O Caminho de Ds - Port

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Tradução para o português do livro de Chaim Luzzato.

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O CAMINHO DE DS - A MANEIRA DE DS - ATRAVS DE DS - POR MEIO DE DSDerech Hashem R. Moshe Chaim Luzzatto TRADUZIDO DO CASTELHANO Da traduo do Rabino ISAAC FADDA Para www.hebrewbooks. org Editando iltlirvr Jerusalm 2003 R. Moshe Chaim Luzzatto A MANEIRA DE DEUS Derech Hashem 02-6280735 972-2-6264317Ao leitorForam necessrios milhares de anos para que o homem pudesse desenvolver suas capacidades intelectuais como as conhecemos hoje. Nunca como atualmente, estivemos to perto de atingir nossas esperanas mais caras. Os avanos cientficos e tcnicos permitem conceber o que no h muito tempo pertencia ao mundo da fico cientfica. E ainda permanece extasiado e distante ante os ministrios da criao, que continuan fechados como um grande enigma de nos desafia e demonstra que ainda estamos muito distantes do verdadeiro conhecimento. Podemos confirmar como se materializa a viso proftica dos Nossos Sbios ao ver o Megillat Ruth recitando 'T foi nos dias eles julgavam os juzes , houve uma fome na terra ... " (Rute 1:1).Dez fomes terrveis foram decretadas desde o cu, para que a terra sofresse... A primeira fome foi nos dias Ado. A segunda nos dias de Lameque. A terceira, nos dias de Abrao. A quarta nos dias de Isaque. A quinta nos dias de Jc. A sexta nos dias de Boaz ... A stima nos dias do Rei David. A oitava nos dias do profeta Elias. A nona nos dias de Eliseu em Shomron. A dcima fome ser, no futuro e no ser fome de comer po nem sede de beber gua, mas de ouvir a palavra profticamente inspirada pelo Todo-Poderoso... "Hoje, somente bebendo das nascentes cristalinas de Nossos Sbios que podemos saciar essa sede sufocante que nos abraa, a sede de encontrar o sentido ltimo da nossa existncia. E justamente esta obra-prima do rabino M H Lozzato (5467-5507/1707-1747), autor do famoso Mesilat Yesharim (o Caminho dos Justos), vem preencher esse vazio espiritual que afeta tanto o homem modemo. Na sua j proverbial linguagem simples e direta, o rabino Moshe Hayim Lozzato, se engaja em uma temtica to quente e profunda como a criao, a alma humana e seus vrios aspectos, a Divina Providncia, feitiaria, astrologia, etc questes que clarifica e torna acessvel ao entendimento do intelecto curioso e inquieto do judeu contemporneo. Finalmente, como recomendado pelo mesmo autor no prlogo do seu trabalho Mesilat Yesharim, este um tratado que transcende a simples leitura e requer um estudo detalhado e srio para que voc possa obter os melhores benefcios do mesmo. Com a bno da Tor, rabino Isaac FADDAAssociao Keter Tora, Caracas VenezuelaPrefcio do TradutorPag IntroduoSECO 1: OS FUNDAMENTOS1] A existncia de Deus 2] O objetivo da criao3] A raa humana4] A responsabilidade do homem5] Reino espiritualSECO 2: DIVINA PROVIDNCIA1] Divina Providncia2] O homem neste mundo3] Providncia Individual 4] Israel entre as naes5] Como atua a providncia 6] O sistema da providncia 7] A influncia dos astros8] Detalhes providnciaSECO 3: A ALMA, A INSPIRAO DIVINA E A PROFECIA 1] A alma e seu comportamento 2] A ao dos Nomes Sagrados e a feitiaria3] Inspirao Divina e Profecia Prefcio do Tradutor4] A experincia proftica 5] Moiss como profetaSEO 4: SERVIR A DS1] Sobre a devoo geral 2] O estudo da Tor 3] Medo e Amor de Deus 4] Keriat Shem e suas bnos 5] A orao 6] A ordem diria e Orao 7] Observncia peridica 8] Preceitos temporais9] Observncias circunstanciais e bnos A MANEIRA DE DEUSDerech HashemIntroduoA superioridade do conhecimento especfico das coisas, de forma indiscriminada e compreendendo suas inter-relaes, semelhante que existe ao observarmos um jardim decorado com canteiros e atraentes trilhas sulcadas. Ou a viso de uma floresta de vegetao emaranhada que cresce de forma confusa. Pois o conhecimento indivdual dos vrios detalhes, cuja relao e alcance real dentro de um sistema so desconhecidos, para o raciocnio vido de saber um empreendimento extremamente embaraoso e indesejvel, pois vai se esforar e lutar incansavelmente j que o entendimento de cada coisa desperta em seu ser, o desejo do conhecimento total, que no ser possvel de alcanar, pois ignora a estrutura de forma Integra. E isto porque uma grande parte da essncia das coisas a inter-relao que possuem e o lugar que ocupam, tudo o que lhes desconhecido. Assim, ficando insatisfeita sua ansiedade e frustrada sua curiosidade intelectual. Exatamente o oposto acontece quando se conhecem as coisas em detalhes e dentro do seu contexto, pois ao termos acesso a estrutura geral, se poder alcanar outros conceitos relacionados, extasiando-se no prazer do conhecimento de tal estrutura. Portanto, ao estudar um conceito, se deve conhecer a verdadeira posio que ocupa o mesmo, dentro da sua estrutura geral. Ou seja, ao se analisar a totalidade da existncia, tanto o perceptvel quanto o que se capta por meio da razo, que geralmente conforma a totalidade do imaginvel, verifica-se que no uma nica espcie e de um nvel nico mas vrias e inmeras categorias, tambm como so muitos e diferentes os princpios e leis que controlam tudo o que nos obriga a discriminar as diversas categorias de forma racional para compreende-las em sua real dimenso e de acordo com seus princpios bsicos. No entanto, existem oito diferenas bsicas em cada categoria as quais devem discriminar espcies, a fim de compreender a natureza do conceito. So as seguintes: O todo e as partes; o geral e o particular, a causa e o efeito e o conceito mesmo e suas caractersticas associadas. O que em princpio preciso saber sobre algo especfico, se ele um todo ou s uma parte, uma causa ou um efeito, um objeto ou uma propriedade do mesmo. E de acordo com a sua definio poderiam se reconhecer os elementos necessrios para uma compreenso abrangente e uma viso detalhada. Se fosse uma parte, dever-se-ia investigar o todo a que pertence. Tratada algo direto, sua generalidade foi investigada; se um efeito, a sua causa procurada e vice-versa, se uma caracterstica associada, se investigaria sua essncia. Deve tambm, investigar o tipo de recursos que tm: se anterior, contnua ou acompanha o objeto; se intrinsecamente ligado ao mesmo ou de forma acidental se, se trata de potncia ou de fato. Estas distines so essenciais para uma viso completa das coisas. Acima de tudo, analisar a natureza das coisas para determinar se est ante algo absoluto ou limitado; e ser obrigado a investigar os seus limites. Pois todo conceito real torna-se falso se refere a uma idia estranha a ele. Ou se o leva para fora de contexto. No entanto, necessrio saber que existem inmeros detalhes a serem contidos pela mente humana e impossvel conhece-los na sua totalidade. Mas o que apropriado para tentar alcanar o conhecimento de conceitos gerais, pois cada generalidade contm implcitos numerosos detalhes e para conseguir uma dessas generalidades, automaticamente ir reconhecer uma grande quantidade de fragmentos ou detalhes. E enquanto ainda no tenha distinguido ou no reconheceu como pertencentes a uma estrutura particular, ao apresentar-lhes, poder reconhecer imediatamente como os componentes identificados do todo a que pertencem. E assim o expressaram Nossos Sbios da BM: "As palavras da Tor devers discrimin-las em princpios e detalhes especficos " (Sifre Haazinu 32-2). No entanto, deve colocar o mximo de cuidado em saber os conceitos gerais em todas as suas reas e aspectos, mesmo as coisas que a princpio aparecem como suprfluas devem ser preservadas, dedicar-lhes ateno e no desdenha-las, como expressam nossos sbios (Sifri Haazinu 32-47): "No h nada pequeno ou grande em uma estrutura que no se reflita em seus componentes; e o que no relevante para certos detalhes, geram muitas outras particularidades. E sendo a estrutura quem contm tudo, deve necessariamente, possuir todos os requisitos de cada detalhe. Portanto, voc deve ser extremamente cuidadoso e analisar os conceitos, suas relaes e derivados em detalhes e cuidadosamente distinguir seu desenvolvimento e projeo, como eles operam, desde o incio at o fim e s ento vai prosperar em sua tarefa. De acordo com esta introduo, caro leitor, escrever esta pequena obra cuja inteno apresentar a voc os fundamentos bsicos da f e do servio a Deus, para que voc possa interpret-los corretamente e serem gravados em sua mente corretamente, sem ambiguidades e confuses. E apresentar as suas razes e ramificaes segundo (diferentes) nveis da forma mais clara possvel, para que voc possa assimil-los intelectualmente da melhor maneira. E a partir deste conhecimento vai facilitar a descoberta do pensamento de Deus nas diferentes reas da Tor e seus comentrios e vai perceber seus segredos de acordo com a bno que Deus lhe prover. Alm disso, tente organizar os conceitos de forma que mais o considere conveniente e, usar a linguagem mais apropriada, para lhe fornecer uma imagem clara das idias que acabo de expor. Portanto, voc deve agora tambm analisar tudo isso de forma cuidadosa e mant-lo da forma mais positiva para encontrar o momento em que lhe pode ser til. E voc no deve negligenciar nenhum detalhe, porque dessa forma, no descuidar de conceitos vitais. Examinar cuidadosamente as expresses, tentando entender o seu significado real e obter deles, toda a sua mensagem e assim encontrar uma profunda satisfao. Chamei este livro "O Caminho de Deus" (Derech Hashem), como formado pelos caminhos que Deus revelou a Seus profetas e nos manifestou em sua Tora e com eles nos orienta e direciona todas as suas criaturas. O dividi em quatro sees. A primeira desenvolve as bases gerais da existncia em seus detalhes. A segunda seo fala sobre a Divina Providncia; a terceira sobre a profecia e a quarta sobe o servio de Deus. E voc, irmo, que busca a Deus, dirija-se por esses caminhos e o Todo-Poderoso estar ao seu lado e lhe dar olhos para ver e ouvidos para ouvir as maravilhas da sua Tor. Amen. Que assim seja.Derech Hashem / Sec.l Cap.l 9 SECO I Captulo 1 O CRIADOR ABENOADO SEJA1] Todo judeu deve acreditar e entender que existe um Ser primordial, infinito e eterno, Quem criou tudo o que existe e continua sustentando. Ele Deus. 2] Tambm deve saber que a real existncia de Deus no pode ser alcanada, a no ser por Ele mesmo. O nico que sabemos sobre Ele que perfeito na expresso mxima e no tem qualquer deficincia concebvel. Estes conceitos, nos foram passados ??por uma tradio que remonta aos nossos Patriarcas e Profetas. E o percebeu todo o povo judeu no Monte Sinai, onde conceberam a sua verdadeira natureza. E instruiram seus filhos, gerao aps gerao, at o dia de hoje. E assim o instruu nosso patriarca Moiss, de abenoada a, em nome de Deus: "tome cuidado para no esquecer as coisas que os teus olhos viram... e as far conhecer a seus filhos e os filhos de seus filhos" (Deuter. 4 - 9). No entanto, estes conceitos podem ser verificados a partir da lgica e demonstrados comprovadamente. Esta verdade facilmente verificvel com a observao da natureza e seus fenmenos, a partir da perspectiva de diferentes disciplinas cientficas como a fsica, a astronomia, etc, que obtemos certos princpios que nos ajudam a alcanar uma clara evidncia desta verdade. Espero que no nos espraiarremos sobre este particular mas que exponhamos princpios concretos e os apresentaremos segundo a Tradio ancestral, amplamente reconhecida em nossa nao.3] Tambm deve saber que a existncia de Deus imperativa e absolutamente impossvel sem a sua presena, qualquer realidade.4] Tambm devemos saber que a Sua existncia, Bendito Seja, no depende de qualquer fator exgeno, mas intrinsecamente imperativa.5] Em tambm necessrio saber que a existncia de Deus essencialmente simples, sem acrscimos ou estrutura adicional e toda a perfeio se faz implcita nEle de uma forma absolutamente simples. Ou seja (para entender isso atravs de um exemplo), a mente humana tem poderes diferentes, a cada uma das quais lhes compete uma rea especfica de ao. Por exemplo a memria, a vontade, a imaginao so faculdades diferentes e nenhuma delas invade o territrio da outra. Pois a memria, por exemplo, tem um domnio e a vontade outro e no penetra na rea da memria, bem como aquela no o faz na rea da vontade; e assim actuan todas as outras capacidades humanas. Mas Deus, Bendito Seja, no tem faculdades diferenciadas; e embora existam nEle qualidades que nos seres humanos so claramente diferenciadas, pois Ele tem vontade, tem o conhecimento, o poder e perfeito no mais alto grau concebvel. Mas a verdadeira natureza de Sua existncia inclui, por definio, toda a perfeio possvel. Ou seja, possui a perfeio no como algoxterno a Sua existncia, mas como parte integral do Seu ser, cuja essncia inclui todo tipo de perfeio; sendo impossvel que Sua existncia no inclua implicitamente a perfeio. Na verdade, essa idia est muito distante de nossa compreenso e imaginao e praticente impossvel encontrar a forma de express-la, convert-la em palavras; porque o nosso intelecto e nossa imaginao concebem exclusivamente conceitos definidos dentro dos limites da natureza criada por Deus, que tudo o que os nossos sentidos captar e transmitim mente. Mas nas criaturas, os conceitos se multiplicam e diferem uns dos outros (o que os impede de conceber conceitos diferentes em uma essncia intrinsecamente simples). Com este prlogo, esclarecemos que a existncia Divina real est alm da compreenso humana; e que no podemos inferir aspectos do Criador a partir da observao das demais criaturas, pois a natureza destas e sua essncia absolutamente diferente e no h nenhum paralelismo possvel entre eles. No entanto, este conceito est entre os que podemos entender a partir da tradio original, como citado. Tambm possvel verificar pelo estudo das leis e princpios da natureza, o que impossvel encontrar uma existncia divorciada das leis naturais e seus princpios. tambm impossvel uma existncia sem omisses ou deficincias, sem acrscimos ouomplexidade em sua estrutura, que no se relacione ou compare com as qualidades das outras coisas criadas. Finalmente, Ele a causa final de tudo o que existe e acontece, porque seno a existncia e continuidade de tudo o que ns observamos se tornaria absolutamente impossvel. 6] Entre as coisas, tambm necessrio saber que Deus absolutamente Um. ou seja, impossvel encontrar mais do que um ser cuja existncia seja intrinsecamente imperiosa. S um Ser pode existir com uma natureza essencialmente perfeita e imperativa. E se h outros seres isso possvel pois Ele decidiu sua existncia. E todo o criado depende dEle sem que haja nada, cuja existncia seja intrinsecamente independente. Podemos deduzir de tudo o que foi dito, seis princpios bsicos, a saber: A verdade da Sua existncia, Bendita Seja. Sua perfeio. O imperativo de Sua existncia. Sua independncia absoluta. Sua simplicidade. Sua unicidade.Captulo 2 O PROPSITO DA CRIAO1] A inteno Divina na criao do mundo foi projetar Sua bondade nas criaturas. Deus, por si s, a perfeio total e absoluta, livre de quaisquer deficincias, no havendo qualquer perfeio comparvel a Ele. E portanto, qualquer perfeio imaginvel fora da perfeio de Deus no uma perfeio real; mas chamada perfeio em relao a algo inferior a entanto, a perfeio absoluta existe somente em Deus. Por isso, ao ser a vontade de Deus irradiar o bem, no Lhe suficiente benefciar de forma parcial mas proporciona o bem na maior medida que seja possvel para as criaturas receberem. E j que Ele o nico Deus verdadeiro no se preenche Sua vontade de beneficiar, mas para proporcionar o bem mais perfeito e real que existe intrinsecamente em Sua essncia Divina.Alm disso, este bem no pode existir seno nEle e portanto, Sua inteligncia determinou que a natureza deste verdadeiro benefcio exista na capacidade das criaturas de se relacionar com Ele, Bendito Seja, na medida em que lhes seja possvel faz-lo; e ento, tudo aquilo que pela prpria natureza humana no lhe seja possvel alcanar da perfeio Divina, podero faz-lo ao se relacionar com Deus, na medida em que tal aproximao permita o acesso a tal perfeio. E podero aproveitar do bem real na medida em que seja possvel desfrut-lo. Em ltima anlise, o objetivo de todo o existente foi criar aquilo que possa desfrutar do Seu bem, da forma que o possvel e ao faz-lo.2] A Inteligncia Divina determinou que para este bem seja perfeito quem o receba deve ser digno dele, ou seja, o verdadeiro destinatrio do bem e no um associado acidental do mesmo. Neste ponto, podemos ver certa emulao, na medida em que esta pode, de perfeio Divina [no entanto, apenas uma semelhana distante]. Pois em Deus, Bendito Seja, h a perfeio real no como algo acidental, mas como inerente sua prpria natureza e isenta de qualquer deficincia. Entretanto, isso no possvel encontr-lo, seno exclusivamente em Deus, cuja essncia a perfeio livre de qualquer defeito. No entanto, para emular isso mesmo que de forma parcial, o homem deve ganhar uma perfeio [que sua essncia no requer] e evitar deficincias naurales no seu ser. Portanto, Deus instituiu e determinou a criao de conceitos perfeio e fraquezas e o de uma criatura governada por ambos os conceitos. E se proporcioaria a tal criatura os elementos necessrios para alcanar a perfeio e evitar os defeitos; e, ento, pode-se afirmar que esta criatura imitou a Deus, na medida em que lhe possvel faze-lo e portanto se fez merecedora de se agregar a Ele e benefciar-se de Sua misericrdia. 3] Isso significa que a perfeio adquirida pelo homem ao emular a conduta divina o conduz ao apego a Deus. Alm disso, tal emulao da atitude de Deus levar a um apego crescente a Ele, o que acabar por transformar a imitao da conduta Divino e o apego a Deus na mesma condio. A razo disso que ao ser Deus a essncia da verdadeira perfeio, como citado, qualquer perfeio existente est relacionada com Ele como os ramos o fazem com a sua raiz; e ainda que no alcancem a perfeio absoluta, so considerados uma derivao e uma consequncia disso. Para entender isso, devemos assumir que a verdadeira perfeio a essncia Divina. E qualquer deficincia apenas a ausncia de Seu bem, ocultao de Sua presena. Assim, em Sua proximidade e Sua iluminao encontramos a fonte e origem de toda perfeio existente no encubrimento de Sua presena a causa da imperfeio, cujo grau de deficincia depende diretamente do grau de ocultao da Divindade. Portanto, esta criatura (o homem), que se situa entre a perfeio e imperfeio [Produto da iluminao ou a ocultao da presena Di], ao se esforar por adquirir tal perfeio se apega a Ele, Bendito Seja, que a fonte e a origem da mesma. E na medida que adquira mais elementos de perfeio, maior ser sua proximidade e seu envolvimento com Deus. E, finalmente, para atingir o objectivo e meta final da perfeio, tambm alcanou o apego total e absoluto a Deus; o dito apego a Divindade vai lhe dar o prazer de Seu bem e se aperfeioar nele at se tornar ele mesmo em possuidor do bem e perfeio.4] Para que isso seja possvel, que existam tais conceitos de perfeio e deficincia, bem como uma criatura do tipo acima, que reuna as caractersticas requeridas, isto , a possibilidade de acessar ambos os conceitos e a capacidade de controla-los, que adquira a perfeio e evite as deficincias lacunas e possua os meios para atingir esse objectivo, ou seja, para adquirir a perfeio citada, so muitos e diferentes os elementos a serem reunidos, os quais interagem de formas complexas, a fim de possibilitar-lhe alcanar seu objetivo final. Mas essa criatura, destinada a alcanar uma condio to elevada, ou seja, o apego a Deus, Bendito Seja o Seu nome, ser considerada o elemento fundamental da criao, tanto que o demais existe no sero seno uma assistncia, de certa forma, para que a dita criao exista e prospere em seu objetivo. Assim, se consideram todas essas criaes-secundrias criatura fundamental. 5] Esta criatura primria e essencial o homem. Cada outra coisa criada, tanto superiores como inferiores a ele, no existem seno por ele, para complementar seu ambiente atravs dos diferentes recursos necessrios para a sua existncia, como o desenvolveremos mais adiante em detalhes, com a ajuda de Deus. O intelecto e as virtudes so os elementos atravs dos quais o homem pode alcanar a perfeio, enquanto que o materialismo e ms inclinaes envolvem deficincias citadas entre os quais o homem se encontra, para alcanar? dali mesmo? a perfeio.Captulo 3 O GNERO HUMANO 1] J citamos que o homem a criatura criada com o objetivo de alcanar um maior grau de proximidade com Deus; se move entre perfeio e deficincia, porm com a capacidade de adquirir a perfeio. No entanto, esta escolha deve ser realizada de forma voluntria e total livre-arbtrio, por ser forado em suas atitudes a escolher a perfeio, no se consideraria realmente possuidor da mesma e o propsito divino da criao no se veria realizado. Portanto, necessariamente, o alcance da perfeio deve ser deixado a sua escolha pessoal, tendo um equilbrio em suas inclinaes para ambos os poderes e a capacidade de escolha, para eleger voluntria e racionalmente, aquilo que decida, assim como a capacidade de adquiri-lo. Devido a isto, este homem foi dotado, desde a sua criao, com foras do bem e outras do mal (Yetzer Hatov e Yetzer Har) e poder de inclinar-se para o que escolher. 2] Para que esse objeto seja plenamente realizado, decidiu Sua infinita inteligncia que o homem seja constitudo de dois elementos antagnicos, ou seja, de uma alma pura e espiritual e um corpo material e terreno. E cada um destes elementos impolsiona o homem em direo sua prpria natureza; ou seja, o corpo empurra para o materialismo enquanto a alma o conduz em direo ao espiritual. Estes dois elementos esto em constante estado de enfrentamento de forma que prevalea a alma no s ela se eleva, mas tambm o mesmo corpo o fazz com ela e tal pessoa est destinada a atingir a perfeio. Mas se o homem permite que a matria a supere, se degrada seu corpo denegrindo a alma junto com ele; por tal, essa pessoa ser considerada indigna de perfeio e divorciado da divindade, Deus no o permita. Esta dentro da capacidade humana, portanto, submeter seu fsico a sua alma e ao seu intelecto e, assim, adquirir a perfeio.3] A Suprema Inteligncia decretou que tal esforo, destinado a alcanar a perfeio, limitado. E ao complementar tal perodo de esforo, atinja seu nvel de perfeio e se extasie em sua satisfao eterna. Para isso lhe foram instituidos dois momentos diferentes, um destinado ao trabalho pessoal e outro para receber sua recompensa. No entanto, as condies de tal recompensa so extremamente superiores. Pois entanto, que o perodo de esforo pessoal tem um lapso limitado, que, a mesma Inteligncia Divina estipulou como o apropriado para ele, a recompensa no tem limites, o homem continua regosijando-se na perfeio alcanada por ele pela eternidade. 4] Uma vez que estes dois perodos, o de preparao e o das recompensas so diferentes, tambm apropriado que o meio-ambiente e as experincias de ambos so diferentes. Pois o perodo que conduz perfeio deve reunir os elementos necessrios que facilitem este esforo. Isto significa que deve imperativamente existir o antagonismo entre corpo e esprito, como acima mencionado, sem que exista nada que possa impedir a matria de prevalecer nesta disputa, como tampouco deve haver nada para impedir ao intelecto que supere ao fsico e govern-lo na medida adequada. Tampouco deve existir nada que d ao corpo ou ao intelecto a possibilidade de se superar sobre a medida apropriada. E embora aparentemente fosse isto um elemento positivo (a maior capacidade do intelecto), porm de acordo com a inteno original e o propsito na criao do homem, que a realizao da perfeio atravs de seu esforo no em absoluto positiva. Durante o o de recompensa, no entanto, exatamente o oposto ser o apropriado. Pois o prevalecimiento do fsico durante esse lapso apenas implicaria obscuridade e impediria que a alma se adira a Deus, Bendito Seja. Por isso, o adequado que ento s governe o esprito e a matria se submeta a ele totalmente de maneira que no o obstaculize em absoluto. Pela mesma razo, o Todo-Poderoso criou dois mundos, neste mundo (Olam Haze) e o mundo por vir (Olam HaBd). Este mundo, com a natureza e as leis que o necessrias para o perodo de preparao do homem. E o mundo vindouro com seu prprio lugar e as suas prprias regras, ou seja, aqueles apropriadas para o momento da recompensa.5] H outra coisa que necessrio saber. O ser humano, originalmente, no era como o podemos ver hoje em dia, porque se altera radicalmente sua constituio e a do mundo a partir do pecado original do homem. No entanto, esta alterao e suas muitas implicaes, sero desenvolvidas mais adiante neste trabalho. Assim, falar do homem e analisar o sua temtica tem um duplo aspecto. Ento, podemos falar dele e suas caractersticas a partir de uma perspectiva anterior ao pecado, e de outra, posterior a este. Como j esclareceremos, com a ajuda de Deus. 6] Ado, o primeiro homem, ao ser criado estava no estado que citamos at agora; ou seja, estava constituido de dois elementos antagnicos, o fsico e o espiritual, como j o expressamos. Seu meio foi criado com o bem e o mal, e ele estava em uma situao de equilbrio ante eles, com a possibilidade de escolher ao qual inclinar-se. A desiso adequada seria escolher o bem, fazendo o seu esprito prevalecer sobre o corpo e o intelecto sobre a sua paixo, e ento, houvesse atingido imediatamente a perfeio gozando-a pela eternidade.7] Normalmente pensamos que a alma existe apenas para dar vida ao corpo e a capacidade de raciocinar e essa toda a sua funo. No entanto, entre suas funes est tambm para purificar a matria e elev-la permanentemente, at que ele mesmo possa acompanharla no prazer da perfeio. Se isso tivesse sido alcanado pelo primeiro homem de no ter pecado, cuja alma houvesse purificado seu corpo gradualmente at alcanar a medida de pureza necessria para desfrutar do prazer eterno. 8] Quando Ado pecou, as coisas alteraram-se radicalmente. As deficincias na criao original, eram as necessrias para que o homem se encontrasse na situao de equilbrio que citamos e tivesse a possbilidade de atingir perfeio com seu prprio esforo. No entanto, com o pecado, se incrementou o mal, no prprio homem e em toda a criao e, portanto, o processo de perfeio se cumpriu ainda mais. Isto significa: Originalmente, lhe era simples superar suas deficincias naturais e alcanar a perfeio; pois assim o havia determinado a Inteligncia Suprema em funo do correto e o bom. J que todo o motivo para a existncia do mal no homem era a prpria determinao Divina de que assim fosse criado e ao transcender o mal que o limitava a se inclinar para o bem, imediatamente se dissociaria de suas falhas e adquiriria a perfeio. Agora, ao pecar, e por meio do pecado fazer que a perfeio se oculte ainda mais, aumentou o mal, ele mesmo foi o causador de seu prprio mal. J no ser to fcil evadir seus defeitos e alcanar a perfeio. E, claro, necessariamente, o esforo necessrio para alcanar a perfeio multiplido, porque, em princpio, necessidade de retornar ao estado original, anterior ao pecado e, posteriormente, ser capaz de se superar para chegar ao estado de perfeio destinado para o homem. 9] Alm disso, decretou a justia Divina que tanto o homem como o mundo, j no pudessem alcanar a perfeio em sua forma degenerada; isto , na forma atual em que se incrementou o mal. E agora, o imperiosamente o homem tem que morrer assim como cada elemento criado e que se perverteu com ele. A alma iimpossibilitada de purificar ao corpo, enquanto este no falea e se decomponha e s ento poder, ao ser reconstrudo o corpo, introduzir-se novamente nele e purific-lo. Tambm todo o mundo perder sua forma atual e, posteriormente , adotar outra diferente apta para a perfeio. Por isso, foi decretado que o homem morra e retorne vida na poca da resurreio; e o mundo se destrua e posteriormente se renove, como o expressaram Nossos Sbios de abenoada memria: "Seis mil anos existir o mundo e por mil anos permanecer destrudo, ao finazarem-se estes mil anos Ds voltar a reconstru-lo". (Sindrio Tal 97).10] De acordo com este princpio, a era de recompensa verdadeira? aquela que citamos mais acima - e o seu lugar, acontecero aps a ressurreio, no mundo renovado; ali o homem poder obter satisfao plena, fsica e espiritual ao dispor de um corpo purificado por sua alma e preparado por ela para desfrutar de tal bem. Mas ali as pessoas sero classificadas em diferentes nveis, que variam segundo a perfeio alcanada neste mundo de preparao e esforo. E em funo de tal nvel, a prpria alma irradiar no corpo, piflcando-o e causando que ambos alcancem a excelncia e elevao, tornando-se dignos de alcanarem proximidade de Deus Todo-Poderoso iluminarem-se de Sua luz e desfrutarem do verdadeiro bem. 11] Agora, ao ser decretada a morte sobre o homem, como citamos, dever portanto tal conjuno do corpo e alma, separar-se em determinado perodo para novamente voltarem a reunirem-se. Mesmo durante este perodo de separao, dever ser o local que aloje cada um destes elementos o apropriado para esta dissociao. O corpo deve retornar ao seu elemento bsico, decompondo sua figura, pois do p foi criado e a ele deve retornar como se expressa o prprio Deus: "Porque s p e ao p retornars" (Gnesis 3). Mas a alma, ameritada por suas aes, s resta esperar at que o corpo cumpra com o processo que lhe foi previsto, , ou seja, a decomposio em primeiro lugar, permanecendo na terra o perodo correspondente at a posterior reconstruo, aps o qual entra novamente nele. Mas ela deve encontrar um lugar onde estar durante essa transio. E, para isso, foi criado o mundo das almas, em que as almas puras entram depois de abandonar o corpo e permanecem ali, no repouso, enquanto o corpo recebe o julgamento merecido. E durante todo esse periodo essas almas desfrutam de uma elevao e prazer sublimes, semelhante ao que recebero posteriormente no perodo da recompensa verdadeira, como j citado acima. Pois mesmo o seu nvel no mundo das almas medido em funo do comportamento mantido, j que de acordo com suas aes tambm ser catalogada sua recompensa posterior em seu tempo. Mas a perfeio real, aquela destinada a quem a merea, no ser alcanada pelo corpo nem taopouco pela alma de forma independente, mas ao se reunir novamente no momento da ressurreio.12] O mundo das almas, no apenas o seu local de permanncia durante o perodo de transio at a ressurreio, mas envolve um grande benefcio para as mesmas almas e tambm para o corpo, bem como para as suas necessidades no momento da ressurreio. Quero dizer, foi decretado ao homem no alcanar sua perfeio seno aps a morte, mesmo que em vida tenha merecido possuir tal perfeio. Pois exclusivamente sua passagem por este mundo lhe permitir adquiri-la. Mas, como resultado deste decreto, enquanto que a alma permanece unida ao corpo, que est impregnado do mal deste mundo e do qual no pode desprender-se totalmente, ela tambm permanecer na obscuridade e nas trevas. E mesmo atravs das boas aes feitas pelo homem, ela tambm adquire excelncia e perfeio, isso no pe ser expresso. A alma no pode refletir o brilho digno da excelncia alcanada; essa permanecer oculta em sua essncia at que lhe chegue o momento de sua revelao. Esta restrio no atrbuida em absoluto a prpria alma, mas ao corpo que se prejudica a si mesmo, no podendo receber durante este perodo fsico a pureza que poderia receber. Mas tambm a alma sofre um prejuzo, porque ela est presa e no pode irradiar sua luz. Alm disso, no pode realizar a purificao do corpo, que ao que foi destinada. Se pudesse materializar essa purificao alcanaria uma perfeio muito alta com esse ato. Pois ele significa beneficiar e brindar perfeio aos demais. Alm disso, essa ao a apropriada de acordo com a essncia e a natureza da alma, porque para ela foi criada e as criaturas alcanam a perfeio quando agem de acordo com o que lhe foi confiado pelo Criador e carecem de perfeio, quando se comportam de forma diferente.A alma ao deixar o corpo e se dirigir ao mundo das almas, onde poder se expressar e refulgir em todo o esplendor que merea possir de acordo com seus atos e o que alcanou durante sua unio com o corpo no mundo fsico . E no tempo que permanea no mundo das almas, recobrar a energia perdida estando associada ao corpo e se prepara para o momento da ressurreio; de modo que ao retornar ao corpo no momento pertinente, poder cumprir com a funo para a qual foi qualificada, ou seja, a perfeio a que j nos referimos. 13] Mas devemos saber que, mesmo agora, ao entrar a alma neste corpo transitrio, mesmo que no adquira a perfeio com as suas aces, devido sua perfeio e brilho intrnse deveria levar o corpo a um tal grau de perfeio que transcenda as fronteiras humanas. No entanto, o decreto Divino a limita restringindo seu poder e diminuindo seu brilho, de modo a no materialize tal perfeio no homem. Permanecer no corpo na medida necessria de acordo com o planejamento Divino e agindo sobre o corpo na medida requerida e desejada pela Inteligncia Divina. E de acordo com as boas aes que executa, deveria expressar-se e brilhar como j citamos. E, em seguida, o corpo obteria a purificao. Mas o decreto Divino que mais acima desenvolvemos no permite isso, seno no mundo das almas. Agora, ao voltar ao corpo depois da ressurreio, no ser restrita ou impedida, mas penetra em toda a sua glria e todo o seu poder e imediatamente o purifica extraordinariamente; e j no exigir um crescimento gradual, como o que necessitam as crianas hoje, mas imediatamente o purifica e o ilumina em toda sua plenitude. No entanto, isso no impedir que o corpo e alma experimentem juntos elevaes sucessivas. Apenas que ao entrar a alma no corpo, o homem vai se tornar um ser superior e exaltado e seu corpo receber imediatamente uma purificao inicial com a qual transcender as imperfeies da sua primeira vida. O grau desta purificao depende das boas aes que fez e colocou no nvel adequado para ocupar aqueles que se xtasiam em perfeio. Posteriormente, ambos experimentam elevaes sucessivas de acordo com o que corresponda a algum que tenha chegado a esse nvel.Captulo 4 A RESPONSABILIDADE HUMANA1] Na condio humana neste mundo podem ser distinguidos dois elementos. O primeiro, as caractersticas humanas e tudo o que faz a sua prpria estrutura e composio. Em segundo lugar, o meio em que est inserido e tudo o que est associado a este meio.2] Quanto sua prpria estrutura, j citamos os dois elementos antagnicos que o compem, a alma e o corpo. No entanto, podemos ver que o assunto dominante no homem e sua influncia extremamente poderosa. Quando o homem nasce, uma entidade completamente fsico no qual a mente tem uma infima influncia; ao ir crescendo, sua mente ir adquirir maior influncia, dependendo em cada caso, da natureza individual. De qualquer forma, o assunto continua a domin-lo e o vai atrair para ela e somente se cresce intelectualmente e cultive sua capacidade racional poder superar e controlar suas inclinaes fsicas sem dar vazo a seus instintos, fortalecendo-se para agir de acordo com os ditames da sua razo. Mas a idia implcita neste conceito aparente a seguinte: Na existncia mesma da matria e sua prpria natureza a escurido. Esta uma realidade extremamente distante e oposta a que realmente deve ser para aqueles prximos a Deus e que se apegam a Sua santidade. A mesma alma, embora em sua prpria natureza seja pura e elevada, ao entrar no corpo fsico e se envolver com ele, se divorcia da sua natureza e influenciada e conduzida para o elemento oposto - a matria que a obriga poderosamente e no poder ser separada dele, ao menos que exera uma fora ainda maior do que a dele. E, sendo que decretou Deus que esta combinao de alma e corpo no se dissocie jamais; ou seja, a separao que provoca a morte apenas temporria, at que se produza a ressurreio com a que retorna ao corpo e ambos permanecero unidos pela etemidade. Portanto, a alma deve necessariamente aumentar sua capacidade e se esforar por isso, paulatinamente, enfraquecer o poder da matria fsica e fazer que o prprio corpo se eleve com ela e se ilumine com a luz superior e j no seja a alma que deva se denegrir e se obscurecer no corpo como no incio. Mas o homem neste mundo est em um estado em que a matria predomina. E sendo que o assunto escuro e sombrio, o mesmo homem est em uma grande escurido e extremamente distante do seu objetivo real, apegar-se ao Senhor, Bendito Seja. E, para ali e para onde direcionar seus esforos de sobrepor sua alma s inclicaes fsicas e melhorar sua condio, de modo que gradualmente v subindo at alcanar o nvel que lhe corresponde. 3] O meio em que est inserido e tudo aquilo relacionado a ele obscuro e mundano; portanto, a atividade do homem no pode ser seno uma atividade fsica e mundana, porque a sua prpria natureza e constituio o levam a isso. O homem no pode parar de comer, beber e outras necessidades naturais, tambm no pode carecer de propriedades e/ou recursos materiais que lhe permitam satisfazer tais necessidades. Ou seja, tanto devido ao seu corpo como ao seu ambiente e suas atividades, o homem est imerso no materialismo e afundado na escurido deste e requer um grande esforo para superar este estado, que o levam suas necessidades fsicas.4] No profundo planejamento que a Inteligncia Divina projetou, afirma que, mesmo o homem estando imerso necessariamente no materialismo, possa da mesma matria e atravs de suas atividades fsicas alcanar a perfeio e se elevar at a pureza e a excelncia. Mais ainda, seu declnio se tornar em elevao e dali alcanar a excelncia e a honra incomparveis ao converter a escurido em luz e sombras em claridade. Isso resultado de que Deus imps limites e circunscreveu ao objetivo desejado a utilizao que o homem pode fazer do mundo e de suas criaturas. Quando o homem permanece dentro dos limites, a ordem e o propsito imposto por Deus, Bendito Seja, suas mesmas atividades mundanas geram perfeio e materializam no homem perfeio e uma grande excelncia, fazendo-o transcender seu estado indgno, elevando-se dele. A Inteligncia Divina pesou todos aqueles defeitos intrnsecos na natureza humana ante todas aquelas coisas sublimes e elevadas que se requer para alcanar a proximidade de Deus e desfrutar Seu bem e estabeleceu alguma ordem e restries que ao serem observadas incorporam nele tudo aquilo que precisa para alcanar a verdadeira excelncia e separam dele aquilo que o distancie do apego a Deus. Mas, se no existisse o decreto de morte, todas essas aes potencializariam a alma e enfraqueceriam a escurido que governa o corpo, purificando-o completamente e assim, ambos se elevarian at as cercanias Deus. Mas por causa desse decreto, tudo isso no pode acontecer imediatamente; no entanto, a alma se eleva a si mesma e o corpo experimenta uma purificao potencial, apesar da mesma no se materializar, levando o homem a um estado de perfeio potencial que, no momento certo para ser expressa.5] Todos estes padres e restries so os preceitos Divinos, preceitos positivos e as proibies. Cada um destes preceitos est destinado a se incorporar no homem e educ-lo em algum dos nveis da verdadeira excelncia e suprimir as deficiencias e escurido que se alojam nele. Isso feito com o cumprimiento desses preceitos positivos e absteno das proibies. Portanto, a estrutura desses preceitos, bem como os detalhes de cada um deles, est baseado nos verdadeiros aspectos do carter e da natureza humana, bem como nas necessidades que tem de alcanar a verdadeira perfeio. E a Inteligncia Divina, ciente de tudo isso, assim como a verdadeira natureza e propsito das criaturas, os analisou a todas e incluiu todas essas necessidades nos preceitos encomendados pela Tor, como est escrito: "E Deus nos deu cumprir todas as leis ... para nosso benefcio ... "(Deuteronmio 06:24).6] O fundamento de todo o servio religioso, portanto, a aproximao constante do homem com Deus. Voc deve entender e assumir que foi criado exclusivamente para se apegar a Deus e no foi colocado neste mundo, seno para dominar as suas paixes e submeter sua vontade vontade divina, com o poder de seu intelecto. Deve se opor a seus desejos e inclinaes materiais e direcionar seu comportamento em direo a esse objetivo sem se desviar dele. 7] O comportamento humano pode ser dividido em duas categorias: Primeiro, aquele que leva a cabo pois lhe foi encomendado. Segundo, o que faz devido s suas necessidades. Ou seja, a primeira categoria inclui todos os preceitos divinos, enquanto a segunda, tudo o que a pessoa realiza para satisfazer suas necessidades pessoais. O objetivo dos preceitos, como j discutimos, realizar o encomendado por Deus e cumprir com sua vontade. Ao fazer isso, satisfaz a vontade divina de duas formas inter-relacionadas. Isto , em princpio, cumpre com a vontade de Deus para fazer o que Ele lhe confiou. Segundo, com esta atitude adquire certo grau de perfeio derivado diretamente desse preceito. Assim, se cumpre a vontade de Deus que deseja que o homem se aperfeioe e alcane a satisfao em Deus, Bendito Seja. Para isso, o uso que o homem faz do mundo deve circunscrever-se ao que a vontade de Deus dispe, ou seja, deve evitar tudo aquilo proibido por Deus. Apenas deve motiv-lo o que ajuda ao cuidado de seu corpo e preservar a sua sade e no a mera satisfao de suas necessidades fsicas e os seus desejos mundanos. Tudo isso servir de preparao para o corpo, para que a alma possa us-lo para o servio de Deus e no se torne um obstculo ao no estar preparado e estar fraco. Quando a pessoa utiliza o mundo desta forma, ele mesmo se convertir a ser um ato de perfeio e o ajudar a adquirir a verdadeira perfeio assim como o permitem os preceitos divinos; porque tambm isso um preceito para ns, cuidar adequadamente de nosso corpo, para assim podermos servir a Deus. E ao nos servirmos do mundo com essa inteno e, para isso, em funo de nossas necessidades, nos elevamos a ns mesmos e ao nosso prprio meio se eleva ao permitir ao homem que sirva a Deus. 8] Uma das coisas que o homem deve fortalecer em si mesmo, o amor e o temor por seu Criador. Deve considerar a grandeza e a infinitude divinas ante a insignificncia do homem e, portanto, submeter-se a Ele, Bendito Seja e, se envergonhar diante de Sua majestade e s desejar e ambicionar servir ante Ele, para assim se exaltar em Seu louvor e se elevar em Sua glria. Pois estes so meios poderosos que conseguem aproximar o homem ao Seu Criador, que purificar a obscuridade da matria e permitem que irradie a luz da sua alma e fazem que o homem suba gradualmente at alcanar as proximidades de Deus. 9] Mas Deus nos deu um instrumento cuja capacidade est acima de qualquer outro meio que nos aproxima a Ele. O estudo da Tor; Isso tem dois aspectos: um, o prprio estudo da Tor e segundo a sua compreenso. Deus, em Seu amor pelo homem, redigiu um volume expressando sua inteligncia e nos entregou. Este trabalho a Tor e a ela, a continuam as palavras dos profetas cuja particularidade a de lhe dar a aqueles que a estude com pureza e santidade e com real inteno proposta por Deus, que o cumprimento de Sua vontade, uma elevada excelncia e grande perfeio. Tambm quem se esfora na compreenso da Tor, tanto por meio de seu intelecto quanto atravs das explicaes, adquirir, de acordo com o seu esforo pessoal, um maior grau de compreenso. Mas, mesmo se consiga assimilar os segredos e profundidades da Tor, cuja finalidade instaurar e fortalecer na alma os mais altos nveis de perfeio. E em todas essas questes, no s o homem que adquire para si a perfeio, mas que mesmo o seu ambiente se eleva se aperfeioa. Isto particularmente verdadeiro no caso do estudo da Tor.10] Os diferentes estados que afetam ao homem, desde sua obscuridade at sua luminosidade, so resultado da presena da luz divina nele, ou a ausncia dela. Pois ao iluminar Deus, com Sua luz infinita, aumenta a pureza e a perfeio dos que recebem essa iluminao, de acordo com o grau de intensidade com que essa se expresse. E o oposto ocorrer ao se encobrir Sua luz. Deus, Bendito Seja ilumina permanentemente que se aproxima dele; portanto, a ausncia do bem para o homem no se origina nEle mas da falta de aproximao do mesmo homem em direo a Deus. Ele o homem que se priva a si mesmo e no Deus que o rechaa. E determinou sua inteligncia suprema, que aquele que observa os preceitos que Ele nos deu, com cada uma dessas atitudes poder paulatinamente ir alcanando categorias superiores aproximao a Deus; A isto tambm lhe corresponde a uma iluminao divina crescente que implica um grau paralelo de perfeio. O oposto ocorre com as transgresses. Cada aco proibida que o homem faa, Deus no o permita, o distancia at certo ponto, de Deus e isso ir causar uma certa ausncia da luz emanada dEle e de Sua presena, o que resultar em um grau correspondente de imperfeio do homem.11] Obtemos todo o exposto anteriormente, que a inteno real dos preceitos aproximar o homem a Deus, para que possa receber a iluminao da Sua presena. E a absteno das transgresses, tm como objetivo, evitar o distanciamento dEle. Este o verdadeiro propsito dos preceitos divinos. No entanto, todas as caractersticas e detalhes dos preceitos, contm um significado profundo, bem como o contm a estrutura humana e a criao em geral, como j citamos acima; e ns extenderemos sobre isso mais adiante em um captulo separado.Captulo 5O REINO ESPIRITUAL1] A criao, em geral, composta basicamente de duas partes: a fsico e a espiritual. Na rea fsica se inclui tudo aquilo que experimentamos atravs dos sentidos e se subdivide em duas partes: a terrenal e astronmica. No plano astronmico, encontramos os planetas, satlites e os demais corpos celestes. No terrenal, est contido tudo o que pertence esfera inferior, ou seja, a terra, a gua, a atmosfera e no geral, qualquer corpo detectvel. Entidades espirituais, so todas as entidades carentes de corpo e as que no podem ser captadas pelos sentidos. Estas se dividem por sua vez, em duas categorias: uma, as almas e a segunda, seres transcendentais. Por alma classificamos aquelas entidades que so destinadas a se juntar a um corpo fsico, o qual se circunscreve totalmente e, com o qual se envolvem ntima e poderosamente. Em ele executar diferentes aes em momentos diferentes. Os seres transcendentais so criaturas espirituais que no se destinam a se associar com um corpo fsico. Tambm eles se dividem em duas categorias diferentes: uma, define aquilo denominado como foras (cohot); a segunda so os anjos. Tambm eles so divididos em vrios e numerosos nveis diferentes e tm leis naturais inerentes sua existncia, dependendo do nvel e da categoria que ocupam. Devido a isso, que podemos classific-los como numerosas classes de uma nica espcie, a espcie angelical. No entanto, existe um tipo de criatura intermediria entre o material eo espiritual. Na verdade, uma entidade que no pode ser apreendida pelos nossos sentidos e no pode ser definida pelos limites fsicos conhecidos e suas leis. Devido a isso que o chamamos, impropriamente, espiritual. No entanto, essencialmente diferente dos anjos embora assemelhando-lhes em determinadas caractersticas. Esta entidade tem seus prprios atributos e limitaes especficas, com base em sua natureza. A qual denominada pelo nome de Shedim (Demnios). Essa classe tambm dividido em diferentes tipos que so classificados pela denominao genrica de Shedim. De todas as coisas existentes, somente a espcie humana se difere por ser consistituida de dois elementos completamente diferentes, a alma espiritual e corpo material, este recurso no encontrvel em nenhuma outra criatura. Aqui voc precisa prestar ateno para no cometer o erro de considerar a este respeito que os animais tm a mesma estrutura humana. Pois, ainda que os animais possuam um esprito vivo, o mesmo uma entidade das mais etreas entre as entidades fsicas, que no pode ser includa dentro do reino espiritual. Alm disso, o homem possue uma entidade similar a esta, devido a sua condio de ser vivo. Mas, alm de este homem possui uma alma transcendental, que uma criao independente, uma entidade completamente diferente do corpo e muito diferente em suas caractersticas. Ela est envolvida com o corpo respondendo a um decreto divino, com o propsito citado nos captulos anteriores. 2] As coisas fsicas so conhecidos por ns, assim como outras leis e propriedades naturais. No entanto, os conceitos espirituais no os podemos descrever concretamente, porque eles esto fora do escopo da nossa imaginao; e sobre eles e suas caractersticas, falaremos de acordo com a tradio que possuimos em nosso poder. Entre os princpios fundamentais que posumos a respeito, que, para cada coisa fsica conhecida no mundo, exixte em cima, como contrapartida, uma entidade espiritual de poder transcendente. Cada entidade ou processo deste mundo espiritual est ligada a tal poder, de acordo com o sistema decretado pela inteligncia divina. Nestas foras superiores esto, portanto, as razes de todas as coisas fsicas que existem neste mundo, sendo as coisas fsicas o resultado e a ramificao desses poderes; e ambos esto intrinsecamente ligados entre si. H um outro princpio na tradio, que nos indica que toda entidade fsica e cada processo est sob a superviso de um certo tipo de anjo. Esses anjos tm a responsabilidade de manter essa existncia ou processo fsico imutveis e produzir as mudanas que xa inteligncia divina determine. 3] A existncia original e todos os estados do universo fsico so emanaes dessas foras espirituais. Tudo o que existe no mundo fsico resultado de uma derivao destas foras transcendentais, tanto o que existe desde o princpio, como o que foi gerado atravs do tempo. Ou seja, a partir da criao destas foras e dos domnios e limites, que lhes foram institudos, foram posteriormente resultando as criaes fsicas, segundo os sistemas que Deus todo-poderoso decretou. E de acordo com as mudanas que experimentaram e experimentam, estas foras trascendentais, se operam mudanas em tudo o que existe no mundo fsico. A existncia, o estado, a disposio e demais caractersticas dessas foras o resultado daquilo que faz a sua prpria natureza; e a existncia, o estado, disposio e demais fenmenos que afetam as coisas fsicas, se transmitem e refletem dessas foras superiores segundo a essncia das entidades fsicas. 4] De acordo com este princpio, a origem de todos os fenmenos fsicos est nas foras superiores e seu desenlace ocorre na terra. No entanto, h uma exceo que escapa a esta regra, o referente ao livre arbtrio do homem. Porque, sendo que Deus, Bendito Seja, decidiu que o homem possua a liberdade de escolher entre o bem e o mal, o creio absolutamente independente a esse respeito. Por outro lado, o capacitou com o poder de influenciar ao mundo e suas criaturas de acordo com a sua livre vontade. No mundo, existem duas influncias genricas opostas entre si. A primeira um determinismo natural e o segundo a deciso no-determinstica. Enquanto a primeira atua de cima para baixo, a segunda o faz a partir de baixo para cima. A influncia determinstica aquela que afeta as coisas materiais atravs das COHOT (foras transcendentes) e a mesma atua de cima para baixo. No entanto a influncia no-determinstica seja aquela que resulta do livre arbtrio humano. Agora tudo aquilo sobre o qual o homem atua, necessriamente matria fsica, pois o homem mesmo e suas aes so materiais. No entanto, devido fuso e inter-relao que existe entre as foras superiores e inferiores, as mesmas aes materiais projetam uma influncia nas foras trancendentais superiores que as governam. E essa ao dirigida de baixo para cima, opostamente a fora determinista natural mencionada acima. Mas preciso saber que mesmo as atitudes do homem no so resultado absoluto de sua sua eleio livre. Enquanto que alguns atos so produto de sua escolha, outros o so da determinao divina como recompensa ou punio por seus atos, como j o esclareceremos com a ajuda de Deus. No entanto, aquilo em que atue de acordo com o decreto divino regido pelas mesmas regras que os demais fenmenos naturais, cujo acionar diretamente influenciado pelas foras superiores. O que no assim em relao aos elementos resultantes da sua livre ao, em cujo caso a ao mobilizada a partir de baixo, como j discutimos. 5] E estipulou Deus, Bendito Seja, que tudo aquilo que se realize no contexto do livre-arbtrio humano, influencie atravs de seu liberdade de acionar a aquelas foras superiores, na medida e intensidade que lhes foi concedido por Deus. Isto verdade no s para a ao humana, mas mesmo para a sua fala e seu pensamento. Mas a intensidade e o grau dessa influncia nunca exeder os limites que a inteligncia divina instituu. 6] Cada ao voluntria do homem, resulta, tambm, em uma influncia determinante. Pois, o homem ao influenciar as foras superiores com sua liberdade de ao, estas imediatamente iro influenciar os elementos fsicos que esto intrinsecamente ligados a elas. Todos estes processos tm muitas leis muito especficas, conforme foi institudo pela inteligncia de Deus em sua profunda compreenso do que apropriado para a sua criao. Tudo foi cuidadosamente calculado, tanto o referente a influncia que o homem exerce sobre as foras superiores, como a que estas produzem sobre o mundo fsico. Tudo isso o profundo mistrio da Providncia Divina e de como esta se desenvolve tudo o que existiu e existir. 7] E sendo que a inteligncia divina determinou a existncia do bem e do mal, como discutimos, necessariamente isto deve se originar nas foras superiores e, posteriormente, projetar seus efeitos sobre todas as coisas do mundo fsico. E Deus estabeleceu em Sua infinita sabedoria a essas foras superiores, o fundamento de todo o existente, em uma ordem e um sistema que inclua tudo o que diz respeito ao Tikkun (retificao) e o KILKUL (dano) espiritual. Eles possuem os estados do bem e do mal. O estado do bem definido pela preparao do homem para receber a Luz divina e iluminar-se com ela. O oposto (o mal), ser a falta de tal preparao e portanto a ocultao da luz infinita. O resultado da retificao produzida por essas foras em todos os elementos do mundo fsico, o bem para eles. Ao contrrio O KILKUL ser o oposto, O Mal.8] necessrio compreender que, embora a verdadeira causa de todo o bem e, onde ele se encontra, tanto nas foras superiores como nos efeitos refletidos por elas, a iluminao de Deus, Bendito Seja, como citamos, e a razo do mal em qualquer caso, a ausncia de sua iluminao. No entanto, ao nos referirmos ao bem, Deus considerado a causa direta, tanto em geral como em particular; mas Deus no considerado a causa direta do mal, pois, como est escrito: "Deus no vincula seu nome com o mal". Mas a ausncia de Sua luz e a ocultao de Sua presena so considerados a verdadeira causa da raiz do mal. De maneira mais detalhada, podemos dizer que no existem limites ou fronteiras para a onipotncia de Deus (no existe algo que possa evitar que Deus crie - incluindo - o mal se realmente fosse Seu desejo). Eu creio que a raiz e a fonte especifica que do origem aos diferentes conceitos de mal, de acordo ao que a Sua inteligncia superior determinou que fosse necessrio para que tanto o homem quanto o mundo possam viver no estado em que eles escolham. A isto se refere o versculo, ao dizer: "(Deus) cria a luz e gera a escurido, faz a paz e cria o mal" (Isaas 45.7). Esta raiz do mal contm diferentes poderes, nos quais se originam os diferentes conceitos de deficincia e mal, tanto em relao ao corpo fsico como em relao a alma, em todas as suas diferentes categorias, tudo o que desenvolveremos na segunda parte, com a ajuda de Deus. Em geral, a atividade dessas foras do mal, tanto de forma parcial como em seu conjunto, depende da ausncia de luz divina e a Sua ocultao, pois a ausncia de iluminao divina d mais poder para as foras do mal, tanto em seu conjunto como em particular a alguma delas. E, ao se aumentar o poder e o domnio dessas foras do mal, o bem se debilita e se prejudica a situao das razes da criao acima mencionadas, enfraquecendo-se da mesma forma seus derivados (todos os elementos do mundo fsico associados a eles). Agora, para apresentar essas foras do mal e priv-las de sua autoridade e poder de ao, o poder do bem ir aumentar. E a raiz de toda a criao se aperfeioar alcanando o verdadeira estado do bem e tanto elas quanto seus derivados se fortalecero. Tudo o mencionado com relao ao bem e o mal e ao confronto que existe entre a matria e esprito, bem como as questes relacionadas com a perfeio e a deficincia, a origem de tudo isso est na superao que conseguem essas foras e, a influncia e o efeito que, portanto, tm sobre toda a criao. Tanto nas raizes como em seus ramos. Mesmo assim, a incluso destas foras e o cancelamento de sua atividade evitam seus efeitos e influncias sobre toda a criao, tanto razes quanto ramos. 9] Existem numerosas diferenas entre as qualidades destas foras do mal e que resulta delas. Em geral, se denomina seu efeito TUMHA (impureza), escurido, ZOHAMA (poluio), ou CHOL (mundano), etc. Contanto que o resultante da iluminao da presena de Deus chamado KEDUSH (santidade), TAHARA (pureza), OHR (luz), BRACHA (bno), etc. Estas so as diferentes categorias. E se fizermos uma anlise destas, podemos distinguir entre elas, bem como entre seus detalhes especficos. Em torno deste conceito, se desenvolve a Divina Providncia sobre o mundo e todas as suas criaturas. Para cada um destes conceitos, h um supervisor da classe angelical mencionado acima, cuja misso realizar a ao no mundo fsico, tanto para o bem como para o contrrio. Estes agentes angelicais so servos obedientes de Deus de Sua palavra. Porque Deus assim o disps e organizou, que seus decretos se materializem por meio dos anjos, de acordo com a rea especfica para reservou para cada um deles. SEO 2 DIVINA PROVIDNCIA Captulo 1PROVIDNCIA EM GERAL 1] sabido e evidente, que tudo o que existe, tanto o superior quanto o inferior, foi criado pois a Inteligncia Divina considero necessrio e til para o propsito da criao. Tambm as leis naturais como as propriedades que regem tudo o que foi criado, foram institudas de acordo com o que o decretou a Sabedoria Divina, funo do apropriado para cada elemento da criao. E a mesma razo que levou a sua criao determina que continuem a existir e portanto produzam um benefcio para a existncia em geral, como citamos. Portanto, Deus Todo-Poderoso, Criador de tudo que existe, continua a supervisionar suas criaturas e mantm-nas no estado desejado por Ele. 2] Como j desenvolvemos anteriormente (Cap. 1 sec. 5), a origem de tudo criado est nas foras transcendentais COHOT, das quais se derivaram todas as coisas fsicas criadas e seus detalhes, que so consequncia do reflexo destas foras; e no h nada de pequeno ou grande no mundo fsico, que no tenha sua causa e origem nas foras transcendentais superiores, segundo os aspectos de cada caso. E Deus, Bendito Seja, controla tudo isso assim como o criou. Isto , no princpio as foras transcendentais e tudo o resultante e derivado de sua essncia; Tambm supervisiona aos agentes designados sobre a criao, como citado acima, para preservar os existentes e suas funes, concedendo-lhes a fora necessria paradesenvolverem seu trabalho. 3] O gnero humano se distingue de todas as demais espcies criadas pois foi dotado de livre-arbtrio e lhe foi dada a capacidade de atingir a perfeio ou cair na deficincia. Portanto, a partir deste ponto de vista o homem um ser ativo e no passivo, de modo que a providncia que o rege necessariamente diferente a dos outros elementos da criao. No seu caso (do homem) se deve supervisionar e esquadrinhar detalhadamente suas atividades, a fim de decidir o resultado apropriado s suas aes. Portanto, tanto seus feitos quanto os resultados so analisados e supervisionados e a Providncia determinar o que lhe corresponda, em funo da ao humana; homem julgado "midd quegued midd" na mesma medida em que atue, como foi desenvolvido em outro captulo. Isto no aplicvel s demais espcies, cuja natureza passiva e no ativa (totalmente manipulados pelas foras superiores). Toda a sensao de ser nas outras criaturas responde apenas existncia das espcies, de acordo com as razes espirituais que possuam. Portanto, sua providncia se remeter exclusivamente para manter essa raiz e seus ramos, de acordo com a natureza intrnseca e funes dessa raiz. Mas o gnero humano, com suas caractersticas especficas, mencionadas acima, requer que se exera sobre ele uma influncia individual. Esta providncia indivdual , portanto, um resultado direto do comportamento humano, nem mais nem menos. Nos extenderemos sobre esta questo no desenvolvimento deste seo, com a ajuda de Deus. Captulo 2 O HOMEM NESTE MUNDO1] Como j mencionado, o propsito da criao do gnero humano foi que alcanasse e merecesse o verdadeiro bem, ou seja, o apego a Deus, Bendito Seja, no mundo vindouro. Portanto, o objetivo final de sua evoluo a calma do mundo vindouro. E decretou a Inteligncia Suprema, que para que isso fosse possvel preceda ao homem sua estadia neste mundo, limitado e regido pelas suas leis naturais, o que se constituir a verdadeira preparao para alcanar o objetivo desejado; nesse sentido se organizaram todas as coisas deste mundo, para servir como preparao e prontido para o objetivo final, o mundo vindouro.2] Esta preparao envolve dois aspectos, um individual e outro coletivo. O aspecto individual tudo aquilo inerente aquisio da perfeio humana por meio de sua conduta. O coletivo, faz referencia a preparao do gnero humano em geral, como raa, para o mundo vindouro. Isto significa o seguinte: O homem foi criado com um bom instinto (Yetzer Tov) e um instinto mau (Yetzer HaRa) e livre arbtrio; e no lhe foi proibida a possibilidade individual de ser bom ou ser mau. E ao finalizar o ciclo aqueles que escolheram o mal sero retirados e aqueles que optaram pelo bem passaro a formar uma comunidade perfeita, para a qual, est destinado o mundo vindouro e o bem verdadeiro que iste implica. 3] O princpio do livre-arbtrio, que detm a possibilidade do bem e do mal no gnero humano ou a bondade ou maldade parciais no mesmo, o que assegura esta possibilidade do bem e do mal no comportamento de cada homem. Pois, ainda que o comportamento humano possa ser completamente bom ou completamente mau, tambm possvel que seja parcialmente bom ou mau. Esta realidade parte do poder que impede a existncia dessa comunidade perfeita acima mencionada. Pois encontramos ainda em um mesmo homem aspectos bons e maus; e considerar apenas uma parte dos mesmos e no a totalidade dos seus aspectos pessoais, mesmo que fossem a maioria, no seria um julgamento correto, pois um julgamento apropriado implica que se julguem a totalidade das aes do homem, grandes ou pequenas que constituem a maioria ou a minoria. Portanto, decretou a Suprema Sabedoria que a recompensa e castigo do homem se divididam em dois perodos e lugares. Isto significa que, em geral, as aes do homem so divididas em maioria e minoria; a maioria julgada de forma independente, no momento e local apropriados e, o mesmo vlido para a mnoria de aes. Agora, a retribuio verdadeira e fundamental se materializar no mundo vindouro. A recompensa eterna para o mrito do homem ser a proximidade permanente de Deus, enquanto a punio real constituir o deslocamento do verdadeiro bem, e a Perdio, perecimento... Mas a deciso a este respeito se determina segundo a maioria de suas aes . No entanto, tanto as boas aes do homem mau quanto as ms do homem reto, que constituem uma minoria, encontraro nos sofrimentos ou as satisfaes deste mundo a recompensa por essa minoria de mrito que possua assim como o homem reto sofrer o sofrimento por suas transgresses, de maneira que resulte disso um julgamento justo e sua situao chegue ao mundo vindouro com o equilbrio e a perfeio que correspondam a este estado; ou seja, que os homens retos exclusivamente habitaro o mundo vindouro, com a ausncia total de malvados entre eles, e eles por si s, existiro sem que nada impeda a satisfao merecida. Enquanto que os mpios sero exterminados sem que lhes reste quaisquer argumentos para empunhar. 4] No entanto, Deus, em Sua imensa misericrdia, aumentou a possibilidade de sucesso no homem; a existncia de outro tipo de purificao para aqueles que podem se beneficiar dela. Ou seja, para aquele que se submeteu pelo mal, mas no de forma tal que merea o extermnio total. Esta purificao inclui uma srie de penalidades (espirituais), entre as quais a mais notria o Guehinam (Purgatrio). O propsito destas penitncias reprimir ao transgresor segundo a sua conduta, de modo que, aps esta penalidade liberado da responsabilidade que geraram suas aes e, possa posteriormente receber a verdadeira recompensa por suas boas aes. Devido a isso, o nmero de pessoas exterminadas pequeno e insignificante, pois no sero seno aqueles aos que o mal lhes domina de tal forma que impossvel que possuam alguma possibilidade de experimentar a verdadeira recompensa e satisfao eterna. Portanto, o julgamento do homem dividido em trs etapas. Ele julgado fundamentalmente no mundo do futuro, aquele que existe depois da ressurreio, como j discutimos. No entanto, existem atos dignos de serem recompensados antes disso, alguns neste mundo e outros no mundo das almas. Mas os detalhes do julgamento no so conhecidos pelo homem, mas s pelo Verdadeiro Juiz, pois Ele quem conhece a realidade do comportamento humano e suas implicaes e diferentes aspectos; que os atos devem ser recompensados em um determinado perodo e de que forma. Tudo o que podemos compreender a natureza geral e os princpios de tal processo, bem como o seu objetivo. Entendemos que o propsito final gira em torno da constituio de uma sociedade perfeita, cujos membros se faam merecedores de permanecer etemamente ligados a Deus. E para que esta comunidade alcane perfeio desejada, todas essas previses so necessrias para preparar e aprintar o homem para o seu estado final. 5] E, se voc analisar esta questo mais profundamente, observar que este conceito no s se fundamenta na idia de justia e razo, mas est implcito na essncia da criao. Como eriormente desenvolvemos, as boas aes se incorporam no homem, em seu corpo e na sua alma, a prpria natureza da perfeio e da excelncia. E, ao contrrio, as ms aes materiazam na pessoa a deficincia e insensibilidade; e tudo isso em uma medida precisa que depende do comportamento humano. E o homem reto, que incrementou em sua pessoa uma grande medida de excelncia e brilho espiritual, no entanto, por outro lado, devido minoria de ms aes realizadas tem nele uma poro de obscuridade e repulsa e mesmo que exista na sua pessoa esta mistura, no poder ser considerado pronto e preparado para ligao a Deus, por isso decretou a Misericrdia divina que exista uma purificao. Esta composta da generalidade dos sofrimento que instituiu Deus, Bendito Seja, a fim de evitar a insensibilidade humana e faze-la permanecer ura e limpa, pronta para receber o verdadeiro bem e no momento adequado. E, de acordo com a intensidade da insensibilidade alcanada, ser a medida dos sofrimentos que deva assumir para sua purificao. E provavelmente o sofrimento fsico no esteja na capacidade de dissipar tal insensibilidade pelo que exigir doenas espirituais. Os detalhes que envolvem este conceito so sumamente numerosos e esto fora do alcance do intelecto humano.6] O homem totalmente mau aquele que, como resultado de suas ms aes materializou nele to grande insensibilidade e uma escurido to imensa que produziu um tal grau de corrupo em sua alma e em seu corpo que o tornaram indigno de se apegar a Deus . E, provavelmente, tenha feito algumas boas aes, porm as mesmas, ao serem consideradas pela justa balana de Deus, no so suficientes para conduzi-lo ao verdadeiro bem, nem pela sua quantidade nem a qualidade. Porque, se tais atos inclinariam seu julgamento para o bem, no seriam considerados totalmente maus, mas como aqueles que esto no processo de purificao at atingirem o estado ideal de preparao para o bem. Mas, para a qualidade da justia no seja defeituosa permitindo que essas boas aes permaneam sem recompensa, foi decretado que se lhes retribua neste mundo, como citamos. Portanto, o mrito adquirido desaparece e no consegue incorporar a pessoa nenhuma excelncia real. 7] H um outro detalhe sumamente importante neste conceito. Na sociedade perfeita do mundo futuro, que citamos acima, no existiria um nvel s, para todas as pessoas. E anteriormente a Inteligncia Superior, o nvel inferior de apego a Deus, que o homem pode alcanar e em funo do mesmo decreto, que aqueles que de acordo aos seus atos alcancem, pelo menos este nvel bsico, possam se inclur nessa sociedade perfeita e se contem entre os que permaneceram por toda a eternidade em tal satisfao. No entanto, aqueles que no alcancem nem mesmo este nvel mnimo, sero completamente deslocados e eliminados. E aqueles que superem e alcancem maior mrito, tambm alcanaro um estado mais elevado nesta socidade. O profundo planejamento divino determinou que o homem seja o arquiteto (artfice) absoluto do seu prprio bem, tanto no geral como no particular. Isso siginifica que no s alcana o bem por merece-lo pelos seus prprios atos, mas ainda a mnima recompensa que receba ir responder minuciosamente para sua forma de atuao. Portanto, o nvel que alcance o homem, ser aquele que ele mesmo escolha. Nesta sociedade perfeita existiro diferentes nveis, superiores, inferiores, grandes, pequenos, mas nenhum nvel possuir outra causa para o seu estado que no seja a mesma conduta humana, de modo que no existir critica possvel. 8] De acordo com este princpio, voc vai ter outro fundamento muito importante sobre a forma em que o comportamento humano julgado pela determinao cuidadosa dos efeitos produzidos por tais atos, bem como o nvel que levam a pessoa para a sociedade perfeita futura. Pois existem aes que, segundo a retido e preciso da Suprema Justia no so suficientes para dar pessoa uma elevao nesse perodo (do mundo futuro), mas so recompensados neste mundo, e, ento, essa pessoa permanecer em um estado inferior, entre os mais baixos da sociedade perfeita. Isto similar em alguns aspectos as pessoas acima, que recebem sua recompensa neste mundo, mas so eliminadas do mundo futuro; no entanto, h uma grande diferena entre eles e a seguinte: Naqueles citados acima, definidos como totalmente maus, o benefcio de suas boas aes est limitado a uma recompensa neste mundo e no so suficientes para lev-los para a eternidade. Mas a pessoa de que falamos, suas aes as conduzem a eternidade, e quando requerem uma imensa purificao espiritual, de qualquer maneira, possuem uma poro na eternidade das almas, s que devido as suas transgresses suas boas aes no so suficientes, mas apenas para lev-las a um estado inferior, como j foi explicado. E muitos de seus mritos so recompensados neste mundo, como se fossem mundo futuro, eles ocupariam um lugar elevado, entre as pessoas integras da sociedade perfeita do futuro. 9] De acordo com tudo o que desenvolvemos at agora, podemos entender o sofrimento dos justos e a prosperidade dos mpios neste mundo. Ns tambm podemos entender a maneira em que os padecimientos espirituais se constituem na preparao digna para a verdadeira recompensa no mundo futuro. No entanto, o bem dos homens justos neste mundo envolve um conceito totalmente diferente, o qual ampliaremos ainda mais adiante, com a ajuda de Deus. Todos os conceitos discutidos neste captulo referem-se ao segundo aspecto mencionado na abertura do mesmo, designado como a preparao do homem para o objetivo final, que o mundo vindouro. Mas os conceitos que envolvem o aspecto individual diferem totalmente de tudo isso e o desenvolveremos no prximo captulo, com a ajuda de Deus. Captulo 3PROVIDNCIA INDIVIDUAL 1] Como discutimos, a idia do trabalho humano neste mundo depende dos conceitos do bem e o mal que foram criados nele e entre os quais foi colocado o homem para que escolha o bem. Os conceitos particulares de bem e mal so extremamente numerosos, pois cada virtude se inclui no bem e o contrrio se considera parte do mal. Por exemplo: o orgulho um trao negativo, enquanto a humildade uma caracterstica positiva; misericrdia uma virtude, por outro lado a crueldade mal; a conformidade com o que se possui parte do bom e o oposto um conceito mau e assim por diante com as demais caractersticas humanas. A Inteligncia Suprema analisou cada uma das diferentes traos que podem existir na natureza humana, de acordo com o propsito final mencionado acima e, as acredito que com todos os seus aspectos, suas causas e efeitos e tudo que est envolvido com eles e decretou sua existncia na natureza intrnseca do homem. No entanto, para que esses traos existam se requer diferentes estados na vida das pessoas, as quais se constituem em prova para o homem, ao permitir que esses traos negativos existam e tambm permitem ao ser humano supera-los e escolher a virtude. Por exemplo: Se houvesse ricos e pobres, no existiria a possibilidade do homem ser piedoso ou cruel, mas agora, o rico provar atravs de sua riqueza, se ser indiferente ante as necessidades do indigente, ou se aplicar sua piedade. Tambm os pobres sero testados se conformam com o que possuem e agradece a Deus, ou age em sentido inverso. Outro teste constituir a riqueza para o rico ao mostrar se ela o faz orgulhoso ou o arrasta atrs de prazeres mundanos, fazendo-o sair do servio divino. E se, apesar de sua riqueza contimia sendo humilde, submisso e rejeita a banalidade e escolhe a Tor e o servio a Deus, etc. E, distribuiu a Sabedoria Superior esses conceitos de prova, entre os diferentes indivduos de gnero humano, de acordo com o que determinara Sua profunda compreenso, como determinado e adequado. Portanto, cada indivduo tem uma vivencia particular em sua batalha contra os instintos e isso consitui seu propsito e responsabilidade neste mundo, pelo que deve enfrent-lo segundo sua prpria constituio; e suas aes sero julgadas pelo atributo da Justia Divina, de acordo com a responsabilidade particular que lhe foi realmente atribuda com preciso absoluta. Isso comparvel a um reino em que cada um dos servos do rei cumpre as ordens que lhe foram confiadas. E, entre todos devem complementar os trabalhos do reino; para isso o rei distribui as funes de forma que entre todos complementem o que deve ser feito. E de acordo com desempenho do seu trabalho, ser a recompensa que recebam. Mas a forma como ela realizada (o julgamento do comportamento humano) est mais alm da compreenso humana e no podemos entend-lo completamente. E s a Inteligncia Superior, pode estabelecer e estruturar essas coisas da maneira mais perfeita possvel. 2] Como vimos acima, Cap. 1 sec. 5, todas as coisas deste mundo fsico so derivadas e transmitidas de um conceito para outro, nvel a nvel, desde a sua essncia no plano transcendental superior at o universo fsico. Os detalhes de cada desafio pessoal de cada indivduo tem sua raz no mundo superior, de acordo com os conceitos de perfeio e inteligncia que desenvolvemos mais acima. E de acordo com seu estado ali julgada e determinada a forma em que sero introduzidas na pessoa adequada neste mundo. Esta distribuio determinada, portanto, para todos os detalhes e nveis espirituais dos indivduos. Todo esse sistema foi analisado pela Sabedoria Superior, a qual, de acordo com a verdadeira natureza da existncia determinou a mais adequada e eficaz; e tudo isso claro de acordo com os princpios que j adiantamos. 3] De acordo com estes princpios, toda a prosperidade ou o sofrimento deste mundo existem como um teste para o ser humano; e a natureza deste desafio particular aquela que determina a Inteligncia Superior como a mais adequada para cada indivduo.4] No entanto, h outra razo para tudo o que acontece com cada indivduo no mundo, com base nos atributos de justia e recompensa. Decretou o Juiz Supremo que a prpria conduta do homem gere a ajuda que lhe vem de Deus para alcanar a perfeio e evitar as armadilhas, como est escrito: "[Deus] salva o caminho de seus devotos" (Samuel 1-2,9). Mas tambm neste caso existem diferentes nveis; pois existem alguns a quem o atributo da justia, em funo dos atos j praticados, determina que receba do Criador uma pequena ajuda. Outros, a quem o seu julgamento determina, que Deus os ajude de maneira mais intensa e lhes facilite alcanar a perfeio. Outros indivduos tornam-se merecedores de uma ajuda ainda maior. Tudo isso tambm aplicvel para o caso oposto. Bem, vamos descobrir quem, de acordo com o seu mrito no ser digno de ser ajudado desde os cus, no entanto, no se lhe dificultou alcanar a perfeio. A outras pessoas seu julgamento pessoal lhes determina um aumento de obstculos no caminho para a perfeio, pelo que, vai exigir um grande esforo para obt-la. Outros so absolutamente perversos e ante eles se fecham todos os acessos a perfeio e os move sua maldade. Existem em todos esses conceitos inmeros detalhes. Algumas pessoas, por exemplo, merecem que se decrete sobre elas a prosperidade neste mundo, para ajuda-las no seu servio a Deus e, assim, facilitar-lhes alcanar a perfeio desejada sem que se lhe apresentem impedimentos. Em outros casos, se decreta sobre o indivduo, conforme a sua conduta, perdas e sofrimentos que se apresentaram ante ele como uma parede que o distanciou da perfeio, de forma que precisa de grandes esforos para derrubar essa parede e ultrapassar todas as dificuldades que o distanciam da perfeio. O oposto ocorre com os mpios, a quem possivelmente se lhe decretam xitos que abrem diante deles os portes da perdio; tambm lhes poder ser decretados sofrimentos, a fim de impedi-los de fazer o mal desejava fazer. E isso vai acontecer quando entender o Conhecedor Supremo que tal mal no deva se realizar por algum motivo especfico; a isso se referia o rei Davi em sua orao: "No concedas, Deus, os desejos dos mpios, no conceda seus pensamentos" (Salmo 140, 9). Mas Deus, Bendito Seja, desenvolve toda essa atividade com Sua inteligncia infinita e em funo do que benfico para as Suas criaturas infinito, como citamos, julgando-as em todas as situaes em sua verdadeira dimenso. Isto significa que no semelhante a situao da pessoa que est em abundncia e negligencia o servio a Deus, a daquele que atravessa um estado de urgncia e, devido sua dificuldade no cumpre com sua obrigao; o julgamento dessas pessoas no ser idntico, mas se julgar cada um de acordo com sua situao real, se eu agir de forma no intencional ou deliberadamente, se ele tenha sido forado ou por vontade prpria. E Deus, Bendito Seja, conhece a realidade de cada ser, em suas aes e pensamentos e os julga segundo esta verdade. 5] No entanto, h um outro aspecto envolvido no conceito geral do sofrimento. O homem pode ser considerado piedoso, porm ter cometido certas transgresses ou ser uma pessoa mediana, sobre a qual se decretou determinados sofrimentos a fim de que considere suas aes e a motive ao arrependimento. Mas esses sofrimentos, no pertencem a categoria acima cuja finalidade expiar as transgresses humanas e purificar ao indivduo neste mundo. Estes sofrimentos de que falamos, so destinados a motivar o homem e traz-lo ao arrependimento. Pois os sofrimentos foram criados para o caso em que o homem assume seu Teshuv (arrependimento) j que o desejvel diante do Todo-Poderoso que o homem no peque e no caso em que cometa uma transgresso, se arrependa. Na ausncia de tal arrependimento e para evitar a queda do homem, Deus instituiu o sofrimento, a fim de purificar ao ser humano. Por isso, se apresentam, em princpio, os sofrimentos como uma chamada de ateno e se o homem no reage a eles, ento, receber os sofrimentos destinados a purific-lo; a isso se refere Eliahu em seu relato: "[Deus] abre os ouvidos (do homem) para induzir a disciplina e o induz a se arrepender de seus pecados" (J 36, 10). 6] necessrio saber que h um limite para o mal que permitido ao homem fazer em seu livre-arbtrio; e ao chegar a esse limite j no lhe esperaro e ser exterminado da face da terra. A isso se referiram Nossos Sbios com a expresso: "A medida estcompleta" (Talmud Sota 9); tambm o expressa o versculo: "Ao se completar a medida ele esmagado" (J 20:22). E at esse momento, o homem pode continuar a prosperar pelo motivo acima exposto: se lhe abrem as portas da perdio. E a isso se referiram N.S. ao dizer: "Quem decide se contaminar, abrem-se as portas ante ele" (Tal Yoma 38). Atingir o limite citado significa a perdio e, portanto, o extermnio, pois ento enfurece a Deus que envia sobre ele a catstrofe que o aniquila.7] tambm necessrio saber que a Divina Providncia supervisiona cada detalhe associado com a histria pessoal de cada indivduo, a partir dos anteriores at os posteriores; e, finalmente, controla minuciosamente a sociedade toda, analisando todos os detalhes que esto inter-relacionados na sua estrutura. Quando um indivduo julgado, a Providencia toma em considerao seu estado e nvel em relao ao que o precedeu, ou seja, seus pais; sua continuidade, o que significa seus filhos, e tudo o que se relaciona com o indivduo, como as pessoas de sua gerao, sua cidade, sua sociedade. E depois de toda esta anlise se decretar sobre o servio que lhe dado, bem como o desafio particular na vida e a responsabilidade especifica que lhe compete no servio a Deus. [ importante compreender que tudo acima vlido em relao ao julgamento neste mundo. Eu me referi a isso em falar do servio divino que atribudo ao homem, ou seja, a situao em que ele estava neste mundo, de acordo com o que se determinar sua responsabilidade. Mas no mundo vindouro, o homem julgado exclusivamente de acordo com suas aes; a isso se referiu o profeta ao dizer: "O filho no carregar o pecado de seu pai ..." (Ezequiel 18:20)]. Isso significa, por exemplo, que no caso de ter sido decretado sobre a pessoa magnificncia e riqueza, seus filhos nascero rico e, a menos que tal situao se altere, seus filhos permanecero ricos e proeminentes; e o mesmo ocorrer no caso contrrio. Notamos que a riqueza chegou a estes filhos por causa de seu pai. Neste sentido, a verdade que os filhos herdam dos pais cinco coisas ennumeradas por Nossos Sbios (Tal. Eduyot 2.9). E possvel que o homem nasa sob um bom desgnio, por ser filho de um certo pai, bem como possvelmente merea certos benefcios em alguma poca de sua vida, herdado isso de seu pai. Por outro lado, possvel que se decrete uma salvao ou beneficio em merecimento a descendncia que no futuro engendrar. Tambm em funo do local ou sociedade que est inserido provvel que se decrete sobre ele o bem ou o mal neste mundo. 8] Alm disso, h um outro conceito derivado do aspecto individual e do coletivo da providncia divina que citamos acima. Quando a Suprema Inteligncia considerarou tudo o que deveria exisir para que a raa humana alcance a perfeio e por fim, constitua a comunidade perfeita acima mencionada, decidiu como sumamente apropriado depositar em determinados indivduos o potencial de ajudar aos outros e servi-los. Significa que no determinante que s aqueles que alcancem por mrito prprio a perfeio se contem entre os membros do mundo futuro, mas mesmo aqueles cuja dependncia de algum com mais mritos os leve a tal nvel, possam desfrut-lo, embora, claro, estar num nvel inferior, que o correspondente a quem chega por mrito alheio. Portanto, no ser completamente deslocado da salvao, mas aquele que no digno de desfrutar do mundo do futuro, nem por seu prprio mrito, nem por sua dependncia de algum superior, pelo que maior o nmero de indivduos que, de uma forma ou de outra acessem salvao. Mas aqueles que atingiram um nvel superior e ajudam aos outros a alcan-lo tambm, certamente que sero contados entre os mais "encumbrados" na sociedade futura e sero os lderes, e aqueles que precisavam de seu apoio estaro submetidos e dependente deles. Para tornar isso possvel, [a Suprema Sabedoria] inter-relacionou os indivduos entre si, como argumentaram Nossos Sbios: "Todo Israel responsvel um pelo outro" (Tal Shebuot 39). Como resultado, cada indivduo se relaciona com seu prximo e no visto separadamente. E considerando que o atributo da Bondade Divina continuamente mais poderoso, se pelos pecados de uma pessoa, outras pagam, quanto mais ainda se beneficiaro atravs mritos pessoais. Como resultado desse princpio que se estipula que ao homem reto o afetem sofrimentos e angstias, que constituem em expiao para a sua gerao. E uma obrigao do homem justo aceitar amorosamente os sofrimentos que lhe so apresentados, j que so um benefcio para a sua gerao, assim como tambm iria receber com amor aqueles sofrimentos que houvesse merecido receber por seus prprios erros; e, assim, beneficia a sua gerao expiando por ela e ele mesmo se eleva enormemente pois se converte em lder do mundo por vir. No entanto, essa mesma categoria envolve um outro nvel, mais elevado do que citamos acima. Falamos do Tzadik (justo), que assume o castigo de sua gerao, que se fizeram passveis de uma grande punio e esto prximos ao extermnio, no entanto, ele com seu sofrimento expia por eles e os livra neste mundo e os benefcia no mundo vindouro. Mas h um outro tipo de sofrimento, que o que recebem os homens mais piedosos, que alcanaram a perfeio pessoal, estes sofrimentos esto direcionados para prestar a ajuda necessria para que se cumpra o desenvolvimento do genero humano destinado a lev-lo perfeio final. Isso significa, de acordo com a ordem estruturada desde o incio para a conduo do mundo e seu desenvolvimento, j estava o homem destinado a suportar certo grau de sofrimento para poder assim alcanar, tanto ele como indivduo e todo o mundo, a perfeio final; e tudo isso iria gerar e desenvolver a partir da ausncia da luz divina de Sua presena, que um dos fundamentos da situao do homem no mundo. E ainda mais aps se haver incrementado a corrupo espiritual, produto das transgrees do individuo, que produziu uma maior ausncia de iluminao divina e um ocultao do verdadeiro bem, levando ao mundo e suas criaturas a uma situao de baixa e despreciao. Portanto, necessrio que, por meio do resultado histrico que a Inteligncia Suprema determine que se produza, esta situao seja corrigida do mal. Este resultado histrico, fundamentalmente faz referncia aos sofrimentos que recebe o homem na medida de sua iniqidade, para satisfazer o atributo da justia e Deus instituu, Bendito Seja, que aqueles indivduos perfeitos e justos possam expiar o seu sofrimento pelos outros e assim livrar o mundo do peso. No entanto, porque eles prprios so indivduos perfeitos e dignos de receber o bem e apenas sofrem pelos demais, o atributo da justia, na verdade, se vera satisfeito com uma pequena medida de sofrimento da mesma forma que exige um peso maior para aqueles que pecam realmente. Alm disso, por meio de seus sofrimentos, esses homens justos aumentam o seu mrito e poder espiritual. Ento, o que sero capazes de corrigir aquilo que os outros malograram; ou seja, que no s corrigiram o correaspoendente a sua gerao, mas tudo que se arruinou no mundo desde que iniciou o pecado at hoje. E, obviamente, esses justos e piedosos ocupam na comunidade perfeita da posteridade, um lugar privilegiado muito prximo a Deus, Bendito Seja.9] Tudo o referido at aqui no apenas produto de justia, mas tambm do desenvolvimento da atual ordem das coisas, como j discutimos. Pois, como resultado das transgresses humanas a corrupo aumenta e se incorpora tanto no homem quanto no mundo todo e provoca que a luz divina progresivamente se oculte. Mas na medida em que essa corrupo eliminada e as criaturas consigam purificar-se dela, voltar a se revelar a luz de Deus e gradualmente incrementar-se-. E atravs do sofrimento dessas pessoas importantes, se purificada em geral toda a criao e o mundo se aproxima lentamente da perfeio. 10] H um outro princpio importante em relao providncia divina. Deus determinou um aumento nas possibilidades do homem para alcanar sua salvao, como j foi discutido. Portanto, uma alma vem a este mundo em momentos diferentes e em diferentes corpos, podendo assim corrigir em uma delas o que prejudicou na encarnao anterior, ou atingir a perfeio no conseguiu anteriormente. No entanto, no julgamento final a ser feito ao finalizar sua ltima encarnao, se levar em conta suas aes durante as diferentes reencarnaes e os estados a que fui exposta. Provavelmente a pessoa cuja alma foi reencarnada se veja afetada por situaes decorrentes de suas aes na vida anterior; e em funo disso se determina o estado em que se encontrar o indivduo neste mundo. E de acordo ao estado que se lhe atribua lhe corresponde uma responsabilidade pessoal correspondente, como discutimos acima. O julgamento de Deus, Bendito Seja, sobre as pessoas absolutamente preciso e leva em conta os vrios aspectos da natureza humana, incluindo todos os detalhes da situao exata em que se est localizado. Assim, no mundo futuro, o mundo do verdadeiro bem, no dever se sobrecarregar com uma responsabilidade que realmente no lhe compete; Todavia, enfrentar a misso e a responsabilidade neste mundo que lhe atribui a Inteligncia Superior, em funo do que se julgaro suas aes. So nmerosos os detalhes que envolvem o conceito da reencarnao, a maneira em que cada indivduo julgado em sua vida atual e de acordo com a reencarnao passada, para que desta forma se constitua um julgamento real e justo; e, sobre tudo isso est escrito: "O Criador, perfeita sua obra e todos os seus caminhos so justia" (Deuter 32.4.). E no h na criao sabedoria que possa conter a magnificncia do pensamento divino e a profundidade de seu plano. S podemos entender um princpio geral, entre outros, que o da reencarnao, que constitui uma das fontes das situaes do homem no mundo, sempre de acordo com a justia reta que legislou o Criador para a perfeio do gnero humano. 11] De toda essa discusso vemos que existem diferentes e variadas razes para todos os eventos do homem no mundo, tanto para o bem como em outro sentido. No entanto, importante saber que nem tudo o que acontece um resultado de todas estas causas. H situaes decorrentes de certas causas e outros derivados de causas diferentes. A Inteligncia Divina, que conhece e entende tudo o que apropriado para a retificao de toda a criao, analisa com a profundidade de seu pensamento todos os detalhes em conjunto e, de acordo com isso, conduz o mundo em forma detalhada. [Apesar de que a criao esteja o