o Codigo Civil e as Igrejas

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CODIGO

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  • SEMINRIO TEOLGICO NACIONAL

    DISCIPLINA: O CDIGO CIVIL E AS IGREJAS

  • O CDIGO CIVIL

    NOVO CDIGO CIVIL - LEI N 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

    O Presidente da Repblica

    Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

    PARTE GERAL

    LIVRO I DAS PESSOAS

    Ttulo II -das pessoas jurdicas captulo II - das associaes

    Art. 53. Constituem-se as associaes pela unio de pessoas que organizam para fins no econmicos.

    Pargrafo nico. No h, entre os associados, direitos e obrigaes recprocos.

    Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associaes conter:

    I - a denominao, os fins e a sede da associao;

    II - os requisitos para admisso, demisso e excluso dos associados;

  • II - os direitos e deveres dos associados;

    IV - as fontes de recursos para sua manuteno;

    V - o modo de constituio e funcionamento os rgos deliberativos e administrativos;

    VI - as condies para a alterao das disposies estatutrias e para a dissoluo.

    Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poder instituir categorias com vantagens especiais.

    Art. 56. A qualidade de associado intransmissvel, se o estatuto no dispuser o contrrio.

    Pargrafo nico. Se o associado for titular de quota ou frao ideal do patrimnio da associao, a transferncia daquela no importar, de per si, na atribuio da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposio diversa do estatuto.

    Art. 57. A excluso do associado s admissvel havendo justa causa, obedecido o disposto no estatuto; sendo este omisso, poder tambm ocorrer se for reconhecida a existncia de motivos graves, em deliberao fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes assemblia geral especialmente convocada para esse fim.

    Pargrafo nico. Da deciso do rgo que, de conformidade com o estatuto, decretar a excluso, caber sempre recurso assemblia geral.

  • Art. 58. Nenhum associado poder ser impedido de exercer direito ou funo que lhe tenha sido legitimamente conferido, a no ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.

    Art. 59. Compete privativamente assemblia geral:

    I - eleger os administradores;

    II - destituir os administradores;

    III - aprovar as contas;

    IV - alterar o estatuto.

    Pargrafo nico. Para as deliberaes a que se referem os incisos II e IV exigido o voto concorde de dois teros dos presentes assemblia especialmente convocada para esse fim, no podendo ela deliberar, em primeira convocao, sem a maioria absoluta dos associados, ou com um menos de um tero nas convocaes seguintes.

    Art. 60. A convocao da assemblia geral far-se- na forma do estatuto, garantido a um quinto dos associados o direito de promov-la.

    Art. 61. Dissolvida a associao, o remanescente do seu patrimnio lquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou fraes ideais referidas no pargrafo nico art. 56, ser destinado entidade de fins no econmicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberao dos associados, instituio municipal, estadual ou federal, de fins idnticos ou semelhantes.

    1. Por clusula do estatuto ou, no seu silncio, por deliberao dos associados, podem estes, antes da destinao do remanescente referida neste artigo, receber

  • em restituio, atualizado o respectivo valor, as contribuies que tiverem prestado ao patrimnio da associao.

    2. No existindo no Municpio, no Estado, no Distrito Federal ou no Territrio, em que a associao tiver sede, instituio nas condies indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimnio se devolver Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou unio.

    CDIGO CIVIL BRASILEIRO - (LEI N 3.071 DE 1 DE JANEIRO DE 1916)

    Da Forma dos Atos Jurdicos e da Prova

    Art. 144. Ningum pode ser obrigado a depor de fatos, a cujo respeito, por estado ou profisso, deva guardar segredo.

    Notas:

    1) Ver CF/88, artigo 5, XIV. 2) Ver CPC, artigos 347, II, 363, IV, e 406. 3) Ver CPP, artigo 207, proibio de depor como testemunhas pessoas que devam guardar sigilo, por fora de profisso ou ministrio.

    4) Ver C. Penal, artigo 154, pena de deteno para violao de segredo profissional. 5) Ver Lei 8.906/94, Estatuto da Advocacia e da OAB, artigo 34, VII, sigilo profissional do advogado.

  • 6) Ver C.Com., artigo 56. 7) Ver Lei n 4.595/64, artigo 38, sigilo de operaes financeiras. 8) Ver Decreto 85.450/80, sigilo fiscal. 9) Ver Lei n 4.717/85, ao popular, artigo 1, 6 e 7, negativa de fornecimento de informaes pela autoridade.

    10) Ver Lei n 5.250/67, artigo 71, proteo ao sigilo da fonte, para o jornalista profissional.

    Sucinto Comentrio

    Da mesma forma como j vimos no comentrio do artigo 207 do Cdigo de Processo Penal e artigo 154 do Cdigo Penal, a legislao civil, por sua vez, protege a esfera de segredos do indivduo.

    Cdigo de Processo Civil - (Lei n 5.869, de 11 DE/ JANEIRO DE 1973)

    Das Citaes

    Art. 217. No se far, porm, a citao, salvo para evitar o perecimento do direito:

    I A quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso.

    Sucinto Comentrio

  • Preliminarmente, o Cdigo de Processo Civil conceitua citao como sendo o ato pelo qual se chama a juzo o ru ou interessado, a fim de defender-se. Diz, ainda, o mesmo Cdigo, que a citao efetuar-se- em qualquer lugar em que se encontre o ru. Como se v, o texto em tela demonstra mais uma vez a tutela do Estado com respeito cerimnia religiosa.

    Do Depoimento Pessoal

    Art. 347. A parte no obrigada a depor de fatos:

    II A cujo respeito, por estado ou profisso deva guardar sigilo.

    Sucinto comentrio

    Este dispositivo diz respeito quando o detentor de segredo for uma das partes no processo, no se aplicando, porm, a prerrogativa de guardar sigilo, quando se trata de aes de filiao, de desquite e de anulao por separao judicial (Art. 347. Pargrafo nico).

    Da Exibio de Documento ou Coisa

    Art. 363. A parte e o terceiro se escusem de exibir, em juzo, o documento ou a coisa:

  • IV- Se a exibio acarretar a divulgao de fatos, a cujo respeito, por estado ou profisso, devam guardar segredo.

    Sucinto comentrio

    O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa, que se ache em seu poder.

    A parte que for requerida ter cinco dias aps a intimao, para efetuar a exibio do mesmo ou declarar a sua escusa.

    Se o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, este ter o prazo de dez dias para exibi-lo ou apresentar a sua escusa.

    O artigo em questo refere-se a diversos motivos pelos quais o detentor de documento ou coisa se escusem de exibir em juzo, mas no caso especfico, do ministro religiosos, o mesmo poder escusar-se em funo de sua profisso.

    Art. 406. A testemunha no obrigada a depor de fatos:

    II Cujo respeito, por estado ou profisso, deva guardar sigilo.

    Sucinto comentrio

    Em comentrios anteriores j nos reportamos sobre o assunto. Assim como na esfera criminal, a testemunha pode invocar tal prerrogativa nos processos do Civil, desde que em razo do estado ou profisso.

  • Art. 414. Antes de depor, a testemunha ser qualificada, declarando o nome inteiro, a profisso, a residncia e o Estado civil, bem como se tem relaes de parentesco com a parte, ou interesses no objeto do processo.

    2 - A testemunha pode requerer ao juiz que a escuse de depor, alegando os motivo de que trata o Art. 406; ouvidos as partes, o juiz decidir de plano.

    Sucinto comentrio

    Sempre que for regularmente intimada, a testemunha tem, o dever de comparecer no dia e hora determinado pela autoridade judicial, no podendo nunca, a no ser por motivo justificvel, deixar de comparecer, sob pena de ser conduzida por determinado judicial, bem como de responder pelas despesas processuais do adiamento. Uma vez presente para depor, aps a qualificao e antes de ser inquirida, a testemunha poder invocar a prerrogativa, requerendo ao juiz, oralmente, o que ser decidido de imediato. Nessa ocasio a testemunha, no caso especfico que estamos tratando, dever fundar seu requerimento para escusar-se, no disposto no Art. 144 do cdigo civil, citado e comentado neste captulo.

    Lei de Registros Pblicos -(Lei n. 6.015, de 31 de Dezembro de 1973)

    Do Registro do Casamento Religioso para Efeitos Civis

    Art. 71. Os nubentes habilitados para o casamento podero pedir ao oficial que lhes fornea a respectiva certido, para se casarem perante autoridade ou ministro religioso, nela mencionando o prazo legal de validade de habilitao.

  • Art. 72. O termo ou assento do casamento religioso, subscrito pela autoridade ou ministro que o celebrar, pelos nubentes e por duas testemunhas, conter os requisitos o Art. 70, exceto o 5.

    Art. 73. No prazo de trinta dias a contar da realizao, o celebrante ou qualquer interessado poder, apresentando o assento ou termo do casamento religioso, requerer-lhe o registro ao oficial do cartrio que expediu a certido.

    1. O assento ou termo conter a data da celebrao no lugar, o culto religioso, o nome do celebrante sua qualidade, o cartrio que expediu a habilitao, sua data, os nomes, profisses, residncias, nacionalidade das testemunhas que o assinarem e os nomes dos contraentes.

    2. Anotada a entrada do requerimento, o oficial far o registro no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.

    3. A autoridade ou ministro celebrante arquivar a certido de habilitao que lhe foi apresentada, devendo, nela anotar a data da celebrao do casamento.

    Art. 74. O casamento religioso, celebrado sem a prvia habilitao perante o oficial de registro pblico poder ser registrado desde que apresentados pelos nubentes, com o requerimento de registro, a prova do ato religioso eles eventual falta de requisitos no termo da celebrao.

    Pargrafo nico Processada a habilitao com a publicao dos editais e certificada a inexistncia de impedimentos, oficial far o registro do casamento religioso, de acordo com a prova do ato e dos dados constantes do processo, observado no disposto na Art. 70.

    Art. 75. O registro produzir efeitos jurdicos a contar da celebrao do casamento.

  • Lei do Divrcio - (Lei n. 6.515, de 26 de dezembro de 1977)

    Regula os casos de dissoluo da sociedade conjugal e do casamento, seus efeitos e respectivos processos, e d outras providncias.

    Vide Art. 226, 6 da Constituio Federal: O casamento civil pode ser dissolvido pelo divrcio, aps prvia separao judicial por mais de um ano nos casos expressos em Lei, ou comprovada separao de fato por mais de dois anos.

    Acquaviva, Marcus Cludio. Vademecum Universitrio de Direito: Jurdica Brasileira. So Paulo, 2002.

    Constituio Federal

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    Cdigo de Processo Penal

  • CD-ROM. Juris Sntese, Millennium: Sntese Publicaes, 2002

    Gaby, Wagner Tadeu dos Santos. Direito Eclesistico. So Paulo.