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No decurso da minha carreira, e vida social e profissional algumas questões de corpo, figurino (roupa) e nudez junto ao artista cênico, por vezes, caminharam juntos em meu cotidiano, podendo se dizer indivisível como pele nessa construção cênica. Em muitos casos surgindo antes até da obra a ser executada, uma idéia de pele e corpo e dança depois o movimento. Esse artigo é a finalização do ciclo acadêmico feito na Faculdade de Artes do Paraná, onde procurei investigar e discorrer sobre o homem artista cênico e seu corpo como instrumento de trabalho, com ou sem um determinado tipo de figurino (roupa), para a sua representação cênica.
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5/13/2018 O CORPO MASCULINO E A DAN A-: reflex es sobre um figurino(roupa) inv lucro e in...
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O corpo masculino e a dança: reflexões sobre umfigurino(roupa) invólucro e indelével
Everson Luíz Oliveira Motta1
Orientadora: Cristiane Wosniak2
“Nos humanos o sexo se refere a distinções biológicas de anatomia, hormônios ecomportamento erótico” (HANNA, 1999, p.31).
RESUMO
No decurso da minha carreira acadêmica, e vida social e profissionalalgumas questões de corpo, figurino (roupa) e nudez junto ao artista cênico,por vezes, caminharam juntos em meu cotidiano, podendo se dizer indivisívelcomo pele nessa construção cênica. Em muitos casos surgindo antes até daobra a ser executada, uma idéia de pele e corpo e dança depois o movimento.Esse artigo é a finalização do ciclo acadêmico feito na Faculdade de Artes doParaná, onde procurei investigar e discorrer sobre o homem artista cênico eseu corpo como instrumento de trabalho, com ou sem um determinado tipo defigurino (roupa), para a sua representação cênica.
Palavras chaves: corpo, dança, roupa(figurino), pele, nudez.
Introdução: o corpo masculino e a dança
Na sociedade em que vivemos, por vezes, observamos os corpos
masculinos, cultuados pela sociedade, protegidos e cobertos com algum tipo
de vestimenta. De certa forma, em cada época a função social esteve em
constante transformação em relação aos gêneros, porém em relação à
anatomia humana do sexo masculino, permaneceu inalterada.
_____________________________
1 Acadêmico do 4º ano Dança-bacharelado/licenciatura da FAP.
2 Professora Mst. em Comunicação e Linguagens e docente do curso de Dança da
FAP.
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Esse corpo “masculino” em cada época se constrói de forma singular ,
diferenciado sempre pelo órgão genital, no qual por vezes é encoberto por se
tratar em algumas sociedades, de um ato de pudor, por apenas se tratar de um
corpo nu ou semi-nú.
Nos primórdios de nossa existência, nossos antepassados se cobriam
de formas diferenciadas: com peles e sementes na pré historia; na Idade Média
surge a noção do uso intenso de adornos levados ao extremo na Renascença
e no período barroco, cheio de luz, ouro, porém em todas as épocas sempre
houve uma preocupação com o corpo sendo ele coberto como forma de
proteção ou apenas decoro, ou por si só apenas nus.
Esse corpo cultuado como “Deus” na Grécia antiga, talhado de forma
exuberante em estatuetas em forma de corpos esculturais demonstrando o
gênero forte e o ímpeto de se sobressair como um ser superior e guerreiro.
Esse corpo torneado com a musculatura em evidência, proporcionando um
atrativo sexual a todos que o observassem, até dentro da dança por vezes
esse tipo de ‘feromônio’ se liberta e revela informações capazes de produzir um
estado de êxtase quando o corpo descoberto (ou nu) é visto de cada ponto de
vista podendo ser sexual ou estético.
Numa abordagem sobre esse corpo nu, Richard Sennett fala da Grécia
antiga como:
O valor que os gregos atribuíam à nudez decorria, em partes, deque como eles imaginavam o interior do corpo humano. Na épocade Péricles, o calor do corpo era a chave de fisiologia humana. Osseres capazes de absorver o calor e manter o seu próprioequilíbrio térmico não precisavam de roupas. Segundo os gregos,
o corpo quente era mais forte, reativo e ágil do que o corpo frio einerte (SENNETT, apud SILVA, 2005, p. 60).
Quando falamos do corpo masculino de um bailarino, tratamos de um
corpo funcional e estético, “o corpo do bailarino desaparece no movimento;
mesmo quando a forma do corpo é obscurecida pelo vestuário, signos e
símbolos da sexualidade pode ser interpretada na dança, e o sentimento
erótico ou lúbrico despertados (HANNA, 1999, p.30).
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Uma passagem histórica na dança intensamente descrita por diversos
historiadores da área é quando o bailarino Nijinski dança a coreografia ‘L’Après
Midi d’um Faune’, onde o mesmo diz ter atingido um orgasmo, após ter se
masturbado em cena. Neste caso esse corpo cultuado e falado realizou
funções em cena que o transformou, para alguns, em um exagero performático,
ou sexo explicito.
Outro dos astros do balé de Diaghilev, que elevou o papel debailarino foi Sergei Lifar. Encarava a beleza física e a nobreza doherói romântico e era excelente como bailarino “em acréscimo aosucesso no repertorio clássico, Lifar criou papeis em obras
esmagadoras de precedentes, como Apollon Musagéte e theProdigal Son de Balanchine... Afinal heróis verdadeiros, nãoexatamente brinquedos dourados que voltassem a si” (SINGEL,apud HANNA 1999, p.208).
Conforme o decorrer da História vimos que os corpos masculinos
ganharam ênfase ou deixaram de se sobressair conforme a realidade de cada
época. Porem é inevitável dizer que por muitas vezes esse corpo visto como
belo (sociedade) ou virtuosístico e técnico (dança), era apenas pensado pararealizar funções triviais, ou que buscavam o papel de virilidade, de procriador,
de força física ou resistência, sempre buscando um exemplo de masculinidade
tradicional, a heterossexualidade como padrão de ética.
Segundo Hanna “fora dos palcos os homens retiveram o controle como
professores de balé, coreógrafos, diretores, produtores e diretores de teatro”
(HANNA, 1999, p.189).
Um exemplo clássico dessa realidade do corpo masculino na dança
cênica ocidental,relacionado ao surgimento do balé que tem sua origem,
segundo Bourcier (2001), nas praticas da corte e aristocracia da Itália e da
França do século XV. É a função atribuída ao homem ao realizar um Pas de
deux , onde esse por si só é o suporte e a força com elegância e habilidades
conduzindo a mulher com desenvoltura.
Segundo Hanna (1999): “ o ballet deixou um vivo legado de imagens desexo e papel sexual, em que as relações heterossexuais e cavalheirescas
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criam a ilusão romântica que legitima, idealiza e encobre a dominação
masculina” (p.258), assim o homem deve ser capaz de conduzir a parceira e
realizar suas funções técnicas virtuosísticas.
Já no inicio do século XIX, segundo Lacerda, por mais que o corpoestivesse em um parâmetro de relevância deveria atender a normas
consagradas pelo conhecimento cientifico devendo ter uma funcionalidade: “a
exibição corporal possível deveria estar adequada aos papeis sociais aceitos
para homem e mulheres de acordo pelos que investigavam o corpo e o seu
movimento” (LACERDA, 2009, p.47). Porem até meados desse século não
existia pressuposto de preconceito com relação à sexualidade, por se tratar de
uma época onde os homens eram respeitados e vistos como seres maiores,porém não podemos deixar de estranhar que na transição desse século XIX
para o XX o homem-dançarino não ocupasse um lugar de prestigio na
hierarquia da sociedade.
Nesse mesmo período surgiram grandes nomes como: Martha Graham,
Mary Wigman e Isadora Duncan no cenário da dança moderna. Essas
matriarcas buscavam maior liberdade de movimento para seus corpos e
possibilidades de novos figurinos, deixando a verticalidade e a estética do
ballet clássico para substituí-la por contrações e torções.
Graham herdou uma dança bastante limitada “rijo esforço, resistência,
pura força física, ginástica, padrões angulares e simples e diretos, bem como
seus retratos de importantes personagens masculinos das mitologias hebraicas
e gregas e da historia americana” (BURT, 1995, p.114), por mais que essa
apenas coreografasse verbalmente deixando a movimentação em si para seu
marido e um dos principais bailarinos de sua companhia, fator homem em
presença. Erick Hawkins delegou o papel a ele para transmitir seus
pensamentos e passar para o corpo masculino suas idéias coreográficas.
A partir de 1960 onde novas discussões de ação social como o
movimento feminista, consciência negra e homossexualismo, estavam
atreladas às dimensões socioculturais, surge uma proposta de dança: a pós
moderna, deixando a diferença de gêneros de lado.
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Dois grandes nomes dessa nova era na dança, merecem destaque, por
suas propostas de uma nova construção de corpo masculino são: Alwin
Nikolais e Merce Cunningham , quando Lacerda diz:
Alwin Nicolais foi um dos primeiros a nivelar as diferentesrepresentações de masculinidade e feminilidade, afastando-se dapolarização e buscando movimentações comuns a ambos ossexos, na direção de uma androginização dos bailarinos. MerceCunningham é reconhecidamente o responsável por radicalizar nopalco essa idéia anterior. Para ele o mais importante eram asqualidades estéticos-formais: a diferença entre gêneros enaturalizada no conteúdo e expressividade (LACERDA,2009,p.51).
Importavam aos integrantes do Judson Dance Theater – grupo
interdiciplinar interessado em pesquisar novas propostas pós-modernistas para
o corpo em movimento, borrando fronteiras entre as linguagens artísticas –
trabalhar com diferentes de corporeidades, comuns entre os dois gêneros. Um
exemplo é uma mulher executando ações tipicamente masculinas e vice e
versa.
Outro exemplo visceral é o trabalho de Pina Bausch, cujo Tanztheater
potencializa a representação do papel do homem: em seus trabalhos podem
ser verificadas ações brutais e agressivas típicas do comportamento masculino.
O DV8 Physical Theater de Loyd Newson, por sua vez, desconstrói os
limites aceitáveis do papel do homem e as imagens da sociedade borrando a
margem da heterossexualidade e homossexualidade dos gêneros.
O corpo ‘contemporâneo’ masculino que pode se dizer que começa a
nascer depois dessa discussão é o corpo que se constrói e está preparado
para poder utilizar diferentes figurinos e fazer deles uma forma de
movimentação, para tornar sua arquitetura corporal e cênica mais completa,
dando origem às performance coreográficas.
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Diferentes figurinos construídos para esses corpos podem potencializar
sua função de dançar. Com ou sem uma roupagem o corpo e a pele se tornam
roupa pela escultura que o mesmo constrói.
Quando o corpo se torna instrumento de uso de uma indumentária ou umobjeto
Quando o corpo se torna de fato instrumento de uso de uma
indumentária ou um objeto? Quando ele se serve de extensão para um
determinado instrumento ou objeto? Sendo a ‘noção de figurino’ impregnada
na pele, perfurada ou apenas mutável como prótese, algo que pode substituir
ou ajudar um determinado corpo, ter extensões de alguma forma para realizar
tarefas do cotidiano.
Proponho discorrer sobre esses fatores, principalmente sobre as roupas
que em estado de figurinos levados à cena se modificam ou modificam o corpo
cênico, determinando que às vezes o corpo sem roupa ainda pode ‘estar
vestido’.
A extensão corporal que a roupa proporciona, ou a interpretação que elagera sob um olhar externo, ou até mesmo a um estudo aprofundado dessa
roupa no corpo de um bailarino que em cena que mesmo estando nu ainda é
roupa.
O termo ‘roupa’, neste artigo, refere-se à identificação de peças do
cotidiano em relação a exemplos compreendidos pela história da indumentária,
principalmente da história da moda. Já o termo ‘figurino’, é entendido como o
objetivo que identifica a forma artística de um bailarino utilizar de sua
vestimenta em cena para formatar a sua performance artística assim, como diz
Amabilis de Jesus da Silva : “Passando por várias funções a roupa/figurino
pode se tornar pele, corpo, espaço e metacorpo”(SILVA, 2005, p. 68). Mantém-
se neste caso, o paradigma de pele, como invólucro indissociável do
corpo/pele.
O estudo e referência à nudez, na cena, requer uma abordagem maisprofunda, pois parto do princípio que o corpo coberto, de alguma forma será o
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meu objeto de pesquisa ou as sensações que essa indumentária propicia em
posse do corpo.
Porém me pautarei na fala de SILVA, quando ela diz: “um equívoco para
o espectador mais desatento é pensar na nudez como ausência de figurino.Equívoco porque a nudez em si mesma já é um discurso, quer seja sociológico,
antropológico ou político” (SILVA, 2005, p.60).
Um dos exemplos das tendências de fazer arte do/no corpo, sem dúvida,
é a Body art,(do inglês arte do corpo). Esta prática surgiu na década de 60,
nos Estados Unidos e está associada à arte conceitual e ao minimalismo. É
onde o corpo do artista é utilizado como suporte ou meio de expressão. O
espectador pode atuar não apenas de forma passiva, mas também como
voyeur ou agente interativo, rasgando, cortando ou mutilando, queimando e
lacerando a pele. Sendo essa apreciação um ótimo convite à reflexão, por
vezes mostrando que para determinados artistas não é suficiente tirar o figurino
para se estar nu.
Outra tendência que se utiliza do corpo para mostrar suas faces,
remetendo-se aos seres “narcisistas” ou corpos cultuados é o “body building,
“corpo malhado, corpo sarado, corpo bombado são adjetivos que mostram o
corpo na moda. Em um estudo antropológico de Mirian Goldenberg no Rio de
Janeiro a respeito dessa arte:
Pode se dizer que sob a moral da “boa forma”, um corpo
trabalhado, cuidado , sem marcas indesejáveis (rugas, estrias,celulites, manchas) e sem excessos (gorduras, flacidez) é o único,mesmo sem roupas, está descentemente vestido. Como lembraCourtine (1995), ao tratar do desvelamento do corpo masculinonos Estados Unidos do final do século XIX, “um corpo de homem,se é musculoso, não está jamais verdadeiramente nu”(GOLDENBERG, apud, SILVA, 2005, p.65 ).
Indiferentemente de onde esse corpo está inserido e em que contexto
ele está sendo apresentado, isso se torna menor, pois na área das artes,
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muitos dos corpos sem figurinos, o nu, também podem ser vistos de forma
apelativa e por vezes, fora do contexto da obra.
Quando o corpo do bailarino fica ausente, apenas representado pela
pele/figurino, no palco, esse figurino por si só alude ao corpo dançante, com a
ocultação do corpo, como forma ilusória, se esse mesmo figurino, por exemplo,
for uma malha, ele poderá dar o formato de corpo magro, se for algo, como um
desenho de um abdômen do homem em uma simples camiseta, todos irão
observar e ver esse corpo com aspecto torneado, dando a ilusão dos músculos
do peitoral e da barriga. Isso parece corroborar o que afirma Silva (2005)
“viabiliza que se pense na ausência do corpo, a partir da alusão estabelecida
pela roupa. Assim, o corpo e a roupa se separam, mas a roupa permanece
como símbolo.”[.....] mesmo o bailarino não estando em cena, a roupa faz o
papel dele como dramaturgia cênica. Colocando-se em uma classe de
apreciação e imposição de vários sentidos retidos e abordados com
significados e ressignificações que abrangem esse determinado figurino.
Quando o figurino por si só é um personagem, independente de um
corpo determinado, isso acontece quando a roupa faz o papel de dizer ou
mostrar um trabalho, em sua obra de arte. O artista criador Leonilson, propõe
uma obra chamada “Instalação Capela do Murumbi” (1993) “quando utiliza
suas camisas, penduradas no cabide cobrindo as cadeiras, o artista reporta-se
ao seu próprio corpo” (SILVA, 2005, p.70) dando ao espectador a possibilidade
de imaginar que por ali passará um corpo ou que alguém já vestiu aquela
roupa.
Quando o figurino se mistura com o contexto da obra, ele é um recurso
de igualdade ou aproximação da matéria do corpo na construção do cenário e
fazem juntos, por vezes, a alusão de movimentação ou sensações
impregnadas nesse contexto e um conteúdo dialogando uma história, formando
novas idéias que fazem um espectador se confundir na performance do
bailarino em junção figurativa junto ao cenário/cena.
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O figurino longe de ser um figurante, possui fala, forma, cor eespaço próprio. Sendo assim, a roupa não pode ser desvinculadade seus significados e dos corpos que a vestem. Ela deve ser pensada como informação relevante a ser transmitida para opublico. A pele to ator, performer, ou bailarino é também a suaroupa. Ela discute com o corpo e reconstrói, a cada instante,novas formas de pensar corpo-roupa (CRAVO, 2008, p. 164).
Por fim o corpo de um bailarino carregado com muitas informações se
dispõe no palco em seu formato nu (sem qualquer indumentária que o cubra)
se torna assim um corpo carregado de informações, não só pelo impacto de
seu aspecto quando o mesmo aparece em cena, mais sim pelos significados
que ele traz intrínsecos de sua cultura. Assim esse corpo cultuado por váriosaspectos, quando apresentado em cena em um formato não muito aceitável em
determinadas culturas, que perpetuam a roupa como invólucro de um ser,
resigna a idéia desse corpo, quando nu apresentar-se sem roupa. Porém,
acredito que ele já está com roupa, pois sua própria pele faz dele um invólucro,
que associável à sua natureza humana é a cobertura e a sustentação de vários
órgãos do corpo humano e uma forma de proteção da vida.
Pensando-o como prótese, o figurino seria uma possível extensão que
permite uma expansão no espaço, adaptando-se ou gerando mudanças em
novas formas de exercer determinadas funções e criando novos modos de
movimentação, sendo essas próteses denominadas ‘substitutivas’, quando
substituem algo no qual o corpo não consegue mais fazer ou um aparelho que
substitui um órgão que nele falta. Nesse caso a pele não pode ser substituída
por nada, ou seja, ela se torna sempre a roupa do homem.
Esse cenário, essa sensação, faz com que o corpo apresentado, passe
por vários critérios de avaliação sendo arte, ou apenas uma aparição que não é
relevante ao contexto de arte, porém, mesmo assim, ele gera a visão de
criticidade nos espectadores, fazendo essas culturas e ideários se formarem e
construírem um pensamento em arte mesmo sendo essa apenas um corpo
presente em cena sem roupa, porém vestido.
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LACERDA,Claudio: MELO, Victor Andrade. Masculinidade,dança e esporte:“jeux”(nijinsky,1913), “skating rink” (Borlin, 1922), e “Le train bleu” (Nijinska,1924). Campinas (rev. Bras. Ciência. Esporte v.30 n.3 p.45-62 maio de 2009).
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_____. A moda na mídia e a moda na dança: um estudo sobre a comunicação
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SIQUEIRA, Denise. Corpo, comunicação e cultura: a dança contemporâneaem cena. Campinas: Autores Associados, 2006.