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O ell!!llffi) f~t!IIJU lt fl.! !1,1 ~. lfbt~ 1 ~1111\. " <inllu • lllUO • " h~!•ro • uai o mll ,.i. ou,,, tct 11!nc:lldo ... ,11, OIReCTOk INTl'IIINO DR. nsJAS (JOMF.~ ANNO XXXIX t n1ao ORGAM O~'FICIAL DO ESTADO p ARAHYBA - Sexta-feira, 30 de maio de 1930 ' 1!:sté. de plantão, hoje, a pharma · ela Almi: d!! & Simeão. rua Maci"'l Pinheiro :!IP.. -..e.;-- Ol!IU!NTI! M,1RDOKEO Ntf.CRF NUMERO 123 As ver~on~as ~a situação poJitica ea cov.ar~ia ' potente ~o presi~ente ~a Repu~h~a pre- Entrevista c om o ft MOMENTO político encontrou no senador Epita· U <·io Pcssôa o analysta percudente, o homem de idéa~. o politico clarividente que traçou na cu· trevista ao ''.Jornal <lo Commercio '', do Rio de Janeiro. o perfil de uma época cuja physionomia apodrece sob os detmrnndos de uma politicalha que tem como oricn· tador o ch~f e :11ilremo da nn(:ã(l. A pal:, Ta do preclaro parla11wntat· brasileiro, fus- tiga1ulo o-; \'ido~ tio regim~n e e:pondo luz dos factos os att nia<l•Js co1nm<>tf ido~ fodo~ os rfov t'ontra a Cons· titui~ão. rom ,;ma cl€sf a(atcz óe i>al':lnar, teve, como aliás ~ra de Df~"er. maior n•pcrcusl:ião e o mail'i pro- fundo acaf;c1mt nto dada a audoridadc mon•I e prestigio do ..:t>uarlor Epif a('io Pcs ôa. drnlro e fóra rio paiz. Podrm, ~; hoje offert'c rr na integra essa n101nfn· tosa l'llh'"'·hta, que é bem u 111a pagina candente de <Ti· tica do.- nn~.:o. · rostumcs p( Jiticos. aue ha de ficar como prck~ o f'Hu;kn de um homem que se tornou capa:r, d emp lg~r o e:mir'fo nacinmil pelo fosdnio uue exer· ce sdc it:- efi. s m, n.t · á~ tada~ popular ·s do BrruiiL Partiu llontem para a Ew-opa. ii.fim d<! tomar r parte ' nos trabaiho6 d,• Cõrte Permanente de Justiça lntt'T- nacional o ' eminente renador pel a Parahyba dr . Epitacio Pessóa . Na ante-Yespera tivemos ensejo de palestrar um pouco com s. exc. em sua residencia da rua Voluntarios da Patrla . Sabíamos que o illustre con- gressista pretendia . occupar a tribun,i para. dizer do momento político. quando viess e a debate o caso sen a - torlal de &eu Estado. Pareceu-nos qur o adiamento dessa discussão criav~ um obstaculo serio á palavra do ex- presf(:!ente . Por Õutro lado, o seu dever de partir quanto ante& par a lia.ya augmentava essa impossibili- dade . Falámos a. sua exc . em uma 0016.1 e outra., e mostrámos dese jo de ou- vil-o - De facto, respondeu-nos s . e .. era minha lhtenção fazer, da trlb= do Senado e para flcar constando tambem dos annaes, uma exposição synthetica dos actos com que o Govér- no Federal antes, durante e depois da eleição de L" de Março, escanda· lizou a opinião publica do paiz. Es· pecialmente o "caso da Parahyba ", no seu aspecto polltlco e constitucio- nal, seria objecto de minhas aprecia· ções. Mas os dias passaram-se , a eleição do meu Estado, ao contrario do que se dizia e eu esperava, não veio ao plena.rio, e, não me sendo possível adiar ainda a minha partida para Ha.ya., pois o tempo que me separa da abertura da Cõrte é agora o estrictamente necessario para a via- gem, vejo-me na impossibilidade dele- var por diante aquelle proposlto. Offerecemo-nob então ao eminente representante parahybano para divul- gar a sua critica . . . - Não é a mesma coll;a . ponde· rou-nos s. exc. Insistimos e, diante da no:.sa im;ls- tencia, o lllustre senador condescen- deu em. dar-nos uma itJéa do que diria na assembléa dos selll:i pares . Os leitores encontrarão adtãiite as declarações do grande brasileiro. A Nação int,eita ha de sentir-se conso- lada cem essas pala ,n-as c!e energia e tln, temor nrberancto a~ inominani~ j()lencias com as quacs o a.dual sr . pr e,-; idcnte da Republica extinguiu e desmoralizou o regime representativo no Brasil, e feriu de morte o syi. lema federa tive adoptado pela Constituição . A C:NTREVISTA DE NOVEMBRO E A CONFIRMAÇAO DOLO&OSA no. FACTOS ·- Na entre vista que dei ao " J ornal do Commercio ·• em novembro do anno passado sobre a succci,sã.o prcsidcn · eia!. assim me exprimi · " Ao Presidente da Republica não assiste, não póde assistir o direito de ter candidato á sua successão . Seria grave ameaça. á pureza do regime constitucional; um falseamento do s ystema representativo , que é a base primordial desse regime, uma mystl- flcação das prerogatlvas da Nação, a quem compete excluGlva e livrement e a escolha do seu primeiro magistra- do . Reconhecer ao presidente essa faculdade é expol-o a baixar da ma- gestosa região de compostura, sereni- dade e Justiça, em que o collocou a Nação, para ehvolvel-o no torvelinho apaixonado das competições eleltoraes. onde Irá servir- se. em beneficio ex- cllll:ilvo do seu candidato, dos poderes que a Nação lhe confiou para defesa das liberdades de todos. E' dar-lhe o direito de sobrepôr-se ás correntes polltlcas e, no empenho de fazer vingar a candidatura pes:;oal, falsear a vontade do povo pelos processos li· legitlmos que o lnteresbe engendra e a paixão partldarla utlltsa, cega e Intolerante . O presidente deixaria de ser a pP,rsonlflcação da Patrla ale- vantada e digna, para apresentar- &e aos olhos entristecidos do palz como um simples cabo <.!e eleições" Se a.; verdade:; que ah! ficam, cla- ras e Intuitivas, precisassem de com- provação, ellas a teriam cabal na al- titude do sr. presidente da Republica durante o pleito que se. acaba de en- cerrar . O que de facto se viu nesse pleito não foi a ge1,tação constitucio- nal de uma 1:;uccessáo, foi a fal6iflca- ção Inescrupulosa do principio de re- presentação, pedra angular de todo reglmen democratlco, e a usurpação - -F.:3 - sena dor aif1-onlC1;;a dr dlrritos inallonarnis ela nacionallda de . O Brasil vi I pela pri- meira vez, após mais de 40 ermos de Republic!l. num retrocesso de educa- ção poliUca. que confrange o patrio· llsmo de quantos o amam slncera- mentr, o s.eu primeiro magisL rau, descer da cspher,t que lhe é propri p.ira. com sacrlfjcio da dignidade ele cargo e olvido da lenlctadc e corrrcçã, d!ls suas funcçõe.:.. converter- se nun dcs ab1Js , 1do agente elcitornl e pôr r SENADOR EPITACIO Pl::SSl'li\ s m1 ~nt<>i·idarlP ~" servl"O p-,ccl1Jsivr n11m ami= pártic11lar, 1:;nu candldatn á successão NOS ESTAnoi,; TJNIDOS E NO BRASIL - Mas. ponderámos. dizem que no~ Estado~ Unidos é a mesma coisa . . - Sim. eu sei que. na lmposslbll!· dade de Just.ificarem, em face do6 princlpios do direito ou do simples senso commum. este procedimento aberrante de toda noção de morali· dade polltlca, os defensores do govér· no Invocam o exemplo dos Estados Unidos. como se na grande União norte-americana o presldent;e fosse cap9,z de baixar de sua cadeira de chefe de Estado ao terreiro onde se de· gladiam as paixões e se fabricam as falcatrú-is eleltoraes. Nos Estadn• Unidos o prrsldentP tem ll ~ua acçãc. mai;, do que entre nós, limitada pelr Senado, mas sobretudo pela educaçãr polltlca. pelo senr,o <io rP spclto á le i " an•; r:tlr e ll.o:. a lhrln:; 1\111 nre:;Jden - ,~~· qur, sr , a ndldat ,~ m P Tf'f'!Piç.ín :;ã, derro t. ad!'S. o qnr prova qur o chef r d'J E~t.ado não S P, aproveita do c:,rgn para nlar n-, Plclt.ora,1...,, Pm seu favw . um ambiente fll tlflclal Di c:; 11-rnc l'ni r:nn , •:iencla i,e uni ln,.tn dP ~ta ordem JC'rlll. pni,~ lvel no Br.isil Nn s ~ -; tad % Unld%, o prebld,,ritr que rcco1rr: Jse á conupçáo. lu, amca. r;,t:J , <\.~ dcml&sóeG á v101,.ção d:\ corrcspondencla, qu<> pu - ze b:. e o t,el1-grapho ,. ll' r i, tradas fede ra z;, a:, &rrvi•;n r:xl 111 ~,vo d'Js ,m1li:1, ,. QU" i; u& pr>ndP'lS" ,, ~r, h,11 dr linha :; ferrc,a~ ,,u dP 1,~ , ,.~açii.n r.om'l melo tl e 1etudar. tJU burlar II a c\·Ao dob udrc1 - 1,artos. que con~ldt>ra5&~ os Es tadt> ~ ho:,tl:. ao ll<'ll r<mdldatri cvm•1 fóro dn lei e lhe~ ue1;orianlza~~n o:- bervlços federaea e lhés negasse a"1e11oi, a qur. thessem r\lrelto - em tina palavrr., nos Estadl)t; Unidos o p1 f.'!ilclente que procedes6e como pl'ocelleu o presiden· te do Brasil, se mobtrurla tão uquem da dignidade do carlJ() que lncorret1a eem remu;.,ão P.Cl dC;seprer;o e n:, :il.l~!!- Epitacio dono nã.o sóment.c do partido adverso senão também dos proprlos corre li· glonarlos . Não, para dissimularem os epísodlo~ lrlstlssimos que, no caso da succes· são, o sr . presidente da Republica lançou na h!Gtoria poliLica do paiz, não calumniem a grnnde Republica da Amcrica do Norte, onde os presiden- tes, se têm candidatos, não põem li mercê oessoal delles os poderrs de que se acham inYestidos; onde a elei· -~ ···· --- .._ - ça.o e uma vc1· aa<.1P, e por 1sio os der- rotados podem felicitar os vencedo- res; onde. em sumnrn, n~o e o presi- dente , mas II nação mes mA . 11ucm realmf'nte indica e lilTe1,1c1itc cs r,o- , lhe o seu chefe . A FRAUDE, A n1l:N'l'IRA E A "10 · LENCIA Nesta triste pha1:,e QUE' acabamos de atravessar , põde-se dizer com Yr r- dade que o gorerno da Republica per- deu de todo a noção dos seus deveres I e da sua compostura . Desde o chefe de serviço mais modesto até o chefe do Estado, houve uma preoccupa- ção, a de forçar por todos os meios. decorosos ou não. a victoria do candi- dato pessoal do pre sidente Em torno desta preoccupação o ambiente qur se formou foi o da dissimulação e da fraude, da. mentira e da violencla, do desrespeito â. lei, da indifferença pelo interesse publico, do desamor ao de- coro das posições . O emprego dest;es meios começou lo- go com a apresentação do candidato . Era facto sabido desde o principio do governo que o presidente da Repu- blica tinha como candidato á sua suc- cesi.ão o sr . Jullo Prestes . S. exc., P"· rém. recetava que a apresentação desse nome aos chefes poltticos na. época ha - bitual désse tempo ao apparecimento de competições perigosas. Dahl o seu empenho f:ffi retardar o mais posslvel o exame do problema da successáo . Adormeciam-se assim competidores posslvels e preparava-se tranqullla- mente a candidatura desejada. . Acon· teceu, porém, que o sr . Antonio Car- los, certo' de que o adiamento enco- bria uma cilada contra as prerogatl· vas da nação, sa.hiu a campo na épo- ca do costume e, suggerlndo o nome do sr . Getulio Vargas, solicitou do pre - sidente que sobre essa candidatura consultasse as forças polltlcas do paiz. O presidente vlu-se forçado a accel- tar a lncumbencla, mas em vez dP ra- zer a consulta sobre a candidatura Vargas, ff'l-o sobre a candidatura Pres · tes I Isto ficou bem claro na entre- vista a que em começo alludl. Bem claro ficou também outro fa - cto. O presidente negou sempre com desconcertante placidez que o sr Ju- llo Prestes fôsse seu candidato . Ma~ ninguém tomou a serio os seus pro· teatos, tanto a1;slm que os telei;ram· mas de adhesão áquella candidatu- ra toram todos dlrigldps ao prt>,1- drnl.~. A 28 de julho, escrevenrto no sr . Getullo Vargas, ~. cxc mesmo 6" trahlu. lu.mentu.velmente, reconhecen- do que os Estados haviam Jndlcado o ~r ,Jullo Prestes .. Em inteira soll- dariedaúe com o presidente da, R~pu· !Jllca. ", e respondendo aos governa.- ~ore1:1 que adherlram, agradecia-lhe~ "a solidariedade com a politlca do go- verno federal na questão da successão pre11ldenrlal ". E' significa.tiva esta confissão Apresentada por este modo a can- rconttnú na 2.• pagtna> P ess ôa A EXTRAORDINARIA REPERCUSSÃO DA EN- TREVISTA DO SENA· DOR EPITACIO PESSôA \i RIO, 2() - A entrevista do senador Epitacio Pes- sôa desnorteou os arraiaes J;!"OYcrnistas, 1anto assim ,,u c "O Paiz" flru-Ihe a honra de uma resposta rir- <·umstandacfa <1uc t.raz f dos os raracteristkos da in piração official. Ma~ não será impunemente que ninguem af frontará aquel· la avalanche esmag;.dora de factos. , "H 1 e tli- llo- car·se co.ntra :;eu jorro f r- midavel, os defensores go- Yernistas preferiram fazer manob1·as de rectaguarda, desferindo ataques insi· diosos contra o senador Epitacio e fugindo a uma resposta leal. Aliás, nin- guem poderá censurai-os por terem instinctos de colt· serva<:ão, tanto quanto em alguns J>ontos ern riue mo· bilizanm1 argu mcntos llara ao m~nos ~uenu1Jr os cffei· tos <las torturante:-. nrcusa· çõe8 <lo senador pnrahyba· no, fôra1n rle uma inft>lici- dade desastrosa. Parerem barquinhos de papel Jan- <;ados confra uma cachoei- ra. Assim, também, q1ian- do confessam o f acciosis- mo dP certas rcpartiçõe~ federaes e procuram justi· ficai-o, dizendo que o go- vêrno nfio será culpJ,lo da trans~rressão ,lc prqurni· nos funcciomtrios, trt\n~- gressão toda indivit1ual. Salva-se pelo menos a pre- ciosa confissão. Agora, sim, pódc se ron· siderar a camprmha encer~ rada, na sua phase de de· bates, para o julgamento inappelJavel da nação, de que a entrevista do !oíenador Epitacio Pessôa é uma grande sentença silenciosa das consciencias incorru- ptíveis. ( A V niJo) .

O ell!!llffi) f~t!IIJU n1ao · um obstaculo serio á palavra do ex presf(:!ente. Por Õutro lado, o seu dever de partir quanto ante& para lia.ya augmentava essa impossibili dade

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  • O ell!!llffi) f~t!IIJU lt fl.! !1,1 ~. ~ • lfbt~ 1 ~1111\. " uarlor Epif a('io Pcs ôa. drnlro e fóra rio paiz.

    Podrm, ~; hoje offert'cr r na integra essa n101nfn· tosa l'llh'"'·hta, que é bem u 111a pagina candente de

    Unld%, o prebld,,ritr que rcco1rr:Jse á conupçáo. lu, amca.r;,t:J,

    Pessôa A EXTRAORDINARIA

    REPERCUSSÃO DA EN-TREVISTA DO SENA·

    DOR EPITACIO PESSôA \ i

    RIO, 2() - A entrevista do senador Epitacio Pes-sôa desnorteou os arraiaes J;!"OYcrnistas, 1anto assim ,,u c "O Paiz" flru-Ihe a honra de uma resposta rir-

  • 2 A UNíAO - Scxta·foi.rn, 30 de maio de 1930

    As v e r g o n ~ a s ~ a s i tu a ç ã b. p o I i ti e a e a e ova r ~ i a p r e potente ~o ~resi~ente ~a Repu~lica

    (Continuação da 1 • pagina)

    didntura Prestes, satisfeitos assim os nnselos dt> uma amizade com a qual nada tinha que vêr o Brasil, todo o múnclo e~perava que o presidente da Republica voltasse ao seu papel con-i.tltucion!ll e, como chefe da na,7ão q·ue é e nii.o chefe ele partido que não póde ser, deixasse que a naçii.o, r.sse· curada a Vtlrdade do nlu;tamento e a liberd...:le !ln:. umas, livremente escu Jhen•e entre vs dois candidatos o que Julgas[e mais capaz de bem gover-nr.1-a

    A INTERVEN(.\.O O:-TENSIVA DO GOVERNO FEDERAL NO PLEITO

    PRESID , ,IAL

    Uma recapltillaç:io n.•c.:s~aria dos abu· sos e grn-1>l11cas, o govérno. nccusnndo o tm ordem para nfio rece-ber os seus trlcgrammns, e o chefe d1\ Nnc:úo ·r. Jim!Ln a a.reusar o rere-blmento dP1

  • A UNIAO - Sexta-feira, 30 de maio de HJ30 3 -=== = === =====--========-= ==-===--=- -=-----------~ =- ··- ---

    lls vergonhas ~a situação politica e a covar~ia · prepotente ~o presi~ente ~a ~epuhlica

    decreto de nomeação do bacharel Al· c!des Francisco · da Costa Junqueira para l." supplente substituto dessa Vara, NAO FOI ASSIGNADO PELO PRESII)ENTE, NAO EXISTINDO, PORT.i\NTO, TAL NOMEAÇÃO. O telegramma que fôra preparado con-forme a praxe, a fim de facilitar a posse, devia aguardar a "referenda" do decreto e foi expedido por inadver-tencla antes que o acto do govêrno ti-vesse existencia legal. ''

    Todo mundo está percebendo a esca-pator!a, transparente da vaclllação com que o ministro ora affirma que o decreto não foi "asslgnado", ora que lhe falta apenas a "referenda". O te-Jegramma de 5 de novembro, em que o ministro pedia a posse do dr . Jun-queira, não se referia nem podia re-ferir-se a uma nomeação "por fazer", mas só a uma nomeação já "feita", feita desde três semanas antes: "foi nomeado por decreto de 14 de outu-bro findo", informa o ministro. O mi-nistro não diria a 5 de novembro que o dr. Junqueira fôra nomeado por de-creto de 14 de outubro, se o decreto não houvesse sido realmente lavrado. assignado e referendado nessa data. Não houve, portanto, nem podia ha-ver equivoco nenhum. O dr . Junquei-ra foi nomeado effcctivamente a 14 de outubro, mas se tal não houvesse acon-tecido. o ministro da Justiça qulzesse zelar a dignidade do seu cargo e não .e prestar a instrumento de tricas eleltoraes, o que devia fazer era le-galizar a nomeação, manter no seu cargo o juiz que elle proprio declara-ra nomeado, que ellc proprio fizera empossar e já contava três mezes de effectivo exercício. Ao contrario dis-to. depoz o dr. Junqueira e nomeou em seu logar outro juiz. que docil-mente se apressou em dar o "habeas-corpus" desejado, "habeas-corpus" tão descabido que o Supremo Tribu-nal o cassou por unanimidade de vo-tos, logo que dclle teve conhecimento.

    Outros factos podemos ainda re-memorar. Ainda estão na memoria do povo as scenas degradantes da es-cadaria da Camara, onde mercena-rios da mais baixa ralé se reuniam para. insultar os deputados liberaes sob as vistas protectoras da polícia. Jé. vimoi; a maneira por que os suc-cesscs de Montes Claros forneceram pretexto para o emprego da força do Exercito como arma eleitoral. Pois a 1 º de março. no dia mesmo da eleição, o govérno não precisou mais de pre-texto e fez voar sobre Bello Hori-zonte, para afugentar o eleitorado li-beral. uma esquadrilha da aviação militar, assim rebaixada a instru-mento desprezível de compressão e de fraude! As demissões e remoções de funccionarios chovem em profusão so-bre o Estado. Não ha dia em que os jornaes não as annuuciem numerosas. A pressão exerce-se por todos os meios.

    O DIA DA ELEIÇÃO E O RO ARIO MONSTRUOSO DAS FRAUDES. AINDA E SEMPRE O PRESIDENT ,

    DA REPUBLICA O PRINCIPAL RESPONSAYEL

    Chega afinal o dia da eleição. O BrasU tomou-se de espanto ao vêr o cyntsmo com que em certos Estados a verdade do pleito foi violada. Como exemplo, basta citar S Paulo, cujos fUhos tinham garbo em apresentai-o como o Estado leader da Federação e o seu govêrno arvorou em lead.er da falcatrúa. O eleitorado da capital, por um alistamento que não se revê ha 15 annos, eleva-se a 108 mil eleitores. Pois na eleição de 1.• de março com-pareceram 98.870, mais de 91 %, per-centagem que de certo passará de 100 'lo si se deduzirem os que nestes ultlmos 15 annos falleceram ou se mu-daram e os que, no dia d11 eleição, es-tavam ausent~s ou enfermos < Diario de São Pau.lo de 6 de março>. Em nu-merosissimas secções appareceram mais votos do que eleitores alistados, Em Mococa obteve cada candidato governista 60 e tantos votos. A todos os interessados fóram fornecidos bo-letins devidamente authenticados com este resultado. Pois quándo os livros chegaram é. Junta Apuradora; os 60 e tantos votos dos candidatos do govér-no se tinham convertido em 2.4001 Em Osasco, dentro da capital, o elei-t.orzdo e de 3.095 cidadãos Po!s o !.r

    Julio Prestes alcançou 6.018 votos, mais 2.986 do que eleitores inscriptos.

    Do Rio Grande do Sul veiu uma caravana para assistir ás eleições de S. Paulo. O telegramma em que ella denuncia indignada aos se.is com-miLtentes as fraudes revoltantés de que foi testemunha, é um libello pun-gente contra a moralidade politica do grande Estado.

    Os debates das eleições mineiras na Camara dos Deputados revelaram os extremos de pouca vergonha que at-tingiram as fraudes commettidas em Minas pelos amigos e delegados do presidente da Republica! Os supplen-tes do juiz federal, membros da Junta Apuradora, retiraram do Conselho Municipal os livros e!eitoraes e os re-colheram ao Correio, cujo administra-dor, homem sério, de mais de 12 annos de commissão, foi exonerado. Em se-guida muitos dos livros foram subtra-h1dos e substituidos por outros com as eleições falsificadas. Cartas appre-henderam-se m que os comparsas da-vam conta da tarefa ao sr. Carvalho dr Britto e lhe pediam a fabricação de chanccllas dos juizes para imprimi-rem apparencia de authenticidade ao producto do crime!

    Houve governadores que levaram o seu desplante ao ponto de annuncla-rem ao presidente da Republica que taes e taes mumcipios, cujas eleições não eram ninda conhecidas, seriam

    unanimes" para o candidato offi-clal!

    Enúim eu não sei onde iria parar se tivesse que enumerar todas as es-candalosas deturpações por que pas-sou o systema representativo no plei-to de março. Diante dellas fica-se triste e vexado ao vêr o presidente da Republica - note bem, o PRESI-DENTE DA REPUBLICA - ter a co-ragem de affirmar á Nação. testemu-nha presencial de todas as fraudes, que a eleição correu na umais perfei-t-a normalidade e foi uma campanha rlnca cm que o Brasil dP.u t.c.tenm-nho de sua cultura c de seu adianta-mento"!

    O EPI, ODIO DA JUNTA APUfü\ . DOR, DA Pi\RAHYBA

    O episodio da Junta Apuradora da Parahyba mostra lambem o estado dP desmoralização e desbno em que va-mos cahindo. Na vespera da installa-ção da Junta, o Juiz federal inespera-damente entra em férias e o substi-tuto é chamado pelo Ministro da Justiça ao Rio a objecto de serviço publico. como se o ministro da Justi-ça tivesse competencia para afastar de feu posto um juiz federal em exer-cicío, como si o ser,iço eleitoral não preferisse por lei a qualquer outro ser-viço publico e como si um magistra-do, um membro do Poder Judiciario, fô:;se obrigado a acudir, com sacrüi-cio dos seus deveres funccionaes, ao chamado de um secretario do presi-dente da Republlca! Eram os actos preparatorios da tranquibernta que se planejava ••

    Afastados os juizes togados, a, su-miram· o exerciclo dois supplentrs adrede nomeados, o 1 " um sobrinho do chefe opposlclonista. energumeno processado em tempo como peculata-rlo, o 2." um commercia11le fallldo, destitwdo de todo senso moral. Fóram estes dois meliantes que fizeram a apuração e diplomaram os candidatos oppos1cionistas. Para chegarem a este escandaloso resultado, contaram. l.0 , os votos da capital. porque seria um cumulo pól-os á margem; 2.", os vo-tos unanimcs que dizem fóram dados aos opposlclonlstas pelos municiplos de Princeza e Teixeira, onde não hou-ve nem podia haver elcir.ão regular, "Isto que estavam occupados pelos ai;-falarlados de José Pereira fl DuartP Dantas. Como ainda assim os candida-tos liberaes ficassem em maioria, pois a votação de Teixeira e Prlnceza não bastava para cobrir a differenr.a da capital, que fizeram elles? Declara-ram 11ulla - contra llteral dlspostçã,, de lei - toda a votação u, ct,•s-resprlto e oCfrn.,n (1, r.11n ,111c1,,r-1chcll'

  • 4 A UNIÃO - Sexta-feira, 30 de maic d2 l !)3()

    1 ve,aonha da iluocão DOlilica e a cova,dia ppegolenle da p,esidenle da Republica

    sidPnh' Prs-súa, uão se dPmorou mais e, no clia srcuime. in~urgia-se de nrmns na mfto, sob a invocação de pretextos ri-cllculos, contrn n ordem legal. Era o primeiro crime. Outros vieram rm seguida: os ataques immediatos a ou-tros pontos do Est:i.do, com o intm-to de fo1·çur o eleitorado a adoptar n candidatura Prestes 011, cm nltimoo caso. abster-se das urnas Rccl!ns-sados ele. · 0s Jogares pela for tropa ,l sna fronteil'a e e·-1,rn que " f.1.1 para :;c prevenir' coritrn

    :.1 inrur~ão elos cangaceiros ck Princl' l'.:l riunnste prohibe a passagem de ma-terial bellíco p::u·a José Pereira, m::.s ü. caminhões transportam-no dissi-muladamente entre outros artigos d!' r ommcrcio. De São Paulo e daqui de n10 posso assegurar que têm ido em parcellas sommns avultadas para José Pereira 011 seus procuradores. Quem .,. r,·mettf'? Niio hão de ser partirulrt-1es.

    O PRF.. 10E TE DA JtEPUULIC,\ APOIA IJO AS l:SC N('ARAS

    SMJ ('ORRELIGIONARJO JOSJ..' PEREIRA

    Falei no apoio indireeto rio govérno lcderal Esse apoio tem-se manifestado dl! varios modos: aqui é a correspon-dencla telegraphlca mantida Pntre o pre~ictentc dtt R1>publica e José Pe-reira, conl'spondencia a que este se refere a cada passo e teve occasião de mostrar a um enviado de jornae.s des-ta capital; allí é a segurança com que o cheff' de Princc,za prevê a ordem do ,,residente para fazer rcconhC'cer o. < andldalo~ derrolarlos da Parahyba, upef,ar de Julgar o proprlo ,José Pe-reira cscnndaloso o acto da Junta Apuradora que os diplomou, além (, o ctrt,·zn com quf' annuncia desde muito a intervenção no Estado, que o pre~ldente, confirmando a palavra cio rnu alliado. acabn rfe pedir ao Con • grcsso. Todo o mundo enxergu ncs1sl11· cano Rio Grandense e lançará o palz cm nova crise partidarin e política, quando tudo se ia acommodando ...

    Valcn a pena ao governo procedi'!' Sem o sr. Prestes tão insensato que

    q11

  • A Ú:NU.O - Sexta-feira, 30 ele mai&-de 1S30 5

    j Us~:~~re~:n~~~~~!1a~Pe1- I

    O. -itilliliJIIAl'irLJU'lXRF.IllilJI - f:·~ ............................ 49,.~ ..... ~ ........................ ~ ...... ._ ...... ._.

    1 '7'. E:x:c1a .. q_uer ouvir u.x:c.a verdade~ I

    Pois ouça e aproveite: l.\!f:A.NTEIG.A. SÓ

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  • A União ORGAl\t OFFICIAL DO ESTADO

    ('t,4.f Pll.~Tn ~"' f.lNOTYPOS - IJIPR•Sso •M IIACHINA BOTOPLANA •nur, .....

    P ARAHYBA - Sexta-feira, 30 de maio de 1930 NUMERO 12:l

    A lllal succedida aventura do 'juiz'' Eugenio Monteiro ·na poinarca

    de Caicó Uma, certi dão

    Os parahybanos já. s111Jcm que a e:,tréa elo sr. Eu:;:enio Monturo ril•do politiqueiro da escola herachsta tem Pl't'r juií; ela c0mar-~a de Caicó.

    .\ nm TI n A o

    "O hftrharrl Franrosr" S?.llrs d[l Si], Cirn l\tartin.·, srcrrt.ario d'J Snpr ínr Trih1111lll clr .Jnst iça dn E~t·•do ,7 12 ' 1923 J, offerPcr ii procurarJ0ria geral a presente de-nuncl:,i para o fim de julgada prova -da, E>Pr o mr;smo d1·n11nclado punlrlo rnm o maxlmo da pena rio l"Ptenrlo artigo. vist0 tr>rem r.onootTiclo a~ cir ,um•tanci;u; i11u:ravantRs do artigo t1 lnta r nove, paragraphos seis e dczc-1,els tart. 39, U 6 " 16), d0 C0dlg0 Pl'nal E assim requer qUP, dlstrlbul-da e autoada, proceda-se aos dl'mal:; tcrm0s p11ra a lorm;c,ção da culpo rlla-nrnsivla a orrJr·111 pon, a ;.,udlrncla do cl1?n1111rludo, p0r sr, i.!crlvão de seu cargo obaixo asslgnado, ahl pelas treze e mela horas, compareceu a B"nhora Luzia Francl.sca de Arau-jo. que reside no 0 lt!o S·Jntu M:ula,

    t.erno elos suprnclJ.ados orphãos. qun reside no Brrjo de Serraria, da Para-hyba. c0mo tutor dos ditos orphãos. E como o doutor Eugenio Carneiro não tivesse remettido as cadernetas para lá e ainda mais porque está cer-ta ella queixosa que o mesmo doutor Eu~enlo Carneiro não botou o dinhei-ro na Caixa Ec0nomica, conforme in-formações fidedignas que tem de pes-soas de rc~ponsabilldade, por tudo isso, pois. ve111 ella queixosa em nome dos nlludidos orphãos: José Francisco Alves. Vicente Francisco Alves. Pedro Francisco Al\'rs , Maria Clcern da Conceição e Rita Mari:l. da Conceição, peclir á auctondadt? policial para que tomanrlo em conclderação esse ge:;to negro e Indigno do doutor Eugenlo Carneiro, proceda como for de direi-to. Aprese11t;,, como testemunhas deste facto os cidadãos Joaquim Mar-celino de Araujo. Antonio Alves de

    que dista uma legua desta cidade. Esta senhora, sendo viuva de João Francisco Alves. que (alleceu naqucl-le sitio no dia primeiro de dezembro de mil novecentos e vinte cinco. dei-xando na menor edade cinco filhos. sendo trés homens e duas mulheres, di~se que vem perante ci,ta delegaclo.. na qualidade de madrasta dos or-phãos. pois que são filhos do primei-ro matrimonio do seu finado marido. dar queixa contra o senhor doutor Eugenlo Raul CRrneiro Monteiro, por-que sendo este juiz de direito da co-marca naquelle tempo, nos fins ele fc-verriro ele mil novecentos e vinte seis. tomou conta da lmportancia em di-nheiro de quatrocentos mil reis ..... , além de outros be11s perten-centes nos referidos orphãos; disse mais a senhora Luzia Araujo que exi-i;indo nesse tempo do doutor Euge11lo Carneiro as cadernetas dos orphãos, este rrspondeu que aqui era ímpossl-vel. mas que mnndi,.rla as ditas ca-rl('rnrt11s Jogo que chegasse á rapital elo E~t11do, pd'ls ia depositar os cita-

    I Souza e Luiz Dantas de ArauJo. como também apr!'senta como informante o seu irmão Ildefonso de Araujo, que foi justamente o portador cios quatro-cenlo1> mil réis e quem entregou dita importancia ao douLor Eugenio Car-neiro. E como nada mais disse nem lhe foi pcrgunLado, mandou a aucto-rldadc enceHar o presente auto de queix11., qne depois dP lido e achado conforme. rubrica a margrm P assi-~na no final com Joaquim Ignacio Leitão e José Bezerra da Silva. a ro-

    i d,.,s quatrocentos mil réis , na Caixa Economica; que Isso foi dito pelo doutor Eugenio na occasião em que

    I foi feito o invcnlario. isto é, antes do i•nentRrio; que os demais bens per-t.encentcs aos orphãos, no inventario, o rloutor Eugenio distribuiu tudo muito clir"ito. tendo, porem, dito am-da. a rlJR queixosa. que duas burras qur couberam por direito a uma sua filha do segw1do matrimonio, ella f. wndei;sc ,, lhe enLregassc o dinheiro. para juntar co•n os quatrocentos mil r.Sis e botar tudo na citada Caixa Ec0nonuca, o que felizmente não foi feito por ella queixosa; disse ainda a senhora Luzia que o doutor Euge-1110 Carneiro. na vespera de sua sa-hida para Natal. disse para ella que não ti\ esse cuidado, porque logo que fizrsse depo íto do dlnhe1ro dos or-phãos na Caixa Economica. teria o maximo cuidado de remetter as res-pectivas cadernelas para o avô ma-

    I A Patria cm convulsões

    O Brasil atravessa, actualment.e. um estado doloroso e na perspectiva de ser esse soffrimento augmentado com as resoluções tenebrosas que, dia a dia, surgem da mente desse homem, a quem os brasileiros, em um momen-to de Irreflexão, senão de dcspreso a0s Interesses da patria, confiaram os seus destinos.

    O credito. a reputação e o nome elo Brasil estão arruinados e tendem a desapparecer. com a desvirtuação do reglmen, creuda pelo l>r. Washington Luis.

    De um lado vemos as rendas acu-muladas no erarlo publico, arranca-das com exorbitantes impostos, pas-siorem para os cofres dos Inescrupulo-sos; o ouro que constituía a garanUa das emissões e sobre que repousava o valor da nossa moeda, rumar ás pra-ças estrangeiras; as nossas produções desceram ao nlvel lnflmo do preço; do outro lado encaramos o Brasil transformado em um palz de escra-vos, onde o látego do senhor é a lei que domina

    Pobre Brasil digno de melhor 60rte ! Otttr'ora, quando os tre de a,·ia-çiio

    RIO, 28 - Um anãa na,·al, trii1u-l,•clo pelos capitãcs-teuPntes Dias eo~-ta e Cac1-.Pr Zamor, soffrcndo wna p.> 1111c 110 motor. tombou na ponla do Galeao. sendo aquellcs officiaes en-c011trados gra\·emente ft'ridos e trans-porlados para a OasR

  • ó ~ tt'J'tU!l!J " Utl,I~ ..... • llbr• . • •ot1116. o rlnllar. " BM.20 • 9. ftMlCO e 1331 . 0 tn.lJ •'-'11 OUN .,. ff.DdJdo • 't.">«'1

    ourncn>R INTP.RINO DR. OSJAS GOMfü

    ANNO XXXIX

    • t •

    n1ao ORGAM OFFICIAL DO ESTADO

    PARAHYBA - Sexta·Ceira, 30 de maio de 1930

    Estâ de pl1mt~.o. hoje, a phan nll • ela Alrnc tla & Simeão, rna Maci~l

    Pinllcll'o :!18 .

    OHR~NTI!

    Um momenloso reira/ando as

    arllgo d, A Federação dlreclrlses da

    ( De um observador militar )

    ...

    pollllca rlogranden•e . \ p1Jli lit-11 rwyri1111l e/1.H', (/ p11s

    ,,.1· co11/ 11sü,·s proposi/(1(/as cios 1111e por C(llc11lo q11i::erwn /ur-vol-11, se 1·1·y11!' ne:slu hora. fir-me I' 1frcifrnfr 11111:c-rnm nf,s, u rr,·r· r n 11111/,icnic yaú-dw. ,, p 1t!ri1' n 1 a11,lo 11 di9nhlmlc rcp11-l1licnrw.

    J.;.i:0{ 111-110, 11 rnnvic :úo dr t(ll

  • A União ORGAl\l OF'FJCIAL DO ESTADO

    ('IJ ,W PO. :i fol11% tré1i l'.ll, ele folhas cinco a folha:; 6 e Yer~o 15 a 6 e: ven;oJ. cousl:i. resp"-cth alllente. a dl'nuncia e auto ê vobs·• c>xcellenc1a, denunciar do bacharel Eugenio Rnul Carneiro Monteiro, pe-lo ft>cto dehctuoso que passa a expor. Em fins de fevereiro de mil novec,,n-t.os e vinte e seis. o bacharel Eugenio Raul Carneiro Monteiro. que exercia intPrinament.c as funcçóes dP juiz de direito da comHca de Ca1có. exigiu r recPbPH d. offerecr a procuradoria geral a preiwnt.e de-nuncia para o fim dP julgada prova-da. SPr o mP.smo denunciado punido c"m o maxlmo da pena elo l'Ptendo artigo. visto terem concorrido · s c1r-rumstane!as agi::ravantf!s cio artigo t1·inta e nove, paragraphos sris e dczc-scis 1art. 39. H 6 e 16>, dl) Codigo PPnal E a,;slm requer que, distribui-da e autoada, proreda-se aos ctemal:, termos para a formf!ç~o da. culpa, clis-rwnsarJa a or,Jl!m po l'fl a a ud!enr!a do r!Pmmrlstrn-nhos.

    Tenhamo:, esperança que náo lica-rá .!~Sil!! Dti r.!""~rr.a !úl'!!ll!. que d~-

    EDIÇÃO EXTRAORDINARIA --------·---------- -------------------

    1

    I A mashorca dos cangaceiros ca-pitaneados por José Pereira

    ----- ----A PRISAO ILl,EGAL 00 SR. JOAO

    R AB ELLO El\l RECIFI!:

    E&teve hontem nesta redacção o sr. João Rabello que nos fez declaraçõrs sobre o incidente em que se viu en-volvido na vlsinha cap ital do sul.

    Victima das a rbitrariedades da pc -licla de Recife o estimavel conterranco esteve detido, incommunicavel na-quella capital desde segunda-feira até ás 10 12 de houtem.

    Ao contrario do que affirmou o er-gam dos Pessóa ele Queiroz, s. s. não prestou nrnhum depoimento nem foi apprehendtda nenhuma munição que lhe pertenc.esse. A bolsa contendo 300 balas de fuzil Mauzer foram encontr,~-

    Telegrammas "A I