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O discurso dissertativo de caráter científico Observe os dois enunciados abaixo: a) A inflação corrói o salário do operário. b) Eu afirmo que a inflação corrói o salário do operário. Qualquer enunciado pressupõe que alguém o tenha produzido, uma vez que nenhuma construção linguística surge sem que alguém a tenha elaborado. Os dois enunciados acima pretendem transmitir o mesmo conteúdo: a inflação corrói o salário do operário. Há, no entanto, uma diferença entre eles. No primeiro, o enunciador (aquele que produz o enunciado) ausentou-se do enunciado, não colocando nele nem o eu, que indica aquele que fala, nem um verbo que significa o ato de dizer. No segundo, ao contrário, ao dizer "eu afirmo", o enunciador inseriu-se no enunciado, explicitando quem é o responsável por sua produção. No primeiro caso, pretende-se criar um efeito de sentido de objetividade, pois se enfatizam as informações a serem transmitidas; no segundo, o que se quer é criar um efeito de sentido de subjetividade, mostrando que a informação veiculada é o ponto de vista de um indivíduo sobre a realidade. Usa-se um ou outro modo de construir os enunciados em função dos efeitos de sentido que se quer criar. Há textos que são mais convincentes se forem elaborados de maneira a criar efeitos de sentido de objetividade. Outros persuadem melhor se mostrarem um efeito de subjetividade. O discurso dissertativo de caráter científico deve ser elaborado de maneira a criar um efeito de sentido de objetividade, pois pretende dar destaque ao conteúdo das afirmações feitas (ao enunciado) e não à subjetividade de quem as proferiu (ao enunciador). Quer concentrar o debate nesse foco e por isso adota expedientes que, de um lado, procuram neutralizar a presença do enunciador nos enunciados e, de outro, põem em destaque os enunciados, como se eles subsistissem por si mesmos. É claro que se trata de um artifício linguístico, porque sempre, por trás do discurso enunciado, está o enunciador com sua visão de mundo. 1

O Discurso Dissertativo de Carater Cientifico

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O Discurso Dissertativo de Carater Cientifico - Platão

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O discurso dissertativo de caráter científico

Observe os dois enunciados abaixo:

a) A inflação corrói o salário do operário.b) Eu afirmo que a inflação corrói o salário do operário.

Qualquer enunciado pressupõe que alguém o tenha produzido, uma vez que nenhuma construção linguística surge sem que alguém a tenha elaborado. Os dois enunciados acima pretendem transmitir o mesmo conteúdo: a inflação corrói o salário do operário. Há, no entanto, uma diferença entre eles. No primeiro, o enunciador (aquele que produz o enunciado) ausentou-se do enunciado, não colocando nele nem o eu, que indica aquele que fala, nem um verbo que significa o ato de dizer. No segundo, ao contrário, ao dizer "eu afirmo", o enunciador inseriu-se no enunciado, explicitando quem é o responsável por sua produção. No primeiro caso, pretende-se criar um efeito de sentido de objetividade, pois se enfatizam as informações a serem transmitidas; no segundo, o que se quer é criar um efeito de sentido de subjetividade, mostrando que a informação veiculada é o ponto de vista de um indivíduo sobre a realidade.

Usa-se um ou outro modo de construir os enunciados em função dos efeitos de sentido que se quer criar. Há textos que são mais convincentes se forem elaborados de maneira a criar efeitos de sentido de objetividade. Outros persuadem melhor se mostrarem um efeito de subjetividade.

O discurso dissertativo de caráter científico deve ser elaborado de maneira a criar um efeito de sentido de objetividade, pois pretende dar destaque ao conteúdo das afirmações feitas (ao enunciado) e não à subjetividade de quem as proferiu (ao enunciador). Quer concentrar o debate nesse foco e por isso adota expedientes que, de um lado, procuram neutralizar a presença do enunciador nos enunciados e, de outro, põem em destaque os enunciados, como se eles subsistissem por si mesmos. É claro que se trata de um artifício linguístico, porque sempre, por trás do discurso enunciado, está o enunciador com sua visão de mundo.

Para neutralizar a presença do enunciador, isto é, daquele que produz o enunciado, usam-se certos procedimentos linguísticos, que passaremos a expor:

a) Evitam-se os verbos de dizer na primeira pessoa (digo, acho, amo, penso, etc.) e com isso procura-se eliminar a ideia de que o conteúdo de verdade contido no enunciado seja mera opinião de quem o proferiu, e sugerir que o fato se impõe por si mesmo.Não se diz, portanto:

Eu afirmo que os modelos científicos devem ser julgados pela sua utilidade.Mas simplesmente:

Os modelos científicos devem ser julgados pela sua utilidade.

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b) Quando, eventualmente, se utilizam verbos de dizer, são verbos que indicam certeza e cujo sujeito se dilui sob a forma de um elemento de significação ampla e impessoal, indicando que o enunciado é produto de um saber coletivo, que se denomina ciência. Assim, o enunciador vem generalizado por um nós em vez de eu ou indeterminado, como nos casos que seguem:

Temos bases para afirmar que a agricultura constitui uma alternativa promissora para a nossa economia.

ou,Pode-se garantir que a agricultura...

ou ainda,Constata-se que a agricultura...

Em geral, não se usa a primeira pessoa do singular no discurso científico.

c) A exploração do valor conotativo das palavras não é apropriada ao enunciado científico. Nele, os vocábulos devem ser definidos e ter um só significado. Num texto de astronomia, lua significa satélite da Terra e não uma sonora barcarola ou o astro dos loucos e enamorados.

d) Como nesse tipo de discurso deve usar-se a língua padrão na sua expressão formal, não se ajusta a ele o uso de gírias ou quaisquer usos linguísticos distanciados da modalidade culta e formal da língua.

Além de procurar neutralizar a figura do enunciador, o discurso dissertativo de caráter científico procura destacar o conteúdo de verdade dos enunciados. Esse valor de verdade é criado pela fundamentação das ideias e pela argumentação.

Vamos expor alguns expedientes que servem para fundamentar esse tipo de enunciado e aumentar seu poder de persuasão:

a)O argumento de autoridade

Apoia-se uma afirmação no saber notório de uma autoridade reconhecida num certo domínio do conhecimento. É um modo de trazer para o enunciado o peso e a credibilidade da autoridade citada. Observe o enunciado que segue:

Conforme afirma Bertrand Russell, não é a posse de bens materiais o que mais seduz os homens, mas o prestígio decorrente dela.Segundo o mesmo autor, na China e no Japão, o saber é mais valorizado que a riqueza exatamente porque, nessas sociedades, confere mais prestígio a quem o possui.

Quando se trata de um trabalho científico cuidadoso, mais formal, como uma tese ou um artigo a ser publicado numa revista especializada, deve-se fazer a citação textualmente, dando todas as indicações bibliográficas. Ao fazer citações, o enunciador situa seus enunciados na corrente de pensamento que ele considera mais aceitável para explicar certo fenômeno.

b) O apoio na consensualidade

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Há certos enunciados que não exigem demonstração nem provas porque seu conteúdo de verdade é aceito como válido por consenso, ao menos dentro de um certo espaço sociocultural. Inscrevem-se, nessa espécie, enunciados do tipo:

O investimento na Educação é indispensável para o desenvolvimento econômico de um país.

ou,As condições de saúde são mais precárias nos países subdesenvolvidos.

c) A comprovação pela experiência ou observação

O conteúdo de verdade de um enunciado pode ser fundamentado por meio da documentação com dados que comprovem ou confirmem sua validade.

Observe-se o exemplo que segue:O acaso pode dar origem a grandes e importantes descobertas científicas, o que pode ser demonstrado pela descoberta da penicilina por Alexander Flemming, que cultivava bactérias quando, por acaso, percebeu que os fungos surgidos no frasco matavam as bactérias que ali estavam. Da pesquisa com esses fungos, ele chegou à penicilina.

d) A fundamentação lógica

A argumentação pode basear-se em operações de raciocínio lógico, tais como as implicações de causa e efeito, consequência e causa, condição e ocorrência, etc. Veja-se o exemplo:

Se se admite que a vida humana é o bem mais precioso do homem, não se pode aceitar a pena de morte, uma vez que existe sempre a possibilidade de um erro jurídico e que, no caso, o erro seria irreparável.

Assim como existem procedimentos para fundamentar o conteúdo de verdade de um enunciado científico, existem expedientes para desqualificá-lo e provocar o seu descrédito.

Vejamos alguns desses expedientes.

a) Pode-se desqualificar o enunciado científico atribuindo-o à opinião pessoal do enunciador ou restringindo a universalidade da verdade que ele afirma. Sirvam de exemplos casos desse tipo:

Roberto da Mata supõe que o espaço social brasileiro se divide em casa, rua e outro mundo.

Como se pode notar, ao introduzir o enunciado por um verbo de dizer (supõe) que não indica certeza, reduz-se o enunciado a uma simples opinião.

Observe-se ainda outro exemplo:O átomo foi considerado, por muito tempo, como a menor partícula constituinte da matéria.

Não é preciso dizer que o verbo no perfeito (foi considerado) e a restrição de tempo (por muito tempo) esvaziam o enunciado do seu caráter de verdade geral e objetiva.

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b) Um outro modo de desqualificar o enunciado alheio é atacá-lo nos seus expedientes de argumentação. E isso pode ser processado por meio do uso de vários dispositivos: citando autores renomados que contrariam o conteúdo afirmado no enunciado

ou evidenciando que o enunciador não compreendeu o significado da citação que fez;

desautorizando os dados de realidade apresentados como prova ou mostrando que o enunciador, a partir de dados corretos, por equívoco de natureza lógica, tirou conclusões inconsequentes.

Vejamos, a título de exemplo, como se pode refutar e desqualificar o que se diz num enunciado:

Enunciado:O controle demográfico é uma das soluções urgentes para o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos: as estatísticas comprovam que os países desenvolvidos o praticam.

Desqualificação:O dado estatístico apresentado é verdadeiro, mas o enunciado é inconsistente, pois pressupõe uma relação de causa e efeito difícil de ser demonstrada, isto é, que o controle demográfico seja capaz de produzir o desenvolvimento. O mais lógico é inverter a relação: o desenvolvimento gera o controle demográfico, e não o contrário. 

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TEXTO COMENTADO

Há escritores cuja obra é uma pesquisa deles próprios, e que parecem escrever em função de certas características pessoais, tomando o leitor como accessório e procurando convertê-lo à sua visão do homem. Por isso requerem de nós o esforço de substituir hábitos mentais por uma atitude nova, capaz de penetrar na maneira novamente proposta; a intensidade do esforço despendido por nós dá o índice da singularidade do autor.

Outros, todavia, parecem preocupar-se, não tanto com a sua mensagem, quanto com a possibilidade receptiva do leitor, a cujos hábitos mentais procuram ajustar a obra, sem grande exigência. Neste caso, a sua força não provém da singularidade do que exprimem, mas do fato de saberem fornecer ao leitor mais ou menos o que ele espera, ou é capaz de esperar. A facilidade com que o leitor apreende o texto é, geralmente, o índice da conformidade deste com as possibilidades médias de compreensão e as expectativas do meio.

Isto não quer dizer, como pareceria à primeira vista, que os da primeira espécie sejam grandes, e medíocres os da segunda Mas apenas que há duas maneiras principais de comunicação literária pelo romance: uma caracterizada pela circunstância do escritor impor os seus padrões; outra, pela sua adequação aos padrões correntes. Nos dois grupos há fortes e fracos, e nos grandes romancistas não é rara a coexistência das duas orientações. Assim vemos por vezes uma superfície accessível e sem mistério cobrir, para o leitor ou mesmo a época literária menos experientes, certos valores raros e profundos, como os que Stendhal reservava aos happy few. Exemplo típico é Machado de Assis, celebrado longamente pelo que havia nele de mais epidérmico, até que nos nossos dias fosse ressaltada, por Augusto Meyer, Lúcia Miguel-Pereira e Barreto Filho (os seus maiores críticos), a força recôndita, que faz a sua grandeza real e singular.

Balzac, Dickens, Eça de Queirós, são grandes romancistas que se enquadram no segundo dos grupos indicados. Nele se contém igualmente o folhetim de capa e espada, a ficção novelesca, sentimental ou humanitária, que foi alimento principal do leitor médio no século XIX e serviu para consolidar o romance enquanto gênero do primeiro plano, tornando-o hábito arraigado, como hoje o do cinema ou radionovela, que o vão substituindo.

ANTONIO CANDIDO. Formação da literatura brasileira. 5. ed. São Paulo, Edusp/Itatiaia, 1975. p. 136-7.

Numa dissertação bastante clara, Antonio Cândido apresenta uma possível classificação dos escritores a partir da atitude que têm ante o público leitor e que se revela em suas obras. Há escritores que rompem os modelos literários estabelecidos e impõem seus padrões, obrigando o leitor a substituir seus hábitos mentais por nova maneira de perceber. Há outros que se conformam aos padrões correntes e por isso são fáceis de ler. O grau de dificuldade ou de facilidade de um autor é diretamente proporcional à ruptura dos padrões estabelecidos ou à adequação a eles. Os do primeiro tipo não são necessariamente bons escritores, nem os do segundo, forçosamente medíocres. Nos dois grupos, há escritores bons e ruins e, nos grandes romancistas, coexistem, muitas vezes, as duas maneiras de comunicação literária pelo romance. Desse modo, há escritores, como Machado de Assis, que ocultam valores raros e profundos sob uma aparência acessível e sem mistério. No segundo grupo, há grandes escritores e também o folhetim de capa e espada, que tornou, no século XIX, o romance um hábito tão arraigado, como hoje é o do cinema e o da radionovela (ou da telenovela).

O texto dá destaque ao conteúdo objetivo das afirmações feitas. Por isso o enunciador ausenta-se totalmente do enunciado. O texto pretende formular verdades gerais,

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de validade universal. Por isso usa o presente do indicativo (ausência de tempo) para formular sua verdade básica: há dois tipos de escritor. Não se diz houve dois tipos de escritor numa determinada época ou num determinado local, porque isso destruiria o valor de universalidade da afirmação. Os termos utilizados no texto, que está redigido na língua padrão, têm um valor denotativo.

O expediente argumentativo de que se vale o autor para fundamentar o conteúdo de verdade de suas afirmações é a comprovação com dados da experiência e da observação. Ele propõe uma classificação dos escritores e depois mostra exemplos que vêm confirmar sua tese. Estamos diante de um texto dissertativo de caráter exemplar, porque não só observa os critérios discursivos que governam o texto científico, como também explora, com propriedade, outros níveis da sua estrutura.

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EXERCÍCIOS

Em suma, numa sociedade que tem horror ao diferente, que submete a diversidade do real à uniformidade da ordem racional-científica, que funciona pelo princípio da equivalência abstrata entre seres que não têm denominador comum, a loucura é uma ameaça sempre presente. O que a história da loucura nos revela, pondo em questão toda a cultura ocidental moderna, é que o louco é excluído porque insiste no direito à singularidade e, portanto, à interioridade. E, com efeito, se a loucura é nesse mundo patologia ou anormalidade é porque a coexistência de seres diferenciados se tornou uma impossibilidade. Diante disso restam ainda muitas questões. Entre elas: poderá o psiquiatra, enquanto profissional médico, promover o reencontro da loucura com a cultura que a excluiu? Pode o saber médico encontrar alternativa para a sua prática, no sentido da libertação radical da loucura, fora dos limites circunscritos pela sociedade que o permitiu? De qualquer modo, ainda que um dia nossa interioridade venha a ser resgatada, gostaria de lembrar aqui mais algumas palavras de Marcuse — "Nem mesmo o supremo advento da liberdade poderá redimir aqueles que morrem na dor".

FRAYSE-PEREIRA, João. O que é loucura. São Paulo, Brasiliense, 1982. p. 102-4.

Esse texto procura, seguindo uma corrente científica atual, rediscutir o conceito de loucura. Considera que a loucura não é uma doença (patologia) nem uma anormalidade, mas é uma diferença que afronta a uniformidade a que a sociedade quer reduzir os seres humanos. Assim, o louco é o ser que insiste radicalmente no direito à singularidade, em não seguir os comportamentos prescritos para todos. O que está em questão no texto é o próprio conceito de normalidade.

Questão 1Como se nota, esse texto discute um tema abstrato e genérico e não um fato concreto e individual. Trata-se, portanto, de um texto dissertativo. Qual é basicamente o seu tema?

Questão 2Levando em conta o esquema argumentativo do texto, tente responder qual a razão básica por que a sociedade exclui o louco.

Questão 3Se a loucura é considerada uma patologia e uma anormalidade, em que consiste a saúde e a normalidade para os padrões da sociedade?

Questão 4O texto faz alusão à "ordem racional-científica", afirmando que ela se baseia no princípio da "equivalência abstrata". Em que consiste esse princípio? Para responder releia as linhas de 1 a 4.

Questão 5O texto dissertativo de caráter científico apresenta vários procedimen¬tos específicos de criação de efeitos de sentido, estudados na introdução desta lição. Muitos deles estão presentes no texto que estamos analisando. Assinale a alternativa

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que contenha um desses procedimentos não presente no fragmento que acabamos de ler.

(a) Afirmação de verdades genéricas e abstratas.(b) Omissão de verbos de dizer, que indicam opinião do produtor do texto.(c) Esquema argumentativo baseado em relações lógicas entre os enunciados.(d) Utilização de citação para reforçar os pontos de vista aí defendidos.(e) Comprovação das afirmações gerais por meio de dados concretos da

experiência quotidiana.

Questão 6Lendo o texto, podemos concluir que:

(a) a loucura não é uma patologia nem uma anormalidade, segundo a visão da sociedade ocidental.

(b) não há sociedades que não considerem a loucura como fato anormal.(c) a loucura, na sociedade em que vivemos, é inadmissível porque esse tipo de

sociedade não consegue conviver com seres diferenciados.(d) a loucura não tem inconveniente algum.(e) a história da loucura mostra que os loucos não colocam em risco os indivíduos

que com eles convivem.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Procure rever as características de um texto dissertativo de cunho científico e elaborar uma dissertação desse tipo, procurando expor seus argumentos sobre o seguinte tema:

Todo tipo de sociedade, para sobreviver, precisa regular as reações dos indivíduos e exigir que eles cumpram suas leis. Por outro lado, indivíduos muito submissos são pouco criativos e contribuem pouco para o progresso da sociedade.

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