O desenho

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O desenhoCaracterizado pela representao de objetos por meio de linhas e sombras, o desenho definido como uma forma de arte grfica. Para desenhar, segundo esta conceituao, preciso conhecimento, habilidade e percia adquiridos por experincia (ROCHA, 2001). O desenho a expresso na qual a criana percebe e compreende o mundo, valoriza todas as relaes que se determinam entre a totalidade psquica da criana emocional e intelectual, no processo de maturao, e seu meio social e cultural, envolvendo tambm a educao sistemtica a que se submeteu. (CAMPOS 1996)A aprendizagem que o desenho propicia deve ser vista como um intercmbio e no como uma funo quase que exclusivamente de treino motor. Limitar a uma funo de treino motor seria desconsiderar as 43 caractersticas promotoras de desenvolvimento cognitivo, afetivo e social (SILVA, 1998). Tcnica de representao grfica, o desenho uma das formas de comunicao no verbal e, de acordo com diversos estudos, a mais antiga. Linhas, curvas e cores divulgam histrias, culturas, sociedades e at mesmo a personalidade. Os desenhos revelam sentimentos, desejos, pensamentos e ao, e como diz DERDYK (1989), o corpo na ponta do lpis. Desenhar projetar-se no espao com apropriao do conhecimento em si e do meio com o qual se interage. uma forma de mostrar como se percebe a vida. Nos vrios campos da cincia, o desenho apresenta relevncia para a humanidade. Seja como elemento precursor da escrita (ideogrfica e fontica), destacando sua importncia histrico cultural, ou na avaliao do desenvolvimento infantil (para maior compreenso sobre as fases de vida das crianas), na identificao de personalidade para intervenes psicolgicas, na avaliao de habilidades cognitivas; o desenho tem se destacado como um importante instrumento metodolgico. O desenho, como uma das primordiais formas de linguagem, revela aspectos que permeiam o mundo, as experincias, a memria, a imaginao. Para ele, o desenho um grande esforo de abstrao, a partir da socializao e da comunicao, na tentativa de fixar, em um suporte fsico duradouro, situado fora do seu prprio crebro, fragmentos de suas percepes e experincias no mundo. (FILHO 1998)O momento do desenho para as crianas um momento de prazer. Por vezes elas buscam um referencial para ser reproduzido ou desenham livremente utilizando-se apenas da imaginao. uma ocasio para estar consigo mesmo, mas ao mesmo tempo em uma participao coletiva, onde a interao com o meio ocorre atravs da solicitao de material aos demais colegas, ou at mesmo na emisso de falas descritivas das cenas ou ento cantarolando notas musicais, conscientes e coletivas ou inconscientes e individuais.Ao desenhar, a criana tem a possibilidade de interagir com dois mundos, o real e o mundo infantil, com suas fantasias, inocncia e desejos. A criana desenha entre outras coisas para divertir-se. Um jogo que no exige companheiros, onde a criana dona de suas prprias regras. Nesse jogo solitrio, ela vai aprender a estar s, aprender a s ser. O desenho o palco de suas encenaes, a construo de seu universo particular (DERDYK, 1989). E nesse momento que ela deposita, no papel, conhecimento, sentimentos e expresso.

ReferenciasCAMPOS, D.M.S. (1996) O teste do desenho como instrumento de diagnstico de personalidade. Editora Vozes. Petrpolis.DERDYK, E. (1989) Formas de pensar o desenho. Desenvolvimento do grafismo infantil. Editora Scipione. So PauloFILHO, E. B. S. (1998) Semitica Russa _ Desenho como sistema modelizante. Disponvel em http://www.pucsp.br/pos/cos/cultura/desenho.htm acesso em 10/2009.ROCHA, R. (2001) Minidicionrio Ruth Rocha. Editora Scipione. So PauloSILVA, S.M.C. (1998). Condies sociais da constituio do desenho infantil Disponvel em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65641998000200008&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em 09 de outubro de 2009.

PIAGET, J. (2005) Representao do Mundo da Criana. Editora Idias e Letras. So PauloVYGOTSKY, L. S. (2009) A imaginao e a arte na infncia. Editora Relgio Dgua. Portugal.