O enfrentamento do erro e os princípios editoriais do Grupo Globo

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O enfrentamento do erro e os princípios editoriais do Grupo Globo

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    XV ENCONTRO DE PS-GRADUAO E PESQUISA Universidade de Fortaleza

    19 a 23 de outubro de 2015

    O enfrentamento do erro e os princpios editoriais do Grupo Globo Adriana Santiago Arajo1 (PG), Lorena Cardoso Bezerra Guimares2 (IC).

    1Professora da Universidade de Fortaleza (Unifor) e mestre pelo Programa de Ps-graduao em

    Comunicao e Culturas Contemporneas pela Faculdade de Comunicao (Facom), da Universidade

    Federal da Bahia, Salvador-BA;

    2 Universidade de Fortaleza, Fortaleza-CE.

    [email protected]

    Palavras-chave: jornalismo impresso; credibilidade; erramos; ditadura; o globo.

    Resumo

    Este artigo prope investigar como o jornal O Globo utiliza o princpio da correo em sua prtica editorial.

    Partindo da hiptese de que a exposio das falhas pode afetar a credibilidade, fundamental para a

    sobrevivncia do jornalismo, buscamos analisar as estratgias utilizadas na construo do discurso de

    retratao pelo apoio ditadura militar no Brasil estabelecendo um comparativo com o enunciado da carta

    de princpios que rege o grupo empresarial ao qual o jornal pertence. Observa-se que expor as falhas

    institucionais na imprensa uma ao permeada por um cuidado sistemtico, visto que o editorial, embora

    assuma um erro, utiliza diversos mecanismos para resguardar a credibilidade.

    Introduo

    O jornalismo se apresenta na sociedade como uma atividade relacionada ao princpio de veracidade

    (GOMES, 2009). Pressupe-se que um leitor escolhe um jornal qualquer para se informar sobre

    determinado assunto por depositar nele a confiana de que o contedo verdadeiro e relevante. Esta

    relao de confiana estabelecida ao longo da histria do jornalismo e ela que garante a sustentao

    das publicaes at os dias de hoje.

    Partindo do pressuposto que os jornais tm a necessidade manter a credibilidade para garantir a

    sobrevivncia, nos questionamos sobre como os impressos brasileiros abordam o prprio erro dentro das

    publicaes. Nossa hiptese de que esses jornais enfrentam um complexo dilema que envolve questes

    financeiras e ticas. Por um lado, equivale a honrar a confiana do leitor atravs do claro enfrentamento das

    falhas, como pedido de desculpas e um compromisso com a verdade, mas por outro lado representa a

    exposio das prprias fragilidades, que podem significar at a perda de credibilidade e consequente

    fechamento do veculo.

    O campo jornalstico para Bourdieu (1997) um espao social organizado pelas relaes de fora,

    onde se destacam dois polos: o da ideologia e o da economia. Dentro dessa estrutura invisvel acontecem

    os embates entre os dois eixos, visto que ambos esto interligados em uma relao complexa, configurada

    pela dependncia e por interesses conflituosos. As notcias so produzidas neste jogo de concesses onde

    se relacionam os valores da cultura profissional e os de mercado. Um confronto entre o ideal de

    independncia ideolgica e a garantia de sobrevivncia oriunda das vendas e dos anncios.

    Bourdieu (1997) aponta que a produo em jornalismo uma construo coletiva e que os produtos

    deste exerccio so, portanto, mais parecidos do que ostentam ser. A cultura de classe estruturada ao longo

    dos anos estabelece a base que garante a coeso da atividade e legitima o fazer jornalstico, diante da

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    sociedade. No processo de profissionalizao, so institudos mecanismos de sustentao das empresas

    jornalsticas e de legitimao produto.

    Nessa trajetria, os rituais de objetividade descritos em Tuchman (1999), os critrios de

    noticiabilidade expostos em Traquina (2005) e as funes democrticas do jornalismo abordadas em

    Schudson (2008) se inserem como prticas sociais de autolegitimao do discurso do jornalismo como

    instituio social. Alm do ethos jornalstico, a prtica empresarial estipula as relaes diretas com o

    mercado de anunciantes, de leitores e com as empresas concorrentes. Essas trocas, por sua vez,

    estimulam o ato da reparao dos erros da imprensa diante de seus leitores:

    No processo de legitimao do jornalismo, explicar e dar a conhecer sua importncia social enquanto instituio to importante quanto justificar e apontar por que preciso preserv-lo. A sociedade deve ser relembrada periodicamente dos aspectos cognitivos e normativos que sustentam a instituio jornalstica. (GUERREIRO NETO, 2013, p.51-52).

    Em agosto de 2013, o dirio carioca O Globo publicou texto intitulado Apoio editorial ao golpe de

    1964 foi um erro1. Quase 50 anos depois do marco de instaurao da ditadura militar brasileira, o jornal que

    por muitos anos abordou o evento como um ato revolucionrio volta ao assunto para reconhecer postura

    dita equivocada, luz da Histria. O editorial foi escrito aps as mobilizaes de junho de 2013, quando a

    populao foi s ruas motivada, inicialmente, contra o aumento de vinte centavos na tarifa do transporte

    pblico de So Paulo. Com a represso policial e a adeso popular, os protestos ganharam mais corpo e

    mais pautas, como a reivindicao por melhores servios pblicos, os clamores pela criminalizao da

    homofobia, a insatisfao com a realizao da Copa do Mundo FIFA de 2014 no Brasil e at mesmo crticas

    postura das empresas jornalstica na cobertura miditica. Parte da populao gritou: O povo no bobo,

    abaixo a Rede Globo ou A verdade dura, a Globo apoiou a ditadura.

    O grupo empresarial em anlise disponibiliza desde 2011 na Internet um documento no qual

    descreve os princpios editoriais das companhias que compem o bloco. A correo um dos trs atributos

    da informao de qualidade listados nesta carta de diretrizes e valores, como expressa o item l da Seo I:

    Os erros devem ser corrigidos, sem subterfgios e com destaque. No h erro maior do que deixar os que

    ocorrem sem a devida correo2.

    O presente trabalho tem como objetivo analisar quais os recursos discursivos usados pelo jornal O

    Globo para abordar um erro editorial inscrito na histria do Grupo e identificar os mecanismos invocados

    para resguardar a credibilidade, com base nos princpios delineados pela prpria instituio. O estudo um

    desdobramento da pesquisa iniciada durante o Trabalho de Concluso de Curso de Jornalismo, apresentado

    em dezembro de 2014 no Centro de Cincias da Comunicao e Gesto da Universidade de Fortaleza3.

    1 Editorial O Globo Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro, publicado em 31 de agosto de 2013. Disponvel em:

    http://oglobo.globo.com/brasil/apoio-editorial-ao-golpe-de-64-foi-um-erro-9771604. Acesso em 20/08/2015 2

    2 G1 - Princpios Editorias do Grupo Globo; Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2011. Disponvel em:

    http://g1.globo.com/principios-editoriais-do-grupo-globo.html Acesso em: 20/08/2015

    3 Cardoso, Lorena. O Discurso do erro nos jornais impressos contemporneos: Um estudo sobre a postura de

    editoriais brasileiros no marco dos 50 anos do golpe militar. Unifor, 2014.

    Metodologia

    Para responder inquietao central deste trabalho, preciso destacar o papel da credibilidade na

    construo do jornalismo e como esse atributo tratado dentro da prtica empresarial do Grupo Globo.

    Alm do apoio das teorias do jornalismo, se faz necessria a compreenso de algumas unidades da Anlise

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    do Discurso que nos permitem investigar para alm da superficialidade do texto. Esta pesquisa prope uma

    metodologia que combina vrias tcnicas, como anlise textual, pesquisa bibliogrfica e estudo de caso para

    descortinar nosso objeto, como sugere Jorge Pedro Sousa (2005).

    Analisaremos o discurso de enfrentamento ao erro a partir do editorial de O Globo estabelecendo

    um paralelo com os princpios proclamados pelo Grupo em documento aberto ao pblico. O editorial, como

    gnero jornalstico, foi escolhido por ser institudo como a voz da empresa jornalstica dentro da publicao

    e, assim, observaremos como as falhas so tratadas no mbito empresarial, visto que podem afetar

    diretamente as vendas de jornais. Escolhemos o editorial de 31 de agosto de 2013 por nos fornecer mais do

    que uma correo ortogrfica, gramatical ou de dados, que so mais frequentes na imprensa. um caso

    emblemtico pela temtica poltica, por envolver a postura editorial do maior grupo de comunicao do pas

    e por nos fornecer uma referncia sobre contextos social e mercadolgico, indicada pela Anlise do

    Discurso.

    Abordar a conjuntura em que o fato se insere alarga a perspectiva da pesquisa e fornece

    instrumentos para que o estudo v alm da superficialidade do texto, revelando as demais estruturas

    discursivas em camadas mais profundas dos efeitos de sentido. A anlise do discurso jornalstico impresso

    ganha importncia, visto que: A maior parte do nosso conhecimento social e poltico e das nossas crenas

    sobre o mundo deriva das dzias de relatos noticiosos que lemos ou vemos todos os dias (DJIK, 2005,

    p.63)

    A pesquisa apoia-se em estudos de autores da teoria do jornalismo como Schudson, Bourdieu,

    Traquina, Tuchman e em conceitos da Anlise do Discurso baseados em Maingueneau.

    Resultados e Discusso

    O Grupo Globo rene empreendimentos do ramo da comunicao, atuando em diversos segmentos

    nas plataformas de rdio, televiso, Internet e mdia impressa, sob o comando da famlia Marinho. O jornal

    O Globo, nosso objeto, foi lanado em 1925, no Rio de Janeiro, pelo jornalista Irineu Marinho, como pontap

    inicial do conglomerado. O dirio foi dirigido at os anos 2000 pelo tambm jornalista Roberto Marinho, que

    substituiu o pai no comando do jornal e criou o sistema de comunicao. De incio voltado para atingir o

    pblico carioca, O Globo atualmente o segundo maior jornal em circulao no Brasil. De acordo com a

    Associao Nacional dos Jornais (ANJ), em 2013, a tiragem do jornal foi estimada em 267.542 exemplares.

    destaque na cobertura da vida social e poltica do pas, com correspondentes espalhados por diversos

    pontos do pas e do mundo e sucursais em Braslia e So Paulo, pautando inclusive outros veculos.

    A carta de Princpios Editoriais do Grupo Globo, publicada em 2011, define o que o jornalismo

    para a organizao e estabelece os atributos da informao de qualidade; como o jornalista deve proceder

    diante das fontes, do pblico, dos colegas e do veculo para o qual trabalha; e os valores cuja defesa um

    imperativo do jornalismo praticado pela empresa.

    O documento construdo com base no processo e nos rituais de legitimao do campo jornalstico.

    Dessa forma, a empresa se apropria dos valores e das funes que sustentam o jornalismo ao longo de sua

    trajetria, tais como credibilidade, veracidade, informatividade, anlise, mobilizao, empatia social e

    investigao. Sendo assim, o Grupo se apresenta como um mediador social e um promotor de democracia,

    tendo como parmetro os mecanismos de objetividade que funcionam como uma certificao de qualidade.

    O mea culpa de O Globo, intitulado Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro, traz pistas dos

    diversos mecanismos de objetividade utilizados para, como propagam os princpios, "minimizar a graus

    aceitveis o subjetivismo". Citamos como exemplo desses recursos de reforo de credibilidade descritos em

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    Tuchman (1999), a exposio de possibilidades de conflito, por meio do confronto de posicionamento entre

    1964 e 2013; a apresentao de dados auxiliares, como os da economia brasileira durante o regime; alm

    do espao delimitado opinio em que o texto foi publicado, distinguindo-o das notcias factuais. Entretanto,

    como um desvio dos recursos mais fortes da objetividade, o enunciado deixa de lado a exposio direta de

    outras falas, outras fontes, que possam estabelecer uma pluralidade de vozes.

    O Globo ressalta que outros grandes jornais assumiram postura de apoio semelhante, a exemplo de

    Folha de So Paulo e de O Estado de So Paulo, como uma forma de no se apresentar para o leitor como

    o nico desviante. Assim constri o jogo de preservao de faces descrito em Maingueneau (2008). A

    medida em que expe um aspecto de ordem da face negativa, o jornal imediatamente sustenta que no

    errou sozinho. O ato de pedir desculpas tratado pelo editorial como uma virtude: aprende-se com os erros

    cometidos e se enriquece ao reconhec-los. A tentativa de preservao da face da instituio est embutida

    tambm em todas as defesas da democracia e dos Direitos Humanos apresentados no texto, como uma

    forma de rebater as acusaes incmodas que recaem sobre o jornal. O discurso, entretanto, esquiva-se de

    assuntos da ordem comercial ou de trocas entre a empresa jornalstica e o regime vigente, entendidas neste

    trabalho como face negativa de um jornal.

    O jornal alega que, apesar de corroborar com o regime ditatorial em aspectos econmicos e at

    sociais, o Grupo Globo sempre prezou pela democracia e pelas instituies legtimas, citando episdios que

    envolvem o fundador Roberto Marinho como prova auxiliar e como um reforo de notoriedade e

    personificao.

    O editorial destaca ainda o contexto do pr-golpe, salientado as disputas entre comunistas e

    capitalistas, sendo assim uma justificativa histrica para o apoio ante o perigo de um golpe esquerda.

    Dessa forma a longa exposio do contexto histrico serve como justificativa para insinuar que as reformas

    defendidas pelo grupo de Joo Goulart poderiam ser ainda mais nocivas para a democracia que as aes

    praticadas pelo grupo que assumiu o poder.

    Concluso

    A partir do enunciado que representa a voz do grupo O Globo sobre o golpe que instaurou a Ditadura

    Militar brasileira (1964 1985) possvel destacar que a abordagem de uma falha da instituio jornalstica

    tratada de maneira cuidadosa e sistemtica. A enunciao se apega conjuntura histrica e ao ritual

    estratgico da produo jornalstica (TUCHMAN, 1999) para justificar o erro e resguardar a confiana no

    jornal, tendo como norte o princpio de que Correo aquilo que d credibilidade ao trabalho jornalstico,

    estabelecido na carta da empresa.

    Com base no estudo do corpus, pontuamos que o jornalismo pode utilizar o ato de assumir um erro,

    sem mesmo denotar arrependimento, funcionando como uma explicao a algum apelo popular ou

    circunstancial, a exemplo das manifestaes de junho de 2013, dois meses antes da publicao do editorial.

    O texto, em nosso entendimento, vem a pblico minimizar a responsabilidade do apoio ao golpe, o que no

    significa um pedido de desculpas, como supe o ttulo Erramos. Percebemos isto atravs da extensa

    exposio do contexto que antecede o primeiro Ato Institucional, baseada na narrativa de fatos validados por

    provas auxiliares. O jornal dedica mais da metade do texto para afirmar que o ato antidemocrtico fora

    imprescindvel para a manuteno da democracia. Tambm ressalta claramente os avanos econmicos e

    at sociais do regime em questo como uma forma de expressar que em certos aspectos o governo foi

    exitoso.

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    O editorial sobre a postura diante do golpe se apropria institucionalizao jornalstica e seu papel na

    sociedade, como um defensor da democracia um paralelo entre os editoriais e duas funes de democracia

    atribudas ao jornalismo por Schudson (2008): a informao e a anlise.

    A carta de princpios da empresa salienta a correo como uma das trs qualidades do bom

    jornalismo e o discurso reforado na prtica, como verificamos no editorial: [....] aprende-se com os

    cometidos e se enriquece ao reconhece-los. O reconhecimento das falhas no texto analisado, entretanto, se

    d em uma articulao intensa de preservao da credibilidade, principal atributo de sustentao do

    jornalismo como atividade comercial.

    Os procedimentos de objetividade so invocados e constituem uma narrativa em que os fatos falam

    por si, se mostrando para o leitor como uma anlise convincente e ponderada (TUCHMAN, 1999). O

    peridico recorre em diversos trechos necessidade de fornecer informao correta e anlises coerentes

    para que o cidado fique a par da Histria.

    A relao da sociedade com o jornal se constitui por um contrato de leitura, que pressupe

    veracidade e passa pela legitimao do jornalismo como instituio. Abordar os erros institucionais expor a

    falibilidade da indstria da informao e, assim, tornar vulnervel o vnculo entre jornal e leitor, se no

    assegurados os princpios do jornalismo na construo discursiva. A credibilidade o principal produto do

    jornalismo. ela que garante a sobrevivncia do modelo de negcio das notcias. a preservao da

    credibilidade que orienta a enunciao do discurso do erro. para preserv-la que os jornais omitem falhas,

    muitas vezes. Mas tambm para no perder a confiana do publico de leitores e anunciantes, os jornais so

    capazes de assumir equvocos, com ressalvas e recursos que comprovam a credibilidade como virtude.

    Referncias

    BOURDIEU, Pierre. Sobre a televiso: seguido de a influncia do jornalismo e os jogos olmpicos. Traduo de Maria Lcia Machado. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1997. GOMES, Wilson. Jornalismo, fatos e interesses: ensaios de teoria do jornalismo. Srie Jornalismo a Rigor .V. 1. Florianpolis: Insular, 2009. GUERREIRO NETO, Guilherme. O discurso de legitimao do jornalismo: a instituio inscrita nos editoriais. Dissertao (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicao e Expresso, 2013.

    MAINGUENEAU, Dominique: Anlise de textos de comunicao. Traduo de Ceclia P. de Souza-e-Silva, Dcio Rocha. - 5. ed. - So Paulo: Cortez: 2008. SOUSA, Jorge Pedro. Elementos de Jornalismo Impresso. Florianpolis: Letras Contemporneas, 2005. SCHUDSON, Michel. News and Democratic Society: Past, Present, and Future. Hedgehog Review, [s.1], v. 10, n. 2, Summer 2008. Disponvel em: http://www.iasc-culture.org/eNews/2009_10/Schudson_LO.pdf. Acesso em: 09/12/2014 TRAQUINA, Nelson. Teorias do jornalismo: a tribo jornalstica uma comunidade interpretativa transnacional. Vol. 2. Florianpolis: Insular, 2005. _____________Teorias do jornalismo: porque as notcias so como so. Vol. 1. Florianpolis: Insular, 2005. TUCHMAN, Gaye. A objetividade como ritual estratgico: uma anlise das noes de objetividade dos jornalistas. In: TRAQUINA, Nelson. Jornalismo: questes, teorias e estrias. Lisboa: Vega,1999a. p. 74-90.

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    VanDJIK, Teun A. Discurso, Notcia e Ideologia: anlise crtica do discurso. 1 ed. Campo das Letras, Porto, 2005.

    Agradecimentos

    Ao Ncleo Integrado de Comunicao (NIC) da Universidade de Fortaleza, que possibilita os encontros entre

    professores e estudantes, fortalece os vnculos acadmicos e inspira a ir alm do contedo curricular

    obrigatrio.