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O Cristão Espírita RIO DE JANEIRO, GB -- SETEMBRO-DEZEMBRO DE 1974 "Fé inahalável o é a que pode encarar frente a frente a razão, oRGAO DOUTRINÃRIO-EVANGÊLICO DA CASA DE RECUPERAÇÃO E BENEFICIOS BEZERRA DE MENEZES 1 em todas as épocas da Humanidade". * Kardec Fundadores: Azamor (idealizador) lndalício Mendes (diretor) FI LOS'OFIA DA VI DA A vida não é isto que vemos na banali- dade de todos os d1as terrestres; é antes afir- mação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo. A vida do home,m não consiste na abun- dância daquilo que possui, mas na abundân- cia dos benefícios que esparge e semeia, aten- dendo aos desígnios do Supremo Senhor. a grandeza dos princ1p1os de Jesus nas pró- prias ações diárias . • * • A vida é ciosa dos seus segredos e somente responde com segurança aos que lhe batem à· porta com o esforço incessante do trabalha- dor que deseja para si a coroa resplendente do aposto-lado no serviço. Saibamos viver, como devemos saber an- dar: com a firmeza dos fortes, com a sem- pre candente e viva dos bons seguidores do Mestre Nazareno. A existência terrestre é um aprendizado em que nos consumimos devagarinho, de modo a atingir a plenitude do Mestre. • * • A vida, em suas causaHdades profundas, escapa aos vossos escalpel'os e apenas o em- briologenista observa, no silêncio da penum- bra, infinitésima fração do fenômeno assimila- tório das criações orgânicas. A vida humana, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para a ascensão j usta . Nesse abençoado ensejo, é poS'Sível res- g atar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor. A vida de um homem é a sua própria confissão pública. A conduta de cada crente é a sua verdadeira profissão de fé. A hora moderna, saturada de doutrina- ção verbalista, através da hipertrofia da inte- ligência, exige entendimento e ação, ensino e prática, teoria e exemplo, palavras e obras, con-dusões e fatos, ideal e realização . • * • A vida moderna, com suas realidades bri- lhantes, vai ensinando às comunidades reli- giosas do Cristianismo que pregar é revelar A vida é sempre um milagroso tecido da Divina Sabedoria. Às vezes a aflição é véspera da fel icidade, tanto quanto o prazer, freqüen- temente, é produção de ang.ústia. EMMANUEL (Espírito) Em sessão administrativa da Casa de Recuperação e Benefícios BEZER- RA DE l\lENEZES, realizada a 3 de agosto, foi feita, ,pelo Irmão Paulo Roberto Serrão, a comunicação de haver sido fundado, a 30 de julho último, na cidade de Humaitá, Estado do Amazonas, cidade essa que fica à margem esquerda do Rio Madeira e dista cerca de 200 quHômetros de Por:to Velho, Cap i tal do Território de Rondônia, o «Grupo Espírita Allan Kardec», do qual o nosso I rmão espiritual Aza.mor Serrão é Patrono e Orientador, sob a inspi- ração de Bezerra de lUenez.es . A notícia, vinda de fonte espiritual, muito nos alegra a todos, pois de~ monstra a confiança de .positada no nosso antigo companheiro pelas Entidades do Plano Invisível, atribuindo-lhe a dupla responsabiHdade de Patrono e Orientador de uma casa espírita, situada em ponto de grande impo-rtância para a difusão do Espiritismo Cristão. 11: sob a mais pura emoção que regis- tramos o fato, revelador de mais uma sig -nificativa oportunidade de servir pr opiciada ao fundador de nossa Casa. Graças a Deus! PAZ NO TEU CAMINHO A teu coração, irmão, desejo a paz que o mundo não te pode clar. Continua a realizar o es- forço sadio dos que querem progredir. Todavia, lembra-te de que, sem progresso moral, não progresso duradouro, pois o ,progresso material é efêmero e enganador. O progresso moral leva ao progresso espiritual e este, sim, Irmão, é duradouro, é eterno, porque nos abre os olhos da alma e nos faz enxergar o verdadeiro caminho da liberta- ção redentora. A tua b u s c a constante no sentid'O de melho· rar nos alegra e nos faz dar -te o estímu,fo do nosso afeto . A quem procura acertar, Jesus facilita a -caminhada . As pedras do caminho serão· vencidas a cada passo, para que surjam novas vitórias pessoais e espiri- tuais no amanhã. S·omente é só- lida a paz construída pelo amor e o respeito aos nossos seme· lhantes. Não esperes demais dÕs outros, por,que cada um pode dar aquilo que adquiriu. Se· encontrares embaraços d Ia n te de outro Irmão intransigente ou Incompreensível, tem paciência, tolerâncla, e não fardará, talvez, a apresentar-se uma op"Ortuni9a- de favorável para que tudo se DJSTRIBtJIÇ4O GRATUITA Tiragem: 1 . 000 - exemplares acomode numa compreensão re- c íprocã~· Se, por tua vez, sentires 1 obs· táculos difíceis de superar, ora. Medita num !ugar si lencioso e ora. A oração é o laço que une o ser humano ao mundo incor póreo. Orando, reforçarás tua fé e saberás compreenúer se a so- lução esperada demorar ou não vier, pois todos estamos sujei- to•s a leis sábias, superiores mui· tas vezes ao nosso entendimen- to. Ora e espera. Os dias e as noites· não são Iguais. Os ho- mens e a vida de · cada um tam- bém sã·o sempre diferentes. Vai em paz contigo mesmo e corri o ml.lhdo em que vives• · Se esforçares ,para ser calmo, compreensivo e bom, o mundo em teu redor melhorará e as tuas vibrações beneficiarão ou· tras pessoas, que, por sua vez, !evarãc a tantas outras o bem que te anima, e assim por dian- te. Ora e pede or ientação, quan- do preciso, e não te faltarão amigos orientadores para os rn· mos que tiveres de tomar. Ora, óra sempre. Vai. Paz no teu caminho! ANO IX "O Espiritismo sério não pode responder por aqueles que o compreendem mal, ou que o praticam de modo contrário aos seus preceitos." ALLAN KARDEC

O Cristão Espírita - CRBBM · O Cristão Espírita RIO DE JANEIRO, GB --SETEMBRO-DEZEMBRO DE 1974 "Fé inahalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, oRGAO DOUTRINÃRIO-EVANGÊLICO

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O Cristão Espírita RIO DE JANEIRO, GB -- SETEMBRO-DEZEMBRO DE 1974

"Fé inahalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão,

oRGAO DOUTRINÃRIO-EVANGÊLICO DA CASA DE RECUPERAÇÃO

E BENEFICIOS BEZERRA DE MENEZES 1

em todas as épocas da Humanidade". * Kardec

Fundadores: Azamor Serrã◊- (idealizador)

lndalício Mendes (diretor)

• FI LOS'OFIA DA VI DA A vida não é isto que vemos na banali­

dade de todos os d1as terrestres; é antes afir­mação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo.

A vida do home,m não consiste na abun­dância daquilo que possui, mas na abundân­cia dos benefícios que esparge e semeia, aten­dendo aos desígnios do Supremo Senhor.

a grandeza dos princ1p1os de Jesus nas pró­prias ações diárias.

• * •

A vida é ciosa dos seus segredos e somente responde com segurança aos que lhe batem à· porta com o esforço incessante do trabalha­dor que deseja para si a coroa resplendente do aposto-lado no serviço.

Saibamos viver, como devemos saber an­dar: com a firmeza dos fortes, com a fé sem­pre candente e viva dos bons seguidores do Mestre Nazareno.

A existência terrestre é um aprendizado em que nos consumimos devagarinho, de modo a atingir a plenitude do Mestre.

• * •

A vida, em suas causaHdades profundas, escapa aos vossos escalpel'os e apenas o em­briologenista observa, no silêncio da penum­bra, infinitésima fração do fenômeno assimila­tório das criações orgânicas.

A vida humana, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é poS'Sível res­gatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor.

A vida de um homem é a sua própria confissão pública. A conduta de cada crente é a sua verdadeira profissão de fé.

A hora moderna, saturada de doutrina­ção verbalista, através da hipertrofia da inte­ligência, exige entendimento e ação, ensino e prática, teoria e exemplo, palavras e obras, con-dusões e fatos, ideal e realização.

• * •

A vida moderna, com suas realidades bri­lhantes, vai ensinando às comunidades reli­giosas do Cristianismo que pregar é revelar

A vida é sempre um milagroso tecido da Divina Sabedoria. Às vezes a aflição é véspera da felicidade, tanto quanto o prazer, freqüen­temente, é produção de ang.ústia.

EMMANUEL (Espírito)

Em sessão administrativa da Casa de Recuperação e Benefícios BEZER­RA DE l\lENEZES, realizada a 3 de agosto, foi feita, ,pelo Irmão Paulo Rober to Serrão, a comunicação de haver sido fundado, a 30 de julho último, na cidade de Humaitá, Estado do Amazonas, cidade essa que fica à margem esquerda do Rio Madeira e dista cerca de 200 quHômetros de Por:to Velho, Cap ital do Território de Rondônia, o «Grupo Espírita Allan Kardec», do qual o nosso I rmão espiritual Aza.mor Serrão é Patrono e Orientador, sob a inspi­ração de Bezerra de lUenez.es.

A notícia, vinda de fonte espiritual, muito nos alegra a todos, pois de~ monstra a confiança de.positada no nosso antigo companheiro pelas Entidades do Plano Invisível, atribuindo-lhe a dupla responsabiHdade de Patrono e Orientador de uma casa espírita, situada em ponto de grande impo-rtância para a difusão do Espiritismo Cristão. 11: sob a mais pura emoção que regis­tramos o fato, revelador de mais uma sig-nificat iva oportunidade de servir propiciada ao fundador de nossa Casa.

Graças a Deus!

PAZ NO TEU CAMINHO A teu coração, irmão, desejo

a paz que o mundo não te pode clar. Continua a realizar o es­forço sadio dos que querem progredir. Todavia, lembra-te de que, sem progresso moral, não há progresso duradouro, pois o ,progresso material é efêmero e enganador . O progresso moral leva ao progresso espiritual e este, sim, Irmão, é duradouro, é eterno, porque nos abre os olhos da alma e nos faz enxergar o verdadeiro caminho da liberta­ção redentora. A tua b u s c a constante no sentid'O de melho· rar nos alegra e nos faz dar-te o estímu,fo do nosso afeto .

A quem procura acertar, Jesus facilita a -caminhada . As pedras do caminho serão· vencidas a cada passo, para que surjam novas vitórias pessoais e espiri­tuais no amanhã. S·omente é só­lida a paz construída pelo amor e o respeito aos nossos seme· lhantes. Não esperes demais dÕs outros, por,que cada um só pode dar aquilo que Já adquiriu. Se· encontrares embaraços d Ia n te de outro Irmão intransigente ou Incompreensível, tem paciência, tolerâncla, e não fardará, talvez, a apresentar-se uma op"Ortuni9a­de favorável para que tudo se

DJSTRIBtJIÇ4O GRATUITA

Tiragem: 1 . 000 -exemplares

acomode numa compreensão re­c íprocã~·

Se, por tua vez, sentires 1obs· táculos difíceis de superar, ora. Medita num !ugar silencioso e ora. A oração é o laço que une o ser humano ao mundo incor• póreo. Orando, reforçarás tua fé e saberás compreenúer se a so­lução esperada demorar ou não vier, pois todos estamos sujei­to•s a leis sábias, superiores mui· tas vezes ao nosso entendimen­to. Ora e espera. Os dias e as noites· não são Iguais. Os ho­mens e a vida de· cada um tam­bém sã·o sempre diferentes .

Vai em paz contigo mesmo e corri o ml.lhdo em que vives• ·Se té esforçares ,para ser calmo, compreensivo e bom, o mundo em teu redor melhorará e as tuas vibrações beneficiarão ou· tras pessoas, que, por sua vez, !evarãc a tantas outras o bem que te anima, e assim por dian­te.

Ora e pede orientação, quan­do preciso, e não te faltarão amigos orientadores para os rn· mos que t iveres de tomar . Ora, óra sempre. Vai. Paz no teu caminho!

ANO IX

"O Espiritismo sério não pode responder por aqueles que o compreendem mal, ou

que o praticam de modo contrário aos seus preceitos." ALLAN KARDEC •

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O CRISTÃO es:PíRITA

ó11gão Doutrinár.iio- . Evangélico da

C:ASA DE REC:UPERAÇ1ÃO E BEN.EFICIOS

BEZERRA DE MENEZES

Rua Bambina n'? 128 ZC-02 - Botafogo

CE:A-20000 - Rio, Gb

Matr. n* 27.W/'LB-3, Vara Reg. Pub. RJ, Gb - P.rot. 115964/

L-A/.S, de 30 de maio, 1974

Composto e impresso nas Ofi­cinas de «O Dia», Rua Ria­

chuelo 111'? 359 - Rio, Gb.

EXPEDIENTE

DOMINGO - 8h30min:

Estudo doutrinário e e:vangé-1Jico, para crianças e j.ovens.

29-FEIRA - 20h30min:

Estudo de «Os Quatro Evan­gelhos» (Rousta,ing).

3~FEIRA - 15 horas·:

Estudo de «O Evange:ho, se­gundo o Es1>iritismo» (AHan Kardec). Atendimento espi­ritual.

4•-FEIRA: - 20h30min:

Estudo e aprimoramento da medi unidade.

59-FEIRA - 15 horas:

\Estudo doutrinário e evangét­Iioo. Atendimento espiritual.

69. FEIRA: - 20h30min:

,Estudo de «O Livro dos Es­píritos> (Aillan Kardec). A!tendimento esplritual.

SEGUNDO SÁBADO DE CADA MÊS - 18h30min:

«iNoi:te da Saudade>, dedica­da aos irmãos que já foram chamados à Espiritualidade.

NOTA: Depois do horário aci­ma indicado, não será permi­t ida a entrada.

Informações e conselhos serão encen-ados meia hora antes do início das reuniões.

RECATO NO VESTIR

Diz Joana de AngeJ.is (Espí­·rito): «A pretexto de seI~uir a moda, não te desequilibres. O recato é atitude• moral indis­pensãve,1 a uma vida sadia, nor­mal.>

AVISO IMPORTANTE Não será permitida a entrada

de pessoas do sexo feminino <vesti.das de «shorb, «frente­única>, calças compridas ou sa:ias demasLad·o cur·tas; nem do sex;o mascul-ino, com «ber­mudas» ou outro traje inade­quado ao ambiente de um tem­.pio verdcJdetramente cristão,

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Espiritismo cristão Extraído e adaptado de ''Os Quatro Evangelhos", obra mediúnica. coordenada por ]ean•B_aptiste Roustaing

32. Evolução do Espírito (2) - Ref. 1-304/305 Prosseguindo na descrição do, prooesso evolutivo do

Espírito, diremos que "tempo longo, tempo cuja duração

somos incapazes de calcular, demanda a essência espiritual no estado de inteligência relativa, no estado de animal,

para adquirir, nesse reÍlllo, o desenvolvimento que lhe per­mita passar ao estado intermediário, que lhe permita, em seguida, atravessar as espécies que participam do animal

e do homem. Depois de haver pass'ado por todas •essas espécies intermédias, ela permanece ainda longo tempo, cuja duração não somos· igualmente capazes de calcular, na fase preparatória da sua entrada na humanidade, fase esta da qual, pela vontade do Senhor e mediante uma transformação completa, sai o Espírito formado, com inte­ligência independente, livre e responsável. . . . Tudo o que é, vive e morre, nos reinos mineral e vegetal, todos os seres que no reino animal e no reino humano vivem e morrem, desde o ser microscópico até o homem, tudo e todos têm um emprego, uma utilidade, uma função, que tendem e servem para o desenvolvimento de cada

espécie, para a vida e a harmonia universais. Essa mul­

tidão de microscópicos animálculos, que olhos carnais não logram ver, que só pela ação ótica do microscópio solar se tomam visíveis, que se encontram espalhados no ar,

na água, nos líquidos e nos sólidos, concorrem para entre­ter e desenvolver a existência animal e a existência huma­na, como os que vivem na água concorrem ,para entreter

e desenvolver a existência animal e a existência humana. como os que vivem na água concorrem, para a exis­tência da planta e os que se escondem na relva para a alimentação do carne.iro ou do cabrito que pastam. Em tais organizações, porém, é completa a ausência de pensa­mento, que também não é o agente que leva o carneiro a se deixar degolar para servir de alimento ao homem.

Entretanto, a faca que abre um escoadouro ao sangue do animal, liberta a inteligência relativa, o Espírito em estado

de formação, e lhe proporciona ensejo de ser utilizado em melhor·es condições. É pela passagem da essência espi­ritual, durante eternidades, por todos os reinos da natu­reza e pelas formas e espécies intermédias, mediante as quais eles se •encadeiam, que o desenvolvimento se opera numa progressão contínua, que o pensamento surge e a

existência moral começa. Não concluais, porém, do cjDe fica dito, que devamos, para auxiliar aquele desenvolvi­mento, destruir o que em torno de nós existe. Cairíeis

num erro culposo. Cada um tem que viver, mas somente viver. Não destruamos, portanto, senão o. que fo r estri­

tamente necessário à nossa existência." (Continua)

Caminho para a felicidade Conser,ve o seu co:ração liwe do ódio e sua

mente l,ivre da a,n,s·i·edade. Viv,a s,implesmente, es­

pere pouco ,e :dê muito. E•ncha a sua vida com amor. Espalhe .a l·UZ. Esque,ça-1se e pense nos ou­tros. Faça o que gostaria que lhe fize,ssem. Não

fale mal de ni,nguém. Critique os seus :próprios atos, faz,endo cuidadoso ,exame de suas a.ções diá­

rias. Experimente Isso por uma semana e se sur­

preenderá.

Cada manhã, antes de iniciar suas arefas diárias, faça esta

ORAÇÃO Senhor!

No silêncio dest<t prece venho pedir-Te a po.z, a sabedo,·ia, a força. Que·ro· sempre

olhar o, mundo com olhos cheios de amor. Quero ser paciente, compreensivo, pru­

dente . Q1tero ve1· além das aparências iTeus filhos, cm Tu mesmo os vês. E assim,

Senhor, ver somente o bem em cada um deles.

Fecha meus ouvidos a todas as calúnias. Guarda a minha língua de todas as mal­dades, para que só de bênçãos se· encha minh'alma. Que eu seja tão bom e tão alegre

que todos aqueles que de mim se aproximem sirúa·m T:ua Presença.

Reveste-me de Tua Beleza, Senhor, e que, no decurso deste dia, eu Te 1·e·vele a todos!

Setembro/ Dezembro de 1974 D O CRISTÃO ESPÍRITA

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Jub-,i·leu -de· Prata do ''Pacto Áureo''

A data de 5 de outubro representa, para o Espiritismo Cristão do

Brasil, um acontecimento re·fulgente, porque assinala o 259 aniversário do

"Pácto Áureo", pois foi assinado, em 1949, na "Casa de Ismael",

numa sessão memorável, a que comparece-ram destacadas figuras

do movimento naoi,onal espírita, tendo à frente o então Presidente da FEB, Sr. Antônio Wantuil de Freitas, cuja atuação exaustiva foi acompanhada

pela solidariedade dos representantes das Sociedades federadas, entre os

quais podemos mencionar os correlig ionários Arthur Uns de Vasconcellos Lopes, Francisco Spine-lli, Oswaldo Mello, Pedro

Camargo (Vinicius), Baby Elias Guri , já desencarnados, e Roberto Pedro

Michelena, João Ghignone, Noraldino de Mello Castro etc.

A unificação foi o objetivo- primacial desse Pacto, do qual resultou a criação do Conselho Federativo

Nacional, ainda atuante·. Em seu item 19 se lê: "Cabe aos Espíritas

do Brasil ,porem em prática a exposição contida no livro "Brasil,

Coração do Mundo, Pátria do Evangefüo", de maneira a acelerar a

ma~cha evolutiva do Espirri,tismo". E, efetivamente, a evolução do

movimento espírita tem sido notável, a partir da vigêndia do Pacto.

Bem sabemos que muito há ainda a

fazer, porém, consideremos que já tem alcançado resultados excelentes, neste quarto de século. A evolução não tem nem pode ter limite prefixado, é eterna. Dependerá de mil circunstâncias, as principais delas decorrendo do respeito e do trabalho que desenvolverem todos os espíritas, desde os que possuem responsabilidade éfe dirigir, orientar e executar providências úteis à nossa causa, aos simples assistentes, cuja colaboração está condensada em "O Livro dos Espíritos", bem como em outras obras, de Emmanue·I, Irmão X, And ré Lu iz e outros devotados irmãos da Espiritualidade, empenhados também na causa da cristianização es.pírita da humanidade. " O Cristão-Espírita" congratula-se· com a Federação Espírita Brasileira, com todas as Sociedades federadas e com os espíritas em geral, chamando a atenção de todos para as seguintes palavras ditadas, em 5-10-49, pelo Anjo Ismael, através do médium Olímpio Gifon i: "Avante, caravane-iros da Pátria do Evangelho! Não permitais que o homem velho sufoque o novo que surge das páginas do L~vro Santo! Que a humildade seja a vossa primordial arma a exemplo de· Jesus. Orai! orai! Elevai-vos acima de vós mesmos nas asas da prece e, na volta, certamente· trareis um Anjo do Senhor convosco."

Amai os inimigos

·«Ama·i os inimigos», disse-nos o Senhor.

Nestas .palav,ras su,rpreendemos também um divi:no apelo, qual seja o d-e amarmos nossos percatços e provas na vida, po,r:quanto são eles

Há 170

BEZERRA DE ME/VEZES (Espírito)

o clima em que demonstraremos a própria fé.

O Sol projeta luz, dissipa-ndo a sombra. A caridade é o Amor Divi­no a expressar-se, através do cora­ção humano, exti,ngu.indo os espi­nheiros do sofrimento.

anos nasceu

Achamo-nos todos engajados na luta do bem pa,ra que o mal desa­pareça, luta dificil, mas luminosa, em que todos somos chamados a oferecer o melhor de .nós mesmos. {F. C. X.)

Kardec foi a 3 de out-ubl".o de 1804, na ddade de Lião,

França, qu,e ,nasceu All-an Ka•rdec, o Codif,icador da Doutrina Espí-rita, wja :passagem por este mufldo foi fecunda ,e luminosa. P·rie,st-emos ao eminente obreiro de Jesus ·a .reverência da inossa pr-ec,e, ,com a ma•ior te-mura, em louvor ao mu1ito bem que a s·ua obra con-

tinua prestando à human-i'dade. Temos mui-to ai,nda que apr,ender, mas só o .estudo e a apli,c,ação dos conhe·c,i­mentos adquiridos na vida diária poderão rtraze,r be­nefícios à nossa alma, capaci,t,ando-1nos a ser mais úteis aos nossos semelhantes.

O CRISTÃO ESPÍRITA □ Setembro/ Dezembro de 1974

NATAL DE JESUS

~ Nata.1 é uma -comemoração espantual. A data é simbólica, mas e.stá consagra.da pelo uso no mundo oddentaL 'l'em sido desvirtua.do o seu sentido, o seu alto e pro-CUndo signinca· do. Em vez de reuniões tran· qüilas, fraternas, _sem algazar· ra. sem qualquer ba.rul:ho. pre­ponderam os fes,tejo,; ruidosos, as mesas cheias de alimentos e doces. a.lém, de be!hidas a-lcoóli­ca.s. o que é mcOJm,patível com a dignidade dAquele que .se ~etende rememorar . A grande mato1i'a, pelo vis-to, não se re­g0zija pelo evento propriamen.­te, pois considera a oportuni· dade como a;Propria.da a Jiba· ções e comilan~-.as. como se se tratasse de tun acontecimento ·m'Unda.no, de citracterístic'as •carnavalescai,. ·O ceticismo materia,Jista e a indiferença doo que subestimam o senti· mento religiocSo a:<:a,ba1·am .por transfoi:,mar o N ·a t a l num evento de natureza. comercial e numa festa livre. Evidentemen­te, não di.r:íaana:, que as fa.mi· lias o encar assem me•dieval· mente, tran~fonnando-o numa reunião lúgubre. de recordações tristes e cans:ii.tiva.s-. Não, me&-1mo porque o Nit,tal é um even· ,to ele alegria, .porque recorda a chega;da do Cl'is to neste pla-ne· ta, para a gloriosa missão d~ ensino e advertência ela hum a­n1d'ad e esquecida de seus de· veres ele fraternidade . E. en­tretanto uma data de acon­chego e·s,piritual, de congr aça.· mento das famílias, dos índivi­duos entre si e coletivamente. Dev~ inspirar a meditação, a •anáJise con.s-cienci'a1 .de cada um, para verificarmos se esta­mos sendo -honesto-s• para com o Mesu-e. Uma • tomada de con­tas .da nossa cons:ciência., para veri.ficarmos se estamos sendo mesmo espíritas-cristãos ou se somente como se vê em outros setores. somos «espír i-ta.s» ape­nas e~teríorm ente, para que nos vejam e n0e admirem_ É preciso que sejamos es,píritas interiormente., ,pois se o formos assim. -o nosso com.portamento e no~sas palavras dirão se não estamos reincidindo nos mes· mos erros ou cometendo ou· tros _ Os que -es;tJão perdendo .tempo. cles,pre:ztan,do as oportu· ni-dades de me-lhora.r, um dia. se arre,penderã,o. Amemos as Entidades espirituais e façamos por onde merecer tudo quanto delas recebemos , Sejamos es.pí· ritas -por no.ssos oonsamentos e atos _ Sõ as.sim es taremos ho. menageando o Mes-tre naza· rena,

PRESENTES PARA CRIANÇAS

Não dê a seu fi!.ho, nem a nenhum-a c1·iança, brinquedos que imitem ou 1em b1·eni a.r.iuas e atos de guerra. ino-culando em sua mente a id,éia nociva de matar ou ferir.

Lembre-se de que a criança de ho,je será o hounem ou a mulher que, no futtu·o, poderá influir Hem ou mal nos desti­nos da Pátria., da Familia e da Humanidade.

Reflita bem sobre isso, se é 4Ue realmente ama seu filho e tem a capacidade de com· p,reender que toda,9 às criança.a -merecem o :mesimo amor que você sent.e por seu filho ou filha.

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É tempo de regeneração Espírito lg11úcio Biltencourt

frmãos:

O mundo está cooturbado. Por

•isto, é tempo <le .regeneração, de

1€sforço r-edobrado no tempo que ~se ,vos apresen,ta . .como última

ioportu,nidaide pa-ra· que os t,raba­

~,had-or,es insensatos, que deixaram

as charruas ina>ti,vas e as semen­

tes abandonadas, possam a-i-nda

salvar-s,e. É rempo. de r-egenera­

ção. Colocais sobre vossas cabe­

ças as .coroas d,o mondo? Deixai,

antes, companheiros, que Jesus

vos conduza e que possais des­

prender-vos dos vãos apet◄,tes da

canne. Nu,nca foi- tão fácil, como

ago-ra, -enganar e enganar-se dian­te dos turbi,l,hões que o planeta

atravessa. Tumulto•s dos coraçõ~s

a,fasttados do Caminho, -reformas

mkabola.ntes que levam à indis­

dpti,n.a e ao des·equilíhrio espiri­

tual.

Pai. Seu Hlho bem amado, Jesus, kouxe-nos a Sua Palavra. Mas que

fizemos nós?

É tempo de regeneração. Não

vos escandaliz,eis com o que ve•

des. Calai e ora'i. P.elo eX:emplo

f:i.rme e edifi.cante que derdes, po·

dereis conduzir em vossos atos no

mundo a Verdade de que tantos

:necessi1am, porque, afinal, chegou

a hora, não :da experiência e, sim,

da afirmação. Chegou para vós, ó

retardatários!, o instante decisivo

para vos renderdes à doutrina

apresentada, há quase dois mil

anos por Jesus, para a salvação

do mundo recalcitrante e cego.

Quão poucos o entenderam! Quão

poucos o conheceram!

Mestra: ajudai-nos a arrastar

a·s pesadas cadeias que nos pren­dem os pés e rieconduzi-.nos, Se­nhor, ao bom trabalho! Presto, presto, desejamos recomeçar in­tensamente para que um dia pos­samos ser dignos trabalhadores da Vossa Seara!

Acalmai-v,os e voltai às estra­

das rietas do amor verdadeiro. É

preciso que todos sintam a ve·rda­

de na fonte pura, para que as

mentes possam res+stir à loucura

e à ins,ensatez que v-a,~re a Terra.

Busquemos todos, a Fonte Viva

que :não veio de homens e, sim,

do Esipíriito Puro, do Senhor, do

Que a Humildad•e e a Resigna.

ção sejam a noss•a e a vossa l·e­genda de Esperança, irmãos, e a Caridade tenha pries·ença atiwa e constante em ,nossos ,espíritos!

Jesus vos abenço•e sempre.

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS (XVII)

Diante do fat~- que resolve todos os problemas da vida - a morte - consider-emos o materialista e o es· pirita: o -que acredita que, ao apagar do facho, suce­dem as trevas do· nada, e o que- espera, convencido e com fé, que vai entrar na verdadeira vida, na vida eter­na, de luz progressivamente mais b rilhante, de gozo sempre crescenJe, de •incessante aperfeiçoamento pelo saber e pela virtude. São lamentavelmente horrorosos os últimos momentos do incrÉdul'o! Uma alma feliz, que bem cedo se partiu de nosso seio, descreve-os nestas concisas frases: "Agora sei que as agonias dos mo­ribundos são apenas sofrimentos do espírito e não do• corpo. É o .. espirlto que. receia cair no abismo ln• compreensíveJ: ·do nada, se em coisa alguma acredita. Ê O espírito que não vê nem reconhece senão o que vê e apa'.:pa: a matéria, e que; julgand·o·a perdida, considera-se perdido com ela" .

Imagine o leitor um poderoso, que fez um povo curvar a cabeça a seu aceno, cuja vontade foi lei, cujos des-e•jos nunca encontraram óbices; imagine, um sábÍo, orgulhos.o ::lo seu saber, julgando-se superior a todos os homens, que se cu-rvam, respeitosos, à sua passagem; J!:!l_agine um destes ou daqueles, qualquer deles !ncrédulo; imagine-o nessa hora suprema, em que ele p-róprio está. convencido de que tudo·, tudo: poder, grandezas, glórias, gozos, vão, como o fumo dissipar-se, fundir-se no nada, deixando• ele mesmo de ser. Como, deve parecer medonho ao desgraçado co­nhecer que é. ch·egada a sua última hora!

última! última! · Nunca mais um raio desse amor que lhe dourou a existência; nunca mais uma notá. d-as harmonias da natureza; nunca mais um pensamento, um sentimento·, _pejos quais se reconhecia uma força, uma grandeza .no .selo da universa,1 criação, que lhe rendia vassalagem! Vai s·er r-eduzido a nada, palavra tétrica, -esmagá.dora, fulminante, que o "gênio do mal" ,soprou para torturar o ser humano! Nem mais uma -esperançia! E,. qt,111ndo na alma se apaga esta bendita ,luz, o desgraçado que a perde debate-se nas trevas :medonhas do .. indescritível desespero! É, pois, natural, Tazoável, Intu itivo que a última hora seja a sombra de Banquo (1), o fantasma pavoroso para aquele que em coisa alguma acredita, para o infeliz que ~lveu con· vencido de· que, ao ap·agar-se o facho da v,da, suce- · dem as trevas do nada. Suas crenças são, os seus ai· _gozes, para que se cumpra a lel da Justiça, eterna de

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ser o mal o instrumento do castigo, de receber cada um segundo suas -obras!

Eis o que é o materialista diante do fato que- re­so'.ve todos os problemas da vida - diante da morte. "O espírito recua diante do abismo Incompreensível do nada e, tendo-se julgado exclusivamente matéria, vendo-a perdida, julga-se .perdido com e·la". O espírita encara a hora extrema por modo multo oposto. Para ele há um Deus, força soberana, que o gerou de sua onipotente vontade e que o cerca com seu amor pa• terna! em todas as fases da sua e-volução·, como o pai t&-rrestre nã·o deixa de amar o filho, ainda o mais per­dido. -Para ele, a vida é eterna e suas fases de mais em mais risonhas, na medida do progresso que reali· zar - na razão das conquistas que seu espírito· fizer sabre as forças da matéria, que o inquinam do vlrus de suas paixões . Vida eterna, progresso infinito! O espírita sabe mais que sua pátria é o espaço sem fim, porque sua essência, digamos: sua naturez~, seu_ ser, é espiritual e que a vida terrena ou cor.porea e um p,ouco na infinita vla, onde a jus:iça so~erana lhe exi­ge a paga de direitos que lhe sao devidos, para be1;1, do próprio contribuinte. Sabe, enfim, que a humani­dade constitui uma cadela indissolúvel, cujos e.los são ligados pelo, amor fraternal e que o mundo espirlt~al, invisível, está estreitamente ligado ao mundo material: os mortos (que são vivos) em ampla e constante• co­municação com os vivos (que são os mortos). C-om estas crenças, com esta fé, com esta certeza de· qu? tem a prova experimental, quando lhe apraz, o esp,i­rita ' vê chegar a hora extrema, como vê chegar a de partir para longa viagem, quem deixa atrás de si entes queridos, mas vai ter com outros não menos amados.

Na Terra, a natural saudade pelo que parte, mas saudade suavizada pela ,certeza de que· não se ,par­te para sempre, de que, mais cedo ou mais tarde, po­rém em breve tempo, reunir-se-lhe-ão os que choram­No espaço, alegrias e ansiedades, porque se livrou da prisão do corpo_ o ser amado que aí esteve em provas, porque- se lhes vinha reunir em melhor vida, no- mun­do da llberdade, da luz e do puro amo,r. É por isto que dois grupos cercam o leito do moribundo: o dos vivos, que o choram e o dos mortos, que l•he esten• dem os braços em· assomos de alegria . Quanto a ele, confiante na misericórdia do Pai, espera, sem sobres· saltos e desesperos, o momento de dizer adeus ao exílio e de voltar à sua verdadei ra pátria. Prendem-no

Bezerra de Menezes

ainda àquele os laços do amor para com os que lhe foram companheiros de peregrinação: mulher e 11lhos, que continuam sua dolorosa missão na Terra, porém este sentimento não abala a serenidade do seu espírito, ante o fato da separação. O desterrad·o, recebendo o decreto que o chama à terra de seu berço, sente sepa• ,rar-se dos amigos que ainda não tiveram a mesma gra­ça; mas nem por isto deixa •de agradecer a magnanimi• dade de quem lhes restitui a llberdade, ainda mais quando sabe que os -entes qu-e·ridos, de quem se se· para, também- terão o seu dia e vir-lhe-ão fazer com­panhia nas alegres plagas, como lha fizeram nas tristes e dolorosas. O espírito· considera a morte como chave do cárcere, que se abre para a luz, para a liberdade, para a felicidade:

E a morte é para ele simplesmen.te isto: " Eu, gra­~as a Deus, não sofri senão um ligeiro abalo, que me atirou à outra vida - e, sú'bito, senti rasgar-se o es· curo véu que me tolhia a vista e vi tudo, e senti-me como que uma nova criatura, e conheci quem f.ui e, quem era. Achei-me nos braços daqueles a quem ja­mais pensei, sequer, ver, tão afas,tado estava deles, por uma alta hierarquia. Achei-me entre os que amaste e que também por mim foram amados, de remotas eras. Achei uma. nova familia cu, antes, a continuação su· cessiva e ininterrupta da que me ficara ainda aqui . Bendita a sar.,ta verdade, tão tarde revelada e por tan­tos escarnecida! Loucos divinos os que a ensinam!".·

É do mesmo Espírito que descreveu os horrores que sofre o incrédulo, quando avista a tesoura que lhe de-ve cortar o fio da vida, quando julga que vai cair no abismo- do nada. Vede, ali, que também tendes de passar pela porta estreita, como é suave para uns a como é horrível para outros a passagem que ninguém pode evitar! A fé, sobretudo a que nos inspira a reve­lação espíritó, que não admite provaÇ,ões eternas, que nos ensina a lei d~ salvação universal, pela regenera­ção dos maus; a fé é a coluna de luz e de nuvens, que nos guia pelos dese:rtos desta vida, e é a pomba, saída da arca, a J::>ltar com o ramo de ol-ive1ra, símbolo da terra da promissão•.

A increduilidade, a que leva ao materialista e ao ateísmo, que extingue o ser pela morte, que nega a sanção das leis morais com relação a um ser essen· cia'mente moral, é um deserto sem ,árvores, é uma cidade de túmulos, é Geoffroy exclamando, no dia mal­sinado de sua apostasia: "eu era incrédulo e, no en­tanto, eu abominava a Incredulidade" . (li 1-418/ 423) .

Setembro/Dezembro de 1974 □ O ,CRISTÃO ESPÍRITA