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Boletim do Centro de Recuperação do Centro de Apoio Social de Oeiras - IASFA O D IÁLOGO Chegou o Verão! E seja como for, Verão é Verão, com ele surgem novas oportunidades como as atividades ao ar livre e também as férias. Mas este ano o Verão chegou de modo turbulento, primeiro a fazer-se desejar e depois com intensidade. De alguma forma aconteceu o mesmo com o nosso Diálogo. Foram acontecendo tantas coisas que mereciam ser relatadas mas que tinham que ser organizadas e implementadas, que se foi adiando o momento mais oportuno para a 9ª edição e deste modo acabámos por optar por Diálogos bimensais, durante o periodo de Verão. Assim, apresentando as nossas desculpas àqueles que foram esperando pelo boletim de Junho, fica a nossa convicção de que tal como o Verão, este número de “o Diálogo” que tanto se fez esperar, vá de encontro às expetativas dos seus leitores de modo intenso e prazeiroso. Ana Cristina Farinha Junho e Julho 2013 4ª Série, Número 9 Nesta edição: Editorial…………………………………………….….. 1 Perspetivas: Afinal quem descobriu a América........................ 2 Testemunhos do Leitor……………………………… 4 Memórias……………………….…………………… 5 Quadras Populares...…………….............................. 6 Aconteceu………………………………………….….. 7 Acontece………………...…………………………11 Reportagem Fotográfica Especial………….....…… 11 Álbum Fotográfico de Junho e Julho….………..…. 12 Edição: Ana Cristina Farinha (Terapeuta Ocupacional) Colaboração: Cátia Gameiro (Psicóloga); Paula Duarte (Terapeuta Ocupacional) Contributos: Adelaide Rosa (CR2), António Fernandes da Graça (CR3), António José de Matos (CR3), Emília de Jesus Martins (CR3), João Almeida (RI2), Maria Celeste Mascarenhas Santos (RI1), Grupo de Estimulação Cognitiva “Casinha do Cérebro” Colaboração especial: Lídia Saldanha da Cruz (RI 2)

O DIÁLOGO 4ª Série, 9 · • Verágua formava parte da Terra-Firma e ficava situada entre a então província da ... *Coronel de Infantaria na situação de reforma NÃO PERCA

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Boletim do Centro de Recuperação do Centro de Apoio Social de Oeiras - IASFA

O DIÁLOGO

Chegou o Verão!

E seja como for, Verão é Verão, com ele surgem novas oportunidades como as atividades ao ar livre

e também as férias.

Mas este ano o Verão chegou de modo turbulento, primeiro a fazer-se desejar e depois com

intensidade.

De alguma forma aconteceu o mesmo com o nosso Diálogo.

Foram acontecendo tantas coisas que mereciam ser relatadas mas que tinham que ser organizadas

e implementadas, que se foi adiando o momento mais oportuno para a 9ª edição e deste modo acabámos

por optar por Diálogos bimensais, durante o periodo de Verão.

Assim, apresentando as nossas desculpas àqueles que foram esperando pelo boletim de Junho, fica

a nossa convicção de que tal como o Verão, este número de “o Diálogo” que tanto se fez esperar, vá de

encontro às expetativas dos seus leitores de modo intenso e prazeiroso.

Ana Cristina Farinha

Junho e Julho 2013

4ª Série, Número 9

Nesta edição: Editorial…………………………………………….….. 1 Perspetivas: Afinal quem descobriu a América…........................ 2 Testemunhos do Leitor……………………………… 4 Memórias……………………….…………………… 5

Quadras Populares...…………….............................. 6 Aconteceu………………………………………….….. 7 Acontece………………...…………………………… 11

Reportagem Fotográfica Especial………….....…… 11 Álbum Fotográfico de Junho e Julho….………..…. 12

Edição:

Ana Cristina Farinha (Terapeuta Ocupacional)

Colaboração:

Cátia Gameiro (Psicóloga); Paula Duarte (Terapeuta

Ocupacional)

Contributos:

Adelaide Rosa (CR2), António Fernandes da Graça (CR3),

António José de Matos (CR3), Emília de Jesus Martins

(CR3), João Almeida (RI2), Maria Celeste Mascarenhas

Santos (RI1), Grupo de Estimulação Cognitiva “Casinha do

Cérebro”

Colaboração especial: Lídia Saldanha da Cruz (RI 2)

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

Afinal quem descobriu a América?

(continuação )

Por: Coronel António Fernandes da Graça*

Depois de apresentarmos, em primeira mão, o Decálogo de Honra que elaborámos, cremos ter cumprido a promessa que nos propusemos.

Através dele, cremos, sentidamente, que:

− Matámos, para uso internos, o rançoso embuste colombiano. − Exumámos o inocente Colombo. − Ressuscitámos o heróico Colon. − Libertámos do ostracismo o secularmente esquecido infante Salvador Zarco.

Para branquear o embuste da descoberta da América, terminaremos por dizer o seguinte: A glória da verdadeira descoberta da América cabe aos próprios índios que lá chegaram 40.000 anos antes de Colon.

O primeiro povoamento da América resultou da sensacional saga dos caçadores e recolectores do Paleolítico, que se iniciou, de Norte para Sul, por homens que habitavam o NE da Àsia e que passaram ao Continente Americano pelo estreito de Bering, na altura transformado num istmo gelado.

Depois, foram-se espalhando por todo o Continente cujo extremo Sul atingiram há uns 10.000 anos.

O Almirante Cristovão Colon, ou seja, o Infante salvador Fernandes Zarco, foi um grande herói. Mas não foi ele que descobriu a América. Acabe-se com o embuste.

Confirmação documental do apelido Colon, ao longo dos séculos

No século XV:

• Carta do Rei D. João II na qual se dirigia ao seu “especial amigo”, em Sevilha, Cristóvão Colon. • Bulas ao Papa Alexandre VI, numa das quais tecia os mais rasgados elogios ao seu “dilecto

filho”, Cristóvão Colon.

No século XVI:

• Concessão pelos Reis Católicos, de Espanha, de altas honras ao navegador regressado do Novo Mundo. Suas Altezas deram-lhe a dignidade de Fidalgo com escudo de armas rodeado da legenda de honra seguinte: “Por Castilla e por León – Nuevo Mundo halló Colon”.

• Epitáfio colocado na campa onde foi sepultado, em Valladolid, o almirate do Mar Oceano do qual constava: Aqui murió Colon.

• O imperador Carlos V, de Espanha concedeu o título de Duque de Verágua ao filho primogénito de Cristóvão Colon, D. Diogo Colon, segundo almirante e almirentado-maior da Índia. O filho de D. Diogo, Luis de Colon, herdou o Título de Duque de Verágua e Marquês da Jamaica.

• Verágua formava parte da Terra-Firma e ficava situada entre a então província da Costa Rica e o Panamá. Tinha sido descoberta por Cristóvão Colon, na sua quarta viagem à América, tendo levado consigo os seus dois filhos: Diogo Colon e Fernando Colon. O título de Duque tem vindo a ser assumido ao longo de 17gerações, sendo o actual detido por D. Cristobal Colon de Carvasal y Maroto que vive actualmente no Palácio da Saudade, em Madrid.

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

O que importa dizer é que o patronímico Colon, ou apelido de família, nunca foi alterado para Colombo. Em espanha, e em todos os países se língua oficial espanhola, continua a dizer-se Colon. Por que razão é que Porto Santo, (onde Salvador Zarco, ou Cristóvão Colon, esteve) não se modificou para Colon e o nome dado à Casa Museu Cristóvão Colombo?

• O grande historiador açoreano Dr. Gaspar Fructuoso escreveu duas importantíssimas obras: No primeiro Livro de “Saudades da Terra” usou trinta vezes o nome verdadeiro de Cristovam Colon, ao descrever a descoberta da América. Na “história Primordial da Madeira” usou 41 vezes o nome correcto de Colon.

• João de Barros, no Livro Terceiro de “Décadas da àsia” usou 15 vezes o nome verdadeiro Cristóvam Colon.

No século XX:

• O Major Santos Ferreira, no seu livro “Salvador Gonçalves Zarco” divulgou que para se fazer a descodificação correcta da sigla de Cristóvão Colon é necessário que se saiba que: Colon (./), no Grego, é o mesmo que (~) Zarca, no hebreu.

• O Almirante Gago Coutinho, no prefácio do seu livro “Um Infante de Portugal”, de Arthur Lobo D’Avila e Santos Ferreira, usou 37 vezes o nome Colon e nem sequer uma vez o nome falso Colombo.

• O Professor Mascarenhas Barreto na sua obra monumental “Cristóvão Colombo – Agente Secreto do Rei D. João II” esclarece que na linha horizontal da base da sigla do Agente Secreto se encontra cabalisticamente revelado o segredo de um homem duplo: Cristóvão Colon e Salvador Fernandes Zarco.

O nome veradeiro é Colon, porque está na sigla, nas Bulas do Papa e nas obras Portuguesas, acima referidas.

O nome falso é Colombo, porque está no embuste da descoberta da América, sem qualquer apoio documental.

A credibilidade do embuste, portante, é rigorosamente nula.

Ao caminharmos para a entrada do terceiro milénio é bom e desejável que se acabe de uma vez por todas, com as pantominices que se propagaram ao longo do segundo milénio sobre a descoberta da América.

Por outras palavras: tem de ser reescrita a história do Descobrimento da América. E dela deverá passar a constar que, em 1606, a justiça da Castela condenou toda a argumentação dos genovistas na campanha que moveram pela ambição na herança de Colon.

Segundo aquilo que o Almirante tinha dito em vida, nunca os testamenteiros estariam autorizados a considerar habilitados os candidatos que se chamassem Colon.

*Coronel de Infantaria na situação de reforma

NÃO PERCA A CONTINUAÇÃO, NO PRÓXIMO NÚMERO

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

PEREGRINAÇÃO MILITAR A

FÁTIMA DE 21 DE JUNHO DE 2013

De: João Almeida

Nós saímos de Oeiras às 07.00 Horas

Com bom tempo para peregrinar

Vamos pedir a Nossa Senhora

Que nos ajude a aceitar, perdoar e amar

Nós saímos de Oeiras

Em espírito de peregrinação

Fazendo preces a Nossa senhora

Que nos dê Paz, Harmonia, Concórdia e União

Nós vamos em espírito de peregrinação

E quem peregrina caminha

Pedir a Nossa Senhora

Que proteja e abençoe a nossa Marinha

Continuamos em espírito de Peregrinação

Com muita fé, fervor e rezar

Pedir a Nossa Senhora que ilumine e proteja

As nossas Forças Armadas e toda a Família Militar

AGRADECIMENTOS

À Direcção do Centro de Acção Social de Oeiras por estas e tantas outras iniciativas.

Que Bom que ainda haja quem se lembre dos que estão no fim da vida.

21/06/2013

João Almeida

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

Manjerico, oh meu manjericão

Se te vais embora

Eu aqui não fico

Manjerico, oh meu manjericão

Amor da minha alma

Do meu coração

Vem o Santo. António

Mais o S. João

Só falta o S. Pedro

Para a reinação

S. João e mais S. Pedro

Fizeram uma salada,

S. Pedro comeu-a toda

E S. João ficou sem nada

S. João e mais S. Pedro

São ambos os 2 compadres

Ai S. João leva a bandeira

E S. Pedro leva as chaves

Cantigas recordadas por Emília Martins

Ai, S. João vai

Ai, S. João vem

E a minha mãe, por casar me tem

Ai, S. João vai

Ai, S. João vem

E a minha mãe, por casar me tem

Ai, S. João vai

Ai, S. João vem

E ai se outro S. João chegar

Eu solteirinha não quero ficar

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

Ai que lindo manjerico

Toda a gente gosta de o ver

Vai-me levar ao bailarico

Onde vou comer e beber

Quadras alusivas à época dos Santos Populares da autoria do Grupo de

Estimulação Cognitiva “Casinha do Cérebro”

Para me fazer reviver

Vou ao Santo António e ao S. João

Onde posso conviver

Numa festa onde todos vão!

Quadras da autoria de António Matos

O manjerico cheira muito bem

Já é uma grande tradição

Já vem de longos tempos

Até dá para uma canção

Muita gente vende manjericos

Tem interesse! É do mês dos santos

E gostam e são de todas as idades

Até fazem alegria em todos os rostos

Há quem saiba algumas cantigas dos

Santos,

São bastante engraçadas

Até as canto nos bailes

Eu escrevo porque não digo mentiras

Vou comer muita sardinha

E um manjerico cheirar

Para alegria minha,

Nas marchas vou ainda andar!

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

No passado dia 3 do corrente mês de Junho, durante a tarde,

realizou-se um encontro, para conhecimento e convívio entre alunos

do oitavo ano da Escola Josefa de Óbidos e alguns idosos das

Residenciais N 1 e N 2 e do Centro de Recuperação do CASO do

IASFA, no âmbito do referido Projeto desenvolvido em parceria entre

o CASO, o Agrupamento de Escolas Pe Bartolomeu de Gusmão/Escola

Josefa de Óbidos e a Associação Resgate que tem como objetivos,

entre outros, estimular nos jovens o gosto pela escrita, aumentar a

sua solidariedade para com os mais velhos e proporcionar uma maior

relação intergeracional, reforçando os laços de comunicação e de

amizade entre os mais novos e os idosos, diminuindo-lhes a solidão.

O Projeto teve início na época natalícia do ano passado, pelo envio de

postais de Natal por parte dos alunos para os 22 idosos que o

integram, de que também faço parte.

O encontro decorreu na Escola Josefa de Óbidos, onde nos

deslocámos acompanhados pelas terapeutas Ana Cristina Farinha e

Teresa Ruas do Gabinete de Terapia Ocupacional do SAMED do CASO.

Fomos recebidos pelo senhor Professor Francisco que faz parte da

Direção desta Escola, por outras Professoras, por técnicas da

Associação Resgate Dra Manuela Albuquerque e pelo grupo de alunos

do oitavo ano, que integram o Projeto.

Foi com alguma expetativa e ansiedade que aguardámos o momento

em que cada um de nós iria conhecer pessoalmente o aluno com

quem nos vínhamos correspondendo desde Janeiro e quando isso

aconteceu deram-se abraços e beijos, alguns jovens receberam

pequenas lembranças e houve muita emoção e alegria. Porém, nem

todos se conheceram por impedimento de comparência de alguns

alunos e também de idosos por motivo de doença.

Em seguida realizámos uma visita guiada, pelo Sr Professor Francisco,

a toda a Escola acompanhados também pelos alunos em que nos

foram dadas a conhecer as amplas e adequadas instalações de que

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

dispõem, bem como o agradável

relacionamento existente entre

todos.

Antes de terminarmos a visita

tivemos ainda a oportunidade de

visitar uma pequena horta e

jardim de cuja manutenção se

encarregam alguns alunos e de

conhecer um pequeno grupo de

outros alunos, portadores de

diferentes tipos de incapacidade

que frequentam esta Escola, com

evidente melhoria na sua

interação com professores e

colegas.

Devo destacar a intervenção de

um dos alunos que teve um papel

muito importante pela grande

reportagem fotográfica que fez

deste acontecimento.

Quando nos despedimos, como

os alunos iam em breve entrar no

período das férias de Verão,

trocámos emails a fim de

mantermos alguma

correspondência durante esse

período,

Finalmente, devo aqui expressar

o nosso sincero agradecimento

pela forma como fomos

recebidos na Escola Josefa de

Óbidos.

Maria Celeste Mascarenhas

Santos

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

Cumpriu-se a tradição e no dia 13 de Junho decorreu a Sardinhada dos

Santos Populares do CAS Oeiras, onde não faltou…

Um ótimo

almoço-convívio

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Missa na Capela

Como as fotos documentam, foi um dia muito animado e todos se divertiram.

De referir a ajuda preciosa do Centro Belmar da Costa que generosamente cedeu o autocarro para

transporte de pessoas em cadeira de rodas, permitindo a presença de muitos utentes do CR que de

outra maneira não poderiam usufruir desta festa.

Música,

Cantigas e

uma Marcha

Popular

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

NÃO PERCA NO PRÓXIMO NÚMERO AS FOTOS E OS TESTEMUNHOS DA ÉPOCA

BALNEAR DE 2013

Já começou a época de praia e com ela

o Tiralô e os Passeios ao Inatel

Reportagem Fotográfica Especial Numa tarde de Junho, durante a sessão de Terapia Ocupacional, a D. Adelaide Rosa foi ao Sasoc

e no percurso, recordando outros tempos, tirou algumas fotos que generosamente cedeu para

publicação

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O DiálogoO DiálogoO DiálogoO Diálogo

Grupos de Terapia

Ocupacional…

Lanche de encerramento das aulas de pintura (para férias)

…ao Ar Livre