O Deus Que Faz Milagre - Projeto_de_oracao2010

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Campanha de Oração

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  • PROJETO DE ORAO 2010

    Deus faz coisas grandes e maravilhosas,e os seus milagres no tm fim

    (J 9:10 NTLH)

    que fazMilagres

    DeusO

    O Deusque livra

    O Deusque cura

    O Deusque supre

    O Deusque vence

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  • Copyright 2010. Todos os direitos reservados. proibida a reproduo parcial ou total sem autorizao

    da Igreja Adventista da Promessa.

    DIRETORIA GERAL EXECUTIVA

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    APRESENTAO

    Agosto de 2008. Os adventistas da promessa se mobilizaram todos os sbados, durante os cultos da manh, ouvindo pregaes sobre a pessoa e a obra do Esprito Santo, com exclusiva nfase no batismo no Esprito Santo. Mais de 300 irmos e irms receberam a gloriosa promessa, tendo mais ousadia para proclamar as gran-dezas daquele que os tirou das trevas para luz, a saber, Jesus.

    Agosto de 2009. Os adventistas da promessa voltaram a se mobilizar durante os cultos de sbado pela manh. O cinco temas das pregaes: Jesus, o Poderoso, o Imatvel, o Ressur-reto, o Exaltado e o Perdoador. Pregaes poderosas e liber-tadoras que levaram os ouvintes a se ligarem mais ao Senhor Jesus e a se comprometerem com as demandas que ele exige de cada um de seus seguidores.

    Agosto de 2010. Os adventistas da promessa estaro, mais uma vez, mobilizados, durante os cultos de sbado, pela ma-nh. O tema sobre o qual o Esprito Santo h de atuar em suas mentes e coraes este: O DEUS QUE FAZ MILAGRES. O con-tedo deste tema est desenvolvido em quatro pregaes po-derosas: O DEUS QUE LIVRA, O DEUS QUE CURA, O DEUS QUE SUPRE e O DEUS QUE VENCE.

    Apesar de milagre ser uma palavra bastante banalizada por lideranas espirituais modernas e suspeitas, no podemos prescindir ou deixar de buscar, e receber essa bno, essa gra-a miraculosa, essa interveno sobrenatural, to necessria em tempos de desesperana e de falncia das foras humanas.

    Ningum vive sem milagres! Todavia, o milagre certo, ne-cessrio, com fonte santa, com parmetros bblicos, que digni-

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    fica o valor da imagem e semelhana de Deus, que glorifica a Deus, leva o beneficiado aos ps de Cristo Jesus, a fim de ser salvo do pecado, da carne, do mundo e do diabo.

    Prepare-se para receber o milagre de Deus em sua vida! A Diretoria Geral Executiva, por meio do Departamento de Edu-cao Crist, DEC, leva at voc mais este po celestial. No dia 7 de agosto, voc estar frente a frente com o Deus que o li-vrar de todo mal. No dia14, voc se encontrar com o Deus que o curar de seus males ou molstias; no dia 21, ser a vez de voc ver o Deus que supre todas as suas necessidades atu-ar poderosamente em sua vida, e, finalmente, no dia 28, voc ver o Deus Todo-Poderoso intervir na sua vida de forma a marcar sua existncia com a vitria que est destinada a todos aqueles que nele crerem.

    Quando Deus fizer todas as coisas maravilhosas em sua vida, no se esquea de abrir sua boca e testemunhar aos cren-tes e no crentes, dando sempre glrias a Jesus Nazareno, ho-mem aprovado por Deus entre vs com maravilhas, prodgios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vs, como vs mesmos bem sabei (At 2:22).

    Faa, Senhor, milagres e maravilhas no meio de seu povo!

    Pastor Jos Lima de Farias FilhoPresidente da IAP

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    O DEUS QUE LIVRA

    7 de Agosto

    INTRODUO: A paz de Cristo a todos os irmo e irms! Peo, por gentileza, que abramos as nossas bblias em xodo, captulo 14, versculos do 13 ao 15, texto base do sermo desta manh. Na verso Almeida Revista e Atualizada est escrito:

    Moiss, porm, respondeu ao povo: No temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos far; porque os egp-cios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pele-jar por vs, e vs vos calareis. Disse o Senhor a Moiss: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem (grifo nosso).

    com muita alegria que, neste sbado, estaremos iniciando o Projeto de Orao 2010, cujo ttulo : O Deus que faz mila-gres. Nesta oportunidade, vamos meditar sobre O Deus que livra. O texto bblico lido faz parte da narrativa da libertao do povo de Israel do Egito. Depois de 430 anos naquele pas, a

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    maioria deles servindo como escravo, Deus livrou o seu povo das mos de fara. Entretanto, bem no incio desta caminhada rumo terra prometida, eles ficam encurralados. O captulo 14 de xodo conta-nos, que acampados diante do mar, os is-raelitas foram alcanados pelas tropas de fara. Arrependido, o monarca egpcio queria captur-los novamente. Se eles se recusassem, o confronto seria inevitvel.

    No havia para onde fugir. O povo tinha o mar diante de si, e os soldados de fara logo atrs. S Deus podia livr-los naquele momento, e, como sabemos, isso aconteceu! Naquele dia o Senhor salvou Israel da mo dos Egpcios (v. 30). Todas as vezes em que nos sentirmos pressionados por todos os lados, encurralados e sem sada, nos lembremos: ainda h esperana, o Senhor pode nos livrar! Atualmente, no so poucos os casos de pessoas que precisam de livramento: de uma doena fatal; das perplexidades da vida; de uma dependncia qumica; de uma depresso; do medo; do desejo de tirar a vida; da falta de f; de algum complexo de inferioridade; das tentaes do inimigo; das propostas sedutoras do mundo; das perseguies no trabalho por causa da f, enfim, a lista grande.

    Neste sermo, baseado em xodo 14, aprenderemos que: Deus tem poder para nos livrar daquelas situaes pelas quais, aos nossos olhos, parece no haver sada. Mas como podermos ver o livramento de Deus? Em tom de encorajamento, os vers-culos, do 13 ao 15, nos apresentam quatro preciosos conselhos.

    1. DEUS TEM PODER PARA NOS LIVRAR: TENHAMOS CORAGEM!

    O povo de Deus estava cercado por ambos os lados. A situ-ao era apavorante. Confira o versculo 10 do captulo 14 de xodo: Enquanto o fara se aproximava, os israelitas levanta-ram os olhos e viram que os egpcios marchavam atrs deles.

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    Ento os israelitas ficaram apavorados... (v. 10). At aquele momento, tudo estava correndo bem. Todas as coisas esta-vam saindo conforme o esperado. Todavia, quando a primeira pessoa viu o exrcito de fara se aproximando a todo vapor, o medo tomou conta de todo o povo. No havia para onde cor-rer. O lugar onde estavam acampados junto ao mar, perto de Pi-Haiote, em frente de Baal-Zefrom (v. 9), era um beco sem sada. Literalmente, eles estavam encurralados.

    Neste momento delicado e desfavorvel, o texto diz: Os is-raelitas ficaram apavorados e clamaram ao Senhor (v. 10). a primeira vez, no livro de xodo, que isso acontece: um clamor em massa. E no nos impressionemos. Geralmente, o que costumamos fazer mesmo. Diante das impossibilidades, nossa primeira reao clamar ao Senhor. Mas veja o que disseram a Moiss logo em seguida, no versculo 11: Foi por falta de sepul-turas no Egito que nos tiraste de l para morrermos neste de-serto? A situao mudou de forma rpida no verdade? Eles at comearam bem, mas, como a resposta de Deus no veio imediatamente, ento se puseram a murmurar e precisavam achar um culpado para aquela situao.

    A f e a confiana em Deus se distanciaram do povo na-quela oportunidade. Tiveram a coragem e a ousadia de per-guntar: O que fizeste conosco tirando-nos do Egito? (v. 11b). Que lamentvel! O medo fez com que os israelitas desejassem de novo o Egito. O medo fez com que eles estacionassem. Na-quela situao, foi difcil para eles olhar para o outro lado do mar vermelho, firmar os olhos no futuro. A esperana se foi. O medo faz isso conosco. Somos impedidos de olhar para frente. S conseguimos olhar o presente. S conseguimos enxergar problemas. A pessoa com medo s consegue imaginar o pior. noite, ao dormir, diante de qualquer rudo, s consegue pensar no ladro. No emprego, se o chefe o chama para uma reunio, s consegue pensar numa demisso, e no numa promoo.

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    O medo no nos deixa enxergar a realidade como ela . Ele distorce as nossas percepes das dificuldades. Por isso, diante daquela impossibilidade, Moiss diz: No temais; (...) e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos far (v. 14). Deus estava do lado do povo. O pnico impediu os israelitas de se lembra-rem daquilo que o Senhor havia feito por eles quando ainda estavam no Egito. As pragas foram grandiosas demonstraes do poder de Deus! Uma aps outra e Deus foi revelando a sua onipotncia. Seria muito esperar mais um milagre? Meu irmo, minha irm, diante das impossibilidades, continue tendo co-ragem! No deixe o medo fazer com que voc tire os olhos de Deus e comece a enxergar fara. Deus maior!

    Mas Moiss s pode estar cego!, algum poderia dizer. Como assim No temais? Ele no est vendo fara chegan-do com seu poderoso exrcito? Como ter coragem e confian-a em Deus num momento como esse? Moiss sabia que era possvel. Deus os levou quela situao. isso mesmo! Leia o versculo 2 do captulo 14: Diga aos filhos de Israel que mu-dem o rumo e acampem perto de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar. Acampem-se beira mar, de fronte de Baal-Zefom (NVI). Compare este versculo com o de nmero 9. O povo estava exa-tamente onde Deus queria que eles estivessem. Estavam obe-decendo a ele. Mudaram a rota por causa das ordens divinas. Deus os levou quele beco sem sada.

    O fato de Deus estar no controle da nossa vida no significa que no enfrentaremos dificuldades. O fato de obedecermos a Deus no significa que no enfrentaremos situaes insol-veis aos nossos olhos. O povo no estava naquela situao por causa de um acidente de percurso, erro de clculo, ou coisa do tipo. Estava emparedado, encurralado porque Deus quis. Por isso, naquele momento, quando pensamentos de morte ron-davam o corao dos Israelitas, Moiss diz: No temais! Meu irmo, minha irm, por mais conflituosas que sejam as situa-

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    es, no tema! Deus pode usar algumas situaes que voc considera insolveis para ensinar-lhe alguma coisa. Apenas confie! Deus est do nosso lado; ele est com o seu povo! Na hora certa, ele nos livrar! Tenhamos coragem!

    Este o primeiro dos quatro conselhos encorajadores de xodo 14 para as situaes insolveis aos nossos olhos: Tenha-mos coragem! Vamos ao segundo.

    2. DEUS TEM PODER PARA NOS LIVRAR: CONTINUEMOS FIRMES!

    Definitivamente, os israelitas no estavam preparados para uma batalha. Deus sabia disso. Ele mesmo, antes deste acon-tecimento do captulo 14, direcionou-os para uma rota em que no teriam de enfrentar guerras. isso que diz o captulo 13, versculo 17 de xodo. Confira em sua Bblia: Tendo fara dei-xado ir o povo, Deus no os levou pelo caminho da terra dos fi-listeus, posto que mais perto, pois disse: Para que porventura o povo no se arrependa, vendo a guerra, e tornem ao Egito. Ha-via tropas egpcias espalhadas ao longo de todo esse caminho mais curto. Caminhar por ele significaria, com certeza, enfren-tar guerra. Os israelitas eram uma gerao de escravos sados do Egito; precisavam se preparar antes de guerrear.

    Por isso, Deus os faz caminhar pelo caminho mais longo. Ele sabe o que faz. A Bblia diz que, Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto, perto do mar vermelho (Ex 13:18). Aprendemos algo aqui: ao dirigir os nossos passos, o Senhor, s vezes, pode optar por nos conduzir por caminhos mais lon-gos e, talvez, aos nossos olhos, desnecessrios. Segui-lo neste caminho, por mais cansativo e dificultoso que seja, receita para alcanar a sua bno! Os israelitas obedeceram ao Se-nhor e comprovaram isso. Contudo, como j temos comenta-do, as coisas no foram to fceis assim. Este povo desprepa-

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    rado para uma guerra viu-se em apuros, quando olhou, atrs de si, o poderio do exrcito de fara.

    O versculo 9 de xodo captulo 14, diz acompanhe a leitura em sua Bblia: Os egpcios, com todos os cavalos e carros de fara, com seus cavaleiros e seu exrcito, os perseguiram e os alcana-ram. O Egito era a maior potncia mundial da poca. Poderoso, inspirava medo e terror em seus inimigos. Seu poder blico era, at ento, imbatvel. Com muita fora, foram para cima dos israe-litas. A luta seria desleal, humanamente falando. Os israelitas es-tavam habituados a fazer tijolos de barro reforados com palha, e no a lutar, ainda mais contra um exrcito rigorosamente treina-do. Quanta disparidade! Como o pnico foi geral, logo depois de terem ouvido No temais, o povo tambm ouviu outro conselho, e, diga-se de passagem, um surpreende conselho!

    Cheque em sua Bblia o versculo 13 de xodo captulo 14: No temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos far; porque os egpcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver (grifo nosso). Gostaria de destacar a palavra aquietai-vos. As Bblias NVI e NTLH traduzem essa palavra da seguinte forma: Fiquem firmes. Esta a idia aqui. A palavra hebraica ytsab significa ficar, posicionar, apresentar-se. Aqui neste texto o povo de Deus orientado a tomar posio, aguardando passiva e sossegadamente o poderoso livramento do Senhor!1 Diante do poderoso exrcito egpcio eles no pre-cisariam lutar! O Deus que livra tomaria as devidas providn-cias! Todo este poder blico dos exrcitos de fara assustava o povo, mas no o Deus do povo!

    Deus tem poder para nos livrar, tenhamos firmeza! Conti-nuemos firmes. o Senhor quem luta por ns. Por isso, nunca tentemos agir nossa maneira, pela nossa prpria fora. Quan-tas vezes, no mpeto de querermos resolver algumas de nossas

    1. Harris; Archer Jr.; Waltke (1998:895).

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    questes por conta prpria, quebramos a cara? H horas em que precisamos arregaar as mangas e agir, mas existem ocasi-es em que o melhor a ser feito entregar tudo nas mos de Deus e aguardar a sua atuao! Este foi o caso aqui. Os israelitas fizeram isso e os milagres aconteceram. O captulo 13 de xodo diz que o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite (v. 21).

    Essa mesma coluna que ia adiante do povo, servindo-lhes de orientao, neste momento, foi usada por Deus para ficar atrs do povo, e fazer uma diviso entre os israelitas e os exr-citos egpcios.Assim, havia luz para Israel e escurido para os egpcios (Ex 14:20). Desta mesma nuvem, na manh seguin-te, Deus tumultuou o acampamento dos egpcios e travou a roda dos carros deles (v. 24-25). Foi um milagre aps o outro e os israelitas saram vitoriosos! Todo o pavor que as tropas de fara traziam, sucumbiu diante do poder de Deus! E o que os israelitas tiveram de fazer? Permanecer firmes. muito f-cil esmorecer diante das situaes adversas. Por essa razo, o conselho da palavra de Deus, hoje, : Mostre firmeza. No de-sista. Aguarde. Vale a pena esperar o agir do Senhor! Se voc quer ver o livramento de Deus, tenha firmeza! Deixe o Senhor trabalhar da maneira dele!

    Este foi o segundo dos quatro conselhos encorajadores de xodo 14 para as situaes insolveis aos nossos olhos: Conti-nuemos firmes! Vamos ao terceiro.

    3. DEUS TEM PODER PARA NOS LIVRAR:

    FAAMOS SILNCIO!

    Acompanhe a leitura do versculo 14 de xodo captulo 14. O texto diz: O Senhor pelejar por vs, e vs vos calareis. Na verso da Bblia de Matos Soares, este texto diz: O Senhor com-

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    bater por vs, e vs estareis em silncio. Esta , certamente, a mais difcil das orientaes. Ela era necessria aqui. Voc ainda se lembra o que aconteceu quando os israelitas olharam para trs e viram as tropas egpcias? Em primeiro lugar, clamaram ao Senhor desesperados, pois para eles, a morte era certa. De-pois, em segundo lugar, repreenderam Moiss, por t-los tira-do do Egito. Leiamos o que eles foram capazes de dizer no ver-sculo 12, do captulo 14: No isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egpcios? Pois melhor nos fora servir aos egpcios do que morrermos no deserto.

    Voc conseguiu captar o peso dessas palavras? Essa mur-murao do povo no tem uma gota sequer de esperana. Aos seus olhos a morte era certa. Foram tomados de uma amn-sia absurda. Esqueceram muito rpido do que Deus havia feito para libert-los do Egito: das guas transformando-se em san-gue; dos milagres das rs, dos piolhos e das moscas; da morte dos rebanhos egpcios, dos tumores (lceras) que caram sobre o povo de fara, da chuva de pedras, do milagre dos gafanho-tos, das trevas sobrenaturais que isolaram e imobilizaram os egpcios e, por fim, da morte dos primognitos de cada famlia egpcia na noite em que o povo foi liberto. Todas essas aes sobrenaturais foram realizadas pelo Senhor para livrar o seu povo, mas este, aparentemente, se esqueceu.

    Se os israelitas chegaram aonde estavam, e como estavam rebanhos, gado, ouro, prata e roupas (Ex 12:32, 35-36) , na-quele exato momento, foi por causa da forte mo do Senhor. Deus os levou at ali de forma miraculosa e espetacular. Como o povo esqueceu to rpido de tudo isso? A bem da verdade, que assim mesmo que costumamos agir tambm. O Senhor constantemente nos guarda, nos abenoa e nos prov foras, no entanto, basta uma pequena pedra no caminho, e muitos de ns nos pomos a reclamar. Murmuramos como se ele nunca nos tivesse livrado. Oremos constantemente como o salmista,

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    dizendo: minha alma, bendiz o Senhor, e no te esqueas de nenhum dos seus benefcios (Sl 103:2).

    Voltando ao episdio do xodo, precisamos pensar numa coisa: alm da amnsia, sabe qual a outra razo de os israeli-tas murmurarem, sem esperana? Simples! No foi somente porque olharam para trs, para as tropas de fara, mas, so-bretudo, porque deixaram de olhar para frente, para o Se-nhor, que ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem (...) e de noite numa coluna de fogo (Ex 13:21). Esta tambm foi a causa da amnsia. Para ajustar isso, o Senhor agiu de manei-ra interessante e pedaggica. No momento em que comea a realizar o milagre, a coluna de nuvem passa para trs do povo. No foi exatamente nesta direo que o povo olhou e ficou apavorado? Ento, no foi somente para bloquear a viso dos egpcios, mas tambm para impedir que os israe-litas continuassem a olhar para trs, que o Senhor fez isso! Ele queria que o povo olhasse para ele! Afinal, como disse Moiss, o Senhor pelejaria aquela batalha.

    Com os olhos em Deus, o povo deveria fazer silncio! isso que diz o final do versculo 14: ... e vs estareis em silncio. O verbo hebraico aqui hrsh, que significa estar calado, sem fala, sem palavras. Os hebreus estavam sendo convidados a contemplarem aquilo que Deus iria fazer, calados. No lugar de murmrios, ficariam impressionados com o poder divino. Como difcil ficar calado, no verdade? Existem queles que no se imaginam ficando alguns minutos assim. Esta orienta-o - Calai-vos - soa mal. Porm, isso que sugerido aqui. como se Moiss dissesse: Deus vai pelejar, fiquem quietos. Deixem-no fazer isso sozinho e parem de tanta murmurao. Meu irmo, minha irm, perante situaes insolveis aos seus olhos, no tente se explicar, nem se autojustificar, e muito me-nos comece a murmurar diante das adversidades: em silncio, aguarde o livramento do Senhor.

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    Muitas vezes perdemos o livramento de Deus porque no conseguimos ficar quietos e deixar o Senhor atuar. Quando no estamos murmurando, falamos achando que ele precisa de sugestes nossas. Ele no precisa! ele quem d a ltima palavra, sempre. No somos ns quem tem que dizer como as coisas devem acontecer. Deixe-o lutar as suas batalhas! Faa silncio. Quando falamos demais corremos o risco de seguir os nossos caminhos achando que eles so os de Deus. Em siln-cio, temos a capacidade de discernir corretamente a sua voz. Algumas das nossas batalhas perdidas, jamais foram ordena-das para ns, ou ento eram muito especiais e nelas o Senhor desejou lutar por ns. S em silncio somos capazes de saber a diferena.2 Por isso, diz o Senhor, Fiquem quietos! Saibam, de uma vez por todas, que Eu sou Deus! (Sl 46:10 BV).

    Este foi o terceiro dos quatro conselhos encorajadores de xodo 14 para as situaes insolveis aos nossos olhos: Faa-mos silncio! Vamos ao ltimo.

    4. DEUS TEM PODER PARA NOS LIVRAR: APRESENTEMOS ATITUDE!

    interessante a maneira com que os acontecimentos se desenrolaram neste episdio. O povo deveria ter coragem, fir-meza e calar-se para observar o Senhor trabalhar. Entretanto, por mnima que fosse a parte do povo, eles tambm teriam que agir. Acompanhe o que est dito no versculo 15 de xodo captulo 14: Disse o Senhor a Moiss: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. A hora de o povo agir, enfim, havia chegado. Mas, porque exatamente antes de o povo agir, foi-lhe dito que se calasse? Aqui, as coisas comeam a fazer muito sentido. Existe um tempo certo de agir, e s po-

    2. Ogilvie (2006:71).

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    demos descobri-lo corretamente, em completo silncio, isto

    , quando silenciamos, paramos para escutar o Senhor.

    Foi assim que Deus agiu aqui. Primeiro o povo se aquietou;

    depois, na hora certa, ele comissionou o povo ao. Eles no precisariam lutar. A ordem era to somente marchar. Mas, note

    um detalhe interessante e curioso desta ordem de Deus: Por que clamas a mim?, diz o texto. No curiosa mesmo esta pergunta de Deus: O certo no era o povo clamar mesmo?. Podemos

    aprender algo importante aqui. A orao uma prtica devo-

    cional vital para a vida de todo cristo. Todavia, orar apenas, em algumas ocasies, no o suficiente. Este era o caso aqui. A fi-

    nalidade principal da vida crist glorificar a Deus atravs da

    nossa vida. A orao um dos meios para alcanar esse fim. Ela

    no tudo. Ela no o fim. Quando transformamos a orao na

    finalidade da vida crist e no agimos, falhamos.

    Por exemplo: orar para Deus resgatar os perdidos neces-

    srio? Sim. Mas s orar para Deus resgatar os perdidos sufi-

    ciente? No. preciso agir. A igreja tem de aprender a equilibrar

    orao e ao. isso que Deus quer que Moiss veja. Por que

    clamas a mim? Diga ao povo que Marche!. O momento era de

    agir. O povo veria o livramento de Deus, se tivesse f suficien-

    te para caminhar confiando que Deus faria o restante. O povo

    deveria apresentar atitude! Em algumas ocasies na vida crist,

    para vermos o livramento de Deus, para transformar impossibili-dades em possibilidades, precisamos de atitude. Quem fez o mi-

    lagre todo foi Deus. Nada do que foi feito dependeu do povo. A

    eles, coube apenas seguir avante confiando que Deus faria tudo!

    O mar era grande? Avante! A barreira era intransponvel? Avan-

    te! Deus estava do lado. Ao povo cabia acreditar e caminhar!

    Mas, marchar?, Como?, algum poderia questionar. Ser

    que Deus no estava vendo o tamanho do mar diante de ns?

    Sim, Deus estava vendo o mar. Todavia, ele no queria que o

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    povo observasse o mar. Deus queria que o povo o olhasse!3 Deus ainda disse a Moiss: Levante o basto e o estenda sobre o mar. A gua se dividir, e os israelitas podero passar em terra seca, pelo meio do mar (Ex 14:16 NTLH). Veja que todas as ordens de Deus exigiam ao, tanto da parte do povo quanto da parte de Moiss. Os dois agiram em conformidade com a vontade de Deus. Moiss estendeu a mo sobre o mar, e o Senhor, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as guas foram divididas (Ex 14:21). Moiss obedeceu e Deus fez o milagre!

    Podemos entender este milagre como um ato do Deus cria-dor, controlando o mundo natural que criou e sustenta, fazendo com que o vento e ondas sirvam Seus propsitos.4 Este o Deus que livra! O versculo 22 diz que os filhos de Israel entraram pelo meio do mar seco! Isto no incrvel! Sabemos que o fundo de um mar um lodaal puro, com pntanos salubres por todos os lugares. impossvel caminhar sem se atolar. Deus pensou nisto tambm. Fez tudo de forma espetacular. Alm de dividir o mar, o forte vento oriental tambm serviu para secar a terra do fundo do mar. Por isso, o povo pode atravessar o mar em ps enxutos. Tente imaginar a cena. Muro de gua de um lado; muro de gua de outro, e os israelitas no meio, atravessando e vislumbrando o poder de Deus em terra seca.

    Depois que os israelitas estavam do outro lado, o Senhor ordenou que Moiss estendesse a sua mo sobre o mar para que as guas voltassem e, assim foi. Os exrcitos egpcios que entraram no mar para capturar o povo de Deus morreram to-dos afogados. Os egpcios experimentaram a fora do Deus que livra! J so e salvo, o povo pde olhar e ver os egpcios mortos na praia do mar: ... e o povo temeu ao Senhor e confiou no Se-

    3. Ezell (2006:129).

    4. Cole (1972:117).

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    nhor (Ex 14:31). A arrogncia e a prepotncia de fara afunda-ram junto com os exrcitos egpcios. Voc tambm pode ver o livramento do Senhor! Atitude! O que voc est esperando? O marchem de xodo nos ensina a entregarmos sem reservas a nossa causa a Deus e agir com f. At quando voc vai continu-ar trancado dentro do quarto querendo se livrar da depresso? Atitude! At quando vai ficar sentado no sof esperando o em-prego cair do cu? Atitude! At quando voc vai continuar an-dando com essas pessoas que o fazem andar pelo caminho das drogas, das bebidas? Atitude! Deus pode arrancar esse desejo de voc! Creia! No existe Deus como o Senhor!

    CONCLUSO: O Egito era a potncia mundial da poca. Os

    seus exrcitos eram temidos e respeitados. Diante do Senhor, entretanto, naufragaram e morreram! Algumas descobertas de historiadores e arquelogos incrdulos nos ajudam a ter novas suposies sobre esse evento memorvel. Eles des-cobriram obeliscos5 e outros registros que indicam que os egpcios no voltaram a esse lugar durante dezessete anos depois que o milagre aconteceu. Tinham medo dele.6 O ob-jetivo de Deus foi alcanado! No captulo 14 de xodo dito: Serei glorificado por meio do fara e de todo o seu exrcito, e os egpcios sabero que eu sou o Senhor (v. 4).

    Que livramento poderoso, no verdade? Este o Deus a quem servimos. Voc que hoje ouviu este sermo, e, de algu-ma maneira, se encontra em alguma situao pela qual, aos seus olhos, parece no haver sada: o Senhor pode te livrar! Em vez de apavoramento e medo, tenhamos coragem, con-tinuemos firmes, faamos silncio e apresentemos atitude. Quem sabe Deus no pode fazer com que voc alcance o seu

    5. Monumento que tem geralmente a forma de uma pirmide truncada.

    6. Swindoll (2000:255).

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    to esperado livramento por estes dias! No se assuste com fara, e nem com o mar intransponvel sua frente. Apenas olhe para o Senhor. Parafraseando os versculos 30 e 31, em forma orao pedimos: Tomara que neste dia o Senhor nos livre das mos dos nossos inimigos, e que vejamos a grande obra que o Senhor pode realizar entre ns, de modo que te-mamos e creiamos nele!

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    14 de Agosto

    INTRODUO: Irmos e irms, paz de Cristo! O texto que serve de base para o sermo desta manh, cujo ttulo O Deus que cura, o segundo da srie O Deus que faz milagres, est em 2 Reis, captulo 20, versculos de 1 a 7. Mas vamos ler apenas os versculos 4 a 6a. Na verso Almeida Revista e Atualizada, est escrito dessa maneira:

    Antes que Isaas tivesse sado da parte central da cidade, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo: Volta e dize a Ezequias, prncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua orao e vi as tuas lgrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirs Casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos.

    Alm de ser o Deus que livra, o Deus da Bblia tambm o Deus que cura. O texto que temos nossa frente nos mos-tra isto. Tendo a sua Bblia aberta, vamos anlis-lo juntos. Chamo a sua ateno para o incio do versculo 1, que come-a com esta expresso: Naqueles dias, Ezequias adoeceu (2

    O DEUS QUE CURA

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    Rs 20:1a). Que dias eram estes? Eram dias de guerra, e no de paz, pois as tropas do exrcito assrio estavam prestes a invadi-lo. Pois bem, nesse tempo, o rei Ezequias adoeceu (2 Rs 20:1b). A sua doena no era apenas uma doena grave: era uma doena mortal (2 Rs 20:1c).

    Isaas trouxe-lhe, da parte do Senhor, este triste aviso: As-sim diz o Senhor: em ordem a tua casa, porqe morrers e no vivers (2 Rs 20:1c). Ezequias se tornou rei de Jud com 25 anos de idade . Ficou doente aps reinar 14 anos , quando tinha por volta de 39 anos de idade. Diante disso, a notcia de sua morte prematura e iminente deve ter sido um golpe terrvel para a sua casa e para o seu reino. O que ele fez? Ele orou ao Deus que cura, e a sua sade foi milagrosamente restaurada.

    Deus no ignora as pessoas doentes. Tendo por base 2 Rs 20:1-7 quero considerar com vocs trs aes do Deus que cura em relao as pessoas doentes. Vejamos a primeira.

    1. O DEUS QUE CURA ESCUTA A ORAO

    DAS PESSOAS DOENTES Mas to logo teve cincia da doena mortal, qual foi a ime-

    diata reao de Ezequias? Antes de fazer qualquer outra coisa, ele fez uma orao a Deus.

    Lemos assim no versculo 2: Ento, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao Senhor. Ele virou o rosto para a pare-de, no para ocultar a sua aflio a sua raiva, mas para buscar o seu Deus. Fora o Senhor quem havia dito, que ele em breve iria morrer. Portanto, foi para esse mesmo Senhor que ele voltou toda a sua ateno.

    Por favor, observe: ele levou o problema a Deus antes de levar a qualquer outro. O rei no excluiu Deus nas sua busca por cura. Deus no foi o ltimo recurso a ser buscado, mas o primeiro! Essa reao parece por demais obvia, mas, creia-me, no . Nem

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    todos reagem assim diante da doena. H quem reaja como Asa, outro rei de Jud. No ano trinta e nove do seu reinado, caiu Asa doente dos ps; a sua doena era em extremo grave; contudo, na sua enfermidade no recorreu ao Senhor, mas confiou nos mdicos (2 Cr 16:12b, ARA). A sua grande falha no foi buscar os mdicos em si, mas no buscar a Deus por cura.

    Nota-se que muitos crentes esto cada vez mais dependen-tes da medicina. Alguns s lembram de pedir ou fazer orao por cura apenas no caso das doenas mais graves, e outros nem mesmo nesses casos. Devemos confiar em Deus em todas as aras de nossas vidas, incluindo a rea da sade. Isso quer dizer que devemos sempre buscar a Deus por cura, quer use-mos ou no meios medicinais para ajudar nossa restaurao. Sendo assim: Est algum entre vs doente? Chame os presb-teros da igreja, e estes faam orao sobre ele, ungindo-o com leo, em nome do Senhor (Tg 5:15).

    Mas vamos observar a orao de Ezequias, que est no ver-sculo 3, parte a. Foi assim que ele orou a Deus: Lembra-te, Senhor, peo-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de corao, e fiz o que era reto aos teus olhos. O rei est muito doente, mas no exige nada. Apenas pede: Senhor, peo-te. O que ele pede? Pede para Deus lembrar-se do seu reto andar diante dele. Vida longa fazia parte das bnos que Deus dava aos que viviam de acordo com a sua santa aliana. por isso que no seu intenso anseio interno de usufruir dessa bno da aliana divina, o rei de Jud faz meno da sua reti-do pessoal ao Deus da aliana.

    Gente que foi ou esta sendo uma bno na vida do povo de Deus no est livre de contrair uma doena e morrer por causa dela. Mas, embora a doena tenha vindo ao mundo de-vido ao pecado original, isto , o pecado cometido por Ado e Eva, no verdade que em todo caso particular a pessoa ado-ece por causa do pecado que cometeu. Ao verem um homem

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    cego de nascena, os dispulos perguntaram a Jesus: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? O Se-nhor lhes respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais (Jo 9:3a).

    Neste caso Jesus explica que o homem nasceu cego para que para que se manifestem nele as obras de Deus (Jo 9:3b). Parede dificil acreditar que uma doena possa ser usada para a glria de Deus, mas Jesus diz que pode. Caso ocorra de algum ficar doente por causa de pecado pessoal? A palavra de Deus afima, em Tg 5:15, que existem perdo e cura para tal pessoa: E a orao da f salvar o enfermo, e o Senhor o levantar; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-o perdoados.

    Voltando ao texto que estamos analisando. Isaas j havia sado de perto do rei, mas no tinha ido muito longe ainda no tinha sado da parte central de cidade (v. 4a). Ali, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo: Volta e dize a Ezequias, prncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua orao (v. 4b e 5a). Deus ainda ouve oraes por cura? Sim, o Deus da Bblia o Deus que sempre ouve todas as oraes, inclusive aquelas que pedem cura. O livro dos Salmos, alm de ser um livro de louvor, tambm um livro de orao. Nele, esto algumas das mais francas oraes j feitas a Deus. E o que mais temos neles, so afirmaes de que Deus ouve as oraes.

    De todas, uma das mais fortes esta: Na minha angstia, invoquei o Senhor, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ou-vidos (Sl 18:6). Todos os que esto sendo afligidos por alguma tipo de doena devem clamar a Deus. H algum doente aqui? Invoque, pois, o Deus que cura. O nosso Deus no uma fora, no uma energia csmica, no um olho dentro de um trin-gulo, no uma pirmide, no um dolo de gesso, que tem ou-vidos, mas no ouve. O nosso Deus um ser pessoal e sensvel, que escuta as oraes das pessoas doentes.

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    Essa a primeira ao do Deus que cura em relao as pes-soas doentes: O Deus que cura escura a orao das pessoas doentes. Vamos a segunda ao:

    2. O DEUS QUE CURA PERCEBE O CHORO DAS PESSOAS DOENTES

    Agora, quero chamar de novo a sua ateno para o vers-culo 3. Ele comea com orao e termina com choro. A orao de Ezequias foi breve. Mas o mesmo no se pode dizer do seu choro. O texto diz: e chorou muitssimo. A palavra chorou a traduo de uma palavra hebraica que tem o sentido de chorar amargamente. A palavra traduzida por muitssimo, por sua vez, revela que o seu choro, alm de extenso, foi audvel. Nes-ta poca, ele comps uma cano, que est em Is 38:10-20. Lendo-a, temos uma noo de como foi intensa a sua aflio nesta sua fase de doena.

    Ele diz: A noite inteira, eu gritava de dor, como se um leo es-tivesse quebrando os meus ossos (v. 13). Eu soltava fracos gemi-dos de dor como uma andorinha e gemia como uma pomba (v. 14). Estou to aflito, que j no consigo dormir (v. 15). Fazemos parte de uma gerao que valoriza e procura o riso. No faltam profissionais de quase todas as reas do conhecimento ensinan-do e divulgando as tcnicas da terapia do riso. Dizem que uma boa gargalhada alm de curar, pode evitar a doena. Viva o riso! Mas onde fica o choro? Sim, o choro. No h lugar para o choro?

    O choro tambm tem o seu lado teraputico. Quem nunca sentiu um grande alvio, depois de uma crise de choro? A Bblia diz que h tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria (Ec 3:4). Ouam bem: a Bblia no contra a alegria, mas tambm no contra o choro. O tem-po da doena um tempo de chorar e de prantear. Ezequias chorou num tempo desses. O seu choro foi amargo, extenso e

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    audvel, mas no foi um choro indevido. Choro indevido? Sim, h choro que indevido.

    O povo de Israel, ao longo de sua viagem para Cana, cho-rou algumas vezes. O livro de Nmeros fala desse choro, nos captulos 11 e 14. Mas o seu choro foi pecaminoso. Chorou porque sentiu falta dos pepinos, dos meles, dos alhos silves-tres, das cebolas e dos alhos egpcios (Nm 11:6). Chorou ainda porque queria voltar para o Egito, uma terra miservel e opres-sora (Nm 14:1-3). A casa de Israel chorou pela perda de coisas ruins. Deus no se agradou do seu choro a leste do Jordo, na terra de Moabe, Moiss lembrou aos filhos de Israel disso: cho-rastes perante o Senhor, porm o Senhor no vos ouviu, no inclinou os ouvidos a vs outros (Dt 1:46).

    Mas para o choro do Rei de Jud deus atentou. O mesmo Deus que escutou a sua orao tambm percebeu o seu choro amargo, extenso, audvel e sincero. Veja o que Deus lhe disse, por meio de Isaas, no versculo 5, parte b: vi as tuas lgrimas. Deus percebeu as lgrimas que salgavam a boca e queimavam o rosto de Ezequias. Deus as viu! Mas ele no apenas v as l-grimas de quem sofre, ele tambm as recolhe e registra. Quem afirma isto o prprio Davi, no Salmo 56:8: Contaste os meus passos quando sofri perseguies; recolheste as minhas lgri-mas no teu odre; no esto elas inscritas no teu livro?

    Numa fase muito difcil da sua vida, Davi derramou muitas lgrimas. O que Deus fez com elas? Primeiro, ele diz que Deus as recolheu em seu odre. Nesta poca, no havia frasco de vi-dro para se guardar lquidos. Usava-se odres, um recipiente fei-to de couro (1 Sm 10:3; Gn 21:15; Jz 4:19). Mas ningum usava o odre para guardar lgrimas. Na verdade, ningum armazena lgrimas, nem as prprias nem as alheias. Voc no tem em casa um vidro com as sua lagrimas de 2009. Voc no tem, mas Deus tem. Dentro dele, esto todas as suas lgrimas, desde quando voc nasceu at hoje.

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    Alm recolher as suas lgrimas num frasco, Davi diz que Deus registrou as suas lagrimas num livro: no esto elas ins-critas no teu livro? Assim como ningum tem hbito guardar lgrimas, ningum tambm tem anotar as lgrimas. Voc no tomou nota das lgrimas que saram dos seus olhos nos lti-mos meses, tomou? Voc no anotou, mas Deus anotou. Em seu livro esto lanadas e registradas elas. Ele sabe quando voc chorou, porque voc chorou, quanto voc chorou, onde voc chorou e como voc chorou.

    As lgrimas no so algo que Deus ignora. Deus est atento a todas elas. Ele as percebe, as recolhe e as registra. As nossas lgrimas tm, portanto, grande valor para Deus! H diagnsti-cos mdicos que nos fazem chorar muitssimo. H cirurgias que nos fazem chorar muitssimo. H tratamentos quimioterpicos que nos fazem chorar muitssimo. Mas enquanto choramos, Deus percebe, recolhe e registras as nossas lagrimas. Mas no apenas isso. Ele tambm as enxuga. Bem-aventurados os que choram, porque sero consolados (Mt. 5:4).

    At aqui vimos que o Deus que cura escuta a orao e per-cebe o choro das pessoas doentes. Vamos, agora, considera a sua ltima ao:

    3. O DEUS QUE CURA RESTAURA A SADE DAS PESSOAS DOENTES

    Deus no apenas escuta a orao e percebe o choro das pessoas doentes. Ele tambm restaura a sade delas. Deus de-clarou o seguinte a Ezequias: ...eis que eu te curarei (v. 5c). Para quem est beira da morte, no h noticia mais animadora do que essa. Deus ainda lhe assegurou o acrscimo de mais alguns anos de vida: Acrescentarei aos teus dias quinze anos (v. 6a). Mas no parou por a. Por fim, Deus disse-lhe que o livraria dos Assrios: ... das mos do rei da Assria te livrarei, a ti e a esta

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    cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo (v. 6b).

    J, o homem que de um hora para outra perdeu quase tudo (s lhe restou a mulher), disse: melhor morrer do que viver neste meu corpo.Detesto a vida; no quero mais viver (J 7:15-16). Jonas, o profeta que se irou com Deus, disse: Agora, Se-nhor, tira a minha vida, porque para mim melhor morrer do que viver (Jn 4:3). Elias, o profeta que se cansou da maldade humana: J tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida (1 Rs 19:4). Os trs oraram pedindo a morte. Mas o rei de Jud no queria morrer: queria viver. Ele orou por vida. E Deus, em sua soberania, lhe permitiu viver mais quinze anos.

    Quando se ouve falar de aborto, de controle de natali-dade, de eutansia, do uso de espermatozides e de vulos desconhecidos para fertilizao in vitro, tem-se a impresso de que o ser humano quem tem o controle sobre a vida e sobre a morte. Mas no assim. A Bblia afirma que Deus o que tira a vida e a d; faz descer sepultura e faz subir (1Sm 2:6). ele que faz que a mulher estril viva em famlia e seja alegre me de filhos (Sl 113:9). Ele o Autor e Conservador de toda a vida (Nm 16:22). Ele mesmo quem a todos d vida, respirao e tudo mais (At 17:25b).

    A Bblia diz que tudo tem o seu tempo determinado, e h tempo para todo propsito debaixo do cu: h tempo de nascer e tempo de morrer (Ec 3:1-2). E Deus quem fixa esse tempo. Quando chegar a hora da nossa morte, no podemos evit-la, a menos que Deus assim o deseje. Mas vamos voltar cura de Ezequias. Como foi que Deus o curou? Isaias deu esta ordem aos que serviam ao rei: Tomai uma pasta de figos (v. 7b). Eles, de pronto, tomaram-na e a puseram sobre a lcera (v. 7c). Este foi o resultado: e ele recuperou a sade (v. 7d).

    No Antigo Oriente, a pasta de figo era muito utilizada para amolecer lceras e tumores. Deus pode curar usando quais-

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    quer meios que desejar. Mas, aqui, neste caso, no se deve pensar que foi a pasta de figos em si que curou a grave doena, mas, sim, o poder de Deus. A nfase geral da narrativa que a recuperao da sade resulta no de um processo natural, mas de um milagre divino. Deus restaura a sade das pessoas doentes. Ele mesmo afirma isto, sem rodeio algum: ... eu sou o Senhor que te sara (Ex 15:20b). E, de acordo com o Salmo 123:3, ele quem sara todas as tuas enfermidades.

    Deus pode sarar e, de fato, sara, no apenas algumas, mas qualquer doena, quando ele quer e como ele quer, para o nos-so bem e para a sua glria. Mas sara s se ele quiser. Temos o direito e o dever de sempre orar a Deus por nossa prpria cura ou pela cura de algum. Mas, ao faz-lo, precisamos levar em conta a soberania de Deus. A vontade de Deus deve ser considerada e respeitada. Deus tem poder para curar qualquer doena e em qualquer estgio, final ou terminal. Mas nem sempre ele o faz, por razes que podemos ou no entender mais tarde. Devemos orar como o leproso: Se quiseres, pode purificar-me (Mc 1:40).

    Uma questo a considerar na orao por cura tem a ver com a demora e com o silncio de Deus. A rapidez com que Deus atendeu a orao de Ezequias nos impressiona. A respos-ta foi imediata. Ele no teve de lidar com o silncio de Deus. Mas Deus no age assim com todos. Nem sempre ele atende a orao na hora. Muitas vezes, Deus faz a pessoa esperar. Este parece ter sido o caso do salmista. Ele diz: Estou cansado de clamar, secou-se-me a garganta; os meus olhos desfalecem de tanto esperar por meu Deus (Sl 69:3). Se esse o seu caso, no se angustie, mas continue esperando pacientemente. Espera pelo Senhor, tem bom nimo, e fortifique-se o teu corao; es-pera, pois, pelo Senhor (Sl 27:14).

    Se quiser, Deus pode nos sarar de doenas causadas por bactrias, por vrus, por fungos. Ele pode nos curar de do-

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    enas cardiovasculares, respiratrias, hereditrias, crnicas. Mas Deus no restaura apenas aqueles que so acometidos por doenas fsicas. Se quiser, ele pode restaurar tambm aqueles que so portadores de doenas emocionais, espiri-tuais e morais. Pode curar ansiedade, desespero sexual, ego-centrismo, estilo consumista, hipocondria, hipocrisia, baixa auto estima, anorexia, mania de perseguio, sndrome do pnico, depresso, ressentimento.

    CONCLUSO: Vivemos num mundo doente e adoecedor. A doena no se adapta a nossa agenda. Ela no manda tele-grama. Bate a nossa porta e chega a nossa vida sem mandar recado e sem pedir licena. Algumas vezes, nos pega de surpre-sa e nos deixa profundamente abalados. Desde a queda, tem sido assim: no h quem fique livre das suas garras crueis por muito tempo: nem os ricos, nem os pobres, nem os bons nem os maus, nem os fortes, nem os fracos, nem os belos, nem os feios, nem jovens, nem adultos.

    Mas ns no estamos ss em nossa luta contra as doenas. O Deus que cura toda a sorte de doenas, at mesmo aquelas que ainda no figuram nos catlogos mdicos, por ns. Ele escuta a nossa oraa, percebe o nosso choro e, quando quer, restaura a nossa sade. Se, hoje, voc ou algum que voc ama encontra-se doente, no perca a oportunidade de clamar ao Deus que cura. Quem sabe, hoje seja o dia que ele escolheu para atender a sua orao por cura. Quem sabe, hoje seja o dia de ele fazer um milagre no seu corpo e na sua mente! Amm!

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    21 de Agosto

    INTRODUO: Que a paz do Senhor esteja com todos vo-cs, irmos e irms! Hoje, daremos continuidade srie de sermes do projeto de orao deste ms, cujo tema : O Deus que faz milagres. Por gentileza, abram suas bblias em 1 Reis, captulo 17, versculos 14 e 15. Na verso Almeida Revista e Atualizada, est escrito assim:

    Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da tua panela no se acabar, e o azeite da tua botija no faltar, at ao dia em que o Senhor fizer chover sobre a terra. Foi ela e fez conforme a palavra de Elias; assim, comeram ele, ela e a sua casa muitos dias.

    O captulo 17 de 1 Reis o captulo da proviso divina. Na es-sncia do texto, os holofotes no esto focados sobre o profeta, mas sobre o Deus a quem ele serve. Aqui, a ltima palavra no do homem, mas de Deus, que decide os rumos da histria. Ele quem impede o escurecer das nuvens celestiais para no cair uma

    O DEUS QUE SUPRE

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    s gota de gua, durante trs anos e meio, sobre a terra (Tg 5:17). Deus quem ordena a direo dos passos de Elias para livr-lo das garras assassinas do diablico Acabe. A lgica muito simples: Deus ordena e o profeta obedece. Ele levanta a sua voz poderosa e a natureza se rende aos propsitos de suas instrues.

    Este captulo uma atalaia que anuncia enfaticamente as incr-veis obras do Senhor Todo-Poderoso sobre a incapacidade huma-na. um espelho que reflete a bondade de Deus atravs da sua proviso e nos traz a convico de que ele supre as nossas necessi-dades em meio solido, insegurana, desorientao, fome, seca, enfim, nos momentos mais angustiantes da vida, indican-do lugares, adotando mtodos e utilizando pessoas. O Deus que supre, age de maneira singular. Hoje, aprenderemos que Deus atua de modo inusitado, a fim de nos suprir eficazmente.

    Com base no texto de I Reis 17:1-16, veremos trs princ-pios usados por Deus no suprimento das nossas necessidades. Vamos ao primeiro:

    1. PARA NOS SUPRIR, DEUS, S VEZES,

    INDICA LUGARES INCOMUNS

    Veja como comea o captulo 17: Ento, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: To certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haver nestes anos (v.1). Com autoridade de profe-ta do Senhor, Elias confronta o perverso e idlatra Acabe, que, juntamente com a sua esposa, Jezabel, perseguia e matava os profetas de Deus. Estes eram devotos de Baal, que, por sua vez, era o deus da fertilidade. Se a chuva fosse retida, a credibili-dade dessa divindade pag cairia por terra. Isso seria quebrar a espinha dorsal de Baal.1

    1. LOPES (2008:49)

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    Elias estava mexendo com gente grande, com a cpula mafiosa de Israel. Quando perturbamos pessoas dessa ndole, automaticamente, colocamos a nossa vida em perigo. O profe-ta, portanto, estava em apuros! Provavelmente, as preocupa-es de um homem frgil e angustiado invadiram a sua mente. Talvez ele tivesse pensado: E agora, o que eu vou fazer? Esta uma pergunta que tem nos incomodado nos momentos de profundas inquietaes. O que fazer, quando o mal bate a nos-sa porta? O que fazer, quando ningum se dispe a nos ajudar? O que fazer, quando no soubemos o que fazer? Esperar em Deus a atitude mais coerente. Quem assim age, no fica de-samparado! No h coisa melhor do que a companhia divina!

    Ento, Deus entra em cena e se manifesta alertando o pro-feta, no versculo 3, da seguinte maneira: Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que est diante do Jordo. Neste texto, observamos duas ordens inusi-tadas de Deus. A primeira ordem a fuga do profeta. No se-ria to estranho se Elias fugisse por medo, fraqueza ou falta de f. Contudo, o motivo da fuga no consiste em nenhum desses aspectos, mas, sim, no fato de que o prprio Deus a ordenou! A expresso Vai-te daqui, juntamente com o verbo esconde-te, indica esse fato. Haver momentos em que Deus, para nos pre-servar do mal, ordenar que fujamos do confronto.

    A segunda ordem o destino do profeta. Ele deveria se es-conder junto ao ribeiro de Querite. Deus poderia muito bem en-vi-lo a um lugar mais prspero, com mais variedade de opes, onde houvesse fartura, mas no o fez. Querite era um riacho, e os riachos em um instante secam. Um rio teria sido uma opo mais lgica.2 Mas a lgica de Deus nem sempre condiz com a lgica humana. No se admire se Deus tir-lo do lugar onde h carnes, cebolas e alhos para lhe suprir com man no deser-

    2. LUCAS (2006:48)

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    to. No se preocupe, se ele decidir mudar a sua rota do trono para o Calvrio. Ele sabe para onde voc dever ir.

    Preferimos a fartura do rio, enquanto Deus escolhe a escas-sez de um riacho. Gostamos do bvio, do concreto, do comum. Deus, porm, indica o inesperado. Deus escolheu um lugar in-comum e improvvel para suprir o seu servo. Por que Deus, s vezes, age dessa forma? Por que, s vezes, Deus nos envia para os riachos, em vez de nos dirigir para os abundantes rios da vida? porque ele quer que dependamos da sua pessoa! porque ele tem poder para nos suprir! No riacho no lhe falta-r po nem carne. Deus no lhe deixar sucumbir pela sede! Acredite: em meio escassez, Deus sustentar voc!

    Em Querite, ningum poderia prender, torturar ou matar Elias. Inimigo nenhum poderia toc-lo. Os lugares incomuns in-dicados por Deus so seguros! Os homens de acabe poderiam procur-lo durante dias e provavelmente no iriam encontr-lo.3 As pessoas podem no saber onde estamos, o que faze-mos, nem as intenes da nossa mente. Deus, porm, sabe onde nos encontrar. Ele nos conhece mais do que ns mesmos! O salmista afirma isso com muita segurana ao dizer: Sonda-me, Deus, e conhece o meu corao, prova-me e conhece os meus pensamentos (Sl 139:23). impossvel nos escondermos do seu olhar ou fugirmos da sua presena!

    O nome Querite deriva do verbo original Cha-rath, que sig-nifica cortar, colocar no tamanho certo. 4 Esta definio se adqua perfeitamente situao de Elias. Ele foi, literalmente, cortado por Deus do convvio das pessoas. Por um espao de tempo, Deus no mais falou pela boca dele. O profeta se calou. Viver em Querite viver no anonimato. Elias no foi amorda-ado pelos soldados de Acabe, mas foi algemado pelas cadeias

    3. GETZ (2003:36)

    4. SWINDOLL (2001:39)

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    da solido. A solido terrvel! Ningum gosta de conviver com ela! O profeta no tinha um s amigo mortal por perto. Mas Deus era a sua companhia! Com Deus no estamos sozinhos nem desamparados, irmos! Deus o nosso verdadeiro amigo!

    Veja a primeira parte do versculo 4: E h de ser que bebers do ribeiro. Deus nos supre nos lugares mais solitrios e inco-muns em que possamos viver. Se voc est vivendo no crcere do isolamento, lembre-se que Deus no lhe abandonou. A pa-lavra dele para voc : no temas, porque eu sou contigo; no te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleo, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel (Is 41:10). O Deus que supre sabe onde voc est. Ele o seu verdadeiro pastor e no deixar faltar o necessrio para a sua subsistncia (Sl 23:1). Acredite na proviso divina!

    At aqui, vimos o primeiro princpio usado por Deus no supri-mento das nossas necessidades. Vejamos, portanto, o segundo:

    2. PARA NOS SUPRIR, DEUS, S VEZES,

    ADOTA MTODOS INCRVEIS

    Como vimos, o lugar indicado por Deus a Elias foi o ribeiro de Querite. O ribeiro garantia de gua, ou seja, pelo menos, de sede, ele no morreria (v.4a). Todavia, uma pessoa no so-brevive s de gua. O organismo humano precisa de alimento. Porm, o episdio no acontece em poca de fartura. O tempo das vacas gordas havia terminado e a seca se tornado a gran-de vil da vez. O profeta vive numa poca em que o alimento escasso, a apostasia predominante, e a perseguio, desola-dora. Elias havia fugido de Acabe, Jezabel e da sede. Mas ainda precisava escapar da fome.

    a que mais uma vez Deus se manifesta! Por favor, observe a parte b do versculo 4: e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem. Note que o profeta ainda nem havia se dirigido

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    Querite e Deus j havia planejado uma maneira de prover a sua necessidade. Deus sempre estar, a passos largos, nossa frente. Ele sempre nos surpreender com suas aes ini-maginveis! Deus no pode ser frustrado com os imprevistos da vida, pois ele prev o imprevisvel! Se voc tem uma vida de intimidade com Deus, sabe perfeitamente que ele sempre tem uma soluo vivel para os seus problemas.

    A parte b do versculo 4 nos mostra dois aspectos inte-ressantes da proviso divina. O primeiro o mtodo adota-do. Deus poderia ter usado mtodos bvios para suprir Elias. Com uma s palavra ele faria brotar da terra mais estril da regio de Querite, uma rvore com deliciosos frutos. Por que ele no fez isso? Porque Deus imprevisvel! Ele tem os seus prprios mtodos. Para suprir o profeta, Deus d ordem a corvos! Deus poderia ter enviado um anjo do cu para servi-lo, mas preferiu adotar outro mtodo. Deus, s vezes, cami-nha na contramo do raciocnio humano.

    O nosso Deus poderoso para fazer jorrar guas de uma rocha (Dt 8:15); soberano para derramar man do cu (Jo 6:31), e prodigioso para lanar codornizes sobre o deserto, a fim de suprir os famintos(Ex 16:13). Quem usaria tais m-todos? Quem trabalharia de modo to surpreendente? A resposta bvia: Deus, somente Deus! Ele adota mtodos incrveis! Deus faz milagres! desse modo que o Senhor tra-balha, irmos! No se atemorize, quando estiver enfrentando a horrenda seca da falta de emprego, da enfermidade, da de-sestruturao familiar, ou mesmo da falta de alimento. Deus pode adotar mtodos incrveis para lhe suprir.

    Aquilo que incrvel algo espantoso, extraordinrio, sin-gular, inexplicvel e, muitas vezes, impossvel aos seres huma-nos. Deus utilizou o seu poder sobre a natureza no apenas no deserto, mas tambm em um riacho. A diferena entre as co-dornizes do deserto e os corvos do riacho que aquelas foram

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    usadas para alimento e estes, como garons. Os corvos no levantariam suspeitas aos inimigos. Ningum se importaria se um bando de aves passasse voando com comida no bico.5 Usar corvos transportando comida para suprir gente um milagre extraordinrio de Deus. H coisas que s Deus pode fazer.

    O segundo aspecto a promessa feita. Na parte b do versculo 4, Deus faz uma promessa de proviso. como se ele estivesse dizendo: Eu vou te sustentar com os meus mtodos. A promessa feita foi cumprida. Veja, por gentileza, o versculo 6: E os corvos lhe traziam po e carne pela manh, como tambm po e carne noite; e bebia do ribeiro. Este texto uma prova de que Deus, nas circunstncias menos favorveis, cumprir com suas palavras! O profeta Isaas confirma a verdade da fidelidade divina, dizendo: Que direi? Como prometeu, assim me fez (Is 38:15a).

    O versculo 6 nos leva seguinte pergunta: De onde vie-ram as carnes e os pes? Esta uma questo que no sabe-mos responder. H coisas que no podemos questionar, mas aceitar. Nem sempre entenderemos os propsitos dos mto-dos de Deus. Nem sempre descobriremos o porqu de Deus nos enviar para um lugar como Querite ou o porqu dele no ter impedido que fssemos lanados na fornalha do so-frimento. Mas de uma coisa sabemos: Deus nos suprir em quaisquer lugares e em quaisquer circunstncias atravs dos seus mtodos mirabolantes! Confie nos mtodos divinos! Ele sempre far o melhor por voc!

    Os mtodos incrveis de Deus nos garantem po e carne du-rante o dia e durante a noite (v.6). Irmos, os recursos divinos so ilimitados! Nunca pense que Deus no poder supri-lo com segurana na hora do medo, com motivao na hora do des-nimo, com companhia na hora da solido, com amor na hora do dio, com paz na hora do desespero e com vida na hora

    5. LUCAS (2006:56)

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    da morte. No se preocupe com o modo ou com o tempo de Deus agir. Apenas acredite: ele agir! Acredite em suas mise-ricrdias, que so infindveis e se renovam todos os dias (Lm 3:22,23). Acredite em seu poder e em seus mtodos!

    Aps analisarmos dois princpios usados por Deus no supri-mento das nossas necessidades, atentemos para o terceiro e ltimo princpio:

    3. PARA NOS SUPRIR, DEUS, S VEZES, UTILIZA PESSOAS LIMITADAS

    Aps haver indicado um lugar incomum e adotado um m-todo incrvel para suprir Elias, chegou o momento de Deus uti-lizar uma pessoa limitada! A trajetria do profeta um tanto turbulenta. Ela comea na fartura, e segue na seca (v. 1). Mas em Querite, ele sustentado com gua do riacho e com ali-mento trazido pelos corvos (vs. 4-6). Contudo, algo inusitado acontece. Por gentileza, veja o que diz o versculo 7: Mas, pas-sados dias, a torrente secou, porque no chovia sobre a terra. O que parecia improvvel aconteceu. O Deus que supre permi-tiu que faltasse gua ao profeta obediente.

    Mesmo quando estamos no centro da vontade Deus, o nosso riacho poder secar-se. Porm, no temos direito algum de mur-murar contra o Senhor. certo afirmar que o Deus que d gua tambm pode reter a gua. Este um direito soberano de Deus.6 A qualquer momento, os nossos planos podero ser frustrados e as portas se fecharem em diversas reas da nossa vida. O empre-go poder ficar escasso, o dinheiro faltar e a faculdade, tornar-se apenas um sonho irreal; a alegria transformar-se em tristeza e o riso, em pranto. Mas espere Deus falar! Ele sempre nos traz uma palavra de esperana! Ainda no era o fim para Elias!

    6. SWINDOLL (2001:47)

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    Veja Deus falando ao profeta no versculo 9: Levanta-te, e vai a Sarepta, que de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viva que te sustente. Neste texto, uma perso-nagem em especial chama a ateno: a viva de Sarepta. No sabemos o seu nome, mas o versculo que lemos nos fornece uma informao fundamental sobre ela. Aquela pobre viva vivia em Sidom, uma comunidade gentia. Ironicamente, era a mesma regio onde Jezabel vivia antes de casar com Acabe.7 Era exatamente esta mulher que Elias deveria procurar ao che-gar naquele lugar. Ele seria sustentado por ela!

    Isso parece ser um tanto incoerente. Como uma viva pode-ria sustentar um profeta em tempos de seca? O fato de ela ser viva significa que se tratava de uma pessoa carente, desampa-rada, com recursos extremamente limitados. Devemos ainda levar em conta que ela tinha um filho para sustentar (v.12), o que torna a situao ainda mais perturbadora. possvel que em Sarepta houvesse pessoas bem mais sucedidas material-mente e que poderiam sustentar, confortavelmente, o profeta de Deus. Porm, dentre os muitos habitantes da cidade, Deus escolheu uma viva para suprir Elias.

    No versculo 10, o profeta encontra a viva em Sarepta apanhando lenha para fazer comida, e pede-lhe gua. No ver-sculo 11, ela lhe d gua, mas ele lhe pede po para matar sua fome. Dessa vez, ela no atende de imediato o pedido de Elias, mas lhe d uma resposta desanimadora na parte a do versculo 12, que diz: ... nem um bolo tenho, seno somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija. Em outras palavras, ela estava lhe dizendo: me desculpe, mas no posso lhe ajudar porque a minha comida muito pouca; a nica que eu tenho; eu preciso dela e no posso dividir com voc.

    7. GETZ (2003:53)

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    Deus se utiliza de pessoas limitadas. Ele no olha com in-teresses para aquilo que possumos. Ele no nos valoriza pelo que temos, mas pelo que somos. Deus quem nos d recursos para suprirmos outras pessoas! Observe a resposta de Elias: ... primeiro faa um pequeno bolo com o que voc tem e traga para mim (...). Pois assim diz o Senhor, o Deus de Israel: A fari-nha da vasilha no se acabar e o azeite na botija no secar (vv.13,14). Isso significa fartura! a manifestao do milagre de Deus na vida do profeta, da viva e de seu filho; a vitria da proviso e a derrota da escassez.

    Observe que o profeta usa a palavra de Deus. Ele utiliza a expresso: assim diz o Senhor. A palavra de Deus nos supre em tempos de fome! Ela poderosa para multiplicar a nossa farinha e o nosso azeite todos os dias! A palavra do Senhor na boca do profeta trouxe de volta esperana a uma viva, cuja certeza era a morte (v.12b). Deus lhe decretou vida! Ele mudou a sua sorte no versculo 16 que afirma: Da panela a farinha no se acabou, e da botija o azeite no faltou, segundo a palavra do SENHOR, por intermdio de Elias. Uma pessoa sem dinheiro no banco pode ser bno de Deus para o aflito!

    Devemos, ainda, lembrar que Deus no se utiliza das pesso-as visando a sua beleza exterior. Aquela mulher devia ter uma aparncia rstica. Ela havia sido por muito tempo, castigada pela fome. Sua pele, antes macia e formosa, trazia rugas pro-fundas por causa do rigor da pobreza.8 O Deus que supre usa voc para a realizao de um milagre sem se importar com a cor dos seus olhos, com o tipo dos seus cabelos, com o for-mato do seu rosto ou com a sua estatura fsica. Ele trabalha na simplicidade de coraes humildes que se dispem a serem utilizados como instrumentos em suas mos!

    8. LUCAS (2006:65)

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    CONCLUSO: Nos dois sbados anteriores, a Bblia foi aber-ta e suas pginas, utilizadas fielmente para nos apresentar o Deus que livra e o Deus que cura. Hoje, ela nos mostrou a so-berania e a bondade do Deus que supre. O Deus que faz mi-lagres ama voc e a sua famlia. Ele nunca lhes desprezar no perigo ou na doena. Ele jamais deixar de lhes suprir quando os recursos terminarem, mesmo que para isso, ele lhes indique lugares incomuns, adote mtodos incrveis ou utilize pessoas limitadas. Aquilo que voc no pode fazer O Senhor far por voc! Ele trabalhar na sua incapacidade!

    possvel que, hoje, esta mensagem esteja sendo direcio-nada a pessoas que esto vivendo em meio ao caos de um ria-cho seco. Pode ser que haja neste lugar homens e mulheres com o corao aflito, desesperado, e sem foras sequer, para acreditar em um milagre. O Deus que supre cuida de voc! Ele no se esqueceu da sua angustia nem lhe abandonou sua prpria sorte! Acredite na proviso do Senhor! Conforme a sua palavra, Deus trar de volta alegria ao seu corao e voc po-der contemplar os seus grandes feitos! Lembre-se: a farinha no acabar e o azeite no faltar!

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    INTRODUO: Cumprimento a todos, irmos e irms, na paz de Cristo. Convido-os a abrir suas bblias no segundo livro de Crnicas, captulo 20, versculos 15 a 17. Na verso Almeida Revista e Atualizada, est escrito assim:

    Dai ouvidos, todo o Jud e vs, moradores de Jerusalm, e tu, rei Josaf, ao que vos diz o Senhor. No temais, nem vos assusteis por causa desta grande multido, pois a peleja no vossa, mas de Deus. Amanh, descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz; encontr-los-eis no fimw do vale, defronte do deserto de Jeruel. Neste encontro, no tereis de pelejar; tomai posio, ficai parados e vede o salvamento que o Senhor vos dar, Jud e Jerusalm. No temais, nem vos assusteis; amanh, sa-lhes ao encontro, porque o Senhor convosco.

    Pela graa de Deus, com esse sermo, estamos concluindo o Projeto de Orao 2010. A cada sbado desse ms de agosto fomos descobrindo que Deus fez e continua fazendo milagres,

    28 de Agosto

    O DEUS QUE VENCE

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    pois conforme diz a sua palavra, ele faz coisas grandes e ma-ravilhosas, e os seus milagres no tm fim (J 9:10 - NTLH). Nessa srie de mensagens, aprendemos que ele o Deus que livra; depois, vimos que ele o Deus que cura, e, no sbado passado, a mensagem nos ensinou que ele o Deus que supre. Agora, com base em 2 Crnicas, captulo 20, versculos 1 a 30, veremos que ele o Deus que vence.

    O texto escolhido para hoje fala de algo extraordinrio que Josaf vivenciou. Este era um rei temente que conhecia e amava ao Senhor. Mas, apesar disso, foi surpreendido por uma notcia assustadora. Seus inimigos se reuniram, num gigantesco exrci-to, e vinham para exterminar o povo de Deus. O rei ficou com medo e no sabia como agir. Pelas condies humanas, esta-ria derrotado. S um milagre poderia salv-lo. Ento, o milagre aconteceu! O Todo-Poderoso lutou e venceu aquela guerra por ele. Essa histria uma aula sobre como agir em momentos di-fceis. Por favor, deixe sua Bblia e seu corao abertos e permita que o Pai celeste ministre em sua vida nesta manh.

    Saiba que as lutas mais terrveis deste mundo podem ser vencidas, porque Deus pode lutar e venc-las por ns. Sobre isso, existem algumas lies a aprender com esse relato bbli-co. Vejamos, ento, a primeira.

    1. DEUS VENCE A NOSSA BATALHA, QUANDO BUSCAMOS O SEU SOCORRO

    O captulo 20 do segundo livro de Crnicas comea com a expresso Depois disto. Essas duas palavras tm algo impor-tante a nos ensinar. Elas se referem ao contexto anterior, ao grave erro cometido por Josaf, rei de Jud, em fazer aliana com o mpio Acabe, rei de Israel, para um auxiliar o outro em suas batalhas. Tornaram-se amigos e chegaram a ir guerra juntos. Lembra o que aconteceu? L, Acabe morreu e Josaf

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    quase perdeu a vida tambm (II Cr 18). Deus no gostou da atitude deste rei e o repreendeu por isso (II Cr 19:1-3). Essa trgica experincia o ensinou a confiar somente em Deus.

    Ele aprendeu, tambm, algumas coisas sobre o carter santo do Altssimo. Abra a sua Bblia, por favor, em 2 Crnicas, captulo 19. Aqui, logo aps o acontecido, ele est orientando todos os lderes de seu reino. Veja o que ele diz no versculo 7b: ...no h no Senhor, nosso Deus, injustia, nem parcialidade, nem aceita ele suborno. Agora, observe o versculo 9: Deu-lhes ordem, di-zendo: Assim, andai no temor do Senhor, com fidelidade e intei-reza de corao. Note que esse monarca tornou-se um homem mais temente e dependente do Senhor. Tornou-se um homem de orao! Daquele momento em diante, no fazia nada sem orar. No dava um passo sequer, sem, antes, consultar a Deus. De fato, aprendeu a confiar no Deus que faz milagres.

    Pois bem, foi depois disto que, conforme relata o texto, os moabitas e os amonitas, com alguns dos meunitas, entraram em guerra contra Josaf. Foi quando ele recebeu aquela notcia que o deixou atordoado: Um exrcito enorme vem contra ti (II Cr 20:2 NVI). Olhe que curioso isso: um crente fiel recebendo ms not-cias. No se engane, no estamos livres delas. possvel que eu esteja falando com algum que tenha acabado de receber uma notcia ruim: ficou sabendo que um familiar est com cncer; descobriu que o filho est envolvido com coisas erradas; foi avi-sado que pode perder o emprego. Nesses momentos, costuma-mos perguntar: Por qu? O que eu fiz para merecer isso?

    O rei estava consciente do futuro terrvel que se aproxima-va; porm, no entendia o porqu de tudo aquilo. Com certeza, nada daquilo era culpa dele. Irmos, muitas vezes, sofremos por causa de erros que cometemos, de escolhas erradas que fazemos, mas nem sempre assim. H coisas que so prprias da vida. Nesse mundo, h batalhas que inevitavelmente as en-

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    frentaremos.1 Foi Jesus quem disse: No mundo tereis aflies (Jo 16:33). De repente, de onde menos se espera, surge um terrvel problema. Aquela manh clara e brilhante, do nada, torna-se um meio-dia sombrio, e uma severa tempestade se levanta e nos ameaa.

    Qual a reao natural? O que Josaf sentiu? Olhe o verscu-lo 3: Ele sentiu medo! Mas em tal circunstncia, quem no sen-tiria? Quando estamos diante de situaes complicadas, como: enfermidades, problemas, desemprego, preocupaes, aflies, ameaas, no somos, em nada, diferentes de Josaf. O nosso co-rao tambm se enche de medo. Isso algo da nossa condio humana, ao vermos tais situaes vindo contra ns. Essas so as batalhas da vida que enfrentamos. Diante delas, o que fazer? Devemos agir como esse rei agiu. O Esprito Santo deixou esta histria registrada na Bblia, para seguirmos o exemplo desse homem de Deus. Acredite: o Senhor quer nos ensinar atravs desse relato a como proceder no dia da adversidade.

    O que fazer quando no h o que fazer? Veja o que Josaf fez: ...se ps a buscar ao Senhor; e apregoou jejum em todo o Jud. Jud se congregou para pedir socorro ao Senhor; tam-bm de todas as cidades de Jud veio gente para buscar ao Senhor (II Cr 20:3-4). Naquela poca, o natural era buscar o auxlio de reis e reinos aliados, mas ele j havia aprendido essa lio. Tomou a deciso mais acertada de sua vida: Decidiu bus-car o socorro no Senhor que fez o cu e terra! Todo o povo ps-se a buscar a Deus com orao e jejum. Nada melhor do que, na mais intensa aflio, clamar ao Senhor.

    Igreja, ns precisamos redescobrir a importncia que h no ato de orar. Necessitamos reaprender a orar. Diz a Bblia que a orao feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5:16). Quando trabalhamos, apenas trabalhamos, mas, quando ora-

    1. Brandt & Bicket (1996:156).

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    mos, Deus quem trabalha por ns! Irmos, Deus luta por ns, quando oramos. Ele vence a nossa batalha, quando buscamos o socorro nele. Ento, lancem sobre Deus toda a vossa ansie-dade, porque ele tem cuidado de vocs (I Pd 5:7). Muitas vezes, no entregamos nossas lutas a Deus e tentamos venc-las so-zinhos. preciso entregar! Diz a Bblia: Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele far (Sl 37:5).

    Josaf orou e foi curado do seu medo. Em sua orao, reco-nheceu a grandeza e a soberania do Senhor, dizendo: Na tua mo, est a fora e o poder, e no h quem te possa resistir (II Cr 20:6). A admitiu ainda sua fragilidade e sua necessidade de Deus, quando afirmou: Porque em ns no h fora para resistirmos a essa grande multido que vem contra ns, e no sabemos ns o que fazer; porm os nossos olhos esto postos em ti (II Cr 20:12b). Meu irmo, nesta manh, reconhea a sua incapacidade de resolver, sozinho, os seus problemas. Coloque seus olhos no Todo-Poderoso e entregue a sua batalha nas mos dele. Ele lutar e vencer por voc!

    Essa a primeira lio que aprendemos com Josaf: Deus vence a nossa batalha, quando buscamos em orao o seu au-xlio. Vamos, agora, a segunda lio.

    2. DEUS VENCE A NOSSA BATALHA, QUANDO ESCUTAMOS A SUA PALAVRA

    Se h algo de que todo cristo pode ter certeza, disto: Deus responde a nossa orao! s vezes, no a resposta que gostaramos de ouvir, mas fato, ele nos responde. Atravs de Salomo, ele garantiu: Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, ento, eu ouvirei dos cus, e perdoa-rei os seus pecados, e sararei a sua terra (II Cr 7:14). Deus ouve e responde! Naquele instante, Jud preenchia esses requisitos.

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    Com Josaf, o povo voltou-se para Deus, abandou a idolatria, humilhou-se diante Senhor, orou e jejuou.

    Observe, em sua Bblia, o que aconteceu. O Esprito Santo usou um homem chamado Jaaziel, que disse: Assim lhes diz o Senhor: No tenham medo nem fiquem desanimados por cau-sa desse exrcito enorme. Pois a batalha no de vocs, mas de Deus (2 Cr 20:15 NVI). Que promessa poderosa. Prezado irmo, voc pode confiar nisso tambm: Se voc entregou em orao, buscou o socorro, ento, essa a batalha no mais sua; a batalha do Senhor! No fique desanimado, pois quem pode tudo est do seu lado e se Deus por ns, quem ser contra ns? (Rm 8:31). Glria ele por isso!

    Foi o que Josaf fez, ele buscou o socorro do Senhor e pediu a sua orientao para aquele momento complicado. Quando o texto diz que ele se ps a buscar ao Senhor (II Cr 20:3), a ideia que ele decidiu firmemente no corao buscar. Ele queria e esperava uma resposta. A situao era to grave que no sabiam como agir, e de fato, no havia o que fazer. Estava em beco sem sada! Mas, bendito seja o Senhor, pois em beco sem sada que se encontram os milagres.2 Deus apontou a sada! E agora podia cantar com o povo: Elevo os olhos para os montes: de onde me vir o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o cu e a terra (Sl 121:1-2).

    Nesse episdio, o Deus que vence garantiu o livramento, mas no apenas isso, alm de falar o que iria acontecer, tambm os orientou mostrando tudo que o exrcito de Jud deveria fazer. No versculo 16, o Senhor dos exrcitos mostrou o dia, a hora e o lugar em que Josaf e suas tropas deveriam se posicionar para a peleja. E ainda explicou qual deveria ser a postura deles diante dos inimigos. Disse o profeta: Vocs no precisaro lutar nessa batalha. Tomem suas posies, permaneam firmes e vejam o

    2. Selman (2006:341).

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    livramento que o Senhor lhes dar, Jud, Jerusalm. No te-nham medo nem desanimem. Saiam para enfrent-los amanh, e o Senhor estar com vocs (II Cr 20:17).

    L no Jardim do den, os seres humanos e Deus eram ami-gos que dialogavam, que tinham comunho e andavam juntos. Mas, aps a queda, esse relacionamento foi rompido. Mas sai-ba de algo importante meu irmo: Deus no mudou, ns que mudamos. Deus continua falando, mas ns no paramos para escut-lo. Diante do estrondo da avalanche dos problemas, pe-rante o barulho ensurdecedor das tropas inimigas, no meio do som de uma intensa tempestade que se levanta contra ns; podemos ouvir a voz dele, dizendo: No temas, eu estou con-tigo. Eu sou o teu Deus para lhe livrar!.

    importante buscar o Senhor, quando temos problemas, mas fundamental nos determos para ouvir a sua voz. Ele pode usar pessoas para falar conosco, como fez com Jaaziel ao falar com Josaf, mas esse no o nico e nem mais eficaz meio de ouvir a sua voz. Quais so os outros meios? O Senhor fala conosco atravs do mensageiro no plpito e, muitas ve-zes, nem notamos. Tambm, pode usar cristo maduro para nos aconselhar. Contudo, o meio mais eficaz de ouvirmos a voz de Deus lendo a sua palavra. Nela haver sempre orienta-es sobre a deciso a ser tomada. A Bblia muito mais do que apenas um bom livro; a vontade de Deus revelada a ns. Lmpada para os meus ps a tua palavra e, luz para os meus caminhos (Sl 119:105).

    Por favor, olhe, em sua Bblia, o versculo 15 do captulo que estamos estudando. Quais so as primeiras palavras de Jaaziel a Josaf e ao povo? Disse: Dai ouvidos, todo o Jud e vs, moradores de Jerusalm, e tu, rei Josaf, ao que vos diz o Senhor. Na NVI, est traduzido assim: Escutem, todos os que vivem em Jud e em Jerusalm e o rei Josaf! Na Nova Traduo na Linguagem de Hoje, vemos a seguintes expres-

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    ses: ... prestem ateno! Escutem. Isso nos mostra o quanto valioso ouvir. Sabe por qu? Porque a f vem pelo ouvir e o ouvir da palavra de Deus (Rm 10:17).

    Agora, olhe as ltimas palavras dele no versculo 17: Saiam para enfrent-los amanh, e o Senhor estar com vocs. Essa expresso saiam para enfrent-los nos revela uma verdade ainda maior: Mais importante que ouvir a voz de Deus, obedec-la! Devemos ser praticantes da palavra e no somen-te ouvintes (Tg 1:23). Josaf e Jud obedeceram! Fizeram o que o Senhor havia pedido e foram abenoados. Se voc deseja ser bem-sucedido na peleja da vida, no faa nada sem consultar ao Senhor, sem ouvir a sua voz. Deus vence a nossa batalha, quando escutamos a sua palavra! Faa o que ele est lhe pe-dindo. Obedea a sua voz!

    At agora vimos que Deus luta por ns e vence a nossa ba-talha, no s quando buscamos o socorro dele, mas tambm, quando ouvimos e obedecemos a sua palavra. Vamos agora terceira lio desse texto.

    3. DEUS VENCE A NOSSA BATALHA, QUANDO ESPERAMOS A SUA ATUAO

    O que Josaf e o povo fizeram aps escutar a mensagem de Deus? Por gentileza, d uma olhada no versculo 18, em que lemos: Ento, Josaf se prostrou com o rosto em terra; e todo o Jud e os moradores de Jerusalm tambm se prostraram pe-rante o Senhor e o adoraram. O rei se rendeu a vontade do Rei da glria! Esse prostrar-se um ato de adorao que simbo-liza a submisso ao domnio e soberania do Senhor. E o povo se uniu a ele nesse ato, enquanto isso, os levitas louvavam em alta voz (II Cr 20:10). Que cena maravilhosa! O inimigo estava vindo, mas ningum tinha medo, sabiam: O Senhor dos Exr-citos est conosco; o Deus de Jac o nosso refgio (Sl 46:7).

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    Quem pode compreender isso? Porque um o crente conse-gue se alegrar mesmo quando as coisas no vo bem? Como podem ter paz interior e cantar louvores em meio s tempes-tades e aos vendavais da vida. Aquele povo estava prestes a enfrentar um inimigo mais forte e estava tranquilo. Corria o risco de ser dizimado e ainda assim adorava. Os filhos de Deus o louvam diante das batalhas da vida, basicamente, por dois motivos: Em primeiro lugar, por gratido pelo o que ele e pelo o que ele faz. Em segundo lugar, por confiana, por cre-rem que ele o soberano e est no comando de tudo.

    Quando sabemos que esse Deus est conosco e que cuida de ns, no h o que temer. Por isso, os que confiam no Se-nhor so como o monte Sio, que no se abala (...). E como em redor de Jerusalm esto os montes, assim o Senhor, est ao derredor do seu povo (Sl 125:2). Temos razo para louv-lo em todas as ocasies. Contudo, a lio da confiana no algo muito fcil de aprender. Muitas vezes, dizemos que confiamos; porm, quando chegam os problemas, ao invs de louvar, infe-lizmente, comeamos a duvidar e reclamar.

    Veja que curioso, em 2 Crnicas, captulo 20, a confiana do rei e do povo foi colocada prova. Leia em sua Bblia, no-vamente, o versculo 17, atente ao que est escrito nele: Neste encontro, no tereis de pelejar; tomai posio, ficai parados e vede o salvamento que o Senhor vos dar. E o profeta conclui desafiando-os: No temais, nem vos assusteis; amanh, sa-lhes ao encontro, porque o Senhor convosco. Eles deveriam encarar aquela circunstncia sem temor, descansar na promes-sa de Deus sobre suas vidas, ir para a batalha, colocar-se diante do inimigo e esperar a atuao do Senhor.

    Em todas as guerras descritas na Bblia em que Deus inter-veio em favor de seu povo, sempre o texto sagrado procura minimizar a ao humana e realar a ao divina. Mas, geral-mente, h uma participao, mesma que nfima, dos homens

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    nesses combates.3 Nesse caso, entretanto, algo inusitado foi pedido ao exrcito de Jud. A ordem a todos era: ... tomai po-sio, ficai parados e vede. Os soldados no precisavam lutar de forma alguma. Isso nos faz lembrar o relato da travessia do Mar Vermelho. L, os israelitas simplesmente assistiram o Oni-potente destruir o exrcito dos egpcios. Aqui, os moradores de Jud deveriam fazer o mesmo. Seriam apenas espectadores.4 Deviam tomar seus lugares nas arquibancadas e esperar con-fiantemente a ao poderosa do Senhor.

    Essa ordem era semelhante quela do Salmo 46, verso 10: Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as naes, sou exaltado na terra. O rei Josaf aceitou o desafio. Se ele levantasse pela amanh com o povo e fosse encarar o inimigo, j seria um ato de coragem e confiana em Deus. Contudo, ele foi alm. Tinha tanta certeza daquela vitria e es-perava tanto no Senhor que, ao invs de colocar os melhores guerreiros na frente exrcito, colocou os levitas. Esses no le-vavam armas em suas mos, mas instrumentos musicais. Bem de manh, levantaram-se e foram, no para guerrear, mas para louvar, antecipadamente, ao Senhor pelo triunfo inevitvel.

    Que lio de confiana! Imagine o exrcito do povo de Deus marchando e louvando a Deus em alta voz. Cantavam uma can-o que dizia assim: Dai graas ao Senhor, porque o seu amor dura para sempre (II Cr 20:21). Aquele povo sabia que era alvo do amor de Deus. E no h nada mais encorajador do que saber que somos amados por Deus! Sabe o que aconteceu? Enquanto eles adoravam, Deus batalhava por ele. Diz as Escri-turas: Logo que comearam a cantar, o Senhor Deus causou confuso entre os moabitas, os amonitas e os edomitas, e eles foram derrotados (II Cr 20:23 NTLH). Quando Jud chegou ao

    3. Pratt, Jr. (2008:466).

    4. Selman (2006:342).

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    local, no havia um s dos inimigos vivo. Deus lutou e venceu aquela peleja pelo seu povo. muito bom esperar no Senhor.

    Depois da vitria, o povo de Jud e o seu rei reuniram-se ali no vale para agradecer e louvar, ainda mais, o Deus que os sal-vou. Esse vale ficou conhecido em hebraico por beraca5. Sabe o que significa? Significa bno. H pouco tempo aquele era o vale da sombra e da morte para eles; agora, esse se tornou o vale da bno. Como diz o salmista: Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, no temerei mal nenhum, porque tu ests comigo (Sl 23:4). Talvez voc esteja passando, hoje, por um vale difcil em sua vida, mas espere em Deus. Enquanto voc confia e espera, ele vence sua batalha e muda sua his-tria. Ele transforma a morte em vida, a tristeza em alegria, o desespero em paz. Vale a pena esperar em Deus.

    CONCLUSO: Quero terminar essa mensagem citando as pa-lavras de Davi no Salmo 37, ele diz: Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele far (...). E ainda: Descansa no Senhor e espera nele... (Sl 37:5 e 7). Se voc se rendeu a Cristo e o aceitou no apenas como Salvador, mas, tambm, como Se-nhor, significa que ele quem dirige a sua vida. Voc entregou seu caminho ao Senhor! Ento, quem luta as suas lutas o Senhor dos Exrcitos! Aprenda a entregar confiar e descan-sar nele. Qual tem sido a sua batalha? O que est tirando a sua paz? Qual o gigante que se levantado contra voc?

    Em nome de Jesus, peo a voc: No desista. No entregue os pontos. Tenha f, pois maior o que est em ns do que o que est no mundo (I Jo 4:4). Aleluia. Se voc deseja que Senhor vena a sua batalha hoje, ento, em primeiro lugar, busque o socorro dele. E voc pode fazer isso agora, nesse momento de orao: Entregue a ele a sua causa. Em segundo

    5. Davidson (1973:423).

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    lugar, escute a voz do Senhor atravs de sua palavra e obe-dea. Em terceiro lugar, espere e confie nele. No murmure! (I Co 10:10). Sua boca no foi feita para murmurar, mas para adorar. Ao invs de ficar reclamando, louve o nome daquele que sobre todo nome. O Deus que vence faz milagres en-quanto o louvamos. Amm!

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    ANOTAES

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  • 26, 27 e 28 de novembro de 2010Estncia rvore da Vida Sumar, SP

    Informaes no site: www.portaliap.com.br

    Um dever do consagrado, um direito do membro

    Informe-se e participe!

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