de padece de carências urgentes nas áreas rudimentares da vida.... Deixando-se martirizar pelos desejos inconfes- sáveis, ainda não se resolveu por uma conduta, realmente emocional, que lhe permita o trabalho íntimo de desemba- raçar-se das sensações que respondem pelos interesses grosseiros, geradores das lutas pela posse com a predomi- nância do egoísmo. A fixação das paisagens sombrias desacostuma a percep- ção estética para as visões harmônicas da Natureza. Da mesma forma, experimentando o homem as impressões do prazer selvagem, desinteressa-se da aquisição dos valores estéticos e liberativos da alma. A transposição de planos e aspirações, enquanto se está na área da sofreguidão e do exagero carnal, somente ocorre a pesado tributo de dor e a fortes aguilhoadas da aflição. Toda ascensão exige a colaboração do sacrifício, ao lado das renúncias. A visão dos amplos horizontes coloridos somente é lograda após a vitória sobre as baixadas som- brias e as veredas tortuosas. O fatalismo da vida é para o bem e a destinação é para a felicidade. Consegui-los ao impulso do amor ou conquista- los a penas de sofrimentos são as escolhas únicas que se terão para fazer. Até agora a conquista do belo e a liberação dos vícios têm sido desafios para os Espíritos fortes, que marcham à frente, despertando os da retaguarda, anestesiados na ilusão e agrilhoados aos prazeres aliciantes, venenosos. Não nos cabe, todavia, duvidar da vitória do amor e do êxito que todos conseguirão hoje ou mais tarde. Auxiliá-los a desvencilhar-se das fortes amarras que os infelicitam e convidá-los à experiência da renovação constituem os nossos deveres de agora. Em consequência, o nosso céu tem seus limites nas aberturas dos sofredores à vida, ense- jando-nos ampliá-lo ao infinito, no qual eles também desfru- tem de esperança e paz. Bezerra Fonte: FRANCO, Divaldo Pereira. DE BEZERRA DE MENEZES PARA VOCÊ. (pelo Espírito Bezerra de Menezes), p. 138, Editora DIDIER, 1ª Edição, 2004 Há pouco tempo, lendo em um periódico do Rio de Janei- ro, um amigo de nossa Casa de Bezerra, deparou-se com a pergunta de uma senhora que dizia não saber como ser útil para outras pessoas... Uma expressão popular diz que “quem procura acha! ” e, no caso dessa senhora, nada mais adequado. Quando dizemos não saber como ser ao nosso próximo, é porque, na verdade, não queremos disponibilizar essa utilidade. Madre Teresa de Calcutá, imersa em sua simplicidade exemplar, foi certa vez questionada se não sentia asco em fazer demorados curativos nas pessoas portadoras de lepra. - Claro que sim, respondeu ela, é muito difícil suportar esse cheiro, mas, alguém precisa fazê-lo, eles precisam de alguém para fazer isso...! Assim é, quando queremos ajudar, basta procurarmos e, sem dúvida, haveremos de encontrar meios de proporcio- nar ajuda a quem precisa, não necessariamente como Madre Teresa de Calcutá, mas quem sabe uma costuri- nha para o Natal das crianças? Quem sabe a doação de alimentos para serem distribuídos entre os carentes, ou será que a casa Espírita não necessita de quem ajude na administração? Quando estamos dispostos, sempre haverá um lugar onde possamos ajudar e, quem sabe? Tantos lugares vão aparecer que acabaremos por lamen- tar sermos um só... Nunca agridas nem faças sofrer os corações alheios. Age em silêncio, levando o amor sem alarde, e o amor te preencherá as horas, cobrindo-te de bênçãos. Na vida, somos todos eternos aprendizes, cumprindo-nos seguir a Jesus, o Mestre, que nos descerrou as portas da vida imortal pelo amor e pela verdade. ” Sheilla A Mensagem do Dia, p.28

O BOLETIM - bezerramenezes.org.br · profana e religiosa de todos os tempos, para verificarmos como os fenômenos mediúnicos influenciaram e continuam influenciando profetas, santos,

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O BOLETIM Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

Rua Maia de Lacerda 155 — Estácio — Rio — RJ CEP: 20250-001 - Tel. (21) 2273-9398 - Ano 58 - Nº 694 — OUTUBRO / 2015

CAMINHO DO PROGRESSO ESPIRITUAL

(...). Onde a criatura coloque suas aspirações, aí encontra intercâmbio. O homem é o somatório dos seus anelos e realizações. Enquanto não elabore mais altas necessida-des íntimas, demorar-se-á nas permutas grosseiras da faixa dos instintos primários. Em razão disso, a Humanida-de padece de carências urgentes nas áreas rudimentares da vida.... Deixando-se martirizar pelos desejos inconfes-sáveis, ainda não se resolveu por uma conduta, realmente emocional, que lhe permita o trabalho íntimo de desemba-raçar-se das sensações que respondem pelos interesses grosseiros, geradores das lutas pela posse com a predomi-nância do egoísmo. A fixação das paisagens sombrias desacostuma a percep-ção estética para as visões harmônicas da Natureza. Da mesma forma, experimentando o homem as impressões do prazer selvagem, desinteressa-se da aquisição dos valores estéticos e liberativos da alma. A transposição de planos e aspirações, enquanto se está na área da sofreguidão e do exagero carnal, somente ocorre a pesado tributo de dor e a fortes aguilhoadas da aflição. Toda ascensão exige a colaboração do sacrifício, ao lado das renúncias. A visão dos amplos horizontes coloridos somente é lograda após a vitória sobre as baixadas som-brias e as veredas tortuosas. O fatalismo da vida é para o bem e a destinação é para a felicidade. Consegui-los ao impulso do amor ou conquista-los a penas de sofrimentos são as escolhas únicas que se terão para fazer. Até agora a conquista do belo e a liberação dos vícios têm sido desafios para os Espíritos fortes, que marcham à frente, despertando os da retaguarda, anestesiados na ilusão e agrilhoados aos prazeres aliciantes, venenosos. Não nos cabe, todavia, duvidar da vitória do amor e do êxito que todos conseguirão hoje ou mais tarde. Auxiliá-los a desvencilhar-se das fortes amarras que os infelicitam e convidá-los à experiência da renovação constituem os nossos deveres de agora. Em consequência, o nosso céu tem seus limites nas aberturas dos sofredores à vida, ense-jando-nos ampliá-lo ao infinito, no qual eles também desfru-tem de esperança e paz.

Bezerra

Fonte: FRANCO, Divaldo Pereira. DE BEZERRA DE MENEZES PARA VOCÊ. (pelo Espírito Bezerra de Menezes), p. 138, Editora DIDIER, 1ª Edição, 2004

Há pouco tempo, lendo em um periódico do Rio de Janei-ro, um amigo de nossa Casa de Bezerra, deparou-se com a pergunta de uma senhora que dizia não saber como ser útil para outras pessoas...

Uma expressão popular diz que “quem procura acha! ” e,

no caso dessa senhora, nada mais adequado. Quando

dizemos não saber como ser ao nosso próximo, é porque,

na verdade, não queremos disponibilizar essa utilidade.

Madre Teresa de Calcutá, imersa em sua simplicidade

exemplar, foi certa vez questionada se não sentia asco

em fazer demorados curativos nas pessoas portadoras de

lepra.

- Claro que sim, respondeu ela, é muito difícil suportar

esse cheiro, mas, alguém precisa fazê-lo, eles precisam

de alguém para fazer isso...!

Assim é, quando queremos ajudar, basta procurarmos e,

sem dúvida, haveremos de encontrar meios de proporcio-

nar ajuda a quem precisa, não necessariamente como

Madre Teresa de Calcutá, mas quem sabe uma costuri-

nha para o Natal das crianças? Quem sabe a doação de

alimentos para serem distribuídos entre os carentes, ou

será que a casa Espírita não necessita de quem ajude na

administração?

Quando estamos dispostos, sempre haverá um lugar

onde possamos ajudar e, quem sabe?

Tantos lugares vão aparecer que acabaremos por lamen-

tar sermos um só...

“Nunca agridas nem faças sofrer os corações alheios. Age em silêncio, levando o amor sem alarde, e o amor te preencherá as horas, cobrindo-te de bênçãos. Na vida, somos todos eternos aprendizes, cumprindo-nos seguir a Jesus, o Mestre, que nos descerrou as portas da vida imortal pelo amor e pela verdade. ”

Sheilla A Mensagem do Dia, p.28

OUTUBRO / 2015

O BOLETIM

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 2

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Expediente O Boletim

Desde agosto de 1957

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

Rua Maia de Lacerda, 155, Está-cio, Rio de Janeiro — RJ

CEP 20250-001 Tel. (21) 2273-9398

Endereço eletrônico: www.bezerramenezes.org.br

Email: [email protected]

Elaboração e Editoração: Equipe da Área de Divulgação do CEBM

Revisão: Lucia Maria Alba da Silva

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 150 exemplares

* * * * * * * *

CONSELHO DIRETOR DO CEBM

Área Administrativa:

Lydia Alba da Silva

Área Financeira:

Luiz Raimundo Silva Arruda

Área de Assuntos Doutri-nários:

Lydia Alba da Silva

Área de Divulgação:

Cybele Silva Gomes

Área de Evangelização Es-pírita Infantojuvenil e Famí-lia:

Lucia Maria Alba da Silva

Área de Assistência e Promoção Social Espírita:

Marcia Antonio Frota Cor-reia

RÁDIO RIO DE JANEIRO - 1400 AM

Internet: www.radioriodejaneiro.am.br

Coopere, depositando qualquer valor dentro da sua possibilidade na conta corrente 10.000-5, agência 1699-3, do Banco Bradesco (nº do banco: 237), em nome da Fundação Cristã - Espírita Cultural Paulo de Tarso (FUNTARSO),

Informações pelos telefones: (21) 3386-1400 (das 06 às 18h) – (21) 2478-1400 (24 horas) ou pelo site.

A Rádio Rio de Janeiro, 1400 AM, transmitindo do Brasil para o mun-do, é um dos meios pelos quais a FUNTARSO, sua operadora, propicia a aplicação de sua missão.

CENTRO ESPÍRITA BEZERRA DE MENEZES- 103 ANOS

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro homenageou o

Espiritismo realizando solenidade de entrega de MOÇÃO

às instituições espíritas centenárias, no dia 13 de outu-

bro de 2015, bem como entregou Conjunto de Medalhas

de Mérito Pedro Ernesto a Jorge Godinho Barreto Nery,

presidente da Federação Espírita Brasileira.

OUTUBRO /2015

O BOLETIM

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 3

LEMBRETE FRATERNO

Na história do espiritismo, vamos encontrar além do próprio Kardec, nomes como Léon Denis, Camilo Flama-rion, Eurípedes Barsanulfo, Emanuel Darcey, Bezerra de Menezes, Victor Hugo, todos eles expressando sua crença nos postulados espíritas, através de um com-prometimento com a verdade consoladora. Deolindo Amorim, eminente jornalista, escritor e orador espírita, dizia que para cumprirmos nosso compromisso com aquilo em que acreditamos, não se faz necessário que expressemos nossa crença em uma folha de papel e sim, que coloquemos nisso todo o nosso sentimento e deixemos fluir do coração as ações que justifiquem nossa encarnação. Quando os notáveis do espiritismo colocaram seus pensamentos no papel, o fizeram não por ostentação, mas sim, para testemunhar, como figuras públicas, o que se lhes passava pelo coração. Emmanuel nos ensina que a vivência espírita, mais do que as expressões do credo, é muito difícil de ser exer-cida porque exige o sacrifício, o desapego, a renúncia que a teoria orienta, mas que devem acontecer na práti-ca.

Daí as etapas dolorosas, mas necessárias, que são a expiação e a prova. A primeira é o capítulo onde a vida nos mostra o que está errado e nos faz passar pelas dores do mundo para que entendamos e aprendamos as nossas lições. A segunda é o capítulo onde, uma vez aprendida e entendida a lição, aceitemos o resgate através das provas, abençoada comprovação que nos liberta. Passar pelas duas etapas é a história de nossas vidas multisseculares.

Vencê-las, é a essência da felicidade que nos é ofereci-da como objetivo pela lei natural de Deus. Por essas questões, torna-se fundamental em nossa existência que delineemos um rumo a seguir, sejamos fiéis naquilo em que acreditamos, não nos deixemos cair na submis-são das alegorias, que existem para que, no tecido de nossa expectativa, sejamos presas fáceis da ilusão.

A prática na lide espiritista exige a doçura no trato, a temperança no trabalho, a simplicidade no viver, a cer-teza na fé e, por que não, a firme defesa daquilo que expressarmos em nosso credo de vida e de religiosida-de. Outro não foi o exemplo de Paulo, o denodado após-tolo dos gentios.

Pense nisso! “Os corações que oram e vigiam, realmente, de acor-

do com as lições evangélicas, constroem a sua própria fortaleza, para todos os movimentos de defesa espontâ-nea.”

Pensemos nisso! Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. PALAVRAS DE LUZ. (pelo Espíri-to Emmanuel), p. 11, FEB, 1ª Edição, 2014.

Reflexões sobre o Credo Espírita (final)

Assaruhy Franco de Moraes

“Seja uma pessoa-algodão. Não seja uma pessoa-espinho, a que sempre está

soltando dardos, da qual não se pode chegar perto sem sofrer alguma coisa.

Seja pessoa-algodão, veludo. Seja fácil de abor-dar, de olhar nos olhos, de dar as mãos, de dialogar, de descarregar o coração ou recarregá-lo de espe-rança e paz.

Seja assim. Toda vez que lhe vier um ímpeto para cutucar,

provocar, maldizer ou despejar desesperança, recolha-se. E se lhe vier a vontade de manifestar bondade e alegrias, expanda-se.

Os espinhos da pessoa-espinho machucam mais a ela mesma, pois que os carrega.”

Lourival Lopes Sabedoria Todo Dia, p.234

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P. 4

NO MUNDO DO ESPERANTO

“La paco de Jesuo estu en la koroj de niaj karaj gefratoj”

PROBLEMA DA LINGUAGEM NA ESPIRITUALIDADE

Na esfera imediata à moradia humana, po-

rém, o problema da linguagem é daqueles que mais nos afligem o senso íntimo.

O idioma simbólico prevalece, com efeito, para as grandes comunidades dos Espíritos em mais nobre ascensão.

O império da arte pura é aí a sublimação permanente da Natureza.

A música diviniza a frase e a pintura acriso-la a imagem, esculpindo-se monumentos que falam e gravando-se poemas que fulguram, atra-vés da associação de cores e sons, no assom-broso quimismo do pensamento.

Entretanto, essa residência de numes, se-melhante aos Campos Elísios da tradição mitoló-gica, situa-se muito além do lar humano em que nos florescem as esperanças.

Ainda aqui, aos milhões, não obstante se nos descerrem horizontes renovadores, achamo-nos separados pela barreira linguística.

Vanguardeiros do progresso, como é justo, adquirem contato com idiomas nobres ou domi-nam dialetos, ali e acolá; isso, no entanto, com reduzido rendimento no trabalho educativo que se propõem efetuar.

Para isso, os mais credenciados, do ponto de vista moral, reencarnam-se nos países e regi-ões que lhes granjeiam devoção afetiva, com sacrifício participando do patrimônio cultural que os caracteriza, gastando decênios para a esses torrões ofertar esse ou aquele recurso de aperfei-çoamento às próprias concepções.

Isso porque a palavra pronunciada ou es-crita é e será ainda, por milênios, o agente de transmissão dos valores do espírito, estabelecen-do a comunhão das almas, a caminho da Grande Luz, nas zonas de aprendizado em que se nos desenvolvem as lutas evolutivas.

(Do livro Esperanto como Revelação, pelo Espírito Francisco Valdomiro Lorenz, psicografia de Francisco Cândido Xavier)

TRAÇOS BIOGRÁFICOS

Plutarco asseverou que a pintura deve ser uma poesia silenciosa, e a poesia uma pintura que fala.

Isto significa, portanto, que a arte nada será desde que não tenha alma.

Só o gênio é capaz de transmitir alma às suas produ-ções, porque todos os homens de gênio, no dizer do encan-tador Léon Denis, voluntária ou involuntariamente, conscien-temente ou não, se acham em relação com o Além, dele recebem poderosos eflúvios, e inspiradores invisíveis os assistem e colaboram em suas obras.

Basta relancearmos os olhos pelas páginas da história profana e religiosa de todos os tempos, para verificarmos como os fenômenos mediúnicos influenciaram e continuam influenciando profetas, santos, sábios, oradores, artistas, etc.

Em 1471, na cidade alemã de Nuremberg, nasceu Al-brecht Dürer, que desde logo deu provas de um talento pre-coce. Foi ao mesmo tempo pintor, gravador, escultor e arqui-teto.

Na Alemanha, foi ele o maior pintor de imaginação rica. Filho de hábil ourives, aprendeu sem dificuldade o ofício paterno e, com quinze anos de idade, conseguiu, pleno de alegria, frequentar, por espaço de três anos, as aulas do pintor e gravador Michael Wohlgemuth.

Contava 23 anos quando se consorciou com Agnès Frey, mulher de grande beleza, mas de caráter egoísta e muito ciumenta, pelo que transformou a vida do esposo em verda-deiro tormento.

Isso, porém, não impediu que ele se entregasse com amor e alma à arte pictórica, além das de gravador, escultor e arquiteto.

Foi infatigável no trabalho. Conta-se que certa feita en-contrava-se seriamente preocupado, pelo que passara a noite velando e meditando.

“Queria ele pintar os quatro evangelistas e, tendo retoca-do esboços, que não exprimiam a seu gosto o ideal que imaginara, atirou os pincéis, abriu a janela e pôs-se a con-templar as estrelas. A inspiração lhe veio nesse momento de tristeza. A luz projetava sua claridade nos monumentos e nas agulhas das catedrais de Nuremberg. E ele disse então: “Permitistes a homens transformar, aí, lascas de pedra em construções harmônicas, de majestosas linhas. Consenti-me transportar, para a tela, o que eu trago na alma.”

Viu, a seguir, a igreja de São Sebaldo avermelhar-se em fogo, e nuvens azuis formarem um em que se desenhavam as imponentes figuras dos quatro evangelistas. Dürer excla-

mou maravilhado: Eis os rostos que inutilmente tenho procurado fixar.”

Fonte: SOARES, Sylvio Brito. GRANDES VULTOS DA HUMANIDADE E O ESPIRITISMO, p. 19 , FEB, 3ª Edição, 1992.

ALBRECHT DÜRER

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PODIA SER PIOR

O médium Filgueiras era espírita de grande sereni-

dade. Certa feita, um amigo, que ele não via desde muito

visita-lhe a casa e, depois das saudações habituais, dá notícias do próprio pessimismo.

Declara-se ausente de toda atividade doutrinária. Continua espírita de convicção, mas afastou-se do trabalho mediúnico, da leitura, das sessões, das preces . . .

Inquirido por Filgueiras, começou a explicar-se:

Imagine você que minha infelicidade começou quando o meu sócio conseguiu furtar-me quase tudo o que possuía. Foi terrível desastre . . .

Mas podia ser pior! falou Filgueiras, preen-chendo a pausa da conversação.

Em seguida, estabeleci-me com pequena loja; no entanto, meu único empregado ateou fogo a tudo, após roubar-me . . .

Podia ser pior . . . atalhou Filgueiras.

O azar não ficou aí, pois, quando me viu sem qualquer recurso, a companheira me abandonou, buscando aventuras inconfessáveis . . .

Podia ser pior . . .

Depois disso, minha única filha, aquela que ainda se mantinha ao meu lado, ouviu as insinuações de um homem que a seduziu, desprezando-me com amargas palavras . . .

Podia ser pior . . .

Por fim, meu irmão, a única pessoa que ainda me dispensava proteção e carinho, foi assassinado por um salteador que escapou à cadeia.

Mas podia ser pior . . . acentuou Filgueiras, calmo.

O outro sorriu, mal-humorado e objetou:

Ora essa! Que podia ser pior? Dois ladrões me acabam os negócios, dois malandros me acabam com a família e um assassino me acaba com o único irmão.

Que podia ser pior, Filgueiras? O prestimoso médium abanou a cabeça e respon-

deu calmamente:

Podia ser pior, sim, meu amigo! Podia ser você o autor de tantos crimes; entretanto, cá está conversan-do comigo, de consciência purificada e mãos limpas. Sofrer dos outros é, de algum modo, trilhar o caminho em que Jesus transitou, mas fazer sofrer os outros é outra coisa . . .

O amigo silenciou e, ao despedir-se, rogou a Figuei-ras o benefício de um passe.

Hilário Silva

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA Waldo. AL-

MAS EM DESFILE. (Espírito Hilário Silva), p. 119, 8ª Edição, FEB, 1996.

“Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, por-

que são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa fé, porque pedem se lhes dê a vista, e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar. Essas palavras, como tantas outras, encontram no Espiritismo a aplicação que lhes cabe. Há quem se admire de que, por vezes, a mediunidade seja concedida a pessoas indignas, capazes de a usarem mal. Parece, dizem, que tão preciosa faculdade devera ser atributo exclusivo dos de maior merecimento.

Digamos, antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como a de ver, ouvir, de falar. Ora, nenhuma há que o homem, por efeito do seu livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por exemplo a palavra senão aos incapazes de proferirem coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus outorgou faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o que delas abusa. (...)

A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos em geral. O bom médium, pois, não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste sentido é que a excelên-cia das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediunidade.”

(Do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XXIV item, 12 de Allan

Kardec.)

ESTUDAR KARDEC CONHECER KARDEC

PARA ENTENDER JESUS

(Bezerra de Menezes)

EVANGELHO NO LAR E NO CORAÇÃO... PAZ NA HUMANIDADE

Allan Kardec esclare-ce: “Não são os que gozam saúde que pre-cisam de médico. ”

O Evangelho no Lar é um roteiro simples de oração

familiar, com o objetivo primordial de

espiritualização do ambiente caseiro. Além de proporcionar a evangelização de cada parti-

cipante, atrai para o domicílio a presença de bons

Espíritos e do próprio Jesus. É um momento de recolhimento,

aprendizado e oração, para harmonizar nos-

sa casa e a todos a quem dirigirmos nossas preces.

OUTUBRO / 2015

O BOLETIM

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P. 6

Quem sabe ler, não se esqueça de amparar o que ainda não se alfabetizou. Quem dispõe de palavra esclarecida, ajude ao companheiro, ensinando-lhe a ciência da frase correta e expressiva. Quem desfruta o equilíbrio orgânico, não despreze a possibilidade de auxiliar o doente. Quem conseguiu acender alguma luz de fé no próprio espírito, suporte com paciência o infeliz que ainda não se abriu a míni-ma noção de responsabilidade perante o Senhor, auxiliando-o a desvencilhar-se das trevas. Quem possua recursos para trabalhar, não olvide o irmão menos ajustado ao serviço, conduzindo-o sempre que possível, a atividade digna. Quem estime a prática da caridade, compadeça-se das almas endurecidas, beneficiando-as com as vibrações da prece. Quem já esteja entesourando a humildade não se afaste do orgulhoso, conferindo-lhe, com o exemplo, os elementos indis-pensáveis ao reajuste. Quem seja detentor da bondade não recuse assistência aos maus, de vez que a maldade resulta invariavelmente da revolta ou da ignorância. Quem estiver em companhia da paz, ajude aos desesperados. Quem guarde alegria, divida a graça do contentamento com os tristes. Asseverou o Senhor que os sãos não precisam de médico, mas, sim os enfermos. Lembra-te dos que transitam no mundo entre as dificuldades maiores que as tuas. A vida não reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas em benefício de ti mesmo, não desdenhes fazer alguma coisa na extensão da felicidade comum.

Emmanuel

NO LAR

Não olvides que teu filho, sendo a materialização de teu sonho, é também tua obra na Terra. Às vezes é um lírio que plantaste no tempo; contudo, na maioria das ocasiões, é um fragmento de mármore que deixaste à distância. Flor que te pode encorajar ou pedra que te pode ferir. Recebe-o, pois, como quem encontra a oportunidade mais santa de trabalho no mundo. Não lhe abandones o espírito à liberdade absoluta, para que se não perca ao longo da estrada, e nem cometas a loucura de encarcerá-lo em teus pontos de vista, para que o teu exclusivismo não lhe desfigure as qualidades inatas para o infinito bem. Ajuda-o, acima de tudo, a crescer para o ideal superior, assim como auxilias a árvore nascente, em ímpeto ascensional para a luz. Livra-o das deformidades mentais, tanto quanto proteges o vegetal proveitoso contra a invasão da erva sufocante. Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus na Criação. Receber um filho é deter entre os homens o mais sagrado depósito. Não desertes, assim, da abnegação em que deves empenhar todas as forças peculiares à própria vida, a fim de que o rebento de tuas aspirações humanas se faça legítimo sucessor dos teus mais íntimos anseios de elevação. O lar, na Terra, ainda é o ponto de convergência do passado. Dentro dele, entre as quatro paredes que lhe constituem a ex-pressão no espaço, recebemos todos os serviços que o tempo nos impõe, habilitando-nos ao título de cidadãos do mundo. Exercitemos, desse modo, o amor e o serviço, a humildade e o devotamento, no templo familiar, à frente de nossos amigos ou adversários do pretérito transformados hoje em nossos parentes ou em nossos filhos, e estaremos alcançando nos problemas da eternidade a mais alta e a mais sublime equação.

Emmanuel

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. LUZ NO LAR. (Espíritos Diversos), cap. 46. FEB, 12ª Edição, 2010

SÁBADOS (de 15h às 17h)

• Grupos de infância a partir de 2 anos

• Grupo de jovens • Grupo de pais e responsáveis

CEBM – EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA

INFANTOJUVENIL E FAMÍLIA

ALGUMA COISA

Você está convidado a conhecer as atividades do APSE/CEBM.

Reuniões mensais – 4º sábado, de 8h às 12h

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. FONTE VIVA. (pelo Espírito Emmanu-

el), cap. 28. FEB, 35ª Edição, 2006

OUTUBRO /2015

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P. 7

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Na expansão dos recursos medianímicos que te enriquecem a experiência, sob as diretrizes dos benfeitores desencarnados, não te despreocupes das faculdades edificantes, suscetíveis de te vincularem à elevação e à melhoria dos companheiros da Terra.

Pronuncias a palavra preciosa que os emissários da cultura e da inteligência te levam à boca, impressionando auditórios atentos. Mas não negues o verbo da tolerância aos que te reclamam indulgência e carinho dentro de casa.

Doutrinas eficientemente os Espíritos transviados nas sombras da viciação e do crime, transmitindo conselhos e avisos da Esfera

Superior. Não recuses, porém, a conversação amorosa e paciente aos familiares ainda confinados à ignorância e à perturbação.

Escreves a frase escorreita, para entendimento do público, sob a influência de instrutores domiciliados no Plano Maior. Grava, entretanto, no próprio caminho, a sinalização do bom exemplo, induzindo os semelhantes a que nobilitem a própria existência.

Contemplas quadros prodigiosos, através da clarividência, caindo em êxtase ante as alegrias sublimes que observas, por antecipa-

ção, na Gloria espiritual. Não olvides, contudo, fitar as chagas dos que padecem, estendendo até eles migalhas do teu conforto, por mensagem de auxílio.

Escutas vozes comovedoras do Grande Além, delas fazendo narrativas surpreendentes para os que te admiram as incursões no país

do inabitual. Busca, no entanto, ouvir as aflições dos irmãos sofredores, aprendendo a ser útil.

Estende mãos fraternas, no passe balsamizante, em favor dos que te procuram, sedentos de alívio. Não furtes, porém, os braços prestimosos ao trabalho de cooperação espontânea junto daqueles que o Senhor te confiou na intimida-

de doméstica.

Atende às faculdades múltiplas pelas quais se evidencie a bondade dos mensageiros divinos, mas não desdenhes essas outras me-diunidades, tanta vez esquecidas, da renúncia e da paciência, da humildade e do serviço, da prudência e da lealdade, do devotamento e da correção, em que possas mostrar os teus préstimos diante daqueles que te partilham a luta, porque somente assim serás suporte firme da luz e chama da própria luz.

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. SEARA DOS MÉDIUNS. ( pelo Espírito Emmanuel), p. 99. FEB, 8ª Edição, 1999

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Prezado Confrade. Nossa Instituição depende de seu Quadro Social para

a consecução de suas finalidades. Se você frequenta nossa Casa há algum tempo e sente vontade de unir-se à nossa família, procure-nos.

“AJUDAR É HONRA QUE NOS COMPETE. ”

Continuamos a contar com você em 2015.

PROGRAMAS ESPÍRITAS NA TV E NA INTERNET

DESPERTAR ESPÍRITA – Lar Fabiano de Cristo

CNT – em rede nacional: domingo / 8h às 8h30 NET – Rio – canal 6 – Quarta/ 20h30 às 21h30 Quinta- feira: 13h30 às

14h30

ALVORADA ESPÍRITA 24 horas de programação com palestras e programas de TV

www.tvalvoradaespirita.com.br

TV MUNDO MAIOR Emissora da Fundação Espírita André Luiz – www.tvmundomaior.com.br

Programa TRANSIÇÃO- a visão espírita para um novo tempo

Rede TV– domingos às 16h15 – www.programatransicaotv.br

NET – canal 20

TVCEI - www.tvcei.com TVCEERJ - http://ceerj.tv/tv

OUTUBRO / 2015

O BOLETIM

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

P. 8

REUNIÕES PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL, SEGUIDAS DE PASSES E ÁGUA MAGNETIZADA.

PROGRAMAÇÃO – OUTUBRO 2015 TERÇA-FEIRA

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO — O LIVRO DOS ESPÍRITOS

DIA HORA TEMAS

06 15h Deus e o Infinito. Atributos da Divindade LE - questões 1 a 16 Welles Costa

13 15h Meu reino não é deste mundo. A vida futura EV – Cap.2: 1 a 8 Telma Brilhante de Albuquerque

20 15h Elementos Geras do Universo LE – questões 17 a 36 Zita Flora de Almeida

27 15h Ressurreição e reencarnação EV – Cap. 4: 1 a 17 Manoel Messias Macedo

QUINTA-FEIRA

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO — O LIVRO DOS ESPÍRITOS

DIA HORA TEMAS EXPOSITORES

01 19h Escândalos EV – Cap. 8: 11 a 17; 20 e 21 Lila Bomhoff Silveira

08 19h Bem-aventurados os que são brandos. EV – Cap. 9: 1, 4 e 6 Inês Gripp

15 19h Uniões antipáticas. Temor da morte LE – questões 939 a 942 Aimar Sobreira

22 19h Bem-aventurados os que são pacíficos. EV – Cap. 9: 2, 4; 7 e 8 Miriam Regina Vaz Guimarães

29 19h OBRA - Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (conclusão) Telma Brilhante de Albuquerque

DOMINGO

DIA HORA TEMAS EXPOSITORES

04 10h QUO VADIS? Assaruhy Franco de Moraes

11 10h Recordação da existência corpórea. LE- questões 304 a 329 Zita Flora de Almeida

18 10h A pedagogia de Jesus Carlos Alberto Mendonça

25 10h O Bem sofrer. (O Céu e o Inferno – 2ª parte – cap.II) Zita Flora de Almeida

ATIVIDADES NO CEBM

SEGUNDA-FEIRA 18h50min às 20h15min 18h30min às 20h

Reunião de Estudo e Educação da Mediunidade (Privativa) Reunião de Atendimento Espiritual (Privativa)

TERÇA-FEIRA

13h45min às 15h 14h30min às 15h 15h às 16h30min 16h30min às 18h

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Reunião de Atendimento Espiritual (Privativa) Diálogo Fraterno Reunião de Estudos Doutrinários (Pública) Grupo de Estudo: O Livro dos Espíritos

QUARTA-FEIRA

8h às 8h30min 8h30min às 9h 19h às 20h30min 19h às 20h30min 19h às 20h30min

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Encontro para Oração Diálogo Fraterno Grupo de Estudo - Introdução à Doutrina Espírita Grupo de Estudos Básicos da Mediunidade Grupo de Estudo do Evangelho

QUINTA-FEIRA

18h30min às 19h 18h45min às 20h 19h às 20h30min

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Diálogo Fraterno Reunião de Atendimento Espiritual Direto (Privativa) Reunião de Estudos Doutrinários (Pública)

SEXTA-FEIRA

18h45min às 20h — — —

Reunião de Atendimento Espiritual à distância (Privativa)

SÁBADO

8h às 12h 15h às 17h 17h30min às 19h30min

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Atividade do APSE (4º Sábado) Evangelização Espírita Infantojuvenil e Família Grupo de Estudos Espíritas

DOMINGO

9h30min às 10h 10h às 11h30min 13h45min às 16h30min 9h às 13h30min

Diálogo Fraterno Reunião de Estudos Doutrinários (pública) Caravana - Visita ao Instituto Miguel Pedro (mensal - no 3º domingo) Caravana - Visita ao Centro Espírita Filhos de Deus (mensal - no último domingo)