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Edição 2003 C 7-20 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO Manual de Campanha BATALHÕES DE INFANTARIA

MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

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3ª Edição2003

C 7-20

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

Manual de Campanha

BATALHÕES DE INFANTARIA

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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

Manual de Campanha

BATALHÕES DE INFANTARIA

3ª Edição2003

C 7-20

CARGA

EM.................

Preço: R$

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PORTARIA Nº 018-EME, DE 21 DE MARÇO DE 2003

Aprova o Manual de Campanha C 7-20 - Batalhõesde Infantaria, 3ª Edição, 2003.

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da atribuição quelhe confere o artigo 113 das IG 10-42 - INSTRUÇÕES GERAIS PARA ACORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS ADMINISTRATIVOS NOÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exércitonº 041, de 18 de fevereiro de 2002, resolve:

Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha C 7-20 - BATALHÕES DEINFANTARIA, 3ª Edição, 2003, que com esta baixa.

Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicação.

Art. 3º Revogar o Manual de Campanha C 7-20 - BATALHÕES DEINFANTARIA (1ª e 2ª Partes), 2ª Edição, 1973, aprovado pela Portaria Nº 150-EME,de 29 de agosto de 1973.

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NOTA

Solicita-se aos usuários deste manual a apresentação desugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinemà supressão de eventuais incorreções.

As observações apresentadas, mencionando a página, oparágrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentáriosapropriados para seu entendimento ou sua justificação.

A correspondência deve ser enviada diretamente ao EME, deacordo com o artigo 108 Parágrafo Único das IG 10-42 - INSTRUÇÕESGERAIS PARA A CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOSADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria doComandante do Exército nº 041, de 18 de fevereiro de 2002.

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ÍNDICE DOS ASSUNTOSPrf Pag

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

ARTIGO I - Generalidades ........................................ 1-1 e 1-2 1-1

ARTIGO II - Unidades de Infantaria ............................ 1-3 a 1-6 1-2

CAPÍTULO 2 - COMANDO E CONTROLE

ARTIGO I - Responsabilidades Funcionais de Co-mando e Controle ................................... 2-1 e 2-2 2-1

ARTIGO II - Relações Funcionais .............................. 2-3 e 2-4 2-10

ARTIGO III - Posto de Comando ................................. 2-5 a 2-7 2-11

ARTIGO IV - Sincronização ......................................... 2-8 a 2-10 2-18

ARTIGO V - Ações de Comando e Estado-Maior ........ 2-11 a 2-13 2-23

ARTIGO VI - Inteligência ............................................. 2-14 a 2-19 2-27

CAPÍTULO 3 - MOVIMENTOS PREPARATÓRIOS

ARTIGO I - Generalidades ........................................ 3-1 a 3-5 3-1

ARTIGO II - Planejamento das Marchas .................... 3-6 a 3-8 3-5

ARTIGO III - Estacionamento...................................... 3-9 a 3-16 3-12

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CAPÍTULO 4 - OFENSIVA

ARTIGO I - Generalidades ........................................ 4-1 a 4-5 4-1

ARTIGO II - Marcha para o Combate ......................... 4-6 a 4-12 4-3

ARTIGO III - Reconhecimento em Força ..................... 4-13 a 4-16 4-21

ARTIGO IV - Ataque .................................................... 4-17 a 4-37 4-22

ARTIGO V - Aproveitamento do Êxito ......................... 4-38 4-76

ARTIGO VI - Perseguição ........................................... 4-39 4-78

ARTIGO VII - Ataque Noturno ou Sob Condições de Vi-sibilidade Limitada .................................. 4-40 a 4-57 4-79

ARTIGO VIII - Ataque com Transposição de Curso deÁgua ....................................................... 4-58 a 4-72 4-94

ARTIGO IX - Ataque a Localidade ............................... 4-73 a 4-77 4-107

ARTIGO X - Ataque em Bosque ................................. 4-78 a 4-81 4-120

ARTIGO XI - Operações de Abertura de Brechas ........ 4-82 e 4-83 4-122

CAPÍTULO 5 - DEFENSIVA

ARTIGO I - Generalidades ........................................ 5-1 a 5-4 5-1

ARTIGO II - Defesa em Posição ................................ 5-5 5-3

ARTIGO III - Defesa de Área ....................................... 5-6 a 5-24 5-3

ARTIGO IV - Defesa Móvel .......................................... 5-25 e 5-26 5-68

ARTIGO V - Movimentos Retrógrados ........................ 5-27 5-70

ARTIGO VI - Retraimento ............................................ 5-28 a 5-31 5-71

ARTIGO VII - Ação Retardadora ................................... 5-32 a 5-36 5-82

ARTIGO VIII - Retirada .................................................. 5-37 e 5-38 5-95

ARTIGO IX - Defesa Circular ....................................... 5-39 a 5-41 5-96

ARTIGO X - Defesa à Retaguarda de Curso de Água . 5-42 a 5-46 5-101

ARTIGO XI - Defesa de Localidade ............................. 5-47 a 5-49 5-107

ARTIGO XII - Defesa em Bosque ................................. 5-50 a 5-52 5-111

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CAPÍTULO 6 - OPERAÇÕES SOB CONDIÇÕES ESPE-CIAIS DE AMBIENTE

ARTIGO I - Considerações Iniciais ............................ 6-1 6-1

ARTIGO II - Operações na Selva ................................ 6-2 6-1

ARTIGO III - Operações Ribeirinhas ............................ 6-3 6-2

ARTIGO IV - Operações na Caatinga .......................... 6-4 6-2

ARTIGO V - Operações Químicas, Biológicas e Nu-cleares .................................................... 6-5 6-2

ARTIGO VI - Operações na Montanha ......................... 6-6 a 6-10 6-3

CAPÍTULO 7 - OPERAÇÕES COM CARACTERÍSTICASESPECIAIS

ARTIGO I - Operações Aeromóveis ........................... 7-1 7-1

ARTIGO II - Operações Aeroterrestres ....................... 7-2 a 7-15 7-1

ARTIGO III - Operações de Garantia da Lei e da Ordem 7-16 7-22

CAPÍTULO 8 - OUTRAS OPERAÇÕES

ARTIGO I - Substituição ........................................... 8-1 a 8-7 8-1

ARTIGO II - Junção .................................................... 8-8 a 8-10 8-10

ARTIGO III - Operações de Paz .................................. 8-11 8-15

CAPÍTULO 9 - APOIO AO COMBATE

ARTIGO I - Apoio de Fogo ........................................ 9-1 a 9-11 9-1

ARTIGO II - Apoio Aéreo ............................................ 9-12 e 9-13 9-20

ARTIGO III - Comunicações e Guerra Eletrônica ......... 9-14 e 9-15 9-26

ARTIGO IV - Apoio de Engenharia ............................... 9-16 9-32

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CAPÍTULO 10 - LOGÍSTICA

ARTIGO I - Introdução .............................................. 10-1 e 10-2 10-1

ARTIGO II - Logística no Batalhão de Infantaria ......... 10-3 a 10-20 10-2

ARTIGO III - Apoio Logístico Durante as Operações ... 10-21 a 10-2410-51

ARTIGO IV - Trabalho de Comando ............................. 10-25 a 10-3210-72

ARTIGO V - Assuntos Civis ....................................... 10-33 a 10-3510-75

ANEXO A - TIPOS DE UNIDADES DE INFANTARIA A-1 a A-9 A-1

ANEXO B - MEMENTO DO ESTUDO DE SITUAÇÃO B-1

ANEXO C - EXEMPLOS DE ORDENS DE OPERA-ÇÕES E ESQUEMAS DE MANOBRA ..... C-1 a C-13 C-1

ANEXO D - EXEMPLO DE MATRIZ DE SINCRONI-ZAÇÃO ................................................... D-1

ANEXO E - DADOS MÉDIOS DE PLANEJAMENTO . E-1 a E-5 E-1

ANEXO F - DOCUMENTOS DE OPERAÇÕES DETRANSPOSIÇÃO DE CURSO DE ÁGUA F-1

ANEXO G - DIRETRIZ DE FOGOS ............................ G-1 a G-4 G-1

ANEXO H - PREVENÇÃO DE FRATRICÍDIO ............ H-1 a H-7 H-1

ANEXO I - CASO ESQUEMÁTICO DE UMA OPERA-ÇÃO DE ABERTURA DE BRECHAS....... I-1 e I-2 I-1

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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

ARTIGO I

GENERALIDADES

1-1. FINALIDADE

a. Este manual tem por finalidade apresentar uma orientação doutrináriapara o emprego das Unidades de Infantaria existentes no Exército Brasileiro,considerando o Sistema de Planejamento do Exército (SIPLEx), particularmentea Concepção Estratégica do Exército (SIPLEx-4), o Sistema de Doutrina MilitarTerrestre (SIDOMT) e os preceitos doutrinários constantes do manual C 100-5 -OPERAÇÕES.

b. A doutrina que será apresentada destina-se aos Batalhões de InfantariaMotorizado (BI Mtz), de Montanha (BI Mth), Pára-quedista (BI Pqdt) e aosBatalhões de Fronteira (B Fron). A referente ao emprego peculiar dos Batalhõesde Infantaria de Selva (BIS), Leve (BIL) e Blindado (BIB) será tratada em manuaisespecíficos. Quanto ao emprego dos Batalhões de Caçadores (BC) e de Infantaria(BI) que não adotarem Quadro de Organização (QO) de BI Mtz, deverá serconsiderado aquilo que se aplicar às suas subunidades (SU), pois estasorganizações militares têm emprego peculiar à sua destinação estratégica,visando ao completamento de unidades (U) que forem empregadas no Teatro deOperações Terrestres (TOT).

c. Este manual deve ser usado com outros documentos doutrinários,particularmente aqueles específicos dos diversos escalões da arma e os queregulam as operações especiais e de defesa interna (Def Int).

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1-2

1-2. OBJETIVO

a. Apresentar a doutrina básica aplicável às Unidades de Infantaria nosdiferentes tipos de operações.

b. Capacitar o comandante (Cmt), o Estado-Maior (EM) e os oficiaisintegrantes das subunidades orgânicas ao planejamento, execução, coordena-ção, controle e sincronização das operações conduzidas por essas U.

c. Fornecer elementos que possibilitem a metodização e a padronização dainstrução na Força Terrestre (F Ter).

d. Apresentar modelos dos principais documentos de operações e algunsdados médios de planejamento (DAMEPLAN).

ARTIGO II

UNIDADES DE INFANTARIA

1-3. CONCEITO

Um BI, qualquer que seja sua natureza, é uma tropa valor U, particularmen-te, apta para realizar o combate a pé, ainda que, utilizando-se de meios detransportes terrestres, aéreos ou aquáticos para o seu deslocamento. É, porexcelência, a tropa do combate aproximado, com capacidade de operar emqualquer terreno e sob quaisquer condições climáticas ou meteorológicas.

1-4. MISSÕES BÁSICAS

a. Na ofensiva(1) Cerrar sobre o inimigo, para destruí-lo ou capturá-lo, utilizando-se,

para isto, do fogo, do movimento e do combate aproximado.(2) Pelo fogo procuram neutralizar o adversário permitindo o movimento.

Pela combinação do fogo e do movimento, colocam-se nas melhores condiçõespossíveis em relação às defesas inimigas. Finalmente, pelo combate aproximadoé concretizado o cumprimento da missão, lançando-se violentamente sobre oadversário, a fim de, pelo assalto, ultimarem a sua destruição ou capturá-lo.

b. Na defensiva - Manter o terreno, impedindo, resistindo ou repelindo oataque inimigo, por meio do fogo e do combate aproximado, e expulsando-o oudestruindo-o pelo contra-ataque.

1-5. CARACTERÍSTICAS DE EMPREGO

a. Por ser uma unidade tática básica, pode operar isoladamente, enquadra-do em uma Brigada (Bda) ou diretamente subordinado à Divisão de Exército (DE)ou Exército de Campanha (Ex Cmp).

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b. O Btl é instruído, prioritariamente, para combater a pé.

c. Formas de emprego prioritário, de acordo com a Doutrina DELTA:(1) fixar frontalmente o inimigo, possibilitando ações de flanco por outras

forças;(2) combater em áreas urbanas, densa vegetação, obstáculos e terreno

de difícil acesso;(3) realizar infiltrações táticas para atuar sobre os sistemas (particular-

mente os de comando e controle, de apoio logístico e de apoio de fogo) e reservasinimigas;

(4) executar ações de Segurança de Área de Retaguarda (SEGAR),quando reforçadas por meios motorizados e/ou mecanizados; e

(5) no caso das tropas pára-quedistas, além das citadas acima, serãotropas que tem como peculiaridades de emprego:

(a) realizar o Assalto Aeroterrestre, visando isolar o campo debatalha, interditando o deslocamento de tropas inimigas; e

(b) participar da transposição de curso de água de grande vulto.

1-6. TIPOS DE UNIDADES DE INFANTARIA

O Anexo A relaciona as Unidades de Infantaria enfocadas neste manual,com suas Bases Doutrinárias.

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CAPÍTULO 2

COMANDO E CONTROLE

ARTIGO I

RESPONSABILIDADES FUNCIONAIS DE COMANDO E CONTROLE

2-1. GENERALIDADES

a. Comando e Controle (C2) é um processo através do qual as atividades daUnidade são planejadas, coordenadas, sincronizadas e conduzidas para ocumprimento da missão. Esse processo abrange pessoal, equipamento, comu-nicações, instalações e procedimentos necessários para obter e analisar asinformações para planejar, expedir ordens e planos e para supervisionar aexecução das operações.

b. O Sistema de Comando e Controle deverá ser mais ágil e eficiente queo do inimigo. Esse sistema deve permitir que o comandante e seu estado-maiorrecebam e processem informações que possibilitem a elaboração de ordens e,desta forma, a tropa possa reagir com mais rapidez que seu oponente.

2-2. RESPONSABILIDADES FUNCIONAIS

a. Comandante da Unidade(1) O comandante, sendo responsável por tudo que o batalhão faz ou

deixa de fazer, desincumbe-se de suas atribuições realizando planejamentos,tomando decisões oportunas, emitindo ordens eficientes e exercendo a supervi-são e o comando. Seus deveres exigem que tenha um completo conhecimentosobre o emprego tático e técnico, e sobre as possibilidades e limitações de todosos elementos orgânicos, bem como sobre os elementos das armas e dos serviçosque possam reforçar o batalhão ou integrá-lo, quando constituir uma força-tarefa.

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(2) É por meio da cadeia de comando que ele exerce sua autoridade eestabelece diretrizes, missões e normas para o batalhão. O funcionamentoeficiente da cadeia de comando exige que um grau suficiente de autoridade sejaatribuído aos subordinados, para que possam realizar suas tarefas.

(3) Ele certifica-se de que suas determinações estão sendo executadas,por intermédio de visitas e inspeções realizadas por ele ou por seu estado-maior,combinadas com ações complementares, devendo, entretanto, permitir que seussubordinados tenham liberdade de ação para implementar suas ordens. Aeficiência combativa da unidade somente pode ser sentida por uma contínuaavaliação das manifestações de liderança, iniciativa, moral, espírito de corpo,disciplina e proficiência.

(4) O comandante assegura o bem-estar dos comandados, zelando peloseu conforto físico, fomentando a confiança e o respeito aos chefes, estimulandoo espírito de corpo e cultivando atitudes mentais positivas.

(5) Deve utilizar todos os meios disponíveis para cumprir sua missão.Coordena as atividades de sua unidade com as das unidades vizinhas e de apoio.Seus planos e ordens devem assegurar que as ações de todas as subunidadescontribuam efetivamente para aquele fim.

(6) Ele coloca-se onde melhor possa dirigir, controlar e influir nasoperações. Pode estar em um posto de observação, junto à ação tática principalou em qualquer outro lugar de sua área de operações onde seja exigida suapresença. Ao afastar-se do posto de comando (PC) deve informar ao estado-maiorsobre itinerário e planos a serem preparados ou ações a serem executadas, casoa situação se modifique. Nessa situação, mantém-se em contato com o PC pormeio do rádio, telefone ou outros meios. Se emitir ordens ou obtiver informaçõesreferentes à situação, enquanto afastado do PC, deve comunicar a seu estado-maior, na primeira oportunidade, as suas determinações ou informes recebidos.

b. Subcomandante da Unidade(1) É o principal auxiliar e assessor do comandante do batalhão;

coordena e supervisiona os pormenores das operações e da administração,permitindo assim, ao comandante do batalhão, concentrar-se nos assuntos decomando mais importantes.

(2) As atribuições específicas do subcomandante variam de acordo coma diretriz do comandante. Seus principais encargos na unidade são:

(a) orientar e coordenar os elementos do estado-maior;(b) determinar as normas de ação;(c) verificar se as instruções da tropa estão de acordo com as

diretrizes e com os planos do comandante do batalhão;(d) manter-se a par da situação e dos futuros planos;(e) estar em condições de assumir o comando do batalhão em

qualquer ocasião;(f) providenciar para que as informações pedidas sejam remetidas em

tempo oportuno e que sejam preparados planos para contingências futuras;(g) coordenar a confecção da matriz de sincronização, por ocasião

da elaboração de uma ordem de operações.(h) coordenar o ensaio da operação; e

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(i) coordenar a realização do estudo de situação continuado.(3) Durante o combate, normalmente, o subcomandante permanecerá no

Posto de Comando Principal (PCP), de onde supervisionará as operações,manterá o escalão superior informado da situação, manter-se-á a par da situaçãodos elementos vizinhos e superiores, sincronizará o apoio ao combate e o apoiologístico com a manobra e iniciará o planejamento das operações futuras.

c. Estado-Maior Geral(1) Oficial de Pessoal ( S1)

(a) É o principal assessor do comandante nos assuntos da Logísticado Pessoal, sendo responsável pelo planejamento, coordenação e sincronizaçãode todas as atividades logísticas e administrativas referentes ao pessoal.

(b) Suas atividades, dentre outras da área de pessoal, abrangem:1) o controle de efetivos (registros, relatórios, recompletamento

dos claros, etc.);2) a manutenção do moral;3) o encaminhamento dos extraviados a seus respectivos desti-

nos e a manutenção em dia da relação dos ausentes;4) o apoio de saúde (localização e funcionamento do PS, apoio

de saúde às SU, evacuação de feridos, verificação das condições sanitárias datropa etc.);

5) a verificação dos reflexos da qualidade da alimentação e de suadistribuição no moral da tropa;

6) o planejamento da evacuação dos mortos. Coordenar efiscalizar o registro de sepulturas, quando essas tarefas estiverem a cargo dobatalhão;

7) a disciplina e a Justiça Militar. Planeja medidas preventivas ecorretivas para a manutenção da disciplina;

8) a assistência ao pessoal (assistência religiosa, serviço espe-cial, serviço postal, banho, lavanderia, repouso, recuperação, recreação, etc.);

9) planejamento e supervisão do emprego do Pelotão de Saúde.10) proposta sobre o local de coleta de prisioneiros de guerra,

bem como a responsabilidade pela guarda, coleta, segurança, processamento eevacuação dos PG, em coordenação com os demais elementos do EM (conformea letra d. do parágrafo 10-20. do Cap 10).

(c) É o assessor e substituto do S4 no que se refere às operaçõese ao controle do Posto de Comando Recuado (PCR), do Centro de OperaçõesLogísticas (COL) e da Área de Trens de Combate (ATC). Normalmente cumpresuas missões no PCR.

(d) Auxilia o S4 na escrituração do parágrafo 4º da O Op, fornecendoa parte relativa à Log Pes.

(e) Redige o parágrafo 6º da O Op, recebendo do S2 a parte relativaao subparágrafo Assuntos Civis.

(2) Oficial de Inteligência ( S2)(a) O S2 é o principal assessor do comandante quanto ao Sistema

de Inteligência, sendo responsável pelo planejamento, coordenação e sincroniza-ção das atividades afetas ao sistema.

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2-4

(b) Planeja e coordena as operações de reconhecimento e contra-reconhecimento, bem como a produção e utilização dos dados/conhecimentosobtidos sobre o terreno, o inimigo e as condições meteorológicas.

(c) Controla a distribuição de cartas e fotografias aéreas.(d) Propõe elementos essenciais de inteligência (EEI) ao comandan-

te. Uma vez tendo sido aprovados, estabelece um Plano de Busca com vistas aatendê-los.

(e) Participa do estudo de situação continuado junto com o S3 e como subcomandante, auxiliando e orientando os oficiais do estado-maior geral eespecial no trato e produção de conhecimentos em suas áreas funcionais.

(f) É o responsável pelo PC Principal (PCP) e pelo funcionamento doCentro de Operações Táticas (COT). Realiza a supervisão da instalação, opera-ção, segurança e deslocamento do PCP, de onde, normalmente, executa suasmissões.

(g) Prepara o plano diário de patrulhas do batalhão, em coordenaçãocom o S3.

(h) Apresenta sugestões e coordena a execução das medidas decontra-inteligência (Segurança Orgânica) que devam ser adotadas.

(i) Planeja, supervisiona e assegura a orientação final às patrulhas dereconhecimento, fornecendo-lhes dados referentes às condições meteorológicas,ao terreno e ao inimigo. Por ocasião do seu regresso, interroga os comandantese assegura-se da preparação e difusão oportuna dos seus relatórios, emcoordenação com o S3.

(j) Supervisiona as atividades de vigilância do batalhão e elabora oPlano de Vigilância Terrestre, em coordenação com o S3 e com o coordenador doapoio de fogo (O Lig Art), solicitando pedidos de vigilância aérea quandonecessário.

(k) Supervisiona as atividades das equipes de inteligência eventual-mente em reforço ou apoio direto ao batalhão.

(l) Planeja e supervisiona o emprego da Turma de Reconhecimento(no BI Mth será Pelotão de Reconhecimento) na execução das missões deinteligência.

(m) Coordena com o oficial de comunicações e eletrônica o empregodo Pelotão de Comunicações e a organização do Plano de Comunicações, coma finalidade de manter ligações no âmbito do Btl.

(n) Redige o Parágrafo 5º da Ordem de Operações, assessorado peloO Com Elt.

(o) Prepara os planos de reconhecimento aéreo do batalhão eencaminha aos órgãos competentes os pedidos de reconhecimento aéreoimediato ou pré-planejado.

(p) Coordena a busca de alvos por todos os elementos orgânicos ouem reforço, difundindo os dados/conhecimentos obtidos para os órgãos de apoiode fogo.

(q) Conduz e mantém atualizados o Estudo de Situação de Inteligên-cia (Processo de Integração Terreno, Condições Meteorológicas, Inimigo - PITCI)e a Carta de Situação, em coordenação com o S3, assegurando-se de que osdados/conhecimentos mais importantes sejam registrados no Diário da Unidade.

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(r) Como produto de seu estudo de situação, conclui quanto aosefeitos da área de operações sobre as forças amigas e inimigas, bem como quantoao levantamento das linhas de ação do inimigo, e a seleção da mais provável e damais perigosa.

(s) Prepara os sumários e demais documentos de inteligênciaconfeccionados no nível batalhão, particularmente o Calco de Eventos (ou Calcodas RIPI) e o Calco de Restrições ao Movimento.

(t) Exerce supervisão de estado-maior sobre o oficial de defesa QBN,em todos os assuntos que se refiram:

1) às operações de detecção e levantamento QBN;2) aos registros na carta de contaminação de precipitação

radioativa;3) à interpretação dos dados do levantamento radiológico e4) ao preparo dos diagramas de predição de precipitação radio-

ativa, relativos a possíveis explosões de armas QBN inimigas.(u) Planeja as atividades de Rec e contra Rec em coordenação com

o S3;(v) Auxilia o S3 na escrituração do parágrafo 1º da O Op, fornecendo

a parte relativa ao inimigo. Quando for o caso, redige o anexo de inteligência.(x) É também o oficial de relações públicas e auxilia o S1 na

confecção do parágrafo 6º da O Op, fornecendo a parte relativa ao subparágrafoAssuntos Civis.

(3) Oficial de Operações (S3)(a) É o principal assessor do comandante na área das operações e

emprego do Btl. Tem responsabilidade no planejamento, na coordenação e nasincronização das operações de combate da Unidade e dos elementos em apoioe em reforço. Coordena a expedição de ordens e planejamentos operacionais comos seguintes elementos: o S2, o Adj S3, o O Lig da Artilharia, o CAA e outroselementos de planejamento do apoio ao combate.

(b) Normalmente, atua à frente, junto com o comandante, dedicando,também, atenção às operações desenvolvidas nos setores secundários da Z Açatribuída ao Btl, a fim de permitir ao comandante priorizar as mais importantes.

(c) Faz o estudo continuado da organização da unidade, apresentan-do sugestões para modificações do Quadro de Organização (QO).

(d) É o principal responsável pela instrução da Unidade. Preparasugestões sobre as diretrizes de instrução, programas, ordens e exercícios noterreno ou manobras, baseado no plano aprovado pelo comandante.

(e) Outros encargos:1) planejar e supervisionar o emprego da Tu de Caçadores e dos

Pelotões de Morteiros e Anticarro;2) manter o comandante informado sobre a situação tática,

ficando em condições de apresentar sugestões;3) estudar, continuamente, as informações de combate, obtidas

pelo S2 e pelo Of de engenharia, e as ações das unidades vizinhas e das unidadesde apoio;

4) apresentar sugestões no que diz respeito à localização daszonas de reunião, PC e Elm Ap F orgânico;

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5) coordenar com o S2 as atividades de reconhecimento e contra-reconhecimento, no âmbito do batalhão;

6) planejar as medidas de segurança a serem executadas pelobatalhão, quando em marcha, nos altos, nas zonas de reunião, nas instalaçõesde comando e logísticas, e quando engajado com inimigo, tudo em coordenaçãocom o S2;

7) planejar, em coordenação com o S4, o deslocamento detropas, inclusive dos elementos engajados, a formação e o tipo do transporteexigido. Organizar a ordem de movimento, após aprovação do respectivo plano;

8) apresentar sugestões sobre o emprego tático das subunidades,que deverão ser feitas após o estudo de situação e os entendimentos com osoutros oficiais de estado-maior e os comandantes de subunidades;

9) integrar a manobra com os elementos de apoio ao combate(apoio de fogo, engenharia, comunicações, etc);

10) planejar o controle da população civil, evitando o congestio-namento de estradas, mantendo a segurança e áreas livres necessárias àsoperações táticas, recebendo, normalmente, elementos em reforço dos escalõessuperiores para tal atividade;

11) Redigir o parágrafo 1º da O Op, recebendo do S2 os dadosrelativos ao inimigo;

12) Redigir o parágrafo 2º da O Op, auxiliado pelos demaiscomponentes do EM;

13) Redigir o parágrafo 3º da O Op;14) Elaborar a O Op Btl, recebendo dos demais componentes do

EM os parágrafos e anexos de suas responsabilidades.(4) Oficial de Logística (S4)

(a) É o principal assessor nas atividades da Logística do Material eo coordenador da Manobra Logística, sendo o responsável pela:

1) integração dos planejamentos das 1ª e 4ª Seções do estado-maior geral e da logística com a manobra e o apoio ao combate;

2) operação e controle do PCR e do COL; e3) supervisão da instalação, operação, segurança e deslocamen-

to dos trens.(b) Mantém estreita e contínua coordenação com o E4 do escalão

superior, com o comandante do B Log da Bda e com todos os demais oficiaisresponsáveis pelas operações de apoio logístico à Unidade.

(c) Orienta e auxilia os demais oficiais do estado-maior sobreassuntos de natureza logística, em suas respectivas áreas de responsabilidades.

(d) Propõe ao comandante a localização das áreas de trens dobatalhão.

(e) Como responsável pela previsão e provisão do suprimento,manutenção, transporte e outras tarefas de apoio logístico, mantém-se, continu-amente, a par da situação logística dos elementos subordinados, em reforço e emapoio ao Btl.

(f) Outros encargos:1) planejar e supervisionar o emprego dos Pelotões de Suprimen-

to e de Manutenção e Transporte;

2-2

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C 7-20

2) verificar os pedidos de suprimento das companhias e doselementos em reforço e supervisionar sua obtenção e distribuição;

3) verificar a qualidade da alimentação da tropa e supervisionarsua distribuição;

4) coordenar a evacuação dos feridos, dos mortos, do material edas armas avariadas, do material salvado e capturado do inimigo. Deverácoordenar com o S1 e o S2 do batalhão, respectivamente, as medidas relaciona-das com a evacuação dos feridos e mortos e do pessoal inimigo aprisionado; e

5) redigir o parágrafo 4º da Ordem de Operações, recebendo doS1 a parte relativa à Log Pes, e elaborar, quando for o caso, a ordem logística daunidade.

d. Estado-Maior Especial(1) Adjunto do S3 - Oficial Auxiliar de Operações, Apoio de Fogo , S3 do

Ar e Ligação com a F Ae e Av Ex(a) É o assessor do S3 para os assuntos de apoio de fogo orgânico,

controle do espaço aéreo e ligação com a Av Ex e F Ae, auxiliando noplanejamento, coordenação e supervisão das operações de combate.

(b) Realiza o planejamento do apoio de fogo orgânico, em estreitaligação com o O Lig da Artilharia e os Comandantes do Pel Mrt e Pel AC, conformediretriz do S3.

(c) Supervisiona o posicionamento do Pel Mrt.(d) Prepara ou processa os pedidos de apoio aéreo aproximado

imediato ou pré-planejado.(e) Coordena o emprego do apoio aéreo aproximado com as opera-

ções terrestres do batalhão e estas com o coordenador do apoio de fogo (CAF)e o oficial de ligação aéreo (OLA) ou com o controlador aéreo avançado (CAA) docomando aerotático.

(f) Prepara a parte do plano de apoio de fogo referente ao apoio aéreo.(g) Encaminha os pedidos de reconhecimento aéreo realizados pelo

S2.(2) Adjunto do S4

(a) É adjunto do S4 na execução da Manobra Logística.(b) Planeja e supervisiona as operações de pacotes logísticos

(PACLOG), quando forem realizadas.(c) Auxilia o S4 no planejamento da atividade logística de material, na

coordenação e supervisão das atividades de suprimento e manutenção e nocontrole da 4ª Seção.

(d) É o comandante do PCR, assessorando o S1 na sua localizaçãoe sendo o responsável por sua instalação, segurança e deslocamento.

(3) Comandante da Cia C Ap e dos Trens do Btl(a) Também é adjunto do S4 na execução da Manobra Logística e

auxilia no controle dos Trens do Btl.(b) Por ser o comandante dos Trens, tem a responsabilidade pela sua

instalação, segurança, deslocamento e operação. Quando for desdobrada umaúnica AT, será o seu comandante.

(c) É o responsável pelo adestramento das frações de sua SU.

2-2

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2-8

(4) Subcomandante da Cia C Ap(a) Também é adjunto do S4 na execução da Manobra Logística.(b) Quando for desdobrada a ATC, será o seu comandante e o

responsável pela sua instalação, segurança e deslocamento, devendo, nestecaso, assessorar o S4 e o comandante da Cia C Ap na sua localização.

(5) Comandante do Pel Com e Oficial de Comunicações(a) É o principal assessor do comandante e do estado-maior quanto

às comunicações. Além de comandante do Pel Com, exerce supervisão técnicasobre o sistema de comunicações, as instalações de comunicações e o pessoalde comunicações.

(b) Seu trabalho é diretamente supervisionado pelo S2, de quem éadjunto, e pelo S3, cabendo-lhe o planejamento do emprego e a segurança dascomunicações.

(c) É o comandante do PCP, assessorando o S2 na sua localização,sendo responsável pela sua instalação, segurança e deslocamento.

(d) Coordena com o S2 a localização dos Postos de Observação eas medidas de segurança das comunicações.

(e) Prepara e distribui os extratos das Instruções para a Exploraçãodas Comunicações (IE Com) e as Instruções Padrão das Comunicações (IP Com),recebidas do escalão superior.

(f) Elaborar e supervisionar os planos de segurança do PCP, emcoordenação com o estado-maior geral do batalhão.

(g) Orienta o S1 no PCR, quanto ao assunto comunicações.(h) Assessora o S4 no planejamento, coordenação e execução das

atividades de manutenção e suprimento do material de comunicações.(i) Supervisiona o emprego dos elementos de comunicações em

reforço ao batalhão.(6) Comandante do Pel Cmdo e Oficial de reconhecimento

(a) É o adjunto do S2 para assuntos de reconhecimento, contra-reconhecimento e segurança.

(b) Auxilia o S3 e o S4 no planejamento e execução da Segurançada Área de Retaguarda.

(c) Auxilia o S2 no acompanhamento das ações de defesa, detecçãoe levantamento QBN, desempenhando a função de Oficial de defesa QBN.

(7) Comandante do Pel Mnt Trnp e Oficial de manutenção e transportes(a) É o adjunto do S4 no planejamento, coordenação e execução das

atividades de manutenção do material (exceto material de saúde e de comunica-ções) e de transporte.

(b) É o responsável pela operação e segurança das instalações demanutenção e recuperação operadas pelo Pel Mnt Trnp e pela supervisão técnicados trabalhos de manutenção nas SU.

(c) Elabora o plano de evacuação das viaturas do batalhão esupervisiona o recolhimento e a evacuação de viaturas na zona de ação dobatalhão.

(8) Comandante do Pel Sup e Oficial de suprimentos - É o adjunto do S4no planejamento, coordenação e execução das atividades relacionadas aosuprimento em geral, particularmente munição, sendo designado como oficial de

2-2

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munições da unidade.(9) Comandante do Pel Sau e Oficial de Saúde

(a) É o assessor do comandante e do S1 no planejamento, coorde-nação e execução das atividades de saúde.

(b) Assessora o S4 quanto ao suprimento de classe VIII e àmanutenção do material de saúde.

(c) Atribuições específicas:1) propor a localização do Posto de Socorro (PS) e supervisionar

seu funcionamento, bem como o cuidado e tratamento dispensados aos baixa-dos;

2) manter o S1 informado sobre a situação sanitária;3) providenciar reforços de suprimento de saúde, quando for

necessário, e recompletamento das dotações;4) supervisionar a evacuação dos feridos até o PS;5) assessorar o comando em relação aos efeitos dos agentes

QBN sobre o pessoal;6) propor normas gerais de ação, particularmente quanto à

localização, à execução dos primeiros socorros, à coleta, triagem e evacuaçãode feridos e à prevenção e controle de doenças;

7) sugerir e supervisionar a assistência médica aos prisioneirosde guerra e, quando autorizado pela autoridade competente, a assistência médicaao pessoal não militar na área do batalhão; e

8) supervisionar o exame dos documentos e equipamentos desaúde capturados, em coordenação com o S2, tendo em vista a obtenção dedados de inteligência.

(10) Subcomandante do Pel Sup e Oficial aprovisionador(a) É o assessor do comandante e do S4 no planejamento, coorde-

nação e execução das atividades suprimento Classe I e no emprego das cozinhasde campanha.

(b) Assessora o S4 na verificação da qualidade da alimentação datropa e na supervisão de sua distribuição às SU.

(11) Comandante do Pel AC e Oficial de defesa anticarro - é o assessordo comando do batalhão nos assuntos relacionados com a defesa anticarro.

e. Outros elementos de comando e controle(1) Oficial de ligação de artilharia

(a) É o Coordenador de Apoio de Fogo (CAF), integrando os fogosorgânicos do Btl com o apoio de fogo de artilharia e o aéreo. Seu substitutoeventual é o Adj do S3.

(b) Assessora o S3 no planejamento dos fogos em apoio à manobrae dos elementos subordinados.

(c) É o coordenador do Centro de Coordenação de Apoio de Fogo(CCAF), no COT do PCP, supervisionando o emprego dos fogos orgânicos. Podeoperar do CCAF ou à frente, junto com o comandante do Btl.

(d) Em conjunto com o S3 e o S3 do Ar:1) prepara os planos de apoio de fogo do batalhão; e2) coordena todos os fogos superfície-superfície e ar-superfície

em apoio.

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2-10

(2) Oficial de Engenharia - É o comandante da fração de engenharia que,normalmente, é colocada em apoio, assessorando o comandante e o S3 nosassuntos de engenharia.

(3) Oficial de defesa antiaérea(a) É o comandante da fração de artilharia antiaérea em apoio ao Btl

e o assessor do comandante e do S3 para assuntos de defesa antiaérea.(b) Quando o Btl não dispuser de elementos AAe em reforço, o O Lig

Art será o Of Def AAe.(4) Oficial de Ligação Aéreo (OLA) e Controladores Aéreos Avançados

(CAA) são elementos da FAe destacados para trabalhar junto à F Ter nosdiferentes níveis de comando (de Btl a Ex Cmp).

(a) Compete ao OLA:1) assessorar o Cmt quanto às possibilidades e a validade do

emprego da FAe;2) controlar o atendimento das missões solicitadas;3) ligar-se com outras ECAT, o CAAD e o COAT para troca de

informações.(b) Cabe ao CAA as seguintes funções - Orientar as aeronaves,

controlando os ataques aéreos às posições inimigas e fornecer informaçõesquanto a condições meteorológicas, danos causados nos ataques ao inimigo eposição atualizada das tropas amigas.

OBSERVAÇÃO: O CAA deve ser um piloto com experiência na missão queserá realizada, capaz de orientar, do solo ou a partir de aeronaves em vôo, osataques feitos próximo à linha de contato.

ARTIGO II

RELAÇÕES FUNCIONAIS

2-3. DO COMANDANTE COM ELEMENTOS SUBORDINADOS

a. Elementos Orgânicos - Podem ser diretas ou por intermédio do estado-maior, quando são realizadas inspeções e visitas informais à tropa. Essas açõesvisam a melhorar a confiança, o respeito, a lealdade e o entendimento, e, aomesmo tempo, dão ao comandante um conhecimento imediato da situação táticae do estado da unidade.

b. Elementos em reforço - O comandante de um elemento em reforço éo assessor do comandante da unidade sobre o emprego de sua fração, estandosujeito às decisões deste comandante. As relações são, essencialmente, asmesmas mantidas com as frações orgânicas.

c. Elementos integrantes - Quando o batalhão for o núcleo de uma força-tarefa (FT), tanto o batalhão como outros elementos que a constituírem serãoconsiderados como integrantes da mesma.

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2-4. DO COMANDANTE COM OUTRAS UNIDADES

a. Unidades de apoio - O comandante do batalhão deve assegurar-se deque foram estabelecidas as comunicações e ligações adequadas e manter oscomandantes dos elementos de apoio informados sobre a situação em curso e oapoio desejado. O elemento de apoio é responsável pelo estabelecimento dasligações com a unidade apoiada. O elemento que apóia o batalhão , sem estar nasituação de reforço, atende aos pedidos de apoio do comandante do batalhãocomo se fosse uma ordem e o assessora quanto às possibilidades e limitaçõesde sua tropa. Além disso, atua como assessor de estado-maior, faz proposta parao emprego do elemento de apoio e, freqüentemente acompanha o comandante dobatalhão ou o estado-maior nos reconhecimentos.

b. Controle operacional - Quando um elemento é posto sob o controleoperacional de um batalhão, as relações de comando são semelhantes àsdescritas para uma tropa em reforço para cumprir missões ou tarefas específicas.Todavia, exclui a autoridade para empregar, separadamente os componentes doselementos em questão e o seu controle administrativo.

c. Comando operacional - É semelhante ao controle operacional,podendo no entanto empregar separadamente seus componentes.

ARTIGO III

POSTO DE COMANDO

2-5. GENERALIDADES

a. Posto de Comando é o local onde se instala o comando da Unidade paraplanejar e conduzir as operações. Nele são reunidos os meios necessários aoexercício do comando, incluindo a coordenação e controle dos elementos decombate e de apoio.

b. Normalmente, o PC é desdobrado em outras instalações de comando econtrole, a fim de facilitar o planejamento, acompanhamento e condução dasoperações táticas e logísticas. Essas instalações de C2 são:

(1) POSTO DE COMANDO TÁTICO (PCT) - Local de onde o Cmt, emprincípio, deverá conduzir as operações ou acompanhar uma fase particular damanobra. É instalado o mais à frente possível, estando, normalmente, orientadopara a Z Aç da SU que realizar a ação principal.

(2) POSTO DE COMANDO PRINCIPAL (PCP) - Principal instalação deComando e Controle, onde são realizados os planejamentos operacionais, oestudo de situação continuado das operações e a sincronização da manobra, doapoio ao combate e da logística. Nele é instalado o COT do Btl. Normalmente,localiza-se entre as AT SU e a ATC, próximo da reserva e na parte principal daZ Aç.

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(3) POSTO DE COMANDO RECUADO (PCR) - Instalação localizada,normalmente, na ATC, onde é desdobrado o COL.

c. Este desdobramento visa:(1) dar maior flexibilidade ao sistema de C²;(2) separar os comandos de operações do comando logístico;(3) diminuir a quantidade de instalações;(4) possibilitar maior dispersão; e(5) permitir maior agilidade nos deslocamentos.

d. O PCT e o PCR funcionam como Postos de Comando Alternativos. Osmeios de comunicações e de C² devem ser duplicados nestas instalações paraassegurar a sobrevivência do Sistema de Comando e Controle.

e. Em princípio, todas as instalações devem funcionar embarcadas nasviaturas de dotação das frações da Cia C Ap, em condições de acompanhar aevolução da situação tática.

f. O Sistema de C2, normalmente, se desdobra para mobiliar as seguintesinstalações:

g. Para atender às necessidades de comunicações do PCP, o Pelotão deComunicações instala um Centro de Comunicações de Comando (C Com Cmdo).Esse centro, normalmente, compreende um centro de mensagens (dotados demeios rádio e meios informatizados com programas para processamento ecodificação de mensagens) e postos de outros meios de comunicações.

2-5

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e;moClePmlE-.soirássecensotnemelesortuO-

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2-6. LOCALIZAÇÃO, INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO

a. Posto de Comando Principal(1) Localização

- Assessorado pelo O Com, o S3 propõe ao Cmt Btl a localização doPCP, normalmente entre a Área de Trens da SU (AT SU) e a Área de Trens deCombate (ATC), próximo à reserva do batalhão. O comandante do PCP é ocomandante do Pelotão de Comunicações.

- O local do PCP variará conforme o tipo de operação. As formas delocalização do PCP são as seguintes: designação de uma região ou local, peloescalão superior; atribuição de um eixo de comunicações, pelo escalão superior;e liberdade de escolha pelo escalão subordinado.

- Quando for dada a liberdade de escolha do local do PCP, algunsfatores devem ser considerados por influenciarem significativamente nas Op. Sãoeles:

(a) Situação Tática:1) orientado na direção do esforço principal ou para a frente mais

importante;2) prover o apoio cerrado;3) proporcionar espaço para o desdobramento dos elementos

subordinados e outras instalações sem, no entanto, interferir na manobra táticanem na manobra logística da U;

4) proximidade e acessibilidade a postos de observação (P Obs)do BI.

(b) Terreno:1) ter facilidade de acesso (ter estradas, boa trafegabilidade do

solo e não possuir Obt);2) ter boa circulação interna na área para pessoal e viaturas ;3) possuir área compatível para dispersão entre as instalações do

PCP (considerar como um quadrado de 1 km de lado);4) estar apoiado em rede de estradas que permitam os desloca-

mentos rápidos nas mudanças de PCP e desdobramento de PCT;5) apresentar instalações ou edificações; e6) favorecer a adoção de medidas de controle de pessoal e

material.(c) Segurança:

1) ser protegido por massa cobridora (desenfiado face ao inimigo);2) estar coberto ou possuir facilidade de camuflagem natural;3) estar próximo da reserva ou unidade de manobra;4) atender à distância mínima de segurança, medida da linha de

contato, em operações ofensivas, ou da orla anterior dos últimos núcleos deaprofundamento do BI, nas operações defensivas;

5) estar afastado de flancos expostos e de caminhos favoráveisà infiltração inimiga; e

6) distanciar-se de pontos vulneráveis e possíveis alvos deinteresse do inimigo.

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(d) Comunicações:1) estar afastado de fontes de interferências naturais ou artificiais;2) estar em um local que permita equilíbrio de distâncias para o

sistema de comunicações;3) possuir locais de aterragem (Helcp);4) dispor de recursos de telecomunicações civis ou militares no

local.5) atender ao alcance dos meios de transmissão do sistema de

Com do Esc Cndr;6) não conter obstáculos aos meios de transmissão; e7) permitir a instalação de sítio de antenas.

(2) Instalações(a) A distribuição interna dos órgãos no PCP fica a cargo do S2 do

BI, assessorado pelo O Com Elt (como exemplo, vide C 11-07).(b) Centro de Operações Táticas (COT)

1) No PCP funciona o COT, que é constituído de três áreasbásicas: 2ª Seção (Inteligência), 3ª Seção (Operações) e Apoio de Fogo (CCAF).Outros elementos podem ser organizados em torno destas áreas básicas,conforme os apoios recebidos pela unidade. O COT opera sob o controle do SubCmt Btl.

2) A organização interna do COT deve facilitar a coordenação doestado-maior, prover adequado espaço para o trabalho e para as comunicações.Deve ser previsto um reduzido número de militares presentes no interior do COT,a fim de facilitar o trabalho de estado-maior.

3) No COT acompanhar-se-ão as operações em curso, o que otorna peça fundamental na sincronização dos sistemas operacionais envolvidos.Nesta instalação será feito o planejamento das operações subseqüentes, princi-palmente quando houver exigüidade de tempo para o planejamento inicial dobatalhão, ou quando situações novas no decorrer das operações exigirem daunidade condutas de combate. Assim sendo, no COT antecipam-se, também,necessidades futuras de apoio ao combate e logísticas. Como ilustração, pode-se citar um batalhão em curso de um ataque coordenado que recebe a ordem deficar ECD prosseguir ou manter para apoiar uma ultrapassagem. Admitindo-se apremência do tempo para o planejamento inicial ou as situações novas quecertamente surgirão após o desembocar do ataque, será o COT o responsável pormanter essa visão prospectiva das ações, mesmo na ausência eventual dosoficiais de operações e inteligência, que por ventura estejam acompanhando oCmt do batalhão no PCT.

4) O COT realiza também a busca de informações, a coordenaçãodas operações com elementos vizinhos e a monitoração da situação logística.

5) O subcomandante do batalhão, na qualidade de chefe do EMda unidade, exercerá suas funções no COT do PCP do batalhão, coordenando oestudo de situação continuado e exercendo a sincronização da manobra com oapoio ao combate e a logística interna da unidade. Deverá manter estreito controledas atividades do COL no PCR, devendo convocar o S1 e o S4 para o PCP duranteo planejamento das operações ou sempre que se fizer necessário.

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6) São portanto funções básicas do COT de um batalhão (COT/Btl):

a) receber informações, o que se traduz por:- receber mensagens, relatórios e ordens do(s) escalão(ões)

superior(es)- monitorar a situação tática;- manter um registro de todas as atividades mais significa-

tivas;- manter atualizada a localização do(s) Elm superior(es) e

subordinado(s);- monitorar a situação do inimigo; e- acompanhar a situação das classes de suprimentos

críticos.b) divulgar informações, que significa, fundamentalmente:

- encaminhar relatórios ao(s) escalão(ões) superiores;- operar como enlace de comunicações entre diferentes

elementos;- expedir ordens e instruções; e- processar e divulgar informações aos elementos perti-

nentes.c) Analisar informações, que entende-se por:

- consolidar relatórios;- antecipar eventos e atividades, desenvolvendo as ações

apropriadas;- conduzir análise prognóstica baseada na situação tática;- identificar informações que respondam aos EEI;- conduzir o processo de tomada da decisão; e- identificar as necessidades de executar decisões de

conduta com base na situação corrente.d) propor linhas de ação de conduta - é função do COT propor

linhas de ação de conduta ao comandante do batalhão com base nas informaçõesdisponíveis e na análise conduzida.

e) integrar os meios disponíveis.f) sincronizar os sistemas operacionais envolvidos na Op.

(3) Operação(a) O PCP é organizado para operar sem interrupções. Todas as

seções do estado-maior são organizadas em turmas que se revezam paraassegurar o funcionamento efetivo do PC durante 24 horas do dia e para que opessoal possa ter o repouso necessário.

(b) As mensagens trazidas por mensageiros, em regra, vão primei-ramente para o centro de mensagens. São recebidas e encaminhadas aos órgãosinteressados no âmbito do posto de comando. O centro de mensagens asencaminha primeiramente à seção do estado-maior mais interessada no assunto,e depois às outras seções, como informação. Cada oficial do estado-maior querecebe a mensagem, rubrica-a e indica as providências que toma.

(c) Todas as mensagens que chegam são endereçadas ao coman-dante, mas, raramente, lhe são enviadas diretamente. É dever do estado-maior

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tomar as providências decorrentes das mensagens recebidas e, quando neces-sário, informar seu conteúdo ao comandante, sem demora.

(d) As mensagens expedidas são enviadas ao centro de mensagens,em duas vias. O expedidor de mensagens importantes deve providenciar para queum resumo delas seja registrado no diário de mensagens.

(e) O tempo para o processamento e registro das mensagens deveser reduzido ao mínimo. Quando necessário, as mensagens referentes àsoperações podem ser levadas diretamente ao centro de operações, ficando seuprocessamento para ser completado posteriormente.

b. Posto de Comando Recuado (PCR)(1) Localização

(a) Assessorado pelo O Com, o S4 propõe ao Cmt Btl a localizaçãodo PCR, que deve permanecer dentro da Área de Trens de Combate (ATC) ou nassuas proximidades, atuando também como Posto de Comando Alternativo.

(b) O comandante do PCR é o adjunto do S4.(2) Instalações

(a) A distribuição interna dos órgãos no PCR fica a cargo do BI,assessorado pelo O Com.

(b) Centro de Operações Logísticas (COL)- O COL é a principal instalação do PCR do batalhão. É consti-

tuído de duas áreas básicas: 1ª Seção (Pessoal) e 4ª Seção (Logística). Outroselementos podem ser organizados em torno destas áreas básicas, conforme osapoios recebidos pela unidade. O COL opera sob o controle do S4.

- A organização interna do COL deve facilitar a coordenação doestado-maior, prover adequado espaço para o trabalho e para as comunicações.Deve ser previsto um reduzido número de militares presentes no interior do COL,a fim de facilitar o trabalho de estado-maior.

- No COL é realizado o planejamento das operações logísticas,o acompanhamento da situação logística corrente e de todas as atividadeslogísticas desenvolvidas na ATC , na ATE e nas AT SU . O acompanhamento dasituação logística do Esc Sp é realizada mediante ligações constantes com o EMe a A Ap Log da Bda.

- No COL deve ser mantida atualizada uma carta de situação, parafacilitar o planejamento das operações logísticas e poder apoiar o Cmt dobatalhão, no caso deste passar à condição de PCP.

c. Posto de Comando Tático (PCT)(1) Não tem localização definida, pois se desdobra onde o Cmt Btl possa

melhor conduzir as operações ou acompanhar uma fase particular da manobra,podendo até sobrepor-se ao Posto de Comando (PC) de elementos subordinados.Suas principais funções são: facilitar o comando e o controle da operação, alémde proporcionar o apoio cerrado às peças de manobra através da ocupação de umPosto de Observação (PO).

(2) Composto de um pequeno efetivo, o PCT é comandado pelo coman-dante do Pel Cmdo/CCAp.

(3) Quando for desdobrado, o PCT deverá possuir uma carta de situaçãoatualizada a fim de apoiar as decisões do Cmt Btl, a coordenação do apoio de fogo

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e a correta expedição de ordens.

d. Posto de Comando Alternativo(1) Planos devem ser preparados e as unidades devem estar instruídas

para assegurar a continuidade do comando e do controle, caso o PCP do batalhãonão possa funcionar devido à perda da maior parte de seu pessoal e equipamento.

Tanto a brigada como o batalhão devem elaborar esses planos, quedevem prescrever a imediata assunção de comando pelo oficial mais graduadopresente e a constituição de um novo comando do batalhão, incluindo pessoal emeios de comunicações. As normas gerais de ação do batalhão devem conterpartes desses planos.

(2) O plano do batalhão para o restabelecimento do PC deve incluir,normalmente, uma relação de oficiais por antigüidade, uma lista dos possíveisoficiais de estado-maior nas unidades e a prescrição de emprego dos meios deuma das companhias ou dos trens de combate como um PC alternativo.

2-7. DESLOCAMENTOS

a. O PCP deve ser deslocado, sempre que necessário, para garantir asegurança e/ou a continuidade do sistema de comando e controle da unidade. Odeslocamento pode ser imposto por uma alteração no dispositivo tático, planejadoou existente, das forças amigas ou por efeito de ações do inimigo, incluindo:

(1) Interferência nas comunicações;(2) Manobra terrestre que ameace a segurança do PCP;(3) Possibilidade dos meios de busca do inimigo (vigilância aérea, meios

de GE Ini e outros meios) para localizar o PCP, se este permanecer durante muitotempo em um determinado local;

(4) Desdobramentos constantes do PCT;(5) Efeitos psicológicos adversos sobre a tropa; e(6) Contatos pessoais difíceis.

b. Quando é planejado um deslocamento, o S3 e o S4 propõem aocomandante (ou frequentemente, ao subcomandante) a nova localização geraldos PC e a oportunidade para seu deslocamento. Os comandantes de PC, quesão os oficiais responsáveis pelo deslocamento do PCP, tomam providênciasquanto à segurança, aos guias, à hora de partida da turma de estacionadores ecoordenam com os seguintes oficiais do estado-maior:

(1) S2: previsão meteorológica, condições da rede viária e a situação doinimigo;

(2) S3: dispositivo da tropa, planos táticos, prioridade para utilização dasvias de transporte e a hora de abertura do novo PC;

(3) S4: considerações logísticas, particularmente sobre transporte;

c. O oficial de comunicações e eletrônica verifica os aspectos técnicos paraexploração dos sistemas de comunicações e de guerra eletrônica, bem como ainstalação dos sistemas nos novos Loc PCP.

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d. O destacamento precursor, compreendendo o oficial estacionador decada PC (S1 e S2) , o elemento de segurança, os guias, o oficial de comunicaçõese eletrônica e as praças auxiliares escolhidas, deslocam-se para o novo local geralonde cada oficial estacionador escolhe a localização exata de seu respectivo PC.Depois de escolhido o local exato e designado o local da respectiva instalação,cada oficial estacionador coloca guias para orientar os elementos que chegampara as suas áreas. Quando todas as providências tiverem sido tomadas, asantigas instalações do PC devem ser notificadas.

e. As instalações do Posto de Comando deslocam-se, normalmente, emdois escalões, a fim de assegurar um contínuo controle das operações. Normal-mente, o primeiro escalão inclui o comandante, o S2, o S3, o CAF, o pessoal deligação e as praças designadas. Este escalão desloca-se para a nova área eprepara-se para operar. O segundo escalão continua a funcionar sob o controle dosubcomandante ou outro oficial designado pelo comando da unidade. O comandoda brigada e as unidades orgânicas, em reforço e em apoio devem ser informadosdo exato local e da hora de abertura do novo PC. Quando este ficar pronto paraoperar, o subcomandante deve ser informado. O novo PC é aberto simultaneamen-te com o fechamento do antigo. O segundo escalão, então, reúne-se ao primeiro.Deve-se providenciar guias nas antigas instalações a fim de Info o novo Loc PCP.

f. Quando o PCP se deslocar como um todo, o PCT deve ser Desd a fim deexercer o C² durante este deslocamento.

ARTIGO IV

SINCRONIZAÇÃO

2-8. GENERALIDADES

a. Sincronização é o arranjo das atividades de todos os sistemas operacionaisno tempo, no espaço e na finalidade, visando obter poder de combate “ vencedor”.Implica na judiciosa exploração do fator da decisão “ tempo”.

b. O objetivo é usar cada meio disponível onde, quando e da maneira quepossa melhor contribuir para obter a superioridade no local e momento decisivos.Inclui o efeito de emassar o poder de combate no ponto decisivo, embora não selimite a ele.

c. No ataque, um comandante sincroniza seus fogos de apoio com amanobra ao levar os fogos de seus morteiros e os da artilharia a bater armasinimigas de fogo direto enquanto manobra suas subunidades, rapidamente, emdireção ao flanco ou à retaguarda do inimigo.

d. A sincronização, usualmente, requer estreita coordenação entre várioselementos e atividades que participam de uma operação. Contudo, por si só, essacoordenação não é garantia de sincronização, a não ser que o comandanteprimeiro visualize os efeitos desejados e qual a seqüência de atividades que osproduzirá.

2-7/2-8

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2-19

C 7-20

e. O estado-maior e demais comandantes subordinados precisam conhe-cer a intenção do comandante de Btl, pois são os que fazem uma grande partedo plano de sincronização acontecer. A sincronização deve estar sempre namente dos comandantes de qualquer escalão e, a partir daí, no planejamento ecoordenação de movimento, fogos e atividades de apoio. Ensaios são a chave parao êxito de operações sincronizadas.

f. A sincronização exige:(1) o perfeito conhecimento dos efeitos produzidos pelos diversos meios

de combate;(2) o conhecimento da relação entre as possibilidades do inimigo e das

forças amigas;(3) o domínio perfeito das relações entre o tempo e o espaço; e(4) a clara unidade de propósitos.

g. Ela acontece a partir da concepção da operação pelo comandante e seuestado-maior, quando estes planejam que ações a realizar e como estas açõesdevem ocorrer no tempo e no espaço, para atingir seu objetivo. Visa fazer com queos efeitos da ação de diversas forças se façam sentir de maneira total no momentoe no local desejados.

h. A sincronização dos sistemas de combate ocorre verticalmente, daBrigada para Unidade e através das SU e seus pelotões. Ela ocorre também,horizontalmente, entre as seções do estado-maior.

i. O Btl sincroniza suas operações:(1) assegurando-se que seus meios de inteligência de combate estão

ajustados às necessidades de seu comandante e que responderão à tempo deinfluenciarem nas decisões e na operação;

(2) determinando qual será o esforço principal e carreando os meiosnecessários para este elemento;

(3) coordenando a manobra com os meios de apoio ao combate e apoiologístico disponíveis;

(4) utilizando a estimativa logística para assegurar-se que os meiosnecessários estarão disponíveis e alocados;

(5) emassando rapidamente seu poder de combate no ponto decisivopara obter a surpresa, a massa e uma efetiva ação de choque , sem demoradasexplanações e expedições de ordens;

(6) planejando “à frente“, para explorar as oportunidades criadas pelosucesso tático;

(7) permitindo uma execução descentralizada das operações;(8) utilizando as ferramentas da sincronização; e(9) conduzindo ensaios de sincronização.

2-8

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C 7-20

2-20

2-9. FERRAMENTAS DA SINCRONIZAÇÃO

a. Matriz de sincronização(1) É um documento empregado pelo estado-maior na visualização e

ensaio de todas as ações a serem realizadas antes, durante e após o combate.Este documento não é padronizado, podendo ser adaptado ao sistema de trabalhodo estado-maior ou da operação a ser conduzida.

(2) A matriz de sincronização pode ser utilizada para suplementar o calcode operações e ordens verbais. O seu preenchimento não substitui a ordem deoperações para o cumprimento da missão.

(3) Em princípio, constitui-se numa planilha de dupla entrada onde, nacoluna vertical são lançados a situação do inimigo, todos os sistemas operacionaise outros dados essenciais à operação (ações de dissimulação e simulação doescalão superior, etc) e, na coluna horizontal, são lançados o tempo ou ofaseamento da operação. É feita uma interação destas duas colunas, reagindo-se cada sistema com o inimigo dentro do faseamento da operação/tempo,considerando-se a interferência do terreno, das condições climáticas, e de outrosdados que poderão influir no cumprimento da missão.

(4) O quadro a seguir apresenta um exemplo de matriz com os principaiselementos a serem observados na sincronização de cada sistema operacional.Conforme a operação considerada, alguns elementos podem ser incluídos ouretirados. No preenchimento da matriz deve-se procurar o maior detalhamentopossível das ações dentro de cada sistema, a fim de que a sincronização dosmesmos possa ser rigorosamente observada.

2-9

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2-21

C 7-20

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2-9

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C 7-20

2-22

b. Planilhas de acompanhamento do combate - É um documento detrabalho empregado pelas seções de estado-maior e elementos de apoio aocombate e logístico. Nestas planilhas são sintetizadas as ações, atividades eatuações de cada sistema de combate, visando a facilitar o acompanhamento dasações e a realização do estudo de situação continuado e planejamentos deledecorrentes.

c. O emprego destas planilhas permite maior rapidez na introdução decorreções no planejamento inicial, que se fizerem necessárias durante o combate.

2-10. PROCESSO DE SINCRONIZAÇÃO

a. A sincronização possui três fases distintas:(1) a sincronização realizada durante o planejamento da operação;(2) a sincronização do ensaio da operação; e(3) a sincronização durante o combate.

b. A sincronização da manobra, do apoio ao combate e do apoio logísticorealizada durante a fase de planejamento inicia-se na análise das linhas de açãoopostas (jogo da guerra), onde são elaboradas matrizes de sincronização paracada linha de ação levantada. Nessa fase são planejadas as ações a realizar ecomo estas ações irão ocorrer. Da mesma forma, podem ser elaboradas matrizesespecíficas para sincronizar as ações de determinados eventos críticos levanta-dos (desencadeamento de uma área de engajamento, execução de uma incursão,etc).

c. Após a emissão da ordem de operações, é realizado um ensaio daoperação, conduzido pelo subcomandante e com a presença do estado-maior,comandantes de SU, elementos de reconhecimento, de apoio de fogo orgânicose os elementos em apoio ou em reforço. Nesse ensaio todas as ações previstaspara o combate são interagidas com a provável atuação do inimigo, possibilitandoa introdução de modificações que venham contribuir para a execução doplanejamento inicial. Sua finalidade, além de ajustar o planejamento, é garantirque todos os elementos do estado-maior, comandantes de SU, elementos deapoio ao combate e apoio logístico conheçam a intenção do comandante,compreendam o conceito da operação, saibam o que fazer em todas as fases docombate e qual a missão de todos os elementos subordinados.

d. O ensaio tem início com o S2 expondo todos os dados e conhecimentosdisponíveis sobre o terreno, as condições meteorológicas e o inimigo e de queforma se espera que interfiram na operação. Em seguida e para cada fase daoperação, os oficiais responsáveis pelos sistemas operacionais (inteligência,manobra, apoio de fogo, mobilidade, contramobilidade e proteção, comando econtrole, logística e defesa antiaérea) e os comandantes subordinados expõemcomo o seu sistema atuará durante a fase considerada. O S2 passa a atuar comose fosse o comandante inimigo (com base nos dados e conhecimentos disponí-veis sobre efetivos, equipamentos, doutrina, etc), interferindo na explanação decada responsável por sistema de combate, procurando neutralizar o planejamento

2-9/2-10

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de cada um destes sistemas, levando o estado-maior a buscar alternativas paraa interferência inimiga, ajustando o planejamento inicial. Ao final do ensaio e tendocerteza da viabilidade da operação e de que todos sabem o que fazer, osubcomandante dá por encerrada esta fase da sincronização e informa aocomandante de Btl os resultados obtidos, se este não tiver acompanhado oensaio.

Ao iniciar-se o combate, o subcomandante passa a conduzir a terceira faseda sincronização, no COT do PCP. Ele mantém-se informado da situação táticae logística, do escalão superior e elementos vizinhos, realizando um estudo desituação continuado, com o apoio do S2 e dos demais elementos do estado-maior,quando necessário. Com base nesse estudo de situação ele introduz modifica-ções no planejamento inicial, após contato com o comandante, agilizando aresposta dos elementos necessários, face à mudança da situação tática oulogística.

ARTIGO V

AÇÕES DE COMANDO E ESTADO-MAIOR

2-11. GENERALIDADES

O comandante emprega seu estado-maior em todas as ações de comando.O S3 é o oficial de estado-maior mais intimamente relacionado com as operações,sendo o responsável pelas propostas de emprego da unidade. Os demais oficiaisdo estado-maior participam ativamente dos estudos de situação, na esfera desuas atribuições (Ver memento do estudo de situação no Anexo B).

2-12. SEQÜÊNCIA DAS AÇÕES PARA A TOMADA DE DECISÃO

Em princípio, a seqüência das ações que orientam o emprego de umbatalhão, a partir do recebimento da missão é a seguinte:

2-10/2-12

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C 7-20

2-24

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1ª Reunião

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MISSÃO

NOVOENUNCIADO

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DO COMANDANTE

2-12

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2-25

C 7-20

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SITUAÇÃO ELINHAS DE

AÇÃO

ANÁLISEDAS LINHAS

DE AÇÃOOPOSTAS

COMPARAÇÃODAS LINHAS

DE AÇÃO

DECISÃO

PREPARAÇÃODE PLANOSE ORDENS

2ª Reunião

2-12

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C 7-20

2-26

2-13. CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE SITUAÇÃO

a. O estudo de situação é um processo lógico e continuado de raciocínio,pelo qual o comandante ou um oficial do estado-maior considera todas ascircunstâncias que possam interferir no cumprimento da missão.

b. Qualquer operação deve ter sempre um objetivo definido. A missão de umcomandante, recebida através de ordens e instruções do escalão superior, oudeduzida da situação, requer o estabelecimento de linhas de ação bem definidas.A determinação da linha de ação mais conveniente constitui a finalidade do estudode situação.

c. O estudo de situação deve ter uma seqüência lógica (ver memento doestudo de situação no Anexo B). Os fatores para esse estudo basicamente sãoos seguintes:

(1) Missão - É a base do processo. Ao realizar um estudo de situação,deve-se analisar a missão.

(2) Inimigo - Todas as informações disponíveis sobre o inimigo devem serconsideradas.

(3) Terreno e condições meteorológicas - Devem ser considerados, parao estabelecimento da melhor linha de ação:

(a) os corredores de mobilidade e as vias de acesso;(b) a observação;(c) os campos de tiro;(d) as cobertas e os abrigos;(e) os obstáculos;(f) os acidentes capitais;(g) outros aspectos (Fx Infl, rotas de Aprx Ae);(h) os efeitos do terro e das condições meteorológicas.

(4) Meios disponíveis - Referem-se a todo o poder de combate disponívelpara o batalhão, incluindo os elementos de manobra, apoio de fogo, o apoiologístico, os elementos em reforço e em apoio, bem como os elementos sob

2-12/2-13

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APROVAÇÃODE PLANOSE ORDENS

SUPERVISÃO

EXPEDIÇÃODE PLANOSE ORDENS

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2-27

C 7-20

controle operacional do batalhão.(5) Tempo - É o que torna possível realizar alguma estimativa da operação

e efetivar qualquer sincronização no campo de batalha. Os fatores a considerarsão, por exemplo:

(a) destinação de 1/3 do tempo para o planejamento do batalhão e de2/3 para os elementos subordinados;

(b) tempo de deslocamento da Z Reu até a zona de ação e da LP atéos objetivos do batalhão;

(c) tempo de retardamentos;(d) tempo determinado para manter um acidente capital;(e) momentos decisivos e tempos de reação;(f) tempo de destruição do inimigo durante o assalto, considerando

o tamanho do objetivo e o valor do poder de combate do inimigo;(g) tempo para preparação da P Def; e(h) tempo previsto para abordagem da P Def pelo inimigo.

OBSERVAÇÃO: tempo e espaço estão relacionados e avultam de impor-tância quando houver diferença de velocidade e mobilidade entre os elementos demanobra do batalhão.

d. O comandante, de qualquer escalão, não pode prescindir do conheci-mento da intenção dos comandantes de dois escalões acima. Isso fará com queele saiba como conduzir as operações até o final da missão, mesmo que haja ainterrupção do sistema de comando e controle das tropas amigas ou surjamoportunidades inopinadas. Em outras palavras, significa estar em condições deoperar independentemente em ambiente hostil e cumprir, com êxito, a missãorecebida, a despeito de qualquer óbice que possa surgir.

É importante que se entenda que a intenção do comandante não é umareprodução do conceito da operação. Deve expressar a visualização do coman-dante de como a unidade, ou o escalão considerado, operará no cumprimento damissão com relação ao inimigo, ao terreno e à situação final desejada.

Sendo assim, a expedição da intenção do comandante proporciona aosescalões subordinados o pleno exercício da iniciativa, sobretudo quando oportu-nidades inopinadas surgirem ou o conceito da operação original não puder sermais aplicado.

ARTIGO VI

INTELIGÊNCIA

2-14. GENERALIDADES

a. A Atividade de inteligência divide-se em dois ramos: inteligência e contra-inteligência. No nível U, o S2 é o responsável pelo planejamento das ações queestão inseridas nestes ramos, bem como pela sua coordenação com as açõesdos escalões superiores.

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C 7-20

2-28

b. Todo o trabalho do oficial de inteligência (S2) é desencadeado, em últimaanálise, com a finalidade de determinar quais as linhas de ação a serem adotadaspelo inimigo e suas vulnerabilidades, bem como os efeitos das condiçõesmeteorológicas e do terreno sobre as operações. Para tanto, a atividade doSistema Operacional Inteligência é materializada em um ciclo contínuo de reuniãoe análise de dados, denominado CICLO DA INTELIGÊNCIA.

2-15. O CICLO DA INTELIGÊNCIA E O PLANEJAMENTO DO ESFORÇO DEBUSCAa. O planejamento e a condução de uma operação caracterizam-se pela

existência de sucessivas decisões, em um processo cíclico e contínuo no tempo.O suporte adequado a essas decisões requer do S2 permanente acompanhamen-to da situação, o que será efetivado através de um oportuno e racional empregodos meios de busca à sua disposição. Esta sistemática, que permite a eficazprodução de conhecimentos a serem utilizados pelos usuários em operações,denomina-se ciclo da inteligência.

b. Planejar quando, onde e através de que elementos serão obtidos osdados ou conhecimentos necessários à geração do ciclo da inteligência - ochamado esforço de busca - é atribuição do S2.

c. Em última análise, todo o ciclo depende de buscas bem planejadas eexecutadas a contento, realimentando permanentemente o processo e garantindouma contínua produção de novos conhecimentos. A Fig 2-1, caracterizando oroteiro geral de trabalho do S2, resume o ciclo da inteligência e mostra onde seenquadra o planejamento do esforço de busca.

Fig 2-1. Roteiro geral de trabalho do oficial de inteligência

2-14/2-15

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C 7-20

d. O problema inicial do esforço de busca é determinar os conhecimentosnecessários à formulação de uma base para decisões e planos táticos futuros. Aseguir, deve-se listar as manifestações das atividades inimigas ou as caracterís-ticas da região de operações que apóiem a adoção ou rejeição de umapossibilidade. Prossegue-se relacionando conhecimentos específicos, preparan-do pedidos de busca (para outras agências de inteligência) ou mensagens deacionamento (aos elementos de busca orgânicos) relativos às características,localização ou atividades inimigas, bem como às condições meteorológicas ou aoterreno.

e. Em conseqüência, o planejamento do esforço de busca compreende:(1) determinação das necessidades de inteligência (NI): é de responsa-

bilidade do comandante da unidade, sendo que o oficial de inteligência normal-mente apresenta-lhe uma proposta. As NI são caracterizadas por elementosessenciais de inteligência (EEI) e por outras necessidades de inteligência (ONI),sendo formuladas após a análise da missão e difundidas ao oficial de inteligênciaatravés das diretrizes de planejamento;

(2) análise das NI para determinar as atividades do inimigo e ascaracterísticas particulares da área de operações que respondam às necessida-des estabelecidas;

(3) transformação dos desdobramentos das NI em pedidos de busca e/ou mensagens de acionamento;

(4) seleção dos meios disponíveis para a busca;(5) reunião e análise dos dados recebidos e(6) difusão dos conhecimentos produzidos.

f. Após analisar as NI e seus desdobramentos, o S2 procura respondê-losutilizando os dados e/ou conhecimentos já disponíveis (banco de dados). Casoesses conhecimentos não estejam à sua disposição, ele utiliza o plano de buscacomo instrumento na coordenação e integração do esforço de busca. O plano debusca (Fig 2-3) é um documento interno da 2ª Seção que registra as NI e seusdesdobramentos não atendidos pelo banco de dados e que, por conseqüência,devem ser solicitados às agências ou elementos disponíveis. Normalmente elecobre toda uma operação, sendo necessária sua constante atualização de acordocom a evolução da situação.

2-15

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C 7-20

2-30

Fig 2-3. Modelo de um plano de busca de batalhão

g. Na seleção dos meios ou elementos de busca, o S2 deverá atender aquatro princípios: capacidade, adequabilidade, multiplicidade e equilíbrio. Serãorelacionados não só os elementos disponíveis na composição de sua unidade,mas também aqueles não orgânicos, aos quais serão remetidos pedidos de busca(PB).

h. Os meios ou elementos de busca de que dispõe o comando estãorelacionados com as fontes humanas, de sinais e de imagens. Assim, no escalãobatalhão, podem normalmente ser acionados e/ou empregados:

2-15

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(Classificação Sigilosa)

UnidadeLocalGp Data/HoraNr Rfr

Plano de Busca Nr______

Período De a (8)

(a)________________________Ch 2ª Sec

(Classificação Sigilosa)Legenda:

(1) Transcrição das NI (EEI e ONI), enunciadas na forma de perguntas.(2) Relação dos desdobramentos dos EEI e das ONI, como resultado do

trabalho de análise do S2.(3) Registro dos aspectos solicitados às AI e elementos disponíveis, por

intermédio de pedidos de busca (PB) ou mensagens (utilizar enumeraçãoseqüencial, independentemente de ser EEI ou ONI).

(4) Relação de todas as agências de inteligência e dos elementos disponíveisa serem acionados.

(5) Registro do número do PB ou da mensagem expedidos.(6) Registro do prazo estipulado para resposta (princípio da oportunidade).

Quando omitido, significa que as respostas devem ser difundidas imediatamente.(7) Registro livre, a cargo do S2. Dados relativos ao trabalho de busca e notas

para ações futuras.(8) Dia, mês e ano.

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C 7-20

(1) subunidades ou elementos subordinados orgânicos ou em reforço;(2) elementos de reconhecimento do batalhão (Tu Rec / Gp S2 ou Pel

Rec);(3) agências de inteligência de elementos vizinhos ou em contato e(4) a agência de inteligência do escalão superior.

i. Excepcionalmente, se a sensibilidade do dado a ser buscado assim orequerer, elementos do Gp Op Intlg do G Cmdo ou da GU enquadrante poderãotambém ser passados em reforço ou em apoio direto às SU, para que acompa-nhem as patrulhas de reconhecimento por elas lançadas.

j. No escalão batalhão, mesmo não possuindo órgãos de busca à suadisposição (Cia Intlg e Gp Op Intlg), o Cmt disponibilizará os EEI na ordem deoperações (no item “prescrições diversas”) e empregará todos os seus meiosdisponíveis para reunir dados e conhecimentos. Desde que não afete suasmissões de combate prioritárias, as SU e demais frações (seus meios de buscaorgânicos) poder-se-ão deparar - já em curso de operações - com a oportunidadede buscar diversos dados importantes. Essa busca é consonante com o Princípioda Continuidade da inteligência de combate, realimentando permanentemente ociclo. Estando esses aspectos enunciados sob a forma de EEI, sua compreensãoserá facilitada e abrangente. Seguindo esse raciocínio, ao distribuir ao batalhãoum EEI oriundo da Bda, o Cmt o fará adaptando-o ao seu escalão.

k. As necessidades de inteligência (EEI e ONI) corretamente formuladasdevem atender aos seguintes critérios:

(1) proporcionar dados/conhecimentos requeridos para apoiar uma únicadecisão;

(2) responder a somente um questionamento, preferencialmente com“sim” ou “não”;

(3) estar focado em um fato, evento ou atividade específicos;(4) ser sensível às evoluções do combate, adaptando-se às modificações

na linha do tempo estabelecida.

2-16. RECONHECIMENTO

a. O reconhecimento é a operação conduzida em campanha através doemprego de meios terrestres e aéreos, objetivando a obtenção de dados sobre oinimigo e a área de operações. Esses meios podem utilizar-se de artifícios visuaisou de quaisquer outros métodos de aquisição de alvos, tais como: exploraçõeseletromagnéticas, sensoriamento remoto, imagens de satélites, fotografias aére-as, veículo aéreo não tripulado, radar de vigilância terrestre, dentre outros meios.

b. As missões de reconhecimento representam o principal vetor operacionaldo Sistema de Inteligência. São os instrumentos que permitirão ao S2 buscar osdados necessários ao seu estudo de situação, quer para resposta aosquestionamentos iniciais, quer para a constante realimentação do ciclo dainteligência.

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c. Os reconhecimentos são executados antes e durante todas as opera-ções de combate, a fim de obter dados para o Cmt Btl e seu estado-maior,particularmente o oficial de inteligência. Estes dados, uma vez processados,serão utilizados para confirmar, modificar ou formular determinado planejamento.

d. O reconhecimento tem influência sobre o sucesso de todas as operaçõesmilitares. Um Cmt necessita de dados sobre o terreno, as condições climáticase meteorológicas, bem como sobre a localização, efetivo, organização, disposi-tivo, atividades e condições do inimigo.

e. As operações de reconhecimento ocorrem de acordo com a situaçãotática, com as condições da região de operações, com as missões atribuídas ecom o tipo e valor dos elementos que irão executá-las. Assim sendo, torna-seimprescindível a análise dos fatores da decisão quando este tipo de operação tiverque ser planejada.

f. Na execução das missões de inteligência, o S2 é o responsável peloadestramento, planejamento e supervisão do emprego das frações de reconheci-mento do Btl, cabendo-lhe a orientação final às patrulhas.

g. O S2 e o S3 são os responsáveis pela coordenação e direcionamento doesforço de busca da unidade. Esse esforço deve primar por um emprego racionaldos elementos de reconhecimento à sua disposição, orientando-os ao atendimen-to das Necessidades de Inteligência (NI) levantadas pelo Cmt.

h. Os dados obtidos, uma vez processados, produzirão conhecimentos, osquais permitirão ao comando interessado o planejamento e a condução de suamanobra.

i. Esses dados incluem todas as observações, documentos, fotos, mate-riais, diagramas, cartas e relatórios de qualquer espécie que possam contribuirpara o conhecimento de determinado assunto.

j. A Força Aérea e a Aviação do Exército proporcionam o reconhecimentoaéreo e constituem excelentes meios que irão suplementar o reconhecimentoterrestre.

2-17. ESTUDO DE SITUAÇÃO DE INTELIGÊNCIA (PITCI)

a. O ESTUDO DE SITUAÇÃO DE INTELIGÊNCIA é parte integrante da1ª fase do ciclo da inteligência (Fig 2-2). Na prática, não existe uma separaçãotemporal entre ambos. Dentro das normas de comando (POREOF), ao término doreconhecimento e início dos estudos de situação dos elementos do EM, o S2inicia o seu estudo e, simultaneamente, estará dando a partida no ciclo dainteligência. Caso precise apenas coletar todos os conhecimentos que atendamàs NI do seu escalão, seu trabalho será bastante facilitado. Entretanto, podemosafirmar que quase nunca isso será possível. Na maioria das vezes ele terá, de fato,que planejar e executar seu esforço de busca.

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b. O ESTUDO DE SITUAÇÃO DE INTELIGÊNCIA é operacionalizadoatravés do PROCESSO DE INTEGRAÇÃO TERRENO, CONDIÇÕESMETEOROLÓGICAS, INIMIGO (PITCI), de responsabilidade do S2. Esse oficial,em estreita ligação com o oficial de operações, reúne e analisa os dadosdisponíveis, assinalando as deficiências do inimigo e as características da áreade operações que possam ser, vantajosamente, exploradas por nossas forças.

c. As conclusões resultantes do PITCI servirão de apoio à decisão docomandante, particularmente quanto às restrições ao movimento e às linhas deação do inimigo. Ao levantar essas linhas de ação, o S2 procura identificar a maisprovável de ser adotada e aquela considerada mais perigosa.

d. Linha de ação é uma maneira lógica e viável de atuação do inimigo.

e. LINHA DE AÇÃO MAIS PROVÁVEL é aquela que, após montada edetalhadamente analisada por parte do oficial de inteligência, tem sua execuçãoconsiderada como de maior probabilidade de adoção pelo inimigo. Para essaanálise, são levados em consideração, principalmente, os seguintes fatores:

(1) as suas vulnerabilidades;(2) a coerência com a doutrina inimiga conhecida (matrizes doutrinárias);(3) a capacidade de execução por parte do inimigo;(4) os indícios atuais do inimigo;(5) os efeitos do terreno sobre a L Aç;(6) o tempo e espaço disponíveis para a execução por parte do inimigo;(7) o risco de executá-la versus os meios disponíveis por parte do inimigo;(8) a busca da surpresa por parte do inimigo e(9) o grau de conhecimento da nossa situação por parte do inimigo.

f. Entende-se por LINHA DE AÇÃO MAIS PERIGOSA aquela cuja adoção,apesar de não ser a mais provável, pode desequilibrar decisivamente o poderrelativo de combate em proveito do inimigo, quer pelos meios empregados, querpelos princípios de guerra, técnicas, táticas ou procedimentos utilizados.

g. Em função do fator TEMPO, o oficial de inteligência estabelecerá onúmero de linhas de ação inimigas a serem montadas e analisadas.

h. Quando o S2 dispuser de pouco tempo e puder determinar somente duaslinhas de ação do inimigo, estas deverão ser a LINHA DE AÇÃO MAIS PROVÁ-VEL e a LINHA DE AÇÃO MAIS PERIGOSA.

i. Quando forem determinadas mais do que duas linhas de ação, a definiçãoda linha de ação mais perigosa ocorrerá após a tomada de decisão do Cmt U, frutoda análise de linhas de ação opostas (JG). Isto se deve ao fato de que para cadauma das nossas linhas de ação poderá haver uma linha de ação inimiga maisperigosa diferente.

j. Devido à grande importância da determinação e difusão da LINHA DEAÇÃO MAIS PROVÁVEL e da LINHA DE AÇÃO MAIS PERIGOSA do inimigo, oS2 do batalhão deverá trancrevê-las para a ordem de operações (último item doparágrafo 1. SITUAÇÃO), consubstanciando e difundindo adequadamente o

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trabalho de análise de inteligência (ver Anexo C).

l. Para verificar as demais considerações acerca do Sistema de Inteligên-cia, particularmente quanto ao Processo de Integração Terreno, CondiçõesMeteorológicas, Inimigo (PITCI), consultar as IP 30-1 - A Atividade de InteligênciaMilitar e o C 101-5 - Estado-Maior e Ordens.

2-18. CONTRA-INTELIGÊNCIA

a. Na condução de suas atividades o S2 planeja, em coordenação comoutros oficiais do estado-maior, medidas que protejam e salvaguardem asoperações contra as atividades de inteligência do inimigo. Assim sendo, umESTUDO DE SITUAÇÃO DE CONTRA-INTELIGÊNCIA deve ser realizado parale-lamente, definindo as providências quanto à segurança orgânica da unidade.

b. O segmento SEGURANÇA ATIVA da contra-inteligência (contrapro-paganda, contra-sabotagem, contraterrorismo, contra-espionagem e desinfor-mação) é conduzido pelos escalões mais elevados, pois a 2ª seção do batalhãonão dispõe de pessoal e meios para conduzir o ramo contra-inteligência na suaabrangência. Assim sendo, ao escalão Btl cabe conduzir apenas o segmentoSEGURANÇA ORGÂNICA (pessoal, áreas/instalações, documentação/material,comunicações e informática), sendo isso realizado quase que implicitamente,através de todos os integrantes da unidade, principalmente por meio de:

(1) forças de proteção e segurança;(2) defesa de área de retaguarda;(3) medidas de proteção eletrônica;(4) camuflagem;(5) patrulhas de ligação;(6) PV/PE;(7) disciplina de luzes e ruídos;(8) controle de trânsito;(9) censura;(10) reconhecimentos;(11) manutenção da fisionomia da frente; e(12) outras.

c. Maiores considerações a respeito poderão ser encontradas nas IP 30-3(RAMO CONTRA-INTELIGÊNCIA).

d. O item contra-inteligência constitui um parágrafo do anexo de inteligên-cia. Quando este não for confeccionado, o S2 fará constar da ordem de operaçõesas prescrições julgadas convenientes para este fim.

e. O ramo-contra-inteligência compreende, ainda, as atividades de contra-reconhecimento.

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2-19. CONTRA-RECONHECIMENTO

a. Contra-reconhecimento é um conjunto de medidas, ações e técnicasdestinadas a negar aos elementos de reconhecimento inimigo dados sobrenossas tropas.

b. O C Rec é realizado através de medidas ativas e passivas. As medidasativas consistem do emprego de tropas com a finalidade específica de identificar,destruir ou neutralizar os meios de reconhecimento inimigo. Por outro lado, asmedidas passivas constituem-se de todos os procedimentos de segurançaorgânica adotados pela tropa com o intuito de dificultar o reconhecimento inimigo(camuflagem, disciplina de luzes e ruídos, MPE, etc).

c. As ações de contra-reconhecimento consistem basicamente na identi-ficação e destruição/neutralização dos Elm Rec Ini. A identificação poderá serrealizada através dos meios de busca empregados pelo Btl ou pela própria forçade contra-reconhecimento. A destruição/neutralização pode ser realizada pelaação da força de contra-reconhecimento ou pela realização de fogos (Mrt, Art, AvEx, F Ae, etc).

d. Qualquer que seja a operação executada, as tropas empregadas nasações de contra-reconhecimento podem receber missão de natureza ofensiva,procurando deliberadamente o contato com os elementos de reconhecimentoinimigo para sua destruição ou neutralização; ou de natureza defensiva, procuran-do evitar que os elementos de reconhecimento inimigo penetrem em determinadasáreas ou partes da zona de ação.

e. O valor e a composição de força de contra-reconhecimento a serempregada serão previstos no planejamento da operação em função da análisedos fatores da decisão ¾ em particular do valor e da composição da força dereconhecimento inimiga e da maneira como esta realiza taticamente o reconhe-cimento ¾, bem como da diretriz do comandante.

f. O planejamento das ações de contra-reconhecimento deve ser feito peloS2, em coordenação com o S3, após o estudo do terreno e da análise das linhasde ação do inimigo. A força de contra-reconhecimento deve ser lançada à frente,sempre que possível, com antecedência tal que lhe permita atuar de maneiraeficaz contra os primeiros Elm Rec Ini. Suas missões devem ser claramentedefinidas, evitando-se a ação genérica de “realizar contra-reconhecimento”.

g. A força de contra-reconhecimento, em princípio, será apoiada por fogosde Mrt e Art. Quando necessário, e dentro da disponibilidade, poderá contar comarmas AC, CC, radar de vigilância terrestre e outros meios.

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CAPÍTULO 3

MOVIMENTOS PREPARATÓRIOS

ARTIGO I

GENERALIDADES

3-1. CONCEITOS

a. Os movimentos de tropa podem ser classificados em táticos e prepara-tórios ou administrativos.

b. Movimento Tático - Quando elementos ou forças militares deslocam-se sob condições de combate, com a finalidade de cumprir uma missão tática e,neles, as medidas de segurança constituem a principal preocupação. Osmovimentos táticos são realizados, normalmente, na Zona de Combate (Z Cmb)e terminam em uma Zona de Reunião (Z Reu).

c. Movimento Preparatório - É realizado quando o contato com forçasterrestres do inimigo não constitui ameaça, com a finalidade de facilitar a missãoque terá que ser executada posteriormente. Normalmente, é executado na Zonade Administração (ZA) e termina em uma Zona de Estacionamento (Z Estac).

d. Os movimentos de tropa, quer táticos ou preparatórios, são feitos pormeio de marchas motorizadas, por via fluvial ou marítima, por estrada de ferro, peloar ou qualquer combinação desses processos. Considerando que a doutrinamilitar terrestre preconiza a rapidez, um Btl realizará manobra a pé em operaçõesde forma eventual, no contexto de um movimento tático e a reduzida distância, nomáximo de 16 (dezesseis) km.

e. O processo utilizado depende da situação, do terreno a ser percorrido,do valor e da composição da unidade a ser deslocada, da distância a serpercorrida, da urgência de emprego, das condições da tropa e da disponibilidadee capacidade dos diferentes meios de transporte.

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f. Marcha - Movimento terrestre realizado por uma força, sob determinadascondições técnicas, táticas ou administrativas, utilizando seus próprios meios ououtros, sob seu controle.

g. Para conhecimento de outros conceitos, consultar os manuais C 25-10,C 21-18 e C 55-1.

3-2. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

a. Tendo em vista que os movimentos, preparatórios ou táticos, exigem aadoção de medidas administrativas, a seguir serão elencadas aquelas comuns atodos os tipos de movimento:

(1) organização da tropa em grupamentos de marcha (Gpt M) e unidadesde marcha (UM) para explorar, ao máximo, os meios de transporte;

(2) embalagem, marcação e carregamento do material da unidade;(3) reunião da tropa, deslocamento até o meio de transporte e designação

dos lugares dos homens;(4) prescrições para a alimentação, cuidados médicos e repouso durante

o deslocamento; e(5) reunião da tropa e do material no ponto de destino.

b. Algumas dessas medidas variam de acordo com os meios de transportea utilizar. Os pormenores peculiares aos diversos tipos de transporte são:

(1) movimentos em rodovias (normalmente motorizados) - A distribuiçãodas viaturas; as prioridades de deslocamento; a reunião e o embarque; a escolha,o balizamento e a manutenção das estradas; o controle do movimento e dotrânsito; as comunicações; o abastecimento e a manutenção das viaturas; aszonas de estacionamento e de evacuação dos doentes e feridos;

(2) movimentos em ferrovias - A organização dos documentos deembarque; a determinação do número e do tipo de comboios e vagões; o embarquedo pessoal, do material e das viaturas; o carregamento dos suprimentosespeciais; a ordem de urgência no embarque; a escolha das zona de embarque,de desembarque e de estacionamento; o controle do trânsito e dos pontos deregulação;

(3) movimentos aéreos - A designação de aviões para pessoal e material;a embalagem e o carregamento dos suprimentos e das bagagens; a escolha doscampos de embarque e de desembarque, das zonas de estacionamento e detransporte até o campo de embarque; a escolha de itinerários para o deslocamentoapós o desembarque;

(4) movimentos marítimos e fluviais - A determinação do tipo e dacapacidade dos meios de transporte a serem empregados; a quantidade e o tipode suprimentos para acompanhar a tropa; o processo de carregamento; oestacionamento das unidades; o deslocamento para os portos; a utilização dosmeios existentes no porto; a descarga; as provisões das unidades para ações noporto (perto e longe da praia).

c. O planejamento, a ordem para a sua execução e a conduta da marchaficarão sensivelmente facilitados pela adoção das normas gerais de ação (NGA),

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pois facilitam o cumprimento das fases administrativas do movimento. Essasnormas, em geral, são baixadas pela Bda ou pela divisão (Div), mas devem serdetalhadas no âmbito das unidades.

3-3. MOVIMENTOS EM RODOVIAS

a. O transporte motorizado é utilizado para obter-se rapidez e poupar atropa.

b. As marchas a pé são realizadas quando não se dispõe de viaturassuficientes para transportar o batalhão ou quando a distância a ser percorrida forreduzida (máximo de 16 km). A tropa também se desloca a pé quando a análisedos fatores da decisão contra-indicar o emprego de viaturas ou quando a marchafor feita como instrução.

c. A marcha por escalões será realizada quando as viaturas disponíveisforem insuficientes para transportar toda a unidade em uma só viagem. Nessecaso, o deslocamento poderá ser utilizado em duas ou mais viagens, em parte ouem todo o percurso.

d. Após a conclusão da análise da missão o comandante, expede umaordem preparatória às companhias e aos elementos à disposição, com o fim depermitir-lhes o máximo de tempo para os seus preparativos. Essa ordem conteráque, quem, quando, para onde e para que o movimento será executado.

e. Um Grupo de Itinerário (G Int) será organizado para realizar umreconhecimento do itinerário a ser percorrido, a fim de obter informaçõespormenorizadas sobre o mesmo, determinar o número de guardas e guiasnecessários para que o movimento ocorra com um mínimo de interferência elevantar a quantidade de trabalho de sapa indispensável à reparação de estradasou outras atividades específicas. Esse grupo compõe-se da Turma de Reconhe-cimento, de uma turma de trânsito e de elementos de engenharia.

f. A unidade poderá ser organizada em mais de um Gpt M, formado porunidade de marcha (UM) para fins de controle. As UM são constituídas de acordocom a missão do batalhão e a previsão do futuro emprego das companhias,mantendo os laços táticos e a disposição tática dos elementos constituintes.Normalmente, uma subunidade e/ou um conjunto de dez a vinte e cinco viaturasconstituem UM. (Fig 3-1)

g. A Ordem de Movimento, a ser elaborada, fixa itinerário, ponto de destino,horário, velocidade, formação, intervalos de tempo, organização da coluna eoutros pormenores de marcha que não estejam previstos nas NGA. As ordenspodem ser simplificadas pelo emprego de cartas, calcos e quadros de movimento.

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Fig 3-1. Um exemplo de marcha por escalão: o 1º Gpt M é motorizado e o2º Gpt M é a pé

3-4. CONTROLE DA COLUNA

a. Um comandante é designado para cada Gpt M ou UM. À frente (testa)de cada uma dessas frações desloca-se um oficial regulador, responsável,perante o comandante do grupamento, pelo deslocamento no itinerário determi-nado e na velocidade prescrita.

b. Os Gpt M e UM ficam separadas por Intervalos de Tempo (IT). Essesintervalos evitam que as tais frações cerrem umas sobre as outras, obstruindo aestrada. Os intervalos devem ser suficientes para que cada UM possa passar pelolocal de partida ou por uma obstrução na estrada, antes que seja alcançada poroutra. (Fig 3-1)

c. Postos de controle de trânsito (P C Tran), como os Postos de Bloqueioe Controle de Estradas (PBCE), são instalados ao longo do itinerário para exigira observância dos horários de marcha, transmitir ordens aos comandantes eoficiais controladores e para controlar o trânsito.

d. As sinalizações a braço e acústica podem ser empregadas no âmbito daUM. Deverá ser preparado e distribuído, com a ordem de movimento, um plano paraemprego do rádio entre os elementos da coluna. Durante o silêncio rádio hánecessidade de emprego de mensageiros. As mensagens podem ser entreguesaos comandantes de UM por ocasião de sua passagem pelos P C Tran.

3-5. EMPREGO DE MEIOS OPTRÔNICOS

a. Os meios optrônicos facilitam sobremaneira a coordenação e o controleda coluna em marchas noturnas ou realizadas sob condições de visibilidadelimitadas, contudo, a velocidade de deslocamento da unidade permanece comose ela não os estivesse utilizando.

b. Nas marchas motorizadas, estes meios são particularmente eficazes na

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condução das viaturas sob condições de escurecimento total. Para amenizar osefeitos da fadiga que esse tipo de equipamento provoca, pode-se adotar umsistema de rodízio de motoristas e chefes de viaturas, onerando a unidade ou,então, prever-se altos em que esses elementos retirem o equipamento e adotemmedidas para aliviar o estresse provocado pelo emprego contínuo dos meiosoptrônicos.

ARTIGO II

PLANEJAMENTO DAS MARCHAS

3-6. GENERALIDADES

a. Qualquer que seja o tipo de marcha, seu sucesso depende de umplanejamento detalhado, preciso e compatível com a tropa que irá realizá-la. Umarápida e eficaz concentração é essencial para qualquer operação militar, pois ummovimento bem planejado e executado coloca a tropa na zona de ação (Z Aç) nasmelhores condições possíveis para cumprir sua missão. Isso é conseguido graçasa uma cuidadosa coordenação, à permanente manutenção do controle, à unidadede comando e atendendo-se ao bem estar e conforto dos homens.

b. O planejamento da marcha é feito dentro de uma seqüência de atividadesque se assemelham às de outras operações militares, contudo, existem algumasparticularidades. (Fig 3-2)

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Fig 3-2. Seqüência de planejamento das marchas

b. Estudo de Situação de Estado-Maior(1) Objetivando apresentar linhas de ação para a decisão do comandante,

nessa fase são levantadas atividades relacionadas aos seguintes aspectos:(a) reconhecimento de itinerário;(b) segurança da marcha;(c) controle de trânsito, de acordo com o Plano de Circulação e

Controle de Trânsito do escalão superior;(d) comunicações e eletrônica;(e) logística; e(f) organização da coluna de marcha.

(2) Na elaboração das linhas de ação deverão ser considerados osseguintes fatores:

(a) formação da marcha - Ao se realizar o estudo de situação para omovimento, serão consideradas todas as circunstâncias que o envolvem, tais

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como a hora de realização, se diurno ou noturno, sua extensão, a possibilidadede atuação do inimigo aéreo, grau de controle e segurança compatível com ocumprimento da missão, tempo disponível, etc. Da apreciação dessas circunstân-cias será indicada a adoção de uma das seguintes formações: coluna aberta,coluna cerrada ou coluna por infiltração, na marcha motorizada, e, quando forimprescindível a realização da marcha a pé, coluna por um, por dois ou coluna portrês;

(b) itinerários disponíveis;(c) restrições - As restrições impostas pelo escalão superior podem

ser de dois tipos:1) restrição tipo hora - Determina que um ponto do itinerário só

pode ser utilizado até a hora determinada ou a partir de uma hora prevista;2) restrição tipo prazo - Impõe que um trecho ou ponto do itinerário

seja utilizado dentro de um espaço de tempo determinado.(d) profundidade da coluna ou elementos;(e) distância a percorrer;(f) velocidade;(g) tempo de percurso;(h) tempo de escoamento;(i) tempos mortos - Há que se considerar os altos, os tempos gastos

com manobra de viaturas ou qualquer outro em que não haja deslocamento.

c. Organização da Coluna de Marcha(1) Marchas motorizadas

(a) As viaturas estão mais sujeitas à variação de velocidade e àsparadas do que os elementos a pé. Estes possíveis retardamentos podem serreduzidos por meio dos reconhecimentos, dos planejamentos, da coordenaçãocom outras unidades que vão deslocar-se e pela manutenção do controle naestrada.

(b) Quando o batalhão se deslocar motorizado e for reforçado emviaturas, estas são recebidas pelo oficial de manutenção do batalhão e orientadaspara um ponto de reunião, onde serão divididas entre as companhias. Posterior-mente, o oficial de manutenção, auxiliado pelos guias da unidade, desloca-se atéa área de embarque. Os comandantes de companhia (Cmt Cia) são informadosdo número e da capacidade das viaturas distribuídas às suas subunidades equando e onde as mesmas passarão e seus controles. O material e os homensficam formados em grupos de embarque, para que este seja realizado comfacilidade e rapidez.

(c) Para a formação da coluna de marcha, as viaturas partirão coma necessária antecedência da área de embarque, a fim de poderem passar noponto inicial (PI) na hora prevista. As UM não devem permanecer na estradaaguardando a formação da coluna. Para reduzir a possibilidade de confusão e decongestionamento, um oficial do estado-maior, com autoridade para modificar ohorário, controlará a passagem no PI. Se houver necessidade de mudança nohorário, esse oficial informa, imediatamente, aos elementos interessados.

(d) Altos da coluna motorizada - Os altos podem ser feitos de acordocom as NGA da unidade que, normalmente, prescrevem o intervalo de tempo e a

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duração dos mesmos. Quando as condições exigem, os altos são feitos em locaispreviamente reconhecidos, onde as condições do terreno sejam favoráveis e asviaturas possam deslocar-se fora da estrada. Normalmente, a coluna pode fazertrês tipos de alto: (Fig 3-3)

1) o alto técnico (AT), com duração de 15 minutos, que deverá serrealizado após a primeira hora de marcha;

2) os altos periódicos (AP) para descanso da tropa, inspeção deviaturas ou outras providências de rotina. Com duração 10 minutos, ocorrem acada duas horas de marcha após o alto técnico; e

3) os grandes altos (GA) para refeição da tropa e/ou reabasteci-mento das viaturas, com duração prevista nas NGA ou na diretriz do comandante.

Fig 3-3. Os altos de uma marcha motorizada

- Por ocasião dos altos, as viaturas cerram umas sobre asoutras, a menos que as NGA determinem o contrário. Deve ser evitado interferên-cia no trânsito da estrada. Nos altos onde as viaturas não possam desimpedir aestrada, deverão ser colocados guardas na testa e na cauda da coluna para ocontrole do trânsito. Quando o pessoal desembarcar, deverá permanecer fora daestrada. Durante os altos, o elemento mais graduado de cada viatura escala umhomem, que não seja o motorista, para observar os sinais convencionadosemitidos pelo Cmt da unidade de marcha. Quando ocorrerem paradas nãoprevistas, cada comandante de unidade de marcha verifica suas causas e tomaas medidas apropriadas. Tais paradas, muitas vezes, ocorrem quando osmotoristas dormem durante retardos momentâneos nos deslocamentos à noite,sob condições de escurecimento ou quando, por engano, os motoristas confun-dem as viaturas de manutenção ou avariadas, paradas à sua frente, com a caudada coluna estacionada.

(2) Marchas a pé(a) Inicialmente, cabe considerar que um Btl realiza marcha a pé,

normalmente, como parte do seu preparo (instrução). Em operações, tal marchaocorrerá em determinadas situações e quando a distância for curta (até 16 km).

(b) Quando o batalhão realizar marcha a pé, significa que ocorreu umaredução de suas viaturas orgânicas, acarretando no transporte de parte dopessoal. O número de homens conduzidos nestas viaturas será limitado aomínimo necessário para o carregamento e a descarga das cargas prescritas, bem

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como para outros trabalhos administrativos no fim da marcha.(c) A velocidade de marcha será determinada pelo comandante da

coluna a pé e pode ser padronizada nas NGA da unidade. Essa velocidade,entretanto, poderá depender do terreno e das condições meteorológicas, dascondições da tropa, da extensão da marcha e da missão. A velocidade é mantidautilizando-se reguladores de marcha, que se deslocam à testa de cada UM.

(d) A marcha forçada será aquela em que a tropa marcha mais de oitohoras num período de vinte e quatro horas. O aumento da velocidade só seráadmissível em situações táticas excepcionais. A marcha forçada realizada por umlongo período, ou sob condições desfavoráveis, poderá reduzir sensivelmente aeficiência da unidade.

(e) Todos os elementos da coluna mantêm a formação determinada.O deslocamento dos comandantes fora da formação deve ser evitado, pois poderáacarretar acidente e prejudicar o trânsito da estrada. Durante as marchaspreparatórias, os comandantes, posicionam-se em local que permita controlar ecoordenar sua fração. As distâncias entre as subunidades não são rigidamentemantidas, sendo permitida uma pequena variação para compensar as mudançasde velocidade dentro da coluna.

(f) Os altos são, normalmente, prescritos nas NGA da unidade. Éaconselhável fazer-se um alto horário de 15 minutos, após os primeiros 45 minutosde marcha. Durante as horas sucessivas, a tropa marcha 50 minutos e descansa10 minutos. Um sinal de atenção deve ser dado um minuto antes da marcha serreiniciada. (Fig 3-4)

Fig 3-4. Os altos de uma marcha a pé

(3) Marcha por escalões - Será realizada quando o Btl não dispuser desuas viaturas orgânicas para deslocar todo seu efetivo de uma só vez. Nestasituação a quantidade de viaturas existente será empregada para transportá-lo emduas ou mais viagens, em parte ou em todo o percurso, podendo ser executadade acordo com um dos seguintes processos:

(a) totalmente motorizada - É aquele em que a força é transportadaem todo o percurso, em viagens sucessivas, do ponto inicial ao ponto de liberação;

(b) marcha mista - É aquela em que a premência do tempo disponível

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para o movimento impõe o deslocamento da força a pé em parte do percurso.Poderá ser executada em uma das seguintes formas:

1) deslocamento a pé no início da marcha, a partir do ponto inicial,enquanto aguarda a volta das viaturas empregadas na viagem anterior;

2) deslocamento a pé no final da marcha, quando parte da tropadesembarca aquém do ponto de liberação, num ponto de desembarque previa-mente escolhido, marchando a pé o restante do percurso. Esta última variantepode acarretar grandes dificuldades no que se refere ao transporte do material daunidade, tendo em vista seu traslado do ponto de desembarque até a zona deestacionamento.

3-7. MARCHA POR ESCALÕES TOTALMENTE MOTORIZADA

a. As viaturas disponíveis para o movimento transportam parte da força,enquanto o restante do efetivo permanece na área de embarque, aguardando oescalão de retorno. Na área de desembarque é constituído o escalão de retorno,formado pelas viaturas necessárias ao transporte dos elementos a pé quepermaneceram na área de embarque. O escalão de retorno volta à área deembarque e executa o transporte dos elementos que permaneceram.

b. Devem ser considerados os tempos mortos, representados por temposde desembarque, embarque e manobra, além da margem de segurança.(Fig 3-5)

Fig 3-5. Marcha por escalões totalmente motorizada

3-8. MARCHA POR ESCALÕES MISTA

a. Trecho a pé no início do percurso(1) Parte da força fará o deslocamento totalmente motorizado, em

primeiro escalão.(2) O grupamento a pé, após a saída do primeiro escalão, inicia a marcha

a pé até o ponto de embarque, de onde serão transportados pelo escalão deretorno, constituindo o segundo escalão.

(3) O ponto de embarque é determinado durante o planejamento damarcha.

(4) O escalão de retorno é organizado no ponto de liberação, após achegada do primeiro escalão.

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b. Trecho a pé no final do percurso(1) O primeiro escalão embarca e inicia o movimento, enquanto o

segundo escalão aguarda na área de embarque.(2) Quando o primeiro escalão atingir o ponto de desembarque, os

elementos que realizarão a marcha a pé, embarcados em viaturas de transporte,desembarcam e iniciam a marcha. Os elementos embarcados em outras viaturasprosseguem motorizados até o ponto de liberação.

(3) As viaturas utilizadas para o transporte dos elementos que realizarãoa marcha a pé, comporão o escalão de retorno.

(4) O segundo escalão, que permaneceu aguardando na área deembarque, embarca nas viaturas do escalão de retorno e é transportada totalmen-te motorizada até o ponto de liberação.

(5) O ponto de desembarque é determinado durante o planejamento damarcha.

c. Determinação do ponto de embarque ou do ponto de desembarque- Distâncias a serem consideradas:

(1) distância mínima - É a menor distância a ser percorrida peloselementos que marcham a pé, a fim de realizar todo o movimento dentro do tempodisponível. Neste caso, o ponto de embarque ou desembarque será calculado demodo a se situar o mais próximo possível do ponto inicial ou do ponto de liberação,respectivamente. Isto proporcionará um menor esforço aos elementos quemarcham a pé;

(2) distância mais eficiente - É a maior distância a ser percorrida peloselementos que marcham a pé, de tal maneira que estes e as viaturas que retornamestejam prontos no ponto de embarque ou no ponto de liberação, de acordo como processo escolhido, a mesma hora. Neste caso, o ponto de embarque ou dedesembarque é calculado de modo a se situar o mais próximo possível do pontode liberação ou do ponto inicial, respectivamente, acarretando maior esforço aoselementos que marcham a pé;

(3) distância intermediária - Esta distância é escolhida no próprioterreno, de acordo com o reconhecimento do itinerário, e deverá estar situada omais próximo possível do ponto médio entre as duas distâncias anteriores, emlocal que facilite a manobra das viaturas e o embarque ou desembarque dopessoal.

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ARTIGO III

ESTACIONAMENTO

3-9. GENERALIDADES

a. Área de estacionamento em campanha é o local onde as tropas sãoreunidas para repouso, reorganização ou instrução, ou, ainda, onde são mantidasas instalações de retaguarda. A área de estacionamento do batalhão é escolhidapela Bda e, normalmente, devem dispor de construções para o abrigo da tropa.Estas construções irão permitir maior proteção para a tropa, em relação àscondições climáticas e meteorológicas, e em relação aos meios de detecçãoinimigos.

b. É desejável que a ocupação de uma área de estacionamento sejarealizada durante à noite, com o objetivo de ocultá-la da observação aérea inimiga.Na obscuridade, esta operação torna-se particularmente difícil e penosa. Outrasmedidas, tais como dispersão e camuflagem (simulação e dissimulação), devemser tomadas para evitar a ação inimiga. Há, portanto, necessidade de umplanejamento detalhado do estacionamento a fim de facilitar uma instalaçãosegura, rápida e adequada para a tropa.

c. As unidades motorizadas e mecanizadas, normalmente, estacionampróximo de estradas, em áreas cobertas.

d. Não se pode estabelecer, precisamente, uma regra a observar na escolhada área e da forma de estacionamento. O que se visa na distribuição das tropasé dar o máximo de conforto ao pessoal e proteção ao material, de conformidadecom a situação tática e tendo em vista a operação subsequente. Sintetizando, osfatores da decisão condicionam a maneira de uma tropa estacionar.

3-10. FORMAS DE ESTACIONAMENTO

a. Acantonamento(1) Esta forma será, normalmente utilizada, a fim de evitar os meios de

detecções inimigos (radar de vigilância, VANT, satélite, etc) e atribuir maiorrapidez na ocupação e desocupação da área.

(2) A tropa ocupa edificações permanentes, alojando-se em casas eedifícios. Em regiões com aglomerações humanas é a melhor forma para instalara tropa, uma vez que permite uma maior comodidade para o pessoal e amplaproteção para o material.

(3) Na área reservada ao batalhão, o comandante distribui setores aoselementos subordinados, tendo o cuidado de designar, na medida do possível, osdois lados de uma mesma rua a uma única SU. Estes setores são balizados pormeio de tabuletas ou inscrições, que serão retiradas ou apagadas tão logo aunidade abandone o acantonamento.

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(4) Os trens da unidade, dependendo da situação e do terreno, estacio-nam reunidos ou são descentralizados. Os trens das SU estacionam, emprincípio, dentro de seu setor.

b. Acampamento - Nesta forma de estacionamento, que será utilizadaeventualmente, a tropa utiliza barracas e o material pesado é disposto sob ascobertas existentes. Nesta forma de estacionamento, o escalão enquadrantedeve reforçar o Btl com barracas.

c. Bivaque - Entende-se por bivaque a situação em que uma tropa se instalaao ar livre, sem abrigo ou sob abrigos improvisados. Em princípio, o bivaque deveser estabelecido aproveitando-se as cobertas e abrigos existentes e de modo afacilitar o controle da tropa.

3-11. ESCOLHA DAS ZONAS DE ESTACIONAMENTO

a. Cabe ao chefe do grupo de estacionamento a determinação do local doestacionamento. O conforto e as conveniências da tropa são atendidas não sópela proteção contra as intempéries, favorecida pelas construções existentes,coberturas ou meios improvisados, como também pelo trabalho judicioso dosestacionadores, que devem adaptar a área de estacionamento de forma a tirar omaior proveito dos recursos locais.

b. As características desejáveis de um estacionamento:(1) cobertas e abrigos;(2) espaço suficiente para permitir a dispersão do pessoal e das viaturas;(3) estar próximo de fonte de água;(4) suficiente rede de estradas e caminhos;(5) terreno que permita o movimento de viaturas através do campo;(6) obstáculos naturais que protejam a zona de estacionamento contra

o ataque de elementos blindados e mecanizados; e(7) atender às condições de higiene e salubridade.

c. Condições para a distribuição da tropa - A situação e a ação futuraprovável determinam as condições para a distribuição da tropa em um estaciona-mento.

(1) Quando o contato com o inimigo for remoto - As condições de marchae o conforto dos homens regulam as disposições para o estacionamento, que deveatender as seguintes condições:

(a) proporcionar conforto à tropa, exigindo, dentre outros, uma áreaampla;

(b) proximidade do itinerário de marcha, para facilitar o reinicio dodeslocamento;

(c) permitir que a tropa possa partir o mais cedo possível após orecebimento de ordens;

(d) facilitar o ressuprimento.(2) Quando o contato for pouco provável - A distribuição e ocupação tem

as seguintes condicionantes, para atender as necessidades táticas e de segurança:

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(a) adoção de um judicioso dispositivo de combate, ao qual sesubordinam as medidas de conforto;

(b) adoção de um dispositivo em que haja segurança em todas asdireções;

(c) os trens e as SU que não possuírem defesa própria ocupamposições à retaguarda, ocultas e dispersas.

(3) Quando o contato com o inimigo for iminente - As necessidades demedidas de combate regulam o estacionamento. Normalmente, a tropa permane-ce em Z Reu.

3-12. PREPARAÇÃO DO ESTACIONAMENTO

a. A preparação dos estacionamentos deve ser realizada minuciosamentee com antecedência, antes da chegada da tropa, a fim de evitar confusão naentrada, e mesmo no interior da Z Estac. O preparo do estacionamento inclui umasérie de medidas ou providências a serem adotadas pelo comandante da unidadee pelos elementos subordinados.

b. O reconhecimento e a preparação do local são da responsabilidade dosestacionadores, que devem receber do comandante da tropa certas prescriçõesespeciais relativas ao dispositivo das instalações da unidade. Após o recebimentoda ordem de estacionamento do escalão superior, o comandante, geralmente,estabelece as seguintes medidas:

(1) elaboração do plano provisório de repartição do estacionamento -Depois de um estudo rápido na carta, elabora o plano provisório de repartição doestacionamento, que deverá conter, entre outros, os seguintes elementos:

(a) indicações sobre a Z Estac atribuída à unidade e o local dorespectivo PC, obtidos na ordem de estacionamento do escalão superior edistribuídos ao chefe do grupo de estacionamento sob a forma de um calco;

(b) Z Estac atribuída a cada SU;(c) disposição dos elementos no interior do estacionamento, tendo

em vista o prosseguimento do movimento;(d) forma de estacionamento, se for o caso.

(2) definição das prescrições sobre a constituição do grupo de estacio-namento, que, normalmente, é integrante do destacamento precursor;

(3) estabelecimento de medidas de segurança a serem adotadas no esta-cionamento, tais como guarda interna, defesa anti-carro e defesa contra agentesQBN que possam interessar ao comandante do grupo de estacionamento;

(4) elaboração do plano de movimento dos estacionadores - Este planoé elaborado tendo em vista às restrições do escalão superior, as possibilidadesdo inimigo e os meios disponíveis. O plano deve conter os meios de transporte(número de viaturas e quem as fornece), local de reunião, hora de partida, itinerário,modo de deslocamento e outras medidas achadas necessárias;

(a) quando o contato com o inimigo for remoto, a preparação doestacionamento é realizada com a antecedência necessária e possível. Osestacionadores precedem a tropa, as zonas são delimitadas e os reconhecimen-tos são efetuados;

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(b) quando o contato com o inimigo for pouco provável ou iminente,via de regra, os estacionadores acompanham a vanguarda e, sob a proteção desta,preparam o estacionamento.

(5) Determinação e fornecimento de prescrições diversas:(a) hora e local para apresentação do relatório do chefe do grupo de

estacionamento;(b) hora em que a tropa deve atingir o ponto de liberação e o dispositivo

da tropa durante o movimento. Estes dados poderão ser fornecidos um pouco maistarde, tendo em vista a preparação do movimento.

c. Grupo de Estacionamento(1) Composição

(a) Cmt Pelotão de Comando, oficial estacionador, que supervisionaa ação do grupo;

(b) elementos do Pelotão de Comunicações;(c) elementos do Pelotão de Engenharia, que esteja em reforço ou em

apoio direto;(d) um oficial médico;(e) um sargento de cada subunidade;(f) guias; e(g) elementos encarregados dos trabalhos iniciais de preparação do

novo estacionamento.(2) O oficial estacionador do batalhão acompanha o oficial estacionador

da brigada e trabalha sob sua direção, quando for o caso. Subdivide a área deestacionamento e distribui os locais entre as companhias e o PC do Btl. Prescreveas medidas provisórias para o controle e a segurança interna da área. Organizaum calco consignando as subáreas e as instalações essenciais.

(3) O médico faz sugestões quanto à localização da cozinha e sanitários,bem como quanto a outros pormenores de higiene.

(4) O pessoal de comunicações do Btl e das SU preparam as instalaçõesde PC do Btl e das Cia, respectivamente.

(5) Terminado esse trabalho inicial, o oficial estacionador deve enviar aocomandante da unidade o seu relatório de estacionamento, caso haja tempo paraisso, acrescido dos pormenores resultantes do reconhecimento e das propostasque se fizerem necessárias. Pouco antes da chegada da tropa, trata de reunir osrepresentantes das companhias e dos elementos à disposição no ponto deliberação. As frações são conduzidas para os seus respectivos locais deestacionamento. Deverão ser evitados os congestionamentos e bloqueios deestrada. O oficial estacionador apresenta-se ao comandante ou ao subcomandantedo batalhão para informá-lo das medidas administrativas tomadas para a instala-ção do estacionamento.

d. Dimensões da zona de estacionamento(1) As dimensões da Z Estac devem resultar do balanço entre as

necessidades do comando e o espaço disponível. Os fatores determinantes sãoo número e tipo de viaturas existentes, o efetivo da unidade, cobertas e abrigos,obstáculos e rede de estradas disponíveis.

(2) Cálculo da área de estacionamento - A área mínima de estacionamen-

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to é calculada à base de pessoal ou de viaturas, dependendo da situação deconsiderar-se ou não a previsão de ataque aéreo inimigo.

3-13. SEGURANÇA NO ESTACIONAMENTO

a. Generalidades(1) A segurança constitui um conjunto de medidas adotadas por uma

tropa, visando proteger-se contra a inquietação, a surpresa e a observação doinimigo.

(2) Quando a aviação inimiga for a principal ameaça, as medidas desegurança devem ser reduzidas ao estritamente essencial. A segurança repousanas medidas passivas (disfarce, dispersão, aproveitamento de cobertas) e nasmedidas ativas postas em execução.

b. Medidas de segurança no exterior da zona de estacionamento(1) O estudo do terreno, no que pode favorecer ao inimigo, é a base da

segurança nos estacionamentos. Esse estudo é realizado em função daspossibilidades do inimigo. Quando se prevê incursões de elementos comacentuada mobilidade, o estudo do terreno prioriza às vias de acesso vindas dadireção do inimigo e certos acidentes importantes do terreno, com o objetivo debarrar essas vias de acesso, saídas das localidades, desfiladeiros e outrosconsiderados pertinentes.

(2) Em face da possibilidade do inimigo poder atuar rapidamente emvárias direções, a vigilância e a proteção imediata da tropa devem ser realizadasem todas as direções, com maior dosagem nas vias de acesso prováveis doinimigo.

(3) Quando há a possibilidade de intervenção de elemento terrestreinimigo, sobretudo blindados, a segurança repousa na utilização de postosavançados os quais cobrem os principais acidentes do terreno e prováveis vias deacesso do inimigo. Estes postos devem ser interligados por patrulhas móveis.

(4) O estacionamento sendo, em regra, a seqüência de um movimento,sua segurança imediata é, geralmente, fornecida pelas vanguardas, flancoguardase retaguardas que interpõem-se às direções perigosas, convertendo-se em postosavançados (P Avç), e pela adoção de um dispositivo adequado.

(5) Quando há maior possibilidade de ataque inimigo, os P Avç sãosemelhantes aos postos avançados de combate (P Avç C) da defesa em posição.

(6) Sintetizando, destacamentos de segurança denominados postosavançados, fornecidos, geralmente, pelos próprios elementos de segurança quecobrem a unidade durante o deslocamento (vanguarda, flancoguarda e retaguarda)realizam a proteção no perímetro externo à área de estacionamento.

c. Medidas de segurança imediata no interior da zona de estaciona-mento - A segurança no interior da zona de estacionamento é obtida pela adoçãode medidas ativas e passivas.

(1) Medidas ativas(a) Guarda interna - Para prover a segurança local em qualquer

Z Estac é estabelecida uma guarda interna para defender as instalações, alertar

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em caso de ataque aéreo, aeroterrestre, terrestre ou de agentes QBN e para fazercumprir as disposições adotadas sobre o trânsito, policiamento e camuflagem.Em território inimigo as guardas internas são reforçadas. Freqüentemente serãonecessários guardas adicionais para pontes e estações ferroviárias, instalaçõestelefônicas, telegráficas, de rádio e televisão e outros que se fizerem necessários.

(b) Segurança anticarro - As armas anticarro que não forem postasà disposição dos postos avançados são empregadas para cobrir as vias de acessoao estacionamento.

(c) Defesa antiaérea - A melhor defesa antiaérea é obtida por umarigorosa disciplina de circulação, pelo disfarce estabelecido em suas simplesminúcias e numa vigilância atenta, a fim de dar o alarme em tempo útil. As armasem posição não devem revelar, por tiro prematuro, a localização do estacionamen-to. Quando da aproximação do inimigo, a guarda dá o alarme e todas as medidasde defesa antiaérea são postas em ação.

(2) Medidas passivas - As medidas passivas consistem em aproveitarjudiciosamente as cobertas e abrigos existentes, a camuflagem e a dispersão. Aproteção individual, além de aproveitar as cobertas e abrigos existentes, seráassegurada, também, pela escavação de adequados abrigos individuais. Asbarracas não devem ser armadas quando isso possa revelar o estacionamento aaviação inimiga.

(3) Alerta - Devem ser previstos os responsáveis por alertar a tropa emcaso de ataque inimigo, fazendo soar o sinal de alerta. Caso o Cmt decida alertarsomente determinados elementos, notifica-os pelo meio mais rápido. Ao seremalertados, todos se mantêm em silêncio, devendo cada homem saber para aondeir e o que fazer.

3-14. CONTROLE DAS VIATURAS

As viaturas no interior da Z Estac são dispersadas e camufladas e as dasSU podem estacionar nas respectivas Z Estac ou permanecerem reunidas sob ocontrole do oficial de manutenção. As viaturas de bagagens e de cozinha sãoliberadas para as SU após a chegada às Z Estac. À noite, para evitar atropelamen-tos do pessoal em repouso, cada viatura que se desloca deverá ser precedida deum homem a pé.

3-15. AS COMUNICAÇÕES NO ESTACIONAMENTO

Normalmente, as comunicações no âmbito da Z Estac são feitas por ligaçãofio e por mensageiros a pé ou motorizado. Os rádios podem ser empregadosquando houver autorização para tal, principalmente os equipamentos de pequenapotência, mais adequados para não quebrar o sigilo, se for o caso.

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3-16. ABANDONO DO ESTACIONAMENTO

a. Uma série de providências são tomadas por uma tropa para o abandonodo estacionamento e retomada do movimento.

b. Se a partida for de madrugada, medidas para a preservação da disciplinade luzes e ruídos devem ser adotadas.

c. Todos os locais de privadas e detritos são fechados, retirados oscartazes, carregadas as viaturas e demovidos quaisquer indícios de presença datropa.

d. Quando a U abandona a Z Estac, deixa no local uma turma queinspeciona, corrige e anota todas as irregularidades constatadas. A turma deinspeção recolhe os papéis abandonados, verifica o recolhimento das latrinas, ofechamento dos depósitos de resíduos e informa, aos mensageiros retardatáriosde alguma missão externa, o local do novo PC. Posteriormente, esse destaca-mento segue a coluna, podendo ser empregado para recolher os guias, guardase balizadores deixados pela U.

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CAPÍTULO 4

OFENSIVA

ARTIGO I

GENERALIDADES

4-1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Somente a ação ofensiva conduz a resultados decisivos na guerra. É atravésdela que uma força mantém sua liberdade de ação, exercita a iniciativa de que édotada e impõe a sua vontade ao inimigo; explora as deficiências desse inimigoe as rápidas mudanças de situação; seleciona o local conveniente e o momentooportuno para o combate e enfrenta ocorrências imprevistas.

4-2. MISSÃO

a. A missão do Btl na ofensiva é cerrar sobre o inimigo para destruí-lo oucapturá-lo, empregando o fogo, o movimento e o combate aproximado.

b. Normalmente, o Btl recebe a missão da brigada, que define o objetivo parao qual o esforço deve ser orientado. As missões do batalhão são, em princípio,simples e específicas em termos de ações a serem realizadas.

c. O sucesso de uma ação ofensiva exige a concentração de um superiorpoder de combate no local e momento decisivos e a rápida aplicação desse poderpara destruir o inimigo.

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4-3. FINALIDADES

As operações ofensivas são executadas com uma ou mais das seguintesfinalidades:

a. destruir as forças inimigas;

b. conquistar acidentes capitais do terreno;

c. obter informações sobre o inimigo;

d. privar o inimigo de recursos que lhe sejam necessários; e

e. desviar a atenção do inimigo de outras áreas.

4-4. TIPOS DE OPERAÇÕES

Os tipos de operações ofensivas são os seguintes:

a. marcha para o combate;

b. reconhecimento em força;

c. ataque;

d. aproveitamento do êxito; e

e. perseguição.

4-5. FUNDAMENTOS DA OFENSIVA

a. Os fundamentos da ofensiva constituem a plena aplicação dos princípiosde guerra às situações de combate ofensivo e servem como um guia geral parao emprego da infantaria em operações dessa natureza.

b. Os fundamentos da ofensiva são:(1) estabelecer e manter o contato;(2) esclarecer a situação;(3) explorar as deficiências do inimigo;(4) controlar os acidentes capitais do terreno;(5) conservar a iniciativa;(6) neutralizar a capacidade de reação do inimigo;(7) progredir pelo fogo e movimento;(8) manter a impulsão do ataque;(9) concentrar um superior poder de combate em local e momento

decisivos;(10) aproveitar o êxito; e(11) manter a integridade e a segurança da força.

c. Para maiores esclarecimentos, consultar o manual C 7-1 - EMPREGODA INFANTARIA.

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C 7-20

ARTIGO II

MARCHA PARA O COMBATE

4-6. GENERALIDADES

a. Marcha para o combate é uma marcha tática executada por unidadesterrestres na direção do inimigo com a finalidade de estabelecer o contato ourestabelecê-lo, quando perdido, e/ou assegurar vantagens que facilitem asoperações futuras. Consiste, pois, para o Cmt Btl, em deslocar sua tropa de umaregião para outra, preservando continuamente a liberdade de ação, a fim de poderconcentrar os esforços, no momento oportuno e na região mais favorável, deacordo com a manobra que planejou.

b. Durante a realização de uma marcha para o combate, o Btl pode fazerparte do grosso, atuar como força de segurança (vanguarda, flancoguarda eretaguarda) ou deslocar-se isoladamente.

4-7. CLASSIFICAÇÃO

a. Quanto à segurança(1) Coberta - A marcha é coberta quando, entre o inimigo e a tropa que

a realiza, existe uma força amiga que lhe proporciona a segurança necessária. Asegurança será avaliada pela comparação do poder de combate da força inimigae da tropa interposta. Se esta tiver condições de retardar a força inimiga à frente,proporcionará uma segurança adequada. Normalmente é executada à noite,podendo no entanto, quando a situação tática exigir, ser realizada durante o dia.

(2) Descoberta - A marcha é descoberta quando não há tropa amigainterposta ou quando a segurança por ela proporcionada não for suficiente.Normalmente é executada durante o dia. Quando for executada à noite, devem sertomadas medidas especiais para permitir segurança e controle.

b. Quanto ao dispositivo(1) Coluna - Facilita o controle e proporciona flexibilidade, impulsão e

segurança ao deslocamento. Admite, como variante, o dispositivo em escalão, oque favorece o desenvolvimento para o flanco.

(2) Linha - Dificulta as mudanças de direção e restringe a capacidade demanobra, mas aumenta a rapidez de desdobramento e permite atribuir à força ummaior poderio de fogo à frente.

c. Quanto aos tipos de contato(1) Remoto - Situação em que o Btl não pode sofrer a ação terrestre do

inimigo. Isto acontece no trecho do percurso em que este último não tempossibilidades físicas de operar ou naquele em que essas possibilidades deoperação são anuláveis pelo Esc Sp.

(2) Pouco provável - É a fase de transição entre o contato remoto e ocontato iminente. Inicia-se a partir do momento em que o comandante do batalhãosente a necessidade de grupar taticamente a sua unidade e tem lugar,

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normalmente, numa região onde as possibilidades da ação do inimigo terrestreaumentam progressivamente. O término desta fase se dá quando o contato setorna iminente e se inicia o desdobramento do batalhão.

(3) Iminente - Situação em que o batalhão pode, a qualquer momento,sofrer a ação terrestre do inimigo e cerrar contato com ele, caso o inimigo já tenhaconcretizado a sua intervenção na zona de ação do batalhão ou esteja naiminência de fazê-lo. As informações oriundas dos elementos amigos, queoperam à frente do batalhão, ou da força aérea, serão os fatores básicos para adeterminação da iminência do contato. Pelo menos, o batalhão já deverá teratingido a zona batida pelos fogos do inimigo convenientemente desdobrado.

d. Quanto às formações(1) Coluna de marcha - Quando o contato é remoto, as medidas

administrativas prevalecem e o movimento é feito em coluna de marcha, disposi-tivo em que as unidades não necessitam ser grupadas taticamente e podemdeslocar-se por vários meios e por diferentes itinerários. Essa fase termina quandoo comando do batalhão reorganiza taticamente sua unidade para prosseguir nomovimento.

(2) Coluna tática - Quando o contato é pouco provável, prevalecem tantoas medidas táticas como as administrativas e o movimento é feito em colunatática. A tropa é grupada taticamente sem, no entanto, desdobrá-la. Essa fasetermina quando o batalhão inicia a marcha de aproximação, quando ocupa umaZ Reu ou quando for realizado um ataque.

(3) Marcha de aproximação - Quando o contato é iminente, prevalecemas medidas táticas e o movimento é feito em marcha de aproximação, situaçãoem que os elementos são grupados taticamente e desdobrados. A proteçãoproporcionada pelos elementos de primeiro escalão do Btl pode garantir o contatopouco provável para os demais elementos da tropa, que podem continuar odeslocamento em coluna tática. Essa fase termina quando o contato com oinimigo terrestre for estabelecido ou for realizado um ataque.

4-8. TRABALHO DE COMANDO

a. Estudo de Situação(1) Missão

(a) A finalidade da missão que comporta a realização de uma marchapara o combate pode ser de natureza ofensiva ou defensiva, impondo, normalmen-te, a conquista de determinada região do terreno, com a possibilidade deinterferência do inimigo durante a execução do deslocamento necessário paraatingi-la.

(b) Nas missões de natureza defensiva, não estará excluída apossibilidade de serem necessárias ações ofensivas para atingir a região adefender.

(c) Não há missão específica de marcha para o combate. A missãoserá a conquista ou a manutenção de determinada região afastada daquela ondese encontra a tropa executante. Esta, para cumprir a missão recebida, terá derealizar um deslocamento que, dadas as condições de sua execução, resultará

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numa marcha para o combate.(2) Inimigo

(a) No estudo de como realizar a marcha para o combate, o inimigoé fator preponderante. A possibilidade de interferência durante a execução damarcha é sempre considerada; entretanto, a graduação dessa interferência variaráde acordo com sua natureza, valor e meios disponíveis, no tempo e no espaço,condicionando de forma diferente a realização da marcha.

(b) O estudo do inimigo deverá ser conduzido, objetivamente, nosentido de concluir sobre:

1) as linhas ou regiões que ele poderá atingir;2) as direções mais favoráveis para atingi-las;3) o prazo em que poderá fazê-lo, considerando a sua velocidade

de progressão (retardada ou não); e4) a natureza, a doutrina e o valor da tropa com que poderá intervir.

(c) Linhas - São regiões do terreno que, uma vez calculadas irãodeterminar o tipo de contato da nossa força com a força inimiga e, por conseguinte,a formação a adotar. Tais linhas ou regiões são as que, uma vez de posse doinimigo, prejudicarão o cumprimento da nossa missão, pois lhe facultarãocondições favoráveis às ações ofensivas ou defensivas. A interferência causadaà nossa missão será proporcional ao valor e à natureza do inimigo nessas linhasou regiões (Fig 4-1).

1) Linha da pior hipótese (LPH) - É a linha ou região do terrenoantes da qual o inimigo terrestre não tem possibilidade física de atuar. Para o seucálculo, considera-se o inimigo marchando com velocidade normal, ou seja, semser retardado. O deslocamento da nossa tropa até essa linha será em coluna demarcha e o tipo de contato será o remoto. Para ser determinada a LPH, deve-seproceder da seguinte maneira:

1º) avaliar a distância entre a tropa amiga e o inimigo ao iniciaro movimento;

2º) calcular o tempo necessário para o encontro utilizando aseguinte fórmula:

t = DVa + Vi

Onde:Va - velocidade da nossa tropaVi - velocidade da força inimiga avaliadaD - distância entre as forças

3º) calcular a distância percorrida no tempo acima calculado,através da seguinte fórmula:

d = Va x t

Onde:d - será a distância do PI até a LPHVa - velocidade da nossa forçat - tempo necessário para o encontro

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2) Linha de provável encontro (LPE) - É a linha do terreno onde seadmite o encontro dos primeiros elementos de nossa unidade com os primeiroselementos inimigos, mesmo os de reconhecimento. A partir desta linha, o contatoé iminente e a formação empregada é a de marcha de aproximação. Entre a LPHe a LPE o contato é do tipo pouco provável e a formação a adotar é a coluna tática.Para determinar-se a LPE, deve-se proceder da seguinte maneira:

1º) Avaliar a distância entre a nossa tropa e o inimigo ao iniciar-se o movimento;

2º) Calcular o tempo necessário para o encontro utilizando aseguinte fórmula:

t = D _ Va + VrOnde:D - distância entre as forçasVa - velocidade da nossa tropaVr - velocidade retardada do inimigo avaliada

3º) Calcular a distância (LPE) através da fórmula:d = Va x t

Onde:d - distância da tropa amiga, do início do movimento, até

a LPE;Va - velocidade da tropa amiga;t - tempo necessário para o encontro.

3) Linha de encontro (LE) - É a linha no terreno onde se admiteo encontro entre os elementos inimigos e elementos de nossa força de cobertura,ou seja, a linha ou região a partir da qual nossa força de cobertura começará aser recalcada ou recalcará a força inimiga. Normalmente a localização desta linhaé fornecida pelo escalão superior.

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Fig 4-1.LPH, LPE e tipos de contato

(3) Terreno(a) O efeito da transitabilidade será de fundamental importância na

condução das operações.(b) Observar as características gerais do terreno ao longo do eixo de

progressão (E Prog), especialmente aquelas que se apresentam em condiçõesde serem exploradas pelo inimigo para o retardamento com ações de surpresa.

(c) No estudo do terreno deverão ser destacados:- regiões de passagens em rios obstáculos, incluindo as alturas

que as dominam por favorecerem ou dificultarem a travessia desses cursos deágua;

- alturas dominantes sobre o eixo, pelo que proporcionam emobservação e campos de tiro, facilitando a defesa ou o ataque;

- regiões que facilitam rocadas de meios (nós rodoviários,bifurcações, cruzamentos e entroncamentos);

- desfiladeiros, gargantas, vaus, etc... (regiões de passagemobrigatória);

- acidentes do terreno que permitam a conquista do objetivoimposto pela missão.

- obstáculos; e- variantes.

(4) Meios - Um batalhão vanguarda (Btl Vgd) terá prioridade para receberos meios necessários para o cumprimento da missão. Da mesma forma, asubunidade de 1º escalão dessa unidade poderá receber reforços de elementosde cavalaria, engenharia e armas de apoio.

Ctt REMOTO Ctt POUCOPROVÁVEL

Ctt IMINENTE

LPHLPE

Z Reu

PI

LPH LPE

OBJETIVO

Rv 103

E Prog ALFA

Rio LIMPO

Rio PIRARINHA

Rio PIRARA

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C 7-20

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(5) Tempo - A presteza na realização da operação deve nortear asdecisões dos comandantes táticos para evitar desgastes e retardos desneces-sários. Isso pode ser obtido definindo as formações adequadas, com reduzidonúmero de objetivos intermediários de marcha, ou mesmo a ausência destes,entre outros aspectos.

b. Decisão(1) O Cmt Btl normalmente aborda os seguintes aspectos na sua

decisão:(a) dispositivos e formações de marcha;(b) objetivo(s) de marcha;(c) itinerário(s) de marcha ou E Prog;(d) direção(ões) de atuação;(e) ações táticas;(f) organização para o combate;(g) prioridade de fogos; e(h) hora do início do movimento, quando esta não for imposta pelo

Esc Sup.(2) O Cmt Btl ao fixar objetivos aos escalões subordinados atenderá,

normalmente, à necessidade de segurança. Dentre as situações em que pode sernecessária a intervenção do comando durante a realização da marcha, ressaltamaquelas em que, para fazer face às possibilidades do inimigo, o comando tenhade centralizar as ações. Na previsão de tais situações, o comando procuraassegurar a posse de regiões ou linhas do terreno que lhe proporcionem condiçõesfavoráveis para o emprego ulterior de seus meios, de acordo com a manobra quepretende realizar. Poderão ser marcados objetivos:

(a) nas regiões que estejam, ou possam estar, em poder do inimigoe cuja posse seja necessária para o cumprimento da missão;

(b) nas regiões favoráveis, para a tomada de uma atitude defensivamomentânea, visando aguardar o contato com o inimigo e em seguida atacá-lo emuma região escolhida, ou para a tomada de uma atitude defensiva definitiva; e

(c) finalmente, em princípio, quando a Z Aç for tão profunda que opercurso tenha de ser realizado em mais de uma etapa. Esses objetivos serãomarcados em regiões favoráveis ao prosseguimento do cumprimento da missãoe onde o Btl passará à noite. Essas regiões devem ser atingidas num prazo quepermita, no mínimo, a tomada das medidas defensivas necessárias.

(3) As decisões tomadas poderão ser complementadas com as seguin-tes medidas, no todo ou em parte:

(a) intervalos e distâncias entre as Cia e no interior destas;(b) medidas de segurança do Btl contra ataques terrestres e aéreos,

inclusive QBN;(c) apoio logístico;(d) emprego de comunicações; e(e) outras medidas de controle.

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c. Ordens(1) As ordens para uma marcha para o combate seguem as normas

gerais de uma ordem de operações.(2) No entanto, dada a importância da organização da coluna na

realização dos movimentos, as medidas para isso necessárias aparecemdetalhadamente, quer no subparágrafo “Prescrições Diversas” (se poucas), querem anexo (se extensas ou numerosas), como, por exemplo, um quadro demovimento.

(3) Consultar Anexo C.

4-9. EXECUÇÃO

a. Generalidades(1) Os elementos de primeiro escalão do Btl, normalmente precedidos

pelos elementos de reconhecimento do escalão superior, podem deslocar-se porobjetivos de marcha sucessivos. Os dispositivos e grupamentos táticos sãoorganizados de acordo com o estudo do comandante quanto à iminência docontato. Com a finalidade de beneficiar-se das vantagens oferecidas pelo terreno,pequenos desvios do itinerário poderão ocorrer. Quando o contato com o inimigotornar-se iminente, as companhias desdobram-se de acordo com as necessida-des, em largura e/ou profundidade, para manter a segurança e aumentar apresteza da ação.

(2) Na M Cmb, o Btl participa, freqüentemente, de combates de encontro,situação em que não se encontra completamente desdobrado e engaja-se atravésde seus primeiros elementos com uma força inimiga, parada ou em movimento,sobre a qual dispõe de poucas informações. Em tais situações, as ordens brevese as ações rápidas e agressivas tornam-se imprescindíveis para conquistar emanter a iniciativa.

(3) A tropa, deslocando-se em coluna de marcha ou tática, faz alto comoprescrito nas normas gerais de ação da unidade ou como for determinado pelocomandante da coluna. Os comandantes de coluna mandam fazer o grande altoquando necessário. Durante a marcha de aproximação devem ser suprimidos osaltos regulamentares.

(4) Marcha noturna(a) Uma unidade pode receber ordem de iniciar ou continuar seu

movimento durante à noite, para preservar o sigilo, conquistar o terreno pelasurpresa ou com o objetivo de não dar tempo ao inimigo para organizar posiçõesretardadoras. Isto pode ocorrer durante um período de superioridade aérea inimiga,durante um desbordamento, uma exploração do sucesso tático ou uma persegui-ção.

(b) A marcha para o combate à noite é executada como durante o dia,com maiores precauções quanto à manutenção da direção, do controle e dasegurança que serão facilitados pelo uso dos equipamentos de visão noturna.

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b. Segurança, Reconhecimento e Controle(1) Generalidades

(a) A segurança e o controle durante um movimento tático dependemdo reconhecimento continuado e de informações oportunas e precisas.

(b) Reconhecimentos aéreos e terrestres bem planejados e oemprego de meios eficazes de comunicações são necessários ao estabelecimen-to de um fluxo constante de informações, tanto para frente como para a retaguarda,para permitir as modificações convenientes nos grupamentos, dispositivos e nasmedidas de segurança. Isto reduz a possibilidade de desdobramento prematuroe a conseqüente perda de velocidade e controle.

(2) Segurança(a) Durante os movimentos táticos, a segurança é obtida pelas

medidas que garantam o sigilo, pelo emprego de elementos de reconhecimento,por forças de cobertura e por meio de medidas de defesa passivas e ativas.

(b) Os elementos designados para missões de segurança operam,principalmente, em função e em proveito da tropa de cuja proteção estãoencarregados, sendo empregados secundariamente em missões de reconheci-mento.

(c) Alguns fatores considerados na determinação do efetivo doselementos de segurança são: a iminência do contato com o inimigo; o efetivo eo tipo de força de cobertura (F Cob) (se houver); a distância em que a F Cob estáoperando à frente do Btl; o terreno e a missão da unidade.

(d) A segurança à frente é obtida pela combinação dos reconheci-mentos aéreos e terrestres, empregados, em conjunto, com as F Cob. Quandoo comandante da coluna achar que estas forças não proporcionam segurançaconveniente, emprega elementos da coluna para sua proteção. Por exemplo,durante um movimento, quando o contato tornar-se iminente, na LPE, o Btl Vgdlançará um destacamento de segurança e reconhecimento (DSR).

(e) A segurança nos flancos é obtida de maneira similar à segurançaà frente. A flancoguarda dá alerta e protege a coluna contra surpresas. O elementoque recebe a missão de flancoguarda é responsável pela segurança no flanco dogrosso e por sua própria segurança à frente, nos flancos e à retaguarda.

(f) Quando o comandante considerar iminente o contato e que estepossa ocorrer pela retaguarda, atribui a um de seus elementos a missão desegurança de retaguarda. Isto ocorre, freqüentemente, nos movimentos retrógra-dos ou quando uma força de combate, é empregada para proteção dos elementosde apoio ao combate e apoio logístico, à retaguarda da coluna.

(g) A vanguarda é uma força de natureza essencialmente ofensiva,enquanto que a flancoguarda e a retaguarda atuam, de modo geral, defensivamente.

(h) As medidas de segurança antiaéreas estão contidas nas ordensdos comandantes ou nas NGA da unidade. Elas poderão ser ativas ou passivase incluirão um sistema de alarme aéreo.

(3) Reconhecimento(a) Os elementos de reconhecimento que, normalmente, fornecem

dados/conhecimentos ao batalhão durante os movimentos táticos são a aviação,as unidade de reconhecimento da divisão de exército, os aviões de ligação e oselementos de reconhecimento da Bda. Quando não se dispuser desses elemen-

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tos ou quando eles não forem suficientes, o Cmt Btl organiza seu próprioreconhecimento. O reconhecimento deve ser contínuo, oportuno, coordenado eprogressivo. Sempre que possível, o comandante do batalhão reforça a obtençãodestes dados fazendo seu reconhecimento pessoal e empregando seu EM. Onúmero e o tipo dos reconhecimentos executados pelo Cmt Btl e por seusauxiliares dependem, principalmente, da missão e da iminência do contato como inimigo.

(b) Os elementos de reconhecimento terrestre, atuando à frente doBtl durante a marcha, são reforçados, de acordo com sua missão, por elementosde fuzileiros, de armas de apoio e de blindados, constituindo um DSR. O DSR ageagressivamente, sem perda de tempo. Todos os dados sobre o inimigo, o terrenoe a rede de estradas são enviados com rapidez. A exatidão do estudo de situaçãofeito pelo comandante do batalhão depende da eficiência de seus elementos dereconhecimento.

(c) O Cmt Btl emite ordens completas ao(s) DSR, de acordo com asmissões que deva(m) cumprir. Estas ordens normalmente compreendem:

1) os itinerários ou as zonas de progressão a serem reconhecidose os objetivos de marcha ou as linhas sucessivas a serem atingidos;

2) as zonas a serem reconhecidas e os dados essenciais a seremprocurados;

3) a hora, o local e o processo para remessa dos dados ao Btl;4) a conduta em caso de encontro ou de localização do inimigo;5) as medidas para ligação com as outras forças que atuam à

frente ou nos flancos do Btl.(4) Comando e Controle

(a) O comando e controle durante os movimentos táticos sãomantidos pelos mesmos processos empregados nos movimentos preparatórios.As comunicações, os planejamentos, o reconhecimento e as medidas de controlesão os processos mais empregados.

(b) Medidas de controle - As medidas de controle que podem serprescritas pelo Cmt Btl aos seus elementos subordinados, são:

1) ponto inicial (PI);2) hora de início do movimento;3) eixo de progressão;4) itinerário de marcha - É dado pelo Cmt quando este deseja que

determinada estrada ou trilha seja usada no movimento, a fim de liberá-la parafutura utilização. Neste caso, o comando subordinado prescinde de Z Aç;

5) zona de ação;6) região de destino - É uma região para a qual é dirigido o

movimento do segundo escalão e da qual só partirá mediante ordem. Normalmen-te é fixada pela Bda para os Btl de segundo escalão;

7) objetivo de marcha - É um acidente do terreno para o qual édirigida a marcha de um elemento; ao atingir o objetivo marcado o Cmt informa aoescalão superior e só prosseguirá mediante ordem;

8) linha de controle - É uma linha aproximadamente perpendicularà direção de marcha, facilmente identificável no terreno, e que facilita o controlede duas ou mais colunas. Ao atingir a linha de controle o elemento não se detém,

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participa ao escalão superior que a atingiu e prossegue. Durante a marcha parao combate as distâncias entre objetivos e entre linhas de controle dependem,principalmente, da maior ou menor ameaça do inimigo terrestre;

9) ponto de controle - adota-se o procedimento similar à L Ct; e10) zona de reunião.

c. Marchas a pé e motorizadas(1) Generalidades - O Btl, normalmente, executa a fase final da marcha

para o combate e outros movimentos táticos, por meio de uma marcha motoriza-da. Eventualmente poderá ser realizada por meio de uma marcha a pé. O sucessona execução desses movimentos dependerá de uma distribuição apropriada doselementos de combate e apoio para a marcha, de acordo com os princípios desegurança, de reconhecimento e controle.

(2) Missão - O Btl pode marchar como uma força independente, com ousem reforço, fazendo parte do grosso de uma Bda ou ainda, atuando como forçade segurança à frente, nos flancos, ou à retaguarda do grosso.

(3) Elmentos de cavalaria em reforço - O Btl poderá ser reforçado porelementos de cavalaria. Isso irá proporcionar rapidez na entrada em ação do Btle eficiente proteção anticarro à coluna. Esse reforço é dado, normalmente, quandoo batalhão realiza uma marcha isoladamente, quando for empregado comovanguarda ou durante as marchas descobertas.

(4) Apoio de engenharia - O Btl receberá normalmente em apoio, durantea marcha para o combate, um pelotão de engenharia, com a missão de auxiliaro Btl, em primeiro escalão, na limpeza do itinerário de marcha para o grosso.Elementos de reconhecimento de engenharia marcharão junto à testa da colunapara reconhecer as pontes, as estradas, os obstáculos e as minas. Outroselementos de engenharia poderão ser colocados em apoio às flancoguardas coma missão de executar destruições, de bloquear estradas e de auxiliar em outrasmedidas contra blindados para segurança do grosso.

d. O Batalhão deslocando-se no grosso(1) Como parte do grosso, que compreende a maioria do poder de

combate da Bda, o batalhão marcha de acordo com as ordens do Cmt Bda ou dacoluna.

(2) O Btl deve estar em condições de pronto emprego, seja durante odeslocamento, seja após haver sido estabelecido o contato com a força principaldo inimigo. A organização da coluna vai depender do grau de interferênciaesperado por parte do inimigo.

e. O Batalhão como vanguarda na marcha de aproximação(1) Missão

(a) A missão de um Btl Vgd é evitar retardos desnecessários aogrosso e protegê-lo contra surpresas e ações inimigas terrestres vindas da frente.

(b) Quando o contato é estabelecido, a vanguarda ataca ou tomaoutras medidas que possam assegurar o ininterrupto avanço do grosso, ou quepossam proporcionar tempo e espaço suficientes para o desdobramento oudesenvolvimento deste. Se antes do contato, houver suficientes informaçõessobre o inimigo, a missão do Btl de primeiro escalão pode ser modificada de

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vanguarda para a de ataque.(2) Composição

(a) O Btl Vgd, normalmente, é apoiado por um pelotão ou elementosde engenharia, por pessoal de ligação, por observadores avançados da artilhariada Bda e, quando possível, por elementos de cavalaria.

(b) Havendo grande ameaça aérea, podem ser postos à disposiçãodo batalhão alguns elementos da Bia AAAe da Bda. Um controlador aéreoavançado pode ser posto à disposição, quando a aviação tática estiver apoiandoa coluna.

(c) Se a tropa de engenharia não estiver compondo o Btl Vgd, estedeverá dispor de pelo menos alguns elementos de reconhecimento da engenharia,que em princípio, deslocam-se bem à frente, na coluna do Btl, para facilitar o rápidoinício dos trabalhos de engenharia.

(3) Dispositivo de um Btl Vgd na marcha aproximação (M Aprx).(a) Generalidades

1) A vanguarda normalmente é precedida pela F Cob do Esc Sp.Se o comandante da vanguarda considerar necessário, pode organizar e enviar àfrente outras forças de reconhecimento e segurança. Neste caso, o Btl Vgd édividido, da frente para a retaguarda em: destacamento de segurança e reconhe-cimento, escalão de combate e grosso. As distâncias entre os escalões davanguarda, apresentadas na Fig 4-2, não devem ser consideradas rígidas, variandoem função da visibilidade, ameaça aérea, natureza do terreno, elementos dereconhecimento amigo disponíveis e pelas possibilidades do inimigo. A profundi-dade dos escalões poderá variar em função dos fatores citados anteriormente etambém em conseqüência da distância veicular empregada.

2) Se, por qualquer eventualidade, o Btl necessitar realizar o seudeslocamento. a pé, o seu dispositivo será semelhante ao da vanguarda motori-zada, acrescido de um grupo de combate, retirado do escalão de reconhecimento,que terá a função de ponta. As distâncias entre os escalões poderão variar emfunção dos fatores citados no parágrafo anterior. (Fig 4-3)

(b) DSR1) Se o comandante da vanguarda sente que os elementos de

segurança do comando superior são incapazes de proporcionar o alerta e aproteção desejadas ou quando estes forem acolhidos, deve organizar DSR.

2) Um DSR pode ser composto por: elementos de reconhecimen-to do Btl; um pelotão de fuzileiros reforçado; ou por elementos de reconhecimentoda brigada em reforço.

3) O DSR tem por missão dar proteção à tropa e deve sersuficientemente forte para destruir pequenas forças retardadoras inimigas oubarricadas encontradas no eixo de progressão. Deve, também evitar que avanguarda sofra um ataque de surpresa enquanto estiver sendo transportada emviaturas.

(c) Escalão de combate (Esc Cmb)1) A missão do Esc Cmb é evitar retardos desnecessários ao

batalhão e protegê-lo contra a surpresa e a ação inimiga vindos da frente.2) O escalão de combate é constituído, normalmente, por uma

companhia de fuzileiros reforçada. Os reforços devem assegurar ao Esc Cmb um

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poder de combate suficiente para o cumprimento de sua missão. Prioritariamente,os CC devem ser empregados no Esc Cmb.

3) O Esc Cmb envia, à frente, um escalão de reconhecimento cujoefetivo é da ordem de um pelotão de fuzileiros reforçado. O Esc Cmb propriamentedito segue o de reconhecimento a um intervalo de tempo suficiente, evitandodeslocar-se no mesmo compartimento do terreno, com a finalidade de garantir sualiberdade de manobra caso venha a ser empregado. O escalão de reconhecimentoatua como um conjunto e, a menos que utilize viaturas blindadas, deve desembar-car para iniciar o combate.

(d) Flancoguardas1) Do estudo continuado de situação, particularmente em função

do terreno (rocadas e variantes) e das possibilidades do inimigo, o Cmt Btl podedeterminar que as companhias do 2º escalão lancem flancoguardas valor Pel Fzoreforçado.

2) As flancoguardas deslocam-se em itinerários paralelos aogrosso, com movimentos contínuos ou por lances sucessivos ou alternados,ocupando posições do terreno no flanco do batalhão.

3) O controle da flancoguarda estará a cargo do Cmt Btl ou da Ciaque a lançou.

4) A complementação desse assunto encontra-se no manualde campanha C 7-10 - COMPANHIA DE FUZILEIROS.

(e) Grosso1) O grosso compõe-se de um Btl reforçado, menos o escalão de

combate e elementos de segurança; desloca-se de acordo com as normas geraisde ação da unidade para os movimentos táticos motorizados.

2) O Cmt e seu EM, normalmente, deslocam-se à testa dogrosso.

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Fig 4-2. BI Mtz como vanguarda motorizada na M Aprx

OBSERVAÇÃO: Os valores apresentados não são rígidos, devendo serconsiderados como dados médios de planejamento.

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- DSR ( Conforme Est Sit )

- Esc Rec Pel Fuz Mtz (-) Ref

- Escalão de Combate Cia Fuz Mtz (-) Ref

- Flancoguarda Pel Fuz Mtz Ref

- Gp Cmdo Cmt e EM

- Reserva Btl Inf Mtz (-) Ref

Grosso da Bda

15 Min

10 Min

5 Min

5 km

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Fig 4-3. BI Mtz como vanguarda a pé na M Aprx

OBSERVAÇÃO: Os valores apresentados não são rígidos, devendo serconsiderados como dados médios de planejamento.

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- DSR ( Conforme Est Sit )

- Esc Rec Pel Fuz Mtz (-) Ref

- Esc Cmb Cia Fuz Mtz (-) Ref

- Flancoguarda Pel Fuz Mtz Ref

- Gp Cmdo Cmt e EM

- Reserva BI (-) Ref

- Grosso da Bda

1500 m

400 m

200 m

5 km

- PONTA GC

600 m

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(4) Execução(a) O Btl Vgd cumpre sua missão agressivamente por meio de

reconhecimento do terreno à frente e nos flancos, destruindo resistênciasinimigas, removendo obstáculos do itinerário de marcha, reparando pontes econstruindo passagens. A menos que tenha recebido ordens em contrário, avanguarda e seus elementos atacam as resistências inimigas, sem hesitação.

(b) Quando o contato for estabelecido, durante a realização da M Cmbe houver a necessidade de intervenção por parte do Btl, o Cmt pode:

1) constituir um novo Esc Cmb e prosseguir no movimento,desbordando a resistência inimiga que permanece fixada pelo antigo escalão decombate;

2) reforçar o ataque do Esc Cmb;3) alterar a prioridade de fogos para o novo escalão de combate

ou as formas de emprego das armas de apoio;4) combinar as ações anteriores;5) realizar um ataque de oportunidade (ver Nr 4-18, letra c.); ou6) ocupar um terreno favorável que permita a centralização das

ações por parte da brigada. (Fig 4-4)(c) Deve ser observada a alternância das peças de manobra, na

composição do Esc Cmb.

Fig 4-4. Uma conduta do Btl Vgd para favorecer o emprego do Btl Res da Bda emum ataque de oportunidade

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d. O Batalhão como Flancoguarda(1) Missão

(a) A missão de um batalhão flancoguarda (Btl Fg) é proteger o grossoda observação e dos ataques de surpresa partidos do flanco. Na eventualidade deum ataque de flanco, o Btl Fg proporciona o tempo necessário para o desenvol-vimento do grosso, para enfrentar esta ameaça, ou permitir a sua progressãoininterrupta.

(b) A missão de flancoguarda é de natureza defensiva, em contrastecom a missão ofensiva de uma vanguarda.

(2) Composição - O Btl Fg pode receber elementos de reconhecimentoda Bda, um pelotão ou elementos de engenharia, pessoal de ligação e observa-dores avançados da artilharia da brigada. O Btl, normalmente, recebe ainda,material especial de engenharia para construção de obstáculos e execução dedestruições.

(3) Dispositivo(a) O dispositivo adotado depende do terreno, dos meios recebidos,

dos itinerários, das possibilidades do inimigo e do processo de deslocamento dasflancoguardas.

(b) O Btl Fg adota o dispositivo de um Btl marchando isolado e atuana mesma altura do grosso, aumentando sua velocidade de marcha e enviandodestacamentos de segurança suplementares, quando exigido por um grandeafastamento de seu itinerário em relação ao seguido pelo grosso.

(4) Execução(a) Os processos de deslocamento do Btl Fg são: movimento

contínuo, lances sucessivos e lances alternados.(b) O Cmt Btl flancoguarda controla seu deslocamento, regulando

sua velocidade de marcha pela do grosso e/ou determinando sucessivos objetivosde marcha para suas companhias. Mantém estreita ligação com o grosso, paramanter a flancoguarda em condições de executar sua missão de segurança.

(c) A flancoguarda, por ter uma missão essencialmente defensiva,deve aproveitar-se de acidentes do terreno, tais como cursos de água e desfila-deiros para construir barricadas e outros obstáculos.

(d) Se não dispuser de itinerários paralelos, a flancoguarda dificilmen-te poderá manter o mesmo rendimento de marcha do grosso. Para cumprir suamissão, nessas circunstâncias, seu comandante organiza pequenos destaca-mentos motorizados que deslocar-se-ão pelo mesmo eixo do grosso, afastando-se periodicamente para ocupar posições de bloqueio sucessivas. Pode também,vir a constituir forças aeromóveis se dispuser de meios.

(e) Em situações onde o inimigo pode atacar em uma extensa zonado flanco, a flancoguarda necessária para proporcionar a segurança pode lançaruma força de cobertura, distribuída igualmente sobre aquela zona. Em taissituações, o comandante da flancoguarda mantém uma reserva localizada em umponto central, para influir na ação.

e. O Batalhão como Retaguarda(1) Sua missão é proteger o grosso contra os ataques provenientes da

retaguarda. Nos movimentos retrógrados, a retaguarda retarda a perseguição

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inimiga (ver capítulo 6).(2) Uma retaguarda assemelha-se a uma vanguarda invertida. O Esc Cmb

destaca para trás um escalão de reconhecimento de retaguarda, ou em vez disso,pode destacar uma força de cobertura. A retaguarda atua de maneira semelhantea uma flancoguarda e é dotada de meios para executar destruições e construirobstáculos.

f. O Batalhão marchando isolado(1) Quando o Btl executa uma marcha isoladamente, o comandante do

batalhão, normalmente, designa uma Cia Fzo Ref, como vanguarda do Btl. Avanguarda é, em princípio, responsável por sua própria segurança de flanco.

(2) A missão, conduta e dispositivo da companhia vanguarda sãosemelhantes aos da companhia como escalão de combate de um Btl Vgd.

4-10. COMANDO E CONTROLE

a. Generalidades - Na M Cmb, o oficial de comunicações e eletrônica deveassessorar o chefe da terceira seção quanto ao judicioso emprego das comuni-cações do Btl. Para apoiar esta operação, ambos devem analisar, principalmente:o itinerário utilizado, o número de escalões do Btl e a necessidade de sigilo emcada fase da M Cmb.

b. Meios de comunicações - As peculiaridades da M Cmb influem nosmeios de comunicações mais utilizados pelo batalhão, que são:

(1) Meio rádio - devido à mobilidade e à rapidez das ações, é o meio maisutilizado na M Cmb. Para tal, devem ser analisados, dentre outros, os seguintesaspectos:

(a) necessidade de alarme imediato;(b) necessidade de rápidas ligações;(c) importância da segurança; e(d) sigilo para a obtenção da surpresa - O Btl marchando como

vanguarda tem, geralmente, nas fases de contato remoto ou pouco provável, aprescrição de rádio em silêncio. Ao iniciar o contato iminente, o Btl permanece emsilêncio com o grosso e passa a restrito para os demais elementos (escalão decombate, destacamento de segurança e reconhecimento e outros). Ao serestabelecido o contato com o inimigo, o rádio passa a livre para estes últimoselementos.

(2) Meios físicos - em princípio, circuitos físicos não são lançados durantea M Cmb, salvo nos grandes altos ou regiões de destino, quando devem serlançados por razões de segurança.

(3) Meio mensageiro - mensageiros especiais motorizados são larga-mente empregados na marcha para o combate, devido à rapidez das ações e ànecessidade de ligações seguras, principalmente durante a marcha de aproxima-ção.

(4) Outros meios, principalmente os visuais, podem ser empregados namarcha para o combate. Painéis, artifícios pirotécnicos ou sinais a braço podemevitar o emprego desnecessário do meio rádio e aumentar nossa segurança, face

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às ações de guerra eletrônica do inimigo.

c. Posto de Comando - O posto de comando principal, durante a M Aproxgeralmente situa-se à testa do grosso, podendo o posto de comando táticoacompanhar o Esc Cmb quando necessário. Normalmente, a rede do Cmt, a dereconhecimento e informação e a de operações são exploradas durante a marchapara o combate.

d. Eixo de Comunicações - O Btl deve fixar eixos de comunicações parasuas companhias, a fim de que os postos de comando de seus elementossubordinados desloquem-se ao longo deste eixo, facilitando desta forma asligações durante as fases da marcha para o combate e durante os grandes altos.

4-11. APOIO DE FOGO

a. Os elementos empenhados na sua execução devem ser articulados eempregados de forma racional, visando permitir ao comandante da força oemprego centralizado dos meios, com rapidez, nos locais e momentos oportunos.Para tanto:

(1) na coluna de marcha - não há necessidade de agrupar taticamente osmeios de apoio de fogo, podendo inclusive o comandante, decidir por deslocarpessoal e material por meios diferentes em prol da velocidade ou das necessida-des logísticas;

(2) na coluna tática - as frações são agrupadas taticamente, sem sedesdobrar, para poderem rapidamente adotar dispositivo desdobrado para ocombate ou facilitar a ocupação de uma Z Reu ou objetivo de marcha;

(3) na marcha de aproximação - as frações progridem desdobradas, emqualquer dispositivo, para poderem rapidamente se desenvolver para o combate.

b. Em princípio, uma bateria de artilharia marcha na esteira da vanguarda,normalmente com missão tática de apoio direto, com a finalidade de prestar oapoio de fogo cerrado e contínuo a essa força.

c. Na marcha para o combate o CAF tem como principal responsabilidadeprestar o apoio de fogo imediato aos elementos de primeiro escalão, além doplanejamento dos fogos em apoio à força como um todo.

d. Características gerais de apoio de fogo nessa operação:(1) prestar apoio imediato aos elementos de primeiro escalão;(2) utilizar ao máximo o apoio aéreo aproximado e os fogos maciços de

artilharia nos alvos profundos;(3) apoiar eventuais combates de encontro; e(4) designação de alvos com rapidez e precisão pelos observadores

orgânicos dos diversos sistemas de arma de apoio

4-12. APOIO LOGÍSTICO

Este assunto será abordado no Cap 10.

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ARTIGO III

RECONHECIMENTO EM FORÇA

4-13. GENERALIDADES

a. O reconhecimento em força é uma operação de objetivo limitado,executada com a finalidade de esclarecer a situação.

b. A missão da infantaria no reconhecimento em força é revelar e testar odispositivo do inimigo, seu valor, sua composição e suas peculiaridades edeficiências. É uma operação de busca de dados que permite ao Cmt Btl tomarsua decisão.

c. Sua principal finalidade é o reconhecimento, podendo revelar ou identificarpontos fracos no dispositivo inimigo, os quais, se prontamente explorados, podempermitir sucessos táticos.

d. O Btl de primeiro escalão pode realizar o reconhecimento em força paraa brigada e o batalhão reserva explorar os pontos fracos do inimigo. O batalhãopode, também, realizar um reconhecimento em força em escala limitada. Ainfantaria blindada, reforçada com carros de combate, é especialmente apta parao reconhecimento em força, em virtude de sua mobilidade e potência de fogo.

4-14. FORMAS

O reconhecimento em força pode ser realizado de duas formas básicas:

a. Um ataque com objetivo limitado - Neste caso, a ação pode serdirigida exclusivamente sobre uma determinada área a respeito da qual o comandodeseja rápidas e precisas informações, ou pode se traduzir em uma série deataques que não passem de sondagens agressivas, desencadeadas ao longo detoda a frente ou em grande parte do dispositivo inimigo;

b. Uma incursão - Ao contrário da forma anterior, é uma ação desencadeadacontra uma posição inimiga, sem a idéia de conquistar o terreno. Consiste emintroduzir no dispositivo inimigo uma força capaz de realizar uma ação rápida eviolenta, cujo vulto seja suficiente para forçar o inimigo a revelar suas posições,o tempo de reação de suas reservas, seus planos de fogos, etc. Após esta ação,segue-se um rápido retraimento para as linhas amigas. A incursão pode serconduzida por forças aeromóveis ou caracterizar-se por uma varredura com carrosde combate.

4-15. CONSIDERAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO

a. Para decidir quanto à execução de um reconhecimento em força, devemser levados em consideração os seguintes aspectos:

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(1) a urgência e a necessidade de dados adicionais sobre o inimigo empresença;

(2) as possibilidades de obtenção desses dados por meio de outrosórgãos de busca;

(3) o grau de risco na revelação de planos futuros ao inimigo;(4) o risco de um engajamento total sob condições desfavoráveis; e(5) a possibilidade de perder a força de reconhecimento.

b. O planejamento, a organização dos meios e a execução de umreconhecimento em força são semelhantes ao ataque, respeitando-se o tempodisponível e a finalidade da operação.

4-16. CONDUTA DO RECONHECIMENTO

a. Durante a realização de um reconhecimento em força, qualquer que sejaa forma adotada, a infantaria deve:

(1) estar preparada para aproveitar todo e qualquer êxito porventuraobtido, seja prosseguindo no ataque, seja mantendo o terreno conquistado;

(2) evitar engajar-se decisivamente no combate, mas uma vez engajada,utilizar-se de todos os meios possíveis para obter o desengajamento; e

(3) informar quanto às características e localização de alvos adequadosa serem batidos pelas armas de apoio de fogo e pela força aérea, ficando emcondições de completar a destruição desses alvos.

b. Uma vez cumprida a missão, a infantaria pode, conforme a situação quese apresentar:

(1) permanecer em contato com o inimigo, mantendo as posiçõesatingidas e em condições de apoiar a ultrapassagem de uma outra força;

(2) retrair para suas posições iniciais; e(3) prosseguir no ataque.

ARTIGO IV

ATAQUE

4-17. GENERALIDADES

a. O ataque é o principal tipo de operação ofensiva da infantaria, caracte-rizado pelo emprego coordenado do fogo e do movimento para a conquista deobjetivos.

b. O ataque requer a observância de todos os princípios de guerra, emparticular a manobra, a simplicidade, a surpresa e a massa.

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4-18. TIPOS DE ATAQUEa. De acordo com a situação, e baseado nos fatores da decisão, o Cmt

deverá optar por um dos seguintes tipos de ataque:(1) ataque coordenado;(2) ataque de oportunidade.

b. Ataque Coordenado(1) A realização de um ataque coordenado exige tempo suficiente para

permitir o planejamento completo e minucioso da operação, a execução dereconhecimentos detalhados, a transmissão de ordens e outras providênciasnecessárias a seu desencadeamento.

(2) O ataque coordenado deve ser executado quando o Btl se defrontarcom uma posição defensiva inimiga fortemente estabelecida, exigindo um estudode situação pormenorizado para o cumprimento da missão.

(3) Normalmente, o Btl participa de ataques coordenados realizados porescalões superiores.

c. Ataque de oportunidade(1) O ataque de oportunidade é um ataque imediato, realizado após rápido

reconhecimento, sendo essenciais a manutenção da velocidade e da impulsão.Pode ser realizado contra paradas ou em movimento.

(2) Esse ataque deverá ser realizado quando o Cmt Btl, após esclarecera situação e analisar todos os fatores da decisão, concluir sobre a viabilidade derealizar um ataque imediato, sem perda de impulsão, desdobrando a força comoum todo, com a finalidade de aproveitar a oportunidade vantajosa oferecida pelasituação. Tais situações ocorrem com mais freqüência quando, após levantadasa situação e as possibilidades do inimigo, concluir-se que a linha de ação maisprovável do inimigo é retardar ou que o mesmo é fraco, disposto em larga frentede defesa. Pode ser empregado também quando houver grande superioridade nopoder relativo de combate.

(3) São características de um ataque de oportunidade:(a) desdobramento do batalhão como um todo;(b) planejamentos e reconhecimentos sucintos;(c) execução rápida e violenta do ataque;(d) expedição de ordens fragmentárias; e(e) vantagem flagrante no poder relativo de combate para o atacante.

(4) O ataque se caracteriza pela imediata expedição de ordens fragmen-tárias pelo comandante, destinadas aos elementos de manobra e apoio de fogo,privilegiando a rapidez, a iniciativa, e a manutenção da impulsão.

(5) Em princípio, o ataque de oportunidade deve priorizar as manobrasdesbordantes, associadas à fixação do inimigo.

(6) Apesar de ser um ataque possível de ser realizado por uma força dequalquer natureza, as tropas blindadas e mecanizadas são as mais aptas paraexecutá-lo. Deve ser realizado, em princípio, nos escalões Bda e inferiores.

(7) O fator da decisão “tempo” possui elevada prioridade no planejamentodo ataque de oportunidade. A diferença básica entre este e o ataque coordenadoreside no tempo disponível para o planejamento da operação. O tempo necessáriopara sua preparação é da ordem de 1/3 a 1/2 do exigido pelo ataque coordenado.

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4-19. FORMAS DE MANOBRA

O Btl pode realizar ou participar das seguintes formas de manobra ofensiva:o ataque frontal, a penetração, o desbordamento, o envolvimento e a infiltração.

a. Ataque frontal(1) No ataque frontal a infantaria ataca com a mesma intensidade em toda

a frente do inimigo com a finalidade de destruir ou capturar uma força inimiga muitomais fraca ou de fixar o inimigo em suas posições (Fig 4-5).

(2) O Btl participa de um ataque frontal realizado por escalões superioresou pode realizar um ataque frontal de fixação - ataque secundário - com o objetivode manter a pressão sobre o inimigo e evitar o seu desengajamento.

(3) O ataque frontal, a menos que haja uma grande superioridade do poderde combate da força atacante, raramente conduz a resultados decisivos; por isto,a infantaria deve estar preparada para criar ou aproveitar as vantagens e condiçõesque lhe permitam evoluir para uma forma de manobra que propicie obter êxito.

Fig 4-5. Um batalhão (-) no ataque frontal para fixar o inimigo

b. Penetração(1) Na penetração, o ataque principal passa através da principal posição

defensiva inimiga, a fim de quebrar a continuidade de sua defesa.(2) A penetração é feita em três etapas:

(a) rompimento ou ruptura da posição defensiva do inimigo;(b) alargamento e manutenção da brecha; e

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(c) conquista e manutenção de objetivos que quebrem a continuidadeda defesa inimiga e criem a oportunidade do aproveitamento do êxito.

(3) Para o Btl, a ruptura dar-se-á na linha de alturas onde se localizam ospelotões reservas das companhias inimigas de primeiro escalão (faixa do"DEFENDER" do Btl/Rgt Ini). A quebra da continuidade da defesa dar-se-á quandoforem conquistadas as regiões dos aprofundamentos da companhia reserva dobatalhão inimigo de primeiro escalão (faixa do "CONTINUAR DEFENDENDO" doBtl/Rgt Ini) (Fig 4-6)

(4) A infantaria realiza uma penetração quando:(a) o inimigo não apresenta flancos vulneráveis;(b) o inimigo está distendido em frente muito extensa;(c) o terreno permite boa observação e o emprego eficiente das armas

de apoio; e(d) há disponibilidade de forte apoio de fogo.

Fig 4-6. O Batalhão na penetração

4-19

LP/LC LP/LC

Res

AtqPcp

AtqScd

CC

(Z Reu)

O 3 O 4

O 1 O 2

Faixa do "continuardefendendo" dobatalhão inimigo

Faixa do "defender"do batalhão

inimigo

Penetraçãodo batalhão

inimigo

Ruptura dobatalhãoinimigo

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c. Desbordamento(1) O desbordamento é uma forma de manobra ofensiva onde o ataque

principal contorna a posição defensiva principal do inimigo, evitando um combatede vulto, a fim de conquistar objetivos em sua retaguarda imediata, sujeitando-oà destruição na própria posição. (Fig 4-7)

(2) Quando a situação permitir a escolha da forma de manobra, odesbordamento será preferível face às vantagens por ele proporcionadas naaplicação do poder de combate. A abordagem do dispositivo inimigo pelo flancomultiplica o poder de combate do ataque principal. O inimigo é forçado a combatersimultaneamente em duas ou mais direções, provocando o engajamento de suasforças no contato e em profundidade ao mesmo tempo.

(3) São condições favoráveis à adoção de uma manobra de desbordamento:(a) O Inimigo apresentar flanco vulnerável, o que se caracteriza por

dois aspectos: existência de via de acesso que desborde a principal posiçãoinimiga; e, nesta via de acesso, o inimigo deverá estar apresentando uma fracaresistência. Cabe ressaltar que um flanco vulnerável poderá ser criado por açõesprévias (ataque secundário atraindo a reserva, por exemplo);

(b) houver possibilidade de obtenção da surpresa.

Fig 4-7. O Batalhão no desbordamento

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LP/LC LP/LC

O 2

O 1

Atq Scd Atq Pcp

CC

Res

E Prog CÃO

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(4) A surpresa pode ser obtida através da mobilidade da força desbordante,prioritariamente com o emprego de blindados, e combinada com a realização deuma ação diversionária (dissimulação tática). O emprego de blindados requerboas condições de transitabilidade ao longo do eixo de progressão.

(5) O ataque de desbordamento é organizado em:(a) força desbordante (ataque principal);(b) força de fixação (ataque secundário); e(c) reserva.

(6) O ataque principal é o elemento desbordante, e o ataque secundáriorealiza uma ação frontal para fixar o inimigo em posição. No escalão Btl, odesbordamento é um ataque pouco profundo, e os objetivos, a princípio, nãodevem ser marcados além da penetração do Btl inimigo. A capacidade de fixaçãodo ataque secundário influenciará a profundidade do ataque principal. A forçadesbordante poderá receber uma zona de ação, um E Prog ou uma direção deataque.

(7) A força de fixação deve possuir suficiente poder de combate paraconservar o inimigo inteiramente engajado durante a progressão da força dedesbordamento. O ataque principal - desbordante - deve atuar dentro da distânciade apoio do ataque secundário - fixação - e deve também ser apoiado pelo escalãoenquadrante. Quando houver necessidade, deve ser prevista uma proteção deflanco para o ataque principal.

(8) O movimento rápido da força de desbordamento para seu objetivo éessencial para evitar que as reservas inimigas contra-ataquem ou ocupemposições preparadas. Os ataques desbordante e de fixação podem ser desenca-deados simultaneamente ou não. Quando defasados, o ataque desbordante édesencadeado mediante ordem após o ataque secundário, a fim de aumentar asurpresa e diminuir a possibilidade de reação imediata do inimigo. A reservanormalmente segue à retaguarda do ataque principal.

(9) O Btl pode realizar um ataque de desbordamento ou ser empregadocomo a força de desbordamento da Brigada.

d. Envolvimento(1) No envolvimento, a força atacante contorna, por terra e/ou pelo ar, a

principal força inimiga para evitá-la e conquistar objetivos profundos em suaretaguarda, com a finalidade de forçá-la a abandonar sua posição ou a desviarimportantes forças para fazer face à ameaça envolvente. (Fig 4-8)

(2) A força envolvente deve ser dotada de grande mobilidade e potênciade fogo, além de outros meios de apoio ao combate, que a tornem capaz de operarindependentemente. Uma força de fixação é empregada contra a força inimigapara impedir sua interferência contra a força envolvente. Essas forças - envolventee de fixação - operam além da distância de apoio mútuo.

(3) O Btl não possui meios para conduzir uma manobra de envolvimento,porém poderá participar da força de fixação ou da força envolvente de escalõessuperiores.

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Fig 4-8. A DE no envolvimento

e. Infiltração(1) Generalidades

(a) Conceito - a infiltração é a forma de manobra tática ofensiva ondeuma força é desdobrada à retaguarda de uma posição inimiga por meio de umdeslocamento dissimulado, com a finalidade de cumprir missão que contribuadiretamente para o sucesso de uma manobra do escalão enquadrante da forçainfiltrante.

(b) Objetivos da infiltração:1) atacar posições sumariamente organizadas;2) atacar pontos fortes, reservas, instalações de comando ou

logísticas no flanco ou retaguarda do inimigo;

O 3

O 1 O 2

E Prog ÁGUIA

Mec

Mtz Mtz

Mtz

Mtz

Atq Scd Atq Scd Atq Scd

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3) ocupar posições importantes que contribuam com a açãoprincipal do Esc Sp;

4) conquistar terreno decisivo no contexto geral da operação; e5) conduzir operações de inquietação e desgaste à retaguarda do

inimigo.(c) Tipos de infiltração - Considerando-se o meio de transporte

utilizado pela força infiltrante, a infiltração pode ser terrestre, aérea e aquática.(d) Vantagens da forma de manobra de infiltração.

1) Multiplicar o poder de combate, permitindo que uma tropa sejaempregada contra um inimigo de maior poder de combate;

2) Menor número de baixas, desde que mantido o sigilo e obtidaa surpresa;

3) Possibilidade de garantir posse de região vital em profundidadecom rapidez, desarticulando o sistema defensivo do inimigo no escalão conside-rado;

4) Possibilidade de desorientar e desorganizar o inimigo voltadopara o combate linear.

(e) Tropas aptas a realizar a infiltração1) As unidades de infantaria leve, de montanha, pára-quedista, de

selva e motorizada são as tropas mais aptas a realizarem a infiltração, conside-rando-se suas peculiaridades de emprego e os respectivos ambientes operacionais.

2) Os escalões BI ou menores são os mais adequados àsoperações de infiltração.

(2) Fatores de emprego(a) Qualquer que seja o escalão executante, há fatores que favorecem

a realização da infiltração, tais como:1) existência de faixas de terreno em que a observação e

vigilância inimigas sejam limitadas, permitindo a ocultação do deslocamento daforça infiltrante (matas, pântanos, áreas alagadas, etc);

2) disponibilidade de tempo suficiente para a infiltração da tropacom os meios de deslocamento disponíveis;

3) condições de restrição de visibilidade como nevoeiros, perío-dos noturnos sem luar, precipitações pluviométricas, etc;

4) inimigo apresentar dispositivo defensivo disperso, com interva-los não ocupados ou vigilância deficiente;

(3) Medidas de coordenação e controle(a) Na realização desta forma de manobra o Cmt Btl empregará várias

medidas de coordenação, determinadas por este ou impostas pelo Esc Sp,necessárias à manutenção do controle das ações executadas por suas peças demanobra e elementos de apoio.

(b) As medidas de coordenação e controle estabelecidas em umaoperação de infiltração são as definidas nos parágrafos 4-32 e 4-58 deste manual,observadas as peculiaridades abaixo discriminadas (Fig 4-9):

1) faixas de infiltração (Fx Infl)- É a faixa do terreno que contém itinerários ou caminhamentos

a serem utilizados por uma força, realizando uma manobra de infiltração.- Deve permitir à força de infiltração passar através das

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posições avançadas do inimigo sem que haja necessidade de engajamento emcombate. As faixas de infiltração devem ter suas larguras especificadas, parafacilitar o controle dos fogos amigos em sua adjacência.

- Não se caracteriza como medida de coordenação restritiva,podendo ter seus limites ultrapassados durante o cumprimento da missão, se foro caso, mediante coordenação ou autorização prévia.

- O número de Fx Infl a serem adotadas será fruto da análisedo dispositivo inimigo, do tempo disponível, das características do terreno e dosmeios disponíveis.

- Em linhas gerais, o número de faixas de infiltraçãoestabelecidas será direta e inversamente proporcional à necessidade de rapideze a segurança, respectivamente.

- Sua profundidade será determinada em função da possibili-dade de apoio da artilharia orgânica e do tempo disponível para deslocamento nointerior da Fx Infl. Contudo, caso seja necessário, o Btl pode atuar além do alcanceda artilharia orgânica do Esc Sp, contando, nesta situação, apenas com seu apoiode fogo orgânico (Pel Mrt).

2) Pontos e Linhas de controle (P Ct / L Ct) - Devem serestabelecidos em número suficiente para manutenção do controle sem, contudo,conter excessivamente o deslocamento da tropa infiltrante, haja vista a necessi-dade, em princípio, de estabelecimento de contato com o Esc Sp ao atingir taispontos ou linhas.

3) Áreas de reagrupamento (A Rgpt)- É a região do terreno onde a força de infiltração é reunida e

reorganizada durante o deslocamento pela faixa de infiltração.- De acordo com a extensão da faixa de infiltração, podem ser

estabelecidas áreas de reagrupamento em número variável, porém o mínimoindispensável para o controle da força infiltrante, reduzindo a possibilidade dequebra do sigilo e o tempo de deslocamento pela faixa. Uma área de reagrupamentodeve ser suficientemente ampla para permitir a dispersão da tropa e possuir, sepossível, cobertas e abrigos.

- De acordo com a disponibilidade de tempo e outros fatoresa serem considerados no planejamento, o Cmt Btl definirá se a tropa que se infiltraem cada uma das Fx Infl deverá reorganizar-se nestas áreas como um todo,parcialmente (no escalão frações ou grupos), ou mesmo não ocupá-las efetiva-mente, de modo a não deter a progressão da força infiltrante.

- A última área de reagrupamento prevista coincide com aposição de ataque da tropa infiltrante em cada Fx Infl.

4) Posição de Ataque (P Atq) - Nesta região a tropa infiltrante sereorganiza, inicia seu desdobramento e prepara-se para o início do ataque.

5) Hora do ataque - Normalmente a hora “H” caracteriza o iníciodo ataque da força infiltrante e do ataque de fixação simultaneamente. No entanto,podem ocorrer situações em que tais horários sejam defasados, ou seja, o ataqueda força infiltrante pode ocorrer após iniciado o ataque de fixação.

6) Provável linha de desenvolvimento (PLD)- Linha nítida no terreno cuja transposição caracteriza o início

do assalto.

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- No deslocamento entre a P Atq e a PLD a tropa desdobra-se,devendo alcançar a linha de provável desenvolvimento totalmente desdobrada.

7) Linha limite de progressão (LLP)- Linha no terreno que limita a progressão do assalto da força

infiltrante.- É importante que esta linha esteja calcada em acidentes

nítidos no terreno, pois provavelmente esta servirá de referência para medidas decoordenação e controle de fogos com a artilharia e F Ae.

8) Objetivosa) Normalmente a força infiltrante receberá como objetivos:

- acidentes capitais cujo controle restringe o movimento dereserva ou isole posição defensiva inimiga;

- instalações do sistema de comando e controle ou dosistema de apoio logístico do inimigo (PC, áreas de trens e de apoio logístico,instalações de guerra eletrônica, etc);

- regiões que bloqueiam eixos de comunicações ou supri-mentos do inimigo;

- instalações que desarticulem o sistema de apoio de fogoinimigo, como linhas de fogo de baterias, radares de vigilância e sistemas debusca de alvos;

- posições defensivas na linha da ruptura ou penetração dodispositivo defensivo do escalão considerado inimigo, normalmente coincidentescom os objetivos finais do escalão que realiza a infiltração.

b) A distância entre as linhas amigas e os objetivos serádeterminada em função dos mesmos fatores que condicionam a profundidade dasFx Infl, sendo o tempo disponível o fator determinante neste processo.

(4) Escalão de Reconhecimento e Segurança (ERS)(a) O ERS é uma fração de constituição temporária constituída

especificamente para as operações de infiltração. Tem por finalidade:1) efetuar o balizamento e prover, quando necessário, todas as

medidas de coordenação e controle no interior das faixas de infiltração e nodeslocamento para estas;

2) fornecer guias de trecho para a condução da força infiltrante apartir dos P Lib SU, através da(s) faixa(s) de infiltração até as P Atq.

(b) Para tal, o ERS deverá ter uma composição flexível, tendo porbase os integrantes das frações de reconhecimento orgânicas dos batalhões,complementado com fuzileiros da reserva do Btl ou da própria subunidade que seinfiltra, sendo normalmente comandados pelo Cmt da fração base. Deve conterelementos de engenharia, comunicações e caçadores na sua constituição.

(c) Os elementos de engenharia serão responsáveis por prover amobilidade ao ERS durante o cumprimento de sua missão, atuando principalmen-te na abertura de brechas em campos minados e regiões armadilhadas.

(d) Os caçadores serão empregados para eliminar resistênciasinimigas localizadas em postos de vigilância ou pequenas patrulhas de reconhe-cimento. É importante considerar o momento oportuno para a atuação doscaçadores, de modo a não denunciar ao inimigo a presença de nossas tropas nointerior das linhas inimigas. Desta forma, deve-se raciocinar com a eliminação e

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ocultação de elementos inimigos na iminência da infiltração da força infiltrante.(e) O efetivo do ERS será determinado em função do número de Fx

Infl, de sua extensão, da quantidade de medidas de coordenação e controledeterminadas e das peculiaridades do terreno e condições de visibilidade queinfluenciarão no número de guias de trecho em cada faixa de infiltração.

(f) O Cmt ERS realiza seu planejamento de modo a infiltrar-se naslinhas inimigas com tempo suficiente para reconhecer e balizar os itinerários emedidas de coordenação e controle a serem percorridos pelos guias de trecho,considerando-se que tais trabalhos serão, em princípio, realizados apenasdurante períodos de restrição de visibilidade, mantendo-se seus integranteshomiziados durante os demais períodos do dia.

(g) Embora o tempo necessário para a condução dos trabalhos doERS seja condicionado a fatores como o volume de trabalho, meios disponíveise outros fatores da decisão, considera-se desejável a infiltração do ERS 48 horasantes da hora do ataque. Cabe ressaltar que em determinadas situações esteperíodo será bastante abreviado, sendo determinado em função de minuciosoplanejamento por parte do EM Btl.

(h) Embora o estabelecimento de um ERS não seja impositivo, esteé altamente desejável, haja vista que sua constituição possibilita a manutençãodo sigilo e a obtenção da surpresa pela força infiltrante, conferindo a esta umamaior velocidade de deslocamento no interior da(s) faixa(s) de infiltração, aumen-tando substancialmente a possibilidade de êxito na operação.

(5) Fases da infiltração(a) 1ª fase - Planejamento

1) O planejamento das operações de infiltração deve ser minuci-oso e detalhado, atentando para todos os aspectos atinentes às informaçõessobre o terreno, o inimigo e as condições meteorológicas, confrontando-as comos meios e tempo disponíveis para o cumprimento da missão.

2) Desde o início do planejamento deve-se ter constante preocu-pação com a sincronização dos diversos sistemas operacionais, haja vista adefasagem entre as ações da tropa que realiza a infiltração e as demais unidades.

3) Ao final desta fase são expedidas as ordens ao ERS e às SU,abordando-se o maior número possível de detalhes acerca dos planos de ataquee de junção, se for o caso. É realizado um ensaio das ações com os integrantesde todos os sistemas operacionais envolvidos na operação (ver Pág 5-17 letra n.).

(b) 2ª fase - Reconhecimento e preparo1) Esta fase caracteriza-se pela infiltração do ERS e preparação

da força infiltrante para a execução da operação.2) O ERS infiltra-se conforme planejado e inicia os trabalhos de

reconhecimento de trechos e identificação e balizamento das medidas decoordenação e controle determinadas pelo Cmt Btl.

3) A F Infl permanece em Z Reu realizando transmissão de ordensaos escalões subordinados, efetuando reconhecimentos possíveis e ensaiandoas ações a serem desencadeadas durante o cumprimento da missão, abordandoinclusive as possíveis condutas e a sincronização das ações.

(c) 3ª fase - Infiltração1) Na hora prevista o Btl deixa a Z Reu e desloca-se até o P Lib

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SU, onde os primeiros guias de trecho do ERS aguardam as SU e, mediante trocade senhas e sinais convencionados, guiam as SU ao longo dos itineráriospreestabelecidos até o próximo guia de trecho, onde repetem-se as trocas desenha e sinais de reconhecimento.

2) Após guiarem uma fração em seu trecho, os guias retornam aoinício do trecho e aguardam o contato da próxima fração a ser guiada, incorporan-do-se à retaguarda da última fração que passar em eu trecho e acompanhando-a até a P Atq, onde o ERS será reagrupado..

3) Normalmente a F Infl se infiltrará por grupos de infiltração nívelPel Fzo ou GC, podendo fazê-lo até por SU se a situação permitir, mantendo, emqualquer situação, a integridade tática das frações.

4) Ao passarem pelos pontos ou linhas que caracterizam medi-das de coordenação e controle, os guias de trecho devem alertar o Cmt do grupode infiltração que procederá conforme o planejado. Em princípio, apenas os CmtSU informam ao Cmt Btl sua passagem nas L Ct, P Ct e A Rgpt.

5) Normalmente os Cmt SU e Pel Fzo deslocam-se junto aosprimeiros grupos a serem infiltrados de seus escalões.

6) Ao atingirem as A Rgpt os diversos grupos de infiltração agemconforme planejado, reagrupando-se total ou parcialmente, ou ainda prosseguin-do, sem se deter nas áreas de reagrupamento (A Rgpt).

7) No caso de quebra de sigilo no interior das Fx Infl os gruposreagrupam-se na última A Rgpt ultrapassada ou agem de acordo com determina-ção do Cmt de fração ou SU. Para tal é necessário que haja uma perfeitacompreensão da intenção do comandante em todos os níveis, pois esta, em últimainstância, norteará a conduta a ser adotada pela tropa que se infiltra.

8) Ao atingirem as P Atq os grupos de infiltração reorganizam-sedentro das frações e prepararam-se para o ataque. Já o ERS procederá conformedeterminação do Cmt Btl, podendo participar ou não do ataque.

(d) 4ª fase - Conquista do Objetivo1) Após a reorganização de toda a F Infl na(s) P Atq, esta

desdobra-se ao longo da PLD e prepara-se para iniciar o ataque na hora "H".2) Na hora "H" prevista a F Infl transpõe a PLD e inicia o movimento

na direção do objetivo imposto, procedendo de acordo com a resistência inimigaencontrada no deslocamento.

3) Quando a F Infl realizar o ataque principal do Btl, normalmenteserá realizado um ataque secundário para fixar o inimigo em sua Z Aç no contatoou ruptura, dependendo do poder de combate atribuído a este ataque. Esta açãotambém pode ser realizada através de um ataque limitado.

4) Normalmente a hora “H” caracteriza o início do ataque da forçainfiltrante e do ataque de fixação simultaneamente. No entanto, podem ocorrersituações em que tais horários sejam defasados, ou seja, o ataque da forçainfiltrante pode ocorrer após iniciado o ataque de fixação.

5) Em qualquer situação é necessária a coordenação com outrossistemas operacionais na fase do planejamento, particularmente com o apoio defogo (Ap F), para definição dos fogos a serem desencadeados na região deobjetivos da força infiltrante, o que pode a vir a condicionar o horário do início doataque pela força infiltrante.

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(e) 5ª fase - Consolidação e Reorganização1) Após a conquista do(s) objetivo(s) imposto(s) a F Infl consolida

a conquista da posição e reorganiza-se conforme o previsto no parágrafo 4-36,deste manual.

2) Nas ações de consolidação deve-se atentar para a LLP e outrasmedidas de coordenação e controle com elementos de Ap F e F Ae.

3) Após realizadas a consolidação e reorganização, o Btl prepara-se para o prosseguimento da missão conforme planejado, adotando dispositivoadequado para manutenção do objetivo, apoio a ultrapassagens, operações dejunção, operações de substituição ou mesmo retorno às linhas amigas, conformeo caso.

4) Seja qual for a ação tática a ser desenvolvida pelo batalhãoapós a conquista de seus objetivos, é imprescindível, salvo em situaçõesexcepcionais, que sejam planejadas ações posteriores para a total limpeza da ZAç do Btl, particularmente de posições inimigas intermediárias entre a ação defixação e os objetivos da força infiltrante. Tais ações podem enquadrar tantorealização de fogos contra tais posições inimigas, quanto manobra de tropa emcontato (devidamente reforçada) ou da reserva do batalhão.

(6) Apoio de Fogo(a) O Ap F é planejado para todas as fases da operação de infiltração

sendo desencadeado normalmente a pedido, particularmente durante o desloca-mento do ERS e da F Infl no interior das Fx Infl.

(b) Os fogos de preparação são desencadeados sobre a região dosobjetivos finais da força de infiltração e nas posições defensivas Ini a serem fixadaspelo ataque secundário, havendo necessidade de maior coordenação com osistema de manobra no caso dos fogos de preparação ultrapassarem a hora "H",referente ao início do ataque.

(c) Durante a realização da infiltração, os fogos de apoio, emprincípio, só serão desencadeados em proveito da força infiltrante no caso dequebra do sigilo.

(d) Fogos de granadas fumígenas podem ser desencadeados apedido para romper o contato com o inimigo no caso de quebra de sigilo duranteo deslocamento, ou durante a consolidação a fim de cegar P Obs inimigo, seja emproveito da força infiltrante ou do ataque de fixação.

(e) Medidas de coordenação e controle de Ap F devem ser coorde-nadas entre o Btl, a artilharia orgânica e a F Ae, dentre as quais destacam-se:

1) Linha de Segurança de Apoio de Artilharia (LSAA) - normal-mente será locada além dos objetivos finais da força de infiltração, devido ainfiltração anterior do ERS.

2) Área de Coordenação de Fogos (ACF) - englobará os limitesdas Fx Infl, onde só serão desencadeados fogos em situações predeterminadas.

(f) Os OA Art devem acompanhar a força de infiltração para designa-ção de alvos e condução de fogos a qualquer momento que tais ações se fizeremnecessárias.

(g) O O Lig Art deve assessorar o Cmt Btl desde a fase deplanejamento da operação.

(h) O Pel Mrt Me permanece, durante o cumprimento da missão, onde

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possa apoiar a força infiltrante em melhores condições, observados o alcance deutilização e as características do terreno, particularmente no que se refere aexistência de cobertura vegetal ao longo das faixas de infiltração, o que pode vira limitar a execução do tiro no interior destas.

(i) No caso de serem realizados fogos no interior da Fx Infl e estapossuir cobertura vegetal, deve-se atentar para o fato de que as granadaspossivelmente sofrerão o arrebentamento na copa das árvores, o que faráaumentar seu raio de ação.

(j) Os OA Art devem atentar para as características da munição (tipode espoleta) a ser utilizada, de modo a proporcionar o Ap F mais eficaz possívelà tropa infiltrante, sugerindo à central de tiro a utilização de espoletas de tempo,instantânea ou de retardo, de acordo com a situação.

(7) Apoio de Engenharia(a) Normalmente o BI recebe um pelotão de engenharia (Pel E) em

apoio direto ou reforço, devendo planejar seu emprego priorizando o apoio ao ERSe à força de infiltração.

(b) O Pel E é empregado na abertura de brechas e passagens emcampos minados e áreas armadilhadas, reconhecimento de vaus e outrostrabalhos técnicos nas fases que antecedem o ataque, particularmente nodeslocamento do ERS e força de infiltração no interior das Fx Infl.

(c) Na fase de consolidação, o Pel E é empregado em trabalhos decontra mobilidade, lançando armadilhas e campos minados e construindoobstáculos para defesa do objetivo conquistado.

(8) Comando e Controle(a) Nas operações de infiltração as comunicações devem ser

adequadas às necessidades de apoio, priorizando-se os meios rádio e mensageiro.(b) Devem ser utilizados preferencialmente equipamentos rádio de

baixa potência e antenas de propagação unidirecionais, diminuindo a possibilida-de de detecção pelas medidas eletrônicas de apoio de guerra eletrônica doinimigo.

(c) Os mensageiros especiais são largamente empregados, particu-larmente durante a fase da infiltração propriamente dita, quando as prescriçõesrádio restringem a utilização destes equipamentos nas melhores condições.

(d) Devem ser adotadas medidas de proteção eletrônica no escalãobatalhão, como a utilização de códigos de mensagens preestabelecidas, mensa-gens cifradas e disciplina na exploração rádio.

(e) Na fase de planejamento o Cmt Btl deve atentar para informaçõessobre existência de radares de vigilância terrestres inimigos que cubram a áreaonde será realizada a infiltração e, se for o caso, coordenar com o escalão superiora condução de medidas de dissimulação eletrônica.

(f) O Cmt Btl normalmente estabelece um PCT e acompanha a forçade infiltração que realiza o ataque principal do batalhão. Tal decisão cabe ao CmtBtl e é fruto de minuciosa análise dos fatores da decisão, da intenção do comandoenquadrante e das possibilidades de intervenção nas ações para o cumprimentoda missão, no caso de quebra do sigilo, no interior da faixa de infiltração.

(g) A reserva do batalhão não deve, em princípio, acompanhar a forçainfiltrante, podendo atuar em uma nova faixa de infiltração ou nova direção de

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ataque, proporcionando maior flexibilidade ao Cmt Btl para o cumprimento damissão.

(9) Infiltração por Desdobramento à Retaguarda do Inimigo(a) É uma modalidade específica de infiltração em que uma tropa

adota temporariamente uma situação defensiva, ocultando-se no terreno até serultrapassada por tropa inimiga sem ser observada por esta, passando posterior-mente a conduzir ações ofensivas contra tropa ou instalações inimigas.

(b) É normalmente conduzida por BI.(c) Tem na surpresa um fator imperioso e necessita de planejamento

minucioso, baseado em detalhadas informações sobre o terreno e o inimigo,aliadas a uma profunda análise dos fatores da decisão, por se tratar de umaoperação de alto risco.

(d) A tropa infiltrada, após ultrapassada pelo inimigo, recebe comomissão:

1) obter informações sobre localização das instalações decomando e logísticas e reserva do inimigo, seu dispositivo, valor, etc;

2) atacar para destruir, confundir e desarticular o dispositivoinimigo; e

3) conduzir operações de inquietação e oportunidade.(e) Devem ser planejados itinerários de retraimento para as linhas

amigas devidamente reconhecidos e balizados, com passagens abertas atravésde obstáculos existentes.

(f) A tropa que executa esta modalidade de infiltração deve serapoiada por elementos de engenharia e, se possível, de artilharia.

(g) Após o cumprimento de sua missão a força de infiltração realizauma operação de retorno às linhas amigas, estabelecendo uma junção e ligando-se com elementos do Esc Sp ou outra tropa amiga.

(h) A observância da segurança das comunicações e prescriçõesquanto a medidas de proteção eletrônica crescem de importância neste tipo deoperação.

(i) Embora tais operações sejam normal e minuciosamente planeja-das, podem ser desencadeadas em situações de oportunidade, como nacondução de operações de ação retardadora, retraimento ou em qualquer outrasituação em que se torne vantajosa a interposição de uma força infiltrante entrea tropa inimiga e a amiga, com a finalidade de atuar contra este inimigo, após serultrapassada por este.

(j) Deve-se ter cuidado especial com a possibilidade de fratricídio,particularmente no retorno às linhas amigas.

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Fig 4-9. Esquema de Manobra do Btl Inf na Infiltração

4-20. ORGANIZAÇÃO DAS FORÇAS PARA O ATAQUE

O Btl se organiza para o ataque em três grupamentos de forças, cada umcom missões e tarefas específicas.

a. Ataque Principal - É aquele que tem a seu cargo a decisão do combate,devendo possuir as seguintes características:

(1) estar dirigido contra o objetivo decisivo, ou seja, aquele cuja conquistamelhor contribua para o cumprimento da missão, podendo estar relacionado aoterreno ou ao inimigo;

(2) receber a mais alta prioridade na distribuição do poder de combate,particularmente o reforço de carros de combate, se a Via A permitir;

(3) contar com forte apoio ao combate, particularmente o apoio de fogoe de engenharia;

(4) utilizar, se possível, a melhor Via A em uma zona de ação maisestreita; e

(5) incidir, se possível, sobre a parte mais fraca ou o flanco do dispositivoinimigo.

b. Ataque Secundário(1) É aquele que tem por finalidade básica auxiliar o ataque principal,

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podendo faze-lo das seguintes formas:(a) iludindo o inimigo quanto à verdadeira direção do ataque principal;(b) fixando o inimigo no terreno;(c) forçando o inimigo a empregar suas reservas prematura ou

parceladamente, ou em áreas não decisivas;(d) impedindo o reforço do inimigo na Z Aç do ataque principal; e(e) conquistando terreno que facilite a manobra do ataque principal.

(2) Caso o ataque principal perca a impulsão ou até mesmo fique detido,pode-se transformar o ataque secundário em principal. Neste caso, o Cmt deslocao poder de combate disponível para dar maior potência ao novo ataque principal.

(3) Face às condições do terreno e às defesas inimigas, um Cmt podeplanejar que uma peça de manobra execute, inicialmente, o ataque principal atéque determinada condição seja criada ou que certa área seja atingida para, então,converter o ataque secundário em principal.

c. Reserva(1) É a parte da força, mantida nas mãos do Cmt, que constitui seu

principal meio de intervenção no combate, proporcionando flexibilidade e seguran-ça à manobra. Suas principais missões são:

(a) manter a impulsão do ataque;(b) aproveitar o êxito de um elemento de primeiro escalão bem

sucedido;(c) manter o terreno conquistado pelo escalão de ataque;(d) proporcionar segurança aos flancos e à retaguarda do Btl;(e) deter contra-ataques inimigos;(f) explorar nova direção de ataque, caso um elemento de primeiro

escalão tenha sido detido pelo inimigo;(g) substituir um elemento de primeiro escalão desgastado;(h) reduzir resistências inimigas ultrapassadas;(i) auxiliar unidades vizinhas, quando favorecer o cumprimento da

missão do Btl; e(j) manter contato com unidades vizinhas com parte de seus meios.

(2) A reserva deve ser localizada de modo a facilitar seu emprego na Z Açdo ataque principal, e proporcionar segurança à manobra do batalhão. Deve ocuparZ Reu sucessivas, à medida que o escalão de ataque avançar no terreno, semadentrar no compartimento de contato, em regiões que proporcionem proteçãocontra a observação e os fogos inimigos, e que permitam seu rápido deslocamentopara os pontos de provável emprego. Seu deslocamento será realizado por lançosentre as Z Reu.

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(3) A reserva pode estar centralizada, articulada ou fracionada, conformeo quadro abaixo (ver itens (4) e (5) da letra d. do Nr 5-13):

(4) Existem situações especiais da reserva, são elas:(a) Reserva hipotecada - É aquela que, apesar de estar sob o controle

direto de peça de manobra (valor SU) do Btl, não pode ser empregada sem aautorização prévia do Cmt Btl. Por exemplo, podemos ter um Pel Fzo reserva deuma Cia Fzo de primeiro escalão, hipotecado ao Btl, podendo apenas serempregado pela Cia Fzo mediante autorização do Cmt Btl, ou podendo passar aocontrole direto do batalhão, quando a situação assim o exigir.

(b) Reserva temporária - É aquela que, em situações de conduta, éconstituída por elementos de comando, apoio ao combate e Ap Log do Btl,conforme as normas gerais de ação da unidade, para recompor a reserva do Btl,em caso de emprego da reserva original. Por exemplo, podemos constituir umareserva temporária, valor pelotão, com elementos do pelotão de comunicações,do pelotão de comando e do pelotão de suprimentos.

4-21. CONSIDERAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO

a. Generalidades - Após o recebimento de uma ordem de ataque do EscSp, o Cmt e o EM iniciam o planejamento do ataque do Btl, de acordo com asnormas de comando previstas no capítulo 2.

b. Montagem da Linha de Ação - A linha de ação é uma maneira lógicae viável de se cumprir a missão atribuída. Durante a sua formulação, e baseadonos fatores da decisão (missão, inimigo, terreno, meios e tempo), o Cmt e seu EManalisam os seguintes aspectos, dentre outros:

(1) seleção de objetivos;(2) dispositivo para o ataque;(3) poder de combate das peças de manobra;(4) organização para o combate;(5) regulação da manobra;(6) medidas de segurança;(7) medidas de coordenação e controle;(8) apoio de fogo;(9) comando, controle e comunicações; e(10) apoio logístico.

OÃÇAUTIS OÃÇAZILACOL ODNAMOC

adazilartneC acinúoãinueredanoZ ocinúodnamoC

adalucitrA edsanozsiamuo)saud(2oãinuer ocinúodnamoC

adanoicarF edsanozsiamuo)saud(2oãinuer

siamuo)siod(2sodnamoc

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4-22. SELEÇÃO DE OBJETIVOS

a. Generalidades(1) Normalmente, um objetivo de Btl é designado pelo Cmt Bda. Os

objetivos de Btl, em princípio, consistem em um ou mais acidentes capitais doterreno, que proporcionem observação, bloqueiem Via A e facilitem o desdobra-mento de forças, bem como a continuação do ataque. Quando definidos emrelação ao inimigo devem caracterizar sua destruição total ou parcial.

(2) A área designada como objetivo deve ser conquistada e controlada.Não é necessária a ocupação física de toda a área. Quando ela é grande, o Btlconquista, freqüentemente, apenas o terreno dominante em seu interior e controlao resto da área pelo fogo e por outros meios.

(3) Para assegurar a conquista do objetivo do Btl, seu Cmt designaobjetivo(s) para as companhias. Estes objetivos podem coincidir com o objetivodo Btl ou podem consistir de acidentes capitais do terreno nas proximidades dosobjetivos do Btl, cuja conquista assegure o controle destes. Em qualquer caso,o(s) objetivo(s) deve(m) ser claramente definido(s).

(4) O objetivo deve ter as seguintes características:(a) contribuir de modo marcante para o cumprimento da missão do

batalhão e facilitar as operações futuras;(b) ser facilmente identificável no terreno; e(c) ter dimensões compatíveis com o valor da peça de manobra

empregada na sua conquista.

b. Objetivo decisivo(1) É o objetivo, dentre os objetivos finais impostos ao Btl, que melhor

contribui para o cumprimento da missão. Deve ser definido pelo comandante edifundido nas diretrizes de planejamento.

(2) Quando o objetivo for relacionado ao terreno, deve-se proceder aanálise dos objetivos finais impostos, verificando-se os seguintes aspectos:

(a) dominância - deve-se considerar o porte, a amplitude e ainterdependência dos objetivos;

(b) ação futura do batalhão, podendo ser:1) manter - aquele que apresentar melhores condições de defesa,

preferencialmente apoiado em obstáculo e com campos de tiro rasantes e deflanqueamento;

2) prosseguir - aquele que apresentar melhores condições deprosseguimento;

3) ficar em condições de prosseguir ou manter para apoiar umaultrapassagem - aquele que apresentar melhores condições de prosseguimento;

(c) Imposição do escalão superior - quando a Bda estabelecer umadireção de ataque para o Btl; e

(d) Manobra do escalão superior, considerando:1) ação futura da Bda;2) proteção do ataque principal da Bda.

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c. Objetivos Intermediários(1) O comandante do batalhão pode designar objetivos intermediários

para as companhias. Tais objetivos devem ser designados apenas no númeromínimo necessário, porque eles podem diminuir a velocidade do ataque, restringira manobra e causar excessiva concentração de tropa.

(2) Sempre que possível, o objetivo intermediário deve ser marcado emregião do terreno topotaticamente favorável à sua consolidação, ou seja, emregiões dominantes e fora da distância de apoio mútuo do aprofundamentoinimigo.

(3) Um acidente deve ser designado como objetivo intermediário emfunção dos seguintes aspectos:

(a) mudança de Dspo de ataque, seja por alteração no número deelementos de manobra ou por substituição de elementos de manobra; (Fig 4-10)

(b) insuficiência de poder de combate para atingir os objetivos finaisdo Btl;

Fig 4-10. Mudança do dispositivo de ataque

(4) Um acidente do terreno pode ser designado como objetivo intermedi-ário em função dos seguintes aspectos:

(a) acentuada mudança da direção de uma peça de manobra do Btl;(Fig 4-11)

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Alteração no número de peças demanobra

Substituição de peças de manobra

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Fig 4-11. Acentuada mudança de direção

(b) necessidade de segurança, quer pela existência de um flancoexposto ameaçado pelo inimigo (objetivo de segurança), quer na ultrapassagemde um curso de água obstáculo ou por acentuada influência sobre uma Via Avizinha; (Fig 4-12)

Fig 4-12. Necessidade de segurança

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Objetivo de segurança Ultrapassagem de rioobstáculo

Acentuada dependência devias de acesso

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(c) previsão de combate difícil e prolongado, quando o inimigoapresentar um dispositivo forte na faixa do defender, induzindo à marcação deobjetivos intermediários na região da ruptura da posição defensiva inimiga;(Fig 4-13)

Fig 4-13. Previsão de combate difícil e prolongado

(d) profundidade da missão, quando os objetivos finais do batalhãoforem marcados além da penetração do batalhão inimigo de primeiro escalão,induzindo à marcação de objetivos intermediários na região da penetração daposição defensiva inimiga; (Fig 4-14)

(e) observação limitada do terreno, quando o Cmt não puder observaros objetivos impostos pela brigada do seu posto de observação inicial; e

(f) prazo para a conquista dos objetivos finais, incluindo a consolida-ção e a reorganização, quando for superior a uma jornada diurna, pois o batalhãopoderá prosseguir em operações noturnas, exigindo um planejamento diferenci-ado, ou reiniciar o ataque na jornada seguinte. O prazo também influencia nonúmero de linhas de objetivos intermediários, pois estes aumentam o temponecessário para a conquista dos objetivos finais, podendo, com isso, proporcionarcondições de reforço por parte do inimigo.

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Fig 4-14. Profundidade da missão.

4-23. DISPOSITIVO PARA O ATAQUE

a. Generalidades - Deve ser selecionado um dispositivo para o ataque queproporcione o grau de segurança necessário, flexibilidade, controle, dispersão epoder de combate superior ao inimigo, onde necessário. (Fig 4-15)

b. Dispositivo com uma companhia em primeiro escalão - É utilizadoquando a Z Aç for estreita, comportando apenas uma companhia em formação deataque. Tal dispositivo proporciona flexibilidade pela manutenção de fortesreservas, máxima segurança nos flancos, além de facilitar o controle.

c. Dispositivo com duas companhias em primeiro escalão - É odispositivo utilizado com maior freqüência pelo batalhão, proporcionando, demodo equilibrado, poder de combate, flexibilidade e segurança.

d. Dispositivo com mais de duas companhias em primeiro escalão -É utilizado quando a Z Aç for ampla, o ataque pouco profundo e o inimigo fraco,sendo empregado normalmente em ações de fixação. Proporciona máximo poderde combate, porém reduzida flexibilidade face à manutenção de uma reserva fraca.

e. Os dispositivos acima descritos consideram o Btl composto por trêscompanhias de fuzileiros, porém, quando reforçado por outras peças de manobra,admitem variantes em função da análise do dispositivo do inimigo e do número deVia A. Durante o ataque, o Btl pode alterar o seu dispositivo inicial.

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Penetraçãoda brigada

inimiga

Penetraçãodo batalhão

inimigo

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Fig 4-15. Dispositivos do batalhão

4-24. PODER DE COMBATE

a. Generalidades(1) O poder de combate é a capacidade de combate existente em

determinada força, resultante da combinação dos meios físicos à disposição e dovalor moral da tropa que a compõe, aliados à liderança do comandante da tropa.O poder de combate depende, em larga escala, das qualidades de chefia e dacompetência profissional do comandante, traduzidas na organização, adestra-mento, disciplina, espírito de corpo, estado do equipamento e emprego engenho-so das forças. Depende, também, das características e possibilidades dos meiosque compõem essas forças.

(2) Todos os elementos que de alguma maneira ocasionam acréscimosou decréscimos são genericamente chamados de multiplicadores do poder de

Uma companhia em primeiro escalão

Duas companhias em primeiro escalão

Três companhias em primeiro escalão

Inimigo

Inimigo

Inimigo

Res Res

Res

Res

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combate. Entre estes, têm grande importância a rapidez e violência da ação decombate, visando agir sobre o flanco ou retaguarda do dispositivo inimigo,atacando-o de surpresa e numa direção inesperada.

(3) Na determinação do poder de combate de suas peças de manobra,o Cmt Btl verifica, inicialmente, quantas companhias são necessárias para aconquista dos objetivos finais do Btl e a necessidade de reforçá-las paraconquistar tais objetivos.

b. Ataque Principal - Deve ser dotado, no mínimo, com poder de combatede 3x1.

c. Ataque Secundário(1) Deve ser dotado, em princípio, com poder de combate de 3x1. No

entanto, por motivo de economia de meios, é admissível um poder de combate de2x1 para o ataque secundário. Neste caso, deve-se levar em conta aspectos comoterreno, inimigo, experiência de combate, adestramento da tropa, etc.

(2) Um terreno de grande valor defensivo (de conformação transversal),associado a um inimigo com dispositivo forte inicialmente (faixa do “defender”),induz a um poder de combate de 3x1 para se atingir a região da ruptura da posiçãodefensiva inimiga.

(3) Um terreno de pequeno valor defensivo (de conformação longitudinal),e um inimigo fraco na faixa do “defender” permite a relação de poder de combatede 2x1, como medida de economia de meios.

d. Reserva(1) Em princípio, a reserva deve ser forte (companhia de fuzileiros a três

pelotões) para proporcionar flexibilidade ao comandante. Durante o planejamento,serão feitas considerações acerca das possibilidades de emprego e do poder decombate da reserva, sendo admissível, em determinadas situações, uma reservacompatível (companhia de fuzileiros a dois pelotões) ou mesmo uma reserva fraca(companhia de fuzileiros a um pelotão de fuzileiros).

(2) São fatores que induzem à manutenção de uma reserva forte:(a) objetivos profundos, marcados além da penetração do Btl inimigo

em primeiro escalão; e(b) inimigo apresentando um dispositivo forte em profundidade.

e. Poder Relativo de Combate(1) O poder de combate só tem significado quando confrontado com o

poder de combate das forças oponentes (Poder Relativo de Combate).(2) Ao fazer a análise do poder relativo de combate, o comandante procura

determinar, em cada fator analisado, os aspectos predominantes e as deficiênciasde ambos os contendores. As conclusões obtidas permitem ao comandanteabreviar o seu estudo de situação, proporcionando-lhe indicações sobre ascaracterísticas gerais das linhas de ação que podem ser adotadas. Durante aanálise, deve ser ressaltada a aplicação dos princípios de guerra.

(3) Na determinação do poder relativo de combate os fatores abaixoservem, normalmente, como termo de comparação:

(a) unidades de manobra (número, efetivos, valor combativo etc.);

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(b) apoio de fogo;(c) apoio de guerra eletrônica;(d) apoio de engenharia;(e) apoio logístico;(f) comando e controle;(g) mobilidade;(h) terreno;(i ) dispositivo;(j) outros (algumas considerações adicionais podem ser incluídas,

tais como: moral, aptidão das unidades para a operação, experiência de combate,adestramento, dissimulação, abrigos, interdição, inteligência, guerra psicológicaetc).

(4) Ao concluir a análise, deve-se procurar:(a) consolidar os fatores em que temos superioridade;(b) desequilibrar os fatores em que não haja vantagem marcante para

nenhum dos contendores;(c) reverter os fatores em que o inimigo tem superioridade.

4-25. ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE

a. O Cmt fixa as relações de comando e compõe suas peças de manobrana organização para o combate. O Btl tem sua composição fixada pela brigadade acordo com a missão e a situação. Tal composição pode incluir o reforço deuma ou mais companhias.

b. O Cmt Btl compõe suas Cia, orgânicas ou em reforço, empregando-ascomo unidades de uma única arma ou como unidades reciprocamente reforçadas.Se o Btl dispõe de elementos de carros de combate em reforço, deve organizarforças-tarefa, fortes em infantaria, fortes em carros de combate ou equilibradascom igual número de pelotões de fuzileiros e de carros de combate. (Fig 4-16)

c. Um pelotão de fuzileiros ou de carros de combate é, normalmente, amenor fração dada em reforço a uma companhia em operações ofensivas.

d. Uma FT forte em carros de combate, é mais bem empregada onde oterreno é favorável ao emprego de carros de combate, o inimigo é forte emblindados e quando houver necessidade de grande poder de choque e de rapidez.

e. Uma FT forte em infantaria, é mais bem empregada quando é necessárioabrir ou remover obstáculos AC, quando há fortes defesas anticarro, quando deveser conquistada uma área edificada ou quando o terreno é desfavorável ao empregode um substancial número de viaturas blindadas.

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Fig 4-16. Tipos de forças-tarefa valor subunidade

f. Caso o Btl receba em reforço elementos de cavalaria mecanizada, valorpelotão ou esquadrão, deverá empregá-los normalmente como:

(1) força de proteção de flanco;(2) força de ligação; e(3) elemento de manobra no escalão de ataque.

g. Ao empregar o esquadrão de cavalaria mecanizado no escalão de ataque,o Cmt Btl deve atribuir-lhe, preferencialmente, objetivos de segurança e Via Afavoráveis a blindados.

4-26. COMBINADO INFANTARIA - CARROS

a. Generalidades(1) Ainda que os carros de combate não sejam orgânicos do BI, estes e

os fuzileiros podem ser empregados combinados na ofensiva, ressaltando que setrata de uma situação esporádica. A brigada pode reforçar seus Btl de primeiroescalão com elementos de carros de combate, o que é comum na infantariablindada, porém não se restringindo a estas unidades de infantaria. Outros tipos

Força-Tarefa forte em infantaria

Força-Tarefa forte em carros de combate

Força-Tarefa equilibrada

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de infantaria podem ser reforçadas por elementos de carros de combate, emsituações em que o escalão superior julgue necessário aumentar a impulsão e opoder do combate de uma peça de manobra, para o sucesso da operação. Umexemplo claro é o emprego de carros reforçando um BI Mtz no ataque a umalocalidade, tratado no Art IX deste capítulo.

O Cmt Btl, por sua vez, pode colocar carros de combate em reforço àscompanhias de fuzileiros. A unidade de comando dentro do grupamento infantaria-carros é estabelecida claramente na ocasião em que os elementos passam areforçar. O comandante do elemento que reforça é o assessor do Cmt dogrupamento para assuntos relativos ao emprego de sua fração.

(2) A infantaria e os carros são perfeitamente ajustados para seauxiliarem mutuamente no ataque. As possibilidades de um compensam aslimitações do outro. Os carros auxiliam a progressão da infantaria pela destruiçãoou neutralização dos carros inimigos, das armas automáticas, das forças decontra-ataque, dos obstáculos contra pessoal e pela conquista dos objetivos. Ainfantaria auxilia os carros pela localização e destruição de armas anticarroinimigas, das minas, dos obstáculos e pela procura e balizamento dos itineráriosde progressão para os carros. Após a conquista do objetivo, os carros e a infantariaprotegem-se mutuamente durante a reorganização e a consolidação.

b. Processos de ataque - De um modo geral, há cinco processos de ataqueque podem ser empregados pelos grupamentos infantaria a pé e carros. Essesprocessos, freqüentemente, são modificados pela combinação de elementos dedois ou mais processos. A resistência do inimigo e o terreno indicam o processoque melhor assegure o sucesso de determinado ataque.

(1) Primeiro processo - Inicialmente, os carros apóiam a infantariaatirando, parados, de posições com desenfiamento de couraça (posição tomadapor um carro de combate no qual o seu chassi fica oculto e somente a torre ficaexposta aos fogos e vistas do inimigo) ou permanecem ocultos nas proximidadesda linha de partida. Quando a infantaria se aproxima da posição de assalto, elesprogridem rapidamente e juntam-se à infantaria nessa posição. Os fogos de apoiosobre o objetivo são, então, transportados e o assalto é executado pela infantariae os carros, com os fuzileiros nos intervalos dos carros. Os carros regularão suasaída da linha de partida para que cheguem à posição de assalto simultaneamentecom a infantaria. Esse processo é vantajoso quando o objetivo estiver claramentedefinido e quando existirem campos de tiro para os carros. A surpresa, geralmen-te, é conseguida. A potência máxima de fogos dos carros é obtida no momentodo assalto. Os fogos desencadeados dos carros em movimento a curta distância,em combinação com os fogos de assalto da infantaria, aumentam, de modosignificativo, a intensidade do efeito de choque.

(2) Segundo processo - Inicialmente, a infantaria progride no terreno como apoio dos carros em base de fogos. Posteriormente, os carros transpõem a linhade partida a tempo de ultrapassar a infantaria, antes que ela chegue à posição deassalto. Assim, os carros precedem a infantaria no assalto, mantidos os fuzileirosa uma distância de segurança dos arrebentamentos dos tiros da artilharia comespoleta de tempo. A infantaria segue à retaguarda dos carros, eliminando oucapturando o pessoal inimigo remanescente. Esse processo encontra sua maior

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4-50

aplicação em ataques pesadamente apoiados por tiros de artilharia com espoletade tempo, contra um inimigo que possui pouco ou nenhum abrigo com teto, e cujadefesa anticarro na frente compõe-se de poucos engenhos anticarro.

(3) Terceiro processo - A infantaria e os carros, vindos de direçõesdiferentes e deslocando-se por itinerários diversos, convergem sobre o objetivo.Devido à maior velocidade dos carros, a infantaria, normalmente, lança seu ataqueprimeiro e os carros transpõem a linha de partida a tempo de permitir acoordenação simultânea do assalto final entre a infantaria e os carros. Sempre quepossível, os carros apóiam pelo fogo a progressão da infantaria, até o momentoem que devam lançar seu próprio ataque. Esse processo é útil quando o terrenoe a defesa inimiga favorecem a utilização de, pelo menos, duas Via A: uma paraa infantaria e outra para os carros.

(4) Quarto processo - A infantaria e os carros deslocam-se juntos namesma velocidade durante toda a progressão, desde a linha de partida até oobjetivo. A infantaria pode deslocar-se ligeiramente à frente dos carros, entre elesou imediatamente à sua retaguarda. À medida que a progressão se desenvolve,estas posições relativas entre a infantaria e os carros serão ajustadas de acordocom as necessidades, tendo em vista a natureza da resistência inimiga e oterreno. Esse processo é usado quando a visibilidade é reduzida, nas zonasedificadas e nos bosques. Ele assegura uma estreita coordenação e o máximode apoio mútuo, sacrificando, porém, a velocidade e a surpresa, o que deve serconsiderado no planejamento, evitando-se a exposição desnecessária dos carrosa baixa velocidade. Isto aumenta a vulnerabilidade dos carros aos fogos anticarroe dá ao inimigo oportunidade para aumentar a eficácia e intensidade de seus fogosdefensivos. Em terreno coberto, quando pouco se conhece sobre o inimigo, deveser empregado de início esse processo, passando-se a outro, quando o escalãode ataque penetrar em terreno mais limpo ou quando tornar-se clara a situação doinimigo.

(5) Quinto processo - Os carros, parados, atiram de posições dedesenfiamento de couraça, localizadas nas proximidades da linha de partida eapóiam a infantaria, executando tiros por cima de tropa ou pelos flancos durantetoda a sua progressão, desde a linha de partida até o objetivo. Somente a infantariarealiza o assalto. Esse processo é o menos eficiente de todos e somente deve serempregado quando obstáculos naturais ou artificiais impedirem o movimento doscarros até o objetivo.

(6) Qualquer que seja o processo empregado para atingir o objetivo, umavez este conquistado, a infantaria e os carros coordenam estreitamente suasações durante a fase de consolidação. Durante a reorganização e os preparativospara o prosseguimento do ataque, os carros são dispostos com a infantaria, deacordo com os planos previstos para manter o objetivo conquistado, na eventua-lidade de contra-ataques inimigos.

4-26

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C 7-20

4-27. ATAQUE LIMITADO

a. Generalidades(1) É um ataque realizado, normalmente, sobre uma parte da Z Aç de uma

força, com pequena profundidade. Difere de um ataque normal por ter suaprogressão limitada em profundidade, em função de um ou mais fatores da decisão(missão, inimigo, terreno, meios e tempo).

(2) Considerando que o elemento que realiza um ataque limitado é, emprincípio, o ataque secundário de seu Esc Sp, podemos concluir que asfinalidades de um ataque limitado são:

(a) fixar o inimigo;(b) atrair reservas para sua Z Aç, evitando que o inimigo reforce na

Z Aç do ataque principal;(c) conquistar objetivo de segurança; e(d) outras semelhantes às de um ataque secundário.

b. Ataque de fixação(1) Fixar é a ação tática, normalmente ofensiva e de profundidade

limitada, que visa impedir o desengajamento do inimigo em contato, de suasreservas imediatas e meios de apoio.

(2) Caso a brigada não imponha objetivo, o Btl pode eleger e imporobjetivos às suas peças de manobra na região da ruptura do Btl inimigo, a fim deatrair e impedir que a companhia reserva do batalhão inimigo atue em outra parteda Z Aç. (Fig 4-17)

Fig 4-17. Ataque limitado de batalhão

4-27

Objetivos nãoimpostos pela

brigada

LP/LC LP/LC

(Z Reu)

O 1 O 2

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c. Ataque em sua zona de ação - “Atacar em sua zona de ação” significaum ataque limitado sem marcação de objetivos, com a finalidade de realizar alimpeza da Z Aç. Difere do ataque limitado para conquistar particularmente pelainexistência de região topotaticamente adequada para marcação de objetivo. Atropa transpõe a linha de partida e prossegue no ataque até o limite posterior daZ Aç recebida. (Fig 4-18)

Fig 4-18. 1ª Cia Fzo realizando ataque em sua zona de ação

d. Marcação de objetivos(1) Em um ataque limitado, conforme a análise dos fatores da decisão,

o Cmt pode marcar ou não objetivos às suas peças de manobra.

4-27

SEROTAF RACRAMAZUDNI RACRAMOÃNAZUDNI

oãssiM

.açnarugesedovitejboratsiuqnoC-edadidnuforpmeogiminioraxiF-

,)ogiminiltBodoãçartenep(adoãigeranovitejboodnacram

.ogiminiltBodarutpur

etnemlaiciniogiminioraxiF-.)ogiminiltBodarutpuraéta(

ogiminI .rednefedodaxiafanocarF- .rednefedodaxiafanetroF-

onerreT .sovitejboedoãçacramaecerovaF- edoãçacramaecerovafoãN-.sovitejbo

soieM .etneicifusetabmocedredoP- .etneicifusnietabmocedredoP-

opmeT .etnarednoperpéoãnzedipaR- .zediparededadisseceN-

01 02

1 2

1 2

3 2

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(2) Os dados da tabela acima não devem ser considerados absolutos,podendo variar em função dos fatores da decisão.

e. Poder de Combate(1) A determinação do poder de combate de um ataque limitado com

marcação de objetivo obedece às mesmas prescrições de um ataque secundário.(2) O poder de combate para se fixar uma tropa inimiga em determinada

região do terreno corresponde ao poder de combate necessário para se atingir aregião imediatamente anterior. Por exemplo, para fixar a penetração de um Btlinimigo de primeiro escalão, devemos atribuir poder de combate suficiente paraatingir a ruptura da posição inimiga. O Cmt deve ter ciência das dificuldades quepoderão advir, quando do desembocar do ataque, caso decida por um poder decombate igual ao do contato (1x1) para fixar a ruptura da posição defensiva inimiga,em um ataque limitado. A resistência inimiga esperada, nesta situação, podeimpedir que o ataque de fixação cumpra sua missão.

f. Situações que sugerem um ataque limitado(1) Terreno - Um ataque limitado pode ser realizado:

(a) Quando uma Via A torna-se bastante desfavorável à progressãoa partir de determinada região; e (Fig 4-19)

Fig 4-19. Ataque limitado devido a uma via de acesso desfavorável

4-27

LP/LC LP/LC

O 3 O 4

O 1

O 2

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(b) Quando uma Via A converge melhor para o mesmo acidentecapital que outra Via A e tal acidente não comporta duas peças de manobra. (Fig4-20)

Fig 4-20. Ataque limitado por convergência de vias de acesso

(2) Inimigo - Um ataque limitado pode ser realizado quando o inimigoapresentar grande poder de combate inicialmente, podendo o Btl fixá-lo em parteda frente com reduzido poder de combate e rompê-lo com um poder de combatemaior em outro local. (Fig 4-21)

4-27

O 1

LP/LCLP/LC

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Fig 4-21. Ataque limitado em função do inimigo

4-28. REGULAÇÃO DA MANOBRA

a. Generalidades(1) Regular a manobra significa dar ordens claras e precisas às peças de

manobra até determinada região do terreno.(2) De acordo com os fatores da decisão, o Cmt poderá fazer uma

regulação longa ou curta para sua manobra. Fará uma regulação longa quandodefinir todos os elementos da decisão até os objetivos impostos pelo escalãosuperior. Em contrapartida, estará fazendo uma regulação curta quando só forpossível dar ordens claras e precisas até determinada região de sua Z Aç. A partirdessa região, o Cmt, mediante a expedição de ordens fragmentárias, definiráquais as peças de manobra que prosseguirão no ataque. (Fig 4-22)

(3) Para que seja possível uma regulação curta da manobra, faz-senecessária a marcação de objetivos intermediários.

LP/LC LP/LC

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Fig 4-22. Tipos de regulação de manobra

b. Fatores da Decisão - Para a regulação da manobra deverão seranalisados os fatores da decisão:

(1) MissãoProfundidade - O normal é que o Btl receba objetivos na região da

penetração da posição defensiva inimiga. Caso o Btl receba objetivos além dessaregião, haverá uma tendência à regulação curta.

(2) Inimigo(a) Natureza - Tropa de cavalaria induz à regulação longa, enquanto

que de infantaria à curta.(b) Dispositivo - O dispositivo do inimigo, forte em profundidade,

sugere considerável grau de incerteza quanto à possibilidade do escalão deataque prosseguir até os objetivos finais, induzindo à regulação curta.

(c) Possibilidade de reforço - Considerar as reservas inimigas queprovavelmente serão empregadas na Z Aç do Btl, concluindo sobre a possibilidadedo inimigo reforçar suas ações de defesa. Pequena ou grande possibilidade dereforço induz à regulação longa ou curta, respectivamente.

(d) Informações - A carência de informações sobre o inimigo provocaincerteza sobre o seu dispositivo e valor, sugerindo uma regulação curta.

(3) Terreno(a) Condições de observação - A possibilidade de se observar, de um

P Obs aquém da LP/LC, até os objetivos finais sem que haja compartimento entreeles, possibilitando a identificação das Via A e os limites entre as peças demanobra, induz a uma regulação longa.

Regulação Longa Regulação Curta

4-28

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(b) Valor defensivo - Quanto maior o valor defensivo do terreno,tendemos a regular curto.

(c) Informações - A carência de informações sobre o terreno nosconduz a um considerável grau de incerteza, sugerindo uma regulação curta.

(4) Meios(a) Mobilidade - Quando possuímos uma mobilidade superior à do

inimigo, tendemos a regular longo.(b) Unidades de manobra - Quando possuímos superioridade de

unidades de manobra em relação ao inimigo, tendemos a regular longo.(c) Superioridade aérea - Quando temos superioridade aérea, tende-

mos a regular longo.(5) Tempo

(a) Prazo - Se a missão não puder ser cumprida em menos de umajornada diurna, a regulação tenderá a ser curta. Este aspecto não é comum noescalão batalhão.

(b) Rapidez - A ênfase na rapidez sugere uma regulação longa.

c. A definição sobre a regulação da manobra surgirá da integração dosaspectos acima estudados, sendo que, conforme a situação, poderá haver um oumais fatores preponderantes, normalmente o inimigo e o terreno.

4-29. COMPARAÇÃO DAS LINHAS DE AÇÃO

a. Generalidades - No decorrer do estudo de situação, após a formulaçãodas nossas linhas de ação e a análise das linhas de ação opostas, o Cmt e seuEM realizam a comparação dessas com vistas à tomada da decisão. Estacomparação pode ser feita baseada em dois processos: o das vantagens edesvantagens e o dos fatores de comparação.

b. Processo das vantagens e desvantagens - Neste processo sãoelencadas as principais vantagens e desvantagens de cada linha de ação.

c. Processo dos fatores de comparação - Neste processo as linhas deação são analisadas em relação aos fatores abaixo discriminados:

(1) Terreno(a) Posição relativa dos objetivos - Devem ser marcados de forma a

proporcionar a progressão das peças de manobra justapostas em Via A paralelas,facilitando o comando, o controle e o Ap F.

(b) Objetivos marcados em região adequada - Devem ser marcadosem regiões dominantes, que proporcionem boas condições para o prosseguimen-to em operações futuras.

(c) O escalão de ataque deve mobiliar todas as Via A.(d) O escalão de ataque deve mobiliar adequadamente cada Via A,

de acordo com o valor e a natureza da peça de manobra empregada.(e) O ataque principal deve utilizar a melhor Via A, se possível.(f) O ataque principal deve utilizar uma Z Aç com a frente mais

estreita.

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(2) Rapidez(a) Objetivos intermediários - A marcação de objetivos intermediários

reduz a velocidade do ataque.(b) O ataque principal deve utilizar a Via A mais curta ou mais bem

orientada para o objetivo decisivo.(c) Emprego de força-tarefa - A constituição de forças-tarefa em todas

as peças de manobra do escalão de ataque aumenta a velocidade de progressãodo Btl.

(3) Dispositivo do inimigo(a) O escalão de ataque deve pressionar o inimigo em toda a frente

e em profundidade, e, se possível, simultaneamente.(b) O ataque principal deve incidir no dispositivo inimigo pelo flanco.(c) O ataque principal deve incidir onde o inimigo é mais fraco em

poder de combate.(d) O ataque principal deve incidir onde o inimigo defende em piores

condições - Analisar se o dispositivo inimigo não possui apoio mútuo, se o terrenonão proporciona bons campos de tiro rasantes e de flanqueamento, ou se aposição defensiva inimiga não está apoiada em obstáculo.

(e) O ataque principal deve reagir bem aos contra-ataques de flanco- Considerar a existência de flanco exposto, ameaça inimiga e Via A favorável. Emcaso contrário, considerar o grau de proteção proporcionado por tropas amigas e/ou obstáculos.

(f) O ataque principal deve reagir bem aos contra-ataques frontais -Considerar a rapidez na conquista do objetivo decisivo e a realização dedeslocamentos transversais à direção de ataque.

(4) Nosso dispositivo(a) Simplicidade da manobra - Considerar a existência de ataque

limitado, a mudança da direção do ataque principal, a mudança no dispositivo poralteração no número de peças de manobra e a quantidade de peças de manobrano escalão de ataque, dificultando o comando, o controle e o Ap F.

(b) O escalão de ataque deve ser potente.(c) O ataque principal deve utilizar uma Via A dominante ou indepen-

dente da Via A do ataque secundário, e com ambos os flancos protegidos.(d) O ataque secundário deve auxiliar e/ou proteger o ataque principal.(e) Reserva - Considerar o valor, a flexibilidade quanto ao emprego e

a flexibilidade quanto à composição de seus meios, combinando tropas denatureza diferente.

(5) Princípios de guerra(a) Objetivo - Dirigir cada operação miltiar para um objetivo claramente

definido, decisivo e atingível.(b) Ofensiva - Obter, manter e explorar a iniciativa das ações.(c) Manobra - Colocar o inimigo numa posição desvantajosa, pela

aplicação flexível do poder de combate.(d) Massa - Emassar um poder de combate esmagador no momento

e local decisivos.(e) Economia de forças - Empregar todo o poder de combate

disponível, da maneira mais eficaz possível, destinando o mínimo indispensável

4-29

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de poder de combate à ação secundária.(f) Unidade de comando - Certificar-se de obter unidade de comando

e unidade de esforços para cada objetivo. A unidade de comando é caracterizada,primordialmente, pela atribuição da autoridade a uma só pessoa, ou seja, apessoa do Cmt. Além disso, uma eficiente unidade de comando requer: cadeia decomando bem definida, com precisa e nítida divisão de responsabilidades;sistema de comunicações adequado ao exercício do comando

(g) Segurança - Nunca permitir que o inimigo obtenha uma vantageminesperada, negando ao inimigo o uso da surpresa, impedindo que interfira, demodo decisivo, em nossas operações e restringindo-lhe a liberdade de ação

(h) Surpresa - Atingir o inimigo num tempo, local ou maneira para osquais ele esteja despreparado.

(i) Simplicidade - Preparar planos claros e descomplicados e ordensconcisas para garantir seu completo entendimento.

(6) Os fatores e respectivos aspectos apresentados estão relacionadosparticularmente ao ataque de penetração e não esgotam as possibilidades parauma comparação entre linhas de ação. De acordo com a situação, com a intençãodo comandante e com as formas de manobra envolvidas, outros, que venham a terinfluência na análise em tela, poderão ser levantados. Alguns fatores ou aspectos,conforme a diretriz de planejamento do comandante, poderão passar a terpreponderância na comparação, consubstanciando a decisão do planejador.

4-30. SEGURANÇA

a. Generalidades(1) Durante a montagem da L Aç, o Cmt deve considerar as necessidades

de manter a liberdade de ação e de evitar a interferência inesperada do inimigo.(2) A segurança no ataque é obtida pela oportuna busca e difusão de

dados e conhecimentos pelas medidas de contra-inteligência, pelas medidas deproteção eletrônicas, pelo emprego de forças de segurança, pela adoção dedispositivos adequados e pelo emprego da velocidade, dispersão e dissimulação.No planejamento do ataque, são consideradas as prováveis linhas de ação doinimigo e decididas as medidas de segurança adequadas, para contrapor-se asações do inimigo.

(3) O Cmt Btl é o responsável pela segurança de sua unidade como umtodo. Por sua vez, os Cmt de cada elemento subordinado são responsáveis pelasegurança de suas subunidades. O Cmt tem a responsabilidade pela destruiçãoou fixação das forças inimigas que constituam uma ameaça ao cumprimento desua missão, podendo empregar forças de segurança sob seu controle ou tê-lasoperando sob o controle das companhias.

(4) O Cmt Btl emprega os meios orgânicos ou em reforço para a obtençãoda segurança desejada. Se o batalhão for reforçado pela brigada com elementosde cavalaria mecanizada, tais elementos deverão ser empregados nas missõesde segurança, devido à sua mobilidade e potência de fogo características.Aeronaves podem ser empregadas na segurança à frente ou nos flancos dobatalhão.

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(5) As forças de segurança são localizadas onde possam proporcionaralerta oportuno e tempo para permitir ao batalhão reagir eficientemente contra aameaça.

b. Segurança à frente(1) Uma unidade de reconhecimento do Esc Sp pode preceder o Btl em

um ataque realizado ao longo de um eixo de progressão, ou durante a consolida-ção dos objetivos, para proceder reconhecimentos de pequena profundidade eadotar medidas de segurança adequadas. Isto não libera o comandante dobatalhão da responsabilidade pela segurança à sua frente.

(2) O Cmt Btl mantém contato com o elemento de segurança à sua frentepor meio de rádio e de elementos de reconhecimento orgânicos. A segurançaorgânica à frente, em um ataque contra um inimigo conhecido, é proporcionadapelas companhias do escalão de ataque.

c. Segurança de flanco(1) Quando a Bda opera em frentes maiores que as normais, intervalos

de largura considerável ocorrem entre seus batalhões orgânicos e unidadesvizinhas. A responsabilidade pelo controle de tais intervalos e flancos é claramentedefinida pela brigada para seus elementos subordinados.

(2) Os flancos dos Btl do escalão de ataque e de suas companhiassubordinadas podem estar expostos, sendo necessária a segurança dos flancospara proporcionar adequado alerta sobre a aproximação do inimigo. As medidasque podem ser tomadas para proporcionar a segurança do flanco incluem:aumento do poder de combate da companhia do flanco exposto, colocação dareserva orientada na direção do flanco exposto, ou o emprego de elementosorgânicos ou em reforço com a missão específica de segurança do flanco. Entreos meios empregados na segurança de flanco estão os elementos orgânicos, oselementos de reconhecimento terrestre em reforço e elementos de segurançaaeromóveis.

(3) A proteção de um flanco é, normalmente, proporcionada pelapresença de uma unidade vizinha, se esta unidade permanecer lado a lado. AsCia Fuz que atacam em um flanco devem manter o contato com elementos dobatalhão vizinho. Quando o contato é perdido ou quando o batalhão vizinho atrasasua progressão, permitindo um contra-ataque inimigo sobre o nosso flanco, ocomandante do batalhão deve ser informado. Ele pode, então, destacar umelemento de segurança de flanco para restabelecer e manter o contato com aunidade vizinha.

(4) Quando duas ou mais companhias estão atacando justapostas eentre elas existe um intervalo, deve ser mantido o contato pela vista, pelo rádio oupor elementos destacados para este fim.

(5) As companhias do escalão de ataque, normalmente, protegem seuspróprios flancos. Quando o flanco do Btl está exposto e a Bda não assume aresponsabilidade pela segurança, deve ser designada uma força de proteção deflanco, bem como sua área de responsabilidade. Em certas situações, esta áreapode ser definida por uma série de acidentes do terreno. A força de proteção operadentro da distância de apoio do Btl. (Fig 4-23)

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Fig 4-23. Proteção de flanco através de um Pel C Mec em reforço ao batalhão

(6) O Cmt Btl ou da força de proteção seleciona uma série de posiçõesde bloqueio no flanco e paralelas à direção de progressão. A força de proteçãoregula seu movimento pelo ritmo de progressão do Btl e, normalmente, se deslocapor lanços de uma posição de bloqueio para a seguinte. Se a força de proteçãoconsistir em dois ou mais elementos bastante fortes para operar de modo semi-independente, eles podem ocupar as posições de bloqueio alternadamente.

(7) Uma força de proteção a pé é menos eficiente do que uma transpor-tada por viaturas ou aeronaves. Normalmente, ela deve marchar continuamente outer seus elementos ocupando uma posição de bloqueio.

(8) A conquista de objetivos de segurança proporciona ao Cmt Btlposições de bloqueio em seu flanco. Tal medida deve ser adotada quando umaforça de proteção no flanco não puder ser lançada, devido à situação, pois umobjetivo de segurança, normalmente, estará localizado no interior da Z Aç do Btl,ao passo que uma força de proteção, normalmente, operará a certa distância dogrosso do Btl, proporcionando maior tempo de reação.

d. Segurança de retaguarda - A segurança de retaguarda deve serestabelecida quando necessário, entretanto a força de segurança deve ter o valormínimo compatível com a ameaça.

4-31. BATALHÃO RESERVA DA BRIGADA

a. Um Btl, normalmente, constitui uma reserva adequada de Bda. OCmt Bda determina suas Z Reu inicial e subseqüentes, e o momento em que odeslocamento para essas áreas deve ser iniciado. O Cmt da reserva é responsável

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pela ocupação da zona prescrita à sua tropa e terá de manter-se, constantemente,a par da situação e dos planos da Bda. Suas missões podem ser:

(1) aproveitar o êxito;(2) reforçar ou manter o ímpeto do ataque;(3) manter o terreno conquistado pelo escalão de ataque;(4) destruir ou deter contra-ataques inimigos;(5) proporcionar segurança; e(6) bloquear vias de acesso e de retirada para o inimigo.

b. O Cmt Bda mantém o Btl reserva informado quanto a prováveis missõesfuturas. Para manter-se a par da situação e dos planos da Bda, o Cmt Btl ou umoficial de seu EM permanece no posto de comando da Bda.

c. Um Btl reserva também pode receber a missão de empregar os fogos dopelotão de morteiros em apoio ao ataque.

d. Quando empregado, o Btl reserva conduz o ataque como está descritoneste artigo. Quando receber a missão de desorganizar um contra-ataque inimigo,o Cmt Btl desenvolve todo o esforço para rechaçá-lo num de seus flancos, antesque a ação inimiga possa interromper a ação do escalão de ataque.

4-32. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE

a. Generalidades - O Cmt Btl emprega as medidas de coordenação econtrole necessárias para controlar o ataque, assegurando-se de que a operaçãose desenrole conforme o seu conceito da operação. (Fig 4-24)

b. Zona de reunião(1) Uma Z Reu é uma área na qual uma unidade se reúne a fim de se

preparar para uma operação subseqüente. A Bda, normalmente, prescreve umaou mais Z Reu para o Btl, em princípio, localizada(s) a uma hora de marcha dasposições de ataque. (Fig 4-25)

(2) Dentro dessa Z Reu, o Cmt Btl distribui as áreas para as companhias,onde são realizados os preparativos para o combate, que incluem:

(a) planejamento da operação, seguindo as normas de comando;(b) medidas logísticas, especialmente a manutenção do armamento,

viaturas e material de comunicações, e o suprimento de classes I, III, V e água;(c) descanso da tropa, sem prejuízo da segurança; e(d) outras atividades, conforme a situação.

(3) A Z Reu deve possuir as seguintes características:(a) abrigo dos fogos diretos do inimigo e, se possível, estar além do

alcance de utilização do grosso da artilharia inimiga;(b) cobertura contra a observação terrestre e aérea do inimigo;(c) espaço suficiente para a dispersão da tropa e das viaturas;(d) proximidade da rede de estradas, com dois ou mais itinerários de

entrada e saída;(e) solo consistente para o trânsito e estacionamento de viaturas; e(f) obstáculos naturais para a proteção contra ataques inimigos,

especialmente de carros de combate.

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(4) Durante a ocupação de uma Z Reu, são adotadas medidas desegurança ativas e passivas como:

(a) dispositivo circular;(b) instalação das armas de apoio, particularmente os meios de

defesa anticarro e antiaérea;(c) estabelecimento da segurança local, postos de observação e

patrulhas de ligação;(d) lançamento de obstáculos e sistema de alarme, quando possível; e(e) dispersão, camuflagem, disciplina de luzes e ruídos, construção

de abrigos, entre outras.

Fig 4-24. Medidas de coordenação e controle

4-32

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Fig 4-25. O batalhão em zona de reunião

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Rv 45

.50

Rv72

RioSAPÊ

Inimigo

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c. Posição de ataque de companhia(1) É usada para facilitar o desdobramento da companhia e a coordena-

ção final antes do início do ataque. As posições de ataque são as últimas posiçõescobertas e abrigadas, ocupadas pela tropa atacante, antes da transposição da LP.

(2) Os Cmt Cia, normalmente, escolhem e fixam suas próprias posiçõesde ataque. O Cmt Btl pode fixar as posições de ataque de companhia, quandonecessita manter um controle extremamente cerrado, em operações como oataque noturno e o ataque com transposição de curso de água.

(3) Apenas as companhias de primeiro escalão utilizam posições deataque. A fim de evitar a apresentação de um alvo compensador, as companhiasdevem permanecer o menor tempo possível nas posições de ataque. O ideal é queatravessem as posições de ataque sem parar. Quando abandonam as posiçõesde ataque, as companhias devem estar desdobradas de modo a cruzar a LP numaformação de combate adequada.

d. Linha de partida(1) A LP é fixada para coordenar a partida dos elementos de ataque,

devendo possuir as seguintes características:(a) ser facilmente identificável no terreno e na carta;(b) ser perpendicular à direção de ataque;(c) proporcionar proteção contra a observação e as armas de tiro

tenso do inimigo, quando possível; e(d) estar sob o controle das forças amigas.

(2) Quando a LP não pode ser fixada no terreno, como no caso de umcontra-ataque, a linha de contato prevista pode ser designada como linha departida.

(3) O Cmt Btl pode selecionar uma LP diferente da fixada pela brigada,desde que seus primeiros elementos cruzem a LP da Bda na hora por ela fixada.Quando as companhias do escalão de ataque estão muito separadas, o Cmt Btlpode fixar para essas peças de manobra LP e horas de ataque diferentes.

e. Hora de ataque(1) A hora em que os primeiros elementos cruzam a LP é a hora do

ataque. Pode ser estabelecida numa hora precisa, a um sinal convencionado,mediante ordem ou em seguida à execução de uma determinada ação tática. Asconsiderações para selecionar a hora de ataque incluem:

(a) as determinações do comando superior;(b) o tempo necessário às unidades subordinadas para os reconhe-

cimentos, preparação e coordenação dos planos, distribuição de ordens, organi-zação dos elementos subordinados e deslocamentos para a LP; e

(c) a necessidade de surpreender o inimigo e de tirar partido de suasvulnerabilidades, antes que ele possa corrigi-las.

(2) O ataque dos elementos subordinados pode ser escalonado notempo, para iludir o inimigo e permitir a mudança dos fogos de apoio amigos, paraataques sucessivos. Todavia, um ataque simultâneo, normalmente, evita que oinimigo concentre todos os seus fogos sobre um único elemento atacante.

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f. Zona de ação e limites(1) A Z Aç é uma área limitada pela LP, pelo objetivo final e por limites

laterais, em um ou em ambos os flancos. Os limites em flancos não expostosdevem ser especificados, enquanto que o limite em um flanco exposto pode nãoser especificamente designado. Cada unidade tem completa liberdade paramanobrar e atirar dentro da Z Aç que lhe é atribuída. Quando o comandante de umaunidade deseja entrar ou atirar na Z Aç de uma unidade vizinha deve coordenar suaação com o comandante da unidade interessada e ter autorização do Cmtimediatamente superior.

(2) A Z Aç atribui à unidade responsabilidade por uma determinada área,sendo utilizada para controlar a manobra e os fogos de companhias vizinhas noescalão de ataque e para indicar que a área deve ser limpa de forças inimigas.Quando não deve ser realizada a limpeza da Z Aç, a ordem deve prescrever essaação e, nesse caso, as resistências ultrapassadas devem ser comunicadas aoescalão imediatamente superior.

(3) As Z Aç freqüentemente são empregadas, quando duas ou maiscompanhias atacam em primeiro escalão, muito próximas entre si e/ou emataques coordenados contra fortes resistências inimigas.

(4) Os limites que definem a Z Aç se estendem somente até onde cadasituação particular exija. Eles são normalmente traçados ao longo de acidentesdo terreno facilmente identificáveis, de tal modo que seja evitada a divisão deresponsabilidade por acidentes capitais do terreno. A Z Aç deve incluir as Via Aao objetivo, permitindo a necessária dispersão e a liberdade de ação paramanobrar.

(5) Os limites devem se estender além do objetivo final, até uma distâncianecessária à coordenação do apoio de fogo e à conquista e consolidação doobjetivo. Independentemente de outras medidas de controle empregadas, ocomandante deve designar limites entre as companhias do escalão de ataque,numa área de objetivo, onde duas ou mais companhias devem convergir.

(6) A frente de um Btl ou Cia no ataque pode corresponder à largura deuma determinada Z Aç, ou à dispersão em largura do Btl ou Cia em uma faseparticular de uma operação. A largura de uma Z Aç ou área de operação dependeda missão, do inimigo, do terreno e dos meios. De um modo geral é desejável quetoda a frente esteja dentro do alcance das armas controladas ou disponíveis peloBtl. A frente deve proporcionar espaço de manobra suficiente para os elementossubordinados, embora este espaço não deva ser tão grande que comprometa ocontrole e o apoio mútuo.

(7) Quando o Btl tem a responsabilidade de limpeza da Z Aç, as frentessão normalmente menores do que quando a limpeza não é necessária. Osataques em terreno coberto podem ter frentes relativamente estreitas. O Btl noataque principal da Bda deve receber uma Z Aç menor do que a do ataquesecundário.

g. Eixo de progressão(1) Um E Prog indica a direção geral do movimento de uma unidade. Ele

pode acompanhar um acidente do terreno bem definido, como uma estrada ou umalinha de crista. Uma unidade que progride por eixo de progressão não tem a

4-32

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responsabilidade de limpar a área ao longo do eixo e pode ultrapassar forçasinimigas que não ameacem o cumprimento de sua missão. O comandantesuperior deve ser informado quando ocorrer tal ultrapassagem.

(2) Uma unidade pode desviar-se de seu eixo de progressão, porém osdesvios de maior vulto devem ser informados ao comando superior. Os Cmt devemassegurar que os desvios do E Prog não interfiram na manobra ou nos fogos dasunidades vizinhas.

(3) Um E Prog é fixado quando as condições favorecem a utilização deuma determinada Via A, que facilite a rápida conquista de um objetivo profundo e/ou quando não há necessidade de restrição de fogos e de movimento lateral.

(4) Uma resistência inimiga fraca ou desorganizada favorece a utilizaçãode E Prog. A designação de um E Prog estabelece uma orientação geral aosubordinado, porém assegura-lhe considerável liberdade de ação no cumprimentode sua missão. É comum a utilização de um E Prog em manobras de desbordamento.

(5) Quando uma companhia recebe um E Prog adota a formação quemelhor se adapte à situação. Quando são empregados dois E Prog pelo Btl, édesejável que estejam suficientemente próximos para permitir que os elementosem cada E Prog manobrem com apoio mútuo.

h. Direção de ataque(1) Uma direção de ataque é mais restritiva do que um E Prog. Ela indica

a direção que deve ser seguida pelo ataque principal de um elemento subordinado.(2) Devido à sua natureza restritiva, é fixada apenas quando o Cmt Btl

deve manter um estreito controle sobre a manobra de um elemento subordinado,para assegurar o cumprimento de um esquema de manobra cerradamentecoordenado.

i. Linha de controle(1) A linha de controle deve cortar completamente a zona de ação ou

provável área de atuação. Deve ser localizada sobre acidentes do terrenofacilmente identificáveis, tais como uma linha de crista, um curso de água ou umaestrada.

(2) As linhas de controle são empregadas para controlar a progressão dasunidades, que devem informar ao Esc Sp quando as atingirem, sem pararem,exceto se receberem ordem para tal. Uma linha de controle pode ser utilizada paralimitar a progressão de um elemento.

(3) As linhas de controle podem ser empregadas tanto no sentidotransversal à direção de ataque, para controlar a progressão dos elementossubordinados, quanto no sentido longitudinal e paralelo à direção de ataque, paraindicar a que distância da força principal (escalão de ataque) deve operar uma forçade proteção de flanco.

(4) É comum o estabelecimento de linhas de controle em operações comcaracterísticas especiais, como o ataque a localidade, o ataque noturno, o ataquecom transposição de curso de água, dentre outras.

(5) A linha de controle também pode ser utilizada para determinar amudança da direção do ataque principal, em uma manobra de penetração, sema marcação de objetivos intermediários, e desde que não implique em mudançado dispositivo do Btl. (Fig 4-26)

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Fig 4-26. Linhas de controle

(6) Caso o Cmt Btl não marque objetivos intermediários, mesmo comprevisão de combate difícil e prolongado, poderá estabelecer uma linha de controlena região da ruptura da posição defensiva inimiga, para permitir a coordenação daprogressão das peças de manobra e do deslocamento da reserva e dos apoios doBtl.

j. Ponto de controle(1) Os pontos de controle são pontos de referência usados para facilitar

o controle. Podem ser escolhidos em qualquer parte da Z Aç ou ao longo de umE Prog.

(2) Utilizando-os, um Cmt subordinado pode, de modo rápido e preciso,informar suas sucessivas localizações, e um comandante superior pode designarobjetivos, LP, Z Reu ou outros locais para os elementos subordinados. Parasegurança, é desejável numerar ao acaso os pontos de controle. Esses sãoparticularmente úteis nas operações de movimento rápido.

l. Ponto de coordenação - É um ponto designativo de acidente do terreno,facilmente identificável, onde deve ocorrer a coordenação de fogos e/ou manobraentre duas companhias do escalão de ataque.

m. Ponto de ligação(1) Os pontos de ligação são fixados entre as unidades ou E Prog, onde

o Cmt deseja que as unidades estabeleçam um contato físico entre si.

4-32

L Ct Flanco L Ct para mudança do Atq Pcp

O3 O4

O1 O2

O1 O2

1 2

1 2

1 2

1 2

1 2

1 2

LP LP LP

Mec L CtONÇA

L CtAZUL

L CtAZUL

AtqPcp

LP

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(2) Os pontos de ligação podem ainda ser utilizados para definir áreas deresponsabilidade, em locais específicos, quando os limites são obviamenteinadequados, como por exemplo, entre os elementos de uma força de proteçãode flanco.

n. Objetivos - Devem ser obedecidas as prescrições contidas no parágrafo4-22 (Seleção de Objetivos).

o. Ponto de liberação(1) O ponto de liberação é o local onde o Cmt libera seus elementos

subordinados ao controle de seus respectivos Cmt. O ponto de liberação, em umamanobra de infiltração, é localizado no início de uma faixa de infiltração, onde oCmt da força infiltrante libera os grupos de infiltração ao controle de seusrespectivos Cmt.

(2) O ponto de liberação pode ser estabelecido pelo Cmt Btl ou pelo Cmtda força de infiltração.

4-33. APOIO DE FOGO

a. Nas operações ofensivas, os fogos de apoio são utilizados para auxiliartodas as fases do ataque, de acordo com as diretrizes de fogos do batalhão.

b. Nas operações de movimento, em regra, o ataque não é precedido de umapreparação, dada a falta de tempo necessário para conhecimento do inimigo epara a organização de um plano de fogos perfeitamente coordenado com amanobra da unidade apoiada. No entanto, é conveniente, nos últimos minutos queprecedem a hora "H", intensificar os fogos que vinham sendo realizados com afinalidade de facilitar a tomada do dispositivo e o desembocar do ataque.

c. Quando um ataque tem diversas etapas na manobra, obtêm-se um flexívelapoio de fogo por meio do estabelecimento de séries de concentrações. Odesencadeamento se dará a pedido, num momento predeterminado ou face adeterminado evento.

d. Durante a progressão é extremamente importante que os fogos de apoiocontinuem caindo sobre as posições inimigas, enquanto as tropas cerram sobreo inimigo. Esses fogos devem ser suspensos ou transportados quando estiverempondo em perigo a segurança do escalão de assalto. Geralmente a artilharia e osmorteiros transpõem seus fogos mais cedo que as armas de tiro tenso.

4-34. COMANDO E CONTROLE

a. Generalidades(1) Para comandar suas peças de manobra, controlá-las e emitir ordens

durante todas as fases do ataque, o Cmt e seu EM planejam ligações adequadascom o Esc Sp, com os elementos subordinados e com as unidades vizinhas.

(2) O O Com e eletrônica da unidade planeja o emprego das comunica-ções no ataque coordenado e assessora o S3 quanto à localização do PC do Btl.

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O ataque principal, normalmente, deve receber maior apoio de comunicaçõesantes e durante o ataque.

b. Meios de comunicações - Algumas características desta operação têminfluência direta nos meios de comunicações mais empregados no escalão Btl,a saber:

(1) Meio rádio - Constitui o principal sistema de comunicações emprega-do no ataque. Porém, com o advento da guerra eletrônica, procedimentos demedidas de proteção eletrônicas devem ser tomados para evitar localizaçõeseletrônicas e interferências do inimigo. Além destes procedimentos, devem serseguidas determinadas prescrições rádio antes do ataque, a fim de não denunciarseu início ao inimigo.

(2) Meio físico - É um meio secundário em relação ao rádio, porém olançamento de circuitos físicos tem condições de acompanhar a velocidade deprogressão do ataque. Antes do desembocar do ataque, pode ser empregado paracompensar a restrição do silêncio rádio aquém da LP, na Z Reu e durante osdeslocamentos preparatórios.

(3) Meio mensageiro - É largamente empregado no ataque. Antes de seuinício, empregam-se geralmente os mensageiros de escala, mas após odesencadeamento do ataque, os mensageiros especiais são os mais utilizados.

(4) São ainda empregados meios visuais, acústicos e diversos emcomplementação aos sistemas citados anteriormente. Tais meios suplementarespodem ser empregados durante o ataque para compensar a vulnerabilidade domeio rádio às ações de guerra eletrônica do inimigo.

c. Posto de comando principal - O PCP tem sua localização estabelecidapelos mesmos fatores que regem sua localização em qualquer operação. Porém,no ataque, avultam de importância o apoio cerrado, o desenfiamento, a distânciamínima de segurança e a área necessária à dispersão de seus órgãos internos.

4-35. APOIO LOGÍSTICO

Este assunto será abordado no capítulo 10.

4-36. EXECUÇÃO DO ATAQUE

a. Generalidades(1) Um ataque é planejado e executado em três fases:

(a) preparação;(b) execução propriamente dita; e(c) consolidação e reorganização.

(2) O sucesso de um ataque depende da rapidez, da flexibilidade, damanutenção, da iniciativa e da sincronização das ações através da confecção dematrizes e realização de ensaios.

b. Preparação(1) Durante esta fase, são realizadas as seguintes ações:

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(a) ações na Z Reu;(b) operações de inteligência;(c) deslocamento para as posições de ataque;(d) ultrapassagem ou substituição da tropa em contato, se for o caso;e(e) Deslocamento das posições de ataque para a linha de partida.

(2) Ações na Z Reu(a) Enquanto o Cmt e o EM realizam o planejamento do ataque, são

realizadas ações concomitantes, no âmbito do Btl, a fim de preparar a unidadepara sua missão ofensiva. Normalmente, quando a ordem da brigada é recebida,é expedida uma ordem preparatória aos elementos subordinados, a fim de alertá-los para a operação a executar e para as medidas logísticas necessárias. Sãotambém tomadas providências para a coordenação da hora e local da emissão daordem de operações e do pessoal presente.

(b) Na Z Reu, as companhias completam os preparativos para oataque, e os elementos em reforço, normalmente, são integrados à força atacante.Deve ser proporcionado tempo adequado a todos os comandantes de subunidadespara a execução dos reconhecimentos e para o planejamento e preparação doataque.

(3) Operações de inteligência - Simultaneamente ao planejamento doataque, são realizadas operações de inteligência para o levantamento de dadosatualizados sobre o inimigo e o terreno, utilizando para isto patrulhas, meios dereconhecimento aéreos, tropas em contato, dentre outros meios.

(4) Deslocamento para as posições de ataque - O Btl pode se deslocarcomo um todo ou liberar suas companhias na Z Reu. Este deslocamento pode sercoberto por tropas amigas em contato com o inimigo, como também pode ser ummovimento descoberto. A permanência das companhias nas posições de ataquedeve ser a mínima possível, reduzindo a vulnerabilidade aos fogos decontrapreparação do inimigo. Este tempo deve ser suficiente apenas para permitiro desdobramento das peças de manobra.

(5) Ultrapassagem ou substituição da tropa em contato - Uma forçaatacante realiza uma ultrapassagem de uma unidade e prossegue no ataque, ousubstitui uma força em posição defensiva para a realização do ataque. Sãoestabelecidas ligações com as unidades a serem substituídas ou ultrapassadasantes dessas ações. A ultrapassagem e a substituição em posição são tratadasno artigo I do capítulo 8.

(6) Deslocamento das posições de ataque para a LP - O deslocamentodas posições de ataque para a LP é planejado de tal forma que as SU cruzem aLP na hora determinada. Este movimento pode ser protegido por uma preparaçãode artilharia e morteiros, caso os fogos não sejam suspensos para obter asurpresa. O escalão de ataque cruza a LP durante ou após os fogos depreparação.

c. Execução propriamente dita(1) Após a transposição da LP, o ataque se desenvolve em duas etapas

até a conquista dos objetivos:(a) progressão até as posições de assalto; e(b) assalto às posições inimigas.

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4-72

(2) Progressão até as posições de assalto(a) Os fogos de preparação podem continuar enquanto os elementos

do escalão de ataque progridem para as posições inimigas. Terminada apreparação, os observadores avançados de morteiros e de artilharia passam aconduzir os fogos de apoio.

(b) O ataque como um todo caracteriza-se por uma série de rápidosavanços e assaltos, cerradamente apoiados pelo fogo, com os elementos decarros de combate e de infantaria integrados em FT, para a complementaçãomútua de suas possibilidades e limitações.

(c) As companhias do escalão de ataque movimentam-se para seusobjetivos empregando o fogo, aliado a um adequado deslocamento, caracterizan-do a sua manobra. Elas não interrompem ou retardam seu ataque, para manterum alinhamento geral ou para se conformar rigidamente com o plano de ataque.Quando uma companhia do escalão de ataque é submetida a um contra-ataqueinimigo, partindo de um flanco, o Cmt Btl pode deslocar a sua reserva para apoiá-la prontamente, se necessário.

(d) As resistências inimigas de valor não suficiente para por em riscoo cumprimento da missão devem ser desbordadas ou contidas com um mínimode forças, e sua localização deve ser informada à brigada, particularmente emmanobras desbordantes ou quando não for necessária a limpeza da Z Aç.

(e) Durante todo o ataque, os fogos de apoio são sucessivamentealongados a fim de manter a eficácia do apoio de fogo com a devida segurança.As armas de apoio podem se deslocar por escalões para proporcionar acontinuidade do apoio de fogo.

(f) À medida que o ataque progride, o Cmt pode mudar o ataqueprincipal para tirar partido de um êxito tático, para evitar forças inimigas conheci-das ou suspeitas, ou para utilizar Via A mais favoráveis. Ele pode realizar talmudança, alterando a prioridade de fogos, alterando a organização para o combateou, ainda, pelo emprego da reserva.

(g) O Cmt Btl deve manter permanente ligação com os elementos doescalão de ataque, ocupando P Obs sucessivos, desdobrando ou não PCT, paracontrolar a manobra de sua unidade, acompanhado por elementos de seu EM epelo comandante da companhia reserva. Se necessário, poderá intervir nocombate com a sua presença junto ao escalão de ataque.

(h) A reserva progride por lanços, à retaguarda das companhias deprimeiro escalão, a uma distância da qual possa se deslocar rapidamente paralocais de provável emprego. Utiliza ao máximo as cobertas e os abrigosexistentes. Quando as condições o exigirem, a reserva é empregada semhesitação. Em princípio, deve ser empregada intacta no momento e localdecisivos.

(3) Assalto às posições inimigas(a) O assalto é realizado à medida que o escalão de ataque aborda

as resistências inimigas. Caracteriza-se pelo combate aproximado, empregandoagressivamente o fogo e o movimento para cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo ou capturá-lo.

(b) Antes do desencadeamento do assalto, os fogos de apoio sãoconcentrados sobre as posições inimigas, a fim de neutralizá-las e enfraquecê-las.

4-36

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(c) Quando o escalão de ataque atingir suas posições de assalto, osfogos de apoio devem ser suspensos, alongados ou transportados, normalmentepor ordem dos Cmt Cia. Os fogos de assalto são realizados apenas peloselementos do escalão de ataque, exceto nos assaltos realizados por carros decombate apoiados por fogos de artilharia com espoleta de tempo.

d. Consolidação e reorganização(1) Após o assalto, torna-se necessário realizar uma série de ações,

tendo em vista consolidar a posse do objetivo e reorganizar a peça de manobra queo conquistou.

(2) A consolidação de um objetivo inclui as seguintes medidas táticas:(a) limpeza dos remanescentes inimigos;(b) adoção de um dispositivo defensivo para a manutenção do objetivo

conquistado, coerente com o dispositivo do ataque;(c) realização de patrulhas de reconhecimento;(d) estabelecimento da segurança à frente;(e) estabelecimento do contato com unidades vizinhas; e(f) deslocamento e instalação das armas de apoio.

(3) A reorganização da unidade inclui as seguintes medidas logísticas ede comando, adotadas simultaneamente à consolidação do objetivo:

(a) redistribuição do pessoal ou recompletamento do efetivo;(b) evacuação de prisioneiros de guerra;(c) evacuação de mortos e feridos;(d) remuniciamento ou redistribuição da munição;(e) redistribuição ou recompletamento do material;(f) evacuação do material danificado;(g) deslocamento das instalações logísticas;(h) deslocamento do posto de comando; e(i) restabelecimento das comunicações.

e. Dispositivo para o prosseguimento das operações - De acordo coma missão futura da unidade, o Btl pode adotar um dos três dispositivos apresen-tados na figura abaixo. (Fig 4-27)

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Fig 4-27. Dispositivos para o prosseguimento das operações

4-37. CONDUTAS DURANTE O ATAQUE

a. Generalidades(1) Durante o desenvolvimento do ataque, o Cmt e seu EM devem realizar

o estudo continuado de situação, de acordo com as atualizações das informaçõessobre o terreno e o inimigo.

(2) Durante o combate podem ocorrer situações, previstas ou não namatriz de sincronização, que exijam a intervenção do Cmt Btl. Para resolver asituação, o Cmt e seu EM realizam um estudo de situação de conduta, baseadona análise da missão, do inimigo, do terreno, dos meios e do tempo.

(3) Após analisar os fatores da decisão, o Cmt Btl deve decidir pelaintervenção ou não no desenrolar do combate. Deverá intervir quando a(s) peça(s)de manobra envolvida(s) não puder(em) resolver o problema com seu(s) próprio(s)meio(s).

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Ficar ECD prosseguir ou manter

(Z Reu)

(Z Reu)

(Z Reu)

(Z Reu)

(Z Reu)

(Z Reu)

Prosseguir

Manter

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(4) A intervenção no combate pode ser realizada através das seguintesações, combinadas ou não:

(a) intervenção com fogos, alterando a prioridade e/ou as formas deemprego das armas de apoio;

(b) reforço ao elemento de primeiro escalão com peça de manobravalor pelotão;

(c) emprego da reserva;(d) mudança das medidas de coordenação e controle, alterando

limites e/ou outras medidas; e(e) presença do Cmt Btl.

(5) O Cmt Btl e seu EM, após levantar as possíveis linhas de ação ascomparam, chegando a uma decisão de conduta. Nesta decisão deve serestabelecida a manobra, as ordens aos elementos subordinados, a reserva e aprioridade de fogos. A decisão deve também ser informada ao Cmt Bda.

(6) A decisão de conduta é transmitida aos elementos subordinados viarádio, meio físico ou mensageiro, na forma de uma ordem fragmentária.

b. Intervenção com fogos - É comum alterar a prioridade de fogos quandoa reserva for empregada, porém tal procedimento só deve ser adotado caso oataque principal esteja detido ou já tenha conquistado o seu objetivo. Outramaneira de intervir com fogos é alterar a forma de emprego das armas de apoiodo batalhão.

c. Reforço a elemento de primeiro escalão - Ao reforçar uma peça demanobra do escalão de ataque, o Cmt Btl deve considerar a favorabilidade daVia A a ser utilizada pela companhia, e o poder de combate necessário para aconquista do seu objetivo.

d. Emprego da reserva(1) A reserva deve ser empregada para explorar um sucesso e não para

compensar um fracasso.(2) Deve ser evitado, sempre que possível, passar a reserva através das

unidades que tenham sido detidas pela ação inimiga; em vez disso, a reserva deveser empregada em uma nova direção, para obter surpresa e evitar o emassamento.A reserva deve ser empregada contra o flanco ou a retaguarda do inimigo, ou contraqualquer outro ponto vulnerável conhecido ou suspeito. Pode ser empregadacontra o inimigo em contato ou em profundidade.

(3) Deve ser evitado, sempre que possível, o emprego prematuro dareserva, como no desembocar do ataque, ou o seu emprego parcelado, fracionandoo seu poder de combate.

(4) Podem surgir ocasiões em que todas as companhias estejamempenhadas no ataque. Neste caso deve ser constituída uma reserva temporáriaou hipotecada, o mais cedo possível. Uma ou mais companhias devem reverter àreserva, logo que a situação permitir.

e. Mudança das medidas de coordenação e controle(1) Tal mudança implica na alteração de limites e/ou qualquer outra

medida de coordenação e controle que se fizer necessária.

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4-76

(2) Esta forma de intervenção, normalmente, ocorre quando se transfor-ma o ataque secundário em ataque principal para conquistar o objetivo desteúltimo.

f. Comparação das linhas de ação - A comparação pode ser feita atravésdo processo das vantagens e desvantagens ou da análise dos seguintes fatores:

(1) terreno - Considerar a melhor Via A.(2) rapidez - Considerar a linha de ação mais rápida, principalmente face

à possibilidade de reforço do inimigo.(3) dispositivo do inimigo - Considerar a abordagem da posição inimiga

pelo flanco, bem como a possibilidade do inimigo contra-atacar no flanco da peçade manobra empregada.

(4) nosso dispositivo - Considerar a potência e a impulsão da peça demanobra empregada, a proteção do seu flanco, a simplicidade da manobra e ovalor da reserva durante a conduta.

(5) princípios de guerra - considerar os que preponderam para o cumpri-mento de determinada missão baseado no tipo de manobra empregada e nasdiretrizes do comandante do batalhão.

g. Ação face aos contra-ataques inimigos(1) Se o inimigo contra-atacar com uma força com poder de combate

insuficiente para ameaçar o cumprimento da missão, o Btl comunica a intençãode ultrapassá-lo e atribui a missão de bloqueio ou destruição da mesma à reservaou a uma companhia que realize um ataque secundário.

(2) Se a força de contra-ataque tem poder de combate suficiente paraimpedir o cumprimento da missão, o Cmt Btl deve destruí-la ou neutralizá-la comfogos, de modo que possa prosseguir no ataque para o objetivo. Se não hádisponibilidade de fogos ou se estes não eliminam a ameaça inimiga, deve detero seu ataque para destruir a força contra-atacante, antes de prosseguir na direçãodo objetivo.

(3) Quando a força contra-atacante é demasiada forte para ser eliminadapelo batalhão, o Cmt Btl procura contê-la e informa a situação à Bda, solicitandoapoio.

ARTIGO V

APROVEITAMENTO DO ÊXITO

4-38. CONSIDERAÇÕES GERAIS

a. Conceito(1) O aproveitamento do êxito (Apvt Exi) é uma operação que se segue

a um ataque bem sucedido e que, normalmente, se inicia quando a força inimigase acha, reconhecidamente, em dificuldades para manter suas posições. Carac-teriza-se por um avanço contínuo e rápido das forças amigas com a finalidade deampliar ao máximo as vantagens obtidas no ataque e destruir a capacidade doinimigo de reorganizar-se ou de realizar um movimento retrógrado ordenado.

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(2) Constitui a fase decisiva da ofensiva. O sucesso da operação repousana judiciosa exploração das vantagens iniciais conseguidas pelo ataque. Visadestruir a capacidade do inimigo de reconstituir uma defesa organizada ou deconduzir, ordenadamente, um movimento retrógrado, em face de uma ameaça dedestruição ou captura.

(3) A oportunidade para o início de uma operação de Apvt Exi deve serjudiciosamente considerada. Constituem indícios capazes de justificá-la:

(a) visível diminuição da resistência inimiga em pontos importantesda sua defesa;

(b) aumento do número de prisioneiros de guerra e de materialabandonado pelo inimigo; e

(c) ultrapassagem de posições de artilharia e de instalações decomando e de suprimento.

b. Grupamento de forças(1) A operação de Apvt Exi comporta dois tipos de forças:

(a) a força de Apvt Exi; e(b) a força de acompanhamento e apoio.

(2) Ambas as forças deverão possuir alta mobilidade e são subordinadasdiretamente ao escalão que as lançou. Não há relação de comando entre ambas.

(3) Tendo em vista que o Apvt Exi é caracterizado por um movimentorápido, as unidades de infantaria blindada são mais aptas para esse tipo deoperação.

(4) Excepcionalmente as unidades de Inf Mtz podem participar deste tipode operação, normalmente constituindo a força de acompanhamento e apoio.

(5) A força de acompanhamento e apoio segue de perto a força deApvt Exi, deslocando-se, à retaguarda e, normalmente, pelo E Prog principal.Estreita ligação é estabelecida entre o comandante da força de acompanhamentoe apoio e o da força de Apvt Exi. Elementos da força de acompanhamento e apoiopodem ser postos em reforço à força de aproveitamento do êxito.

(6) Forças aeromóveis e aeroterrestres podem ser proveitosamenteempregadas durante o Apvt Exi para conquistar acidentes capitais do terreno quecontribuam para o cumprimento da missão.

(7) Para o estudo mais detalhado a respeito deste tipo de operação, deveser consultado o Art V, Cap 5 do C 17-20 - FORÇAS TAREFAS BLINDADAS.

4-38

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Fig 4-29. Aproveitamento do Êxito

ARTIGO VI

PERSEGUIÇÃO

4-39. CONSIDERAÇÕES GERAIS

a. Conceito - A perseguição é uma operação destinada a cercar e destruiruma força inimiga que tenta fugir. É normalmente, uma extensão do Apvt Exi,diferindo deste porque sua finalidade principal é a destruição da força inimiga emdesengajamento e não a conquista de um objetivo de terreno.

b. Grupamento de forças(1) Na perseguição, normalmente, são constituídas:

(a) uma força de pressão direta; e(b) uma força de cerco.

(2) As unidades de infantaria blindada são mais aptas para esse tipo deoperação.

(3) Excepcionalmente, o BI Mtz pode ser empregado constituindo todaou parte da força de pressão direta ou toda ou parte da força de cerco, não devendoparticipar ao mesmo tempo de ambas as forças.

(4) Forças aeromóveis e aeroterrestres podem ser empregadas particu-larmente constituindo ou integrando a força de cerco.

(5) Para o estudo mais detalhado a respeito deste tipo de operação, deveser consultado o Art VI, Cap 5 do C 17-20 - FORÇAS TAREFAS BLINDADAS.

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Fig 4-30. Perseguição

ARTIGO VII

ATAQUE NOTURNO OU SOB CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE LIMITADA

4-40. GENERALIDADES

a. As operações deverão desenvolver-se diuturnamente, sem perda daimpulsão e da iniciativa, visando conquistar o mais rápido possível os objetivosselecionados. No ataque noturno, deve ser dada ênfase à continuidade dasoperações, com o objetivo deste ataque não ser analisado como uma operaçãoestanque, mas sim fazendo parte de um contexto. Assim, as operações diurnasdarão seqüência, sem interrupções, às operações noturnas e vice-versa.

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b. A técnica aqui preconizada pode ser empregada nas ações noturnas,com modificações exigidas pela missão, pela resistência inimiga, pelo tempodisponível, pelo terreno, pela existência ou não de meios optrônicos e pelaluminosidade existente. Os meios optrônicos modernos trouxeram às operaçõesnoturnas um aumento considerável no poder de combate do atacante duranteessas operações.

4-41. FINALIDADES

Um Btl pode fazer um ataque noturno por uma ou mais das seguintesfinalidades:

a. evitar pesadas perdas a que estaria sujeito, realizando ataquesdiurnos;

b. combinado com ataques diurnos, conquistar um terreno importantepara futuras operações, evitar que o inimigo melhore suas defesas e concluir ouexplorar um sucesso;

c. iludir o inimigo e tirar proveito da surpresa inerente ao combate; ed. explorar as deficiências de meios optrônicos do inimigo.

4-42. MISSÃO DO BATALHÃO

a. A missão do Btl num ataque noturno é a mesma de qualquer operaçãoofensiva. A existência de meios optrônicos possibilitará à brigada direcionar o seuataque para objetivos um pouco mais profundos, que comprometam a integridadedo dispositivo defensivo do inimigo. Os BI poderão, portanto, enquadrar-se nasseguintes situações:

(1) ser peça de manobra do escalão de ataque da brigada;(2) ser reserva da Bda podendo realizar, posteriormente, uma ultrapas-

sagem, passando a pertencer ao escalão de ataque, no caso do prosseguimentodas operações; ou

(3) realizar uma finta, demonstração ou uma ação preliminar.

b. Em condições de luminosidade nula, os batalhões tenderão a receberobjetivos pouco profundos, evitando-se as ultrapassagens.

4-43. CARACTERÍSTICAS

a. O combate noturno, apesar do advento dos meios optrônicos, geralmentecaracteriza-se por um decréscimo na eficiência dos tiros com pontaria direta, porum aumento correspondente na importância do combate aproximado, pelos tirosamarrados que foram apontados sobre determinados objetivos durante o dia, peladificuldade de deslocamento, de ação de comando e manutenção do controle,direção e de ligação. Caracteriza-se também pela diminuição da capacidade devisão do combatente, o que reflete na redução da velocidade de progressão datropa atacante, pela dificuldade de identificação de tropas amigas ou inimigas epela dificuldade de orientação no terreno. Os ataques noturnos favorecem ao

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atacante, que sabe de sua realização, enquanto que o defensor é assaltado pordúvidas, apreensão e medo do desconhecido.

b. Os fatores acima tornam de máxima importância os princípios desimplicidade, sigilo e surpresa. Os ataques noturnos exigem um planejamentocuidadoso e pormenorizado, bem como uma execução precisa e coordenada. Osigilo e a surpresa são essenciais para que o ataque noturno seja conduzido comum mínimo de baixas. Na eventualidade de perda da surpresa, o planejamentodeverá prever o apoio de fogo, a manobra e a ação de choque necessários àconquista do objetivo. Devido às dificuldades de reorganização à noite, não éaconselhável esperar-se de uma unidade a conquista de mais de um objetivo. Oobjetivo deverá ser facilmente identificável à noite e suficientemente pequeno paraque possa ser conquistado em um único assalto.

c. No combate noturno, é preciso conciliar as necessidades táticas,inerentes a cada tipo de operação, com o desgaste da tropa, que surge com ocontinuar das operações, principalmente advindos da privação do sono e datensão do combate. Caberá a todo comandante, em qualquer nível de comando,a emissão de diretrizes e ordens relacionadas à possibilidade de descanso deseus comandados, em especial quanto ao tempo necessário ao sono da tropa,a fim de preservar a operacionalidade alcançada. Deduz-se, por conseguinte, queas medidas necessárias para se diminuir ou eliminar os efeitos negativos advindosda privação do sono, devem constar da diretriz do Cmt. Tais consideraçõesavultam de importância durante operações continuadas, quando a tropa, porqualquer motivo, não for substituída.

d. O nível de variação da intensidade luminosa, durante um ataque noturno,variará em função da fase da lua, da forma do terreno (plano ou ondulado), dacobertura vegetal na área e da nebulosidade. Tais fatores proporcionarão níveisdiversos de luminosidade, que variarão desde a escuridão total até noites bemclaras.

e. O ritmo das operações dependerá da quantidade de equipamentos devisão noturna disponíveis para a tropa. Os demais combatentes não portadoresdestes equipamentos deverão portar material com característica de fluorescênciadirecional, tipo fita ou botão, a fim de melhor contribuir para a coordenação, ocontrole, a segurança e a velocidade de progressão. Os diferentes equipamentosde visão noturna restringem a observação angular, além da variação em alcance,conforme o tipo utilizado, com reflexos na progressão, na técnica de observaçãoe na fadiga ocular. Os equipamentos utilizados deverão proporcionar a visibilidadeadequada às necessidades do combatente a pé, do combatente embarcado emviatura ou carro de combate, às necessidades de condução de tiro ou defuncionamento de determinado posto de observação. É de fundamental importân-cia o adestramento da tropa com equipamentos desta natureza.

f. Pode ocorrer um certo grau de confusão no âmbito tático do emprego dasunidades e frações ou no que se refere ao desempenho individual. Para restringiresta confusão, há necessidade de grande detalhamento no planejamento, bemcomo de atingir-se o menor escalão com as medidas necessárias à manutenção

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da coordenação e controle da tropa. Deve-se analisar a manobra, buscando-seadotar uma distribuição de equipamentos de visão noturna que possibilite um valorideal, mínimo ou desejável em relação à operacionalidade da tropa. Devemtambém ser estabelecidas normas gerais de ação para operações noturnas, bemcomo adestrar-se continuamente os Btl em operações desta natureza. Aliderança dos quadros e o moral da tropa também são parâmetros multiplicadoresdo poder de combate do atacante durante as operações noturnas.

4-44. EQUIPAMENTOS ESPECIAIS EMPREGADOS

a. Durante um ataque noturno podem ser empregados os seguintesequipamentos especiais:

(1) artifícios iluminativos;(2) luz infravermelha; e(3) dispositivos passivos: intensificação da luz residual e dispositivo

térmico;

b. Artifícios iluminativos são todos os tipos de artifícios usados para iluminarum objetivo ou uma Z Aç. Em especial, deve-se atentar para o emprego de muniçãoiluminativa dos morteiros e de artilharia. A decisão de iluminar ou não o campo debatalha ou um objetivo dependerá dos fatores da decisão e de outros aspectos,que indicarão o tipo e a maneira mais adequada de fazê-lo

c. Equipamento de luz infravermelha (Ifv) - é um equipamento cujo alcancevaria de acordo com a fonte alimentadora. O seu volume será maior quanto maisse aumentar a potência do equipamento. É um dispositivo ativo por necessitar queo alvo seja sensibilizado por um feixe luminoso infravermelho, logo, possibilita aoinimigo, com óculos especiais, ver o raio emitido, localizando nossa posição.Esse equipamento sofre restrições de visibilidade em presença de poeira,fumígeno, vapor de água ou camuflagem com tinta especial infravermelha, queatenuam a reflexão do feixe infravermelho.

d. Dispositivo de intensificação da luz residual - o alcance deste equipamen-to dependerá da luminosidade existente, do tamanho do alvo e da visibilidadereinante. Em princípio, os óculos, devido ao peso e volume, são adequados aocombatente a pé, com a vantagem de serem passivos, não emitindo luz. Permiteo uso conjugado com o marcador de alvo laser infravermelho. Uma camuflagemadequada, a poeira, a chuva, o nevoeiro e fumígenos são fatores restritivos ao usodeste equipamento.

e. Equipamento de imagem térmica ou de visão termal - este equipamentocapta a variação térmica e utiliza o princípio de que todo corpo e o ambienteemitem calor. Pode ser usado, eficientemente, inclusive durante o dia, contra acamuflagem convencional, nevoeiro, fumaça e chuva, os quais não são eficazescontra esse tipo de equipamento. As restrições ao uso deste equipamento são asgranadas de vapor de água e o suprimento classe V (munição) com base de CO2.

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4-45. ILUMINAÇÃO

a. Os ataques noturnos podem ser classificados em iluminados e não-iluminados. A escolha do tipo a ser utilizado é baseada no inimigo, no terreno, nasituação tática, na experiência da tropa e na disponibilidade de material. Umemprego hábil de artifícios de iluminação do campo de batalha, durante um períodode tempo, em um setor, pode proporcionar um excelente plano de dissimulaçãopara iludir o inimigo quanto ao local ou horário exato do verdadeiro ataque. Taisplanos de dissimulação podem incluir a extensão da zona iluminada até umaconsiderável distância de ambos os flancos com o fim de não denunciar a áreaexata do ataque.

b. Um ataque noturno não-iluminado é feito sob a proteção da escuridão,usando-se somente a luz natural. Esse ataque não pode progredir a fundo nasposições inimigas em virtude da dificuldade de manutenção do controle e dadireção durante a escuridão. O objetivo designado sob essas condições poderáser uma determinada área ou acidente do terreno, junto à frente inimiga, e de tallargura e profundidade que possa ser conquistado em um simples lanço pela forçaencarregada do ataque noturno. Esse objetivo deverá ser bem definido e facilmenteidentificável à noite. É essencial a observação, durante o dia, do objetivo e doterreno à frente. A direção do ataque é mantida por acidentes existentes, taiscomo as estradas, as cercas, as linhas de estacas e outros meios de fortuna comofitas de demarcação, fios telefônicos, artifícios eletrônicos ou material comfluorescência direcional. Os ataques noturnos não-iluminados são feitos quandoas considerações de sigilo os imponham.

c. Um ataque noturno, iluminado, é feito com iluminação artificial, com umavisibilidade semelhante à do dia. Pode ser feito mais profundamente na posiçãoinimiga do que um ataque não-iluminado. Em tais casos, são aplicáveis osprincípios das operações diurnas. O prosseguimento do ataque pela reserva,sobre os objetivos sucessivos, pode ser feito empregando-se a iluminação.

d. Quando o campo de batalha é iluminado por artifícios, estes podem serlançados geralmente por morteiros ou artilharia. A intensidade da luz depende dotipo, do tamanho e do número de artifícios empregados. Quando são usadosartifícios com pára-quedas, especial atenção deve ser dada à direção e àvelocidade do vento, para evitar que sejam impelidos sobre o atacante ou à suaretaguarda, provocando com isto grave vantagem ao defensor. Os artifícios compára-quedas, normalmente, são colocados sobre ou atrás da posição inimiga,com a finalidade de delinear sua posição à tropa de ataque. Grande número deartifícios são necessários para proporcionar uma iluminação contínua.

e. Se nossas tropas dispuserem de meios optrônicos e o inimigo nãodispuser, em princípio deve ser empregado o ataque não-iluminado. Se ocorrer oinverso, ou seja, o inimigo dispuser de tais meios e nossas tropas não, emprincípio deve ser empregado o ataque iluminado. Em condições de igualdade(ambos os contendores com ou sem meios optrônicos), diversos fatores devemser considerados, tais como o terreno, o tempo disponível, o grau de luminosidade,o adestramento e experiência da tropa em operações desta natureza, o valor do

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inimigo, o moral da tropa e outros fatores.

f. Se durante um ataque noturno for usada a iluminação, o plano de ataquedeve ser organizado de acordo com a visibilidade. Quando realiza-se um ataqueiluminado, o Cmt Btl toma providências para coordenar o seu plano de ataque como plano de iluminação do Esc Sp. Quando a iluminação é proporcionada porartifícios iluminativos lançados por morteiros e artilharia, o pessoal de ligação eos observadores avançados dessas unidades estabelecem o controle dessesfogos.

4-46. APOIO DE FOGO

a. Os ataques noturnos, independente da classificação quanto à ilumina-ção, podem ser classificados também em apoiados e não-apoiados.

b. Um ataque noturno apoiado é feito com o emprego de fogos de apoioantes, durante e depois do ataque. Esses ataques, quer sejam iluminados ou não,podem ser executados pelo Btl contra uma posição bem organizada, onde apossibilidade de completa surpresa seja remota. As armas de apoio do batalhãoe da Bda, inclusive sua artilharia, normalmente são empregadas na preparação doataque, no apoio durante sua execução e na proteção durante e após o ataque.Os fogos de preparação e de apoio são empregados como em qualquer outroataque, acrescentando-se o planejamento dos artifícios iluminativos, se for ocaso. Os fogos de proteção isolam o objetivo e evitam ou limitam os contra-ataques inimigos. Todos esses fogos, normalmente, são executados em toda aárea, em conjunto com outros fogos previstos. O sigilo quanto à localização exata,a direção e a hora do ataque deve ser mantido, desencadeando-se concentraçõesem outros horários ou locais.

c. Um ataque noturno, não-apoiado, é feito para permitir que a força deataque avance até a distância de assalto ao objetivo, sem auxílio dos fogos deapoio. Estes ataques noturnos podem ser executados pelo Btl quando houverprobabilidade de obter-se completo sigilo. Os ataques noturnos, não-apoiados,são empregados, normalmente, contra posições sumariamente organizadas ouquando houver uma forte probabilidade de que as defesas exteriores da posiçãopossam ser facilmente contornadas. Neste processo de ataque noturno, os tirosde preparação não são empregados. Os fogos de apoio e de proteção sãoplanejados da mesma maneira que para um ataque noturno apoiado, mas sópodem ser empregados quando o ataque for descoberto pelo inimigo. Nessasituação, podem ser desencadeados artifícios iluminativos a fim de favorecer oatacante, se for o caso. Uma vez iniciado o assalto sobre o objetivo, os fogos deproteção planejados são empregados, como em qualquer ataque noturno apoiado,para isolar o objetivo e evitar ou limitar os contra-ataques inimigos. O sigilo nosdeslocamentos é essencial neste ataque, bem como o emprego, pelo Esc Sp, defintas e demonstrações.

d. Os fogos de apoio podem ser desencadeados mediante horário, a umsinal convencionado ou a pedido. Todas as armas de tiro empregadas nos tiros

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preparados são coordenadas com os fogos de morteiros e de artilharia. Asposições para as armas de apoio são reconhecidas e balizadas e os elementosde tiro são levantados durante o dia. As armas que executarão os fogos serãoinstaladas sob a proteção da escuridão.

e. Os fogos do pelotão de morteiros e das armas anticarro, os carros decombate em reforço ou outras armas de apoio devem ficar disponíveis logo apósa conquista do objetivo. As armas de tiro direto capazes de ser transportadas abraço podem seguir o escalão de ataque por lanços, mas não deverão ficar muitopróximas dele, para evitar que sejam envolvidas no ataque. A decisão paradeslocá-las dessa maneira dependerá da visibilidade, do terreno e da provávelreação do inimigo. Quando a distância ao objetivo for pequena, ou quando ascondições forem desfavoráveis para o deslocamento imediatamente atrás doescalão de ataque, os elementos de apoio permanecem à retaguarda da linha departida para serem levados à frente por guias, após a conquista do objetivo. Emtais casos, se as armas de tiro direto forem empregadas para fornecer fogos deproteção ao escalão de ataque, estas serão instaladas em posições convenien-tes, à frente ou nos flancos para desencadear fogos de proteção.

f. A mudança de posição, após a conquista do objetivo, é feita com rapideze pode ser realizada por transporte a braço, em viaturas ou por meios aéreos. Ocontrole de tais deslocamentos é difícil e deve ser planejado minuciosamente.

g. Os morteiros, normalmente, não mudam de posição antes da conquistado objetivo. São deslocados quando a progressão no interior da posição inimigaé tão profunda que torne seus tiros ineficazes. Quando os elementos do Btl queexecutam o ataque noturno vão prosseguir na operação ao clarear do dia, essesmorteiros podem ser deslocados para apoiar o ataque diurno. Quando estesdeslocamentos forem necessários, as armas deslocam-se por escalões, a fim deque possam desencadear seus fogos de proteção. Nos ataques noturnosiluminados, as armas de apoio são empregadas como num ataque diurno.

4-47. RECONHECIMENTO E OUTRAS AÇÕES PREPARATÓRIAS

a. Os preparativos feitos pelo Cmt Btl para um ataque noturno contra umaposição defensiva inimiga compreendem:

(1) a determinação do efetivo, em fuzileiros, do escalão de ataque e a horade início do ataque;

(2) a escolha da Z Reu e as providências para sua ocupação;(3) a imediata expedição de ordens preparatórias, informando a natureza

da operação, que dependerá do nível de visibilidade e da quantidade de meiosoptrônicos disponíveis, a quantidade e o tipo dos reconhecimentos a seremrealizados pelos oficiais do EM e Cmt SU e a hora e local de reunião pararecebimento de ordens;

(4) a determinação dos limites do objetivo e as Via A mais favoráveis queconduzem a ele, dependendo do nível de visibilidade em que será desenrolado oataque noturno;

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(5) A determinação do dispositivo do escalão de ataque;(6) A localização das posições de ataque; a linha de partida; a provável

linha de desenvolvimento; os pontos de liberação de companhia; os limites lateraisexatos de cada objetivo de companhia e a linha limite de progressão.

(7) O reconhecimento e o balizamento dos itinerários entre a zona dereunião e a posição de ataque;

(8) A coordenação com as tropas amigas nas vizinhanças da posição deataque e na linha de partida. Instruções para a abertura de brechas à frente parapassagem da tropa;

(9) A informação ao comandante da brigada sobre as repercussões dadeterminação do ataque ser iluminado ou não, na manobra de seu batalhão, peloestudo do terreno.

b. O reconhecimento diurno executado por todos os Cmt é de grandeimportância em todos os ataques noturnos e é essencial quando esta operaçãofor executada contra posições defensivas organizadas ou em noites totalmenteescuras. Ele será completado por patrulhas de reconhecimento, durante aescuridão, e pelo estudo das cartas ou fotografias aéreas. As fotografias aéreasda Z Aç deverão ser distribuídas a todas as companhias. O reconhecimento érealizado com a devida atenção, tendo em vista o sigilo. Durante o dia, oreconhecimento do terreno normalmente fica limitado à observação realizada apartir das linhas de frente amigas. Freqüentemente, os únicos meios de assegurarinformações pormenorizadas do terreno na Z Aç, bem como a localização e efetivodos elementos de vigilância e postos de escuta inimigos, são as patrulhasnoturnas, que poderão estar, para maior eficiência, equipadas com visoresnoturnos. Os elementos dessas patrulhas podem ser utilizados, mais tarde, comomembros de destacamentos de segurança na frente e nos flancos. Os destaca-mentos podem ser empregados para balizar itinerários à frente da linha de partida,demarcar a PLD, silenciar sentinelas e fornecer guias às frações subordinadaspara seu deslocamento da LP até a PLD. A engenharia em apoio ou em reforçoé empregada para localizar os campos de minas inimigos. Devem ser feitos planospara a abertura de brechas nesses e em outros obstáculos, antes do ataque. Asinstruções do Cmt Btl para os comandantes das companhias definem a zona quecada Cia deve patrulhar e as informações a serem obtidas. O número de patrulhas,o seu efetivo e os outros pormenores podem ser também prescritos.

c. O planejamento dos ataques noturnos contra uma posição inimigaorganizada deverá ser mais minucioso que para um ataque diurno. Em comple-mento aos planos normais de manobra e de apoio de fogos, devem serdeterminadas as medidas pormenorizadas que assegurem a coordenação e ocontrole entre os elementos do escalão de ataque e os de apoio, para manter asegurança, o sigilo e as comunicações. Deverão ser feitas previsões para todasas eventualidades. O planejamento detalhado para um ataque noturno deve refletir-se nos pormenores da ordem do Btl. O trabalho de normas de comando é idênticoao ataque diurno.

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4-48. SEGURANÇA E SIGILO

a. A segurança é mantida por destacamentos na frente e nos flancos. Aspatrulhas colhem dados até pouco antes do início do ataque, quando osdestacamentos de segurança se deslocam para suas posições previamenteescolhidas e reconhecidas, para proteger a progressão das companhias doescalão de ataque. É ideal que esses destacamentos utilizem equipamentos devisão noturna e eliminem as patrulhas e os vigias inimigos. Se possível, osdestacamentos de segurança devem dispor de homens que falem o idioma doinimigo. O efetivo, o número e os dispositivos dos destacamentos de segurançadependem do inimigo, do terreno e da visibilidade.

b. Em um ataque noturno, a segurança e a surpresa são obtidas,principalmente, pelo sigilo. As medidas para assegurar o sigilo são:

(1) a restrição no efetivo e nas atividades das turmas empregadas nosreconhecimentos e nos outros preparativos;

(2) o desencadeamento periódico de concentrações em outras áreas ouem outros horários;

(3) a iluminação de outras zonas para enganar o inimigo;(4) o ataque em hora e em direção inesperadas;(5) a manutenção das armas carregadas e travadas durante o desloca-

mento e somente abrir fogo por ordem de determinados comandantes;(6) a total disciplina de luzes e ruídos;(7) o emprego de armas brancas durante o deslocamento e o ataque;(8) o deslocamento, em pequena velocidade, para que toda a fração

possa deslocar-se em silêncio e seja mantida a ligação entre os homens; e(9) o emprego de patrulhas para colocar fora de combate os postos de

escuta e os vigias inimigos, momentos antes das forças de ataque chegarem aseus locais.

4-49. IDENTIFICAÇÃO À NOITE

São prescritos meios de identificação para todo o pessoal. Constam dasinstruções do Cmt Btl e servem para identificar qualquer homem que se desloquepara o objetivo, antes do clarear do dia. A não ser que se disponha de meiosespeciais de identificação, os meios prescritos devem ser imediatamente distri-buídos a todos os homens. Esses meios não deverão ser complicados, porémfacilmente reconhecíveis a alguns metros de distância. Braçadeiras de panobranco ou materiais fluorescentes são um bom meio de identificação. Podem serestabelecidos distintivos para os oficiais e, se possível, para os sargentos. Acriatividade dos Cmt poderá improvisar qualquer meio de identificação mútua paraa tropa. Tais meios de identificação têm reflexos positivos na segurança daoperação.

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4-50. EMPREGO DE CARROS DE COMBATE

O emprego dos carros de combate com o escalão de ataque apresenta adesvantagem da quebra do sigilo e da surpresa. Por isso, normalmente, nãodevem ser utilizados nessa situação. Quando o ataque for não-iluminado, podemser empregados na consolidação dos objetivos. Em um ataque noturno iluminadoou quando dispomos de visores noturnos e lunetas, as condições se aproximamdas de um ataque diurno e, assim sendo, os carros podem deslocar-se segundoos vários processos de emprego do combinado infantaria - carros (ver item 4-26).

4-51. MANOBRA

a. Quando a tropa não for equipada com meios optrônicos, as caracterís-ticas do ataque noturno restringem as possibilidades de manobra. Para contornaressas dificuldades, os ataques noturnos são feitos sem mudança de direção ecom dispositivos relativamente cerrados. O ataque pode, ou não, ser frontal comrelação às defesas do inimigo, mas a manobra deve ser extremamente simples.

b. Conciliando-se diversos conceitos sobre a manobra, o ataque noturnopode ser executado por meio de um desbordamento ou de uma infiltração tática,para buscar incidir pelo flanco ou pela retaguarda do inimigo, obtendo maior graude surpresa e maior probabilidade de sucesso, respeitando-se o princípio dasimplicidade. Tais formas de manobra podem dificultar a coordenação e ocontrole, principalmente à noite, embora os meios optrônicos reduzam essadificuldade. Os fatores da decisão, além de outros aspectos como adestramentoe moral, induzem à realização ou não dessas formas de manobra em operaçõesnoturnas. Normalmente o ataque não-iluminado e não-apoiado será conduzidoutilizando-se técnicas de infiltração.

c. O escalão de ataque pode deslocar-se da Z Reu para uma posição deataque segura de onde o ataque será desencadeado. Depois de ocupar a LP, emprincípio, todos os deslocamentos na escuridão são feitos diretamente, na direçãodos objetivos, sem qualquer mudança na direção. Ao fazer seu plano de manobra,o Cmt considera, além da amplitude e da localização do objetivo:

(1) o dispositivo do Btl;(2) a posição de ataque;(3) a hora do início do ataque;(4) a linha de partida;(5) os pontos de liberação;(6) a velocidade do deslocamento;(7) a provável linha de desenvolvimento; e(8) a linha limite de progressão.

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4-52. OBJETIVO E EFETIVO DO ESCALÃO DE ATAQUE

Embora o objetivo do Btl seja fixado pela Bda, o Cmt Btl determinaexatamente, no terreno, seus limites laterais. A largura do objetivo determina oefetivo a ser empregado no escalão de ataque. Na escuridão, o intervalo entre oshomens é reduzido. Meios optrônicos podem aumentar um pouco essa frente.Quando o objetivo exige que o ataque seja feito por mais de uma companhia, oCmt Btl divide o objetivo entre suas subunidades de primeiro escalão. Quando obatalhão está equipado com meios optrônicos e a visibilidade for tal que permitaa manobra do pelotão reserva, as companhias colocam dois pelotões de fuzileirosem primeiro escalão e um em reserva; caso contrário, o comandante do batalhãodesigna às companhias do escalão de ataque objetivos de tal largura que lhespermitam empregar todos os seus pelotões de fuzileiros em linha.

4-53. DISPOSITIVO

a. O Cmt Btl prescreve o dispositivo das companhias de fuzileiros doescalão de ataque. O deslocamento até o ponto de liberação de companhia,normalmente, é feito em coluna. As companhias do escalão de ataque, emprincípio, transpõem a linha de partida com os pelotões justapostos ou sucessi-vos, estando esses em coluna. Se a visibilidade e o terreno permitirem amanutenção do controle e o objetivo estiver próximo da linha de partida, ou se foresperado um prematuro contato com o inimigo, pode ser vantajoso o avanço desdea linha de partida, disposta a companhia por pelotões justapostos, estando essesem coluna. Os intervalos entre as companhias devem ser tais que permitam, semembaraço, a entrada dos grupos de combate em linha para o assalto. O escalãode ataque modifica seus dispositivos nos pontos de liberação ou quando odesenvolvimento for forçado pela ação inimiga. Em noites com melhores níveis devisibilidade, o dispositivo tenderá para o adotado em um ataque diurno, dependen-do da disponibilidade de equipamento de visão noturna e de dispositivos auxiliaresde sinalização noturna (fitas e outros equipamentos e materiais de fosforescênciadirecional), atentando-se para o controle e segurança da tropa.

b. O Cmt Btl mantém uma reserva, em princípio, com valor mínimo de umacompanhia de fuzileiros, para cumprir as missões normais da reserva. Quando adistância da linha de partida até o objetivo não for grande ou a visibilidade nãofavorecer o emprego da reserva, esta pode ser mantida à retaguarda da linha departida até a conquista do objetivo, após o que poderá cerrar à frente. Elementosda reserva podem ser empregados na limpeza, atuando contra os grupos inimigosultrapassados pelo escalão de ataque. Dependendo da visibilidade e da disponi-bilidade de equipamentos de visão noturna ou de dispositivos auxiliares desinalização, a reserva adotará dispositivos semelhantes ao do ataque diurno,deslocando-se por lanços à retaguarda do escalão de ataque.

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4-54. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE

a. Zona de reunião (Z Reu) - O Btl desloca-se para uma Z Reu, onde sãofeitos os preparativos para o ataque. (Fig 4-31)

b. Posição de ataque (P Atq) - Se possível, uma posição de ataque deveser escolhida de maneira que possa conter o escalão de ataque no dispositivoprescrito para a transposição da linha de partida. Nessa posição, as medidas decontrole e as direções são verificadas e os destacamentos de segurança sãoenviados até suas posições. A área escolhida deve oferecer o mínimo deobstáculos e espaço para dispersão. Um controle eficiente deve ser exercidodurante o deslocamento para a posição de ataque, com a finalidade de reduzir aomínimo a confusão, a perda da direção e a quebra do sigilo. Os meios para essecontrole compreendem os equipamentos de visão noturna, a utilização de guias,a escolha de itinerários claramente definidos e o emprego de balizamento. Odeslocamento da Z Reu para a posição de ataque, em princípio, é feito sob ocontrole do Btl. Contudo, quando for o caso, em virtude do dispositivo para o ataquee da escolha de P Atq diferentes para cada SU, o controle pode ser descentrali-zado para os Cmt Cia. (Fig 4-31)

c. Linha de Partida (LP) - Caso não possa ser fixada por um acidente doterreno, essa linha pode ser demarcada com fitas ou outros meios improvisados.O ideal seria estabelecer a orla anterior da posição de ataque como LP. (Fig 4-31)

d. Hora do ataque(1) Quando um ataque deve prosseguir no dia seguinte, o ataque noturno

pode ser feito na segunda parte da noite, para não dar tempo ao inimigo deorganizar um contra-ataque eficaz. O ataque deverá ter início com temposuficiente para a completa conquista do objetivo, consolidação e a reorganizaçãoda tropa antes do clarear do dia.

(2) Quando a missão for conquistar e manter um objetivo, o batalhão,geralmente, ataca logo após o escurecer para impedir que o inimigo se reorganize,reforce sua posição, ataque ou retraia.

(3) Nas duas situações acima, para estimar a hora do início do ataque,o Cmt Btl deve estipular um horário de referência a partir do qual o Btl já tenhacumprido a missão e esteja disposto no terreno para fazer face aos contra-ataquesinimigos. Deve subtrair desse horário o tempo previsto para a consolidação,reorganização e o tempo de deslocamento da LP até os objetivos finais. Deve serdeixada uma margem de segurança para compensar os retardos imprevistos.

e. Pontos de liberação (P Lib) - Os P Lib são localizados ao longo doitinerário de progressão, onde determinados elementos são deixados sob ocontrole de seus próprios Cmt. Estes pontos são fixados pelo Cmt imediatamentesuperior. O Cmt Btl fixa o ponto de liberação onde as companhias do escalão deataque tomam novas direções, mais ou menos paralelas, facilitando o prossegui-mento do movimento. Da mesma maneira, os Cmt Cia fixam os P Lib dos seusPel e os Cmt Pel para seus grupos de combate. Estes P Lib sucessivos ficamlocalizados entre a Z Reu do Btl e a provável linha de desenvolvimento, e a suaescolha, em cada escalão de comando, depende da natureza do terreno, do

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conhecimento do dispositivo inimigo, do grau de escuridão que prevalece, dadistância ao objetivo e da intenção de manter a formação em coluna o maior tempopossível, para facilitar o controle. As frações desenvolvem-se imediatamente, semobservar os P Lib, quando isto for imposto pela ação inimiga. (Fig 4-31)

f. Provável linha de desenvolvimento (PLD) - A PLD é uma linha sobrea qual o Cmt pretende desenvolver completamente a tropa para o assalto aoobjetivo. Deve ser perfeitamente identificável à noite e estar dentro da distância deassalto ao objetivo. Esta distância varia de acordo com o tipo da posição a serassaltada, com o tipo e a intensidade do fogo de apoio que precede o assalto, coma reação inimiga esperada, se o inimigo possui ou não equipamentos de visãonoturna e com o terreno. Quando não se dispuser de uma linha natural do terrenopara o desenvolvimento, pode ser demarcada uma linha por guias que se utilizamde meios improvisados ou de material apropriado, tais como dispositivos lumino-sos, fluorescentes ou infravermelhos. O emprego de P Lib e da PLD auxiliam oescalão de ataque a cobrir uniformemente o objetivo. (Fig 4-31)

g. Linha limite de progressão (LLP) - É planejada para manter o controlee evitar que o escalão de ataque seja submetido aos fogos de proteção amigos,o Cmt Btl estabelece uma linha limite para a progressão, tanto em profundidadecomo nos flancos do objetivo. Esta linha deverá seguir os acidentes do terrenoreconhecíveis à noite pela tropa. Os fogos de proteção para isolar o objetivo sãoplanejados para imediatamente após esta linha. (Fig 4-31)

Fig 4-31. Medidas de coordenação e controle no ataque noturno

4-54

PROVÁVEL LINHADE

DESENVOLVIMENTO

LINHA LIMITE DEPROGRESSÃO

(LLP)

PROVÁVEL LINHADE

DESENVOLVIMENTOP LIB

SEC / GC(SE FOR O CASO)

P LIBPELOTÃO

P LIBSUBUNIDADE

P LIBPELOTÃO

OBJETIVO

P Atq

P Atq

Z ReuFT

LP / LC

LP / LC

PP

PP

LLP

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4-55. VELOCIDADE DE PROGRESSÃO

a. O Cmt Btl planeja a velocidade da progressão do escalão de ataque paraque o assalto ao objetivo seja feito, simultaneamente, pelas companhias deprimeiro escalão. Os ataques noturnos realizados em terreno difícil podem exigirque as companhias de primeiro escalão transponham a LP em horários diferentes,para assegurar a chegada no objetivo simultaneamente. Durante a progressão, osvários Cmt permanecem alertas para assegurar um estreito controle sobre odeslocamento, verificando a direção e a ligação com o elemento base.

b. No ataque não-apoiado e não-iluminado, a velocidade de progressãodepende do terreno e da visibilidade e, normalmente, é lenta em virtude danecessidade de cautela e da pouca visibilidade. O controle e a manutenção dadireção são difíceis neste tipo de ataque noturno.

c. No ataque apoiado, iluminado ou não, a surpresa é obtida pela direçãodo ataque. O sigilo, normalmente, é subordinado à velocidade de progressão. Oassalto ao objetivo é feito tão rapidamente quanto possível.

d. Apesar do emprego de equipamentos de visão noturna em determinadosataques, a velocidade de progressão do ataque noturno não assemelha-se aoataque diurno.

4-56. COMANDO E CONTROLE

a. O PC do Btl permanece à retaguarda da linha de partida, até que o objetivotenha sido conquistado, quando poderá cerrar à frente ou permanecer no localinicial. O Cmt Btl, os oficiais designados do seu EM e os mensageiros podemseguir na esteira da SU que realiza o ataque principal, ou acompanhar a manobrade um P Obs, quando o ataque é iluminado. Uma turma de comunicações, comtelefone, rádio e artifícios luminosos desloca-se com este grupamento decomando.

b. Os meios físicos são instalados entre o Btl e as Cia. A fim de preservaro sigilo, as comunicações telefônicas são preferíveis durante o deslocamento daLP até a PLD.

c. O meio rádio deve ser evitado, para que o inimigo não venha identificar,com seus meios de GE, o desencadeamento do nosso ataque. Porém, após aquebra do sigilo, pode ser empregado, mas com restrições, devido às ações daGE do inimigo como localização e interferência.

d. Os mensageiros, principalmente os especiais, são largamente emprega-dos após o início do ataque, seja para suplementar o meio físico, seja para minoraros efeitos da confusão do combate, inerentes ao ataque noturno. Porém, taismensageiros devem conhecer a perfeita localização do PC do Btl e das Cia.

e. Os meios suplementares, tais como os acústicos e os artifíciosluminosos, são planejados e utilizados se necessário, particularmente após aquebra do sigilo. Há necessidade que todos os Cmt participantes conheçam os

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sinais a serem utilizados no ataque, inclusive os sinais de pedido e cessação defogos de apoio ou de proteção, bem como, o de objetivo conquistado. Tais artifíciospodem ser utilizados para orientar a tropa até o objetivo ou para reunir as fraçõesque tenham perdido a direção.

4-57. EXECUÇÃO DO ATAQUE

a. Progressão - Nos ataques não-iluminados, a progressão à frente da LPé feita em colunas cerradas até às proximidades do inimigo, salvo se odesenvolvimento for imposto pela ação deste. Uma progressão cautelosa éessencial para o sigilo. Quando as frações de assalto atingem os P Libsucessivos, abandonam a formação em coluna e desenvolvem-se para formar alinha para o assalto na PLD. Cada coluna será precedida de elementos desegurança, dispostos dentro do limite de visibilidade, que deverão proteger atomada deste dispositivo. As ligações laterais são mantidas por elementos queatuam dentro da distância de ligação. Se for encontrado um posto de vigia inimigo,os elementos avançados da coluna auxiliam os elementos de segurança na suaeliminação, empregando arma branca, enquanto o restante da coluna se abriga.Todos os comandantes tomam medidas para evitar um assalto prematuro. A açãodas patrulhas ou dos postos de vigias inimigos pode forçar o desenvolvimento detodo ou parte do escalão de ataque, antes da hora prevista.

b. Assalto - No ataque noturno, o desenvolvimento pode ser forçado pelaação do inimigo ou executado quando da chegada à PLD. É feito, nesta linha, comrapidez e silêncio; qualquer parada prolongada nesta fase do ataque aumenta apossibilidade de revelação. Devem ser tomadas precauções para evitar um assaltoprematuro, causado por tiros feitos a esmo pelo inimigo. Após o desenvolvimento,a progressão é retomada, até que seja encontrada resistência inimiga, quando oassalto será iniciado. Nesta fase, todas as tropas assaltantes pressionam coma maior rapidez possível, indiferentes à ação inimiga. Podem ser empregadosartifícios iluminativos a fim de permitir às tropas assaltantes disparar seus tiroscom pontaria e deslocar-se com maior velocidade e controle, evitando o fogofratricida.

c. Tiros traçantes e outros meios devem ser empregados para aumentar aeficiência do nosso tiro direto. Todo esforço deve ser feito para manter a formaçãoem linha para o assalto e evitar que ela se transforme em grupos isolados. Nessemomento, torna-se essencial uma ação agressiva do comando, principalmenteem termos de liderança.

d. Se uma das peças de manobra do escalão de ataque ficar detida, emqualquer fase da manobra, o Cmt Btl poderá intervir ou não no combate. Casopositivo, poderá fazê-lo da mesma forma que no ataque diurno, como tambémiluminando o ataque.

e. Conduta após a conquista do objetivo - No ataque noturno, a consolidaçãoe a reorganização começam logo que o objetivo tenha sido conquistado, asemelhança do ataque diurno.

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ARTIGO VIII

ATAQUE COM TRANSPOSIÇÃO DE CURSO DE ÁGUA

4-58. GENERALIDADES

A transposição de um curso de água obstáculo que não dispõe depassagens utilizáveis e cuja segunda margem encontra-se defendida pelo inimigo,constitui-se em uma operação especial. Nesse caso, a operação comporta,normalmente, a conquista e manutenção de uma cabeça-de-ponte como açãopreliminar da ofensiva. As operações de transposição de curso de água são,normalmente, conduzidas no escalão divisão. É normal, também, que o escalãosuperior apóie a transposição em material de travessia, tropas de engenharia,unidades geradoras de fumaça, polícia do exército, aeronaves, artilharia e outros.Um BI, qualquer que seja o tipo de transposição, geralmente atua enquadrado emuma Bda, seja como escalão de ataque, seja como reserva. Isoladamente, o Btlnão tem condições, sem apoio de engenharia, de planejar e executar qualquer tipode transposição.

4-59. CARACTERÍSTICAS DA OPERAÇÃO

A transposição de um curso de água obstáculo que tem a margem opostadefendida pelo inimigo, segue os mesmos fundamentos das operações ofensivas,embora diferente nos aspectos abaixo relacionados:

a. necessidade de grande quantidade de equipamento especializado e depessoal instruído;

b. o comando e o controle das unidades são difíceis em face das restriçõesde espaço, trânsito e comunicações;

c. o número de L Aç que se oferecem é geralmente bastante limitado;

d. necessidade de obtenção da superioridade aérea;

e. tipos especiais de informações e reconhecimentos.

4-60. TIPOS DE TRANSPOSIÇÃO

Existem dois tipos de transposição: preparada e imediata.

a. Transposição Preparada - É uma operação de transposição de umcurso de água obstáculo, executada com planejamento minucioso e amplospreparativos, visando concentrar força e meios necessários para desencadear,inicialmente, um ataque na margem oposta.

(1) Características da transposição preparada:(a) é realizada quando a imediata não for possível ou, uma vez

tentada, não tenha tido sucesso;

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(b) o inimigo na segunda margem é forte;(c) é uma operação mais centralizada, exigindo maior coordenação

e controle;(d) são feitos preparativos e planejamentos minuciosos, caracteri-

zando uma perda de impulsão pela parada da operação em curso; e(e) a linha de partida é a margem amiga do curso de água, devendo

ser ultrapassada em uma hora "H" determinada, pelas unidades envolvidas.

b. Transposição Imediata - É uma operação de transposição de um cursode água obstáculo, executada com meios já disponíveis ou que possam serobtidos em curto prazo, sem interrupções das operações em curso parapreparativos de vulto.

(1) Características da transposição imediata:(a) é realizada, normalmente, em continuação a uma ação que já vem

sendo executada, como por exemplo, um Apvt Exi, uma M Cmb, uma perseguiçãoou um ataque a posições inimigas antes da primeira margem.

(b) o inimigo na segunda margem é fraco e sua posição não está bempreparada;

(c) a surpresa, rapidez e audácia que caracterizam essa operação,tornam as unidades blindadas as mais aptas a participarem desse tipo detransposição;

(d) a LP situa-se bem antes da margem do rio e as unidades atranspõem a medida que a atingem, sem que seja fixada uma hora "H". Para tanto,já devem estar de posse dos meios de transposição de assalto necessários; e

(e) deve ser tentada, sempre que possível pois evita a perda daimpulsão na ação ofensiva em curso.

4-61. CLASSIFICAÇÃO DOS CURSOS DE ÁGUA

Para fins de planejamento de uma operação de transposição, os cursos deágua são classificados em:

a. Curso de água obstáculo - São todos os cursos de água não-vadeáveis;

b. Curso de água obstáculo de vulto - São todos os cursos de água comlargura entre cem e trezentos metros;

c. Curso de água obstáculo de grande vulto - São todos os cursos deágua com largura superior a trezentos metros.

4-62. CONCEITOS BÁSICOS

a. Cabeça-de-ponte (C Pnt) - É uma área ou posição, na margem opostade um curso de água, que uma força conquista e mantém numa ofensiva, oumantém na defensiva, a fim de assegurar as melhores condições para oprosseguimento das operações.

b. Linha-de-cabeça-de-ponte (L C Pnt) - É uma linha, balizada por

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acidentes no terreno, utilizada para delimitar uma cabeça-de-ponte.

c. Frente de Travessia (Fr Tva) - É a extensão da linha do curso de água,selecionada na Z Aç de uma força que realiza a transposição. Para o batalhão afrente de travessia coincide com a sua própria Z Aç.

d. Travessia de Oportunidade - É caracterizada pela ausência do inimigono curso de água obstáculo e se resume aos problemas técnicos de construçãoe utilização dos meios de travessia.

e. Local de Travessia (Loc Tva) - Local favorável à travessia à vau e àutilização dos meios de transposição (meios de assalto, passadeiras, portadas,pontes e viaturas anfíbias), sujeito aos fogos inimigos.

f. Local de Travessia de Assalto (Loc Tva Ass) - Local favorável àtravessia de um batalhão de infantaria em botes de assalto ou viaturas anfíbias.

g. Zona de Reunião Inicial de Material de Engenharia (ZRIME) - Regiãoonde a engenharia reúne seu material de transposição e seu equipamento paraposterior utilização na operação.

Fig 4-32. Frente e locais de travessia

4-62

Frente deTravessia (Btl) Locais de

Travessia

Local de Portada

2 a 3 km 2 a 3 km

Local de Passadeira

Local de Ponte

Área de Travessia

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h. Zona de Reunião Final de Material de Engenharia (ZRFME) - Regiãona qual o material de engenharia (botes e passadeiras), destinado à transposiçãodos elementos de assalto, é reunido e arrumado para uso imediato.

4-63. ORDEM DE ATAQUE

A ordem de operações do batalhão contém informações e instruções, departicular importância na transposição de um curso de água, além das normaisà de um ataque coordenado. Normalmente estas informações são extraídas daordem de operações da brigada, conforme o que se segue:

a. informação sobre o terreno da frente de travessia;

b. missão, hora de transposição, Z Aç e objetivos do Btl;

c. informações sobre a missão das outras unidades, inclusive as demons-trações ou fintas.

d. plano de apoio de fogos do Esc Sp;

e. informações sobre o emprego de fumaça para cobrir a operação;

f. plano de apoio da engenharia para a operação; e

g. plano pormenorizado de controle de trânsito, de suprimentos e decomunicações e eletrônica.

4-64. RECONHECIMENTO

a. Os preparativos para a transposição compreendem a busca de dadossobre o inimigo e o terreno da zona de ação onde o Btl vai atuar. Sempre quepossível, deve ser dado tempo suficiente para os reconhecimentos diurnos a todosos Cmt, inclusive aos dos elementos de engenharia, com cujo equipamento, atransposição vai ser executada. Pequenas patrulhas fluviais de reconhecimentopodem ser enviadas sob a proteção da escuridão.

b. O reconhecimento pessoal do Cmt Btl, complementado pelo esforço debusca e por outras fontes de dados, deverá considerar os seguintes pontos:

(1) a composição e o dispositivo das forças inimigas, inclusive alocalização das armas, dos campos de minas e de outros trabalhos defensivos,bem como a existência dos locais de transposição, que não estejam defendidosou que estejam fracamente defendidos;

(2) os locais para as reservas e outras frações que cheguem à margemoposta;

(3) os acidentes do terreno bem definidos e apropriados para objetivos decompanhia;

(4) a rede de estradas no lado inimigo;(5) as Via A através da posição inimiga;(6) os acidentes do terreno na margem anterior do rio, para instalação de

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postos de observação e zonas de posições para as armas de apoio; e(7) a identificação dos objetivos e outras medidas de coordenação e

controle impostos pela Bda.

c. O Cmt Btl estuda os seguintes pontos complementares, de preferênciacom o oficial de engenharia, cuja unidade está apoiando o ataque:

(1) locais de travessia de assalto, na Z Aç do Btl, determinados pelalargura, profundidade e correnteza do rio, a existência de bancos de areia, recifes,ilhas, pedras, diques e outras construções, a inclinação e a altura de ambas asmargens e as Via A às mesmas;

(2) a existência de passagens a vau, portadas, pontes e locais de antigaspontes;

(3) a localização exata da posição de ataque coberta, junto da margemamiga do rio. Essas localizações devem ser facilmente acessíveis às viaturas eidentificáveis à noite;

(4) os itinerários cobertos que conduzem diretamente da posição deataque aos locais de transposição na margem amiga;

(5) as Z Reu prescritas pela brigada;(6) os itinerários da Z Reu até a posição de ataque. Para os deslocamen-

tos diurnos devem ser escolhidos itinerários bem definidos e que possam serpercorridos com facilidade.

4-65. PLANEJAMENTO

a. Seqüência - O planejamento de uma operação de transposição de cursode água caracteriza-se por desenvolver-se da frente para a retaguarda, ou seja, daconquista dos objetivos dentro da C Pnt na segunda margem para a primeiramargem. Normalmente a seqüência recomendável para o planejamento é a quese segue:

(1) seleção da C Pnt desejável - Selecionar uma linha de acidentescapitais na segunda margem, cuja conquista proporcione as melhores condiçõespara o prosseguimento, se for o caso, e para a manutenção;

(2) determinação do dispositivo para a manutenção da C Pnt - Esteplanejamento baseia-se, principalmente, no estudo das Via A do inimigo para ointerior da C Pnt, no contato e em profundidade;

(3) determinação do grau de controle desejável - Esta fase caracteriza-se pelo estabelecimento de medidas de coordenação e controle para a ação doselementos subordinados na execução da operação. Para um estudo maisaprofundado sobre esta fase ver letra e. do Nº 3-4 do Art II do Capítulo 3 do ManualC 31-60 - OPERAÇÕES DE TRANSPOSIÇÃO DE CURSOS DE ÁGUA.

(4) estimativa do tempo necessário para a conquista da C Pnt - Levar emconsideração os seguintes fatores:

(a) as condições metereológicas e do terreno;(b) os prazos para deslocamentos até o curso de água;(c) itinerários utilizados para o deslocamento (cobertas, abrigos,

campo, estradas, etc);(d) tipo de material utilizado no assalto e na travessia;

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(e) distância da segunda margem até os objetivos finais dentro daC Pnt;

(f) velocidade de progressão da força;(g) disponibilidade de meios optrônicos ou de iluminação;(h) rede de estradas na área de travessia e as características do curso

de água; e(i) número de objetivos marcados.

(5) estabelecimento de medidas de coordenação e controle - Numaoperação de transposição estas medidas são mais restritivas e numerosas;

(6) determinação do dispositivo para a conquista da C Pnt - É planejadoe decidido após a análise dos fatores da decisão;

(7) estabelecimento de medidas de dissimulação tática - É desejável quedurante uma operação de transposição sejam executadas medidas de dissimu-lação tática, principalmente na transposição preparada, a fim de iludir o inimigoquanto aos verdadeiros locais ou frentes de travessia a serem utilizados. Obatalhão enquadrado numa brigada poderá, eventualmente, receber esse tipo demissão. As principais medidas de dissimulação tática são: as fintas, as demons-trações ou a combinação dessas.

(8) confecção de planos e ordens - Normalmente são confeccionados osseguintes planos como anexos ou apêndices a um plano de transposição:

(a) plano de inteligência;(b) plano de apoio de fogo;(c) plano de travessia;(d) plano de comunicações;(e) plano de guerra eletrônica;(f) plano de dissimulação tática;(g) plano de movimento;(h) plano de apoio logístico; e(i) plano de circulação e controle de trânsito.

b. Peculiaridades - Durante o planejamento devem ser observadas asseguintes peculiaridades:

(1) Coordenação com as unidades vizinhas - Deve-se buscar umacoordenação detalhada e minuciosa da manobra, dos fogos e da progressão doselementos de combate e apoio ao combate.

(2) Determinação da largura da frente de travessia - A frente de travessiado Btl é determinada pelo Cmt Bda que fixa seus limites, determinando a largurada frente ou designando pontos que a definam. A frente sobre a margem inimiga,dada às SU do Btl tem, aproximadamente, as mesmas dimensões das que sãodesignadas em terreno normal. Além dos fatores que influem na determinação dasZ Aç, em terreno normal, devem ser mais considerados os seguintes: a naturezade ambas as margens do curso de água, a largura e a profundidade do rio, avelocidade e a direção da correnteza, bem como a quantidade e o tipo dos meiosde transposição disponíveis. Esses fatores podem exigir intervalos entre assubunidades e frações, durante a transposição propriamente dita; neste caso,deve ser preservada a unidade tática dos elementos participantes. Para adispersão, durante a transposição, e a facilidade de desenvolvimento após o

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desembarque, os intervalos entre as embarcações aproximam-se dos intervalosentre as frações correspondentes, em terra. (Fig 4-32)

(3) O dispositivo para a transposição - A dosagem do efetivo em fuzileirosque participará do escalão de ataque, na transposição, depende dos fatores acimacitados no item (2) e da largura da Z Aç. O Cmt Btl, em princípio, mantém, nomínimo, uma reserva de valor subunidade. O escalão de ataque do Btl deve ter umpoder de combate que permita manter a impulsão ou o terreno conquistado, facea contra-ataques inimigos, até que o Btl ou a Bda possam transpor meiossuficientes para o prosseguimento. As Cia Fuz do escalão de ataque, normalmen-te, transpõem o curso de água com os três pelotões de fuzileiros justapostos.

(4) Dispositivo para o deslocamento até o objetivo inicial - Após umarápida reorganização na margem inimiga, procede-se como um ataque normal.

(5) Objetivos intermediários para as companhias de 1º escalão - Amarcação ou não de objetivos intermediários segue os mesmos conceitosobservados no parágrafo 4-22 do artigo IV, capítulo 4, deste manual;

(6) Estabelecimento da segurança aproximada na margem oposta - Apósa transposição, os elementos do Btl imediatamente estabelecem a segurançapara proteger a execução dos trabalhos de engenharia.

(7) Distribuição das embarcações para as subunidades e a designaçãode outros meios de transposição, de acordo com o quadro de articulação (verAnexo F) - Um número suficiente de botes de assalto deve ser providenciado paratransportar as primeiras vagas do Btl. Esses botes são vantajosos nas açõescontinuadas, no curso da transposição, para transporte de pessoal ou desuprimentos. Outros tipos de embarcações podem ser utilizados. A unidade táticadeve ser mantida, tanto quanto possível, por ocasião da distribuição dos homenspelos botes, portadas e outros meios de transposição. Um processo satisfatóriode distribuição dos elementos de um Btl no ataque é o seguinte:

(a) Em botes de assalto1) Primeira vaga - Os Cmt Cia Fuz do escalão de ataque, os

pelotões de fuzileiros do escalão de ataque do batalhão, os observadoresavançados, os elementos do Pel Sau e os elementos de apoio de fogo em reforçoaos pelotões de fuzileiros (normalmente mísseis AC). Se for praticável a passa-gem a vau das viaturas blindadas, estas podem deslocar-se com essa vaga ou asua retaguarda. Caso o Cmt Cia não vá na primeira vaga, optando por transpor nasegunda vaga, os observadores avançados deverão acompanhá-lo.

2) Segunda vaga - As seções de comando das Cmt Cia, ospelotões de apoio das companhias de fuzileiros (menos os elementos que estejamreforçando os pelotões de fuzileiros) e as frações da Cia C Ap do Btl que estiveremem reforço às Cia Fuz.

3) Terceira vaga ou vaga de retorno - As armas de apoio de fogodo Btl que não estiverem reforçando as Cia Fuz às viaturas se a passagem a vaufor praticável, o escalão avançado do PC do Btl, o CAF, os elementos designadosdos pelotões de comando e de comunicações, o escalão avançado do PS dobatalhão, o médico do Btl e a companhia reserva.

(b) Pelas portadas ou passadeiras - Elementos da Cia C Ap do Btl(menos os elementos destacados) e o escalão recuado do posto de socorro (PS)do Btl. Embora a passadeira seja preparada para transpor o Btl reserva da Bda,

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após a sua utilização, a Cia C Ap poderá usá-la até a construção da portada, oumesmo depois, como duplicação de meios, desde que seja autorizada.

(c) Pelas portadas, pontes ou vaus - Demais elementos da Cia C Apdo Btl e todas as viaturas necessárias às operações táticas que possam sertransportadas pelos meios disponíveis. Essa transposição de viaturas é feita tãorapidamente quanto possível. Se houver passagem a vau, as viaturas, especial-mente as blindadas, são postas à prova de água, e fazem a transposição o maiscedo possível.

(d) Por meios improvisados - O Btl deve estar preparado para alcançare explorar os pontos de transposição, antes que o inimigo seja capaz de organizara sua defesa. Este tipo de ação freqüentemente poderá exigir as transposiçõesa vau, por balsas, barcaças, pelos diques, pontes distribuídas ou por qualqueroutro meio de fortuna.

(8) Posição de ataque - Normalmente fica próxima, ou junto à Z Reu finalde material de engenharia. Os itinerários e planos de deslocamento, local e a horade encontro entre os comandos das frações subordinadas e o pessoal deengenharia, além das providências sobre guias deverão ser considerados.

(9) Carros de combate - Definir a hora da transposição, a linha de encontrocom os fuzileiros, se for o caso, seu provável emprego e os meios de transposição.Normalmente os carros de combate, antes da transposição, realizam a base defogos para minimizar a ação inimiga nos locais de travessia e, tão logo sejapossível, realizam a transposição.

(10) Segurança antiaérea - A neutralização das operações aéreasinimigas sobre a zona de transposição é de vital importância. O Esc Sp,normalmente, proporciona segurança antiaérea sobra a zona de transposição.

(11) Emprego de viaturas motorizadas orgânicas do batalhão - Caso nãohaja vau para essas viaturas deve-se realizar pedidos oportunos ao Esc Sp paratransformá-las à prova d’água;

(12) Plano de suprimentos:(a) Classe I: Ração R-2 até a conquista dos objetivos que caracteri-

zam a C Pnt;(b) Classe III: Vtr com tanques plenos para a transposição;(c) Classe V: P Rem A na margem inimiga, após a conquista dos

objetivos da 1ª linha;(13) Plano de evacuação - Através dos elementos de saúde que prestam

apoio cerrado as SU do Btl;(14) Comunicações e eletrônica - no âmbito do Btl e para a Bda;(15) PC do batalhão - O escalão avançado do PC, normalmente, faz a

transposição na terceira vaga ou em vaga de retorno, enquanto que o pessoal ematerial remanescente fazem-no, o mais tardar, após a conquista do primeiroobjetivo. Normalmente, o posto de comando desloca-se para a margem oposta naesteira da reserva. Em virtude das dificuldades de controle, é essencial ainformação imediata da localização dos postos de comando de companhia.

(16) Quadro de sincronização - Tendo em vista a complexidade daoperação, as dificuldades de coordenação e controle, de trânsito e o grandevolume de apoios em meios e pessoal para a travessia, torna-se primordial asincronização das ações, durante o planejamento, no ensaio e na execução.

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4-66. ORDENS

Com o intuito de proporcionar aos subordinados o máximo de tempo parao reconhecimento e o planejamento, o Cmt Btl transmite suas ordens preparató-rias, logo que possível. A ordem para transposição deve ser completa, específicae pormenorizada. Deverá incluir o deslocamento da Z Reu para a margem amiga,a transposição do curso de água e a conquista do objetivo inicial. No objetivoinicial, o Cmt Btl as complementa para o prosseguimento do ataque até o objetivofinal, se não pôde defini-las anteriormente.

4-67. EXECUÇÃO

a. Da zona de reunião para a posição de ataque - Após a escolha daposição de ataque, cada SU ou fração que vai participar da transposição enviaguias para fazer um reconhecimento diurno da sua posição de ataque e dositinerários a serem utilizados para o deslocamento da Z Reu para aquela posição.Quando possível, as tropas fazem o deslocamento sob o controle do Btl, até queestejam próximas as suas posições de ataque. Para evitar confusão e perda detempo na posição de ataque, as frações deslocam-se como um todo e serãodivididas em equipes, uma para cada bote. (Fig 4-33)

Fig 4-33. Execução do ataque

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Cabeça-de-PonteConquista

AssaltoPtc a Pross

Reunião e PreparaçãoFora do Alcance

da Art L Ini

Avanço para o rio

100a

400 mZRFME

ZRIME

P Atq

LP LP

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b. Da posição de ataque para o rio - Ao chegarem à posição de ataque,as frações das primeiras vagas encontram os guias fornecidos pela engenharia eestes as conduzem até suas embarcações ou aos outros meios de transposiçãodesignados. As equipes acompanhadas pelas guarnições dos botes são levadaspor itinerários previamente balizados e protegidos, transportando seus botes deassalto, até o seu local de travessia. O deslocamento para o rio é regulado paraque todas as embarcações da primeira vaga atinjam a margem amiga (LP) aomesmo tempo (hora "H") evitando o retardo de uma nova coordenação. Todos ositinerários apropriados que levem da posição de ataque ao rio devem ser utilizadospara evitar congestionamento. (Fig 4-34)

Fig 4-34. Deslocamento da posição de ataque até o rio

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Gp Bt(3 a 5)

ZRFME

Guias Eng

EQUIPES DEASSALTO(Pel Ref)

PAtq

RIO

LP

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c. Transposição do curso de água - As guarnições de engenharia sãoencarregadas da operação das embarcações durante a transposição. Nosescalões de ataque, o infante mais antigo à bordo é o responsável pela orientaçãode cada embarcação para seus pontos de desembarque. Se a embarcação nãopuder ser acionada com sua própria força motriz, as guarnições de engenharia eo pessoal de infantaria levam-nas através do rio com auxílio de remos. Cadaembarcação inicia a transposição logo depois do embarque do pessoal e dirige-se à margem oposta, tão rapidamente quanto possível e pelo caminho mais curto.Nenhuma tentativa deve ser feita para manter uma formação qualquer no curso datransposição, embora devam ser mantidos os intervalos entre as embarcações.

d. Nenhum esforço deve ser feito para contrariar a força natural dacorrenteza, a menos que ela seja tão veloz que cause uma deriva apreciável doslocais de desembarque prescritos. Em tais casos a necessidade de opor-se a estacorrenteza é prevista pelo Cmt Btl, e constarão de instruções específicas,incluídas na ordem de transposição do batalhão. A execução de tiros raramenteé feita durante o dia e é proibida durante à noite. Ao chegarem à margem oposta,as tropas desembarcam com rapidez, desenvolvem-se e atacam. As guarniçõesde engenharia retornam com suas embarcações à margem amiga, imediatamen-te. Nas viagens subseqüentes o pessoal de engenharia é o responsável peladireção.

e. Ataque após a transposição - Após a transposição, as equipes deassalto limpam a margem do rio e prosseguem para os seus objetivos. O fogo di-reto sobre os elementos que desembarcam na segunda margem, caso seja efi-caz, deve ser neutralizado antes de qualquer reorganização das equipes de as-salto. O prosseguimento é feito como num ataque normal, buscando-se conquis-tar os objetivos previstos e informando-se a ultrapassagem das linhas de controleque permitirão à engenharia realizar trabalhos técnicos no curso de água, dandocondições para a transposição dos meios motorizados do Btl. (Fig 4-35)

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Fig 4-35. Local das linhas de controle após a transposição

4-68. APOIO DE FOGO

Durante o planejamento do ataque devem ser analisados, quanto ao apoiode fogo, os seguintes aspectos:

a. emprego do pelotão de morteiros - o pelotão de morteiros é empregadoinicialmente na margem amiga em ação de conjunto. Os observadores dosmorteiros deslocam-se com os pelotões do escalão de ataque. Devem ser feitosplanos para a transposição do pelotão de morteiros tão logo as portadas passema operar. Após a transposição, o seu emprego é feito como em qualquer outroataque;

b. a hora e processo de transposição do Pel AC e seu provável empregoapós a transposição;

c. as missões dadas aos carros em reforço (Fig 4-36);

d. a coordenação dos fogos de morteiros e de artilharia no plano de fogosde apoio - o emprego de fumaça e as providências para que o Pel Mrt Me e asturmas de ligação e de reconhecimento da artilharia façam a transposição o maiscedo possível;

L Ct 3 L Ct 3 L Ct 3RIO

L Ct 3 L Ct 2

L Ct 1

Perfil doterreno

RIO LP

IMPEDE O INIMIGODE REALIZAR TIRO

DE ARTILHARIACONTINUOS E

EFICAZES SOBREOS LOCAIS DE

TRAVESSIA

IMPEDE O INIMIGODE REALIZAR

FOGOS OBSERVA-DOS DE ARTILHA-

RIA SOBRE OSLOCAIS DETRAVESSIA

IMPEDE A OBSER-VAÇÃO TERRESTREE TIROS DIRETOS

DO INIMIGO DETRAVESSIA

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Fig 4-36. Carros de combate em apoio à transposição

4-69. APOIO LOGÍSTICO

Este assunto será abordado no Cap 10.

4-70. COMANDO E CONTROLE

Antes da transposição, os rádios podem permanecer em silêncio parapreservação do sigilo. Com a transposição das primeiras vagas, o silêncio rádio,normalmente, é suspenso. O rádio, nesta ocasião, torna-se o principal meio decomunicações entre o Cmt Btl e o escalão de ataque. Se necessário, a Bda podefornecer ao Btl um reforço de rádios. As comunicações, tanto para a frente, comopara a retaguarda, são mantidas inicialmente pelo rádio, meios visuais emensageiros. Aviões de ligação podem ser empregados para as comunicaçõescom a retaguarda. As linhas telefônicas, normalmente, são estendidas através dorio pelas passadeiras ou pontes, e podem também ser estendidas por cima ou soba água, a não ser que este apresente grande largura e forte correnteza. Aviõesleves podem lançar fios neste tipo de operação.

4-71. EMPREGO DE HELICÓPTEROS

Os helicópteros poderão ser empregados nos diversos tipos de operaçõesaeromóveis (combate, apoio ao combate ou logísticas). Dentre outras missões,as frações de helicópteros poderão ser empregadas para conquistar posições àretaguarda do inimigo. Helicópteros de ataque poderão apoiar a transposiçãobatendo os carros inimigos que ameacem o escalão de ataque. Poderão ainda,realizar reconhecimentos, transpor a reserva do batalhão e elementos de apoio defogo (Mrt Me, Armto AC), transportar munição, transportar meios de engenhariapara o curso de água e auxiliar na evacuação e no suprimento.

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4-72. INFILTRAÇÃO TÁTICA

A infiltração tática, conjugada à operação de transposição, poderá serrealizada para neutralizar posições inimigas que interfiram perigosamente natransposição ou para isolar o inimigo do apoio de suas reservas.

ARTIGO IX

ATAQUE A LOCALIDADE

4-73. GENERALIDADES

Considerações iniciais

a. Em presença de uma localidade defendida, o atacante pode:(1) desbordá-la, isolá-la ou cercá-la;(2) torná-la insustentável, pelo bombardeio e pelo incêndio; e(3) atacá-la sistematicamente e capturá-la

b. Em princípio, o atacante procurará isolar ou desbordar uma localidadefortemente defendida. O desbordamento de uma localidade, normalmente, evoluipara:

(1) cerco (ou isolamento); e(2) limpeza; exigindo, em conseqüência, o emprego de forças para isolá-

la e limpá-la.

c. O atacante poderá ser compelido a conquistar uma localidade por umaou mais das seguintes razões:

(1) somente a conquista da localidade lhe permitirá a utilização integraldas estradas que para ela normalmente convergem; esta necessidade deconquista, obviamente, é tanto maior quanto maior a importância da localidadecomo nó rodoferroviário;

(2) eliminação da ameaça potencial aos flancos e retaguarda da tropaatacante, representada pela existência de uma localidade desbordada ou mesmocercada;

(3) liberação, o mais cedo possível, das forças de contenção que fazemface à localidade, com o objetivo de empregá-las em outras missões;

(4) captura de objetivo tático importante no interior da localidade ou porela dominado, como, por exemplo, uma passagem num curso de água ou umaeródromo;

(5) para proporcionar proteção e conforto às tropas, particularmente noscasos de clima frio ou em época de chuvas intensas, em terreno montanhoso enas selvas; e

(6) por questões morais, de prestígio perante a opinião pública e deestímulo ao espírito combativo da tropa, caso a localidade conquistada seja umimportante centro de valor histórico, político, econômico ou militar.

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d. Características do combate favorável ao atacante:(1) poder manobrar para isolar a localidade;(2) uma vez isolada a localidade, ter condições de:

(a) passar ao ataque da área edificada;(b) manter o isolamento a fim de forçar os defensores a capitular; e(c) selecionar o ponto de entrada na área edificada, a direção e a hora

do investimento.(3) poder confeccionar um plano de ataque detalhado, baseado em dados

atualizados da localidade;(4) as operações na área edificada podem tomar uma característica

dimensional favorável ao atacante. Pode-se, algumas vezes, ultrapassar edifíciosou quarteirões fortemente defendidos, prosseguindo por baixo dos mesmos,utilizando adegas, rede de esgotos, metrôs ou outras passagens subterrâneas.Outras vezes poderão ser ultrapassados utilizando-se os tetos, terraços e sótãosdos edifícios. O processo a utilizar varia em cada caso, pois se deve esperar queo defensor tome as medidas para bloquear as Via A à sua posição.

4-74. EMPREGO DO BATALHÃO

a. No ataque a uma localidade, e como decorrência das dimensões dela,um BI pode ser empregado em uma das seguintes situações:

(1) fazer parte ou constituir a força que isola a localidade;(2) fazer parte ou constituir a força que investe na localidade; e(3) constituir a força que isola e investe na localidade.

b. Para desempenho dessas missões o BI recebe o reforço de elementosde carros de combate, cavalaria mecanizada, helicóptero (controle operacional),engenharia e o apoio ou reforço de artilharia de campanha e antiaérea. A artilhariamais adequada para o reforço é a autopropulsada, em virtude de sua manobrabilidadee da maior facilidade de entrada e mudança de posição.

4-75. FASES DO ATAQUE

a. Fases do ataque a uma localidade:(1) isolamento da localidade;(2) conquista de uma área de apoio na periferia da localidade; e(3) progressão no interior da localidade.

b. A primeira fase se destina ao isolamento ou ao cerco da localidade. Oisolamento compreende o bloqueio das vias terrestres e aquáticas de entrada esaída da área considerada, tem por finalidade impedir a chegada de reforços esuprimentos para os elementos isolados, bem como impedir o retraimento destes.O cerco difere do isolamento pelo grau de controle exercido sobre os movimentosde entrada e saída da área. Caracteriza-se pelo controle total do perímetro dalocalidade por meio da observação de possíveis vias de acesso de infiltração/exfiltração, quer por meio da ocupação de P Obs, emprego de patrulhas ou umacombinação de ambos, além do bloqueio das vias terrestres e aquáticas (realizado

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tal como o isolamento). O atacante ocupará, então, posições de bloqueio fora daárea edificada, mas das quais poderá apoiar pelo fogo a entrada nessa área e aprogressão através desta.

c. A segunda fase consiste na progressão das forças do escalão de ataquepara a área edificada e na conquista de alguns prédios (área de apoio) na orlaanterior da localidade (aproximadamente 1 (um) quarteirão), para eliminar oureduzir a observação terrestre e o tiro direto do defensor sobre as Via A àlocalidade. As cobertas e abrigos oferecidos por esses prédios conquistados naperiferia da cidade - área de apoio - permitem ao atacante descentralizar o controlee deslocar para a frente as armas de apoio, reservas e reajustar o dispositivo.

d. A terceira fase consiste na progressão sistemática, de casa em casa,quarteirão por quarteirão, através da área edificada. Nesta fase, adquire particularimportância a coordenação das unidades empenhadas.

4-76. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

a. Reconhecimento(1) O reconhecimento é contínuo e deve ser realizado desde o recebimen-

to da missão, intensificando-se quando as ações de isolamento ou cerco àlocalidade têm início.

(2) Busca de dados(a) Para o isolamento ou o cerco de uma localidade os EEI são

estabelecidos visando obter dados sobre:1) características das áreas adjacentes ao limite urbano, tais

como:- acidentes importantes do terreno;- vegetação;- vias terrestres e aquáticas;- cursos de água;- obras de arte;- obstáculos; e- outros dados julgados de interesse.

2) valor e localização do inimigo nas áreas adjacentes ao limiteurbano.

(b) Para o investimento à localidade, os EEI são estabelecidosvisando obter dados sobre:

1) características da localidade e do terreno adjacente:- as vias terrestres ou aquáticas e vias de acesso que

conduzem ao interior da localidade;- os setores de maior concentração da população;- pontos característicos e edifícios mais altos;- redes de esgotos, metrôs, adegas e outras passagens

subterrâneas;- instalações de rádio e televisão;- serviços de utilidade pública, edifícios públicos e construção

de valor histórico;

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- áreas abertas (praças, parques,estádios etc);- áreas industriais, comerciais, residenciais etc;- terminais rodoviários, ferroviários ,aeroportos e portos;e- outros dados julgados de interesse.

2) valor e localização do inimigo no interior da localidade(3) Fontes de dados - Devem ser exploradas todas as fontes que puderem

proporcionar conhecimento sobre o inimigo e o terreno. São fontes importantes dedados:

(a) prisioneiros de guerra;(b) material e documentos capturados;(c) habitantes da região;(d) refugiados;(e) interceptação de comunicações;(f) cartas, fotografias aéreas e fotos de satélites;(g) reconhecimentos terrestres e aéreos;(h) jornais, revistas e guias turísticos;(i) planta baixa e guia de ruas da localidade; e(j) relatórios e base de dados do escalão superior.

b. Isolamento(1) Decisão - Na montagem da L Aç para o isolamento ou cerco da

localidade, o Cmt Btl deve atentar, principalmente, para os seguintes pontos:(a) seleção dos Obj mais adequados ao isolamento/cerco;(b) definição das direções de Atq das suas peças de manobra;e(c) definição do Atq Pcp.

(2) Objetivos(a) No isolamento: serão marcados nos acidentes capitais que

dominam as vias terrestres que conduzem ao interior da localidade.(b) No cerco: serão marcados nos acidentes capitais que dominam

as vias terrestres e as Via A que conduzem ao interior da localidade.(3) Direções - O Cmt Btl após designar os Obj que cada SU deve

conquistar, pode dar-lhes também a direção em que deseja que eles abordemesses Obj ou, então, deixa essa decisão com os próprios Cmt SU. Essas direçõesdevem ser balizadas por pontos nítidos do terreno, a partir da direção principalutilizada pelo Btl. Devem ser escolhidas levando-se em consideração a distânciaa ser percorrida e os contornos do terreno que facilitem a progressão da tropa.

(4) Ataque Principal - O ataque principal de uma força cuja missão sejaisolar/cercar uma localidade é determinado em função dos seguintes fatores:

(a) quanto ao isolamento - incidir sobre acidentes capitais quebloqueiam a maior possibilidade de reforço do inimigo;

(b) quanto ao apoio ao investimento - Incidir sobre acidentes capitaisque apóiam a abordagem da localidade e o prosseguimento no interior emmelhores condições, quer por oferecer condições topotáticas favoráveis, quer porestar ocupado pelo inimigo em condições de atuar sobre as forças do investimento;

(c) quanto ao prosseguimento - Incidir sobre acidentes capitais quefacilitam o prosseguimento após a ação na localidade;

(d) todos os fatores devem ser reagidos entre si e analisados em

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conjunto, porém, a missão principal desta força é isolar/cercar (fator preponderan-te) a localidade.

(5) Zonas de ação - No isolamento/cerco, a Z Aç é fixada para o Btl peloCmt Bda na sua ordem de operações, que para isso levou em consideração osseguintes fatores:

(a) quantidade de objetivos de isolamento/cerco; e(b) o valor do inimigo nestes objetivos.

(6) Limites - Os limites entre as SU do Btl que executa o isolamento/cercosão normalmente traçados ao longo dos acidentes do terreno facilmenteidentificáveis, de tal modo que seja evitada a divisão de responsabilidade poracidente capital do terreno.

(7) Poder de combate(a) A definição do poder de combate necessário para a conquista ou

ocupação dos objetivos que permitem isolar/cercar uma localidade, depende daquantidade de objetivos estabelecidos e se estes estão ocupados pelo inimigo.Para tanto deve ser considerado o seguinte:

1) para o Atq Pcp: considerar “n + 1” Pelotões de Fuzileiros comoa dosagem mínima para a conquista ou ocupação dos objetivo na sua Z Aç (sendo“n“ o número de objetivos a ocupar ou o número de posições inimigas existentesnessas regiões;

2) para o Atq secundário: considerar como dosagem ideal amesma do Atq Pcp, admitindo-se, no entanto, a dosagem de “n“ Pelotões deFuzileiros para as ações; e

3) reserva: devido a descentralização das ações e a possibilidadede ter que atuar em mais de uma direção impõe a necessidade de uma reservano mínimo compatível [ Cia Fuz (-) ].

(b) Para a conquista ou ocupação dos objetivo de isolamento/cerco,o ideal é que cada via terrestre ou Via A que conduz a localidade seja bloqueadapor um Pel Fuz. Como em diversas situações isso não será possível, deve-seprocurar posições que bloqueiem mais de uma via terrestre ou Via A economizan-do meios. Se ainda assim isso não for possível, deve-se deixar nessa P Bloqfrações reforçadas por armas de apoio.

(c) São válidas as considerações constantes do Nr (4) do item 4-24,deste capítulo, a cerca de poder de combate.

c. Investimento(1) Decisão

(a) Na escolha da melhor L Aç para o ataque a uma localidade devemser considerados os seguintes fatores:

1) conquista da orla anterior e posterior;2) surpresa;3) convergência de esforços;4) simplicidade;5) segurança;6) obstáculos;7) posições para armas de tiro direto fora da área edificada;8) frentes das unidades de primeiro escalão através da área

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edificada; e9) constituição de reservas.

(b) A decisão do Cmt não difere das decisões comuns do ataque.Deve regular apenas a operação de conquista da localidade e conter, se for o caso,a sua intenção sobre o prosseguimento. Devem ser focalizados, essencialmente,os seguintes pontos:

1) objetivo a conquistar;2) direções de atuação;3) ataque principal; e4) elementos executantes e demais medidas de coordenação e

controle, como ponto de ligação, linha de controle, limites e direção de progres-são.

(2) Objetivos(a) Quanto à sua posição relativa, os objetivos podem estar situados:

1) na orla anterior, permitindo ao atacante reajustar seu disposi-tivo, cerrar à frente as armas de apoio e descentralizar o controle, tendo em vistaa progressão na localidade;

2) na orla posterior, caracterizando a ultimação da limpeza dalocalidade, possibilitando, de acordo com a situação, o reajustamento e osreconhecimentos para o desembocar da localidade, no prosseguimento dasoperações;

3) no interior da área edificada, buscar atender às necessidadesde segurança, limpeza e coordenação:

- quanto à segurança os objetivos podem estar situados sobreregiões na localidade que, em virtude de seu comandamento e situação face àprogressão do escalão de ataque, exerça marcante ameaça sobre as tropas queprogridam por Via A adjacentes. Sua conquista, portanto, proporciona a seguran-ça necessária a outras peças de manobra;

- quanto à limpeza de área os objetivos podem ser localizadosem instalações de administração e utilização pública (serviços essenciais), cujamanutenção seja importante para o prosseguimento das operações comocontrole populacional, segurança da tropa, utilização de recursos locais. Há quese considerar, todavia, que esta marcação estará condicionada a disponibilidadede peças de manobra para permanecer na manutenção do objetivo;

- quanto à coordenação sua marcação diz respeito às regiõesque imponham mudança de dispositivo, direção e ritmo da operação, bem comoàs necessidades do comandante do batalhão em sincronizar as posições daspeças de manobra com as possibilidades e necessidade do apoio de fogo(segurança do escalão de ataque), reservas e apoio logístico. Os objetivosexclusivamente de coordenação podem ser substituídos por linhas de controle(redução do tempo de parada e do adensamento de tropa).

(b) Caso a Bda marque apenas os objetivos da orla posterior, oCmt Btl marcará os objetivos na orla anterior e optará ou não pela marcação deobjetivos no interior da localidade. A obrigatoriedade de assinalação de objetivo naorla anterior se justifica pela marcante mudança de ritmo da operação associadaàs imposições de segurança, uma vez que, as Via A de abordagem da localidadesão interdependentes por força das estreitas frentes atribuídas às peças de

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manobra de 1º escalão. Caso a Bda marque a localidade como um todo à guisade objetivo, caberá ao Btl marcar tanto os objetivos da orla anterior como os daorla posterior, optando ou não pela marcação de objetivo no interior da localidade.A manutenção de objetivo, após conquista, reorganização e consolidação, éimpositiva nos objetivos da orla posterior (finais) e intermediários (de limpeza e desegurança).

(3) Direções - No interior da área edificada as direções podem serbalizadas por ruas ou edifícios destacados. Normalmente, as ruas serão utiliza-das para esse balizamento quando sua orientação longitudinal assim o indique equando a localidade for densamente construída. Os edifícios ou pontos nítidosmais destacados serão referenciados em zonas menos densamente edificadas,as quais permitam sua boa visualização a distância, assim como em zonas ondeo arruamento não apresente uma mínima regularidade geométrica.

(4) Ataque principal - O ataque principal de uma força cuja a missão sejainvestir sobre uma localidade é determinado em função dos seguintes fatores:

(a) Para conquista de objetivos na orla anterior:1) regiões que melhor retiram a observação terrestre e os fogos

diretos do inimigo sobre as Via A para a abordagem da localidade, função do graude mascaramento e dominância oferecido pelo terreno e edificações; e

2) regiões que abrem prosseguimento para o interior da localidadeem melhores condições, em virtude, principalmente, da favorabilidade relativa dasVia A de prosseguimento.

(b) Para conquista de objetivos na orla posterior:1) regiões que melhor caracterizam a ultimação da limpeza da

localidade definido pelos quarteirões mais avançados, edificações e terrenodominantes e pela densidade das construções; e

2) regiões que possibilitem melhores condições de prossegui-mento após investimento caracterizado pela proximidade e dominância dosobjetivos sobre nova Via A (eixo de prosseguimento).

(5) Linhas de controle - Em virtude da extrema compartimentação,diferença de densidade e grau de profundidade da área edificada, e das conse-qüentes dificuldades de observação e de ligações, o controle tende a descentra-lizar-se até os menores escalões de comando, como pelotão e mesmo grupo decombate, transformando-se o combate em uma série de pequenas açõesindependentes. O Esc Sp assegura o controle das operações marcando linhas decontrole, geralmente em eixos transversais ao movimento (ruas, avenidas,ferrovias, cursos de água). As unidades informam ao atingir uma linha de controlee dela só partirão para a seguinte, mediante ordem. As linhas de controledispensam os objetivos marcados entre as orlas anterior e posterior da localidadecom o propósito de coordenação, têm papel preponderante no controle do ataque,particularmente durante a terceira fase, e serão fixadas pelos diversos comandosaté o escalão Cia Fuz, inclusive.

(6) Zonas de ação(a) Em localidade fortemente defendida, quando se dispõe de poucas

informações sobre o inimigo as Z Aç dos Btl de primeiro escalão são relativamenteestreitas, podendo variar de 1 (um) a 4 (quatro) quarteirões. Uma companhia defuzileiros, no ataque a uma localidade bem defendida, tem como frente normal a

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largura de 2 quarteirões. Identicamente um pelotão de fuzileiros, atacando umaposição de resistência organizada recebe uma Z Aç da largura de um quarteirão.

(b) A Z Aç (Fig 4-37) a ser fixada dependerá de:1) valor do inimigo;2) dimensões e densidade dos edifícios; e3) resistência esperada.

Fig 4-37. Esquema de manobra de um BI no investimento a uma localidade

(7) Limites(a) A observação restrita e as dificuldades de controle e coordenação

tornam necessário marcar limites até o escalão pelotão inclusive. A marcação delimites evita que as unidades amigas se ataquem, facilita o apoio mútuo eassegura o vasculhamento de todas as construções da área edificada.

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(b) Na zona densamente construída, os limites passarão, normal-mente, por um dos lados da rua, ficando a área da rua incluída na Z Aç de umadas unidades vizinhas.

(c) Nas demais zonas da área edificada, os limites passam por dentrodos quarteirões, pelos quintais, de sorte que ambos os lados da rua ficamincluídos na Z Aç de uma unidade.

(8) Poder de combate(a) Para a determinação do poder de combate a ser empregado no

investimento são utilizadas como base as frentes normais atribuídas às Cia e Pel,como consta no subitem 6).

(b) Quando a SU receber um objetivo no interior da localidade, sejaele de limpeza ou segurança, deverá receber mais um Pel Fuz, haja vista quehaverá a necessidade de manutenção deste objetivo. Se isto não for possível, oCmt de SU deve deixar uma fração que tenha condições de manter esse objetivo.

(c) Para a determinação do poder de combate da reserva, pode serque as restrições no combate no interior da localidade e as dificuldades demovimento, observação e comunicações tornem maiores as necessidades dereserva junto aos escalões mais avançados (Cia e Btl). Considera-se como boaa dosagem de uma companhia de fuzileiros reforçada por brigada, reserva fracaou compatível por Btl e um Pel por SU do escalão de ataque.

(9) Reserva(a) As missões básicas da reserva no investimento:

1) repelir contra-ataques; e2) realizar a limpeza das resistências desbordadas;

(b) Além disso a reserva pode receber a missão de:1) atuar de flanco contra uma resistência inimiga que detenha

uma das peças do escalão de ataque, beneficiando-se da progressão da peçavizinha;

2) corrigir erros de direção; e3) substituir uma das peças do escalão de ataque.

(c) Considerando a grande disponibilidade de cobertas e abrigos emárea urbanas, conclui-se que as reservas terão condições de se deslocarimediatamente à retaguarda do primeiro escalão em condições de prontamenteintervir no combate. A reserva da Bda, em princípio, segue o escalão de ataquedefasada de 1 (um) a 3 (três) quarteirões, a do Btl de 1 (um) a 2 (dois) quarteirõese a da companhia provavelmente no mesmo quarteirão dos pelotões que realizama limpeza.

d. Artilharia(1) Na 1ª fase a artilharia apóia com seus fogos a conquista ou a ocupação

dos acidentes capitais que permitem isolar a localidade, e pode executar fogossobre posições inimigas localizadas na orla da localidade e que estejamexecutando alguma ação sobre as tropas que estão isolando a localidade.

(2) Durante as 2ª e 3ª fases do ataque a artilharia pode ser empregada paramanter isolada a localidade, colocando seus fogos sobre as Via A que conduzemaos acidentes capitais que dominam a localidade, nas saídas da área edificada,para evitar a chegada de reforços ou suprimentos para a guarnição que defende

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a cidade e para destruir os elementos que tentem se evadir da mesma.(3) Na 3ª fase podem ser realizados tiros previstos sobre cruzamentos de

ruas ou edifícios destacados. todavia a eficácia do apoio de artilharia decrescesensivelmente em virtude da precariedade de observação e da proximidade dastropas amigas em relação aos alvos, podendo ser necessário um recuo da tropaatacante para que a artilharia atire sobre uma posição obstinadamente defendida.Tal procedimento é perigoso por permitir que o inimigo reocupe os edifícios queforam evacuados. Nesta fase as unidades autopropulsadas são as mais indicadaspara emprego, em virtude de sua maior facilidade para seleção e ocupação dasposições de tiro e também no deslocamento para as mudanças de posição, o quelhe proporciona um tiro mais preciso e direcionado para o alvo que se quer atingir.A descentralização da artilharia, chegando até a situação de reforço, é maisfreqüente em virtude da necessidade de uma ligação e coordenação mais efetivacom os elementos de 1º escalão.

(4) A natureza dos tiros (percussão, de tempo, explosivo, incendiário oufumígeno) e o volume de fogo a ser colocado sobre uma área edificada em poderdo inimigo são determinados em função dos seguintes fatores:

(a) material de construção empregado (madeira ou alvenaria);(b) dano que se pode esperar da artilharia atirando sobre posições

inimigas conhecidas ou suspeitas;(c) aumento do abrigo e da ocultação proporcionado ao inimigo pelos

destroços provocados pelo fogo, particularmente quando se trata de casamatasde concreto construídas nos andares térreos; e

(d) atitude da população civil, se amiga, neutra ou inimiga.(5) As armas da AAAe podem ser muito úteis, caso possam ser

empregadas em missões terrestres sem prejuízo de sua missão principal, devidoao grande volume de fogo que podem desencadear. Podem ser empregadas paraneutralizar posições inimigas fora dos prédios ou em telhados e posiçõespróximas as áreas ocupadas por tropas amigas. Elas são empregadas de maneirasemelhante aos carros de combate, mas devido a sua grande vulnerabilidade, sãolocalizadas à retaguarda dos elementos de 1º escalão.

e. Carros de Combate(1) Na primeira fase, os carros de combate são empregados com a força

encarregada de isolar ou cercar a localidade.(2) Na segunda fase, são empregados para bater pelo fogo os prédios ou

posições afastadas, na orla anterior da localidade.(3) Na terceira fase, em virtude da diminuição da sua capacidade de

manobra, os carros são atribuídos em reforço aos Btl, onde vão constituir, nível CiaFuz, as FT (Fig 4-38). Nessa fase, os carros de combate normalmente atuamcomo armas autopropulsadas, realizando tiro direto, à curta distância, ou sãoempregados como armas anticarro. Devem estar bem à frente durante o ataquee serem protegidos pela infantaria contra emboscadas, armas anticarro, minas ecaçadores isolados de carros. Raramente precedem a infantaria. Os carrosportadores de lança-chamas são empregados na redução de pontos fortes e paracompelir os defensores a saírem dos abrigos. Todavia, o emprego da chama nãopode ser indiscriminado, devido aos riscos de incêndios, capazes de dificultar eretardar a progressão do atacante.

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Fig 4-38. O emprego do Pel CC em uma FT Cia Fzo no Atq Loc

f. Cavalaria mecanizada(1) Na primeira fase seu emprego principal é como elemento de proteção

às forças empregadas no isolamento, principalmente durante a execução demovimentos laterais, face às direções prováveis de reforço inimigo, podendo ainda:

(a) reforçar a peça de manobra encarregada de isolar;(b) ser empregada como reserva; e(c) receber a missão de isolar.

(2) 2ª fase: Seu emprego é semelhante ao carro de combate.(3) 3ª fase: Poderão receber Z Aç secundária, em virtude da pouca

disponibilidade de fuzileiros orgânicos. As equipes infantaria-carros de combatesão as já existentes no nível pelotão de cavalaria mecanizada.

g. Lança-chamas - Tanto portáteis como conduzidos em carros, os lança-chamas podem ser empregados pelo escalão de ataque. São particularmenteúteis na destruição do inimigo abrigado em porões, esgotos, subterrâneos oucasamatas. Também são empregados na redução de barricadas nas ruas. O seuuso deve ser restrito ao necessário, haja vista a possibilidade da proliferação deincêndios.

h. Metralhadoras(1) Na primeira e segunda fase as metralhadoras são empregadas em

apoio de fogo à conquista dos objetivos de isolamento e área de apoio.(2) Na terceira fase são empregadas na execução de fogos rasantes

através dos eixos terrestres estabelecendo faixas de fogos ou zonas mortíferas,com a finalidade de impedir sua utilização pelo inimigo que for expulso dos prédios.

i. Morteiros(1) Nas 1ª e 2ª fases todos os morteiros das unidades de infantaria

realizam seus fogos para auxiliar no isolamento da localidade e na conquista daárea de apoio na sua orla.

(2) Na 3ª fase são empregados sobre alvos que a artilharia não possaatingir por causa de sua trajetória mais tensa. Normalmente os morteiros sãoempregados:

(a) sobre objetivos nos telhados, utilizando alto explosivo comespoleta instantânea;

(b) contra posições no interior de edifícios, utilizando granadas degrande capacidade explosiva e espoleta de tempo;

(c) para provocar incêndios, utilizando granadas de fósforo branco e

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de fósforo branco plástico; e(d) para cobrir movimentos de tropa, utilizando granadas fumígenas.

Os morteiros são freqüentemente empregados no estabelecimento de cortinas defumaça locais, para cobrir a progressão através de ruas, parques, alamedas,quintais e outras áreas abertas.

j. Meios Anticarro(1) Na primeira e segunda fase são empregados apoiando pelo fogo a

conquista do objetivo de isolamento e área de apoio(2) Na terceira fase os alvos preferenciais serão seteiras e posições

construídas. A distribuição de meios deverá buscar um equilíbrio entre os canhõessem recuo, míssil e carros de combate. Os canhões sem recuo reforçam ospelotões de fuzileiros. Seções de míssil anticarro, em princípio, devem permane-cer em apoio direto ou reforço à SU que dispuser dos melhores campos de tiro nointerior da localidade. Os CC serão colocados em reforço à SU que dispuser dasmelhores Via A e campos de tiro para os carros.

k. Helicóptero(1) Na primeira fase há o predomínio das operações de combate tais

como: assalto aeromóvel ou infiltração tática para conquista do objetivo deisolamento. Avulta de importância, ainda, as operações de reconhecimento,ataque e segurança aeromóvel.

(2) Na segunda fase pode ser realizado o ataque aeromóvel em proveitoda conquista da área de apoio.

(3) Na terceira fase o ataque aeromóvel é realizado em proveito daprogressão do escalão de ataque.

(4) Podem ser realizadas em todas as fases outras operações aeromóveiscomo observação aérea, ligação de comando, transporte tático aeromóvel esuprimento aeromóvel.

l. Comunicações - Durante a terceira fase, as estruturas metálicas dosedifícios ou outras obstruções restringem a utilização do rádio, principalmente FMnão podendo, portanto, o sistema de comunicações ficar na dependência de seuemprego. O sistema mensageiro, meios visuais e acústicos serão amplamenteexplorados.

m. Engenharia(1) A engenharia de apoio pode ser empregada para:

(a) limpeza de campos de minas AC e AP e de armadilhas nas ViaA e outras áreas;

(b) limpeza de destroços e outras barreiras nas principais ruas eestradas; e

(c) execução de demolições.(2) Normalmente, o batalhão recebe um pelotão de engenharia em apoio

direto.

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4-77. EXECUÇÃO

a. O ataque se desenvolve nas três fases em que foi planejado. Não há,quanto à execução, separação nítida nem demora prolongada entre a segunda eterceira fase. Uma vez conquistada a aérea de apoio e cerrados os meios à frente,tem início a terceira fase, como natural prosseguimento da segunda. O Cmtintervém no combate como em outras operações ofensivas.

b. Isolamento da localidade (primeira fase) - A conquista dos objetivosde isolamento é feita nos mesmos moldes que um ataque em terreno normal. OCmt da tropa que planeja esta fase da operação deve prever um dispositivo, nosobjetivos de isolamento, que permita a segurança em todas as direções, de modoa que possa cumprir eficientemente a sua missão.

c. Conquista da área de apoio (segunda fase)(1) Processa-se de maneira semelhante ao ataque a uma posição

organizada em terreno normal.(2) A fim de neutralizar as vantagens do defensor quanto à vistas, campos

de tiro e abrigos, a progressão para a orla da cidade se fará sob a proteção de fogosintensos de morteiros, metralhadoras, artilharia, carros de combate, mísseis eaviação. Emprega-se fumígenos com freqüência, seja para cegar observatórios,seja para encobrir movimentos em terreno descoberto.

(3) Após a conquista da área de apoio, na orla, o escalão de ataque deveser reorganizado de sorte a permitir:

(a) o reajustamento do dispositivo das pequenas unidades, particu-larmente no nível pelotão, visando constituir as equipes de infantaria-carros-armasde apoio;

(b) deslocamento das armas de apoio e das reservas para a orla dalocalidade;

(4) A permanência na área de apoio deve ser reduzida ao mínimoestritamente necessário a essa reorganização.

d. Progressão no interior da localidade (terceira fase) - Nessa fase, asações se descentralizam para os comandos subalternos, até o escalão pelotãoe, muitas vezes, grupo de combate. A progressão é lenta e coberta pelo fogo. Oescalão de ataque normalmente, evita progredir pelas ruas, porque são batidaspelos fogos inimigos. Sua progressão será feita através de quintais ou dequarteirões, através dos prédios, por brechas abertas nas paredes, ou pelostelhados. As ruas transversais, mesmo que não tenham sido designadas comolinhas de controle, apresentam às pequenas frações uma ocasião de reajusta-mento do dispositivo, antes de prosseguir para a conquista do quarteirão seguinte.As reservas devem progredir o mais à frente que for possível, para permitir maiorsegurança ao escalão de ataque, não apenas nos flancos, mas, também, àretaguarda, pela ocupação de prédios já conquistados, para impedir a suaretomada pelo inimigo. Os CC atuam como armas autopropulsadas e anticarro,em reforço aos menores escalões. Esta fase oferece inúmeras possibilidades desurpresa e de riscos para o atacante, não só pela localização das armas da defesaem locais imprevisíveis e difíceis de determinar, como, também pelo abundante

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emprego, por parte do defensor, de minas, armadilhas e demolições preparadas,e pela utilização de Via A subterrâneas, ao nível do solo, através dos andares dosprédios e, mesmo, pelos telhados.

e. Limpeza(1) Nas localidades fortemente defendidas, a limpeza é feita, casa a casa,

quarteirão por quarteirão, pelo escalão de ataque, à medida que progride,permitindo assim que a reserva esteja em condições de emprego numa missãoqualquer.

(2) Poderão ocorrer situações em que a limpeza da área edificada nãoserá realizada pelas forças em 1º escalão, e sim pelas tropas de acompanhamen-to. Como exemplos, pode-se citar a conquista de um acidente capital no interiorda localidade como ponte ou nó rodoviário, o qual poderia ser destruído peloinimigo caso houvesse tempo suficiente após o início do ataque ou em localidadefracamente defendida, cujo interesse maior é a conquista de objetivos na orlaposterior. Uma forma de se cumprir essa missão é o movimento em força doescalão de ataque embarcado, no interior da localidade, por dois eixos deprogressão. As frações testa de cada elemento reconhecem seus eixos imedia-tamente antes da passagem dos demais. Ao ser estabelecido o contato, parte doselementos desembarcam para garantir o prosseguimento dos demais. Uma vezconquistado o objetivo o escalão de ataque estabelece um dispositivo de defesacircular, ampliando suas dimensões até a conquista do terreno adjacentes quecomprometa sua segurança. As resistências desbordadas são limpas pelareserva.

(3) É imprescindível que todos os prédios sejam completamente vascu-lhados para evitar que focos de resistência não eliminados venham a constituirameaça ou envolver as linhas de comunicações, suprimento, evacuação bemcomo reservas de apoio. Quer se penetre num prédio pelo telhado, por um andarde edifício (através de brechas nas paredes, por exemplo) ou ao nível do solo, ovasculhamento deverá, sempre, se processar do alto para baixo.

ARTIGO X

ATAQUE EM BOSQUE

4-78. GENERALIDADES

a. De acordo com a IP 30-10 - INFORMAÇÕES SOBRE O TERRENO,bosque é uma área extensa coberta por árvores que crescem em uma formaçãocerrada e cujas copas, na maioria dos casos, se tocam. Para realização deoperações ofensivas em bosques que cobrem grandes extensões territoriais(AMAZÔNIA, por exemplo), consultar a IP 72-20 - BATALHÃO DE INFANTARIADE SELVA. Em princípio, o batalhão poderá combater em bosques existentes naposição defensiva inimiga. Estes bosques poderão enquadrar toda uma Z Aç doBtl ou parte desta. Procura-se, inicialmente, ultrapassar o bosque por um ouambos os flancos, enquanto suas orlas são neutralizadas por fogos ou fumaça.

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Se não for possível evitar o bosque e sua posse se fizer necessária, o atacanteprocurará conquistá-la por uma ação de desbordamento ou, em último caso,mediante um ataque frontal.

b. Características do ataque em bosque:(1) necessidade de um conhecimento detalhado do bosque, principal-

mente sobre densidade da vegetação, a existência de estradas, caminhos, cursosde água e de obstáculos; e

(2) dificuldade de controle e coordenação obrigando a uma descentralizaçãodas ações;

4-79. FASES

a. Ataque e reorganização na orla anterior - Consiste na progressão deforças do escalão de ataque com a finalidade de ocupar uma faixa do terreno naorla anterior do bosque que permita ao Btl reorganizar-se e deslocar à frente osseus apoios.

b. Progressão no interior do bosque - Caracteriza o avanço das forçasdo escalão de ataque no interior do bosque realizando a limpeza. Avultam deimportância as medidas de coordenação e controle.

c. Conquista da orla posterior - Possibilita a ultimação da limpeza dobosque e permite o reajustamento e os reconhecimentos necessários para oprosseguimento do ataque.

d. A seqüência e a existência de cada fase supracitada dependerá dadensidade do bosque, da profundidade deste, da manobra empregada, dos fatoresda decisão e de outros aspectos.

4-80. PLANEJAMENTO

a. Medidas de coordenação e controle(1) Dispositivo - Depende da largura da Z Aç, densidade do bosque, valor

do inimigo e característica do terreno.(2) Direção de ataque - É dada por azimutes magnéticos até o nível

pelotão de fuzileiros(3) Linha de controle - Tendo em vista as dificuldades de observação e de

ligações, o controle tende a descentralizar-se até os menores escalões decomando. O Cmt Btl assegura o controle marcando linhas de controle, tendo papelpreponderante na progressão no interior do bosque.

(4) Zona de ação - dependerá do valor do inimigo, densidade do bosquee resistência esperada

(5) Limites - A observação restrita e as dificuldades de controle tornamnecessário marcar limites bem definidos até o escalão pelotão.

b. Carro de combate - O emprego dos carros é função principalmente davisibilidade no bosque e da existência de estradas e caminhos. Nesse tipo de

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combate os carros devem ser protegidos pela infantaria.

c. Comunicações - A vegetação restringe a utilização do rádio, nãopodendo portanto, o sistema de comunicações ficar na dependência de seuemprego. Os mensageiros são utilizados, mas sua velocidade de progressão élenta. O sistema fio é sensível à infiltração inimiga, portanto, este sistema deveráser vigiado.

d. Apoio de fogo - As armas de apoio são postas normalmente em reforçoaos elementos de primeiro escalão. A observação limitada e o mascaramento feitopelas árvores reduzem a eficácia do apoio de artilharia. Há um emprego muitocomum nesse ambiente de clareiras para instalar os morteiros. As armas de tirotenso tem sua eficácia reduzida.

e. Reserva - Com as mesmas funções de ataque convencional, deverápermanecer próxima ao escalão de ataque.

4-81. EXECUÇÃO

É executado de maneira semelhante a um ataque em terreno normal.

ARTIGO XI

OPERAÇÕES DE ABERTURA DE BRECHAS

4-82. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

a. Quando da execução das operações ofensivas, o batalhão de infantariapoderá deparar-se com uma grande variedade de obstáculos artificiais e naturais,os quais deverão ser, o mais rapidamente possível, ultrapassados para conservara iniciativa e manter a impulsão do ataque.

b. Ao encontrar um obstáculo, haverá preferencialmente duas ações ouprocessos de ultrapassagem as quais o elemento atacante optará por executar:desbordá-lo ou executar uma operação de abertura de brechas.

c. Avançar sobre um obstáculo sem abrir passagens, o que seria umaterceira opção para o comandante, deve ser encarado como uma situaçãoextrema e, sempre que possível, deve ser evitada. Quando não dispuser de outraalternativa – tal quando estiver engajado decisivamente pelos fogos que batem oreferido obstáculo –, avançar sobre ele servirá como meio de evitar ainda maisperdas em pessoal, o que ocorreria caso houvesse um retraimento ou permanên-cia na posição.

d. Desbordar um obstáculo consiste em mudar fisicamente a direção domovimento, de modo a evitá-lo. Apesar de desejável, considera-se que, ressalva-das aquelas operações envolvendo movimentos apoiados em eixos – tais comoa marcha para o combate ou o aproveitamento do êxito –, raramente o batalhão

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conseguirá, no curso de operações ofensivas, desbordar todos os obstáculos quese apresentam. Isso será particularmente verdadeiro quanto aos obstáculos deproteção local, pois mesmo o emprego de formas de manobra tática desbordantesapenas evitarão os obstáculos táticos do sistema de barreiras.

e. A operação de abertura de brechas é o emprego de técnicas, táticas eprocedimentos visando projetar poder de combate para o outro lado de umobstáculo. É, em última análise, uma operação sincronizada envolvendo elemen-tos de manobra e de apoio ao combate sob responsabilidade do comandante daarma-base. Sob vários aspectos, constitui uma das mais difíceis ações táticasdentre as que poderão ser executadas pelo batalhão de infantaria.

f. É importante compreender que se deparar inadvertidamente com obstá-culos significa que o contato com o inimigo foi estabelecido, caso isso ainda nãotenha efetivamente ocorrido através de outras formas (contato visual, fogosdiretos, fogos indiretos, guerra eletrônica, aviação ou agentes químicos). A partirdaí, portanto, todas as ações decorrentes devem ser executadas considerando-se esse aspecto.

g. Para efeito deste artigo, o termo “brecha” poderá significar indistintamen-te “trilha”, “brecha simples” ou “brecha dupla”.

4-83. PROCESSOS DE ULTRAPASSAGEM

a. Desbordamento do obstáculo(1) Os obstáculos devem ser, sempre que possível, desbordados. Os

efeitos dos fogos ajustados inimigos poderão ser minimizados e, apesar de umeventual comprometimento do fator tempo, a preservação do poder de combate daunidade normalmente justificará a decisão.

(2) Em se tratando de uma operação de movimento, a missão dereconhecer os limites laterais do obstáculo a ser desbordado caberá aoselementos mais avançados, sempre que possível apoiados por elementos deengenharia.

(3) Durante um ataque coordenado, caso o batalhão estabeleça contatocom um obstáculo, particularmente campos de minas, armadilhas, construçõesde arame ou destruições, deverá informar ao escalão superior e imediatamentedestacar uma ou mais frações de reconhecimento, se possível integradas porelementos de engenharia. Esse reconhecimento deverá levantar as possibilidadesde desbordar o obstáculo, considerando:

- a natureza do terreno em que ele está estabelecido;- os itinerários para desbordamento;- a profundidade e comprimento (frente);- as prováveis posições de armas que batem o referido obstáculo e- no caso de campo de minas, a localização do verdadeiro limite

anterior e não do limite das minas esparsas à frente.(4) Ao decidir desbordar um obstáculo, o comandante deve considerar a

hipótese de estar agindo exatamente conforme a intenção do inimigo. Umexemplo típico é uma área de engajamento inimiga, no qual há o estabelecimento

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de obstáculos cuja finalidade é efetivamente canalizar o inimigo para a o seuinterior. A figura 4-39 ilustra, de maneira genérica, esse efeito de canalizaçãoproporcionado pelos obstáculos lançados à frente de uma área de engajamento,com uma ampliação que caracteriza, detalhadamente, a disposição dos referidosobstáculos, considerando um corredor de mobilidade de 1000 metros de amplitude.

Fig 4-39. Efeito de canalização proporci-onado por obstáculos lançados à frentede uma área de engajamento. No deta-lhe, disposição aproximada dos obstá-culos para canalização, considerandoum corredor de mobilidade de 1000 m deamplitude

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(5) O desbordamento de qualquer obstáculo, portanto, deve ser revestidodo grau de cautela necessário à segurança do escalão de ataque ou doselementos que o reconhecem, além de procurar ser realizado sob condições depouca visibilidade e com a máxima preservação possível do sigilo. Entretanto,mesmo que o comandante visualize a possibilidade de desbordar um obstáculo,elementos de reconhecimento visando uma possível abertura de brechas devemser, sempre que possível, lançados simultaneamente. Apesar da semelhança emtermos de características a serem reconhecidas, os objetivos de ambos osreconhecimentos e a composição das forças normalmente serão distintos.

b. Operação de abertura de brechas em obstáculos(1) Tipos de operações de abertura de brechas - As operações de abertura

de brechas podem ser classificadas quanto a 3 aspectos:(a) Quanto ao planejamento:

- Imediata- Coordenada

(b) Quanto ao sigilo:- Coberta- Descoberta

(c) Quanto ao tipo de obstáculo a ser reduzido:- Abertura em obstáculo tático- Abertura em obstáculo de proteção local (brecha de assalto)

A abertura imediata de brecha é aquela realizada em obstáculostáticos quando o batalhão se depara inadvertidamente com um obstáculo, asituação é pouco definida (localização dos obstáculos), o inimigo apresenta umfraco dispositivo defensivo e a impulsão do ataque deve ser mantida.

A abertura coordenada de brecha é aquela realizada em obstáculostáticos, quando há tempo suficiente, meios de engenharia adicionais e não é viávela execução de uma abertura do tipo imediata. Pode ocorrer também após umatentativa mal sucedida de execução de uma operação imediata.

A abertura coberta de brecha pode ser realizada indistintamente emobstáculos táticos ou de proteção local, quando o terreno e/ou condiçõeslimitadas de visibilidade favorecem a redução dos obstáculos sem que ostrabalhos sejam descobertos pelo inimigo. Também são fatores que induzem àexecução de uma abertura do tipo coberta:

- quando uma infltração tática exige, tanto quanto possível, ummovimento não perceptível pelo inimigo;

- quando as forças amigas não dispõem de (e não é necessário) umpoder de combate esmagadoramente superior para viabilizar o trabalho deabertura (principalmente da força de apoio);

- quando a aplicação do princípio de guerra da surpresa é imprescin-dível.

A abertura de brecha de assalto é aquela realizada em obstáculos deproteção local, na fase final de um ataque, onde inimigo possui um sistema deobstáculos ao redor ou dentro das suas posições.

(2) Ações a serem realizadas em uma operação de abertura de brechas(NOSRA) - Conduzir uma operação de abertura de brechas requer a execução de

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cinco ações básicas, indispensáveis para o seu sucesso: neutralização,obscurecimento, segurança, redução e assalto (NOSRA). A seguir serãoabordados os principais aspectos relacionados a cada uma delas.

(a) NeutralizaçãoNeutralizar o inimigo consiste em engajá-lo por fogos diretos e

indiretos, evitando que seus sistemas de armas atuem eficazmente contra asforças encarregadas de realizar a abertura da brecha. Além disso, busca tambémproporcionar as melhores condições de proteção para que, no prosseguimento,os elementos da força de assalto possam progredir através da brecha em direçãoaos seus objetivos.

Uma efetiva neutralização é primordial para o início e desenrolarde uma operação de abertura de brechas, sendo o gatilho a partir do qual todosos demais procedimentos ocorrerão.

O poder de combate a ser empregado dependerá do tipo equantidade de armamento e munição disponíveis, além das prioridades atribuídaspelos elementos de apoio de fogo do escalão superior. Para tanto, o comandantedeve planejar a aplicação de um volume de fogos que seja esmagadoramentesuperior aquele apresentado pelo inimigo e cujo objetivo primordial será retirar osfogos diretos sobre o local escolhido para a brecha.

Caso o batalhão receba elementos de carros de combate oucavalaria mecanizada em reforço, é desejável que inclua no seu planejamento oemprego do todo ou de parte desses meios nessa neutralização, ou seja,compondo a força de apoio.

O emprego dos fogos indiretos não deve também ser negligenci-ado, particularmente os de morteiro, cujo controle e desencadeamento estão acargo do batalhão. Os planos de fogos, portanto, devem contemplar alvos a serembatidos pela artilharia e pelos morteiros durante essas ações de neutralização. Narealidade, devido à segurança inerente ao mascaramento dos tiros indiretos, édesejável que o comandante explore ao máximo o efeito de neutralizaçãoproporcionado por estes fogos, antes de efetivamente empregar seus sistemas dearmas de tiro tenso, cuja aquisição como alvos pelo inimigo é bem mais facilitada.

Rígidas e detalhadas medidas de coordenação de fogos serãoestabelecidas, levando em conta a capacidade de rápida e facilmente emassar,transportar e cessar fogos, minimizando o risco de fratricídio e possibilitandoeficaz sincronização com as demais fases da operação. Essas medidas incluirão,dentre outras:

- mensagens pré-estabelecidas;- pontos de referência de alvos (PRA);- sinais visuais, tais como artifícios pirotécnicos;- setores de tiro;- linhas de acionamento (“gatilhos”) dos diversos tipos de arma-

mento;- Áreas de Fogo Proibido (AFP) etc.

(b) ObscurecimentoA ação de obscurecer o local de abertura da brecha tem por

finalidade reduzir a capacidade do inimigo em adquirir alvos e aumentar asegurança da força de abertura de brechas, além de cobrir o movimento e

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desdobramento da força de assalto em direção aos seus objetivos.Tecnicamente, o termo “obscurecimento” significa empregar

agentes químicos (fumígenos) com vistas a atingir os efeitos acima descritos.Entretanto, do ponto de vista tático, também significa utilizar adequadamente oterreno, objetivando mascarar aquelas mesmas ações desencadeadas pelasforças de abertura de brechas e de assalto.

Normalmente, no escalão batalhão, além do uso de lançadoresindividuais (granadas de mão e de bocal), o emprego da fumaça com a finalidadegenérica de obscurecimento poderá ser realizado mediante fogos de morteiro ouartilharia, bem como lançadores de granadas veiculares (em caso de ser reforçadopor elementos CC ou C Mec). Geradores de fumaça dos CC e outros artifíciospirotécnicos também poderão ser utilizados quando disponíveis, apesar de nãoserem os mais usuais no referido escalão.

Quando do planejamento do emprego de fumaça como ação deuma operação de abertura de brechas, o comandante deverá observar, dentreoutros, os seguintes aspectos:

- finalidade do emprego de fumaça.- a duração efetiva desejada da fumaça sobre o alvo.- a localização e tamanho do alvo.- o momento adequado para aplicar a fumaça sobre o alvo.- o critério de visibilidade que se deseja ser capaz de obter dentro

da fumaça.O obscurecimento deve ser cuidadosamente planejado para

proporcionar máxima degradação da observação e dos fogos inimigos mas, emcontrapartida, preservar tanto quanto possível o C² e os fogos das nossas tropas.Encontrar esse equilíbrio é o aspecto mais sensível da execução dessa ação.Usualmente, a utilização adequada do terreno para mascarar as ações e,conseqüemente, “obscurecê-las” perante o inimigo, será a única forma deobscurecimento que não acarretará quaisquer efeitos indesejáveis sobre asnossas tropas.

Para outras considerações acerca dos diferentes aspectosconcernentes ao emprego de fumaça consultar os manuais de campanha C 3-5– OPERAÇÕES QUÍMICAS BIOLÓGICAS E NUCLEARES e C 2-30 – Brigada deCavalaria Mecanizada (Anexo H).

(c) SegurançaO batalhão deve prover a segurança do local selecionado para a

abertura da brecha, de modo a evitar interferência inimiga nos trabalhos deredução, apoiar o movimento da força de assalto e garantir a posse das passagensabertas.

A seleção da técnica a ser empregada para garantir a segurançadependerá da extensão e localização das defesas inimigas, bem como do seugrau de controle sobre o local da abertura. As ações de segurança sãobasicamente de dois tipos: segurança por meio de manobra ou segurança pormeio de fogos.

Em geral, operações desencadeadas sobre obstáculos táticospossibilitarão uma segurança proporcionada por elementos de manobra, median-te uma efetiva conquista das posições inimigas que dominam o obstáculo ou que

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representem uma ameaça de interferência nas ações de redução. Nesse contex-to, portanto, é desejável que posições defensivas e espaldões para armamentocoletivo que exerçam comandamento – e que não possam ser adequadamenteneutralizados por fogos – sejam conquistados antes do início dos trabalhos deredução, podendo-se então estabelecer posições de bloqueio sumárias. Prová-veis zonas de reunião ou vias de acesso para contra-ataque inimigo tambémdevem merecer especial atenção.

Em se tratando de obstáculos de proteção local, entretanto, oemprego desses elementos com vistas à conquista torna-se mais difícil, devidoà proximidade das posições inimigas mais fortemente defendidas. Nessa situa-ção – e em quaisquer outras nas quais não se possa garantir a segurançadiretamente por meio de elementos de manobra – o desejável é o estabelecimentode bases de fogos nas imediações do local selecionado para a abertura(inicialmente no lado mais próximo e, após a redução, no mais afastado doobstáculo), a partir das quais será proporcionada uma segurança aproximada pormeio de fogos.

(d) ReduçãoReduzir um obstáculo é abrir passagens através dele, de modo

a permitir que as forças atacantes prossigam no ataque.O número e a largura das passagens (trilhas, brechas simples ou

duplas) variam conforme a situação e o tipo de operação de abertura. Taisparâmetros devem permitir que a força de assalto possa cruzar o obstáculo edesdobrar-se adequadamente para cumprir a sua missão. Em geral, as dosagensconsideradas adequadas para tropas a pé são:

- ataque principal: 1 trilha por pelotão de primeiro escalão e- ataque secundário: 1 trilha por subunidade de primeiro escalão.A distância entre as passagens abertas será função do inimigo,

do terreno, da necessidade de dispersão, do planejamento dos fogos diretos daforça de apoio, do C² e do adensamento de tropas visualizado para o local deabertura.

O comandante deve também, sempre que o tempo disponívelpermitir, planejar a abertura de passagens adicionais (ou alternativas), incrementandoo conjunto de medidas que visam a minimizar o risco de fratricídio.

As técnicas empregadas para a redução estarão condicionadasaos materiais disponíveis, os quais, em sua maioria, dependerão da natureza datropa e dos reforços eventualmente recebidos. Sob essa ótica, o batalhão deinfantaria contará basicamente com o apoio dos elementos de engenhariaequipados com detectores de minas, bastões de sondagem, alicates e equipa-mentos portáteis de abertura de trilhas, tais como cargas explosivas lineareslançadas por foguetes, torpedo bangalore ou similar. Poderá também receber emreforço ou apoio direto elementos de carros de combate dotados de dispositivosde abertura ou viaturas blindadas especializadas de engenharia.

Caberá à força de abertura de brechas conduzir essa redução, aqual não poderá iniciar-se antes que as ações de neutralização, obscurecimentoe segurança tenham sido efetivadas. Além de propriamente criar condiçõesmínimas para o movimento da força de assalto, os elementos encarregados dereduzir os obstáculos também deverão balizar o local de passagem e assinalá-lo

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ao comandante do batalhão, de modo a facilitar a sua imediata identificação pelasdemais forças.

Dependendo da dosagem de engenharia em apoio ao batalhão,as ações de redução poderão estar ou não sob o comando de elementos demanobra.

A completa remoção dos obstáculos será realizada pela enge-nharia dos escalões superiores, respeitando-se a característica de progressividadedos trabalhos. A ação de cerrar os equipamentos tracionados por viaturasdependerá da conquista dos objetivos que dominem o local de abertura. Essesmateriais referem-se a feixes de tubos, equipamentos não portáteis para aberturade brechas em obstáculos, geradores de fumaça, viaturas lançadoras de pontese outros.

(e) AssaltoÉ a ação decisiva de uma operação de abertura de brecha, sendo

também a fase final de um ataque.Compreende o movimento da força de assalto através da passa-

gem criada, quer em direção aos objetivos finais estabelecidos (brecha deassalto), quer para destruir o inimigo que possa interferir sobre o obstáculo aberto(brecha imediata e brecha coordenada).

(3) Princípios das operações de abertura de brechasO sucesso de uma operação de abertura de brechas depende da

observação de alguns princípios. São eles:- inteligência;- organização adequada das forças;- emprego da massa;- sincronização das ações e- segurança.(a) Inteligência

O conhecimento do inimigo e de seus sistemas de proteção econtramobilidade são imprescindíveis para a realização de uma operação deabertura de brechas. Através da aplicação do PITCI, o S2 obterá uma estimativatão próxima quanto possível da maneira pela qual o inimigo aplica seus meios deapoio à contramobilidade, bem como da doutrina e das técnicas por ele maiscomumente empregadas.

A determinação de dados como o tipo, a localização e aorientação de obstáculos, existência de obstáculos de arame, intervalos epassagens no sistema de defesa, composição de campos de minas, tipos deminas empregadas, existência ou não de fossos anticarro, localização das armasde tiro tenso (incluindo caçadores), de postos de observação e de outros sensoressão necessários à formulação das linhas de ação adequadas ao cumprimento damissão.

Particularmente importante para os elementos de engenharia sãoos tipos de minas e dispositivos de acionamento que o inimigo esteja empregando.Com base nesses dados serão selecionadas as melhores técnicas para realizara abertura e, ao mesmo tempo, para expor a força de abertura de brechas ao menorgrau possível de risco.

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Parcela considerável desses dados é extraída das própriasmatrizes doutrinárias existentes no banco de dados sobre o inimigo, os quaisserão disponibilizados ao batalhão pela grande unidade enquadrante. Nesseaspecto, devido à insuficiência de meios de busca orgânicos, o batalhãorealmente dependerá sobremaneira daquilo que puder ser fornecido pelo oficial deinteligência da brigada. Isso poderá ocorrer através do envio de um extrato doCALCO DE RESTRIÇÕES AO MOVIMENTO – o que é o mais normal –, atravésde um calco específico, contendo apenas os obstáculos na área de operações ouainda através de RELATÓRIOS DE RECONHECIMENTO confeccionados porelementos de engenharia. Entretanto, isso não deve eximir o S2 de efetivamentelançar seu esforço de busca. Valendo-se da assessoria do oficial de engenhariaque o batalhão venha a receber em apoio direto ou reforço, procederá a umaprimoramento dos conhecimentos até então obtidos, quer focando aquilo querealmente interessa para a sua unidade, quer incluindo as demais necessidadesde inteligência no PLANO DE BUSCA, sob a forma de ELEMENTOS ESSENCI-AIS DE INTELIGÊNCIA. Patrulhas de reconhecimento, preferencialmente com-postas por fuzileiros e elementos de engenharia, serão então lançadas pararesponder aos EEI formulados.

Para outras considerações acerca dos diferentes aspectosconcernentes ao reconhecimento de obstáculos consultar o Manual de Campa-nha C 5-36 – O RECONHECIMENTO DE ENGENHARIA.

(b) Organização adequada das forçasAs forças necessárias para desencadear uma operação de

abertura de brechas possuem missões distintas e podem ser assim divididas:- força de apoio;- força de abertura de brecha e- força de assalto.1) Força de apoio

Sua principal atribuição consiste em eliminar a capacidade doinimigo de interferir na operação, particularmente sobre o local selecionado paraa brecha, devendo:

- isolar o local selecionado para abertura de brecha por meiode fogos e neutralizar os fogos inimigos que se encontram batendo o obstáculo;

- emassar fogos diretos e indiretos para fixar o inimigo edestruir quaisquer tropas ou sistemas de armas que possam afetar a força deabertura de brechas;

- conduzir ações de obscurecimento, degradando a capacida-de de observação e aquisição de alvos por parte do inimigo.

Visto que a neutralização do inimigo é crítica para o sucessode uma operação de abertura de brechas, a força de apoio deve ser priorizada nadistribuição dos meios de apoio de fogo, incluindo-se aí os CC ou C Meceventualmente recebidos em reforço.

O S2, baseado nos dados disponíveis sobre o dispositivo,composição e valor das forças inimigas no local da brecha, fará uma estimativaque contemple as principais posições e sistemas de armas cujo alcancepermitam ao inimigo influenciar as ações do batalhão por ocasião da abertura dabrecha. Com base nesse conhecimento, o S3 organizará a força de apoio de modo

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a dotá-la de um poder de combate suficientemente capaz de neutralizar aquelasações.

O emprego de elementos de carros de combate ou de cavalariamecanizada na força de apoio deve ser, sempre que possível, considerado comoa melhor opção para o batalhão. A combinação desses elementos com osfuzileiros a pé permite grande flexibilidade e diversidade de sistemas de armaspara a força de apoio Devido ao seu considerável calibre, mobilidade, alcance eprecisão, seus canhões poderão efetuar essa tarefa em excelentes condições,mantendo-se fora do alcance do armamento anticarro portátil inimigo e valendo-se da rápida ocupação de posições desenfiadas. Os carros poderão ainda,dependendo do tipo de fumígeno empregado, minimizar a degradação na suaaquisição de alvos através do emprego de equipamentos eletroóticos de pontaria,a despeito da degradação dos campos visuais gerados pelo acúmulo de poeira efumaça (essa última resultante da ação de obscurecimento).

Os fogos indiretos poderão ser proporcionados pelos mortei-ros orgânicos dos pelotões e companhias de fuzileiros (em reforço ou apoio direto),enquanto que os morteiros do batalhão o farão por meio de ação de conjunto, comclara prioridade para as ações de neutralização. A artilharia também apoiaráessas ações da força de apoio, particularmente com fogos profundos e peloemprego da fumaça (obscurecimento). Como conseqüência, é extremamentedesejável que os observadores avançados desses sistemas de armas posicionem-se tão próximo quanto possível da força de apoio, ou que, caso isso não sejapossível, estejam em estreita ligação com o comandante da referida força.

Tendo em vista a importância crucial da(s) posição(ões)selecionada(s) como bases de fogos para a neutralização, o comandante poderáselecioná-las como AFP (Áreas de Fogo Proibido). Desse modo estará reforçandoas medidas preventivas de fratricídio e garantindo a integridade da força de apoio.

Os principais fatores que influem na composição da força deapoio são os seguintes:

- valor, dispositivo e composição do inimigo;- características do plano de fogos (diretos e indiretos);- características do plano de obscurecimento e- tempo estimado para a abertura da brecha.As ações da força de apoio serão executadas, em geral, por

meio da ocupação de uma ou mais bases de fogos. Selecionadas previamente(durante o PITCI), essas posições devem possuir, dentre outras características,muito bons campos de tiro tenso e itinerários desenfiados a partir da posição deassalto.

2) Força de abertura de brechaA principal missão dessa força é criar as passagens que

possibilitarão à força de assalto transpor o obstáculo e prosseguir no ataque emdireção aos seus objetivos. É dela também a responsabilidade de balizar a brechaaberta e seus pontos de entrada e saída.

A força de abertura de brechas é essencialmente uma forçacomposta por elementos de manobra e engenharia, cuja dosagem será função dadisponibilidade alocada ao batalhão.

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Com vistas a otimizar o emprego dos meios de engenharia àdisposição do batalhão, a força de abertura de brechas pode ser composta por doisgrupos:

a) Grupo de segurança: composto essencialmente por elemen-tos de manobra, cujas missões são, a partir do estabelecimento de bases de fogosaproximadas:

- cooperar com a neutralização e obscurecimento do inimigoantes do início dos trabalhos de redução;

- efetuar a segurança do local de abertura no lado mais próximodo obstáculo a ser trabalhado, liberando os elementos encarregados de reduzi-lo;

- após a abertura, e a partir do lado mais afastado do obstáculoaberto, prover a segurança dos elementos da força de assalto contra eventuaiscontra-ataques ou fogos não suficientemente neutralizados.

b) Grupo de redução: composto principalmente por elementosde engenharia, reúne o pessoal, material e equipamento a ser empregado naabertura da brecha, devendo levar em consideração a dosagem necessária paracompensar eventuais perdas ou baixas nesses trabalhos. Em geral serácomplementado por elementos de manobra em condições de executar as tarefasde redução. Uma seqüência lógica de tarefas a serem executadas pelo grupo deredução é a seguinte:

- identificar e reconhecer o obstáculo;- selecionar o local exato para abrir a passagem;- aproximar os meios de abertura;- reduzir o obstáculo, tão logo o inimigo seja neutralizado;- balizar a passagem e os pontos de entrada/saída;- informar a localização da(s) passagem(ens) aberta(s).

O emprego de elementos de carros de combate ou de cavalariamecanizada na força de abertura de brechas – cuja disponibilidade será poucoprovável, devido ao seu emprego prioritário pela força de apoio – acarretaráconsiderável aumento do poder de combate, da velocidade e da segurança dotrabalho de redução, caso os veículos possuam escavadores e rolos adaptadosaos seus chassis. Tais equipamentos são mais comumente acoplados aosveículos de combate de engenharia (Fig 4-40).

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Fig 4-40. Veículo de combate de engenharia equipado com “arado”

Os principais fatores que influem na composição da força deabertura de brechas são os seguintes:

- o número de passagens (trilhas/brechas) requeridas;- o tipo de obstáculo;- o terreno e as condições meteorológicas;- os meios disponíveis, incluindo em torno de 1/3 de majoração

nas necessidades de meios de engenharia para atender às estimativas de perdas;- a situação do inimigo e- o grau de segurança necessário para o local de abertura.

O Manual de Campanha C 17-20 - FORÇAS-TAREFAS BLINDA-DAS contempla detalhadamente, em seu parágrafo 5-13, as principais técnicase condutas para abertura de passagens (trilhas e brechas) – incluindo caracterís-ticas de emprego de dispositivos portáteis (do tipo torpedo bangalore) (Fig 4-41)–, bem como procedimentos relativos ao seu balizamento.

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Fig 4-41. Emprego de torpedo bangalore pela força de abertura de brechas

3) Força de assaltoTem como missão principal cerrar para a conquista dos

objetivos impostos ao batalhão, quer sejam estes orientados ao terreno, querconsistam em destruir o inimigo. Secundariamente, pode receber a missão deauxiliar na neutralização do inimigo durante os trabalhos de redução pela força deabertura de brechas.

A força de assalto é composta basicamente por elementos demanobra, podendo ser apoiada por elementos de engenharia necessários àlimpeza das posições inimigas, particularmente o entrincheiramento típico dasposições organizadas.

Caso a posição inimiga esteja fracamente defendida, a forçade assalto pode receber a missão de operar também como força de abertura debrechas, sendo-lhe então alocados os meios de engenharia necessários. Istosimplifica o comando e controle, além de proporcionar um poder de combate maisimediato e oportuno para neutralização e segurança. Decidindo por esta linha deação, entretanto, o comandante não pode prescindir de atribuir-lhe um adequadopoder de combate para que a brecha seja aberta com sucesso e os objetivosconquistados em seqüência. Um prematuro ou exagerado emprego de meios nafase de abertura poderá comprometer as tarefas seguintes.

As mesmas considerações sobre a necessidade de medidasde coordenação de fogos – já apresentadas quando da abordagem do fundamentoda neutralização – merecem ser ressaltadas novamente. Devido ao fato de quetanto a força de apoio como a força de abertura de brechas estarão desencade-ando fogos quando o assalto estiver sendo iniciado, o risco de fratricídio seráelevado caso essas medidas não sejam efetivamente planejadas, sincronizadase ensaiadas. O momento mais crítico é aquele no qual, após o início da progressãoda força de assalto através da brecha e em direção aos seus objetivos, a força deapoio e demais sistemas de armas alongam, transportam ou mesmo suspendemseus fogos. A partir desse instante, a força de assalto assumirá o controle daneutralização até o cumprimento da sua missão.

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Os principais fatores que influem na composição da força deassalto são os seguintes:

- missão, finalidade e intenção do comandante;- dispositivo, composição e valor do inimigo e- ações previstas na região de objetivos.

O quadro abaixo resume a relação existente entre a organiza-ção das forças e as ações desempenhadas por cada um de seus elementos:

(c) Emprego da massaUma operação de abertura de brechas é conduzida de modo a

concentrar a maioria de meios no local selecionado para o rompimento doobstáculo. Esse local deve, preferencialmente, coincidir com a porção mais fracado dispositivo inimigo que defende apoiado nesse obstáculo. Caso essa porçãomais fraca não consiga ser facilmente identificável, o batalhão buscará criá-la pormeio da fixação da maioria de meios do inimigo pelo fogo, isolando então umaporção qualquer e direcionando a ela o grosso do seu ataque. Esse isolamentopoderá ser efetuado mediante o uso judicioso do terreno, explorando dissociadoresnaturais no dispositivo inimigo, associado ao emprego de fumaça e barragens demorteiro e artilharia.

O princípio da massa em uma operação de abertura de brechasé caracterizado principalmente através da:

- concentração dos meios de engenharia (pessoal e material)no local selecionado para a abertura das passagens, geralmente organizadoscomo uma força específica para esse fim (força de abertura de brechas),permitindo o emprego de diferentes técnicas de redução; e,

- abertura de um número adequado de passagens (trilhas oubrechas), de modo a permitir uma rápida transposição e reorganização da forçade assalto no outro lado do obstáculo.

A aplicação do princípio da massa fica melhor caracterizadaquando ocorre a seleção de um único ponto de abertura e a conquista sucessivade objetivos. No entanto, a utilização de mais de um ponto de abertura e aconquista simultânea dos objetivos não descaracterizará a aplicação desse

otnemelE seõçA

oiopaedaçroF razilartueN-recerucsbO-

sahcerbedarutrebaedaçroF

-ilartuenàlanoicidaoiopa(razilartueN-)oãçaz

-ucsbooalanoicidaoiopa(recerucsbO-)otnemicer

)lacol(açnarugesrevorP-rizudeR-

otlassaedaçroF ratlassA-)oirássecenes(razilartueN-

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princípio.Esta última situação ocorrerá no contexto de manobras em Área

Operacional do Continente (AOC), quando eventualmente existirão corredores demobilidade de companhia separados por até 2 km de distância, dependendo doapoio mútuo e C² disponíveis.

Ocorrerá também quando, após analisar os fatores da decisão(MITeMeTe), o batalhão optar por romper o dispositivo inimigo em dois ou maispontos ao mesmo tempo, empregando as subunidades em operações de aberturaindependentes, embora sincronizadas. Bons exemplos seriam um inimigo debil-mente disposto ou situações de pouca visibilidade, como a execução de umaabertura de brechas do tipo coberta: valendo-se da surpresa, as subunidadesexerceriam pressão simultânea em toda a frente, degradando a capacidade deeficaz reação inimiga.

Particularmente em se tratando de operações do tipo aberturacoordenada – nas quais o inimigo bate em boas condições um obstáculo tático–, o comandante deve balancear criteriosamente as implicações de aplicar oprincípio da massa durante o ataque, em detrimento de preservar meios para fazê-lo posteriormente, quando da abertura de brechas de assalto.

(d) Sincronização das açõesOperações de abertura de brechas necessitam de estreita

sincronização das ações a serem realizadas (NOSRA) pelas forças de apoio,abertura de brechas e assalto. Uma sincronização precisa é fundamental para quea operação obtenha êxito, sendo que falhas nesse processo podem determinarperdas consideráveis à força envolvida, podendo inclusive tornar inviável acontinuação da manobra ofensiva.

Uma operação desse tipo é complexa por natureza e o coman-dante irá assegurar a sua sincronização através de:

- detalhado planejamento;- claras instruções para os elementos subordinados;- eficaz comando e controle;- ensaios bem executados e pormenorizados.

1) Detalhado planejamentoQuanto ao planejamento, o batalhão poderá executar uma

operação de abertura de brechas imediata ou coordenada. Caso ele tenhaidentificado obstáculos ou a sua possibilidade antes de iniciar o movimento(clareza quanto à situação existente), haverá a possibilidade de se desenvolver umplano de abertura de brechas. Caso contrário, tendo a unidade se deparadoinadvertidamente com obstáculos durante a sua progressão, será executada umaoperação imediata.

a) Operação imediataOperação imediata NÃO SIGNIFICA, entretanto, IMPROVI-

SADA OU NÃO SINCRONIZADA: haverá a execução, dependendo de queelementos se depararam com o obstáculo, de AÇÕES IMEDIATAS que foramplanejadas e ensaiadas. Geralmente essas ações serão realizadas na seguinteseqüência:

- imediata informação ao comandante;- desdobramento de modo a proporcionar segurança aos

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demais elementos;- rápido desencadeamento da neutralização e do obscure-

cimento;- reconhecimento de itinerários que possibilitem retrair ou

desbordar o obstáculo;- reconhecimento das demais características do obstáculo; e- caso o desbordamento seja inviável, início de uma abertura

imediata de brecha.Embora possível, a sincronização de uma operação imedi-

ata será consideravelmente mais sensível do que aquela em que houver umplanejamento prévio mais completo. Estará baseada no exercício da iniciativa dosdiversos elementos, que por sua vez guiar-se-ão pelos ensaios calcados nas NGAda unidade. À semelhança de um ataque de oportunidade, serão conduzidosreconhecimentos sumários com vistas à decisão pelo tipo de abertura maisapropriado, ou mesmo pelo desbordamento ou retraimento. Dificilmente o coman-dante deixar-se-á surpreender completamente por obstáculos de proteção local,pois isso constitui fundamento doutrinário defensivo. Pequenas variações poderãoocorrer, mas o fato é que normalmente se poderá planejar antecipadamente umaoperação de abertura do tipo brecha de assalto. Isso não será necessariamenteverdadeiro, entretanto, quanto aos obstáculos táticos, impondo muitas vezesoperações de abertura imediata.

b) Operação coordenadaEm uma operação de abertura coordenada será executado

um planejamento inverso, o que significa planejar as ações conforme a seguinteseqüência:

Fig 4-42. Seqüência do planejamento inverso para uma operação de abertura debrechas

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Da análise da seqüência para o planejamento é possívelidentificar os desdobramentos decorrentes de cada uma das fases:

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Uma operação de abertura de brechas coordenada poderávaler-se de uma importante ferramenta de auxílio ao trabalho do estado-maior, àcoordenação e ao acompanhamento da execução propriamente dita: a matriz desincronização. Confeccionada nos mesmos moldes daquela convencionalmen-te feita para qualquer tipo de operação, o comandante poderá decidir por:

- inserir as tarefas atinentes à abertura das brechas nocontexto da operação ofensiva como um todo (por exemplo, no caso de umabrecha de assalto);

- utilizar-se de uma matriz específica para as ações relativasa um determinado evento considerado crítico (no caso, a operação de abertura emsi).

2) Claras instruções para os elementos subordinadosTodos os elementos do batalhão devem ter uma clara compre-

ensão de suas missões, das fases da operação e de seu papel em cada umadessas fases. Uma matriz bem confeccionada auxiliará esse entendimento.Entretanto, é fundamental que cada indivíduo saiba o que representa a sua missãono contexto da operação como um todo. Para isso, com a maior clareza esimplicidade possíveis, o comandante, o oficial de operações e os demaiscomandantes de subunidades/pelotões devem enfatizar as ações que serãoexecutadas durante a operação de abertura de brechas, transmitindo a exatanoção da importância de cada uma dessas ações e a sua correlação com amissão específica da fração.

3) Eficaz comando e controleUm comando e controle eficaz pode ser implementado, dentre

outras providências, através de:- estabelecimento de medidas de coordenação e controle

adequadas, principalmente afetas aos fogos diretos. Linhas e pontos de controle,posições de assalto, mensagens pré-estabelecidas e outros dispositivos decomunicação alternativos para o acompanhamento da manobra também deverãoser planejados;

- adequada organização para o combate e distribuição demeios para a operação como um todo, de modo a evitar futuras transferências defrações ou materiais, particularmente de engenharia;

- correto posicionamento dos comandantes nos diversosescalões, durante a manobra, de modo a lhes permitir acompanhar o maiscerradamente possível as ações de seus elementos a cada instante.

4) Ensaios bem executados e pormenorizadosComo em qualquer outra operação, a mais eficaz ferramenta

de sincronização disponível para o comandante é o ensaio. A complexidadeinerente a uma operação de abertura de brechas faz com que ensaios em todosos níveis sejam essenciais. As subunidades deverão ensaiar as suas tarefasafetas, bem como seus papéis referentes ao apoio, redução e assalto. O ensaio,em suma, deverá focar a sincronização entre os sistemas operacionais com vistasà execução das ações preconizadas para esse tipo de operação (NOSRA).

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(e) SegurançaAplicar o princípio da segurança traduz-se na combinação de

duas ou mais ações de modo a que elas, complementando-se mutuamente,possibilitem atingir a eficácia necessária à condução da operação. Dentre essasações destacam-se:

- a conquista, com vistas ao estabelecimento de posições debloqueio sumárias, de posições que dominem um obstáculo tático ou queconfigurem ameaça de interferência nos trabalhos de redução e na progressão daforça de assalto;

- o emprego de elementos em bases de fogos próximas aolocal de abertura, com vistas a garantir inicialmente a integridade dos elementosque reduzem o obstáculo e, em seguida, apoiar a progressão da força de assaltoe assegurar a posse das passagens abertas;

- a maciça neutralização do inimigo, por intermédio do estabe-lecimento de bases de fogos afastadas e, complementarmente, bases de fogosaproximadas;

- uma significativa velocidade de execução dos trabalhos deabertura da brecha e

- uma eficaz ação de obscurecimento.

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CAPÍTULO 5

DEFENSIVA

ARTIGO I

GENERALIDADES

5-1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

a. Somente a ofensiva conduz a resultados decisivos. A defensiva é umaatitude temporária adotada por uma força até que possa tomar ou retomar ainiciativa.

b. O defensor emprega todos os meios disponíveis para descobrir umavulnerabilidade inimiga e mantém suficiente flexibilidade em seu planejamentopara explorá-la. Na defensiva, o defensor aproveita toda oportunidade paraconquistar e manter a iniciativa, e destruir o inimigo. A iniciativa é obtida:

(1) selecionando a área de combate;(2) forçando o inimigo a reagir de acordo com o plano defensivo;(3) explorando as vulnerabilidades e os erros do inimigo por meio de

operações ofensivas; e(4) contra-atacando as forças inimigas que tenham obtido sucesso.

5-2. FINALIDADES

As operações defensivas são executadas com uma ou mais das seguin-tes finalidades:

(1) ganhar tempo, criando condições mais favoráveis para a açãoofensiva;

(2) economizar forças em uma área, para possibilitar uma aplicaçãodecisiva em outra;

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(3) reduzir a capacidade de combate do inimigo, infligindo-lhe o máximode perdas;

(4) impedir o acesso do inimigo a uma determinada região, detendo-o asua frente;

(5) destruir forças inimigas, canalizando-as por meio de uma combinaçãode ações de defesa e de retardamento, até que a situação favoreça uma atuaçãodireta e decisiva sobre elas; e

(6) proteger ou cobrir a manobra de outra força amiga.

5-3. TIPOS DE OPERAÇÕES

a. As operações defensivas, em seu sentido mais amplo, abrangem todasas ações que oferecem um certo grau de resistência a uma força atacante. Aoperação defensiva pode se apresentar sob dois tipos:

(1) defesa em posição; e(2) movimentos retrógrados.

b. Na defesa em posição, a infantaria busca enfrentar o inimigo em uma áreapreviamente organizada, em largura e profundidade, procurando dificultar ou detersua progressão, à frente ou em profundidade, e aproveitando todas as oportunida-des para desorganizá-lo, desgastá-lo ou destruir suas forças.

c. Nos movimentos retrógrados, a infantaria procura evitar o combatedecisivo sob condições desfavoráveis, seja rompendo o contato com o inimigo,seja retardando-o a fim de trocar espaço por tempo, evitando sempre empenhar-se em ações que possam comprometer a integridade da força.

5-4. FUNDAMENTOS DA DEFESA

As operações defensivas se caracterizam pelo planejamento detalhado epor um grau de controle centralizado, ditado pela forma de manobra a serconduzida. O planejamento, organização e conduta da defesa são baseados nosseguintes fundamentos:

(1) apropriada utilização do terreno;(2) segurança;(3) apoio mútuo;(4) defesa em todas as direções;(5) defesa em profundidade;(6) máximo emprego de ações ofensivas;(7) flexibilidade;(8) dispersão;(9) utilização judiciosa do tempo disponível; e(10) integração e coordenação das medidas de defesa.

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ARTIGO II

DEFESA EM POSIÇÃO

5-5. DEFESA EM POSIÇÃO

a. Generalidades(1) A defesa em posição é estruturada na organização de uma área de

defesa a ser mantida a todo custo; no emprego de forças de cobertura à frente pararetardar e desorganizar a progressão do inimigo, e iludi-lo quanto à verdadeiralocalização da posição defensiva; no emprego da reserva para limitar as penetra-ções e desalojar o inimigo por meio de contra-ataques, caso consiga penetrar naposição.

(2) Em princípio, na área de defesa, se tem em vista uma defesaobstinada, isto é, organizada e executada sem idéia de recuo.

(3) A missão do Btl na defesa é:(a) deter o inimigo pelo fogo à frente da posição;(b) repelir o seu assalto pelo combate aproximado; e(c) destruí-lo ou expulsá-lo pelo contra-ataque, caso ele consiga

penetrar na posição.

b. Formas de Manobra(1) A defesa em posição compreende as seguintes formas de manobra:

(a) defesa de área; e(b) defesa móvel.

(2) A defesa em posição, em determinadas situações, poderá comportaruma combinação das diferentes formas de manobra.

ARTIGO III

DEFESA DE ÁREA

5-6. GENERALIDADES

a. A defesa de área (Fig 5-1) é orientada no sentido da manutenção de umaregião específica ou no sentido de forçar o inimigo a aceitar uma situação táticadesvantajosa para conquistar seu objetivo.

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Fig 5-1. A DE na defesa de área

b. Nessa forma de manobra, as posições de primeiro escalão são fortemen-te mantidas e todo esforço é feito para deter o inimigo à frente da posição. Se oinimigo penetrar na posição, deve ser destruído ou expulso por meio de contra-ataque, com a finalidade principal de retomar o controle sobre a área de defesaavançada (restabelecimento da posição).

c. O defensor desdobra a maioria de seu poder de combate na área dedefesa avançada, e planeja aceitar um engajamento decisivo ao longo do limiteanterior da área de defesa avançada, apoiado por grande volume de fogos.

d. Alguns conceitos tratados neste artigo (área de engajamento, processodas cinco fases, defesa elástica e outros) são válidos para outros tipos deoperações defensivas, devendo-se realizar as adaptações que se fizerem neces-sárias.

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PAG PAG

P Avç C P Avç C

LAADA LAADA

MecForça de Cobertura

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5-7. ORGANIZAÇÃO DA DEFESA

a. A defesa é escalonada em três áreas: (Fig 5-2)(1) área de segurança;(2) área de defesa avançada; e(3) área de reserva.

b. A área de defesa avançada (ADA) e a área de reserva constituem aposição defensiva.

c. O Btl poderá ser empregado, como parte de uma Bda, na área desegurança, na ADA ou na área de reserva. Poderá ainda operar diretamente sobo controle da divisão, como força de cobertura divisionária, como parte desta, ouconstituindo força de segurança da área de retaguarda.

Fig 5-2. Escalonamento da defesa do batalhão de primeiro escalão

d. Área de Segurança (A Seg)(1) Delimitação - A área de segurança começa no limite anterior da área

de defesa avançada (LAADA) e se estende para a frente e para os flancos até ondeforem empregados elementos de segurança. As forças que guarnecem esta áreaconstituem o escalão de segurança. A profundidade da A Seg pode ser limitada,à frente, pela presença de elementos de segurança do escalão superior.

(2) Missão - A missão do escalão de segurança é:(a) dar o alerta oportuno da aproximação do inimigo;

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P Avç C P Avç C

LAADA LAADA

Área deDefesa do Btl

Área de DefesaAvançada

Área de Reserva

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5-6

(b) retardar e desorganizar o inimigo, dentro de suas possibilidades;(c) impedir a observação terrestre e os fogos diretos sobre a ADA;(d) iludir o inimigo quanto à verdadeira localização do LAADA.(e) realizar ações de contra-reconhecimento; e(f ) suplementarmente, o escalão de segurança localiza alvos reais

e prováveis para o defensor e pode receber missão de deixar elementos àretaguarda do inimigo para dirigir fogos, fornecer dados e desorganizar suaoperações.

(3) Composição - O escalão de segurança é composto por forçasequilibradas de armas combinadas. Pode ser constituído de:

(a) força de cobertura (F Cob);(b) postos avançados gerais (PAG);(c) postos avançados de combate (P Avç C);(d) elementos de segurança aproximada; e(e) elementos de vigilância aérea.

e. Área de Defesa Avançada (ADA)(1) Delimitação - A ADA do Btl se estende para a retaguarda, desde o

LAADA até a retaguarda das companhias de fuzileiros empregadas em primeiroescalão.

(2) Missão - A missão dos elementos de primeiro escalão é deter oinimigo à frente da posição, procurando impedir, por meio de fogos e do combateaproximado, a sua entrada na referida área. Para cumprir esta missão, oselementos da ADA bloqueiam as Via A disponíveis para o inimigo, não somentejunto ao LAADA, mas também em profundidade, a fim de limitar possíveispenetrações.

(3) Composição - O BIMtz é o mais indicado para ser empregado na ADA.f. Área de Reserva (A Res)

(1) Delimitação - A área de reserva, também denominada área deretaguarda, se estende desde a retaguarda das companhias de primeiro escalãoaté o limite de retaguarda do Btl, se houver.

(2) Missão - As missões da reserva são:(a) aprofundar a defesa, limitando as penetrações;(b) realizar contra-ataques;(c) reforçar ou substituir os elementos da ADA.

(3) Composição - Nesta área são localizadas as SU não empregadas naADA. Estas SU constituem a reserva e são mantidas sob o controle direto do Btlpara emprego na oportunidade e local decisivos.

g. Dispositivo de Expectativa(1) Definição - Dispositivo adotado no âmbito de uma defesa em posição,

que permite ao defensor orientar os meios necessários à defesa, em curto prazo,na direção para qual o inimigo tenha orientado seu esforço, particularmentequando se está operando em área operacional continental (AOC). Implica,portanto, em preservar, inicialmente, à retaguarda, o grosso do poder de combatedo defensor.

(2) Fatores que normalmente conduzem à adoção de um dispositivo deexpectativa:

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(a) carência de informações do inimigo ou indefinição de seu esforço;e(b) exigüidade dos meios disponíveis ante a grandes espaços a

ocupar.(3) Normalmente, o Btl será empregado como elemento de manobra do

escalão enquadrante superior, que estará adotando um dispositivo de expectativa,em uma defesa em posição.

(4) Inicialmente, até que o inimigo defina a orientação de seu esforço, ummínimo de meios será desdobrado na ADA. O Esc Sp determinará ao Btl ashipóteses de emprego, visando aos planejamentos de emprego. Determinará,ainda, o valor da fração que deverá mobiliar inicialmente a ADA, devendo estapermanecer ao controle da unidade.

(5) Depois de realizadas a preparação do terreno, de acordo com ashipóteses de emprego e em coordenação com as demais peças de manobra doEsc Sp, a troca de planos com vizinhos, os planejamentos de contra-ataques, osensaios e outras medidas necessárias, o restante do batalhão ocupará uma Z Reuà retaguarda, ficando em condições de ocupar uma Z Aç na ADA.

(6) Assim que o inimigo definir seu esforço, o Btl receberá uma Z Aç quepoderá ou não englobar a sua peça de manobra desdobrada à frente. Desta forma,essa fração poderá permanecer ao controle do Btl para as ações de defesa, passarao controle da brigada para a defesa de sua Z Aç ou reforçar outras peças demanobra da Bda.

(7) O Btl reserva, enquadrado em um dispositivo de expectativa, iráreceber as missões típicas da reserva, sendo uma peça de manobra na mão docomandante para intervir no combate, no momento oportuno.

(8) As informações levantadas pelos meios de inteligência, principalmen-te do Esc Sp, particularmente através do monitoramento das regiões de interessepara a inteligência (RIPI), irão desencadear o desdobramento do batalhão(coordenado pelo escalão enquadrante), após a definição da orientação da maioriados meios do inimigo. Para tal, na fase de planejamento, deve-se ter especialatenção ao tempo necessário para este desdobramento.

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Fig 5-3. O Btl Inf em um Dspo de Expectativa. O 522º e o 521º BI Mtz forammantidos em expectativa pela Bda. Receberam ordens de ficar ECD Defa Fx N ou a Fx C, no caso do 522º BI Mtz, e a Fx S ou a Fx C, no casodo 521º BI Mtz, da Z Aç da Bda e de ocupar a ADA, inicialmente com01 (uma) Cia Fzo. A ADA, na Fx C, será ocupada por uma SU do Btlreserva, ao controle da Bda

Fig 5-4. Um exemplo do dispositivo da 2ª /522º BI Mtz, em 1º escalão ao controledo 522º BI Mtz, para ocupar a ADA, enquanto o restante da unidadepermanece em Z Reu, à retaguarda, em expectativa

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Fig 5-5. No prosseguimento das ações, após o Ini definir o seu esforço, o 522º BIMtz recebeu ordens para Def a Fx de C, passando a 2ª Cia Fzo ao Ct daBda, para a defesa a N, sendo reforçado pela 3ª/523º BI Mtz, para asações na ADA

5-8. CONSIDERAÇÕES PARA O PLANEJAMENTOa. Generalidades

(1) A principal vantagem do defensor é poder reconhecer detalhadamenteo terreno e selecionar a área a ser defendida. O inimigo mantém a iniciativa e seudispositivo é desconhecido. Portanto, para o cumprimento da missão defensiva,os fatores decisivos serão o aproveitamento judicioso do terreno e dos meiosdisponíveis.

(2) O planejamento da defesa é desenvolvido através de um cuidadosoestudo de situação, incluindo o esquema de manobra e os diversos planos (planode apoio de fogo, plano de barreiras, plano de defesa anticarro, etc) quecoordenados e integrados permitirão ao comandante conduzir eficientemente suadefesa. Deverá abranger, também, planejamentos de contra-ataques, de seguran-ça, de apoio logístico e de comunicações.

(3) O planejamento deve ser simples e flexível. A flexibilidade é obtidaatravés da escolha de posições suplementares que permitem a defesa em todasas direções, pela manutenção de uma reserva adequada e pelo controle centra-lizado do apoio de fogo. Além desta medidas, o comandante prepara planos parafazer face a todas as situações previsíveis.

b. Seqüência do planejamento(1) O planejamento defensivo obedece à seqüência das normas de

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comando previstas no capítulo 2 deste manual. Porém existem algumaspeculiaridades da operação de defesa.

(2) O Btl poderá receber, como ações a realizar mais comuns: defender,estabelecer P Avç C e acolher elementos da A Seg. Normalmente, serão reali-zadas simultaneamente e, em conseqüência, a prioridade entre elas será dadapela sua importância, em princípio, na ordem acima apresentada.

(3) Plano inicial de defesa - Após o recebimento da missão do Esc Sp,o Cmt Btl emite uma ordem preparatória para os seus elementos subordinados.Estabelece, também, um plano inicial de defesa, baseado em um rápido estudona carta, incluindo o dispositivo defensivo do batalhão, medidas de segurança,Z Reu para a reserva e outras medidas que se fizerem necessárias. Este planopermite o rápido deslocamento da unidade para a Z Aç recebida, além deproporcionar aos elementos subordinados tempo suficiente para os preparativosindispensáveis à organização da posição. Convém ressaltar que este plano inicialde defesa poderá sofrer alterações, após o reconhecimento no terreno e arealização de um estudo de situação detalhado.

(4) O reconhecimento e o estudo de situação variam conforme a situaçãotática. Ao adotar um dispositivo defensivo, após uma marcha para o combate ouum ataque, em contato com o inimigo, o Cmt Btl poderá realizar o reconhecimentona carta e um estudo de situação sumário. Se, ao contrário, não estiver em contatocom o inimigo, deverá proceder um reconhecimento e um estudo de situação tãodetalhados quanto permitir a disponibilidade de tempo.

(5) Ao analisar o terreno, o comandante deve identificar a região capitalde defesa, que é constituída pela linha de alturas, na área de reserva do Btl, deinteresse vital para a defesa e cuja perda compromete o dispositivo defensivo,quebrando a continuidade de sua defesa. É a última linha de defesa do Btl.Quando, na área de reserva, ocorrer uma convergência das Via A para um acidentecapital predominante no terreno, teremos um ponto chave da defesa.

(6) Durante a realização do estudo de situação, o Cmt Btl e seu EM devemlevar em consideração os seguintes aspectos:

(a) o dispositivo defensivo a ser adotado;(b) a organização para o combate das peças de manobra;(c) as medidas de segurança;(d) o grau de resistência adotado em cada Via A;(e) as medidas de defesa (plano de barreiras, plano DAC, entre outras);(f) o poder de combate, a localização e a situação de comando da

reserva;(g) as medidas de coordenação e controle estabelecidas;(h) o planejamento dos contra-ataques;(i) o apoio de fogo;(j) o comando, o controle e as comunicações e a guerra eletrônica;(l) o apoio logístico;(m) o tempo para a organização da posição, estabelecendo uma

prioridade de trabalhos;(n) quantidade dos elementos a serem cedidos para a execução dos

trabalhos de engenharia; e(o) outras medidas necessárias.

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5-9. ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE

a. Generalidades - A organização para o combate é a combinação dosdiversos meios disponíveis sob uma estrutura de comando, a fim de prover ocontrole, a coordenação e o apoio necessários ao emprego das forças de combatee de modo a obter superioridade sobre o inimigo.

b. Possibilidades dos elementos de infantaria(1) As tropas de infantaria são as mais aptas para manter o terreno,

repelindo o assalto inimigo pelo fogo e pelo combate aproximado. Podem,também, realizar contra-ataques. São adequadas a qualquer tipo de terreno e sobquaisquer condições meteorológicas.

(2) Devem ser empregadas nas Via A com grau de resistência “defender”.Contudo, podem retardar, na ausência de elementos mais aptos, ou vigiar,particularmente em áreas passivas da defesa.

c. Possibilidades dos elementos de carros de combate(1) Os elementos de CC são os mais aptos para a realização de contra-

ataques, face à mobilidade, à potência de fogo, à proteção blindada e à ação dechoque características. Como missão secundária, os carros de combate podemacrescer a defesa anticarro, sem contudo comprometer sua principal missão.

(2) Devem ser empregados em combinação com tropas de infantaria,constituindo FT, para melhor explorar suas possibilidades e reduzir suas limita-ções.

(3) Os CC, normalmente combinados com infantaria, devem ser mantidosem reserva. Eventualmente, quando necessário, podem guarnecer um núcleo deaprofundamento e, se possível, reforçados por elementos de infantaria.

(4) Alguns CC podem ser empregados na ADA, normalmente reforçandoas companhias de primeiro escalão. Neste caso, os carros são localizados naaltura dos aprofundamentos das SU, dentro dos núcleos dos pelotões. Emprincípio, deverão dispor de segurança aproximada proporcionada por fuzileiros.Os carros são empregados de maneira a proverem apoio mútuo.

(5) Os CC são, normalmente, empregados por pelotões ou esquadrões.Inicialmente, parte dos carros em reforço ao Btl pode ser empregada nos P AvçC. Assim, são utilizados os carros da reserva que passam a reforçar os elementosdo P Avç C durante suas ações.

(6) Após o retraimento destes elementos, os carros revertem à reservado Btl. O Esc Sp pode reforçar o batalhão com CC para as ações de P Avç C. Apóso retraimento dos P Avç C, os carros retornam ao Esc Sp.

d. Possibilidades dos elementos de cavalaria mecanizada(1) Os elementos de cavalaria mecanizada são os mais aptos para a

realização de missões de segurança e de reconhecimento. Podem, também,realizar contra-ataques e manter o terreno. Esses elementos, pela natureza deseus meios, são sensíveis às condições de transitabilidade do terreno e àscondições meteorológicas adversas. Devido a tal restrição, devem ser emprega-dos em terrenos favoráveis a blindados, evitando principalmente as áreas passivasda defesa.

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(2) São empregados, a princípio, nas Via A com grau de resistência“retardar” ou “vigiar”. Contudo, podem defender, quando necessário. Tropas decavalaria mecanizada, quando em reserva, adicionam potência de fogo e mobili-dade à força de contra-ataque. Neste caso, também podem ser empregadas nosP Avç C, sendo as mais aptas para esta missão de segurança.

(3) Devem também, ser empregados combinados com elementos deinfantaria, constituindo forças-tarefas, para melhor explorar suas possibilidades ereduzir suas limitações.

5-10. SEGURANÇA

a. Generalidades - Ao planejar a defesa, o Cmt Btl assegura que sejamadotadas as medidas de segurança adequadas em todas as direções. O poder decombate atribuído às forças de segurança e as medidas tomadas são umadecorrência da análise da missão, do inimigo, do terreno, dos meios e do tempo.Deve ser também considerado o grau de segurança proporcionado pelos elemen-tos de segurança do Esc Sp, isto é, pela F Cob e pelos PAG.

b. Força de Cobertura(1) Uma F Cob é, normalmente, estabelecida pelo Esc Sp (Ex Cmp ou

DE) para proporcionar segurança à frente dos PAG.(2) Essa força tem a missão de retardar o inimigo, durante um determi-

nado período, a fim de proporcionar tempo para a preparação da posição de defesa,através de uma ação retardadora em posições alternadas ou sucessivas,desorganizar ao máximo as forças inimigas atacantes e iludi-las quanto àverdadeira localização do LAADA.

c. Postos Avançados Gerais(1) Os PAG constituem o escalão de segurança da divisão. Sua missão

é alertar sobre a aproximação do inimigo, retardar e desorganizar sua progressãoe iludi-lo quanto à verdadeira localização da ADA. A localização da linha dos PAGé prescrita pela divisão.

(2) Os PAG são, normalmente, guarnecidos por um grupamento dearmas combinadas, integrando uma Bda, embora um Btl reforçado ou umregimento de cavalaria mecanizada reforçado possam ser designados paraguarnecer os PAG estabelecidos pela divisão. Quando um Btl recebe a missãode guarnecer os PAG é, normalmente, reforçado com unidades de carros decombate e de apoio, para ficar capacitado a executar uma ação retardadora, nocaso um retardamento em única posição.

d. Postos Avançados de Combate(1) Os P Avç C constituem o elemento de segurança da Bda, sua missão

principal é proporcionar alerta oportuno sobre a aproximação do inimigo e impedi-lo de realizar a observação terrestre aproximada e os fogos diretos sobre o interiorda área de defesa. Dentro de suas possibilidades, os P Avç C retardam edesorganizam o inimigo, e se esforçam para iludi-lo sobre a verdadeira localizaçãodo LAADA.

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(2) O comando da Bda prescreve a localização e o valor dos P Avç C,atribuindo a estes responsabilidades, para garantir a contínua segurança ao longode toda a frente da Bda. A composição detalhada dos P Avç C é prescrita pelo CmtBtl, dentro das limitações impostas pelo Cmt Bda.

(3) O valor dos elementos dos P Avç C varia de um pelotão reforçado atéuma companhia reforçada, por Btl de primeiro escalão. Os P Avç C devem ser tãomóveis quanto o permitam o terreno e os meios disponíveis. Se são providos decarros de combate, os P Avç C podem receber a missão de retardar e desorganizara progressão inimiga. O apoio de artilharia e morteiros provém, normalmente, dointerior da própria área de defesa. Quando isto não é possível, elementos destasarmas podem ocupar posições à frente do LAADA. Quando outros elementos desegurança terrestre estiverem à frente, os P Avç C podem ter o seu valor reduzido.Neste caso, deverá permanecer em posição um efetivo suficiente para patrulhare observar o terreno à frente.

(4) A linha dos P Avç C é localizada à frente do LAADA, nos acidentesdo terreno de onde possam melhor cumprir sua missão. Os P Avç C normalmentesão dispostos em um único escalão - dispositivo linear - através de uma série depostos de vigilância, cujo valor varia de uma esquadra a um pelotão de fuzileiros,interligados por patrulhas. Estes postos de vigilância são estabelecidos emposições do terreno que devem:

(a) proporcionar profundos campos de observação e de tiro (cristatopográfica);

(b) proporcionar obstáculos na frente e nos flancos;(c) possuir itinerários de retraimento desenfiados das vistas e fogos

do inimigo;(d) possuir posições cobertas e abrigadas;(e) impedir a observação terrestre aproximada e os tiros diretos do

inimigo sobre o LAADA;(f) estar dentro da distância de apoio dos elementos da ADA; e(g) controlar todas as Via A do inimigo.

(5) Os P Avç C podem não ser lançados, quando:(a) os PAG estiverem muito próximos do LAADA;(b) não houver terreno favorável para a instalação dos P Avç C; e(c) por determinação do Esc Sp.

(6) Os P Avç C são normalmente guarnecidos e controlados pelos Btl deprimeiro escalão. A reserva da Bda pode fornecer os elementos, quando:

(a) os P Avç C devam ser fortes;(b) os Btl de primeiro escalão estiverem desfalcados;(c) houver premência de tempo para a montagem da posição

defensiva; e(d) a posição relativa dos P Avç C compromete o comando e controle

se atribuídos aos batalhões de primeiro escalão.(7) Os P Avç C devem ser fortes, quando:

(a) não houver tropa amiga à frente;(b) estiverem localizados a distâncias superiores às normais;(c) a frente a vigiar for mais larga que a normal; e(d) durante as operações noturnas, quando o inimigo tiver meios

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optrônicos adequados.(8) Normalmente, os elementos da companhia reserva guarnecem os

P Avç C, entretanto a consideração dos fatores abaixo pode sugerir o emprego deelementos de primeiro escalão:

(a) distância reduzida do LAADA;(b) disponibilidade de itinerários de retraimento;(c) tempo disponível para a preparação das posições; e(d) disponibilidade de meios e missões a cumprir;

(9) Quando o Cmt Btl determinar que as companhias de primeiro escalãoguarneçam os P Avç C em seus respectivos setores, carros de combate, armasanticarro, mísseis e outros elementos de apoio podem ser dados em reforço aestas companhias para as ações do P Avç C. Após o retraimento dos P Avç C,estes elementos retornam ao cumprimento de sua missão principal. Quando ascompanhias de primeiro escalão guarnecem os P Avç C, o Cmt Btl, normalmente,delega aos comandantes das companhias o controle dos P Avç C. Elementos dareserva podem, também, reforçar as companhias de primeiro escalão para asações de P Avç C. Os Cmt Cia informam, oportunamente, ao Cmt Btl e aos Cmtdas unidades vizinhas, sobre os planos e a hora prevista para o retraimento. Paraevitar sua captura ou destruição, a fração da companhia que estiver guarnecendoos P Avç C poderá retrair por iniciativa própria, após haver cumprido a sua missão.Todo esforço deverá ser feito para informar ao comandante de companhia e aoscomandantes dos elementos vizinhos sobre o retraimento.

(10) Normalmente, elementos de segurança dos escalões superioresestão à frente da linha dos P Avç C. Elementos de reconhecimento do Btl, ou ospróprios P Avç C, mantêm contato com os elementos amigos à frente, caso abrigada não estabeleça esta ligação. Se não houver elementos amigos à frente,devem ser empregadas patrulhas avançadas para estabelecer e manter o contatocom o inimigo. Os P Avç C podem localizar e propor alvos para armas QBN. Nãose engajam em combate aproximado e retraem por itinerários previamentereconhecidos. O contato com o inimigo é, então, mantido por meio de patrulhase pela observação realizada do LAADA.

(11) Elementos de segurança, inclusive os P Avç C, são desdobradosnovamente e lançados para restabelecer contato se o inimigo for repelido e nãomais retomar o seu ataque.

e. Segurança aproximada(1) Todas as SU e frações tomam medidas de segurança em benefício

da própria proteção aproximada, para evitar surpresas e infiltrações em suasposições.

(2) Estas medidas são constituídas de postos de vigia e de escuta,instalados no âmbito de suas áreas de defesa e nas Via A que se dirigem para ointerior da posição, complementados por patrulhas de ligação e obstáculos deproteção local.

f. Segurança dos flancos(1) As informações sobre a situação nas áreas de defesa vizinhas são

obtidas pelo pessoal de ligação e os observadores que mantém os flancos sobconstante vigilância.

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(2) Os flancos expostos devem ser protegidos por elementos destacadospara barrar as principais Via A do inimigo. São, também, empregados obstáculose destruições.

g. Segurança da Área de Retaguarda(1) A segurança da área de retaguarda (SEGAR) compreende o conjunto

de ações para proteger as instalações de retaguarda das incursões inimigas, dosbombardeios e das calamidades naturais. Se subdivide em defesa de área deretaguarda (DEFAR) e em controle de danos (CD).

(2) No escalão Btl, não é preparado um plano específico para a segurançade área de retaguarda. Durante o planejamento da defesa, são estabelecidasmedidas de segurança e posições defensivas que contribuam para a DEFAR.Estas medidas de segurança são incluídas na ordem de operações. Além disso,as medidas de DEFAR são integradas no plano de barreiras, no plano de vigilância,no plano de apoio de fogo e no plano de patrulhas. A ocupação de posições pelaunidade e a escolha de posições suplementares, bem como as medidas desegurança aproximada adotadas por todos os elementos subordinados, contribu-em diretamente para a segurança da área de retaguarda.

(3) Não é estabelecida uma força especial para a DEFAR. Os elementosda reserva do Btl recebem como uma de suas missões o fornecimento de forçaspara esta segurança, caso seja necessário. Quando ocorrer uma situação queexija o emprego de força contra um elemento inimigo localizado na área deretaguarda, a escolha do valor da força a ser empregada dependerá da situaçãotática e do valor e localização do elemento inimigo. A necessidade de atender àsmissões principais da defesa impõem que nenhum Cmt SU seja designadocomandante da força de DEFAR do Btl.

h. Outras medidas de segurança(1) Devem ser estabelecidas medidas de segurança contra ataques

aeroterrestres, aeromóveis, ações de guerrilheiros, infiltrações e armas QBN. Aspatrulhas procuram localizar o inimigo e obter dados sobre as suas atividades. Sãoempregadas à frente e no interior da área de defesa. Outros meios podem serempregados para aumentar a segurança, tais como os dispositivos eletrônicos devigilância, os equipamentos de infravermelho, os artifícios iluminativos, o aramefarpado, as minas antipessoal e outros dispositivos, tanto à frente como no interiorda área de defesa. Os elementos de reconhecimento, bem como a aviação dereconhecimento, são habitualmente empregados nas missões de segurança.

(2) As medidas de segurança passiva são altamente importantes. Deveser dada particular atenção à camuflagem, à dispersão, à utilização de cobertase abrigos, e à disciplina de luzes e ruídos. Todas as posições devem serenterradas na medida em que o tempo permitir e, sempre que possível, devem serconstruídos abrigos subterrâneos. Todas as posições das armas devem serprovidas de cobertura protetora contra os efeitos dos fogos inimigos.

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5-11. ELEMENTOS DE RECONHECIMENTO DO BATALHÃO

a. Os elementos de reconhecimento do Btl cumprem várias missões dereconhecimento e segurança em proveito da unidade, utilizando patrulhas eobservação. Só se engajam em combate, quando for necessário ao cumprimentoda missão ou para sua própria segurança. Não devem ser empregados empatrulhas de combate, porém alguns de seus integrantes podem acompanhá-las,como especialistas em inteligência de combate.

b. São os elementos, orgânicos do Btl, mais aptos para realizar omonitoramento das RIPI levantadas pela unidade.

c. Durante o deslocamento do Btl de uma Z Reu para a área a ser defendida,estes elementos são empregados no reconhecimento de itinerários.

d. Quando a ocupação da posição se realiza sem o contato com o inimigo,os elementos de reconhecimento são empregados inicialmente para obterinformações sobre o terreno e sobre a aproximação do inimigo.

e. Podem ser empregados na área de segurança do Btl, recebendo uma oumais das seguintes missões:

(1) manter o contato com os PAG, atuando entre estes e os P Avç C;(2) vigiar a área entre o LAADA e a linha dos P Avç C; e(3) reforçar os P Avç C.

f. Após o retraimento dos P Avç C, estes elementos podem ser empregadospara:

(1) segurança da área de retaguarda, executando o patrulhamento e a suavigilância;

(2) vigilância de flanco;(3) operar o posto de observação do batalhão; e(4) eventualmente, cooperar na segurança do PC do Btl.

5-12. MEDIDAS DEFENSIVAS

a. Plano de Barreiras(1) O Cmt Btl planeja o emprego de obstáculos à frente e no interior de

sua área de defesa, integrados no sistema de barreiras da Bda ou da Div.Considerado o tempo e a mão de obra disponíveis, os obstáculos devem serestabelecidos levando-se em conta a localização das posições defensivas e oefeito das barreiras sobre a mobilidade das forças amigas no interior da posição,particularmente nos contra-ataques. Podem ser previstos fossos anticarro, redesde arame, campos de minas AC e/ou AP, armadilhas e destruições. As minasterrestres com agentes químicos tóxicos podem ser incluídas no sistema debarreiras ou suplementá-lo, para aumentar o seu valor e contribuir para a interdiçãode áreas. Os obstáculos naturais devem ser usados ao máximo, uma vez que asnecessidades de mão-de-obra, material, equipamento e tempo normalmentelimitam a construção das barreiras.

(2) Os elementos de engenharia em apoio ao Btl participam da constru-ção das barreiras, executando as destruições necessárias, lançando campos de

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minas e outros obstáculos, além de preparar e manter itinerários, particularmenteos destinados aos movimentos da reserva.

(3) Os pelotões de fuzileiros constroem os obstáculos de proteção local.Estes obstáculos devem ser densos e intercalados em profundidade, sendocolocados ao redor e no interior dos núcleos de pelotão com a finalidade dedificultar o assalto final do inimigo.

b. Defesa contra blindados(1) O planejamento para a defesa anticarro acha-se intimamente ligado

ao planejamento de barreiras. Os obstáculos naturais e os campos de minasanticarro podem facilitar a destruição dos blindados, canalizando-os para asregiões batidas pelas armas anticarro. A DAC deve ser estabelecida em largurae em profundidade, em toda a área de defesa, englobando o emprego de todas asarmas anticarro, inclusive as armas individuais, as minas AC, os carros decombate, a artilharia e as armas QBN. Deve ser dada particular atenção àsVia A de blindados que apresentam perigosa ameaça ao Btl. Entretanto, nenhumaregião deve ser desprezada no planejamento da DAC, uma vez que as forçasblindadas podem ser empregadas com êxito em terrenos aparentemente desfa-voráveis.

(2) A DAC deve ser planejada de modo que os blindados inimigos sejambatidos pelo fogo, logo que fiquem dentro do alcance eficaz das armas de defesa.Deve ser preparada para separar os blindados inimigos da infantaria de acompa-nhamento, e para destruí-los à frente da área de defesa. Se os blindados inimigosatingirem ou penetrarem na área de defesa, deve-se procurar canalizá-los pararegiões onde sua destruição seja facilitada pela ação ofensiva de reservasblindadas e pelas armas anticarro e mísseis que ocupam as posições deaprofundamento. Quando são empregadas armas QBN, a DAC destina-se a forçaros blindados inimigos a se emassarem de modo a constituírem um alvocompensador.

c. Defesa contra ataques aeroterrestres, aeromóveis, ações deguerrilhas e infiltrações

(1) Devem ser tomadas medidas efetivas contra a ameaça de forçasinimigas aeroterrestres e aeromóveis, de guerrilha e de infiltração, de modo quea unidade possa se concentrar na missão principal da defesa.

(2) Deve ser estabelecido um sistema de alarme, em toda a área do Btl,utilizando todos os elementos de segurança e de observação já instalados. Deveser realizado um reconhecimento pormenorizado para localizar as prováveiszonas de lançamento e desembarque de forças inimigas. Quando necessário,podem ser empregadas patrulhas especiais, dispositivos de alarme, bloqueios deestradas e P Obs com equipamento de radar, quando disponível, para cobrir todaa área. Deve ser preparado um plano de iluminação e tomadas medidas para proversegurança aos elementos logísticos e de comando na área.

(3) Quando uma força inimiga se infiltrar na Z Aç do Btl, em função do seuvalor, o comandante poderá empregar parte ou toda a reserva para destruir oinimigo infiltrado. Fogos devem ser planejados para apoiar esta ação. Quando oBtl estiver em reserva da Bda, deve estar preparado para desempenhar missõesanálogas na respectiva área.

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d. Defesa contra ataques QBN - As medidas para a proteção individual edas unidades contra ataques QBN, incluindo um sistema de alarme e de abrigo,devem constar das normas gerais de ação. As medidas especiais devem serincorporadas ao plano de defesa, de acordo com as necessidades.

e. Defesa contra ataques aéreos(1) As unidades de artilharia antiaérea podem operar na área do Btl, sob

o controle de um comando superior. Neste caso, o Cmt Btl coordena a defesaantiaérea com o comando dessas unidades. Os fogos das armas individuais ecoletivas orgânicas podem ser eficazmente empregados em coordenação com osdas armas antiaéreas, para limitar a atividade aérea inimiga na área.

(2) A autodefesa antiaérea consiste no emprego das armas orgânicas doBtl que podem ser particularmente eficazes contra os helicópteros e outrasaeronaves de vôo lento. Os setores de tiro atribuídos e as condições de empregodas armas do Btl devem ser coordenados pelo CCAF.

(3) As medidas de autodefesa antiaérea podem ser as seguintes:(a) medidas passivas de proteção;(b) estabelecimento de um sistema de alarme; e(c) permissão às unidades para atirar em todas as aeronaves

seguramente identificadas como inimigas, mesmo quando não realizem umataque direto à unidade.

(4) Essas medidas podem ser prescritas ou limitadas pelo comandanteda brigada. Os planos pormenorizados para o emprego da artilharia antiaéreadevem ser preparados pelos comandantes destas unidades, em coordenaçãocom o coordenador de apoio de fogo.

f. Defesa durante períodos de visibilidade reduzida(1) O inimigo pode atacar empregando fumaça, durante os períodos de

visibilidade reduzida ou à noite. Assim, para realizar a defesa contra essesataques, são adotadas maiores medidas de segurança. Tais medidas incluem oemprego de grande número de patrulhas, aumento da segurança aproximada,emprego de visores noturnos, sensores de vigilância e radares orgânicos ou emreforço, dispositivos de alarme e previsão de iluminação da área onde o inimigopossa operar. Deve ser dada especial atenção à instrução noturna da tropa.

(2) A defesa durante os períodos de visibilidade reduzida depende dostiros preparados e amarrados, e do combate aproximado. Os postos de escuta,que vigiam os caminhamentos e outras Via A que conduzem à área de defesa, sãoessenciais para a obtenção, em tempo oportuno, de dados sobre os deslocamen-tos do inimigo. As patrulhas atuam à frente e nos intervalos entre as frações. Senecessário, devem ser feitos reajustamentos nos dispositivos dos elementos deprimeiro escalão para o fechamento das brechas que, durante o dia, são apenasbatidas por fogos. Elementos da reserva das companhias podem ser empregadospara este fim ou os pelotões de primeiro escalão podem ser estendidos além deseus flancos.

(3) Se possível, devem ser construídas e camufladas algumas posiçõessuplementares. Os elementos da reserva do batalhão podem ser colocados paraproteger os flancos expostos. Os sensores de vigilância e os dispositivos de alarmeservem como economia de tropa, que seriam usadas em postos fixos e patrulhas.

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(4) Os visores noturnos são empregados para auxiliar os observadores,os vigias, os elementos de segurança e os caçadores, sem alertar o inimigo. Osdispositivos de alarme e os sensores de vigilância são colocados nas Via Aimediatamente à frente da área de defesa, para dar o alerta da aproximação doinimigo.

(5) A iluminação pode ser usada para facilitar todas as fases da defesa.Compreende a iluminação para o deslocamento de tropas e suprimentos nointerior da posição, bem como para descobrir as atividades do inimigo. Os meiosde iluminação compreendem os artifícios iluminativos, lançados por artilharia,morteiros ou aeronaves. A iluminação é coordenada cuidadosamente utilizando-se os canais da artilharia. O Cmt Btl deve evitar uma iluminação desnecessáriaou que comprometa as ações de outras unidades. A iluminação de áreasescolhidas, à hora predeterminada, pode ser feita para auxiliar a observação. Ailuminação é responsabilidade da DE ou da Bda, quando isolada.

(6) Os artifícios iluminativos, disponíveis no batalhão e elementossubordinados, são empregados para iluminar as zonas conhecidas ou suspeitasde atividades inimigas, de acordo com as ordens do Esc Sp. Outros artifíciosiluminativos das unidades de apoio de fogo aumentam a intensidade da iluminaçãode determinada área. Os elementos de apoio podem proporcionar iluminaçãomediante horário preestabelecido, para reduzir ao mínimo a revelação de armasdos elementos de primeiro escalão.

g. Dissimulação tática(1) Ao estabelecer o plano de defesa, o Cmt Btl considera o emprego das

medidas de dissimulação que possam levar o atacante a dispersar meios ouorientar mal o seu esforço. As F Seg empregam a dissimulação para fazer comque o inimigo se desdobre prematuramente e retarde a execução de seus planos.

(2) Posições, equipamentos e atividades simuladas podem favorecer aeconomia de forças e obrigar o inimigo a executar uma ação ofensiva desneces-sária, tornando seus elementos vulneráveis a um ação amiga. Os trabalhos dedissimulação devem ficar localizados a uma distância de segurança de qualquerposição real para que os fogos dirigidos contra eles não atinjam os locaisefetivamente ocupados. A GE tem possibilidades de auxiliar na caracterização deuma falsa posição defensiva para o inimigo, por meio da técnica de dissimulaçãoeletrônica.

h. Área de Engajamento (AE)(1) Chama-se área de engajamento a região selecionada pelo defensor,

onde a tropa inimiga, com seu movimento canalizado e sua mobilidade restringidapor um eficiente sistema de barreiras (com obstáculos naturais e artificiais), éengajada pelo fogo ajustado, simultâneo e concentrado de todas as armas dedefesa. Tem a finalidade de causar o máximo de destruição, especialmente nosblindados inimigos, e de provocar o choque mental e físico pela violência, surpresae letalidade dos fogos aplicados. A AE pode ser empregada à frente do LAADAou admitindo-se uma penetração no dispositivo defensivo, caracterizando atécnica da defesa elástica - que será vista em 5-12 . Áreas de engajamento podemser planejadas e empregadas em um contexto de defesa móvel e nas açõesretardadoras. No último caso, empregar-se-á as AE à frente das posições de

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retardamento.(2) A AE deve possuir dimensões compatíveis com a força inimiga a ser

destruída e a eficácia das armas integrantes dos núcleos de defesa. No escalãobatalhão, normalmente o valor do inimigo na área de engajamento corresponde aoescalão de ataque, ou até todas as peças de manobra de duas companhiasinimigas. Quando a AE for valor SU, admitirá, no interior da área, o escalão deataque de uma subunidade ou todas as suas peças de manobra.

(3) A área de engajamento, que pode ser imposta pela Bda ou planejadapelo Btl, mediante autorização do Esc Sp, deve ser selecionada em um terrenoque, preferencialmente de topografia plana, seja desprovido de cobertas e abrigos,impedindo, desta forma, a proteção do inimigo contra as vistas e fogos dodefensor, já que o sucesso da defesa depende basicamente da eficácia dos fogos.

(4) Para preparar áreas de engajamento o Btl deverá receber apoioadicional de engenharia, particularmente para a realização dos trabalhos decontramobilidade. Tal fato se deve à grande importância, nesta medida defensiva,dos obstáculos que canalizam, dissociam e bloqueiam o movimento inimigo edaqueles que estão fixando-o, particularmente em relação a seus carros,maximizando a destruição do inimigo dentro da AE.

(5) A quantidade de AE que poderá ser planejada e preparada pelobatalhão irá variar de acordo com os meios de engenharia e de apoio de fogodisponíveis para a unidade. Normalmente o Btl priorizará 01 (uma) AE devido agrande quantidade de meios e a complexidade das ações.

(6) Seleção e montagem da AE(a) Identificar as Via A favoráveis para o inimigo, considerando o

Processo de Integração do Terreno, Condições Meteorológicas e Inimigo (PITCI).(b) Determinar a linha de ação mais provável do inimigo.(c) Considerar os seguintes aspectos:

1) como o inimigo abordará nossa posição e como pretendeprosseguir através da Z Aç;

2) com que velocidade se espera que ele avance;3) onde e como deve ser dissociado;4) onde e como deve ser destruído;

(d) Determinar o local para a destruição do inimigo (AE).1) Identificar o terreno que maximiza o emassamento e melhor

aproveita os obstáculos naturais , os fogos, a dispersão e a proteção dos núcleosde defesa e das armas de apoio, e que melhor possibilite a mobilidade das forçasenvolvidas, principalmente no que diz respeito às ações dinâmicas da defesa.

2) Avaliar quais são os meios disponíveis (orgânicos e em reforço)e como obter o máximo de eficiência no seu emprego (considerar elementos deMan, Ap F, meios Bld e Mec e Ap Eng).

3) Estabelecer fisicamente no terreno os pontos de referência dealvos (PRA) - ver definição em (8) (a)) que permitam emassar e dirigir os fogossobre as Via A inimigas levantadas.

4) Estabelecer as medidas de coordenação e controle, tanto parao dia quanto para a noite.

5) Assegurar que os PRA sejam claramente visíveis e adequada-mente locados em função do alcance do armamento a ser utilizado.

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6) Planejar linhas de acionamento (gatilhos) - ver definição em (8)(e) - para o engajamento dos alvos previstos. Devem ser realizados ensaios paraconfirmar tais medidas.

(e) Em coordenação com o elemento de Eng em apoio, planejar eintegrar o sistema de barreiras

1) Otimizar o emprego dos obstáculos de acordo com os efeitosque se deseja causar no inimigo (canalização, fixação, dissociação e bloqueio)ou somente para iludi-lo quanto às reais intenções da AE.

2) Proteger os núcleos de defesa com obstáculos de proteçãolocal.

(f) Designar o posicionamento dos núcleos de defesa e dos diversossistemas de armas

1) Sempre que possível, os núcleos de defesa devem flanquear oinimigo e forçá-lo a combater em mais de uma direção;

2) Assegurar que os núcleos de defesa estejam posicionados demodo a permitir a observação direta dos PRA, alvos e linhas de acionamento e,ainda, permitam engajar os alvos em função do alcance do armamento emprega-do. Caso a posição não esteja nessas condições, devem ser previstas posiçõessuplementares e de muda;

3) Quando estiver selecionando as posições ,deve-se considerarque:

- a escolha deve ser feita durante o dia;- devem ser previstas posições alternativas;- certificar-se de que há um recobrimento pelo fogo das Via A

nas adjacências dos núcleos de defesa;- posicionar os sistemas de armas em profundidade, conside-

rando compatibilidade entre as possibilidades do armamento e a distância em quedeverá engajar seus prováveis alvos;

- deve ser planejada a proteção dos P Obs e dos itinerários deretraimento;

- deve ser evitado o estabelecimento das posições sobre aprovável direção de ataque do inimigo;

- devem ser planejados itinerários cobertos ou abrigados paraos P Obs e núcleos de defesa, de modo a possibilitar o ressuprimento ouevacuação.

(g) Planejar e integrar os fogos1) Estabelecer medidas de controle para os fogos diretos (divisão

dos setores de tiro, atribuição de responsabilidades, amarração dos alvos e aconfecção de roteiros de tiro).

2) Utilização dos PRA para condução de uma rápida alteração naprioridade e direção dos fogos visando emassar fogos imediatamente paraqualquer setor da AE.

3) As linhas de acionamento devem permitir aos sistemas dearmas engajar o alvo adequado no momento oportuno, em função do alcance edestinação dos respectivos sistemas.

4) Estabelecer prioridades de engajamento para os sistemas dearmas. Normalmente o desencadeamento dos fogos iniciar-se-á com os fogos

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indiretos de artilharia e morteiro, conjugados ao sistema de barreiras, visando àdesorganização do inimigo e de seus sistemas operacionais. A partir de então,serão desencadeados os fogos diretos visando à destruição do inimigo no interiorda AE, tendo como referência as linhas de acionamento previstas para a operação.

5) Devem ser integrados os fogos indiretos no interior da AE,observando:

- seleção de quando e contra que alvos serão empregados aArt e o Mrt;

- locação das armas de tiro curvo, considerando o seualcance, nucleamento da posição e a coordenação do espaço aéreo;

- assegurar que foram planejados fogos à frente, no interior ena orla da área;

- os observadores devem ver os alvos e as linhas de acionamentode suas posições;

6) Se o Btl dispuser de CC, estes trarão um acréscimo significa-tivamente necessário no poder de combate da unidade. Tendo em vista ascaracterísticas das ações em uma AE, esses CC poderão aprofundar a defesaanticarro, ocupando posições de ataque pelo fogo (P Atq F - ver definição em (8)(c)), no limite posterior da área no momento da destruição do inimigo no interiorda área, evitando exposição desnecessária.

(h) Sincronizar os sistemas operacionais envolvidos, durante oplanejamento, no ensaio e durante o combate.

1) O ensaio deve ser conduzido de acordo com a visualização docombate na posição defensiva;

2) Deve ser verificado se as linhas de acionamento estãoposicionadas de forma compatível com a velocidade de progressão prevista parao inimigo.

(7) Visualização dos sistemas operacionais envolvidos na AE (Fig 5-6) -emprego de uma AE na defesa é bastante complexo e impõe que as ações nosdiversos sistemas operacionais sejam adequadamente previstas, coordenadas esincronizadas no tempo, espaço e finalidade. Podem ser destacados os seguin-tes aspectos:

(a) manobra - os núcleos defensivos devem ser posicionados na orlada AE de modo a permitir o bloqueio, impedindo a progressão para dentro da ADA.Todas as armas AC orgânicas e os CC em reforço serão utilizados na destruiçãodo inimigo.

(b) inteligência1) O movimento do inimigo deve ser monitorado por meio de RIPI,

posicionadas para permitir informações a respeito do valor e do dispositivo que oinimigo abordará a AE. Tal informação poderá ser fator primordial para reformularplanejamentos ou condutas nas ações na AE.

2) Devem ser adotadas medidas de contra-reconhecimento,visando impedir que o inimigo identifique as reais intenções da AE.

(c) apoio de fogo1) Os fogos de artilharia, de morteiro, dos helicópteros de ataque

e das aeronaves da F Ae serão empregados sempre que possível - dentro dadisponibilidade e da prioridade.

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2) Deve ser evitado o emprego prematuro de todas armas posicio-nadas na AE, negando ao inimigo o conhecimento da real intenção do defensornaquela região. Normalmente, os grupos de concentrações de artilharia e os fogosde morteiro serão desencadeados, caracterizando o início do ataque pelo fogo,quando o inimigo estiver na AE, a fim de desorganizar os seus sistemas opera-cionais, principalmente o comando e controle. A situação criada permitirá odesencadeamento eficiente dos fogos diretos. A artilharia e os morteiros passa-rão, então, a realizar fogos para limitar e isolar a penetração inimiga, dentro da AE.

3) Um aspecto relevante, na coordenação do apoio de fogo, é anecessidade de uma estrita coordenação do uso do espaço aéreo. Isto permitiráa perfeita integração do uso dos helicópteros de ataque (poderosas armasanticarro) e das aeronaves da F Ae, não conflitando com os fogos das armas detiro indireto.

(d) mobilidade, contramobilidade e proteção - Os obstáculos táticose os fogos manipulam o inimigo, dirigindo-o para a área desejada, conforme aconcepção da manobra e a intenção do comandante. Os efeitos desejados dosobstáculos sobre o inimigo podem ser a dissociação, a canalização, a fixação eo bloqueio.

(e) comando e controle - Devem ser adotadas contramedidaseletrônicas (CME) de dissimulação e interferência para iludir ou dificultar asemissões eletromagnéticas da tropa inimiga na AE.

(f) logística - Devem ser aumentadas as dotações de suprimento ClV (M) para os elementos envolvidos na AE.

Fig 5-6. Visão esquemática da integração dos sistemas operacionais em uma AEde batalhão à frente da posição defensiva.

5-12

LAADALAADARio TIJUCO

Rio CLAROG

F

C

D

E

BA

RIPI 6

Rv 1

34

AEBRANCA

M

Br N Gp 105Br N Mrt

2B2

2B3

BB220

BB212BB211

BB214

BB219

BB218

BB206

BB215

BB216

BB208BB204

BB202

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LEGENDAEfeitos dos Obstáculos:

A - Canalização;B - Dissociação;C - Fixação;D - Bloqueio;E - Emprego de munição lançadora de minas para interdição da AE

e bloqueio do movimento inimigo;F - Barragens de Mrt e Art visando interdição da AE;G - Posição de ataque pelo fogo, ocupada pelas frações de carro (ver

(8) (c)).

(8) Medidas de coordenação da AE (Fig 5-7) - Além das medidas decoordenação e controle utilizadas comumente, há que se considerar:

(a) pontos de referência de alvos (PRA) - São pontos nítidos doterreno, naturais ou artificiais (preparados ou não pela tropa), designados pelodefensor para definir alvos e facilitar a definição dos setores de tiro dos núcleosdefensivos e das armas de apoio de tiros diretos ou indiretos. Podem ser usadospara delimitar uma AE. São numerados pelo Coordenador de Apoio de Fogo (CAF)do Btl, visando facilitar a identificação e rápida designação das unidades.

(b) Setores de tiro - Devem ser designados para os núcleos da defesaque atuarão na orla da AE e para as armas de apoio . São estabelecidos um setorprincipal e um secundário, a ser empregado mediante ordem.

(c) Posição de Ataque pelo Fogo (P Atq F) - Posição preparada ou não,a ser ocupada temporariamente, de onde são realizados fogos diretos paradestruir o inimigo a distância. Visando empregar o máximo volume possível defogos para bater o inimigo no interior da área de engajamento, poderá ser utilizadopoder de fogo da reserva, principalmente dos carros. Deve ser prevista umaposição da qual a reserva, ou suas frações, possam atacar, pelo fogo, o inimigoque penetrou na AE, cooperando com sua destruição.

(d) Eixo de progressão para deslocamento da reserva - O desloca-mento da reserva ou de suas frações para uma P Atq F será feito em um E Prog,uma vez que o deslocamento será com as frações desdobradas no terreno,visando diminuir a eficiência da ação do inimigo, principalmente com seus fogosde artilharia e ataques aéreos. O momento ideal para o início do deslocamentopara a posição será determinado através de linhas de acionamento.

(e) Linhas de acionamento - São linhas que são estabelecidas, noterreno, para controlar o desencadeamento dos fogos na AE. São marcadastomando-se por base o alcance de utilização das diversas armas empregadas ea influência do terreno e dos obstáculos existentes nos fogos dessas armas.

(f) Prioridade de engajamento dos fogos - Deve ser realizada umahierarquização na seleção da arma a ser empregada, considerando a natureza elocalização do alvo inimigo, alcance eficaz das armas e o efeito desejado.

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Fig 5-7. Visão esquemática das medidas de coordenação em uma área deengajamento, considerando-se o esquema de manobra apresentado nafigura anterior

LEGENDA- A - Simbologia de Posição de Ataque pelo Fogo (P Atq F).- B - Simbologia de um Ponto de Referência de Alvos (PRA).- C - Linhas de Acionamento.- D - Delimitação de setores de tiro principal e secundário, utili-

zando-se PRA. No caso, demonstrado os St de 2 Pel Fzoe da fração de carros da reserva, na P Atq F.

- E - E Prog para deslocamento da reserva.

5-13. TÉCNICAS ESPECIAIS DE DEFESA

a. Defesa Elástica(1) Generalidades

(a) A defesa elástica é uma técnica especial de defesa utilizada nosescalões brigadas e inferiores, permitindo uma penetração do inimigo em regiãoselecionada para emboscá-lo pelo fogo ao longo de todo seu dispositivo. Técnicaque combina procedimentos de defesa de área e defesa móvel, sendo que aposição é ocupada por tropas em profundidade, para permitir que o inimigo seja

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L Ct CARRO

L Ct ...L Ct ...L Ct ...

L Ct CSR

L Ct FUZIL

LAADA

AEBRAVO

St PcpSt Scd

A1 A2 A3 A4

A6A5

A8A7C

DB

A

E

E Pr

og A

ÇO

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atacado pelo fogo em toda sua extensão. Essa tática se assemelha a uma grandeemboscada.

(b) A adoção de uma defesa elástica está condicionada, preponde-rantemente, às características do terreno, o qual permita a defesa em profundida-de e o estabelecimento de uma área de engajamento.

(c) A defesa elástica pode ser executada pelo Btl, quando autorizado,em uma parte da posição defensiva do Esc Sp, enquanto no restante da frente érealizada uma defesa de área.

(d) Como esta técnica está condicionada a características doterreno, ela será mais bem utilizada quando o terreno a ser defendido não possuirregiões de bloqueio em determinadas Via A para o interior da posição defensiva,oferecendo dificuldades para deter o inimigo à frente do LAADA.

(2) Considerações para o planejamento(a) Área de engajamento - A área de engajamento utilizada em uma

defesa elástica tem as mesmas características descritas em 5-11 h. Porém estemesmo terreno deve apresentar regiões de bloqueio nos flancos e em profundida-de, na região da ruptura da posição defensiva, de tal forma que o defensor possalimitar a penetração inimiga na área de engajamento.

(b) Características da defesa elástica1) Indispensável apoio adicional de engenharia, particularmente

para a realização dos trabalhos de contramobilidade.2) Busca separar os fuzileiros dos blindados.3) Necessita de grande potência de fogo, principalmente do fogo

de armas anticarro.4) Tira o máximo proveito do terreno e da surpresa.5) Canalização do inimigo para o interior da AE, onde será

destruído pelo fogo dos núcleos de defesa e das armas de apoio.(c) Dispositivo defensivo

1) De maneira geral, a organização da defesa elástica (Fig 5-8) seassemelha a uma defesa de área, compreendendo:

- área de segurança;- área de defesa avançada; e- área de reserva.

2) A largura da penetração máxima admitida na defesa elásticaé maior do que na defesa de área, em função das dimensões da área deengajamento, e pelas características especiais do terreno, permitindo a destrui-ção do inimigo pelo fogo.

3) O limite anterior da área de engajamento, que se confunde como LAADA, não precisa necessariamente estar mobiliado com tropa. Pode havertropa com grau de resistência menor do que o “defender”, ou simplesmenteobstáculos, sendo a vigilância exercida pelos núcleos que limitam a área deengajamento.

4) Os limites para o interior da posição defensiva, entre assubunidades da ADA, poderão apresentar um traçado diferente de uma defesa deárea, em que não seja empregada este tipo de técnica. Isto ocorrerá normalmentequando a AE do Btl abranger parte das Z Aç de duas SU de primeiro escalão etenha sido planejado a utilização de tropa, de uma das duas SU, localizada na orla

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anterior da AE, com grau de resistência menor que o defender, a fim de atrair oinimigo para o interior da AE (fração “isca”). Neste caso, o limite dessa subunidadedeverá, obrigatoriamente, englobar essa fração, visando, desta forma, atribuir a umCmt SU somente a responsabilidade pelo comando e controle.

5) Os núcleos defensivos da ADA devem ser dispostos em largurae em profundidade, de modo a permitir o bloqueio do inimigo na área deengajamento.

6) Não é impositivo que todos os núcleos defensivos, localizadosnas adjacências da AE, estejam ocupados desde o início da operação. Poderãoser previstos núcleos que serão ocupados pela tropa que retarda ou vigia nasproximidades da orla anterior da AE (fração “isca”).

7) A reserva deve possuir poder de combate compatível paracontra-atacar, caso algum núcleo da ADA venha a submergir, e não é desejávelque seja empenhada para limitar a penetração inimiga na área de engajamento,preservando a flexibilidade do comandante do batalhão para intervir no combate.

Fig 5-8. O Batalhão na defesa elástica - posicionamentos dos núcleos e divisãode Z Aç. As medidas defensivas e de coordenação e controle para a AEsão as mesmas constantes das Fig 5-6 e 5-7

(3) Execução(a) A defesa elástica é conduzida, normalmente, em quatro fases:

1) acolhimento dos elementos da força de segurança, e canaliza-

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ção do inimigo para a AE;2) contenção da força inimiga nas AE por intermédios de fogos

oriundos das posições de bloqueio, impedindo que esta saia das AE ou desbordea posição defensiva;

3) destruição do inimigo pelo fogo na AE; e4) realização de contra-ataque para restabelecer um núcleo

defensivo submergido, se for o caso.(b) O elemento do P Avç C é empregado, inicialmente, para vigiar à

frente da Z Aç do Btl, informando o valor, o dispositivo e a direção de ataque doinimigo, e ajustando os fogos indiretos. Deve retrair de tal forma, que canalize omovimento do inimigo para a AE.

(c) A destruição do inimigo será realizada pelos fogos dos própriosnúcleos de defesa e pelos fogos indiretos de artilharia e morteiros sobre a AE,buscando também a maior profundidade possível no dispositivo inimigo.

(d) As armas AC são, inicialmente, instaladas em posições avança-das próximas ao LAADA, engajando os blindados inimigos desde seu alcancemáximo, e procurando retardar o ataque inimigo, desorganizá-lo e forçá-lo adesembarcar sua infantaria. O uso de obstáculos reforça a posição defensiva eassegura a máxima eficácia dos fogos AC.

(e) O contra-ataque deve ser realizado, em princípio, nos locais ondeo inimigo lograr êxito em romper o nosso dispositivo nos limites da AE, ou entãodesbordar a nossa posição defensiva.

(f) A unidade recebe uma Z Aç. A intenção do Cmt será separar osfuzileiros inimigos dos seus blindados, a fim de que os blindados desprotegidospossam ser destruídos. Para isso, estabelece uma defesa em profundidade. Édesejável que o terreno nos flancos seja acidentado e se constitua em obstáculopara tropas blindadas. Normalmente o inimigo será, inicialmente, retardado pelafração “isca”, se for utilizada. O retraimento dessa fração, mediante ordem,permitirá a entrada do inimigo na AE. A partir daí, a seqüência das ações se darácomo previsto em 5-11 h.

(h) São válidas as considerações feitas para a sincronização dossistemas operacionais e medidas de coordenação na AE feitas em 5-11 h.

b. Defesa em contra-encosta(1) Generalidades

(a) A defesa na contra-encosta é uma técnica especial de defesaonde a posição é organizada numa porção do terreno que é mascarada por umacrista topográfica. Destaca-se a grande vantagem dessa técnica: a proteçãocontra a observação e os tiros diretos inimigos.

(b) Raramente o batalhão adotará uma defesa em contra-encosta emtoda a sua frente a defender. Isso acarretaria um decréscimo considerável narasância e flanqueamento a serem obtidos pelos seus campos de tiro, o quesignifica o não-atendimento a um princípio fundamental da defensiva. Entretanto,haverá determinadas situações que poderão induzir o comandante a dispor suassubunidades e sistemas de armas defendendo em contra-encosta:

1) quando a encosta encontra-se sob o domínio inimigo, tornan-do-se insustentável devido aos seus fogos;

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2) quando o terreno na contra-encosta possibilita campos de tiromelhores ou iguais aos que seriam obtidos defendendo-se na encosta;

3) quando a posse da encosta não é essencial à observação;4) quando houver um saliente pronunciado no terreno ao longo da

frente a defender, expondo o dispositivo a um flanqueamento pelo inimigo;5) quando for necessário obter surpresa e iludir o inimigo quanto

à localização das principais posições defensivas;6) quando houver indícios do emprego de agentes QBN por parte

do inimigo;7) quando se desejar negar ao inimigo a observação e os fogos

diretos sobre as posições defensivas, particularmente visando facilitar osressuprimentos e

8) quando o tempo de preparo das posições for exíguo.(c) A defensiva na contra-encosta é bastante eficaz quando há

possibilidade de se flanquear o ataque inimigo por meio de fogos diretos aplicadossobre a encosta vizinha. A partir de um cruzamento dos campos de tiro das armasposicionadas nas contra-encostas, ambas as encostas (aquela à frente dasubunidade considerada e à frente da sua vizinha) poderão ser batidas por fogosdiretos, permanecendo entretanto protegidas.

(d) A defesa defensiva na contra-encosta é um dos melhores meiosde defesa contra um maciço ataque de blindados. Numa região que favoreça omovimento dos CC e viaturas blindadas, o defensor poderá ter de enfrentar umasubstancial quantidade de armas de tiro direto, orgânicas desses blindados,capazes de neutralizar até as mais bem preparadas posições defensivas. Paraprejudicar ainda mais a situação do defensor, o atacante, provavelmente, usaráfumaça para mascarar a manobra de seus meios blindados, bem como utilizaráfogos de apoio maciços para eliminar os mísseis AC de longo alcance.

(e) A defesa em contra-encosta apresenta a vantagem de reduzir aeficácia dos fogos inimigos, particularmente os tiros dos CC durante a transposi-ção da crista topográfica, bem como de obrigar o atacante a depender doreconhecimento aéreo. A declinação máxima dos canhões dos CC não serásuficiente para bater adequadamente as posições do contato, o que possibilitaráaos defensores atingir com fogos diretos a parte inferior e mais vulnerável dablindagem. Porém, o defensor também terá sua observação limitada pela crista,com a conseqüente redução dos campos de tiro, e principalmente grandedificuldade para contra-atacar.

(2) Considerações para o planejamento(a) A chave para a defesa em contra-encosta é o controle da crista

topográfica por meio de fogos e emprego adequado de obstáculos. Os núcleosdefensivos devem se posicionar na contra-encosta de forma que o alcance dasarmas portáteis individuais possam bater a crista topográfica (Fig 5-9). Uma vezque o inimigo é forte em blindados, o comandante pode decidir posicionar suaposição defensiva mais próxima da crista topográfica, onde possa empregar seuarmamento leve AC para engajar o atacante quando suas viaturas atravessarema crista topográfica. Ao desdobrar suas forças desta maneira, o comandante evitaque o inimigo engaje seus núcleos defensivos antes que esteja dentro do alcanceeficaz de todo o armamento orgânico do sistema defensivo. Tal tática não somente

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protege o defensor das armas de tiro direto inimigas, até que estas estejam dentrodo alcance eficaz de seu sistema de armas, como também obriga o inimigo amudar sua tática ofensiva.

(b) Para prover a segurança aproximada, o defensor deve estabeleceruma série de postos de vigia/escuta à frente de sua crista topográfica. Ainda quea função primordial de tais postos seja a de prover observação e alarme, podemtambém ser usados em outras tarefas, tais como simular posições falsas deacordo com o plano de dissimulação tática .

(c) De forma a infligir perdas ao atacante, a longo alcance, o defensordeve selecionar postos de observação para suas armas de apoio na cristatopográfica, de onde possa ajustar os tiros sobre o inimigo que se posicione naencosta imediata.

(d) As armas anticarro devem, também, ser empregadas à frente dacrista topográfica em posições provisórias. As posições principais devem serpreparadas nas alturas dominantes à retaguarda do LAADA. Quando as posiçõesmais avançadas tornam-se insustentáveis, aquelas armas se deslocam para suasposições à retaguarda, de onde possam engajar o inimigo blindado.

(e) A reserva poderá estar localizada na contra-encosta do próximomovimento topográfico, desde que essa localização possibilite um empregooportuno.

(f) O sucesso da defesa em contra-encosta reside em impedir aoinimigo a utilização da crista topográfica da elevação ocupada.

(3) Execução(a) A condução da defesa é semelhante a uma defesa normal.

Embora os fogos defensivos batam o inimigo desde a crista, ele pode ter sucessoe penetrar na posição. O defensor, então, deve estar preparado para conduzir umcontra-ataque. A força de contra-ataque tem a tarefa de restaurar o LAADA,retomar a crista topográfica, restabelecendo seus P Obs, bem como expulsar oinimigo da encosta imediatamente à frente da posição defensiva.

(b) O contra-ataque deverá ser realizado em dois movimentos: oprimeiro com o propósito de restaurar a posição, sendo lançado no flanco doatacante; enquanto que o segundo será realizado para repelir o inimigo da encostaimediatamente à frente.

(c) Durante este contra-ataque, a unidade deverá restabelecer seuspostos de observação e reforçar a força de contra-ataque com apoio de fogo,especialmente armas AC.

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Fig 5-9. Defesa em contra-encosta

5-14. MONTAGEM DAS LINHAS DE AÇÃO (PROCESSO DAS CINCO FASES)

a. Generalidades(1) Durante o estudo de situação, o Cmt e seu EM elaboram L Aç para

o cumprimento da missão do Btl. Na defesa, a elaboração das L Aç será realizadacom base no processo das cinco fases.

(2) O processo das cinco fases se baseia, fundamentalmente, na análisedas Via A para o interior da posição defensiva, já que as informações sobre oinimigo são limitadas, e este pode aplicar o seu poder de combate, em qualquerdispositivo de ataque, onde bem lhe aprouver.

(3) Esse método depende da forma de manobra adotada, pois adistribuição de forças e outros princípios de emprego são peculiares a cada umadelas. Convém ressaltar que a referida metodologia não substitui o estudo desituação, tal qual é descrito no ANEXO B deste manual.

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(4) O processo é desenvolvido na seguinte seqüência:(a) Seleção das regiões de bloqueio e determinação do grau de

resistência desejável em cada Via A;(b) determinação do poder de combate a ser empregado na ADA;(c) determinação do poder de combate da reserva e sua localização;(d) determinação do poder de combate das forças de segurança e sua

localização; e(e) ajustamento das linhas de ação.

b. Seleção das regiões de bloqueio e determinação do grau de resistênciadesejável em cada Via A.

(1) Baseado na forma de manobra e no terreno, o planejador deveselecionar, ao longo de cada Via A, os acidentes do terreno favoráveis ao bloqueiodas penetrações inimigas, em regiões de alturas favoráveis às ações de defesa(Fig 5-10). No escalão Btl, são levantadas as Via A prováveis do inimigo, valorcompanhia, para o interior da nossa posição defensiva. Para tal, visualizar:

(a) regiões que bloqueiam as Via A no LAADA;(b) regiões que bloqueiam as Via A em profundidade, na ruptura e na

penetração da posição defensiva;(c) traçado das penetrações máximas admitidas (PMA), para a

determinação do grau de resistência admissível em cada Via A; e(d) determinação do grau de resistência desejável em cada Via A.

Fig 5-10. Seleção das regiões de bloqueio ao longo de cada via de acesso

5-14

LAADALAADA

RUPTURA

1ª LINHA DAPENETRAÇÃO

2ª LINHA DA PENE-TRAÇÃO

LEGENDAVia de Acesso

Região de Bloqueio

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(2) Penetração máxima admitida(a) Na defesa de área, embora a idéia seja deter o inimigo pelo fogo

à frente da posição defensiva, é possível admitir uma penetração inimiga, desdeque esta permita ao Btl contra-atacar, com seus próprios meios, para restabelecera posição, destruindo ou expulsando o inimigo. Tal penetração deve ser bloqueadana região da ruptura da posição defensiva. (Fig 5-11)

(b) A largura da PMA é baseada na amplitude da Via A considerada.No escalão Btl, considera-se a largura de uma Via A de Cia.

(c) A profundidade da PMA é baseada no terreno, particularmente osaspectos favoráveis à defesa, e no valor do inimigo no interior da penetração, quedeve estar dentro das possibilidades de contra-ataque da reserva que se pretendemanter.

Fig 5-11. Traçado da penetração máxima admitida

(3) Graus de resistência(a) Generalidades - Três são os graus de resistência que podem ser

empregados na ADA, conforme o nível de engajamento admitido com o inimigo.São do maior para o menor, respectivamente, defender, retardar e vigiar (Fig 5-12).No escalão Btl, a ruptura e a penetração da posição defensiva devem serdefendidas.

(b) Defender - Uma tropa que defende uma determinada Via Acombate para conter um ataque inimigo, através do fogo e do combate aproxima-do. Para tanto, o defensor deve possuir um poder relativo de combate compatível,em função da amplitude e do valor do inimigo na Via A.

(c) Retardar - Uma tropa que retarda o inimigo em determinada(s)Via A combate através do fogo, tendo em vista desorganizar o ataque inimigo,

5-14

LAADA LAADA

PMA

Direção deAtaque do

Inimigo

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trocando o mínimo de espaço pelo máximo de tempo, sem se engajar decisiva-mente em combate.

A tropa que retarda só deve retrair quando sob ameaça deengajamento decisivo e mediante ordem do Esc Sp. Para retardar, o defensor podeempregar menor poder de combate do que quando está defendendo, e ocuparnúcleos defensivos de maiores proporções.

(d) Vigiar - Uma tropa que vigia determinada(s) Via A cumpre suamissão, estabelecendo uma série de postos de vigilância complementados porpatrulhas, para detectar a presença do inimigo. A força que vigia provê sua própriasegurança e, se pressionada, retrai, mantendo permanente contato com oinimigo.

Fig 5-12. Graus de resistência

(4) Grau de resistência admissível(a) Em função do traçado das PMA, deve-se levantar os graus de

resistência admissíveis em cada Via A.(b) 1º Caso - A penetração é admitida pelo defensor, quando:

- existem regiões de bloqueio no contato e em profundidade,

5-14

Defender

Retardar

VigiarVia ACia

Via ACia

Via ACia

Via ACia

Via ACia

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possibilitando o traçado da PMA;- não existe região de bloqueio no contato, mas sim em profun-

didade, possibilitando o traçado da PMA.Nestas situações, pode-se admitir todos os graus de resistência,

apesar de, na segunda situação, o “defender” e o “retardar” não serem nascondições ideais. (Fig 5-13)

Fig 5-13. Penetrações admitidas

(c) 2º Caso - A penetração não é admitida pelo defensor, quando:- existem regiões de bloqueio no contato e em profundidade,

porém a uma distância tal que não possibilite o traçado da PMA;- não existe região de bloqueio no contato, mas sim em profun-

didade, porém a uma distância tal que não possibilite o traçado da PMA;- existe região de bloqueio no contato, mas não em profundidade;- não existem regiões de bloqueio no contato e em profundidade.

Nestas situações, normalmente, admite-se apenas o grau de resis-tência “defender”, apesar de, em algumas situações, não ser nas condiçõesideais. (Fig 5-14)

Fig 5-14. Penetrações não admitidas

5-14

LAADAReal

LAADAReal

DefenderRetardar

Vigiar

DefenderRetardar

Vigiar

LAADAReal

LAADAReal

LAADAReal

LAADAReal

Somentedefender

Somentedefender

Somentedefender

Somentedefender

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(5) Grau de resistência desejável(a) O grau de resistência desejável é função da integração do grau de

resistência admissível, do estudo do terreno e da disponibilidade de meios. Adeterminação do grau de resistência desejável é realizada em cada Via A.

(b) Sempre que possível, a situação ideal é defender em todas asVia A, observando-se as características do terreno favoráveis às ações de defesa.

(c) Nas Via A secundárias, ou seja, aquelas que tem o seu valordefensivo aumentado pela presença de obstáculos, pode-se retardar por econo-mia de meios, desde que o terreno proporcione alturas favoráveis ao retardamentoe boas condições de transitabilidade para o retraimento.

(d) A defesa de salientes do LAADA não é recomendável, por falta deapoio mútuo lateral em ambos os flancos do defensor, sendo o grau de resistência“retardar” mais utilizado normalmente.

(e) Em áreas passivas da posição defensiva, ou seja, as regiões doterreno cobertas por obstáculos naturais de vulto que restrinjam em muito amobilidade do inimigo, como mata densa “obstáculo”, alagadiço “obstáculo” eoutros, o grau de resistência “vigiar” é aceitável, porque o inimigo, normalmente,não atacará desdobrado no terreno, mas poderá utilizá-las como faixas deinfiltração.

(f) Em função de grande carência de meios, pode-se vigiar em Via Anão consideradas como áreas passivas, porém tal decisão revelará uma grandevulnerabilidade do dispositivo defensivo.

(g) Na defesa móvel e na defesa elástica, os graus de resistência“retardar” e “vigiar” são utilizados para canalizar o inimigo para uma região favorávelà sua destruição, respectivamente, pelo contra-ataque e pelo fogo.

c. Determinação do poder de combate a ser empregado na ADA.(1) Nesta fase, procura-se visualizar os elementos de manobra e apoio

de fogo necessários para dar resistência à ADA, realizando o nucleamento daposição e estabelecendo limites laterais para as peças de manobra de primeiroescalão.

(2) Na defesa de área, a maior parte do poder de combate é localizadana ADA para assegurar a manutenção dos acidentes capitais que controlam asVia A para o interior da posição.

(3) Ao compor os elementos de primeiro escalão, procura-se ajustar asnecessidades e as disponibilidades, considerando, inicialmente, um poder decombate mínimo para a reserva.

(4) Caso as necessidades sejam maiores do que as disponibilidades,deve-se economizar meios, utilizando-se dos seguintes recursos:

(a) afastar o LAADA real do LAADA geral até o limite do alcance deutilização do armamento individual, para explorar as convergências de Via A;

(b) prever núcleos de pelotão, preparados e não ocupados, na rupturada posição defensiva, sem privar as companhias de primeiro escalão de, pelomenos, um pelotão em reserva;

(c) admitir um menor grau de resistência nas Via A menos importantes.(5) Ao nuclear a ADA, deve-se observar o apoio mútuo lateral e em

profundidade entre os núcleos de defesa de valor pelotão. Tal aspecto éfundamental na defesa de área em frente normal, salvo quando o terreno não

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permitir. Os núcleos defensivos do contato devem ser localizados na crista militardas elevações, e a uma distância do LAADA que permita batê-lo com seus fogosdas armas individuais.

(6) Ao estabelecer os limites laterais para as peças de manobra, deve-se considerar o terreno, especialmente os conjuntos topotáticos e os obstáculoslongitudinais, além do nosso dispositivo.

d. Determinação do poder de combate da reserva e sua localização.(1) O poder de combate necessário para a reserva, na defesa de área,

deve permiti-la cumprir todas as suas missões com o mínimo de meios.(2) As missões apropriadas para a reserva do Btl incluem:

(a) guarnecer os P Avç C na frente que corresponde ao Btl, quandofor o caso;

(b) preparar e ocupar as posições de aprofundamento, limitando aspenetrações inimigas na posição;

(c) executar contra-ataques para expulsar o inimigo e restabelecer aposição;

(d) apoiar ou reforçar as companhias de primeiro escalão, quandopossível, pelo emprego de seus meios orgânicos de manobra e de apoio de fogo;

(e) executar as missões de segurança de flanco e de área deretaguarda, quando necessário;

(f) assumir, mediante ordem, a missão das companhias de primeiroescalão;

(g) executar patrulhamento; e(h) cobrir os intervalos e brechas na frente.

(3) A reserva deve ser localizada de tal forma a proporcionar flexibilidadepara o seu emprego. A reserva pode se encontrar em uma das seguintessituações:

(a) centralizada (aprofundando desde já ou em Z Reu);(b) descentralizada (articulada ou fracionada).

(4) A reserva estará centralizada, aprofundando desde já, quando seuspelotões ocuparem posições de aprofundamento, sob comando único. Deve serempregada quando a frente for normal, existirem poucas posições deaprofundamento e a área de reserva se caracterizar por um ponto chave da defesa.(Fig 5-15)

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Fig 5-15. Reserva centralizada, aprofundando desde já

(5) A reserva estará centralizada em Z Reu, quando seus pelotões ficaremreunidos num único local, sob comando único. Deve ser empregada quando afrente for mais larga do que o normal, existirem muitas posições de aprofundamento,a área de reserva se caracterizar por uma região capital de defesa extensa e ascondições de transitabilidade permitirem o deslocamento da reserva para qualquerparte da frente. (Fig 5-16)

Fig 5-16. Reserva centralizada, em zona de reunião

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LAADA LAADA

LAADA LAADA

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(6) A reserva estará descentralizada, articulada, quando seus pelotõesocuparem mais de uma Z Reu, ou parte deles se encontra em Z Reu e outra parteocupa posições de aprofundamento, porém todos sob comando único. Deve serempregada quando a frente for bastante larga ou existir um obstáculo dissociadorna área de reserva, restringindo o movimento da reserva. (Fig 5-17)

Fig 5-17. Reserva descentralizada, articulada

(7) A reserva estará descentralizada, fracionada, quando seus pelotõesocuparem mais de uma Z Reu, sob dois ou mais comandos distintos. Deve serempregada quando existir um obstáculo dissociador na área da reserva queimpeça ao comandante da reserva exercer o controle, acompanhar a manobra eprestar o apoio necessário às suas peças de manobra. (Fig 5-18)

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LAADA LAADA

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Fig 5-18. Reserva descentralizada fracionada

(8) As posições de aprofundamento do Btl, na área de reserva, sãoescolhidas de modo a assegurar a defesa em profundidade e em todas asdireções, localizadas nos acidentes do terreno que barram as Via A emprofundidade e nos flancos.

(9) Os núcleos a serem organizados pela reserva recebem uma prioridadede preparação e não de ocupação, através de uma numeração em ordemcrescente, atendendo, em princípio, à seguinte seqüência:

(a) núcleos que aprofundam a defesa à retaguarda de graus deresistência “vigiar” e “retardar”, nesta ordem;

(b) núcleos que aprofundam a defesa, na Z Aç das companhias deprimeiro escalão, que não forem preparadaos pelas SU da ADA;

(c) núcleos que aprofundam a defesa, na área de reserva do batalhão,e que conduzem à região capital de defesa, por linhas do terreno até a última linhade defesa, priorizando as melhores Via A; e

(d) núcleos que barram as Via A de flanco, provenientes das Z Açvizinhas.

e. Determinação do poder de combate das forças de segurança e sualocalização.

(1) Nesta fase, deve-se levantar as necessidades de segurança, atravésdo valor e da localização de forças para:

(a) a área de segurança;(b) a proteção dos flancos, se for o caso;(c) a segurança da área de retaguarda, se for o caso; e

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(d) outras necessidades de segurança.(2) Convém lembrar que, em princípio, as forças da área de segurança,

após o cumprimento de sua missão, revertem à reserva, e esta fica, em algunscasos, em condições de fornecer elementos para a SEGAR.

f. Ajustamento das linhas de ação(1) Destina-se a um ajustamento do poder de combate e das áreas de

responsabilidade atribuídas em cada linha de ação. Isto porque, como conclusãodo estudo anterior, podem surgir conflitos entre as necessidades dos váriosescalões de defesa e o poder de combate disponível.

(2) De fato, nas etapas anteriores, foi levantado o valor do poder decombate necessário ou desejável, sem se ater ao número exato de subunidadese pelotões disponíveis. Este, que era apenas um guia inicialmente, torna-se umfator limitativo no ajustamento.

5-15. COMPARAÇÃO DAS LINHAS DE AÇÃO

a. Generalidades - A finalidade do estudo deste parágrafo consiste empermitir a escolha da linha de ação mais favorável para o cumprimento da missão.Para isso, deve-se relacionar as vantagens e desvantagens de cada fator decomparação, especialmente aqueles de importância capital para a defesa: oterreno, o nosso dispositivo, dispositivo inimigo e os princípios de guerra.

b. Terreno(1) Divisão de conjunto topotático - Evitar dividir um conjunto topotático

para duas ou mais peças de manobra.(2) Associação de conjuntos topotáticos - Evitar associar dois ou mais

conjuntos topotáticos para uma mesma peça de manobra, principalmente os maisimportantes.

(3) Obstáculo dissociador - Evitar deixar um obstáculo dissociador nointerior da Z Aç de uma peça de manobra.

c. Nosso Dispositivo(1) Área de segurança (P Avç C)

(a) Poder de combate - Verificar o valor dos P Avç C em relação àsmissões a eles atribuídas.

(b) Natureza da tropa - Verificar a adequabilidade da tropa empregadaface ao terreno, ao inimigo e à missão.

(2) Área de defesa avançada (ADA)(a) Simplicidade - Verificar a simplicidade do dispositivo defensivo, de

acordo com os seguintes aspectos:- o menor número possível de peças de manobra ao controle do

batalhão, facilitando o comando, o controle e o apoio de fogo;- a existência de peça(s) de manobra valor pelotão ao controle do

batalhão, dificultando o apoio logístico, o apoio de fogo e as comunicações.(b) Equilíbrio - Verificar o equilíbrio do dispositivo defensivo, de acordo

com os seguintes aspectos:- frentes compatíveis com as peças de manobra empregadas;

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- divisão equilibrada da frente de defesa para as peças de manobraempregadas.

(c) Grau de resistência - Verificar o(s) grau(s) de resistência atribuídosàs peças de manobra, considerando que:

- deve-se evitar atribuir dois graus de resistência diferentes àmesma peça de manobra;

- sempre que possível, deve-se defender em todas as Via A,observando-se porém as condições do terreno.

(3) Área de reserva(a) Poder de combate - Verificar o valor da reserva em relação às

missões a ela atribuídas.(b) Flexibilidade quanto aos meios - Verificar a composição de meios

da reserva, aumentando suas possibilidades de combate, por meio da combina-ção de fuzileiros, carros de combate e elementos de cavalaria mecanizada.

(c) Flexibilidade quanto ao emprego - Verificar a localização e asituação de comando da reserva, permitindo seu emprego rápido e oportuno emqualquer parte da frente.

d. Dispositivo do inimigo(1) Resistência na ADA em face da linha de ação mais perigosa do

inimigo - Verificar a linha de ação que apresenta as melhores condições para fazerfrente à linha de ação mais perigosa do inimigo.

(2) Resistência na ADA em face da linha de ação mais provável do inimigo- Verificar a linha de ação que apresenta as melhores condições para fazer frenteà linha de ação mais provável do inimigo.

(3) Flexibilidade frente ao dispositivo apresentado pelo inimigo - Verificara flexibilidade da unidade para fazer frente ao dispositivo apresentado pelo inimigo.

e. Princípios de guerra - Ver Pag 4-60 letra (e).

f. Os fatores e respectivos aspectos apresentados não esgotam aspossibilidades para uma comparação entre linhas de ação. De acordo com asituação, com a intenção do comandante e com a forma de manobra envolvida outécnica a ser executada, outros, que venham a ter influência na análise em tela,poderão ser levantados. Alguns fatores ou aspectos poderão, ainda, passar a terpreponderância na comparação, consubstanciando a decisão do planejador.

5-16. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE

a. Zona de ação(1) A Z Aç é uma medida de coordenação e controle estabelecida para

uma peça de manobra com a finalidade de atribuir-lhe uma área de responsabili-dade. Nessa área, a peça de manobra poderá atirar e manobrar sem necessidadede coordenação e sem a interferência de outros elementos. Tal área é definida porlimites laterais e de retaguarda, se for o caso. No escalão Btl, as companhias nãorecebem limite de retaguarda. O batalhão, porém, pode receber um limite deretaguarda, imposto pela Bda.

(2) Ao determinar a frente e a profundidade da Z Aç de cada elemento de

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primeiro escalão, o Cmt Btl considera a possibilidade das companhias emdefender com seus meios o LAADA e ainda disporem de meios para manter umareserva adequada. Esta determinação envolve também a consideração do valorrelativo das forças amigas e inimigas e o valor defensivo do terreno.

(3) As frentes atribuídas às companhias no LAADA não devem excederà sua capacidade de assegurar o apoio mútuo entre os pelotões de primeiroescalão. As limitações nos campos de tiro imporão uma redução das frentes dascompanhias. A existência de reforços dados às companhias permitirão umaampliação das frentes a elas atribuídas.

(4) Tanto quanto possível, deve-se evitar intervalos e brechas entre oselementos localizados no LAADA, nos escalões Btl e inferiores. Se isto forinevitável, é conveniente que os intervalos se localizem entre os batalhões ou entreelementos de Esc Sp.

(5) É conveniente designar-se frentes mais estreitas para os elementosque defendem a cavaleiro das Via A mais favoráveis ao inimigo. O Cmt Btl deveevitar dividir a responsabilidade das Via A entre dois elementos e, em princípio,designa a responsabilidade de defesa de cada acidente capital no LAADA a umadeterminada companhia.

(6) A profundidade atribuída às companhias de primeiro escalão deveincluir espaço suficiente para que estas possam localizar as posições, principale de muda, de seus pelotões de aprofundamento, as quais devem possibilitarapoio mútuo com os pelotões do LAADA e limitar as penetrações inimigas na áreade defesa. O espaço deve também ser suficiente para a instalação de posiçõessuplementares de onde o pelotão reserva possa defender os flancos e retaguardada companhia. A profundidade deve ser tal que também possa prover espaço paraa instalação dos morteiros, o posto de comando e os trens da companhia.

(7) Na determinação da profundidade a ser atribuída às companhias deprimeiro escalão, o comandante ainda leva em consideração a localização dasposições de aprofundamento da reserva do batalhão.

b. Limite anterior da área de defesa avançada (LAADA)(1) Definição

(a) O limite anterior da área de defesa avançada (LAADA) é a linhabalizada pela orla anterior dos núcleos de defesa de primeiro escalão. Confunde-se com o limite anterior da posição defensiva.

(b) O LAADA dá orientação e referência aos Cmt de todos osescalões para o planejamento e a execução da defesa. Destina-se a coordenaro dispositivo e os fogos de todas as armas e unidades de apoio.

(2) Designação(a) O LAADA é, normalmente, indicado aos elementos subordinados

por meio de pontos limites localizados sobre os limites laterais destes elementos.Esta localização geral do LAADA indica aos comandos subordinados, comsuficiente precisão, a área a ser defendida e os detalhes que permitem darcontinuidade e coordenação a toda a defesa, ao mesmo tempo que lhes dá certaliberdade para um melhor aproveitamento do terreno.

(b) O LAADA vai se tornando mais precisamente definido à medidaque os comandos o designam sucessivamente para os respectivos elementossubordinados empregados em primeiro escalão.

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(c) Se for necessário, o traçado do LAADA pode ser determinado commais precisão pelo comando aos elementos subordinados, usando, nos calcosde operações ou indicando no terreno, os pontos limites e uma linha, definindo oreal traçado do LAADA. Este procedimento é, normalmente, empregado quandoo escalão superior teve ocasião de executar um reconhecimento detalhado doterreno e os elementos subordinados não tiveram a oportunidade de fazê-lo.

(d) O traçado do LAADA deve ser irregular a fim de facilitar a execuçãodos fogos de flanqueamento, entretanto, as grandes saliências e reentrânciasdevem ser evitadas.

(e) A localização real do LAADA será determinada, em últimaanálise, pela orla anterior dos pelotões de primeiro escalão, já em posição.

(3) Características e localização do LAADA(a) Durante o processo de definição do traçado do LAADA, nos

sucessivos escalões de comando, este deve ser localizado levando-se em contaas seguintes características:

- observação na frente e nos flancos;- bons campos de tiro para os fogos rasantes e de flanqueamento

das armas automáticas;- cobertas e abrigos para as tropas, as armas e os trabalhos de

organização da posição;- existência de obstáculos naturais, particularmente anticarro;- terreno que facilite o deslocamento dos elementos de apoio

logístico no interior da posição;- dificuldade à observação inimiga no interior da posição.

(b) Se o traçado geral do LAADA determinado pelo Esc Sp incluirelevações e linhas de cumeada que formem um compartimento transversal, o Cmtpoderá localizar o LAADA real numa das seguintes linhas:

- na crista militar, que normalmente permite a observação sobrea base da elevação, sendo o traçado mais comumente utilizado na defensiva. Umtraçado à frente da crista militar ou mesmo no fundo dos vales pode ser necessáriopara dar mais profundidade à posição ou para obter melhores campos de tiro.

- na crista topográfica, quando se tornarem necessários observa-ção e campos de tiro mais profundos que os obtidos na crista militar, sendo maiscomum em operações de ação retardadora.

- ao longo de um obstáculo, quando a utilização deste obstáculooferecer vantagens superiores às obtidas pela observação e campos de tiro de umoutro local.

- na contra-encosta, quando for mais vantajosa do que qualqueroutro traçado.

c. Limites(1) Os limites entre as companhias de primeiro escalão dividem a frente

do Btl, levando em consideração o valor defensivo do terreno e a relativaimportância das regiões a serem defendidas. Os limites são localizados de modoa deixar a um único elemento a defesa de um mesmo acidente capital e dasVia A que a ele se dirigem.

(2) Quando os P Avç C estiverem sob controle do batalhão, os limitesentre as companhias de primeiro escalão se estendem até a linha dos P Avç C.

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Se os P Avç C estiverem sob o controle das companhias de primeiro escalão, oslimites entre as companhias serão prolongados à frente da linha dos P Avç C, atéo limite do alcance das armas de apoio ou o limite da observação terrestre.

(3) Os extremos dos limites indicam a extensão da área de responsabi-lidade de cada elemento, à frente ou à retaguarda do LAADA. Os limites seestendem à frente de modo a permitir às companhias de primeiro escalãolocalizarem sua segurança aproximada e controlarem seus fogos de apoio.Estendem-se para a retaguarda de modo a proverem espaço suficiente para ascompanhias desdobrarem seus elementos. Os limites de retaguarda, para obatalhão, só serão designados quando houver atividades de guerrilheiros ou houverpossibilidade de infiltrações.

(4) Em geral, e tendo em vista tirar as maiores vantagens do terreno, oslimites no interior da posição não devem seguir as cristas e fundos de vales doscompartimentos longitudinais. Devem ser situados em uma linha nos terçosmédio ou inferior das encostas, de modo a assegurar a unidade de comando aolongo das Via A que se dirijam aos acidentes capitais no interior da posição.

(5) O prolongamento dos limites à frente, tendo em vista o emprego dosfogos e a observação, implica em aproveitar o terreno de maneira diferente dausada no interior da posição. Neste caso, os limites serão traçados ao longo dascristas e partes elevadas do terreno, evitando a criação de ângulos mortos paraos fogos e áreas desenfiadas à observação do defensor, bem como facilitando aidentificação destes limites.

(6) As mesmas considerações serão aplicadas quando os comparti-mentos forem definidos por localidades e bosques. A responsabilidade peladefesa destas regiões não deve, portanto, ser dividida entre dois comandos.

(7) Os cursos de água, estradas, caminhamentos e obstáculos longitu-dinais, devem ser controlados por um único comando. Assim, os limites passarãoem uma das margens ou orla do acidente, de tal forma que a responsabilidade pelomesmo fique claramente definida.

d. Pontos limites(1) Os pontos limites fixam os locais onde o comandante do escalão

superior deseja que os Cmt subordinados vizinhos coordenem seus fogos e seusdispositivos defensivos.

(2) O Cmt Bda designa pontos limites sobre os limites dos batalhões, noLAADA e na linha dos P Avç C, se for o caso, normalmente por proposta dosCmt Btl de primeiro escalão. Os Cmt Btl designam pontos limites sobre os limitesde suas companhias, no LAADA e, quando as companhias de primeiro escalãocontrolarem os P Avç C, designam, também, na linha dos P Avç C. Os comandosvizinhos podem ajustar a exata localização dos pontos limites através deentendimento mútuo e mediante aprovação do Esc Sp.

(3) Os pontos limites devem ser localizados sobre ou nas proximidadesde um acidente do terreno facilmente identificável, tanto no terreno como na carta.Os Cmt, ou seus representantes, fazem a coordenação nestes pontos edeterminam se os intervalos entre as suas unidades devem ser cobertos por fogos,barreiras, ocupação física ou pela combinação destes processos.

(4) Quando os Cmt subordinados julgarem que um ponto limite deve tersua localização retificada, propõem sua mudança ao comando superior. Os Btl

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podem, independentemente de permissão, fazer recuar seus elementos localiza-dos nos flancos, em relação aos pontos limites, para obter adequada segurança.Entretanto, não devem recuá-los numa extensão tal que o dispositivo e os fogosnão possam ser coordenados com os vizinhos, ou que venham a prejudicar acontinuidade da defesa.

e. Zona de reunião(1) Quando a situação e o terreno não exigirem que a reserva ocupe as

posições de aprofundamento preparadas, esta poderá ser conservada em Z Reu,em parte ou como um todo.

(2) Uma Z Reu para a reserva do Btl deve possuir as seguintescaracterísticas:

(a) desenfiamento;(b) cobertas e abrigos;(c) acesso fácil às posições de aprofundamento;(d) acesso fácil às prováveis posições de ataque, de onde os contra-

ataques serão desencadeados;(e) área suficiente para permitir a necessária dispersão da tropa; e(f) obstáculos para a sua defesa anticarro.

(3) Dentro da Z Reu, a reserva adota o dispositivo para a defesa em todasas direções. Preparam-se posições com abrigos cobertos para a proteção contratiros de artilharia e ataques aéreos.

f. Posições de aprofundamento

O Cmt Btl designa posições de valor pelotão na área de reserva para serempreparadas e ocupadas por esta. As posições de aprofundamento são localizadassobre os acidentes capitais, a fim de poder limitar as penetrações inimigas aolongo das Via A no interior da posição, provenientes da frente ou dos flancos.

5-17. DEFESA EM LARGA FRENTE

a. Generalidades(1) A defesa em larga frente é uma defesa de área, normalmente

empregada em missões de curta duração, contra um inimigo fraco, ou em terrenoscom largas frentes, associados à insuficiência de meios. Pode apresentar umnúmero de variantes limitado apenas pela engenhosidade do Cmt e pelascondições peculiares de cada situação. Entretanto, duas são as variantes maiscomuns:

(a) dispositivo em profundidade - Resulta em prejuízo do apoio mútuoentre os diversos núcleos de defesa, guardando, entretanto, flexibilidade pelamanutenção de uma reserva adequada.

(b) dispositivo linear - Resulta em prejuízo da flexibilidade, guardandouma reserva de pequeno valor, mas preservando o apoio mútuo entre os núcleosde defesa.

(2) Os princípios da defesa continuam válidos na organização de umadefesa em larga frente, todavia, em sua aplicação, alguns deles sofrem certasadaptações inevitáveis.

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(3) No planejamento da defesa em larga frente, o Cmt Btl faz um estudocuidadoso de todos os fatores que afetam a operação, de modo a reduzir aomínimo as desvantagens deste tipo de defesa, aplicando judiciosamente osfundamentos da defensiva

b. Considerações para o planejamento(1) Apropriada utilização do terreno

(a) Os acidentes do terreno que barram as melhores Via A ao ataqueinimigo devem ser organizados buscando-se posições de bloqueio que apresen-tem uma defesa forte, ou seja, com apoio mútuo em largura e em profundidade.Não sendo possível, deve-se buscar, no mínimo, o apoio mútuo em profundidade(Fig 5-19). De qualquer forma, devem possuir posições suplementares para adefesa em todas as direções e serem dotados de meios adequados de apoio defogo e de suprimentos, para suportar ações prolongadas. Por vezes, devido aimposições do terreno, ou ação do inimigo, essas posições de bloqueio podemapresentar-se como dispositivos de defesa circular (defesa em todas as direções)ou pontos fortes (quando este dispositivo de defesa circular se apresente emposições organizadas ou fortificadas, com adequado sistema de barreiras edotados de todos os meios, especialmente de apoio de fogo e suprimentos, parasuportar ações prolongadas, ainda que ultrapassados).

Fig 5-19. Posições de bloqueio apresentando uma defesa forte

(b) O Btl, pelas suas possibilidades, deve ser considerado como umaunidade básica, auto-suficiente e de emprego na organização da defesa em largafrente. Algumas vezes o Btl ocupará uma única posição de bloqueio, com uma dascaracterísticas apresentadas anteriormente, aí se organizando como um todo.Em outras situações, o Btl se organizará em um conjunto de posições de bloqueio.Neste caso, a companhia (excepcionalmente o pelotão) é o menor elemento a quedeve ser atribuída a constituição dessas posições de bloqueio. Em princípio, opelotão, nessa situação, não receberá frentes maiores que as normais.

(c) A organização das posições de bloqueio terá em vista:- tornar as regiões mais importantes do terreno mais bem

defendidas, ainda que as restantes fiquem fracamente defendidas, adotando-segraus de resistência menores do que o “defender”, ou pela perda do apoio mútuo;

- localizar nestas regiões elementos providos de suprimentosindispensáveis, equipados com meios de comunicações adequados e contandocom apoios e reforços necessários para torná-los auto-suficientes, sendo capa-zes de oferecer resistência efetiva e prolongada, mesmo quando cercados ou

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Apoiomútuo

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ultrapassados, até que reservas do Esc Sp possam aliviar a situação; e- bater pelo fogo os intervalos entre os núcleos, complementando

o largo emprego de obstáculos, particularmente de minas.(2) Apoio mútuo

(a) Em virtude do aumento dos intervalos entre as diversas posiçõesde bloqueio, as possibilidades de um perfeito apoio mútuo diminuem.

(b) Cada posição de bloqueio deve ser organizada de modo que hajaapoio mútuo entre os seus núcleos de defesa em largura e em profundidade,permitindo atirar nos flancos e na retaguarda de qualquer força inimiga quepretenda cercar ou ultrapassar um núcleo vizinho. Esta providência permitirá que,sobre uma mesma força inimiga, se concentrem os fogos de, no mínimo, doisnúcleos.

(c) Face à largura da frente, os núcleos defensivos, fora das referidasposições de bloqueio, podem perder o apoio mútuo, compensando esta deficiên-cia pela utilização de fogos indiretos, obstáculos e patrulhas para cobrir osintervalos.

(3) Defesa em profundidade(a) A profundidade do dispositivo do Btl depende, em grande parte, da

situação e da natureza dos acidentes capitais existentes no interior da área dedefesa. Quando a maioria destes acidentes se localizarem no LAADA, maioresmeios serão empregados em primeiro escalão. Entretanto, se os acidentescapitais se apresentarem em maior número à retaguarda do LAADA, uma reservade maior valor deverá ser mantida.

(b) É preferível organizar as posições de aprofundamento sobreregiões importantes do terreno, ao invés de manter o alinhamento entre elas,procurando-se respeitar as distâncias normais de aprofundamento.

(c) A reserva deve preparar o maior número possível de posiçõessuplementares de aprofundamento, a fim de possibilitar uma resistência eficazcontra ataques vindos de qualquer direção.

(d) O aumento da profundidade do dispositivo é proporcional aoaumento da frente a ser defendida. Deste modo, as Z Reu da reserva e posiçõesde aprofundamento ficarão mais afastadas do LAADA que em uma defesa emfrente normal.

(e) As posições das armas de apoio estarão mais à retaguarda paraevitar mudanças de posição face a pequenas penetrações inimigas, bem comopara permitir bater um maior setor da frente. Entretanto, não devem ser colocadastão à retaguarda que dificultem o aproveitamento do alcance da arma.

(4) Flexibilidade(a) A reserva deve ser dotada de mobilidade, fazendo-se a previsão

do emprego máximo do transporte motorizado. Se houver deficiência de itinerá-rios, de meios de transporte ou se o terreno e a situação o indicarem, a reservapoderá ser desdobrada em duas ou mais Z Reu, mantendo-se a maioria de meiosem condições de intervir na região mais perigosa da área de defesa. Quandohouver necessidade de sacrificar o valor da reserva, será preferível fazê-lo nosescalões subordinados.

(b) Havendo reforço de carros de combate, estes devem ser mantidosem reserva, constituindo uma FT, para se aproveitar ao máximo sua mobilidade

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e capacidade de contra-atacar.(c) Os planos de deslocamento da reserva e de contra-ataques devem

ser mais numerosos, cuidadosamente preparados e minuciosamente coordenados.(5) Defesa em todas as direções

(a) Em virtude dos intervalos maiores entre os diversos núcleos e, emconseqüência, a maior possibilidade de penetrações e infiltrações inimigas, cadaposição de bloqueio deve estar preparada para conduzir a defesa em todas asdireções, em quaisquer condições.

(b) Para tal, as seguintes considerações devem ser levadas emconta:

- preparação de um maior número de posições suplementares;- patrulhamento intenso à frente e no interior da área de defesa;- permanente observação aérea e terrestre;- intensa utilização de obstáculos e minas;- organização de um eficiente sistema de alerta e iluminação; e- intensificação das medidas de segurança do PC e das instala-

ções logísticas.(6) Segurança

(a) Os P Avç C são normalmente mais fortes, particularmente peloreforço em armas de apoio. A sua ação é apoiada pela maior quantidade possívelde armas de tiro curvo, localizadas em posições avançadas dentro ou à frente doLAADA.

(b) Os efetivos destinados a guarnecer os P Avç C, freqüentementemaiores que na defesa em frente normal, em princípio, são oriundos da reserva daBda e dados em reforço ao Btl para este fim específico.

(c) As ações de busca de dados são numerosas e agressivas,particularmente pelo emprego de elementos de reconhecimento, observaçãoaérea e patrulhamento.

(d) Há necessidade do estabelecimento de segurança, não só àfrente do LAADA como também no interior da área de defesa, particularmente parase antecipar às possíveis infiltrações inimigas. As seguintes medidas podem seradotadas:

- o PC e as instalações logísticas devem ser localizados dentroou nas proximidades dos núcleos de defesa;

- os intervalos entre as posições de bloqueio devem ser intensa-mente patrulhados, em particular nos períodos de visibilidade reduzida;

- preparação de um maior número de posições de muda esuplementares para as armas de apoio e outras instalações;

- intensificação das medidas de segurança aproximada por todosos elementos;

- estabelecimento e manutenção de um eficiente sistema decomunicações.

(7) Integração e coordenação de planos e medidas defensivas(a) Planejamento de fogos - Na defesa em larga frente há pouca

possibilidade do estabelecimento dos fogos de proteção final contínuos em todaa frente, principalmente porque as armas recebem extensos setores de tiro,diminuindo a eficácia do fogo. Por esta razão, deve-se procurar a máxima

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flexibilidade no emprego destas armas para cobrir toda a frente com fogoscoordenados, adotando-se as seguintes medidas:

- minuciosa preparação e coordenação dos fogos de todas asarmas de apoio;

- planejamento de um maior número de concentrações das armasde tiro indireto à frente e no interior da área de defesa;

- prioridade de fogos indiretos para as frentes e intervalos nãobatidos pelas armas de tiro tenso;

- emprego das armas de apoio por seção e mesmo por peça,sempre que for necessário;

- maior importância dos fogos defensivos aproximados do que osfogos de proteção final;

- cuidadosa preparação e coordenação da observação e dascomunicações na rede de controle de fogos;

- maior estocagem de munição nas posições; e- desdobramento inicial dos morteiros em posições de onde

possam apoiar os P Avç C, aproveitando, ao máximo, seu alcance. O maiornúmero de posições suplementares possíveis é preparado a fim de que toda afrente possa ser batida e para fazer face às possíveis penetrações do inimigo.

(b) Defesa anticarro - A largura da frente e o aumento conseqüentedo número de Via A a bater, na maioria das vezes levam à necessidade do empregodas armas AC sem o conveniente apoio mútuo. Uma maior flexibilidade é obtidapela adoção das seguintes medidas:

- reforço de armas anticarro às companhias que defendem asposições de bloqueio, de acordo com a importância relativa das Via A favoráveisaos blindados inimigos;

- preparação de um maior número de posições suplementares;- os CC em reforço ao Btl podem ocupar posições no interior das

posições de bloqueio, dando profundidade à DAC; entretanto, devem estar emcondições de rapidamente se reunirem para participar dos contra-ataques;

- tanto os carros quanto as armas AC devem estar em condiçõesde se deslocarem rapidamente para outras posições a fim de facilitar a concen-tração de fogos AC sobre as Via A onde o inimigo ameace a defesa.

(c) Plano de barreiras - A defesa em larga frente agrava os problemasde construção e coordenação com os outros planos, inclusive de fogos e de DAC.Por esta razão, deve-se prever o emprego de campos de minas simulados e aexistência de obstáculos fracamente batidos ou mesmo não batidos pelos fogosda defesa. As seguintes considerações devem ser feitas na localização dosobstáculos:

- aproveitamento de todos os obstáculos naturais;- proteção das posições de bloqueio por obstáculos em todas as

direções;- cobertura dos intervalos por densos obstáculos AP e AC;- emprego de obstáculos para canalizar o inimigo para regiões

favoráveis ao defensor.

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c. Dispositivo em profundidade(1) Esta variante da defesa em larga frente pode ser adotada quando

houver conveniência de manter uma reserva forte (valor companhia) e quando obatalhão possuir uma área de defesa de profundidade suficiente.

(2) Características da defesa(a) Prejuízo do apoio mútuo entre os núcleos de defesa;(b) Melhor utilização da defesa em profundidade e da flexibilidade,

pela manutenção de uma reserva adequada;(c) Menor potência de fogo à frente do LAADA.

(3) Dispositivo - No dispositivo em profundidade, todos ou parte doselementos de primeiro escalão defendem em larga frente, preservando-se umareserva forte. (Fig 5-20)

Fig 5-20. Dispositivo em profundidade

(4) Emprego - O dispositivo em profundidade é indicado nas seguintessituações:

(a) frente compatível e profundidade adequada da área de defesa;(b) terreno à retaguarda da área de defesa favorável ao aprofundamento

e emprego da reserva;(c) necessidade de preservar a flexibilidade pela manutenção de uma

reserva forte; e(d) inexistência de reservas do Esc Sp (missões isoladas).

d. Dispositivo linear(1) Esta variante da defesa em larga frente pode ser adotada quando se

deseja a máxima potência de fogo na frente ou quando o terreno impuser, pelaextensão demasiada da frente. Garante um melhor apoio mútuo entre oselementos de primeiro escalão pela justaposição de um maior número desubunidades na frente e conseqüente redução do valor da reserva.

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LAADA LAADA

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(2) Características da defesa:(a) melhores condições de apoio mútuo entre os elementos de

primeiro escalão;(b) pouca profundidade do dispositivo e reserva fraca, resultando em

perda de flexibilidade; e(c) máxima potência de fogo à frente do LAADA.

(3) Dispositivo - No dispositivo linear, o máximo de elementos de manobraé empregado em primeiro escalão, mantendo-se uma reserva de pequeno valor.(Fig 5-21)

Fig 5-21. Dispositivo linear

(4) Emprego - O dispositivo linear é indicado nas seguintes situações:(a) grande frente e pequena profundidade da área de defesa;(b) terreno à retaguarda da área de defesa desfavorável ao

aprofundamento da defesa e emprego da reserva;(c) disponibilidade de volumoso apoio de fogo; e(d) existência de fortes reservas do Esc Sp.

5-18. BATALHÃO RESERVA DA BRIGADA

a. Missões - O Btl reserva da Bda em uma defesa de área pode receber asseguintes missões:

(1) limitar penetrações;(2) proteger um flanco;(3) realizar contra-ataques;(4) organizar posições de aprofundamento;(5) estabelecer P Avç C ou participar dos PAG ou forças de segurança;(6) substituir um dos elementos de primeiro escalão;

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(7) executar missões de segurança da área de retaguarda; e(8) participar da organização do terreno.

b. Organização da área de reserva da brigada - O Cmt Bda prescrevea missão da reserva e as posições de aprofundamento a serem preparadas, bemcomo a prioridade de construção das mesmas, normalmente indicadas noscalcos de operações por letras minúsculas, em ordem alfabética. (Fig 5-22)

Fig 5-22. Dispositivo da Bda

(2) Normalmente, o Btl reserva permanece em uma Z Reu, ou descentra-lizado em mais de uma, em condições de ocupar as posições de aprofundamentoou contra-atacar no mais curto prazo.

(3) De posse do plano de defesa da Bda, o comandante da reserva planejao emprego dos elementos subordinados (Fig 5-23), indicando:

(a) nucleamento (valor pelotão) das posições principais e suplemen-tares de aprofundamento determinadas pela Bda, possibilitando sua preparaçãopor qualquer elemento disponível;

(b) limite(s) e ponto(s) limite(s) a entrarem em vigor mediante ordem.Os limites são estendidos, à frente, até a retaguarda das áreas de defesa dos Btlde primeiro escalão. Durante a conduta da defesa, os limites podem serprolongados até o LAADA ou modificados de acordo com a situação;

(c) itinerários para a ocupação das posições de aprofundamento;(d) designação das companhias que poderão vir a ocupar cada

posição de aprofundamento;(e) divisão da Z Reu do Btl pelos elementos subordinados e em

reforço; e

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LAADA LAADA

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(f) posições principais e suplementares para os morteiros, armasanticarro e carros de combate em reforço.

Fig 5-23. Dispositivo do batalhão reserva

(4) As companhias ocupam as posições de aprofundamento, normal-mente adotando um dispositivo linear, em condições de proporcionar apoio mútuo.São preparadas posições suplementares nos flancos e para proporcionar a defesaem todas as direções. Quando não estiverem empenhadas com o inimigo, ascompanhias são empregadas no aperfeiçoamento das posições de aprofundamentoa elas atribuídas ou ensaiando os planos de contra-ataque. Esses trabalhosdevem ser programados de maneira que elas possam se deslocar rapidamentepara suas posições principais a fim de limitar penetrações inimigas ou participardos contra-ataques.

(5) Se o Btl reserva dispuser de CC em reforço, estes serão empregadosnos contra-ataques ou reforçando as companhias para prover a defesa anticarroem profundidade. Seu emprego, neste último caso, deve ser coordenado emprofundidade e com as armas anticarro orgânicas.

(6) No planejamento de seus fogos, o Btl reserva prioriza os fogosdefensivos em apoio às suas próprias companhias, ficando em condições delimitar as penetrações inimigas e criando condições para a Bda conduzir a defesa

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LAADA LAADA

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em uma segunda linha. Numa segunda prioridade, são planejados fogos longín-quos para apoiar os Btl de primeiro escalão. Excepcionalmente e mediante ordemdo Esc Sp, os morteiros e outras armas orgânicas da reserva podem ocuparposições avançadas para a execução desse apoio. Neste caso, deverão retrair emtempo de proporcionar seu apoio à própria reserva, quando se tornar necessário.

c. Contra-ataque da brigada(1) A ordem da Bda prescreve as possíveis penetrações contra as quais

devem ser preparados planos de contra-ataque, bem como estabelece a priorida-de neste planejamento. O Cmt Btl reserva pode ser designado para elaborar estesplanos que, depois de preparados e coordenados com os elementos de apoio, sãolevados ao Cmt Bda para aprovação.

(2) A não ser que seja prescrito pelo Cmt Bda, como nos casos de defesade curso de água e em contra-encosta, o contra-ataque não deve ser dirigidocontra objetivos situados fora da área de defesa. Os Cmt vizinhos coordenam osplanos para reduzir as penetrações que afetam simultaneamente suas respecti-vas áreas de defesa.

(3) Os planos de contra-ataque a serem apresentados à consideração doCmt Bda devem, basicamente conter: (Fig 5-24)

(a) posição inicial do batalhão reserva;(b) itinerários para atingir a linha de partida;(c) linha de partida (normalmente a própria linha de contato);(d) direção de contra-ataque (normalmente dirigida para o flanco da

penetração);(e) objetivo(s) do contra-ataque;(f) conduta após o contra-ataque;(g) medidas de coordenação e controle;(h) comando e constituição da reserva temporária da brigada;(i) plano de apoio de fogo; e(j) Z Reu avançada, quando necessário.

(4) Aprovados os planos propostos pelo Btl, ou recebidos os planoselaborados pela Bda, o comandante da reserva passa à elaboração dos planos deexecução no qual detalha a missão dos elementos subordinados. Em princípio,o Btl reserva lança todos os meios em uma única e decisiva ação, não guardandouma reserva, cujo emprego raramente teria ocasião de fazer.

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Fig 5-24. Contra-ataque do batalhão reserva

5-19. CONTRA-ATAQUES

a. Generalidades - As ações ofensivas mais freqüentemente associadasà defesa em posição são os contra-ataques:

(1) para restabelecimento da posição;(2) de desorganização; e(3) de destruição.

b. Contra-ataque para restabelecimento da posição(1) Conceito

(a) O contra-ataque para restabelecimento da posição é um ataquelimitado executado por parte da força de defesa, contra uma força atacanteinimiga, que tenha penetrado na posição defensiva, com a finalidade específica deretomar o terreno perdido, destruindo ou repelindo os elementos avançados inimigos.

(b) O contra-ataque para restabelecer a posição é dirigido contraobjetivos limitados no interior da posição e cuja conquista caracterize o seurestabelecimento.

(2) Planejamento do contra-ataque(a) Os planos de contra-ataque são preparados juntamente com os

demais planos da defesa e visam fazer face às possíveis penetrações na área dedefesa. Os planos são elaborados, baseados em hipóteses, levando-se emconsideração:

- provável área da penetração do inimigo;

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LAADALLP

LAADALLP

P Lib CiaP Lib Cia

LP/LC

LP/LCO 1O 2

O 3

P AtqP Atq

P Atq

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- situação do inimigo no interior da penetração; e- localização e disponibilidade da reserva.

(b) Para a elaboração dos planos de contra-ataque, o Cmt Btlestabelece uma prioridade baseada no grau de ameaça da penetração inimigapara a posição defensiva do Btl. Os planos de contra-ataque, normalmente, terãoque ser adaptados às circunstâncias diferentes de cada situação.

(c) O planejamento da execução, a nível SU, do plano de contra-ataque, incluindo dispositivo, manobra e ordens aos elementos subordinados, éelaborado pelo comandante da reserva em coordenação com o comando do Btle os comandantes dos elementos de apoio. Os planos de contra-ataque devemser ensaiados tanto de dia como de noite, na medida em que o tempo disponívele a segurança o permitirem. Entretanto, pelo menos o reconhecimento e umensaio dos comandos subordinados é indispensável.

(d) O plano de contra-ataque tem o formato de um plano de ataque,dando especial atenção às seguintes considerações: (Fig 5-25)

Fig 5-25. Contra-ataque para restabelecimento da posição

1) prováveis penetrações inimigas - O Cmt deve estimar a largurae a profundidade da penetração que ele pode aceitar (penetração máximaadmitida) de modo a ser ainda capaz de eliminá-la pelo contra-ataque. Deveconsiderar as perdas de terreno e de elementos de combate em relação ao valorprovável do inimigo no interior da penetração, visualizando o valor dos remanes-centes do núcleo submergido e suas possibilidades de intervir na ação.

2) limitação da penetração - Os elementos destinados a limitar apenetração inimiga são previstos no planejamento, e não devem ser empregadosna força de contra-ataque, pois estão empenhados com o inimigo. Se o elementosubordinado, cuja área de defesa sofreu uma penetração, não tiver possibilidade

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LAADA

LC / LPLAADA

Itn

LC / LPA Atq

O 1

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de limitá-la, a reserva do Btl é empregada para deter o inimigo e a responsabilidadeda execução do contra-ataque pode se transferir para o escalão superior, deacordo com o estudo de situação.

3) objetivo - O objetivo designado ao elemento de contra-ataqueé, normalmente, um acidente capital, dentro da penetração, cuja conquista sejadecisiva para destruir o inimigo e restaurar a área de defesa do Btl.

4) composição da força de contra-ataque - Na execução docontra-ataque, o comandante emprega todos os meios disponíveis numa única edecisiva ação, de acordo com o novo estudo de situação. A reserva do Btl,normalmente, constitui a força de contra-ataque, porém o plano de contra-ataqueinclui nesta força outros elementos orgânicos, em reforço ou em apoio aobatalhão. O emprego parcelado da reserva poderá retardar a decisão ou compro-meter a ação. Em princípio, a força de contra-ataque não constitui reserva, poisraramente teria oportunidade para empregá-la. Todas as peças de manobraparticipam do escalão de ataque, observando-se a amplitude da Via A.

5) poder de combate - Ao analisar o poder de combate da forçade contra-ataque, deve-se considerar que o inimigo está desgastado, em fase dereorganização e batido por fogos dos elementos que limitam a penetração. A forçade contra-ataque deve, sempre que possível, possuir um poder de combatedesejável, que corresponde ao valor do inimigo no interior da penetração.Excepcionalmente, pode contra-atacar com o poder de combate mínimo, queequivale ao valor do núcleo submergido pela penetração inimiga.

6) Itinerários - Os itinerários para o deslocamento da reserva atéa LP são selecionados de modo a serem os mais curtos possíveis, tirando partidodas cobertas e abrigos.

7) Posição de ataque - A posição de ataque é selecionada, porémsó será utilizada se necessária à execução do contra-ataque, uma vez que areunião prévia de tropa pode resultar em um retardo desnecessário.

8) Linha de partida - Normalmente, a LP é a própria linha decontato, coincidindo com a orla anterior do(s) núcleo(s) que limita(m) a penetração.

9) Hora do contra-ataque - Na fase de planejamento, a hora docontra-ataque não pode ser estabelecida. Entretanto, poderão ser estimados osprazos de que a reserva necessita para iniciar a execução após o recebimento daordem.

10) Direção de contra-ataque - A direção de contra-ataque éselecionada com base na comparação das Via A para o contra-ataque, de acordocom os seguintes aspectos:

- a posição de ataque deve ser coberta e abrigada dos fogosinimigos, e próxima da localização da reserva;

- a penetração inimiga deve ser abordada pelo flanco;- os flancos da força de contra-ataque devem ser protegidos;- a ultrapassagem de elementos empenhados na limitação

da penetração deve ser evitada;- a Via A deve ser dominante;- a Via A deve ser curta e bem orientada;- a Via A deve ser pouco compartimentada, de preferência

longitudinal; e

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- a Via A deve favorecer o emprego de carros de combate.11) Apoio de fogo - O apoio de fogo é proporcionado pelas armas

orgânicas, em reforço e em apoio ao Btl. O elemento de contra-ataque, normal-mente, passa a ter prioridade de fogos, sendo apoiado, inclusive, pelas armas dascompanhias de primeiro escalão, quando possível. O Cmt Btl deve verificar se osfogos de apoio contribuem para barrar o inimigo em outra parte da frente, a fim deevitar que a mudança da prioridade de fogos para a força de contra-ataque nãoacarrete em uma segunda penetração na Z Aç do Btl.

12) Reserva temporária - Deve ser feita a previsão da constituiçãode uma reserva temporária durante o emprego da força de contra-ataque. Estareserva é constituída por qualquer elemento disponível, sendo designado um oficialpara organizá-la e coordená-la. A reserva temporária deve ocupar imediatamenteuma posição de aprofundamento. A composição da reserva temporária deve serprevista nas NGA do Btl.

13) Missões após o contra-ataque - No planejamento, o coman-dante do batalhão designa o elemento subordinado que assumirá a defesa da áreapenetrada após a restauração, bem como aqueles que revertem à reserva. A novareserva é, normalmente, organizada pelos remanescentes da área penetrada e porelementos da força de contra-ataque que não forem utilizados na reocupação dasposições de primeiro escalão. O pessoal da reserva temporária, após sualiberação, retorna às suas atividades normais.

14) Outras medidas de coordenação e controle - Algumas dasmedidas de coordenação e controle utilizadas em um ataque normal podem seraplicadas às ações de contra-ataque, como pontos e linhas de controle e limites.Se necessário, o Cmt Btl pode modificar os limites dos elementos subordinadosde modo a facilitar a coordenação e o controle, bem como para prover suficienteespaço de manobra para o elemento que irá executar o contra-ataque.

(3) Execução do contra-ataque(a) O contra-ataque, normalmente, é feito pela combinação de

elementos de infantaria, de carros de combate e de fogos de apoio, sendoexecutado de modo similar a um ataque normal. Freqüentemente apresentacondições favoráveis para uma ação combinada infantaria-carros.

(b) Enquanto a força de contra-ataque se desloca para a linha departida, os fogos de apoio são desencadeados e a reserva temporária poderáocupar imediatamente a posição de aprofundamento designada de antemão. Oscarros de combate e os elementos a pé constituem o escalão de ataque, devendohaver estreita coordenação e ligação entre estes elementos. O escalão de ataquedeve evitar a passagem através das posições ocupadas pelos elementos quelimitam a penetração, procurando passar pelos intervalos entre elas.

(c) O itinerário para a posição de ataque e a Via A para o contra-ataque podem passar pela área de defesa de outro Btl, se isto tiver sidocoordenado com o Cmt do elemento vizinho.

(d) O contra-ataque deve ser apoiado por todas as armas disponíveis.Os fogos são divididos em duas partes: os que são desencadeados nos limitese na base da penetração para limitá-la e isolá-la dos reforços inimigos esuprimentos, respectivamente; e os que são desencadeados no interior dapenetração para destruir ou neutralizar o inimigo, apoiando a ação da força de

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contra-ataque. Os fogos desencadeados no interior da penetração são suspensos,mediante sinal do comandante da força de contra-ataque, e transportados parareforçar os fogos de isolamento. Estes fogos prosseguem pelo espaço de temponecessário ao restabelecimento da posição. Os fumígenos podem ser emprega-dos para cegar a observação inimiga durante o contra-ataque.

(e) Alguns CC podem ser mantidos em posição, protegendo outraspartes da área de defesa do Btl, outros podem ser empregados para cooperar nalimitação da penetração, mas o grosso dos carros de combate, se o terrenopermitir, deve ser empregado como elemento de contra-ataque.

(f) Uma vez conquistado o objetivo, os carros de combate permane-cem nas proximidades do LAADA, enquanto os elementos a pé completam alimpeza da área e passam a reocupar a posição. O inimigo que tiver sido expulsode uma penetração não deve ser perseguido além do LAADA, exceto pelo fogo.

(g) Se o contra-ataque fracassar, e o inimigo não for expulso dapenetração, a força executante se aferra ao terreno, mantendo as posiçõesconquistadas até que receba outras ordens ou seja reforçada. O Esc Sp deve serimediatamente informado da situação criada em conseqüência do insucesso docontra-ataque.

c. Contra-ataque de desorganização(1) Conceito

(a) O contra-ataque de desorganização é uma manobra tática com ofim de comprometer um ataque inimigo, enquanto este está em processo deorganização e concentração de meios. É, normalmente, executado por elementosblindados e mecanizados da defesa, dirigido a uma objetivo limitado, fora da áreade defesa (Fig 5-26).

(b) O contra-ataque de desorganização pode ser executado com umadas seguintes finalidades:

- destruir uma parte da força inimiga;- desorganizar o dispositivo inimigo e retardá-lo; e- impedir a observação terrestre direta do inimigo sobre a área de

defesa.

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Fig 5-26. Contra-ataque de desorganização

(2) Planejamento do contra-ataque(a) Objetivo - É dirigido a um objetivo limitado, fora da área de defesa.

Devido à situação de transição em que o inimigo normalmente se encontra nassuas posições de ataque, essas regiões se caracterizam como bons objetivospara um ataque de desorganização.

(b) Escalão de execução - O planejamento e a ordem de execuçãode um contra-ataque de desorganização é, normalmente, da competência dabrigada ou escalões superiores. O Btl reserva da brigada pode executar um contra-ataque de desorganização por ordem desta. Os Btl de 1º escalão também poderãoconduzi-los, devendo para isso executar criterioso planejamento e ensaio daoperação.

(3) Execução do contra-ataque(a) O contra-ataque de desorganização é executado à semelhança

de um ataque normal, porém sem a idéia de conquistar terreno, mas sim destruirpessoal e material inimigos.

(b) O sucesso de um contra-ataque de desorganização depende degrande mobilidade e apoio de fogo, devendo, portanto, ser executado por fraçõesque possuam mobilidade tática (tropas mecanizadas ou blindadas que reforcemo Btl). A decisão de executar um contra-ataque de desorganização deve sercuidadosamente considerada face à possibilidade de perda parcelada do poder decombate da unidade, com vistas ao cumprimento de sua missão principal.

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LP LP

P Avç CP Avç C

LAADA LAADA

O 1

P Atq

E Prog TOR

MEN

TA

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d. Contra-ataque de destruição(1) O contra-ataque de destruição é um ataque executado com a

finalidade específica de destruir os elementos inimigos que tenham penetrado ouse infiltrado na posição.

(2) É empregado na defesa móvel, sendo executado, em princípio, poruma forte reserva blindada. O menor escalão que planeja um contra-ataque dedestruição é a divisão de exército. O Btl pode participar de uma força de contra-ataque de destruição.

(3) O objetivo do contra-ataque é a própria força inimiga. Os objetivosmarcados em acidentes do terreno servirão apenas como medidas de coordena-ção e controle, e para caracterizar a consecução da finalidade precípua do contra-ataque.

5-20. APOIO DE FOGO

a. Como parte de seu conceito da operação, o comandante indica a unidadeque deve receber a prioridade de apoio de fogo e prescreve um horário para seuemprego.

b. O plano de apoio de fogo (PAF) será um anexo à ordem de operações.

c. O assunto será abordado com profundidade no Art V do Cap 9.

5-21. COMANDO, CONTROLE E COMUNICAÇÕES

a. O sistema de comunicações na defesa de área é grandemente influen-ciado pelo tempo disponível. A maior estabilidade das operações amplia oemprego de meios físicos, porém, nas ações dinâmicas da defesa, os meios rádioe mensageiro são largamente empregados.

b. Meios de comunicações - As peculiaridades da defesa de área influemdiretamente nos meios de comunicações mais empregados pelo Btl, a saber:

(1) Meio rádio - Os fatores segurança e sigilo são preponderantes nadefesa de área. Logo, as prescrições rádio devem seguir, em princípio, a seguinteseqüência:

(a) antes do contato com o inimigo - rádio em silêncio;(b) durante as ações dos P Avç C (inclusive o acolhimento) - rádio

restrito; e(c) após o início do ataque inimigo - rádio livre.

(2) Meios físicos - Devem ser o mais completo possível, dependendo dotempo de preparação da posição defensiva. Devem ser lançados vários circuitosentre dois assinantes para que os fogos de preparação do inimigo não interrom-pam nossas ligações. A primeira prioridade para a construção dos circuitos é dosP Avç C, seguindo-se os elementos da ADA e, por último, a reserva.

(3) Meio mensageiro - É largamente empregado na defesa de área. Antesdo contato com o inimigo, os mensageiros de escala são os mais utilizados,porém, após o início do ataque inimigo, os especiais têm maior emprego. Durantenossas ações dinâmicas da defesa, os mensageiros são muito utilizados.

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(4) Outros meios (visuais e acústicos) são empregados na defesa de áreapara suplementar os meios acima descritos. Os visuais devem ser utilizados dafrente para a retaguarda e seguirão códigos preestabelecidos. Os acústicospodem ser empregados a título de alarme (contra ataques blindados ou aéreos,por exemplo).

c. Posto de comando - O PC do Btl na defesa de área segue os mesmospreceitos abordados no capítulo 9 - artigo III, porém as características destaoperação ressaltam os seguintes fatores para a localização do PC:

(1) não-interferência com a manobra tática;(2) desenfiamento;(3) distância de segurança; e(4) eixado com a frente mais importante a defender.

5-22. APOIO LOGÍSTICO

Este assunto será abordado no Capítulo 10.

5-23. EXECUÇÃO DA DEFESA

a. Organização da posição(1) Quando os elementos do Btl chegam à posição, iniciam imediatamen-

te a organização da posição defensiva. Muitas das ações a realizar sãoexecutadas simultaneamente; outras, porém, requerem uma prioridade. O CmtBtl pode especificar uma seqüência para a preparação da posição e outrasmedidas relacionadas com a camuflagem. Normalmente, pode ser seguida aseguinte seqüência de trabalhos:

(a) estabelecimento da segurança;(b) entrada em posição das armas coletivas;(c) limpeza dos campos de tiro;(d) estabelecimento dos sistemas de comunicações;(e) preparação dos espaldões das armas coletivas e abrigos individuais;(f) construção dos obstáculos; e(g) preparação das posições de muda e suplementares.

(2) A preparação do terreno prossegue continuamente, enquanto oselementos do batalhão permanecem em posição. Quando a posição for organiza-da em estreito contato com o inimigo, a tropa deverá estar em condições dedefender-se de um ataque a qualquer momento, durante os trabalhos de instala-ção. Será feito o emprego de todos os fogos disponíveis para cobrir a organizaçãoda posição e a fumaça poderá ser empregada a fim de impedir a observaçãoinimiga sobre a posição.

(3) As frações da companhia reserva que não tenham, inicialmente,missões de segurança, podem receber ordem de auxiliar as companhias deprimeiro escalão nos trabalhos de organização do terreno. A construção dasposições de aprofundamento, principais e suplementares, devem obedecer àprioridade estabelecida pelo Cmt Btl. Os trabalhos destinados à área de reservapodem ser retardados até que a organização da ADA esteja bem adiantada.

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(4) Os elementos de engenharia, normalmente, cumprem missõesprevista no plano de barreiras da brigada. Quando estiverem disponíveis, constróemobstáculos, preparam destruições, lançam campos de minas e executam outrostrabalhos que exijam mão-de-obra e material especializados.

b. Ações nos P Avç C(1) Os P Avç C mantêm estreita coordenação com os escalões de

segurança à sua frente. Quando já não houver tais elementos, mantêm contatocom o inimigo por meio de patrulhas ou elementos de reconhecimento do Btl, queos estiver reforçando. As aeronaves, se houver, auxiliam os P Avç C na localizaçãodo inimigo e na ajustagem do tiro.

(2) Quando o inimigo for localizado, os P Avç C procuram batê-lo por fogoslongínquos de artilharia e morteiros. À medida que avança, o inimigo vaiencontrando uma contínua e crescente intensidade de fogos.

(3) Os P Avç C procuram cumprir a sua missão de fornecer alerta oportunoda aproximação do inimigo, de impedir sua observação direta sobre a posição e,dentro de suas possibilidades, a de retardar, desorganizar o inimigo e iludi-loquanto à verdadeira posição da área de defesa, causando-lhe o maior número debaixas possível, sem se deixar envolver em combate aproximado.

(4) Os P Avç C retraem mediante ordem dos respectivos Cmt Btl ou deacordo com as instruções da brigada. Na falta de comunicações com o Esc Sp,o comandante dos P Avç C retrai sua tropa quando sua captura ou destruição porparte do inimigo for iminente.

(5) Diversos planos de retraimento são preparados de modo a cobrir aspossíveis eventualidades e evitar perdas desnecessárias. Normalmente, oselementos menos engajados retraem em primeiro lugar, podendo estabeleceruma posição de cobertura a fim de auxiliar os demais elementos a romper ocontato. Podem, também, ser empregados para aumentar o fogo à frente doselementos mais engajados, criando condições para o rompimento do contato.

(6) Os P Avç C utilizam itinerários de retraimento previamente escolhidose reconhecidos, de modo a aproveitar ao máximo as cobertas e abrigosexistentes. Estes itinerários não devem prejudicar os tiros das armas localizadasno LAADA e, tanto quanto possível, devem iludir o inimigo quanto à verdadeiralocalização das posições de defesa.

(7) Os elementos localizados na área de defesa e as unidades vizinhassão notificados, imediatamente, sobre o início do retraimento. Os elementos deprimeiro escalão são alertados quando todos os componentes dos P Avç C tiveremdesimpedido a frente do LAADA.

c. Ações na área de defesa avançada(1) A defesa do batalhão é conduzida pela combinação judiciosa da

agressividade, da surpresa, da mobilidade e da flexibilidade dos fogos. Quando oatacante entrar no alcance da observação das patrulhas, dos observadores aéreosou dos P Avç C, será submetido aos fogos longínquos das armas de maior alcancee das armas dos P Avç C. A intensidade destes fogos aumenta à medida que oatacante progride e entra no alcance das outras armas de defesa. Quando umataque em força parece ser iminente ou já tenha tido início, o Cmt Btl comunicaao Esc Sp e alerta os elementos subordinados.

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(2) As armas anticarro procuram destruir os blindados inimigos o mais àfrente possível e no interior da área de defesa, se estes lograrem penetrar naposição. Todos os fogos disponíveis, diretos e indiretos, são desencadeados paraforçar os carros inimigos a fechar escotilhas e para separá-los dos elementos apé ou blindados.

(3) O oficial de apoio de fogo do Btl e o oficial de ligação de artilharianormalmente permanecem com o Cmt Btl no P Obs da unidade. Por meio desteselementos, o comandante concentra ou transfere os fogos nos alvos desejados.As concentrações de fumaça são pedidas para cegar os P Obs inimigoslocalizados ou suspeitos.

(4) As armas localizadas no interior dos núcleos dos pelotões de primeiroescalão abrem fogo somente quando o atacante estiver dentro do alcance eficazdo tiro de fuzil. Quando o terreno à frente da posição for compartimentadotransversalmente, com ângulos mortos que ofereçam desenfiamento ao atacante,os fogos das armas localizadas no LAADA são desencadeados quando o inimigoapresentar-se na crista mais próxima. Quando o atacante atingir as proximidadesdas posições e desencadear fogos pesados de preparação, os elementos batidospor estes fogos abrigam-se e as armas de apoio são empregadas ao máximo paraproteger estes elementos.

(5) Quando os fogos inimigos forem suspensos, todas as armas locali-zadas no LAADA abrem fogo para deter o assalto inimigo antes que este abordea posição. Quando o inimigo atingir uma zona de onde possa lançar o assalto, osfogos de proteção final são desencadeados a pedido dos elementos ameaçados.Se o atacante conseguir abordar a posição, a resistência prosseguirá peloaumento da intensidade dos fogos e pelo combate aproximado

(6) O êxito da defesa depende da manutenção, por parte de cada fração,da área que lhe foi atribuída. Cada elemento responsável pela defesa de umacidente capital deve defendê-lo a todo custo, a menos que receba ordem contráriado comando superior. Cada comando mantém as respectivas posições e fechamas brechas pelo fogo ou pelo emprego de suas reservas. A tropa deve ter em menteque o inimigo pode atuar em sua retaguarda e, em conseqüência, deve estarpreparada para combater em qualquer direção. Mantendo com sucesso suasposições, os comandos subordinados criarão condições para o desencadeamentode contra-ataques bem sucedidos, executados pelos elementos dispostos emprofundidade.

(7) Após o retraimento das forças inimigas, ocorre a reorganização dasfrações e subunidades, através do remuniciamento, do recompletamento ouredistribuição do efetivo, da evacuação de mortos, feridos e PG, entre outrasmedidas necessárias.

5-24. CONDUTAS DURANTE A DEFESA

a. Generalidades(1) Durante a defesa de uma posição contra um ataque inimigo, o Cmt Btl

e seu EM realizam o estudo continuado de situação, baseado na atualização dasinformações sobre o inimigo e o terreno.

(2) O inimigo pode lograr êxito em seu ataque, e penetrar na posição

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defensiva, ameaçando o cumprimento da missão do Btl.(3) Face a tal situação, o Cmt e seu EM realizam um estudo de situação

de conduta, com base na análise da missão, do inimigo, do terreno, dos meiose do tempo.

(4) Após este estudo de situação, o Cmt deve decidir pela intervenção ounão no desenrolar do combate. Deverá intervir caso o elemento subordinado nãotenha meios para eliminar a penetração inimiga.

(5) No caso de uma penetração inimiga, a primeira atitude é limitá-la para,em seguida, contra-atacar o inimigo no seu interior. É desejável que o inimigoesteja detido ou perdendo a impulsão de seu ataque para realizar o contra-ataque,porém tais requisitos não devem tolher a iniciativa para o seu desencadeamento.

(6) O Cmt pode intervir no combate, adotando uma ou mais das seguinteslinhas de ação:

(a) intervenção com fogos, mudando a prioridade e/ou as formas deemprego das armas de apoio;

(b) reforço ao elemento de primeiro escalão, para que ele aprofundea defesa em sua Z Aç, ou para permitir que a companhia possa contra-atacar pararestabelecer sua posição;

(c) emprego da reserva do Btl, para aprofundar a defesa na área dereserva do batalhão, ou para contra-atacar a fim de restabelecer o LAADA; e

(d) mudança das medidas de coordenação e controle, alterandolimites e/ou outras medidas.

(7) Após o levantamento e a comparação das linhas de ação, ocomandante emite a sua decisão por meio de uma ordem fragmentária para ossubordinados. Deve informar, também, a sua decisão ao Esc Sp.

b. Considerações fundamentais para o contra-ataque(1) Da mesma forma que o insucesso de um contra-ataque pode

desequilibrar a defesa e criar o risco de ser batida por partes, o retardamento naexecução do contra-ataque poderá permitir que o inimigo se reorganize emantenha a iniciativa, perdendo, assim, a oportunidade do momento decisivo parao seu desencadeamento.

(2) O planejamento de um contra-ataque segue as prescrições contidasno parágrafo 5-18 deste manual, com ênfase, entretanto, na determinação dahora de seu desencadeamento.

(3) A largura e profundidade da penetração bem como a velocidade deprogressão, a direção do ataque inimigo e o seu valor no interior da penetraçãodevem ser determinados, a fim de que o comandante possa decidir pela execuçãodo contra-ataque. O contra-ataque deverá ser desencadeado no momento em queo inimigo for mais vulnerável e de modo a impedi-lo de retomar a progressão oureceber reforços.

(4) Quando os blindados inimigos dominam uma penetração ou sãocapazes de explorar o êxito inicial obtido, o Cmt Btl deve empregar todos os meiosdisponíveis para neutralizá-los a fim de que o contra-ataque tenha sucesso.

(5) A reserva do Btl deve ser capaz de executar contra-ataques à noite.A necessidade do conhecimento do terreno, do planejamento e dos treinamentosganha maior importância para a execução de ações noturnas.

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c. Penetrações simultâneas na área de defesa do batalhão(1) Em algumas situações, podem ocorrer duas ou mais penetrações

simultâneas na Z Aç do Btl. Nesses casos, o Btl pode não ter condições de contra-atacar em todas as penetrações inimigas ao mesmo tempo (Fig 5-27). Assim, oCmt deve selecionar a penetração de maior perigo, para aí empregar a força decontra-ataque. As demais penetrações são limitadas e eliminadas à medida queo poder de combate da reserva for reconstituído.

(2) Pode, ainda, ser necessário empregar uma parte da reserva parareforçar um elemento de primeiro escalão, enquanto que o grosso da reserva éempregado no contra-ataque da penetração prioritária.

(3) Se as penetrações inimigas forem adjacentes, o valor do inimigo naárea de defesa do Btl, provavelmente, excederá a sua capacidade de contra-ataque. Neste caso, o Cmt limita a penetração e informa a situação ao Esc Sp.

Fig 5-27. Penetrações simultâneas

d. Penetrações nas áreas de defesa vizinhas(1) As penetrações nas áreas de defesa vizinhas são contidas e repelidas

pelo emprego de toda ou parte da reserva, que pode ter que ocupar posiçõessuplementares nos flancos, e pelos fogos dos elementos de primeiro escalão, afim de evitar o alargamento da área penetrada e o envolvimento do flanco ameaçadodo Btl.

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LAADA LAADA

LAADA LAADA

Penetrações simultâneas não adjacentes

Penetrações simultâneas adjacentes

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(2) Uma penetração que ocorra no limite entre batalhões é combatida,inicialmente, pelo fogo coordenado das duas unidades. Qualquer contra-ataquenecessário para expulsar o inimigo da penetração será coordenado pelo comandosuperior.

ARTIGO IV

DEFESA MÓVEL

5-25. GENERALIDADES

a. A defesa móvel é baseada no eficiente emprego do fogo e da manobrapara destruir o inimigo. Um mínimo de poder de combate é empregado na ADApara alertar o desembocar de um ataque, canalizar a força atacante para regiõespreviamente escolhidas e favoráveis a um contra-ataque de destruição, a serexecutado por uma força de choque em reserva. (Fig 5-28)

Fig 5-28. A DE na defesa móvel

b. A maior parte das forças de combate é organizada em uma forte reservamóvel, normalmente blindada, localizada em posição favorável às ações ofensivase cujo principal objetivo é a destruição do inimigo.

c. Normalmente, a defesa móvel é conduzida pela DE ou Esc Sp. O Btl, porsi só, não tem capacidade de conduzir uma defesa móvel, entretanto, pode

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PAG

LAADA

PAG

LAADA

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participar dela como parte de uma força maior. De acordo com o planejamento doEsc Sp, o Btl pode ser empregado:

(1) como força de segurança ou como parte desta;(2) integrando as forças de primeiro escalão; e(3) na reserva móvel.

d. Quando o Btl é empregado na ADA, pode cumprir a missão conduzindouma ação retardadora ou uma defesa de área. O exato procedimento a serempregado é determinado pelo Esc Sp, que prescreve a missão a ser cumpridapelo Btl e dá o conceito da operação para a conduta da defesa móvel.

5-26. CONSIDERAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO

a. O Btl, quando empregado na área de segurança, planeja o seu empregoda mesma forma que o faria em uma defesa de área, alertando a aproximação doinimigo, retardando-o, desorganizando-o e iludindo-o quanto à verdadeira localiza-ção do LAADA.

b. O Btl, quando empregado na ADA, planeja o seu emprego de acordo coma missão recebida do Esc Sp.

c. A missão das forças da ADA é canalizar o inimigo para uma regiãofavorável no interior da posição, desgastando-o, desorganizando-o e criando asmelhores condições para a sua destruição por meio de fogos e do contra-ataquerealizado pela reserva.

d. As forças da ADA cumprem essa missão retardando o inimigo, mantendoacidentes capitais importantes e realizando ações ofensivas limitadas, ou atravésde uma combinação destas ações, a fim de tornar o inimigo tão vulnerável quantopossível aos fogos e ao contra-ataque da reserva.

e. A Inf Bld é a mais apta a integrar as forças da ADA encarregadas deretardar o inimigo, atraindo-o para o interior da posição. A infantaria a pé oumotorizada é normalmente empregada na manutenção de acidentes capitaisimportantes do terreno, onde não se admite uma penetração inimiga

f. Na defesa móvel, a reserva é o elemento decisivo. Ela é organizada tãoforte quanto possível, com forças de cavalaria e infantaria blindadas, e tem amissão principal de contra-atacar para destruir o inimigo. Recebe a denominaçãode força de choque.

g. O contra-ataque de destruição é planejado de modo similar ao contra-ataque para restabelecimento da posição, cuja diferença básica é a finalidade dedestruir o inimigo, e não de recuperar o terreno perdido.

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ARTIGO V

MOVIMENTOS RETRÓGRADOS

5-27. GENERALIDADES

a. Movimento retrógrado é qualquer movimento tático organizado de umaforça para a retaguarda ou para longe do inimigo, seja forçado por este, sejaexecutado voluntariamente, como parte de um esquema geral de manobra. Umaforça somente o executa voluntariamente, quando uma vantagem marcante possaser obtida. Em qualquer caso, deve ser aprovado pelo comandante do escalãoimediatamente superior e é planejado com a antecedência devida. O movimentoretrógrado é caracterizado pelo planejamento centralizado e pela execuçãodescentralizada. Devido ao seu efeito sobre o moral da tropa, exige chefia efetivae grande iniciativa, em todos os escalões.

b. O movimento retrógrado visa a preservar a integridade de uma força, a fimde que, em uma ocasião futura, a ofensiva seja retomada

c. Formas de manobra - Os movimentos retrógrados são classificados emtrês formas de manobra básicas:

(1) retraimento;(2) ação retardadora;(3) retirada.

d. Finalidades - Os movimentos retrógrados são executados com uma oumais das seguintes finalidades:

(1) Inquietar, desgastar, retardar e infligir baixas ao inimigo;(2) Conduzir o inimigo para uma situação desfavorável;(3) Permitir o emprego da força em outros locais;(4) Evitar o combate sob condições desfavoráveis;(5) Ganhar tempo sem se engajar decisivamente em combate;(6) Desengajar-se do contato com o inimigo;(7) Reajustar o dispositivo; e(8) Encurtar as vias de transporte.

e. Fatores básicos(1) No planejamento e na execução dos movimentos retrógrados, o

comandante avalia certos fatores básicos que podem influir no êxito da operação.O grau em que se aplicam tais considerações varia com a situação.

(2) Os principais fatores que influem no sucesso de um movimentoretrógrado são:

(a) Planejamento centralizado e execução descentralizada (oscomandos subordinados necessitam ter uma completa compreensão da opera-ção por meios de planos bem detalhados do escalão superior e possuir liberdadesuficiente na execução de suas missões específicas);

(b) Uso adequado do terreno e das condições meteorológicas comespecial atenção para o máximo aproveitamento das redes de estradas, principal-

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mente pelas forças motorizadas e blindadas;(c) Liberdade de ação, rapidez e mobilidade;(d) Coordenação e controle;(e) Manutenção do moral, que poderá ser obtido pelo exercício

vigoroso da chefia de seus comandantes;(f) Emprego adequado do apoio de fogo e obstáculos;(g) Emprego oportuno de ações ofensivas; e(h) Sigilo, segurança e simulação.

ARTIGO VI

RETRAIMENTO

5-28. GENERALIDADES

a. O retraimento é um movimento retrógrado, por meio do qual o grosso deuma força engajada rompe o contato com o inimigo, de acordo com a decisão doescalão superior. Alguns elementos permanecem em contato, para evitar que oinimigo persiga o grosso das forças amigas e para infligir-lhe danos, pelo fogo epor uma manobra adequada.

b. O retraimento poderá ser diurno ou noturno. O retraimento diurno, sempreque possível, deverá ser evitado, pois os fogos observados inimigos podem resultarem pesadas baixas e na perda da liberdade de ação. Em contrapartida, osretraimentos noturnos, proporcionam maior liberdade de ação, facilitam a dissimu-lação e reduzem a eficiência da observação e dos fogos inimigos.

c. Em qualquer retraimento, todos os meios capazes de reduzir a observa-ção inimiga ( fumígenos, etc ), bem como os períodos em que esta observação ficaprejudicada ( nevoeiros e chuvas intensas, por exemplo) devem ser bemempregados e aproveitados.

d. Quando na reserva, o Btl pode ser empregado como F Seg da Bda,apoiando o retraimento do grosso.

5-29. TIPOS

a. Os retraimentos se classificam em dois tipos:(1) retraimento sob pressão do inimigo; e(2) retraimento sem pressão do inimigo.

5-30. PLANEJAMENTO

a. Considerações gerais(1) Uma vez recebida uma ordem de retraimento, o Cmt e o EM iniciam

a elaboração dos planos de retraimento do Btl. Estes planos incluem um esquemade manobra e um plano de apoio de fogo, ambos coordenados e intimamente

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integrados. Os planos de retraimento incluem também os detalhes essenciais desegurança, de apoio logístico e do estabelecimento de um sistema de comunica-ções necessário ao controle da operação.

(2) No planejamento de um retraimento são consideradas as possibilida-des do retraimento sob pressão e sem pressão, dando-se prioridade ao planeja-mento do primeiro.

(3) Basicamente, cada plano deve incluir:(a) missão subseqüente (local, dispositivo e outros) da unidade após

o retraimento(b) zonas de retraimento e retirada e itinerários de retirada a serem

utilizados pelas unidades subordinadas;(c) valor e missão das forças de segurança ou de contato e outras

medidas de segurança;(d) hora e seqüência do retraimento e da retirada de todos os

elementos subordinados;(e) medidas de controle (linhas de controle, ponto de controle de

trânsito e outros) para o retraimento e para a retirada, se for o caso;(f) prescrições para a evacuação de baixas;(g) prescrições sobre a evacuação e destruição de suprimentos e

equipamentos;(h) apoio de fogo;(i) apoio logístico;(j) planos alternativos; e(k) medidas de cobertura e dissimulação.

(4) A hora de retraimento deve ser entendida como a hora em que oselementos de primeiro escalão iniciam a operação. O planejamento deve propor-cionar aos elementos subordinados o tempo necessário para a realização dereconhecimentos diurnos da nova posição, do terreno e itinerários entre a posiçãoinicial e a nova. As unidades devem incluir em suas normas gerais de ação asmedidas para execução dos retraimentos tanto sob pressão quanto sem pressãodo inimigo.

b. Retraimento sem pressão do inimigo (1) Um retraimento sem pressão do inimigo, exige o emprego de contra-

inteligência eficaz e depende, principalmente, do controle, da segurança e dadissimulação. O controle è proporcionado pela preparação completa de planospormenorizados e a segurança, através da dissimulação, que é obtida pelasimulação de fogos, de tráfego rádio e de outras atividades normais. Pode serrealizado furtivamente ou após um ataque para desviar a atenção do inimigo. Osplanos devem incluir previsões para a eventualidade de detecção e de interferênciapor parte do inimigo. O êxito do retraimento sem pressão, normalmente, estácondicionado a períodos de escuridão ou de visibilidade reduzida ou a terrenoscobertos. A visibilidade reduzida e o terreno coberto dificultam o controle. Autilização da fumaça e de itinerários cobertos auxiliam na redução da possibilida-de inimiga de observar os movimentos das forças amigas. Deve ser prevista ainterferência do inimigo, por meio do emprego de tropas aeroterrestres, aeromóveisou infiltradas.

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(2) Ações a realizar - No retraimento sem pressão do inimigo o Btl,normalmente, retrai através de suas próprias posições e, após reunir-se, retira-separa uma nova posição defensiva, onde receberá uma nova zona de defesa.

(3) Distribuição das forças - O Cmt Btl, normalmente, desdobra suaunidade em destacamento de contato e grosso. No retraimento sem pressão(Fig 5-31), o Esc Sp poderá estabelecer uma força de segurança. Esta forçapoderá ser fornecida pelo exército de campanha, pela Div ou pela Bda enormalmente, é constituída por elementos da respectiva reserva.

Fig 5-29. O BI Mtz no retraimento sem pressão

(4) Destacamento de contato(a) Considerações gerais - O destacamento de contato é a parte dos

elementos de manobra e de apoio do Btl que permanece em contato com o inimigocom o objetivo de simular as atividades normais na frente e, dentro de suaspossibilidades, prover segurança ao retraimento do grosso. Este destacamentotem limitada possibilidade de resistência e depende, principalmente, da simula-ção para cumprir a sua missão. O retraimento deste destacamento ocorre em uma

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hora determinada, mediante ordem ou na ocorrência de uma contingênciaespecífica. O comando da Bda coordena o emprego dos destacamentos decontato dos seus Btl, bem como o fornecimento do apoio de artilharia necessárioao cumprimento da missão. O Cmt Bda também determina ação que deve serrealizada em caso de ataque inimigo bem como o valor dos destacamentos emgeral.

(b) Composição do destacamento de contato - Dentro das prescri-ções da brigada, o Cmt Btl estabelece o valor e a composição do destacamentode contato. Tal destacamento tem, em linhas gerais, a seguinte composição:

1) um terço dos elementos de manobra das companhias deprimeiro escalão (um GC por pelotão);

2) um Pel Fuz da companhia reserva, reforçado pela turma dereconhecimento, como reserva do destacamento;

3) os CC em reforço às companhias de primeiro escalão. Dentreos CC localizados nos núcleos da companhia reserva, permanecem alguns outodos, de acordo com a ameaça de blindados inimigos e com as restriçõesreferentes ao sigilo;

4) de um terço a metade dos elementos de apoio de fogoorgânicos das Cia Fuz e do Btl ou em reforço;

5) um mínimo de elementos de comando e de logística, provendomeios adequados ao cumprimento da missão do destacamento;

6) apoio de artilharia e de engenharia, de acordo com asprescrições do Esc Sp;

7) o controlador aéreo avançado e um número adequado deobservadores avançados; e

8) as frações dos elementos de apoio de fogo, normalmente,permanecem com as guarnições reduzidas e o material indispensável ao cumpri-mento da missão. O Sub Cmt Btl é, normalmente, o Cmt do destacamento decontato.

(c) Missões do destacamento de contato - O destacamento decontato tem, geralmente, as seguintes missões:

1) simular as atividades normais da frente (manter a fisionomia dafrente);

2) prosseguir no cumprimento da missão do Btl por tempolimitado (quando determinado e dentro de suas possibilidade);

3) cobrir o retraimento do grosso, dentro de suas possibilidades; e4) manter o contato com o inimigo.

(d) Reserva do destacamento de contato - Pode receber as seguintesmissões:

1) patrulhar a área de retaguarda ou ocupar posições de aprofun-damento;

2) atuar como elemento de segurança, cobrindo o retraimento dodestacamento; e

3) manter o contato com o inimigo após o retraimento dos Elm 1ºEsc do destacamento.

(e) Atuação do destacamento de contato - Uma vez que o destaca-mento de contato deve simular as atividades normais da posição, seus elementos

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podem ter que reajustar seus dispositivos para dar a impressão de que posiçãose encontra realmente ocupada. A simulação e o sigilo podem ser obtidos por:

1) supressão de ruídos feitos pelas unidades que retraem;2) simulação de fogos de apoio normais, representando os

diversos materiais e calibres;3) execução normal de patrulhamento;4) utilização de posições simuladas; e5) tráfego normal de rádio.

(f) Os CC e as viaturas blindadas de transporte de pessoal em reforçoàs companhias de primeiro escalão só retrairão com o grosso se não foremnecessários ao cumprimento da missão de destacamento de contato e seudeslocamento não comprometer o sigilo. Após o início do retraimento do grosso,e a critério do Cmt Btl, o Cmt do destacamento de contato assume a responsa-bilidade da frente.

(5) Medidas de coordenação e controle - O Cmt Btl exerce o controleutilizando as seguintes medidas:

(a) Seqüência de retraimento e retirada - O Cmt Btl estabelece aseqüência de deslocamento dos diversos elementos subordinados, dando umahora de início do movimento para cada um deles. O horário para os elementos deprimeiro escalão corresponde à hora de retraimento estabelecida pelo Esc Sp.Não havendo outras restrições, particularmente de sigilo e de utilização da redede estradas, o Cmt Btl pode determinar aos demais elementos que iniciem odeslocamento antes da citada hora de retraimento. A hora de deslocamento decada elemento do Btl é estabelecida levando em conta sua localização, distânciaa percorrer, disponibilidade dos itinerários e a seguinte seqüência geral:

1) instalações de apoio logístico e viaturas desnecessárias aomovimento da tropa e do destacamento de contato;

2) elementos de apoio de fogo, imediatamente antes do desloca-mento da reserva;

3) reserva, logo que as companhias de primeiro escalão concluíremsua reunião. Caso o Cmt Btl considere que é grande a possibilidade de o inimigoperceber o retraimento e pressionar as forças amigas, a reserva poderá permanecerem posição, em condições de cumprir missão de força de segurança, retraindoapós os Elm 1º escalão;

4) elementos de primeiro escalão do Btl; e5) destacamento de contato, de acordo com as prescrições

recebidas; geralmente, a reserva deste destacamento retrai após os elementosde primeiro escalão do destacamento.

(b) Zonas de reunião - As Z Reu devem ser localizadas o mais à frentepossível para facilitar a reorganização das unidades mais rapidamente. Normal-mente, são localizadas imediatamente à retaguarda da reserva de cada elementosubordinado. As Z Reu devem estar situadas junto a bons itinerários de retirada,desenfiadas, com espaço suficiente para a manobra de viaturas em seu interiorou nas proximidades. As Z Reu são previstas, porém, podem deixar de serocupadas, quando o comandante concluir que a operação pode ser conduzidasem sua utilização. No caso de virem a ser utilizadas, o tempo de permanêncianelas deve ser mínimo e a unidade ocupante deve prover sua própria segurança.

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A critério do Cmt, as frações podem ser liberadas para à retaguarda, à medida quecheguem à Z Reu, sem necessidade de aguardar as demais frações.

(c) Itinerários de retirada - O Cmt Btl designa itinerários de retiradapara cada elemento subordinado ou em reforço. São designados: pontos iniciais(PI), por onde cada elemento deve passar no horário prescrito; pontos deembarque (P Emb), normalmente atrás da F Seg do Esc Sp, postos de controlede trânsito (PC Tran), nos pontos do itinerário, críticos para o movimento, ondemais de uma unidade deva passar ou onde itinerários se entroncam ou se cruzam;e pontos de liberação (P Lib), nos locais onde os elementos enquadrados nacoluna tomarão destino para nova missão. Devem ser designados, quandopossível, itinerários diferentes para cada elemento, a fim de acelerar o movimento,bem como itinerários alternativos, como medida de segurança.

(d) Zonas de retraimento e de retirada - Normalmente, o Cmt Btldesigna zonas de retraimento para os elementos de primeiro escalão, coinciden-tes com as áreas de defesa que lhes cabia defender. Designa, também, zonas deretirada para as companhias de primeiro escalão, através de limites que entrarãoem vigor mediante ordem, ao longo de toda a zona de retirada do Btl. As zonasde retraimento e de retirada das companhias serão as Z Aç das respectivassubunidades, caso o inimigo venha a atuar sobre o grosso, durante o movimentoretrógrado.

(e) Linhas de controle - O Cmt designa um número adequado delinhas de controle, para facilitar a coordenação da operação. Estas linhas devemser de fácil identificação e normalmente são localizadas em linhas de interessetático, tais como linhas de força de segurança , linhas de P Avç C e LAADA dasnovas posições, cristas de compartimentos transversais, rios obstáculos e outrosacidentes nítidos no terreno.

(5) Apoio de fogo - Os planos de apoio de fogo devem incluir a manutençãodos fogos normais na área. Isto requererá um aumento de cadência de fogo dasarmas de apoio deixadas com o destacamento de contato.

(6) Logística - Antes do início do retraimento, os comandantes assegu-ram que o nível de suprimento seja adequado à operação. Os primeiros elementosa retrair podem, se necessário, transferir munição e outros suprimentos para odestacamento de contato. Durante o retraimento, a evacuação aérea pode serlimitada. Deste modo, um posto de socorro reduzido deve permanecer com odestacamento de contato.

(7) Comunicações e eletrônica - As comunicações devem ser mantidasna antiga posição e estabelecidas na nova. Suficiente pessoal de comunicaçõesdeve permanecer com o destacamento de contato, mantendo a continuidade dasligações com fio, utilizando as linhas já estabelecidas na posição. A ligação comfio, entre o Cmt Btl e o Cmt do destacamento de contato, é desejável devido àsrestrições de emprego do rádio. Os fios devem ser cortados e os trechos lançadosdevem ser removidos, na ocasião do retraimento do destacamento de contato. Osmensageiros especiais são empregados em larga escala após o início doretraimento.

(a) Durante o movimento, o emprego do rádio fica sujeito às seguintesrestrições:

1) destacamento de contato: devem ser conservadas as restri-

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ções em vigor por ocasião do retraimento, para manutenção da fisionomia dafrente;

2) forças em deslocamento: em silêncio; e3) na nova posição: em silêncio.

c. Retraimento sob pressão do inimigo(1) Considerações gerais - O retraimento sob pressão deve ser evitado,

sempre que possível. Se tal retraimento for inevitável, deverá haver o emprego deforças de segurança, que poderão ser providas pela própria unidade e pelo escalãosuperior. O êxito do retraimento sob pressão, particularmente durante o dia,depende em grande parte da superioridade aérea local, mobilidade, apoio de fogo,controle e do emprego eficiente das F Seg (Fig 5-30).

Todos os fogos disponíveis devem ser empregados contra os elementosavançados do inimigo que estejam engajados com as forças de segurança. Estasforças deslocam-se para a retaguarda pelo emprego das técnicas de açãoretardadora.

Fig 5-30. O BI Mtz no retraimento sob pressão

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(2) Força de segurança(a) Considerações gerais - A força de segurança é a parte dos

elementos de manobra e de apoio do Btl que permanece em contato com o inimigocom o objetivo de, dentro de suas possibilidades, prover segurança ao retraimentodo grosso. Esta força tem limitada possibilidade de resistência e retrairá em umahora determinada, mediante ordem ou na ocorrência de uma contingênciaespecífica.

(b) Na constituição e localização de uma F Seg, o Cmt Btl deve levarem consideração o seguinte:

1) disponibilidade de meios para constituir a força;2) disponibilidade de tempo para desenvolver no terreno a força de

segurança;3) direção do retraimento;4) características defensivas do terreno e localização da força em

relação à tropa a ser acolhida;5) possibilidades do inimigo; e6) localização de forças de segurança do Esc Sp.

(c) A força de segurança do Btl é, normalmente, constituída por suareserva reforçada por elementos de apoio necessários. A missão principal daF Seg é apoiar o retraimento das companhias de primeiro escalão, acolhê-las ecobrir-lhes a retirada. Poderá executar contra-ataques de desaferramento paracriar condições de retraimento para um elemento engajado decisivamente com oinimigo.

(d) Em princípio, a F Seg ocupará as posições de aprofundamento jápreparadas. Entretanto, haverá situações em que o dispositivo deve ser reajustadoou preparadas novas posições de onde melhor se possa cumprir a missão.

(3) Medidas de coordenação e controle - As medidas de coordenação econtrole são, de um modo geral, idênticas às estabelecidas para um retraimentosem pressão.

(a) Seqüência de retraimento e retirada - A determinação do horáriode deslocamento dos diversos elementos subordinados é feita de modo idênticoà do retraimento sem pressão, observando-se, entretanto, a seguinte seqüência,sempre que possível:

1) instalações de apoio administrativo e viaturas desnecessáriasao deslocamento da tropa e à F Seg. Não havendo outras restrições e imposiçõesdo Esc Sp, estes elementos antecedem o movimento do grosso;

2) elementos de primeiro escalão, simultaneamente, iniciando oretraimento no horário prescrito pelo Esc Sp. Se o retraimento não puder sersimultâneo, o Cmt deve decidir que elementos serão desengajados primeiro; emgeral, serão os elementos menos aferrados;

3) elementos de apoio de fogo podem anteceder os de primeiroescalão no movimento, mas só devem sair de posição logo após o acolhimentodestes pela F Seg;

4) força de segurança, após o grosso ter sido acolhido por umaforça de segurança do Esc Sp.

(b) Zonas de reunião - As Z Reu designadas para as companhias deprimeiro escalão são localizadas imediatamente à retaguarda da F Seg do Btl. As

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Z Reu da Cia reserva e do Btl são localizadas à retaguarda da F Seg da Bda.(c) Itinerários de retirada - Os itinerários a serem utilizados pelos

elementos subordinados e as medidas de controle ao longo do percuso sãodesignados de maneira idêntica à do retraimento sem pressão. Os pontos deembarque estarão, normalmente, dentro da Z Reu.

(d) Zonas de retraimento e de retirada - As zonas de retraimento paraas companhias de primeiro escalão são designadas pelo prolongamento doslimites da posição inicial até a retaguarda da F Seg. Assim como a zona deretraimento do Btl é designada pelo prolongamento dos limites do Btl até a F Segda Bda, normalmente, são previstos limites a se tornarem efetivos mediante ordemao longo de toda a zona de retirada do Btl.

(e) Linhas de controle - As linhas de controle são designadas de modoidêntico ao do retraimento sem pressão.

(4) Apoio de fogo - Todos os fogos disponíveis devem ser planejadoscontra as posições inimigas conhecidas, particularmente, Z Reu, posições deataque e reserva. O apoio de fogo deve ser planejado para dissociar o inimigo,impedindo sua rápida reação ao pressentir o retraimento. Os meios QBN sãoempregados para ocultar o dispositivo das forças amigas e o movimento noretraimento ou para desorganizar momentaneamente o inimigo, criando condi-ções para desengajar os elementos em contato e impedir ou retardar a perseguição.

(5) Logística - Na perspectiva de um movimento retrógrado, as unidadesdevem evitar a estocagem de suprimentos em excesso. Os elementos de primeiroescalão, ao retraírem, podem transferir suprimentos para a F Seg ao seremacolhidos por esta. Os suprimentos, exceto de saúde, que não puderem serevacuados, devem ser destruídos. As baixas que vierem a ocorrer na força desegurança serão evacuadas, logo que possível, por via aérea ou por qualquer outromeio disponível.

(6) Comunicações e eletrônica - Durante as fases iniciais do retraimento,os meios de comunicações devem ser mantidos em operação por um período tãolongo quanto possível. Um pequeno destacamento de comunicações é mantidocom a F Seg e o restante do pessoal deve ser enviado para a retaguarda antes dogrosso, para instalar o sistema de comunicações na nova posição. O itinerário demovimento do PC do Btl deve ser divulgado a todos os elementos subordinados.Os itinerários de movimento dos PC das companhias serão prescritos nas ordensdo Btl, de modo a facilitar a utilização dos sistemas físicos já existentes. Osmensageiros especiais são empregados em larga escala após o início doretraimento.

(7) Btl como F Seg da Bda - O Btl, como reserva da Bda, pode recebera missão de apoiar o retraimento dos Btl de primeiro escalão, acolhê-los e cobrir-lhes a retirada, constituindo a F Seg da Bda. Da mesma forma, pode participar daforça de segurança da divisão, como parte de sua Bda reserva. Quando o Btlrecebe a missão de constituir uma F Seg, a posição inicial, o período de tempoem que ela deve ser mantida e as condições para o retraimento são prescritos pelocomando superior. Normalmente, o Btl é reforçado para o cumprimento da missãode F Seg. As ações e a organização de suas posições, bem como as missõesda reserva, são semelhantes ao empregado numa ação retardadora, conformeprescrito no artigo VII deste capítulo.

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5-31. EXECUÇÃO

a. Retraimento sem pressão(1) As instalações de apoio logístico normalmente precedem o retraimen-

to do grosso, bem como as viaturas não necessárias ao grosso e ao destacamentode contato. Tais elementos podem deslocar-se por infiltração durante o dia,mediante autorização do Esc Sp, a menos que possam vir a comprometer o sigilo.

(2) A reserva do Btl desloca-se como um todo, imediatamente antes dascompanhias de primeiro escalão. Havendo possibilidade do inimigo pressionardurante a operação, a reserva pode ser mantida em posição, como uma F Seg,até que seja ultrapassada pelos elementos de primeiro escalão. As armas deapoio devem permanecer em posição até que os elementos do grosso já tenhamcompletado sua reunião. Entretanto, os elementos de apoio de fogo devem, emprincípio, preceder os elementos de manobra no movimento.

(3) Os CC podem retrair por infiltração e antecedendo o grosso, se nãohouver ameaça de blindados inimigos e se não houver comprometimento do sigilo.Os CC em reforço ao destacamento de contato retraem com este elemento.

(4) As companhias de primeiro escalão e seus elementos subordinados,normalmente, iniciam o retraimento simultaneamente. Uma retaguarda deveproteger o movimento do grosso.

(5) O destacamento de contato retrai, protegido pela respectiva reservae no momento prescrito pelo Esc Sp. A hora de retraimento é determinada, emprincípio, de modo a permitir que o destacamento de contato seja acolhido por umelemento de cobertura antes do alvorecer. Após ter acolhido os elementos de 1ºescalão do destacamento de contato, a respectiva reserva retrai até, por sua vez,ser acolhida.

(6) Para simplificar a operação, a posição relativa dos elementos demanobra na nova área de defesa deve ser idêntica à da inicial. Os P Avç C da novaposição (se estabelecidos) são normalmente guarnecidos por elementos dacompanhia reserva do Btl, por ser o elemento de manobra a atingir esta linha emprimeiro lugar.

b. Retraimento sob pressão(1) Todo o apoio de fogo disponível deve ser empregado para apoiar as

unidades de primeiro escalão durante a execução do retraimento.(2) Os CC são empregados para bater os blindados inimigos que tentem

penetrar nas posições da F Seg ou ultrapassá-la, bem como para cobrir oretraimento posterior desta força. Os CC em reforço aos elementos de primeiroescalão normalmente passam a reforçar a força de segurança, após acolhidos poresta.

(3) A turma de reconhecimento pode ser empregada em reforço à forçade segurança do Btl.

(4) O pelotão de morteiros é, normalmente, mantido em ação de conjunto.Após o retraimento do grosso, pode reforçar a F Seg como um todo ou com partede seus elementos.

(5) Os elementos de apoio de fogo e de guerra química poderão serempregados para lançar cortinas de fumaça, a fim de mascarar a operação.

(6) Quando o terreno e a situação o permitirem, todas as unidades de

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primeiro escalão retraem simultaneamente. Se isto não for exeqüível, as unidadesmenos engajadas retraem em primeiro lugar, se outras considerações nãolevarem o Cmt à decisão diferente.

(7) Quando um elemento se encontra decisivamente engajado e incapazde retrair sem ter que aceitar pesadas perdas, o Cmt Btl tentará criar melhorescondições para o retraimento deste elemento, utilizando-se de uma das seguintesmedidas:

(a) empregando todos os fogos disponíveis e outros meios embenefício do elemento aferrado;

(b) determinando que outros elementos apóiem o desengajamento doelemento aferrado; e

(c) empregando uma força, normalmente da reserva, em um contra-ataque de desaferramento na frente do elemento engajado. O contra-ataque dedesaferramento é planejado e executado de modo semelhante a um contra-ataquede desorganização, não sendo marcado um objetivo no terreno. Os CC sãoparticularmente aptos para esta missão que pode ser executada atrávés de uma“varredura de blindados” ou da ocupação de posições de ataque pelo fogo (vide pag8-26 nr (8) letra (c). Ao tomar uma decisão de lançar um contra-ataque dedesaferramento, o Cmt Btl deve considerar a possibilidade da força de contra-ataque vir a ser também engajada decisivamente e o número de baixas que deveráaceitar se determinar o retraimento do elemento aferrado sem o apoio destecontra-ataque.

(8) O retraimento dos elementos de primeiro escalão é realizadodiretamente para a retaguarda sob a proteção de todos os fogos disponíveis.Esses elementos podem deslocar-se inicialmente para Z Reu de pelotão,designadas pela companhia, imediatamente à retaguarda do pelotão reserva, ou,de preferência, diretamente para a zona de reunião da companhia, designada peloBtl, à retaguarda da F Seg deste.

(9) Embora a F Seg do Btl tenha por missão apoiar o retraimento doselementos de primeiro escalão, acolhê-los e cobrir-lhes a retirada, em algunscasos a companhia pode ter que cobrir o seu próprio retraimento, deslocando seuspelotões por escalões.

(10) Durante o deslocamento para a retaguarda, o grosso estabelece suaprópria segurança, empregando vanguarda, flancoguarda e retaguarda. O valor eo dispositivo desses elementos de segurança dependem da localização dasunidades vizinhas, da segurança proporcionada pelo Esc Sp, das possibilidadesdo inimigo e da organização das colunas de marcha.

(11) Da mesma forma que no retraimento sem pressão, a posição relativadas peças de manobra, na nova área de defesa, deve ser idêntica à da área dedefesa inicial, para simplificar a operação. Como norma geral, os P Avç C dasnovas posições (se estabelecidos) são, pelo menos inicialmente, guarnecidos porelementos das companhias de primeiro escalão, por serem os primeiros elemen-tos de manobra a atingir esta linha.

(12) A F Seg inicia seu retraimento à hora determinada pelo Cmt,mediante ordem ou na ocorrência de uma contingência especificada pelocomando. A F Seg retrai diretamente para a retaguarda da F Seg do Esc Sp, oupor escalões, cobrindo seu próprio retraimento até ser acolhida por elementos

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amigos. Neste último tipo de ação, pequenas forças móveis, com grande poderde fogo, são empregadas batendo o inimigo com fogos longínquos e retraindoantes de tornarem engajadas decisivamente. A F Seg mantém o contato com oinimigo, informando sobre suas ações.

ARTIGO VII

AÇÃO RETARDADORA

5-32. GENERALIDADES

a. A ação retardadora é um movimento retrógrado no qual uma força trocaespaço por tempo, infligindo o máximo de perdas e retardamento ao inimigo, semse engajar cerradamente em ações decisivas, criando condições para que outrasforças amigas se preparem ou executem outras operações. É normalmenteempregada como uma medida de economia de forças, podendo ser conduzida porforças de cobertura, forças de segurança e forças de retardamento. Uma açãoretardadora pode, também, ser empregada por parte dos elementos de defesaavançada na defesa móvel, embora estes elementos possam ter certas restriçõesem sua manobra e na zona de ação. A ação retardadora é mais eficientementeexecutada por tropas altamente móveis (blindadas, mecanizadas ou aeromóveis),apoiadas por aviação tática. Uma unidade de infantaria quando empregada emuma ação retardadora deve ser reforçada por elementos mecanizados ou carrosde combate. Dessa forma, aproveitamos a maior capacidade das unidades deinfantaria para manter o terreno, acrescentando-lhes melhor poder de fogo e maiormobilidade para o retardamento contínuo.

b. O emprego de obstáculos, particularmente quando batidos por fogos,aumenta a capacidade de retardamento da força. As forças de retardamentodevem apresentar contínua resistência a fim de obrigar o inimigo a se desdobrare manobrar. Entretanto, o combate aproximado decisivo deve ser evitado, excetoquando indispensável para o cumprimento da missão. O contato com o inimigodeve ser mantido permanentemente, bem como deve ser imposto um contínuoretardamento.

c. As formações dispersas, a liberdade de ação, o apoio de fogo eficaz e osmovimentos, a fim de causar o máximo de perdas ao inimigo e evitar o combateaproximado, são as principais características de uma ação retardadora.

d. O batalhão pode executar uma ação retardadora independentemente oucomo parte de uma força retardadora de maior escalão.

e. Uma ação retardadora difere de uma defesa de área, particularmentepelas seguintes características:

(1) O combate decisivo deve ser evitado;(2) As posições são organizadas para serem mantidas por um período de

tempo limitado.(3) Os contra-ataques são empregados, principalmente, para desengajar

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elementos amigos ou para manter temporariamente uma posição até que surjamcondições mais favoráveis para o retraimento;

(4) O máximo poder de fogo é colocado à frente; e(5) As posições possuem frentes maiores e profundidades menores

5-33. PROCESSO DE EXECUÇÃO

a. Retardamento em uma única posição - Resume-se a uma defesa deárea com tempo de permanência limitado;

b. Retardamento em posições sucessivas - No retardamento em posi-ções sucessivas a unidade se desenvolve como um todo em cada posiçãoretardadora, ocupando-as sucessivamente, após retrair da anterior (Fig. 5-31).

5-32/5-33

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Fig 5-31. O BI Mtz reforçado na ação retardadora em posições sucessivas

c. Retardamento em posições alternadas - No retardamento em posi-ções alternadas, a unidade ocupa simultaneamente duas posições de retarda-mento sucessivas. Os elementos que ocupam a primeira posição, após retraíreme se retirarem cobertos pelos elementos da segunda , ocupam a posiçãoimediatamente à retaguarda desta e, assim sucessivamente (Fig 5-32).

5-33

PIR(D+2/H)L PIAUÍ

P2(...)

L PARÁ

P3(...)

L ACRE

P3(...)

L PARANÁ

P3(...)

L PARANÁ

P3(...)

L ACRE

P2(...)

L PARÁ

PIR(D+2/H)L PIAUÍ

PRETA

PRETA

PRETA

PRETA

PRETA

PRETA

PRETA

PRETA

CC

CC

CC

CC

CC(Z Reu)

CC(Z Reu)

CC(Z Reu)

CC(Z Reu)

Mec

Mec

Mec

Mec

Mec(Z Reu)

Mec(Z Reu)

Mec(Z Reu)

Mec(Z Reu)

(Mdt

O)

(Mdt

O)

Itn A

Itn B

Itn C

PI PI PI

PLib P

LibP

Lib

PLib P

LibP

Lib

PLib

PLib

PLib

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Fig 5-32. O B I Mtz reforçado na ação retardadora em posições alternada

d. Misto - Admite-se a combinação dos processos acima.

5-34. ESCALONAMENTO DAS FORÇAS

a. Elm de segurança - Executam, em linhas gerais, as mesmas missõesdo escalão de segurança de uma defesa de área, através da ocupação de P Obs,realização de patrulhas e lançamento de algumas frações à frente com a missão

5-33/5-34

PIR(D+1/H)L PIAUÍ

P2(....)

L MARANHÃO

P3(....)

L PERNAMBUCO

P4(....)

L SERGIPE

P4(....)

L SERGIPE

P3(....)

L PERNAMBUCO

P2(....)

L MARANHÃO

PIR(D+1/H)L PIAUÍ

CC

CC

CC

CC

CC(Z Reu)

CC(Z Reu)

CC(Z Reu)

CC(Z Reu)

Itn n

Itn

Itn B

(mdt

O)

PLib

PLib

PLibP

Lib

PI

PI

PIPI

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específica de realizar o contra-reconhecimento. Na posição inicial de retardamen-to, normalmente, estes elementos serão lançados pela reserva, pois esta não estácumprindo nenhuma ação tática. Nas demais posições, o encargo será,normalmente, dos elementos de 1º escalão, pois a reserva perderia em flexibili-dade e poder de combate durante o retardamento contínuo.

b. Elm de 1º escalão - O grosso da força retardadora é normalmente,empregado em 1º escalão, adotando um dispositivo linear semelhante ao dadefesa em larga frente. O batalhão distribui seus meios, organizando posições debloqueio de companhia em cima de cada eixo penetrante (com as característicasdescritas em 5-16 b. (1) (a)). Para isso, atribui maior poder de combate e zonasde ação mais estreitas a essas subunidades. Os Elm de 1º escalão têm,normalmente, as seguintes missões:

(1) retardar ou deter a progressão inimiga pela execução de fogoslongínquos;

(2) manter a posição de retardamento até que receba ordem de retrair.Neste caso, pode ser necessária a execução de contra-ataques pararestabelecimento da posição;

(3) evitar um engajamento decisivo. Neste caso, a reserva poderá serempregada em um contra-ataque de desaferramento para desengajar um elemen-to de primeiro escalão que esteja aferrado; e

(4) realizar o retardamento contínuo do inimigo, entre as P Rtrd, caso areserva não tenha condições de executá-lo

c. Reserva(1) A reserva cumpre, normalmente, a mesma missão de uma defesa de

área, exceto quanto à natureza dos contra-ataques.(2) Os elementos da reserva poderão ser empregados na preparação das

posições retardadoras sucessivas e na constituição de uma força de segurançapara apoiar, acolher e cobrir os elementos de primeiro escalão.

(3) Após o retraimento destes elementos, a reserva ou parte dela,normalmente, se constitui em destacamento retardador, com a missão deexecutar o retardamento contínuo do inimigo, entre as posições. Para estamissão, a reserva pode ser reforçada por elementos que estavam em primeiroescalão, após o acolhimento destes. Normalmente, as tropas mais aptas aoretardamento contínuo serão as de carros de combate, infantaria blindada ecavalaria mecanizada.

(4) Os contra-ataques executados pela reserva podem ter as seguintesfinalidades:

(a) Restabelecer a posição, quando a missão exige um tempo depermanência maior na posição;

(b) Desaferrar um elemento de primeiro escalão (contra-ataque dedesaferramento), quando um elemento se engajar decisivamente com o inimigo,criando condições para o seu retraimento; e

(c) Desorganizar o inimigo, para ganhar mais tempo.(5) A reserva, normalmente, é de menor valor que uma defesa de área.

Para fins de planejamento, o ideal é que haja um mínimo de fuzileiros para limitaras penetrações e restabelecer as posições e, no mínimo, um pelotão de carros

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ou de cavalaria mecanizada por eixo de retraimento para o retardamento contínuo.A situação da reserva (centralizada, articulada ou fracionada), dependerá de suamobilidade, largura da zona de ação e transitabilidade do terreno.

(6) Na última posição de retardamento, admite-se que o Btl empreguetodos os seus meios em primeiro escalão, ficando portanto sem reserva. Estasituação poderá ocorrer por exemplo, quando o Btl sofrer uma grande depreciaçãodas suas peças de manobra durante a execução da ação retardadora. Convémressaltar que tal procedimento não é o ideal, sendo admissível em uma situaçãode conduta.

5-35. PLANEJAMENTO

a. Considerações sobre a missão(1) Localização da posição inicial de retardamento (PIR) - A diretriz do

comando superior pode especificar a localização da PIR. Nesse caso, caberá aobatalhão ocupá-la. Todavia, o escalão superior poderá indicar uma área geral,permitindo, em conseqüência, ao comandante do batalhão reconhecer, propor e,finalmente, estabelecer a PIR;

(2) Força de segurança do escalão superior - O batalhão poderá atuarcomo força de segurança da brigada, ocupando a PIR, para apoiar o retraimentodos batalhões em contato com o inimigo, acolhê-los e cobrir-lhes a retirada;

(3) Força de retardamento do escalão superior - O batalhão, como forçade retardamento da brigada, recebe sua área de responsabilidade de retardamen-to, na zona de ação da brigada, ou em parte dela, através dos limites laterais edos pontos limites da PIR e das posições de retardamento subseqüentes, até alinha da força de segurança do escalão que estabelecerá a nova posição defensiva.O comandante do batalhão pode estabelecer as posições de retardamentosubseqüentes e as linhas de controle, de acordo com suas necessidades.

(4) Duração do retardamento - O comandante da brigada, normalmente,especifica o prazo a ganhar em cada posição de retardamento ou na operaçãocomo um todo; no último caso, o comandante do batalhão estabelecerá o prazoa retardar o inimigo em cada posição.

(5) O planejamento da ação retardadora deve ser bastante flexível, umavez que o inimigo poderá abordar cada uma das posições de retardamento ( P Rtrd)de uma forma diferente. O Cmt Btl deverá se utilizar dos seus meios de busca edo destacamento retardador para definir exatamente como o inimigo abordará apróxima P Rtrd. Após esta definição o Cmt, se necessário, reajustará seudispositivo.

b. Seleção das posições de retardamento(1) Normalmente o escalão superior define as P Rtrd que serão ocupadas,

bem como o número de jornadas a ser ganho em cada posição. No entanto, casoisto não ocorra, o Btl selecionará as P Rtrd, baseando-se nos seguintes fatores:

(a) Fator Missão1) Profundidade de retardamento - Medida da posição inicial de

retardamento até a nova localização das forças de segurança do escalão superior.2) Distância mínima - Equivale à distância a partir do qual a

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artilharia inimiga é obrigada a mudar de posição para que os fogos desencadeadostenham seus resultados otimizados. Em princípio, a observância da distânciamínima garante que a Art inimiga, mesmo posicionada dentro do seu alcancemínimo de emprego em relação a uma P Rtrd, não conseguirá atingir com precisãoa P Rtrd subseqüente. Corresponde ao alcance de utilização da artilharia leveinimiga subtraído do seu alcance mínimo .Por exemplo: considerando-se que oalcance de utilização da artilharia inimiga seja de 9,5 Km e o seu alcance mínimode 1,5 Km, a distância mínima será igual a 8 Km.

3) Quantidade ideal de P Rtrd (P): é o maior número de posiçõesde retardamento que poderá ser estabelecido dentro da profundidade de retarda-mento, respeitando-se a distância mínina.

P = ProfundidadeDistância Mínima

(b) Fator Terreno - Uma posição de retardamento deve atender asseguintes características:

1) Linha de alturas transversais à direção do avanço inimigo;2) Linha de alturas favoráveis à defesa e que permitam boa

observação e fogos longínqüos;3) Domínio de convergência e irradiação de eixos;4) Cursos de água, pântanos, lagos, matas e outros obstáculos

à frente ou nos flancos que facilitem a defesa, permitam economia de meios edificultem o movimento do inimigo; e

5) Itinerários desenfiados para o retraimento.(2) A seleção das posições que poderão ser ocupadas ocorrerá através

da comparação da quantidade ideal de P Rtrd ( fator missão ) com as linhas dealturas levantadas em função do terreno, selecionando, assim, as melhoresposições a ocupar.

c. Montagem das linhas de ação(1) Selecionadas as posições de retardamento e após ter sido realizado

o estudo do inimigo, o comandante do batalhão passa à montagem de suas linhasde ação definindo, para cada L Aç montada, as P Rtrd que efetivamente serãoocupadas, o tempo (em termos de jornadas) durante o qual o inimigo deve sermantido à frente de cada posição, o processo de retardamento a ser empregado,o dispositivo em cada P Rtrd e a organização para o combate do Btl. Como o Btlopera normalmente enquadrado na Bda, a montagem da linha de ação ficará, emprincípio, reduzida à escolha do processo, à definição do dispositivo em cadaP Rtrd e à organização para o combate.

(2) Definição das P Rtrd que serão ocupadas:- O S3 deve levar em consideração o valor defensivo de cada uma das

linhas de alturas levantadas, o tempo total de retardamento e o alcance daartilharia inimiga. As P Rtrd devem estar suficientemente afastadas para obrigaro inimigo a reagrupar e a deslocar os meios de apoio ao combate antes deprosseguir no ataque de uma posição para outra. Por outro lado, devem estarsuficientemente próximas para permitir que o retraimento entre duas posiçõesseja completado em uma noite. Além disso, o S3 deve ter consciência de quequanto menor for o número de P Rtrd, maior será o tempo a ser ganho em cada

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posição. Em contrapartida, um número maior de P Rtrd poderá significar umdesrespeito ao fator DISTÂNCIA MÍNIMA. Este dilema torna-se particularmenteverdadeiro quando o alcance da Art Ini for muito grande.

- As P Rtrd que não foram selecionadas para serem ocupadaspoderão ser utilizadas como linhas de controle ( P Rtrd alternativas )

(3) Determinação do tempo a ser ganho em cada posição (prioridades):- Maior prazo para as posições com maior valor defensivo, que

estejam apoiadas em obstáculos de valor, que permitam o seu agravamento ou,ainda, que possuam trabalhos de organização da posição realizados;

- Em igualdade de condições entre duas ou mais posições, ocomandante do batalhão deve prever um maior prazo a ganhar nas posiçõesiniciais, mantendo flexibilidade para o cumprimento da missão.

(4) Escolha do processo(a) Considerar:

(b) Se a missão for de curta duração ou quando o terreno oferecersomente uma posição de retardamento favorável, o comandante poderá decidirpelo processo de retardamento em uma única posição.

(c) Um processo de retardamento poderá ser misto, combinando osdois processos, em virtude de alterações profundas quanto ao terreno e aosmeios.

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OSSECORP

ROTAF SOTCEPSA SAVISSECUSSEÕÇISOP SADANRETLASEÕÇISOP

OÃSSIMEDADISSECEN

EDAÇNARUGES

arednoperpoãN-anaçnar-ugesroiamededadisseceN-àaçaema,otsopxeocnalf(oãssim

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(5) Organização das P Rtrd(a) Impostas pelo escalão superior ou selecionadas pelo comandante

da unidade, o S3 passa a analisar e organizar cada uma das posições deretardamento empregando para isto o processo da cinco fases ( ver parágrafo 5-13 do Cap V ) com as adaptações que se seguem.

(b) Inicialmente, o S3 levanta as vias de acesso e os eixos penetran-tes que conduzem o inimigo ao interior da posição e as posições do terreno quemelhor permitam bloqueá-los.

(c) Visando obter observação e campos de tiro profundos, os núcleosde primeiro escalão deverão estar posicionados nas partes mais elevadas doterreno, apoiando-se contudo, nos obstáculos naturais à frente da posição.Sempre que possível, os obstáculos deverão estar dentro do alcance das armasautomáticas e anticarros do batalhão.

(d) As forças que realizam a ação aproveitam os obstáculos naturaisdas posições de retardamento. Os obstáculos artificiais são utilizados paramelhorar a posição. Os materiais, o tempo e a mão-de-obra disponíveis influemna quantidade de obstáculos a serem construídos. Todos os obstáculos, naturaise artificiais, devem ser batidos pelo fogo direto ou indireto para produzir o máximode retardamento;

(e) O batalhão procura defender em toda a frente (normalmente emlarga frente), sendo que nos eixos mais importantes organiza posições debloqueio valor subunidade (com as características descritas em 5-16 b. (1) (a)).O apoio mútuo lateral entre os pelotões das SU que não possuem os eixos maisimportantes em suas Z Aç deve ser buscado. No entanto, devido à conformaçãodo terreno ou a falta de meios, nem sempre esta situação será possível. Nas áreaspassivas e menos favoráveis à progressão do inimigo, deve-se prever o menor graude resistência possível ( retardar ou vigiar);

(f) O batalhão procura controlar as rocadas para deslocamentos deseus meios de apoio ao combate, reservas e logísticos. Evita sua utilização peloinimigo, impedindo-o de agir em seus flancos.

(g) Caso o Btl possua um dos seus flancos exposto, poderá adotaruma das seguintes medidas: designar um Elm manobra com a missão específicade proteger este flanco ou determinar que a SU que se encontra mais próxima aoflanco exposto faça a sua proteção, reforçando-a com os meios necessários paracumprir esta missão.

(h) A associação de conjuntos topotáticos e a atribuição de mais deum grau de resistência para uma SU, apesar de não serem desejáveis, ocorremcom maior frequência na ação retardadora, devido as largas frentes que sãoatribuídas aos Btl.

d. Comparação das linhas de ação - A comparação das linhas de açãoé realizada analisando-se os seguintes aspectos:

(1) o número de posições que serão ocupadas em cada linha de ação;(2) a distância entre cada uma das posições de retardamento;(3) o tempo a ser ganho em cada posição de retardamento;(4) o processo utilizado em cada linha de ação;(5) a simplicidade da manobra em toda a profundidade da Z Aç, devendo-

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se evitar tanto a alteração do posicionamento das SU dentro do dispositivo do Btl,quanto a mudança desnecessária da organização para o combate destasmesmas SU;

(6) a provável hora de retraimento de cada posição de retardamento(preferencialmente o retraimento até a próxima posição de retardamento deveráocorrer durante a noite ); e,

(7) O dispositivo adotado nas P Rtrd em cada uma das L Aç, devendo sercomparado de acordo com os fatores empregados na comparação da L Aç dadefesa em posição (Ver Pag 5-44 Nr 5-15).

e. Cavalaria mecanizada - Os elementos mecanizados são utilizados emprincípio em 1º escalão barrando os principais eixos de penetração. Se o batalhãofor reforçado por um esquadrão este deverá receber o conjunto topotático de maiorimportância, admite-se reforçar uma subunidade com um pelotão de cavalariamecanizado, caso esta possua em sua zona de ação um eixo penetrante.

f. Carros de combate - Os elementos de carro de combate, por suanatureza, permanecem em reserva, com missões de aprofundar a defesa anticarroe realizar contra-ataques. Poderão ainda ser empregados em 1º escalão,preferencialmente reforçando as SU que possuírem eixos penetrantes em suaZ Aç. Os carros são os meios mais aptos para realizar o retardamento contínuo.

g. Medidas de coordenação e controle - Deve ser feito o máximo deemprego de medidas de coordenação e controle para todas as fases da operação.Entre outras medidas de controle estão incluídas:

(1) linhas de controle - Fixadas nas linhas de interesse tático. Facilitama coordenação da operação e dão flexibilidade ao comandante, pois, caso hajanecessidade, poderão ser ocupadas como posições de retardamento alternativas.- Ponto de liberação – Região do terreno onde ocorre a liberação de peças demanobras para ocupação das posições de retardamento e/ou das posiçõesdestinadas aos elementos de segurança;

(2) zona de reunião - localizada à retaguarda da força de cada posição deretardamento;

(3) itinerários, zonas de ação, pontos de embarques e outras medidasque se façam necessárias seguem as mesmas prescrições do previsto para osretraimentos, lembrando que o tempo para manutenção de posição deve estarclaramente especificado.

h. Comunicações e eletrônica - Durante a ação retardadora, a continui-dade das comunicações é o princípio mais importante na fase de execução destaforma de manobra. Os meios rádio devem, em princípio, permanecer com aprescrição livre para os elementos em contato, restrito para os elementos que sedeslocam entre as posições retardadoras e em silêncio na próxima posição àretaguarda. Os meios físicos devem ser estabelecidos nas posições retardadorascom a maior antecedência possível, aproveitando-se os recursos já existentes.Quanto ao meio mensageiro, é empregado em maior número durante odeslocamento entre as posições retardadoras, principalmente o mensageiroespecial. Meios visuais, acústicos e diversos podem ser empregados parasuplementar quaisquer dos meios acima descritos. As considerações a respeito

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de posto de comando para cada posição retardadora seguem as mesmasprescrições estabelecidas para o PC numa defesa de área, ressaltando-se oaspecto de, se possível for, um só PC deve atender a duas ou mais posiçõesretardadoras, evitando-se mudanças freqüentes e desnecessárias deste órgão decomando, sem ser desprezado o apoio cerrado.

i. Engenharia(1) As destruições e os obstáculos são empregados ao máximo, a fim de

retardar e desorganizar a progressão do inimigo. O emprego de campos de minas,abatises e crateras, assim como a destruição de obras de arte, como túneis epontes, restringem a manobra do inimigo, facilitando a execução do movimentoretrógrado. Podem ser empregados campos de minas de inquietação.

(2) Destruição de pontes(a) Após o retraimento das forças de segurança, todos os meios de

transposição de curso de água são, normalmente, removidos ou destruídos.Nenhum bote ou portada deve permanecer na margem inimiga. Os vaus devemser minados ou tornados inutilizáveis por meio de obstáculos. Devem serdestruídos lances de pontes em número suficiente para impedir que o inimigoutilize o restante da estrutura. A responsabilidade pela destruição das pontes, nazona de ação do batalhão é, normalmente, delegada ao seu comandante, comalgumas restrições que serão impostas pelo escalão superior.

(b) Um destacamento de destruição é, normalmente, organizado sobo comando de um oficial ou graduado de engenharia. As unidades de infantariafornecem o destacamento de segurança, inclusive o respectivo comandante. Ocomandante do destacamento de destruição é subordinado ao comandante dodestacamento de segurança e executa as destruições nos horários e nascondições prescritas, ou mediante o recebimento de uma senha pre-estabelecida,ou por ordem do comandante do destacamento de segurança. Uma vez executadaa destruição, os resultados são relatados ao comando que a determinou. No casode falha ou de apenas se conseguir uma destruição parcial, o destacamento desegurança protege o destacamento de destruição até o momento em que estetenha completado a destruição.

(c) O comandante do destacamento de segurança ordena aexecução da destruição respeitando as prescrições do comando responsável.Contudo, na iminência de captura da ponte pelo inimigo, o comandante dodestacamento de segurança ordena, por sua própria iniciativa, a execução dadestruição.

(d) Os planos de destruição de pontes devem assegurar que asmesmas não sejam destruídas prematuramente nem capturadas intactas peloinimigo. O destacamento de segurança tem a missão de proteger a ponte contrasabotagem e ataques inimigos. Uma lista das unidades que devem utilizar a ponteé fornecida ao comandante do destacamento de segurança e os comandos queretraem informam quando a unidade tiver liberado a ponte.

j. Apoio aéreo - As unidades da aviação podem receber as seguintesmissões, quando em apoio às operações de movimento retrógrado:

(1) Proporcionar observação, reconhecimento e vigilância aéreos, infor-mando sobre os movimentos executados pelo inimigo;

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(2) Facilitar o comando e o controle (inclusive controle de trânsito);(3) Prover transporte para oficiais de ligação e mensageiros especiais;(4) Pelo emprego de forças aeromóveis, assegurar a posse de passagens

e outros pontos críticos necessários à operação, cobrir flancos expostos,bloquear forças inimigas que tenham desbordado nossas posições;

(5) Prover meios para a regulação e observação aérea dos fogos de apoio;(6) Deslocar reservas;(7) Executar missões de segurança de área de retaguarda;(8) Apoiar no desengajamento de elementos subordinados, fornecendo

apoio de fogo e mobilidade;(9) Transportar suprimento e evacuar material e equipamento;(10) Evacuar baixas;(11) Aumentar as possibilidades das comunicações (retransmissão

rádio, lançamento de fio, etc);(12) Lançar cortinas de fumaça; e(13) Fornecer meios para o movimento aéreo de uma força ou parte dela.

k. Apoio de fogo - o planejamento de fogos nos movimentos retrógradosé semelhante ao que é realizado na defesa em posição, devendo ser planejadofogos nas proximidades de todas as passagens obrigatórias. Abaixo estãoespecificadas outras peculiaridades:

(1) As armas anticarro normalmente são passadas em reforço às SU de1º escalão, particularmente àquelas que não tenham sido reforçadas por CC e quepossuam em sua Z Aç Via A favoráveis ao emprego de carros, sendo escalonadasem profundidade. Inicialmente, devem ser localizadas para engajar o inimigo omais à frente possível. Posições subseqüentes devem permitir o apoio emprofundidade. Durante o retardamento contínuo, elementos anticarro podemreforçar o elemento retardador responsável por cada eixo.

(2) Os morteiros são empregados, se possível, em ação de conjunto ecom prioridade inicial de apoio aos Elm de segurança e de contra - reconhecimen-to. Posteriormente esta prioridade de fogos passa para a subunidade que barra oeixo mais importante. Porém , os morteiros podem operar por seções, seja paracobrir uma zona de ação muito larga, seja para prover o apoio em profundidadenuma posição ou em mais de uma , caso seja adotado o processo de posiçõesalternadas.

l. Apoio logístico - Este assunto será abordado no Cap 10.

5-36. EXECUÇÃO

a. As ações de uma posição retardadora(1) Os Elm Rec inimigos devem ser destruídos ou neutralizados pelos

fogos das armas de tiro indireto ou pela ação direta da força de contra-reconhecimento O inimigo que se aproxima é inicialmente batido por fogoslongínqüos; à medida que se aproxima é submetido a um crescente volume defogo. Todo o esforço deve ser feito para infligir o máximo de perdas ao inimigo,desorganizá-lo, detê-lo e obrigá-lo a se reorganizar ou a emassar-se para umassalto.

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(2) O comandante do batalhão deve evitar um combate decisivo, excetose indispensável para o cumprimento da missão, fazendo tudo para manter aintegridade da sua força. Se o inimigo ameaçar cerrar sobre a posição, ele devedecidir entre executar um retraimento diurno ou correr o risco de um combateaproximado para aguardar a noite a fim de realizar o retraimento. Se sãoesperados contatos ou penetrações sem importância, o comandante poderádecidir retrair à noite. Inversamente, poderá decidir pelo retraimento diurno, apesardas desvantagens que apresenta.

(3) Quando o Cmt decidir realizar o retraimento, a reserva posiciona-seno terreno de maneira que possa engajar o inimigo e passa a atuar comodestacamento retardador, apoiando o retraimento, acolhendo e cobrindo a retiradados elementos de primeiro escalão.

(4) Durante o retraimento, o pessoal designado executa as destruiçõesprevistas, fecha as passagens nos campos de minas e prepara outros obstáculosdentro das disponibilidades de tempo e material.

(5) O destacamento retardador mantém o contato com o inimigo com ocuidado de não ser desbordado e nem tão pouco ficar decisivamente engajado.O destacamento retardador efetua o retardamento do inimigo ao longo dos eixos.

(6) Os Elm de primeiro escalão ao atingirem a próxima posição deretardamento realizam a ocupação dessa e ficam monitorando a aproximação dodestacamento retardador.

b. Fatores referentes à decisão da hora do retraimento(1) Valor e natureza da força atacante;(2) Situação das unidades vizinhas - Quando o combate se desenvolve

em áreas de operações continentais, o fato de uma unidade vizinha ou até mesmode uma SU orgânica iniciar um retraimento não determinará que o Btl como umtodo inicie o seu retraimento. Isto poderá acontecer quando as características doterreno ou as grandes distâncias existentes entre o Btl e aquela unidade vizinhaou até mesmo entre as SU do Btl caracterizarem que as ações desencadeadaspor essas tropas ocorrem de forma independente, configurando uma situação decombate não-linear. Nestes casos, ocorre normalmente um reajuste do disposi-tivo a fim de evitar a criação de um flanco exposto;

(3) Condições da força de retardamento e grau de ameaça de destruiçãoou de engajamento decisivo; e

(4) Prazo de retardamento exigido pela missão.

c. A autoridade para determinar o retraimento antes da hora determinadapermanece com o comandante que determinou a ação, exceto se especificamen-te delegada esta autoridade. Em qualquer caso, o comando imediatamentesuperior deve ser mantido permanentemente informado da situação, de modo quepossa determinar os reajustamentos necessários, antes que as unidades setornem decisivamente engajadas. Deve ser mantida contínua ligação entre osbatalhões vizinhos para assegurar a coordenação no retraimento. Um comandan-te subordinado que perde o contato com o escalão superior deve fazer todopossível para cumprir as missões nas condições especificadas pelo comandosuperior e para restabelecer as ligações com o mesmo. Se for forçado a retrairantes que as ligações sejam restabelecidas, deve coordenar a ação com os

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elementos vizinhos e comunicar ao escalão superior logo que possível. Oretraimento deve ser iniciado enquanto a unidade dispuser de liberdade de ação.

ARTIGO VIII

RETIRADA

5-37. GENERALIDADES

a. Uma retirada é o movimento ordenado de tropas para longe do inimigo,realizado de acordo com um planejamento e sem contato com o inimigo, a fim deevitar um combate decisivo. Um Btl, normalmente, executa uma retirada comoparte de uma força maior. Quando em missão independente, o Btl se retira emcumprimento de ordens específicas ou depois de cumprida sua missão.

b. Uma retirada pode ser realizada com as seguintes finalidades:(1) aumentar a distância entre o defensor e o inimigo;(2) encurtar as distâncias para o apoio logístico;(3) ocupar um terreno mais favorável à defesa; e(4) permitir seu emprego em outro setor.

c. Um retraimento pode preceder uma retirada. Esta tem início depois quea força se tenha desengajado e as colunas de marcha tenham sido organizadas,normalmente cobertas por um destacamento de contato ou força de segurança.

5-38. EXECUÇÃO

a. Numa retirada, o Btl pode receber uma zona ou um itinerário de retirada.O Btl retira-se por um único itinerário, como um todo, ou utilizando itineráriosmúltiplos, dependendo da disponibilidade da rede de estradas, rapidez desejada,distância a percorrer e do grau de segurança existente.

b. O Btl adota uma formação inversa da empregada numa marcha para ocombate. Devem ser estabelecidas apropriadas vanguardas, flancoguardas eretaguardas. Quando a retirada é precedida de um retraimento, a retaguarda deveser de forte valor. Quando o inimigo atua ou ameaça atuar sobre a retaguarda datropa, a retaguarda passa a realizar as ações de uma operação retardadora.

c. As considerações para a retirada por via aérea e a sua execução sãorelativas a um movimento aéreo comum.

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ARTIGO IX

DEFESA CIRCULAR

5-39. GENERALIDADES

a. A defesa circular é uma variante da defesa de área, na qual uma unidadefica disposta de modo a fazer frente simultaneamente a um ataque inimigo partidode qualquer direção. Quando esse dispositivo de defesa circular se apresentar emposições organizadas ou fortificadas, com adequado sistema de barreiras edotados de todos os meios, especialmente de apoio de fogo e suprimentos, parasuportar ações prolongadas, ainda que ultrapassados, constituir-se-á em umponto forte);

b. A defesa circular pode ser empregada nas seguintes situações:(1) missões independentes;(2) constituição de posições de bloqueio na defesa móvel ou em larga

frente;(3) isolamento da unidade (cerco ou envolvimento) por ação do inimigo;e(4) sob restrições de terreno tais como em terreno montanhoso, nas

selvas e nos desertos, que impeçam a organização de um dispositivo de defesanormal.

c. Normalmente, os elementos de comando de apoio e de serviços sãolocalizados no interior do perímetro.

d. A defesa circular se caracteriza particularmente por:(1) máxima potência de fogo à frente do LAADA;(2) máximo apoio mútuo; e(3) pequeno espaço de manobra;

5-40. PLANEJAMENTO

As considerações a serem levadas em conta no planejamento da defesacircular são idênticas às tomadas no planejamento de uma defesa de área.

a. Área de segurança - Área de segurança é organizada de maneiraidêntica à da defesa de área. Os elementos de primeiro escalão estabelecem asegurança aproximada e o comando da unidade que conduz a defesa circularestabelece os P Avç C. Os que guarnecem os P Avç C fornecem alerta oportunoda aproximação do inimigo, impedem sua observação direta sobre as posições,dentro de suas possibilidades, retardam, causam baixas e desorganizam asforças inimigas. Os P Avç C são localizados à frente do LAADA, dando prioridadeas regiões de maior probabilidade de aproximação do inimigo, que ofereçam boaobservação, que impeçam a observação e tiros diretos do inimigo sobre a posiçãoe que estejam dentro da distância de apoio em relação ao LAADA. As frações queguarnecem os P Avç C são localizadas de modo a cobrir as Via A que conduzemao LAADA. Os intervalos entre os elementos do P Avç C são cobertos por

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patrulhas, observação terrestre, aérea e por fogos. O valor destes postos devigilância varia de alguns homens a um grupo de combate reforçado.

b. Área de defesa avançada(1) Na defesa circular, os elementos de primeiro escalão recebem a

responsabilidade de organizar e defender uma parte específica do perímetro. Afrente designada para cada elemento de primeiro escalão dependerá dos fatoresde decisão.Na divisão das frentes para as SU, o Cmt deve levar em consideraçãoos seguintes aspectos:

(a) buscar uma defesa equilibrada, fazendo uma distribuição homo-gênea dos elementos subordinados no perímetro, principalmente se a Dire Ini nãofor conhecida;

(b) não dividir responsabilidades sobre eixos de aproximação e Via A,observando a divisão topotática do terreno;

(c) atribuir frente mais estreita para o elemento que defende a Via Amais importante. Desta forma procura dar maior profundidade nessa parte do DspoDef, bem como, priorizar o emprego das armas de apoio nesta direção;

(d) aproveitar os obstáculos naturais do terreno para aumentar afrente de uma peça de manobra, em benefício das demais;

(e) as armas de apoio devem ficar ECD bater todo o perímetro;(f) proporcionar espaço de manobra suficiente para o desdobramento

dos elementos de comando e apoio ao combate.(2) Outros graus de resistência, menores do que o defender, podem ser

admitidos em frentes de menor importância.(3)Como os intervalos entre os elementos de primeiro escalão devem ser

evitados, particularmente em terreno coberto, as frentes e profundidades sãogeralmente reduzidas. O raio do dispositivo de defesa circular do Btl a trêscompanhias, varia em função dos fatores da decisão. Devido à pouca profundidadee falta de espaço de manobra, o Cmt Btl empregará todos os meios para evitarpenetrações na posição. Assim, o grosso dos seus meios pode ser localizado noperímetro, guardando-se uma reserva de pequeno valor, normalmente um pelotãode fuzileiros.

(4) Os dispositivos do Btl na defesa circular podem variar de acordo coma definição da provável direção de ataque inimigo, com o terreno e com os planospara futuras operações. (Fig 5-33, 5-34 e 5-35).

5-40

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C 7-20

5-98

Fig 5-33. O batalhão na defesa circular. Duas companhias no perímetro

Fig 5-34. O batalhão na defesa circular. Três companhias no perímetro

5-40

LAADALAADA

P Avç C

21

3

LAADALAADA

LAADA

P Avç C

P Avç C P Avç C

LEGENDAP Vig

1 3

2

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5-99

C 7-20 5-40

Fig 5-35. O batalhão reforçado na defesa circular. Quatro companhias no perímetro

c. Área de reserva(1) Os elementos de comando e de apoio do Btl são localizados na área

de reserva.(2) A reserva pode ser constituída por uma subunidade, por elementos

das companhias de primeiro escalão (reserva hipotecada) ou pela reunião deelementos de comando e apoio do Btl sob um comando organizado especifica-mente (reserva temporária).

(3) É conveniente a organização de uma reserva dotada de grandemobilidade, em condições de atuar rapidamente em qualquer direção. Um númeroadequado de posições de aprofundamento deve ser preparado para fazer face aum ataque de qualquer parte do perímetro, ficando a reserva concentrada em ZReu, em condições de ocupá-las oportunamente, ou ocupando-as desde logo,tendo em vista as direções mais perigosas para a defesa.

(4) O emprego de todas as companhias em primeiro escalão permitirá omáximo de poder de fogo no LAADA e melhores condições de apoio mútuo;entretanto, tal dispositivo pode resultar em deixar elementos de subunidadesdiferentes como reserva e sem um comando específico. A manutenção de umareserva de valor companhia garantirá unidade de comando, porém, esta formaçãorestringirá, no interior do perímetro, espaço suficiente para emprego apropriadodos elementos de apoio e de serviços.

P Avç CP Avç C

P Avç C

P Avç C

LAADA

LAADA

LAADA

LAADA

LEGENDAP Vig

3

1

2

4

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C 7-20

5-100

5-40

(5) As restrições impostas pelo terreno, aliadas à pequena profundidadedo dispositivo, podem tornar necessária a localização de uma força de contra-ataque fora do perímetro, desde que este elemento possua possibilidadesaeromóveis.

d. Processo decisório(1) A montagem de linha de ação na defesa circular obedece ao processo

das 5 (cinco) fases atentando para as prioridades abaixo ordenadas:(a) defender todas as Via A com apoio mútuo em largura e em

profundidade (ideal);(b) defender as principais Via A com apoio mútuo em largura e

profundidade e com apoio mútuo em largura nas demais;(c) defender as principais Via A com, pelo menos, apoio mútuo em

largura e admitir outros graus de resistência nas demais Via A.(2) Sob o fator terreno, durante o planejamento, deve ser considerada a

adequada utilização do terreno, permitindo aprofundamento da defesa.(3) Quanto ao dispositivo adotado, constituem vantagens numa linha de

ação os seguintes aspectos:(a) simplicidade (SU com apenas um grau de defesa e/ou menor

número de peças de manobra do Btl);(b) equilíbrio do dispositivo;(c) maior poder de combate na ADA;(d) valor da reserva;(e) menor frente para quem defende a parte mais importante ou se

opõe a maior ameaça inimiga; e(f) apoio mútuo.

e. Apoio de fogo - O emprego das armas de apoio orgânicas e em reforço,são, de um modo geral, idênticos ao de uma defesa de área.

(1) As metralhadoras dos elementos em reserva podem ser empregadasno LAADA, para reforçar a defesa no perímetro.

(2) As armas anticarro são normalmente, empregadas no LAADA parabater alvos de diversas natureza, reforçando os fogos das demais armas.

(3) Os CC em reforço ao Btl podem ser mantidos em zona de reunião,integrar a reserva ou serem colocados em posição de tiro no LAADA. Mesmoquando empregados como reserva, são preparadas posições de tiro principais esuplementares para os carros, de modo a bater todas as Via A e facilitar a reuniãopara o apoio ou execução dos contra-ataques.

(4) O emprego das armas de tiro indireto deve permitir bater o inimigo omais longe possível do LAADA e em qualquer direção. Os fogos disponíveis parao batalhão, provenientes de armas de apoio localizadas fora do perímetro, devemser coordenados e integrados no plano de defesa da unidade.

f. Apoio logístico - Este assunto será abordado no Capítulo 10.

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C 7-20 5-41/5-43

5-41. CONDUTA

a. Se o inimigo penetrar na posição, a reserva pode ser empregada paralimitá-la ou para contra-atacar a fim de restabelecer a posição. Durante o empregoda reserva, uma reserva temporária deve ser organizada para fazer face a qualqueroutra ameaça. Pode vir a ser necessário o emprego de elementos não-engajadosem outras partes do LAADA como força de contra-ataque. Neste caso, um outroelemento de valor adequado deve ser mantido nas posições de onde foramretirados os que executarão o contra-ataque. O emprego de reservas aeromóveislocalizadas fora do perímetro exige estreita coordenação com os elementos emposição, incluindo medidas de controle tais como linha limite de progressão, linhade coordenação de apoio de fogo e Z Aç do elemento empregado.

b. A perda do poder de combate da reserva, após a conduta por ocupaçãode núcleo submergido ou reajustamento do dispositivo, poderá implicar em manterelementos de comando e apoio ou até elementos de engenharia como reservapermanente.

ARTIGO X

DEFESA À RETAGUARDA DE CURSO DE ÁGUA

5-42. GENERALIDADES

a. Os cursos de água largos e não vadeáveis restringem a progressão e amanobra das forças atacantes, porém, não se deve esperar que, por si só, sejamcapazes de deter as tropas e blindados que atacam. Do ponto de vista tático, oscursos de água constituem um obstáculo para o atacante e uma linha de defesafavorável ao defensor. No planejamento da defesa à retaguarda de um curso deágua, devem ser considerados a natureza deste curso, o terreno adjacente e osmeios de transposição de que dispõe o inimigo.

b. A defesa é organizada utilizando-se o terreno que controla o curso deágua e suas passagens, bem como aquele que permita deter, destruir ou repelir,pelo fogo e pela manobra, o inimigo que tentar a transposição. Quando defendendoà retaguarda de um curso de água, o Cmt Btl pode esperar que o atacante progridarapidamente e, sem parada, tente a transposição imediata em vários pontos depassagem, empregando viaturas anfíbias, processos expeditos de travessia ehelicópteros.

5-43. LOCALIZAÇÃO DO LAADA

a. A defesa à retaguarda de um curso de água pode ser estabelecida deduas maneiras:

(1) LAADA ao longo da margem do curso de água; e(2) LAADA à retaguarda da margem do curso de água, em terreno

favorável à defesa.

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C 7-20

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5-43/5-44

b. O traçado geral do LAADA prescrito pelo Esc Sp pode indicar, semalternativas, o local onde a defesa deve ser estabelecida. Entretanto, se o traçadogeral do LAADA permitir maior amplitude de escolha, o Cmt Btl tem liberdade deselecionar a posição a defender, levando em consideração os seguintes fatorestáticos:

(1) Fatores que indicam a defesa ao longo da margem:(a) o curso de água é efetivamente um obstáculo de valor;(b) observação e campos de tiro melhores ou, pelo menos, iguais aos

do inimigo;(c) os tiros rasantes podem ser colocados nas possíveis passagens

do curso de água;(d) traçado do curso de água aproximadamente paralelo à frente a ser

defendida; e(e) existência de boas cobertas e abrigos para a defesa.

(2) Fatores que indicam a defesa à retaguarda da margem:(a) o curso de água não constitui obstáculo de valor;(b) a margem inimiga possui campos de tiro e de observação

superiores à do defensor da margem amiga; e(c) os tiros rasantes não podem bater eficientemente as possíveis

passagens do curso de água.

5-44. DEFESA AO LONGO DA MARGEM

a. A defesa ao longo da margem do curso de água tem por finalidade:(1) impedir a transposição inimiga; e(2) destruir ou repelir o inimigo quando tentar se estabelecer na margem

amiga, através de contra-ataques.

b. Neste tipo de defesa, as forças podem ser distribuídas de duas maneiras:(1) maioria de meios em primeiro escalão; e(2) maioria de meios em reserva.

c. Maioria de meios em primeiro escalão - Quando a maioria de meiosé empregada em primeiro escalão, o dispositivo é semelhante ao de uma defesade área e tem em vista impedir, a todo custo, que o inimigo transponha o cursode água. (Fig 5-36)

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C 7-20 5-44

Fig 5-36 . Defesa ao longo da margem, com a maioria de meios em primeiro escalão

d. Maioria de meios em reserva - Quando a maioria de meios é mantidaem reserva, os elementos de primeiro escalão, em larga frente, são empregadospara controlar os pontos favoráveis à transposição, organizados em posições debloqueio (com as características descritas em 5-16 b. (1) (a)). Estes elementosdevem ser de valor adequado para retardar o inimigo, criando condições para areserva contra-atacar, em momento oportuno, para destruir ou repelir o inimigo,antes que este complete o desembarque do grosso de suas forças na margemamiga. (Fig 5-37)

e. Os seguintes fatores devem ser considerados pelo Cmt Btl para chegara uma decisão quanto à distribuição das forças na defesa ao longo da margem emum curso de água:

(1) largura da frente a ser defendida;(2) número de passagens favoráveis à transposição;

P Avç C P Avç C

LAADA LAADA

(Z Reu)

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C 7-20

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5-44/5-45

Fig 5-37. Defesa ao longo da margem, com a maioria de meios em reserva

(3) características defensivas da margem e transitabilidade da área dedefesa;

(4) disponibilidade de meios de transposição do inimigo;(5) mobilidade do Btl;(6) disponibilidade de carros de combate; e(7) possibilidade de emprego de fumígenos pelo inimigo.

f. O Btl é o menor escalão que é autorizado a optar por uma das formas dedistribuir as forças na defesa ao longo da margem de um curso de água.

5-45. DEFESA À RETAGUARDA DA MARGEM

a. A defesa é organizada de maneira idêntica à defesa de área, utilizandoadequadamente o terreno imediatamente à retaguarda do curso de água. (Fig 5-38)

LAADA LAADA

P Avç C P Avç C

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C 7-20 5-45/5-46

Fig 5-38. Defesa à retaguarda da margem

b. Entretanto, os contra-ataques são planejados não só para restabelecera posição, como também para destruir ou expulsar o inimigo para a margemoposta.

5-46. CONSIDERAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO

a. Após ter decidido o “ONDE” (ao longo ou à retaguarda da margem) e o“COMO” (maioria de meios em primeiro escalão ou em reserva), o Cmt Btl segueo mesmo processo de planejamento de qualquer tipo de defesa.

b. Estudo da área de defesa(1) A transitabilidade do leito, natureza das margens, variação do volume

das águas em virtude de chuvas e velocidade da corrente do curso de água devemser considerados em relação às possibilidades inimigas de empregar viaturasblindadas anfíbias ou com capacidade de vadear o curso. Uma defesa mais fortedeve ser estabelecida nos pontos mais favoráveis à transposição, negando seuuso ao inimigo e obrigando-o a se utilizar de regiões menos favoráveis.

(2) Em rios que apresentam vários braços e canais, a defesa é normal-

P Avç C P Avç C

LAADA LAADA

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C 7-20

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5-46

mente estabelecida naquele que apresentar obstáculo de maior vulto. Neste caso,a existência de outros obstáculos dentro da área de defesa deve ser tambémconsiderada.

(3) Quando a maioria de meios é mantida em reserva, são normalmenteorganizadas posições de aprofundamento em terreno favorável, à retaguarda damargem do curso de água.

c. Frentes e profundidades(1) As frentes e profundidades são relativas ao valor do obstáculo

representado pelo curso de água. Um obstáculo de grande valor permite o aumentodas frentes atribuídas aos diversos escalões. Se a maioria de meios é mantida emreserva, uma maior profundidade é necessária a fim de prover espaço para amanobra e dispersão da reserva.

(2) As frentes são atribuídas aos elementos de primeiro escalão deacordo com o valor do obstáculo à frente e a importância da região que devemdefender. As posições de bloqueio (com as características descritas noparágrafo 5-16 item b. (1) (a)) são localizadas em acidentes capitais quecontrolam os mais prováveis pontos de transposição.

d. Escalão de segurança(1) Fortes elementos de segurança devem ser localizados na margem

inimiga de modo a cobrir as Via A que conduzam ao curso de água. Todo oempenho é feito no sentido de localizar as Z Reu do inimigo para a operação detransposição, bem como para impedir o reconhecimento do curso de água e dositinerários que conduzem a este.

(2) Os P Avç C e a segurança aproximada devem ser estabelecidos peloBtl. Quando o LAADA é localizado à retaguarda da margem, os P Avç C são,normalmente, estabelecidos ao longo da margem amiga, organizando posiçõesde modo a cobrir os mais prováveis pontos de transposição. Um intensopatrulhamento deve ser executado na margem inimiga e a ligação com oselementos de segurança do Esc Sp deve ser mantida.

(3) A localização dos P Avç C na margem inimiga favorece uma melhorsegurança, entretanto, os seus elementos serão obrigados a retrair através docurso de água. Os planos de retraimento devem considerar meios alternativos detravessia para o caso das pontes e vaus virem a ser destruídos prematuramente.Nestas situações, os meios aeromóveis disponíveis devem ser explorados.

e. Apoio de fogo(1) Os fogos de apoio são planejados para interditar as zonas de reunião

de tropas e meios de transposição inimigos, Via A para o curso de água e pontosfavoráveis de passagem.

(2) A prioridade de fogos é atribuída aos elementos que defendem os maisprováveis pontos de transposição. Deve ser planejada a execução de tiros detempo para serem desencadeados sobre o escalão de ataque inimigo durante asua tentativa de transposição.

f. Defesa anticarro(1) Medidas especiais devem ser tomadas para fazer face ao emprego de

viaturas blindadas anfíbias pelo atacante. Recebem prioridade a construção de

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C 7-20 5-46/5-47

obstáculos e campos de minas em ambas as margens das passagens maisfavoráveis e o planejamento dos fogos anticarro.

(2) Os CC podem ser empregados, inicialmente, junto à margem parabater os veículos blindados inimigos.

g. Outras medidas de segurança(1) O Cmt Btl estabelece medidas efetivas para a destruição de pontes,

vaus e barcos dentro de sua Z Aç, no momento oportuno e baseado nas diretrizese ordens do Esc Sp. A autoridade e a responsabilidade para a destruição de pontese outros meios de transposição devem ser claras e específicas.

(2) A execução das destruições e o fechamento dos campos de minase outros obstáculos, devem ser estreitamente coordenados com os planos deretraimento dos elementos de segurança localizados na margem inimiga.

(3) Especial atenção será dada à segurança da área de retaguarda, umavez que o inimigo poderá tentar superar o obstáculo pelo emprego de tropasaeromóveis e aeroterrestres.

h. Reserva(1) Quando a maioria de meios é deixada em reserva, esta deve possuir

mobilidade e ser mantida em Z Reu ou ocupando posições de aprofundamento àretaguarda da margem do curso de água.

(2) Quando a maioria de meios é empregada em primeiro escalão, o valore a localização da reserva são idênticos aos da defesa de área normal.

ARTIGO XI

DEFESA DE LOCALIDADE

5-47. GENERALIDADES

a. Considerações gerais(1) A defesa de uma localidade tem por principal finalidade tática evitar

a utilização integral pelo inimigo das vias de transporte (estradas de rodagem,ferrovias e cursos de água navegáveis) que passam em seu interior ou em suasproximidades. As cidades constituem pontos de apoio importantes e reforçam oconjunto da defesa, sobretudo quando preparadas com antecedência. Mesmocercadas ou ultrapassadas, elas retêm forças inimigas, tanto mais consideráveisquanto maiores suas dimensões, constituindo-se em ameaças às suas vias decomunicações.

(2) A utilização de uma área edificada na organização de uma defesadepende de fatores tais como o seu tamanho, a sua localização em relação àposição defensiva geral e a proteção oferecida pelas edificações. Materiaisinflamáveis oferecem pouca proteção e podem tornar-se perigosos para odefensor. Os edifícios de alvenaria podem ser transformados em posiçõesdefensivas bem fortificadas ou em pontos fortes. Contudo, a não ser que osedifícios de alvenaria sejam grandes e bem construídos, poderão tornar-se depequeno valor, se o inimigo for capaz de batê-los com fogos de carros a curta e

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média distância. Uma localidade que possa ser facilmente evitada, sem obrigaro inimigo a uma ação frontal ou uma manobra lenta, é de pequeno valor defensivo.

(3) Apoio mútuo, defesa em todas as direções, defesa em profundidadesão os princípios que realçam em uma defesa em localidade.

b. Características do combate em localidade(1) Do ponto de vista da defesa, são características do combate em

localidade:(a) cada prédio ou grupo de edifícios é um ponto forte em potencial;(b) máximo de abrigos e cobertas;(c) plenitude de obstáculos;(d) observação e campos de tiro reduzidos, limitando-se às ruas e

praças;(e) as ruas constituem faixas de aplicação de fogos e restringem e

canalizam os movimentos de viaturas;(f) aplicação limitada do princípio da massa, pelo atacante;(g) emprego pouco eficaz das armas de apoio, pelo atacante;(h) descentralização do combate;(i) facilidade de movimento no interior da posição e de aprofundamento

da defesa.(2) Sobrepujando essas vantagens e permitindo utilizá-las, têm o defen-

sor maior conhecimento da área e tempo para organizá-la.

5-48. PLANEJAMENTO

O planejamento da defesa em uma localidade se desenvolve de maneiraidêntica ao de uma defesa de área, entretanto, deve-se levar em consideração osseguintes aspectos especiais:

a. Em face da crescente urbanização das localidades, as Forças emprega-das na sua defesa tem que priorizar a colocação de seus meios, pois dificilmenteterão condições de ocupar a localidade como um todo. Assim são escolhidasinstalações , áreas ou bairros que sejam importantes e que permitam ao defensorcumprir a sua missão. Um bairro industrial, um centro administrativo, uma estaçãode energia elétrica, uma edificação ou área que possuam dominância sobre as viasque chegam na localidade ou que se destaquem em seu interior, são exemplosde pontos que tem que ser priorizados.

b. Traçado do LAADA - O LAADA de uma defesa em zona edificada podeser situado na orla da localidade ou à retaguarda da orla anterior da localidade.Sempre que possível, o LAADA deve passar na orla da localidade, evitando queo inimigo atinja a primeira linha de edificações e concentre suas tropas e armasde apoio sob a proteção da área edificada. O LAADA escolhido não deve revelaruma linha claramente definida sobre a qual o atacante possa concentrar seusfogos. Quando o LAADA estiver localizado à retaguarda da orla anterior dalocalidade, todas as Via A às áreas edificadas e sua orla anterior devem serocupadas por elementos de segurança que assegurem observação, o alertaoportuno da aproximação do inimigo e a regulação e condução do fogo de apoio.O LAADA, normalmente, passa ao longo das ruas.

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c. Frentes e profundidades - As frentes e profundidades atribuídas aoselementos que defendem uma zona edificada dependem da natureza da localida-de e, em princípio, são menores que as designadas em terreno normal.

d. Dispositivo - A largura da frente a defender e a natureza da zona edificadacondicionam o dispositivo do batalhão (Fig 5-39). Cada SU recebe uma área dedefesa claramente definida, organizando-se como elemento auto-suficiente.Estes elementos se apóiam mutuamente e devem ser aptos à defesa em todasas direções. Para melhor aproveitar os campos de tiro, as áreas descobertas nointerior da localidade, tais como praças, largos, avenidas e pátios, são defendidasdo lado oposto do provável avanço do inimigo.

Fig 5-39. Esquema de manobra de um BI Mtz em uma defesa em localidade

e. Limites e pontos limites - Os limites, geralmente, passam ao longo dasruas que sejam perpendiculares ao LAADA e se estendem pelas que lhes sejamparalelas. Os pontos limites são, normalmente, localizados nos cruzamentos deruas.

f. Reserva - As missões da reserva são idênticas às de uma defesa de área.Prepara posições à retaguarda da área de defesa do Btl de modo a darprofundidade à defesa e proporcionar proteção aos flancos. Depois de preparadasas suas posições, os elementos da reserva preparam itinerários cobertos para oscontra-ataques, abrindo passagens através dos edifícios, quando necessário. Osplanos de contra-ataque são preparados em função das hipóteses de penetraçãoinimiga na posição, dando-se prioridade mais elevada às áreas que, se conquis-tadas, tornarão crítica a defesa do conjunto. A reserva pode ser mantida em Z Reu,normalmente em abrigos a prova de bombas, de onde possa deslocar-se para aexecução de contra-ataques, para ocupar as posições de aprofundamento ou parareforçar as companhias de primeiro escalão. Pequenas frações são deixadas emcada posição preparada .Tais elementos, ou parte destes, podem ser emprega-dos, inicialmente, em missões de segurança.

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g. Emprego de obstáculos - As Via A à localidade e no seu interior devemser bloqueadas por obstáculos e batidas por fogos. O número e tipo de obstáculosa empregar são limitados apenas pelo tempo, materiais, equipamentos e mão-de-obra disponíveis, e pela engenhosidade do defensor. Podem ser improvisadasbarreiras anticarro pela abertura de grandes crateras, pela demolição de paredes,descarrilhando trens, virando veículos e utilizando destroços de demolições .Estes obstáculos devem ser reforçados por minas AC e protegidos por minas AP,arame farpado e fogos de armas de tiro tenso e anticarro, envolvendo o duplopropósito de deter elementos, blindados e a pé.

h. Carros de combate - Os carros em reforço ao Btl são distribuídos emlargura e profundidade, dando apoio aos elementos no LAADA e provendoprofundidade à DAC. Os carros terão poucas oportunidades de participar doscontra-ataques, porém, podem ser empregados em apoio aos mesmos, batendocom seus fogos diretos o inimigo no interior da posição. As zonas edificadas e osescombros dos edifícios limitam as possibilidades de manobra dos carros. Poresta razão, estes elementos ocupam posições de tiro direto em condições debater os blindados inimigos e alvos inopinados.

i. Defesa anticarro (DAC) - Deve ser capaz de deter um ataque de carros,impedindo-os de entrar nas ruas e destruindo aqueles que conseguirem penetrarna localidade. Embora gravitando em torno dos núcleos dos pelotões de fuzileiros,pelos quais as armas anticarro são, normalmente, descentralizadas, a DAC éorganizada em profundidade, principalmente barrando as Via A mais favoráveisaos carros de combate inimigo. Deve-se ter a preocupação de, ainda assim,manter uma reserva anticarro móvel. Participam da DAC os CC, canhões,granadas de fuzil, lança-rojões e mísseis (condicionado às características técnicado material empregado). A artilharia e os morteiros auxiliam na DAC procurandodissociar os carros da infantaria seja abrindo crateras que dificultam suaprogressão, ou mesmo atingindo-os.

j. Apoio de fogo(1) O pelotão de morteiros, quando não puder ser empregado como um

todo, será dividido em seções ou peças, em apoio direto (ou mesmo em reforço)às companhias de primeiro escalão.

(2) A artilharia geralmente fica localizada fora dos limites da localidade,em posição central e escalonada em profundidade.

(3) As concentrações são planejadas para bater as Z Reu inimigas e asVia A à localidade e no seu interior; servem para limitar as penetrações e apoiaros contra-ataques. As barragens são localizadas sobre as Via A, tais como: ruaslongitudinais, áreas descobertas e áreas de pequena densidade de edificações.

(4) Os elementos de apoio preparam itinerários para o deslocamento desuas armas para posições suplementares e de muda. Estes preparativos incluema abertura de passagens através dos edifícios.

k. Comunicações e eletrônica - Baseia-se principalmente no emprego detelefone e de mensageiros, utilizando itinerários abrigados. O emprego do rádioé restrito, particularmente para os menores escalões, devido às condições defuncionamento desfavoráveis numa área edificada .

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l. Logística - Todas as classes de suprimento são dispersas e estocadasem diferentes áreas de defesa, em quantidade suficiente para permitir a umaunidade, mesmo pequena ,manter-se por um período prolongado quando isolada.O suprimento e a distribuição de água para o pessoal e para o combate aoincêndio, podem tornar-se problemas de capital importância, pela contaminaçãoou destruição das fontes de suprimento. O plano logístico deve prever, inclusive,a utilização do transporte aéreo em caso de emergência.

5-49. EXECUÇÃO

A defesa no interior de uma localidade é, basicamente, conduzida demaneira idêntica à defesa de área.

ARTIGO XII

DEFESA EM BOSQUE

5-50. GENERALIDADES

O Btl poderá receber uma Z Aç que esteja totalmente coberta por bosqueou apenas parte desta. A defesa é caracterizada principalmente por campos detiro limitados e observação deficiente.

5-51. PLANEJAMENTO

Os procedimentos para planejamento de uma posição defensiva em bosquesão similares a uma defesa de área com as seguintes particularidades:

a. redução das distâncias e dos intervalos entre as frações;

b. planejamento criterioso dos fogos defensivos principalmente os deproteção final.

c. uso intensivo de obstáculos;

d. patrulhamento constante ;

e. amplo emprego de elementos de segurança imediata; e

f. preocupação constante com a infiltração de elementos inimigos naposição.

5-52. EXECUÇÃO

A execução é semelhante à observada numa defesa de área, salvo apeculiaridade de haver maior possibilidade de um combate aproximado. Ressalta-se de importância uma perfeita coordenação por ocasião da execução dos fogosde proteção final. É possível a infiltração de alguns elementos inimigos no interiorda posição que serão eliminados pelos contra-ataques realizados pela reservautilizando-se de itinerários preestabelecidos.

5-48/5-52

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6-1

C 7-20

CAPÍTULO 6

OPERAÇÕES SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS DE AMBIENTE

ARTIGO I

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

6-1. GENERALIDADES

Neste capítulo serão mencionadas as operações para as quais as unidadesde infantaria deverão ter capacidade para atuar nas diferentes áreas estratégicasdo território brasileiro, cumprindo ações de defesa externa.

ARTIGO II

OPERAÇÕES NA SELVA

6-2. GENERALIDADES

As operações na selva caracterizam-se pela dificuldade de coordenação econtrole e de movimento. Tais operações são, fundamentalmente, orientadas paraa conquista ou defesa das localidades mais expressivas e de interesse do escalãosuperior. Torna-se fundamental a adaptação da tropa às condições da selva, àinstrução adequada aos diversos ambientes (principalmente, floresta, campos,localidades e vias fluviais) e à utilização de meios apropriados. As IP 100-3 -DOUTRINA GAMA, as IP 72-1 - OPERAÇÕES NA SELVA e as IP 72-20 - OBATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA, abordam o assunto com maiorprofundidade.

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C 7-20

6-2

ARTIGO III

OPERAÇÕES RIBEIRINHAS

6-3. GENERALIDADES

As operações ribeirinhas são as realizadas em águas interiores e em áreasterrestres a elas adjacentes. Estas operações combinam meios da Marinha, doExército e da Força Aérea. O FA-M-20 - MANUAL DE OPERAÇÕES RIBEIRI-NHAS, as IP 72-1 - OPERAÇÕES NA SELVA e as IP 72-20 - O BATALHÃO DEINFANTARIA DE SELVA, abordam o assunto com maior profundidade.

ARTIGO IV

OPERAÇÕES NA CAATINGA

6-4. GENERALIDADES

As operações em caatinga são aquelas conduzidas, em ambiente como oque caracteriza o Nordeste brasileiro semi-árido. As condições de clima evegetação, a pobreza da fauna e da flora e as características de ordempsicossocial das populações, conferem às operações em região de caatingacertas peculiaridades. A IP 31-70 - O PEQUENO ESCALÃO NAS OPERAÇÕESNA CAATINGA - aborda o assunto com maior profundidade.

ARTIGO V

OPERAÇÕES QUÍMICAS, BIOLÓGICAS E NUCLEARES

6-5. GENERALIDADES

A guerra nuclear é caracterizada por mudanças drásticas e repentinas nasituação tática, exigindo um sistema de comando flexível, um planejamentoseguro e centralizado e uma doutrina que destaque a iniciativa e a flexibilidade porparte dos comandantes subordinados. O C 3-5 - OPERAÇÕES QUÍMICAS,BIOLÓGICAS E NUCLEARES - aborda o assunto com maior profundidade.

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ARTIGO VI

OPERAÇÕES NA MONTANHA

6-6. O COMBATE EM TERRENO MONTANHOSO

a. Generalidades(1) As montanhas são definidas como acidentes do terreno cujas cristas,

geralmente, se elevam a mais de 500 metros em relação às terras baixasadjacentes, apresentando por vezes encostas muito íngremes, penhascos,precipícios, desfiladeiros estreitos, etc. Independente da altitude, qualquer terrenoque apresente encostas íngremes pode exigir técnicas especiais de montanhismopara sua transposição e/ou utilização.

(2) A doutrina militar de emprego de uma força em região montanhosa nãodifere, em sua essência, daquela preconizada para o terreno convencional. Elasofre, entretanto, algumas adaptações que as características do ambienteoperacional impõem.

(3) O combate decisivo nas regiões montanhosas é travado nas partesmais altas do terreno, que têm comandamento sobre as vias de transporte, ospassos e os desfiladeiros. O emprego de grandes efetivos fica restrito àsoperações realizadas nos vales, os quais são imprescindíveis para atender àsnecessidades de apoio logístico da tropa.

(4) Maiores detalhes acerca das operações em montanha podem serencontrados nos manuais C 100-5 - OPERAÇÕES e C 7-1 - EMPREGO DAINFANTARIA.

b. Características das operações - As operações em regiões montanho-sas, de uma maneira geral, apresentam as seguintes características:

(1) operações lentas e desgastantes;(2) estradas e caminhos escassos, dificultando o movimento;(3) emprego de pequenos efetivos, tendo em vista a compartimentação

do terreno e as dificuldades de ressuprimento;(4) grandes dificuldades para realizar o apoio logístico:(5) escassez de recursos locais;(6) necessidade de adoção de técnicas e equipamentos especiais;(7) condições meteorológicas instáveis e adversas;(8) necessidade de aclimatação e adaptação da tropa.

6-7. MARCHAS EM MONTANHA

a. As marchas em terreno montanhoso caracterizam-se por um alongamen-to das colunas e a necessidade da adoção de medidas rígidas de segurança parase evitar emboscadas.

b. A unidade de marcha a ser empregada é a subunidade, sendo asdistâncias entre as frações condicionadas pelo terreno e as condições devisibilidade. É fundamental que a escolha dos itinerários a percorrer seja feita

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levando-se em consideração tanto a facilidade de movimento quanto a segurançatática, sendo executado, sempre que possível, o reconhecimento prévio e aequipagem dos pontos críticos a ultrapassar.

c. Os deslocamentos noturnos são bastante dificultados, porém a tropadeve estar apta a executá-los, pois aumentam a segurança e o sigilo dasoperações. Algumas medidas podem ser tomadas para facilitar estes desloca-mentos: reconhecimentos, balizamento de itinerários, emprego de guias ediminuição da distância entre os homens.

d. Os locais de estacionamento da tropa devem ser cuidadosamenteselecionados. As áreas limitadas e o aumento do tempo de escoamento dascolunas, normalmente, impõem que as companhias e, até mesmo pelotões,estacionem separadamente em locais apropriados. Em geral, os estacionamen-tos de montanha são localizados em regiões dominantes, dotadas dos requisitosnecessários à defesa circular e à defesa aérea. Deve ser dada importância paraa seleção de locais que possibilitem o pouso de helicópteros para suprimento eevacuação.

e. A velocidade de deslocamento dificilmente pode ser calculada comexatidão. A regra que se segue proporciona uma estimativa do tempo necessáriopara cobrir uma determinada distância. Deve-se somar uma hora para cada 300metros de desnível na subida, e para cada 500 metros na descida, ao temponecessário à marcha, considerando a distância medida na carta. Por exemplo,uma marcha de 16 quilômetros em uma estrada de superfície plana, leva 4 horas.Se existe um total de 600 metros de subida e um total de 500 metros de descidao deslocamento levará um total de 7 horas.

f. Os dados acima referem-se à tropa equipada, podendo variar em funçãodo terreno a percorrer, quantidade de equipamento conduzido, apoio de animais,etc.

g. O vigor físico, a higidez e a capacidade de suportar esforços físicosprolongados e de recuperar-se rapidamente são qualidades que o combatente demontanha deve ter para realizar, com êxito, um deslocamento neste ambienteoperacional. Tal condicionamento físico somente pode ser alcançado através demarchas e escaladas freqüentes, com a tropa equipada para o combate. O pesoa conduzir, a altitude e as distâncias a vencer devem ser gradualmente aumen-tados, à medida que o combatente for se aclimatando.

h. Maiores detalhes acerca de marchas em terreno montanhoso podem serencontrados no manual C 21-18 - MARCHAS A PÉ.

6-8. OPERAÇÕES OFENSIVAS

a. Generalidades(1) As condições meteorológicas, pela importância que têm nas opera-

ções em montanha, devem ser devidamente consideradas no planejamento dasoperações ofensivas. A noite e os períodos de reduzida visibilidade devem ser

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aproveitados ao máximo. Geralmente, as condições de visibilidade restrita serãoespecialmente úteis nas marchas para o combate, infiltrações, mudanças deposições, execução de ressuprimentos, remoção de obstáculos e ataques.

(2) A recuperação de forças empenhadas nas operações em montanha,bem como a modificação do dispositivo adotado, constituem tarefas lentas edifíceis. Por este motivo, o planejamento para o emprego das unidades deveráresultar de um detalhado estudo onde sejam consideradas todas as alternativaspossíveis e as previsões de emprego futuro da força.

(3) As previsões, tão importantes nas operações em montanha, têm umjusto limite que deve ser respeitado. Não se pode incorrer no erro de estabelecerdetalhes de execução que devam ficar a cargo dos comandantes subordinados.Essa tutela em regiões montanhosas é um procedimento perigoso, pois resultaem comandantes temerosos e incapazes de trabalhar por si só. O exercício dainiciativa pelos escalões subordinados é indispensável, cabendo aos comandan-tes, até o nível subunidade, emitirem claramente sua intenção aos comandantessubordinados, visto que o planejamento é conduzido de maneira centralizada,porém a execução é descentralizada.

b. Marcha para o combate(1) No deslocamento por uma trilha estreita, a profundidade da coluna de

um batalhão pode ter vários quilômetros e o tempo de escoamento consumir váriashoras. O desdobramento deste dispositivo leva um tempo considerável. Naformação em coluna com tropas a pé, o tempo de reação é demorado e o controledifícil. Quando o terreno impõe a utilização das formações em coluna ou em linha,as distâncias e intervalos são reduzidos (formação cerrada) para aumentar ocontrole e a velocidade, devendo-se observar a segurança em todas as direçõesque deve ser continuamente mantida.

(2) Organização para a marcha(a) A organização para uma marcha para o combate em terreno

montanhoso não difere muito daquela empregada para um terreno convencional.(b) Quando se dispõe de mais de uma trilha para o deslocamento, ou

quando o contato é iminente, podem ser usadas colunas paralelas com aflancoguarda nas cristas e o grosso no vale. Em todos os casos, cada elementoseparado do grosso deve ser capaz de combater isoladamente.

(3) Seleção de objetivos - A seleção dos objetivos de marcha deve ser emfunção dos fatores da decisão, com uma consideração especial acerca do tempodisponível para o deslocamento.

(4) Segurança(a) O terreno montanhoso oferece muitos lugares favoráveis à

observação inimiga e à realização de emboscadas, exigindo que o comandantedê ênfase especial às medidas de segurança. Pontos dominantes ou críticosdevem ser ocupados, imediatamente, por destacamentos de segurança suficien-temente fortes para defendê-los contra a ação de patrulhas de combate ou dereconhecimento inimigas ou, ainda, elementos infiltrados. Pode ser necessárioneutralizar ou desbordar posições inimigas de difícil acesso, para que nãoimpeçam a progressão do grosso. A neutralização da observação inimiga pode serfeita pelo uso de fumígenos e pelo fogo das armas. Estes meios são utilizados,

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também, para iludir o inimigo quanto à utilização de determinadas Via A.(b) O movimento na linha de crista, onde algumas das melhores

trilhas são encontradas, atrai o fogo da artilharia inimiga. Quando não existiremitinerários cobertos, a força desloca-se abaixo da crista topográfica com seguran-ça no flanco e mantendo a observação sobre o vale.

(c) Devido à escassez de trilhas e caminhos, é bem provável que oinimigo empregue minas e armadilhas, especial atenção deve ser dispensada àsua detecção e neutralização.

(d) Nas paradas, cada grupo de combate providencia sua segurançae tira partido das cobertas e abrigos disponíveis. Durante a noite e em períodosde visibilidade restrita, a infiltração inimiga é um perigo constante. Medidas eequipamentos a serem empregados incluem: postos de observação e de escuta,patrulhas, sensores, radares de vigilância, dispositivos de iluminação acionadospor cordéis de tropeço e equipamentos de visão noturna.

(e) A segurança de flanco é obtida pelo emprego de forças queocupam terreno dominante nos flancos do grosso. As forças de segurança, cujamobilidade seja limitada pelo movimento a pé, deslocam-se com antecedência emrelação ao grosso. A quantidade e a composição dos elementos que cobrem osflancos variam em função do número de acidentes do terreno que devem serocupados, controlados ou patrulhados e da mobilidade das próprias forças. Oscomandantes devem planejar o movimento dessas forças sem perder de vista asdificuldades que se lhe oporão. A freqüente falta de estradas e/ou trilhas nosflancos do grosso limitam a atividade das flancoguardas a patrulhas de observaçãoaérea ou patrulhas de combate transportadas por helicópteros. Porém, sempreque possível, empregam-se flancoguardas fortes em elementos terrestres.

(5) Conduta da marcha para o combate(a) Quando o contato com o inimigo é iminente ou foi estabelecido,

ou quando a atividade do inimigo aéreo dificulta o deslocamento diurno, a maioriadas marchas é realizada à noite. As marchas noturnas em montanhas são difíceis,muitas vezes perigosas e excessivamente desgastantes, porém facilitam aobtenção de surpresa.

(b) Uma vez estabelecido o contato, fica mais difícil manobrar asforças disponíveis. Caso existam reservas aeromóveis, elas podem ser emprega-das para flanquear, isolar ou desbordar a posição inimiga, enquanto fogosindiretos, aviões e helicópteros de ataque são empregados contra ela. Entretanto,se não existirem meios aeromóveis, um ataque exclusivamente terrestre torna-se,então, necessário.

(c) O deslocamento lateral entre elementos vizinhos é normalmentedifícil ou impossível. Todo esforço deve ser feito para a manutenção, no mínimo,do contato visual. Têm grande importância a utilização de pontos e linhas decontrole, o emprego de patrulhas de ligação e, até mesmo, o faseamento daoperação, a fim de possibilitar a coordenação e o controle do deslocamento daforça como um todo.

c. Reconhecimento em força - Nas operações ofensivas em terrenomontanhoso, o reconhecimento em força deve ser cuidadosamente planejado,devido às dificuldades impostas pelo terreno ao movimento e ao perigo, sempre

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presente, da força que o executa ficar decisivamente engajada sob condiçõesextremamente desfavoráveis. As informações necessárias devem ser obtidas,sempre que possível, por outros meios que impliquem menores riscos e desgas-tes.

d. Ataque(1) O combate decisivo em montanhas normalmente é travado nas alturas

dominantes, acima dos vales ou dos passos existentes. Todo esforço deve serfeito para se lutar de cima para baixo. O desbordamento e a infiltração, sempreque possível, são as formas de manobra preferidas.

(2) O inimigo deve ser atacado onde for mais fraco. As posiçõesfortemente defendidas devem ser isoladas e desbordadas por forças aeromóveisou por meio de infiltrações. As instalações logísticas do inimigo são objetivosatrativos, uma vez que são vitais para as suas operações. Como os espaçosdisponíveis para o desdobramento dessas instalações são limitados, elas sãomais facilmente localizadas e se tornam mais vulneráveis.

(3) É essencial o reconhecimento meticuloso e contínuo. Os intervalosentre as posições defensivas são, normalmente, minados. Os campos de minassão mais irregulares do que em terreno comum. O inimigo normalmente ocupa aspartes altas do terreno para retardar ou deter as forças atacantes. As posições sãoorganizadas para a defesa em todas as direções e melhoradas tanto quanto otempo permita.

(4) O planejamento do apoio de fogo deve prever uma grande sincroniza-ção e coordenação de todos os meios disponíveis. O terreno compartimentado,condições meteorológicas adversas e visibilidade limitada não permitem que seconfie em apenas um ou outro meio. Morteiros, artilharia de campanha, artilhariaantiaérea em missão de superfície, helicópteros de ataque, fogo de artilharia navale aerotático se complementam, pela compensação das limitações inerentes acada um impostas pelas condições do ambiente operacional.

(5) As dificuldades de remuniciamento exigem um planejamento porme-norizado acerca da munição disponível para as operações. Processos especiaisde suprimento e o emprego de munição para consumo imediato são algumas dasmedidas que podem ser adotadas para minorar este problema. É conveniente queseja sempre mantido um número de tiros em reserva, para ser usado somente porordem do comandante da unidade.

(6) Conduta do ataque(a) O ataque busca invalidar a defesa do inimigo, obrigando-o a

abandonar as posições preparadas e a improvisar a luta em terreno aberto. Avelocidade de progressão do ataque deve contrapor-se à possibilidade do inimigode reagir. Peças de manobra que são detidas ou perdem a impulsão sãosubstituídas em sua missão por peças de manobra que as ultrapassam oudesbordam para continuar o ataque. O escalão de ataque não faz a limpeza dazona de ação, a não ser que receba ordem para isso. Ele se dirige para objetivosprofundos, desbordando posições inimigas difíceis de serem conquistadas.

(b) Embora os ataques à noite e sob outras condições de visibilidadelimitada, em terreno montanhoso, sejam de difícil execução e desgastantes,possuem muitas vantagens. Com a utilização dos modernos equipamentos devisão noturna, as operações tornaram-se mais exeqüíveis. Este tipo de operação

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proporciona condições para a obtenção de surpresa e é realizada sempre quepossível. Um planejamento detalhado permite efetivo controle pelo comandante efacilita a adoção de ações alternativas na eventualidade de uma ocorrênciaimprevista.

(c) Em terreno montanhoso, o assalto normalmente inicia-se dasúltimas posições cobertas, as quais para serem alcançadas podem necessitardeslocamento por lanços, até que se chegue no alcance do lançamento de umagranada de mão. Os elementos de assalto deslocam-se rapidamente para o topodo objetivo. A permanência sob o alcance do lançamento de granadas de mãoinimigas deve ser evitada. O uso de armas incendiárias, de fósforo branco e degranadas fumígenas são de grande utilidade para superar resistências inimigasdurante o assalto final.

(d) Para fazer face à um decréscimo na eficiência do tiro direto dasarmas terrestres, as unidades de infantaria utilizam ao máximo o tiro indireto e oapoio aéreo aproximado.

(e) Os postos de comando cerram à frente para permitir controleefetivo dos elementos avançados. Muito embora os postos de comando fiquempróximos da linha de contato, o desenfiamento e a proximidade das unidades deapoio e das reservas proporcionam-lhes proteção contra os fogos diretos doinimigo e contra infiltrações.

e. Aproveitamento do êxito e perseguição - Nas operações emmontanhas, as seguintes considerações influenciam o emprego dos meios noaproveitamento do êxito e na perseguição:

(1) a necessidade de bater com fogos profundos as vias de escape doinimigo exige que os helicópteros sejam empregados para mudar a artilhariarapidamente de posição e deslocar os observadores avançados, superando,dessa forma, os obstáculos do terreno;

(2) os carros de combate são utilizados ao longo das estradas e dastrilhas para manter o contato e atacar unidades inimigas que retraem;

(3) as forças aeromóveis são empregadas em pontos de passagemobrigatória do inimigo;

(4) o apoio aerotático continuamente ataca as colunas em retirada,especialmente nas pontes, nos passos e nos desfiladeiros;

(5) quando as reservas se deslocam a pé, elas devem seguir próximasdo escalão de assalto, a fim de reduzir o tempo para o seu emprego.

f. Formas de manobra na ofensiva(1) Nas operações em montanhas, como em qualquer outra, o

desbordamento é preferido em relação à penetração. Os pontos fortes da defesa,embora organizados para prover segurança em todas as direções, normalmenteoferecem um ou mais flancos acessíveis e são vulneráveis a ataques procedentesde múltiplas direções.

(2) Outra forma de manobra bastante empregada em terreno montanhosoé a infiltração. Isto se deve às características do terreno montanhoso, tais como:formas abruptas do terreno, a existência de densa vegetação em alguns casos,a deficiente rede de estradas e as restrições impostas à visibilidade pelasmudanças repentinas das condições meteorológicas.

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(3) Normalmente, são utilizadas várias faixas de infiltração, de modo apermitir o deslocamento do maior efetivo possível e no mais curto espaço detempo.

(4) A infiltração reveste-se das seguintes particularidades:(a) necessidade de reconhecimentos detalhados das faixas de

infiltração por elementos especializados (Guias de Montanha) para verificar anecessidade da equipagem dos obstáculos a ultrapassar e definir o tipo equantidade de equipamentos a empregar.

(b) caso exista a necessidade de ser realizada a equipagem de vias,o ERS (Escalão de Reconhecimento e Segurança) deverá possuir em suaconstituição um grupo de escaladores para a equipagem das mesmas, além degrupos de segurança de base e grupos de segurança de topo, para proporcionaremsegurança aos escaladores e vias equipadas (Fig 6-1).

Fig 6-1. Equipagem de vias pelo ERS

(5) Fogos de neutralização de morteiros e artilharia são planejados aolongo de cada faixa de infiltração. Eles podem ser transportados a pedido dasunidades avançadas ou a horário, conforme seqüência estabelecida pelo elemen-to de apoio de fogo. Este último método elimina a necessidade de comunicações,que podem ser detectadas e comprometer todo o movimento.

g. Incursões - As incursões constituem parte essencial das operações emmontanha. Elas são normalmente realizadas por tropas a pé ou aeromóveis. Estasoperações são realizadas em horas e locais inesperados e buscam tirar proveitoda escuridão e de outros períodos de visibilidade limitado. A surpresa é obtida pelodeslocamento em terreno que o inimigo considera impeditivo para tropa dequalquer natureza. Particularmente na fase do retraimento, é indispensável umadequado apoio de fogo à força que executa a incursão.

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6-9. OPERAÇÕES DEFENSIVAS

a. Generalidades(1) O terreno montanhoso proporciona ao defensor excelentes observa-

tórios e posições de bloqueio. Por isso a luta nesse ambiente operacional éinvariavelmente travada em busca do controle das regiões dominantes.

(2) Cada posição no terreno deve ser organizada para fazer face a ataquesvindos de qualquer direção. Daí o freqüente uso de pontos-fortes de pelotões ecompanhias. Não se deve abandonar as chamadas “rotas impossíveis” nasmontanhas, pois não existem obstáculos intransponíveis para elementos tecnica-mente bem capacitados. A confiança exagerada no valor natural do terreno poderesultar em surpresas de graves conseqüências.

b. O combate defensivo em terreno montanhoso confere ao defensor asseguintes vantagens:

(1) a exploração do grande valor defensivo natural das posições em mon-tanha, com comandamento de vistas e fogos sobre o atacante;

(2) a organização do terreno, tendo em vista a melhoria de suas caracte-rísticas defensivas;

(3) a execução do tiro de posições estáticas;(4) a facilidade relativa de movimentação dos meios, mediante a previsão

de uma rede de trilhas que atenda às necessidades da força;

c. Por outro lado, a defensiva em montanha apresenta, dentre outras, asseguintes desvantagens:

(1) a compartimentação do terreno dificulta transportar prontamente osfogos das armas de apoio.

(2) é freqüentemente impossível obter fogos rasantes em terreno aci-dentado;

(3) o terreno compartimentado e a existência de encostas matosasfacilitam a aproximação do inimigo;

(4) a dificuldade de escavar exige maior tempo para a preparação eorganização das posições;

(5) a possibilidade de ser desbordado e isolado pelo inimigo, devido àcompartimentação do terreno;

(6) a reduzida transitabilidade dificulta um rápido emprego das reservas,obrigando seu freqüente desdobramento e sua localização nas regiões de provávelemprego desde o início;

d. Considerações durante o planejamento(1) Dificuldade de emprego da reserva, como um todo, no contra-ataque;(2) Necessidade de conduzir a defesa em largas frentes, com profundi-

dades, normalmente, reduzidas. Isto decorre dos amplos espaços que devem sercobertos com efetivos reduzidos, da dificuldade de apoio mútuo e da possibilidadede o inimigo realizar a abordagem das posições pelo flanco ou pela retaguarda.

(3) Esta defesa em larga frente obriga a execução de um minuciosoestudo do terreno para selecionar as zonas ativas e os efetivos a empregar emcada uma delas.

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(4) Previsão de núcleos que barrem o acesso às regiões favoráveis aodesbordamento das posições defensivas principais;

e. Organização da defesa(1) É a mesma da defesa em terreno convencional: área de segurança,

área de defesa avançada e área de reserva.(2) Na área de defesa avançada, a força pode adotar um dispositivo linear

ou em profundidade.(3) Quando defendendo um vale em região montanhosa, os núcleos

devem ser localizados nas alturas adjacentes e em profundidade, de modo apossibilitar bater o vale com fogo cruzado. Este dispositivo se assemelha a um “V”,com o vértice no fundo do vale e a parte côncava voltada para o inimigo

(4) A defesa de um divisor de águas pode ser necessária, por exemplo,quando separa dois vales importantes. Uma força com esta missão pode instalar-se no seu sopé, na encosta ou na contra-encosta, sendo a defesa na encosta amais comum.

(5) A defesa de um colo assemelha-se, em suas linhas gerais, à defesade um desfiladeiro, de uma garganta ou de uma passagem entre duas formaçõesrochosas. Isto é, deve ocupar o fundo do colo e as alturas que o dominam.

(6) O apoio mútuo torna-se extremamente difícil, bem como o recobrimentoda observação, mesmo no escalão batalhão.

f. Localização das instalações e armas de apoio - Em virtude do limitadoespaço na área de retaguarda, deve-se ter cuidado na seleção de posições paraos elementos de apoio logístico e de apoio ao combate. Estas instalações sãomuito visadas pelo inimigo. Daí a necessidade de se evitar soluções ortodoxasna sua localização.

g. Condução da defesa(1) As operações em montanha exigem que a defesa seja conduzida de

forma agressiva. As patrulhas de combate devem ser empregadas para se infiltrarnas linhas inimigas e atacar postos de comando, eixos de suprimentos einstalações administrativas. Ações de inquietação devem ser executadas paraforçar o inimigo a desviar forças para as missões de segurança, bem como, pararetardar e desorganizar seus preparativos para o ataque.

(2) Em face das dificuldades de realização de movimentos, pequenasreservas devem ser localizadas junto às posições mais avançadas, prontas paraexecutar contra-ataques imediatos.

(3) A defesa é organizada de modo a cobrir todas as Via A. Podem serorganizados pontos fortes de pelotão e companhia com apoio mútuo entre eles.Os espaços vazios devem ser cobertos com patrulhas, por sensores remotos ecampos de minas. Os campos de minas devem ser cobertos por fogo. Os pontosfortes são organizados para a defesa em todas as direções e se utilizam tanto dasencostas como das contra-encostas. Como, normalmente, os ataques inimigosvisam aos flancos e à retaguarda, o patrulhamento precisa também ser conduzidonestas áreas para proporcionar um alerta oportuno e participar da destruição dasforças de infiltração adversárias.

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6-10. ASPECTOS COMUNS ÀS OPERAÇÕES EM MONTANHA

a. Emprego das armas de apoio - O emprego das armas de apoio reveste-se de algumas características especiais, sendo uma das mais marcantes adificuldade para o remuniciamento.

(1) Metralhadoras: o grande número de ângulos mortos dificulta aobtenção da rasância para o tiro das metralhadoras, porém estas armas têm umgrande papel ao proporcionar o apoio mútuo perdido pela distância entre asfrações, além de poder executar o tiro sobre a tropa.

(2) Morteiros: são uma das principais armas empregadas nas operaçõesem montanha devido à possibilidade de atirar em qualquer direção, sua relativafacilidade de transporte e a execução do tiro mergulhante, o que permite atingiros ângulos mortos e a contra-encosta das elevações. As limitações que este tipode arma sofre incluem a alteração do comportamento da munição devido ao ventoe ao ar rarefeito, e a freqüente redução no alcance pela utilização de grandesângulos de tiro para evitar os obstáculos do terreno.

(3) Canhões sem recuo e mísseis: podem ser empregados para reduzirposições inimigas fortificadas ou na defesa anticarro, devendo-se atentar para aárea de sopro de cada arma.

b. Comando e controle(1) Em regiões montanhosas, o comandante deve dar às comunicações

alta prioridade em seu planejamento e supervisão. Na maioria dos casos, ascomunicações podem ser estabelecidas com o equipamento de comunicaçõesorgânico dos batalhões de infantaria suplementado com o material necessáriopara retransmissão rádio.

(2) O principal meio empregado é o rádio. As características do terreno,freqüentemente, diminuem suas possibilidades, exigindo planos para meiosalternativos, isto é, repetidores de rádio e sistema fio para assegurar comunica-ções contínuas. A instalação do sistema fio necessita de planejamento eexecução cuidadosos a fim de assegurar a proteção do fio contra os elementosnaturais e ações do inimigo, sendo este o meio mais empregado no interior dasposições defensivas. O emprego de mensageiros depende, em grande parte, dascondições do terreno e apresenta a desvantagem de ser bastante lento.

c. Apoio logístico(1) Visando aumentar a segurança do fluxo de apoio do escalão conside-

rado, as diversas instalações devem ser desdobradas o mais à frente possível,respeitando-se as distâncias de segurança que a situação tática indicar.

(2) Devido à grande vulnerabilidade que as instalações apresentam contraincursões terrestres e aéreas, conseqüência das limitadas possibilidades dedispersão, deve-se adotar o máximo de medidas de segurança ativas e passivas.

(3) Logística - A obtenção de recursos é bastante dificultada em regiãode montanhas. Conseqüentemente, há uma dependência maior dos recursosoriundos de fora da zona de operações.

(a) SuprimentosO processo normal de distribuição é a distribuição na unidade,

mas os processos especiais de suprimento podem ter grande emprego, particu-

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larmente o suprimento por via aérea. Em ação, normalmente, as tropas conduzemsomente o suprimento necessário ao consumo imediato, não devendo sersobrecarregadas, a fim de não ter a sua capacidade de manobra reduzida.

Classe I - as rações operacionais, particularmente as que exijampouca água para sua confecção, podem substituir a ração R1, porém, deve-sebuscar fornecer pelo menos uma refeição quente por dia.

Classe II - os utensílios de rancho, próprios para a montanha, sãouma necessidade. Os coturnos utilizados em operações convencionais sãoadequados para as operações em montanha, porém, caso o terreno apresentenecessidade de escaladas, as tropas devem ser dotadas de botas especiais. Érecomendável que as mochilas e sacos de dormir permaneçam com o homemdurante as operações, exceto para o assalto final a um objetivo.

Classe III - o transporte motorizado apresenta dificuldades deri-vadas do relevo e das condições climáticas. O fator de consumo de combustívelaumenta sensivelmente.

Classe V - a munição destinada às armas de apoio pode sertransportada pelos fuzileiros, devendo-se observar a capacidade de transporte doshomens. As patrulhas de ressuprimento serão freqüentemente necessárias.

Classe X - a disponibilidade de água varia bastante em função dascondições locais. No caso da sua escassez, o fornecimento de água ficacondicionado ao transporte de grandes quantidades em camburões, viaturas oureboques-cisternas.

(b) TransporteO transporte pode ser realizado por meio de viaturas, carregado-

res, animais e meios aéreos. Durante o dia, todas as viaturas devem se deslocarem coluna aberta ou por infiltração, a fim de reduzir a vulnerabilidade aos ataquesaéreos.

Nas montanhas, o emprego de carregadores é indispensávelquando a natureza do terreno ou a situação tática imponha, já que existem regiõesem que os animais e outros meios de transporte não podem ser empregados.Deve-se prever, preparar e instruir homens para o exercício desta função. Acapacidade de carga dos carregadores será função da distância a percorrer e doterreno.

Por suas condições de força e flexibilidade, os animais de cargasão um meio de transporte imprescindível nas unidades de montanha, já que sãocapazes de acompanhar o homem em quase todos os locais, transportandocargas de até 100 Kg. Para o seu emprego torna-se necessário condutoresespecializados, ração para os animais e apoio veterinário.

Os meios aéreos, particularmente os helicópteros, apresentamgrandes vantagens em relação aos outros meios, mas sua utilização depende emgrande parte das condições meteorológicas reinantes, devendo-se prever meiosalternativos. Além disso, em regiões de grandes altitudes (particularmente acimade 4000 m), o emprego dos helicópteros torna-se bastante limitado devido àrarefação do ar, que provoca perda de sustentação, e ao agravamento dascondições meteorológicas.

(c) Saúde - O apoio de saúde é bastante crítico, tornando-senecessário o uso de macas adaptadas às condições do terreno. Freqüentemente,

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os meios aéreos são os únicos a permitir a evacuação de casos graves. Ainstalação de somente um posto de socorro muitas vezes pode não ser suficientepara o atendimento das necessidades. Além disso, a tropa deve possuiradestramento no uso de técnicas de resgate e evacuação em terreno montanho-so.

(d) Manutenção- A execução desta atividade encontra dificuldades,tanto na evacuação de material, como na manutenção de 3º escalão realizadapelos elementos de apoio direto, que não possuem a mobilidade necessária paraeste tipo de terreno. Aumenta a importância das manutenções de 1º e 2º escalões.

(e) Pessoal - Face ao desgaste sofrido pelo homem nas operaçõesem montanha, as atividades no campo do pessoal exigem redobrada atenção,particularmente as de moral e assistência ao pessoal.

6-10

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7-1

C 7-20

CAPÍTULO 7

OPERAÇÕES COM CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

ARTIGO I

OPERAÇÕES AEROMÓVEIS

7-1. GENERALIDADES

a. As operações realizadas por força de helicópteros ou forças aeromóveis(F Amv), de valor unidade ou subunidade, visando ao cumprimento de missões decombate, apoio ao combate e apoio logístico em benefício de um determinadoescalão da força terrestre são denominadas operações aeromóveis.

b. O Batalhão de Infantaria Leve (BIL) e a tropa mais apta a ser empregadaem Op Amv. No entanto, outros tipos de unidades de infantaria também podemrealizá-la.

c. A IP 90-1 - OPERAÇÕES AEROMÓVEIS - aborda o assunto com maiorprofundidade.

d. Um modelo de O Op Amv encontra-se no Anexo C deste manual.

ARTIGO II

OPERAÇÕES AEROTERRESTRES

7-2. GENERALIDADES

a. Operação aeroterrestre é uma operação conjunta ou combinada queenvolve o movimento aéreo e a introdução numa área de objetivo de forças decombate e dos respectivos apoios, para a execução de missão tática ouestratégica.

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C 7-20

7-2

b. Uma operação aeroterrestre se desenvolve em quatro fases: montagem,movimento aéreo, assalto e operações subseqüentes.

c. As forças terrestres são fornecidas pelo Exército e os meios aéreos, pelaF Ae. As forças terrestres, especialmente treinadas e equipadas para a execuçãode uma operação aeroterrestre, atingem a área do objetivo lançadas em pára-quedas, aerotransportadas ou de forma mista.

d. O BI Pqdt, orgânico da Bda Inf Pqdt, é especialmente organizado,equipado e adestrado para o assalto aeroterrestre. Normalmente, o Btl operaenquadrado pela Bda. Pode, entretanto, operar isoladamente quando não fornecessário o emprego da brigada como um todo e uma F T valor Btl puder cumprira missão.

e. Para assegurar a unidade de esforços, aumentar a rapidez de entradaem ação e evitar os problemas resultantes da dispersão e da falta de controle nafase inicial da reorganização, o batalhão normalmente é organizado em força-tarefa, mesmo enquadrado pela brigada.

f. A força-tarefa batalhão de infantaria pára-quedista (FT BI Pqdt) pode serintegrada por um batalhão de infantaria, uma bateria de artilharia, um pelotão decavalaria, um pelotão de engenharia, elementos de comunicações e de guerraeletrônica, de manutenção, de saúde e uma equipe precursora. Pode receber,ainda o apoio de elementos de forças especiais previamente infiltrados na regiãode operações, compondo o “ comitê de recepção” . De acordo com as necessi-dades do escalão superior, esses meios podem reverter ao controle da brigada.

g. As demais considerações sobre as operações aeroterrestres constamdos manuais de campanha C 7-30 - BRIGADAS DE INFANTARIA e C 57-30-OPERAÇÕES AEROTERRESTRES.

7-3. MISSÃO

a. A missão básica do BI Pqdt, lançado de pára-quedas ou aerotransportado,é executar o assalto aeroterrestre, conquistar e manter objetivos importantes,visando barrar os movimentos do inimigo ou facilitar o avanço das forças amigas.

b. Outras missões que podem ser realizadas pelo BI Pqdt, de acordo comas suas possibilidades e limitações, constantes do ANEXO A deste manual, sãoconsideradas missões secundárias.

7-2/7-3

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7-3

C 7-20

Fig 7-1. Algumas finalidades do estabelecimento de uma C Pnt Ae

7-4. PLANEJAMENTO

a. Técnica de Planejamento(1) No planejamento das operações são desenvolvidos quatro planos

básicos, considerando-se os fatores da decisão. São eles: plano tático terrestre,plano de desembarque, plano de movimento aéreo e plano de aprestamento. Oplanejamento desses planos se desenvolve na ordem inversa da execução daoperação. (Fig 7-2)

(2) O planejamento de uma missão aeroterrestre é bastante complexo edeve ser o mais detalhado possível, buscando-se, contudo, a simplicidade em suaexecução por parte da tropa.

7-3/7-4

CORTAR FLUXO de Sup do Ini

IMPEDIR O REFORÇO do Ini

ACELERAR O CERCO

GARANTIR R Psg

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C 7-20

7-4

Fig 7-2. Planejamento e execução de uma Op Aet

b. Estudo de situação(1) Os planos e as ordens da brigada fornecem ao Cmt Btl diversas

informações adicionais peculiares a uma operação aeroterrestre. Além dasinformações constantes do manual C 7-30 - BRIGADAS DE INFANTARIA e outraspoderão constar, tais como: emprego de precursores pára-quedistas, de forçasespeciais e necessidades de treinamento e ensaios técnicos.

(2) Um Btl poderá receber mais de uma missão em uma mesma operaçãoaeroterrestre, no entanto, devem ser claramente definidas as respectivas priorida-des de execução.

(3) Durante o estudo de situação, o Cmt Btl e o EM consideramparticularmente:

(a) estudo do terreno e das condições meteorológicas, durante operíodo previsto para o cumprimento da missão;

(b) possibilidades do inimigo quanto ao emprego de blindados e ascaracterísticas do terreno para defender-se desses blindados;

(c) possibilidade do inimigo quanto ao emprego de aeronaves;(d) efetivo, quantidade e tipo de material e suprimentos com que

contará na área de operações;(e) localização e características das ZL e/ou zona de aterragem de

sua unidade;(f) data/hora, seqüência e método da aterragem do pessoal, material

e suprimentos; e

7-4

OPERAÇÃO AEROTERRESTREPLANEJAMENTO E EXECUÇÃO

CABEÇA-DE-PONTE AÉREA

PLANO TÁTICO TERRESTRE

PLANO DE DESEMBARQUE

PLANO DE Mvt AÉREO

PLANO DE APRESTAMENTO

PLANO DE Ap AÉREO

Não é executado no escalão Btl.

ORDENS PARA EXECUÇÃO

UNIDADES AÉREASE PÁRA-QUEDISTAS

COMBATE (Ofs/Def)

Plj Exec

1

2

3

4

5 1

2

3

4

5DESEMBARQUE

Mvt AÉREO

APRESTAMENTO

APOIO AÉREO

JUNÇÃO

AERODROMOS

ZL

ZL

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7-5

C 7-20

(g) os meios aéreos disponíveis para o Btl.(4) Em face da complexidade da operação, da descentralização das

ações e da possibilidade de desembarque em áreas diferentes das planejadas, oscomandantes de companhia devem ter um perfeito entendimento das intençõesdos comandantes do batalhão e da brigada. Da mesma forma, todo o pessoal deveser colocado a par dos planos do batalhão, do escalão superior e vizinhos, assimcomo dos planos alternativos.

7-5. ESCALONAMENTO DAS FORÇAS

a. Escalonamento da Força Pára-quedista - Os integrantes da forçapára-quedista são, normalmente, organizados em quatro escalões.

(1) Escalão precursor(a) O escalão precursor é composto, normalmente, por uma ou mais

equipes da companhia de precursores pára-quedistas, reforçadas por elementosde segurança, de saúde e outros elementos julgados necessários.

(b) O escalão precursor precede o escalão de assalto, desempe-nhando as seguintes missões: balizamento e operação das zonas de lançamento(ZL) e zonas de pouso (ZP); orientação e controle do trafego aéreo na região daC Pnt Ae; cooperação para a reorganização da tropa pára-quedista, após aaterragem; fornecimento da segurança inicial das zonas de lançamento e daspistas de pouso para aeronaves, entre outras.

(2) Escalão de assalto - O escalão de assalto é composto pelas forçasnecessárias para conquistar os objetivos de assalto e a C Pnt Ae inicial. Incluisuas reservas e tropas de apoio.

(3) Escalão de acompanhamento(a) O escalão de acompanhamento é a parte da força pára-quedista

não necessária na área do objetivo durante o assalto inicial, mas imprescindívelàs operações subseqüentes.

(b) Ele deve ser inserido na área do objetivo o mais cedo possível, pormeio de deslocamento aéreo (lançado de pára-quedas ou aerotransportado) ou desuperfície ou pela combinação de ambos. Dependendo dos meios de transporteutilizados, o escalão de acompanhamento incluirá os veículos e equipamentosadicionais das unidades do escalão de assalto e de unidades adicionais decombate, de apoio ao combate e de apoio logístico.

(4) Escalão recuado(a) O escalão recuado é a parte da força que é deixada na área de

partida para desempenhar funções não necessárias na área do objetivo.(b) Se a força pára-quedista prossegue no combate terrestre após a

junção, ou eventualmente, permanece definitivamente na nova área de emprego,ou de estacionamento, o escalão recuado pode ser levado à frente.

7-4/7-5

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C 7-20

7-6

7-6. PLANO TÁTICO TERRESTRE

a. Generalidades(1) O plano tático terrestre baseia-se nas considerações normais que

regem a execução das operações terrestres. Regula as ações de conquista emanutenção da cabeça-de-ponte aérea, bem como operações subseqüentes ( Prf7-11). Neste plano são determinados os efetivos e a composição dos meiosnecessários à execução das ações terrestres e o desenvolvimento do planologístico em apoio ao plano tático.

(2) O BI Pqdt pode receber uma missão de defender um setor de umaC Pnt Ae, ou de defendê-la integralmente em uma operação isolada.

b. Linha de cabeça-de-ponte aérea(1) O planejamento tático terrestre, com base na missão, é iniciado com

o planejamento defensivo, caracterizando a área a manter e a linha de cabeça-de-ponte aérea (L C Pnt Ae). (Fig 7-3)

(2) A L C Pnt Ae é aproximadamente circular e delimita o terreno a serdefendido. Usando a carta e fotografias aéreas, o EM do Btl seleciona os acidentescapitais de maior valor defensivo que circundam a área a ser defendida.

(3) A dimensão ideal do raio de uma C Pnt Ae de uma FT BI Pqdt variade 1,5 a 2,5 km (Fig 7-3). Os fatores que permitem determinar a localização, aextensão e a forma de uma C Pnt Ae são:

(a) missão - inicial e subseqüentes no quadro tático do Esc Sp;(b) inimigo - avulta de importância o estudo do dispositivo, da natureza

e dos prováveis eixos de aproximação do inimigo, permitindo dessa forma aconcentração de esforços para barrar os eixos mais importantes;

(c) terreno - é importante o estudo dos acidentes capitais quegarantam o desdobramento do Btl e bloqueiem as Via A para o interior daC Pnt Ae, garantindo em última instância, o cumprimento da missão. A máximautilização de obstáculos naturais deve ser observada;

(d) meios disponíveis - Em função dos meios disponíveis a dimensãoda C Pnt Ae pode variar, para assegurar sua melhor Def e dispersão dos meiosno interior da C Pnt Ae;

(e) Tempo - o tempo necessário para a conquista dos objetivos deassalto e o prazo provável de duração da missão.

(4) Ao planejamento defensivo segue-se o planejamento ofensivo.

7-6

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7-7

C 7-20

Fig 7-3. L C Pnt Ae

c. Objetivos de assalto(1) Os objetivos de assalto são os acidentes capitais que devem ser

conquistados imediatamente para assegurar o cumprimento da missão e asegurança do Btl. Devem ser selecionados de acordo com os fatores da decisãoe de acordo com a seleção da L C Pnt Ae. (Fig 7-4)

7-6

Rv 30Rio

ALFA

L C

Pnt

AeRv 15

Adt

Rv 15

Rv 15

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C 7-20

7-8

Fig 7-4. Objetivos de assalto

(2) Objetivos de assalto distantes das ZL exigem a realização deoperações ofensivas como marcha para o combate.

(3) Caso haja objetivo de assalto inicial, este é normalmente imposto peloEsc Sp, e deve ser conquistado no mais curto prazo possível. Tem por finalidadeassegurar as condições necessárias para o prosseguimento do assaltoaeroterrestre.

(4) A seleção dos objetivos de assalto busca assegurar:(a) o bloqueio das principais Via A para o interior da C Pnt Ae, junto

aos principais eixos de penetração;(b) a eliminação da resistência inimiga no interior da C Pnt Ae;(c) defesa dos acidentes do terreno necessários à junção; e(d) defesa das ZL e zonas de aterragem, se for o caso.

d. Manobra(1) Os esquemas de manobra representam a decisão do Cmt para a

conquista e para a manutenção da C Pnt Ae, podendo apresentar diferenças entresi no tocante a limites entre as peças de manobra e/ou organização para ocombate (Fig 7-5, 7-6 e 7-7)

7-6

L C

Pnt A

e

0206

05

04

03

01

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7-9

C 7-20

Fig 7-5. Esquema de manobra para a manutenção da C Pnt Ae

(2) No esquema de manobra para manutenção da C Pnt Ae, essa édividida, normalmente, em setores pelas SU, não precisando ser obrigatoriamenteiguais. Na divisão dos setores, o Cmt deve levar em consideração os seguintesaspectos, inerentes à defesa circular:

(a) não sobrecarregar uma subunidade com objetivos de alta priorida-de;

(b) proporcionar espaço de manobra suficiente para a conquista e amanutenção dos objetivos;

(c) não dividir responsabilidade sobre eixos de aproximação, Via A ouobjetivos, observando a divisão topotática do terreno;

(d) evitar que uma subunidade tenha que combater em duas direções;(e) designar setores com menores frentes às subunidades responsá-

veis pelos eixos de aproximação mais importantes do inimigo; e(f) aproveitar os obstáculos naturais para aumentar a frente de uma

peça de manobra, em benefício das demais.

7-6

P Avç C

P Avç C

P Avç C

(Z Reu)

2

3 1

L C

Pnt A

e

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C 7-20

7-10

Fig 7-6. Esquema de manobra para a conquista dos objetivos de assalto com aZL no interior da L C Pnt Ae.

(3) Freqüentemente, as Z Aç designadas pelo Esc Sp e/ou o terreno,dificultam a manutenção do apoio mútuo dentro da C Pnt Ae do Btl. Nesses casos,o comandante seleciona os principais eixos de aproximação, mobiliando-os composições de bloqueio valor SU e estabelece outros graus de resistência para asáreas menos importantes, tendo em vista buscar manter sempre o apoio mútuoentre os núcleos dos pelotões.

(4) As medidas de coordenação e controle, utilizadas no esquema demanobra para a manutenção da C Pnt Ae, são idênticas às do Btl na defesa.

(5) No esquema de manobra para a conquista da C Pnt Ae, as medidasde coordenação e controle utilizadas são semelhantes às do ataque, podendoconstar ainda, entre outras:

- zona de lançamento, zonas de aterragem, locais de reorganização,eixos de progressão para as subunidades e L C Pnt Ae.

(6) Deve-se buscar sempre que a SU empregada na conquista dedeterminada região seja também empregada na sua manutenção. Porém, deacordo com a situação, os limites entre as peças de manobra podem serdiferentes nas duas fases.

7-6

05

04

03

01

L C

Pnt

Ae

1 3

E Prog PRETO

Z LE Prog AZUL

0206

E Pr

ogVE

RD

E

1 2

23

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7-11

C 7-20

Fig 7-7. Esquema de manobra para a conquista dos objetivos de assalto com aZL fora da L C Pnt Ae

e. Organização para o combate(1) Elementos de primeiro escalão

(a) Cada SU é organizada para cumprir sua missão no quadro damanobra. Em conseqüência da descentralização, as subunidades têm suasorganizações modificadas para a conquista dos objetivos. As armas anticarro são,normalmente, atribuídas em reforço às subunidades. Essa composição podemodificar-se logo que seja restabelecido o controle centralizado.

(b) Para a manutenção da C Pnt Ae, a organização para o combatede cada SU está intimamente ligada com a divisão das Z Aç, entre essassubunidades, de maneira que cada uma tenha poder de combate suficiente paraatender as suas necessidades.

(2) Elementos da reserva(a) Para a conquista da C Pnt Ae.

1) A reserva inicial é, normalmente, de pequeno valor, a fim de queas forças de assalto possam dispor do máximo poder de combate para ocumprimento de suas missões específicas.

2) O Btl mantém, normalmente, uma reserva valor pelotão, desdeque sejam empregadas todas as Cia Fuz em 1º escalão.

7-6

01

Z L

1

02

03

L C Pnt Ae

E Pr

ogVE

RDE

E Prog AZUL

E Pr

og P

RETO

E Pr

ogVE

RDE

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3) Poderá, ainda, hipotecar um pelotão de fuzileiros da subunidadeencarregada da conquista dos objetivos de menor prioridade.

4) A reserva, prioritariamente, desembarca junto com o escalãode assalto.

(b) Para a manutenção da C Pnt Ae.1) A decisão sobre a missão, o valor, a prioridade de emprego, a

localização e a situação de comando da reserva é fruto dos fatores da decisão;2) Frentes extensas, podem levar o Cmt Btl a definir o valor da

reserva em detrimento do poder de combate das peças de manobra da ADA,auferindo-lhe maior flexibilidade para intervir no combate, haja vista a exigüidadede meios.

3) A princípio, a reserva permanece em Z Reu, podendo ainda,receber missão de proteção de locais críticos interiores (aeródromos, postos decomando, etc).

(3) Elementos de segurança(a) Postos Avançados de Combate (P Avç C)

1) A composição, a missão e a execução das operações dosP Avç C são semelhantes às operações em qualquer forma de manobra defensiva,exceto quanto ao fato de que eles podem ser instalados a uma distância maior daL C Pnt Ae.

2) Devido às grandes frentes e as distâncias sobre as quais asforças dos P Avç C operam, deve ser dada especial ênfase às comunicações eà segurança. Meios de comunicações e de vigilância, como rádios, radares emeios optrônicos, devem compor as forças dos P Avç C.

(b) Forças de reconhecimento e segurança1) São forças que desempenham missões de vigilância além dos

P Avç C, com ênfase nos principais eixos de aproximação do inimigo. Essasegurança adicional é fornecida pelos meios do esquadrão de cavalaria pára-quedista, atuando sob controle da brigada.

2) Nas missões independentes, o Btl pode receber, em reforço,frações de cavalaria valor Pel. As forças de reconhecimento e de segurançadesembarcam junto com o escalão de assalto e, se for o caso, valem-se de ZL ouZP mais eixada com o cumprimento de suas missões.

7-7. PLANO DE DESEMBARQUE

a. Generalidades(1) O plano de desembarque inclui a seqüência, a hora e o método de

desembarque, e ainda o local de chegada das tropas e do material na área doobjetivo para a execução da manobra.

(2) O plano de desembarque é organizado pela Bda, com a colaboraçãodos Cmt e EM dos Btl.

(3) No escalão Btl, o plano de desembarque contém um plano dereorganização, que é preparado, a princípio, pela companhia precursora pára-quedista conforme diretrizes do comandante do batalhão e de acordo com amanobra idealizada, sendo difundido em “briefings” com os comandantes táticose mestres de salto.

7-6/7-7

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b. Zonas de lançamento e zonas de aterragem(1) Zona de lançamento é a zona especificada sobre a qual tropas

aeroterrestres, equipamentos e suprimentos são lançados por pára-quedas ousobre a qual suprimentos podem ser entregues por queda livre.

(2) Zona de aterragem ou zona de pouso, em operações aeroterrestres,é a zona especificada na área do objetivo, em que as aeronaves devem pousar.

(a) Simultaneamente com o preparo do plano tático terrestre, sãolevantadas as ZL e as zonas de aterragem utilizáveis. Esse levantamento,normalmente, é realizado pelo pessoal especializado da F Ae, pelo E2 da Bda,pelo oficial de engenharia e pela companhia de precursores pára-quedista.

(b) Realizado esse levantamento, o Cmt Btl, em coordenação com oE3 da Bda, assessorado por elementos de transporte de tropa e precursores,seleciona a(s) zona (s) de lançamento e/ou de aterragem a serem efetivamenteutilizadas.

(c) Em seguida, o Cmt Btl propõe a prioridade desejada da chegadade seus elementos nas áreas de desembarque. A Bda estabelece a hora e a ordemde desembarque de cada unidade.

(d) A presteza no estabelecimento da conquista da cabeça-de-ponteaérea é fundamental para o sucesso da operação. Sempre que possível devem serutilizadas zonas de lançamento ou de pouso próximas ou sobre os objetivos deassalto.

c. Plano de Reorganização(1) Generalidades

(a) Por ocasião do assalto aeroterrestre, a tropa pára-quedista, bemcomo seu material, ficam dispersos na ZL. É necessário, portanto, um certotempo, que deverá ser o menor possível, para reunir o material e reagrupar-se emunidades táticas, a fim de poder prosseguir no combate. Durante esta fase,denominada reorganização, a tropa é extremamente vulnerável.

(b) Todos os esforços devem ser envidados para que a reorganizaçãoseja completada sem demora, o que também permitirá aos atacantes valerem-se,inicialmente, dos benefícios da surpresa. As equipes precursoras são utilizadaspara auxiliar a reorganização.

(c) Antes do Btl concluir a reorganização, a tropa além de tomar asmedidas necessárias de segurança, deve providenciar a reunião dos extraviados,cuidar dos acidentados e terminar o recolhimento dos suprimentos.

(d) A reorganização do Btl estará concluída quando as subunidadesestiverem reunidas com 80% do seu efetivo e as comunicações estabelecidas.Quando as subunidades têm missões específicas imediatas, elas prosseguemsem esperar a completa reunião do batalhão.

(2) Planejamento da reorganização(a) O planejamento da reorganização será completado, após a

elaboração do plano tático terrestre e do plano de desembarque.(b) O planejamento da reorganização compreende:

1) definição do processo de reorganização a ser empregado;2) designação dos locais de reorganização das SU;3) utilização dos meios auxiliares para a reorganização, como

7-7

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7-14

identificação de pessoal e material com código alfa-numérico, utilização defumígenos, bandeirolas, etc.

4) medidas de segurança;5) estabelecimento das comunicações de comando e de controle

de tiro;6) reconhecimento;7) recolhimento dos suprimentos de assalto;8) Localização do PS do batalhão e definição dos procedimentos

de evacuação;9) hora e condições para as subunidades se deslocarem para o

cumprimento da missão; e10) reunião de extraviados.

(3) Reorganização noturna(a) A reorganização durante a noite torna-se mais complexa tendo em

vista a falta de visibilidade e, conseqüentemente, a dificuldade de identificar pontosnítidos da ZL e de reconhecer o pessoal e material.

(b) À noite, aumenta o número de extraviados e a perda de material,exigindo meios auxiliares mais complexos.

(c) A principal vantagem da reorganização noturna é tornar a tropamenos vulnerável aos ataques aéreos e terrestres do inimigo, o que permite areorganização em áreas menores e mais abertas, freqüentemente realizadas naprópria ZL ou ZP.

(4) Processos de reorganização - O Btl pode se reorganizar por meio dosprocessos direto, balizado ou especial. (Fig 7-8)

(5) Locais de reorganização (L Reo)(a) Os locais de reorganização são normalmente localizados nos

limites da ZL e a sua identificação é feita por acidentes do terreno e por meiosauxiliares instalados pela equipe de precursores pára-quedista.

(b) Em geral, as primeiras frações pára-quedistas a aterrar sãoencarregadas de conquistar objetivos que propiciem a segurança necessária aodesembarque das unidades pára-quedistas que se seguem. As outras fraçõesdeslocam-se diretamente para os locais de reorganização, levando consigo omaterial necessário para o assalto.

7-7

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7-15

C 7-20

Fig 7-8. Processos de reorganização

(c) Os L Reo são previstos para cada SU ou para todo o Btl, de acordocom o estudo de situação.

(d) Um L Reo deve satisfazer os seguintes requisitos:1) oferecer boas condições de coberta e abrigo, especialmente

para os desembarques diurnos;2) ficar tão perto quanto possível das ZL ou das zonas de

aterragem, para apressar a reorganização e facilitar o reconhecimento do terreno.Para a reorganização à noite, os locais de reorganização podem ser na própria ZL;

7-7

Fumígeno e painel azul

REORGANIZAÇÃO DIRETA

Fumígenoe painelamarelo

Fumígeno epainel amarelo

Fumígeno epainel azul

Fumígenoe painel

vermelho

REORGANIZAÇÃOESPECIAL BALIZADA

REORGANIZAÇÃOFumígeno epainel azul

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7-16

3) permitir às subunidades do escalão de assalto reunirem-se efavorecer-lhes o início do deslocamento e/ou a tomada do dispositivo para oataque;

4) permitir a reunião inicial das armas de apoio; e5) estar próximo dos itinerários que favoreçam as atividades dos

elementos de apoio logístico.(e) Locais de reorganização alternativos deverão ser designados

prevendo uma atividade inimiga inesperada, antes ou durante o desembarque.(f) O L Reo não exclui, necessariamente, a ocupação de uma Z Reu,

podendo haver uma ou as duas medidas de coordenação e controle, particular-mente de acordo com a distância dos objetivos de assalto e o inimigo.

d. Segurança(1) Durante a reorganização, a tropa precisa proteger as ZL, zonas de

aterragem e L Reo, tomando todas as medidas de segurança, independentementedas providências tomadas pelo Esc Sp.

(2) Considerando-se o efetivo das forças aeroterrestres, a extensão dasZL e ZP e a situação dessas forças que, nesse período, ficam expostas aosataques inimigos sem direções. Definidas, as medidas de segurança são de difícilexecução.

(3) As primeiras frações pára-quedistas têm, geralmente ao aterrarem, amissão de conquistar acidentes capitais que assegurem a reorganização dastropas e, em alguns casos, o desembarque (lançado de pára-quedas ouaerotransportado) de outras tropas e do suprimento imediato.

(4) O valor da força encarregada da segurança de uma ZL ou ZP deve sero menor possível, e estar em função das possibilidades do inimigo, da duração damissão e do terreno. Geralmente, é organizada uma linha de postos avançados(P Avç), a qual, pela sua localização, deve deixar a ZL/ZP livre dos fogos diretosdo inimigo.

(5) Os Cmt da tropa aeroterrestre tomam medidas de segurança, àproporção que os pelotões e companhias se reorganizam, recuperam o materiallançado ou o descarregam das aeronaves. Os homens deslocam-se para os locaisde reorganização das companhias em formações que atendam à segurança, àvelocidade e à facilidade de comando.

(6) Um Btl atuando isolado, em princípio, não empregará mais que umacompanhia para segurança da ZL/ZP. O plano para segurança da ZL/ZP épreparado minuciosamente, especificando: valor, composição e organização daforça de segurança, sua localização no terreno e missão de cada elemento. Logoapós a reunião dos grupos de combate ou pelotões na ZL/ZP, os elementos desegurança deslocam-se diretamente para cumprir sua missão.

(7) Quaisquer tropas inimigas, encontradas na ZL ou em suas imedia-ções, são imediatamente atacadas pelo elemento que desembarcar mais próximodelas, a fim de facilitar a reorganização das outras unidades.

(8) O Cmt Btl coordena as medidas de segurança destinadas a protegeros L Reo das SU. Esta segurança compreende um sistema de P Avç cobrindo todoo perímetro. Cada companhia estabelece uma linha de P Avç que consiste numasérie de pequenos pontos de vigilância, postos de barreira nas estradas e

7-7

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7-17

C 7-20

patrulhas.(9) Essas unidades de segurança são de efetivo reduzido, devido ao

pouco tempo em que o local de reorganização será ocupado.(10) O planejamento é feito nos mínimos detalhes, incluindo missão,

valor, composição e organização de cada elemento de segurança, localização dospontos de vigilância, itinerários das patrulhas, comunicações e fogo de apoio.

e. Reconhecimento(1) O planejamento de uma operação aeroterrestre em geral é feito

utilizando-se cartas, esboços e fotografias aéreas, sendo necessário, tão logoseja possível, a realização de reconhecimentos para ratificar ou retificar a decisãotomada;

(2) O Cmt Btl inicia o reconhecimento terrestre na fase da reorganização.Enviam-se patrulhas para reconhecer as Via A para o objetivo, se possível o próprioobjetivo, e colher dados acerca do inimigo.

(3) Durante a reorganização, esses Cmt fazem as modificações julgadasnecessárias nas missões das SU subordinadas, em face dos resultados doreconhecimento terrestre e da situação do inimigo.

(4) As patrulhas partem dos locais de reorganização de sua SU oudiretamente da ZL, após a reorganização.

(5) Se o Btl for reforçado por elementos de cavalaria pára-quedista, estessão os mais aptos a realizar reconhecimentos.

(6) Elementos de FE infiltrados na área de operações, compondo um“Comitê de Recepção”, propiciam ao Cmt Btl informações atualizadas sobre oterreno e sobre o inimigo.

(7) Em face dos dados obtidos através do reconhecimento terrestre e dasituação do inimigo o comandante poderá fazer as modificações julgadasnecessárias nas missões das subunidades subordinadas.

7-8. PLANO DE MOVIMENTO AÉREO

a. Generalidades(1) O plano de movimento aéreo é elaborado em comum acordo entre os

comandos da força aérea e da força terrestre que executam a operação. Indica ascargas das aeronaves, a designação das aeronaves para os grupamentos de vôoe as colunas aéreas, os locais de carregamento e de partida, as rotas de vôo eoutras medidas para o movimento aéreo desde os aeródromos de partida.Participam ativamente de sua elaboração, os elementos da Força Aérea e daCompanhia de Precursores Pára-quedista.

(2) Constam do plano de movimento aéreo o quadro de repartição dosmeios aéreos, o diagrama de rotas, o quadro horário de movimento aéreo e oquadro de movimento aéreo.

(3) Avulta de importância, para o planejamento no escalão Btl, o quadrode movimento aéreo.

(4) Para confeccionar o plano de movimento aéreo é necessário, conciliaras necessidades táticas da F Ter, da F Ae e as limitações técnicas dos meios detransporte.

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b. Quadro de Movimento Aéreo(1) O quadro de movimento aéreo, recebido da brigada ou planejado pelo

batalhão, deve conter os seguintes dados:(a) quantidade e tipo de aeronaves;(b) distribuição pelas vagas e séries de aeronaves;(c) aeródromos de partida;(d) zonas de lançamento e de aterragem de destino; e(e) horas de embarque, decolagem e lançamento ou aterragem.

(2) De posse desses dados, o Cmt indica a prioridade e a seqüência domovimento das SU e prepara o quadro de carregamento de sua unidade.

c. Outros(1) Quadro de repartição dos meios aéreos - É a conseqüência do estudo

que decorre das imposições do plano de desembarque (necessidades táticas) edas limitações técnicas e táticas dos meios de transporte.

(2) Diagrama de rotas e quadro de rotas - É a conseqüência do estudoda aproximação para a área do objetivo e do reagrupamento após o desembarque.

(3) Quadro - horário de movimento aéreo - Neste quadro figuram todos oselementos que permitam controlar o desenvolvimento do movimento aéreo emelhor fixar os entendimentos para o apoio.

(4) É desejável que os comandantes de frações tomem conhecimentodesses documentos com a finalidade de orientá-las, em uma situação de conduta,caso as aeronaves não atinjam o seu destino.

7-9. PLANO DE APRESTAMENTO

a. O aprestamento inclui todas as ações realizadas entre o recebimento daordem preparatória até a decolagem das aeronaves. Engloba a reunião e apreparação de pessoal e de material, o deslocamento para as áreas de aprestamentofinal e os procedimentos para o embarque nas aeronaves.

b. Quadro de Carregamento(1) O quadro de carregamento estabelece a distribuição do Btl aeronaves

disponíveis. Tem como base o quadro de movimento aéreo.(2) Na distribuição do Btl pelas aeronaves disponíveis, o comandante

observa os seguintes fatores: integridade tática; dissociação dos meios e auto-suficiência de cada carga.

(a) Integridade tática1) Deve ser mantida sempre que possível. Isso pode ser normal-

mente conseguido com as pequenas frações, colocando-se seus integrantes namesma aeronave.

2) Para frações maiores que pelotão, obtém-se a integridadetática distribuindo-as em um mesmo elemento de aeronaves, o que proporcionarapidez na reorganização.

(b) Dissociação de meios - A dissociação de meios como armas deapoio e de comunicações, além dos elementos de comando pelas aeronaves deum mesmo elemento de aviões, evita vulnerabilidades no sistema de comando e

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controle e de apoio de fogo do Btl, se ocorrer a perda de uma aeronave.(c) Auto-suficiência de cada carga - A auto-suficiência de uma carga

assegura que os elementos de uma aeronave sejam capazes de operar efetiva-mente para o cumprimento de sua missões nos casos de erros de ZL ou deaterragem de emergência em locais não previstos. Por exemplo: embarcar oarmamento com sua guarnição e munição e o comandante com sua fração.

(3) Cargas-tipo(a) A carga-tipo é uma habilidosa composição de carga, pessoal e

material, nos limites de carga das aeronaves, para o transporte da unidade.(b) A distribuição das frações e SU pelas aeronaves disponíveis são,

normalmente, padronizadas nas unidades pára-quedista por meio de cargas-tipo.(c) Para cada missão, o Btl examina suas necessidades e procede

as alterações necessárias nas cargas-tipo. A carga-tipo é a base para o quadrode carregamento de cada aeronave.

(4) O S3 e o S4 da unidade preparam o quadro de carregamento. Aotérmino desse planejamento, os Cmt SU confeccionam o manifesto de vôo elançamento (relação de pessoal e material).

7-10. OPERAÇÕES SUBSEQÜÊNTES

Generalidades

a. Após o assalto aeroterrestre (conquista e manutenção) podem seguir-seações defensivas ou ofensivas, tais como: uma defesa continuada da C Pnt Ae,uma junção, uma substituição em posição, um retraimento, uma retirada ou umaumento de forças na área do (s) objetivo (s) para constituição de uma base parafuturas operações de combate.

b. O retraimento e a retirada devem ser planejados como parte do esquemade manobra, ou como resultado da ação do inimigo. Pode ser realizado por viaterrestre, aérea ou aquática.

c. O Btl e a Bda raramente conduzem uma ação retardadora, devido àsdeficiências de comunicações, de mobilidade terrestre, de apoio de fogo, decomando e controle e ainda à falta de blindados.

7-11. INCURSÕES AEROTERRESTRES

a. Generalidades(1) As incursões aeroterrestres são semelhantes a outras incursões,

exceto pelo fato de que a força de incursão utiliza o transporte aéreo para deslocar-se para a área de objetivo.

(2) A força de incursão aeroterrestre é a mais apta para se deslocar amaiores distâncias de apoio do elemento que a enquadra.

b. Finalidades(1) Dissimular outras operações.

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(2) Destruir, capturar ou inquietar forças inimigas.(3) Destruir instalações e/ou material inimigo.(4) Obter informações sobre o inimigo.(5) Capturar e/ou resgatar pessoal.

c. Planejamento(1) A força de incursão é organizada em grupamentos ou frações

apropriadas para cada tarefa específica. A reserva pode ser mantida fora da áreado objetivo para ser transportada por via aérea ou pode não ser constituída

(2) O retraimento deve ser cuidadosamente planejado e planos alterna-tivos de retraimento devem ser previstos. Algumas condições favorecem oretraimento terrestre, tais como:

(a) a distância das linhas amigas é relativamente curta;(b) cobertas e abrigos favorecem o deslocamento de pequenos

grupos;(c) forças inimigas se encontram largamente dispersas;(d) a força de incursão encontra-se levemente equipada; e(e) possibilidade de apoio de guerrilheiros, simpatizantes e/ou

elementos de FE.

7-12. INTERDIÇÃO DE ÁREA

a. A uma força pára-quedista pode ser atribuída a missão de interdição paraimpedir ou dificultar as operações inimigas em uma determinada área.

b. Este tipo de operação é adequada quando em combinação com umaofensiva de vulto realizada por forças amigas.

c. Para o estudo pormenorizado, consultar o C 7-30 - BRIGADA DEINFANTARIA e C 57-30 - OPERAÇÕES AEROTERRESTRES.

7-13. APOIO DE FOGO

a. Devido ao seu limitado apoio de fogo orgânico, o Btl recebe um maciçoe cerrado apoio de fogo aéreo e/ou naval.

b. No início do assalto, o apoio de fogo deve ser proporcionado pelo fogoaéreo e/ou naval e pelos meios orgânicos da unidade, até que a artilharia decampanha esteja disponível.

c. O planejamento do apoio de fogo é iniciado com o recebimento da diretrizdo comandante para a missão e é desenvolvido durante toda a operação. Desseplanejamento devem constar:

(1) localização dos alvos, concentrações e barragens de apoio àsmissões ofensivas e defensivas do plano tático terrestre;

(2) seleção das posições iniciais (RPP) da bateria de artilharia e do Pelde morteiro, que possibilitem rápida ocupação após o lançamento ou aterrageme facilitem o apoio de fogo contínuo para a conquista dos objetivos de assalto;

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(3) seleção das posições suplementares (RPP) para proporcionaremapoio aos elementos de segurança, fora da L C Pnt Ae;

(4) forma de emprego - quando o Btl for empregado enquadrado nabrigada, até o estabelecimento da C Pnt Ae, uma bateria de obuses pode ficar emapoio direto ao batalhão. Se empregado isolado, constituindo FT, essa baterianormalmente a reforça;

(5) a linha de coordenação de fogo (LCF) e linha de coordenação de apoiode fogo (LCAF), traçadas sempre que necessárias, para coordenar os fogos dasforças empenhadas na operação;

d. As armas de apoio do Btl são distribuídas prioritariamente ao escalão deassalto, para que a unidade disponha do apoio de fogo de suas armas orgânicasno mais curto prazo; e

e. Os OA de artilharia e Mrt devem, sempre que possível, integrar o escalãode assalto.

7-14. COMUNICAÇÕES

a. Para a conquista e manutenção da C Pnt Ae, seguem-se as mesmasprescrições para o ataque e a defesa.

b. Durante a reorganização(1) Durante a reorganização, os meios visuais, os mensageiros e o rádio

são os meios de comunicações mais utilizados. Normalmente, não se estendefio nesta fase, e as redes-rádio são abertas imediatamente após o desembarque.

(2) No local de reorganização, sem demora, são instalados os PC,estabelecendo-se, em seguida, as redes-rádio, de operações, do comandante elogística, as quais podem ser empregadas para cooperar na reorganização.

(3) A reorganização pode ser considerada completa quando, além doefetivo mínimo de 80%, as comunicações tiverem sido estabelecidas.

7-15. APOIO LOGÍSTICO

a. O plano de Ap Log é preparado à semelhança dos planos para asoperações convencionais. Nas operações aeroterrestres, o plano de apoiologístico inclui, além das atividades normais, as instruções para o aprestamento.

b. O plano deve ser minucioso, requerendo o máximo de atenção, particu-larmente quanto à coordenação com o Esc Sp e as SU subordinadas. Porexemplo: medidas necessárias para a obtenção de equipamentos de lançamentode material específico, armamento e munição; e suprimentos a serem consumi-dos na área de aprestamento.

c. Na fase do assalto, a atividade de evacuação fica restrita ao âmbito doBtl, até que os meios da Bda passem a operar.

d. Na atividade de transporte, o plano trata da previsão do transporte dopessoal e dos suprimentos de assalto para a área de aprestamento, dos

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transportes necessários durante esta fase e, posteriormente, do carregamento domaterial visando ao assalto aeroterrestre.

e. A Bda poderá reforçar o Btl, sempre que possível, com equipes demanutenção e suprimento a fim de complementar tais atividades logísticas.

f. Devido as características das operações aeroterrestres, os processosespeciais de suprimento são muito utilizados.

ARTIGO III

OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM

7-16. GENERALIDADES

Para o estudo do emprego do batalhão em operações de garantia da lei eda ordem, deve-se consultar o manual específico, IP 85-1 - OPERAÇÕES DEGARANTIA DA LEI E DA ORDEM.

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CAPÍTULO 8

OUTRAS OPERAÇÕES

ARTIGO I

SUBSTITUIÇÃO

8-1. CONCEITO

Substituições são operações de combate realizadas por uma unidade, ouparte dela, quando assume a Z Aç ou a missão de outra unidade em qualquermissão de combate.

8-2. FINALIDADE

Quando as operações táticas se prolongam durante períodos extensos,pode ser necessária a substituição periódica de unidades empregadas, paraconservação do poder de combate, para a manutenção da eficiência combativa oupara reequipar, reinstruir e ensaiar as forças para operações especiais ou, ainda,mudar o ritmo da operação, aumentando a impulsão em operações ofensivas. Oplanejamento tático, normalmente, prevê substituições periódicas das tropas.

8-3. TIPOS DE OPERAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO

a. Ultrapassagem

b. Acolhimento

c. Substituição em posição

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8-4. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS

a. O ponto crítico, de qualquer uma das operações de substituição, é omomento em que há o emassamento de tropas. Essa vulnerabilidade deve serreduzida, com a realização de uma estreita coordenação de planos e cerradacooperação entre as unidades que executam a substituição.

b. Os seguintes aspectos devem ser considerados no planejamento e naexecução de todos os tipos de operações de substituição:

(1) deve ser proporcionado tempo adequado para o planejamento e oreconhecimento;

(2) devem ser expedidas ordens preparatórias o mais cedo possível;(3) os planos são minuciosos, simples e bem coordenados entre todos

os escalões das unidades que substituem e das substituídas;(4) sempre que possível, as substituições são executadas em períodos

de visibilidade reduzida;(5) os planos de dissimulação incluem todos as medidas praticáveis para

assegurar o sigilo e a surpresa;(6) a substituição é executada no mais curto prazo possível;(7) são tomadas todas as precauções para reduzir a vulnerabilidade ao

ataque inimigo durante a substituição;(8) as unidades que substituem e as substituídas mantêm ligações

mútuas;(9) as unidades de apoio ao combate são substituídas em oportunidades

diferentes das unidades de combate por elas apoiadas; e(10) a hora em que o comando passa do Cmt substituído para o Cmt

substituto e as condições nas quais tal substituição deve processar-se, sãoestabelecidas entre os dois Cmt interessados ou determinados pelo comandanteimediatamente superior.

c. Escolha do tipo de substituição antes do ataque(1) Em operações, freqüentemente, é necessário que seja realizada a

substituição de uma unidade em contato. Tal substituição pode ser realizadaatravés de uma substituição em posição ou por uma ultrapassagem.

(2) A substituição em posição, antes do ataque, deve ser empregadaquando:

(a) há tempo disponível para sua realização;(b) o atacante tem necessidade de maior conhecimento do terreno e

da situação do inimigo;(c) a tropa substituída é necessária em outra área.

(3) A ultrapassagem é preferida antes do ataque quando:(a) não há tempo suficiente para executar uma substituição em

posição;(b) é planejada uma modificação importante na direção de ataque;(c) é necessária a flexibilidade na escolha do dispositivo para ataque.

d. Em operações defensivas, os tipos de substituição normalmente utiliza-dos são o acolhimento e a substituição em posição.

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8-5. ULTRAPASSAGEM

a. Conceito - A ultrapassagem é uma operação que consiste na passagemde uma força que ataca através do dispositivo de outra que está em contato como inimigo.

b. Finalidade - A ultrapassagem pode ser realizada com uma dasseguintes finalidades:

(1) manter a impulsão do ataque;(2) realizar uma mudança de direção de ataque;(3) explorar pontos fracos da posição do inimigo, através do emprego da

reserva; e(4) iniciar uma ofensiva em frente onde havia estabilização.

c. Planejamento(1) A realização de uma ultrapassagem exige um contato cerrado entre

os comandantes das unidades que participarão da operação. Nesse contato érealizada uma reunião de planejamento para que sejam acertados todos osdetalhes da operação.

(2) Em todos os escalões é realizada a troca de pessoal de ligação.(3) Deve haver uma estreita coordenação entre os Cmt da tropa ultrapas-

sada e a que vai ultrapassar em relação aos seguintes aspectos:(a) troca de planos (inclusive o de comunicações) e informações;(b) medidas de segurança, visando principalmente diminuir as

vulnerabilidades nas horas de maior concentração de tropas, durante a ultrapas-sagem;

(c) planejamento de reconhecimentos;(d) seleção das regiões de passagem - As regiões de passagem, em

relação ao dispositivo da tropa em contato, levam em consideração os intervalosexistentes entre as unidades em posição ou em seus flancos.

(e) fornecimento de guias - A unidade que será ultrapassada deveráceder guias capazes de mobiliar até os P Lib Pel da unidade que realizará aultrapassagem;

(f) deverá ser determinada a prioridade na utilização das estradas.Normalmente esta prioridade é atribuída a unidade que ultrapassa;

(g) o controle de trânsito, normalmente, será responsabilidade datropa que é ultrapassada;

(h) deverá haver uma estreita coordenação relativa ao apoio de fogo,pois este, normalmente, é realizado pela tropa ultrapassada, utilizando apenasseus meios de fogo indireto (pelotão de morteiro no escalão Btl).

1) O pelotão de morteiro da unidade que ultrapassa, normalmen-te, só será empregado após a assunção do comando da Z Aç, isto se deve ao fatode se tentar evitar ao máximo a concentração desnecessária de tropas, pois osbons locais para entrada em posição, possivelmente, já estarão ocupados pelasinstalações da unidade a ser ultrapassada.

2) Normalmente, o apoio de fogo, não inclui as armas de tiro tensoda unidade a ser ultrapassada, em virtude das grandes dificuldades de coordena-ção e controle.

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(i) a hora de passagem de comando da zona de ação, normalmente,será a hora de ataque da unidade que ultrapassa, podendo ser ainda no momentodo desencadeamento dos fogos de preparação ou a uma hora pré-determinada;e

(j) abertura de brechas em campos de minas.(4) A ordem preparatória deve anteceder a operação com o máximo de

prazo que permita o início dos preparativos. São elementos essenciais de umaordem preparatória para uma ultrapassagem:

(a) duração da operação, com respectivas horas de início e término;(b) assuntos a coordenar entre as tropas participantes;(c) escolha das regiões de passagem;(d) prioridade na utilização das estradas.(e) hora da passagem de comando da zona de ação;(f) apoios a serem prestados e responsabilidades.

d. Execução(1) Os elementos da unidade ultrapassada permanecem em posição e

apóiam o ataque até que seus fogos se tornem perigosos para a tropa atacante,ocasião em que devem ser retirados ou receber outra missão na região do ataque.(Fig 8-1)

Fig 8-1. Visualização do esquema de manobra de uma ultrapassagem

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(2) Os elementos da unidade que ultrapassa se deslocam durante osperíodos de visibilidade reduzida, das posições de retaguarda (Z Reu) paratransporem a LP na hora prevista.

(3) Com o objetivo de reduzir a concentração de tropas, cálculos demarcha são realizados visando que as unidades cheguem à LP na hora prevista,eliminando a necessidade de ocupação de posições de ataque.

(4) As reservas da unidade em contato, podem ser deslocadas para Z Reuà retaguarda, imediatamente antes do início da ultrapassagem, também com oobjetivo de reduzir a concentração de tropas na área durante a operação. Talprocedimento é prescrito, normalmente, pelo comando que ordena a ultrapassagem.

(5) No escalão BI, podemos realizar uma comparação com a operaçãode ataque noturno, pois na ultrapassagem a tropa também percorrerá itineráriosbalizados, receberá guias, cedidos pela unidade ultrapassada, e utilizará comouma das principais medidas de coordenação e controle os P Lib, que serãodeterminados até o escalão Pel.

(6) Devido a complexidade da operação, devemos tentar simplificar aomáximo sua execução. Um procedimento é batizar os diversos itinerários a serempercorridos com o nome de cores, utilizando lanternas ou fitas, com as respectivascores. Usa-se o mesmo artifício para balizar os locais de passagens

(7) No caso da tropa que estiver realizando a ultrapassagem possuirblindados, estes devem permanecer na última posição coberta e abrigada, semcomprometer, com o ruído, o sigilo da operação. O momento em que os Bldcerrarão à frente, utilizando itinerários balizados, será definido de acordo com oprocesso a ser adotado para empregar o combinado Infantaria-CC.

(8) A ultrapassagem é uma operação realizada quando for um meio parase obter um melhor resultado em uma ação principal subseqüente, ou seja, oplanejamento da ultrapassagem é dependente do planejamento da operação quese seguirá à mesma. Com isso, a maioria dos meios, durante a operação, não deveutilizar, necessariamente, os melhores locais de passagem. Considerar-se-á,para a escolha destes locais, a Z Aç do esforço principal na operação subseqüente.

8-6. SUBSTITUIÇÃO EM POSIÇÃO

a. Conceito - A substituição em posição é uma operação de combate naqual uma unidade ou parte dela é substituída, em uma área, por outra unidade,após ordem do Esc Sp.

b. Finalidade - A substituição em posição será realizada com um dosseguintes objetivos:

(1) substituição para continuar a defesa:(a) homem por homem e arma por arma;(b) a tropa que substitui utiliza o mesmo dispositivo da tropa

substituída, realizando as alterações que julgar necessárias somente após asubstituição estar concluída.

(2) Substituição para continuar o ataque - Será realizada por área e a tropaque substitui poderá realizar alterações no dispositivo mesmo antes da substitui-ção estar concluída.

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c. Planejamento e execução(1) A ordem de substituição do Esc Sp, normalmente, prescreve que a

mesma seja realizada à noite ou em condições de visibilidade reduzida, o intervalode tempo no qual a operação deva ser realizada, podendo ainda, incluir aseqüência de substituição a ser empregada. O planejamento deve estar subordi-nado aos seguintes aspectos:

(a) intervalo de tempo da substituição. Normalmente, o comandoenquadrante determinará os horários de início e término da substituição.

1) em uma só noite: aumenta a concentração de tropas na áreae diminui a possibilidade de quebra do sigilo;

2) em mais de uma noite: diminui a concentração de tropas naárea e aumenta a possibilidade de quebra do sigilo.

(b) seqüência da substituição:1) da frente para a retaguarda quando a maioria de meios estiver

sendo empregado no LAADA.2) da retaguarda para frente quando a maioria de meios não estiver

sendo empregado no LAADA.Caso não seja especificada pelo Esc Sp, na determinação da

seqüência, ambos os comandantes devem considerar: a missão subseqüente daunidade que substitui, o valor e a capacidade combativa da unidade que vai sersubstituída, a possibilidade do inimigo interferir, as características do terreno, anecessidade de variar o procedimento e a natureza e o valor dos elementosenvolvidos na operação.

(c) Seqüência da substituição dos elementos em 1º escalão.- simultaneamente: aumenta a concentração de tropas na área e

diminui o período de tempo sob exposição ao fogo inimigo.- sucessivamente: diminui a concentração de tropas na área e

aumenta o período de tempo sob exposição ao fogo inimigo.Numa situação em que três elementos são empregados à frente a

substituição poderá ser feita um a um ou simultaneamente. Nesse caso deve-seevitar a substituição de elementos vizinhos ao mesmo tempo, será aconselhávelsubstituir primeiro os elementos dos flancos e posteriormente o do centro, ou vice-versa.

(2) As substituições devem ser realizadas em períodos de visibilidadereduzida, normalmente à noite, isto com o objetivo de manter o sigilo da operação.

(3) Por ser uma operação complexa, exige uma ampla coordenação entreos comandos das tropas substituída e substituta, principalmente nos seguintesassuntos:

(a) Troca de planos e informações:1) plano de defesa ou ataque;2) plano de apoio de fogo;3) plano de barreira, demais planos que estejam em vigor.

(b) Reconhecimento1) devem ser tomadas providências para o reconhecimento diurno

do comandante e estado-maior e de todos os escalões que se fizerem necessá-rios da unidade que substitui;

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2) os reconhecimentos incluem as posições de defesa, itinerári-os, zonas de reunião, posições de armas e instalações de serviço;

3) o reconhecimento aéreo deve ser feito pelos mesmos aviões ouhelicópteros que atuam em proveito do elemento substituído.

(c) Medidas de segurança - Todo esforço deve ser feito para evitarrevelar a operação ao inimigo:

1) manutenção da fisionomia da frente pela tropa substituída(patrulhas, fogos, comunicações, e outros);

2) sistema de rádio da tropa substituta em silêncio;3) defesa antiaérea em alerta durante a substituição; e4) limitação dos efetivos para os reconhecimentos.

(d) Itinerários de substituição - A exemplo das ultrapassagens estesitinerários devem estar balizados e reconhecidos, existindo ainda a presença dosguias cedidos pela tropa substituída. O artifício de balizar os itinerários com cores,a exemplo da ultrapassagem, também é válido nas substituições.

(e) A prioridade de utilização das estradas será da tropa substitutae o controle de trânsito será de responsabilidade da tropa substituída.

(f) A passagem de comando ocorrerá após a substituição completados elementos de primeiro escalão e quando também estiverem estabelecidas ossistemas de comunicações necessários. Até a passagem de comando, oselementos da unidade substituta, que já tiverem completado sua parte naoperação, estarão sob controle operacional do Cmt da tropa substituída.

(g) Caso venha a ocorrer qualquer situação de conduta, antes dapassagem de comando, o Cmt da tropa substituída tem a responsabilidade desolucioná-la.

(h) O planejamento de uma substituição é centralizado, enquanto suaexecução é descentralizada, por este motivo, para êxito da operação, devem serempregadas algumas medidas de coordenação e controle, como itinerários desubstituição, P Lib Cia, P Lib Pel e Z Reu. (Fig 8-2)

(i) A unidade substituta, com auxílio de guias cedidos pela unidadea ser substituída, percorre os itinerários de substituição, previamente balizados.Ao serem atingidas as posições da tropa substituída, a substituição é realizadahomem a homem.

(j) Após a substituição, as tropas que saíram de posição retiram-seutilizando seus itinerários de retraimento, que podem ser os mesmos utilizadospela tropa que entrou em posição, e ocupam uma Z Reu preestabelecida.

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Fig 8-2. Visualização do esquema de manobra de uma substituição em posição

(4) Apoio de fogo(a) No tocante ao apoio de fogo continuará em vigor o plano de apoio

de fogo da tropa substituída, sendo que a tropa que substitui poderá levantar novosalvos.

(b) Normalmente as unidades de apoio de fogo que serão substituídaspermanecem em posição até que as unidades de primeiro escalão tenham sidosubstituídas.

(c) Se houver posições de tiro suficientes, a unidade de apoio de fogosubstituta pode escolher novas posições das quais as missões de tiro de umaunidade substituída possam ser cumpridas. Caso contrário, as unidades de apoiode fogo serão substituídas nas posições que ocupam, realizando-se a substitui-ção fração por fração, para evitar o congestionamento.

(d) Quando a substituição é feita em mais de uma noite, uma peçapor SU entra em posição na primeira noite, com a finalidade de colher os dadosde tiro.

(e) O tempo disponível e outros fatores podem exigir a troca de certasarmas e equipamentos. As dificuldades de uma correta ancoragem das armas ànoite, os reparos das metralhadoras e placas-base dos morteiros devem serpermutados pelas unidades.

As armas coletivas podem ser trocadas se não puderem ser

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facilmente deslocadas ou quando não houver prejuízo para a eficácia do tiro. Sehouver permuta, ela deve ser feita arma por arma e sua execução de acordo coma ordem do Esc Sp.

(5) Apoio logístico - As unidades envolvidas devem coordenar o seguinte:(a) transferência de suprimentos;(b) uso das instalações;(c) desdobramento dos orgãos de serviço;(d) uso dos meios de transporte; e(e) controle de trânsito.

8-7. ACOLHIMENTO

a. Generalidades(1) O acolhimento é uma operação na qual uma força que realiza um

movimento retrógrado passa através da Z Aç de uma outra força que ocupa umaposição defensiva à retaguarda. O acolhimento perdura até que as forças queretraem se coloquem sob proteção dos fogos do elemento à retaguarda.

(2) Esta operação é bastante empregada pelas forças de segurança emretraimento para a ADA.

(3) As medidas são estabelecidas da mesma forma que na ultrapas-sagem, podendo-se considerar esta operação uma “ultrapassagem para retaguar-da”. Deve ser estabelecido um sistema de identificação mútua entre as tropas.

b. Planejamento e execução(1) As operações de acolhimento, normalmente, ocorrem durante a

realização de um movimento retrógrado. Neste caso, seu planejamento estáintimamente relacionado ao planejamento deste.

(2) Por ser uma operação complexa, é necessário que haja umacoordenação de todos os detalhes da manobra. Normalmente é realizada a trocade elementos de ligação em todos os escalões.

(3) As áreas ou pontos selecionados para a passagem das tropas queretraem devem estar desocupadas, balizadas e localizadas entre os elementosdas unidades em posição, ou em seus flancos.

(4) Os itinerários de retraimento, se possível, devem estar balizados,porém é importante lembrar que este balizamento estará sendo feito visando umatropa que virá da mesma direção que o inimigo, fato este que obriga uma perfeitacoordenação, de modo que seja usado um sistema de balizamento discreto e queeste seja retirado, pela tropa que retrai, à medida que for sendo utilizado. Ositinerários podem ser balizados por fitas ou fios. A utilização de sinais luminosos(lanternas) torna-se ineficaz em virtude da direção de aproximação ser a mesmado inimigo.

(5) Quando o retraimento for sem pressão do inimigo, podem serplanejadas linhas de controle e pontos de ligação na área de segurança da tropaque realizará o acolhimento. Estas medidas visam possibilitar que nos pontos deligação sejam fornecidos guias para a unidade que realizará o retraimento.

(6) Na hora prevista, elementos da força que retrai iniciam o deslocamen-to diretamente para retaguarda, dentro de sua Z Aç. Esses deslocamentos,

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preferencialmente, devem ser realizados durante os períodos de visibilidadereduzida.

(7) O Cmt da força que retrai é responsável pela identificação do últimoelemento de sua tropa a passar através da unidade em posição.

(8) Com o objetivo de reduzir a concentração de tropas durante oacolhimento, é conveniente retrair em primeiro lugar as unidades e instalações deAp Log, a reserva e os elementos e instalações de comando e de controle nãoessenciais e, posteriormente, os elementos de combate e de outras forças emprimeiro escalão.

(9) A transferência de responsabilidade pela Z Aç deve ocorrer quando aunidade que retrai completa a passagem por uma determinada linha do terreno(linha de controle de fogo, LAADA ou linha de controle) ou a uma hora determinada.

(10) Para o sucesso da operação é necessário que sejam utilizadasalgumas medidas de coordenação e controle, pela tropa que executa o retraimen-to, conforme observado no artigo V do capítulo 5 do presente manual.

ARTIGO II

JUNÇÃO

8-8. GENERALIDADES

a. Conceito - Operação que envolve a ação de duas forças terrestresamigas que buscam o contato físico, podendo ser realizada entre uma força emdeslocamento (força de junção) e uma outra estacionária ou entre duas forças emmovimento convergente.

b. A junção ocorre, normalmente, durante a execução das seguintesoperações:

(1) operações aeroterrestres, aeromóveis e anfíbias;(2) na substituição de uma unidade isolada;(3) em um ataque para juntar-se a forças de infiltração;(4) na ruptura do cerco a uma força;(5) no encontro com forças irregulares amigas;(6) convergência de forças independentes; e(7) no auxílio a uma força dividida.

c. As unidades blindadas ou mecanizadas são as mais aptas paraconstituírem as forças de junção.

8-9. PLANEJAMENTO

a. Considerações iniciais(1) É uma operação extremamente dinâmica na sua execução, complexa

e que exige grande flexibilidade no planejamento e na realização das missõesprevistas.

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(2) Requer planejamento detalhado e estreita coordenação entre asforças envolvidas.

(3) Quando a junção é planejada desde o início das operações, oficiaisde ligação poderão ser trocados entre as forças que realizarão a operação e o seuplanejamento realizado de forma conjunta.

(4) As medidas adotadas no planejamento inicial poderão evoluir nodecorrer da operação, exigindo um meticuloso estudo de situação continuado epermanente coordenação.

b. Peculiaridades dos fatores da decisão(1) Missão

(a) Força de junção - Evitar engajamento decisivo, antes da chegadaà área de objetivos.

(b) Força estacionária - Manter o terreno que permita a realização dajunção.

(2) Inimigo(a) Força de junção - Do estudo das possibilidades do inimigo, devem

ser selecionadas faixas do terreno onde houver a menor resistência por partedesses.

(b) Força estacionária - Manter um fluxo de informações paracomplementar o estudo de situação da força em movimento.

(3) Terreno(a) Força de junção - Selecionar faixas do terreno que permitam

realizar o avanço da tropa o mais rápido possível.(b) Força estacionária - Selecionar acidentes capitais que tenham

comandamento sobre o(s) ponto (s) de junção, ou que favoreçam a execução daoperação.

(4) Meios - Priorizar os equipamentos de comunicações para os elemen-tos de primeiro escalão que executarão a junção, bem como, meios optrônicos,caso a operação seja noturna.

(5) Tempo - O tempo constitui-se em fator crítico para o sucesso de umaoperação de junção, pois a tropa que constitui a força estacionária, em princípio,tem restrições no que se refere ao seu apoio logístico. A sincronização das ações,baseada na velocidade de progressão da força de junção, deve ser observada.

c. Comando e controle(1) Ligações e responsabilidades de comando

(a) O comando enquadrante da manobra geral (Bda, DE ou Ex Cmp)define as relações de comando e as responsabilidades das duas forças, antes doinício das operações.

(b) Após a junção, as forças poderão permanecer sob uma dasseguintes situações:

1) sob o comando do escalão enquadrante;2) uma unidade sob o controle operacional da outra; e3) combinadas, formando uma força única, sob o controle centra-

lizado de um dos comandantes.(2) Coordenação dos esquemas de manobra

(a) Os esquemas de manobra serão permutados, desde o início da

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operação, para estabelecer as medidas de controle necessárias.(b) São estabelecidas, entre outras medidas de controle:

1) Ponto de junção - Local onde ocorrerá o contato físico entre asduas forças. Deve ser facilmente identificável no terreno e localizado no cruzamen-to do eixo de progressão da força de junção com a linha das forças de segurançada Z Aç da força estacionária. Caso as forças de segurança já tiverem retraído, oponto de junção pode ser estabelecido no próprio LAADA. Deverão ser estabele-cidos pontos de junção alternativos.

2) Linhas de controle - Empregadas para facilitar o controle, alocalização e a aproximação da força de junção pela força estacionária. Devem serestabelecidas a uma distância que permita a abertura das diversas redes-rádio ecompatível com os meios de comunicações disponíveis pelas duas forças.

3) Eixo de progressão - Possibilita à força de junção evitarengajamentos decisivos antes dos objetivos finais. Devem ser previstos eixos deprogressão alternativos.

4) Zona de reunião - A força estacionária, por já estar no terreno,prevê e prepara Z Reu para a reorganização das forças de junção.

(3) Medidas de coordenação de fogos(a) A coordenação de fogos é obtida pela troca de planos de apoio de

fogos e pelo emprego de medidas de controle, tais como: linha de segurança deapoio de artilharia (LSAA), linha de coordenação de apoio de fogo (LCAF), linhade coordenação de fogos (LCF) e área de coordenação de fogos(ACF).

(b) As medidas de controle são estabelecidas pelo comando respon-sável pela operação.

(c) As LCAF estabelecidas para cada força são independentes nosestágios iniciais. À medida que a distância entre as duas forças vai diminuindo,as linhas vão se aproximando e finalmente existirá uma única LCAF que atenderáa ambas as forças.

(d) A LCF é prevista entrar em vigor de acordo com a proximidade dasduas forças.

(e) Após a junção a responsabilidade pela coordenação do apoio defogo, para as forças como um todo, deve ser claramente estabelecida.

(4) Coordenação dos planos de comunicações(a) O estabelecimento de um sistema de comunicações para a

operação de junção impõe a coordenação feita pelo Esc Sp por meio de umadiretriz e das instruções para a exploração das comunicações.

(b) O estabelecimento eficaz e a correta exploração das comunica-ções são de extrema importância em uma operação de junção, onde aumenta aimportância do meio rádio.

(c) Sempre que possível devem ser empregados meios aéreos emapoio as forças, não só para ampliar o alcance das comunicações-rádio comotambém para lançamentos de mensagens, à medida que a junção se aproxima.

(d) Durante as operações, são estabelecidas redes rádio de junçãopara as ligações entre as forças, desde os seus comandos até os pelotões deprimeiro escalão diretamente envolvidos. Também deve ser estabelecida uma redede controle de tiro, para coordenação da realização dos fogos.

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(5) Sistema de identificação mútua(a) Por ocasião da troca dos esquemas de manobra e dos planos de

comunicações, são estabelecidas medidas de reconhecimento mútuo para todasas forças envolvidas na operação. Tais medidas constam do plano ou ordem dejunção, do anexo de comunicações, do calco de operações ou das instruções paraa exploração das comunicações do escalão que coordena as operações.

(b) São medidas de reconhecimento mútuo:1) senha e contra-senha;2) código de mensagens preestabelecidas;3) autenticação de redes rádio e de mensagem;4) identificação terra-terra de viaturas e de pessoal (diurna e

noturna) e ar-terra de viatura(diurno);5) sinalização dos pontos de junção e dos itinerários que a elas

conduzem.(6) Ações que se seguem à junção

(a) As medidas a serem adotadas após a junção dependem doprosseguimento e tipo de operação que se levará a efeito e devem ser estabelecidascom antecedência.

(b) Após a junção, a força em deslocamento pode:- reforçar ou substituir em posição a força estacionária;- prosseguir no ataque em coordenação com a força estacionária;e- ultrapassar ou desbordar a força estacionária, prosseguindo no

ataque para objetivos mais distantes.(c) Os planos alternativos, na hipótese da força de junção não ter

condições de concretizar a junção, ou quando só puder fazê-la muito tempo apósos prazos determinados, serão preparados, coordenados e ensaiados. Estesplanos devem prever as ações a serem realizadas pelas duas forças, assim comoo apoio de fogo, o apoio aéreo aproximado e o suprimento à força estacionária.

8-10. EXECUÇÃO

a. Generalidades(1) A fase inicial de uma operação de junção é executada como uma

operação ofensiva normal, começando, normalmente, por um ataque da força dejunção, a fim de romper a posição inimiga, para então lançar-se em busca docontato com a força isolada.

(2) Ao se aproximar o momento da junção, a operação assume caracte-rísticas peculiares, devendo-se intensificar as medidas de coordenação e contro-le, por meio de restrições impostas a ambas as forças, a fim de se evitar o combateentre forças amigas.

(3) Os objetivos e eixos de progressão da força de junção poderão sermodificados para facilitar o contato físico.

(4) Os elementos subordinados, em especial aqueles de primeiroescalão diretamente envolvidos na junção, devem ser mantidos constantementeinformados da evolução da situação.

(5) Durante a junção, serão previstas medidas que possibilitem reduzirvulnerabilidades aos ataques QBN e ao emassamento de fogos por parte do

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inimigo, basicamente, dentre as quais ressalta-se o não-adensamento de tropase equipamentos em uma mesma área.

b. Junção de uma força em deslocamento com uma força estacionária(1) À medida que a força de junção aproxima-se da força estacionária e

atinge as linhas de controle, vão sendo abertas as redes rádio e observados ossistemas de reconhecimento mútuo previamente estabelecidos até que o contatofísico seja realizado no ponto de junção.

(2) A força estacionária fornece guias, que conduzirão a força de junçãopara as zonas de reunião.

(3) A força de junção é informada sobre campos de minas e outrosobstáculos existentes na Z Aç da força estacionária, devendo ser providenciadaspassagens através das barreiras.

(4) Caso o inimigo estabeleça posições de bloqueio, que venham adificultar a progressão da força de junção, a força estacionária poderá empreenderações ofensivas em auxílio à força de junção.

(5) Conforme a ação desejada, é planejada a ultrapassagem ou asubstituição. No primeiro caso, a força estacionária apoiará a força de junção. Noúltimo, a força de junção procederá à substituição, reajustando o dispositivo, senecessário. Sempre deverá ser previsto o destino da força estacionária.

(6) No caso de ser prevista uma ultrapassagem, momento na qual avulnerabilidade aos ataques QBN aumenta, devem ser selecionados itineráriosmúltiplos e proporcionada a prioridade adequada aos elementos da força dejunção, a fim de acelerar a passagem dessa força.

c. Junção de duas forças em movimento(1) A junção entre duas forças em movimento é mais complexa tendo em

vista a grande possibilidade de ocorrer um confronto entre ambas.(2) É importante o estabelecimento e a manutenção das comunicações

para o êxito da operação.(3) Algumas medidas de controle são prescritas como: limites, linhas de

coordenação de fogos e pontos de ligação - onde a junção deve ser realizada.(4) Após a realização da junção entre duas forças em movimento, ambas

prosseguem no cumprimento de suas missões.

d. Ordens(1) Inicialmente, a ordem de operações de junção constará como plano

anexo às ordens iniciais das forças envolvidas.(2) Ver exemplo de um plano de junção de batalhão no anexo “C” deste

manual.

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ARTIGO III

OPERAÇÕES DE PAZ

8-11. GENERALIDADES

a. A diversidade de cenários e as peculiaridades inerentes às operações depaz, de acordo com os requisitos estabelecidos pela ONU, tornam complexo edifuso o seu planejamento.

b. Em geral, a ONU preconiza que as OM postas à sua disposição paracomposição de forças de paz sejam de nível batalhão, integrados por elementosde engenharia, comunicações e apoio logístico. No entanto, em algumassituações, em face de fatores diversos, a participação de determinado país poderáocorrer com força inferior ou superior ao escalão referido.

c. As considerações doutrinárias, legais e técnico-operacionais sobre obatalhão nas operações de paz encontram-se no manual C 95-1 - OPERAÇÕESDE MANUTENÇÃO DA PAZ.

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CAPÍTULO 9

APOIO AO COMBATE

ARTIGO I

APOIO DE FOGO

9-1. GENERALIDADES

a. Introdução - Os fogos desencadeados por armas ou unidades em apoio,para auxiliar ou proteger uma unidade em combate, são chamados de apoio defogo. Na guerra moderna, o apoio de fogo é uma das molas mestras do sucesso.É imperioso que o comandante que dispõe desse meio utilize-o na plenitude. UmCmt terá no apoio de fogo um valoroso recurso, se puder dispô-lo de formacoordenada. Como o apoio de fogo deve ser coordenado em todos os níveis, éimportante que o estudo desse artigo seja complementado com o do manualC 100-25 - PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE FOGOS e com o doC 7-15 - COMPANHIA DE COMANDO E APOIO.

b. Termos comuns e definições(1) Fogo - É a execução de tiros com uma determinada finalidade tática.(2) Concentração - Área designada e numerada para referência futura

como provável alvo.(3) Grupo de concentrações - São duas ou mais concentrações (alvos)

próximas que devem ser batidas ao mesmo tempo.(4) Série de concentrações - É um número de concentrações e/ou grupos

de concentrações planejado para apoiar determinada fase da manobra, porexemplo um contra-ataque ou um assalto.

(5) Preparação - É um sistema típico das operações ofensivas, pré-planejado e intensivo de fogos para ser desencadeado em apoio a um ataque.Pode incluir os meios terrestres aéreos e navais.

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(6) Contrapreparação - É um sistema típico das operações defensivas,pré-planejado e intensivo de fogos, lançado antes do início do ataque inimigo.

(7) Barragem - É um sistema de tiros previsto de forma linear, destinadoa proteger as tropas e instalações amigas, impedindo a progressão do inimigoatravés das linhas defensivas.

(8) Plano de apoio de fogo (PAF)- É o documento elaborado pelocoordenador do apoio de fogo (CAF), de acordo com as diretrizes do comandante,para que haja completa coordenação e integração entre a manobra e o apoio defogo. Fornece informações específicas no que lhe diz respeito.

(9) Plano de fogos - É um documento específico referente a um meio deapoio de fogo que indica seu emprego. Pode vir a ser um apêndice do PAF.

c. Classificação dos fogos - Os fogos de apoio são classificados de acordocom o efeito procurado, a observação, o grau de previsão entre outras classifica-ções.

(1) Quanto ao efeito procurado temos os de regulação, neutralização,destruição, interdição, inquietação e outros efeitos (realizados com muniçãoespecial).

(2) Quanto a observação eles são observados ou não-observados.(3) Quanto ao grau de previsão podem ser previstos ou inopinados.

d. Tipos de missões táticas(1) Ação de conjunto.(2) Apoio direto.(3) Reforço.(4) Reforço de fogos.As definições para as missões acima encontram-se no Cap 10 do manual

C 7-15 - COMPANHIA DE COMANDO E APOIO.

e. Princípios de coordenação do apoio de fogo(1) Considerar todos os meios de apoio disponíveis.(2) Fornecer o tipo de apoio desejado.(3) Utilizar o meio mais eficaz.(4) Utilizar o menor escalão capaz de executar o apoio.(5) Coordenar com rapidez.(6) Proporcionar segurança às tropas amigas.(7) Utilizar um sistema comum de designação de alvos.(8) Evitar duplicações desnecessárias.(9) Coordenar em todos os escalões.(10) Coordenar o emprego de agentes QBN.As definições para a relação acima encontram-se no manual C100-25 -

PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE FOGOS, Capítulo 4.

f. Medidas de coordenação do apoio de fogo(1) Linha de Segurança de Apoio de Artilharia (LSAA).(2) Linha de Coordenação de Apoio de Fogo (LCAF).(3) Área de Fogo Livre (AFL).(4) Linha de Coordenação de Fogos (LCF).

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(5) Área de Coordenação de Fogos (ACF).(6) Área de Fogo Proibido (AFP).As definições para essas medidas de coordenação, encontram-se no

Cap 4 do manual C100-25 - PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE FOGOS.

9-2. CENTRO DE COORDENAÇÃO DE APOIO DE FOGO (CCAF)

a. Generalidades(1) É um órgão de operações no qual estão representados os elementos

de apoio de fogo orgânicos ou em reforço.(2) Este órgão proporciona emprego eficiente dos meios de apoio de fogo

graças ao trabalho conjunto de seus membros para planejar e coordenar os fogosdo Btl. Normalmente localiza-se no PCP do Btl.

b. FinalidadesVer o manual C100-25 - PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE

FOGOS, Capítulo 4.

c. Funcionamento do CCAF e coordenação dos fogos (Fig 9-1)

Fig 9-1. Funcionamento do CCAF e coordenação de fogos

1. As Cia Fuz remetem, através dos OA, suas listas de alvos para oCCAF/Btl e C Tir Mrt (no caso de F Mrt). Os alvos dessas listas tem numeração

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Ped Ae OA/Art

OLIFONACAA

OutrosRep

Pl ProvsAp Ae

O LigCCAF

L Alvos

Pl ProvsAp Art/Btl

1

2

1

2

10

CiasPFA(-)

4

9

Adj S/3

86

5

7

5

6

8

Pl F Ae

CCAFPl Provs

Ap Art/Bda

ECAF/DEL Alvos do PAF/Bda

PFAC Tir

PFA 5

5

5

3

10

Pl Provs ApArt/Btl (2)

AD

Outros

2

1

CCAF / Btl L Alvos

C Tir Mrt

Pl ProvsAp Mrt

Pl F Mrt

Pl ProvsF Mrt

OA/Mrt

Cias

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própria da SU, diferente das NGA para designação de alvos.2. No CCAF/Btl, o O Lig Art prepara o plano provisório de apoio de

artilharia(PPAA) ao Btl, que é o resultado da coordenação, integração e conso-lidação das listas de alvos de Art recebidas dos OA com as necessidades de apoiode Art ao Btl. Durante a elaboração do plano são eliminadas as duplicações einterferências de alvos de Art, no âmbito do Btl.

Simultaneamente, o Adj S3 prepara e remete para a C Tir do Mrt o planoprovisório de apoio de morteiro(PPAM), que contém as necessidades de apoio deMrt do Btl.

Ainda neste momento os outros Elm do CCAF/Btl estão elaborando seusrespectivos planos provisórios (Ap Ae, Ap Nav, químico etc.), para remeter aoCCAF/Bda, com as necessidades do Btl.

3. Na C Tir Mrt é preparado e remetido ao CCAF/Btl o plano provisório defogos de morteiro (PPFM), que é resultado da coordenação, integração econsolidação das listas de alvos recebidas dos OA/Mrt e do PPAM. Durante aelaboração do plano são eliminadas as duplicações e interferências de alvos deMrt, no âmbito do Btl e poderão ser incluídas concentrações levantadas pela C Tir/Mrt.

4. No CCAF/Btl é feita uma coordenação do PPFM com o PPAA,eliminando-se as duplicações e interferências. Nesta fase do planejamento asupressão das concentrações de Art indica a aplicação do princípio de utilizar omenor escalão capaz de executar o apoio

5. Terminada a coordenação anterior o CCAF/Btl remete o PPAA paraa C Tir/GAC e os outros planos para o CCAF/Bda.

Ao mesmo tempo, no CCAF/Bda, o Cmt/GAC (CAF/Bda) prepara oPPAA/Bda, que contém as necessidades de Ap de Art à GU e o remete à C Tir/GAC.

Na C Tir/GAC, é elaborado pelo S3 do grupo o plano de fogos deartilharia(PFA), que resulta da coordenação, integração e consolidação dosPPAA dos Btl e da Bda. Nesta fase são eliminadas as duplicações e interferên-cias, observando-se as NGA. Nesta oportunidade, ainda, são incluídas asconcentrações da AD, das unidades adjacentes, as determinadas pelo ECAF, osde outros meios de Ap F (que não tenham sido atendidos pela força solicitada) eos levantados pelo próprio GAC.

6. O PFA é remetido ao Cmt Bda para aprovação.7. O Cmt Bda antes de aprovar o PFA e os outros planos de apoio dá

conhecimento ao ECAF/DE.8. Aprovado o PFA retorna à C Tir/GAC e os outros Pl Ap para o CCAF/

Btl.9. Cópias do PFA são distribuídas aos O Lig Art nos CCAF/Btl que, de

posse do plano, procede da seguinte maneira:- Compara o PFA com o PPAA (elaborado, anteriormente, por ele),

verificando se houve cancelamento, inclusão ou renumeração. As concentraçõesde Art canceladas são incluídas no PPFM (caso o Mrt tenha condições técnicasde bater).

- Atualiza o PPAA/Btl, que passa a ser o PFA/Btl, de onde retiraextratos para as SU.

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- Compara o PFA com o PPFM verificando se há coincidências comas concentrações incluídas na C Tir/GAC. Caso positivo, retira as de Mrt,aplicando o princípio de evitar a duplicação desnecessária.

- Atualiza o PPFM que passa a ser o Plano de Fogos de Morteiro(PFM).

10. Cópias do extrato do PFA e dos outros planos de apoio são remetidasàs SU. E cópias do PFM são remetidas às SU e à C Tir Mrt.

9-3. DIRETRIZES DE FOGOS

a. Generalidades(1) As Diretrizes de Fogos do Cmt Tático são determinações do Cmt

Força transmitidas aos homens do Sistema Operacional Apoio de Fogo, que irãoorientar o planejamento do emprego dos meios de apoio de fogo disponíveisdurante uma operação. Seu principal objetivo é assegurar que os meios de Apoiode Fogo atuem com eficiência , eficácia e de forma sincronizada com o SistemaOperacional Manobra, contribuindo para a concretização da INTENÇÃO do Cmt.

(2) Embora as Diretrizes de Fogos sejam dirigidas aos elementos deapoio de fogo, devem ser de conhecimento de todos os sistemas operacionais.

b. Confecção das Diretrizes de Fogos(1) As diretrizes de fogos começam a ser elaboradas durante a realiza-

ção da análise da missão (Estudo de Situação do Cmt Tático), sendo aperfeiço-adas à medida em que novas informações surjam. Para cada linha de açãoelaborada existirá uma diretriz de fogos, que representará as ações que o apoiode fogo executará em proveito da manobra nas diferentes fases da operação.

(2) As diretrizes de fogos devem ser divididas por fases para permitir:- a sincronização do emprego do apoio de fogo com a manobra;- a utilização organizada, eficaz e eficiente de todos os meios de fogo

disponíveis;- a redução dos riscos de fraticídio.

(3) Há necessidade que a coordenação e a sincronização sejamminuciosamente estabelecidas para reduzir ao mínimo o risco de fraticídio. Paratal, o Cmt tático, assessorado pelo CAF, realiza uma análise detalhada do inimigoe das linhas de ação formuladas durante o Estudo de Situação, levantando o queé essencial para o apoio de fogo bater e obter o melhor efeito tático à manobra.Deste estudo resultarão as Tarefas Essenciais do Apoio de Fogo (TEAF), a listacom os alvos de alta prioridade (AAP) do cmt Bda e a Matriz de Execução do Apoiode Fogo ( MEAF).

(4) Como é uma orientação do Cmt da Força aos seus homens dosistema operacional apoio de fogo, sendo também de interesse de todos ossistemas operacionais, as Diretrizes de Fogos devem compor o parágrafo3. EXECUÇÃO, letra a . Conceito da Operação, número 2) Fogos; e devem serescriturados na forma de tarefas essenciais de apoio de fogo.

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9-4. TAREFAS ESSENCIAIS DE APOIO DE FOGO

Generalidades(1) São ações que os meios de apoio de fogo devem executar para apoiar

eficientemente a manobra.(2) As TEAF são definidas pelo Cmt tático e seu CAF, durante o estudo

de situação e caracterizam as ações imprescindíveis a serem realizadas pelosmeios de Ap F de forma a possibilitar o cumprimento da missão do escalãoconsiderado. Pode haver mais de uma TEAF por fase da manobra, bem como podeocorrer de uma determinada fase não possuir uma TEAF.

(3) Por ocasião da análise da missão no Btl, o O Lig Art (CAF), baseadoem sua análise e nas considerações do S2 e do S3, recomenda ao Cmt as tarefasessenciais e os propósitos para o apoio de fogo. O O Lig e o Cmt Btl devemconcluir a respeito do “que” os fogos devem fazer para apoiar a operação. Quantomais claramente o Cmt definir as tarefas no início, mais bem direcionado e efetivoserá o planejamento dos fogos pelo O Lig.

(4) Durante o desenrolar do Est Sit o O Lig aperfeiçoa as TEAF e planeja“como” (método) serão empregados os fogos. As TEAF poderão ser modificadasou excluídas e outras poderão ser incluídas.

(5) As TEAF devem ser redigidas de forma objetiva e prática, evitando-seabordar aspectos doutrinários ou genéricos. Normalmente, cada TEAF pode serdefinida em termos de TAREFA, PROPÓSITO, MÉTODO E EFEITOS.

(a) Tarefa - é descrição do efeito desejado dos fogos; É “o que” osfogos devem fazer para apoiar determinada fase da operação, atuando decisiva-mente como multiplicador do poder de combate. É redigida em relação aosobjetivos, formação e função do inimigo.

(b) Propósito - é a finalidade (tática) que se quer atingir com aexecução da tarefa. É o “para que”.

(c) Método - define “como” o apoio de fogo irá cumprir a missão. Deveconter as prioridades, a alocação (dos meios) e as restrições.

(d) Efeitos - são os resultados esperados com o apoio realizado.Indica se a tarefa deve ser repetida ou não.

(6) As TEAF podem ser redigidas de forma fracionada (por parágrafos) ouem um parágrafo único.

9-5. ALVOS DE ALTA PRIORIDADE

a. Durante o estudo de situação o S2, colocando-se na condição de inimigo,levanta todas as informações possíveis sobre o inimigo, tais como: tropa emcontato, tropas ECD reforçar, possibilidades e limitações, linhas de açãoprováveis, etc. De todos os aspectos levantados o Of Intlg, sob a ótica do inimigo,relaciona os meios que são imprescindíveis à consecução dos objetivos da forçaoponente.

b. O S3, por sua vez, focaliza estes meios como alvos em potencial, cujaperda pelo inimigo pode trazer grande vantagem à força amiga. Estes alvos sãorelacionados em uma lista de alvos de alta prioridade, que deve ser integrada coma Lista de Alvos de Alta Prioridade da Brigada.

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c. Por ocasião do jogo da guerra (Anl L Aç opostas) o Of Intlg faz reagir seuestudo diante das hipóteses levantadas pelo Of Op . Neste momento todos osaspectos relativos à manobra são aperfeiçoados e sincronizados e a lista de alvosde alta prioridade é submetida à aprovação do Cmt Btl

9-6. ALVOS PRIORITÁRIOS

a. São alvos sobre os quais os fogos são imediatamente desencadeadosquando o pedido de tiro é realizado. Cada UT ( Bia O , Sec Mrt etc) só pode terum alvo prioritário a ela designado. A solicitação de fogo sobre um alvo prioritáriofaz com que a UT designada interrompa uma missão que esteja realizando paraatender o pedido.

b. Da mesma forma que para as barragens, o Cmt Btl pode, conforme suaconcepção da manobra, distribuir alvos prioritários para que Elm Subrd planejemsua localização e os desencadeiem quando necessário.

9-7. MATRIZES DE SINCRONIZAÇÃO PARA O APOIO DE FOGO

a. No que diz respeito ao Ap F, mais particularmente voltado ao escalão Btle seu Pel Mrt orgânico, existem dois tipos de matrizes: Matriz de Execução doApoio de Fogo e Matriz de Sincronização do Pel Mrt.

(1) Matriz de Execução do Apoio de Fogo (MEAF)(a) No nível batalhão, o coordenador do apoio de fogo (O Lig Art) é o

encarregado de integrar os fogos disponíveis com a concepção da manobra,propondo ao Cmt Btl o emprego judicioso, oportuno e adequado dos fogos, deforma que os mesmos se configurem em um multiplicador do poder de combateda força.

(b) Durante todo o estudo de situação do Btl , o O Lig e o Adj S3 (S3do Ar) assessoram o Cmt Btl na elaboração do conceito dos fogos, lista de alvosde alta prioridade, TEAF e, principalmente, realizam a sincronização dos fogoscom a manobra a ser desenvolvida.

(c) Esta sincronização normalmente é desenvolvida durante a fase dasituação e linhas de ação e o trabalho é aperfeiçoado por ocasião da análise daslinhas de ação opostas, o “Jogo da Guerra”.

(d) Para tanto, o O Lig pode lançar mão de um artifício que permiterealizar esta tarefa de modo eficiente e seguro e que permite, a qualquer momento,visualizar o andamento da manobra e o respectivo apoio de fogo a ser prestado acada fase. Trata-se da Matriz de Execução do Apoio de Fogo.

(e) Neste documento o O Lig lança todas as ações a seremdesencadeadas pelos meios de apoio de fogo à disposição do Btl (Ap Ae, Art, ApFN...) dentro da seqüência da manobra. Caso existam, poderão ser utilizadas asfases da manobra ou então poderá ser definido um faseamento lógico para o apoiode fogo.

(f) Como exemplo, podem ser lançadas as prioridades de fogos,distribuição de barragens e alvos prioritários cujo desencadeamento já estejaprevisto, bem como os responsáveis, principal e secundário, pela ordem de

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execução (no exemplo os OA). Também podem constar informações a respeitode apoios aéreo e naval disponíveis, medidas de coordenação de apoio de fogo,organização para o combate e restrições a respeito do emprego de munições.

(g) Durante o planejamento é elaborada uma matriz para cada linhade ação desenvolvida pelo S3 , momento em que o O Lig registra as necessidadesde Ap F de acordo com a concepção da manobra desenvolvida. Por ocasião do“Jogo de Guerra” o O Lig aperfeiçoa o seu trabalho.

(h) Não existe uma forma definida para a matriz. O objetivo é que oO Lig tenha em mão um documento de fácil confecção e consulta, que sincronizeo fogo com a manobra e que possa, em qualquer momento do combate, facilitara execução das ações.

(i) A sincronização não termina com o final do planejamento,necessitando de refinamentos e ensaios. A organização da matriz tampouco develimitar a execução, sendo necessário que os meios de apoio de fogo conservema capacidade de apoiar eficazmente e com oportunidade as condutas de combate.

(2) Matriz de Sincronização do Pel Mrt(a) O Cmt Pel Mrt , de posse dos planejamentos do Btl e das Cia,

prepara a Matriz de Sincronização do Pel Mrt. Nesta, estarão previstas todas asações a serem desencadeadas pelo Pel a fim de apoiar cada fase da manobra,segundo o que foi planejado pelo O Lig.

(b) A matriz do Pel Mrt poderá conter informações a respeito de fogosa serem desencadeados (Con já previstas), discriminando a UT que irá apoiar,volume de fogo, tipo de Mun e momento de desencadeamento, dados de pontaria,momentos e itinerários das mudanças de posição previstas, regras a respeito deOcp Pos Troca e de meios Bsc Alv disponíveis, etc. Em suma, a matriz deveconter, da forma mais detalhada possível, todas as ações e missões a seremcumpridas pelo Pel.

(c) Cumpre lembrar que a matriz não é “mais um documento” a serelaborado, mas, ao contrário, é uma forma do Cmt Pel acompanhar a situação deforma mais eficiente, consultando apenas um documento.

9-8. PLANO DE APOIO DE FOGO (PAF)

a. Generalidades(1) O PAF é um plano coordenado e integrado para o emprego de todo

o apoio de fogo disponível à unidade. É, em síntese, um documento que regula oemprego de todas as armas orgânicas, em reforço e de apoio, que apoiarão a ação.

(2) O plano pode constar do corpo da ordem de operações ou se constituirem seu anexo.

(3) Embora o Adj S3 tenha a responsabilidade geral da coordenação eintegração do PAF com a manobra, é o coordenador de apoio de fogo que o elaborapara a posterior assinatura do comandante.

(4) Constará da ordem de operações ou do plano (anexo), conforme ocaso, a prioridade de fogos e o tipo de missão tática do armamento.

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b. Composição do Plano(1) Plano de fogos de artilharia (PFA).(2) Plano de fogos de morteiro (PFM).(3) Plano de defesa anticarro (DAC).(4) Plano de apoio aéreo.(5) Plano de apoio naval.(6) Outros planos como por exemplo metralhadoras, químico e outros.

9-9. APOIO DE FOGO NA OFENSIVA

a. Generalidades(1) Nas operações ofensivas, os fogos de apoio são utilizados para

auxiliar todas as fases do ataque.(2) Os fogos de preparação, não necessariamente, serão observados. A

preparação pode iniciar-se antes, na hora ou após a hora "H" e continuar até serpedida sua suspensão pelos elementos de primeiro escalão ou até um tempopredeterminado. A decisão, quanto a sua realização e duração, é competência docomandante da força, baseada em vários fatores, tais como: quantidade de alvos,tempo de reação do inimigo, munição disponível e necessidade de surpresa.

(3) Nas guerras de movimento, em regra, o ataque não é precedido deuma preparação, dada a falta de tempo necessário para conhecimento do inimigoe para a organização de um plano de fogos perfeitamente coordenado com amanobra da unidade apoiada. No entanto, é conveniente, nos últimos minutos queprecedem a hora "H", intensificar os fogos que vinham sendo realizados com afinalidade de facilitar a tomada do dispositivo e o desembocar do ataque.

(4) Quando um ataque tem diversas etapas na manobra, obtêm-se umflexível apoio de fogo por meio do estabelecimento de séries de concentrações.O desencadeamento se dará a pedido, num momento predeterminado ou face adeterminado evento.

(5) Durante a execução do ataque, o maior vulto de fogos é o de tirosobservados. Os transportes de tiro poderão ser rápidos e eficazes, desde que seplanejem concentrações a serem utilizadas como pontos de referência e semantenham atualizados seus dados quanto a correção. Os fogos para manuten-ção de um objetivo devem ser planejados antes de sua conquista e têmcaracterísticas defensivas para permitir a reorganização do escalão de ataque ea possível manutenção do terreno.

(6) Durante o assalto é extremamente importante que os fogos de apoiocontinuem caindo sobre as posições inimigas, enquanto as tropas cerram sobreo inimigo. Esses fogos devem ser suspensos ou transportados quando estiverempondo em perigo a segurança do escalão de assalto. Geralmente a artilharia e osmorteiros transpõem seus fogos mais cedo que as armas de tiro tenso.

(7) Após seu estudo de situação, o Cmt poderá decidir por formar fraçõesprovisórias para o cumprimento de determinada missão, como por exemplo reuniras metralhadoras dos pelotões sob comando único (“pelotão de metralhadoras”).

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b. Emprego dos órgãos de apoio(1) Artilharia - A artilharia de campanha, normalmente, proporciona o

grosso do apoio de fogo ao elemento de manobra. O grupo em apoio geral deveestar preparado para bater toda a Z Aç do elemento apoiado.

(2) Morteiro(a) Tendo em vista a necessidade imposta pelo combate moderno de

uma constante mudança de posição de tiro das Pç de Mrt, em maior ou menorgrau, de acordo com a situação, negando ao inimigo a possibilidade de bater asnossas posições, fica difícil conceber um Ap Mrt realizado de uma única posiçãode tiro durante toda ou parte da manobra do Btl.

Desta forma o Mrt deverá realizar constantes mudanças de posiçãodurante o desenrolar da manobra. A freqüência com que irá mudar de posição irávariar de acordo com os fatores da decisão, principalmente missão, inimigo etempo.

Não podendo deixar a decisão da escolha das posições totalmentesob responsabilidade do Cmt Pel ou Seç, sob o risco de uma interferênciainadvertida na manobra do batalhão, o Cmt Btl, devidamente assessorado, irádesignar uma região de procura de posições de Mrt (RPP/Mrt), uma elipse com600 m de largura e 400 m de profundidade, dentro da qual o Cmt Pel poderáescolher livremente as suas posições (de muda ou suplementar), sempre seafastando, no mínimo, 200 m da posição anterior. Se necessário, o Cmt Btl poderámarcar RPP/Mrt futuras visando ao prosseguimento do combate.

(b) A unidade de tiro do morteiro do Btl é a seção. Os morteiros sãoempregados, sempre que possível, em ação de conjunto. Quando a realização doapoio de fogo com o pelotão centralizado for impraticável, elementos do pelotãopodem ser colocados em apoio direto ou reforço à vanguarda ou a uma Cia Fzodo Btl. O Btl reserva poderá ter seu morteiro empregado em reforço de fogos.

(c) Os fogos de morteiro são empregados, particularmente, paradestruir ou neutralizar as tropas e armas que ofereçam maior ameaça aocumprimento da missão, bem como cegar a observação inimiga, a fim de protegero desembocar do ataque.

(d) A posição inicial de tiro e respectiva região de procura de posiçõessão selecionadas tão à frente quanto forem necessárias para apoiar todas as fasesda manobra de uma só RPP. Esta, deve estar tão próxima da LP que possibilitebatê-la, e, em geral, se o terreno e a manobra permitirem, não deve estar maisdistante que um terço do alcance máximo. Deve estar, sempre que possível,eixada com o ataque principal e em uma posição central em relação a manobrado Btl. Deve, ainda, estar à retaguarda da massa cobridora que lhe dê proteção,próximo a estradas ou bons acessos que irão facilitar o ressuprimento edeslocamento e, ainda, próximo a P Obs. A região escolhida deverá possuirdimensões e terreno compatíveis com uma RPP/Mrt. As posições são ocupadasinstantes antes do ataque, a fim de evitar a localização por parte do inimigo. Osfogos são planejados para apoiar todas as fases do ataque.

(e) Os fogos são desencadeados de acordo com os planos. Os fogosa horário são desencadeados na ocasião prevista. A fim de completar asconcentrações previstas, o pelotão tem que estar em condições de bater objetivosinopinados se solicitados.

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(f) O Cmt Pel mantém o seu estudo de situação continuado. Asposições de muda serão ocupadas quando o fogo inimigo tornar a posiçãoprincipal insustentável. Por outro lado as posições suplementares serão ocupa-das sempre que o pelotão tiver que cumprir missões que não possa ser cumpridasposições principal e de muda.

(g) As mudanças de posição necessárias, pelo desenvolvimento daação, devem ser feitas antes que o escalão de ataque ultrapasse seu alcanceeficaz. Quando é necessário assegurar um fogo contínuo o pelotão desloca-se porseção ou por peça, à medida em que o ritmo da operação ditar.

(h) Outras considerações quanto ao emprego do morteiro orgânico daunidade podem ser encontradas no capítulo 10 do C 7-15 - COMPANHIA DECOMANDO E APOIO.

(3) Armas anticarro (AC)(a) As armas anticarro podem receber missão de apoio ou de

proteção aos elementos atacantes contra viaturas blindadas inimigas. A forma deemprego irá variar de acordo com os fatores da decisão.

(b) Quando a unidade ataca com um flanco descoberto é normalatribuir-se a missão de ação de conjunto às armas AC.

(c) Essas armas, normalmente, não participam dos fogos de prepa-ração e, durante o ataque, qualquer que seja a forma de emprego sua atuação ésemelhante.

(d) As armas AC poderão bater, também, posições de metralhado-ras, pequenas fortificações, P Obs e outros alvos compensadores.

(e) Outras considerações quanto ao emprego das armas AC daunidade podem ser encontradas no capítulo 9 do C 7-15 - COMPANHIA DECOMANDO E APOIO.

(4) Metralhadora -caso seja formada uma fração temporária(a) O mais eficiente apoio obtém-se concentrando os tiros dessas

armas sobre o objetivo. Durante o desenrolar das ações os tiros devem serconcentrados, portanto, nos objetivos cuja neutralização favoreçam o avanço.

(b) A fração temporária executará tiros por cima da tropa ou nos seusintervalos. Estes tiros podem, ainda, visar à proteção dos flancos do escalão deataque.

(c) Suas posições devem ser elevadas, buscando melhorar o alcancee o domínio sobre as tropas inimigas.

(5) Carros de Combate (CC) - Os CC são essencialmente elementos demanobra. Excepcionalmente, podem ser empregados como elemento de apoio defogo. Neste caso seu emprego é previsto no PAF e um representante da unidadede carros deve fazer parte do CCAF do Btl.

(6) Armas da reserva da unidade(a) O Cmt poderá empregar as armas de sua reserva para auxiliar o

escalão de ataque, quando dispuser de posições de tiro e alvos apropriados.Entretanto, deve ficar em condições de retirar as armas de ação com rapidez edevolvê-las com a dotação de munição orgânica completa, a tempo de seremempregadas.

(b) As armas da reserva, quando utilizadas, devem ser empregadaspara apoiar a fase inicial do ataque.

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c. Planejamento(1) O batalhão planeja os fogos para apoiar todas as fases da manobra

como um todo.(2) Os fogos são planejados para as armas orgânicas, em reforço e para

os demais meios de apoio de fogo disponíveis.(3) Serão relacionados alvos dentro da Z Aç e aqueles que, mesmo fora,

possam vir a intervir na manobra. As regiões de aplicação de fogos serão aquelasonde tenham sido identificadas armas ou regiões suspeitas de as conterem, alémdos observatórios. Somente um estudo acurado do terreno e das atitudes inimigaspoderá indicar essas regiões, levando em conta que o defensor tem todo ointeresse em dissimular ao máximo seu dispositivo.

(4) Caso tenha sido prevista uma preparação, alvos devem ser selecio-nados para serem batidos nessa fase. Os fogos de apoio após o desembocar doataque visam regiões que contenham resistência inimiga que pode estar,inclusive, em alvos já batidos na preparação.

(5) Via de regra os fogos no ataque são desencadeados a pedido, noentanto, nos primeiros minutos da progressão é possível prever fogos a horáriosobre alvos de importância capital que não tenham sido batidos ou neutralizadosdurante a preparação. A previsão a horário, após a hora "H", deve ser para um curtoespaço de tempo, dado os inconvenientes que esse processo pode trazer para atropa atacante.

(6) Após a conquista de objetivos poderão ser previstas barragens econcentrações para atender, momentaneamente, a parada no objetivo.

(7) Em resumo:

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9-10. APOIO DE FOGO NA DEFENSIVA

a. Generalidades(1) “Na defesa, é o fogo que detém” - é a forma mais simples e elementar

de se definir o combate defensivo e é, também, a mais verdadeira assertiva sobreo valor do apoio de fogo, integrando-o com a própria concepção de defesa.

(2) O sucesso da defesa depende, portanto, em grande parte, do cuidadocom que os fogos são planejados, coordenados e desencadeados. As diversasunidades ou subunidades são responsáveis pelo planejamento e máxima coorde-nação de seus fogos, e cada plano de fogo deve ser coordenado com o elementovizinho.

(3) A coordenação inclui a escolha de posição para as armas, eficazcontrole de tiro e planejamento de tiro sobre alvos prováveis, preparando o registrode dados sempre que o tempo permita. Essa coordenação será traduzida por umplano de apoio de fogo flexível que possibilite instantaneamente e sob qualquercondição de visibilidade desencadear concentrações em casos de ataques locaisnos pontos mais sensíveis. Um conjunto de medidas referente às ligações e aoemprego das comunicações são complementos indispensáveis a um plano deapoio de fogo.

(4) O plano de apoio de fogo deve permitir atirar sobre o inimigo, logo quepossa observá-lo, sujeitá-lo a um volume crescente de fogo, à medida que seaproxima e destruí-lo ou repeli-lo por fogos no interior da posição defensiva, casonela penetre. Deste modo, os fogos na defensiva dividem-se em:

(a) fogos longínquos - que visam dificultar a aproximação do inimigo,retardando, causando baixas, desorganizando, bem como apoiar o escalão desegurança da unidade. São realizados além do P Avç C, no máximo alcance dasarmas;

(b) fogos defensivos aproximados - que visam impedir ou dificultar oataque do inimigo, destruindo sua integridade, desorganizando seu comando eneutralizando seu apoio de fogo. São realizados entre o P Avç C e a posição deassalto, no alcance útil das armas. Caso o inimigo demonstre não conhecernossas posições, as armas de tiro tenso podem deixar de atirar até que o inimigochegue em uma posição favorável ao desencadeamento dos tiros. Agindo assimobteremos surpresa.

(c) fogos de proteção final - que visam deter o ataque inimigo,impedindo o seu assalto e repelindo o escalão de ataque. São realizadosimediatamente à frente dos núcleos de primeiro escalão.

(d) fogos no interior da posição - que visam limitar e isolar aspenetrações, impedir a consolidação, e apoiar os contra-ataques.

(5) O plano de apoio de fogo tem que ser elaborado, levando-se emconsideração:

(a) o terreno, isto é, as Via A mais favoráveis à aproximação eprosseguimento do inimigo (a pé, motorizado ou blindado), os locais de instala-ções de seus P Obs, PC, Z Reu e locais de arma de apoio;

(b) o local que se deseja deter o ataque inimigo, imediatamente àfrente da área de defesa;

(c) os fogos disponíveis (orgânicos, em reforço e em apoio);(d) o plano de barreiras.

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(6) Na defensiva, a não ser no momento que precede o ataque, raramenteteremos informes detalhados quanto à manobra do inimigo. Considerando que oplanejamento é um processo contínuo, tão logo surja a necessidade de umaconcentração, ela deve ser planejada. No interior da área de defesa, podem serplanejadas concentrações nos acidentes importantes do terreno, para possibilitarque seja barrada qualquer penetração inimiga.

(7) A barragem é um tiro tipicamente defensivo, que difere da concentra-ção no seu preparo. Aplica-se, peça por peça, correções individuais, destinadasa proporcionar uma barreira de fogo que impeça o movimento do inimigo atravésde linhas ou áreas defensivas. A cada fração de morteiro, bateria ou grupo éatribuída uma barragem normal, podendo ser previstas barragens eventuais.Sempre que um elemento de apoio de fogo não estiver cumprido missão, devepermanecer apontado para sua barragem normal.

(8) Semelhante às operações ofensivas, na defesa também podem serformadas frações provisórias (das armas de apoio) para o cumprimento dedeterminada missão.

b. Emprego dos órgãos de apoio(1) Artilharia

(a) O apoio aproximado à área de defesa é a principal consideraçãona formulação do PFA. A coordenação entre os fogos de artilharia e o de outrasarmas inicia-se já na subunidade e realiza-se, principalmente, através do CCAF.

(b) As barragem de Art disponíveis para o Btl são, normalmente,distribuídas para as subunidades. Cabe ao comandante da companhia de primeiroescalão localizar as barragens no terreno, considerando as Via A que devem barrare a localização dos seus elementos mais avançados.

(2) Morteiro(a) As mesmas considerações quanto a RPP/Mrt feitas em 9-4. b. (2)

(a), são válidas para a defensiva.(b) A fração de Mrt é empregada de forma a dar o melhor apoio de fogo

necessário, aos elementos da unidade. Onde for possível, os morteiro sãoempregados em ação de conjunto para ter máxima flexibilidade. No entanto, asseções podem ser colocadas, quando necessário, em apoio direto aos elementossubordinados e em último caso em reforço.

(c) Os fogos defensivos aproximados e os fogos de proteção finalconstituem a principal missão dos morteiros, que devem estar em condições dedesencadeá-los, rapidamente, sob quaisquer condições de visibilidade. Asbarragens devem estar localizadas o mais próximo possível do LAADA, respeitan-do-se as margens de segurança características de cada arma de apoio.

(d) O Cmt da unidade apoiada, normalmente, distribui as barragensdisponíveis (inclusive das armas orgânicas) aos elementos subordinados, até oescalão subunidade.

(e) A posição inicial de tiro, dentro da respectiva região de procura deposições, se localiza na retaguarda da área de defesa, não só para dar-lhes melhorproteção, como principalmente para permitir o apoio a todas as fases do combate,inclusive o desencadeamento dos fogos no interior da posição. A posição de tirodo pelotão deve ficar a uma distância, dos últimos núcleos de aprofundamento,

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que permita batê-los com a distância mínima de tiro e não devem ficar a mais dametade do alcance útil da arma. Sendo necessário priorizar, o Pel Mrt deverá estarem condições de realizar:

1) os fogos defensivos aproximados, visando engajar o inimigodesde suas prováveis posições de ataque, os fogos de proteção final e os fogosno interior da posição, visando limitar as PMA;

2) os fogos no interior da posição, visando limitar as penetraçõesinimigas até a ruptura do Btl, onde ainda poderá ser possível o contra-ataque daU, ou mesmo apoiar o contra-ataque do Esc Sp;

3) os fogos no interior da posição, visando bater até os últimosnúcleos de aprofundamento do Btl.

O pelotão deve estar em uma posição central que lhe permita batertoda a frente do Btl. Em não havendo possibilidade de bater toda a frente de umaúnica posição, o Cmt Btl deverá priorizar a frente considerada como a maisimportante no dispositivo defensivo do Btl. Deve ainda estar à retaguarda de massacobridora que lhe dê proteção, próximo a estradas ou bons acessos que irãofacilitar o ressuprimento e deslocamento e, ainda, próximo a P Obs;

Posições iniciais avançadas (posições provisórias), inclusive à frentedo LAADA, são previstas para a execução de fogos longínquos e apoio ao escalãode segurança.

(f) A duração e o regime de tiros do morteiro dependem do efeitodesejado. Na barragem, o fogo deve ser mantido enquanto perdurar a ameaça edeve cessar tão logo o inimigo consiga ultrapassá-la, ocasião em que os morteirosdevem se preparar para o tiro no interior da posição. Nas concentrações o fogodeve ser mantido até atingir o efeito desejado, ou pelo espaço de tempo previstono plano de fogos. O regime de tiro deve constar dos planos, sempre quenecessário. Nas barragens é normal o regime máximo nos primeiros minutos.

(h) Outras considerações quanto ao emprego do morteiro orgânico daunidade podem ser encontradas no capítulo 10 do C 7-15 - COMPANHIA DECOMANDO E APOIO.

(3) Armas AC(a) A DAC não é uma missão apenas das unidades blindadas. Todas

as tropas empenhadas em combate têm de estar prontas para missões deste tipo.A possibilidade do inimigo empregar blindados no combate está sempre presente.Este fato deve ser considerado pelos Cmt quando planejam a defesa contrablindados.

(b) Um eficiente emprego de todas as armas AC deve ser parte de umplano que compreende ainda um sistema de alerta, o aproveitamento do terrenopara proteção contra blindados inimigos, construção de obstáculos artificiais e oreforço dos naturais.

(c) Um sistema de alerta contra blindados inimigos é uma dasimportantes partes de um plano de DAC e, portanto, um complemento indispen-sável ao plano de apoio de fogo. Convém salientar, aqui, a importância dasmensagens de alerta conterem a identificação dos blindados inimigos. Somenteassim, poder-se-á desencadear o fogo preciso e necessário. Estas mensagensterão precedência sobre as outras.

(d) A consideração sobre o terreno e sua influência no movimento de

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blindados, bem como, as facilidades que apresenta para a instalação das armasAC devem ser altamente valorizadas. Mesmo os terrenos desfavoráveis podempermitir o movimento de blindados, todavia, o emprego de grandes unidades deblindados levam essas unidades a se concentrarem em pequenas áreas, o quefacilita o emprego das armas anticarro.

(e) A construção de obstáculos artificiais e o reforço dos naturais,como parte do planejamento de organização do terreno (plano de barreiras), vaifacilitar e, por outro lado, impor missões de tiro às armas anticarro. Umentrosamento, o mais perfeito possível, entre o plano de barreiras e o plano deapoio de fogo é, portanto, indispensável ao sucesso da DAC.

(f) A missão fundamental de todas as armas anticarro é a destruiçãode blindados inimigos. Entretanto, essa missão é cumprida com êxito somentequando as tropas da defesa estão protegidas contra o fogo desses blindados. Oproblema então é proteger as tropas contra os blindados e, ao mesmo tempo,evitar apresentar alvos fáceis aos mesmos blindados inimigos.

(g) A missão principal das armas AC na defesa é a proteção imediatada área de defesa contra a atuação de blindados inimigos. Como missãosecundária, as peças podem fazer tiros contra armas anticarro e outras armascoletivas, bem como o tiro contra espaldões, casamatas e outros. No cumprimen-to de sua missão principal, as armas AC devem ser dispostas em profundidadee em condições de bater as prováveis Via A, de preferência em situação deflanqueamento.

(h) Outras considerações quanto ao emprego das armas AC daunidade podem ser encontradas no capítulo 9 do C 7-15 - COMPANHIA DECOMANDO E APOIO.

(4) Metralhadora - caso de formação de fração provisória.(a) Será vantajoso o emprego das metralhadoras em 1º escalão (sob

controle do Btl), especialmente pela execução de tiro de flanqueamento e,particularmente, tendo em vista o seu maior efeito na linha de proteção final.

(b) Linha de proteção final (LPF) é a linha em que as metralhadorasdevem obter a máxima extensão de tiros rasantes à frente do LAADA. É a últimalinha em que se procura barrar a progressão do inimigo que transpõe a zona debarragem. É onde o fogo atinge o máximo de intensidade. Deve passar a umadistância mínima à frente da posição que impeça, ao inimigo, o emprego eficazde suas granadas de mão.

(c) Pelo exposto acima, conclui-se que é imperioso, na defesa deuma posição, a instalação das metralhadoras em regiões mais baixas, aocontrário da ofensiva onde se procura obter o máximo alcance.

(d) As metralhadoras devem cooperar com seus fogos(LPF) nasbarragens e flanqueamento na frente do vizinho, devendo os Cmt estabelecerligação com esses vizinhos de forma a coordenar seus respectivos planos. Asmetralhadoras de uma unidade, podem mediante ligação de comando, serinstaladas na Z Aç da unidade vizinha, desde que isso traga mais vantagem e nãoprejudique a ação.

(e) As metralhadoras do LAADA, principalmente a fim de não serevelarem prematuramente, atiram no inimigo, em princípio, quando este se achaa uma distância à frente da posição que permita um tiro altamente preciso. Durante

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a noite, essas metralhadoras devem ficar apontando na direção da linha deproteção final. Já as metralhadoras do aprofundamento, durante a noite, ocupamposições suplementares para executar tiros longínqüos de inquietação ouinterdição, para limitar penetrações e proteger os flancos.

(f) As metralhadoras, normalmente realizam o tiro direto, mas, podemrealizar o tiro indireto que aumenta muito o alcance da arma e atende àsnecessidades dos fogos longínquos.

(g) A cada peça pode ser atribuído um setor e as armas sãoparticularmente empregadas para bater objetivos como pessoal desabrigado(sobretudo em formação cerrada ou em profundidade em relação ao eixo de tiro),armas automáticas ou anticarro, P Obs e outros. As frentes mais favoráveis àspenetrações do inimigo e que não possam ser batidas por armas de tiro tenso,devem ser selecionadas como partes a serem particularmente batidas pelosmorteiros.

(h) A proteção das metralhadoras é assegurada pelo aproveitamentodo terreno (posição desenfiadas), pela camuflagem, pelo seu lugar no dispositivo(proteção de seus flancos) ou, ainda, atribuindo-lhes missões que não comportemtiro algum, antes do desencadeamento da barragem.

(i) As metralhadoras podem participar da proteção antiaérea.(5) Armas da reserva - As armas da reserva não ficam inativas. Não

devem, entretanto, ser empregadas para reforçar ou apoiar as ações de defesaatirando no momento dos fogos de proteção final. Podem ser vantajosamenteempregadas para execução de tiros longínquos e tiros no interior da posição. São,também, particularmente, aptas à proteção antiaérea. De qualquer forma, devemreverter à unidade, subunidade ou fração a tempo de serem empregadas nasmissões a elas atribuídas. A localização destas armas depende de estudo desituação.

(6) Carros de combate - os carros não devem perder a sua característicafundamental do elemento de manobra e são, por isto, particularmente, emprega-dos em ações de contra-ataque, para o que, inicialmente, são conservados emreserva. Há situações, entretanto, em que poderão ser empregados, inicialmente,como elemento de apoio de fogo e de aprofundamento da DAC. De posições dedesenfiamento de torre, cooperarão, então, na execução de fogos longínquos,defensivos aproximados ou de proteção final. O mais aconselhável emprego, seutilizado inicialmente, será no aprofundamento da defesa anticarro. Se mantidosinicialmente em reserva, o comando poderá dispor ainda das armas que delesdesembarcam, para reforçar os fogos na ADA.

c. Planejamento(1) Elementos de Primeiro Escalão

(a) No planejamento de fogos para a defesa de uma posição,normalmente, os elementos de primeiro escalão selecionam alvos para as armasorgânicas e outras disponíveis no Esc Sp dentro de três regiões principais: entreo escalão de segurança do Esc Sp e o LAADA, no interior de sua própria área dedefesa e em áreas fora de sua Z Aç, de onde o inimigo possa intervir na sua defesa.

(b) O planejamento de fogos para a defesa de uma posição obedeceàs mesmas prescrições estabelecidas para o ataque. Quando se trata de defender

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uma posição, sem ainda estar em contato com o inimigo, o problema apresentafacilidades, pois é possível percorrer o terreno por onde o inimigo progredirá emontará o seu ataque. Planos provisórios se constituirão de relação de possíveisregiões de aplicação de fogos para a execução oportuna. Caso o inimigo não seapresente exatamente nestas regiões, aquelas previsões servirão de referênciapara o desencadeamento de fogos no local e oportunidade desejados.

(c) As barragens recebidas do Esc Sp e as barragens das armasorgânicas são distribuídas convenientemente para os elementos subordinados de1º escalão (até o escalão subunidade), considerando a importância da região quedefendem, bem como o número, natureza e valor das Via A que devem barrar eparticularmente o plano de barreiras. O Cmt SU localiza no terreno as barragensrecebidas, completando-as com as barragens das armas orgânicas e coordenan-do-as com as linhas de proteção final das metralhadoras, se houver.

(d) A contrapreparação obedece as diretrizes baixadas pelo Cmt damanobra (elemento apoiado) e os alvos devem ser cuidadosamente selecionadospara o desenvolvimento dos fogos nessa fase.

(2) Escalão de segurança - O elemento que constitui o escalão desegurança do Esc Sp planeja os fogos para apoiar suas ações. Normalmente, sãoselecionados alvos para os fogos longíquos sobre itinerários prováveis e possíveisZ Reu. Também são planejados os fogos para apoiar o retraimento do escalão desegurança, retardando, desorganizando e causando perdas ao inimigo.

(3) Escalão reserva - A esse escalão interessam os fogos executados nointerior da posição, com a finalidade de limitar as penetrações e de apoiar oscontra-ataques.

(a) No caso de apoio de fogo aos contra-ataques, é estabelecido umplano de apoio distinto para cada hipótese. Esses planos, após coordenados peloCCAF e aprovados pelo Cmt, constituem, reunidos, o Plano de Apoio aos Contra-ataques.

(b) Os planos de apoio aos contra-ataques são formulados sobrehipóteses do inimigo e não há dúvida que, se houver penetração na ADA, nãohaverá perfeita coincidência entre a situação geral e a planejada; no entanto,guardando flexibilidade no planejamento, os planos poderão ser rapidamenteadaptados à situação que se apresentar.

(4) Em resumo:

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9-11. EXECUÇÃO E COORDENAÇÃO DOS FOGOS

a. Generalidades(1) Durante o combate os pedidos de fogos podem ser enviados para o

CCAF do escalão imediatamente superior ou diretamente ao órgão de apoio defogo correspondente ao fogo desejado. O grosso dos pedidos de fogo deve ser feitodiretamente ao órgão de apoio de fogo, através do respectivo representante (oficialde ligação ou observador avançado), a fim de garantir o rápido desencadeamentoe não sobrecarregar as redes de comando. Tratando-se de fogo previsto o pedidoé feito pela simples referência de sua designação numérica no PAF. Os tirosinopinados, após atendidos, recebem uma designação numérica do órgão deapoio de fogo que os executou, podendo vir a ser incluído no plano de fogos doórgão considerado.

(2) As missões de tiro são atribuídas ou solicitadas aos órgãos quepossam desencadear o tiro pedido com maior eficácia, dentro de tempo exigido.Quando considerações, tais como, disponibilidade de munição, segurança táticae coordenação permitem, os meios mais econômicos de desencadeamento dotiro são empregados. Nos tiros previstos, todos esses fatores são considerados.Nos tiros inopinados o tempo é, freqüentemente, a única consideração. Ospedidos de um observador avançado para bater alvos inopinados são enviadosdiretamente ao seu próprio órgão de apoio de fogo. É desejável que esses pedidossejam orientados pelo CCAF, de modo que o comandante da unidade apoiadapossa ser mantido informado dos pedidos feitos pelos elementos subordinados.Como esta orientação (devido ao volume de pedidos de fogos, urgência dasnecessidades e outros) não é exeqüível na maioria das vezes, o oficial de tiro, decada meio de apoio de fogo, informa o CCAF sobre os pedidos diretamenterecebidos e sua decisão de execução.

9-10/9-11

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9-20

(3) Em princípio, deve ser empregado o tipo de apoio de fogo solicitado,entretanto, no atendimento de um pedido, o CCAF pode propor a substituição deum meio de apoio, quando o armamento proposto for mais apropriado, por suaspossibilidades ou disponibilidades de munição, para bater o alvo. Isso é raramentefeito quando se trata de um pedido de tiro sobre alvo inopinado. O CCAF não nega,não substitui, nem interfere arbitrariamente nos meios de apoio de fogo. É umelemento, essencialmente, de coordenação.

(4) A coordenação deve ser feita com rapidez e decisão nodesencadeamento a alvos inopinados. Os fogos sobre tais alvos são realizadospelos meios mais eficazes disponíveis e de emprego mais imediato.

(5) Freqüentemente, será necessário o emprego de mais de um meio deapoio de fogo sobre um alvo, dependendo de seu tamanho e natureza. Contra umalvo móvel, tal como blindado, a artilharia deve ser empregada com maisfreqüência desde logo, muito embora a ação aérea seja mais eficaz.

(6) Durante a conduta do combate, o CCAF mantém o comandanteinformado sobre o apoio de fogo que está sendo empregado e do disponível paraa intervenção na ação. O CCAF prevê as necessidades de fogos adicionais e ospede através do CCAF do escalão superior. Mantendo-se atualizado e, sepossível, à frente dos planos do comandante da unidade, o CCAF asseguracontinuidade do planejamento de apoio de fogo.

b. Apoio de fogo de artilharia - Ver o parágrafo 9-2, deste artigo.

c. Apoio de fogo naval - Ver o manual C 100-25 - PLANEJAMENTO ECOORDENAÇÃO DE FOGOS, capítulo 6.

d. Apoio de fogo aerotático - Ver o manual C 100-25 - PLANEJAMENTOE COORDENAÇÃO DE FOGOS, capítulo 6.

ARTIGO II

APOIO AÉREO

9-12. FORÇA AÉREA

a. Organização em tempo de guerra(1) Generalidades - a organização da Força Aérea Brasileira em tempo

de guerra, prevista para um TO, compõe-se basicamente de dois grandescomandos: (Fig 9-2)

(a) Força Aérea do Teatro de Operações (FATO) - grande comandooperacional da F Ae que reúne todos os componentes da F Ae em um TO. Situa-se no mesmo nível do comando da Força Terrestre do Teatro de Operações(FTTO).

(b) Força Aerotática (FAT) - Grande comando diretamente subordina-do à FATO, composto de unidades aéreas (operacionais) e de aeronáutica (apoiologístico) e responsável pela execução das tarefas operacionais. Sua organizaçãoé flexível e situa-se no mesmo nível do Ex Cmp.

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Fig 9-2. Organização da FAB em tempo de guerra

b. Operações Aéreas(1) Poder aeroespacial - tal expressão compreende toda a capacidade

aeronáutica e espacial de uma nação. São componentes do poder aeroespacial:(a) aviação civil;(b) indústria aeroespacial;(c) complexo científico-tecnológico;(d) infra-estrutura aeroespacial; e(e) F Ae.

(2) As operações aéreas podem ser classificadas como:(a) operações aeroestratégicas;(b) operações de defesa aérea; e(c) operações aerotáticas.

(3) Todas essas operações desenvolvem-se, basicamente, em trêsníveis: o nível de operações aéreas, de tarefas operacionais e de missõesespecíficas.

(4) Generalidades - as tarefas operacionais são aquelas relacionadasatravés de um conjunto de missões específicas, em proveito da obtenção decondições favoráveis de combate, indispensáveis à condução das própriasoperações aéreas e de superfície. As tarefas operacionais classificam-se em doisgrandes grupos: as tarefas de combate e as de apoio ao combate. As tarefas decombate são aquelas que terminam com o emprego do armamento num ataquea um objetivo e subdividem-se em superioridade aérea, interdição e apoio aéreoaproximado. As tarefas de apoio ao combate são aquelas que não terminam como emprego do armamento, mas proporcionam todo o suporte de informações elogístico, indispensáveis ao desenvolvimento das tarefas de combate. Essassubdividem-se em reconhecimento aéreo, transporte aéreo, ligação e observação,busca e salvamento e outras. Todas as tarefas de combate e de apoio ao combateainda subdividem-se em missões específicas, conforme o quadro a seguir:

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U Aéreas

F A T O T

C O M T O T

F A T Gpt Log

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(5) O objetivo principal de qualquer operação aérea é a destruição ouneutralização do poder aeroespacial do inimigo. Esse conceito é importanteporque é normal, e até natural, a existência de um grande número de pedidos deapoio aéreo, partindo das forças de superfície, principalmente no início dashostilidades. Deve ser entendido, porém, que o domínio do espaço aéreo é básicopara se obter a liberdade de ação. Logo, nem todos os pedidos da força desuperfície poderão ser sempre atendidos.

(6) A tarefa de combate de apoio aéreo aproximado é uma das maissolicitadas pelas tropas terrestres, particularmente pelos batalhões de infantaria.Tal tarefa consiste no emprego da F Ae contra forças de superfície inimigas, emproveito direto das nossas tropas e em coordenação com o fogo e o movimentodestas, quando não pudermos obter resultados desejados com nossos própriosmeios. O apoio aéreo aproximado só existirá quando o objetivo for hostil (já houvero atrito entre os contendores) ou potencialmente hostil (quando o atrito poderáocorrer em um futuro muito breve). A grande oportunidade desta tarefa verifica-senas situações dinâmicas, quando forças amigas procuram romper posiçõesinimigas, como no aproveitamento do êxito, ou ainda, quando tentam impedir queo inimigo faça o mesmo às nossas forças. A destruição e o efeito de choqueobtidos por meio de ataques aéreos devem ser concomitantes com o esforço dasforças de superfície, visando quebrar a resistência do inimigo. Neste aspecto, é

9-12

EDSAFERATETABMOC

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etagseRsartuO

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muito importante a definição da área e do momento exato da ação de cada umadas forças. Para tal, o controle na área do alvo será exercido, na maioria das vezes,por um controlador aéreo avançado (CAA), que executará, além da coordenaçãocom a unidade de superfície apoiada, o controle das aeronaves amigas durante oataque. Colabora com esta integração um eficiente sistema de comunicações econtrole, seja da F Ae, seja da força de superfície. Tal sistema abrange todos osescalões de comando e age de forma plenamente integrada. Os oficiais deligação, tanto da F Ae, quanto da força de superfície, assessoram no planejamentoe nas coordenações necessárias.

(7) São alvos típicos das missões de apoio aéreo aproximado asposições de artilharia e morteiros inimigas, carros de combate e qualquer tipo dealvo que esteja causando algum dano às tropas amigas.

(8) Um Cmt tático terrestre, em qualquer nível, deve ponderar bastanteantes de solicitar uma missão de apoio aéreo aproximado sobre um alvo localizadoentre a linha de contato (LC) e a linha de segurança de apoio de artilharia (LSAA).Nesta área, todo o fogo de artilharia terá que ser interrompido por questão desegurança da aeronave.

(9) O apoio aéreo aproximado possui as seguintes missões específicas:(a) ataque - missão onde o objetivo é de tipo e localização conhecida.

Normalmente são missões de atendimento imediato;(b) cobertura - é empregada para defender forças amigas contra

ataques de forças inimigas terrestres. Será utilizada quando for necessária umarápida reação da nossa F Ae contra uma ação do inimigo. Caracteriza-se pelosobrevôo das forças amigas por uma fração da nossa F Ae pronta para atacar oucontra-atacar uma ação terrestre inimiga.

(10) Dentre as tarefas de apoio ao combate, o BI geralmente utiliza-se doreconhecimento aéreo e transporte aéreo.

(a) Reconhecimento aéreo - visa obter informações oportunas eatualizadas sobre o inimigo ou sobre o resultado de ataques realizados. O produtode suas missões é fundamental para o planejamento e condução das operações.Suas missões específicas podem ser: reconhecimento visual, fotográfico, infra-vermelho, meteorológico e outros.

(b) Transporte aéreo - visa deslocar, por via aérea, forças amigas oucargas necessárias ao desenvolvimento das ações ou ao apoio às forças emoperações.

Suas missões específicas podem ser: transporte aéreo logístico,ressuprimento aéreo, operações aeroterrestres, operações aerotransportadas,evacuação aérea e evacuação aeromédica.

(11) Superioridade aérea - Varia do total controle do ar pelo inimigo aototal controle do ar pelas forças aéreas amigas, ou seja, do controle local de umaárea específica até o controle de toda a área do TO; e do controle temporário atéo controle por todo o tempo do conflito. Tal conceito caracteriza-se por umarelação espaço-temporal.

(12) Maiores esclarecimentos a respeito de apoio aéreo podem serobtidos no manual C 100-25 - PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE FOGOS.

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c. Pedidos de apoio aéreo(1) Generalidades - os pedidos de apoio aéreo podem ter origem nos

vários escalões da F Ter, desde as companhias de fuzileiros até o Ex Cmp. Asmissões podem ser pré-planejadas, quando forem solicitadas e planejadas coma antecedência necessária, ou imediatas, quando forem solicitadas e executadascom premência de tempo. Tais pedidos são coordenados e consolidados em to-dos os escalões e encaminhados por meio de uma rede de comunicações própria.

(2) Pedido de apoio aéreo - no escalão Btl, os pedidos são desencade-ados e consolidados pelo centro de coordenação de apoio de fogo (CCAF/Btl), soba responsabilidade do adjunto da terceira seção (S/3 do ar) e dos elementosde apoio aerotático (EAAT). Posteriormente, são encaminhados aos Esc Sp.(Fig 9-3)

Fig 9-3. Pedido de Apoio Aéreo

(3) Atribuições do adjunto do S3:(a) processar os pedidos de apoio aéreo aproximado e enviá-los ao

Esc Sp;(b) preparar, em coordenação com o CCAF/Btl, os pedidos de

missões aéreas pré-planejadas;(c) orientar os pedidos de missões imediatas originados nas subuni-

dades;(d) ligar-se com o centro de apoio aéreo direto da FAT, por intermédio

da DE, para apresentar pedidos de apoio aéreo imediato; e(e) coordenar, em ligação com o CCAF/Btl, o fogo das armas que pos-

sam atingir as aeronaves, de acordo com as regras estabelecidas pelos Esc Sp.(4) Comunicações - os meios de comunicações do Btl devem proporci-

onar:(a) ligação entre os elementos terrestres incumbidos do planejamen-

to e da coordenação das operações aéreas;(b) encaminhamento dos pedidos de apoio aéreo;(c) ligação do CAA com as aeronaves; e(d) difusão dos relatórios dos resultados da missão aérea.

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DE

C O T / E A A T

Bda

C C A F / E A A T

Ex Cmp

C O T / E A A T

Btl

C C A F / E A A T

E3 do Ar

S3 do Ar

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(5) No planejamento das missões pré-planejadas, o Btl detecta anecessidade de bater um alvo além do alcance das suas armas e informa àbrigada. Esta, não possuindo armamento orgânico com alcance suficiente,encaminha à DE, que fará a mesma avaliação e, se for o caso, solicitará aoEx Cmp, o qual elaborará o plano de fogo aéreo e o enviará ao centro de controleaerotático (CCAT) ou ao centro de operações aerotático (COAT). (Fig 9-4)

Fig 9-4. Pedido de Apoio Aéreo Planejado

(6) A grande urgência das missões imediatas requer adaptações nosistema e o estabelecimento de redes-rádio específicas para tais pedidos. Obatalhão solicita apoio diretamente à DE, enquanto a Bda permanece na escutadeste pedido. Se a Bda permanecer em silêncio, significa que o pedido está porela aprovado. A DE, após receber e analisar o pedido, retransmite-o ao centro deapoio aéreo direto (CAAD). (Fig 9-5)

Fig 9-5. Pedido de Apoio Aéreo Imediato

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9-13. AVIAÇÃO DO EXÉRCITO

O menor nível de planejamento das necessidades para o emprego dosmeios aeromóveis é a DE. No COT/DE, quando surge a necessidade de empregara Av Ex em conjunto com forças de superfície, tal grande comando já coloca àdisposição da tropa os meios orgânicos necessários para cumprir a missão,geralmente sob controle operacional. Porém, se o BI tiver que solicitar algum meiodesta natureza, procederá de forma análoga ao parágrafo anterior.

ARTIGO III

COMUNICAÇÕES E GUERRA ELETRÔNICA

9-14. COMUNICAÇÕES

a. Ligação - É o conjunto de relações e/ou contatos estabelecidos pormeios diversos, entre os diferentes elementos que participam de uma mesmaação, de modo a coordenar os esforços por eles dispendidos, em benefício de umobjetivo comum. O Cmt é o responsável não só pela coordenação das ações doselementos sob seu comando, como também pela instalação, exploração emanutenção das comunicações de sua unidade e ainda pelo eficiente funciona-mento como parte integrante do sistema do Esc Sp. A utilização correta dosmeios de comunicações permite a ação eficiente do comando. A falta de um meiode comunicações não exime o Cmt da responsabilidade pela ligação.

b. Meios de transmissão - São os veículos que conduzem a informaçãolevada de um ponto a outro. Eles podem ser de três tipos, a saber:

(1) ondas eletromagnéticas;(2) meios físicos; e(3) mensageiro.

c. Meios de Comunicações(1) São constituidos pelo pessoal, meios técnicos e procedimentos

empregados para transmitir, emitir, receber e processar mensagens e informa-ções, através de sinais sonoros, eletrônicos, escritos e imagens. Têm a finalidadede estabelecer a ligação entre dois ou mais elementos.

(2) De acordo com as suas características, os meios de comunicaçõesnormalmente utilizados em um BI podem ser divididos em:

(a) físicos;(b) rádio;(c) mensageiros;(d) acústicos; e(e) visuais;(f ) diversos.

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d. Regras Básicas de Emprego(1) O estabelecimento e o eficiente funcionamento das comunicações

entre as unidades ou entre os elementos, são regulados pelas seguintes regrasgerais: (Fig 9-6)

Fig 9-6. Esquema representativo das ligações necessárias (a base de origem daseta indica o responsável pela ligação)

(a) a unidade ou o elemento superior é o responsável pelo estabele-cimento e pela continuidade das comunicações com a unidade ou com o elementosubordinado, inclusive o que estiver em reforço;

(b) uma unidade ou um elemento em apoio, pelo fogo ou não, éresponsável pelo estabelecimento e pela continuidade das comunicações com aunidade ou com o elemento apoiado;

(c) as comunicações laterais entre unidades ou entre elementosvizinhos são estabelecidas e mantidas tal como for determinado pelo comandosuperior a que ambos estiverem subordinados. Na ausência de instruçõesespecíficas, o comandante da unidade do elemento da esquerda é o responsávelpelo estabelecimento e pela continuidade das comunicações com o da direita;

(d) a eficiência das comunicações se alicerça na combinaçãojudiciosa de dois fatores: segurança e rapidez.

e. As Comunicações no BI(1) Todo Cmt é responsável pelas comunicações de sua unidade. Com

os elementos de comunicações de que dispõe, ele instala, explora e mantém ascomunicações até o posto de comando de cada elemento imediatamentesubordinado. Para obter as comunicações (planejamento e execução) até o PCdas unidades e subordinadas, o comandante conta com o oficial de comunicaçõese eletrônica.

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(2) Ao considerar os planos para qualquer operação, o Cmt consulta,normalmente, o oficial de comunicações e eletrônica para saber quais os meiosde comunicações que podem ser empregados em cada plano proposto e avaliaa proporção desses meios, assim como avalia o suprimento de material ouqualquer outro fator que interesse ao plano. Se o plano pode ser apoiado porcomunicações suficientemente seguras, que garantam o grau de controle exigidopara o êxito da missão, o comandante deve considerar detidamente a conveniên-cia de alterá-lo ou abandoná-lo.

(3) Nenhum meio de comunicações normalmente existente no Btl éigualmente rápido, flexível e seguro. Assim, as comunicações são influenciadaspela natureza da operação, sobressaindo-se um determinado sistema em cadasituação de combate.

(4) O emprego judicioso dos sistemas, explorados em harmonia, é orecurso que o oficial de comunicações e eletrônica dispõe para suprir o comandodos meios de comunicações necessários ao cumprimento da missão.

(5) O emprego dos sistemas de comunicações, nos diferentes tipos deoperações, serão explorados nos capítulos correspondentes.

(6) O Manual que trata as comunicações na infantaria aborda com maisdetalhes o emprego das comunicações em um BI.

f. Redes rádio e telefônica do BI - Os modelos de redes rádio e telefônicado BI encontram-se no manual que trata sobre as comunicações na infantaria.

9-15. GUERRA ELETRÔNICA

a. Conceitos - Guerra eletrônica (GE) - É o conjunto de ações que visamassegurar o emprego eficiente das emissões eletromagnéticas próprias, aomesmo tempo que buscam impedir, dificultar ou tirar proveito das emissõesinimigas. A GE possui três ramos a saber:

(1) Medidas Eletrônicas de Apoio (MEA), que consistem na obtenção dedados a partir da aquisição de sinais eletromagnéticos, com a finalidade deinterceptar e identificar essas emissões e ainda localizar as suas fontesemissoras, visando ao reconhecimento imediato da ameaça;

(2) Contramedidas Eletrônicas (CME), que visam impedir ou reduzir oEmp eficiente do espectro eletromagnético pelo oponente; e

(3) Medidas de Proteção Eletrônica (MPE), que visam assegurar autilização eficiente do espectro eletromagnético, a despeito do emprego das MEAe CME do oponente. As MPE podem ser implementadas por meio de procedimen-tos no planejamento e no emprego dos sistemas de comunicação e não-comunicação, e pela utilização de tecnologias incorporadas aos equipamentos.

b. Generalidades - As MEA e CME cabem à Cia GE, orgânica da divisão,visto que a mesma possui pessoal e material especializados para realizar asreferidas ações. As MPE devem ser exaustivamente treinadas e executadas portodos os elementos que utilizam ou são responsáveis pelo emprego de emissoreseletromagnéticos. Todos devem estar conscientes de que um procedimentoincorreto na manipulação desses emissores pode colocar em perigo a missão de

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sua força, e ainda causar um aumento considerável do número de perdas (pessoale material).

c. Ações abrangidas pela GE(1) Pelas MEA

(a) Aquisição (Aqs) - É o processo de vigilância do espectroeletromagnético, identificação e exploração dos alvos eletrônicos hostis. Por meioda aquisição, são obtidos dados técnicos sobre o tráfego e sobre o conteúdo dossinais de interesse.

(b) Localização eletrônica (Loc Elt) - É o processo de determinação,por meios eletrônicos, da posição de uma fonte emissora de energia eletromag-nética.

(c) Análise (Anl) - É o processo de exame dos resultados obtidos pelaaquisição e localização eletrônica com o objetivo de fornecer conhecimentossobre alvos eletrônicos, necessários ao desenvolvimento imediato das operaçõesde combate.

(2) Pelas CME(a) No Campo das Comunicações

1) Interferência (Intf) - Caracteriza-se pela irradiação intencionalde energia eletromagnética em freqüência utilizada pelo oponente, com opropósito de impedir ou dificultar a recepção de emissões do seu interesse.

2) Dissimulação Eletrônica (Dism Elt) - É a irradiação oureirradiação de energia eletromagnética, com o propósito de iludir o inimigo, sejapela interpretação errônea do conteúdo das emissões recebidas, seja induzindofalsas mensagens em seus sistemas eletrônicos. A Dism Elt pode ser empregadasobre os sistemas de comunicações ou de MEA do inimigo.

(b) No campo das não-comunicações1) Bloqueio (Blq) - É a irradiação intencional, reirradiação ou

reflexão de energia eletromagnética com a finalidade de reduzir ou anular arecepção do sinal dos equipamentos ou sistemas eletrônicos/eletroópticos emuso pelo oponente.

2) Despistamento (Dptt) - É a irradiação intencional, reirradiação,alteração, absorção ou reflexão da energia eletromagnética, com a finalidade delevar o oponente ao erro na interpretação do sinal interceptado ou ao mau uso dosdados recebidos pelos seus sensores.

(3) Pelas MPE - As MPE compreendem as ações antimedidas eletrôni-cas de apoio (AntiMEA) e anticontramedidas eletrônicas (AntiCME), tanto nocampo das comunicações como no campo das não-comunicações.

(a) Ações AntiMEA - São realizadas permanentemente e visam negarao oponente o sucesso na detecção, localização e análise de nossas emissõespor meio de suas ações de MEA.

(b) Ações AntiCME - Empregadas quando as ações AntiMEA nãosurtem o efeito desejado, e/ou quando o oponente atua com ações de CME. Visamanular ou diminuir a eficiência das CME realizadas pelo oponente.

A utilização de MPE torna-se imperiosa em todos os escalões decomando que empregam sistemas que se utilizam intencionalmente da emissãode energia eletromagnética. A responsabilidade pela aplicação das MPE é do

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comandante, dos elementos encarregados do planejamento e dos operadores dossistemas.

As MPE têm como objetivo impedir o inimigo de:- interceptar nossas transmissões eletromagnéticas;- localizar nossos emissores de energia eletromagnética;- obter informações através da análise dos nossos sinais;- interferir nos nossos sistemas eletrônicos; e- obter êxito em suas ações de dissimulação e despistamento.

Na aplicação das MPE, deve-se sempre buscar, em primeirolugar, furtar-se às MEA do inimigo e, em segundo, evadir-se das CME tomadas.

As ações AntiMEA são realizadas permanentemente e objetivamnegar ao inimigo o sucesso na aquisição, localização e análise de nossasemissões.

Caso nossas ações AntiMEA não sejam eficientes, o inimigopoderá realizar CME sobre nossos equipamentos. Nesse caso, poderemosrealizar ações AntiCME e anular ou diminuir a eficiência das CME oponentes.

A moderna tecnologia permite incorporar, aos equipamentos quese utilizam da transmissão e recepção da energia eletromagnética, diferentestécnicas de proteção. O emprego de tais tecnologias, constituindo-se tanto emações AntiMEA quanto AntiCME, representam um poderoso auxílio aos elemen-tos encarregados de planejar os diferentes sistemas de transmissão. As tecnologiasempregadas como MPE não excluem os procedimentos abordados nos próximositens, mas os complementam. Todos os procedimentos a serem utilizados a fimde fugir à GE inimiga deverão estar previstos em NGA, IECom Elt e IPCom Elt.

(c) Ações desenvolvidas pelas MPE no campo das comunicações1) AntiMEA

a) Previsão de rotas alternativas para todas as ligaçõesdurante o planejamento dos sistemas de comunicações. As rotas alternativasdevem permitir às forças amigas transmitir falsas mensagens naquelas em queo oponente já se mostrou presente.

b) Não responder a falsas chamadas de indicativos (postos eredes) realizadas pelo oponente. Isto objetiva evitar que nossos postos-rádiosejam localizados pela GE inimiga.

c) Desdobramento correto dos sistemas de comunicações,buscando um paralelismo em relação à LP/LC (ou LAADA), e a menor distânciapossível entre os transceptores.

d) Emprego de retransmissores ou repetidores.e) Alteração constante no padrão das emissões (mudanças

de indicativos, freqüências, operadores, equipamentos e locais dos postos detransmissão).

f) Utilização de mensagens preestabelecidas e pré-formatadase de códigos de operação.

g) Redução do número de mensagens transmitidas.h) Utilização da mínima potência necessária ao estabeleci-

mento do enlace-rádio.i) Utilização de antenas direcionais.j) Manutenção correta dos equipamentos transmissores,

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evitando causar alteração na assinatura eletrônica dos sinais por eles emitidos.2) AntiCME

a) Reconhecimento da interferência inimiga, com a subse-qüente confecção de um relatório de interferência e dissimulação eletrônica.

b) Operação mesmo sob interferência.c) Reconhecimento da dissimulação eletrônica inimiga.d) Emprego de retransmissores.e) Uso de rotas alternativasf) Autenticação dos postos.g) Autenticação das mensagens.h) Mudança de freqüência.

(d) Ações desenvolvidas pelas MPE no campo das não-comunica-ções - Particularmente no campo das não-comunicações, as ações abrangidaspelas MPE, a seguir descritas, estão muito relacionadas às tecnologias incorpo-radas aos respectivos equipamentos.

1) AntiMEAa) Controle das emissões, evitando a irradiação de sistemas

ativos que não sejam imprescindíveis ao cumprimento da missão. Esta ação podeter um planejamento centralizado, pelo Esc Sp, que resulta na elaboração doPlano de Controle das Irradiações Eletromagnéticas de Não-Comunicações(Plano CIENC).

b) Utilização da mínima potência necessária ao cumprimentoda missão.

c) Variação dos parâmetros do sinal emitido (freqüência deoperação, freqüência de repetição e largura de pulso).

d) Previsão de constantes mudanças de posição dos emis-sores, com o emprego de emissores aos pares.

2) AntiCME - Podemos citar como exemplos de ações AntiCME:a) o aumento da potência do eco-radar;b) o uso de técnicas especiais de controle de varredura como

o controle manual da antena, o acompanhamento cego, o acompanhamentopassivo em ângulo, a orientação pelo bloqueio e a indicação da direção dobloqueio, além de executar a varredura apenas na recepção ou no processamento(monopulso), permitem que os meios de não-comunicação continuem operandomesmo sob a ação de CME inimiga;

c) a diversidade de freqüência de operação, de freqüência derepetição de pulso (FRP), de largura de pulso (LP) e de polarização são recursosde MPE que devem ser sempre buscados;

d) a alteração dos parâmetros da nossa emissão em momen-tos críticos;

e) a discriminação do sinal de CME, também chamada deresistência à CME, que consiste em evitar que nossos sistemas sejam afetadospor sinais introduzidos pela CME oponente;

f) para previnir que sinais muitos fortes venham a saturar ousobrecarregar o receptor-radar, existem várias formas de controle da sua sensi-bilidade; e

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g) e como último recurso AntiCME, quando nenhuma outratécnica de MPE for eficaz, podemos utilizar outro tipo de equipamento, substitu-indo, por exemplo, um radar de freqüência mais baixa por outro de freqüência maisalta.

ARTIGO IV

APOIO DE ENGENHARIA

9-16. GENERALIDADES

a. Normalmente, o apoio de engenharia é prestado ao Btl por um pelotão deengenharia de combate sob a forma de apoio direto ou sob uma das seguintessituações de comando: reforço, comando operacional e controle operacional.

b. Os trabalhos executados pelo elemento de engenharia que apóia obatalhão são, normalmente, os que requeiram técnica e equipamentosespecializados de engenharia, como por exemplo: reconhecimentos especializadosde engenharia, balizamento e melhoramento de pistas e vaus, abertura de trilhase brechas, destruições, reforçamento de pontilhões e construção de algunsobstáculos.

c. O comandante da tropa de engenharia em apoio faz parte do EM especialdo Btl, assessorando o Cmt Btl nos assuntos relacionados com a mobilidade,contra-mobilidade e proteção, mesmo em caso de trabalhos a serem executadospelos elementos da arma-base, como camuflagem, lançamento de obstáculos eestudo do terreno.

d. Os manuais C 5-1 - EMPREGO DE ENGENHARIA e C 5-10 - O APOIODE ENGENHARIA NO ESCALÃO BRIGADA, relatam com maior amplitude asatividades de engenharia em operações.

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CAPÍTULO 10

LOGÍSTICA

ARTIGO I

INTRODUÇÃO

10-1. GENERALIDADES

a. Componentes do Sistema Logístico - O sistema exército abrange osistema logístico, que por sua vez é constituído de três subsistemas: comandologístico, logística organizacional e logística operacional.

b. O subsistema da logística operacional tem como objetivo prever e proveros meios em pessoal, material, serviços e construções em tempo de guerra, noteatro de operações (TO), realizando todas as atividades logísticas necessáriasàs operações da força terrestre (F Ter) e, em tempo de paz, preparando-se para talfim.

c. As minúcias de cada subsistema são reguladas pelo manual C 100-10- LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE.

10-2. APOIO LOGÍSTICO

a. O Ap Log é o conjunto de atividades que visa fornecer os recursos eserviços necessários às tropas orgânicas e em reforço, em quaisquer situaçõesque possam se encontrar.

b. No âmbito do BI existem cinco atividades logísticas, com suas respec-tivas tarefas, a saber:

(1) suprimento - Levantamento das necessidades, obtenção, controle edistribuição de todas as classes de suprimento;

(2) transporte - Deslocamento de pessoal, animal e/ou material sobcuidados especiais;

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(3) saúde - Triagem, atendimento médico, evacuação, controle sanitário,medicina preventiva e outras. Visa à conservação do potencial humano da forçaterrestre em operações;

(4) manutenção - Conservação, reparação e evacuação de material;(5) pessoal - Controle de efetivos, recompletamentos, suprimento reembol-

sável, banho, lavanderia, sepultamento e serviço postal. As demais tarefasreferentes ao pessoal (disciplina e justiça militar, moral e assuntos civis, etc),realizadas no TO, são integradas ao sistema comando, não fazendo parte dosubsistema logística.

c. Para maiores informações, relativas às atividades logísticas, devem serconsultados os manuais de campanha C 29-15 - BATALHÃO LOGÍSTICO,C 29-3 - APOIO LOGÍSTICO NA DIVISÃO DE EXÉRCITO E NA BRIGADA e oC 100-10 - LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE.

ARTIGO IILOGÍSTICA NO BATALHÃO DE INFANTARIA

10-3. CONSIDERAÇÕES INICIAISa. No nível unidade, o gerenciamento das atividades logísticas é orientado

para os objetos e objetivos básicos da logística - o MATERIAL e o HOMEM.b. Assim, a logística divide-se em dois grandes ramos, a LOGÍSTICA

MATERIAL e a LOGÍSTICA PESSOAL. Esta divisão da logística tem por finalidadesimplificar as estruturas organizacionais e os procedimentos logísticos, permitin-do maior coordenação e controle do estado-maior e maior eficiência no apoioprestado aos elementos em 1º Escalão.

c. A LOGÍSTICA DO PESSOAL, a cargo do S1, engloba todas as atividadeslogísticas voltadas para o apoio aos efetivos (HOMEM):

(1) PESSOAL: o controle do pessoal, o processamento dos recompleta-mento, o nivelamento dos efetivos, o controle das baixas, o moral da tropa e osserviços em campanha, banho, lavanderia, troca de fardamento, sepultamento,serviço postal, etc;

(2) SAÚDE: o apoio prestado pelo pelotão de saúde e, todas as tarefas,ações e procedimentos referentes à atividade de saúde realizados nesta fração,inclusive a evacuação de feridos (exceto Sup Cl VIII, a cargo do S4).

d. A LOGÍSTICA DO MATERIAL, a cargo do S4, engloba todas as atividadeslogísticas centradas no material:

(1) SUPRIMENTO: pedidos, recebimentos, estocagem e distribuição àsdiversas frações ou locais onde serão processados ou consumidos;

(2) MANUTENÇÃO: de todo o material (viaturas, armamento, comunica-ções, equipamentos diversos, etc), incluindo o processamento do suprimento demanutenção e a evacuação do material;

(3) TRANSPORTE: controle dos meios para a realização dos desloca-mentos da tropa, a distribuição de suprimentos (Sup), evacuação de material (Mnt)e de mortos (Pes).

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e. O S4 e o S1, auxiliados pelos integrantes das 1ª e 4ª Seções e atravésdos elementos da SU C Ap, planejam, coordenam, sincronizam e conduzem aMANOBRA LOGÍSTICA da unidade.

f. A MANOBRA LOGÍSTICA é o conjunto dos planejamentos, procedimen-tos, métodos e ações realizadas a fim de possibilitar o apoio ao pessoal e aomaterial, perfeitamente integrados e sincronizados, no espaço e no tempo, àmanobra operacional definida pelo Cmt U.

g. No nível unidade, sempre que possível, a MANOBRA LOGÍSTICA deveser planejada e executada de modo que todas as atividades logísticas desenvol-vidas pela Cia C Ap sejam deslocadas em direção aos elementos de 1º escalão,de modo a liberar os Cmt SU para as atividades de combate, sobrecarregando-oso mínimo possível com preocupações logísticas e evitando que as SU desloquem-se para a ATC ou ATE em busca de Ap Log. O S1 e o S4 devem atuar de modoa colocar o suprimento, a manutenção, o apoio de saúde, rações e água nomomento e no local (ATSU ou posições de 1º Escalão) que se fizerem necessáriospara apoiar as atividade de combate das SU.

h. Os encargos logísticos devem ser minimizados nas SU, tanto quantopossível, e colocados sob a responsabilidade e controle da unidade, permitindoque os comandantes de SU concentrem-se nas atividades de combate e noacompanhamento da situação tática.

10-4. RESPONSABILIDADES

a. O Cmt U é responsável pelo apoio logístico do BI. Ele deve assegurar-seque o apoio logístico está sendo prestado não somente ao Btl mas também atodos os elementos sob o seu controle operacional, em apoio ou em reforço.

b. O S4 é o coordenador da MANOBRA LOGÍSTICA do Btl, integrando esincronizando os planejamentos da logística do pessoal e do material à manobrae ao apoio ao combate. O S4 deve antecipar-se às necessidades de apoiologístico, encaminhar os pedidos de apoio ao Esc Sp com oportunidade, fiscalizaro apoio que é prestado ao Btl bem como planejar, coordenar e sincronizar toda asua logística interna.

c. O S1 e o S4 são os assessores diretos do Cmt no que diz respeito àsatividades logísticas. O S1, nas atividades da logística do pessoal, e o S4, nasatividades da logística do material. Eles são os responsáveis pelo planejamentologístico, controle e coordenação das atividades logísticas nos seus respectivoscampos de atuação, de acordo com as ordens e diretrizes emanadas peloCmt Btl.

d. Os Cmt SU são responsáveis pelo Ap Log no âmbito das respectivas SU.Solicitam, controlam e coordenam a distribuição do suprimento, a manutenção de1º escalão das viaturas e de todos os demais equipamentos, a manutenção de1º e 2º escalões do armamento, o efetivo da SU e as atividades de evacuação deferidos e mortos planejadas e controladas pelo EM da U.

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10-5. ELEMENTOS E ORGÃOS DE APOIO LOGÍSTICO DO BATALHÃO

a. Elementos de estado-maior(1) S4-Oficial de Logística - O S4 é o assessor do Cmt para as atividades

da logística do material e o coordenador da manobra logística da unidade. Temcomo auxiliares diretos o Adj do S4 e os elementos do grupo de logística do PelCmdo, que compõem a 4ª seção da unidade. Suas principais atribuições estãolistadas no Cap 2 Art I:

(2) S1 - Oficial de Pessoal(a) O S1 é o assessor do Cmt para as atividades da logística do

pessoal. Suas principais atribuições estão listadas no Art I, do Cap 2:(b) O S1 controla o efetivo da unidade através do recebimento das

mensagens diárias de efetivo das SU e elementos em reforço, elaborando osumário diário de pessoal e o mapa da força. Elabora, também, outros registrose relatórios. Todos estes documentos são enviados para o Esc Sp.

(3) Têm ainda encargos e responsabilidades logísticas, nos respectivossetores funcionais, os seguintes oficiais do estado-maior especial;

(a) Cmt Cia C Ap é comandante dos trens, ou dos trens deestacionamento quando descentralizados. É Adj S4 na execução da manobralogística;

(b) S Cmt Cia C Ap é o auxiliar do Cmt Cia C Ap e comandante dostrens de combate do Btl, quando descentralizados;

(c) Cmt Pel Sup - Oficial de Munições;(d) Cmt Pel Mnt Trnp - Oficial de Manutenção;(e) Cmt Pel Com - Oficial de Comunicações;(f) Cmt Pel Sau - Oficial de Saúde;(g) Sub Cmt Pel Sup - Oficial Aprovisionador.

(4) Os principais deveres e atribuições desses oficiais constam domanual de campanha C 101-5 - ESTADO-MAIOR E ORDENS.

b. Pelotão de Suprimento(1) O pelotão de suprimento é o principal órgão de Ap Log da unidade.(2) Sua organização inclui o pessoal e material necessários para

executar, no âmbito da unidade, as atividades de suprimento das classes I, II, IV,V (Mun), VI, VII e X

(3) Suas missões principais são:(a) receber e consolidar os pedidos de suprimento das subunidades,

e encaminhar os pedidos da unidade ao B Log da Bda;(b) receber, controlar, estocar quando necessário, lotear e distribuir

os suprimentos às subunidades;(c) evacuar os mortos

(4) Normalmente o pelotão instala e opera um posto de distribuição desuprimento classe I (P Distr Cl I), e um posto de distribuição de suprimento classeV (M) (P Rem) na ATE. Conforme a situação tática o exigir, poderá desdobrar umP Rem Avançado na ATC.

(5) O P Distr Cl I executa, eventualmente, a distribuição dos suprimentosde produtos acabados das classes II, IV, VI, VII e X.

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(6) As cozinhas de campanha, em princípio, permanecem centralizadasna ATE ou na ATC ou, excepcionalmente descentralizadas nas ATSU.

c. Pelotão de manutenção e transporte(1) É o elemento encarregado de prestar apoio de manutenção orgânica

de 2º escalão.(2) Suas missões compreendem:

(a) executar a manutenção orgânica de 1º e 2º escalões nas viaturase armamentos das unidades;

(b) executar a evacuação de viaturas no âmbito da unidade;(c) cooperar na evacuação e coleta de salvados e material capturado;(d) em caso de necessidade, estabelecer e operar um posto de coleta

de salvados (P Col Slv);(e) solicitar, controlar, estocar e, quando necessário, fornecer peças

e conjuntos de reparação das classes V (A) e IX; e(f) instalar e operar o P Distr Cl III da unidade.

(3) Para as atividades referentes à coleta e evacuação de salvados ematerial capturado, bem como controle e estocagem de peças e conjuntos dereparação das classes V (A) e IX, o batalhão normalmente receberá em reforçouma Sec L Mnt do B Log

d. Pelotão de saúde(1) É organizado com pessoal, equipamento e meios de transporte

necessários para proporcionar tratamento médico de urgência e evacuação deferidos, doentes e acidentados no âmbito da unidade.

(2) São missões específicas do pelotão de saúde:(a) instalar e operar o PS do Btl;(b) preparar os doentes e feridos mais graves para evacuação e para

a instalação de saúde do Esc Sp;(c) solicitar direto na instalação de saúde do Esc Sp, receber, estocar

e distribuir a todos os elementos da unidade o suprimento de saúde, inclusivepeças e conjuntos de reparação.

e. Pelotão de comunicações(1) O pelotão de comunicações, normalmente, se desdobra na área do

PCP, com a missão de proporcionar apoio de comunicações ao comando daunidade.

(2) Suas missões logísticas compreendem:(a) executar a manutenção orgânica de 1º e 2º escalões do material

de comunicações da unidade (exceto material criptográfico);(b) solicitar, receber, estocar e aplicar, de acordo com as necessida-

des, peças e conjuntos de reparação (Sup Cl VII de comunicações);(c) evacuar para o Esc Sp o material de comunicações que necessite

manutenção além do 2º escalão.

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f. Outros elementos ligados às atividades logísticas(1) Subunidade

(a) O Sub Cmt SU é o principal assistente do Cmt SU no planejamen-to, coordenação e fiscalização da manobra logística da Cia ou da SU. É oresponsável pelos pedidos de suprimentos de classe I, II e V, bem como da águae de outros materiais necessários ao recompletamento da dotação da SU,supervisionando a distribuição desses suprimentos. É também, o responsávelpelas atividades de manutenção, saúde e pessoal. Essas atividades são exercidassem prejuízo das atribuições táticas, tendo em vista que deve permanecer emcondições de substituir o Cmt SU.

(b) O encarregado do material, o sargenteante e o furriel são osprincipais auxiliares e executantes do Ap Log:

1) O encarregado do material executa as atividades relacionadasà logística do material no âmbito da SU. Supervisiona o trabalho do furriel no P RemSU. Fiscaliza, orienta e controla as atividades das frações e elementos demanutenção e suprimento recebidos em apoio ou reforço pela SU.

2) O sargenteante desenvolve atividades relacionadas à logísticado pessoal no âmbito da SU. É o encarregado de todas as atividades relacionadosao controle de efetivos, evacuação de feridos. Fiscaliza, orienta e controla asatividades das frações e elementos de aprovisionamento e saúde recebidas emapoio ou reforço pela SU.

3) O furriel é o encarregado do recebimento e transporte de todoo suprimento da SU. É o responsável pela evacuação dos mortos e peloremuniciamento da SU, elaboração dos pedidos de munição e da operação do PRem SU, auxiliado pelo ajudante de mecânico de armamento.

(2) Pelotões - É da responsabilidade do Cmt Pel providenciar os primeirossocorros a seus homens, evacuar os feridos o mais rapidamente possível e aidentificação dos mortos de sua fração. Deve permanecer a par do nível de muniçãodo pelotão e providenciar a tempo os pedidos de remuniciamento. Deve ter perfeitoconhecimento, também, do estado do material e do armamento e solicitar orecompletamento da dotação logo que possível, esclarecendo se o material foiperdido, destruído ou encontra-se em mau estado. Solicita o suprimento de águasempre que necessário e, em operações defensivas, calcula e requisita o materialde fortificação necessário para a organização do núcleo de defesa. No tocante àsatividades de pessoal, o Cmt Pel deve dar especial atenção à manutenção dadisciplina e moral da tropa, além do controle de efetivos. Em todas essasatividades é auxiliado pelo sargento adjunto.

10-6. PLANEJAMENTO DA MANOBRA LOGÍSTICA

a. Generalidades(1) O planejamento da manobra logística deve assegurar o Ap Log antes

e durante todas as fases de uma operação. Este planejamento deve ser realizadode forma coordenada com o planejamento tático e o dos apoios ao combate.

(2) O planejamento logístico deve ser tão detalhado quanto o tempodisponível o permitir. O emprego de procedimentos padronizados e normas geraisde ação deverão facilitar o trabalho dos Oficiais do estado-maior no planejamentologístico.

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b. Princípios(1) As atividades logísticas devem antecipar-se às necessidades do

elemento apoiado e ser desdobradas o mais à frente possível.(2) O apoio deve ser contínuo, utilizando-se imediatamente os meios

disponíveis, conforme a situação tática o permitir.(3) O suprimento das diversas classes e recompletamentos são condu-

zidos à frente pela unidade em direção aos elementos de 1º escalão.(4) O planejamento da manobra logística é uma atividade contínua. A

coordenação entre o planejamento tático e os de apoio ao combate e logístico éessencial e deve enfocar todos os fatores que podem ter efeito significativo namissão tática.

(5) A constante avaliação da situação tática e o levantamento dasnecessidades para as futuras operações são atividades críticas para o planeja-mento da manobra logística.

(6) Os elementos de 1º escalão devem ser aliviados ao máximo de seusencargos logísticos.

(7) A manutenção de reservas de suprimentos deve ser observada emtodos os escalões.

c. Apoio às operações de combate(1) Para assegurar um efetivo apoio, os elementos envolvidos com o

planejamento e execução da manobra logística devem ter perfeito conhecimentoda intenção do Cmt e dos planejamentos táticos e de apoio ao combate. É defundamental importância que eles saibam:

(a) o que cada elemento apoiado irá fazer no cumprimento da missão;(b) onde cada elemento apoiado estará em cada fase e no final da

missão;(c) como os elementos apoiados cumprirão a missão.

(2) Após analisar o conceito da operação, os planejadores da logísticadevem ser capazes de detalhar o apoio logístico que será necessário para aoperação. Eles devem determinar:

(a) que atividades logísticas são necessárias;(b) que quantidade de suprimento será necessário; e(c) qual a prioridade de apoio por atividade e por SU.

(3) com base nas necessidades, as possibilidades da logística devem seravaliadas:

(a) que recursos logísticos estão disponíveis (orgânicos, em apoio edas unidades vizinhas);

(b) onde estão os recursos logísticos e as instalações logísticas doEsc Sp;

(c) quando os recursos logísticos estarão disponíveis para elementosapoiados; e

(d) como os recursos logísticos podem ser disponibilizados.(4) Baseado nessa análise, o planejamento da manobra logística poderá

ser desenvolvido, reagindo-se as disponibilidades.

d. Estimativa logística no batalhão(1) A estimativa logística é uma análise dos fatores que podem afetar o

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cumprimento da missão traduzidas sob forma de necessidade. Os planejadoreslogísticos utilizam-se desta estimativa para a formulação de linhas de ação e parao planejamento da manobra logística em apoio às operações definidas peloCmt U. A chave para essa estimativa é a situação do suprimento disponível,particularmente das Classes III, V (M) e IV (defensivas).

(2) No nível unidade, raramente a estimativa logística constará de umdocumento escrito. O S1 e o S4 freqüentemente irão formulá-la em termos querespondam as seguintes perguntas:

(a) qual a situação atual da manutenção, dos suprimentos e dostransportes?

(b) quanto e o que é necessário para apoiar a operação?(c) que tipo de apoio externo (Esc Sp) é necessário?(d) as necessidades poderão ser atendidas através do processo

normal, ou serão necessários outros processos de suprimento?(e) o que está faltando e qual a conseqüência dessa falta na operação?(f) que linha de ação deverá ser apoiada?(g) onde estão os elementos a serem apoiados durante a operação?

10-7. TRENS

a. Generalidades(1) A companhia de comando e apoio possui elementos que apóiam o

batalhão nas atividades de Ap Log. O emprego desses elementos é feito,normalmente, de modo descentralizado. São distribuídos, de acordo com suasatribuições específicas, nas áreas de trens do Btl. A responsabilidade de estado-maior e a supervisão do emprego cabem ao S4, auxiliado pelo Cmt Cia Cmdo Ap,que é também o adjunto do S4 e Cmt dos trens de estacionamento da unidade.

(2) O batalhão de infantaria possui meios próprios, em pessoal e material,que se destinam ao desempenho das diversas atividades logísticas. Eventualmen-te, o Btl poderá receber do Esc Sp alguns elementos de apoio logístico, que sedesdobrarão nas áreas de responsabilidade da unidade. Esses elementos são,normalmente, instalações de suprimento, equipes de manutenção, meios detransporte ou ambulâncias.

(3) Trens é a designação genérica dada ao conjunto dos elementos empessoal, viaturas e material destinados a proporcionar Ap Log a uma unidade.

(4) Os trens da unidade podem ser empregados reunidos ou desdobradosem trens de combate (T Cmb) e trens de estacionamento (TE). Esta última é asituação normal para o apoio às operações. Os trens da unidade são instalados,mobiliados e operados pela Cia C Ap.

(5) A repartição dos meios de Ap Log entre os T Cmb e TE varia com amissão, a situação tática, o terreno, os meios disponíveis, as condições meteorológi-cas, considerações de tempo e espaço e a manobra logística planejada pela unidade.

(6) Área de trens de combate (ATC) é a região da Z Aç da unidade ondesão reunidos os elementos logísticos necessários a um apoio mais cerrado às SU.

(7) Área de trens de estacionamento (ATE) é a região da área deretaguarda da brigada onde são reunidos os TE da unidade e onde poderãodesdobrar-se instalações de apoio recebidas do Esc Sp. Normalmente, instala-

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se na ATE a seção leve de manutenção, recebida da Cia Log Mnt/B Log.De acordo com a situação, equipes dessa seção poderão ser lançadas

à frente, para assegurar o apoio cerrado às operações de combate.(8) Área de trens de unidade (AT) é a região onde os trens da unidade

permanecem reunidos.(9) Eventualmente o Btl poderá desdobrar algumas instalações julgadas

necessárias a partir de uma AT, para melhor apoiar suas SU de 1º escalão.(10) O Btl poderá desdobrar algumas instalações julgadas necessárias

a partir de uma área de trens (AT, ATC ou ATE), para melhor apoiar suassubunidades de primeiro escalão, em determinada missão ou operação, estabe-lecendo pontos intermediários logísticos (PIL). (Ver parágrafo 10-10).

b. Constituição dos trens da unidade(1) Composição normal dos trens do Btl:

(a) trem de munição- Operado pelo Gp Sup Cl V/ Pel Sup- Composto por 04 VTNE 5 t, com reboque sendo:- 02 Vtr para munição geral, sendo 01 na ATC e 01 na ATE.- 01 Vtr para munição de Mrt Me na ATE.- 01 Vtr para munição AC na ATC

(b) trem de combustível- Operado pelo Gp Sup/ Pel Mnt Trnp.- 01 VTE 5 t, cisterna de 6000 l.

(c) trem de manutenção- Operado pela Sec Mnt/ Pel Mnt Trnp- 01 VTNE 5 t com reboque, utilizada para Mnt Armt.- 01 VTNE 5 t, com guincho, utilizada para Mnt Vtr.- 01 VTE 5 t, socorro.

(d) trem de saúde- Operado pelo Pel Sau.- 03 VTE ambulância, ¾ t (01 por SU de 1º escalão).- 01 VTNE 5 t, com reboque, para transporte do pessoal e material

do posto de socorro.(e) trem de cozinha

- Operado pela Sec Ap Dto Sup Cl I/ Pel Sup.- 04 VTNE 5 t com VRE, cisterna de água de 1500 l (01 por SU).

(f) trem de bagagem- Controlado pelos Enc Mat das SU.- 04 VTNE 5 t com reboque (01 por SU).

(2) A finalidade dos trens do Btl é operacionalizar a execução dasatividades logísticas do batalhão.

c. Possibilidades - Os trens do Btl fornecem apoio logístico às subunidadese aos elementos em reforço, particularmente no que se refere à manutençãoorgânica, todas as classes de suprimento, posto de socorro (inclusive evacuaçãode feridos das subunidades), transporte de suprimento, evacuação do materialdanificado, capturado e salvado e registro e evacuação de mortos.

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d. Composição(1) Trens de combate (T Cmb)

(a) Os trens de combate são organizados para prestar Ap Logimediato aos elementos empregados à frente, nas operações de combate.

(b) A composição dos T Cmb é variável, dependendo das conclusõesdo estudo dos fatores da decisão. Em princípio, integrarão os T Cmb a maioria dosmeios de saúde e de manutenção do Btl e os elementos necessários paraassegurar os suprimentos de classe III e V (M) às subunidades.

(c) Nas operações de grande mobilidade, tais como o aproveitamentodo êxito, é aconselhável colocar nos T Cmb o grosso dos elementos de Ap Logorgânicos, para evitar que o aumento das distâncias torne problemática adistribuição diária de suprimentos aos elementos de combate.

(2) Trens de estacionamento (TE)(a) Os TE compõem-se dos elementos de Ap Log não incluídos nos

T Cmb.(b) Geralmente os TE serão integrados pela maioria dos meios do

pelotão de suprimento e pelos elementos de manutenção e de saúde indispensá-veis ao apoio dos próprios integrantes dos TE.

(3) Trens das companhias(a) Os trens das companhias fornecem Ap Log contínuo e cerrado às

SU, instalando-se, para isso, numa área bem próxima do PC da SU, que sedenomina área de trens de subunidade (ATSU).

(b) Os trens das companhias são constituídos pela seção decomando, equipes das turmas de evacuação dadas em reforço, grupos de apoiodireto de suprimento classe I dados em apoio, viaturas distribuídas e da própriaSU, e demais elementos recebidos em apoio ou reforço.

(c) Em algumas oportunidades, e no caso da SU se constituir reservado Btl, esses meios ou parte deles podem se desdobrar na área de trens decombate (ATC) ou até mesmo na área de trens de estacionamento (ATE), deacordo com a análise dos fatores da decisão.

(d) Composição da ATSUAs SU desdobrarão em suas ATSU os seus meios logísticos de

saúde (refúgio de feridos), suprimento classe V (posto de remuniciamento),cozinhas, quando descentralizadas, e área de estacionamento de viaturas.

(e) Na logística da Cia, cada viatura carrega uma quantidade prescritade rações, peças sobressalentes, camburões de água, vasilhames de combus-tível e de lubrificantes, e parte da munição da dotação orgânica da unidade.

e. Localização e deslocamentos(1) Considerações gerais

(a) Em todas as situações, os trens são localizados e se deslocamde modo a prestar apoio oportuno e adequado em suprimentos, evacuação emanutenção aos elementos de combate.

(b) A localização dos trens é atribuição do S4 que, no caso da ATE,mantém estreito entendimento com o E4 da Bda.

(c) Para melhor atender à prestação do Ap Log, a análise dalocalização de uma área de trens deve considerar os seguintes fatores: manobra,terreno, segurança (do fluxo e das instalações) e situação logística.

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(2) Manobra(a) Apoio cerrado - Avaliação da distância, medida por estrada até aos

elementos a apoiar, considerando-se prioritária a Z Aç do elemento que realiza oesforço principal. Deve-se flexibilizar dependendo da distância máxima de apoiolevantada no estudo de situação.

(b) Favorecimento do esforço da ação tática - Posição relativa da áreade trens em face do ataque principal, na ofensiva, ou da maioria de meios, nadefensiva, considerada a malha viária existente. Eixada, por estrada, com oesforço principal.

(c) Continuidade do apoio - Capacidade de apoiar a todos os ele-mentos empregados até o fim da operação prevista, com o mínimo de mudançasde posição.

(d) Distância máxima de apoio - É a maior distância, medida porestrada, admitida entre a ATE e a ATSU mais afastada, passando pela ATC.Quando a localização das ATSU não forem definidas, a referência será a LC ouo LAADA, na Z Aç dos elementos mais afastados a apoiar. A distância máximade apoio é função da velocidade e capacidade das viaturas disponíveis para apoiaros elementos de 1º escalão e a capacidade da unidade realizar o apoio necessáriodurante o dia e/ou à noite conforme o estudo de situação. Normalmente constarádos planos e ordens logísticas do escalão superior.

(e) Interferência com a manobra - Possibilidade de dificultar ouimpedir os deslocamentos das unidades em reserva e das unidades de apoio aocombate, ou, ainda, restringir o espaço necessário ao desdobramento de instala-ções de comando e elementos em Z Reu.

(3) Terreno(a) Rede rodoviária compatível - Capacidade de tráfego que assegure

ligações com o Esc Sp e elementos apoiados, e a disposição da malha viária,quando se refere à circulação no interior da área. Uma vez que o fácil acesso emtodas as direções é a condição desejável, a disposição das estradas torna-semais importante do que a sua quantidade ou qualidade.

(b) Existência de construções - Quantidade, tipo e disposição noterreno das construções existentes e passíveis de serem aproveitadas paramelhorar a prestação do apoio.

(c) Cobertas e abrigos - Existência de cobertas e abrigos naturais,capazes de proporcionar ocultação e/ou proteção às instalações.

(d) Obstáculos no interior da área - Obstáculos naturais ou artificiais,capazes de restringir ou impedir o movimento sobre uma via de circulação internaou periférica, de dissociar uma parte da área ou de reduzir seu espaço aproveitável.

(e) Solo consistente e existência de água - transitabilidade interna daárea, condições do solo para as instalações logísticas e existência de cursos deágua, nascentes, lagos, etc.

(4) Segurança(a) Segurança do fluxo

- Distância de apoio X possibilidades do inimigo - Quanto maiorfor a distância a percorrer para proporcionar o apoio, maior será a possibilidade deintervenção do inimigo sobre o fluxo de forma direta ou indireta.

- Pontos críticos X possibilidades do inimigo - Um ponto crítico,

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situado ao longo de uma via utilizada como eixo de suprimento e evacuação(E Sup Ev), que oferece ao inimigo a possibilidade de interferir no fluxo, levandoà sua restrição ou interrupção.

- E Sup Ev X possibilidades do inimigo - Quanto mais próximo oE Sup Ev passar por regiões adequadas ao homizio de inimigo, maior é anecessidade de proteção dos comboios e de patrulhamento de estradas.

- E Sup Ev X flancos expostos - Quanto mais próximo o E Sup Evestiver de flancos expostos às penetrações inimigas, maior ameaça existe àcontinuidade do fluxo de apoio.

(b) Segurança das instalações1) Dispersão e apoio mútuo - As dimensões da área devem

permitir adequada e suficiente dispersão das instalações, sem prejuízo para oapoio mútuo requerido entre os elementos que se desdobram dentro da área detrens. Essas dimensões podem variar em função, principalmente, do terreno e dosmeios a desdobrar.

2) Facilidade para a defesa - As características do terreno devemfacilitar a defesa do pessoal e das instalações. É propiciada pela existência deelevações que permitam a instalação de postos de vigilância, de cursos de águaobstáculos, onde os limites da referida área possam se apoiar, ou a inexistênciade faixas ou pontos favoráveis à infiltração inimiga.

3) Proximidade de tropa amiga - Considerar, particularmente, aproximidade de forças em reserva, que estejam justapostas à região consideradaou dela tão próximas que permita incluí-la, total ou parcialmente, no seudispositivo de segurança.

4) Flancos expostos ou protegidos - Afastamento de uma área emrelação a flancos expostos à penetração do inimigo ou de flanco seguramenteprotegido por tropas vizinhas ou por obstáculos de vulto;

5) Distância de segurança - É a menor distância, linha reta,admitida entre a área de trens e a linha de contato (LAADA nas operaçõesdefensivas), e tem por finalidade proteger as instalações de Ap Log em face dostiros das armas de tiro curvo da SU inimiga no caso da ATC, e da unidade inimigano caso da ATE ou AT e, se possível, de sua artilharia leve. Essa distância podevariar em função da natureza das operações, do material empregada pelo inimigoou do risco admitido pelo Cmt.

- Quando em operações ofensivas deve ser considerado oarmamento inimigo em questão, SU ou U, localizado à retaguarda do LAADA nadistância de um terço (1/3) de seu alcance de utilização. A partir daí deve serlançado seu alcance máximo à frente e, deste ponto, traça-se a distância desegurança.

- Quando em operações defensivas, deve ser considerado oarmamento inimigo em questão, SU ou U, localizado à retaguarda da linha decontato (LC) na distância igual ao seu alcance mínimo. A partir daí deve serlançado seu alcance máximo à frente e, deste ponto, traça-se a distância desegurança.

- A adoção da distância de segurança, ou não, é uma decisãode comando. O Cmt face ao seu estudo de situação, considerando fatores comoterreno (transitabilidade e trafegabilidade através campo ou estrada) e meios

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(quantidade de viaturas disponíveis e existência de instalações a serem aprovei-tadas), dentre outros, poderá locar suas AT mais à frente, privilegiando o apoiocerrado.

(5) Situação Logística(a) Localização atual das instalações de apoio logísticos do escalão

superior - caracteriza-se pela orientação da(s) ligação(ões) rodoviária(s) existente(s).(b) Localização atual da área de trens - baseia-se em que a mudança

de posição implica prejuízos às atividades logísticas e desgaste do pessoal e domaterial.

(c) Localização atual das ATSU.(d) Estrada principal de suprimento em uso e as previstas para serem

usados no prosseguimento das ações.(6) Outros aspectos - devem ser considerados na escolha de regiões para

o desdobramento da área de trens: sigilo das operações, otimização do transpor-te, limitações dos meios de transporte, atitude da população, prazos, duração dasoperações, flexibilidade, etc.

f. Instalações logísticas das área de trensPara o funcionamento dos meios logísticos em campanha há necessida-

de de dispô-los em locais adequados, resultando, assim, as instalações logísticas.A tropa pode ser atendida nas diversas instalações, ou, então, o que é maisnormal, os meios poderão ir à frente para servir à tropa, retirando do comandantede companhia preocupações com encargos logísticos.

As instalações imprescindíveis ao sistema de apoio logístico de umaunidade dependem da natureza desta, dos meios de que é dotada e do tipo deoperação que vai realizar.

(1) Posto de distribuição - Denomina-se posto de distribuição dedeterminado suprimento, o local em que este, obtido do Esc Sp, é fracionado paraa entrega aos elementos subordinados.

(2) Posto de coleta - Posto de coleta é o local designado para a reuniãode material, prisioneiros de guerra e mortos, a fim de processar-se a necessáriaevacuação.

(3) Posto de remuniciamento - O posto de distribuição de suprimentoclasse V (munição) denomina-se posto de remuniciamento.

(4) Posto de socorro - É a instalação que recebe os feridos e doentes docampo de batalha, presta-lhes os socorros indispensáveis e os prepara para aevacuação, se for o caso.

g. Área de trens de combate - ATC(1) A ATC localiza-se na zona de ação da unidade e, sempre que possível,

próxima ao PCP.(2) Com os T Cmb desdobrados, as dimensões mínimas da ATC, face à

necessidade de dispersão das viaturas e instalações, são de 500 x 600 m.(3) Por motivo de segurança a ATC deve se localizar a uma distância além

do alcance das armas de tiro curvo orgânicas das SU inimigas em contato.(4) A ATC localiza-se, normalmente, na zona de ação da unidade.(5) O local exato das instalações logísticas é escolhido pelo comandante

da ATC (SCmt da Cia C Ap), assessorado pelos responsáveis pelas instalações.

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(6) Instalações desdobradas na ATC(a) Posto de remuniciamento avançado (P Remn A)

1) É operado pelo grupo de suprimento classe V do pelotão desuprimento.

2) Deve estar próximo do E Sup Ev /Btl e afastado de outrasinstalações, de acordo com o tipo e a quantidade de munição armazenada.

3) Deve estar coberto e abrigado para evitar danos às outrasinstalações.

4) Deve possuir condições para armazenamento de muniçãodentro das condições técnicas necessárias.

(b) Posto de socorro (PS)1) É operado pelo grupo de triagem do pelotão de saúde.2) É o local onde se presta o primeiro atendimento médico.3) Deve localizar-se na orla anterior da ATC ou da AT, quando

centralizada, em local de fácil acesso e de fácil localização.(c) Posto de coleta de mortos (P Col Mor)

1) É operado por elementos do grupo do S1 do pelotão decomando, auxiliados por elementos do grupo de suprimento classe V do pelotãode suprimento.

2) É o local onde os mortos são preparados para a evacuação,juntamente com os despojos, e preparada a documentação relativa.

3) Deve estar localizado próximo do posto de remuniciamentoavançado, fora das vistas dos transeuntes e afastado das demais instalações.

(d) Posto de distribuição de suprimento classe I (P Distr Cl I)1) É operado pela seção de controle geral de suprimentos do

pelotão de suprimento.2) Deve estar localizado próximo e em posição central em relação

às cozinhas, afastado do P Col Mor e em local de solo limpo e firme. Sempre quepossível deverão ser aproveitadas edificações existentes.

3) Nas operações ofensivas, normalmente, estará localizado naATE, e nas operações defensivas na ATC.

(e) Posto de distribuição de suprimento classe III (P Distr Cl III)1) É operado por elementos do grupo de suprimento do pelotão

de manutenção e transporte.2) É o local onde são abastecidas as viaturas da unidade.3) Deve estar afastado do posto de remuniciamento (P Remn), em

local de fácil acesso e próximo à área de manutenção e de estacionamento deviaturas. Poderá ser localizado na ATE. Normalmente, nas operações defensivas,localiza-se na ATE, e nas operações ofensivas na ATC.

(f) Área de estacionamento e manutenção de viaturas e armamento1) É operada pela seção de manutenção do pelotão de manuten-

ção e transporte.2) É o local onde é executada a manutenção de primeiro, segundo

e, caso o batalhão tenha recebido uma seção leve de manutenção em reforço ouapoio direto, de terceiro escalão nas viaturas e armamentos da unidade.

3) É o local onde são estacionadas as viaturas pertencentes aoselementos da ATC.

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4) Deve ser localizada em local amplo, coberto, de fácil acessoe de boa trafegabilidade.

(g) Área de cozinhas1) É operada pelos grupos de apoio direto de suprimento classe I

da seção de apoio direto de suprimento classe I do pelotão de suprimento.2) É o local onde são instaladas as cozinhas, quando centraliza-

das, e onde é preparada a alimentação.3) Deve ser localizada em local coberto, próximo à fonte de água

e distante do P Col Mor.4) Devem ser escolhidos locais de consumo próximos às cozi-

nhas, para os integrantes da ATC.5) Nas operações ofensivas, normalmente, estará localizada na

ATE, e nas operações defensivas na ATC.(h) Outras instalações poderão se localizar na ATC, dependendo do

estudo de situação do S4.

Fig 10-1. Área de Trens de Combate

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DIMENSÕES Aprox: 500 x 600 mÁrea Aprox: 0,3 km2

A Mnt Vtre Armt

A EstacVtr

LocalCoz

522 Mtz

522 InfMtz

Distr

Rem A

522 InfMtz

Distr

522 InfMtz

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h. Área de trens de estacionamento - ATE(1) A ATE, normalmente, se localiza na área de retaguarda do Esc Sp,

próxima da área de apoio logístico (A Ap Log) e fora desta.(2) Em algumas situações quando há necessidade de se adotar medidas

de segurança mais acentuadas, os TE poderão localizar-se no interior da A Ap Logdo Esc Sp ou numa S A Ap Log, ocupando, neste caso, sua orla anterior. Istoocorrerá, comumente, nas operações defensivas.

(3) Tendo em vista as necessidades de dispersão dos trens, a ATE nãodeve ter dimensões inferiores a 500 x 1000 m.

(4) Por motivo de segurança a ATE deve se localizar a uma distância alémdo alcance das armas de tiro curvo orgânicas da unidade inimiga em contato

(5) O local exato das instalações logísticas é escolhido pelo comandanteda ATE, assessorado pelos responsáveis pelas instalações.

(6) Normalmente são desdobradas na ATE as seguintes instalações:(a) Posto de remuniciamento recuado (P Remn R)

Segue os mesmos preceitos relativos ao P Remn A.(b) Posto de coleta de salvados (P Col Slv)

1) É operado pela seção de manutenção do pelotão de manuten-ção e transporte.

2) É o local onde é reunido o material salvado e capturado paraposterior evacuação.

3) Deve se localizar próximo ao E Sup Ev e em local amplo.(c) Posto de distribuição de suprimento classe I (P Distr Cl I)

Segue os mesmos preceitos relativos à sua localização na ATC.(d) Posto de distribuição de suprimento classe III (P Distr Cl III)

Segue os mesmos preceitos relativos à sua localização na ATC.(e) Área de cozinhas;

Segue os mesmos preceitos relativos à sua localização na ATC(f) Área de estacionamento de viaturas e de manutenção de arma-

mento e viaturas.1) É operada por elementos seção de manutenção do pelotão de

manutenção e transporte e pela seção leve de manutenção do pelotão leve demanutenção da companhia logística de manutenção do batalhão logístico, casoseja recebida em apoio direto ou reforço.

2) É o local onde é executada a manutenção de primeiro, segundoe terceiro escalões nas viaturas e armamentos da unidade.

3) Deve ser localizada em local amplo, coberto, de fácil acessoe de boa transitabilidade.

4) É o local onde são estacionadas as viaturas da unidade.(g) Outras instalações.

1) Local de atendimento de feridos e doentes - É o local onde sãoprestados os primeiros socorros aos feridos e doentes das frações da Cia C Apque estiverem próximas e aos elementos da ATE.

2) Outras instalações poderão localizar-se na ATE, dependendodo estudo de situação do S4.

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Fig 10-2. Área de Trens de Estacionamento

i. Área de trens única(1) O Btl poderá reunir seus meios em uma área de trens única (AT).

Neste caso, o desdobramento das instalações logísticas seguirá o previsto paraATE e ATC.

(2) Neste caso haverá apenas um posto de remuniciamento, tomando-seo cuidado de não centralizar os meios em um único local, e apenas uma área demanutenção de viatura e armamento e de estacionamento de viaturas.

10-7

C ApMtz

A Mnt Vtre Armt

Distr

LocalCoz Distr

522 InfMtr

522 InfMtr

522 InfMtr

522 Mtr

A EstacVtr

MBL Sl V

Ban

Lav

DIMENSÕES Aprox: 600x1.000 mÁrea Aprox: 0,6 km

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Fig 10-3. Área de Trens

j. Controle(1) O S4 é o responsável, perante o Cmt, pelo controle dos trens da

unidade. Ele estuda continuamente a situação, a fim de propor a oportunidade dodeslocamento dos trens, de maneira a facilitar o apoio às operações.

(2) Após a decisão de realizar um deslocamento, o S4, em coordenaçãocom o S3, aciona o reconhecimento dos itinerários e das novas áreas e expedea ordem de deslocamento, normalmente verbal.

(3) Em princípio, o Cmt dos TE é o Cmt da Cia C Ap e dos T Cmb é o SCmtCia C Ap.

(4) A esses oficiais caberá determinar a localização específica de cadaelemento na respectiva área de trens, bem como a responsabilidade pelaexecução dos deslocamentos, o controle e a segurança dos trens.

(5) Quando reunidos, os trens do Btl ficarão sob o controle direto dopróprio Cmt da Cia C Ap.

l. Segurança dos Trens(1) A segurança dos trens, de responsabilidade de seus Cmt, normal-

mente será realizada pelos seus próprios elementos, utilizando-se dos princípiosda defesa cabíveis.

(2) A segurança afastada, normalmente, é obtida pela localização dostrens próximos ou dentro do perímetro de segurança dos elementos de combatee da reserva.

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DIMENSÕES Aprox: 500 x 1.000 mÁrea Aprox: 0,5 km2

A Mnt Vtre Armt

A EstacVtr

LocalCoz

C ApMtz

522 InfMtz

Rem R 522 Mtz

Distr

Distr

Slv

BanLav522 Inf

Mtz

MB

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m. Trens das subunidades(1) Os trens das subunidades (TSU) são constituídos pelos elementos da

seção de comando, os elementos de manutenção do Pel Mnt, turmas deevacuação do Pel Sau e as turmas de aprovisionamento do Pel Sup, quandodistribuídos em Ref ou Ap Dto.

(2) Parte dos TSU, não necessária ao apoio imediato às operações dasubunidade, pode se desdobrar à retaguarda, na ATC ou ATE do Btl.

(3) A área de trens de subunidade (ATSU) deve medir, no mínimo, 50 x100 m, para permitir uma dispersão adequada e consta das seguintes instalaçõese áreas:

(a) refúgio de feridos;(b) área de estacionamento e Mnt de Vtr e Armt, se for o caso;(c) P Remn SU;(d) cozinhas.

n. Quadro resumo das instalações das áreas de trens

10-7

csE goLpAedtsnI OÃÇAZILACOL SEÕÇAVRESBO

EMON

U

N

I

D

A

D

E

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IlCrtsiDP ETAuoCTA otnemanoicnufodeacitátoãçautisadednepedcoL.sahnizocsad

IIIlCrtsiDP ETAuoCTA .pOedopitodednepedcoL

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dcRnmeRP ETA amuelaregnuMed,qbRmoc,ENTrtVamuiussoP.eMtrMnuMmocqbRmoc,ENTrtV

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10-8. EIXO DE SUPRIMENTO E EVACUAÇÃO (E Sup Ev)

a. E Sup Ev é a estrada, caminho ou, eventualmente, uma direção,selecionada para unidade, através da qual deverá ser executado o grosso dasatividades de suprimento e evacuação da sua responsabilidade.

b. O E Sup Ev se estende da ATE do Btl à ATSU que realiza o esforçoprincipal, passando pela ATC. Ramifica-se, de acordo com as necessidades, paraos demais elementos de primeiro escalão.

c. O Btl é responsável pela segurança do seu E Sup Ev.

d. No ataque, para evitar possível interrupção do remuniciamento, pode serfixado um eixo de remuniciamento que indica o deslocamento previsto para osP Remn do Btl. O eixo de remuniciamento pode coincidir como o E Sup Ev, e comoeste, ser balizado por uma estrada, caminho ou eventualmente uma direção

10-9. PROCESSOS DE DISTRIBUIÇÃO DE SUPRIMENTOS

a. Os processos de distribuição normais são o de entrega na unidade e nainstalação de suprimento.

(1) No processo de entrega na unidade a instalação provedora do Esc Spsupre, com seus meios, os elementos subordinados, entregando os suprimentosem suas instalações logísticas.

(2) No processo de entrega na instalação de suprimento a unidade, comseus próprios meios, desloca-se para a instalação provedora do Esc Sp, a fim deapanhar o suprimento necessário.

b. Os processos especiais de distribuição de suprimento são reserva móvel,suprimento aéreo, comboio especial de suprimento e posto de suprimento móvel.

(1) A reserva móvel consiste no suprimento necessário para umadeterminada missão ou operação, acompanhando uma determinada unidade,subunidade ou até uma fração, embarcado em viaturas da instalação ou daunidade provedora.

(2) O suprimento aéreo consiste no transporte aéreo do suprimento quepoderá ser lançado de pára-quedas ou depositado no solo com o pouso dasaeronaves.

(3) O comboio especial de suprimento consiste no transporte dosuprimento, executado com os meios da instalação ou da unidade provedora, atéum ponto predeterminado, onde o suprimento será entregue.

(4) O posto de suprimento móvel consiste no transporte de suprimentoatravés de viaturas, com tambores e camburões, que acompanham as SU porlanços. Normalmente é utilizado quando há falta de segurança no eixo desuprimento.

c. Os processos de distribuição de suprimento poderão ser combinados,dependendo da manobra logística executada.

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10-10.PONTO INTERMEDIÁRIO LOGÍSTICO

a. Pontos Intermediários Logísticos (PIL) são pontos de encontro entre oselementos apoiado e apoiador, previamente selecionados e eventualmente esta-belecidos, onde são realizadas diversas tarefas das atividades logísticas (princi-palmente suprimento e evacuação), visando assegurar a continuidade do apoio emdeterminada operação por força de aumento da distância de apoio, existência deobstáculos ao fluxo ou quando a situação impuser.

b. A localização e adoção eventual do PIL será determinada pelo S4,baseado no estudo da situação tática e logística e na necessidade de segurançapara a operação de suprimento planejada.

c. Em princípio, a manobra logística deverá estabelecer para o pontointermediário logístico:

(1) As atividades logísticas a serem desenvolvidas, bem como o desdo-bramento ou não de instalações logísticas.

(2) Localização(a) O PIL deverá ser localizado entre as áreas de trens (ATE, ATC,

ATSU).(b) Sua localização deverá ser feita em local de fácil acesso e com

dimensões que permitam a necessária dispersão das viaturas e a realização dasatividades logísticas determinadas. Sempre que possível, a localização do PILdeverá ser nítida na carta e no terreno.

(c) A localização do PIL deverá ser alterada constantemente, paracada período de operações, a fim de dificultar a sua localização pelo inimigo.

(d) Deverá ser prevista a utilização de meios que facilitem a localiza-ção dos PIL (guias, P Ct, P Lig, etc).

(3) Hora/Horário(a) Deverá ser estabelecida a hora de abertura do PIL ou a ordem para

tal.(b) O S4 poderá estabelecer, também a hora, ou horário, que cada

subunidade deverá chegar ao PIL ou uma hora única para todas as SU. A situaçãotática deverá determinar o processo a ser utilizado.

(4) PIL alternativo - Deverá ser previsto um (ou mais de um) PIL alternativopara, caso a situação tática evolua ou a atuação do inimigo torne o local do PILprincipal inseguro para as atividades logísticas, os meios e o efetivo envolvidopossam ser transferidos para um local onde a operação possa ser realizada comsegurança.

(5) Coordenador da Operação de Pacotes Logísticos (Pac Log) no PIL(a) O S4 estabelecerá, na manobra logística, quem será o coordena-

dor das atividades no PIL.(b) O coordenador do PIL deverá possuir autoridade para cancelar,

transferir ou alterar a operação e modificar procedimentos e medidas de segurançaprevistas nas NGA ou na manobra logística, conforme a situação o exigir.

(6) Segurança - Se as NGA do Btl não estabelecerem, o S4 deverá preverna manobra logística as medidas de segurança e os procedimentos necessáriospara a proteção do PIL durante seu funcionamento.

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10-11.PACOTES LOGÍSTICOS

a. O apoio aos elementos de 1º escalão poderá ser executado através daentrega de Pac Log às SU.

b. Pac Log poderão ser utilizados quando o BI Mtz estiver realizandooperações de movimento (M Cmb, Mvt Retrógrado, etc) ou quando uma SU estivermomentaneamente isolada (P Avç C, Op Amv, etc)

c. Os Pac Log são o conjunto de suprimentos necessários para umasubunidade, em determinado período de tempo, normalmente para uma jornadacompleta, e para determinada operação de combate, mais as viaturas logísticasda SU C Ap para transportá-los até a SU.

d. O Cmt Pel Sup é o oficial encarregado do planejamento das operaçõesde Pac Log, conforme as orientações recebidas do S4. Ele coordena estasoperações com o Cmt Cia C Ap (coordenador das atividades no PIL)

e. Os Pac Log são organizados no B Log mediante solicitação, padroniza-dos por SU e por tipo de operação de combate.

f. De posse das informações transmitidas pelas SU, contendo suasnecessidades para a operação ou para a jornada seguinte, o Cmt Pel Sup introduzas modificações necessárias nos Pac Log padronizados, adequando-os àsnecessidades de cada SU.

g. A entrega dos Pac Log às SU dependerá, em princípio, da situação táticae logística existente. Poderão ser entregues a qualquer hora, conforme a urgênciae a necessidade. Para detalhes comuns acerca da organização de Pac Logconsultar o manual C 17-20 - FORÇAS TAREFAS BLINDADAS.

10-12.OUTROS PROCESSOS DE SUPRIMENTO

a. O procedimento de pré-posicionamento de suprimentos poderá serutilizado, principalmente na defensiva e nos movimentos retrógrados, conformeestudo de situação do S4.

b. Os suprimentos necessários a determinada posição defensiva ou deretardamento de uma SU serão pré-posicionados no campo de batalha, paraagilizar o apoio logístico ou por medidas de segurança.

10-13.ATIVIDADE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO

a. Generalidades(1) Suprimento é a atividade logística que trata da previsão e da provisão

do material necessário às organizações e forças militares. O termo suprimentopode, também, ser empregado com o sentido geral de item, artigo ou materialnecessário para equipar, manter e operar uma organização militar.

(2) Fluxo de suprimento é o processo cíclico que se inicia com o pedido

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de determinado artigo de suprimento e termina com sua distribuição ao usuário.(3) O Cmt Btl é o responsável pelo suprimento inicial e pelo recompletamento

de todas as classes de suprimento para sua unidade, assim como pela suadistribuição.

(4) Classes de suprimentos - No sistema de classificação militar omaterial é grupado em dez classes de suprimento para fins de planejamento e deadministração, que são os seguintes:

(a) classe I - material de subsistência;(b) classe II - material de intendência;(c) classe III - combustíveis e lubrificantes;(d) classe IV - material de construção;(e) classe V - armamento e munição (inclusive químico, biológico e

nuclear);(f) classe VI - material de engenharia e cartografia;(g) classe VII - material de comunicações, eletrônica e informática;(h) classe VIII - material de saúde;(i) classe IX - material de motomecanização e aviação; e(j) classe X - material não incluído nas outras classes (cartas e

mapas, água, impressos e publicações e outros).As classes II, IV, V (armamento), VI, VII, IX e X possuem itens de

suprimentos com características bem diversas: produtos acabados e peças econjuntos de reparação, que são tratados de modo distinto.

(5) Sempre que possível, é utilizado o processo de distribuição desuprimento na unidade. Entretanto, é freqüente, também, a distribuição eminstalação de suprimento, combinando-se assim o emprego dos meios detransporte do B Log e da unidade.

(6) Eventualmente, em função das características da operação ou dascondições da região de operações, o batalhão poderá receber os seus suprimen-tos através de processos especiais de distribuição de suprimento, como: comboioespecial de suprimento, posto de suprimento móvel, reserva móvel e suprimentopor via aérea. Maiores detalhes sobre os processos especiais de suprimento sãoencontrados no manual C 100-10 - LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE.

b. Suprimento Classe I - Material de subsistência(1) O consumo ocorre numa proporção quase invariável que não depende

do terreno, das operações táticas em curso ou da atuação do inimigo. Estauniformidade de consumo permite o estabelecimento e a distribuição de raçõesbaseados simplesmente nos efetivos a alimentar.

(2) Ração - É a quantidade de alimentos necessária para manter umhomem durante um dia.

(3) Ciclo de ração(a) É o período de 24h durante o qual a ração vai ser consumida. Em

campanha começa, normalmente pelo jantar (do dia anterior), compreendendo as3 (três) refeições: jantar, desjejum e almoço.

(b) O ciclo iniciando com a refeição do jantar, permite mais tempopara o loteamento, preparo e entrega do suprimento e maior segurança.

(4) Intervalo de ração - É o intervalo decorrido entre o pedido e o consumo

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do Sup Cl I. É fixado pela Bda, sendo que para o Btl o intervalo normal é de 4(quatro) ou 5 (cinco) dias:

INTERVALO DE RAÇÃO

Pedido Rcb/Distr Cns Cns

D-3 D-2 D-1 D

(5) Tipos de ração - As rações utilizadas pelas forças armadas apresen-tam-se sob as seguintes formas de rações operacionais:

(a) Ração Normal1) É constituída de alimentos perecíveis e não-perecíveis, com-

preendendo gêneros em estado natural que devem ser preparados para oconsumo.

2) Destina-se a alimentar um homem em regime de trabalhocontinuado, por um período de vinte e quatro horas. Empregada sempre que asituação tática permitir a utilização de cozinha. É fornecida para o efetivoexistente. Destina-se ao consumo imediato, podendo, excepcionalmente, serestocada por quarenta e oito horas.

(b) Ração Coletiva de Campanha - É constituída por alimentosenlatados ou equivalentes. Sua composição é semelhante à da ração normal,sendo que os gêneros perecíveis são substituídos por outros previamentepreparados e devidamente acondicionados. Destina-se a alimentar um efetivodeterminado de homens durante vinte e quatro horas. Será consumida quando asituação tática não permitir a utilização da ração normal. Com a finalidade de seevitar a monotonia alimentar seu consumo fica, em princípio, limitado a dez diasconsecutivos. É fornecida para o efetivo existente.

(c) Ração Individual de CombateÉ constituída de três refeições para um homem, acondicionadas

separadamente, com grande prazo de validade. Será consumida em combate,deslocamentos e marchas, quando a situação tática não permitir a utilização dasrações normais ou coletivas de campanha. Devido às suas características, e coma finalidade de se evitar a monotonia alimentar, deve-se, em princípio, limitar otempo de consumo da ração a três dias consecutivos. Compõe a reserva orgânicade suprimento classe I da Bda e, nesse caso, é fornecida de acordo com o efetivoprevisto no quadro de organização da unidade. A ração individual de combate podeser de vários tipos, adequando-se às condicionantes impostas pelo ambienteoperacional onde será consumida.

(e) Ração de Equipagem - A ração de equipagem é constituída degêneros à semelhança da ração normal e destina-se a alimentar, em campanha,um número determinado de homens durante um período determinado de dias.Será empregada durante um período limitado, por pequeno grupo de homensatuando isoladamente, quando a situação tática não permitir o fornecimento deoutras rações e seja possível a utilização de meios de fortuna para a suaconfecção.

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(f) Alimentação de Emergência (AE) - É constituída de uma refeiçãoda ração individual de combate. Destina-se a alimentar um homem em situaçãode emergência, de curta duração. Constitui-se na reserva individual do combaten-te, para o consumo mediante ordem. É fornecida para o efetivo existente.

(6) Escalonamento das rações(a) A distribuição das rações dentro da GU permite assegurar a

alimentação da tropa por determinados períodos, quando por qualquer eventuali-dade, for interrompido o fluxo de suprimento.

(b) É normal, o homem manter consigo uma ração AE, que não façaparte da reserva orgânica.

(c) Com a SU, U e B Log de acordo com o quadro que se segue:

(7) Reserva orgânica de Sup Cl I(a) É a quantidade de suprimento existente e não destinado ao

consumo imediato. Pertence à Bda e é constituída de 4 (quatro) raçõesoperacionais.

(b) O Btl e Cia não tem reserva orgânica, eles transportam parte dareserva da Bda.

(c) As rações operacionais poderão ser consumidas sem autoriza-ção. Após o consumo faz-se o pedido para recompletar a reserva orgânica.

(d) Caso haja previsão de consumo, o Btl poderá solicitar suprimentoextra antecipadamente (além da reserva orgânica).

(8) Fluxo do Sup Cl I(a) Sempre que possível não haverá pedido de Classe I, pois o

suprimento será automático, compreendendo as rações necessárias para oconsumo imediato e se baseará no efetivo existente informado a partir do sumáriodiário de pessoal (SUDIPE)

(b) O reajustamento do número de rações será regulado nos planose ordens logísticas.

(c) O Btl fará um pedido eventual nas seguintes situações:1) necessidade de recomposição de sua reserva orgânica, quan-

do for atingido um nível mínimo previsto nos planos e ordens de Ap Log;2) necessidade de recomposição do número de AE;3) quando o tipo de ração a ser consumida em cada uma das três

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mlE lacoL oãçaR edaditnauQ

US rtV lanoicarepO ovitefeoarapoãçaramUUSadotsiverp

UzoCrtV )lamron(1R ovitefeoarap3/21a3/2

USadetnetsixe

U/snerT lanoicarepO ovitefeoarapoãçaramUUadotsiverp

goLB puSgoLaiC lanoicarepO ovitefeoarapseõçarsauDadBadotsiverp

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refeições de um ciclo de ração não for a ração prevista;4) quando o excesso de rações comprometer a capacidade de

transporte ou a mobilidade; e5) quando for julgado, por outra razões, estritamente necessário.

(d) O Btl saberá o efetivo de cada uma das subunidades e teráconhecimento, antes delas da situação tática prevista, o que ditará o tipo de raçãoa ser consumida. Normalmente, durante o combate, as rações a serem consumidaspelos elementos de 1º escalão serão as rações operacionais. A ração normal seráconsumida, sempre que possível nas Z Reu ou nas situações estáticas docombate.

(e) O pedido eventual de ração é preparado pelo Gp Sup/Pel Supinstalado no P Distr Cl I. O S4 encaminha o pedido ao B Log nele constando aunidade, quantidade e tipo de ração.

(9) Distribuição(a) A distribuição normalmente se fará pelo processo de entrega na

unidade (no P Distr Cl I/Btl.), onde o Gp Sup/Pel Sup, recebe, loteia e distribui àsrespectivas cozinhas para o preparo e posterior distribuição às subunidades paraconsumo.

(b) As viaturas cozinhas poderão cerrar à frente para a distribuição àssubunidades

(c) Dependendo da situação pode-se combinar vários processos dedistribuição.

(10) Controle das cozinhas(a) O controle das cozinhas compreende, em princípio, a supervisão

do emprego dos equipamentos, do pessoal e das viaturas das cozinhas decampanha.

(b) As cozinhas normalmente ficarão centralizadas sob o controlebatalhão (na ATE, ATC ou AT/U) ou excepcionalmente descentralizadas sob ocontrole das SU (na AT/SU)

(11) Fatores para a localização das cozinhas(a) Para localizar as cozinhas na ATE, ATC, ATU ou na AT/SU

considerar o seguinte:1) de preferência o mais próximo da tropa possível;2) situação tática;3) frente distribuída a unidade (maior - descentralizar);4) existência de cobertas e abrigos;5) rede de estradas (ruim - cozinha à frente);6) possibilidade de utilização de viatura na distribuição das

refeições;7) observação e fogos do inimigo;8) tipo de ração empregada; e9) considerações logísticas (indisponibilidade de viaturas, e/ou

fogões - centralizar).(12) Controle pelo Btl - centralizadas

(a) Vantagens1) máxima flexibilidade e eficiência, facilitando a distribuição das

rações (fogões juntos);

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2) não há sobrecarga logística à SU (O Cmt fica ligado na partetática);

3) maior segurança para o pessoal de rancho;4) o Btl pode utilizar as viaturas cozinha para outros fins;5) o Of Aprov pode fiscalizar o funcionamento das cozinhas.

(b) Desvantagens- mais difícil preparar e difundir o Plano de Alimentação;- o alimento não é servido tão quente e, em decorrência disso,

nem com o melhor sabor possível;- as SU não podem utilizar a Vtr cozinha para outros fins.

(13) Controle pelas companhias (descentralizadas) - Utilizado somentequando as companhias estiverem em operações descentralizadas, recebendo,então, os grupos de apoio direto de suprimento classe I em reforço.

(14) Plano de Alimentação - É um documento informal que reúneinstruções, integrantes do plano de suprimento do Btl. Essas instruções,geralmente, são expedidas por meio de ordens fragmentárias, destinadas afornecer informações relativas ao quando e como a alimentação será distribuídano âmbito da unidade.

(15) Distribuição das refeições(a) A distribuição das refeições e da água para consumo será em

função da situação tática, podendo ser durante o dia ou durante a noite. Ambassão, geralmente, transportadas para os locais de rancho das companhias emviaturas com reboque. Em terrenos acidentados, equipes podem ser necessáriaspara o transporte a braço.

(b) Processos de distribuição das refeições1) Processo de entrega na SU - As refeições são levadas pelo

batalhão até os locais de rancho das Cia.2) Processo de entrega no posto de distribuição de suprimento

classe I (P Distr Cl I) - As Cia recebem ordens de enviar suas viaturas aos trensde estacionamento para apanhar as refeições.

3) Processo combinado - As viaturas das cozinhas levam asrefeições até um ponto avançado, onde são baldeadas para as viaturas dascompanhias, que as levarão até os respectivos locais de rancho.

(c) Muitas vezes a situação tática não permitirá que um ou maispelotões venham ao local de rancho da companhia. Quando isto ocorrer, asrefeições serão levadas até as posições em viaturas ou por faxina, de acordo como plano de alimentação da SU.

(d) O Cmt Cia escolhe o local de rancho de sua subunidade, procu-rando preencher os seguintes requisitos: oferecer conforto à tropa, ser acessívelpara viaturas, suficientemente espaçoso para permitir a dispersão da tropa,oferecer cobertas contra a observação inimiga e abrigo contra armas de tiro tenso.Esse local, por razões de segurança, deve estar próximo aos trens da Cia.

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Fig 10-4. Fluxo de Suprimento Classe I

c. Suprimento Classe II - material de intendência(1) O suprimento classe II é composto por fardamento, equipamento

individual, material de acampamento, material de rancho, material de alojamentoe material de escritório.

(2) Pedido(a) O pedido tem a finalidade de recompletamento e é feito sem

formalidade das SU para o Btl.(b) O Pel Sup consolida os pedidos e encaminha ao B Log que o envia

à instalação do Esc Sp que presta o apoio.(c) Tratando-se de emergência, o B Log poderá suprir o Btl imedia-

tamente, fazendo uso da sua reserva orgânica.(3) Distribuição

(a) O suprimento é enviado diretamente da instalação do Esc Sp queapóia (Gpt Log A) para o P Distr outras classes na A Ap Log/Bda.

(b) Eventualmente pode ser enviado diretamente do Ex Cmp àunidade ou SU.

(c) As viatuas da unidade que passarem pela A Ap Log/Bda poderãoreceber o Sup Cl II no P Distr outras classes.

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Fig 10-5. Fluxo de Suprimento das Classes II, IV, VI e VII

d. Suprimento Classe III - Combustíveis, óleos e lubrificantes.(1) O P Distr Cl III do Btl é composto por uma ou mais viaturas cisterna,

camburões e tonéis de combustível, vasilhames de óleos para motor, deengrenagens e de graxas lubrificantes.

(a) O abastecimento das viaturas cisterna e dos camburões e tonéisdeverão ser realizados por troca, visando à rapidez.

(b) Durante o deslocamento da viatura cisterna, o P Distr Cl IIIfunciona mediante utilização de camburões e tonéis colocados sobre as viaturasda unidade.

(2) Abastecimento das cozinhas(a) Quando o P Distr Cl III estiver na ATE, as cozinhas da ATE

apanharão seu combustível na própria instalação. As cozinhas da ATC receberãoo seu combustível na própria ATC mediante troca de camburões ou tonéis,recebidos da ATE.

(b) Quando o P Distr Cl III estiver na ATC, as cozinhas da ATCapanharão seu combustível na própria instalação. As cozinhas da ATE receberãoo seu combustível na própria ATE, mediante troca de camburões ou tonéis,aproveitando-se do deslocamento de outras viaturas para a ATC, ou do Esc Sp.

(3) Caso necessário o Btl poderá calcular sua estimativa de consumo.Este cálculo varia em função das Unidades Carburante (UC), que é a quantidadede combustível correspondente ao consumo médio de 1 (uma) viatura ou de 1(uma) fração ou unidade em um deslocamento de 100 quilômetros.

(4) Para efeito de cálculo deve-se levar em consideração o consumocorrespondente ao deslocamento, ao aquecimento, ao suprimento e às cozinhas,orgânicos e das frações e SU em reforço, utilizando o formulário a seguir:

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(a) Deslocamento- Cns (Estr) = UC x D (através de estrada)

100- Cns (Cmp) = UC x D x 2,5 (através campo ou estradas

desfavoráveis) 100- Cns (Ref) = UC x D x n (número de viaturas em reforço)

100(b) Aquecimento (Dsloc interior Estac, Rec, Aqc, Etc.)

- Cns (Aqc) = UC x 15 (Só Vtr recebidas há mais de 3 horas)100

(c) Suprimentos (por jornada)- Cns (Sup) = UC x 0,2 x DMS (0,2 20% Vtr são utilizadas nos Sup)

100(Distância Média de Suprimento = 2 x média aritmética das Dist Sup)

(d) Para efeito de cálculo de consumo com suprimentos é conside-rada a UC orgânica e em reforço. Se a unidade receber fração ou SU em reforçoo valor da UC da SU ou fração recebida será computado. Se a unidade recebeuapenas viaturas em reforço a UC destas não será computada.

(e) A distância média de suprimento (DMS) pode ser calculadamedindo-se as distâncias a serem percorridas entre as instalações logísticas quea unidade irá percorrer com suas viaturas.

(f) O consumo das cozinhas é por jornada. É obtido multiplicando-seo consumo diário das cozinhas pelo número de cozinhas existentes, orgânicase das subunidades recebidas em reforço.

(g) O consumo total é traduzido pelo somatório dos consumosparciais e deverá ser calculado por tipo de combustível utilizado pela unidade.

(h) O consumo com lubrificantes é de 2% do consumo (total), paraóleo de motor, 10% do óleo de motor para o óleo para engrenagens e 10% do óleode motor (em Kg) para a graxa lubrificante.

(i) Derrame, evaporação, quebra, etc, não são levados em conta parao escalão unidade.

(j) Aproximação: os resultados em combustível, óleos, graxas elubrificantes, serão aproximados para as unidades imediatamente superiores,sejam litros ou quilogramas.

(l) Batalhão estacionado: quando o Btl estiver em Z Reu ou quandonão realizar movimentos (sem estar em contato com o inimigo) a necessidadediária será única eliminando-se todas as parcelas. O valor dessa necessidadeserá de 900 litros.

(5) Fluxo Sup Cl III(a) Normalmente, toda viatura que entrar na área de trens ou na área

de apoio logístico da brigada se dirige ao(s) P Distr Cl III, onde será reabastecida.(b) No âmbito do Btl o suprimento é feito de maneira simples e

funcional, toda viatura que entrar na área de trens onde estiver instalado o P DistrCl III recompleta o tanque e enche seus camburões. Operando com regime detanque pleno.

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(c) Normalmente, o Btl não faz pedido de suprimento classe III. Esteserá distribuído por um dos processos de distribuição de suprimento. O S4 enviaà Bda o relatório diário da situação, confeccionado pelo grupo de suprimento dopelotão de manutenção e transporte, que indica o combustível existente em suacisterna.

(d) Quando o nível de combustível da(s) cisterna(s) da unidade atingiro mínimo estabelecido; a Vtr cisterna se deslocará para o posto de distribuiçãode suprimento classe III, localizado na área de Ap Log da Bda, onde seráreabastecida ou trocada por uma outra viatura cisterna cheia, retornando a seguirpara a unidade; ou o batalhão logístico deslocará, para o posto de distribuição desuprimento classe III da unidade, uma viatura cisterna cheia para completar o seunível de combustível ou para ser trocada pela viatura cisterna vazia, completandoo fluxo. (Fig 10-6)

Fig 10-6. Fluxo de Suprimento Classe III - Processo de Entrega na Unidade

(e) Somente para operações de grande consumo, ou quando deter-minado, o Btl faz cálculo de suas necessidades.

(f) No que diz respeito a graxas e lubrificantes, ao esvaziar um ou maisrecipientes de graxa e lubrificante, o grupo de suprimento, que opera o P DistrCl III do Btl, envia-os ao P Distr Cl III da brigada (Fig 10-7), onde o ressuprimentoé feito mediante a simples troca do recipiente vazio pelo cheio, ou será informadoao Esc Sp para que este realize o ressuprimento por entrega na unidade, tambémpor simples troca.

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(1) Entrega de Sup Cl III - Camburões/Tonéis.(2) Abastecimento de cisternas ou troca de viaturas cisterna.

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Fig 10-7. Fluxo de Suprimento Classe III - Processo de Entrega na Instalação deSuprimento

(6) Processos especiais utilizados na distribuição de suprimento classe III(a) Posto de suprimento móvel - As viaturas, com tambores e

camburões, acompanham as subunidades por lanços. Utilizado quando há faltade segurança no eixo de suprimento.

(b) Reserva móvel - Uma viatura cisterna é passada em reforço aobatalhão. Utilizado quando há possibilidade de interrupção do fluxo de suprimentono eixo.

(c) Suprimento aéreo - O suprimento poderá ser lançado por pára-quedas ou transportado por aeronaves até o local das subunidades.

e. Suprimento Classe IV - material de construção; Classe VI - materialde engenharia e cartografia e Classe VII - material de comunicações,eletrônica e informática.

(1) Fluxo e distribuição idênticos ao Sup Cl II.(2) O material de fortificação é distribuído pelo processo de entrega na

unidade.(3) O material de engenharia normalmente é recebido pelo Btl da Bda ou

diretamente do Ex Cmp, mediante planejamento antecipado das necessidades.(4) Normalmente o Btl recebe da Bda ou diretamente do Ex Cmp,

mediante planejamento antecipado, o material que necessita da Cl VII.

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(1) Viaturas que passam pela ATE abastecem.(2) Viatuas cisterna reabastece ou é trocada.

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f. Suprimento Classe V (Mun).(1) O Btl poderá desdobrar o posto de remuniciamento (P Remn) em

P Remn R e P Remn A, em suas área de trens. No P Remn R deverá ficar a maioriado suprimento Cl V(munição) da unidade. Poderá, ainda, utilizar a técnica especialde distribuição de suprimento estabelecendo um ou mais PIL.

(2) Para a confecção do pedido formal de suprimento classe V (munição)são observadas a dotação orgânica, a munição necessária, a munição disponívele o consumo autorizado.

(a) Dotação orgânica (Dot O) - É a quantidade de munição, expressaem tiros por arma, transportada por uma unidade e constante do quadro deorganização (QO). Inclui a munição conduzida pelos homens, pelas viaturastransporte de armas das subunidades e pelo trem de munição. A conservação donível da DO é a chave do remuniciamento.

1) A munição é pedida, após consumida, para recompletar aDot O, exceto a munição para consumo imediato.

2) A Dot O garante à unidade munição suficiente para iniciar ocombate e sustentá-lo até que o remuniciamento, que normalmente é diário,possa ser realizado.

(b) Munição necessária - É a quantidade de munição, expressa emtiros por arma, calculada como sendo necessária para consumo nos diferentestipos de operação, durante 1 (um) dia. A estimativa é calculada pelo Esc Sp,baseado nas tabelas existentes.

(c) Munição disponível1) É a quantidade de munição, expressa em tiros por arma e por

dia, que o batalhão poderá receber para determinada operação, havendoremuniciamento normal.

2) Se a quantidade de munição disponível for menor que aquantidade de munição necessária, o batalhão poderá impor restrições aoconsumo, fixar quantidades diferentes para as subunidades ou solicitar umconsumo autorizado.

(d) Consumo autorizado - É a quantidade de munição, expressa emtiros por arma e por dia, cujo consumo é autorizado pela brigada, quando amunição necessária for maior que a quantidade de munição disponível. O Esc Spsó autorizará consumo se tiver a certeza de recompor a Dot O sem prejudicar asoperações futuras. Como o remuniciamento normal só fornece a muniçãodisponível, faz-se necessário um remuniciamento complementar; para completaros desfalques havidos na Dot O.

(e) Munição para consumo imediato - É a quantidade de muniçãopedida antes de ser consumida, fornecida além da Dot O. Deve ser consumida nas24 horas seguintes.

(3) Fluxo de Sup Cl V (Mun)(a) O processo de distribuição de suprimento classe V (munição) no

Btl poderá ser o de entrega na unidade, cabendo ao Esc Sp completar o nível demunição dos postos de remuniciamento do Btl, ou o de entrega na instalação desuprimento, cabendo ao Btl deslocar-se para a retaguarda para realizar seurecompletamento.

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(b) Processo de entrega na instalação de suprimento (Fig 10-8)1) As companhias fazem um pedido informal ao P Remn A. Suas

viaturas de transporte de arma se deslocam, então, ao P Remn A, para apanhara munição e, se for o caso, evacuar os mortos para o posto de coleta de mortosdo batalhão (P Col Mor/Btl), ou, ainda, as viaturas do trem de munição da unidadeentregarão a munição nos postos de remuniciamento das companhias (P Remn/Cia), podendo, também evacuar os mortos para o P Col Mor / Btl, localizado naATC. Para a distribuição do suprimento classe V (munição) pode-se utilizar,também, a técnica especial de estabelecimento de PIL, reduzindo, assim, asdistâncias entre os P Remn da U e das SU.

2) Quando o nível de munição do P Remn A cai, chegando ao nívelestabelecido pelo Esc Sp, sua viatura de munição desloca-se para o P Remn R,levando os mortos. No P Remn R é confeccionado, pelo grupo de suprimentoclasse V do pelotão de suprimento, um pedido formal de munição, denominadoOrdem de Transporte. De posse da Ordem de Transporte, a viatura desloca-separa o P Sup Cl V do Esc Sp.

3) Quando a viatura do P Remn A inicia seu deslocamento parao P Remn R, a viatura do P Remn R deixa parte da munição no P Remn R e desloca-se para o P Remn A, a fim de recompletar seu nível de munição, lá permanecendopara dar continuidade ao fluxo de suprimento.

4) Em seu deslocamento para o P Sup Cl V do Esc Sp, a viaturado P Remn A passa pelo posto de controle de munição (PCM), na área de apoiologístico da brigada (A Ap Log/Bda), às margens da estrada principal desuprimento (EPS), para que a Ordem de Transporte seja visada pelo oficial demunições da Bda, deixa os mortos no P Col Mor/Bda e prossegue vazia para oP Sup Cl V. O visto na Ordem de Transporte permite à brigada controlar o consumode suprimento classe V (munição) por parte dos batalhões.

5) No caso do Btl instalar somente um P Remn, o P Col Mor/Btldeverá localizar-se próximo àquela instalação.

6) Caso a Ordem de Transporte não seja completamente atendi-da, a viatura, antes de retornar para a ATE, deverá passar novamente pelo PCMda brigada, comunicando o fato.

7) Se necessário, o exército de campanha poderá instalar umposto de suprimento avançado (por exemplo, no aproveitamento do êxito).

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Fig 10-8. Fluxo de Sup Cl V (munição) - Processo de Entrega na Instalação deSuprimento

(c) Processo de entrega na unidade - O Btl poderá, conforme diretrizdo Esc Sp, receber o suprimento classe V (munição) pelo processo de entregana unidade.

1) As companhias fazem um pedido informal ao P Remn A. Suasviaturas de transporte de arma se deslocam ao P Remn A, para apanhar a muniçãoe, se for o caso, evacuar os mortos para o P Col Mor/Btl ou as viaturas do tremde munição da unidade entregarão a munição nos P Rem das subunidades,podendo, também evacuar os mortos para o P Col Mor/Btl.

2) Quando o nível de munição do P Remn A cai, é informado aoP Remn R, que confecciona o pedido formal, denominado Ordem de Transporte.

3) A Ordem de Transporte será encaminhada à Bda (PCM) eposteriormente ao posto de suprimento classe V (munição) do Ex Cmp.

4) De posse da Ordem de Transporte uma viatura supridora doEsc Sp desloca-se para o P Remn R, passando pelo PCM, na A Ap Log/Bda.

5) A viatura do P Remn A desloca-se para o P Remn R conduzindoos mortos do batalhão.

Quando a viatura do P Remn A inicia seu deslocamento para oP Remn R a viatura do P Remn R deixa parte da munição no P Remn R e desloca-se para o P Remn A, a fim de recompletar seu nível de munição, lá permanecendopara manter a constância do fluxo de suprimento.

6) Quando a viatura supridora chegar ao P Remn R irá recompletá-lo e receberá os mortos do Btl para serem evacuados para o P Col Mor/Bda, naA Ap Log, ou, simplesmente, será realizada a troca de viaturas, completando ofluxo.

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Fig 10-9. Fluxo de Suprimento Classe V (munição) - Processo de Entrega naUnidade

g. Suprimento Classe VIII - material de saúde(1) As subunidades pedem o suprimento classe VIII ao PS/Btl, localizado

na ATC, através de elementos do pelotão de saúde, sendo atendidas, sempre quepossível. O PS recompleta seu estoque por meio de pedidos informais ao P DistrCl VIII da brigada na A Ap Log/Bda. O P Distr Cl VIII/Bda atende aos pedidos daunidade e, por sua vez, envia seu pedido para recompletamento de estoque ou ospedidos das unidades que não puderam ser atendidos à instalação de saúde doEsc Sp que presta o apoio.

(2) A distribuição do Sup Cl VIII em combate não obedece a processospreestabelecidos. É feito informalmente através dos elementos de saúde. A trocado material é o processo utilizado normalmente pelos elementos de saúde paraa distribuição do suprimento.

h. Suprimento Classe IX - material de motomecanização e Cl V (Armt)(1) As peças e conjuntos de reparação e os produtos acabados de grande

vulto serão entregues diretamente na unidade solicitante normalmente mediantesimples troca.

(2) Os de pequeno vulto serão substituídos pela troca direta, medianteapresentação do material danificado, visando reaproveitamento de matéria prima.

(3) A Sec L Mnt apóia o Btl com peças de seus estoques e faz um pedidoao P Distr MB existente na A Ap Log/Bda, operado pela Cia Log Mnt, recompletandoseu estoque.

i. Suprimento Classe X - material não incluído em outras classes(1) Os suprimentos de ajudância geral que consistem de impressos

(exceto cartas e mapas) e publicações, são pedidos pelos canais usuais (viaS1) ao Esc Sp ou diretamente às organizações que possam fornecê-los (Ex.EGGCF).

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(2) Os manuais de campanha ou técnicos e publicações semelhantespodem ser fornecidos automaticamente às OM por iniciativa do Esc Sp.

(3) Sup de água.(a) A água sempre que possível é obtida de fontes locais. A Cia Log

Sup do B Log realiza o tratamento e distribuição da água aos consumidores (P SupÁgua).

(b) É geralmente distribuída com as refeições, embora não seja SupCl I.

(c) Se possível, um saco lister é instalado no local de rancho da SUe a água é distribuída aos Pel em camburões de 20 litros.

(4) Sup de cartas(a) As cartas e mapas são fornecidos pela Cia Log Sup. Normalmente

sua distribuição é feita através de listas de distribuição.(b) Cabe à Seção de Inteligência do Btl estabelecer planos e normas

para o material de cartografia, bem como coordená-lo e supervisioná-lo.

j. Artigos controlados e regulados - Os pedidos de suprimento dequalquer classe de artigos regulados e controlados seguem os canais decomando para aprovação. Após aprovados pelo Cmt com autoridade para tal, osuprimento, no âmbito da Bda, é fornecido pelo B Log.

10-14.SUPRIMENTO PARA A POPULAÇÃO CIVIL

a. Incluem os artigos destinados à manutenção das condições mínimas devida, tais como: alimentos, medicamentos, roupas e os destinados a ajudaeconômica.

b. A obtenção dos suprimentos para a população poderá ser feita porintermédio dos canais normais, quando se tratar de artigos consumidos pela forçaterrestre. Entretanto, a sua distribuição deve ser feita por intermédio dos canaisde assuntos civis.

10-15.ATIVIDADE LOGÍSTICA DE SAÚDE

a. Generalidades(1) O atendimento médico adequado é uma responsabilidade do coman-

do, em todos os escalões. Ele visa à conservação dos efetivos e à preservaçãoda eficiência e do moral da tropa.

(2) O apoio de saúde é planejado, coordenado e controlado pelo S1,auxiliado pelo Cmt Pel Sau. Deve ser planejado e executado de modo a ajustar-se ao plano tático.

(3) A unidade não tem encargos de hospitalização. Cabe ao serviço desaúde da unidade, representado pelo seu pelotão de saúde (Pel Sau), realizar otratamento médico de emergência e, quando necessário, a evacuação de feridos,doentes e acidentados, no âmbito da unidade.

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b. Posto de Socorro (PS)(1) É uma instalação para assistência aos feridos e doentes, estabelecida

sob condições de combate pelo Pel Sau, através de seu grupo de triagem.Constitui o elo mais avançado da cadeia de evacuação do serviço de saúde. DoPS, o paciente é evacuado pelo pelotão de ambulâncias do B Log da Bdadiretamente para o posto de triagem (P Trg) da Bda ou para o posto cirúrgico móvel(P Cir Mv) que apóia a Bda.

(2) O PS é constituído das seguintes instalações: recepção, admissãoe troca de material; feridos leves; feridos graves; gaseados ou irradiados (quandofor o caso); necrotério; e evacuação e troca de material; que são instalados àmedida que a situação o exigir.

(3) Funções do PS:(a) receber e fichar os pacientes;(b) examinar e classificar os pacientes, fazendo voltar ao serviço os

considerados aptos e preparar, para a evacuação, os demais;(c) fazer o tratamento limitado ao necessário para salvar a vida ou um

membro e preparar, para a evacuação, os demais;(d) fazer a profilaxia e o tratamento inicial do choque; e(e) providenciar abrigo temporário para os feridos e doentes.

c. Desdobramento do apoio de saúde na unidade(1) O comandante do pelotão de saúde, (oficial de saúde do batalhão), é

o principal responsável pela execução do apoio de saúde no âmbito da unidade.Incumbe-lhe, através do S1,o assessoramento ao comando sobre quaisquerproblemas relacionados com a saúde, incluindo a higiene em campanha e aprevenção contra doenças.

O Pel Sau instala e opera na ATC o PS/Btl, que é a principalinstalação logística de saúde da unidade.

(2) As SU, quando necessário, estabelecem refúgios de feridos, instala-ções muito sumárias, situadas em locais abrigados, para os quais são conduzi-dos, se preciso for, os homens feridos.

(3) Logo que a unidade entra em combate, ou mesmo antes, cadasubunidade recebe, normalmente, uma turma de evacuação, composta deelementos de saúde que atuarão no tratamento de urgência e na evacuação deferidos.

(4) Quando o PS se desloca, os feridos que não possam se locomoversão deixados, em grupos, que serão recolhidos por elementos do B Log. Senecessário, um atendente da SU permanecerá com os feridos.

(5) No decorrer do combate pode ser necessário concentrar todos osmeios de evacuação do pelotão para o atendimento de uma subunidade maisnecessitada.

(6) Quando o PS/Btl se desloca para ocupar nova posição, os feridos quenão podem se locomover são deixados em grupos, em postos de recolhimento deindisponíveis (PRI), para recolhimento posterior pela companhia logística desaúde do batalhão logístico.

(7) O PS/Btl é instalado na ATC. Na ATE um atendente opera o local deatendimento de feridos e doentes, para prestar apoio de saúde aos elementos da

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respectiva área.(8) No desdobramento do pelotão de saúde deve ser levada em conside-

ração a possibilidade de EVAM. A EVAM é utilizada entre as instalações desaúde, entretanto, conforme as disponibilidades, pode ser utilizada para retirar oferido que se encontra à frente para qualquer instalação de saúde à retaguarda.A possibilidade de emprego de helicóptero na EVAM condiciona a instalação doPS/Btl em local que permita a operação de aterragem da aeronave. Uma veziniciada a operação e, estando o sigilo quebrado, a EVAM se desenvolvenormalmente, respeitadas suas limitações técnicas.

d. Emprego dos elementos do Pel Sau(1) O Pel Sau envia para as SU uma turma de evacuação, composta de

um auxiliar de saúde, um atendente/padioleiro e um padioleiro/motorista numaviatura ambulância. Estas turmas se deslocam com os trens das subunidades,seguindo imediatamente à retaguarda dos elementos de combate.

(2) Quando necessário, o S1 poderá determinar que o Pel Sau apóie commais de uma Tu Ev uma determinada SU ou reforce a Tu Ev distribuída com, nomínimo, mais um atendente, para operar o refúgio de feridos da SU.

Os elementos restantes do pelotão exercem suas atividades no PS/Btl.

e. Tratamento e evacuação de feridos(1) Cada Cia Fzo recebe, normalmente, quando estiver se preparando

para o combate, uma turma de evacuação.(2) O cabo atendente é encarregado de operar o refúgio de feridos da

companhia, com os soldados padioleiros.(3) Durante o combate, o padioleiro, designado para a Cia Fzo, acompa-

nha a sua progressão.(4) Em caso de ferimento em combate, os primeiros socorros são

prestados pelo companheiro mais próximo, ressalvadas as condições de comba-te. Para tanto, faz uso do curativo individual do ferido e, em seguida, sinaliza o localconforme o previsto na instrução de primeiros socorros, de modo a ser localizadoposteriormente pelo padioleiro. O companheiro que prestou os primeiros socorrosprossegue nas suas tarefas de combate.

(5) O padioleiro cerra imediatamente e completa o atendimento deurgência. Os feridos que podem se locomover são encaminhados para o refúgiode feridos da companhia ou para o PS/Btl, conforme o caso. Caso o ferido nãopossa se locomover, o soldado padioleiro que se encontra no refúgio de feridos,cerra à frente e, juntamente com o padioleiro que já se encontrava com o ferido,evacua este para o refúgio de feridos da companhia.

(6) No refúgio de feridos, o ferido é preparado para a evacuação, se estafor necessária.

(7) A evacuação dos feridos para o PS/Btl é feita pela turma deevacuação, a partir do refúgio de feridos, ou mesmo, diretamente do local em queo homem foi ferido.

(8) O PS/Btl é a primeira instalação da cadeia de evacuação onde existeatendimento médico. Nela os pacientes são separados de acordo com o tipo e agravidade dos respectivos casos.

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(9) Os feridos que puderem voltar ao combate, em curto prazo, sãomantidos no PS/Btl ou nas suas proximidades, caso a situação tática o permita.Logo que aptos, retornam às suas subunidades. Aqueles que não tiveremcondições de retornar à frente de combate são preparados para a evacuação, queserá feita em viaturas ambulância, a cargo do pelotão de ambulâncias, da Cia LogSau do B Log.

(10) Para os feridos graves, poderá ser solicitada a EVAM. Para isso,normalmente, é utilizada a rede administrativa da brigada, podendo também, emcaso de necessidade, ser utilizada a própria rede de comando.

10-16.ATIVIDADE LOGÍSTICA DE MANUTENÇÃO

a. Generalidades(1) A manutenção é uma responsabilidade de comando. Os Cmt, em

todos os escalões, são responsáveis pela manutenção adequada de todo o seuequipamento.

(2) Esta responsabilidade inclui as providências para a pronta recupera-ção do material danificado ou em pane, visando ao seu retorno ao serviço o maisrapidamente possível.

(3) Em princípio, a manutenção deve ser executada tão à frente quantoo permitirem a situação tática e a disponibilidade de tempo e recursos. Muitasvezes é preferível a ida do pessoal de manutenção ao encontro do material do queproceder em sentido inverso, reduzindo a necessidade de evacuação.

(4)Todas as viaturas que retornarem da atividade de suprimento poderãoevacuar o material que necessitar de manutenção do escalão ou da instalaçãologística superiores.

b. Funcionamento da manutenção(1) Material motomecanizado

(a) A manutenção na unidade é executada pelo:1) motorista: elemento base da cadeia de manutenção; é respon-

sável pela manutenção de primeiro escalão.2) grupo de manutenção de subunidade (Gpt Mnt/Sec Cmdo):

realiza o levantamento das necessidades de manutenção de 2º escalão da SU,iniciando-a e localiza-se na AT/SU.

3) Pel Mnt: normalmente desdobra na ATC sua maioria de meiose é o principal elemento de apoio de manutenção da unidade. Realiza amanutenção de 2º escalão que puder ser feita na Z Aç das subunidades. Asviaturas que não puderem ser manutenidas neste local serão evacuadas para aATC, onde também é realizada a manutenção de 3º escalão.

(b) Além dos meios orgânicos, a unidade, em princípio, conta com oapoio do Esc Sp proporcionado pela Cia Log Mnt do B Log que desdobra,normalmente, uma seção leve de manutenção, do Pel L Mnt, na ATE da unidade,a fim de prestar o apoio de 3º escalão de manutenção à unidade.

(c) O Pel Mnt do batalhão e a seção leve de manutenção da Cia LogMnt do B log poderão realizar a manutenção das viaturas no local. Tal procedimen-to é conveniente, sobretudo no caso de viaturas sobre lagartas, cuja evacuação

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se torna uma operação mais complexa.(d) Quando não conseguirem recuperar uma viatura indisponível, os

diferentes elementos de manutenção, em princípio, solicitarão o auxílio doescalão imediatamente superior. Além dessa providência, o Pel Mnt poderáevacuar a viatura, se possível até o E Sup Ev da unidade e a Sec L Mnt Ap Dto atéa EPS da brigada.

(3) Armamento e instrumentos(a) A manutenção do armamento e dos instrumentos óticos e de

direção de tiro (IODT) é executada na unidade pelo:1) usuário do armamento/IODT ou guarnição: são os responsá-

veis pela manutenção de 1º escalão.2) grupo de manutenção (Gp Mnt) das SU: através do Cb Aj Mec

Armt L, realiza a manutenção de 2º escalão do armamento e dos IODT,proporciona apoio à manutenção de 1º escalão dos pelotões, coordenando,assistindo e ampliando o trabalho das guarnições.

3) grupo de manutenção de armamento (Sec Mnt/Pel Mnt): apóiaa execução da manutenção de 2º escalão do armamento leve realizada pelassubunidades e realiza a manutenção de 2º escalão do armamento pesado.

(b) Além dos meios orgânicos, a unidade, normalmente, conta como apoio do Esc Sp proporcionado pela Cia Log Mnt do B Log que desdobra umaseção leve de manutenção (Pel L Mnt), na ATE do batalhão, a fim de prestar o apoiode 3º escalão de manutenção à unidade.

(4) Material de comunicações(a) A manutenção do material de comunicações da unidade é feita

pelos radioperadores (1º escalão) e por elementos especializados do Pel Com,que executam o 2º escalão.

(b) Estes elementos poderão passar à disposição do Pel Mnt para aexecução da manutenção do material eletrônico e de comunicações das viaturas.

(c) Se for conveniente para a realização da manobra logística, o S4,poderá centralizar a atividade de manutenção e suprimento do material decomunicações sob coordenação do oficial de manutenção do Btl.

(d) Todo o material que necessite manutenção além do segundoescalão é evacuado para a Cia Log Mnt do B Log.

(5) Material de saúde(a) O Pel Sau executa apenas a manutenção de 1º escalão.(b) Todo o material que necessitar manutenção de segundo escalão

ou de escalões mais elevados que não puder ser atendido pelo pessoal eferramental disponível no Pel Mnt/Btl, será evacuado para a Cia Log Sau/ B Log,pelos canais de manutenção.

10-17.MATERIAL SALVADO E CAPTURADO

a. Material salvado(1) O material salvado constitui valiosa fonte de suprimento. A unidade é

responsável pela evacuação de salvados para o posto de coleta de salvados daA Ap Log ou para o seu E Sup Ev. Neste mister pode ser auxiliada por elementosda Cia Log Mnt, particularmente quando se tratar de material volumoso e /ou

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pesado.(2) O material salvado, quando evacuado pela unidade para o seu E Sup

Ev, é coletado pela Cia Log Mnt e levado para o P Col Slv da A Ap Log.(3) Todo o material salvado que necessitar de apoio de manutenção é

atendido, inicialmente e sempre que possível por elementos da seção leve demanutenção, normalmente desdobrados na ATE da unidade. Se recuperado emediante as normas em vigor, pode voltar à cadeia de suprimento, sendo entregueàs unidades de origem ou àquelas que estiverem mais necessitadas O que nãopuder ser reparado a nível unidade é evacuado para o P Col Slv da A Ap Log. Nestainstalação, o que for recuperado volta à cadeia de suprimento através do sistemade suprimento ou de manutenção da Bda. O que não puder ser aproveitado éevacuado pelo Esc Sp, caso seja compensadora tal evacuação.

b. Material capturado(1) Com o material capturado ao inimigo procede-se da mesma forma que

para o material salvado, exceto no que se refere às amostras de materiais novos,que devem ser imediatamente encaminhadas, após o conhecimento do S2, aosórgãos técnicos do Esc Sp.

(2) Evacuação do material capturado(a) O material capturado é evacuado para o P Col Slv mais próximo,

seja para o da unidade ou o da Bda.(b) Quando se der o recebimento em um P Col Slv de materiais com

características desconhecidas ou modificadas, torna-se necessário informar, nomais curto prazo, ao S2 do Btl, que deve entrar em contato com o E2 da Bda quantoao destino a ser dado ao referido material.

(c) Munição e outros artigos cujo manuseio por pessoal não-habilitado possa oferecer perigo, não devem ser deslocados; devem ser mantidossob vigilância, se praticável. O oficial de munições do Btl é notificado o mais cedopossível.

(d) O material em condições de utilização pode ser distribuído atravésdos canais de suprimento, mediante aprovação do Cmt Bda. Equipamentos,combustíveis, lubrificantes e munições devem ser examinados e aprovados antesde serem utilizados.

(e) Suprimentos de saúde são manuseados de acordo com aConvenção de GENEBRA, sendo entregues às instalações de saúde, parainspeção, antes de sua redistribuição ou uso. Esses suprimentos são de especialvalor para uso pelos prisioneiros de guerra, no tratamento de seus doentes eferidos, bem como no atendimento de civis.

10-18.ATIVIDADE LOGÍSTICA DE TRANSPORTE

a. As atividades de transporte, na unidade, são de pequena monta,resumindo-se, praticamente, ao transporte de suprimentos, à evacuação deferidos (S1) e ao controle da (s) coluna (s) de marcha da unidade.

b. No escalão unidade, o controle de trânsito é implementado pelasinalização das estradas e pelo controle sobre os comboios.

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c. As responsabilidades quanto a transportes na unidade estão afetas aoS4, no tocante à coordenação geral e ao planejamento e supervisão do transportede suprimentos e evacuação de material. O Cmt da Cia C Ap é o responsável pelaexecução dos transportes.

d. O S3 é responsável pelo planejamento, controle e supervisão dosmovimentos táticos, inclusive a elaboração das ordens de marcha (O Op), devendoefetuar a necessária coordenação com o S4.

10-19.PESSOAL

a. Generalidades(1) Pessoal é a atividade da função logística operacional que tem a seu

cargo planejar, integrar e controlar as tarefas de controle de efetivos,recompletamento, sepultamento, suprimento reembolsável, serviço postal, ba-nho, lavanderia. Tem por finalidade prever, prover e apoiar o pessoal, contribuindopara manter elevado o moral das forças terrestres em operações.

(2) As demais atividades referentes a pessoal, como disciplina e justiçamilitar, repouso, recuperação, recreação, mão-de-obra, apoio religioso, finanças,prisioneiros de guerra e assuntos civis, realizadas no TO, não fazem parte dalogística, embora sejam do Sistema de Pessoal ou do Sistema de Comando.

(3) A importância do indivíduo para o Exército deve ser bem compreendidapor todos os comandantes. Os cinco princípios básicos que se impõem para aeficiência da atividade de pessoal são: colocar o homem indicado na funçãoapropriada, explorar as possibilidades do indivíduo (desenvolvendo-se pela instru-ção) estimular o desejo de produzir, assegurar o progresso profissional e utilizaro indivíduo inteiramente nas funções essenciais.

b. Controle de efetivos(1) Para o controle de efetivos é essencial a existência de um fluxo de

informações sobre pessoal através de relatórios e o seu conseqüente registro emtodos os escalões da força terrestre no TO.

(2) Os registros são indispensáveis ao S1 para a elaboração dosrelatórios determinados pelo Esc Sp, para a consolidação da experiência decombate da unidade, para a reunião de dados necessários aos estudos desituação e ao planejamento de uma forma geral.

(3) Na unidade, procura-se reduzir ao mínimo os registros, sem contudoomitir os realmente necessários. Dentre estes, destacam-se os Cadernos deTrabalho, o Diário da Unidade, o Quadro de Necessidades de Recompletamento,Relatório Periódico de Pessoal, Relatório de Perdas, SUDIPE, Mensagem Diáriade Efetivos (MDE) e o Mapa da Força.

(a) A MDE é um documento elaborado pelas subunidades e elemen-tos em reforço. Abrange um período de 24 horas. Deve conter as perdas, inclusõese movimentos de PG havidos no período.

(b) O SUDIPE é um documento organizado com base nas MDE cominformações globais sobre o estado efetivo da unidade, diárias e acumuladas.

(c) O Mapa da Força é um relatório da situação de pessoal para uma

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determinada atividade ou em um determinado momento, contém a discriminaçãodo pessoal orgânico e em reforço, discriminando o efetivo previsto, existente, osclaros e os excessos. As subunidades os enviam ao S1 que os consolida e se foro caso remete o Mapa da Força da unidade para o Esc Sp.

(d) O Diário da Unidade é um documento protocolar no qual sãoresumidos, cronologicamente, os acontecimentos, serve de base para a elabora-ção do Relatório de Comando que tem a forma de ofício, é enviado ao final do mêsde atividade e consta de uma parte descritiva e uma conclusiva.

(e) O Caderno de Trabalho do S1 é um documento informal compostode folhas amovíveis onde consta todos os registros temporários dos dados deinteresse para o S1. As folhas caducas deverão ser eliminadas.

(f) O Relatório Periódico de Pessoal é um documento elaborado comperiodicidade regulada pelo Esc Sp que é confeccionado com base no SumárioDiário de Pessoal.

(g) O relatório de justiça e disciplina é um documento elaboradosegundo as diretrizes do Esc Sp que consolida todas as ocorrências disciplinarese os atos meritórios ocorridos em um período determinado

(h) O relatório de perdas é um documento que consolida as perdasocorridas em um determinado período. Quando acompanhado do Quadro deNecessidades de Recompletamento tem força de pedido de recompletamento.

(i) O Quadro de Necessidade de Recompletamento é um registro doS1 que contém as necessidades em recompletamento do Btl, devendo especificara função e a qualificação. É anexado ao Relatório de Perdas.

c. Perdas(1) As perdas têm duplo interesse para o S1 porque afetam o moral e a

combatividade da tropa e ocasionam claros a preencher pelo recompletamento.(2) Perda é qualquer redução no efetivo provocada pela ação do inimigo,

doença, acidente ou movimentação.(3) As perdas podem ser de combate, ocorridas em ação; fora de

combate, ocorridas sem a ação direta do inimigo; e as perdas administrativas queenglobam as demais perdas como transferidos, presos disciplinares, desapare-cidos, desertores e outras.

d. Militares extraviados e desaparecidos(1) Extraviado é o militar, encontrado na zona de combate (Z Cmb),

afastado de sua unidade sem autorização.(2) Desaparecido é o militar que passa a ausente de sua unidade,

involuntariamente, por mais de 48 horas.

e. Recompletamento(1) No Btl, o pedido de recompletamento tem por base a abertura de

claros e não a estimativa de perdas.(2) O S1 é o responsável, perante seu Cmt, por todos os assuntos que

dizem respeito ao recompletamento. A ele compete pedir, receber, providenciaralimentação, distribuir e encaminhar os recompletamentos que forem entreguesa sua unidade.

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(3) Para calcular a distribuição dos efetivos a recompletar o S1 poderáutilizar os processos de igualar os claros, eqüitativo, proporcional aos claros ouqualquer outro, segundo a diretriz do Cmt.

(4) As oportunidades de recompletamento ideais serão quando a unidadeou a subunidade estiver em área de recuperação, em reserva ou em zona dereunião.

(5) O Esc Sp informará à unidade, com antecedência, a data, hora, locale efetivo de recompletamento a ser recebido.

f. Sepultamento(1) As atividades de sepultamento atendem a dupla finalidade: preservar

as condições sanitárias no campo de batalha e manter elevado o moral da tropa.A pronta remoção dos cadáveres, amigos e inimigos, corresponde a primeirafinalidade, enquanto que a certeza de um tratamento cuidadoso e reverente aosque tombam na luta é fator importante para o moral dos soldados, no teatro deoperações, e dos civis, na zona do interior.

(2) Os mortos inimigos recebem tratamento idêntico aos das tropasamigas. Entretanto, não é permitido misturá-los.

(3) No âmbito da unidade, o planejamento, a coordenação e a supervisãode todas as atividades relacionadas aos mortos cabem ao S1.

(4) Considerando sempre as diretrizes da brigada e entendendo-se comos demais membros do EM e os Cmt dos elementos subordinados, ele planejaa evacuação dos mortos.

(5) As atividades de sepultamento, nesse escalão, compreendem acoleta dos mortos, a identificação e registro (nome, posto e graduação, númerode registro, subunidade, hora e local da morte) e a evacuação até o P Col M / Bda,na A Ap Log Bda.

(6) Normalmente, as próprias subunidades recolhem os mortos nasrespectivas Z Aç e os evacuam para o posto de coleta do Btl. Quando a situaçãoo exige, designam-se meios especiais para este fim.

(7) No escalão unidade, um soldado morto deve ser identificado imedia-tamente por seu Cmt de grupo, adjunto de pelotão ou ainda pelo Cmt Pel. Talidentificação é sumária e consta do nome do soldado, função e identidade(constantes da placa de identificação). A seguir o cadáver é evacuado, por seuscompanheiros ou por elementos da reserva, para um local próximo ao P Remn SU.Este local deve estar oculto das vistas daqueles que transitam na área do P Remn.Se o pelotão não pode identificar o morto, o comando da SU deve providenciar suaidentificação. Os mortos são evacuados para o P Col M / Btl, em princípio, pelasviaturas de suprimento classe V. Em nenhuma hipótese, os mortos devem serevacuados em ambulâncias ou viaturas que fazem o suprimento de Cl I.

(8) O P Col M / Btl se situa nas proximidades do P Remn A ou P Remndo batalhão, em local oculto das vistas dos elementos que transitam na área. Estelocal é operado por elementos do grupo do S1. Estes elementos registram osmortos em sua documentação e são encarregados, auxiliados por elementos doGp Sup Cl V, de embalar os corpos ou prepará-los para a evacuação para oP Col M / Bda. Após registrados, os mortos são evacuados na primeira viatura demunição que retornar para a retaguarda após fazer o remuniciamento.

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(9) A permanência dos mortos no âmbito do batalhão deve ser a maiscurta possível. Todos os pertences e objetos que se encontram com o cadáver sãoevacuados com ele para o P Col M/Bda. O armamento individual do morto éevacuado pela SU ou redistribuído caso necessário. Neste caso, o Cmdo SUapenas participa que deixa de evacuá-lo porque dele necessita para suprir clarode outro armamento destruído (ou perdido) por ação do inimigo.

f. Alimentação - No nível unidade, a alimentação diz respeito às tarefas eprocessos realizados pela seção de aprovisionamento do Pel Sup, sob controledo oficial aprovisionador. É o processamento do suprimento classe I após ter sidorecebido pelas turmas de aprovisionamento. Sua distribuição será sempre emfunção da manobra logística. A alimentação requer grande atenção dos respon-sáveis pelo sistema de pessoal, pois tem forte influência no moral e desempenhoda tropa.

g. Suprimento reembolsável(1) Os artigos reembolsáveis, incluídos na Cl X, material de higiene,

alimentos diversos, refrigerantes, revistas e outros itens que contribuem para oconforto individual, são oferecidos por meio de cantinas móveis, deslocadas peloEx Cmp para as A Ap Log das Bda e para as unidades.

(2) Particularmente na Z Cmb, quando se torna inviável o funcionamentode cantinas, pode ser autorizada a distribuição de determinados artigos essenci-ais, como parte das rações.

h. Serviço postal - No escalão unidade, esse serviço abrange a correspon-dência e a remessa de impressos, encomendas e valores.

i. Banho e lavanderia(1) O B Log instala e opera um posto de lavanderia (P Lav) e até dois

postos de banho (P Ban) na A Ap Log, com meios próprios ou recebidos doEsc Sp. Eventualmente poderá apoiar a unidade na ATE com um P Ban e um PLav ou realizar o apoio de fardamento, por troca, através do fluxo de Sup Cl I.

(2) Por ocasião do banho, o fardamento usado será trocado por outrolimpo e em boas condições.

(3) Cabe ao S1 planejar e supervisionar a execução da atividade de banho.A freqüência e a oportunidade desse apoio será condicionada pela situação táticae pela disponibilidade de material fornecido pelo Esc Sp.

(4) A Cia Log Pes do B Log poderá instalar e operar um P Ban na A ApLog, em complemento às atividades de banho realizadas pelas OM da Bda. Esseapoio de banho do B Log será controlado pelo E1/Bda, que determinará em seuplanejamento as condições de sua execução.

(5) A Bda deverá distribuir às suas unidades subordinadas o planejamen-to do apoio de água tratada no B Log, para as atividades de banho das OM.

(6) O Cmt Btl, o S4 e o S1 deverão sempre considerar no planejamentologístico da unidade que a atividade de banho é fator importante na manutençãodas condições de higiene e do moral da tropa.

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10-20.TAREFAS REFERENTES A PESSOAL INTEGRADAS AO SISTEMACOMANDO

Embora não façam parte da função logística operacional, algumas tarefasreferentes a pessoal integradas ao sistema comando são de grande interesse paraa unidade.

a. Justiça e Disciplina(1) Sob esse aspecto, a atividade de pessoal no Btl está particularmente

ligada à manutenção de disciplina.(2) Compete especificamente ao S1 informar ao Cmt tudo que possa

influir no estado disciplinar e moral da tropa. São indícios comuns de afrouxamentoda disciplina:

(a) número excessivo de ausentes e desertores;(b) numerosos pedidos de transferência;(c) aumento dos crimes, em número e gravidade;(d) muitas prisões por violações às leis civis;(e) aumento do número de doenças sexualmente transmissíveis;(f) desleixo com o asseio pessoal e a limpeza dos alojamentos,

viaturas e instalações;(g) descuido com o uniforme e a atitude militar; e(h) negligência no cumprimento de ordens e instruções.

(3) Além de informar ao Cmt, o S1 planeja medidas preventivas ecorretivas para a manutenção da disciplina e supervisiona sua execução.

(4) As medidas preventivas incentivam a obediência e o respeito àautoridade, eliminando causas reais ou potenciais de transgressão. Compreen-dem:

(a) aplicação dos princípios de chefia e liderança em todos osescalões;

(b) instrução oportuna sobre os direitos e deveres do soldado;(c) realização de cerimônias e festividades que desenvolvam o

espírito militar, o espírito de corpo, a correção no uso dos uniformes e o sentimentodo valor pessoal;

(d) ajustamento das medidas disciplinares às condições locais;(e) orientação e conselhos adequados nas pequenas faltas que não

sejam reincidências; e(f) atenção às reclamações do pessoal, apoiando-as quando

justificadas.(5) As medidas repressivas e corretivas visam coibir transgressões,

quando falham as medidas preventivas. Compreendem o emprego de patrulhascom missão policial, a prisão de transgressores, etc.

b. Repouso, recuperação e recreação(1) Repouso, recuperação e recreação são tarefas da atividade pessoal

da função logística que tratam do pessoal, individualmente ou por unidades,permitindo que se refaça do desgaste físico, mental e emocional provocado porlongos períodos de combate, de trabalho extenuante e sob pressão. A execuçãobem dosada dessas tarefas contribui para a conservação do potencial humano.

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(2) São realizadas em três tipos de instalações: áreas de repouso, áreasde recuperação e centros de recreação. O Btl é usuário dessas instalações. O S1,que é também o oficial do serviço especial da unidade e tem atribuições deorganizar e superintender as atividades desportivas e recreativas, assessora oCmt na concessão de licenças e permissões, particularmente no que diz respeitoao aproveitamento dessas instalações.

(a) Área de repouso é a área preparada, destinada a receber pessoalrecentemente retirado de combate ou de serviços pesados, para fins de descanso.Em geral as áreas de repouso para o pessoal de cada grande unidade ou grandecomando localizam-se nas respectivas áreas de retaguarda.

1) O comando de RM, por intermédio de sua(s) base(s) logística(s),pode instalar áreas de repouso para tropas na Z Aç.

2) As áreas de repouso podem localizar-se junto aos trens deestacionamento da unidade, o que tem a vantagem de dispensar providênciasadministrativas especiais, como as que se referem a alojamento, rancho,suprimento, e outras imprescindíveis quando a área de repouso fica isolada.

3) Quando as unidades estabelecem suas áreas de repouso, aresponsabilidade pelo funcionamento cabe aos respectivos comandantes.

4) Uma área de repouso necessita principalmente de acomoda-ções para rancho e alojamento, além disso, deve proporcionar condições para asatividades religiosas, de finanças e de serviços especiais.

(b) Área de recuperação é a área destinada a receber unidadesrecentemente retiradas de combate ou serviços pesados, para fins de repouso,recompletamento dos claros, recuperação e reposição do material, além depreparação para emprego futuro. Pode localizar-se na Z Cmb ou Z Aç, devendoficar em posição central e junto a uma boa rede de estradas.

1) Na Z Cmb, a responsabilidade pela organização e o funciona-mento de áreas de recuperação cabe aos grandes comandos e às grandesunidades. Na Z Aç, a responsabilidade pela organização e funcionamento de áreasde recuperação cabe ao Comando Logístico do Teatro de Operações (CLTO), quese desincumbe dessas tarefas através das RM ou bases logísticas.

2) Deve ser enfatizado o máximo aproveitamento da mão-de-obracivil (habitantes do local) para o funcionamento das áreas de recuperação,devendo a supervisão ficar com elementos do Exército. Na ausência destes meiosas unidades que ocupam essas áreas auxiliam ou completam os quadros deefetivos normalmente designados para as áreas de recuperação.

3) Normalmente, o estabelecimento de uma área de recuperaçãoexige algumas construções e a utilização de barracas fornecidas pelo comandoresponsável pelo seu funcionamento. Quando possível, as áreas escolhidasdevem dispor de acantonamentos permanentes.

4) O transporte local no interior de uma área de recuperação éfornecido pelas unidades usuárias, utilizando os meios orgânicos, ou pelo escalãoresponsável pelo apoio.

5) A organização de uma área de recuperação pode compreendercampos de instrução, a fim de facilitar a eficiente integração de recompletamentose a revisão da instrução das unidades.

6) Os recursos de que dispõe uma área de recuperação típica são

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ranchos; instalações de saúde; áreas para recreação, divertimentos e atividadesreligiosas; e instalações para atividades de suprimento reembolsável, barbeiro,correio, banho, troca de roupas e finanças.

(c) Centro de recreação é a instalação ou conjunto de instalações quefunciona com o fim específico de proporcionar repouso e recreação a oficiais epraças em gozo de licenças.

1) Os centros de recreação são instalados em geral em hotéis decidades ou em outras dependências e locais aprazíveis e a uma distância razoávelda Z Cmb.

2) Normalmente, o comandante de RM é encarregado de estabe-lecer e supervisionar os centros de recreação.

3) Cabe ao comandante do CLTO coordenar a atribuição de cotaspara todas as forças terrestres no TO.

c. Mão-de-obra - No Btl são muito raras as atividades com respeito aoaproveitamento de civis. Porém, quando a brigada autorizar o emprego de mão-de-obra local, o S1 representará o Cmt nas relações com os civis.

d. Prisioneiros de Guerra(1) O planejamento, a coordenação e a supervisão de tudo que se refere

aos prisioneiros de guerra compete ao S1. Sem perder de vista as diretrizes doEsc Sp e entendendo-se com os demais membros do EM e com os Cmt doselementos subordinados, o S1 planeja as ações que se seguem à captura dosprisioneiros até sua evacuação para o P Col PG/Bda. O mais cedo possível, apósa captura, são os prisioneiros desarmados e grupados para evacuação, separan-do-se oficiais, graduados, desertores, civis e mulheres.

(2) O tratamento a ser dispensado aos prisioneiros é regulado pelaConvenção de GENEBRA de 1949 e seus protocolos adicionais. As principaisprescrições, no que interessa ao Btl, são:

(a) não se permitem atos de violência nem medidas de represália.(b) a pessoa e a honra dos prisioneiros devem ser respeitadas.(c) a evacuação deve ser pronta, para não expor os prisioneiros a

perigos desnecessários.(d) nos interrogatórios, os prisioneiros apenas são obrigados a

declarar nome, posto ou graduação, número de identidade e idade.(e) só se permite a discriminação baseada na consideração de posto

ou graduação, condições físicas e mentais, qualificações profissionais e sexo.(f) o posto e a antigüidade dos oficiais devem ser convenientemente

respeitados.(g) a alimentação dos prisioneiros será igual à das tropas amigas em

valor nutritivo.(h) os prisioneiros não podem ser empregados em trabalhos direta-

mente ligado às operações de guerra, particularmente no manuseio e notransporte de material para as unidades combatentes.

(3) As SU evacuam os PG até os locais de coleta da unidade, onde elesdemoram o estritamente necessário para um ligeiro interrogatório sobre a situaçãotática. Durante essa evacuação não se permite conversa, sendo também vedadodistribuir-lhes alimentos, cigarros ou água antes do interrogatório, exceto se o

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intervalo entre a captura e o interrogatório tornar-se muito grande. Esses locais decoleta consistem basicamente de instalações sumárias (barracas ou viaturas)localizadas no PCP do batalhão, nas quais os PG serão agrupados, respeitando-se as restrições impostas pela convenção de GENEBRA e seus protocolosadicionais. A pé ou transportados, aproveitando viaturas ociosas ou integrantesdo fluxo logístico normal, os prisioneiros são evacuados do PCP do Btl até o P ColPG/Bda. A responsabilidade por essa evacuação é do Pel PE/Bda, desde que hajaefetivo disponível. Caso contrário, isso poderá ser efetuado por meio de fuzileirosarmados, que constituirão uma guarda compatível com a escolta a ser executada.

(4) No P Col PG/Bda os PG passarão à responsabilidade do oficial delogística de pessoal (E1) daquele escalão. Serão então submetidos aos especi-alistas de inteligência e assuntos civis, os quais, mediante o emprego de técnicasde entrevista, procurarão obter mais dados de interesse às operações.

(5) No desempenho de suas atribuições referentes aos prisioneiros deguerra, o S1 mantém as seguintes relações no âmbito do Btl:

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ARTIGO III

APOIO LOGÍSTICO DURANTE AS OPERAÇÕES

10-21.BATALHÃO EM ZONA DE REUNIÃO

a. Quando o Btl estiver em Z Reu, normalmente, não desdobrará a área detrens de combate, desdobrando apenas a área de trens de estacionamento ouuma área de trens única, próximas à A Ap Log. Todas em condições de seremdeslocadas com rapidez.

b. Os pedidos e as necessidades de suprimento do Btl em Z Reu são depequena monta, porém, o consumo de suprimento classe I, principalmente,permanece inalterado

c. Os processos de suprimento são os mesmos já descritos nesse manual,bem como, o desenvolvimento do fluxo logístico das diversas classes desuprimento

d. O Btl deverá desdobrar as instalações logísticas, da ATC julgadasnecessárias, tal como o PS do Btl, segundo a disposição dos meios da unidadeem sua Z Reu.

e. Quando o Btl estiver em Z Reu, normalmente, não receberá uma seçãoleve de manutenção do B Log, salvo se esse tiver uma missão futura específicae definida.

f. Os suprimentos e equipamentos (bem como seus instrumentos decontrole) são inspecionados. Devem estar disponíveis, em boas condições e osestoques autorizados completos.

g. Manutenção - Deve-se aproveitar ao máximo o tempo disponível nasZ Reu para executar os trabalhos de manutenção. Os motoristas e pessoal demanutenção devem ter em mente que uma vez deixada a Z Reu, as oportunidadespara a execução adequada da manutenção serão limitadas. Todos os comandan-tes, as guarnições das viaturas e o pessoal de manutenção farão o máximoesforço possível para assegurar a eficiência operacional do equipamento, bemcomo para a execução dos reparos e inspeções que não puderem ser realizadosconvenientemente durante os períodos de combate. Todo o equipamento deveráser inspecionado, limpo e deixado nas melhores condições possíveis. O Cmtpoderá solicitar auxílio do B Log. O material que a unidade não puder reparar seráevacuado ou entregue, no próprio local, à Cia Log Mnt. Na Z Reu, a unidade procuracentralizar seus meios para obter maior eficiência nos trabalhos.

10-22.OPERAÇÕES OFENSIVAS

a. Movimentos preparatórios(1) Medidas logísticas - Todos os movimentos de tropa, táticos ou

preparatórios exigem medidas logísticas. As medidas logísticas comuns a todos

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os tipos de movimento são:(a) organização da tropa em grupamentos e unidades de marcha para

explorar ao máximo, os meios de transporte;(b) a embalagem, marcação e o carregamento do material;(c) a reunião da tropa, o deslocamento até o meio de transporte e a

designação dos lugares dos homens;(d) as prescrições para alimentação, cuidados médicos e repouso;e(e) a reunião da tropa e de material no ponto de destino.As normas gerais de ação facilitam o cumprimento das medidas

logísticas do movimento. O planejamento, a ordem para sua execução e a condutada marcha ficarão sensivelmente facilitados pela adoção de NGA, baixadas pelobatalhão.

(2) Marchas motorizadas - A Cia C Ap mantém-se sobre rodas, operandosuas instalações para prestar apoio ao Btl.

(3) Organização da coluna motorizada(a) As viaturas são orientadas para um ponto de reunião de onde são

deslocadas para a zona de embarque ou para o ponto de carregamento do materialdas companhias.

(b) Para formação da coluna de marcha, o oficial de manutenção etransporte coordena as medidas necessárias para colocar em prática o planeja-mento do S3 e as viaturas partem com a necessária antecedência da zona deembarque das companhias, a fim de poderem passar no ponto inicial (PI) na horaprevista.

(4) Controle da coluna motorizada(a) Elementos de manutenção e saúde podem ser distribuídos pelas

unidades de marcha ou parte dela.(b) Postos de controle de trânsito podem ser instalados ao longo do

itinerário para exigir a observância dos horários de marcha, transmitir ordens aosoficiais controladores e para controlar o trânsito.

(5) Altos da coluna motorizada - Os altos podem ser feitos de acordo comas NGA que, normalmente, prescrevem o intervalo de tempo e a sua duração.Quando as condições exigem, os altos são feitos em locais previamentereconhecidos, onde as condições do terreno sejam favoráveis e as viaturaspossam deslocar-se fora da estrada. Nessa oportunidade os elementos demanutenção aproveitam para inspecionar as viaturas da coluna motorizada erealizar o reabastecimento se for o caso.

b. Durante as marchas para o combate(1) O Ap Log sofrerá influência e deverá se adequar às seguintes

características da operação:(a) incerteza sobre o desenvolvimento das operações;(b) evolução rápida da situação;(c) alongamento em profundidade do dispositivo; e(d) planejamento centralizado e execução descentralizada.

(2) Na organização do Ap Log deverá ser considerada a rede de estrada(afeta ao processo de Distr), a frente atribuída a unidade (E Prog, Itn Marcha,Z Aç...), a segurança e o dispositivo do Esc Sp.

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(3) Organização dos trens do Btl vanguarda(a) Trens de combate:

- Trens de Mun - Ref com 1 Vtr 2 ½ t (Mrt P);- Trens de Mnt - Sec L Mnt/Cia MB;- Trens de Sau - as Vtr são centralizadas;- Trens de Comb - Situação normal;

(b)Trens de estacionamento:- Trens de Mun - Fica com apenas 1 Vtr de Mun Geral;- Trens de Mnt - Sec Mnt/Pel Mnt;- Trens de Coz - centralizados;- Trens de Bagagem - centralizados.

(4) Os Btl de 2º escalão manterão seus trens em situação normal.(5) Posicionamento dos trens. Será em função da manobra do Esc Sp.

(a) A Bda deslocando-se por um eixo: se o Btl passar a constituir avanguarda, seus trens de combate se deslocarão com o grosso à retaguarda dareserva e os trens de estacionamento juntamente com o 2º escalão da Bdaocupando regiões de destino sucessivas. Caso contrário os trens de estaciona-mento permanecerão com os elementos de Ap Log Bda.

(b) A Bda deslocando-se por dois eixos: se o Btl passar a constituira vanguarda no eixo principal, o procedimento será idêntico ao executado com abrigada se deslocando por um único eixo. Caso o Btl seja a vanguarda do eixosecundário os trens de combate se deslocarão com o grosso à retaguarda dareserva e os trens de estacionamento por lanços ocupando posições escolhidaspelo Btl (S4).

(c) Caso o Btl se desloque por mais de um eixo, normalmente haveráuma divisão dos meios para atender aos dois eixos.

A organização dos trens depende principalmente do afastamentodos eixos, número de rocadas e da segurança. Em princípio se atenderá àseguinte distribuição dos meios:

- Sec L Mnt destaca equipes para o eixo secundário;- Sau e Mun destacam viaturas para o eixo secundário; - Comb operado através de camburões no eixo secundário.

(6) Peculiaridades do Ap Log(a) Suprimento

1) Classe I - Predomina o uso das rações operacionais, contudodeve-se aproveitar todas as oportunidades para consumo da ração R-1. Ascozinhas estarão centralizadas nos trens de estacionamento.

2) Classe IIIa) No início do movimento os tanques estarão plenos. O

reabastecimento durante o deslocamento se dará por troca de camburões. OB Log, normalmente opera P Distr Cl III para apoiar as unidades bem à frente. Paraos grandes deslocamentos, a unidade poderá receber viaturas cisternas emreforço.

b) Durante os altos, para o abastecimento das viaturas, é(são) utilizada(s) a(s) viaturas cisterna(s) do Pel Sup além de uma viatura paralubrificantes. Durante os altos, a viatura de lubrificantes percorrerá a coluna,entregando o lubrificante necessário a cada viatura da formação enquanto que a(s)

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viatura cisterna(s) fará o abastecimento de combustível diretamente às viaturas oupoderá constituir um ponto de distribuição fixo.

3) Classe V - (Mun) - O Btl pode receber munição para consumoimediato. As viaturas das subunidades aguardam à margem da estrada apassagem das viaturas dos P Remn. Excepcionalmente, saem da coluna e sedirigem para à retaguarda.

4) Classe X - Água - Aproveitamento de recursos locais/ camburõesdas viaturas

(b) Transporte - O Btl levanta as necessidades de viaturas paraatender à operação e solicita o reforço de meios à Bda.

(c) Manutenção1) É realizada somente a indispensável durante o deslocamento.

Nos altos previstos será normalmente processada de maneira similar à situaçãodo batalhão em Z Reu. O material de difícil recuperação é deixado à cavaleiro doeixo para os elementos de manutenção que marcham juntamente com os trensda unidade.

2) Manutenção e evacuação de viaturasa) Quando a ordem preparatória é recebida, as viaturas que

não puderem ser reparadas antes da marcha são evacuadas para a unidade deapoio de manutenção, antes do deslocamento. Se o tempo não permitir aevacuação e se as viaturas não puderem ser movimentadas, sua localização econdições são informadas à unidade de apoio de manutenção (Cia Log Mnt doB Log da Bda).

b) O Pel Mnt marcha juntamente com os trens da unidade. Asturmas de manutenção das SU deslocam-se junto às subunidades.

c) As viaturas indisponíveis são deslocadas para o lado daestrada, de modo a não interferir na passagem do restante da coluna para serreparada ou evacuada pelo Pel Mnt. Se este não puder realizar o reparo ouevacuação, as viaturas sobre rodas são deixadas com seus motoristas e as sobrelagartas com mais um dos membros de suas guarnições, além dos seusmotoristas. Neste caso, a localização e condições das viaturas são informadasà Cia Log Mnt do B Log ou Sec L Mnt que opera junto à U.

(d) Saúde1) O primeiro atendimento de saúde é feito ao longo dos eixos

pelos atendentes das SU.2) São montados pelo Pel Sau ao longo do eixo os PRI (Posto de

Recolhimento de Indisponíveis). Os feridos são evacuados para o PRI oupermanecem em locais visíveis para serem recolhidos pelo Pel Sau. Um PRI écomo um PS ao longo do eixo.O Pel Sau tem capacidade de instalar dois ou maisPRI.

(e) Coleta de mortos1) Os mortos são identificados e deixados à margem da estrada

em local não visível.2) O local é sinalizado e quando da passagem do Gp / S1 (TC) são

registrados, preparados e assinalados para serem recolhidos pelo P Col M / Bda.Se for o caso as viaturas de munição que retornarem vazias evacuam os mortosdeixados ao longo do eixo.

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(7) Articulação e desdobramento das instalações(a) Organizadas de forma a atender imediatamente as necessidades

de deslocamento.(b) Trens desembarcados o mínimo possível com sua “maioria de

meios sobre rodas” até que a unidade atinja seus objetivos.(c) Processos especiais de suprimento são comuns na M Cmb e são

adotados pelo Esc Sp.1) Comboio especial de Sup: Esc Sp organiza seus meios de

transporte e comboio para entregar o suprimento em uma região proposta pelo Btl.2) P Sup Mv: Esc Sp organiza e mantém com seus meios P Sup

Mv em Vtr Dsloc por lanços, ocupando a região proposta pelo Elm Ap.3) Res Mv: Esc Sp entrega ao Btl a Vtr com suprimento neces-

sário ao apoio a operação.4) Sup Ae: Utilização do Trnp Ae p/ realizar o Sup.

- Transposição de obstáculo de vulto.- Operações profundas.- Interdição ou redução da capacidade de tráfego nas estra-

das.- Inexistência de rede de estradas adequadas para suportar

suprimento.- Isolamento da tropa pela ação do inimigo ou imposição da

manobra(d) O Ap Log nas fases da M Cmb - Durante o contato remoto na

formação de coluna de marcha os meios estarão reunidos na Cia C Ap. Passandopara contato pouco provável na formação de coluna tática estarão centralizadose organizados em T Cmb e TE. Por fim, na fase do contato iminente, na formaçãode marcha de aproximação os T Cmb e TE estarão descentralizados.

c. Apoio logístico no ataque coordenado(1) O Ap Log sofrerá influência e deverá se adequar às seguintes

características da operação:(a) inimigo e necessidades relativamente definidos;(b) esforços concentrados;(c) concentração máxima de meios na direção decisiva; e(d) conquista de objetivos sucessivos e progressão em profundidade.

(2) Durante o estudo de situação o S4 realiza o levantamento dasnecessidades e das disponibilidades e o estabelecimento de restrições. Verificaas linhas de ação montadas pelo S3, opina sobre o apoio logístico e, após adecisão, inicia o planejamento do apoio à operação.

(3) Desdobramento dos trens(a) A Cia C Ap atuando descentralizamente forma os T Cmb e TE do Btl.(b) O desdobramento deve atender às necessidades de:

1) apoiar o ataque com maior densidade na direção do ataqueprincipal;

2) fornecer apoio mais à frente possível;3) evitar o alongamento da distância de apoio; e4) proporcionar segurança, evitando o desdobramento próximo a

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flancos expostos.(c) Normalmente centralizam-se as cozinhas na ATC ou ATE,

conforme as condições do terreno, situação tática, segurança e situaçãologística.

(4) A organização dos trens normalmente será a seguinte:(a) Área de trens de combate:

- P Remn A- P Col M- PS / Btl- P Distr Cl III- Área Mnt Vtr e Armt e Estac Vtr

(b) Área de trens de estacionamento, normalmente localizada naárea de retaguarda da brigada e fora da A Ap Log ou em sua orla anterior:

- PC Cmt Cia C Ap- Local de atendimento de feridos e doentes- P Col Slv- P Rem R- P Distr Cl I- Cozinhas- Área Mnt Vtr e Armt e Estac Vtr

(5) Suprimentos - A atividade de suprimento deverá atender principalmen-te às seguintes necessidades e peculiaridades: Classe I - Maior consumo derações operacionais e de alimentações de emergência; Classe III - Aumento doconsumo para atender à montagem do ataque, à evacuação, ao suprimento e aoprosseguimento das operações; Classe V(M) - Consumo elevado, principalmentequando houver preparação. O batalhão poderá fazer pedido de munição paraconsumo imediato para permitir ultrapassar a LP com sua dotação completa.

(6) Saúde(a) A evacuação de pessoal em relação às outras operações aumenta

consideravelmente face ao grande número de baixas.(b) Quando é realizada uma ultrapassagem de tropa amiga, o médico

da unidade entra em ligação com o oficial de saúde da tropa ultrapassada, paraque este receba as baixas das subunidades que realizam a ultrapassagem. Essaprovidência aumentará a velocidade de evacuação da Z Cmb para uma instalaçãode saúde e auxiliará o PS / Btl que realiza a ultrapassagem a manter a mobilidade.

(7) Manutenção(a) A atividade de evacuação deverá atender ao grande desgaste do

material e à rapidez na execução.(b) A atividade de evacuação deverá atender às seguintes peculiari-

dades: Pessoal - Aumento do número de baixas; Material - P Col Slv na ATE, omaterial é recolhido ao P Col Slv/Bda pelo Btl, separados em munição, materialpesado e diversos, ou deixado no E Sup Ev e coletado pela Cia Log Mnt.

(8) Transporte - Caso o Btl necessite, receberá do Esc Sp os meiosadicionais para completar sua motorização.

(9) Localização dos trens(a) A localização dos trens do Btl leva em conta os fatores manobra,

terreno, situação logística e segurança.

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(b) A distância mínima de segurança para localização dos trens dobatalhão é calculada conforme o disposto na letra e. do item 10-7. e no ANEXOE deste manual.

(c) Para os trens de combate não existe uma distância máxima poisdevem ficar o mais à frente possível, de preferência, dentro do limite de retaguardado Btl.

(10) Deslocamento dos trens(a) O S4 planeja o deslocamento dos trens e seleciona locais inicial

e subseqüentes. Itinerário de deslocamento e momento em que será feita amudança das AT. Instalações podem ser fracionadas para cerrar durante o ataque.O movimento deverá ser oculto da observação inimiga

(b) Normalmente o deslocamento dos trens de combate estarácondicionado à evolução tática da situação seguindo de maneira geral a seqüênciada conquista dos objetivos e a progressão do batalhão, visando ao apoio logísticocontínuo e cerrado.

(c) Os trens de estacionamento apoiarão a manobra da posiçãoinicial e deslocar-se-ão quando a situação exigir ou for favorável. A oportunidadepara a mudança de posição, normalmente será após a conquista dos objetivosfinais, ou tão logo ultrapasse a distância que possa comprometer o apoio logístico.

(11) Particularidades do apoio logístico quando o batalhão é reforçado porblindados (CC ou C Mec) ou forma FT com suas peças de manobra:

(a) A organização do B Log é modular e, portanto, pode reforçar outroB Log ou unidade da Bda ou até mesmo unidades de outra Bda, com elementosde manutenção, suprimento, transporte, etc.

(b) Os blindados, quando possível, fazem-se acompanhar por partedos seus trens, ou equipe de manutenção e suprimento.

(c) O Esc Sp pode adotar um dos processos especiais de suprimentopara atender às necessidades logísticas, particularmente as das Cl III e V(M).

d. Apoio logístico no aproveitamento do êxito e perseguição(1) As ações desenvolvidas pelo apoio logístico no Apvt Exi e na

perseguição desenvolvem-se à semelhança do estudo realizado para a marchapara o combate.

(2) No aproveitamento do êxito e na perseguição, os T Cmb deslocam-se com o batalhão e, normalmente, próximos ao fim da formação, onde sebeneficiarão da segurança proporcionada pela localização entre os elementosavançados de combate e a retaguarda. Quando o Btl se engaja em combate, osT Cmb se deslocam para uma região que lhes proporcione cobertas, abrigos e umcerto grau de segurança face à proximidade dos elementos de combate.

(3) No aproveitamento do êxito, as linhas de suprimento se tornam maisextensas. A superação dos problemas resultantes do fornecimento dos suprimen-tos a grandes distâncias exige um planejamento pormenorizado. O fornecimentode suprimento poderá tornar necessário um reforço adicional de viaturas detransporte do Esc Sp, bem como a utilização de meios aéreos. Poderá sernecessária uma proteção maior aos comboios de suprimento e trens.

(4) Cada viatura deverá transportar um suprimento adicional de rações decombate, de acordo com as possibilidades.

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(5) O número de baixas de combate normalmente diminui, mas adistância para evacuação aumenta. Quando disponíveis, meios aéreos sãoutilizados para evacuação das baixas.

(6) Durante o aproveitamento do êxito, o Pel Mnt dirige seus esforços paraexecutar pequenos reparos em maior número de viaturas. As viaturas que nãopuderem ser reparadas pelo Pel Mnt são rebocadas para a estrada principal desuprimento da brigada. Suas localizações e condições são informadas à Cia LogMnt/B log ou à Sec L Mnt em apoio à unidade.

e. Apoio logístico no ataque noturno(1) As finalidades do ataque noturno dizem respeito a considerações

táticas, muito pouco influindo no planejamento do apoio logístico. A execução porparte dos componentes da Cia C Ap se torna mais difícil, pelas própriascaracterísticas da operação, o que deve ser compensado com reconhecimentosdiurnos.

(2) O desdobramento dos trens do Btl, bem como o das instalações nassuas respectivas áreas (AT ou ATC e ATE), é semelhante ao realizado no ataquediurno.

f. Apoio logístico no ataque com transposição de curso de água(1) Generalidades

(a) O planejamento para o apoio logístico a uma operação de ataquecom transposição de curso de água é semelhante ao ataque normal. O principalfator a considerar é a existência do obstáculo que condiciona a execução do apoio.

(b) Dentre as características da transposição de curso de água queinfluem diretamente no planejamento do apoio logístico, destacam-se:

1) necessidade de grande quantidade de equipamento especi-alizado;

2) comando e controle dificultados; e3) linhas de ação limitadas pelas condições de transposição.

(c) O planejamento do S4 deve dar ênfase ao apoio logístico durantea transposição, mesmo quando o escalão de assalto estiver separado dasinstalações de apoio, pelo rio obstáculo.

(d) Os órgãos de apoio logístico devem estar o mais à frente possívelpara possibilitar o apoio ao batalhão sem necessidade de rearticulações.

(e) O S4 deve planejar o momento da travessia dos meios logísticospara assegurar o apoio contínuo ao Btl.

(2) Planejamento(a) As operações de transposição de curso de água exigem conside-

rações especiais sobre os suprimentos, sobre a evacuação de saúde e sobre ocontrole e utilização dos meios de transporte.

(b) A unidade que executa a transposição, mediante ultrapassagem,deve se utilizar ao máximo das instalações de apoio logístico da unidadeultrapassada.

(c) A principal consideração na localização das instalações de apoiologístico é manter a sua capacidade em cumprir as missões.

(d) Logo que a situação permita, os suprimentos são enviados paraa segunda margem.

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(e) Inicialmente os suprimentos são transportados através dos meiosdescontínuos, ou seja: botes, portadas, viaturas anfíbias e aeronaves. Assim queas pontes fiquem prontas, o apoio logístico, através da Cia C Ap retoma o fluxonormal.

(3) Desdobramento - Os trens do batalhão ao iniciar o ataque já estarãoconstituídos em T Cmb e TE, se for o caso. A principal preocupação, nosmomentos que antecedem ao ataque, é distribuir a máxima quantidade dossuprimentos ao batalhão, permitindo aos trens permanecer embarcados e emcondições de transpor o rio.

(4) Peculiaridades do apoio logístico(a) Suprimentos

1) Classe I - aos combatentes são distribuídas uma ou maisrações R/2 de reserva.

2) Classe III - todas as viaturas e respectivos camburões sãoabastecidos. O trem de combustível transpõe o rio com o último elemento do bata-lhão. Logo que a situação permita, é instalado um P Distr Cl III na cabeça de ponte.

3) Classe V (munição) - o Btl deve iniciar a operação com suaDot O completa. Havendo previsão de preparação de fogos, o Btl deve solicitarmunição para consumo imediato. Para assegurar uma quantidade suficiente demunição, todos os homens, que não sejam do escalão de ataque, levam consigouma pesada carga de munição, sendo aliviados quando atingem a margemoposta. Um reforço de munição pode ser lançado pelo ar na margem inimiga. Oremuniciamento é feito a braço e tão logo a situação permita deve ser instaladoum P Remn A na margem oposta.

(b) Saúde1) Na margem amiga, a evacuação se processa normalmente. Os

homens feridos nos botes de assalto permanecem embarcados e são evacuadospara a margem amiga.

Os padioleiros acompanham suas companhias durante todaa operação. A Cia Log Sau da Bda reforça o Btl com padioleiros para a fase inicialda operação.

2) O posto de socorro transpõe o rio tão logo a situação permita,e por escalões. Turmas de padioleiros transpõem o rio à frente do PS, procuramos feridos na margem oposta, tratam de reuni-los e mantêm a ligação com ascompanhias do ataque.

3) A flexibilidade é de extrema importância no emprego do pelotãode saúde para permitir que, apesar das perdas em pessoal, possa ainda cumprirsuas missões. O elemento avançado do PS faz transposição tão cedo quantopossível, sob comando de um médico e instala um PS. A eles vem juntar-se, maistarde, o restante do PS que transpõe o rio com a reserva do batalhão.

(c) Manutenção - A principal ênfase deve ser dada na fase demontagem da operação. A manutenção se processa normalmente após atransposição dos trens do Btl.

(d) Transporte - O planejamento do transporte é feito pelo Esc Sp,cabendo ao batalhão ajustar seus meios. Deve ser dada ênfase especial aocumprimento dos planos de movimento e de controle e circulação de trânsitoemitidos pelo Esc Sp.

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10-23. OPERAÇÕES DEFENSIVAS

a. O Ap Log na defesa de área(1) O Ap Log sofrerá influência e deverá se adequar às características da

operação: possibilidade de passar a uma ação ofensiva; manobra definida; frentesmais largas que nas operações ofensivas; situação de relativa estabilidade; easpectos dinâmicos da defesa.

(2) Como conseqüência, o Ap Log normalmente atenderá às seguintesnecessidades: máxima centralização dos meios; amplo desdobramento dasinstalações; maior segurança (dispersão); e flexibilidade para atender rapidamen-te a uma operação ofensiva.

(3) Suprimentos(a) Classe I - Consumo sempre que possível de ração normal. Os

núcleos de defesa poderão estocar a reserva orgânica de posse do Btl e água. OP Distr Cl I normalmente fica na ATC.

(b) Classe II - Consumo é normal, deve atender à necessidade datropa (frio / chuva) devido à possibilidade de permanência por longo tempo naposição. O B Log poderá instalar um posto de lavanderia junto aos trens deestacionamento do Btl.

(c) Classe III - O consumo será normalmente baixo limitando-sequase exclusivamente às atividades de suprimento, patrulhas e cozinhas. OP Distr Cl III normalmente ficará na ATE.

(d) Classe IV - O consumo de material para fortificações será elevadoe normalmente recebido pelo processo de entrega na unidade ou até SU medianteum planejamento e pedido antecipado.

(e) Classe V (M) - O consumo será elevado para a manutenção daposição defensiva, porém os núcleos de defesa poderão estocar alguma quanti-dade de munição.

(4) Saúde - Normalmente será facilitada devido à ocorrência de umnúmero menor de perdas.

(5) Transportes - Será influenciado pelo alongamento das distâncias parao suprimento e evacuação e pelas prescrições emitidas pelo Esc Sp quanto àsegurança (linha de escurecimento parcial (LEP), linha de escurecimento total(LET), restrições de movimento e outras)

(6) Manutenção - Devido à estabilidade da operação, a manutenção érealizada de forma mais completa e cuidadosa. As inspeções planejadas podemser executadas sem prejuízo das atividades.

(7) Pessoal - Deve-se zelar pela manutenção do moral da tropa execu-tando-se sempre que possível as atividades de banho, lavanderia, suprimentoreembolsável, serviço postal e vagas em centros de recreação, área de repousoe recuperação.

(8) Desdobramento e organização dos trens(a) A Cia C Ap, desdobrando seus meios, poderá formar os trens do

Btl ou os trens de combate (T Cmb) e os trens de estacionamento (TE).(b) O desdobramento deve atender às necessidades de:

1) apoiar a defesa com maior densidade na região capital dadefesa;

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2) evitar congestionamento nas áreas avançadas;3) reduzir a possibilidade de perda de elementos de apoio

logístico como resultado de uma penetração inimiga; e4) possibilitar segurança às instalações logísticas e manter o

sigilo sobre sua localização.(c) As cozinhas podem se encontrar centralizadas na área de trens

de combate ou descentralizadas nas áreas de trens das SU, conforme ascondições do terreno, a distância entre os núcleos de defesa, a situação tática ea situação logística e o grau de organização do terreno. A existência de sapas ecaminhos desenfiados, que permitam levar a refeição quente aos homens que seencontram em posição influi na decisão sobre a localização das cozinhas.Sempre que possível, deve-se preferir a refeição quente (ração R/1) pelos efeitospositivos que produzem sobre o moral da tropa. A oportunidade de centralizar oudescentralizar as cozinhas será ditada pela situação tática, analisada em todosos seus aspectos pelo S4 assessorado pelo oficial aprovisionador.

(d) Organização1) A organização dos trens do Btl na defesa de área obedece, em

linhas gerais, à organização dos trens para o ataque, sofrendo as modificaçõesimpostas pelo terreno, situação tática, situação logística e segurança. A estabi-lidade da situação defensiva permite que as instalações logísticas sejam desdo-bradas completamente nas áreas de trens.

2) Organização da área de trens de combate (ATC)- área de manutenção de armamento e viaturas e de estacio-

namento de viaturas;- posto de remuniciamento avançado;- posto de coleta de mortos;- posto de socorro;- posto de distribuição de classe III;- posto de distribuição de classe I e cozinhas.

3) O posto de distribuição de classe III (P Distr Cl III) poderá serlocalizado na ATE, devido ao pequeno consumo de combustível neste tipo deoperação. Na ATC, junto aos elementos de manutenção de viaturas poderão, naausência do P Distr Cl III, ser mantidos alguns camburões de combustível, pararecompletamento das viaturas que se dirigem à ATC.

4) Organização da área de trens de estacionamento- PC da Cia C Ap e do Pel Sup;- posto de remuniciamento recuado;- local de atendimento de feridos e doentes;- posto de coleta de salvados;- área de manutenção de viaturas e armamento e estaciona-

mento de viaturas, onde opera a Sec L Mnt/ Pel L Mnt/ Cia Log Mnt/ B Log.- trens de bagagem.

(9) localização dos trens(a) A localização dos trens leva em conta a manobra, o terreno, a

situação logística e principalmente a segurança necessária à operação defensiva.Na defesa, os trens são localizados normalmente mais à retaguarda do que nasoperações ofensivas. Isto evita o congestionamento nas áreas avançadas e reduz

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a probabilidade de perda de elementos de apoio logístico.(b) A distância mínima de segurança para a localização dos trens do

Btl é calculada conforme o disposto na letra e. do item 10-7. e no ANEXO E destemanual.

(c) A essas distâncias os trens conseguem, normalmente, furtarem-se dos fogos de morteiros médios e pesados inimigos, respectivamente.

(d) Os T Cmb devem ser localizados preferencialmente dentro doslimites de retaguarda do batalhão, atrás do posto de comando e dos núcleos deaprofundamento, para não interferir na manobra.

(e) Os TE localizam-se, normalmente, fora do limite de retaguarda dobatalhão e em algumas ocasiões, devido à segurança e outras facilidades, na orlaanterior da área de apoio logístico da brigada.

b. Apoio logístico na defesa móvel(1) O planejamento logístico para a defesa móvel deverá prever métodos

alternativos de suprimento e evacuação médica para assegurar um adequadoapoio e evitar interferência com a manobra tática, bem como uma rápidamanutenção e evacuação do equipamento. O Ap Log da força de segurança, daforça de fixação e da reserva deve adaptar-se tanto para operações defensivascomo para ofensivas. São usados meios aéreos de suprimento e evacuação paracompletar os meios terrestres normais. São planejadas localizações alternativas,de onde os T Cmb possam apoiar a unidade, tanto em manobras ofensivas comodefensivas.

(2) Apoio logístico para a F Seg - O Ap Log para a F Seg é semelhanteao prestado a uma tropa numa ação retardadora. Os trens da unidade poderão seraumentados de modo que possam transportar suprimentos adicionais, para ahipótese da unidade ficar isolada pela ação do inimigo. Devem ser preparadosplanos para suprimento por meio de aeronaves. As baixas são normalmenteevacuadas rapidamente.

(3) Apoio logístico para a força de fixação - Deverão ser elaborados planospormenorizados para o Ap Log a cada posição defensiva, incluindo múltiplos eixose meios alternativos de suprimento e evacuação. O Ap Log para os elementos daforça de fixação é, essencialmente, o mesmo utilizado para uma defesa de área.Os T Cmb são reduzidos a elementos de manutenção e saúde. Viaturas comsuprimentos classes III e V são colocadas nos TE, fora do alcance da artilharialeve inimiga.

(4) Apoio logístico para a reserva - As viaturas socorro e ambulânciaacompanham os elementos de manutenção, durante as fases iniciais do contra-ataque. Estabilizada a situação, outros elementos dos T Cmb poder-se-ãodeslocar para a frente. Considerando que o contra-ataque é feito em altavelocidade, mas a uma distância relativamente pequena, a ação é freqüentementecompletada antes que o grosso dos trens da força de choque se desloque. O S4deverá ter planos minuciosos formulados e viaturas de suprimento em númerosuficiente para o ressuprimento das SU.

c. Apoio logístico na defesa circular(1) As características da defesa circular, particularmente o espaço

restrito para desdobramento dos meios logísticos, impõem a concentração e

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centralização dos meios.(2) Os trens podem ficar reunidos em uma só AT sem prejuízo de uma

mínima dispersão, necessária à segurança das instalações.(3) Na defesa circular, o suprimento é normalmente executado pelo ar.

A seleção ou construção de locais de aterragem e de uma zona de lançamentoé uma necessidade prioritária na preparação da posição. A proteção dos locaisde aterragem e da ZL deve merecer atenção especial.

(4) Tendo em vista que o suprimento aéreo é sensível às condiçõesmeteorológicas adversas e, freqüentemente, é restringido pela ação do inimigo,o batalhão adota rigorosa disciplina de suprimento objetivando à máxima econo-mia, à estocagem de quantidades adequadas nos núcleos e nos abrigos desuprimento que devem ser construídos ou adaptados.

(5) Sempre que possível deve ser utilizado o apoio de fogo das armaslocalizadas fora do perímetro, poupando a munição das armas de seu interior.

(6) Os planos de suprimento devem considerar o emprego de cargas emfardos (cargas tipo), preparados com antecedência para maior rapidez de entrega.A elaboração das cargas deve obedecer ao critério de redução de volume e pesopara facilitar a imediata distribuição e o transporte a braço para os abrigos ounúcleos de defesa.

(7) A evacuação aeromédica é a mais utilizada.(8) As instalações logísticas sempre que possível permanecem sobre

rodas, evitando que sua colocação no terreno ocupe grandes áreas.(9) Quando possível as instalações de cozinhas, devem permanecer

centralizadas. Mantém-se estoques de suprimentos classe I, V (munição) e águanos núcleos de defesa.

d. Apoio logístico nos movimentos retrógrados(1) Generalidades

(a) O movimento retrógrado é o tipo de operação defensiva onde umatropa desloca-se para a retaguarda ou para longe do inimigo. Pode apresentar-seatravés das seguintes formas de manobra: retraimento, retirada e ação retardadora.

(b) O planejamento de apoio logístico para um movimento retrógradodeve dispor sobre:

1) destino a ser dado aos suprimentos e equipamentos emexcesso;

2) evacuação das viaturas danificadas e em pane;3) execução do suprimento durante toda a operação;4) evacuação das baixas;5) destruição dos suprimentos e equipamentos, exceto os de

saúde (classe VIII), caso seja necessário;6) controle de trânsito; e7) controle de civis.

(c) Deve ser feito todo o esforço para impedir que os suprimentos dequalquer espécie, caiam em mãos do inimigo.

(d) O principal aspecto a ressaltar na logística de pessoal é amanutenção do moral da tropa, devido à atitude, quase sempre imposta pelasuperioridade do inimigo.

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(e) O controle de trânsito, que normalmente fica a cargo do S4 e éexecutado pelo pelotão de manutenção e transporte, é de capital importância parao êxito da operação. O Cmt da Cia C Ap pode empregar ou solicitar outroselementos para o estabelecimento de postos de controle de trânsito, balizamentoe sinalização de estradas. Deste modo as prioridades, horários e condições deutilização das estradas devem ser planejadas, a fim de assegurar um ordenadodeslocamento, levando-se em consideração as missões e as possibilidades doselementos do batalhão. As probabilidades de interdição das estradas por ação doinimigo, por modificações nas condições meteorológicas e por congestionamentodos itinerários, exigem a previsão de itinerários alternativos.

(f) O controle de civis está afeto à 3ª seção, mas acarreta sériasimplicações ao Ap Log. Uma operação retrógrada raramente pode ser realizadasem que a população civil seja envolvida na ação, assim o controle e a evacuaçãode civis devem ser considerados em todos os planos para um movimentoretrógrado, a fim de evitar-se desordem e o congestionamento do trânsito.

(g) O S4 elabora o plano de destruição, auxiliado pelo Cmt da Cia C Ape pelo Cmt Pel Mnt Trnp. O plano de destruição contém instruções referentes aoque destruir, e a quando destruir os suprimentos, para que o inimigo não possaaproveitá-los. O Btl tem instrução e sabe como destruir cada tipo de suprimento.Em princípio tudo que não for possível evacuar será destruído. No plano deve ficarbem claro quem está autorizado a realizar a destruição e a partir de que momentodeverá executá-la.

(2) As operações retrógradas são caracterizadas pelo alto consumo decombustíveis e lubrificantes. A natureza da operação poderá exigir um consumoigualmente alto de munição. Os suprimentos de todas as classes são previamentecolocados em posições determinadas de modo a assegurar um apoio contínuoaos elementos de combate, uma vez que o E Sup Ev é vulnerável a ataques doinimigo. O movimento das viaturas de suprimento é, normalmente, sob fogo doinimigo. Deve ser sempre considerada a possibilidade do Ap Log ser realizado pormeio aéreo.

(3) Desdobramento dos trens - Os T Cmb devem ser compostos somentepelas instalações indispensáveis, sendo estas embarcadas. Os TE ficam com asdemais instalações, procurando apoiar a operação de uma posição mais àretaguarda, para evitar constantes mudanças de posição e não interferir nasoperações táticas.

(4) Apoio logístico na ação retardadora(a) Na ação retardadora, o controle e a segurança dos elementos do

Ap Log são de vital importância. O planejamento da operação deverá prever umadequado Ap Log durante o deslocamento para cada posição de retardamento ena sua ocupação. A composição dos T Cmb deverá ser reduzida somente àsinstalações necessárias.

(b) O suprimento dos elementos de combate é executado imediata-mente após sua chegada às novas posições de retardamento. Tão logo julgarconveniente, o S4, ou seu representante, providenciam o movimento dos T Cmbpara a retaguarda imediata da próxima posição de retardamento, de onde apoiarãoeficientemente a operação.

(c) Suprimento - É usada a estocagem de suprimento ao longo do

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itinerário pelo Esc Sp, evitando-se, porém, estocar em excesso.1) Classe I - As cozinhas devem estar centralizadas para

proporcionar maior rapidez de movimento, o homem carrega, além de sua reservaindividual, uma ração operacional (Res Org da Bda, de posse do Btl), se a situaçãopermitir deverá ser fornecida uma refeição normal ao combatente, quando daocupação das posições subseqüentes.

2) Classe III - O consumo de combustível será elevado e asoportunidades para reabastecimento serão restritas, desta forma, podem serdeixados tonéis com combustível ao longo do itinerário.

3) Classe V (M) - O consumo será elevado, poderá ser recebidamunição especificamente destinada para a manutenção de determinada posiçãode retardamento (Mun para Cns Imdt), a fim de que o batalhão aborde uma posiçãomais à retaguarda com sua dotação completa. Poderão ser estabelecidos P Remnao longo dos eixos ou na posição de retardamento.

(d) Evacuação1) A evacuação dos baixados segue o processo normal. O PS/

Btl opera na área dos T Cmb podendo lançar PRI ao longo do itinerário e àretaguarda das posições de retardamento. Deve ser considerada a possibilidadede evacuação aeromédica. Para o início das operações é interessante que asbaixas existentes já tenham sido previamente evacuadas, devendo ser efetuadasatravés de Ev Aem as que porventura venham a ocorrer.

2) A evacuação de material seguirá o processo normal. O materialque não puder ser evacuado mesmo utilizando-se quaisquer meios deverão serdestruídos no local.

(e) Transporte - As necessidades relativas ao transporte sãoavolumadas. Devem ser cumpridos os Planos de Circulação e Controle deTrânsito. Devem ser previstos Itinerários alternativos caso ocorra, principalmente,interdição de itinerários por parte do inimigo, modificação da influência dascondições meteorológicas, congestionamento dos itinerários principais.

(f) Manutenção - Deve ser realizada o mais a frente possível e écondicionada pelo fator tempo, devendo ser evacuado todo material que não puderser manutenido no local. A Sec L Mnt, em apoio direto ao Btl, deve se localizarna ATC ou onde estiverem a maioria das viaturas da unidade.

(g) Pessoal - Reveste-se de importância a manutenção do moral datropa, imposta por uma superioridade do inimigo que avança sobre nossasposições. Torna-se pois, importante a observação dos seguintes aspectos:liderança, disciplina rígida, pronta evacuação de baixas, controle de pessoaleficiente, planejamento prévio da operação, tropa informada das finalidades daoperação e a presença dos Cmt de qualquer escalão junto à tropa.

(h) Desdobramento e composição dos trens- O desdobramento dos trens é semelhante à defesa de área com

a Sec L Mnt na ATC e o Pel Mnt Trnp na ATE.A maioria das instalações deve estar sobre rodas, desembarcan-

do-se o mínimo indispensável e as cozinhas estarão centralizadas. Deve-se evitarconstantes mudanças, para isto procura-se uma posição mais à retaguarda, queapóie mais de uma posição de retardamento. Deve ser utilizada a EVAM para osferidos. O P Distr I e o P Distr Cl III deve estar na ATC, devido ao grande consumo.

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- Área de trens de combate (ATC): PS, P Remn A, P Col Mor,P Distr Cl I e Coz, P Distr Cl III, Elm Mnt (Sec L Mnt).

- Área de trens de estacionamento (ATE): P Remn R, P Col Slv,Elm Mnt (Pel Mnt Trnp).

(5) Apoio logístico no retraimento(a) O Ap Log no retraimento deve ser previsto para o grosso e para a

força de segurança em contato com inimigo. O Ap Log para o grosso é semelhanteao prestado para uma unidade realizando uma marcha para o combate. Para aF Seg, ou destacamento de contato é semelhante, ao executado para a forçanuma ação retardadora, sendo destacado para isso um número mínimo deelementos de serviços. Os trens da unidade poderão ser reforçados de modo quepossam transportar suprimentos adicionais, para a hipótese de a unidade ficarisolada pela ação do inimigo.

(b) A manutenção fica restrita a pequenos reparos sendo limitadapelo fator tempo. Sempre que possível o material deverá ser evacuado. Normal-mente serão estabelecidos P Col Slv sucessivos, em profundidade, ao longo doE Sup Ev. Quando a captura do material aguardando reparação, nos P Col Slv, éiminente, este deverá ser destruído.

(c) Deverá ser prevista a evacuação ou destruição dos excessos desuprimento e equipamento, exceto material médico, de modo a não comprometero retraimento. Os equipamentos e suprimento de saúde não devem ser intencio-nalmente destruídos.

(d) No retraimento, a existência ou não de pressão do inimigo irácondicionar as atividades logísticas a serem realizadas. De maneira geral:

1) Retraimento sem pressão - As instalações logísticas e asviaturas desnecessárias são as primeiras a se deslocar, o deslocamentonormalmente será por infiltração, durante o dia, desde que não comprometa osigilo. Deverá ser prevista a transferência de suprimento para o destacamento decontato, permanecendo com este um PS reduzido, já que a EVAM pode serlimitada.

2) Retraimento sob pressão - As instalações logísticas e asviaturas desnecessárias são as primeiras a se deslocar, é evitado estocarsuprimento em excesso. Os elementos de 1º escalão podem transferir suprimentopara a F Seg ao serem acolhidos por esta. As baixas existentes devem serevacuadas antes do início da operação e as da força de segurança deverão serevacuadas por via aérea.

(6) Apoio logístico na retirada - O Ap Log processa-se de formasemelhante à marcha para o combate nas fases de coluna tática e coluna demarcha.

e. Apoio logístico na substituição na defesa(1) Generalidades

(a) Uma substituição pode ser realizada tanto para continuar a defesacomo para continuar o ataque. Em ambos os casos haverá uma continuação damissão. Assim, na substituição em posição, o Ap Log é orientado para as açõestáticas após a substituição.

(b) A ordem de substituição na defesa, normalmente prescreve

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horários e duração da operação, podendo incluir a seqüência a ser adotada.(2) Peculiaridades do Ap Log

(a) Entre outros aspectos de planejamento de uma substituição emposição, que devem ser coordenadas, destacam-se, quanto ao AP Log, oseguinte:

1) transferência de suprimento;2) uso das instalações;3) controle de refugiados;4) desdobramento dos trens (T Cmb e TE);5) uso dos meios de transporte;6) evacuação; e7) controle de trânsito.

(b) O tempo disponível e outros fatores podem exigir que certas armase equipamentos sejam trocados. Normalmente são permutados pelas unidadesos reparos de armas coletivas que necessitam ancoragem e as armas que nãopuderem ser facilmente transportadas. A unidade substituída deixa todo ou partedo suprimento de difícil transporte na posição.

(c) O apoio prestado pelo Btl a ser substituído visa, principalmente,permitir a continuidade do apoio logístico, sem acarretar profundas modificaçõesno desdobramento e organização dos trens do Btl substituto.

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a. Contraguerrilha rural(1) Considerações iniciais

(a) Entre os pontos de maior vulnerabilidade da força de guerrilhadestacam-se:

1) o suprimento de saúde e alimentos; e2) o suprimento de armas e munição.

(b) A força de guerrilha busca fazer das forças legais a sua melhorfonte de suprimentos. Em conseqüência, em todos os escalões, deve-se evitar:

1) manter estocados níveis muito elevados de suprimentos;2) deslocar, sem proteção, comboios de suprimentos;3) atribuir aos elementos da força de contraguerrilha meios em

quantidade tal que lhes prejudique a mobilidade tática;4) realizar entregas de suprimentos com regularidade fácil de ser

verificada ou deduzida pelo inimigo; e5) deslocar os meios de Ap Log sempre pelo mesmo itinerário.

(c) As normas de Ap Log podem ser modificadas em virtude:1) das longas distâncias entre unidades, subunidades e frações;2) da diversidade e simultaneidade de missões;3) da falta de segurança das instalações de suprimento e das vias

de transporte;4) da possibilidade de prestar apoio à população, conforme

determinação do Esc Sp.(d) As normas de suprimento, adaptadas de acordo com a natureza,

características da área e tipo de operação a realizar, visam ao estabelecimento

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de níveis de segurança a serem mantidos no batalhão e companhia e deprocedimentos para garantir o fluxo com segurança.

(e) Os níveis de segurança permitem que uma interrupção no fluxonão ocasione sérios problemas às forças legais. O correto equacionamento dasnecessidades evitará que níveis elevados de suprimentos acarretem prejuízos àmobilidade das bases ou as tornem alvos compensadores para um ataque devulto, por parte dos guerrilheiros.

(f) Ênfase especial é dada à máxima utilização do suprimento aéreo,dentro das disponibilidades e possibilidades das aeronaves. Para facilitar otransporte de suprimentos enviados pelo ar, suas embalagens não devem excederà capacidade de transporte de um homem.

(g) As normas para o pedido de suprimento podem ser simplificadaspela utilização de mensagens preestabelecidas, segundo as IECOM.

(h) A utilização de recursos locais pode aliviar o apoio a ser prestadoàs tropas. No entanto, deverá ser mínima a dependência da economia local paraa previsão de suprimentos, a menos que a utilização desses recursos tenha porfinalidade auxiliar ou promover o desenvolvimento econômico da área.

(i) Muitas vezes, pode ser dada autorização para a aquisição desuprimentos classe I e outros, com pagamento em moeda corrente. O pagamentode material fornecido ou de serviços prestados pela população civil é feito comrecibo e em nome da força de contraguerrilha.

(j) Instrução especial, rigorosa fiscalização e ação de todos oscomandos deverão enfatizar a importância da conservação, manutenção esegurança dos suprimentos para evitar o aproveitamento pela força de guerrilha.

(2) Desdobramento dos trens - Na contraguerrilha o Btl não desdobraseus trens em T Cmb e TE; normalmente os mantém junto às suas bases decombate. A A Ap Log/ Bda também se localiza, em princípio, junto à base decombate da brigada. Tais medidas visam à segurança das instalações logísticas,que se constituem em alvos altamente compensadores para o inimigo.

(3) Peculiaridades do apoio logístico(a) Suprimento - As necessidades de suprimentos podem ser

maiores que as da guerra convencional em face das necessidades do apoio àpopulação civil, insegurança das vias de transporte e ampla dispersão das forçase órgãos empregados. Deve ser preferida a distribuição na unidade. Todas asclasses de suprimentos devem ser levadas até o menor escalão possível. Porexemplo, a distribuição de suprimento para uma companhia não será feitasomente aos elementos que se encontram na base, como também, diretamenteaos seus pelotões em base de patrulha, quando possível.

1) Classe Ia) As cozinhas funcionam normalmente descentralizadas

com as SU em suas bases de combate. Assim, não serão necessárias váriasviagens por dia transportando refeições prontas da base de combate de Btl paraas SU. Os gêneros serão transportados em viagens periódicas, em dias predeter-minados. O suprimento aéreo tem larga utilização. Ao invés de diário, o pedidodeve ser periódico, a fim de evitar a constância do fluxo, facilitar a organização docomboio, do suprimento aéreo e proporcionar maior segurança. O fornecimentodiário poderá se limitar a alguns gêneros perecíveis.

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b) Conforme as características da área e a situação tática, aBda poderá fornecer mais uma ração R/2 para o Btl e este distribuir aos seuselementos. Salvo em área ou bases que ofereçam absoluta segurança, édesaconselhável a utilização de fogões de campanha e outros equipamentos decozinha que reduzem a mobilidade das tropas. Haverá uso preponderante derações de combate R/2 por elementos que operam postos de segurança ourealizam patrulhamento. Nem sempre as unidades poderão se suprir nos P Supde água e terão de recorrer à utilização de fontes locais, possivelmente contami-nadas, neste caso, a água deverá ser tratada pela unidade ou pelo própriocombatente.

2) Classe IIIa) Deve-se aproveitar todas as oportunidades para abasteci-

mento das viaturas. Neste tipo de operação haverá largo emprego de camburõese tonéis de 200 l.

b) O transporte de camburões, em viaturas, deve ser protegidocom a utilização de sacos de areia para minimizar o efeito de explosões em casode emboscadas.

3) Classe V (munição) - Todos os escalões devem se esforçarpara o rápido recompletamento da Dot O. As SU são dotadas de uma quantidadede munição que lhes permite operar, sem necessidade de remuniciamento, porperíodos relativamente longos. Se a atividade inimiga o permitir, o remuniciamentopode ser realizado pelas viaturas orgânicas do Btl, que assim transportam amunição até a SU. Caso este processo não possa ser realizado, o suprimentodeverá ser aéreo, pelo menos no que diz respeito à munição cujo peso esensibilidade o permitam.

(b) Saúde1) Nas operações de contraguerrilha, as grandes distâncias entre

as instalações e a natureza semi-independente das operações dificultam o apoiode saúde e exigem, normalmente, o reforço desses elementos até as pequenasfrações.

2) Em alguns casos há necessidade de se estabelecer limite decapacidade de retenção e tratamento no PS do Btl.

3) Em face do problema das distâncias, uma grande ênfase deveser dada à evacuação aeromédica que deverá ser feita diretamente da base decombate, onde se verificou a baixa, para o P Trg instalado na base de combateda Bda ou mesmo, conforme a situação, para a instalação de saúde do Esc Sp.

4) Além da instrução mais aprimorada de primeiros socorros quedeve ser ministrada a todos, convém designar em cada pelotão um cabo, umsoldado ou mesmo um sargento-enfermeiro para prestar assistência imediata. Emcada grupo de combate, um soldado, sem abrir mão de sua situação decombatente, deve possuir treinamento especial para atendimento mais esmeradoaos feridos de seu GC. Assim, os seguintes procedimentos podem ser observa-dos para facilitar o apoio de saúde nas operações contraguerrilha:

- estabelecimento de pequenos PS com possibilidade deretenção e tratamento nos postos de segurança, bases de combate e mesmo nosescalões mais baixos do que o normal;

- largo emprego do transporte aéreo para deslocar os elemen-

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tos de saúde onde se fizer necessário, em face do aumento inesperado depacientes;

- máximo emprego da evacuação aeromédica a horário e apedido;

- fornecimento de pequenas equipes de saúde para apoiarpatrulhas;

- instrução e emprego de praças de saúde para operarpequenas instalações de socorro com um mínimo de supervisão;

- severa imposição de alto padrão de higiene;- rígida execução da instrução de primeiros socorros;- maior confiança no auto-socorro e no socorro prestado pelo

companheiro;- utilização de recursos locais, quando disponíveis e aceitá-

veis; e- prestação do apoio de saúde aos doentes e feridos civis da

área, quando as condições operacionais o permitirem.(c) Manutenção - São perfeitamente aplicáveis as normas de manu-

tenção das operações regulares. Dá-se ênfase aos seguintes aspectos:- manutenção orgânica, particularmente a de 1º escalão;- emprego freqüente de equipes especializadas, destacadas de

encontro ao material, inclusive utilizando o meio aéreo disponível; e- reserva de suprimento classe IX, de maior índice de mortalidade,

deve ser mantida em cada base de combate, até o escalão companhia.(d) Transporte

1) Quanto ao transporte, deve-se considerar duas condicionantes:- grandes distâncias a vencer; e- falta de segurança das vias de transporte, agravada com a

precariedade da rede disponível nas prováveis áreas de operações.2) Em face dessas condicionantes, devem ser estudadas as

seguintes providências:- adequar os meios das unidades às missões, ao terreno e ao

inimigo a enfrentar;- requisitar meios, recrutar carregadores e explorar as vias

fluviais;- intensificar a instrução de combate dos motoristas;- guarnecer as viaturas com homens armados;- intensificar os reconhecimentos ou patrulhamentos dos

itinerários; e- evitar o transporte noturno.

3) Na área vermelha as viaturas deverão deslocar-se em comboi-os escoltados. Na área amarela, deverá haver em cada viatura pelo menos umguarda armado. Na área verde, as viaturas poderão deslocar-se com medidas desegurança normais.

4) O apoio proporcionado pelas aeronaves nas operações abran-ge, principalmente, o transporte aéreo de pessoal, suprimento e evacuação.

5) A deficiência das redes de estradas implica maior dependênciado movimento aéreo; além dessa deficiência, as atividades das forças de guerrilha

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podem dar ênfase ao transporte de suprimento pelo ar.6) As aeronaves fornecem um eficaz meio de transporte devido à:

- sua velocidade;- relativa segurança contra o ataque terrestre; e- possibilidade de ultrapassar terrenos de difícil acesso,

apesar das necessidades de campos e locais de aterragem e das limitações àscondições atmosféricas adversas.

7) As condições meteorológicas, o terreno, a transitabilidade, alocalização geográfica e a segurança podem impedir a utilização dos meios detransporte normais. Em tais circunstâncias, é aconselhável o emprego de animaisde carga que estão capacitados a percorrer terrenos difíceis e acompanhar acoluna a pé, aliviando o pessoal da carga pesada.

8) Os animais a utilizar devem ser robustos, bem adestrados,equipados e se possível aclimatados ou do próprio local.

9) Seus condutores devem saber como cuidá-los, dirigi-los ealimentá-los, bem como estar cientes de suas possibilidades e limitações.

(e) Pessoal1) Moral

a) É o aspecto fundamental e que deve demandar maiorcuidado na preparação da tropa que irá enfrentar a guerrilha.

b) Trata-se de desenvolver a confiança dos homens em seuscomandantes, em si próprios, na causa que defendem e o fortalecimento dasconvicções cívicas e religiosas.

c) Os programas de orientação, educação e recreação devemser conduzidos em bases permanentes a fim de anular as pressões morais epsicológicas encontradas.

d) A prática de desportos em base de combate bem instaladae elevado padrão de higiene e disciplina contribuem para a manutenção do moralda tropa.

2) Pessoal capturado - Aos guerrilheiros não é atribuída nemreconhecida a situação de prisioneiro de guerra, porque, se assim ocorrer, a forçade guerrilha pode ser reconhecida como um governo de fato, alterando substan-cialmente sua situação legal. O guerrilheiro deve ser considerado como violadorda lei ou como criminoso comum, e classificado como pessoal capturado.

3) Sepultamento - É estabelecido um P Col Mor na base decombate do Btl para o recebimento, identificação e evacuação dos mortos. Nocaso de guerrilheiros mortos devem ser tomados cuidados especiais a fim de evitarexploração pela imprensa.

b. Para o Ap Log às demais operações especiais deverão ser consultadosos manuais específicos a estas operações.

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ARTIGO IV

TRABALHO DE COMANDO

10-25.GENERALIDADES

a. O S1, o S4 e seu adjunto participam do trabalho de comando do Btl,particularmente, nas seguintes atividades:

(1) realização de estudos de situação;(2) elaboração de planos logísticos;(3) preparação e distribuição de ordens logísticas;(4) supervisão da execução das ordens logísticas; e(5) preparação de registros e relatórios.

b. O funcionamento dos meios logísticos, em apoio à operação da unidade,deve ser planejado desde o mais cedo possível. Logo que o Cmt tome a suadecisão, os oficiais do EM completam o planejamento e, daí por diante mantêm-no sempre atualizado, sendo bastante pormenorizado e elaborado segundo ositens que se seguem:

(1) decisão do comandante da unidade;(2) situação tática;(3) situação logística; e(4) terreno sobre o qual a operação está conduzida.

c. A existência de NGA do Btl facilita o planejamento e a execução de todosos planos em todos os níveis. As NGA são um conjunto de instruções que o CmtBtl estabelece como rotina, para regular as atividades táticas e logísticas que nãovariam sensivelmente de uma situação para outra. A finalidade básica da NGA éaliviar as ordens, das quais passam a constituir parte integrante. Geralmente,todos os oficiais do estado-maior geral e especial participam da elaboração dasNGA.

10-26.ESTUDO DE SITUAÇÃO

Para qualquer operação, os estudos de situação de logística de pessoal elogística de material realizam-se continuamente, desde o recebimento da missãoaté o seu término. Os mementos são seguidos, em linhas gerais, pelos oficiaisdo EM. Entretanto, só excepcionalmente se fazem estudos por escrito, geralmen-te o trabalho é todo mental. As condições das operações modernas exigemestudos de situação imediatos, acurados e contínuos, feitos por meio de brevesanotações e expostos oralmente com precisão. Quando escrito, devem serbreves. Os parágrafos e subparágrafos não aplicáveis ou cujo conteúdo já sejamde conhecimento do Cmt e dos oficiais do EM são omitidos. Os dadosnecessários para os estudos são escolhidos de muitas fontes, destacando-se asordens e informações dos Esc Sp, os entendimentos com os demais elementosde EM, as anotações contidas nos cadernos de trabalho, a experiência da unidadee as informações do comandante da Cia C Ap de suas frações.

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10-27.ESTUDO DE SITUAÇÃO DE LOGÍSTICA DE PESSOAL

a. Considerações preliminares(1) O S1 participa do estudo de situação do comandante apresentando

as considerações de pessoal que afetam as possíveis linhas de ação táticas,abordando principalmente a atual situação de pessoal.

(2) O estudo de situação de pessoal tem como base:(a) interpretação da missão procedida pelo comandante do batalhão

e sua diretriz de planejamento;(b) as linhas de ação levantadas para o cumprimento da missão;(c) as informações contidas na ordem da brigada;(d) as ordens e informações colhidas com o E1 da Bda;(e) os entendimentos com os elementos do EM do Btl;(f) as NGA do Btl e do Esc Sp; e(g) as anotações contidas nos cadernos de trabalho da 1ª seção.

b. Levantadas as linhas de ação para o cumprimento da missão da unidade,o S1 resume o seu estudo de situação composto basicamente da análise,comparação e conclusões. Para maiores detalhes sobre confecção e mementodo estudo de situação de pessoal, deve-se consultar o manual de campanhaC 101-5 - ESTADO- MAIOR E ORDENS.

10-28.ESTUDO DE SITUAÇÃO DE LOGÍSTICA DE MATERIAL

a. Considerações preliminares(1) O S4 participa do estudo de situação do comandante apresentando

as considerações da logística de material que afetam as possíveis linhas de açãotáticas, abordando principalmente a nossa situação de material.

(2) O estudo de situação de material tem como base:(a) a interpretação da missão procedida pelo Cmt Btl e sua diretriz de

planejamento;(b) as linhas de ação levantadas para o cumprimento da missão;(c) as informações contidas na ordem da brigada;(d) as ordens e informações colhidas com o E4 da Bda;(e) os entendimentos com os elementos do EM do Btl;(f) as NGA do Btl e do Esc Sp; e(g) as anotações contidas nos cadernos de trabalho da 4ª seção.

b. Levantadas as linhas de ação para o cumprimento da missão da unidade,o S4 resume o seu estudo de situação composto basicamente da análise,comparação e conclusões. Para maiores detalhes sobre confecção e mementodo estudo de situação de logística de material, deve-se consultar o manual decampanha C 101-5 - ESTADO-MAIOR E ORDENS.

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10-29.PLANOS

a. Para facilitar a utilização dos auxiliares, o planejamento logístico dobatalhão pode compreender os seguintes planos distintos:

(1) Plano de Suprimento, preparado pelo S4 assessorado pelo Cmt daCia C Ap.

(2) Plano de Saúde, preparado pelo oficial de saúde, sob supervisão doS4.

(3) Plano de Transporte, preparado pelo comandante do pelotão demanutenção e transporte, sob supervisão do S4.

(4) Plano de Serviços, referente aos trens da unidade, preparado peloS4, assessorado pelo Cmt da Cia C Ap.

(5) Plano de Logística de Pessoal, preparado pelo S1 com a assistênciade seus auxiliares.

(6) Plano de Assuntos Diversos, preparado pelo Cmt da Cia C Ap, sobsupervisão do S4.

(7) Plano de Alimentação, confeccionado pelo S4, com a assistência dooficial aprovisionador.

b. As informações constantes destes planos, parágrafos e subparágrafos,são as mesmas de seus equivalentes em um plano de Ap Log, porém o grandenúmero de informações disponíveis pode viabilizar a constituição de planosdistintos.

c. A integração dos planos acima constitui o Plano de Ap Log da unidade.

d. Em combate muitas vezes se torna necessário a destruição de suprimen-tos e materiais a fim de que não caiam em mãos inimigas. Para isso o S4 poderáconfeccionar o Plano de Destruições, que deverá conter o que deve ser destruído,o quando destruir e a quem cabe a responsabilidade pela destruição.

e. Para maiores detalhes sobre a confecção do plano de apoio logístico seumemento e exemplo, deve-se consultar o manual de campanha C 101-5 -ESTADO-MAIOR E ORDENS.

10-30.ORDENS

a. O planejamento logístico, uma vez aprovado, é levado ao conhecimentoda tropa mediante:

(1) ordem logística;(2) parágrafo 4º da ordem de operações;(3) ordens fragmentárias logísticas; e(4) normas gerais de ação.

b. Para maiores detalhes sobre a confecção das ordens acima, seusmementos e exemplos, deve-se consultar o manual de campanha C 101-5 -ESTADO-MAIOR E ORDENS e o ANEXO “C” deste manual.

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10-31.REGISTROS

a. Os registros são indispensáveis ao S1 e ao S4, para a elaboração dosrelatórios determinados pelo Esc Sp, para a consolidação da experiência decombate da unidade, para a reunião de dados necessários aos estudos desituação e ao planejamento de forma geral.

b. No Btl, procura-se reduzir ao mínimo os registros, sem contudo omitir osrealmente necessários. Dentre estes destacam-se os cadernos de trabalho e odiário da unidade.

c. Para maiores detalhes sobre a confecção dos registros acima, seusmementos e exemplos, deve-se consultar o manual de campanha C 101-5 -ESTADO-MAIOR E ORDENS.

10-32.RELATÓRIOS

a. O Btl envia ao Esc Sp o relatório de comando, além de outros que foremsolicitados. Os relatórios de comando não têm modelo preestabelecido, ordina-riamente são apresentados sob forma de ofício, com duas parte distintas: umadescritiva das atividades mais importantes da unidade e a outra conclusiva, ondesão apresentadas além das conclusões as sugestões e propostas do comando.

b. Geralmente o relatório do comando é enviado no fim de cada mês deatividade. É preparado pelos oficiais do EM, notadamente o S1 e o S4 com seus respectivos adjuntos.

c. O S1 elabora, entre outros os relatórios periódicos de pessoal, o dedisciplina e o de perdas.

d. As mensagens diárias de efetivos das SU e o sumário diário de pessoaldo Btl que se processam diariamente, fazem parte da rotina do Btl em qualquersituação.

e. Para maiores detalhes sobre a confecção dos relatórios acima, seusmementos e exemplos, deve-se consultar o manual de campanha C 101-5 -ESTADO-MAIOR E ORDENS.

ARTIGO V

ASSUNTOS CIVIS

10-33.GENERALIDADES

a. O campo dos assuntos civis engloba as atividades de comunicaçãosocial, ação comunitária e assuntos de governo.

b. O BI poderá receber, do Esc Sp, especialistas em reforço paradesenvolver atividades de assuntos civis.

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c. As operações de assuntos civis são empregadas para assegurar autilização máxima dos recursos locais, inclusive material, instalações e mão-de-obra, objetivando, também, a redução do perigo da subversão, espionagem esabotagem por parte da população local, através de relação amistosa, tanto paracom as autoridades como para com a população. A finalidade de operações deassuntos civis visa também o mínimo de interferência da população local nasoperações táticas.

10-34.ATIVIDADES

a. Comunicação social - A atividade de comunicação social envolve ocampo das relações públicas, das operações psicológicas e das informações aopúblico. Para maiores informações sobre esses assuntos, consultar os manuaisC 33-1 - OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS e C 45-1 - COMUNICAÇÃO SOCIAL.

b. Ação comunitária - É uma atividade que visa, em cooperação com aslideranças civis, estimular a comunidade a se auto-assistir. São instrumentos deação comunitária a cooperação na instrução e defesa contra calamidadespúblicas, a ação cívica e social e as atividades de defesa civil.

c. Assuntos de governo - São englobadas em quatro categorias: governa-mentais, econômicas, de serviços públicos e atividades especiais. Tratam dasrelações mantidas pelo comandante militar e suas forças com as autoridades ea população da área submetida à condução de ações pela força terrestre, no quetange à administração local.

10-35.RESPONSABILIDADE

No escalão Btl, a confecção do subparágrafo assuntos civis do parágrafo 6ºda ordem de operações é de responsabilidade do S2.

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ANEXO A

TIPOS DE UNIDADES DE INFANTARIA

A-1. GENERALIDADES

a. As U Inf possuem a mesma estrutura, sendo organizadas com umaCia C Ap e 3 (três) Cia Fzo. (Fig A-1)

Fig A-1. Estrutura Organizacional das U Inf

b. O que diferencia as U Inf de natureza diversa é o QO tipo que elas adotam,o qual é composto pelos seguintes documentos:

(1) base doutrinária (Ba Dout);(2) estrutura organizacional (Etta Org);(3) quadro de cargos (QC); e(4) quadro de dotação de material (QDM).

c. A Cia C Ap é constituída pelo pelotão de comando, pelotão decomunicações, pelotão de saúde, pelotão de suprimento, pelotão de manutençãoe transporte, pelotão de morteiros e anticarro. (Fig A-2)

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Fig A-2. Estrutura da Cia C Ap

(1) A Cia C Ap tem atribuições referentes:(a) aos meios de comando e controle;(b) ao posto de comando;(c) à área de trens; e(d) ao enquadramento das frações de apoio de fogo orgânico do

batalhão.(2) Peculiaridades das Cia C Ap dos diversos QO tipo:

(a) BI Pqdt - o Pel Cmdo possui um grupo de autodefesa antiaéreo(Gp Audef AAe).

(b) BI L - existe um pelotão de reconhecimento (Pel Rec), em vez daturma de reconhecimento (Tu Rec), e o Pel Cmdo, também, possui um Gp AudefAAe.

(c) BIS - o Pel Cmdo, também, possui em Gp Audef AAe e o Pel MntTrnp tem uma seção de embarcações.

(d) BFron - existe uma seção de embarcações no Pel Mnt Trnp.(e) BIB - existe um pelotão de exploradores (Pel Expl), em vez da Tu

Rec, e os Pel Sup e de Mnt Trnp possuem um reforço de elementos voltados aoapoio logístico.

(f) BI Mth - existe um Pel Rec, organizado com elementos com cursosde montanhismo, em vez da Tu Rec. Este pelotão destina-se a preparar rotas deinfiltração em área montanhosa.

(3) Para maiores detalhes sobre as missões atribuídas aos pelotão destaSU, consultar os seguintes manuais:

(a) C 7-15 - COMPANHIA DE COMANDO E APOIO;(b) C 7-35 - BATALHÃO DE INFANTARIA LEVE;(c) C 72-20 - BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA; e(d) C 17-20 - FORÇAS-TAREFAS BLINDADAS.

d. A Cia Fzo é constituída por 1 (uma) Sec Cmdo, 3 (três) Pel Fzo e 1 (um)Pel Ap. (Fig A-3)

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Fig A-3. Estrutura da Cia Fzo

e. A seguir, serão apresentadas as Ba Dout dos diversos QO tipo adotadospelas U Inf.

A-2. BATALHÃO DE INFANTARIA MOTORIZADO

a. Missão - Cerrar sobre o inimigo a fim destruí-lo, utilizando o fogo, omovimento e o combate aproximado, ou manter o terreno, detendo e repelindo oataque inimigo por meio do fogo, do contra-ataque e do combate aproximado.

b. Designação - Orgânico da brigada de infantaria motorizada e do Ex Cmp.

c. Base de planejamento(1) 03 (três) por brigada de infantaria motorizada.(2) Em número variável, como componente das tropas de Ex Cmp.

d. Mobilidade - A do homem a pé.

e. Possibilidades(1) Operar, ofensiva e defensivamente, em terreno variado e em áreas

urbanas, sob quaisquer condições meteorológicas.(2) Particularmente apto para operações de infiltração.(3) Realizar operações com forças mecanizadas e blindadas.(4) Participar em ações de segurança de área de retaguarda.(5) Integrar uma força combinada para operações anfíbias.(6) Participar de operações da defesa interna e em ações de defesa

territorial.(7) Ser reforçado com meios de combate, apoio ao combate e apoio

logístico, ampliando sua capacidade de durar na ação e operar isoladamente.(8) Organizar-se para o combate, compondo estruturas organizacionais

provisórias com meios de combate, apoio ao combate e apoio logístico orgânicosou recebidos do Esc Sp.

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f. Limitações(1) Sua mobilidade tática restringe-se a do homem a pé.(2) Seus meios orgânicos de transporte destinam-se, principalmente,

para as ações de comando e controle, apoio logístico e apoio de fogo orgânicos.(3) Participar, com limitações, em operações aeromóveis, aerotrans-

portadas e ribeirinhas.(4) Limitada proteção contra blindados.(5) Limitada proteção contra os efeitos de armas químicas, biológicas e

nucleares.(6) Limitada ação de choque.(7) Vulnerável a ações aéreas.

A-3. BATALHÃO DE INFANTARIA PÁRA-QUEDISTA

a. Missão - Realizar operações de assalto aeroterrestre para conquistar emanter, por tempo limitado, objetivos importantes à retaguarda do inimigo.

b. Designação - Orgânico da Bda Inf Pqdt.

c. Base de planejamento - 03 (três) por Bda Inf Pqdt.

d. Mobilidade(1) Para o deslocamento estratégico os meios postos a sua disposição.(2) Em combate, a do homem a pé.

e. Possibilidades(1) Participar do estabelecimento de uma cabeça-de-ponta aérea(2) Realizar operações aeroterrestres coladas, organizando-se como

força-tarefa aeroterrestre.(3) Participar de uma força combinada.(4) Adestrar-se para a execução de operações aerotransportadas: de

assalto aeromóvel e ribeirinhas.(5) Realizar operações num quadro de defesa interna e defesa territorial.(6) Realizar operações com grandes unidades blindadas e mecanizadas.(7) Participar de operações de manutenção da paz.(8) Atuar em ambientes com visibilidade reduzida.(9) Compor subunidades ou frações com meios existentes, de acordo

com a missão a ser cumprida.

f. Limitações(1) A maioria de seus meios orgânicos de transporte destinam-se,

basicamente, ao comando e controle, ao apoio de fogo e ao apoio logístico.(2) Ações condicionadas aos meios aéreos para o cumprimento de sua

missão.(3) O assalto aeroterrestre é dependente das condições climáticas e

meteorológicas.(4) Mobilidade tática restrita a do homem a pé.(5) Reduzido apoio de fogo e apoio logístico orgânico que limitam sua

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capacidade de durar na ação a um período de 48 (quarenta e oito) horas.(6) Limitada proteção antiaérea.(7) Limitada proteção contra blindado.(8) Limitada ação de choque.(9) Limitada proteção contra os efeitos de armas químicas, biológicas e

nucleares.(10) Necessidade de apoio de elemento da armas de engenharia.

A-4. BATALHÃO DE INFANTARIA LEVE

a. Missão - Conquistar e manter, por tempo limitado, objetivos à retaguardado inimigo, realizando operações de assalto aeromóvel e infiltrações, a fim decooperar com a manobra do Esc Sp.

b. Designação - Orgânico da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel)

c. Base de planejamento - 03 (três) para 12ª Brigada de Infantaria Leve(Aeromóvel)

d. Mobilidade(1) Para o deslocamento estratégico os meios de transporte postos à sua

disposição.(2) Mobilidade tática proporcionada por aeronaves de asa-rotativas.(3) Em combate, a do homem a pé.

e. Possibilidades(1) Realizar operações de assalto aeromóvel, organizando-se em uma

força-tarefa aeromóvel.(2) Atuar com elevado desempenho no combate noturno e na infiltração

tática.(3) Executar operações sob quaisquer condições de terreno e/ou condi-

ções meteorológicas em missões específicas.(4) Participar de operações aeromóveis e aerotransportadas.(5) Realizar operações num quadro de defesa interna e defesa territorial.(6) Operar sob controle operacional de grandes unidades por períodos

limitados e em missões específicas.(7) Operar em área urbana.(8) Organizar-se para o combate, compondo estruturas organizacionais,

provisórias, com meios de combate, apoio ao combate e apoio logístico orgânicosou recebidos em reforço.

f. Limitações(1) Capacidade de durar na ação, com seus meios orgânicos, restrito a

um período de 48 (quarenta e oito) horas.(2) Vulnerável ao operar em terreno aberto.(3) Sua mobilidade em combate restringe-se a do homem a pé.(4) Reduzido apoio de fogo e apoio logístico orgânicos que limitam sua

capacidade de durar na ação.

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(5) Seus meios orgânicos de transporte destinam-se, principalmente,para as ações de comando e controle, apoio de fogo e apoio logístico.

(6) Vulnerável a ações aéreas.(7) Limitada proteção contra blindados.(8) Limitada ação de choque.(9) Limitada proteção contra os efeitos de armas químicas, biológicas e

nucleares.

Fig A-4. Estrutura organizacional Btl Inf L

A-5. BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA

a. Missão(1) Cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo ou capturá-lo, e conquistar

objetivos de sua posse, utilizando o fogo ou movimento e o combate aproximado.(2) Manter o terreno, detendo e repelindo e/ou destruindo o ataque inimigo

por meio do fogo, do contra-ataque e do combate aproximado.

b. Designação - Orgânico da brigada de infantaria de selva.

c. Base de planejamento - 03 (três) a 04 (quadro) por brigada de infantariade selva.

d. Mobilidade(1) Para o deslocamento estratégico, os meios de transporte postos à

sua disposição.(2) Mobilidade tática proporcionada por meio de transportes terrestres,

fluviais e/ou aeronaves de asa-rotativas.(3) Em combate, a do homem a pé.

e. Possibilidades(1) Operar em área de selva sob quaisquer condições climáticas ou

meteorológicas.(2) Operar com elevado desempenho em condições de pouca visibilidade.

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(3) Realizar a infiltração tática.(4) Participar de operações aeromóveis, com ênfase para o assalto

aeromóvel.(5) Participar de operações aerotransportadas.(6) Realizar operações num quadro de defesa interna e defesa territorial.(7) Compor estruturas provisórias, valor frações, com seus meios

orgânicos, a fim de cumprir missões específicas.(8) Participar de operações ribeirinhas.(9) Empregar suas subunidades descentralizadamente.(10) Atuar na vigilância da fronteira (terrestre ou fluvial) como um todo, ou

por intermédio de subunidades e/ou frações destacadas.(11) Realizar operações táticas fluviais, adequadas às características de

suas embarcações táticas orgânicas.(12) Quando operar autonomamente, sua capacidade de durar na ação

poderá ser ampliada, desde que seja reforçado com meios de combate, apoio aocombate e, principalmente, apoio logístico.

f. Limitações(1) Mobilidade terrestre restrita a do homem a pé.(2) Limitada proteção antiaérea.(3) Limitada proteção contra blindados.(4) Limitada ação de choque.(5) Limitada proteção contra os efeitos de armas químicas, biológicas e

nucleares.(6) Limitada mobilidade motorizada e fluvial.(7) Vulnerável, quando em deslocamento tático fluvial.(8) Dependente do apoio aéreo e de embarcações táticas / administra-

tivas para a realização de operações ribeirinhas.(9) Dependente do apoio de meios aéreos para operar eficazmente em

áreas de grandes dimensões.(10) Marcante dependência dos meios de comunicações.(11) Limitada potência de fogo.(12) Limitada capacidade de operar em regiões desprovidas de cobertura

vegetal típica de selva.(13) Necessidade de receber reforços em material e pessoal, quando

empregado em um quadro de combate de resistência.(14) Dependente do apoio de elementos de engenharia.

A-6. BATALHÃO DE INFANTARIA BLINDADO

a. Missão(1) Cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo, neutralizá-lo ou capturá-lo,

utilizando o fogo o movimento e o combate aproximado.(2) Manter o terreno, impedido, resistindo e repelindo e/ou destruindo o

ataque inimigo por meio do fogo, do contra-ataque e do combate aproximado.

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b. Designação - Orgânico das brigadas de infantaria blindada e cavalariablindada.

c. Base de planejamento(1) 02 (dois) por brigada de infantaria blindada.(2) 01 (um) por brigada de cavalaria blindada.

d. Mobilidade - 100 % móvel.

e. Possibilidades(1) Executar operações ofensivas e defensivas continuadas.(2) Efetuar operações de junção.(3) Realizar a transposição imediata de cursos de água com as viaturas

blindadas das Cia Fzo Bld.(4) Realizar ligações de combate.(5) Operar sob condições de pouca visibilidade.(6) Realizar operações com grandes unidades motorizadas e mecaniza-

das.(7) Realizar operações num quadro de defesa interna e defesa territorial.(8) Compor estruturas provisórias, valor frações, com seus meios

orgânicos, a fim de cumprir missões específicas.(9) Quando operar autonomamente, sua capacidade de durar na ação

poderá ser ampliada, desde que seja reforçado com meios de combate, apoio aocombate e, principalmente, apoio logístico.

f. Limitações(1) Limitada mobilidade estratégica.(2) Mobilidade restrita nos terrenos montanhosos, arenosos, pedrego-

sos, pantanosos e de vegetação densa.(3) Limitada proteção antiaérea.(4) Limitada capacidade de atuar sob condições meteorológicas adver-

sas, que reduzem sua mobilidade.(5) Limitada potência de fogo ao operar em áreas edificadas e de

vegetação densa(6) Limitada capacidade de operar em terreno onde existam meios

anticarro e obstáculos artificiais inimigos.(7) Dificuldade em assegurar o sigilo das operações, em virtude do ruído

e da poeira produzidos em deslocamentos.(8) Capacidade de atuar limitada à existência de rede rodoviária, seja em

deslocamentos administrativos, seja em operações através campo.(9) Necessidade de apoio de elementos de engenharia, artilharia,

logística e meios aéreos (Aviação do Exército e da Força Aérea).(10) Necessidade de volumoso apoio logístico, particularmente dos

suprimentos de classe III, V e IX.

A-6

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A-7. BATALHÃO DE INFANTARIA DE MONTANHA

a. Missão - Cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo ou capturá-lo, utilizandoo fogo, o movimento e o combate aproximado, ou manter o terreno, defendendoe repelindo o ataque inimigo por meio do fogo do contra-ataque e do combateaproximado.

b. Designação - Orgânico da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada.

c. Base de planejamento - 01 (um) para a 4ª Brigada de InfantariaMotorizada, podendo integrar outros forças no teatro de operações (TO).

d. Mobilidade(1) Mobilidade estratégia de acordo com os meios de transporte postos

a sua disposição(2) Mobilidade tática de acordo com as aeronaves de asa-rotativa postos

a sua disposição.(3) Em combate, a do homem a pé.

e. Possibilidades(1) Participar de operações ofensivas e defensivas em área montanhosa.(2) Atuar em áreas montanhosas em quaisquer dos prováveis TO, que

exijam técnicas de montanhismo, visando, em especial, liberar ou bloquearregiões de passagem.

(3) Realizar a infiltração tática, em especial em regiões montanhosas doTO, visando atuar na área de retaguarda do inimigo.

(4) Realizar operações de reconhecimento em área montanhosa.(5) Constituir elementos especializados para apoiar as ações de tropas,

que não de montanha, empregadas em regiões montanhosas.(6) Realizar incursões com seus elementos de manobra.(7) Atuar ofensiva e defensivamente em áreas urbanas e em terreno

variado sob quaisquer condições meteorológicas.(8) Empregar suas peças de manobra de forma descentralizada.(9) Realizar operações de assalto aeromóvel ou aerotransportadas,

quando for alocado o adequado apoio de meios aéreos.(10) Participar de operações de defesa interna e de ações de defesa

territorial.(11) Ser reforçado com meios de combate, apoio ao combate e apoio

logístico ampliando sua capacidade de durar na ação e de operar isoladamente.(12) Organizar-se para o combate compondo estruturas provisórias com

seus elementos de combate, apoio ao combate e apoio logístico, orgânicos e/ouposto à sua disposição pelo Esc Sp.

(13) Atuar com elevado desempenho no combate noturno.

f. Limitações(1) Vulnerável ao operar em terreno aberto.(2) Vulnerável às ações aéreas.(3) Limitada ação de choque.(4) Limitada proteção contra os afeitos de armas químicas, biológicas e

A-7

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C 7-20

A-10

nucleares.(5) Limitada proteção contra blindados.(6) Reduzida capacidade de durar na ação.(7) Reduzida capacidade ao participar de uma operação de transposição

de curso de água, considerando como obstáculo de vulto.

A-8. BATALHÃO DE CAÇADORES / BATALHÃO DE INFANTARIA

a. Missão(1) Realizar operações de defesa interna e territorial.(2) Contribuir, com suas companhias de fuzileiros na defesa externa, para

o completamento das estruturas organizacionais dos batalhões de infantariamotorizado - Tipo II, previstos para serem empregados nos prováveis TOT.

(3) Participar como força de defesa de área de retaguarda do TOT.

b. Designação - Orgânico de grandes comandos operacionais e logísticos.

c. Base de planejamento - Distribuído de acordo com os planejamentospara a articulação da força terrestre.

d. Mobilidade - Uma companhia de fuzileiros com 100% de mobilidade emviaturas sobre rodas.

e. Possibilidades(1) Receber e enquadrar reforços (meios de apoio ao combate e logístico),

ampliando a sua eficiência operacional.(2) Utilizar qualquer meio de transporte mobilizável para os seus deslo-

camentos.

f. Limitações(1) Não dispõe de armamento orgânico, de tiro curvo (morteiro pesado)

e anticarro, para propicionar o apoio de fogo as suas peças de manobra.(2) Não tem as condições necessárias para ser empregado, como um

todo, em missões na zona de combate.(3) Mobilidade restrita, a do homem a pé.

A-8

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A-11

C 7-20

Fig A-5. Estrutura organizacional Btl Cçd/Btl Inf

A-9. BATALHÃO DE FRONTEIRA

a. Missão - Cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo ou capturá-lo, econquistar objetivos de sua posse, utilizando o fogo, o movimento e o combateaproximado, ou manter o terreno, detendo e repelindo o ataque inimigo por meiodo fogo, do contra-ataque e do combate aproximado.

b. Designação - Orgânico da brigada de infantaria de fronteira.

c. Base de planejamento - 03 (três) por brigada de infantaria de fronteira.

d. Mobilidade(1) Mobilidade tática proporcionada por meios de transporte terrestre e

fluvial e/ou das aeronaves de asas rotativas.(2) Em combate, a do homem a pé.

e. Possibilidades(1) Realizar operações ofensivas e defensivas em área do pantanal,

particularmente a infiltração tática, a defesa de Ponto Forte e os movimentosretrógrados.

(2) Operar sob quaisquer condições climáticas ou meteorológicas,particularmente sob variações bruscas de temperatura.

(3) Participar de operações de defesa interna e de ações de defesaterritorial.

(4) Participar de operações aeromóveis.(5) Participar de operações aerotransportadas e ribeirinhas.(6) Compor estruturas provisórias, valor fração, com seus meios orgâni-

cos, a fim de cumprir missões específicas.(7) Empregar suas SU descentralizadamente.

A-8/A-9

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A-12

(8) Atuar na vigilância da fronteira (terrestre ou fluvial) como um todo, oupor intermédio de elementos destacados.

(9) Realizar operações táticas fluviais adequadas às características desuas embarcações táticas orgânicas.

(10) Participar de operações conjuntas ou combinadas.(11) Quando operar autonomamente, sua capacidade de durar na ação

poderá ser ampliada, desde que seja reforçado com elementos de combate, deapoio ao combate e, principalmente, de apoio logístico adequados ao emprego emárea do pantanal.

f. Limitações(1) A maioria dos seus meios orgânicos de transporte destina-se,

basicamente, ao apoio logístico e apoio de fogo orgânicos.(2) Mobilidade terrestre restrita à do homem a pé.(3) Limitada:

(a) proteção contra blindados;(b) proteção contra os efeitos de armas químicas, biológicas e

nucleares;(c) ação de choque;(d) capacidade de operar nas épocas de cheias do pantanal; e(e) potência de fogo.

(4) Vulnerável às ações aéreas inimigas.(5) Dependente do apoio de meios aéreos e/ou embarcações táticas e

logísticas para operar eficazmente em áreas do pantanal.(6) Marcante dependência dos meios de comunicações.(7) Dependente do apoio de elementos de engenharia.

A-9

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B-1

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ANEXO B

MEMENTO DO ESTUDO DE SITUAÇÃO

SISTEMA MANOBRANÍVEL UNIDADE

“Mais difícil do que colocar uma idéia nova na mente dos militares, édela retirar os conceitos antigos”

Est Sit Normas de CmdoRcb Mis Prov InAnl Mis Obs e Plj Rec/ RecSit e L Aç Est SitAnl L Aç opostas Est SitComparação L Aç Est SitDcs Est Sit--- Ordens e Fisc

ESTUDO DE SITUAÇÃO CONTINUADO

1. MISSÃO

a. Intpr da intenção e da Mis do Esc Sp (dois níveis acima) (Cmt)

b. Enunciado ( EM )- Do Prf 2º e 3º da O Op e do Clc Op do Esc Sp, O Par, O Frag, Ctt pessoais,

Instr Rcb dentre outros

c. Finalidades ( EM )- Para que?

d. Ações a realizar ( EM )- Impostas - Deduzidas

e. Seqüência das ações ( EM )

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f. Condições de execução ( EM )- Quadro-horário (ordem inversa)- Z Ação / área de influência- Revi P Dism Tat (até 2 Esc acima quando for o caso)- Facilidades e restrições- Outras

g. Cnsd sobre a A Op ( EM )- Cnsd Sum Ter, Condc Meteo e Ini- Det da área de interesse inicial

h. Conclusão (EM)- Proposta do novo enunciado (QUE e PARA QUE)- Aprovação do novo enunciado- Concl das Condc Exec

j. Dtz Plj (Cmt)- Novo enunciado- Intenção inicial do Cmt- Orientação ao EM e Elm Subrd para o Pross Est Sit

* Obj Dcs(Ofs) ou R Capt Def (Def) (sfc)* Fatores para comparação L Aç* Outros

2. SITUAÇÃO E LINHAS DE AÇÃO

Nesse momento, cada Of de EM realizará o seu Est Sit específico. Tal estudonão é sequencial e há uma intensa troca de Info entre as seções.

- S1: Log de pessoal- S2: inteligência- S3: operações- S4: Log de material- Um Of do EM assumirá as Mis atinentes a Ass Civ.

a. Cnsd que afetam as possíveis L Aç(1) Det da A Op (S2 e S3)

- Z Aç/Área de influência- Det da área de interesse- Aprv da proposta da A Op (Cmt)

(2) Análise do Ter e das Condc Meteo (S2)(a) Base de dados(b) Idt dos aspectos a conhecer(c) Elaboração do Eqm dos aspectos gerais doTer e dos Elm Meteo

1) Terreno- Elb dos Clc dos aspectos gerais

* Vegetação e Relevo* Nat do solo e Hidrografia* Obras de arte e Loc

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2) Condc Meteoa) Elm Meteo

- Crepúsculo- Fases da lua- Condc atmosféricas

* Temperatura* Precipitações* Nebulosidade* Umidade* Ventos

- Outros Elmb) Elb Clc dos efeitos das Condc Meteo

- Nevoeiro/Neblina- Precipitações- Ventos- Outros

(d) Integração do Ter com as Condc Meteo- Elb do Clc de restrições ao Mvt

(e) Idt CM e VA- Elb do Clc CM e VA

(f) Análise do terreno- Obs e Cmp Tir- Cobertas e abrigos- Obstáculos- Acdt Cpt- Outros aspectos (Fx Infl, rotas de Aprox Ae)- Comparação das VA

* Aprx dos meios* Tomada do Dspo* Extensão* Prog Inf/CC* Orientação para o Obj* Dominância* Espaço para Man* Dsloc armas de Ap* Ap F* Outros

- Vtg e Dvtg de cada VA e seleção das VA que mais favoreçam a Mis

- OBSERVAÇÃO: os itens para comparação das VA poderão se modificar deacordo com a Op realizada.

(g) Efeitos do Ter e das Condc Meteo sobre as Op Mil (Para o Ini/Amg)1) Efeitos do Terreno

- VA mais favoráveis Atq/Def- Nr Pç Man que podem ser Ut- Efeitos das Cnvg VA

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- Efeitos dos estrangulamentos- Outros

2) Efeitos das Condc Meteo- Transitabilidade- Visibilidade- Emprego de Fumígenos- Pessoal e Material

(3) Avaliação do inimigo (S2)(a) Mntg e atualização do banco de dados do Ini(b) Anl dos fatores da O Bat Ini

- Dspo- Composição- Valor- Atv Import, recentes e atuais- Peculiaridades e Dfc

* Pessoal* Inteligência* Operações e Instrução* Logística* Ass Civ* Personalidades

(c) Confecção dos Clc Sit Ini- Det das possíveis atitudes e formas de Man do Ini (Que? Quando?

Onde? Com que valor?)- Det da ordem sequencial de Man Ini- Elb dos Clc Sit Ini

(4) Nossa Situação (S3)- Efetivo- Composição- Dispositivo- Situação logística- Moral- Instr e Adst- Ap Cmb- U Viz e interposta- Deficiências- Condc de Tp e Epc

* Dist e Tp de Perc* Duração Provl da Op

- Outras informações(5) Poder Relativo de Combate (S3)

(a) Fatores da comparação- Elm Man- Ap F, GE, Ae, Eng e Log- C²- Mobilidade- Terreno

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- Dspo- Outros

(b) Conclusão- Aumentar as Dfc Ini- Minorar as nossas Dfc- Desequilibrar os fatores que não apresentam Vtg marcantes.

b. Integração (S2)(1) Idt dos Prov Obj / R Bloq e atitudes do Ini.(2) Mntg e Anl das Prov L Aç Ini.

- Clc e matriz das L Aç Ini(3) Prio e detalhamento das L Aç Ini

- L Aç mais Prov e mais perigosa no mínimo).(4) Mntg do Clc e da matriz de Evt

c. Nossas L Aç (S3)Nesse momento , os Of do EM auxiliam na Mntg das L Aç nos aspectos

específicos de cada área.(1) Elm Essenciais

- Que: Aç a Rlz- Quando: Início da Aç- Onde: por e para onde- Como: Dspo e EsforçoSequência da Mntg de uma L Aç

(2) No Atq Coor(a) Passos preliminares

- Seleção da frente- Forma de Man- Obj Dcs

(b) Seqüência da Mntg- OI- Reg Man- VA Atq Pcp- VA do(s) Atq Scd- Valor da reserva- Aç na Fr não Sel

(3) Risco de fratricídio(4) Mntg do(s) Eqm Man da(s) L Aç levantadas

Sequência da Mntg de uma L Aç(5) Na Defesa em Pos

(a) Rst a ser adotada nas VA- R Blq junto ao LAADA- R Blq em Prof que permite C Atq- R Blq mais em Prof- Traçado das PMA- Grau de Rst Adms

(b) P Cmb na ADA

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B-6

(c) P Cmb da Res e sua Loc(d) P Cmb na F Seg e sua Loc(e) Ajustamento das L Aç

3. ANÁLISE DAS L Aç OPOSTAS (EM)

a. Sel das L Aç do Ini- L Aç mais Prov e mais perigosa (no mínimo)...Uma sequência do jogo da guerra numa Op de Atq Coor

b. Anl propriamente dita(1) L Aç Nr 1 X L Aç mais Prov Ini

(a) Det P Cmb que Ini possui até R Obj(b) Det P Cmb Nec p/ Conq Obj impostos(c) Análise do movimento (*)

- Z Reu – P Atq- P Atq – LP- LP – Rpto Pos Ini- Rupt Pos Ini – Obj- Aç após Conq Obj final- Matriz de sincronização (registro)

(*) Em todas as fases abordar, fruto da atuação do Ini (sfc):(*) Em todas as fases abordar, fruto da atuação do Ini (sfc):

- Esc Atq, Atq Pcp e Scd, Ap F e Coor, Res e risco defratrícidio.

- Atq Pcp detido- Atq Scd detido

(d) Conclusões- Det aperfeiçoamentos: Dspo In, Atq Pcp e Scd, Ap F, Ini, Ter, Res

e Obj finais;- Responder que,quando,onde e como?- Det resultados Provl;- Levantar Vtg e Dvtg;- Sincronizar as Aç no C Bat (1ª fase – S Cmt);- Cnsl Pcp G;- Confeccionar o Clc Ap Dcs e matriz de sincronização.

(2) L Aç Nr 1 X L Aç mais perigosa IniUma sequência do jogo da guerra numa Op de Def em Pos

b. Anl propriamente dita(1) L Aç Nr 1 x L Aç mais Prov Ini

(a) Det P Cmb Ini(b) Det P Cmb Nec barrar Prog Ini(c) Análise do movimento

1) Esc Seg- Como reagem os PAC?- Valor, Ct e encargo?

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- Obs em Prof?- O que acontecerá quando o PAC retrair?

2) ADA- Compatibilidade com as VA a barrar;- Ut dos Cj topotáticos;- Equilíbrio da Def.

3) A Res- Como reage a Res (valor, flexibilidade, Psb de emprego...)- Dire C Atq e Psb de emprego de CC...

(d) Conclusões- Det aperfeiçoamentos: PAC (sfc), ADA, Res, Ap F, Ini, Ter e Res;- Det resultados Provl;- Levantar Vtg e Dvtg;- Sincronizar as Aç no C Bat (1ª fase – S Cmt);- Confeccionar o Clc Ap Dcs e matriz de sincronização.

(2) L Aç Nr 1 X L Aç mais perigosa

4. COMPARAÇÃO DAS L Aç (EM)

a. Processo das Vtg e Dvtg- L Aç Nr 1: Vtg e Dvtg- L Aç Nr 2: Vtg e Dvtg- Conclusão: a melhor L Aç é a de Nr__

b. Processo dos F de comparaçãoExemplo de fatores na ofensiva(1) Terreno

- Aç 1 - Vtg e Dvtg;- L Aç 2 - Vtg e Dvtg;

(2) Rapidez(3) Dspo Ini(4) Nosso Dspo(5) Pcp G

- Objetivo;- Ofensiva;- Manobra;- Massa;- Economia de forças;- Unidade de comando;- Segurança;- Surpresa; e- Simplicidade.

(6) Diretriz do Cmt- Outros fatores emitidos pelo Cmt poderão passar a ter preponderância

na comparação, consubstanciadas nas suas diretrizes de planejamento.(7) Conclusão:a melhor L Aç é a de Nr___ (Ret/Rat L Aç mais perigosa)

Exemplo de fatores na Def em Pos

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b. Processo dos F de comparação(1)Terreno

- L Aç 1- Vtg e Dvtg;- L Aç 2- Vtg e Dvtg;

(2) Nosso Dspo(3) Dspo Ini(4) Pcp G e Dtz Cmt(5) Conclusão:a melhor L Aç é a de Nr___

5. DECISÃO (Cmt)

- Quem? Que? Quando? Onde? Como? Para que? Prio F?

- Intenção final do Cmt;

- Sincronização das Ações(Ensaio - 2ª fase - S Cmt)

Est Sit de Conduta

*OBSERVAÇÃO: Caso a conduta já esteja prevista na Matriz de Sincroniza-ção, visualizada na Anl das L Aç opostas, fases do Est Sit de conduta poderãoser suprimidas

1. ANÁLISE DOS FATORES DA Dcs

a. Missão- Como vem sendo cumprida?

b. Inimigo- Sit atual do Ini.

c. Terreno- VA (C Atq Amg/Ini ou continuar Prog).

d. Meios- Qual a Sit dos nossos Elm e dos vizinhos?- Qual a Sit do nosso Ap F?- Qual o Elm que poderemos dispor para influir?

e. Tempo- Qual o tempo para intervir pelo F, sfc?- Qual o tempo para Ut da Res?

2. INTERVIR OU NÃO INTERVIR?

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3. COMO INTERVIR- Com fogos?- Reforçando?- Ut a reserva?- Alterando as Mdd Coor Ct?- Combinação das anteriores?

4. LEVANTAMENTO DAS NOSSAS L Aç

- O QUE?QUANDO?ONDE?COMO?

5. Anl DAS L Aç OPOSTAS (SUMÁRIA)

- Nossa L Aç X L Aç atual Ini

- Sincronização das ações

6. COMPARAÇÃO DAS NOSSAS L Aç

a. Terreno- Ut a VA mais curta e orientada?- Ut a VA dominante?- Ut a VA pouco compartimentada?- Ut a VA que incide no Fln Ini?

b. Rapidez- Qual a L Aç mais rápida? (verificar Ref Ini)

c. Dspo Ini- Incide onde o Ini é mais fraco?

d. Nosso Dspo- Ut os meios mais potentes?- Ut os meios mais aptos e compatíveis com a VA de conduta?

e. Pcp G

f. Dtz Cmt

f. Outros

7. DECISÃO DE CONDUTA- O QUE? QUANDO? ONDE? COMO? PARA QUE? Prio F(sfc)?- Matriz de Sincronização(S Cmt - 3ª Fase da Sincronização)“A doutrina militar é dinâmica e evolutiva; não deve ser importada, nem

improvisada; porque a validade dos conceitos nela embutidos depende dasespecificidades de sua nação”.

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C-1

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ANEXO C

EXEMPLOS DE ORDENS DE OPERAÇÕES E ESQUEMAS DEMANOBRA

C-1. EXEMPLO DE PARÁGRAFO 1º DE UMA ORDEM DE OPERAÇÕES

___________________(Classificação Sigilosa)

(Não modifica ordens verbais)

EXEMPLAR Nr 4 de 7 cópias522º BI MtzR Faz FORQUILHAD - 1 / 1500GB - 350

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 10

Ref: Crt SP, 1 / 20000 - VILA D’OESTE

1. SITUAÇÃO

a. Forças Inimigas(1) An A: Clc Sit Ini.(2) Têm caído tiros de Art 105 e 155 mm em toda a frente.(3) Os trabalhos de OT foram iniciados na segunda parte da jornada de D-3.(4) A F Ae Vm tem realizados vôos de reconhecimento sobre nossas

posições.(5) Há indícios de que o Ini tem capacidade de Rlz Atv de MEA, CME e MPE.

___________________(Classificação Sigilosa)

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C 7-20

C-2

___________________(Classificação Sigilosa)

(6) O inimigo pode:(a) defender, desde já, suas atuais posições, com 4 Pel Inf Mec

apoiados por Mrt P, Art 105, 155 e meios aéreos disponíveis;(b) atacar, a qualquer momento, em qualquer parte da frente, com 4

Pel Inf Mec apoiados por Mrt P, Art 105, 155 e meios aéreos disponíveis;(c) continuar defendendo a região de Altu P Cot 495 (6579) – CASA

ISOLADA (6578) com a 3ª(-3º Pel Inf Mec)/431º RI Mec;(d) atuar, a partir do estabelecimento do contato, em qualquer parte

da frente, mediante incursão de pequenos efetivos;(e) Rfr as Aç de Atq ou de Def na R SW de CASA ISOLADA (6578)

e/ou na R W de P Cot 495 (6478) com todos ou parte dos seguintes Elm:1) 3ª(-3º Pel Inf Mec)/431º RI Mec, na R P Cot 495 (6579), desde já;2) Tropa de infantaria mecanizada, identificação e valor não

confirmados, provavelmente o 433º RI Mec (- 1º e 2ª Cia Fuz Mec), em Z Reuna R Altu E de COTA DA TORRE (6779), 20 minutos após o início de seudeslocamento motorizado;

3) 1ª/433º RI Mec em Z Reu na R Altu P Cot 491 (6975), 25 minutosapós o início do seu deslocamento motorizado;

4) Tropa de infantaria, valor, natureza e identificação não confirma-dos, provavelmente a 2ª/432º RI Mec na região de COTA DA PEDRA (6775), 35minutos após o início do seu deslocamento motorizado;

5) 1º RI Mec da 42ª Bda Inf Mec, identificação desconhecida, emZ Reu na R Altu SE de P Cot 502 (7080), 40 minutos após o início do seudeslocamento motorizado;

6) Unidade de CC, valor e identificação desconhecidos, em Z Reuna R Altu NE de COTA DA ÁRVORE (6781), 25 minutos após o início do seudeslocamento motorizado;

7) Elm do 43º Esqd C Rec em local e prazo ignorado;8) Dois RI Mec da 42ª Bda Inf Mec em Loc e prazos ignorados;9) 42º Esqd C Rec, em Z Reu na R Altu Faz DO BRUNO (7070),

35 minutos após o início do seu deslocamento motorizado; e10) 121º RC Rec, em Z Reu na R Altu SÍTIO FLORIDO (6889), 35

minutos após o início do seu deslocamento motorizado.(f) retrair, a qualquer momento, para E.(g) retardar em suas atuais posições e, particularmente, na L Altu P

Cot 495 (6579) – CASA ISOLADA (6578).(7) Linha de ação mais provável:

- Defender, desde já, as linhas de alturas 450 NW - SE e 460 NW -SE Cor DA UVA (6478) com a 2ª Cia Inf Mec (+3º/3ª Cia Inf Mec), reforçada porelementos da 3ª(-3º Pel Inf Mec)/431º RI Mec [em Z Reu na R Altu E P Cot 495(6579)], que contra-atacam para restabelecer posições a partir da R Altu E PCot 495 na direção R Altu 450-NW Cor DA UVA ou a partir da R Altu E CASAISOLADA (6578) na direção R Altu 450 SE Cor DA UVA.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-1

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C-3

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___________________(Classificação Sigilosa)

(8) Linha de ação mais perigosa:- Defender, desde já, as linhas de alturas 450 NW - SE e 460 NW -

SE Cor DA UVA (6478) com a 2ª Cia Inf Mec (+3º/3ª Cia Inf Mec), reforçada porelementos do 3º Esqd C Rec [em Z Reu na R Altu P Cot 575 (6682)], que contra-atacam empregando meios blindados para restabelecer posições a partir da RAltu P Cot 575, na direção R Altu 450 NW Cor DA UVA, através da Via A deNE para NW (pouco adequada, porém não impeditiva para seu emprego),surpreendendo as nossas forças e depreciando significativamente o poder decombate da subunidade que mobilia aquela Via A.

b. Forças Amigas(1) A intenção do Cmt da 52º Bda Inf Mtz é, a fim de permitir o Pross da

12ª DE para E, eliminar as F Ini em sua área de influência, dominar as Altu quese debruçam sobre a Loc de VILA D’OESTE (6880), Rdv 24 (6480) e Rdv 49(6980). Ao final de missão, tomar um Dispc que Psb Ap Ultr de nossas Tr comespecial atenção às Via A Ini que incidam nos nossos Obj finais por N e S [ Rdv23 (6879)] e E pela Rdv 24, bem como controlar os acessos à Loc de VILAD’OESTE.

(2) A 52ª Bda Inf Mtz atacará para Conq e Mnt as Altu de COTA DA TORREe COTA DA ÁRVORE.

(3) A 15ª DE atacará ao S de nossa Z Aç.(4) O 521º BI Mtz atacará ao N de nossa Z Aç.(5) Elm do 582º BI Mtz/ 58ª Bda Inf Mtz encontram-se em Ctt com o Ini

e Ap Dbc do nosso Atq.(6) O 52º GAC 105 AR está em Ap G à Bda, com Prio F para o Btl.(7) A 2ª/122º BE Cmb está em Ap Spl Epfc à nossa Bda.(8) O 2º/52ª Cia E Cmb está em Ap Dto ao Btl.(9) A F Ae Conq e pode manter a Sp Ae na R Op.

c. Meios Recebidos e Retirados(1) Meios recebidos

- 2º / 2º / 52º RCC a partir de D - 1 / 0800(2) Meios retirados

- Nenhum___________________(Classificação Sigilosa)

C-1

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C 7-20

C-4

C-2. EXEMPLO DE ORDEM DE OPERAÇÕES DE MARCHA PARA O COMBATE(PARÁGRAFOS 2º e 3º) E DE ESQUEMA DE MANOBRA

a. Ordem de Operações_________________

(Classificação Sigilosa)

(Não modifica ordens verbais)

EXEMPLAR Nr__de___cópias522º BI MtzAPUCARANAD-1/1200JNAP - 3

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 1

Ref: Crt PARANÁ, 1/50.000, Fl CAMPINAS BELAS, PRUDENTÓPOLIS

1. SITUAÇÃO

.......................................................

2. MISSÃO

a. Realizar uma M Cmb Mtz Cob, a partir de D-1/1400, como Vgd da Bda,na Dire APUCARANA - RESERVA - COXILHA NEGRA - CAMPINAS BELAS- IMBITUVA - (EIXO DE PROGRESSÃO AMARELO), até a L Ct ESTRIBO.Nesta R , ultrapasando Elm do 12º R C Mec, passar a realizar uma M Cmbdescoberta para conquistar a região de Altu SE de IMBITUVA(4009). Desta Rficar ECD prosseguir para S ou de manter para apoiar uma ultrapassagem. Tudocom a finalidade de permitir à 52ª Bda Inf Mtz a conquista das alturas SE deIMBITUVA e BARROCAS(4311).

b. A minha intenção é, recalcar para S e destruir se possível o Ini ao longodo E Prog, atingir com rapidez e com o mínimo de baixas a região de Altu SEde IMBITUVA. Após a Conq do Obj imposto, adotar um dispositivo que impeçao Ini de reconquistá-lo, priorizando a vigilância sobre a Rdv 183. Caso prossigacomo Vgda da Bda empregar como Esc Cmb, uma SU que se encontrava em2º Esc.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

(a) O 522º BI Mtz (+2º/2º/52º RCC + 2º/52ª Cia E Cmb) realizará umaM Cmb Mtz coberta, constituindo a Vgd da 52ª Bda Inf Mtz no E Prog AMARELO

_________________(Classificação Sigilosa)

C-2

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C-5

C 7-20

_________________(Classificação Sigilosa)

em coluna de marcha até a R de COXILHA NEGRA, onde ocupará Z Reu, coma 3ª Cia Fuz compondo o 1º grupamento e o 522º BI Mtz (- 3ª Cia Fuz )compondo o 2º grupamento de marcha.

(b) Em D/0500 prosseguirá o Mvt, em marcha de aproximação, coma FT 1 (1ª Cia Fuz + 2º/2º/52º RCC + 2º/52ª Cia E Cmb) constituindo o Esc Cmb,até a L Ct ESTRIBO. Nesta R, ultrapassando Elm do 12º R C Mec, passará arealizar uma M Cmb descoberta, com a FT 1 como Esc Cmb para conquistara R de Altu SE IMBITUVA(4009)(O1) . Desta região, ficará ECD prosseguir parao S ou manterá para apoiar uma ultrapassagem.

(c) An B - Calco de Operações (omitido)(2) Fogos

(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prio F- Até COXILHA NEGRA - 3ª Cia Fuz- Após COXILHA NEGRA - FT 1

2) Diretrizes de fogos.....................................................................................

b. 1ª Cia Fuz- A partir de COXILHA NEGRA, Mdt O:

- Ser Rfr com o 2º/2º/52º RCC, passando a constituir a FT 1- Ser Rfr com o 2º/52ª Cia E Cmb

c. 2ª Cia Fuz- A partir de COXILHA NEGRA, Mdt O:

- Ser Rfr com a 2ª Sec AC/Pel AC/Cia C Ap- Reforçar o Pel C / Cia C Ap com 1 GC

d. 3ª Cia Fuz (+ 1ª Sec AC / Pel AC / Cia C Ap + 2º/ 52ª Cia E Cmb)(1) Ocupar uma P Bloq em COXILHA NEGRA.(2) A partir de COXILHA NEGRA, Mdt O:

- Perde a 1ª Sec AC / Pel AC/Cia C Ap que reverte ao Ct do respectivoPel

- Perde o 2º/52ª Cia E Cmb que integra a FT 1

e. 2º/2º/52º RCC- A partir de COXILHA NEGRA, Rfr a 1ª Cia Fuz, que passa a constituir

a FT 1, Mdt O.

f. Apoio de Fogo(1) Pel AC

(a) Até COXILHA NEGRA:- Pel AC (-1ª Sec AC): Aç Cj

_________________(Classificação Sigilosa)

C-2

Page 501: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

C-6

_________________(Classificação Sigilosa)

- Rfr a 3ª Cia Fuz com a 1ª Sec AC(b) A partir de COXILHA NEGRA:

- Pel AC (- 2ª Sec AC): Aç Cj.- Rfr a 2ª Cia Fuz com a 2ª Sec AC

(2) Pel Mrt Me- Até COXILHA NEGRA: Aç Cj- A partir de COXILHA NEGRA, Ap Dto à FT 1.

(3) An C: PAF (omitido)

g. Cia C Ap- Pel C

- Ser Rfr pelo 2º/2º/2ª Cia Fuz em COXILHA NEGRA, Mdt O- Constituir, Mdt O, um DSR (Tu Rec/Gp S2 + 1 GC/2ª Cia Fuz )

h. Prescrições Diversas(1) Condições de Mvt Elm coluna de marcha:

- 3ª Cia Fuz - Cln aberta de marcha- Elm Mtz e CC a 24 km/h

(2) Os reforços deverão ser apresentados em D/0400, na R de COXILHANEGRA, exceção feita aos Elm que Rfr a 3ª Cia Fuz inicialmente.

(3) As 2ª e 3ª Cia Fuz deverão ficar ECD destacar Fg ou DSR valor Pel FuzRfr, Mdt O.

(4) An D - Quadro de Movimento (omitido)(5) EEI

(a) O Ini atuará? Em que linhas, quando, com que valor?(b) As F Irrg têm atuado ao longo dos eixos? Com que valor?

_________________(Classificação Sigilosa)

b. Esquema de Manobra

C-2

Page 502: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-7

C 7-20

C-3. EXEMPLO DE ORDEM DE OPERAÇÕES DE ATAQUE COORDENADO(PARÁGRAFOS 2º e 3º) E DE ESQUEMA DE MANOBRA

a. Ordem de operações de manobra de penetração

___________________(Classificação Sigilosa)

(Não modifica ordens verbais)

EXEMPLAR Nr 5 de _____cópias.522º BI MtzR P Cot 479 (7911)D-1/2000DEW - 35

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 9

Ref:Crt SP, Esc 1/25.000, Fl FOZ DO Rib Sto ANTÔNIO - MAGDA

1. SITUAÇÃO.......................................................

2. MISSÃO

a. Ultrapassando 1ª/562º BIMtz, atacar, em D/0530, na Dire P Cot 513(8116)- COTA REDONDA(8420), para conquistar a Altu de CANUDOS(8320) e COTAREDONDA, ficando ECD prosseguir para N-NE ou manter para apoiar umaultrapassagem. Tudo com a finalidade de permitir a 52ª Bda Inf Mtz a conquistada L Altu CANUDOS - COTA REDONDA - P Cot 535(8519).

b. A intenção do Cmt Btl é, a fim de permitir que a 52ª Bda Inf Mtz abra oprosseguimento da 12ª para o Norte, penetrar no dispositivo inimigo, procurandoatingir COTA REDONDA no mais curto prazo evitando o emprego da reservablindada do inimigo em nossa zona de ação. Para tal, deve-se buscar manter,ao máximo, a impulsão e a potência do Atq Pcp. Se vier a prosseguir, pretendoempregar a 1ª Cia Fuz no Atq Pcp, constituindo uma FT.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da operação(1) Manobra

(a) O 522º BI Mtz (522º BI Mtz + 2º/2º/52º RCC) ,ultrapassando a 1ª/562º BIMtz, realizará um Atq de penetração na direção P Cot 513 - COTAREDONDA, com a FT 1 a SE, Rlz o Atq Pcp, para conquistar TALHADO(8318)(O2), e com a 2ª Cia Fuz a NW, para conquistar TAQUARA(8319) (O1). Apósa conquista de 01 e 02 prosseguirá no Atq, na mesma Dire, com a FT 3 a SE,

___________________(Classificação Sigilosa)

C-3

Page 503: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

C-8

___________________(Classificação Sigilosa)

Rlz o Atq Pcp, para conquistar COTA REDONDA (O4) e com a 2ª Cia Fuz a NWpara conquistar CANUDOS (O3).Em 03 e 04, ficará ECD prosseguir para N-NE ou manterá para apoiar uma ultrapassagem.

(b) Anexo B - Calco de Operações(2) Fogos

(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prio F:- Até a Conq de O1 e O2: FT 1- Após a Conq de O1 e O2: FT 3

2) Haverá uma preparação entre D/0520 e D/0540;3) Diretrizes de fogos

...........................

b. FT 1 (1ª Cia Fuz +2º/2º/52º RCC)- Após a conquista de 01- 02:

- Perde o 2º/2º/52º RCC, que Rfr a 3ª Cia Fuz, a qual passará aconstituir a FT 3, Mdt O.

- Mnt para Ap Ultr da FT 3.- Passar à Res, Mdt O.

c. 2ª Cia Fuz

d. Apoio de Fogo(1) Pel AC

- Pel (- 2ª Sec AC) em Aç Cj;- 2ª Sec AC em Ap Dto à 2ª Cia Fuz.

(2) Pel Mrt Me- Aç Cj

(3) An C: PAF (omitido)

e. Engenharia(1) Generalidades

- A 1ª/121º BEC em Ap Spl Epcf irá abrir uma Bre no C Mna na Z Açda FT1.

(2) O 2º/52ª Cia E Cmb- prover a mobilidade do Esc Atq

f. Reserva(1) Até a Conq de 01 e 02

- 3ª Cia Fuz- Após a Conq de 01 e 02:

- Será Rfr com o 2º/2º/52º RCC, constituindo a FT 3, Mdt O;- Ultr a 1ª Cia Fuz.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-3

Page 504: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-9

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(2) Após a Conq de 01 e 02, Mdt O- 1ª Cia Fuz

g. Prescrições Diversas(1) A 1ª/562º BIMtz e seus Elm Ap apoiarão o desembocar do nosso

ataque;(2) Mvt para a P Atq: An D (Q Mvt) (omitido);(3) Hora de assunção do comando da Z Aç: D/0520;(4) An E: Plano de Ultrapassagem;(5) EEI:

- É possível o emprego dos CC através do C Mna?- A 2ª(-1º Pel Fuz)/112º RI Mec e o 113º CC permanecem em Z Reu?- Foi identificado alguma outra tropa inimiga, não constante do quadro

de reforço, deslocando-se para a A Op?

___________________(Classificação Sigilosa)

b. Esquema de Manobra

C-3

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C 7-20

C-10

c. Ordem de operações de manobra de desbordamento com E Prog

_________________(Classificação Sigilosa)

(Não modifica ordens verbais)

EXEMPLAR Nr__de___cópias522º BI MtzAPUCARANAD-1/1200JNAP - 3

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 1

Ref: Crt PARANÁ, 1/50.000, Fl CAMPINAS BELAS, PRUDENTÓPOLIS

1. SITUAÇÃO

.......................................................

2. MISSÃO

a. Ultrapassando a FT 423º RCC, atacar em D/1200 na direção P Cot 874(0746)- P Cot 899 (0752) para conquistar R Altu P Cot 899 - P Cot 867 (0751).Nesta região manter para apoiar a ultrapassagem da FT 423º RCC. Proteger-se face ao flanco NW. Tudo com a finalidade de permitir a 42ª Bda Inf Bld oprosseguimento para o norte.

b. A intenção do Cmt da FT 422º BIB é: destruir o inimigo localizado na RP Cot 899 (0752); conquistar esta elevação, assegurando a livre utilização daRdv 050, permitindo o prosseguimento da 42ª Bda Inf Bld para o norte; ao finalda missão, nosso dispositivo deverá estar com duas SU em 1º Esc, mantendoa R do P Cot 899 e P Cot 867.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

(a) A FT 422º BIB [422º BIB (-3ª Cia Fuz Bld + 2ª/ 421º BIB) + 2º/423ºRCC + 2º/42º Esqd C Mec], ultrapassando a FT 423º RCC, realizará um ataquede desbordamento, na direção P Cot 874-P Cot 899 com a 2ª/421º BIB a E,realizando um ataque limitado em sua Z Aç, com a FT CC, em 1º escalão,realizando o Atq Pcp, pelo E Prog SAMPAIO e com a FT 1 em 2º escalão peloE Prog SAMPAIO até o P Ct Nr1;

___________________(Classificação Sigilosa)

C-3

Page 506: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-11

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(b) a partir do P Ct Nr1 prosseguirá com a FT CC, realizando o AtqPcp, pelo E Prog SAMPAIO, para conquistar R Altu P Cot 899 (0752) (O2) ecom a FT 1 pelo E Prog ÁGUIA para conquistar R Altu P Cot 867 (0751) (O1).

(c) Após a conquista de O1 e O2, manterá para apoiar a ultrapassa-gem da FT 423º RCC;

(d) Proteger-se-á face ao flanco NW com a FT CC, a partir doP Ct Nr 1;

(e) An B: Calco de Operações (omitido).(2) Fogos

(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

(1) Prio F: FT CC;(2) Haverá uma intensificação de fogos de H-20 min a H;(3) Diretrizes de fogos: (omitida).

b. FT 1 [1ª Cia Fuz Bld (-2º Pel Fuz Bld) + 1º/2º/423º RCC]- Reforçar o 2º/423º RCC com o 2º Pel Fuz Bld, o qual passará a constituir

a FT CC.

c. 2º/421º BIB- Passar a reserva, Mdt O.

d. FT CC [2º (-1º Pel CC)/423º RCC + 2º/1ª Cia Fuz Bld + 2º/2ª Cia Fuz Bld+ 2º/42º Esqd C Mec]

- Reforçar a 1ª Cia Fuz Bld com o 1º Pel CC, a qual passará a constituira FT1;

- Proteger o flanco NW da FT 422º BIB com o 2º Pel C Mec, a partir doP Ct Nr 1.

e. Apoio de Fogo(1) Pel AC

- Pel AC (-1ª Sec) Aç Cj;- 1ª Sec AC: Ap Dto à FT CC.

(2) Pel Mrt P: Aç Cj.(3) An C: PAF (omitido)

f. Engenharia- 2º/42ª Cia E Cmb Bld

- Prover o Ap de Engenharia à FT CC.

g. Reserva1) Até a conquista de O1e O2.

- 2ª Cia Fuz Bld (-2º Pel Fuz Bld).- Integrar a FT CC com o 2º Pel Fuz Bld.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-3

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C 7-20

C-12

___________________(Classificação Sigilosa)

2) Após a conquista de O1e O2.- 2ª Cia Fuz Bld (-2º Pel Fuz Bld);- 2ª/421º BIB, Mdt O.

___________________(Classificação Sigilosa)

d. Esquema de Manobra

C-3

Page 508: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-13

C 7-20

e. Ordem de Operações de manobra de desbordamento sem E Prog ecom defasagem de tempo no Esc Atq

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 4 de 7 cópiasFT 422º BIBP Cot 567 (2868)D-1/1000CFG – 250

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 09

Ref: Crt SC – 1/25.000 – MORRO FLORIDO

1. SITUAÇÃO.......................................................

2. MISSÃO

a. Ultrapassando elementos da FT 423º RCC atacar, em D/1200, na direçãoP Cot 874 (0746) - P Cot 899 (0752), para conquistar a região de alturas de PCot 899 - P Cot 867 (0751). Nessa região, ficar ECD prosseguir para NE oumanter para apoiar uma ultrapassagem. Proteger-se face o flanco NW. Tudocom a finalidade de permitir à 42ª Bda Inf Bld o prosseguimento para o N.

b. Intenção do CmtA minha intenção com esta operação é liberar o eixo da Rdv 050 para o

prosseguimento da 42ª Bda Inf Bld, com o máximo de rapidez e o mínimo debaixas.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da operação(1) Manobra

(a) A FT 422º BIB [422º BIB (-3ª Cia Fuz Bld) + 2ª/ 421º BIB + 2º/ 423ºRCC + 2º/ 42º Esqd C Mec], ultrapassando elementos da FT 423º RCC,realizará um ataque de desbordamento na direção P Cot 874-P Cot 899, coma 2ª / 421º BIB a E, realizando um ataque limitado para fixar o inimigo em suazona de ação e com a FT 1 ao centro, realizando um ataque limitado paraconquistar a região de alturas de P Cot 867 (0751) (O1). Mdt O, prosseguirá coma FT CC a W, realizando o ataque principal, para conquistar a região de alturasde P Cot 899 (0752) (O2). Após a conquista de O1 e O2, ficará ECD prosseguirpara NE ou manterá para apoiar uma ultrapassagem. Proteger-se-á face oflanco NW com a FT CC.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-3

Page 509: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

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C-14

___________________(Classificação Sigilosa)

(b) An B: Calco de Operações (omitido).(2) Fogos

(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prio F: FT 1. Mdt O, prioridade de fogos para a FT CC.2) Haverá uma intensificação de fogos de H-20 a H.3) Diretrizes de fogos: (omitida).

b. FT 1 [1ª Cia Fuz Bld (- 1º e 2º Pel Fuz Bld) + 1º/2º/ 423º RCC]- Reforçar o 2º / 423º RCC com o 1º e 2º Pel Fuz Bld, passando a constituir

a FT CC.

c. 2º / 421º BIB- Passar à reserva, Mdt O.

d. FT CC [2º (- 1º Pel CC ) / 423º RCC + 1º e 2º / 1ª Cia Fuz Bld + 2º/ 42ºEsqd C Mec]

- Reforçar a 1ª Cia Fuz Bld com o 1º Pel CC, passando a constituir a FT1.- Proteger o flanco NW com o 2º/ 42º Esqd C Mec.

e. Apoio de fogo(1) Pel AC: ação de conjunto.(2) Pel Mrt P: ação de conjunto.(3) An C: PAF (omitido).

f. Reserva(1) Até a conquista de O1 e O2:

- 2ª Cia Fuz Bld.(2) Após a conquista de O1 e O2:

- 2ª Cia Fuz Bld.- 2ª / 421º BIB, Mdt O.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-3

Page 510: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-15

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f. Esquema de Manobra

C-3

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C-16

g. Exemplo de ordem de operações de infiltração (parágrafos 2º e 3º)

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 7 de 7 cópias522º BI MtzR Faz 15 de OUTUBROD-4/0800NR 747

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 01

Ref: Crt PR – 1/50.000 – FAZENDA MURIQUI

1. SITUAÇÃO

.......................................................

2. MISSÃO

a. Ultr Elm da 53ª Bda Inf Mtz, Atc em D/0700 na Dire P Cot 744 (6460) - PCot 784 (6765), para Conq R Altu P Cot 784 - P Cot 788(6865). Nestas Altu ficarECD Pross para NW ou Mnt para Ap uma Ultr. Tudo com a finalidade de permitirà 52ª Bda Inf Mtz a Conq das R Altu P Cot 757(6566)- P Cot 781(6666)- P Cot784- P Cot 788.

b. Minha intenção é, com a finalidade de permitir à 52ª Bda Inf Mtz a Conqdas R Altu P Cot 757(6566)- P Cot 781(6666)- P Cot 784- P Cot 788, Conq RObj impostos o quanto antes , visando obter o Ct da R do nó rodoviário da Rdv05 e Rdv 06, impedindo o envio de Rfr Ini e abrindo o Pross para NW. Pretendoainda que o Atq Ltda fixe a L ruptura Ini , proteja a Man da FT 521 e chame parasi a atenção da FT Ini em Res, facilitando as ações do Esc Atq Infl.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

(a) O 522º BI Mtz (+2º/523º BI Mtz) Ultr Elm 53ª Bda Inf Mtz, realizaráum Atq de infiltração com a 1ª Cia Fuz através da Fx Infl SUCUPIRA, para ConqR Altu P Cot 788 (O2), e com a 2ª Cia Fuz através da Fx Infl BURITI, realizandoo Atq Pcp, para Conq R Altu P Cot 784(O1). Atacará também com a 2º/523ºBI Mtz para fixar o Ini em sua Z Aç, realizando um Atq Ltda. Após a Conq deO1 e O2 ficará ECD Pross para NW ou manterá para Ap Ultr.

(b) Anexo B: Clc Op

___________________(Classificação Sigilosa)

C-3

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C-17

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(2) Fogos(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Haverá uma Prep de D/0645 a D/07002) Prio F para a 2ª Cia Fuz3) Diretrizes de fogos

...............................

b. 1ª Cia Fuz

c. 2ª Cia Fuz- Proteger-se face ao Fln NW para a Conq de O1.

d. 2º/523º BI Mtz (+2º/3ª Cia Fuz)

e. Ap F(1) Pel AC

- 1ª Sec Msl em Rfr a 1ª Cia Fuz.- Pel AC (-1ª Sec Msl) em Rfr a 2ª Cia Fuz.

(2) Pel Mrt Me: Aç Cj(3) Anexo C: PAF (omitido)

f. Reserva- 3ª Cia Fuz (- 2º Pel Fuz)- Rfr a 2ª/523º BI Mtz com o 2º Pel Fuz

g. Prescrições Diversas(1) As SU devem realizar a infiltração por escalões valor Pel Fuz a partir

de D-1/2000.(2) As 1ª e 2ª Cia Fuz deverão constituir ERS valor dois GC, integrados

por Elm do Pel Res e sob Cmdo do Cmt do mesmo.(3) Os ERS deverão infiltrar-se a partir de D-2/2000.(4) No caso de quebra de sigilo as SU deverão reagrupar-se na última A

Rgpt e retornar para a P Atq nas L Amg se estiverem na A Rgpt 1, ou Pross paraConq Obj, Mdt O, se estiverem nas A Rgpt 2 ou 3.

(5) Anexo D: Pl Junção(6) Anexo E: Quadro de Mvt (omitido)(7) Anexo F: Pl Ultr (omitido)

___________________(Classificação Sigilosa)

C-3

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C-18

C-4. EXEMPLO DE ORDEM DE OPERAÇÕES DE ATAQUE A LOCALIDADE(PARÁGRAFOS 2º e 3º) E DE ESQUEMA DE MANOBRA

a. Ordem de Operações de isolamento

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr__ de __ cópias511º BI MtzR Faz ÁGUA BOAD-1/1600CFS-8

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 001

Ref: Crt Mil MG, Esc 1:25000 - Fl PRATA

1. SITUAÇÃO

.......................................................

2. MISSÃO

a. Ultr Elm 21ª Bda C Mec, Atc em D/0600 na Dire P Cot 692 (2267) - CAMPODE POUSO (1661) para Conq as Altu que dominam os eixos de acesso àlocalidade de PRATA. Destas Altu isolar a localidade. Proteger-se face osflancos N e SW. Apoiar o investimento do 521º BI Mtz, 522º BI Mtz e 523º BIMtz. Ligar-se no P Lig Nr 1 com Elm do 522º BI Mtz, Mdt O. Após a Conq dePRATA substituir Elm da 52ª Bda Inf Mtz, Mdt O, e manter a localidade. Tudocom a finalidade de permitir a 52ª Bda Inf Mtz a Conq da Loc PRATA e Prosspara SW.

b. A minha intenção é conquistar as R Altu que caracterizam os objetivosde isolamento até o final da jornada de D, destruindo o Ini que se encontranessas alturas , adotando um dispositivo defensivo que impeça o reforço do Inipara a Loc.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

(a) O 511º BI Mtz (+ 1ª/ 512º BI Mtz + 1º e 3º/ 52º Esqd C Mec +1º/2º/51º RCC ), Ultr Elm da 21ª Bda C Mec, atacará empregando a FT 1ª CiaFuz, na Dire P Cot 692 (2267) - P Cot 699 (2065), realizando o Atq Pcp, para

___________________(Classificação Sigilosa)

C-4

Page 514: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-19

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___________________(Classificação Sigilosa)

Conq sucessivamente a R P Cot 697 (1966) (O2) e R P Cot 699 (2065) (O1). AFT 2ª Cia Fuz, na Dire P Cot 692 - P Cot 725 (1868) - P Cot 731 (1564) - AltuCAMPO de POUSO (1661) para Conq a R Altu E CHÁCARA N S APARECIDA(O4), P Cot 731 (1564) (O6) e Altu P Cot 673 (1662) (O7) e P Cot 666 (1560)(O8). A 3ª Cia Fuz, na Dire P Cot 692 - P Cot 681 (1960), para Conqsucessivamente a R TORRE DE TV (2063) (O3) e R Altu P Cot 681 (1960) (O5).Destas Altu isolará a localidade. Apoiará o investimento do 521º, 522º e 523ºBI Mtz. Proteger-se-á face aos flancos N e SW a cargo do 1º /52º Esqd C Mece FT 2ª Cia Fuz, respectivamente. Ligar-se-á no P Lig Nr 1, com Elm do 522ºBI Mtz, Mdt O, por meio da FT 2ª Cia Fuz. Após a Conq de PRATA, substituiráElm 52ª Bda Inf Mtz, Mdt O, e manterá a localidade.

(b) An B: Calco Op - ( calco Nr 5 ).(c) An C: Plano de Ultrapassagem ALFA - Iso ( omitido )(d) An D: Plano de Ultrapassagem BRAVO - Invt ( omitido ).(e) An E: Plano de Substituição (omitido).

(2) Fogos(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prio F- FT 1ª Cia Fuz

2) Haverá uma preparação em D / 0550 a D / 0610.3) Diretriz de Fogos

............................................

b. FT 1ª Cia Fuz (+ 1º/2º/51º RCC)

c. FT 2ª Cia Fuz (+ 2º/1ª/512ª B I Mtz+ 3º/ 52º Esqd C Mec + 1ª Sec MAC/ Pel AC).

(1) Até a Conq dos Obj de isolamento, proteger-se face a S W.(2) Após a Conq de O8 e Mdt O, perde o 3º/ 52º Esqd C Mec, que reverte

ao Ct do 52º Esqd C Mec.(3) Ligar-se com Elm 522º BI Mtz no P Lig Nr 1, Mdt O.

d. 3ª Cia Fuz [+ Pel AC ( - Sec MAC )]

e. 1º/ 52º Esqd C Mec(1) Proteger o flanco N.(2) Após a Conq da Loc e Mdt O, reverter ao Ct do 52º Esqd C Mec.

f. Apoio de fogo(1) Pel AC

- Rfr a FT 2ª Cia Fuz com a 1ª Sec MAC.- Rfr a 3ª Cia Fuz com o Pel AC ( - 1ª Sec MAC )

___________________(Classificação Sigilosa)

C-4

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C 7-20

C-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(2) Pel Mrt Me- Aç Cj

(3) An F: PAF (omitido)

g. Reserva(1) Até Conq de O8

- 1ª/ 512º BI Mtz ( - 2º Pel Fuz)- Reforçar a 2ª Cia Fuz com o 2º Pel Fuz.

h. Prescrições Diversas(1) A V FAT lançará boletins sobre PRATA, em D / 0630, incitando as

forças inimigas e civis à rendição.(2) EEI

- o Ini sabotou as Instalações essenciais da Loc?- Existe população civil na Loc? Qual sua atitude?- Existem depósitos de gêneros, material etc?- Existem Via A subterrâneas?

___________________(Classificação Sigilosa)

b. Esquema de Manobra

C-4

Mec1 52

LP/LC

2

1

O2

O1O4

O6

O7

O3

32

LP/LC

1

3

1

3

12

511 Inf Mtz

521 Inf Mtz511 Inf Mtz

523 Inf Mtz

523 Inf Mtz511 Inf Mtz

521 Inf Mtz

511 Inf Mtz

511 Inf Mtz

522 Inf Mtz522 Inf Mtz511 Inf Mtz

511 Inf Mtz522 Inf Mtz

(Mdt O

)

O8 O5

Atq Pcp

Page 516: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-21

C 7-20

c. Ordem de Operações de investimento

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr__ de __ cópias522º BI MtzR Faz SOURED/1600LMEC-9

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 002

Ref: Crt Mil MG, Esc 1:25000 - Fl PRATA

1. SITUAÇÃO

.......................................................

2. MISSÃO

a. Ultr Elm 511º BI Mtz, Invt em D+1 / 0600, na Dire P Cot 697 (1966) -LOTEAMENTO NS FÁTIMA (1862) para Conq e Mnt a R BAIRRO CRUZEIRODO SUL. Após ser Subst por Elm 511º BI Mtz, Pross para SW, Mdt O. Ligar-se com Elm do 511º BI Mtz no P Lig Nr 1. Tudo com a finalidade de cooperarcom a 52ª Bda Inf Mtz na Conq de PRATA e Pross para SW.

b. A minha intenção é atingir o bairro CRUZEIRO DO SUL o mais rápidopossível, com o menor número possível de danos colaterais e com asinstalações principais da localidade intactas, destruindo o Ini que se encontrano interior da localidade, estabelecendo um dispositivo para manter o Obj do Btle ficando ECD prosseguir para SW.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

(a) O 522º BIMtz (+ 2º / 52º Esqd C Mec + 2º/2º/51º RCC), Ultr Elm511º BIMtz , Invt em D+1/0600 sobre PRATA, na Dire P Cot 697 - LOTEAMENTON S DE FÁTIMA , até a linha de Ct ALFA, com a FT 2ª Cia Fuz ao centro, Rlzo Atq Pcp, para Conq R W de CEMIG (O2), com a 1ª Cia Fuz a E, para Conqa R E de CEMIG (O1) e com o 2º/52º Esqd C Mec a W. Manterá com 01 PelFuz da FT 2ª Cia Fuz (O2). Após a L Ct ALFA até a Linha de Ct BRAVO, o BtlPross com a FT 1ª Cia Fuz a E, Rlz o Atq Pcp, para Conq e Mnt R PREFEITURA(O3), com a 2ª Cia Fuz ao centro e com o 2º/52º Esqd C Mec a W para Conqe Mnt R Bairro BELA VISTA (04). Após a Linha de Ct Bravo, O Btl prosseguirá

___________________(Classificação Sigilosa)

C-4

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C 7-20

C-22

___________________(Classificação Sigilosa)

com a FT 1ª Cia Fuz a E, realizando o Atq Pcp, para Conq e Mnt R E de BairroCRUZEIRO DO SUL(05) e com a 2ª Cia Fuz a W para Conq e Mnt R W de BairroCRUZEIRO DO SUL (06) Ligar-se -á com Elm 511º BIMtz, no P Lig Nr 1 atravésdo 2º / 52º Esqd C Mec, Mdt O. Após o investimento ser substituído pelo 511ºBIMtz, Pross para SW, Mdt O.

(b) An B: Calco Op - ( calco Nr 6 ).(c) An C: Plano de Ultrapassagem ( omitido ).(d) An D: Plano de Substituição ( omitido ).

(2) Fogos(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prio F- Até L Ct ALFA: FT 2ª Cia Fuz.- Após a L Ct ALFA: FT 1ª Cia Fuz.

2) Haverá uma preparação em D+1 / 0550 a D+1 / 0610.3) Diretriz de Fogos

...............................................................

b. 1ª Cia Fuz [ + 1º/ 3ª Cia Fuz + Pel AC ( - 1ª Sec AC ) ]- Após a L Ct ALFA será reforçada pelo 2º/2º/51º RCC, passando a

constituir a FT1.

c. FT 2ª Cia Fuz (+ 2º/ 3ª Cia Fuz + 2º/2º/51º RCC + 2ª Sec AC / Pel AC)- Após a L Ct ALFA perde o 2º/2º/51º RCC que reforça a 1ª Cia Fuz, que

passa a constituir a FT 1.

d. 2º/ 52º Esqd C Mec- Ligar-se com Elm 511º BI Mtz, no P Lig Nr 1.- Em O4, apoiar a manobra da 2ª Cia Fuz.

e. Apoio de fogo(1) Pel AC

- Rfr a 1ª Cia Fuz- Rfr a FT 2 com a 2ª Sec AC.

(2) Pel Mrt Me- Aç Cj

(3) An E: PAF ( omitido )

f. Reserva- 3ª Cia Fuz ( - 1º e 2º Pel Fuz )

- Reforçar a FT 2ª Cia Fuz com o 2º Pel Fuz.- Reforçar a 1ª Cia Fuz com o 1º Pel Fuz.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-4

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C-23

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

g. Prescrições Diversas(1) L Ct ALFA - Rua TIRADENTES.(2) L Ct VERDE - Av DOM PEDRO I.(3) L Ct BRAVO - Afluente ESTE do Cor da PRATA.(4) A V FAT lançará boletins sobre PRATA, em D / 0630, incitando as

forças inimigas e civis à rendição.(5) Os Cmt SU deverão adotar providências necessárias de modo a evitar

saques e violências contra Elm civis indefesos.

___________________(Classificação Sigilosa)

d. Esquema de Manobra

C-4

Atq Pcp

L Ct BRAVO

L Ct VERDE

L Ct ALFALP/LC

LP/LC

L Ct ALFA

L Ct VERDE

L Ct BRAVO

522 521

522 5212/52Mec

2/52Mec

2/52Mec

2/52Mec 521

521522

O6 O5

O4O4

1

O1O2

2 1

2 1

22

2 2 1

22 1

2

1

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C 7-20

C-24

C-5. EXEMPLO DE ORDEM DE OPERAÇÕES DE APROVEITAMENTO DOÊXITO (PARÁGRAFOS 2º e 3º)

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr__ de __ cópiasFT 422º BIBR Faz PACHECOD-1/0800LMEC-5

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 001

Ref: Crt Mil SP, Esc 1:25000 - Fl CUMBUCO

1. SITUAÇÃO

.......................................................

2. MISSÃO

a. Ultr Elm 51ª Bda Inf Mtz, realizar um Apvt Exi, a partir de D/1030, na DireG AMERICANA (6082) - ARARAS (5624), pelo E Prog BALA, como 2º Escda 42ª Bda Inf Bld até o P Ct Nr 1. A partir desta R, Pross pelo E Prog AFIR(em 1º Esc) para Conq a L Altu P Cot 701 (5222) - P Cot 696 (5222). Nesta RAltu, ficar ECD Pross para o N ou manter para Ap Ultr. Proteger-se face ao FlnW após a L Ct AZUL, Mdt O. Ligar-se com Elm da FT 423º RCC no P Lig Nr 4.Tudo com a finalidade de cooperar com a 42ª Bda Inf Bld na Conq da L AltuP Cot 701 - P Cot 696 e L Altu P Cot 721 (5420) - P Cot 732 (5620).

b. Minha intenção é .....................

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da operação(1) Manobra

(a) A FT 422º BIB [422º BIB (- 3ª Cia Fuz Bld) + 2º/ 423º RCC + 2º/42º Esqd C Mec + 2º/ 42ª Cia E Cmb Bld], Ultr Elm da 51ª Bda Inf Mtz, realizaráum Apvt Exi, pelo E Prog BALA, até o P Ct Nr 1, como 2º Esc da Bda.

(b) A partir desta R, Pross pelo E Prog AFIR com a FT CC (em 1º Esc)e a FT 1, em 2º Esc, até o P Ct Nr 7 e, a partir dese P Ct, Pross pelo E ProgAFIR com a FT CC (em 1º Esc) para Conq R Altu P Cot 696 (5222) (O2) e coma FT 1 (também em 1º Esc) pelo E Prog CRUZ para conquistar R Altu P Cot701 (5222) (O1).

___________________(Classificação Sigilosa)

C-5

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C-25

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(c) Proteger-se-á com a FT CC face a W, após a L Ct AZUL, Mdt O.(d) Ligar-se-á no P Lig Nr 4 com Elm da FT 423º RCC, através do Pel

Exp/ Cia C Ap.(e) Após a Conq de O1 - O2, ficará ECD Pross para o N ou Mnt para

Ap Ultr.(f) An B: Calco de Op (Clc Nr 03)

(2) Fogos:(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prio F: FT CC2) Dtz F

...................................................

b. FT 1 [1ª Cia Fuz Bld (- 2º Pel Fuz Bld) + 1º / 2º / 423º RCC + Pel AC(- 2ª Sec Msl AC)/Cia C Ap]

- Rfr com o 2º Pel Fuz Bld o 2º/ 423º RCC, que passará a constituir a FT CC

c. FT CC [ 2º (- 1º Pel CC)/ 423º RCC + 2º/ 1ª Cia Fuz Bld + 2º/ 2ª Cia FuzBld + 2º/42º Esqd C Mec + 2ª Sec Msl AC/ Pel AC/ Cia C Ap]

- Rfr com o 1º Pel CC a 1ª Cia Fuz Bld, que passará a constituir a FT 1- Proteger o Fln W da FT 422º BIB após a L Ct AZUL, Mdt O (através do

2º/42º Esqd C Mec).

d. Pel Exp/Cia C Ap- Ligar-se no P Lig Nr 4 com Elm da FT 423º RCC.

e. Apoio de Fogo(1) Pel AC

- Pel AC (- 2ª Sec Msl AC): Rfr a FT 1- 2ª Sec Msl AC :Rfr a FT CC

(2) Pel Mrt P: Aç Cj(3) An C: PAF (omitido)

f. 2º/ 42ª Cia E Cmb Bld- Deslocar-se na esteira da FT CC.

g. Reserva- 2ª Cia Fuz Bld (- 2º Pel Fuz Bld).

- Integrar a FT CC com o 2º Pel Fuz Bld.- Em final de missão ocupará Z Reu na R SE Faz ÁGUA BOA (4822).

h. Prescrições Diversas- As SU deverão informar a abordagem e a ultrapassagem das L e Pt Ct.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-5

Page 521: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

C-26

C-6. EXEMPLO DE ORDEM DE OPERAÇÕES ASSALTO AEROMÓVEL (PARÁ-GRAFOS 2º e 3º)

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 3 de 8 cópiasFT Amv 311º BILR Faz ARAUCÁRIA (1056)D–1/0700MZK – 118

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 03

Ref: Crt MG- 1/50000 – PRATA – MORRO SERRADINHO

1. SITUAÇÃO

.......................................................

2. MISSÃO

a. Atacar, realizando uma Op Ass Amv, a partir de D/0800, Mdt O, na DireCAMPINA VERDE (fora da carta) - PRATA(1863), para Conq e Mnt a R Altu PCot 672 (1561) - P Cot 673(1662) - P Cot 666 (1560). Estabelecer LRS (P AvçC). Realizar a junção com Elm da 42ª Bda Inf Bld e Ap a sua Ultr. Tudo com afinalidade de permitir a 12ª DE impedir o acesso do Ini à Loc PRATA.

b. Minha intenção é................

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

(a) A FT Amv 311º BIL (311º BIL + 1º Esqd Av Ex + 1ª/31º GAC L +1ª/ 31ª Bia AAAe + 1º/ 31ª Cia E Cmb L) atacará, realizando uma Op Ass Amv,Mdt O, na Dire CAMPINA VERDE - PRATA, com a 1ª Cia Fuz L para Conq RAltu de P Cot 666(1560)(O2), com a 2ª Cia Fuz L, realizando o Atq Pcp, paraConq a R Altu de P Cot 672(1561)(O1) e com a 3ª Cia Fuz L para Conq R AltuP Cot 673(1662)(O3). Após a Conq de 01, 02 e 03, manterá essa região coma 2ª Cia Fuz L a NW, a 1ª Cia Fuz L a W e a 3ª Cia Fuz L a E. EstabeleceráLRS (P Avç C) com o Pel Rec, a cargo do Btl, na L Altu P Cot 662(1460) -659(1361) - 677(1463) - 674(1664) - P Cot 688(1962) - P Cot 681(1960) e P Cot643(1757), Mdt O. Ficará ECD aprofundar a Def nos Nu Nr 1 ou 2 com a Res.Realizará, com a 2ª Cia Fuz L, a junção com Elm da 42ª Bda Inf Bld no P Jç Nr1 e apoiará sua Ultr.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-6

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C-27

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(b) An B - Clc Op para a Conq da L C Pnt Ae (Z Aç FT Amv) (CalcoNr 2) (extrato).

(c) An C - Clc de Op para a Mnt da L C Pnt Ae (Z Aç FT Amv ) (CalcoNr 1) (extrato).

(d) An D - Pl Op de Junção(omitido).(e) An E - Pl Resgate(omitido).(f) An F - Pl Ultr (omitido).

(2) Fogos(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prio Fa) Para a Conq:

- 2ª Cia Fuz L.b) Para a Mnt:

- 2ª Cia Fuz L.2) Dtz F

.......................................................................

b. 1º Esqd Av Ex- Infiltrar, realizando uma infiltração Amv, a partir de D/0600, uma Eqp de

guias Amv, para realizar o balizamento da ZPH.

c. 1ª Cia Fuz L ( - 1º Pel Fuz L +1ª Sec Msl AC/ Pel AC/ Cia C Ap)- Perde o 1º Pel Fuz L , que passa ao Ct do Btl.

d. 2ª Cia Fuz L [+Pel AC (- 1ª Sec Msl AC)/ Cia C Ap]

e. 3ª Cia Fuz L

f. Apoio de Fogo(1) Artilharia

(a) 1ª/ 31º GAC L em Ap G à FT 311º BIL.(b) 1ª/31ª Bia AAAe em Ap G à FT 311º BIL.

- D AAe da 1ª/ 31º GAC L.(2) Pel AC

- Pel AC(- 1ª Sec AC): Rfr a 2ª Cia Fuz L.- 1ª Sec AC: Rfr a 1ª Cia Fuz L.

(3) Pel Mrt Me: Aç Cj.(4) An G: PAF (omitido)

g. Cia C Ap- Após a Conq de 01, 02 e 03, perde o Pel Rec que passa ao Ct da FT Amv

311º BIL para estabelecer LRS, Mdt O.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-6

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C 7-20

C-28

___________________(Classificação Sigilosa)

h. 1º/ 31ª Cia E Cmb L....................................................

i. Reserva- 1º/1ª Cia Fuz L

- Preparar os Nu 1 e 2.- Ficar ECD ocupar Nu Def 1 ou 2.

j. Prescrições diversas(1) An H : Pl Dbq.(2) An I : Pl Mvt Ae (omitido).(3) An J: Pl Carregamento (omitido).

___________________(Classificação Sigilosa)

C-6

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C-29

C 7-20

C-7. EXEMPLO DE ORDEM DE OPERAÇÕES DE ASSALTO AEROTERRESTRE(PARÁGRAFOS 2º e 3º) E RESPECTIVO ESQUEMA DE MANOBRA

a. Ordem de operações

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 4 de 8 cópiasFT ALADAR P Cot 556 (3648)D-1/0900PLF – 320

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 06

Ref: Crt RJ – 1/25.000 – RIBEIRÃO TONINHO

1. SITUAÇÃO.......................................................

2. MISSÃO

a. A fim de cooperar com a 30ª Bda Inf Pqdt no estabelecimento de umacabeça-de-ponte aeromóvel na R SÃO MIGUEL (6020), realizar um assaltoaeroterrestre em D/H para conquistar a região da ponte sobre a rodovia FUNIL(6117) e manter a linha de cabeça-de-ponte aérea. Estabelecer P Avç C.Realizar a junção e ser substituída por elementos da 11ª Bda Inf Bld.

b. Intenção do CmtMinha intenção com esta operação é evitar que qualquer força inimiga

atinja a região a SW da ponte sobre a rodovia FUNIL. Pretendo também evitaro engajamento decisivo, mobiliando os P Avç C com um poder de combate queforçe o inimigo a desdobrar-se prematuramente e o dissuada de suas inten-ções.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da operação(1) Manobra

(a) A força-tarefa ALADA (31º BI Pqdt + 1º/1º Esqd C Pqdt + 1º/1ª CiaE Cmb Pqdt + 1ª/30ª GAC Pqdt ) realizará um assalto aeroterrestre, desembar-cando na zona de lançamento CONDOR (6318), com a 3ª Cia Fuz Pqdt pelo eixode progressão PRATA, realizando a ação principal, para conquistar a região dealturas do P Cot 446 (5819) (02), com a 1ª Cia Fuz Pqdt pelo eixo de progressão

___________________(Classificação Sigilosa)

C-7

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C 7-20

C-30

___________________(Classificação Sigilosa)

MARROM, para conquistar a região de alturas do P Cot 454 (5917) (01) e coma 2ª Cia Fuz Pqdt pelo eixo de progessão GRENÁ, para conquistar a região dealturas do P Cot 449 (6219) (03).

(b) Proteger-se-á face a SW com o 1º/1º Esqd C Pqdt, até a conquistade 01.

(c) Manterá a linha de cabeça-de-ponte aérea com a 3ª Cia Fuz Pqdta W, a 1ª Cia Fuz Pqdt ao S e a 2ª Cia Fuz Pqdt ao N.

(d) Estabelecerá P Avç C com 1 Pel Fuz Rfr da 3ª Cia Fuz Pqdt nasregiões da Faz ALEGRIA (5718), P Cot 480 (5717) e LOTEAMENTO (5817),com o 1 Pel Fuz Rfr da 1ª Cia Fuz Pqdt na região de alturas de ALONGADA(5916) e com o 1º/1º Esqd C Pqdt em reforço à 2ª Cia Fuz Pqdt nas regiões dealturas do Morro do VOLVO (5921) e P Cot 450 (6220).

(e) Realizará a junção com elementos da 11ª Bda Inf Bld, porintermédio da 3ª Cia Fuz Pqdt.

(f) Será substituída por elementos da 11ª Bda Inf Bld.(g) An B: Calco da Conquista da cabeça-de-ponte aérea.(h) An C: Calco de Manutenção da cabeça-de-ponte aérea (omitido).(i) An D: Plano de Junção (omitido).(j) An E: Plano de Substituição (omitido).

(2) Fogos(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prioridade de fogos para a 3ª Cia Fuz Pqdt.2) Diretrizes de fogos.

(3) BarreirasAn F: Plano de Barreiras (omitido).

....................................................................................................

i. Prescrições diversas(1) Plano de Embarque e Carregamento do Escalão de Assalto: An H

(omitido).(2) Plano de Embarque e Carregamento do Escalão de Acompanhamen-

to: An I (omitido).(3) Plano de Reorganização: An J (omitido).(4) EEI:

(a) O inimigo atua na região da cabeça-de-ponte aérea? Qual o seudispositivo? Composição? Valor?

(b) Qual o estado da ponte sobre o Rio PIRATUNÃ (6118)?(c) Existe algum obstáculo artificial na cabeça-de-ponte aérea?

Localização e valor?(d) Existe população na cabeça-de-ponte aérea? Onde? Qual a sua

atitude?

___________________(Classificação Sigilosa)

C-7

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C-31

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(e) Quais as quantidades e tipos de viaturas disponíveis na cabeça-de-ponte aérea?

(f) Existe alguma instalação que possa ser usada para fins logísticos(posto de saúde, posto de gasolina, galpões etc) na cabeça-de-ponte aérea?

___________________(Classificação Sigilosa)

b. Esquema de manobra

C-7

LC Pnt Ae

O1

O2

O3

2

3

3

1

E P

rogG

RE

NA

E Prog PRATA

E P

rog

MA

RR

OM

ZL

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C 7-20

C-32

C-8. EXEMPLO DE PLANO DE JUNÇÃO (PARÁGRAFOS 2º, 3º E APÊNDICE“COMANDO E COMUNICAÇÕES”) E RESPECTIVO ESQUEMA DE MA-NOBRA

a. Ordem de operações

___________________(Classificação Sigilosa)

Exemplar Nr 4 de 8 cópiasFT FALCÃOR P Cot 544 (3022)D-1/0900BLB – 320

PLANO DE JUNÇÃO

(Anexo D à O Op Nr 08)

Ref: Crt RJ – 1/25.000 – RIBEIRÃO CRISTAL

1. SITUAÇÃO.......................................................

2. MISSÃO

a. Realizar a junção com elementos 10ª Bda C Bld no Ponto de Junção Nr1 e apoiar a sua ultrapassagem. Tudo com a finalidade de permitir a 10ª Bda CBld o prosseguimento para o S.

b. Intenção do Cmt...................................

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da operação(1) Manobra

(a) A Força-Tarefa FALCÃO realizará a junção com elementos 10ªBda C Bld empregando a 2ª Cia Fuz Pqdt no Ponto de Junção Nr 1. Ficará ECDrealizar a junção no Ponto de Junção Nr 3, empregando também a 2ª Cia FuzPqdt. Após a junção, apoiará a ultrapassagem de elementos da 10ª Bda C Bld.

(b) Apêndice 1 - Calco de Operações (omitido).(2) Fogos

(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prioridade de fogos para a 2ª Cia Fuz Pqdt.2) Direitrizes de fogos.

...............................................................................___________________(Classificação Sigilosa)

C-8

Page 528: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-33

C 7-20

b. Apêndice de Comando e comunicações

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 1 de 8 cópiasFT FALCÃOR P Cot 544 (3022)D-1/1030BBK – 330

COMANDO E COMUNICAÇÕES

(Apêndice ao Anexo D – Plano de Junção à O Op Nr 08)

Ref: Crt RJ – 1/25.000 – RIBEIRÃO CRISTAL

1. SITUAÇÃO......................................

2. MISSÃO

a. Instalar, explorar e manter o sistema de comunicações para coordenaçãoe controle da operação de junção entre a FT FALCÃO e a 10ª Bda C Bld.

b. A minha intenção é ..................................

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da operaçãoO sistema de comunicações a ser instalado deverá prover ligações para

manter o comando e controle das ações de junção entre a FT FALCÃO e a 10ªBda C Bld, sendo assim constituído:

(1) Sistema rádio..............................................................................................(a) Funcionamento das redes de junção

1) Rede de Junção Nr 1 (Bda x Bda)Abre em D+1/0800 com a prescrição “rádio em silêncio”.

Passa a “rádio restrito” quando elementos da 10ª Bda C Bld atingirem a linhade controle BRANCA e transmitirem a mensagem-código: “NA FINAL PARA OLANÇAMENTO”. “Rádio livre” Mdt O.

2) Rede de Junção Nr 2 (UxU)Abre Mdt O, quando elementos da 10ª Bda C Bld atingirem a

Linha de Controle BRANCA, com a prescrição “rádio em silêncio”. Passa a“rádio restrito” quando elementos da 10ª Bda C Bld atingirem a linha de controleDIAMANTE e transmitirem a mensagem-código “A RAMPA ABRIU”. “Rádiolivre” Mdt O.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-8

Page 529: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

C-34

___________________(Classificação Sigilosa)

3) Rede de Junção Nr 3 (SU X SU)Abre Mdt O, quando Elm da 10ª Bda C Bld atingirem a linha de

controle DIAMANTE, com a prescrição “Rádio em silêncio”. Passa a “Rádiorestrito” quando elementos da 10ª Bda C Bld atingirem a linha de controleÁGUIA, e transmitirem a mensagem-código: “O AVIÃO LANÇOU”. “Rádio livre”Mdt O.

4) Rede de Junção Nr 4 (Pel x Pel)Abre Mdt O, quando elementos da 10ª Bda C Bld atingirem a

linha de controle ÁGUIA, com a prescrição “Rádio em silêncio”. Passa a “Rádiorestrito” quando atingirem a linha de controle ESTRELA e transmitirem amensagem -código. “A ÁGUIA POUSOU”. “Rádio livre” Mdt O.

5) Rede de Junção Nr 5 (Controle de tiro)Abre Mdt O, quando elementos da 10ª Bda C Bld atingirem a

Linha de Controle BRANCA, com a prescrição de “rádio restrito” e passa a “rádiolivre” Mdt O.

(2) Sistema Físico...................................................................................................

(3) Outros meios(a) Todas as viaturas da 10ª Bda C Bld empregadas na junção deverão

portar um painel AMARELO, com dimensões mínimas de 1,60 x 1,20, cobrindoa capota, com o objetivo de atender ao reconhecimento aéreo. Também deverãoportar uma bandeirola amarela, nas dimensões mínimas de 0,50 m x 0,70 m,presa numa haste ou suporte, na lateral esquerda da viatura, para atender àsnecessidades de reconhecimento terrestre. Os CC e as VBTP também devematender a essas exigências.

(b) As viaturas da FT FALCÃO deverão portar painéis e bandeirolasnas dimensões e condições anteriores, entretanto na cor AZUL.

(4) Recursos locais(a) Proibida a utilização de circuitos físicos locais.(b) Todo o material encontrado deverá ser recolhido ao Posto de

Coleta de Material Salvado e Capturado da FT FALCÃO.(5) Guerra eletrônica

Deve ser enfatizada, em todos os escalões de comunicações, autilização de medidas de proteção eletrônica (MPE), com vistas a dificultar aobtenção de dados e a adoção de CME pelo inimigo.

4. LOGÍSTICA

......................................................

___________________(Classificação Sigilosa)

C-8

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___________________(Classificação Sigilosa)

5. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. Índice das IE Com Elt: 1-1 Op TRIDENTE.

b. Postos de comando- FT FALCÃO: região de SAIBREIRA (5919).

c. Eixos de comunicações- 30ª Bda Inf Pqdt: Rdv FLORA-QUATIS.

d. Outras prescrições(1) Proibida a escuta de estações de radiodifusão, exceto para elementos

de busca.(2) Procedimentos nos postos de junção:

(a) DiurnosO pelotão da força estacionária deverá instalar uma bandeirola

AZUL a uma distância entre 400 a 600 m do ponto de junção, na direção dachegada do elemento da força de junção, em local bem visível. A bandeiroladeverá ter dimensões mínimas de 0,70 m X 0,50 m. O Cmt da força de junção,ao atingir o local da bandeirola, designará um de seus homens paradesembarcar, caso esteja motorizado, o qual, com auxílio dos braços,levantará uma bandeirola amarela, nas mesmas dimensões anteriores, acimada cabeça, sinalizando várias vezes. Ao observar isso, o Cmt da forçaestacionária designará um de seus homens para sair de seu abrigo e executar,em local visível, o mesmo procedimento com uma bandeirola de cor branca.Após estes procedimentos ocorrerá então a troca de senha e contra-senha.

(b) NoturnosO procedimento será idêntico ao diurno. As distâncias serão

diminuídas e as bandeirolas de sinalização serão substituídas pelos seguintesartifícios luminosos:

1) Bandeirola Azul – lanterna com filtro AZUL.2) Bandeirola amarela – lanterna com filtro AMARELO.3) Bandeirola branca – lanterna sem filtro.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-8

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c. Esquema de manobra

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C-9. EXEMPLO DE ORDEM DE OPERAÇÕES DEFESA DE ÁREA (PARÁ-GRAFOS 2º E 3º) E ESQUEMA DE MANOBRA

a. Ordem de Operações

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 3 de 8 cópias522º BI MtzR Faz ICARAÍ (1056)D–5/0700RFC – 23

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 03

Ref: Crt MG- 1/50000 – PRATA – MORRO SERRADINHO

1. SITUAÇÃO.......................................................

2. MISSÃO

a. Defender, no corte do Arroio PAI PASSO (2486), a frente compreendidaentre Sanga DOS SARAIVAS (2494), inclusive e a Sanga DOS RODRIGUES(2490), exclusive. Estb P Avç C nas Altu de ÂNGELO FARACO (2692) - AltuS de P Cot 108 (2690). Aclh Elm da 53ª Bda Inf Mtz que Ret em sua Z Aç. Tudocom a finalidade de impedir, em sua Z Aç, o acesso do Ini à L Altu N EstaSOBRADO (2094) - Altu P Cot 189 (2092) - P Cot 164 (1890) - P Cot 165 (2086).

b. A minha intenção é manter o terreno a todo custo, não permitindo ao Inia conquista das Altu de P Cot 182 ( 2292), Ponto Chave da Defesa, defendera Z Aç do Btl priorizando as Via A Ini provenientes da R Altu de ANGÊLOFARACO (2692), intensificando a DAC neste setor, negando-lhe a possibilida-de de criar condições de acesso a estrada que demanda da R de I. DORNELES(1896). Caso o Ini penetre em nossa P Def e venha a submergir algum Nu Def,expulsá- lo e se possível destruí-lo no interior da ADA.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da operação(1) Manobra

(a) O 522º BI Mtz (+ 2º/ 52º Esqd C Mec) realizará uma Def de área, coma 1ª Cia Fuz (+ 1º/ 3ª Cia Fuz) ao N, a 2ª Cia Fuz ao Centro e o 2º/ 3ª Cia Fuz aoSul. Estabelecerá P Avç C nas L Altu de ÂNGELO FARACO - Altu S de P Cot 108com o 2º/52º Esqd C Mec a cargo da FT 3. Acolherá Elm da 53ª Bda Inf Mtz queRet em sua Z Aç. Ficará ECD Aprf a defesa nos Nu de Nr 1 a 9.

___________________(Classificação Sigilosa)

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___________________(Classificação Sigilosa)

(b) Anexo B: Calco de Op (omitido) (Extrato - Calco Nr 8)(2) Fogos

(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo1) Prioridade de fogos para a 1ª Cia Fuz.2) Haverá uma contrapreparação de 30 min, Mdt O do Esc Sp3) Diretrizes de Fogos

a) Distribuição das barragens- 1ª Cia Fuz: - 1 Br N de GAC 155- 1 Br N de GAC 105- 2ª Cia Fuz: - 1 Br N de Mrt Me- 1 Br E de Mrt Me- 2º/3ª Cia Fuz: - 1 Br E de Mrt Me

(3) Barreiras- Anexo C: Plano de barreiras (extrato)

b. 1ª Cia Fuz (+ 1º/ 3ª Cia Fuz)- Organizar um Nu Pel 1000 m NW R Altu SÃO JOSÉ do PAI PASSO

(2492)

c. 2ª Cia Fuz

d. 2º/ 3ª Cia Fuz- Vigiar em sua Z Aç.

e. Apoio de Fogo(1) Pel AC

- Ação de conjunto(2) Pel Mrt Me

- Ação de conjunto- 2ª Sec Mrt Me em Ap Dto à FT 3, para as ações no P Avç C.

(3) Anexo D: PAF (omitido)

f. Engenharia- O 2º/52ª Cia E Cmb- Priorizar a construção dos obstáculos de proteção local na Z Aç da 1ª Cia

Fuz

g. Reserva- FT 3 [ 3ª Cia Fuz (- 1º e 2º Pel Fuz) + 2º/52º Esqd C Mec ]- Rfr a 1ª Cia Fuz com o 1º Pel Fuz.- Perde o 2º Pel Fuz que passa ao Ct do Btl.- Aprf a DAC com o 2º/52º Esqd C Mec.- Organizar os Nu de 1 a 9.- Ficar ECD Aprf Def nos Nu Nr 1 a 9.

___________________(Classificação Sigilosa)

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___________________(Classificação Sigilosa)

- Estb P Avç C na L Altu de ÂNGELO FARACO - P Cot 108 com o 2º/52ºEsqd C Mec.

- Ficar ECD cumprir missões de DEFAR do Btl.

h. Prescrições diversas(1) Dispositivo pronto

- No P Avç C: D/ 0800- Na ADA: D/ 1400

(2) Ret dos P Avç C: Mdt O.(3) Os Elm de 1º Esc Aclh os Elm da 53ª Bda Inf Mtz e da FT 3 que Ret

em suas Z Aç.(4) Após o Dispc pronto, os Elm da ADA deverão lançar Patr de Lig entre

seus Nu.(5) An E - Plano de Acolhimento ( omitido )

___________________(Classificação Sigilosa)

b. Esquema de Manobra

Comentário: no esquema de manobra exemplificado acima constam também as posiçõesdos núcleos de pelotão da ADA. Em geral, o S3 disponibilizará aos comandantes de SU uma viado esquema de manobra – em anexo à ordem de defesa – na qual esses núcleos da ADA não serãorepresentados, em virtude de serem os próprios comandantes das SU os responsáveis pelo seuposicionamento no terreno. Entretanto, mesmo não sendo normal, essa “visualização da ADA” –aqui apresentada com um caráter eminentemente didático – poderá mesmo vir a ser confeccionadapelo próprio S3, sendo então repassada às SU para execução.

C-9

LAADA

LAADA

P Avç C

P Avç C

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c. Ordem de Operações de Defesa Elástica

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 5 de 9 cópias522º BI MtzR Faz TABUBA (1086)2160800 Ago 02ABC – 32

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 02

Ref: Crt MG- 1/50000 – JUIZ DE FORA

1. SITUAÇÃO.......................................................

2. MISSÃO

a. Defender, no corte do rio BABILÔNIA ( 3203 ), a frente compreendida entreo Cor MATEIRO ( 2902 ), inclusive, e o Cor LAGEADO ( 3301 ), exclusive.Estabelecer P Avç C na L de Altu de P Cot 746 ( 3106 ) – P Cot 752 ( 3404 ).Acolher Elm da 21ª Bda C Mec que retraírem em sua Z Aç. Tudo com a finalidadede impedir, em sua Z Aç, o acesso do Ini a L de Altu de P Cot 771 ( 2798 ) –P Cot 772 ( 3298 ).

b. A minha intenção é não permitir que o Ini conquiste a L de Altu de P Cot755- P Cot 762, causar o máximo de destruição aos meios blindados Vm,aproveitando todas as oportunidades para o emprego das ações dinâmicas dedefesa, não permitindo que o Ini prossiga em seu movimento para o S, atravésda Rdv 153.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

(a) O 522º BI Mtz( + 2º/2º/51º RCC + 2º/52º Esqd C Mec) realizaráuma Def A, empregando a técnica especial de Def elástica na R Altu de P Cot673 (3103), entre o Cor MATEIRO e o Cor FERREIRA, com a 1ª Cia Fuz aW e a 2ª Cia Fuz a E. Estabelecerá P Avç C na L de Altu de P Cot 746 – PCot 752 com o 2º/52º Esqd C Mec a cargo da FT 3. Acolherá Elm da 21ª BdaC Mec que Ret em sua Z Aç. Ficará ECD Aprf a Def nos Nu de Nr 1 a 8.

(b) An B: Calco de Op (omitido) (extrato).

___________________(Classificação Sigilosa)

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___________________(Classificação Sigilosa)

(2) Fogos(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prio F para a 1ª Cia Fuz.2) Haverá uma contrapreparação de 30 min, Mdt O do Esc Sup.3) Diretrizes de fogos.

a) Distribuição de barragens:- 1ª Cia Fuz: -1 Br N de GAC 105.

- 1 Br E de GAC 155.- 2ª Cia Fuz: - 1 Br N de Mrt Me.

- 1 Br E de Mrt Me.(3) Barreiras

- An C: Plano de barreiras ( omitido )

b. 1ª Cia Fuz ( + 1º/3ª Cia Fuz )- Org um Nu de Pel 900 m E de Faz Cor do MATEIRO ( 2902 )

c. 2ª Cia Fuz ( + 2º/3ª Cia Fuz )- Org um Nu de Pel 1000 m SE de Faz BABILÔNIA do OSMAR ( 3102)

d. Apoio de Fogo(1) Pel AC:

- Pel AC ( -2ª Sec AC ) em Ap Dto a 1ª Cia Fuz.- 2ª Sec AC em Ap Dto a 2ª Cia Fuz.

(2) Pel Mrt Me:- Aç Cj

(3) An D: PAF ( omitido )

e. Reserva- FT 3 [ 3ª Cia Fuz ( -1º e 2º Pel Fuz ) + 2º/2º/51º RCC + 2º/52º Esqd C

Mec].- Rfr a 1ª Cia Fuz com o 1º Pel Fuz.- Rfr a 2ª Cia Fuz com o 2º Pel Fuz.- Aprf a DAC com o 2º/2º/51º RCC e o 2º/52º Esqd C Mec.- Org os Nu de Nr 1 a 8.- Ficar ECD Aprf a Def nos Nu de Nr 1 a 8.

f. Prescrições diversas(1) Dispositivo Pronto

- Nos P Avç C: 260800 Ago 02.- Na ADA: 261200 Ago 02.

(2) Ret dos P Avç C: Mdt O.(3) Os Elm de 1º Esc Aclh os Elm da 21ª Bda C Mec e da FT 3 que Ret

em sua Z Aç.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-9

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C-42

C-10. EXEMPLO DE ORDEM DE OPERAÇÕES DE MOVIMENTOS RETRÓ-GRADOS (PARÁGRAFOS 2º E 3º)

a. Ordem de Operações de Ação Retardadora

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 6 de 7 cópiasFT 422º BIBR P Cot 486 (3672)D-3/0800ACF – 333

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 03

Ref: Crt PR – 1/50.000 – FAZENDA MURIQUI

1. SITUAÇÃO

.......................................................

2. MISSÃO

a. A fim de impedir que o inimigo aborde a linha dos PAG da 11ª DE ( L CtAZUL) antes de D+4/ 1800:

- ocupar a PIR ( L GUANABARA ) a partir de D-2/ 0600;- realizar ações de C Rec a partir de D-1/0400, Mdt O;- acolher Elm do 42º Esqd C Mec que retraírem em sua Z Aç;- retardar o inimigo entre a PIR e a linha dos PAG, a partir de D/1200, Mdt

O;- estabelecer Seg à frente da P2 e P3;- ligar-se com Elm da 21ª Bda C Mec no P Lig Nr 1 e 2 e com Elm da FT

423º RCC no P Lig Nr 3;- retrair através de Elm 53ª Bda Inf Mtz ( PAG/ 11ª DE);- retirar-se para a R Faz LUIS ARANTES (fora da carta) através da 52ª Bda

Inf Mtz.

b. Minha intenção é impedir que o inimigo aborde a linha dos PAG/ 11ª DErealizando uma Aç Rtrd que tenha como principais características o máximoemprego de ações ofensivas e o emprego judicioso de obstáculos. Deve-sebuscar ainda, a destruição de Elm de Rec e de engenharia inimigos. Em finalde missão a FT 422º BIB será acolhida por Elm 53ª Bda Inf Mtz e integrará aRes do V Ex Cmp.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-10

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___________________(Classificação Sigilosa)

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

(a) A FT 422º BIB (422º BIB + 2º/ 423º RCC + 2º/ 42ª Cia E Cmb Bld)realizará uma Aç Rtrd em Pos sucessivas, devendo ganhar 3,5 (três e meia)jornadas. Para isso:

1) ocupará a PIR ( L GUANABARA ) [L Alt de Cota 400 W RibTOMAZÃO (1681)], devendo ganhar 1,5 (uma e meia) jornada, com a 1ª Cia FuzBld ao N, a FT2 ao C e a 3ª Cia Fuz Bld ao S;

2) realizará ações de C Rec a cargo da FT CC;3) acolherá Elm do 42º Esqd C Mec que Ret em sua Z Aç;4) estabelecerá Seg à frente da P2 e P3 a cargo dos elementos

de 1º escalão;5) retardará o inimigo na:

- P2 (L ACRE) [L Altu S de SÃO JOÃO DO MARINHEIRO(0084) - P Cot 427 (9885) - P Cot 425 (9783) - P Cot 442 (9878) - P Cot 434 (9875)W Rib DO MARINHEIRO (0082)], devendo ganhar 1 (uma) jornada, com a FT1 ao N, a 2ª Cia Fuz Bld ao C e a FT 3 ao S;

- P3 (L SERGIPE) [L Altu a W de Rib PÁDUA DINIZ ( 8078 )],devendo ganhar 1 (uma) jornada, com a 1ª Cia Fuz Bld ao N, a FT2 ao C e a 3ªCia Fuz Bld ao S.

6) Ligar-se-á com:- Elm da 21ª Bda C Mec no P Lig Nr 1e 2 por intermédio da FT 3;- Elm FT 423º RCC no P Lig Nr 3 por intermédio da FT 1.

(b) Retrairá através dos Elm 53ª Bda Inf Mtz (PAG/ 11ª DE);(c) Retirar-se-á pelo Itn DELTA a partir da R P Cot 506 (6781) para

a R de Faz LUÍS ARANTES (8481) através da 52ª Bda Inf Mtz.(d) Anexo B: Calco Op (Calco Nr 4).

(2) Fogos(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prio F:- Na PIR e P3, FT 2. Na P2, FT 1.- FT CC (Dst Rtrd), Mdt O.

2) Diretrizes de fogos

b. 1ª Cia Fuz Bld (-2º Pel Fuz Bld)- Reforçar com o 2º Pel Fuz Bld o 2º/ 423º RCC, que passará a constituir

a FT CC.- Na P2, Mdt O:

- será reforçada pelo 1º/ 2º/423º RCC, passando a constituir a FT 1.___________________(Classificação Sigilosa)

C-10

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C-44

___________________(Classificação Sigilosa)

- Na P3, Mdt O:- perderá o 1º/ 2º/423º RCC que reverterá a sua SU de origem.

- Retirar-se- á pelo Itn ALFA até o P Lib Nr 4, pelo Itn BRAVO até a R PCot 506 (6781) e pelo Itn DELTA até a R Faz LUÍS ARANTES ( 8481).

c. FT 2 [ 2ª Cia Fuz Bld + 2º/2º/423º RCC]- Na P2 perderá o 2º/ 2º/423º RCC que reforçará a 3ª Cia Fuz Bld que

passará a constituir a FT 3, Mdt O.- Na P3 será reforçada com o 2º/ 2º/423º RCC passando a constituir a

FT 2, Mdt O.- Retirar-se- á pelo Itn BRAVO até a R P Cot 506 (6781) e pelo Itn DELTA

até a R Faz LUÍS ARANTES.

d. 3ª Cia Fuz Bld- Na P2 será reforçada com o 2º/ 2º/423º RCC passando a constituir a

FT 3, Mdt O.- Na P3 perderá o 2º/ 2º/423º RCC que reforçará a 2ª Cia Fuz Bld que

passará a constituir a FT 2, Mdt O.- Retirar-se-á pelo Itn CHARLIE até o P Tran Nr 1, pelo Itn BRAVO até a

R P Cot 506 (6781) e pelo Itn DELTA até a R Faz LUÍS ARANTES.

e. Apoio de Fogo(1) Pel AC(2) Pel Mrt P(3) Anexo D: PAF ( omitido )

f. Engenharia- 2º/ 42ª Cia E Cmb Bld

g. Cia C Ap- Retirar-se-á pelo Itn BRAVO até a R P Cot 506 (6781) e pelo Itn DELTA

até a R Faz LÁZARO ARANTES.

h. Reserva- FT CC [2º(-2º Pel CC) / 423º RCC + 2º/ 1ª Cia Fuz Bld)

- Reforçar a 2ª Cia Fuz Bld com o 2º Pel CC, que passará a constituira FT 2.

- Realizar ações de C Rec a partir de D-1/0400, Mdt O;- Realizar o retardamento contínuo entre as P Rtrd.- Ap Ret, Aclh e Cob a Rda dos Elm 1º Esc na PIR.- Na P2, Mdt O:

- reforçará com o 3º Pel CC a 3ª Cia Fuz Bld que passará a constituira FT 3;

___________________(Classificação Sigilosa)

C-10

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___________________(Classificação Sigilosa)

- Na P3, Mdt O:- reassumirá o controle do 3º Pel CC;

- Ret através de Elm da 53ª Bda Inf Mtz.- Retirar-se-á pelo Itn DELTA até a R Faz LUÍS ARANTES .

i. Prescrições Diversas- Na PIR os Elm 1º Esc deverão Aclh Elm do 42º Esqd C Mec e Elm FT

CC que Ret em sua Z Aç.- Os Elm 1º Esc deverão ficar ECD realizar o retardamento contínuo em

suas respectivas Z Aç.- Na P2 e na P3 os Elm 1º Esc deverão Aclh Elm dos Dst Rtrd que Ret

em sua Z Aç.- Nas P Rtrd os Elm de 1º Esc deverão Ret através de Elm da F Seg da

FT 422º BIB, Mdt O.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-10

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C-46

b. Ordem de Operações de Retraimento Sob Pressão

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 7 de 7 cópias522º BI MtzR P Cot 496 (3676)D/0800ACC – 388

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 08

Ref: Crt PR – 1/50.000 – FAZENDA MURIQUI

1. SITUAÇÃO.......................................................

2. MISSÃO

a. A fim de cooperar com a 52ª Bda Inf Mtz na instalação de uma novaposição defensiva no corte do ribeirão SANTA RITA (5985):

- retrair, a partir de D/1800, Mdt O, através da FT 523º BI Mtz, para a regiãoNE de córrego da PONTE ( 8485 );

- retirar-se, através da linha GUARUJÁ (força de segurança da DE), paraa região da Fazenda SÃO PAULO ( 5981 );

- estabelecer P Avç C na linha de alturas de P Cot 474 (6283) – P Cot 495(6580);

- defender, no corte do córrego DA CAPITUVA, a frente compreendidaentre o córrego ao sul de córrego DO ALECRIM (5984 ), exclusive, e o córregoao N de Fazenda PERNAMBUCANA (6277), inclusive.

b. Intenção do Cmt......................................

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da operação(1) Manobra

(a) O 522º BI Mtz (+ 2º/ 52º Esqd C Mec) realizará um retraimento sobpressão do inimigo, através da FT 523º BI Mtz, para a região NE de córrego daPONTE (8485), com a 1ª Cia Fuz ao N e a 2ª Cia Fuz ao S.

(b) Retirar-se-á pelo itinerário VERDE, através da linha GUARUJÁ(força de segurança da DE), para a R da Fazenda SÃO PAULO (5981 ).

(c) Estabelecerá P Avç C na linha de alturas de P Cot 474 (6283) –P Cot 495 (6580), com a 3ª Cia Fuz, no valor de 1 (um) Pel Fuz Rfr.

___________________(Classificação Sigilosa)

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___________________(Classificação Sigilosa)

(d) Defenderá, no corte do ribeirão SANTA RITA, com:- a 1ª Cia Fuz ao norte, na frente compreendida entre.................- a 2ª Cia Fuz ao sul, na frente compreendida entre...................

(e) Anexo B: Calco de Operações (omitido).(2) Fogos

(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prioridade de fogos:- 2ª Cia Fuz;- FT 3, Mdt O.

2) Diretrizes de fogos...............................

b. 1ª Cia Fuz ( + 1º / 3ª Cia Fuz)- Retrair através da FT 3 para a região a 1Km ao sul de Fazenda SANTO

ANTÔNIO (8986), Mdt O.- Retirar - se através da força de segurança da Bda pelo itinerário AZUL

até o PC Tran Nr 1. A partir daí, retirar-se pelo itinerário VERDE até a Z Reu doBtl.

- Na linha ÁGUIA, perder o 1º/ 3ª Cia Fuz, que reverte ao controle da 3ªCia Fuz, Mdt O.

c. 2ª Cia Fuz- Retrair através da FT 3, para a região da Faz SAUDADE (8882), Mdt O.- Retirar - se através da força de segurança da Bda pelo itinerário

BRANCO até o PC Tran Nr 1. A partir daí, retirar-se pelo itinerário VERDE atéa Z Reu Btl.

d. Apoio de fogo(1) Pel AC

- Integrar a FT 3 para as missões de força de segurança do Btl coma Sec Msl.

(2) Pel Mrt Me- Integrar a FT 3 para as missões de força de segurança do Btl.

(3) An C: PAF (omitido).

e. Cia C Ap- Integrar a FT 3 com a Turma de Reconhecimento.- Reconhecer os itinerários AZUL, BRANCO e VERDE.- Retirada do PC (- Gp Cmdo): a partir de D/1700, Mdt O.- Retirada dos TE: a partir de D/1200, Mdt O.- Retirada dos T Cmb (- Elm Sv): a partir de D/1500, Mdt O.- Operar o PC Tran Nr 1, Mdt O.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-10

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C-48

___________________(Classificação Sigilosa)

f. Reserva- FT 3 [3ª Cia Fuz (- 1º Pel Fuz) + 2ª/ 52º Esqd C Mec]

- Constituir a força de segurança do Btl, ocupando a linha ÁGUIA, MdtO.

- Acolher, apoiar o retraimento e cobrir a retirada dos elementos de1º escalão.

- Após o acolhimento da 1ª Cia Fuz, reassumir o controle do 1º PelFuz, Mdt O.

- Após ser acolhida na linha MARAMBAIA, perder o 2º/ 52º Esqd CMec, que reverte ao controle do 52º Esqd C Mec, Mdt O.

- Retrair através da força de segurança da Bda para a região denascente do córrego da PONTE (8485), Mdt O.

- Retirar - se, pelo itinerário BRANCO até o PC Tran Nr 1 e, a partirdaí, pelo itinerário VERDE até a Z Reu do Btl.

g. Prescrições diversas(1) O início do deslocamento a partir da Z Reu Btl dar-se-á logo após a

chegada da 3ª Cia Fuz.(2) P Lib Nr 1 (Elm P Avç C): cruzamento (6380) entre a estrada 01 e a

trilha que segue na direção NW.(3) P Lib Nr 2 (Elm da ADA): região da Faz SÃO PAULO ( 5981).

___________________(Classificação Sigilosa)

C-10

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C-49

C 7-20

c. Ordem de Operações de Retraimento Sem Pressão

___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 7 de 7 cópias522º BI MtzR P Cot 496 (3676)D/0800ACC – 388

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 08

Ref: Crt PR – 1/50.000 – FAZENDA MURIQUI

1. SITUAÇÃO.......................................................

2. MISSÃO

a. A fim de cooperar com a 52ª Bda Inf Mtz na instalação de uma novaposição defensiva no corte do ribeirão SANTA RITA ( 5985 ):

- Retrair, a partir de D/1800, Mdt O, para a região ao S de Fazenda SANTOANTÔNIO (8986).

- Retirar-se, através da força de segurança da Bda (linha MARAMBAIA)e da linha de controle GUARUJÁ, para a região da Fazenda SÃO PAULO(5981).

- Estabelecer P Avç C na nova posição defensiva, na linha de alturas deP Cot 474 (6283) - P Cot 495 (6580).

- Defender, no corte do córrego DA CAPITUVA, a frente compreendidaentre o córrego ao Sul de córrego DO ALECRIM (5984 ), exclusive, e o córregoao N de Fazenda PERNAMBUCANA (6277), inclusive.

b. Intenção do Cmt..................................

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da operação(1) Manobra

(a) O 522º BI Mtz (+ 2º/52º Esqd C Mec) realizará um retraimento sempressão do inimigo para a região ao S de Fazenda SANTO ANTÔNIO com a 1ªCia Fuz ao N e a 2ª Cia Fuz ao S.

(b) Retirar-se-á pelo itinerário VERDE, através da força de segurançada Bda (linha MARAMBAIA) e da linha de controle GUARUJÁ, para a região daFazenda SÃO PAULO (5981).

___________________(Classificação Sigilosa)

C-10

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C 7-20

C-50

___________________(Classificação Sigilosa)

(c) Estabelecerá P Avç C na linha de alturas de P Cot 474 (6283) –P Cot 495 (6580) com a 3ª Cia Fuz, no valor de 1 (um) Pel Fuz Rfr.

(d) Defenderá, no corte do ribeirão SANTA RITA, com:- a 1ª Cia Fuz ao norte, na frente compreendida entre...............- a 2ª Cia Fuz ao sul, na frente compreendida entre.................

(e) Anexo B: Calco de Operações (omitido).(2) Fogos

(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prioridade de fogos- 2ª Cia Fuz.- Destacamento de Contato, Mdt O.

2) Diretrizes de fogos...............................

b. 1ª Cia Fuz (+ 1º/ 3ª Cia Fuz)- Retrair para a R de ravina ao S de córrego FELIPE (9185), Mdt O.- Retirar- se, a partir de D/1830, pelo itinerário ROXO, até o PC Tran

Nr 1. A partir daí, retirar-se para a Z Reu do Btl.

c. 2ª Cia Fuz- Retrair para a R de ravina ao S de córrego ALEGRIA (8983), Mdt O.- Retirar - se, a partir de D/1830, pelo itinerário ROXO, até o PC Tran

Nr 1. A partir daí, retirar-se para a Z Reu Btl.

d. Apoio de fogo(1) Pel AC

................................................................(2) Pel Mrt Me

................................................................(3) An C: PAF (omitido).

e. Cia C Ap- Reconhecer os itinerários ROXO e VERDE.- Retirada do PC (- Gp Cmdo): a partir de D/1700, Mdt O.- Retirada dos TE: a partir de D/1200, Mdt O.- Retirada dos T Cmb (- Elm Sv): a partir de D/1500, Mdt O.- Operar o PC Tran Nr 1, Mdt O.

f. Reserva- FT 3 [3ª Cia Fuz (- 1º Pel Fuz ) + 2º/ 52º Esqd C Mec ]

- Retrair para a região de Fazenda CAPITUVA (8984), Mdt O.- Após o acolhimento do Btl na linha MARAMBAIA, perder o 2º/52º

Esqd C Mec, que reverte ao controle do 52º Esqd C Mec, Mdt O.___________________(Classificação Sigilosa)

C-10

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C-51

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

- Retrair para a região de Fazenda CAPITUVA (8984), Mdt O.- Retirar-se, a partir de D/1820, pelo itinerário ROXO, até o PC Tran Nr

1. A partir daí, retirar-se para a Z Reu Btl.

g. Prescrições Diversas(1) Destacamento de Contato

(a) Cmt: SCmt Btl(b) Composição das Cia de 1º escalão:

- Cmt: Cmt Pel Ap.- 1GC por Pel Fuz.- Gp Ap Pel Fuz.- 2Pç / Sec AC / Pel Ap.- Sec (-1Pç) Mrt Me / Pel Ap.

(c) Composição da Cia C Ap:- Pel Mrt Me (- 1 Sec Mrt Me).- Sec Msl / Pel AC.- Elm Com.

(d) Reserva- 2º / 52º Esqd C Mec.

(2) P Lib Nr 1 (Elm P Avç C): cruzamento (6380) entre a estrada 01 e trilhaque segue na direção NW

(3) P Lib Nr 2 (Elm da ADA): região da Fazenda SÃO PAULO (5981).

___________________(Classificação Sigilosa)

C-10

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C 7-20

C-52

C-11. EXEMPLO DE PARÁGRAFO 4º DE UMA O Op

___________________(Classificação Sigilosa)

4. LOGÍSTICA

a. Generalidades(1) Organização do apoio (1)

(a) 52º B Log desdobrado na R Faz AZUL (2739).(b) Sec L Mnt/Pel L Mnt/Cia Log Mnt/52º B Log em apoio direto ao

522º BI Mtz.(2) Desdobramento do apoio (2)

(a) Área de Trens de Combate1) Localização

- Até a conquista de 01-02: R Enc S P Cot 552 (2750).- Após a conquista de 01-02: R Enc S P Cot 573 (2752).

2) Composição- Posto de Socorro, Posto de Coleta de Mortos, Posto de

Remuniciamento Avançado, Posto de Distribuição de Suprimento Classe III,Área de Manutenção de Viaturas, Armamentos e Estac Vtr.

3) Prescrições sobre deslocamentos e abertura- Para a ocupação da Área de Trens de Combate inicial os trens

devem cerrar à retaguarda do Btl.- Para a ocupação da Área de Trens Combate subsequente

cerrar, Mdt O, pelo itinerário da Rdv 01. O PS deverá Dsloc em 2 escalões.- Horário de abertura das instalações Log: a partir de D-1/0600.

(b) Área de Trens de Estacionamento (ATE)1) Localização

- R P Cot 504 (2849)2) Composição

- Posto de Remuniciamento Recuado, Posto de Coleta daMaterial Salvado e Capturado, Posto de Distribuição de Suprimento Classe I,Posto de Comando da Cia C Ap, Local de Atendimento de Feridos e Doentes,Local das Cozinhas, Área de Manutenção de Viaturas, Armamento e Estaci-onamento de Viaturas.

3) Prescrições sobre deslocamento e abertura- O grosso dos trens deverá deslocar-se em D-1/2230 à

retaguarda do Btl. Em princípio, não mudará de posição.- Horário de abertura das instalações logísticas a partir de D-

1/0600.(c) An F – Calco de apoio logístico (omitido).

b. Suprimento (3)(1) Classe I

___________________(Classificação Sigilosa)

C-11

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C-53

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(a) Posto de Distribuição de Suprimento Classe I/Bda- Na Área de Apoio Logístico/52ª Bda Inf Mtz, na região da

Fazenda AZUL.- Aberto a partir de D-2/0600.

(b) Horário de distribuição: a partir de D-1/2100.(c) Controle das cozinhas: descentralizadas, passando ao controle

do Btl a partir D-1/1900.(d) Processo de distribuição das refeições

........................................(e) Distribuição das refeições

1) Desjejum de D........................................

2) Almoço de D........................................

3) Jantar de D........................................

(2) Classe III- Posto Distribuição de Suprimento Cl III/Bda.- Na Área de Apoio Logístico/52ª Bda Inf Mtz, na região da Fazenda

AZUL.- Aberto a partir de D-2/0600.

(3) Classe V (munição)(a) 5150º Posto de Suprimento Classe V/Ex Cmp

- Na região de MARA ( fora da carta ).- Aberto a partir de D-3/0600.

(b) Posto de Controle de Munição/52ª Bda Inf Mtz- Na região da Faz AZUL.- Aberto a partir de D-2/0600.

(c) Eixo de Remuniciamento/522º BI Mtz: Rdv 01.(d) Munição disponível

........................................(4) Classe X

- Água- Posto de Suprimento de Água: região da Fazenda AZUL.- Proibido o consumo de água nos cursos d’água da região de

operações.

c. Transporte (4)(1) Circulação e Controle de Trânsito

(a) Posto de Controle de Trânsito Nr 1 / 52ª Bda Inf Mtz........................................

___________________(Classificação Sigilosa)

C-11

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C 7-20

C-54

___________________(Classificação Sigilosa)

(b) Restrições1) Linha de Escurecimento Parcial

........................................2) Linha de Escurecimento Total

........................................3) Velocidades

........................................4) Prioridades: Tropa, suprimento e evacuação.

(c) Anexo G – Plano de Circulação e Controle de Trânsito (omitido).(2) Estrada Principal S/52ª Bda Inf Mtz: Rdv 02. (5)(3) Eixo de Suprimento e Evacuação/522º BI Mtz: Rdv 01. (5)

d. Saúde (6)(1) Evacuação

(a) Posto de Triagem/Bda- Na região da Fazenda AZUL (A Ap Log/52ª Bda Inf Mtz).- Aberto a partir de D-2/0600.

(b) Prioridade para evacuação aeromédica.- Elementos de 1º Esc (1ª e 2ª Cia Fuz).

(2) Hospitalização(a) 5017º Posto Cirúrgico Móvel.

- Na região da Fazenda AZUL (A Ap Log/52ª Bda Inf Mtz).- Aberto a partir de D-2/0600.

(b) 544º Hospital de Campanha.- Na R PENACHO (2112) (Grupamento Logístico Avançado).- Aberto a partir de D-5/0600.

e. Manutenção (7)(1) Prio Mnt (8)

- Armamento leve, armamento pesado, Vtr e instrumentos óticos.(2) Material salvado e capturado

(a) Informar ao 52º B Log, diariamente, até 1900, sobre o material quetenha excedido às possibilidades de evacuação do Btl.

(b) Posto de Coleta de Material Salvado e Capturado/Bda- Na região da Fazenda AZUL (A Ap Log/52ª Bda Inf Mtz).- Aberto a partir de D-2/0600.

f. Pessoal(1) Controle de efetivos

- Registros e relatórios.- Mensagem diária de efetivo (MDE) para o S1 até 1900 horas, com

término de período às 1800.(2) Recompletamento

___________________(Classificação Sigilosa)

C-11

Page 550: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-55

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(a) Pelotão de Recompletamento/52ª Bda Inf Mtz- Na R 2500 SE Faz AZUL (A Ap Log/52ª Bda Inf Mtz).

(b) Recebimento do recompletamento:1) Hora: D+1/1800

.........................................2) Local

........................................(c) Distribuição do recompletamento

1) Hora: D+1/1930.........................................

2) Local..........................................

(3) Suprimento reembolsável- Cantina móvel na região da Fazenda AZUL ( Área de Apoio Logístico/

52ª Bda Inf Mtz)(4) Banho e lavanderia

- Posto de Banho: aberto entre D-1/1000 e D-1/1130 na região daFazenda AZUL.

(5) Sepultamento(a) Cemitério do Exército de Campanha.

- Na R Faz JACU (fora da Crt) (Gpt Log R).- Aberto a partir de D-5/0600.

(b) Posto de Coleta de Mortos/52ª Bda Inf MtzNa região da Fazenda AZUL (Área de Apoio Logístico/52ª Bda Inf

Mtz).- Aberto a partir de D-2/0600.

(c) Funcionamento conforme NGA Btl.

g. Diversos(1) Administração interna do Posto de Comando

- Deslocamento conforme NGA.- Disposição interna a cargo do S1.

(2) Segurança de Área de Retaguarda (SEGAR)- As viaturas empregadas em atividades de suprimento deverão

conduzir uma guarda.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-11

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C 7-20

C-56

Legenda(1) Este item (Organização do apoio) deve conter a concepção geral do

apoio logístico às operações, descrevendo a cadeia de apoio logístico e outrosaspectos julgados necessários, tais como as formas de apoio, a vinculação decomando etc. Inclui-se aqui a citação (designação e localização) das OM de apoiologístico do escalão superior e, eventualmente, outras que tenham missãoespecífica de apoio logístico ao escalão considerado.

(2) Não será necessário citar as instalações logísticas do Btl e a hora deabertura no subparágrafo relativo a Suprimento (b.), caso sejam citadas neste item(Desdobramento do apoio).

(3) Este subparágrafo (Suprimento) deve conter um item para cada classede suprimento que apresente particularidades de interesse para o escalãoconsiderado. Sempre que necessário, deverão ser descritos aqui, na respectivaclasse de suprimento, o indicativo, a localização e o período de funcionamento dospostos de suprimento (P Sup) e dos postos de distribuição de suprimento (P Distr)de interesse para o Esc considerado. Nos itens desse subparágrafo deverão sermencionadas ainda eventuais alterações no processo de distribuição do supri-mento.

(4) Este subparágrafo conterá todas as prescrições relativas à circulaçãoe ao controle de trânsito estabelecidas nos planos dos escalões superiores e quesejam de interesse do escalão considerado. Serão aqui também mencionados osdados referentes à utilização de meios de transporte, orgânicos ou não, bem comoa citação da Estrada Principal de Suprimento/Bda, do Eixo de Suprimento eEvacuação/Btl e do Eixo de Remuniciamento/Btl.

(5) As informações contidas nestes itens complementam o calco deapoio logístico.

(6) Este subparágrafo deve conter um item para evacuação e outro parahospitalização. Informações sobre a localização, hora de abertura e fechamentodas instalações de saúde desdobradas em proveito do escalão considerado, bemcomo a norma de evacuação, também serão aí anotadas. Se necessário,descrever a cadeia de evacuação.

(7) Este subparágrafo deve conter informações sobre o emprego dosmeios orgânicos e em apoio direto, bem como sobre o apoio do escalão superior.

(8) Retirada da ordem do escalão superior.

C-11

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C-57

C 7-20

C-12. EXEMPLO DE PARÁGRAFO 5º E QRR DE UMA O Op

a. Exemplo comentado

___________________(Classificação Sigilosa)

5. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. Comunicações(1) Índice das IEComElt: (contém o Nr da instrução índice – normalmente

o Nr 1 – e o Nr da sua edição em vigor). Ex.: 1-5(2) Rádio

(a) An ___ - QRR(b) Prescrições rádio

1) Silêncio- As Pç Man que não citadas nos itens (2) e (3), seguem esta

prescrição.2) Restrito

- Para as Pç Man Esc Atq, Elm Ap F e Elm Ap Cmb, a partirdo início dos F Preparação.

3) Livre- Para as Pç Man Esc Atq, Elm Ap F e Elm Ap Cmb, a partir

de H;- Para a Res, quando empregada; e- Para Elm em contato.

Observações- As prescrições variam conforme a natureza da operação (Ver IP

11- 07 AS COMUNICAÇÕES NA INFANTARIA).- Na O Op constam as prescrições que deverão ser seguidas pelas

redes internas das SU.- As prescrições para as redes internas da Unidade encontram-se

no QRR.- Pode constar ainda ordens sobre redes especiais e atípicas de

interesse do Esc Sbrd:- Ex.: Ct Dsloc

(3) Meios Físicos- An ____ - D Cirt- Abordar detalhes atípicos.- Mencionar O Epcf sobre Inst/Exp (Prio na Lig, Hor Dispc pronto,

testes, Info sobre a telefonia automática SFC).(4) Mensageiros

- An ____ - Crt Itn Msg Esc (SFC).- Mencionar O relativas à Seg e a procedimentos não constantes de

NGA ou outro Doc.___________________(Classificação Sigilosa)

C-12

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C 7-20

C-58

___________________(Classificação Sigilosa)

- Info sobre Msg locais, volumosas e/ou especiais.(5) Outros Meios

- Ordens Epcf referentes aos meios visuais, acústicos e diversos quenão constem das NGA.

b. Postos de Comando- Citar Loc, Hor Abert/Fch PC Esc superior, considerado (e Subrd SFC),

iniciais e futuros (caso estejam regulados), mesmo que constantes do calco deOp;

- Elm que Rfr ou Intg, cabe ao Esc enquadrante localizar PC inicial (SFC);e- Devem constar neste item os PC iniciais para a Op regulada pela ordem,

os quais nem sempre coincidem com os locais onde se encontrava a U quandoa ordem foi expedida.

c. Eixos de Comunicações- Eixo Com Esc Sp e considerado (Sbrd SFC); e- Previsto apenas no espaço regulado pela O Op.

d. Outras Prescrições- Diretrizes e Info de interesse do Ap Com não Epcf de seus sistemas e

não enquadradas nos itens anteriores;- Dispc de Com pronto (data/hora);- Procedimentos de MPE/Com; e- Autorização (ou proibição) de uso de recursos locais, escuta de

radiodifusão Ini e manuseio/utilização de Mat Com abandonado pelo Ini.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-12

Page 554: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C-59

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b. Parágrafo 5º de uma Op Atq Coor de Btl

___________________(Classificação Sigilosa)

5. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. Comunicações(1) Índice das I E Com Elt: 1-3(2) Rádio

(a) An F - QRR(b) Prescrições rádio

1) Silêncio2) Restrito

- Para a Cia C Ap, 1ª Cia Fuz e FT 2 a partir de D/0515.3) Livre

- Para a 1ª Cia Fuz, FT 2 e Cia C Ap a partir de D/0530.- Para as redes rádio que empregam Eqp Rad Gp 1, para o Ct

Dsloc a distâncias maiores que 4 Km da LP/LC.- Demais Elm Mdt O.

(3) Meios Físicos(a) An G - Diagrama de circuitos (Omitido)(b) As Tu Cnst devem ser Rfr quando estiverem trabalhando próximo

a localidades e à noite.(4) Mensageiros

(a) An H - Crt Itn Msg Esc (Omitido)(b) Os Msg deverão ser duplos, percorrerem Itn diferentes e escolta-

dos quando próximos a localidades e à noite.(c) As Msg ultra-secretas e secretas e as volumosas que tenham

precedência U e UU poderão ser conduzidas por Msg Mtz, Mdt solicitação dosElm responsáveis.

(5) Outros Meios(a) Permitida a sinalização visual somente da Fr para a Rg a W da L

crista cota 500m do AEROPORTO (5975).(b) Proibido o uso de artifícios pirotécnicos até D/0530.(c) Liberado a utilização de meios acústicos somente para alarme

nas áreas de PC e nos Esc SU e Infr a partir de D/0530.(d) O emprego de meios diversos está liberado antes de D/0530 só

a mais de 4 Km da LP/LC.

b. Postos de Comando(1) PCP 52ª Bda Inf Mtz: R de FÁTIMA (5977).(2) PCR 52ª Bda Inf Mtz: R de Faz FORQUILHA (5777)(3) PCP 522º BI Mtz: R de Rav 1100 m E Loc FÁTIMA (6078).(4) PCR 522º BI Mtz: R de Rav 1600 m S de FÁTIMA (5977)

___________________(Classificação Sigilosa)

C-12

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C 7-20

C-60

___________________(Classificação Sigilosa)

(5) PCP e PCR da 52ª Bda Inf Mtz abrirão em D/0300 e fecharão Mdt O.(6) PCP e PCR do 522º BI Mtz abrirão em D/0300 e fecharão Mdt O.

c. Eixos de Comunicações(1) 52ª Bda Inf Mtz

- Balizado pela estrada FÁTIMA(5977) – VILA D’OESTE (6880)(2) 522ª BI Mtz

- Balizado pela estrada FÁTIMA(5977) – VILA D’OESTE (6880)

d. Outras Prescrições(1) MPE/Com

- NGA Com Elt(2) Proibida a escuta de estações de radiodifusão; e(3) Dispc Com pronto em D/0300.

___________________(Classificação Sigilosa)

C-12

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C-61

C 7-20

c. QRR___________________(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr 02 de 07 cópias522º BI MtzR Entr 2 Km E Faz FORQUILHAD-1/1500GB-360

Anexo F (QRR) à O Op Nr 10 do 522º BI Mtz

1. Prescrições

a. Silêncio

b. Restrito- Para a Cia C Ap, 1ª Cia Fuz e FT 2 a partir de D/0515.

b. Livre- Para a Cia C Ap, 1ª Cia Fuz e FT 2 a partir de D/0530;- Para a reserva quando empregada; e- Demais Elm ou redes Mdt O.

_____________________________Cmt 522º BI Mtz

Acuse estar cienteDistribuição: Lista EConfere: _______________________

S3/522º BI Mtz___________________(Classificação Sigilosa)

C-12

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C 7-20

C-62

C-13. EXEMPLO DE PARÁGRAFO 6º DE UMA O Op

___________________(Classificação Sigilosa)

6. PESSOAL E ASSUNTOS CIVIS

a. Pessoal(1) Administração de pessoal

(a) Qualificação militar- Está autorizado o preenchimento de claros por pessoal habilita-

do em curso ou estágio específico, independente da QMG/QMP.(b) Movimentação

- Suspensas as transferências no âmbito da Bda até o final daoperação.

(c) Mão de obra- Proibida a utilização de mão de obra civil.

(2) Assistência ao pessoal(a) Licenças

- Está sustada a concessão de licenças.(b) Assistência religiosa

- Será prestada assistência religiosa às OM subordinadas duranteo preparo da posição defensiva.

(c) Repouso, recuperação e recreação1) Repouso

........................................2) Recuperação

- As unidades podem ser enviadas a uma área de recuperação,caso sejam substituídas.

3) Recreação- Vagas diárias no Centro de Recreação Minuano.- 521º BI Mtz : 25 vagas.- FT 522º BI Mtz : 20 vagas.- FT 523º BI Mtz : 30 vagas.

(3) Disciplina e justiça militar(a) Prisão do V Ex Cmp

- Na R de RESENDE (Grupamento Logístico Recuado).(b) Extraviados

- Posto de Coleta de Pessoal Extraviado/52ª Bda Inf Mtz.- Nr 1 – Entroncamento NE de rancho SÃO JORGE (2689).- Nr 2 – Ponte NE de Faz CLOVISLÂNDIA (2385).- Nr 3 – Região de TREVO (2286).

(4) Prisioneiros de guerra e civis internados(a) Campo de prisioneiros de guerra do V Ex Cmp

- Na região de RESENDE (Grupamento Logístico Recuado)___________________(Classificação Sigilosa)

C-13

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C-63

C 7-20

___________________(Classificação Sigilosa)

(b) Posto de Coleta de Prisioneiros de Guerra/52ª Bda Inf Mtz- Na região de Morro GUADARRAMA (2486).

(c) Evacuação a cargo do 52º Pel PE.

b. Assuntos civis(1) Comunicação social

(a) Relações Públicas........................................

(b) Operações Psicológicas- Anexo M – Plano de Operações Psicológicas (omitido).

(c) Informações públicas........................................

(2) Ação comunitária(a) Cooperação na instrução.

- Está autorizada a utilização de especialistas civis no apoio àsinstruções.

(b) Cooperação na defesa contra calamidades públicas.- Está autorizada a utilização de civis na defesa contra calamidades

públicas.(c) Ação cívico-social (ACISO)

- Está autorizado o apoio médico à população da região.(d) Atividades de defesa civil

........................................(3) Assuntos de governo

(a) Governo(b) Economia(c) Serviços públicos(d) Serviços especiais

........................................

___________________(Classificação Sigilosa)

C-13

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C 7-20

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Page 560: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

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Page 561: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

D-3

C 7-20

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Page 562: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

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Page 563: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

D-5

C 7-20

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Page 564: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

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Page 565: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

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Page 566: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

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C

aodnassap,erviLodnauq

otirtseR

giLrecelebatseer.ocisíf

oiem

oãçarepoà

siaicnessesoda

D

Page 567: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

E-1

C 7-20

ANEXO E

DADOS MÉDIOS DE PLANEJAMENTO

E-1. OFENSIVA

a. Frentes de ataque(1) Op diurnas

(2) Op noturnas

OBSERVAÇÃO(1) Depende dos fatores da decisão, do número de Elm em 1º

escalão e da sua participação no Atq principal ou secundário.(2) Profundidade variável.(3) As FT Esqd, no caso, estão organizadas a três peças de manobra

de valor Pel.

OTNEMELE)rolav(

ETNERF)2()1()mk(

zuFleP 52,0a51,0

CCleP 4,0a2,0

zuFaiC 5,0a52,0

)3(CCdqsETF 5,1a4,0

fnIltB 2a1

OTNEMELE ETNERF

zuFleP m08

Page 568: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

E-2

b. Tempo de parada em objetivo

c. Prazos para planejamento

d. Velocidade de progressão em combate(1) Ataque (contra inimigo da mesma natureza)

(a) Diurno

(b) Noturno

E-1

ltBolepodacramjbO h1

adBalepodacramjbO nim03h1

EDalepodacramjbO nim03h2

OÃLACSEAGIMINIAICNÊTSISEREDSOPIT

oãçisoPadacifitrof

oãçisoPadazinagro

etnemairamusoãçisoPadazinagro

ztMIB.1

leváiraV

zuledh4odnes,h6

odazilartneceuqatA

onruid- zuledh3odnes,h4

onruton- zuledh4odnes,h5

odalecrapeuqatA zuledsadotodnes,h3

zuFaiC.2

odazilartneceuqatA

onruid- zuledsadotodnes,h2

onruton- zuled3odnes,h4

odalecrapeuqatA zuledh1

éparT h/mk6,0uonim01/m001

CCedpAomocéparT h/mk2,1uonim50/m001

PTBVmebmErTedlBC,CC h/mk5uonim2,1/m001

anrutonoãsivpqEuoodanimulI onruidoaacitnêdI

)éparT(odanimulioãN nim21/m001

Page 569: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

E-3

C 7-20 E-1

(2) Progressão retardada(a) Face a Ini da mesma natureza

(b) Diante de Ini de natureza diferente

(c) Observações1) nas forças compostas por elementos de naturezas diferentes,

considerar, para ambos os contendores, a natureza do elemento base;2) as velocidades noturnas poderão sofrer variações em função da

disponibilidade de equipamentos especiais por parte do Ini e/ou de seu oponente;3) a velocidade noturna "até 1 km/h" indica o limite de um

decréscimo progressivo da velocidade diurna.

e. Prazos para emprego da reserva (ações planejadas)

f. Áreas para zona de reunião

azerutaN)h/mK(edadicoleV

anruiD anrutoN

éparT 5,1 1

ztMrT 5 1

CC 6 1éta

dlBfnIrT 6 1éta

ceMrT 8 1éta

açneserpmesotnemelE)h/mK(edadicoleV

anruiD anrutoN

ztMfnIXceMfnI-ceMC-dlBfnI-CC 51 8

ceMCXztMfnI-ceMfnI-dlBfnI-CC 8 1éta

dlBfnIuoCCXceMfnI-ceMC 4 1éta

ltB/seRaiC aroh1

adB/seRltB nim03earoh1

ltB mk1,1 2

Page 570: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

E-4

g. Distância de segurança do PC

h. Área necessária para instalação do PC do Batalhão: 1 km2

i. Ataque à localidade

E-2. DEFENSIVA

a. Apoio mútuo e dispersão

b. Frentes e profundidade a defender

OBSERVAÇÕES:(1) O Pel Fuz ocupa um núcleo de defesa de 400 m e defende uma frente

de 900 m; e(2) Cada Armt coletivo em reforço aumentará a frente do Pel em 25 m.

ltBodoãçaedanoZ seõrietrauq4a1

aiCedoãçaedanoZ seõrietrauq2a1

ozFlePedoãçaedanoZ oãrietrauq1

CL/PLadadraugateràmk1 mk1 2

feDsoelcúNmeozFleP2ertneoutúmoiopA m005

ozFlePedsoelcúN2ertneominímotnematsafA m002

lamroNetnerF etnerFagraL

etnerF edadidnuforP etnerF edadidnuforP

zuFleP m009 m003a05 - -

zuFaiC m0081 m0001 m0072 m0002

fnIltB m0063 m0002opsD(m0045

m0007)forP)raenilopsD(

m0004

E-1/E-2

Page 571: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

E-5

C 7-20

oãçarFaicnêtsiseReduarG

radrateR raigiV

ozFleP m0051 m0003

ceMCleP m0002 m0004

oãçisopedopiT oãçazinagroedopmeT

adacifitrofsoP ohlabartedsadanrojsiamuo51

adazinagrosoP 51euqodroneme5euqroiamuolaugiohlabartedsadanroj

adazinagroetnemairamussoP 5euqodroneme1euqroiamuolaugiohlabartedsadanroj

saunítnocsedsaicnêtsiseR adanroj1euqodsonemeh6edominímohlabarted

odajenalpqtAC odajenalp-oãnqtAC

ltB/seRaiC aroh1 saroh2

adB/seRltB nim03h1 saroh4

E-2

c. Frentes com outros graus de resistência

OBSERVAÇÃO: O Pel Fuz ocupa um núcleo de retardamento de 100 m eretarda uma frente de 1500 m.

d. Prazo para organização da posição defensiva

e. Prazo para emprego da reserva

f. Distância de segurança do PC - 1 km à retaguarda da orla anterior dosúltimos núcleos de aprofundamento do batalhão.

g. Distâncias normais dos elementos de segurança em relação aoLAADA

h. Defesa circular - Raio normal do perímetro do Btl: 800 a 1200 m.

boCF mk021a08

GAP mk21a8

GAP m0002a008

Page 572: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

E-6

etnerF edadidnuforP

oãhlataB seõrietrauq8a4 seõrietrauq6a3

aihnapmoC seõrietrauq4a2 seõrietrauq3a2

E-2/E-3

i. Defesa de localidade

E-3. APOIO LOGÍSTICO

a. Distãncia mínima de segurança das AT das SU e do Btl

b. Área de instalações:

US/TA AVISNEFOm005 m0001AVISNEFED

CTAETA

soritsodecafmegoLpAedseõçalatsnisaregetorpedadilanifropmeTade,CTAadosaconagiminiedadinubusadovrucoritedsamrasadairahlitraaused,levíssopes,eTAuoETAadosaconagiminiedadinu

od,seõçareposadazerutanadoãçnufmerairavedopaicnâtsidassE.evel.etnadnamocolepoditimdaocsiroduoogiminiolepodagerpmelairetammeogiminiotnemamraosomaredisnocsavisnefoseõçarepomeodnauQ-

uo(ogiminilaregADAALodadraugateràodazilacol,UuoUS,oãtseuq-ilituedecnaclauesed)3/1(oçretmuedaicnâtsidan)otatnocedahnil

,otnopetsed,eetnerfàomixámecnaclauessomaçnalíadritrapA.oãçaz.açnarugesedaicnâtsidaes-açart

ogiminiotnemamraosomaredisnoc,savisnefedseõçarepomeodnauQ-uo(otatnocedahniladadraugateràodazilacol,UuoUS,oãtseuqme

íadritrapA.ominímecnaclauesoalaugiaicnâtsidan)laregADAALossonaicnâtsidaes-açart,otnopetsed,eetnerfàomixámecnaclauessomaçnal

.açnarugesededoãsicedamué,oãnuo,açnarugesedaicnâtsidadoãçodaA-

odnaredisnoc,oãçautisedodutseuesoaecafetnadnamocO.odnamocuoopmacsévartaedadilibagefarteedadilibatisnart(onerretmocserotaf

edaicnêtsixeesievínopsidsarutaivededaditnauq(soieme)adartseTAsausracoláredop,sortuoertned,)sadatievorpameresaseõçalatsni

.odarrecoiopaoodnaigelivirp,etnerfasiam

OÃSNEMID

US/TA m001xm05

CTA m006xm005

ETA m000.1x005

)acinú(ltB/TA m000.1xm007

Page 573: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

E-7

C 7-20

xCU(=)adartsE(snC..........rtsEsévartalevítsubmocedomusnoC D 001/)

x52xCU(=)pmC(snC.....opmacsévartalevítsubmocedomusnoC D 001/)

x2,0xCU(=)puS(snC...................................otnemirpuSedomusnoC SMD 001/)

001/)51xCU(=)cqA(snC................................otnemiceuqaedomusnoC

)edadinuadrtVsadotnemiceuqaededadisseceN(

06xzoCrN=)zoC(snC..........................................ahnizocedomusnoC

x001/)rtVadCU(=)feR(snC.....................................feRmertVedomusnoC D x N)

D mkmeaicnâtsiD=SMD edsaicnâtsidsadacitémtiraaidém-otnemirpuSedaidéMaicnâtsiD=

otnemirpus

E-3/E-4

c. Cálculo de combustível(1) Dado base - Unidade carburante é a quantidade de combustível

correspondente ao consumo médio de uma Vtr ou de todas as Vtr da unidade em100 km.

(2) Formulário

E-4. MOVIMENTOS PREPARATÓRIOS E ESTACIONAMENTO

a. Marcas a pé(1) Profundidade (P) ...... P (m) = Ef x K + %IM(2) Escoamento (e) ....... e = 3P/50 V(3) Percursos máximos para deslocamentos da tropa a pé, sob condi-

ções favoráveis, já computados os tempos para os grandes altos, são:- da ordem 56 km em 24 h- da ordem 100 km em 48 h- da ordem 130 km em 72 h

(4) Velocidade de deslocamento(a) Distâncias até 32 km

(b) Para distâncias entre 32 e 56 km, a duração do percurso écalculada pela divisão da distância pela velocidade e acrescida de 3 horas,destinadas a um "grande alto".

(c) O Btl e os escalões menores, em condições normais, marcham,

otnemacolsededopiT)h/mk(edadicoleV

anruid anruton

sadartsemE 0,4 0,3

opmacodsévartA 5,2 5,1

Page 574: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

E-8

E-4

durante o dia, com a velocidade de 6 km/h até a distância de 8 km, inclusive.(d) Um Dsloc superior a 8 h, num período de 24 h, é considerado

marcha forçada.

b. Marchas motorizadas(1) Profundidade (P)

(a) Coluna cerrada .......... P (Km) = (e x V)/ 60(b) Coluna aberta ............ P (Km) = [ (N x d)/ 1000] + [ (SIT x V)/ 60]

(2) Escoamento (e)(a) Coluna cerrada ......... e = N x g + SIT(b) Coluna aberta ........... e = [(N x d x 60)/ 1000 x V] + SIT

(3) Duração da marcha ( DM )- DM (h) = T + %TM + e (h)

(4) Velocidades de deslocamento (km/h)

(5) Etapas de marcha (em uma jornada)

OBSERVAÇOES1) Para os Elm dotados de diferentes tipos de Vtr, considerar os dados

correspondentes ao de menor velocidade.2) O Btl e os escalões menores, normalmente, só realizam deslocamen-

tos motorizados a distâncias superiores a 8 km.

ADARTSEME ODSÉVARTAOPMAC

anruiD anrutoNanruiD anrutoNétA

rtV05edsiaMrtV05

loraFoseca

loraFodagapa

lSdlBeCC 42 42 42 61 8 5

RSdlB 04 42 42 61 21 5

RSztMrtV 04 42 42 61 8 5

sarutaiV)mk(ahcraMedapatE

anruiD anrutoN

)rtVedrNreuqlauq()dlBeCC(satragalerboS 002 021

)rtV05edsonemmocanuloc()rtVedlB(sadorerboS 023 021

)rtV05edsiammocanuloc()rtVedlB(sadorerboS 002 021

Page 575: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

E-9

C 7-20 E-4

c. Tempos de cerrar

OBSERVAÇÕES1) O tempo de cerrar foi calculado admitindo que a U o faça em um único

eixo.2) Válidos para as velocidades de deslocamento normais previstas.3) Para a unidade (Btl ou Rgt), tomar o tempo de cerrar como um todo.4) Para o valor subunidade (Cia e Esqd), não se considera o tempo de

cerrar.

d. Cálculo da área de estacionamento(1) Com previsão de ataque aéreo .........Am = (Ef x 40 m²) + (Vtr x 80 m²)(2) Sem previsão de ataque aéreo (a Am é a maior dentre as áreas abaixo)

- Ap = Ef x 50m²- Av = N x 10000m²

e. LegendaT - tempo de percurso (em horas).V - velocidade de deslocamento (em Km/h).Ef - efetivo a péN - número de viaturas da colunaK - fator básico, expresso pelos valores da tabela abaixo:

%IM - soma dos intervalos de marcha (em metros)e - tempo de escoamento (em min)d - distância entre viaturas em metros (inclusive o comprimento da

viatura).

seõçamroF soertnem1snemoh

soertnem5snemoh

muropanuloC 5,1 9,5

siodropanuloC 8,0 3

sêrtropanuloC 5,0 2

ortauqropanuloC 3,0 5,1

)nim(RARRECEDOPMET AIDED ETIONED

SEDADINU épA ztM épA ztM

ztMIB 52 02 53 03

ceMIBeBIB - 53 - 52

Page 576: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

E-10

γ - escoamento de uma viatura, expressa nos valores abaixo:

%TM - soma dos tempos mortos (em min), expressos nos altos, manobrade viatura, bem como qualquer outro tempo destinado a atender às necessidadeslogísticas e às restrições do trânsito

Am - área mínima de estacionamentoAp - área destinada ao pessoalAv - área destinada às viaturas%IT - soma de todos os intervalos de tempo dos elementos da coluna (em

minutos).

E-5. TRANSPOSIÇÃO DE CURSO DE ÁGUA

a. Transposição de vaus

SOTNEMELE )1()m(UAV SEÕÇAVRESBO

épaetnetabmoC 00,1

eemrifodnuf,adaredometnerroC)1(;sievárovafsnegram

oibífnA)2(;m06,1>edadidnuforpmeautulF-eciléhamoc,m06,1e01,1ertnE-

edosrucoropsnarteugesnoc,adagil;edadlucifidmocaugá

.s/m5,2=augáanedadicoleV-oibífnA)3(

;m0,2>edadidnuforpmeautulF-eugesnocm0,2e06,1ertnE-

;edadlucifidmocaugáedosrucoropsnart2adamixámoãçanilcnI- ª :megram

;)odnautulfodnauq(%02-.)uavedaissevartanodnauq(%05-

;nim5-CCodoãçaraperpmeS)4(;nim03-CCodoãçaraperpmoC)5(

.lekronsmoC)6(

RAtrAesadorerbos4/3e4/1sarutaiV 06,0

t5e2/12sarutaiV 57,0

)ACARARAJ(BRV 58,0

)LEVACSAC(RBV 01,1

)2()UTURU(PTBV 01,1

)3()311M(PTBV 06,1

tnPL,EBV 50,1

801Mmm501PAO,CBV 50,1

901Mmm551PAO,CBV 50,1

)14M(CC,CBV 00,1

)1A-1DRAPOEL(CC,CBV)4(02,1)5(52,2)6(00,5

)STT-3A06M(CCCBV )4(02,1)5(04,2

edadicoleV rotaF

h/mk02 nim81,0enim60,0ertne

h/mk02edamica nim60,0

VIAT

UR

AS B

LIN

DAD

ASE-4/E-5

Page 577: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

E-11

C 7-20

b. Principais características dos cursos de água

c. Dosagem básica de botes, passadeiras, portadas e pontes (1)

SACITSÍRETCARAC SEÕÇAMROFNI

)L(ARUGRAL

L < lamron:m001

L<m001 < otluved:m003

otluvednarged:m003>L

)V(AZETNERROCADEDADICOLEV

aneuqep:s/m0,1<V

V<s/m0,1 < adaredom:s/m5,1

adipár:s/m5,1>V

OTIELODAZERUTANosodol

osodoloãn

SNEGRAMSADEDADIVILCEDUAVAAISSEVARTARAP

º03uo%06=CC/pamixám

º42uo%54=LSrtVsiamed/pamixám

º71uo%03=RSrtV/pamixám

EDADIDNUFORP ).a.2-5frPordauQrev(suav

SNEGRAMSADAZERUTAN .3-5frPordauQreV

SOLUCÁTSBO cte,tseDtnP,sariederroc,sahli

oãçisopsnartedoieM acisábmegasoD airahnegnEedlaosseP

)2(otlassaedetoB )3(U/ssAavTlacol1 )4(

ariedassaP adB1dsP/EleP1-tsnC

dsP/EG1-tnM

eveladatroP adB/lacol1lacol/EleP1-tsnC

dtrP/EG1-PO

adasepadatroP adB/siacol2 )5(

)NOBBIR(54-PMPtnP uocsEº1edadBrop1EDrop2

adogracatnMetsnCtnPEaiC

E-5

Page 578: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

E-12

OBSERVAÇÕES(1) Dados aproximados, variáveis com a evolução do armamento e do

equipamento e com os fatores da decisão.(2) Caso as condições técnicas permitam, também poderão ser empre-

gados meios anfíbios (M 113 ou URUTU).(3) Trecho contínuo com largura de 500 a 2000 m.(4) De acordo com o meio empregado.(5) Para Prtd P PMP-45 a construção é encargo da Cia E Pnt. Os demais

tipos de Prtd P são de encargo das Cia E Cmb.

d. Botes de assalto (1ª Fase Técnica)

OBSERVAÇÕES(1) Os botes permitem a travessia de metralhadoras leves e pesadas, de

morteiros 60 e 81 mm e armas anticarro com certa quantidade de munição,reduzindo-se, nesse caso, o número de homens transportados.

(2) Em rios de pouca largura (até 40 m) e desde que o fogo Ini possa serneutralizado da primeira margem, as passadeiras podem ser utilizadas para atravessia de tropas de assalto, dispensando, nesse caso, o emprego de botes deassalto.

(3) Dosagem ideal: 1 Psd por Pel Fuz em 1º Esc.(4) Dosagem mínima: 1 Psd por Cia Fuz em 1º Esc.

e. Passadeiras (2ª Fase Técnica)

lairetaMoãçinrauG

)gnEdS(

edadicapaCadméla(

)oãçinraug

edadicoleVadamixám

etnerroc

edmegaivarapopmeT)nimme(atloveadi

oirodarugral

m09 m051 m003

otlassaedetoB.1selpmisetoB.a 3 ozF21

sodapiuqe s/m05,1 4 6 01

oãtnoP.b 2 ozF22sodapiuqe s/m05,1 - 4 6

edocitámuenpetoB.2otlassa

omeraoãçagevaN.a3 ozF21

sodapiuqe s/m05,1 4 6 01

aoãçagevaN.bapopedrotom 1 ozF41

sodapiuqe s/m05,3 - 4 5

ELAIRETAMOPIT

AZERUTANOD

ETROPUS

SORTEMROP

MEGAPIUQE

ceNpnrTrop(

)megapiuqeOÃÇAZILITU

OPMETtsnCED

)2(

OVITEFE OTNEMIDNER

tsnC tnM aiD etioN

lamroN rodautulFoinímulaed 441

t½2rtV2qbR/c

épasaporT nim/m0,5EleP1

bmC EG1nim/h57 nim/h04

adaçrofeR 03 épasaporTt¼rtVe nim/m8,0 002nim/h051

h/rtVAlum

ínio

E-5

Page 579: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

E-13

C 7-20

OBSERVAÇÕES(1) As passadeiras não devem ser empregadas, em rios de largura

superior a 150 m.(2) O tempo de construção é calculado para trabalhos diurnos com

pessoal treinado. Para trabalhos noturnos acrescer 50 % às necessidades.

f. Portadas (2ª Fase Técnica)

OBSERVAÇÕES(1) Para que seja compensadora a operação de portadas, as larguras

mínimas do curso de água são as seguintes:- Prtd Leve; 45 m; e- Prtd Pesada: 75 m.

(2) O tempo de construção não inclui o preparo das margens e considerao emprego de tropa treinada, de dia. À noite, acrescer 50% ao tempo necessário.

(3) O número de viagens por hora à noite diminui para 60 % com relaçãoàs realizadas de dia.

(4) A quantidade máxima de Vtr por viagem da portada depende donúmero-classe e do comprimento das Vtr/Eqp.

(5) O número de Prtd que pode ser operado em cada local, de acordo coma largura do rio,é o seguinte:

LAIRETAM)6()5()1(

edrNsetropuS

oçapsEagrac/p

)m(

edopmeToãçurtsnoc

)2()nim(

ovitefE essalCéta()lC()s/m5,1

etropsnarToirásseceN

azetnerroCamixám

)s/m(

)4()3(aroh/snegaiVedrN

)m(oirodarugraL

tsnC pO 001 002 003

eveL

4 34.11 03leP1bmCE EG1

8t½2rtV3

qbR/c

07,2

01 6 45 56.41 53 21 00,3

6 56.41 54 61 03,3

54-PMP)NOBBIR(

3 7.6 51

oãçalupirT

54 t5rtV5s/m0,3amoc(essalc

.)adaretla

01 6 44 4.31 02 07 t5rtV6

5 1.02 52 57 t5rtV7

6 8.62 03 08 t5rtV8

adatroPadopiTmegaiv/rtVedomixámrN

sbOlC < 21 21>lC

LtaTdtrP 1 - ratlusnoc,sehlatedseroiamaraP.socincétsiaunamso54PMP 4 2

E-5

Page 580: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

E-14

(6) Caso portadas de classes diferentes operem no mesmo local, aportada reserva será do tipo da de maior classe.

odarugraLedosruc)m(augá

dtrPrNodnarepolacolrop

dtrPavreser

edlatotrNsadatroplacolrop

adBropdtrPedlatotrNcsEº1me

LdtrP PdtrP

001étA 1 1 2 2 4

002a001 2 1 3 3 6

003a002 3 1 4 4 8

004a003 4 2 6 6 21

005a004 5 2 7 7 41

006a005 6 2 8 8 61

007a006 7 2 9 9 81

008a007 8 3 11 11 22

009a008 9 3 21 21 42

0001a009 01 3 31 31 62

E-5

Page 581: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

F-1

C 7-20

ANEXO F

DOCUMENTOS DE OPERAÇÕES DE TRANSPOSIÇÃO DECURSO DE ÁGUA

1. QUADRO DE NECESSIDADES

- O Quadro abaixo representa as necessidades em botes por fração.

- Visa saber a necessidade de botes por fração e subunidade para atransposição.

- Auxilia na confecção do quadro de articulação.

- Este quadro é confeccionado sem a preocupação de economizar botesmantendo-se a integridade tática das frações.

OÃÇARF rFropsetobedrN

ceS/pG leP US

ozFaiC-CceS-

ozFleP-CpG-

CG-pAleP-CpG-

CAceS-18trMceS-

1

11

122

4

6

91

USsartuO-

Page 582: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

F-2

2. QUADRO DE ARTICULAÇÃO

- A confecção do quadro varia em função do esquema de manobra, donúmero e capacidade dos botes disponíveis e dos locais de travessia.

- O S3 auxiliado pelos comandantes de subunidades são os responsáveispela confecção do documento.

- O grupo de comando do Btl desloca-se na vaga onde melhor possa exercero comando e controle da operação.

3. QUADRO-BASE PARA A TRAVESSIA

- Divide-se em duas partes, a travessia em botes e a travessia em portadas.

- A divisão é feita discriminando-se quem embarca em qual meio detravessia.

EDSAGAVSETOB

SOIRPÓRP

1ª AGAVedlatoT()setob

ozFaiC...........................................................................................................................................................................................................................................

)setobedlatoT(

ozFaiC.........................................................................................................................................................................................................................................

)setobedlatoT(

2ª AGAVedlatoT()setob

...............................................

...............................................

...............................................)setobedlatoT(

...............................................

...............................................

...............................................)setobedlatoT(

EDAGAVONROTER

edlatoT()setob

ozFaiC...........................................................................................................................................

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pAodmCaiC.............................................................................................................................................

)setobedlatoT(

IBodmCpG...............................................

)setobedlatoT(

SADATROP .setobmetbOoiRomeresupsnartoãneuqmlEeseõçarfsA

Page 583: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

F-3

C 7-20

a. Travessia em botes

b. Travessia em portada1) Condicionantes2) Ordem de Embarque (seqüência)

- As viaturas transporte de armamento e munição devem receberprioridade para a transposição

3) Prescrições diversas

agaV oãçarF aovitefEracrabme

oãçanimircsiDtBrop ceNtBrN seõçavresbO

ª1

ozFaiC........................

ozFaiC........................

ª2

ozFaiC........................

ozFaiC........................

onroteR

ltBtmCME

trAgiLO........................

pAodmCaiC........................

seRozFaiC........................

Page 584: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

G-1

C 7-20

ANEXO G

DIRETRIZ DE FOGOS

G-1. EXEMPLO DE DIRETRIZ DE FOGOS NO ESCALÃO BATALHÃO PARAOPERAÇÕES OFENSIVAS

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

.....................................................................................................(2) Fogos

(a) Alvos de alta prioridade(b) Diretrizes ao apoio de fogo

1) Prioridade de fogos2) Preparação3) Diretrizes de fogos

................................................................................................(c) Diretrizes de Fogos do Cmt do 421º BIB

Determino que sejam seguidas as seguintes diretrizes para oemprego do apoio de fogo:

1) 1ª fase: durante a preparação.- Os Cmt SU deverão Info, após o término da preparação e

sendo possível a verificação, os danos produzidos por esses fogos.2) 2ª fase: até a Conq de O1 e O2.

a) TEAF Nr 1- Tarefa: retirar a capacidade de Obs do Ini sobre a LP/LC.- Propósito: a fim de permitir os trabalhos de Eng na

abertura de trilhas e brechas e possibilitar a transposição da LP/LC pelos Elm em1º Esc, sem serem engajados por fogos diretos e/ou indiretos do Ini.

- Método: prioridade de fogos para a FT 1. Dscd Con Art CB202 (Obs Art Prio / OA 2 Alt), Cortina de Fum 600m x 15’, R P Cot 165 e P Cot

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C 7-20

G-2

201, Mdt O e Con Art CB 203 (OA2 Prio / OA3 Alt), Fum 400m x 30’, para cobriros trabalhos de abertura de brechas na Z Aç da FT 1. O Pel Mrt ficará ECDdesencadear a Br N AB 201, quando o inimigo ultrapassar a RIPI 3. LSAA2 emvigor Mdt O.

- Efeitos: observação inimiga neutralizada.b) TEAF Nr 2

- Tarefa: reduzir a capacidade do Ini empregar fogos de Arte Mrt atuando sobre os PO para condução de tiros.

- Propósito: a fim de facilitar a progressão dos Elm 1º Escaté a Conq dos Obj.

- Método: prioridade de fogos para a FT 1. Dscd Con Art CB218, HE (OA4 Prio / OA5 Alt) Qdo FT 1 Ultr R P Cot 188. Alocadas 4 Sur F5 paraesta fase; 2 sob Ct Bda e 2 sob Ct do Btl. AFP R Cemitério ( 3455 ).

- Efeitos: FT 1 Conq O1 e FT 2 Conq O2 com reduzidasbaixas causadas por Art e Mrt.

3) 3ª fase: durante a consolidação de O1 e O2.- Tarefa: Impedir que as reservas Ini sejam empregadas em

C Atq durante a consolidação dos Obj.- Propósito: a fim de possibilitar a consolidação dos Obj e a

preparação para o prosseguimento da missão.- Método: Prioridade de fogos para a FT 1. A 1ª/121º GAC ficará

ECD desencadear as Br N de Bia 105 mm AB 203 (OA4 Prio / OA5 Alt), sobre aVia A que de Cota Suja conduz a O1 e Con AB 204 (OA 2 Prio / OA5 Alt). O PelMrt ficará ECD desencadear a Br N AB 303 sobre a Via A que de Cota do Jamelãoconduz a O2, se o inimigo ultrapassar a RIPI 5. AFP R Cemitério ( 3455 ). LSAA4,em vigor Mdt O.

- Efeitos: FT 1 e FT 2 consolidam O1 e O2 e permanecem comP Cmb para prosseguir.

4) 4ª fase: até a Conq de O3 e O4.- ..................................................

G-2. EXEMPLO DE DIRETRIZ DE FOGOS NO ESCALÃO BATALHÃO PARAOPERAÇÕES DEFENSIVAS.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação(1) Manobra

................................................................................................................................(2) Fogos

(a) Prioridade de Fogos...............................................................................................................................

(c) Diretrizes de fogosO objetivo global dos fogos é reduzir o poder de Cmb do Ini,

concentrando fogos com oportunidade, visando dificultar ao máximo a montagemdo seu dispositivo de Atq , quebrando o seu espírito ofensivo. O Ap F deveráatender as diretrizes deste comando, que se dividem nas seguintes fases:

G-1/G-2

Page 586: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

G-3

C 7-20

1) 1ª Fase -Até o retraimento dos P Avç C da Bda- Tarefa: retardar o Ini desde a L Altu balizada pelos P Cot 462

(2670), P Cot 411 (2578) e P Cot 436 (2582), obrigando-o a desdobrar-seprematuramente.

- Propósito: desgastar o Ini e iludi-lo sobre nossa verdadeiraPos.

- Método: reduzir a capacidade da Art e Mrt Ini de Dscd fogosprecisos sobre nossas tropas. Nesta fase, nossos fogos deverão retardar o Inidesde a L Altu balizada pelos P Cot 462 (2670), P Cot 411(2578) e P Cot 436(2582),obrigando-o a desdobrar-se prematuramente. Art Bda realiza fogos de C Bia sobreArt e Mrt que estejam causando baixas em nossas tropas, Con BA 344, BA 436e BA 244, Mdt autorização O Lig, se alvo com Loc confirmada. Alocadas 2 Sur F5para esta fase, sob Ct Bda. Deve ser negada a observação do Ini sobre nossaP Def, crescendo de importância o uso de fumígenos.

- Efeitos: retardar o Ini sem perda P Cmb.Prio F para a 3ª Cia Fzo Bld.

2) 2ª Fase - Na iminência do Atq Ini (C Prep)- Tarefa: frustrar o Atq do Ini a nossa Pos.- Propósito: impedir que o Ini ocupe a P Atq e desencadeie a

preparação.- Método: desencadear F de C Prep de 20 minutos no momento

oportuno. Se for o caso apoiar a realização um C Atq de desorganização.- Efeitos: causar o máximo de perdas ao Ini, de forma a diminuir

seu P Cmb para o Atq.Prio F para a 3ª Cia Fzo Bld

3) 3ª Fase - Durante o Atq do Ini (P Atq ao LAADA)- Tarefa: deter o Ini à Fr do LAADA.- Propósito: impedir que o Ini Conq R que favoreçam seu

avanço.- Método: desencadear F de proteção final e de Art/Mrt a

pedido.- Efeitos: causar o Max de perdas ao Ini, de forma a impedir o

seu avanço.Prio F para a 3ª Cia Fzo Bld

G-2

Page 587: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

G-4

G-3. EXEMPLO DE MATRIZ DE EXECUÇÃO DE APOIO DE FOGO A UM BI

4891dE-soruOsodoãçiecnoClF-000.05:1csE-SRtrC:rfR

ESAFOTNEVEuo

3ESAFqnoCétaCL/PLaD

2O/1O

4ESAFtCLéta2O/1OeD

AÇARUOC

5ESAF...

adBelortnoCeApAaditruS1

)2AO/1AO(010BAnoC

1TF

)1AO(801BAnoC trAFoirP

eApAaditruS1

eMtrMFoirP

)1AO(401BAnoC

CCTF

trAFoirP )2AO(102NrB

eMtrMFoirP

)2AO(muF202BAnoC

dlBzuFaiCª3 avreseR

bmCgrOGpAmeCAGº25-

feRmeCAGº121/ª1-jCçAmetrMleP-

trM,)344245(2riTsoP-

OtdM,)894855(3riTsoP-

OtdM

opsDnuMapT051:aidº1-apT09:siameD-

apT05:perP-

FpArooCddM00nuJ00605,1AASL-

OtdM,2AASL-00nuJ006051,FACL-

aicúLatSlatipsoHR-PFA-

oirPsovlADnA,2dpA,1dAreV

pOOà

qtAarapsezirteriDCC2ueRniM-trAaiB-

ztMfnIleP1niM-uAAçPniM-trM-

CG2niM-

nuMpmEseõçirtseRmetrAnoCarapadBztuAceN-

coLmuFnoCdcsDadBofnI-

oeréAoiopAsaditruS2-

sasreviDseõçircserP

arbonamadsesafsaudarapogoFedoiopAedoãçucexEedzirtaMedolpmexE

G-3

FASE 1

FASE 2

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G-5

C 7-20

G-4. EXEMPLO DE LISTA DE ALVOS ALTA PRIORIDADE

LEGENDAS

Quando: (I) IMEDIATAMENTE, (C) CONFIRMADO, (P) PLANEJADO.

Como: (S) SUPRIMIR, (N) NEUTRALIZAR, (D) DESTRUIR, (WP) FÓSFO-RO BRANCO, (GE) INTERFERÊNCIA ou outra Aç Ofs de GE.

DPICM: Gr C/ submunições.

G-4

ESAF oirP airogetaC oãçircseD /omoC/odnauQseõçirtseR

1 esbO,ceRmlEsovlAedacsuB

e2sbOP,1sbOP3sbOP

/crooC-pmCtrAnoC;EGegltnIfOsovlAsanepA.soiránoicatse

2 arbonaM )CçvAP(ceMCmlEsanPWtrMnoC

-pmCtrA,)S(sahcerB)N(EG/cracatA

3 arbonaMTFadbmCceRrtaPsbOmassopeuq1.hlcApOrajagneuo

trA)S(PW-trMnoC)N(MCIPD-pmC

4 ogoFpAGpApGsodsogoF

inIDApGeinI.hlcAetnarud

)N()I(pmCtrA

I ... ... ... ...

II ... ... ... ...

V ... ... ... ...

Page 589: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

H-1

C 7-20

ANEXO H

PREVENÇÃO DE FRATRICÍDIO

H-1. GENERALIDADES

a. O fratricídio é tão antigo quanto a guerra. É um problema complexo quedesafia soluções simples. O fratricídio pode ser definido amplamente como oemprego de armas amigas, com o intento de matar o inimigo, destruir seuequipamento ou suas instalações, que resultam em morte imprevista e nãointencional, ou dano, a pessoal amigo.

b. Neste anexo será enfocada a experiência de exércitos envolvidos emrecentes operações de combate, onde ocorreram situações de fratricídio. Combase nestas experiências serão abordadas medidas e ações que buscam reduziro risco de fratricídio durante operações de combate.

H-2. O RISCO DE FRATRICÍDIO NO COMBATE MODERNO

a. O campo de batalha moderno é mais letal que qualquer um da históriaconhecida. O ritmo das operações é muito rápido e a natureza não-linear do campode batalha cria desafios para o comando e controle das unidades.

b. A precisão e a letalidade das armas modernas tornaram possível oengajamento e a destruição de objetivos a grandes distâncias . Porém, ao mesmotempo que a tropa possui uma grande capacidade para adquirir alvos comequipamentos de imagem térmica e outros sistemas de visão sofisticados, elaainda não tem condições de, com precisão, identificar estes alvos como amigo ouinimigo. Em conseqüência, forças amigas podem ser engajadas e destruídas semintenção, em segundos, e sem que a tropa se aperceba de seu engano.

c. Soma-se a isto o problema do obscurecimento do campo de batalha, emfunção da destruição de viaturas e da queima de combustível, peças de borracha,explosões de granadas, uso de fumígenos etc, o que se torna um fator crítico

Page 590: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

H-2

sempre que equipamentos de visão térmica são empregados na localização eidentificação de alvos. A chuva, a poeira, a névoa e a fumaça, também, degradama capacidade de identificação, reduzindo a intensidade das imagens térmicas.

d. No campo de batalha moderno, a identificação visual não pode ser ocritério de comprovação exclusivo de alvos em alcances superiores a 1.000metros, sob o risco da tropa se envolver em um incidente de fratricídio. Oconhecimento da situação é a chave para se evitar este tipo de incidente.

H-3. IDENTIFICAÇÃO DO RISCO DE FRATRICÍDIO E MEDIDAS PREVENTIVAS

a. A redução do risco de fratricídio começa durante a fase de planejamentode uma operação e continua ao longo de sua preparação e na execução, sendoque a sua identificação deve ser preocupação em todos os escalões, durante cadafase da operação. As possibilidades de sua ocorrência, identificadas pelocomando, devem ser comunicadas claramente à cadeia de comando, de formaque a taxa de risco da operação possa ser minimizada.

b. Serão abordadas a seguir, considerações que influenciam na identifica-ção do risco e algumas medidas que o comandante pode implementar para queo processo desta identificação seja mais efetivo e possa impedir que os incidentesde fogo amigo aconteçam em sua unidade.

(1) Na fase de planejamento(a) Quando o planejamento completo da operação é bem compreen-

dido por todos os envolvidos, o risco de ocorrer fratricídio é minimizado. Asseguintes considerações indicarão ao comandante o potencial para fratricídio emuma determinada operação:

1) o esclarecimento da situação inimiga;2) o esclarecimento da situação amiga;3) a intenção clara do comandante;4) a complexidade da operação; e5) o tempo de planejamento disponível para cada escalão.

(b) Os esquemas de manobra são as ferramentas básicas que oscomandantes de todos os escalões utilizam para esclarecer a sua intenção.Estes documentos devem representar claramente o conceito da operação,utilizando convenções gráficas e medidas de coordenação e controle regulamen-tares, de forma que os subordinados possam compreendê-las corretamente.Como tal, os esquemas de manobra podem ser uma ferramenta muito útil naredução do risco de fratricídio.

(2) Na fase de preparação(a) Os seguintes fatores podem contribuir para aumentar o risco de

fratricídio durante o processo de preparação:1) quantidade e tipo de ensaios realizados;2) nível de treinamento e de eficiência em combate das peças de

manobra e de seus integrantes;3) a existência de laços táticos e de relacionamento habitual

entre as subunidades e frações que realizarão a operação; e

H-2/H-3

Page 591: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

H-3

C 7-20

4) a prontidão física (resistência) das tropas que realizarão aoperação.

(b) Reuniões de coordenação, de sincronização e ensaios sãoferramentas primordiais na identificação e na redução do risco de fratricídiodurante a fase de preparação. Os seguintes aspectos devem ser considerados:

1) utilizar ordens claras e concisas nas reuniões de coordenação,sincronização e nos ensaios, para assegurar que os subordinados identifiquemonde estão os riscos de fratricídio e o que fazer para reduzi-los ou eliminá-los;

2) realizar reuniões com os comandantes subordinados paraassegurar que eles compreenderam a intenção do comandante da unidade.Destacar durante as reuniões as áreas onde poderão confundir-se, detalhar aspartes que julgar complexas, ou que possam gerar erros nos seus planejamentos;

3) a quantidade e o tipo de ensaios, que a unidade conduzirá,podem determinar a identificação, ou não, de riscos de fratricídio; e

4) os ensaios devem estender-se a todos os escalões decomando e envolver todos os elementos chave da operação.

(3) Fase de execução(a) Durante a execução da operação, a capacidade de rapidamente

analisar o risco de fratricídio e intervir para impedi-lo são fundamentais paraenfrentar situações imprevistas. Os seguintes fatores devem ser considerados naavaliação do risco de fratricídio após o início da operação:

1) visibilidade entre frações vizinhas;2) nível de obscurecimento do campo de batalha;3) habilidade ou inabilidade para identificar corretamente os alvos;4) semelhanças e diferenças de equipamento, veículos e unifor-

mes entre as forças amigas e o inimigo;5) densidade de viaturas no campo de batalha; e6) ritmo do combate.

(b) O perfeito acompanhamento da situação do combate e a informa-ção contínua da evolução desta situação, para todos os escalões envolvidos naoperação, é fator chave na redução do risco de fratricídio. Devem constar das NGAda unidade medidas para auxiliar os comandantes, de todos os escalões, nesteprocesso de acompanhamento da situação do combate. Estas medidas podemincluir:

1) permanente escuta da rede do escalão superior;2) comunicação rádio entre subunidades e frações vizinhas;3) conhecimento preciso da localização de todas as frações no

campo de batalha;4) troca constante de elementos de ligação com as unidades

vizinhas e o escalão superior e, entre o comando da unidade e os elementosempregados quando for o caso.

H-4. AVALIAÇÃO DA TAXA DE RISCO DE UMA OPERAÇÃO

a. A taxa de risco de uma operação deve ser administrada sempre que foremidentificados fatores de risco de fratricídio. Esta preocupação deve ser de todosos escalões, durante cada uma das fases da operação. Os fatores de risco

H-3/H-4

Page 592: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

H-4

identificados devem ser informados a todos os escalões, de modo que medidaspara a redução do fratricídio possam ser desenvolvidas e implementadas comoportunidade.

b. A tabela abaixo é um referencial na avaliação da taxa de risco de fratricídiode uma operação. Nesta tabela são avaliados seis fatores que influenciam em talrisco, junto com as considerações relacionadas para cada fator. O Comandantedeve avaliar o risco potencial em cada um dos fatores, atribuindo um conceito eum valor numérico à esta avaliação parcial: baixo (um ponto), médio (dois pontos)ou alto (três pontos). Somando-se as avaliações parciais chegar-se-á a umparâmetro (percentual) para estimar a taxa de fratricídio global. Esta taxa de riscoresultante só deve ser utilizada como um guia. A taxa global deve ser fundamen-tada em fatores de risco observáveis como os da tabela e no “sentimento” docomandante para os fatores intangíveis que podem afetar a operação. Deve-senotar que, na tabela, somente estão listados os valores (conceitos) extremos nascolunas referentes ao baixo e alto risco de fratricídio. A avaliação do comandanteirá determinar qual a interpolação a ser feita e qual a gradação a ser atribuída acada fator na coluna do risco médio.

SEROTAF )1(OXIAB )2(OIDÉM )3(OTLA

ODOÃSNEERPMOC.1OTNEMAJENALP

etnadnamocodoãçnetniA-onalpodedadixelpmoC-

ogiminiodoãçautiS-sagimasaçrofsadoãçautiS-

aralcselpmis

adicehnocaralc

.................................

.................................

.................................

.................................

asolubenoxelpmoc

adicehnocsedarucsbo

ETNEIBMA.2

MOertneedadilibisiV-sahniziv

otnemicerucsbO-etabmocodomtiR-

sodavitisopoãçacifitnedI-sovla

levárovaf

oralcotnel%001

.................................

.................................

.................................

.................................

levárovafsed

odicerucsboodipár

%0

-EDROOCEDSADIDEM.3ELORTNOCEOÃÇAN

odnamoCedseõçaleR-)oidua(seõçacinumoC-

lausiV-arbonaMedameuqsE-

AGN-ed)sotnemele(siaicifO-

oãçagiLedsaçepsadoãçazilacoL-

arbonam

ocinâgrooralc/otla

edadilibisivaoboãrdapoãrdap

setneicife

aruges

.................................

.................................

.................................

.................................

.................................

.................................

.................................

odanibmoc/otnujnococarf

odicerucsboodidneerpmoc-oãn

etsixe-oãnsodaniert-oãn

arugesni

H-4

Page 593: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

H-5

C 7-20

H-5. CONSIDERAÇÕES SOBRE O RISCO DE FRATRICÍDIO

No questionário abaixo é traçado um paralelo com os cinco parágrafos deuma Ordem de Operações, analisando fatores chaves e considerações importan-tes para a redução do fratricídio, relacionados a cada parágrafo e item da O Op.Este questionário, como sugestão, deveria ser utilizado pelo EM da unidade, porocasião da confecção de ordens de operações, alertando o comando e EM parao risco de fratricídio da operação considerada.

SEROTAF )1(OXIAB )2(OIDÉM )3(OTLA

OTNEMAPIUQE.4

)Uàoãçalerme(sagimasaçroF-

ogiminI-etnahlemes

etnerefid..................................................................

etnerefidetnahlemes

OTNEMANIERT.5

laudividniaicnêicifE-sedadinusadaicnêicifE-

soiasnE-socitátsoçaL-

MOadaicnêtsiseR-

odartsedaadartseda

atsilaermisaob

.................................

.................................

.................................

.................................

.................................

odartseda-oãnadartseda-oãn

muhnenadatsagsed-oãn

-ENALPEDOPMET.6OTNEMAJ

)3/2a3/1:arger(roirepusoãlacsE-

)U(rodailavaoãlacsE-sodanidrobussotnemelE-

odauqedaodauqedaodauqeda

.................................

.................................

.................................

odauqedaniodauqedaniodauqedani

OIDÍCIRTARFEDAXATLABOLG

%64-62*)sotnop(

%26-24*)sotnop(

%87-85*)sotnop(

evedotnatneon,oãsicerpmocoidícirtarfedocsiroritelferoãnedopsotnopsodlatotamosA*.oãhlatabodetnadnamocoleplaerocsirodoãçailavaanaicnereferedesabomocrivres

H-4/H-5

Page 594: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

C 7-20

H-6

OFARGÁRAP METI OTNEMANOITSEUQ

OÃÇAUTIS.1

sagiminisaçroF.a

edemrofinueotnemapiuqeoertnesaçnahlemesáH)1(odomocesagimasaçrofsadomocsaçrofsasson?oidícirtarfmuaraprizudnocmairedopeuq,ogimini

éamoidietsE?sagiminisaçrofsamalafamoidieuQ)2(oarapriubirtnocairedopeuqossonoaetnahlemesoãt

?oidícirtarfmuedocsir?ogiminiodoãçalumissidededadicapacaélauQ)3(?oãçalumissidedseroiretnasedadivitaedortsigeráH

saçrofsadoãçazilacola,oãsicerpmoc,es-ebaS)4(?sagimini

sagimasaçroF.b

-emesuo(saçnerefidáhsagimasaçrofsaertnE)1(eemrofinu,amoidimesagiminisaçrofsamoc)saçnahl-irtarfedocsiroratnemuamairedopeuq,otnemapiuqe

?seõçareposaetnarudoidícertnesemrofinueotnemapiuqemesaçnerefidsA)2(

edocsiroratnemuamedopsadamrasaçrofsasson-anibmocuosatnujnocseõçarepoetnarud,oidícirtarf

?saded,semrofinueotnemapiuqemesaçnerefideuQ)3(

-atlasserresmeved,sagimasaçrofedesaçrofsasson?oidícirtarforineverpesedmifa,aportaarapsad

saçrofsassonedoãçalumissidedonalpoélauQ)4(?)sahnizive(sagima

sahnizivsaçrofsassonedataxeoãçazilacolalauQ)5(?)etnerfàeadraugaterà,atierid,adreuqse(

sivic,setnetabmoc-oãned,sortuensopurgmetsixE)6(amixórpuooãçaedanozassonme...cte,sodaigufer

?sopurgsessedataxeoãçazilacolalauQ?aled

saçrofsassoN.c

sad,aportassonedotnemartsedaedlevínoélauQ)1(mesotnemelesod,etnardauqneadagirbadMOsiamed

aicnêirepxeiussopaportassoN?oiopameuooçroferassonedetabmocmeaicnêicifealauQ?etabmoced

?adagirbadaeaportassonedagidafedeetsagsededlevínolauQ)2(

)osnacsed("onos"edonalpovitefemuetsixE?aport?edadinuanotnemadname

àsadatamilcaoãtsesagimasaçrofsaeedadinuA)3(?odauqedaemrofinumeussoP?oãiger

odaçnaifnoceaicnêicife,etsagsededlevínoélauQ)4(-iuqeodseõçidnocsasiauqeedadinuadotnemapiuqe

-etnecerodíubirtsidioF?sagimasaçrofsadotnemapalauQ?edadinuàovonotnemapiuqemuglaetnem

ovonetsemocaportadotnemartsedaodoãçautis?otnemapiuqe

H-5

Page 595: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

H-7

C 7-20

OFARGÁRAP METI OTNEMANOITSEUQ

OÃÇAUTIS.1

sodibecersoieM.dsodaritere

-ehnocotelpmocmeussopsodibecersotnemelesO)1(siamedeemrofinu,otnemapiuqe,oãçautisadotnemic

?sagiminiesagimasaçrofsaerbosseõçamrofniseõçamrofnimarebecersodaritersotnemelesO)2(

?rargetniaoãrassapeuqaçrofaerbossaterroc

seõçidnoC.esacitámilc

sadarepseedadilibisivedseõçidnocsaoãssiauQ)1(?)avuhceedadisonimulerbossodad(oãçarepoaarapsoerbosavuhcauooirfo,rolacooãretsotiefeeuQ)2(

?sarutaivsaeotnemamrao,otnemapiuqeo,sodadlos

seõçamrofnI.fonerretoerbos

adeaifargopotadsomecehnocotiefrepoes-meT)1(saerá(oãçarepoaárerrocoednoaeráadoãçategev,sopmac,saçidagalauosasonatnapseõiger,sanabruedseõiger,asnedatamedeatamedsaerá,sodarrec

?)...cte,sogal,saserper,augáedsosruc,seuqsobsonesabmoconerretodoãçailavaaterrocaes-meT)2(

,oãçavresboedeoritedsopmac,solucátsbo:serotafedsaivesiatipacsetnedica,sogirbaesatreboc

?osseca-ilibagefartaerbossaterrocseõçamrofnies-meT)3(

?rarepooãrisarutaivsaednoonerretodedad

OÃSSIM.2-ibasnopsersa,ratucexeasaferatsasadotomocmeb,edadinuadoãssimA

oãtse,...cte,airahnegneadoiopaed,ogofedoiopaed,sacitsígolsedadiledotnemicehnocodéetnadnamocodoãçnetniA?sadidneerpmocetnemaralc

?edadinuansodot

OÃÇUCEXE.3 adoãçazinagrO.aedadinu

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H-5

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C 7-20

H-8

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H-5

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H-9

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H-6. MEDIDAS PARA A REDUÇÃO DO RISCO DE FRATRICÍDIO

a. As medidas citadas abaixo, proporcionam para a unidade um guia paraa redução do risco de fratricídio. Elas não são medidas impositivas, nem sepretende que restrinjam a iniciativa dos comandantes. Devem ser aplicadas combase no estudo da situação tática e nos fatores da decisão (MITM-T).

b. A redução do fratricídio passa, normalmente, pela aplicação dasseguintes medidas básicas:

(1) Identificar e avaliar o risco real de fratricídio durante o estudo dasituação. Este risco deve ser expresso na Ordem de Operação e nas OrdensFragmentárias.

(2) Manter-se constantemente informado sobre a evolução da situaçãotática. Analisar o campo de batalha com informações reais e atualizadas:localização das peças de manobra, localização de áreas restritas (minas,obstáculos, fogos, etc..), áreas contaminadas por agentes químicos (gás,fumaça, etc...) e alterações nos fatores da decisão (MITM-T).

(3) Assegurar a correta identificação dos alvos. A tropa deve ter perfeitoconhecimento das características, assinaturas térmicas e silhuetas das viaturasblindadas e principais armamentos do inimigo e das forças amigas. É importantesaber a que distância é possível a identificação correta das viaturas blindadas doinimigo, considerando o tipo de terreno e as condições climáticas.

(4) Manter efetivo controle de fogo. Assegurar que os comandos de fogodas armas coletivas e das viaturas são precisos, concisos, e claros. Incluir nasNGA da OM, como conduta obrigatória, que as guarnições de armas coletivas e

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H-5/H-6

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H-10

das viaturas blindadas, quando não entenderem com clareza todo o comando detiro, solicitem a repetição completa. Enfatizar a importância da cadeia decomando no processo de controle de fogo. Os atiradores das viaturas e das armascoletivas de tiro tenso devem ter o hábito de solicitar a confirmação do reconhe-cimento do alvo e a permissão para realizarem o tiro aos seus comandantesimediatos, antes de engajarem um alvo que presumam seja inimigo.

(5) Estabelecer um clima de comando, em todos os níveis, que enfatizea prevenção de fratricídio. Determinar que as medidas de proteção contra ofratricídio sejam colocadas em prática, conforme previstas nas NGA. Assegurarque a execução das ordens seja supervisionada pelos comandantes de todos osescalões, os quais devem verificar, constantemente, se o desempenho individuale o das frações estão conforme a padronização da OM. Tal medida irá evitar queos efeitos do combate, a tensão emocional e o desgaste físico possam compro-meter a segurança da tropa. Quanto menor a experiência de combate da unidade,maior atenção deve ser dada aos desvios de conduta por tensão emocional efadiga de combate.

(6) Procurar reconhecer os sinais de tensão do campo de batalha. Mantera coesão da unidade, atuando rápida e efetivamente para aliviar a tensão.

(7) Programar instruções individuais, coletivas e para comandantes defrações sobre conscientização do risco de fratricídio, identificação e reconheci-mento de alvos e disciplina de fogo.

(8) Estabelecer um plano de operações simples, claro, sem açõesdeduzidas e coerente com as possibilidades da unidade e de suas subunidades.

(9) Todas as ordens expedidas devem ser concisas e claras, evitando queo subordinado realize deduções sobre as ações a serem cumpridas.

(10) Para simplificar a expedição de ordens, utilizar a NGA da OM.Periodicamente determinar uma atualização das NGA, verificando sua coerênciacom a doutrina em vigor, se adota as normas, símbolos e convenções cartográficasregulamentares, e se está de acordo com as ordens emanadas pelo escalãosuperior.

(11) Fazer um esforço para que o comandante da unidade e seussubordinados tenham o máximo de tempo para planejamento.

(12) Utilizar vocabulário corrente e de fácil entendimento pela tropa,terminologia correta e prevista na doutrina e medidas de coordenação e controlepadronizadas.

(13) Assegurar que todos os elementos chave para as operações e todosos escalões envolvidos, compreenderam corretamente a intenção do comandantee o planejamento expedido para a operação.

(14) Verificar se o planejamento de emprego das comunicações estácorreto, claro e prevê uma duplicação dos meios de comunicações para situaçõesde emergência, principalmente na ligação OA - O Lig - CCAF.

(15) Planejar a localização do Posto de Comando Tático onde ocomandante da unidade possa efetivamente intervir na condução do combate.

(16) Designar e empregar Oficiais/Elementos de Ligação, quando neces-sário para a condução da operação.

(17) Estabelecer objetivos claros e coerentes para a tropa que deveráconquistá-los.

H-6

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(18) Planejar a realização de ensaios sempre que o tempo disponível opermitir.

(19) Durante o combate, manter-se informado da localização correta desua posição, de seus elementos subordinados e a dos elementos vizinhos. Mantero deslocamento tático de suas peças de manobra sempre sincronizado. No casode desorientação durante o combate, solicitar imediatamente a ajuda de seusauxiliares ou de seu escalão superior.

(20) Incluir sempre uma discussão de incidentes de fratricídio nas críticasapós o combate, explorando as experiências de seus subordinados e colhendoensinamentos para operações futuras.

(21) Incluir o risco de fratricídio como fator chave na análise do terreno,durante o estudo de situação.

H-7. ENFRENTANDO UM INCIDENTE DE FOGO AMIGO

a. A unidade, ou um de seus elementos, pode ser envolvida em um incidentede fogo amigo de vários modos: como vítima do fogo amigo, como elemento dedisparo do fogo ou como um observador que intervém em um ataque de umelemento amigo em outro.

b. As seguintes medidas são recomendadas para a tropa que for vítima defogo amigo:

(1) reagir ao fogo até que ele seja reconhecido como fogo amigo;(2) cessar fogo;(3) executar ações imediatas para proteger os soldados e as viaturas;(4) utilizar os sinais convencionados para o reconhecimento visual, na

direção da unidade que realiza os disparos, na tentativa de fazê-la cessar fogo; e(5) informar ao escalão superior:

(a) que sua tropa está recebendo fogo amigo;(b) a localização e a direção dos veículos ou da tropa que realiza os

disparos; e(c) se já foi identificada a unidade que esta atirando.

c. Medidas a serem adotadas quando a tropa for engaja pelo fogo uma forçaamiga:

(1) cessar fogo; e(2) informar o fato ao escalão superior:

(a) identificar a força amiga engajada (se a unidade não for identificada,informe o valor da unidade, o tipo de viaturas, etc.. );

(b) a localização da sua tropa e a da força amiga engajada;(c) a direção e distância dos elementos engajados;(d) o tipo de fogo; e(e) o efeito dos fogos nos alvos.

d. Ações recomendadas para uma força que observa um incidente de fogoamigo:

(1) buscar cobertura e proteção para sua tropa;

H-6/H-7

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H-12

(2) usar o sinal de reconhecimento visual “cessar fogo”, na direção daunidade que dispara; e

(3) informar o fato ao Esc Sp:(a) a identificação da força amiga comprometida (se a unidade não for

identificada, informe o número e tipo de veículos, etc...);(b) a localização do incidente;(c) a direção e distância da unidade engajada e da unidade que atira;(d) o tipo de fogo;(e) o efeito dos fogos no alvo; e(f) providenciar ajuda, se necessário (quando a sua tropa já estiver em

segurança).

e. Responsabilidades dos comandantes - Em todas as situações queenvolvem o risco de fratricídio e de fogo amigo, os comandantes devem estarpreparados para entrar em ação imediatamente, a fim de prevenir vítimas como,também, danos ou destruição do equipamento. As seguintes ações são recomen-dadas em situações de fratricídio:

(1) identificar o incidente e ordenar às partes envolvidas para cessar fogo;(2) avaliar a taxa de risco da situação rapidamente;(3) identificar e implementar as medidas para impedir que o incidente se

repita.

H-7

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I-1

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ANEXO I

CASO ESQUEMÁTICO DE UMA OPERAÇÃO DE ABERTURA DEBRECHAS

I-1. GENERALIDADES

A título de exemplo, será apresentado um caso esquemático de umaoperação de abertura de brechas, ressaltando suas principais características, aorganização para o combate e o emprego das peças de manobra.

I-2. CASO ESQUEMÁTICO

O Btl encontra-se realizando uma M Cmb descoberta, quando o seu GCPonta se depara com obstáculos táticos e ao mesmo tempo é engajado por fogosajustados realizados por tropa inimiga valor pelotão que se encontra posicionadanas regiões identificadas como O1 e O2.

O Cmt GC Ponta informa a situação ao seu Cmt Esc Rec que por sua vezinforma ao seu Cmt Esc Cmb

O Cmt Esc Cmb ocupa um P Obs e, verificando a impossibilidade dedesbordar o obstáculo, identifica que o inimigo apresenta-se mais fraco na parteda frente mais próxima de O1. O Cmt Esc Cmb repassa estes dados ao Cmt Btle informa que irá atacar.

O Cmt Btl decide centralizar as ações e determina ao Cmt Esc Cmb quesuste o seu ataque. Compreendendo que será necessária a execução de uma Opde abertura de brecha imediata, reorganiza o Btl conforme a NGA para este tipode operação e passa a realizar com seu EM um rápido estudo de situação.

O Cmt Btl seleciona a parte do dispositivo inimigo mais próxima de O1 comoo ponto de ruptura onde a força de abertura de brecha executará suas tarefas. Paraisso, determina que a força de apoio ocupe uma posição no terreno que possibilite

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I-2

a realização de uma base de fogos, que tenha por objetivo neutralizar o inimigoinicialmente em toda a frente (entre PRA 1 e 3). Esta neutralização será apoiadapor uma barragem (a ser executada entre O1 e O2) e por concentrações de Art(AB 30, AB 32, AB 51 e AB 48) e Mrt (AH 1, AH 2, AH 3 e AH 4), empregando,em rajadas alternadas, munição auto-explosiva e fumígena visando ao obscure-cimento.

Estando o inimigo neutralizado e sofrendo os efeitos do obscurecimento, aforça de abertura de brechas se aproxima do obstáculo e inicia a redução domesmo. Uma vez tendo sido abertas as passagens em número suficiente para aprogressão de toda a força de assalto, a força de apoio transportará seus fogos,passando a bater apenas a região de O2 (entre PRA 2 e 3).

A força de abertura de brechas então estabelece uma base de fogosaproximada na extremidade oposta do obstáculo, garantindo a necessáriasegurança para a força de assalto, que após ultrapassar o obstáculo progride nadireção de O1 e O2 com o objetivo de destruir a tropa inimiga que ali se encontra.Ao atingir a L Ct TAZ, a F Ass Info Esc Sp. Neste instante a F Ap suspenderá seusfogos.

Fig I-1. Execução de uma operação de abertura imediata de brecha realizada porum Btl em uma M Cmb

I-2

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ÍNDICE ALFABÉTICOPrf Pag

A

Abandono do estacionamento ..................................................... 3-16 3-18Acolhimento ................................................................................ 8-7 8-9Alvos de alta prioridade ............................................................... 9-5 9-6Alvos prioritários .......................................................................... 9-6 9-7Apoio de fogo

- Aeroterrestres ...................................................................... 7-13 7-20- Ataque ................................................................................. 4-33 4-69- Ataque com Transposição de Curso de Água....................... 4-68 4-105- Ataque Noturno ou sob Condições de Visibilidade Limitada . 4-46 4-84- Defesa de Área .................................................................... 5-20 5-62- Marcha para o Combate ....................................................... 4-11 4-20- na defensiva ......................................................................... 9-10 9-13- na ofensiva ........................................................................... 9-9 9-9

Apoio logístico- Aeroterrestres ...................................................................... 7-15 7-21- Ataque ................................................................................. 4-35 4-70- Ataque com Transposição de Curso de Água....................... 4-69 4-106- Dados Médios de Planejamento ........................................... E-3 E-6- Defesa de Área .................................................................... 5-22 5-63- Introdução ............................................................................ 10-2 10-1- Marcha para o Combate ....................................................... 4-12 4-20- nas operações especiais ..................................................... 10-24 10-67

As comunicações no estacionamento ......................................... 3-15 3-17Aspectos comuns às operações em montanha ........................... 6-10 6-12Ataque limitado ........................................................................... 4-27 4-51Atividade logística

- de manutenção .................................................................... 10-16 10-40- de saúde .............................................................................. 10-15 10-37- de suprimento ...................................................................... 10-13 10-22- de transporte ........................................................................ 10-18 10-42

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Prf Pag

Atividades - Assuntos civis ......................................................... 10-34 10-76Avaliação da taxa de risco de uma operação .............................. H-4 H-3Aviação do Exército .................................................................... 9-13 9-26

B

Batalhão de caçadores / batalhão de infantaria ........................... A-8 A-10Batalhão de fronteira ................................................................... A-9 A-11Batalhão de infantaria

- blindado ............................................................................... A-6 A-7- de montanha ........................................................................ A-7 A-9- de selva ............................................................................... A-5 A-6- leve ...................................................................................... A-4 A-5- motorizado ........................................................................... A-2 A-3- pára-quedista ....................................................................... A-3 A-4

Batalhão em zona de reunião ...................................................... 10-21 10-51Batalhão reserva da brigada

- Ataque ................................................................................. 4-31 4-61- Defesa de Área .................................................................... 5-18 5-52

C

Características- Ataque Noturno ou sob Condições de Visibilidade Limitada 4-43 4-80- da operação ......................................................................... 4-59 4-94- de emprego .......................................................................... 1-5 1-2

Caso esquemático ...................................................................... I-2 I-1Centro de coordenação de apoio de fogo ..................................... 9-2 9-3Classificação - Marcha para o Combate ...................................... 4-7 4-3Classificação dos cursos de água ............................................... 4-61 4-95Comando e controle

- Ataque ................................................................................. 4-34 4-69- Ataque com Transposição de Curso de Água....................... 4-70 4-106- Ataque Noturno ou sob Condições de Visibilidade Limitada . 4-56 4-92- Marcha para o Combate ....................................................... 4-10 4-19

Comando, controle e comunicações ........................................... 5-21 5-62Combinado infantaria - carros ...................................................... 4-26 4-48Comparação das linhas de ação

- Ataque ................................................................................. 4-29 4-57- Defesa de Área .................................................................... 5-15 5-41

Comunicações- Aeroterrestres ...................................................................... 7-14 7-21- Comunicações e Guerra Eletrônica ...................................... 9-14 9-26

Conceito(s)- Outras Operações................................................................ 8-1 8-1- Unidades de Infantaria .......................................................... 1-3 1-2- (Movimentos Preparatórios) .................................................. 3-1 3-1

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Prf Pag

Conceitos básicos ...................................................................... 4-62 4-95Conduta - Defesa Circular ........................................................... 5-41 5-101Conduta do reconhecimento ........................................................ 4-16 4-22Condutas durante a defesa .......................................................... 5-24 5-65Condutas durante o ataque ......................................................... 4-37 4-74Considerações básicas ............................................................... 8-4 8-2Considerações gerais

- Aproveitamento do Êxito ...................................................... 4-38 4-76- Perseguição ......................................................................... 4-39 4-78

Considerações iniciais- (Defensiva) ........................................................................... 5-1 5-1- Logística no Batalhão de Infantaria ....................................... 10-3 10-2- (Ofensiva) ............................................................................. 4-1 4-1- Operações de Aberturas de Brechas ................................... 4-82 4-122

Considerações para o planejamento- Ataque ................................................................................. 4-21 4-39- Defesa à Retaguarda de Curso de Água ............................... 5-46 5-105- Defesa Área ......................................................................... 5-8 5-9- Defesa Móvel ....................................................................... 5-26 5-69- Reconhecimento em Força .................................................. 4-15 4-21

Considerações sobre o estudo de situação ................................. 2-13 2-26Considerações sobre o risco de fratricídio ................................... H-5 H-5Contra-ataques ............................................................................ 5-19 5-56Contra-inteligência ...................................................................... 2-18 2-34Contra-reconhecimento ............................................................... 2-19 2-35Controle da coluna ...................................................................... 3-4 3-4Controle das viaturas ................................................................... 3-14 3-17

D

Defensiva - Dados Médios de Planejamento ............................... E-2 E-4Defesa à retaguarda da margem.................................................. 5-45 5-104Defesa ao longo da margem ........................................................ 5-44 5-102Defesa em larga frente ................................................................ 5-17 5-46Defesa em posição ..................................................................... 5-5 5-3Deslocamentos - Posto de Comando .......................................... 2-7 2-17Diretrizes de fogos ...................................................................... 9-3 9-5Dispositivo................................................................................... 4-53 4-89Dispositivo para o ataque ............................................................ 4-23 4-44Do comandante com elementos subordinados ............................ 2-3 2-10Do comandante com outras unidades ......................................... 2-4 2-11Documentos de operações de transposição de curso de água .... F-1

E

Eixo de suprimento e evacuação ................................................ 10-8 10-20Elementos de reconhecimento do batalhão ................................. 5-11 5-16

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Prf Pag

Elementos e órgãos de apoio logístico do batalhão ..................... 10-5 10-4Emprego de carros de combate .................................................. 4-50 4-88Emprego de helicópteros ............................................................. 4-71 4-106Emprego de meios optrônicos ..................................................... 3-5 3-4Emprego do batalhão - Ataque a Localidade ............................... 4-74 4-108Enfrentando um incidente de fogo amigo ..................................... H-7 H-11Equipamentos especiais empregados ......................................... 4-44 4-82Escalonamento das forças - Ação Retardadora ........................... 5-34 5-85Escalonamento das forças - Aeroterrestres ................................. 7-5 7-5Escolha das zonas de estacionamento ....................................... 3-11 3-13Estudo de situação

- de inteligência (PITCI) .......................................................... 2-17 2-32- de logística de material ........................................................ 10-28 10-73- de logística de pessoal ........................................................ 10-27 10-73- Trabalho de Comando .......................................................... 10-26 10-72

Execução- Ataque a Localidade ............................................................ 4-77 4-119- Ataque com Transposição de Curso de Água....................... 4-67 4-102- Ataque em Bosque .............................................................. 4-81 4-122- da defesa ............................................................................. 5-23 5-63- Defesa de Localidade ........................................................... 5-49 5-111- Defesa em Bosque .............................................................. 5-52 5-111- Junção ................................................................................. 8-10 8-13- Marcha para o Combate ....................................................... 4-9 4-9- Retirada ............................................................................... 5-38 5-95- Retraimento ......................................................................... 5-31 5-80- Retraimento ......................................................................... 5-36 5-93

Execução do ataque- Ataque ................................................................................. 4-36 4-70- Ataque Noturno ou sob Condições de Visibilidade Limitada . 4-57 4-93

Execução e coordenação dos fogos ............................................ 9-11 9-19Exemplo de diretriz de fogos no escalão batalhão para operações

- defensivas ............................................................................ G-2 G-2- ofensivas .............................................................................. G-1 G-1

Exemplo de lista de alvos alta prioridade ..................................... G-4 G-5Exemplo de matriz

- de execução de apoio de fogo a um BI ................................ G-3 G-4- de sincronização .................................................................. D-1

Exemplo de ordem de operações- assalto aeromóvel (parágrafos 2º e 3º) ................................. C-6 C-26- de aproveitamento do êxito (parágrafos 2º e 3º) .................... C-5 C-24- de assalto aeroterrestre (parágrafos 2º e 3º) e respectivo es- quema de manobra ............................................................. C-7 C-29- de marcha para o combate (parágrafos 2º e 3º) e de esque- ma de manobra .................................................................... C-2 C-4

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Prf Pag

- de movimentos retrógrados (parágrafos 2º e 3º) ................... C-10 C-42- defesa de área (parágrafos 2º e 3º) e esquema de manobra . C-9 C-37

Exemplo de parágrafo 1º de uma ordem de operações ................ C-1 C-1Exemplo de parágrafo 4º de uma O Op ....................................... C-11 C-52Exemplo de parágrafo 5º e QRR de uma O Op ............................ C-12 C-57Exemplo de parágrafo 6º de uma O Op ....................................... C-13 C-62Exemplo de plano de junção (parágrafos 2º, 3º e apêndice “co-mando e comunicações”) e respectivo esquema de manobra ...... C-8 C-32Exemplos de ordem de operações de ataque

- a localidade (parágrafos 2º e 3º) e de esquema de manobra C-4 C-18- coordenado (parágrafos 2º e 3º) e de esquema de manobra . C-3 C-7

F

Fases - Ataque em Bosque......................................................... 4-79 4-121Fases do ataque - Ataque a Localidade ...................................... 4-75 4-108Ferramentas da sincronização .................................................... 2-9 2-20Finalidade(s)

- (Introdução) .......................................................................... 1-1 1-1- Outras Operações................................................................ 8-2 8-1- Ataque Noturno ou sob Condições de Visibilidade Limitada . 4-41 4-80- (Defensiva) ........................................................................... 5-2 5-1- (Ofensiva) ............................................................................. 4-3 4-2

Força aérea - Apoio Aéreo .......................................................... 9-12 9-20Formas - Reconhecimento em Força .......................................... 4-14 4-21Formas de estacionamento ......................................................... 3-10 3-12Formas de manobra .................................................................... 4-19 4-24Fundamentos da defesa .............................................................. 5-4 5-2Fundamentos da ofensiva ............................................................ 4-5 4-2

G

Generalidades- Ação retardadora ................................................................. 5-32 5-82- Ações de Comando e Estado-Maior ..................................... 2-11 2-23- Apoio ao Combate ............................................................... 9-1 9-1- Apoio de Engenharia ............................................................ 9-16 9-32- Assuntos civis ..................................................................... 10-33 10-75- Ataque ................................................................................. 4-17 4-22- Ataque a Localidade ............................................................ 4-73 4-107- Ataque com Transposição de Curso de Água....................... 4-58 4-94- Ataque em Bosque .............................................................. 4-78 4-120- Ataque Noturno ou sob Condições de Visibilidade Limitada . 4-40 4-79- Caso Esquemático de uma Operação de Abertura de Brechas I-1 I-1- Considerações Iniciais ......................................................... 6-1 6-1- Defesa à Retaguarda de Curso de Água ............................... 5-42 5-101- Defesa Circular .................................................................... 5-39 5-96

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- Defesa de Área .................................................................... 5-6 5-3- Defesa de Localidade ........................................................... 5-47 5-107- Defesa em Bosque .............................................................. 5-50 5-111- Defesa Móvel ....................................................................... 5-25 5-68- Estacionamento ................................................................... 3-9 3-12- Inteligência ........................................................................... 2-14 2-27- Junção ................................................................................. 8-8 8-10- Logística .............................................................................. 10-1 10-1- Marcha para o Combate ....................................................... 4-6 4-3- Movimentos Retrógrados ...................................................... 5-27 5-70- Operações Aeromóveis ........................................................ 7-1 7-1- Operações Aeroterrestres .................................................... 7-2 7-1- Operações de Garantia da Lei e da Ordem .......................... 7-16 7-22- Operações de Paz ............................................................... 8-11 8-15- Operações na Caatinga........................................................ 6-4 6-2- Operações na Selva ............................................................. 6-2 6-1- Operações Químicas, Biológicas e Nucleares ..................... 6-5 6-2- Operações Ribeirinhas ......................................................... 6-3 6-2- Planejamento das Marchas .................................................. 3-6 3-5- Posto de Comando .............................................................. 2-5 2-11- Prevenção de fratricídio ........................................................ H-1 H-1- Reconhecimento em Força .................................................. 4-13 4-21- Responsabilidades Funcionais de Comando e Controle ....... 2-1 2-1- Retirada ............................................................................... 5-37 5-95- Retraimento ......................................................................... 5-28 5-71- Sincronização ...................................................................... 2-8 2-18- Tipos de unidades de infantaria ............................................ A-1 A-1- Trabalho de Comando .......................................................... 10-25 10-72

Guerra eletrônica ......................................................................... 9-15 9-28

I

Identificação à noite .................................................................... 4-49 4-87Identificação do risco de fratricídio e medidas preventivas ............ H-3 H-2Iluminação................................................................................... 4-45 4-83Incursões aeroterrestres .............................................................. 7-11 7-19Infiltração tática ........................................................................... 4-72 4-107Interdição de área........................................................................ 7-12 7-20

L

Localização do LAADA ............................................................... 5-43 5-101Localização, instalação e operação ............................................ 2-6 2-13

M

Manobra ...................................................................................... 4-51 4-88

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Marcha por escalões mista ......................................................... 3-8 3-10Marcha por escalões totalmente motorizada ............................... 3-7 3-10Marchas em montanha................................................................ 6-7 6-3Material salvado e capturado ...................................................... 10-17 10-41Matrizes de sincronização para o apoio de fogo .......................... 9-7 9-7Medidas administrativas .............................................................. 3-2 3-2Medidas de coordenação e controle

- Ataque ................................................................................. 4-32 4-62- Ataque Noturno ou sob Condições de Visibilidade Limitada . 4-54 4-90- Defesa de Área .................................................................... 5-16 5-42

Medidas defensivas ..................................................................... 5-12 5-16Medidas para a redução do risco de fratricídio ............................. H-6 H-9Memento do estudo de situação ................................................. B-1Missão

- do batalhão .......................................................................... 4-42 4-80- (Ofensiva) ............................................................................ 4-2 4-1- Operações Aeroterrestres .................................................... 7-3 7-2

Missões básicas - Unidades de Infantaria ................................... 1-4 1-2Montagem das linhas de ação (processo das cinco fases) .......... 5-14 5-31Movimentos em rodovias ............................................................. 3-3 3-3Movimentos preparatórios e estacionamento ............................... E-4 E-7

O

O ciclo da inteligência e o planejamento do esforço de busca ..... 2-15 2-28O Combate em terreno montanhoso ............................................ 6-6 6-3O risco de fratricídio no combate moderno .................................. H-2 H-1Objetivo - (Introdução) ................................................................. 1-2 1-2Objetivo e efetivo do escalão de ataque ....................................... 4-52 4-89Ofensiva - Dados Médios de Planejamento.................................. E-1 E-1Operações defensivas

- Operações na Montanha ...................................................... 6-9 6-10- Apoio Logístico Durante as Operações ................................ 10-23 10-60

Operações ofensivas- Operações na Montanha ...................................................... 6-8 6-4- Apoio Logístico Durante as Operações ................................ 10-22 10-51

Operações subseqüêntes - Aeroterrestres .................................. 7-10 7-19Ordem de ataque - Ataque com Transposição de Curso de Água 4-63 4-97Ordens - Ataque com Transposição de Curso de Água ............... 4-66 4-102Ordens - Trabalho de Comando ................................................... 10-30 10-74Organização da defesa - Defesa de Área .................................... 5-7 5-5Organização das forças para o ataque ........................................ 4-20 4-37Organização para o combate

- Ataque ................................................................................. 4-25 4-47- Defesa de Área .................................................................... 5-9 5-11

Outros processos de suprimento................................................. 10-12 10-22

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P

Pacotes logísticos ...................................................................... 10-11 10-22Pessoal - Logística no Batalhão de Infantaria ............................. 10-19 10-43Planejamento

- Ação Retardadora ................................................................ 5-35 5-87- Aeroterrestres ...................................................................... 7-4 7-3- Ataque com Transposição de Curso de Água....................... 4-65 4-98- Ataque em Bosque .............................................................. 4-80 4-121- da manobra logística ............................................................ 10-6 10-6- das ações - Ataque a Localidade ......................................... 4-76 4-109- Defesa Circular .................................................................... 5-40 5-96- Defesa de Localidade ........................................................... 5-48 5-108- Defesa em Bosque .............................................................. 5-51 5-111- Junção ................................................................................. 8-9 8-10- Retraimento ......................................................................... 5-30 5-71

Plano(s)- de apoio de fogo .................................................................. 9-8 9-8- de aprestamento .................................................................. 7-9 7-18- de desembarque .................................................................. 7-7 7-12- de movimento aéreo ............................................................. 7-8 7-17- tático terrestre ..................................................................... 7-6 7-6- Trabalho de Comando .......................................................... 10-29 10-74

Poder de combate - ataque ......................................................... 4-24 4-45Ponto intermediário logístico ....................................................... 10-10 10-21Preparação do estacionamento ................................................... 3-12 3-14Processo(s)- de distribuição de suprimentos .................................................. 10-9 10-20- de execução - Retraimento ....................................................... 5-33 5-83- de ultrapassagem ..................................................................... 4-83 4-123- de sincronização ....................................................................... 2-10 2-22

R

Reconhecimento- Ataque com Transposição de Curso de Água....................... 4-64 4-97- Inteligência ........................................................................... 2-16 2-31

Reconhecimento e outras ações preparatórias ............................ 4-47 4-85Registros - Trabalho de Comando ............................................... 10-31 10-75Regulação da manobra................................................................ 4-28 4-55Relatórios - Trabalho de Comando .............................................. 10-32 10-75Responsabilidade(s)

- Assuntos civis ..................................................................... 10-35 10-76- Funcionais ........................................................................... 2-2 2-1- Logística no Batalhão de Infantaria ....................................... 10-4 10-3

Page 611: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

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S

Segurança- Ataque ................................................................................. 4-30 4-59- Defesa de Área .................................................................... 5-10 5-12- e sigilo ................................................................................. 4-48 4-87- no estacionamento .............................................................. 3-13 3-16

Seleção de objetivos ................................................................... 4-22 4-40Seqüência das ações para a tomada de decisão ........................ 2-12 2-23Substituição em posição ............................................................. 8-6 8-5Suprimento para a população civil ............................................... 10-14 10-37

T

Tarefas essenciais de apoio de fogo ........................................... 9-4 9-6Tarefas referentes a pessoal integradas ao sistema comando .... 10-20 10-47Técnicas especiais de defesa ..................................................... 5-13 5-25Tipos - Retraimento ..................................................................... 5-29 5-71Tipos de ataque .......................................................................... 4-18 4-23Tipos de operações

- (Defensivas) ......................................................................... 5-3 5-2- de substituição .................................................................... 8-3 8-1- (Ofensiva) ............................................................................. 4-4 4-2

Tipos de transposição ................................................................. 4-60 4-94Tipos de unidades de infantaria ................................................... 1-6 1-3Trabalho de comando - Marcha para o Combate ......................... 4-8 4-4Transposição de curso de água ................................................... E-5 E-10Trens - logística no Batalhão de Infantaria ................................... 10-7 10-8

U

Ultrapassagem ............................................................................ 8-5 8-3

V

Velocidade de progressão ........................................................... 4-55 4-92

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DISTRIBUIÇÃO

1. ÓRGÃOS

Ministério da Defesa................................................................................... 02Gabinete do Comandante do Exército ........................................................ 01Estado-Maior do Exército ........................................................................... 06DGP, DEP, D Log ...................................................................................... 01DEE, DFA, DEPA ...................................................................................... 01DMAvEx ..................................................................................................... 01D Sau, CAEx ............................................................................................. 01SGEx, CIE, C Com SEx ............................................................................ 01DMCEI ...................................................................................................... 01

2. GRANDES COMANDOS E GRANDES UNIDADES

COTer ...................................................................................................... 02Comando Militar de Área ............................................................................ 01Região Militar ............................................................................................. 01Região Militar/Divisão de Exército .............................................................. 01Divisão de Exército .................................................................................... 01Bda Inf ...................................................................................................... 02Brigadas .................................................................................................... 01Grupamento de Engenharia ........................................................................ 01Artilharia Divisionária .................................................................................. 01Comando Regional de Saúde ..................................................................... 01CAvEx ...................................................................................................... 01

3. UNIDADES

Infantaria .................................................................................................... 01Cavalaria .................................................................................................... 01Artilharia .................................................................................................... 01Batalhão de Manuntenção de Suprimento da Av Ex ................................... 01

Page 613: MANUAL DE CAMPANHA BATALHÕES DE INFANTARIA C 7-20

Base de AvEx ............................................................................................ 01Base Logística ........................................................................................... 01Engenharia ................................................................................................. 01Comunicações ........................................................................................... 01Batalhão Logístico ..................................................................................... 01Batalhão de Suprimento ............................................................................. 01Forças Especiais ....................................................................................... 01DOMPSA ................................................................................................... 01Esq Av Ex .................................................................................................. 01

4. SUBUNIDADES (autônomas ou semi-autônomas)

Infantaria/Fronteira ..................................................................................... 01Cavalaria .................................................................................................... 01Artilharia .................................................................................................... 01Engenharia ................................................................................................. 01Material Bélico ........................................................................................... 01Defesa QBN ............................................................................................... 01Cia Precursora Pára-quedista ..................................................................... 01Polícia do Exército ..................................................................................... 01Guarda ...................................................................................................... 01Cia Intlg/GE ............................................................................................... 01

5. ESTABELECIMENTOS DE ENSINO

ECEME...................................................................................................... 10EsAO ...................................................................................................... 20AMAN ...................................................................................................... 20EsSA ...................................................................................................... 20CPOR ...................................................................................................... 01EsCom, EsACosAAe, EsIE, EsMB, EsIMEx, EsAEx, EsPCEx, EsAS,EsSauEx, EsIMil, CIGS, CI Av Ex, CIGE, CI Bld, CAAEx .......................... 01

6. OUTRAS ORGANIZAÇÕES

Arquivo Histórico do Exército ..................................................................... 01ADIEx/Paraguai ......................................................................................... 01Bibliex ...................................................................................................... 01Centro Gen ERNANI AYROSA ................................................................... 01C Doc Ex ................................................................................................... 01C F N ...................................................................................................... 01EAO (FAB) ................................................................................................ 01ECEMAR ................................................................................................... 01Es G N ...................................................................................................... 01E S G ...................................................................................................... 01E M Aer ..................................................................................................... 01E M A ...................................................................................................... 01

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Este Manual foi elaborado com base em anteprojeto apresentadopela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO).

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C 101-5

3ª Edição / 2003

Tiragem: 460 exemplares

Março de 2003