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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SARA SISDINEIDE BATISTA DE LIMA O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO CEJA DE IGUATU, CEARÁ, SOBRE ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO ESTADO IGUATU-CE 2014

O conhecimento dos alunos do ensino médio do ceja de iguatu, ceará, sobre animais ameaçados de extinção no estado sara sisdineide batista de lima

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

SARA SISDINEIDE BATISTA DE LIMA

O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO CEJA DE IGUATU, CEARÁ, SOBRE ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO

ESTADO

IGUATU-CE 2014

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II

SARA SISDINEIDE BATISTA DE LIMA

O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO CEJA DE IGUATU, CEARÁ, SOBRE ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO

ESTADO

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito para a obtenção do grau de licenciado em Ciências Biológicas.

Orientador: Prof. Me. Célio Moura Neto.

IGUATU-CE 2014

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L732c Lima, Sara Sisdineide Batista de.

O Conhecimento dos Alunos do Ensino Médio do CEJA de

Iguatu, Ceará, sobre Animais Ameaçados de Extinção no Estado /

Sara Sisdineide Batista de Lima. [Orientada por] Célio Moura Neto.

– Iguatu, 2014.

50 p.

Monografia (Graduação) – Universidade Estadual do Ceará,

Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências

Biológicas, Iguatu, 2014.

1. Educação Ambiental 2. Fauna Ameaçada 3 Biologia da

Conservação

I. Moura Neto, Célio (Orient.) II. Universidade Estadual do Ceará –

UECE – Graduação (Licenciatura) em Ciências Biológicas

III. Título

CDD: 591.68

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IV

Dedico este trabalho, primeiramente a

Deus que é o ser supremo, por ter me

concedido a vida e por me conferir a cada

novo dia força e coragem para enfrentar e

vencer os obstáculos que a vida nos

oferece. Depois quero dedicar a minha

família que sempre está do meu lado,

apoiando nas minhas decisões.

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V

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus: pela a força, pela inspiração, pela saúde, pelo amor,

pela coragem, por suas bênçãos sobre minha vida, por estar comigo a cada

momento e por ter me permitido chegar até aqui.

Agradeço aos meus pais: Luiz Batista e Odilma Pires; pelo amor, amizade

e por estarem presentes em todas as etapas da minha vida me ajudando,

incentivando e apoiando minhas decisões.

Aos meus irmãos, Luiz Filho, Jedaías, Moabe, Rubens, Rubstasso e

minha irmã Sisdinaide por compartilharem comigo todas as alegrias e tristezas e por

sempre me incentivarem a estudar. Às minhas cunhadas Dagmar, Kilvia e Rawena

Feitosa.

Às minhas amigas: Ana Patrícia, Bruna Mikaelly, Jayrla Raquel, Jamile

Barboza, à meu namorado Macelo, e à todos os meus colegas de sala que me

ajudaram direta ou indiretamente nas minhas dificuldades e por todos os momentos

que compartilhamos juntos.

Agradeço aos professores, em especial, Alana Cecília, Fernando Roberto,

Mayle Alves, Ricardo Rodrigues e Jones Baroni por toda a paciência que tiveram

comigo, pela luz que me iluminou, pela maneira que repassaram conhecimentos e

que compartilharam toda suas sapiências comigo.

Ao meu orientador Célio Moura Neto, por toda atenção, dedicação e ajuda

ao longo deste trabalho e de tantos outros que me orientou.

A todos os meus professores da Educação Básica e do Ensino Superior,

pela contribuição de cada um em minha formação.

Aos alunos e professores da Escola de Ensino Médio Centro de

Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA),

no município de Iguatu/CE que contribuíram para a realização desta pesquisa.

Agradeço de todo coração a todos que colaboram direto ou indiretamente

por essa obra de conhecimento cultural, pedagógica e científica.

Os mais sinceros agradecimentos a todos que compõem essa

Universidade.

Muito Obrigada!

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VI

"A vida é valor absoluto. Não existe vida

menor ou maior, inferior ou superior.

Engana-se quem mata ou subjuga um

animal por julgá-lo um ser inferior. Diante

da consciência que abriga a essência da

vida, o crime é o mesmo."

(Olympia Salete).

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VII

RESUMO

A questão da extinção das espécies, e a preservação do meio ambiente é uma temática sempre periódica, neste contexto que se fazem necessárias outras posturas diante as alterações ambientais. A escola é um local de preparar cidadãos capazes de mudar o meio em que vivem, logo é possível sensibiliza-los a fim de reverter esse quadro de destruição do planeta. O Ceará não está livre dessa devastação da biodiversidade, vivemos um momento de desaparecimento de muitos animais, aves e vegetais. Nosso bioma está desaparecendo, aquilo que existia há 60 anos hoje não existe mais, desapareceu pela exploração do homem destruindo a natureza, em busca de riqueza, acabaram com a fauna e a flora do Ceará. Uma abordagem específica para essa questão se faz necessária com urgência. Desta forma, este estudo objetivou analisar o conhecimento dos alunos e professores sobre a extinção de espécies animais do Ceará. Foi desenvolvido um estudo de abordagem de natureza quantitativa num total de 104 alunos e 5 professores. A coleta de dados foi realizada por meios de questionários estruturados com perguntas objetivas, garantindo o entendimento dos entrevistados. Foi elaborado um questionário para os alunos e outro para os professores do CEJA. A partir dos dados colhidos, observou-se que tanto os docentes como os discentes possuem certo conhecimento sobre as espécies que se encontram ameaçadas de extinção no contexto do estado do Ceará. Palavras-chaves: educação ambiental, fauna ameaçada, biologia da conservação.

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VIII

ABSTRACT

The issue of species extinction and preserving the environment is always a regular theme in this context that other positions are needed before environmental changes. The school is a place to prepare citizens capable of changing the environment they live in, so it is possible to sensitize them in order to reverse this destruction of the planet. The state of Ceará is not free from this devastation of biodiversity, we live a moment of disappearance of many animals birds and plants. Our biome is disappearing, what existed 60 years ago no longer exists today, gone by the exploitation of man destroying nature the pursuit of wealth, ended with the fauna and flora of Ceará. A specific approach to this issue is urgently needed. Thus, this study aimed to analyze the opinion of students and teachers about the extinction of animal species of Ceará. A study of the quantitative nature of a total of 104 students and 5 teachers was developed. Data survey was conducted by means of structured questionnaires with objective questions, ensuring the understanding of the respondents. A questionnaire for students and other teachers to CEJA was prepared. From the data collected, it was observed that many teachers as learners have certain knowledge about the species that are endangered in the context of the state of Ceará. Keywords: environmental education, endangered species, environment, fauna.

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IX

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Para

você o que é extinção de espécies?”.........................................................................26

FIGURA 02: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Nas

aulas de Biologia, a extinção é ama temática abordada pelo (a) professor (a)?”......28

FIGURA 03: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre o lugar onde

primeiramente tiveram conhecimento com o tema extinção de espécies?”...............29

FIGURA 04: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Você

considera o seu conhecimento sobre a extinção das espécies satisfatório?”............30

FIGURA 05: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Como

aluno você acha que esse tema deveria ser mais trabalhado nas aulas de

biologia?”....................................................................................................................31

FIGURA 06: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a questão “Marque

as alternativas que apresentam espécies ameaçadas de extinção (ou em extinção)

no Estado do Ceará”..................................................................................................33

FIGURA 07: Imagens da palestra realizada no CEJA sobre animais ameaçados de

extinção no Estado do Ceará.....................................................................................36

FIGURA 08: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta

“Qual é a sua formação”?...........................................................................................37

FIGURA 09: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Há

quando tempo você ministra a disciplina de Biologia”?..............................................38

FIGURA 10: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta

“Você se identifica com a temática Educação Ambiental?”........................................39

FIGURA 11: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta

“Você trabalha sobre a extinção de espécie as suas aulas?”....................................40

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X

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 12

2 OBJETIVOS................................................................................................ 14

2.1 Objetivo geral.......................................................................................... 14

2.2 Objetivos específicos............................................................................. 14

3 REFERENCIAL TEORICO..................................................................... 15

3.1 Degradação e preservação ambiental.................................................. 15

3.2 Espécies ameaçadas de extinção no contexto do Estado do Ceará. 16

3.3 Extinções de espécies........................................................................... 19

3.4 Educação ambiental............................................................................... 21

4 METODOLOGIA........................................................................................ 23

4.1 Tipo de pesquisa.................................................................................... 23

4.2 Cenário da pesquisa.............................................................................. 23

4.3 População e amostra............................................................................. 24

4.4 Coleta de dados...................................................................................... 24

4.5 Análise dos dados.................................................................................. 25

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 26

5.1 Questionário dos alunos....................................................................... 26

5.2 Questionário dos professores.............................................................. 36

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 42

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XI

REFERÊNCIAS................................................................................................. 43

APÊNDICE A – Questionário para os alunos do Ensino Médio da Escola de

Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz

Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA)...................................................................... 48

APÊNDICE B – Questionário para os professores da disciplina de biologia da

Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador

Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA)........................................................ 50

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil é conhecido mundialmente como um país muito diverso, já que

de forma modesta considera-se que ele abriga 13,2% da biota mundial

(LEWINSOHN e PRADO, 2006). Diante de tanta diversidade existente no Brasil a

extinção é um tema cada vez mais debatido quando se fala em Educação Ambiental

ou conservação do meio ambiente (MARQUES, 2002).

Biologia da conservação é um termo que surgiu por volta de 1980 e está

relacionado diretamente à ciência, gestão e manejo de áreas naturais (DIEGUES;

ARUDA, 2001). É importante lembrar que o amparo dos meios naturais não é só

uma questão restrita aos animais e plantas, mas envolve a sociedade e a sua

economia, já que cada bem natural extinto é um recurso natural fora de alcance.

Em consequência de toda degradação do meio ambiente, inversão de

valores perante a vida, exploração de bens naturais, surge uma força em sentido

contrário. O movimento de libertação animal, com a premissa de romper, de maneira

efetiva, todas as correntes que aprisionam a vida, em seus valores básicos: o direito

de viver (RODRIGO et al., 2013).

O mundo todo vive com o problema das espécies ameaçadas. Grupos

ambientalistas também seguem lutando para garantir o direito à vida de diversos

animais, que correm risco de extinção pelos mais variados motivos.

Segundo Ruschmann (1997), a questão ambiental vem sendo

considerada cada vez mais urgente e importante. Tomando como base a Ecologia

que estuda as relações de interdependência entre os organismos, o futuro da

humanidade depende da relação estabelecida entre o homem e a natureza. Nesse

sentido a degradação do meio ambiente aliada à das florestas e a caça

indiscriminada, trazem consequências diretas à conservação das espécies.

O desmatamento, as queimadas e a poluição, agridem os locais em que

essas espécies vivem e modificam seu modo de vida, levando algumas delas à

morte. Existem também outros fatores agravantes aos crimes ambientais como o

tráfico de animais selvagens, a captura de animais para criação em cativeiro, tais

como: aves, primatas, repteis, dentre outros animais (SANTOS, 2003).

Mantendo em vista a relevância de trabalhar o tema extinção como meio

de reverter o presente quadro de lesão à biodiversidade do planeta pessoas ou

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instituições usam os diversos meios para reeducar os humanos, independente da

idade que possuam, a cuidar do meio em que vivem. Dentre as formas de alcançar

esse objetivo está o uso de sites educativos na internet (ARAGUAIA, 2013) como

também a produção de eventos como a Conferência Rio+20, entre muitos outros.

A Educação Ambiental, trabalhada dentro da sala de aula, também pode

contribuir para a consecução do referido objetivo. Silva e Cavalcanti (2012)

desenvolveram um trabalho sobre o olhar crítico-reflexivo dos alunos sobre os

animais em extinção na Escola Municipal de Garanhuns/PE que objetivou ampliar a

visão dos alunos sobre a relação entre o homem, os animais e o meio ambiente

dando abordagem mais específica às possíveis causas da extinção de alguns

animais e as respectivas soluções cabíveis para minimizar os problemas.

Nessa perspectiva trabalhar o tema nas escolas é um dos meios de

prevenir o desenvolvimento de agressores do meio ambiente e tentar educar

conservadores dos bens naturais. Dessa forma faz-se necessário buscar iniciativas

que fomentem e venham a acrescentar para os discentes a importância do equilíbrio

ecológico e preservação dessas espécies.

Seguindo nesta mesma linha de raciocínio encaixa-se a escola campo de

pesquisa, Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos

Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA), como peça fundamental no

presente estudo. Tendo, como parte do seu corpo discente, alunos com a idade

mais avançada, a instituição apresenta um espaço favorável para o levantamento de

questões relevantes que exijam capacidade de argumentação e detalhamento dos

temas trabalhados.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar o conhecimento dos alunos e dos professores da Escola de

Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga

da Fonseca Mota (CEJA), no município de Iguatu/CE sobre a extinção de espécies

animais do Ceará.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar se os professores da escola de Ensino Médio desenvolvem projetos

de Educação Ambiental, enfocando a extinção de animais do Ceará e o

conhecimento deles sobre esse tema;

Identificar a situação do conhecimento dos alunos sobre a extinção no Ceará;

Realizar uma palestra para que os alunos reflitam sobre seus valores e ideias

de preservação da natureza e senso de responsabilidade para com o meio

ambiente dos discentes e apresentar aspectos relacionados ao tema, como

os diferentes tipos de animais em extinção no Estado do Ceará.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 DEGRADAÇÃO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

O Brasil é conhecido mundialmente pela sua enorme biodiversidade que

consequentemente atrai os exploradores dos recursos naturais em busca de matéria

prima para abastecimento do desenfreado consumismo global. Para pontuar um

pouco da grande diversidade do país pode-se citar seus cinco biomas, sua área

territorial de 8,5 milhões de Km², sendo o quinto maior país do mundo (quase

metade da América Latina), ou ainda 50 milhões de famílias formadas por uma

média de 184 milhões de habitantes (IBGE, 2004). Portanto se faz necessário o

conhecimento para preservação desse patrimônio natural brasileiro.

Para alcançar esse objetivo, o Ministério do Meio Ambiente - MMA vem

desenvolvendo uma série de ações. Com relação à extinção o MMA criou, no âmbito

da Comissão Nacional de Biodiversidade - CONABIO, uma Câmara Técnica

Permanente de Espécies Ameaçadas de Extinção e de Espécies Sobreexplotadas

ou Ameaçadas de Sobre-exploração. Refere-se a um fórum consultivo, do qual

participam representantes de instituições governamentais e não-governamentais

(LEEUWESTEIN, 2005).

Para as espécies oficialmente integrantes da lista das ameaçadas de

extinção, o MMA tem apoiado a elaboração de planos de manejo, nos quais são

definidas estratégias e prioridades de ações com vistas à sua efetiva recuperação.

Essa etapa envolve igualmente a participação conjunta de órgãos

governamentais, da comunidade científica e de organizações não governamentais.

Uma vez aprovados, os planos de manejo são utilizados para direcionar ações a

serem realizadas por todos os atores envolvidos, com vistas a promover a efetiva

recuperação de tais espécies (BRASIL, 2010).

A extinção é um problema ambiental que vêm ganhado proporções bem

maiores, pois é a extinção de algumas espécies de animais que acaba afetando

direta ou indiretamente a vida do homem. A extinção de animais é um processo de

desaparecimento de espécies, subespécies ou grupos de espécies de seres vivos e

traz implicações irreparáveis ao ciclo de vida do planeta. Diante disso, os

educadores têm um papel fundamental em despertar nos educandos uma postura

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diante desses problemas que além de ameaçar a existência de algumas espécies,

prejudica também a sua própria existência (SILVA; CAVALCANTI, 2012).

3.2 ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO NO CONTEXTO DO ESTADO DO CEARÁ

Dados mostram que no Brasil, através dos Recursos Naturais Renováveis

(SILVA; CAVALCANTE 2012) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, existem

mais de 400 espécies de seres vivos ameaçadas de extinção. Sobretudo a cada dia

vem aumentando desordenadamente no mundo todo. Temos como exemplos mico-

leão dourado, a arara azul, lobo-guará, tamanduá-bandeira, contudo esses são os

mais citados.

De acordo com o Ministério do Meio ambiente (BRASIL, 2012), podemos

citar algumas causas das espécies de extinção dos animais entre elas são:

Degradação e a fragmentação de ambientes naturais, resultado da abertura de

grandes áreas para implantação de pastagens ou agricultura convencional,

extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária, poluição,

incêndios florestais, formação de lagos para hidrelétricas e mineração de superfície.

Estes fatores infelizmente reduzem o total de habitats disponíveis às espécies e

aumentam o grau de isolamento entre suas populações, diminuindo o fluxo gênico

entre estas, o que pode acarretar perdas de variabilidade genética e, eventualmente,

a extinção de espécies.

Quando surgiu vida no planeta Terra, desde os tempos primórdios devido

às causas naturais, a maioria dos animais foi extintas devido às causas naturais,

antes mesmos do surgimento da espécie humana. Devido à interferência do homem,

pode acelerar os processos que eventualmente levaram ao desaparecimento de

muitos seres vivos que conhecemos (ZAGO, 2008).

A ação desenfreada dos humanos acaba afetando as espécies e o

funcionamento dos ecossistemas naturais, diminuindo sua capacidade de

desenvolvimento (OLIVEIRA. et.al. 2006).

Devido às atitudes dos seres humanos, o mesmo transforma o meio em

que vive para satisfazer suas necessidades econômicas, sociais e culturais. Ele

torna sujeito e faz a natureza elemento de suas ações. O meio ambiente acaba

ocupando espaço na história da presença humana (ZAGO, 2008).

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A Caatinga é o bioma exclusivamente brasileiro, rica em biodiversidade,

endemismo e diversidade. Nesse bioma existem muitos preconceitos, especialmente

daqueles relacionados aos aspectos da pobreza paisagística e da biodiversidade,

características ditas por quem desconhece a riqueza e importância da “Mata Branca”

ou “floresta branca”. Sendo esse um dos maiores biomas brasileiros, possuindo

área aproximada de 734.487 km2, representando 70% da região Nordeste e do

norte de Minas Gerais e 11% do território nacional (Luz, 2009).

Infelizmente na Caatinga ainda acontece o processo de alteração e

degradação ambiental provocado pelo uso excessivo dos recursos naturais, fazendo

com que aconteça a perda rápida de espécies únicas, à eliminação de métodos

ecológicos e à formação de vários núcleos de desertificação em vários setores da

região (CARDOSO, 2011).

Destacamos os répteis e anfíbios na fauna da caatinga, pois ambos

merecem destaques, por apresentarem na região semiárida 97 espécies de répteis e

45 de anfíbios. Já as aves possuem espécies endêmicas de uma riqueza

incontestável podendo ultrapassar 200 espécies. Na região da Caatinga são poucos

os mamíferos endêmicos. A literatura científica tem pouco evidenciado que a

Caatinga é um dos biomas brasileiro pouco estudado, apesar de sua extensão e

riqueza (LEAL. et al.,2003).

Hoje podemos afirmar que um dos biomas mais modificados pela ação

das atividades humanas é o da caatinga ao longo dos séculos. Através do meio da

combinação de indicadores de atividade agrícola, de pecuária, de extrativismo e de

pressão populacional foi calculado o índice de pressão antrópica – IPA. Índice que

indica atual situação da ação humana sobre o bioma Caatinga (LUZ, 2009).

Falando ainda sobre o bioma da Caatinga, para acabar com esse mito

que é pobre quanto à biodiversidade, é que surgiu a importância de incentivar a

busca de novos conhecimentos e a definição de estratégias e mecanismos que

garantam a conservação eficaz e competente da rica biodiversidade que caracteriza

este bioma e dos quase 30 milhões de cidadãos que convivem e dependem da sua

boa qualidade (LEAL. et al.,2003).

Para que haja à conservação da biodiversidade da Caatinga que não é

uma tarefa fácil, é preciso ser superado grandes obstáculos, podemos citar a falta de

um sistema regional eficiente de áreas protegidas e a falta de inclusão do

componente ambiental nos planos regionais de desenvolvimento. Todavia as

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sucessivas ações governamentais para o melhoramento da qualidade de vida da

população contribuem cada vez mais com a destruição dos recursos biológicos

(LUZ, 2009).

No país chamado Brasil existe muitas espécies diferenciadas umas das

outras com especialidades únicas. Características que se encontram exclusivamente

no bioma da Caatinga. Nesse país consideramos que não existem desertos, mas

possuem uma região chamada semiárida, situada na Região Nordeste e com

algumas áreas no Estado de Minas Gerais (CARDOSO, 2011).

O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior comercio ilegal não só do

Brasil como do mundo, perdendo somente para o tráfico de armas e drogas. O

comércio ilegal de animais silvestres é considerado no Brasil, crime pela lei 9.605/98

sujeito a pena de detenção que pode variar de 3 meses a 1 ano e aplicação de

multas, mesmo com o conhecimento de todas as leis o tráfico é constante e intenso,

podendo atingir 15% de todo comercio ilegal do mundo. Para que ocorra o comércio

ilegal de tráfico de animais silvestres, as regiões devem apresentar uma rica

biodiversidade de espécies. Na região Nordeste para a região Sudeste exatamente

no eixo Rio-São Paulo onde são comercializados e exportados para diversos lugares

do mundo (ROCHA, 2006).

Segundo os órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental: Companhia

de Policiamento Ambiental (CPMA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Cariri ocupa um dos principais caminhos

para as vendas de animais silvestres, logo é caminho para o Estado da Bahia onde

acontecem os pontos de captura. Esse comércio aumenta principalmente na época

da romaria. Mediante toda essa situação infelizmente o Brasil ocupa 2º lugar no

mundo de espécies de aves ameaçadas de extinção, sendo o tráfico de animais

silvestres (GIOVANNI, 2013).

No estado do Ceará, o trafico de animais silvestres é enorme chegando a

movimentar 1milhão de reais por ano, afetando a fauna cearense. Pesquisas

mostram que durante o ano de 2001 foram capturados 13.342 animais sendo que

90% eram aves, um dos principais polos de captura é o sertão central, sendo que o

Maciço de Baturité é outra região problemática (GIOVANNI, 2013).

O Estado do Ceará, por possuir a Caatinga como o seu principal bioma

único e exclusivo do Brasil e ocupando 11% de seu território não mais encontramos

em nenhum outro local. Na serra de Baturité existe uma grande riqueza de aves As

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serras de Aratanha e Maranguape infelizmente não contam com inventário

ornitológico disponível as contam como áreas importantes para a conservação das

aves (ALBANO E GIRÃO, 2008).

Conforme os autores (ROCHA et al., 2006), O tráfico de animais silvestres

provoca um desequilíbrio populacional, sendo que a captura excessiva torna a

segunda principal causa da redução populacional de várias espécies, perdendo

apenas para a degradação e perda de habitat provocada pelo desmatamento.

Quando o pássaro é capturado ele fica fora do processo reprodutivo, ficando

incapacitado de deixar descendentes os que ponderar ocasionar o risco de extinção

de algumas espécies.

Perante os dados que foram divulgados, é preciso conhecer as espécies

de aves mais traficadas não só na região do Cariri, mas como de todo Ceará,

conhecer suas características individuais, com finalidade de fornecer subsídio para

desenvolver a educação ambiental, formal e informal para que assim possamos

manter o ambiente com sua fauna que ainda existe. (DESTRO et al, 2012).

Segundo Rocha (2006), quando retiramos as aves do seu habitat natural

estamos desrespeitando a natureza, pois mantendo essas aves em cativeiros

estamos prejudicando seu processo reprodutivo natural e da teia alimentar a qual

estava inserida no ambiente, sendo que retirando essas aves do seu convívio

natural as mesmas ficam fáceis de adquirir doenças devido à convivência com

outros pássaros e também há mudanças em sua ecologia.

Diante desses problemas, é que se faz importante uma educação

ambiental que leve a sensibilização da consciência da coletividade, de forma que os

mesmos possam construir seus conhecimentos e agir responsavelmente. Desmatar

leva à destruição dos ecossistemas e à extinção das espécies que neles vivem. É

importante fazer com que os humanos compreendam que as mudanças de atitude,

serão necessárias para reverterem esse quadro de destruição do meio ambiente do

nosso planeta.

3.3 EXTINÇÕES DE ESPÉCIES

No primeiro volume do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de

Extinção (BRASIL, 2010) há uma explanação sobre o significado das categorias da

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IUCN (The World Conservation Union) para espécies extintas e ameaçadas,

referentes à táxons para os quais não há mais o registro na natureza, onde são

abordadas as definições e diferenças entre os termos Extinto, Extinto da Natureza e

Ameaçada. Esta ainda se divide em três níveis: Criticamente em Perigo, Em Perigo

e Vulnerável. A IUCN ainda apresenta outras categorias: Quase Ameaçada, Não

Ameaçada e Deficiente em Dados.

Serão abordadas neste trabalho as definições dos táxons que não

existem registros na natureza. Assim, Extinto é quando se tem certeza que o último

indivíduo daquele táxon morreu. Só se chega a essa conclusão em relação a uma

espécie após exaustivo estudo da mesma considerando seu habitat e ciclo de vida.

Extinto na Natureza é um táxon que se sabe que vive somente em cativeiro, cultivo

ou em uma população inserida na natureza em um local diferente da sua área de

ocorrência ascendente. E ameaçada é a espécie que corre o risco de ser extinta da

natureza em determinado tempo (BRASIL, 2010).

Existe uma evidente relação de custo e benefício entre os seres vivo do

planeta quanto à vida em grupo, ou seja, ao comportamento social, o que pode ser

um dos fatores relacionados ao processo de extinção. Tem-se enriquecimento do

comportamento social quando os participantes, geralmente da mesma espécie,

cooperam entre si e conseguem que suas taxas de sobrevivência e sucesso sejam

maiores em relação aos indivíduos que vivem solitários. Fazendo um breve balanço,

os custos da vida em grupo se resumem à maior exposição a doenças e parasitas,

enquanto os benefícios são muitos, como êxitos nas caças. Os ancestrais dos

humanos foram capazes de matar grandes mamíferos, o que não aconteceria se a

missão fosse realizada por um só sujeito (PURVES et al., 2005).

Até 2010 existiam apenas sete Estados brasileiros com elaborações de

listas com espécies ameaçadas de extinção próprias do seu Estado e o Ceará não

está entre eles. Esse é um dos fatores que implica na construção desse tipo de

material didático, pois fica difícil listar as espécies em extinção do Brasil quando se

têm cerca de 530 espécies de mamíferos, 1.800 de aves, 680 de répteis, 800 de

anfíbios e 3.000 de peixes, fora os invertebrados (BRASIL, 2010).

O Ceará não está isento dessa crescente erosão da biodiversidade, um

dos mais sérios problemas a serem enfrentados pelos humanos no contemporâneo

século. Na literatura supracitada há um mapa que demonstra a riqueza de espécies

de vertebrados ameaçadas de extinção, no qual o Ceará tem partes indicadas como

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21

não tendo espécies ameaçadas e a maioria do Estado está como se nas outras

regiões houvesse apenas o número máximo de 20 espécies da fauna ameaçadas de

extinção, quando se sabe que esses dados se devem ao fato de o conhecimento

cientifico relacionado ser escasso na região (BRASIL, 2010).

Além da importância evidente que todas as espécies têm, os presentes no

Ceará merecem uma atenção especial, pois esse Estado nordestino é um dos

privilegiados em ter como bioma a Caatinga, exclusivamente brasileiro (LEAL et al.,

2003), o que implica que a extinção de uma espécie da Caatinga leva ao seu

desaparecimento em todo o planeta.

A urgente necessidade em criar uma política para conservação da

biodiversidade da Caatinga fica clara quando se considera que, no bioma, há 24

unidades de conservação, segundo o site da ICMBio (Brasil, 2013) correspondentes

a 7,1% da superfície total, porém, apenas cerca de 1,21% desse total são unidades

de proteção integral (CAPOBIANCO, 2002) e que estimativas mostram que 30% da

área do bioma já foi alterado pelo homem, principalmente em função da agricultura.

Dado esse quadro, espera-se rápida perda de espécies únicas, eliminação de

processos-chave nos sistemas ecológicos e formação de extensos núcleos de

desertificação em vários setores da região (BRASIL, 2005).

Toda essa problemática só leva a uma conclusão: algo deve ser feito para

reverter o quadro de degradação de um bem tão precioso como a vida do planeta.

3.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A escola é um local destinado à formação de cidadãos conscientes e

capazes de mudar o meio em que vivem, logo é possível trabalhar na escola a

formação de defensores do ambiente, e assim a formação de cidadãos conscientes

culmina na possibilidade de reverter o quadro de destruição do planeta.

A Educação Ambiental (EA) nas escolas, por meio de projetos que visem

despertar a conscientização da sociedade sobre a presente situação do meio

ambiente e sobre o que deverá acontecer se continuarmos seguindo nesse ritmo

desenfreado de desenvolvimento insustentável, se faz necessário e a escola se

propondo a idealizar e realizar esses projetos poderá dar uma parcela de grande

contribuição não só para a comunidade escolar, mas para toda a sociedade.

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22

Mas, afinal, por que se deve pensar na sociedade como um todo?

Townsend, Bergon e Harper (2006) explicam que para buscar reverter à devastação

é importante direcionar o pensamento além da preservação da natureza exclusiva e

considerar os problemas socioeconômicos relacionados, já que a desigualdade

social no planeta é real e está intimamente relacionada à insustentabilidade do

planeta quanto à população humana.

Esse pensamento faz paralelo com o que foi dito pela Secretaria de

Educação Fundamental. A EA precisa levar em conta questões como energia,

saúde, saneamento e educação, pois todas essas fazem parte da esfera humana.

Implica ainda com o fato de a EA não ser tão facilmente aceita e desenvolvida por

implicar na mobilização de melhorias profundas do ambiente e quando consegue

atingir seus objetivos provoca alteração de conduta pessoal e a atitude e valores de

cidadania que podem ter relevantes consequências sociais (BRASIL, 1998). Esse

tema transversal está inserido nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) como

meio ambiente (BRASIL, 1997).

A EA deve ser desenvolvida para ajudar os estudantes a edificarem uma

consciência global das questões referentes ao meio para que possam assumir

posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria. Para isso é

importante que possam atribuir significado aquilo que aprendem sobre a questão

ambiental. E esse significado é resultado da ligação que o aluno estabelece entre o

que aprende e a sua realidade cotidiana (BRASIL, 2001).

Muitas instituições preocupadas com a questão da preservação e

extinção das espécies pressionam as autoridades a adotar leis mais rígidas, para a

proteção das espécies ameaçadas de extinção (MATTOS, 2011).

Dentro desse contexto, a necessidade de mudar o comportamento do

homem em relação à natureza, no sentido de promover o bem-estar social, a

melhoria da qualidade de vida e enfatizar a importância da causa da preservação do

meio ambiente são imprescindíveis dentro do âmbito escolar. Perante aos

problemas ambientais específicos, como é o caso das espécies ameaçadas de

extinção no Ceará, é que se faz necessária à educação ambiental na escola que

trabalhe temas voltados para conscientização das questões ambientais voltada,

principalmente, para extinção das espécies.

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23

4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DE PESQUISA

Para a realização do estudo e analise do conhecimento dos alunos, foi

escolhida, como metodologia, a abordagem quantitativa.

A pesquisa quantitativa aplica-se à dimensão mensurável da realidade,

origina-se na visão newtoniana dos fenômenos e transita com eficácia na

horizontalidade dos extratos mais densos e materiais da realidade. Seus resultados

auxiliam o planejamento de ações coletivas e produz resultados passíveis de

generalização, principalmente quando as populações pesquisadas representam com

fidelidade o coletivo (BIGNARDI, 2012).

4.2 CENÁRIO DA PESQUISA

O estudo foi desenvolvido na Escola de Ensino Médio Centro de

Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA),

no turno noite.

A escola campo de pesquisa está localizada na Rua Monsenhor Coelho,

s/nº, no Centro da cidade de Iguatu/CE. Possui 295 alunos com frequência regular,

301 alunos semipresenciais (não frequentam as aulas diariamente, mas vão à

escola só tirar dúvidas e fazer as avaliações) e 36 funcionários no geral, e funciona

das 07h30min às 21h 45min. Essa instituição de ensino tem por objetivo dar

oportunidade de educação para jovens e adultos que não concluíram o Ensino

Fundamental e/ou Médio na idade própria, apresentando diversas facilidades para

seu público alvo como disponibilidade de matricula durante todo o ano letivo, e aulas

presenciais e semipresenciais, progressão parcial (quando o aluno cursa apenas

a(s) disciplina(s) em que ficou reprovado no ano anterior), circularidade de estudos

(o aluno estuda cada disciplina da série a ser concluída por apostilas - Módulos – e

faz as provas na instituição) e aproveitamento de estudos (o aluno aproveita as

notas que obteve na prova do ENEM e em caso de não atingir a média em alguma

disciplina cursará apenas estas) (BRASIL, 2012).

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24

Diante desses aspectos percebe-se que a escola em questão tem grande

responsabilidade perante a sociedade como um todo, pois atende um público

bastante heterogêneo com habilidades e dificuldades bem distintas e, portanto,

necessita apresentar várias aptidões para superar os desafios de ensino-

aprendizagem que certamente surgem no cotidiano da instituição, precisando de

muito apoio de outras entidades para alcançar seus objetivos na educação de jovens

e adultos.

4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA

O público alvo engloba os alunos e professores da escola de Ensino

Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da

Fonseca Mota (CEJA). Os estudantes apresentam idade que varia de 17 a 72 anos.

Os instrumentais de coleta de dados foram aplicados com 104 alunos de

quatro turmas de 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio do turno da noite. Os cinco

professores participantes da pesquisa foram todos os professores que ministram

aula de Biologia na referida escola, independentemente de serem ou não

professores nas turmas supracitadas. Ao total foram aplicados 109 questionários.

A escola campo de estudo foi escolhida por ser um ambiente familiar para

a pesquisadora, pois além de conhecer bem os funcionários da instituição, a prática

de Estágio Supervisionado foi por ela realizada no CEJA.

É importante ressaltar que no CEJA o 2º e 3º anos são cursados em um

só ano letivo e, portanto os alunos participantes da pesquisa no primeiro semestre

cursavam as disciplinas do 2º e no segundo semestre as disciplinas do 3º ano.

4.4 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados por meio de questionários estruturados com

perguntas claras e objetivas, garantindo a uniformidade de entendimento dos

entrevistados. Foram elaborados de forma heterogênea, sendo um questionário para

os alunos (APÊNDICE A) e outro para os professores (APÊNDICE B) da escola

campo de pesquisa.

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25

Os questionários foram a base para formulação de uma palestra

expositiva, ministrada pela pesquisadora do presente trabalho, e por um professor

da rede municipal de Iguatu para os alunos e professores participantes, enfatizando

as carências no conhecimento diagnosticado por meio dos questionamentos do

instrumental.

4.5 ANÁLISES DE DADOS

Os resultados foram obtidos através de análise às respostas dos

questionários aplicados. Ao todo foram aplicados 109 questionários, sendo estes

respondidos por 104 alunos e 05 professores. A análise dos dados obtidos foi feita

através de estatística descritiva.

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26

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS

Os educandos participantes da pesquisa apresentavam idades bem

distintas, entre 17 a 72 anos.

Ao analisar as respostas dos alunos às questões propostas no

questionário, observou-se que muitos deles apresentavam um conhecimento prévio

sobre o que é a extinção de espécies ou quais animais encontram-se nesta situação.

Grande parte deles afirmou que nas aulas de Biologia os professores trabalham a

temática extinção das espécies sempre que possível.

Primeiro foi direcionado o seguinte questionamento: Para você, o que é

extinção de espécies? A partir da análise das respostas obtidas por meio do

questionário, verificou-se que a maioria dos alunos considerou que tal problema

ocorre quando a espécie “desaparece” e que isto “pode ocorrer por diversas causas”

(figura 01).

FIGURA 01: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Para você o que é extinção de

espécies?”.

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27

De acordo com Oliveira et al. (2006), existem várias causas que podem

levar uma espécie à extinção ou ameaçá-las, como alterações climáticas,

competições inter e intraespecífica, predação, barreiras geográficas, e a própria

evolução, além da ação desenfreada dos seres humanos na natureza. Afinal, um

dos maiores efeito nocivos para a biodiversidade é causada pela atividade humana;

Consideramos a extinção de espécies o sexto maior evento desde o surgimento da

vida no planeta.

Considerando o conhecimento dos alunos sobre o que é extinção de

espécies verifica-se que a maioria apresenta conhecimento prévio a respeito do

assunto, pois responderam a opção correta, e apenas 2% responderam

erroneamente ao questionamento. Ao analisar as respostas percebemos que os

alunos já possuíam, se não um conhecimento significativo, uma visão ampla de que

muitos animais estão sofrendo as consequências dos desastres ambientais.

O fato de a maioria dos alunos ter marcado corretamente à pergunta pode

ser justificado por conta do conhecimento que os mesmos adquiriram e adquirem na

escola e também no meio em que estão inseridos, visto que este tema tem sido

amplamente divulgado nos últimos anos nos diversos meios de comunicação.

Quando questionados se nas aulas de Biologia a extinção é uma temática

abordada pelo (a) professor (a), houve respostas diferenciadas. Verificou-se que

59% dos alunos mostraram que os professores trabalham sempre que possível o

conteúdo extinção de espécie na sala de aula (figura 02).

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FIGURA 02: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Nas aulas de Biologia, a extinção é

uma temática abordada pelo (a) professor (a)?”.

O professor através dos seus conhecimentos é visto como um mediador e

facilitador da aprendizagem para os seus alunos. Diante desse percentual, podemos

observar que o conteúdo vem sendo trabalhado pelos professores com os alunos da

escola, fato considerado de fundamental importância para a preservação das

espécies, uma vez que proporciona aos alunos conhecerem sobre o tema e

consequentemente buscarem a preservação das mesmas.

As respostas indicam que alguns alunos responderam que o tema

extinção de espécies é trabalhado, mas raramente. Enquanto outros afirmaram que

os docentes nas suas aulas de Biologia nunca abordam esse tema. Acredita-se que

estas respostam divergentes devem-se ao fato dos questionários terem sido

aplicados em quatro turmas diferentes e o conteúdo deve ter sido trabalhado em

uma turma e não na outra.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

(PNUMA), um dos princípios fundamentais para uma sociedade sustentável é

respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos. Sendo outro princípio

fundamental, e sem dúvida, seria um critério de sustentabilidade, é o de conservar a

vitalidade e a diversidade do planeta Terra (DINIZ, 2005).

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29

Quando perguntado aos alunos onde eles adquiriram o primeiro contato

com o conhecimento sobre extinção das espécies, 50% responderam que

obtiveram-no na escola (figura 03). Isso mostra que a entidade escolar continua

sendo a principal multiplicadora dos conhecimentos referentes à Educação

Ambiental. Mediante resposta dada pelos alunos vimos que a escola exerce um

papel fundamental e de grande importância para o crescimento intelectual do aluno.

Para este resultado tem-se, também, como contribuição o fato de ser

comum a constância dos educandos na comunidade escolar no decorrer da vida e

provavelmente a porcentagem não tenha sido maior porque parte desses alunos

terem passado alguns anos sem frequentar a escola.

50%47%

2% 1%

Questão: 05.Onde você teve seu primeiro contato com o conhecimento sobre a extinção das

espécies?

Na escola

Na televisão

Na internet

Com os amigos

Figura 03: Respostas dos alunos do CEJA sobre o lugar onde primeiramente tiveram conhecimento

com o tema extinção de espécies.

Ainda sobre a questão anterior, 47% dos alunos responderam que

obtiveram tal conhecimento através da televisão, assim verifica-se que esse meio de

comunicação é fundamental para transmitir e disseminar informação sobre questões

ambientais.

Segundo Santos (2000), a televisão é um meio de comunicação mais

utilizado pelas pessoas. Na referida questão os alunos da presente pesquisa

responderam e avaliaram os meios de comunicação social como o meio de

informação que mais os influenciou em matéria de problemas ambientais.

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Observa-se que 2% dos alunos responderam que obtiveram os

conhecimentos através da internet, também um meio de comunicação muito usado

nos dias atuais, não só pelos estudantes, mas por toda sociedade. Esse meio de

informação ganhou espaço na mídia, ocupando o primeiro lugar nas pesquisas e

informações em geral. Todavia, obteve-se um percentual mínimo de 1% de alunos

que tiveram seu primeiro contato, no tocante à extinção de espécies, com os

amigos.

Esses dados harmonizam-se com os resultados de pesquisas recentes:

A internet é o segundo meio de comunicação usado mais frequentemente

pelos brasileiros, atrás da televisão e à frente do rádio, segundo a primeira

edição da "Pesquisa Brasileira de Mídia 2014 – Hábitos de Consumo de

Mídia pela População Brasileira", divulgada nesta sexta-feira (7) e

encomendada ao Ibope pela Secretaria de Comunicação Social da

Presidência da República (BRAGA, 2014).

Quando questionados se seus conhecimentos sobre a extinção das

espécies era satisfatório, 55% responderam que sim, ou seja, os alunos mostraram

familiaridade com o tema dos animais em extinção, como citado anteriormente, esse

conhecimento é possível ter sido adquirido no âmbito escolar. (figura 04).

Figura 04: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Você considera o seu conhecimento

sobre a extinção das espécies satisfatório?”.

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Pode-se verificar que 45 % dos alunos analisados apesar de possuírem

uma trajetória de vida escolar a um bom tempo, julgam possuir conhecimento

insatisfatório sobre o tema. Isso monstra que é de extrema importância desenvolver

nas escolas uma educação ambiental adequada, no sentido de sensibilizar os

educandos para a importância da biodiversidade e desenvolver uma consciência

ecológica voltada para a criação de uma sociedade moderna, com valores e atitudes

ambientalmente corretas.

Ao serem questionados se o tema extinção deveria ser mais trabalhado

nas aulas de Biologia, 96% responderam que sim, ou seja, os alunos mostraram-se

interessados pelo tema, demonstrando a receptividade deles para trabalhar a EA

incluindo a vertente da extinção, favorecendo a realização da palestra (figura 05).

FIGURA 05: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Como aluno você acha que esse

tema deveria ser mais trabalhado nas aulas de biologia?”.

Partindo da ideia citada por Santos (2001) de que a escola é um espaço

definido e significativo, onde as relações ensino/aprendizagem, interpessoais e

profissionais necessitam de mudanças. Perceber-se que a sala de aula é um lugar

onde o professor deve ser o intermediário de debates, instigando os alunos a se

posicionarem frente às questões trabalhadas em sala.

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32

É na escola que devemos dar oportunidades aos alunos a fazerem seus

questionamentos, suas discussões, possibilitar a troca de conhecimentos e não

simplesmente seguir uma lista de conteúdos descontextualizados da realidade do

estudante e sim buscar uma ligação entre o que é trabalhado em sala de aula e o

que é divulgado fora da sala de aula. (MÜLLER, 2002).

No ensino de Ecologia, segundo DINIZ, (2005), a preservação da

biodiversidade é capaz de provocar discussão de valores e ética ambiental, incluindo

jeitos utilitários e os necessariamente éticos.

Observou-se que um percentual de 4% dos estudantes acredita que o

tema abordado não precisa ser mais trabalhado em aula. Isso possivelmente esteja

relacionado ao fato de que alguns alunos não têm conhecimento do tema.

Trabalhando essa temática em sala de aula os alunos poderiam ter outra postura

diante dos problemas enfrentados no âmbito da biodiversidade, principalmente

quanto à extinção das espécies do Estado do Ceará.

Entretanto, verifica-se que a divulgação do tema na escola pesquisada

ainda é ineficiente, à medida que os temas relacionados à preservação do meio

ambiente apresentam um enfoque maior na Semana do Meio Ambiente (atividade

que tem por finalidade apoiar a participação da comunidade nacional na preservação

do patrimônio natural do País e efetiva-se na semana do dia 5 de junho, quando é

comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Nela são trabalhados diversos temas

ambientais escolhidos de forma particular pela escola que a realiza), onde são

trabalhadas datas comemorativas como dia da árvore entre outros, tornando essa

temática com uma representatividade apenas maior nessas datas, não propiciando a

continuidade do tema durante todo o ano letivo.

Ao ser analisado as respostas dos alunos quanto à pergunta 08 (figura

06), percebemos que eles tinham conhecimento sobre as espécies que encontram-

se ameaçadas de extinção no Estado do Ceará.

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FIGURA 06: Respostas dos alunos do CEJA sobre a questão “Marque as alternativas que

apresentam espécies ameaçadas de extinção (ou em extinção) no Estado do Ceará”.

Avoante foi a alternativa mais marcada pelos educandos, 19%. Essa ave

encontra-se ameaçada de extinção, mas ela não é natural da fauna cearense

migrando em pontos dentro do Estado para se reproduzir. Em relação ao animal tatu

bola, os alunos marcaram 16 % é uma espécie de animal que faz parte da nossa

fauna cearense e encontra-se em sério risco de extinção. Todavia esse animal está

na mira do desaparecimento, e para os ambientalistas, esse animal, só é encontrado

na caatinga e cerrado do Brasil. Podemos através dessa mostrar ao mundo a nossa

rica natureza e o nosso compromisso com a biodiversidade, sensibilizando o povo

brasileiro para a necessidade de cuidado e proteção da natureza (NASCIMENTO,

2011).

Sendo esse animal considerado o menor do Brasil, podendo medir, no

máximo, 50 centímetros sendo considerado o mais ameaçado. Sua caça já o fez

desaparecer de vários Estados, já que muitos apreciam sua carne, considerados

uma iguaria (NASCIMENTO, 2011).

Diante do conhecimento dos alunos eles assinalaram com 15% periquito-

cara-suja. Essa espécie de ave também faz parte da nossa fauna cearense, que se

encontra ameaçada de extinção. Essa espécie é considerada como “Criticamente

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em Perigo” na lista nacional e internacional da fauna ameaçada (ALBANO e GIRÃO,

2008).

A ave acima citada faz parte da nossa fauna cearense. É o periquito mais

ameaçado de extinção das Américas. Sendo uma ave exclusivamente nordestina, já

foi encontrada em outros Estados da região, porém devido à destruição de seu

habitat (as florestas serranas nordestinas) e à captura ilegal para o tráfico de

animais silvestres, acredita-se que sua distribuição esteja restrita atualmente ao

Estado do Ceará, em apenas duas localidades, Serra de Baturité e Monólitos de

Quixadá (LUGARINI, et.al. 2012).

Durante análise dos questionários os alunos da escola campo de

pesquisa assinalaram tartaruga-de-couro com 14%. É uma das espécies mais

ameaçada de extinção no planeta, podendo ser encontrada nos Estados do Piauí e

Maranhão, ou seja, na Região Nordeste. É a maior entre todas as espécies de

tartarugas e é muito diferente das outras tanto em aparência quanto em fisiologia.

Portanto fica evidente que essa espécie não faz parte do Estado do Ceará

(MARCOVALDI, et al. 2011).

No questionário resolvido pelos alunos, o peixe-boi-marinho foi assinalado

com 13% essa espécie faz parte da fauna cearense, sendo que estão protegidas por

leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, ele é protegido por lei

desde 1967, sua caça com a comercialização de produtos derivados é crime que

pode levar o infrator até dois anos de prisão (AGUILAR, 2007).

Esses animais possuem hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora

da época de acasalamento são muito mansos e, por este motivo, são facilmente

caçados e encontram em risco de extinção (AGUILAR, 2007).

Na analise dos alunos, o gato do mato ficou com um percentual de 12%.

Essa espécie encontrar-se em extinção e faz parte da fauna cearense.

Mediante as respostas dos alunos, verificou-se que os mesmos

assinalaram com 11% o soldadinho do Araripe, essa espécie faz parte da fauna e

encontra-se ameaçada de extinção no Estado do Ceará.

Segundo Girão e Linhares (2011), essa espécie está entre as cem mais

ameaçadas do planeta, possui aproximadamente 14 centímetros que vive apenas na

Chapada do Araripe, no Ceará. Sua principal ameaça é a destruição do hábitat

devido à expansão da agricultura, unidades de recreação e parques aquáticos.

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35

Mediante levantamento de dados, feito através dos questionários,

resolvidos pelos alunos na referida escola, observou-se que os docentes

apresentavam um bom conhecimento, sobre o tema abordado.

Segundo analise dos alunos fica evidente que os mesmos demostraram

que tinham conhecimentos sobre a lista de animais que estão em extinção no

contexto do Estado do Ceará.

Depois dos dados coletados através dos questionários foi organizada uma

palestra, para falar e mostrar os animais ameaçados de extinção no Ceará. Essa

palestra aconteceu no estabelecimento de ensino campo de pesquisa. Nessa

atividade usou-se uma metodologia expositiva através do data show, na qual foram

comentadas, divulgadas e mostradas imagens coloridas dos animais que se

encontram em extinção no nosso Estado, para alunos e professores.

A palestra foi ministrada por um professor da rede municipal (figura 07),

sendo esse evento um dos momentos mais atrativos para eles, pois alunos e

professores participaram efetivamente da palestra com alguns deles relatando

experiências pessoais ou conhecimentos relacionados ao tema. A discussão foi

sempre incentivada, para aumentar o interesse a respeito do tema abordado.

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FIGURA 07: Imagens da palestra realizada no CEJA sobre animais ameaçados de extinção no

Estado do Ceará..

5.2 QUESTIONÁRIO DOS PROFESSORES Em relação ao questionário aplicado aos professores verificou-se que os

cinco moram na cidade de Iguatu. Os mesmos são professores da rede pública

estadual e municipal da referida cidade.

Quando os professores foram indagados sobre a sua formação 60%

disseram que são Licenciados em Ciências Biológicas. Enquanto 20% são

Bacharéis em Ciências Biológicas e 20% são Licenciados em Matemática e Física

(figura 08). Com isso, percebe-se que a maioria dos professores são formados

dentro da área da Biologia, eliminando a falta de afinidade na área como uma das

causas de falha no desenvolvimento da temática ambiental em sala.

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FIGURA 08: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Qual é a sua formação?”.

O fato da maioria dos docentes serem formados em Biologia é um fator

que contribui para que o tema da extinção de espécies seja trabalhado em sala de

aula, visto que esse tema é estudado nos cursos de Biologia, assim os professores

formados nessa área apresentam um maior domínio do assunto.

Quando questionados sobre o tempo que ministram a disciplina Biologia,

60% dos professores responderam que ministram a mais de cinco anos, 20%

trabalham a menos de um ano, e 20% trabalham de dois a cinco anos na sala de

aula (figura 09).

Isso mostra que os professores possuem uma boa experiência, dentro da

sala de aula e, portanto já tiveram mais contato com a disciplina e Biologia e

consequentemente com a educação ambiental, o que favorece o bom andamento

dos trabalhos e aulas dentro desta temática.

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FIGURA 09: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Há quando tempo você ministra

a disciplina de Biologia?”.

Com relação à temática Educação Ambiental, a maioria dos professores

responderam que se identificaram com a mesma. Destes, 80% afirmaram se

identificar com a temática e 20% não se identificam (figura 10). Para os docentes

esse tema é de grande importância para conscientizar uma comunidade escolar

sobre a importância da educação ambiental na melhoria da qualidade de vida.

Provavelmente, os professores que não se identificam com a EA sentem-

se dessa forma por não serem da área das Ciências Biologicas não tendo estudado

melhor a temática, ou por preferirem as Ciências Exatas já que são licenciados em

Matemática e Física.

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FIGURA 10: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Você se identifica com a

temática Educação Ambiental?”.

Quando foram questionados se trabalham sobre a extinção de espécies

nas suas aulas, 80% (figura 11) disseram que sim, sempre que possível. Pois

trabalhando essa temática em sala de aula muito contribuirá a preservação do meio

ambiente.

Esse resultado mostra que a maioria dos professores ministra o tema nas

suas aulas, assim têm a possibilidade de desenvolver trabalhos e projetos juntos a

comunidade escolar dentro das áreas de ciências da natureza adquirindo

conhecimentos e enriquecendo suas aulas.

Contudo, pode-se observar (figura 11), que 20% dos professores

trabalham raramente esse tema, isso mostra que, provavelmente, eles dão

preferência aos conteúdos dos livros didáticos para serem trabalhados durante o

ano letivo, desta forma acabam abordando menos a questão ambiental que é de

grande importância para a preservação do meio ambiente.

Segundo Barbosa (2008), é no sentido de promover a articulação das

ações educativas voltadas às atividades de proteção, recuperação e melhoria sócio

ambiental, e de potencializar a função da educação para as mudanças culturais e

sociais, que se insere a Educação Ambiental no planejamento estratégico para o

desenvolvimento sustentável.

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FIGURA 11: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Você trabalha sobre a extinção

de espécie as suas aulas?”.

Ao serem indagados se a escola em que trabalham incentiva os mesmos

a desenvolver projetos de Educação Ambiental, todos responderam que sim.

Esse resultado expressa a importância dada pelos gestores da escola

para a realização de projetos voltados para Educação Ambiental na escola. Esses

projetos são especialmente importantes porque a população mais jovem precisa

saber da importância de serem trabalhados conteúdos voltados para o meio

ambiente e também estar ciente de como as suas ações podem contribuir para a

extinção das espécies.

Perante tais situações, torna-se urgente criar condições para preservar o

que ainda pode ser salvo. Portanto é necessário mobilizar conhecimentos científicos,

sensibilizar políticos e despertar o interesse da população e de grandes lideranças.

O contato com a natureza é uma experiência viva e será ingrediente essencial em

tempos de crise. Mas de nada valeria se esse incentivo não atingisse também os

professores, que são os verdadeiros multiplicadores no âmbito da Educação

Ambiental formal (DELAZZERI, 2009).

Ao providenciarmos atividades educacionais, nós não só estaremos

educando as próximas gerações sobre o nosso planeta, mas nós também estaremos

assegurando a sobrevivência dessas espécies que se encontram ameaçadas de

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extinção. Portanto a educação é a maneira de dar uma voz a esses animais incríveis

e lutar por eles (DULLEY, 2004).

Quando indagados se projetos de Educação Ambiental desenvolvidos na

escola podem contribuir para motivar os alunos a preservarem a extinção de

espécies, 100% dos professores responderam que sim. Isso mostra que os

professores tem consciência de que uma das formas de conscientizar os alunos

sobre a preservação ambiental é através do desenvolvimento de projetos nas

escolas.

Para estes professores a aplicação de projetos de Educação Ambiental e

o cuidado com o meio ambiente podem contribuir para a disseminação de conceitos

que venham a priorizar o cuidado com o meio ambiente.

Neste contexto, a Educação Ambiental vem viabilizar a compreensão e a

sensibilidade da sociedade com a natureza, com o objetivo de minimizar a

problemática sócio-ambiental, criando alternativas para melhorar a qualidade de vida

e promover a sustentabilidade, procurando sensibilizá-la para os problemas

ambientais existentes no nosso cotidiano. Assim, mais do que uma simples forma

de transmitir informações e conhecimento sobre os recursos naturais, a Educação

Ambiental é uma ferramenta indispensável à construção de novos valores e atitudes,

voltados ao desenvolvimento de uma sociedade comprometida com a solução de

seus problemas ambientais, proporcionando condições adequadas de sobrevivência

para as atuais e futuras gerações (DULLEY, 2004).

Verificou-se como resultado do presente trabalho que a maioria dos

professores pesquisados trabalham sobre extinção das espécies em suas aulas e

que se interessam pela temática.

Quanto ao alunos, observou-se que eles possuem um conhecimento

considerável sobre o tema e que desejam trabalhar mais a respeito da extinção. Tal

interesse comprovou-se na efetivação da palestra realizada com as turmas, pois

eles participaram efetivamente do momento fazendo perguntas e dando suas

opiniões.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o desenvolvimento dessa pesquisa ficou claro que tanto alunos

como professores da Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e

Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA) possuem certo

conhecimento a cerca do tema “Extinção das Espécies ameaçadas de extinção no

Ceará”, porém, mediante as respostas obtidas nos questionários e no momento da

palestra, observou-se que um parte dos pesquisados mostraram uma visão limitada

sobre o tema, deixando clara a necessidade de envolver a comunidade escolar, a

comunidade como um todo e a sociedade em projetos que visem a preservação das

espécies bem como mais esclarecimentos sobre a importância da conservação do

meio ambiente.

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Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP – PPGE – [email protected] -Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP – PPGE.

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(Monografia de Especialização do Programa de Pós Graduação em Educação

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA

ESCOLA DE ENSINO MÉDIO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

GOVERNADOR LUIZ GONZAGA DA FONSECA MOTA (CEJA).

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

01. Qual é a sua idade?

________________________________________________________________

02. Onde você nasceu?

( ) Iguatu

( ) Outra cidade no Estado do Ceará ____________________________________

( ) Em um município fora do Estado do Ceará pertencente à região Nordeste do

Brasil

( ) Em um munícipio que não pertence à região do nordeste do Brasil

03. Para você, o que é extinção de espécies?

( ) deixar uma determinada espécie de lado, sem cuidados.

( ) é o desaparecimento total de espécies, como animais, plantas, e pode ocorrer

por diversas causas.

( ) diferenciar uma espécie das outras.

04. Nas aulas de Biologia, a extinção é uma temática abordada pelo(a) professor(a)?

( ) Nunca

( ) Sim, sempre que possível.

( ) Sim, mas raramente.

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05. Onde você teve o primeiro contato com o conhecimento sobre a extinção das

espécies?

( ) na escola.

( ) na televisão.

( ) na internet.

( ) com os amigos.

06. Você considera o seu conhecimento sobre a extinção das espécies satisfatório?

( ) Sim.

( ) Não.

07. Como aluno você acha que esse tema deveria ser mais trabalhado nas aulas de

Biologia?

( ) Sim.

( ) Não.

08. Marque as alternativas que apresentam espécies ameaçadas de extinção (ou em

extinção) no Estado do Ceará.

( ) avoante

( ) tatu-bola

( ) soldadinho-do-araripe

( ) gato do mato

( ) peixe-boi marinho

( ) tartaruga-de-couro

( ) periquito-cara-suja

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APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES DA DISCIPLINA DE

BIOLOGIA DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS GOVERNADOR LUIZ GONZAGA DA FONSECA MOTA

(CEJA).

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

01. Qual é a sua formação?

( ) Licenciado em Ciências Biológicas

( ) Bacharel em Ciências Biológicas

( ) Licenciado em Pedagogia

( ) Outros/especifique ______________________________________________

02. Há quanto tempo você ministra a disciplina de Biologia?

( ) Menos de um ano

( ) De dois a cinco anos

( ) Mais de cinco anos

03. Você se identifica com a temática Educação Ambiental?

( ) Sim

( ) Não

04. Você trabalha sobre a extinção de espécies nas suas aulas?

( ) Nunca.

( ) Sim, sempre que possível.

( ) Sim, mas raramente.

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05. Há incentivo da escola para a temática ambiental ser trabalhada com os alunos?

( ) Sim.

( ) Não.

06. Quando a Educação Ambiental é trabalhada em sala como os alunos reagem?

( ) gostam bastante.

( ) participam mostrando interesse e curiosidades.

( ) não se interessam muito.

( ) não apresentam nenhum interesse.

07. Você acredita que trabalhar o tema extinção das espécies do nosso Estado pode

levar os alunos a se preocuparem e se envolverem com o processo de conservação

dessas espécies já ameaçadas e das outras no geral?

( ) Sim.

( ) Não.