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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
2012/2013
Faculdade de Economia
Universidade de Coimbra
O Envelhecimento e Dinâmicas
Sociais
Professor: Dr. Paulo Peixoto
Aluna: Marisa Engenheiro
Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
2012/2013
O Envelhecimento Ficha Técnica:
Título do trabalho:
O Envelhecimento e Dinâmicas Sociais
Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de:
Fontes de Informação Sociológica
1º Ano da Licenciatura em Sociologia
Professor orientador:
Doutor Paulo Peixoto
Trabalho realizado por:
Marisa Daniela Rodrigues Engenheiro
Aluna nº 2012178486
Imagem da capa consulta em:
http://www.fotopedia.com/wiki/Intrinsic_and_extrinsic_aging#!/items/flickr-‐6916288702
Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
2012/2013
Índice
1- Introdução ..............................................................................................1
2- Estado das Artes ....................................................................................2
2.1 – O que é o envelhecimento? ...........................................................2
2.2- Teorias do Envelhecimento ...........................................................3
2.3 – O que é que a ciência pode fazer para retardar o processo de
Envelhecimento? ....................................................................................5
2.4 – Alterações estruturais e funcionais............................................5
2.5 – Actividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento
do cérebro..............................................................................................6
2.6 – Visão positiva na velhice melhora a saúde de idosos ................7
2.7 – Sexo na terceira idade: Tabú? ..................................................8
2.8 – Avós e netos uma relação afectiva ...........................................10
3- Descrição detalhada da pesquisa .……………………………….................….......13
4 - Ficha de Leitura ...................................................................................14
5 - Avaliação da página de Internet ........................................................36
6 - Conclusões …………………………………………………………………………………………........37
7 - Referências bibliográficas.................................................................40
Texto de Suporte da Ficha de Leitura
Rosa, M. J. (2012). O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Anexo B
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Página da Internet Avaliada
1-Introdução
No âmbito da unidade curricular de Fontes de
Informação Sociológica, foi-nos proposto vários temas de trabalho,
segundo a avaliação continua. Os temas propostos eram: Os desafios da
sociedade de informação, A Europa e os migrantes no século XXI e o
Envelhecimento e dinâmicas sociais. Decidi escolher o tema
Envelhecimento e dinâmicas sociais, pois considero um tema bastante
interessante e importante de estudar.
O envelhecimento é uma fase da vida do ser humano. É a
última, pela qual o mesmo passa. É uma fase em que, os idosos por vezes
e na maioria dos casos começam a ser dependentes a família. Neste
caso invertem-se os papéis, pois anteriormente o idoso tomou conta da
sua família (filhos) e chegando a uma etapa da vida os filhos ou
familiares começam a ter um papel fundamental na vida da pessoa idosa.
O meu trabalho centra-se bastante no tema
“Envelhecimento” um tema que para mim é preocupante e problemático.
Deste modo tentei de certa forma tratar o tema de modo a
conhecer o seu significado e com as suas dimensões mais relevantes,
vários tipos de envelhecimento, várias teorias, vários exemplos de
formas de viver, que previnem um pouco o envelhecimento entre outras.
Os seres humanos são todos diferentes. E, deste modo
envelhecem de formas distintas, têm uma maneira de pensar de forma
distinta, nada é igual no processo de vida do ser humano, o que pode
influenciar o seu envelhecimento.
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2- Estado das artes
2.1 O que é o envelhecimento? O envelhecimento é um processo de degradação progressiva e
diferencial.
Os individuos envelhecem de formas diversas, desta forma,
podemos falar de idade biológica, de idade social e de idade psicológica.
Idade Biológica: está ligada ao envelhecimeto ôrganico. Cada orgão
vai sofrendo modificações que diminuem o seu funcionamento durante a
vida e a capacidade de auto-regulação torna-se também menos eficaz.
Idade Social: refere-se ao papel, aos estatutos e aos hábitos das
pessoas, relativamente aos outros membros da sociedade. Esta idade é
fortemente determinada pela cultura e pela história de um país.
Idade Psicológica: relaciona-se com as competências
comportamentais que a pessoa pode mobilizar em resposta às mudanças do
ambiente; inclui a inteligência, memória e motivação.
O envelhecimento também está dividido em dois conceitos distintos:
Envelhecimento Individual;
Envelhecimento Colectivo.
No envelhecimento individual existem duas situações diferentes, das
quais o envelhecimento cronológico e o envelhecimento biopsicológico. O
envelhecimento cronológico tal como o nome indica tem a ver com a idade,
e o envelhecimento biopsicológico depende da vivência, dos hábitos, dos
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estilos de vida, das condicionantes genéticas e da própria sociedade em
que se vive.
O envelhecimento colectivo também inclui duas noções, sendo elas o
envelhecimento demográfico ou da população e envelhecimento societal ou
da sociedade. O envelhecimento demográfico define-se como uma evolução
particular da composição etária da população que corresponde ao aumento
da importância estatística dos idosos ou a diminuição da importância
estatítica dos jovens. O envelhecimento societal corresponde à estagnação
de certos pressupostos organizados da sociedadade, por razões, por vezes,
dificeis de compreender, como mensiona a seguinte expressão “sempre foi
assim!”.
O envelhecimento é antes de mais uma questão demográfica.
No que diz respeito a Portugal, está a tornar-se um país envelhecido.
O peso dos idosos na estrutura populacional, tem vindo a aumentar de
forma significativa. Os nascimentos têm vindo a diminuir e tem vindo a
aumentar a esperança média de vida. Esta situação existente tem
diferentes implicações: exige políticas sociais que permitam fazer face à
nova realidade e onde a saúde e o apoio social terão de ser
redimensionados; em termos económicos leva a um esforço acrescido da
Segurança Social, com o pagamento de reformas e também com outos
serviços especializados. Existe ainda um grande problema a nível social,
sendo esse a exclusão social, solidão e pobreza.
2.2 Teorias do envelhecimento Todas as espécies envelhecem e sofrem alterações notáveis desde o
nascimento até à morte. Os cientistas desenvolveram teorias tentado
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explicar a razão pela qual as pessoas envelhecem, embora nenhuma delas
tenha sido comprovada.
De acordo com Poirier (1995) no âmbito do envelhecimento biológico
deve fazer-se referência a seis teorias:
Teoria imunológica
Refere que o sistema imunitário parece não conseguir distinguir as
células sãs do organismo dos corpos estranhos.
Teoria Genética
Refere que o envelhecimento é um processo contínuo, durante o
desenvolvimento orgânico, incluindo as fases de embriogénese, puberdade
e maturação.
Teoria do erro de síntese proteica
Defende que ocorrem alterações na molécula de ADN que alteram a
informação genética levando à formação de proteínas incapazes de realizar
a sua função.
Teoria do desgaste
Refere que o organismo se deteriora com o constante uso.
Teoria dos radicais livres
Defende que os radicais livres provocam a peroxidação dos lípidos
não saturados e transformam-nos em substâncias que envelhecem as
células.
Esta teoria é assegurada pelas inúmeras evidências
científicas de que os Radicais Livres estão envolvidos praticamente em
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todas as doenças típicas da idade, como a arteriosclerose, as doenças
coronárias, a catarata, o cancro, a hipertensão, as doenças neuro-
degenerativas e outras.
Teoria neuro-endócrina
Refere que a regulação do envelhecimento celular e fisiológico
encontra-se relacionada com mudanças das funções neuro-endócrinas.
2.3 O que é que a ciência pode fazer para retardar o processo de envelhecimento?
No prolongamento da vida de alguns animais os cientistas foram bem
sucedidos.
Os cientistas conseguiram identificar e modificar genes de modo
a prolongar a vida de leveduras, vermes, ratinhos e moscas da fruta. No entanto,
ainda não foi provado que estes animais com vida mais longa ou de envelhecimento
retardado conseguiriam de facto progredir: a teoria evolutiva prevê que a
longevidade poderá ter um preço. Muitos destes mutantes ficaram estéreis.
2.4 Alterações estruturais e funcionais
Ilustração 1 Mudanças estruturais e funcionais associadas à idade
Fonte: Blog do envelhecimento saudável
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Existem mudanças a nível:
Cardiovascular; Muscular; Endócrino; Nervoso; Esquelético; Composição Corporal.
2.5 Actividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento do cérebro De acordo com um novo estudo feito pela Universidade de
Edimburgo, na Escócia, a actividade física regular na terceira idade pode
ajudar a evitar o encolhimento do cérebro, pois, segundo o estudo os que
não exercitavam tiveram uma maior retracção do cérebro. Mas, por outro
lado os idosos que praticavam actividades como palavras cruzadas, ou ler
um livro não tiveram efeitos benéficos ao nível do tamanho do cérebro.
Actividades físicas, mentais e sociais contribuem para uma
prevenção desta deterioração no cérebro.
"As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, incluindo
uma caminhada, várias vezes por semana, apresentaram uma retracção
menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do
que aqueles que eram menos activos fisicamente" (Apud, Grow).
A actividade física aumenta do volume de massa cinzenta.
"Este estudo relaciona a atividade física à redução dos sinais de
envelhecimento do cérebro, sugerindo que o desporto é uma forma de
proteger a nossa saúde cognitiva", disse Simon Ridley, da entidade
Alzheimer's Research no Reino Unido. (Apud, Simon Ridley).
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2.6 Visão positiva da velhice melhora a saúde de idosos
Ilustração 2 Idosa Feliz
Fonte: Veja-‐ Saúde(Terceira Idade)
De acordo com uma pesquisa publicada no The Journal of The
American Association , uma visão positiva na velhice, torna os idosos mais
saudáveis e independentes. Essa atitude leva o idoso a readquirir a
capacidade de realizar sozinho, actividades do quotidiano e retarda a
perda dessa habilidade.
As incapacidades levadas em conta no estudo foram aquelas que
impediam que os idosos realizassem, sozinhos, tarefas do dia-a-dia, como
tomar banho, vestir-se e andar.
Os idosos com um ponto de vista mais optimista em relação à velhice
apresentaram, 44% mais de probabilidades de se recuperar
completamente de alguma incapacidade. Ou seja conseguem independência
no seu quotidiano, e conseguem mais saúde.
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2.7 Sexo na terceira idade: Tabú?
Ilustração 3 Importância da sexualidade no envelhecimento
Fonte: Terceira Idade
Sobretudo quando o idoso passa a barreira dos 60/70 anos
existe um certo preconceito e tabu sobre o tema sexualidade.
Na fase do envelhecimento, pensa-se que não existe
qualquer desejo sexual. Mas, essa ideia é errada, os idosos podem ter uma
vida sexual activa o que pode ser bastante gratificante. Embora ainda
exista um grande preconceito generalizado de tal modo que os próprios
idosos vão acreditando nisso pondo de parte desejos e prazeres quando
acaba o fito da reprodução.
Os idosos não perdem apetite sexual, enquanto os mais novos obtêm
maior gratificação na quantidade, os mais velhos dão importância a
qualidade. A frequência das relações sexuais é claro que diminui, mas o
grau de satisfação pode ser o mesmo.
A função sexual acompanha os humanos toda a sua vida. É
naturalmente condicionada pela cultura, pelos valores, pelos estereótipos
de masculinidade e feminilidade, bem como por aspectos psicológicos e
emocionais.
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Depois da reprodução acontecem os primeiros problemas,
principalmente para as mulheres. Sentem-se menos atraentes,
desvalorizam-se pessoalmente, rejeitam-se a elas próprias e até mesmo
aos maridos. Embora esses aspectos não provoquem incapacidade de sentir
desejo. Mas, existem mulheres que na fase do envelhecimento é que se
libertam de inibições que possam ter atrapalhado a vida sexual anterior.
No que diz respeito ao homem não partilha os mesmos problemas, havendo
mesmo casos de homens pais aos 70 anos, com a idade não diminui a
fertilidade.
É claro que há doenças e quadros físicos que impedem o exercício,
logo recomendam moderação na actividade sexual. O apetite sexual não
tem nada a ver com a idade. Manifesta-se em qualquer etapa da vida.
Inclusivamente há idosos com uma vida sexual muito activa.
Existem mesmo projectos para o idoso viver com saúde na terceira
idade e, melhorar as condições de vida que abordam “o sexo na terceira
idade” sendo este bastante importante nesta fase, pois o idoso não deve
sentir-se incapaz nem desvalorizado.
O ginecologista José Bento explica que o bem-estar está ligado
à satisfação em todas as esferas da vida. “Você tem que estar bem
profissionalmente, emocionalmente e sexualmente. Dessa maneira, sua
auto-estima se mantém elevada”, garante.
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2.8 Avós e netos: uma relação afectiva
Ilustração 4 Importância dos avós e netos
Fonte: Família relações
É importante referir os laços existentes entre avós e netos
enquanto espaço de encontro de gerações, onde se cruzam diferentes
tempos sociais, individuais e familiares. Existem diferentes estilos
adoptados e papeis desempenhados pelos avós na relação com os netos.
A actual geração de avós é a primeira na história em Portugal que
pode esperar ter tempo para ver os netos crescerem e serem adultos. Em
resultado, esse maior tempo ocorre num contexto de dependência ou
independência dos avós, daí não se pode desejar só que os avós cuidem dos
netos mas também o contrário. Numa fase da infância do individuo os avós
ajudam ou cuidam dos netos, e estes poderão cuidar dos avós numa fase
mais tardia em que seja necessário.
Os avós maternos e paternos tendem a interagir entre si,
complementando-se e dando carinho e afecto ao seu neto comum, este terá
que aprender a lidar com quatro avós diferentes, adaptando-se e
repartindo o seu tempo.
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O aumento da esperança média de vida tende a adicionar
uma outra geração estas relações: bisavós.
Felizmente, actualmente existe uma melhoria do nível e
qualidade de vida dos idosos (embora nem em todos os casos), esta
melhoria permite que os avós dediquem mais tempo para os seus netos. E
tendo mais formação, estes, poderão implementar mais experiências aos
seus netos. De qualquer forma os avós com menos formação e poder
económico encontram alternativas criativas para poderem estar com os
seus netos e providenciam-lhe carinho e afecto.
A relação avós e netos é sem dúvida um encontro de
gerações. Entre as quais se pode considerar três com diferentes tempos
de vida social, familiar e individual, que são: pais, avós e netos.
É importante existir este encontro de gerações, para poder
desenvolver atitudes positivas em relação ao envelhecimento. Quando os
avós se sentem valorizados e queridos pelos netos, vão atribuir um
significado mais positivo à velhice, ao mesmo tempo, se os netos gostam
dos avós vão sentir menos ameaça da velhice como uma fase apenas de
perda de competências. Deste modo, se as relações entre avós e netos são
constituídas com carinho, compreensão e aprendizagem mútua, permite que
os avós e netos desenvolvam atitudes mais positivas em relação ao
envelhecimento.
A relação entre avós e netos é uma oportunidade para os
avós “quebrarem” as regras adequadas à idade. Para os netos os avós
representam a possibilidade de viver uma relação educativa diferente,
estes têm um potencial de imaginação e criatividade superior, pois têm
mais maturidade, experiência e disponibilidade.
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É importante relembrar que no dia 26 de Julho comemora-se o dia
dos avós. É uma data bastante importante tal como o dia da criança, pois é
uma forma de reconhecimento perante o individuo, que já passou por
muitas etapas da vida. O facto de se envelhecer não é sinónimo de morrer.
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3. Descrição detalhada da pesquisa
Numa primeira fase foi apresentado à turma vários temas das
quais eu escolhi “Envelhecimento e dinâmicas sociais” .
Iniciei o trabalho por seleccionar vários subtemas, ligados
ao tema principal que me demonstravam interesse em pesquisar. São temas
importantes, e que muitas das vezes não são falados. Como é o caso, por
exemplo na sexualidade na terceira idade, a importância da relação com os
netos e com familiares entre outros.
Como principais fontes de pesquisa recorri principalmente ao
livro “ Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”, e a várias pesquisas da
Internet. Foram precisas bastantes pesquisas, principalmente na Internet,
para os subtemas que decidi tratar.
Através dos vários sites de pesquisa, de teses de mestrado
de alunos de psicologia, de blogs, do portal do envelhecimento, entre
outros consegui obter informação suficiente acerca dos subtemas que
decidi estudar.
Após organizar a informação de forma coerente, fiz a
estrutura do meu trabalho, organizei o meu “Estado das Artes”. Decidi
colocar por ordem os vários subtemas, iniciando com uma explicação do que
realmente significa o “Envelhecimento” e dos vários tipos que possam
existir, após isto continuei o trabalho falando sobre os outros subtemas.
Em suma, na minha pesquisa, tentei obter informação
interessante e sobretudo dar relevância a uma etapa da vida que é
bastante importante.
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4. Ficha de Leitura
Título da publicação: O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa
Autor: Maria João Valente Rosa
Local onde se encontra:
Data da publicação: Maio de 2011
Local de edição: Lisboa
Editora: Fundação Francisco Manuel dos Santos
Data da leitura: Outubro de 2012
Nº de páginas: 86
Assunto: “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”
Palavras-chave: “O Principal problema das sociedades modernas não é o
futuro, é o passado.”
Observações:
Este livro contribui para uma maior aprofundação de conhecimento
acerca do tema em causa e demonstra uma realidade vivida em Portugal,
realidade essa que muitas das vezes não é devidamente respeitada pela
sociedade. É importante valorizarmos todas as etapas das nossas vidas.
Nota sobre o Autor:
Maria João Valente Rosa é demógrafa e professora universitária.
Actualmente lecciona no Instituto Superior de Estatística e Gestão de
Informação, na Universidade Nova de Lisboa.
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Licenciada em Sociologia e doutorada em Sociologia (especialidade
Demografia). Autora e coordenadora de inúmeros estudos publicados
sobre a demografia portuguesa, designadamente relacionados com a
temática do envelhecimento.
Está, desde 2009, a dirigir a Pordata - Base de Dados de Portugal
Contemporâneo, Projecto da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Resumo:
O envelhecimento é um acontecimento natural, todos os
seres humanos envelhecem, de tal forma que faz parte da vida de todos.
No entanto, nos últimos anos a população encontra-se cada vez mais
envelhecida, e com declínio dos níveis de fecundidade acompanhada por um
retardar do projecto de maternidade.
A aflição com o envelhecimento da população é muito
explicada por um outro envelhecimento mais profundo: a incapacidade de a
sociedade adaptar as suas estruturas sociais e mentais à evolução dos
factos.
Portugal apresenta níveis de envelhecimento bastante
elevados o que apresenta receios associados tais como a sobrevivência
futura da população, a produtividade do país e a sustentabilidade
financeira da Segurança Social.
Estrutura:
Introdução/Apresentação:
Inicialmente a autora fala da sua história pessoal.
Demonstra o seu interesse por assuntos ligados a área da demografia e
falando do envelhecimento demográfico em Portugal, a conversa era
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frequentemente desviada para outras temáticas da actualidade nacional,
supostamente mais relevantes. O próprio tema “envelhecimento” era
estranho a muitos o que a obrigada a multiplicar explicações sobre o seu
significado, mas, vinte anos depois a situação mudou de tal forma que,
agora o termo “envelhecimento da população” é chamado a propósito de
tudo e de nada, para o debate sobre a sociedade portuguesa.
A autora defende que existe um ponto que lhe parece pouco
debatido, talvez por envolver algo mais profundo em todos nós e por isso
mais difícil de mudar: a forma de pensar das pessoas (papéis, direitos,
deveres) em sociedade. Pensa também que o verdadeiro problema das
sociedades envelhecidas não está no envelhecimento da população mas no
que as sociedades não mudaram desde que começaram a envelhecer. Deste
modo é bastante importante procurar formas que permitam potenciar os
seus benefícios ou, pelo menos, evitar quaisquer rupturas sociais ou
geracionais com ele relacionadas. Para tal, é necessário requerer uma
reorientação das formas de pensar os indivíduos na sociedade.
Pretende-se abrir espaço de refleção sobre esta sociedade
envelhecida em que vivemos, que tão mal convive com o seu próprio
envelhecimento demográfico. Portugal serve, a este propósito, de
excelente caso de análise.
Desenvolvimento
1. Envelhecimentos: Conceitos
Existem dois conceitos diferentes de envelhecimento: o
envelhecimento individual e o envelhecimento colectivo. Embora não se
cruzem, são dois termos com significados diversos.
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Envelhecimento individual
Podem distinguir-se duas situações: o envelhecimento cronológico e o
envelhecimento biopsicológico.
O envelhecimento cronológico resulta exclusivamente da idade. É um
processo universal, progressivo, inevitável. Faz parte do processo de
desenvolvimento do ser humano, ao qual ninguém escapa.
Envelhecimento biopsicológico depende de pessoa para pessoa, da sua
vivência passada, hábitos, estilos de vida, género, condicionantes genéticas
e da própria sociedade em que se vive. Por isso, cada pessoa manifesta os
sinais de envelhecimento de forma singular. Como exemplo é referido, o
aparecimento dos primeiros cabelos brancos ou das primeiras rugas que
não aparecem numa idade certa, dependendo de pessoa para pessoa.
A velhice tem, com efeito, despertado valores diferentes consoante as
pessoas e sociedades.
Nos primórdios da Humanidade, a velhice terá sido, por vezes,
valorizada. Remonta a esse tempo longínquo a origem dos concelhos dos
sábios e de anciãos.
O enaltecimento da velhice não desapareceu com o tempo. Basta
referir a valorização, associada ao poder social, e sobretudo económico,
que os mais velhos detinham de um passado muito distante, poder que
implicava, para os mais jovens uma frequente submissão – em “respeito”,
como era frequentemente referido e até em silêncio.
No entanto, também desde os tempos mais remotos, sociedades houve
em que a velhice era vista como um fardo, por exemplo quando eram
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abandonados sobretudo nos povos nómadas que mudavam constantemente
de local de residência – casos em que os mais velhos, eram certamente um
“empecilho” para a rapidez requerida para essas deslocações.
Actualmente, existe uma duplicidade de perspectivas em relação à
velhice.
Em termos negativos a velhice é associada à morte e acentua-a como
uma fase última da vida humana, um momento em que os homens desistem
dos projectos do futuro. É uma fase que se caracteriza por sinais de
deterioração física, desalento, frustração, isolamento solidão social e
infelicidade que surgem muitas das vezes associadas a uma perda de
protagonismo.
A visão mais positiva é aquela que associa a velhice ao privilégio de
chegar a idades avançadas, de concretizar de muitos sonhos e também de
acumulação de experiência.
Embora a idade cronológica seja um atributo indiscutível, a velhice
não o é. É um estado difuso, vivido sentido e percepcionado de forma
diversa desde o enaltecimento até ao repúdio.
Envelhecimento colectivo
Inclui duas noções: envelhecimento demográfico (ou da população) e
envelhecimento societal (ou da sociedade).
O envelhecimento demográfico define-se como uma evolução
particular da composição etária da população que corresponde ao aumento
da importância estatística dos idosos ou à diminuição estatística dos
jovens.
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A população envelhece quando a população em idade idosa passa a
valer mais em termos estatísticos.
O envelhecimento societal corresponde à estagnação de certos
pressupostos organizados da sociedade, por razões por vezes difíceis de
compreender, como a retratada na expressão “sempre foi assim”.
2. Mais Grisalhos: Como e Porquê?
Traços do envelhecimento demográfico
É sabido que a população de Portugal está muito mais envelhecida do
que no passado muito distante.
Contudo, o envelhecimento demográfico depressa veio adquirir uma
dimensão mundial, embora com intensidades diferentes consoantes regiões
e os países. Nos grupos dos mais envelhecidos, estão as regiões mais
desenvolvidas, nomeadamente as da Europa. E Portugal não é excepção.
Portugal é actualmente, um dos países mais envelhecidos do espaço
europeu e, como tal, do mundo. Actualmente, o grupo “65 e mais anos”
contém mais pessoas do que o grupo dos jovens, situação que aconteceu a
primeira vez, na História de Portugal em 2000.
A relação de “dependência estatística” entre as idades activas e não
activas evoluiu no sentido de reduzir o peso estatístico dos jovens e de
aumentar o peso estatístico das pessoas idosas.
Segundo o (INE) Instituto Nacional de Estatística, a população de
Portugal deverá continuar a envelhecer e poderá continuar a fazê-lo de
modo particularmente intenso, e mesmo que os níveis de fecundidade
aumentem ligeiramente e que os saldos migratórios continuem positivos no
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futuro, em 2060, a população de Portugal poderá continuar próxima dos
dez milhões de pessoas, mas será bem mais envelhecida do que hoje.
Factores do envelhecimento demográfico
As causas do envelhecimento demográfico são duas: a redução da
mortalidade e a redução da fecundidade.
Em relação à redução da mortalidade, é sentido por todos que se
vive, em média bem mais tempo do que no passado. Como por exemplo em
1920 os homens tinham uma esperança média de vida de cerca de 36 anos,
em 1960 esta atingia os 60 anos, actualmente, passados 50 anos a sua
esperança de vida à nascença é de cerca de 76 anos. As mulheres têm tido
sempre uma esperança de vida superior à dos homens.
Outro factor do envelhecimento foi a redução dos níveis de
fecundidade, de que resultou a diminuição do número de nascimentos.
Portugal, no início da década de 1960, apresentava uma média de
filhos por mulher superior a três, um dos valores de fecundidade mais
elevados entre os países do actual conjunto da UE27. Actualmente, com um
valor inferior a 1,4 filhos por mulher, já não assegura a substituição de
gerações e passou a pertencer ao grupo dos países com níveis de
fecundidade mais baixos da Europa.
A redução dos níveis de fecundidade é também acompanhada por um
retardar do projecto de maternidade.
Uma combinação complexa de factores, também associados ao
desenvolvimento da sociedade portuguesa, como a maior instrução da
população, o aumento da participação das mulheres no mercado de
trabalho, a terciarização da economia ou a urbanização também ajudam a
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explicar a redução dos níveis de fecundidade. Deste modo, observa-se uma
redução do número de crianças e de jovens.
A população de Portugal tenderá a envelhecer, pelo menos a médio
prazo.
3. Envelhecimento Demográfico: Receios
Com o envelhecimento da população, aumentam as necessidades de
procura de cuidados de saúde, pois, com a idade avançada aumentam o
risco de doenças crónicas não transmissíveis ou degenerativas, e
aumentam as dificuldades de mobilidade de visão e audição, problemas
que muitas vezes se fazem acompanhar por uma perda progressiva de
autonomia e por uma maior dependência de apoio exterior, familiar ou
social. A solidão e o isolamento familiar são outro receio principalmente
nas grandes cidades.
O envelhecimento demográfico é mau porque a população estagna e
não há renovação de gerações, a produtividade diminui, e põe em risco a
sustentabilidade financeira da Segurança Social.
Renovação de gerações
A população tenderá a diminuir, por existirem mais óbitos do que
nascimentos.
Duas principais componentes do envelhecimento da população são a
mortalidade e a fecundidade. Relativamente a diminuição dos níveis de
mortalidade há uma certa unanimidade de sentimento, isto porque
todos concordam que essa evolução é benéfica, representando
importantes progressos da sociedade. O mesmo consenso não se aplica
á evolução dos níveis de fecundidade.
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A escolarização, a maior participação das mulheres no mercado de
trabalho, a maior capacidade técnica de se controlar os nascimentos, a
urbanização, a terciarização da economia e a perda do valor económico
da criança, isto é já não se espera que sejamos filhos a garantir a
sobrevivência da velhice nem sequer uma fonte de rendimento familiar,
são alguns dos aspectos entre outros a ter em consideração na
compreensão dos níveis de fecundidade que se observam.
A primeira grande ameaça que reside sobre a população associada ao
envelhecimento progressivo da população, é a da descaracterização do
modo de viver e da eventual alteração dos valores civilizacionais que a
população se habituou a respeitar.
Produtividade
Portugal é um país com graves problemas de produtividade. E,
perante o aumento do envelhecimento os receios aumentam no
pressuposto de que o envelhecimento é um entrave à produtividade.
O individuo ao envelhecer, produz menos do que era capaz de
produzir quando era mais novo. Mas, entre produzir menos e deixar de
produzir vai uma grande distância, pois uma larga parte da força
produtiva depende de pessoas, pelo que o contributo destas é sempre
útil, independente da idade.
O período de vida com actividade tem vindo a encolher, pois, começa
mais tarde, devido essencialmente a percursos escolares mais longos, e
tende a terminar mais cedo. Até aos 25 anos, são cada vez menos os
jovens que integram o grupo da população activa.
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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
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Muitos são os indivíduos que, bem antes da idade da reforma,
rompem com o mercado de trabalho. Pois na maioria dos casos excluem
os mais velhos e dão prioridade no mercado de trabalho a população
mais jovem. Um bom exemplo deste propósito é o facto de em alturas
de reestruturação de empresas ou de organismos públicos ser quase
regra dar-se prioridade à saída dos mais velhos, independentemente
das suas reais capacidades
Existe, de forma mais ou menos explicita uma efectiva discriminação
dos mais velhos, no mundo produtivo em geral e no mercado de trabalho
em particular baseada em argumentos mais ou menos válidos.
Alguns dos argumentos a favor da dispensa dos activos mais velhos
postula que tal responde ao seu desejo: estão cansados e já
trabalharam o tempo suficiente nessas mesmas funções. E há ainda
quem afirme que a opção da saída dos mais velhos se justifica por ser
essa a melhor forma de combater o desemprego das mãos jovens.
Os argumentos a favor das desvantagens dos activos mais velhos no
mercado de trabalho são, como se vê, muitos e diversos.
É consensual a importância da qualificação para o aumento da
produtividade nas sociedades actuais. E, quando se afirma que uma
população, ao envelhecer será menos produtiva do que no passado, tal
não é necessariamente verdade. Os idosos de hoje, são muito mais
instruídos e qualificados do que no passado, os idosos do futuro sê-lo-
ão ainda mais. De tal modo que, numa sociedade de idosos mais
qualificados, os efeitos directos do envelhecimento sobre a
produtividade não se traduzem necessariamente em prejuízos para a
economia do país.
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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
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São inúmeros os receios que associam o envelhecimento da população
a produtividade. Mas, porventura, não é a produtividade que está em
causa, mas a necessidade de uma profunda mudança na forma de
organização da sociedade, questionando certos direitos que entendemos
por adquiridos.
Segurança Social e reformas
O direito universal à segurança social foi consagrado. Além do
princípio da universalidade, outros princípios sustentam o sistema,
nomeadamente o da coesão geracional (“O principio da coesão
geracional implica um ajustado equilíbrio e equidade geracionais na
assunção das responsabilidades do sistema”, art. 14.º da Lei de Bases).
Deste modo, vigora assim, um modelo de repartição, suportado no
princípio da “solidariedade geracional”. A fórmula redistributiva
estabelece que as gerações activas, ao descontarem, “financiem” as
reformas dos actuais reformados, pressupondo-se que estas mesmas
gerações, quando chegarem à idade de reforma, terão alguém que
financie as suas reformas.
A aplicação prática, com sucesso, deste princípio de repartição
pressupõe um equilíbrio estatístico entre activos e os pensionistas
reformados.
Quando esse equilíbrio estatístico poe em risco, em consequência de
um envelhecimento demográfico, diminuindo o número de pessoas em
idade activa por pessoa em idade idosa, o problema começa a acentuar-
se se o número de activos não acompanha o aumento do número de
pensionistas. E é o que está a acontecer.
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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
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O princípio da coesão geracional fica, assim, abalado. As alusões a
uma ameaça de conflito entre gerações, em que os que pagam já não
aceitam maiores sobrecargas e os que recebem não aceitam ver
diminuir os benefícios, começam a estar na ordem do dia.
Contudo, se o modelo de financiamento da Segurança Social ou o
valor das pessoas mais velhas no mercado de trabalho fosse outro, os
problemas que actualmente se associam ao envelhecimento da população
não teriam a dimensão que hoje em dia possuem.
Síntese
Todos os exemplos avançados ao longo deste capítulo tiveram por
objectivo ilustrar um ambiente preocupante, do ponto de vista social,
que habitualmente surge associado ao envelhecimento da população.
O envelhecimento demográfico não é passível de ser extinto, apenas
atenuado.
A verdadeira razão dos problemas sociais e financeiros está na
inadequação da sociedade aos recursos dos factos.
4. Para Uma Sociedade mais Inteligente
É bastante frequente ouvir-se, nos momentos de crise, a expressão
“transformar as ameaças em oportunidades”. Este processo mental,
extrapolando para a dimensão colectiva do social, conduz a ideia de
pensar diferente.
As formas de pensar actualmente são mais permeáveis à mudança,
processo em muito facilitado pelos avanços alcançados nas áreas da
informação e da comunicação.
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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
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Falando do envelhecimento demográfico que não desperta
sentimentos positivos. As pessoas idosas são referidas como sendo em
excesso, os jovens como estando em falha e as pessoas em idade activa
como um grupo etário cada vez mais insuficiente.
Nesta sociedade supostamente livre, que se proclama aberta,
meritocrática e igualitária, o valor de cada individuo não varia apenas
em função das suas competências, mas em função de atributos
totalmente alheios a essas mesmas capacidades, como a idade ou o
facto de se ser ou não “autóctone”.
Uma sociedade assente no conhecimento está impedida de avançar
se se fixa em modelos estáticos, concorrenciais entre idades ou nações,
como é o que sucede nos dias de hoje.
A partir do valor do conhecimento reflecte-se sobre o
envelhecimento considerando três áreas para as quais a mudança dos
modos de pensar e de organização social se entenda ser muito
necessária. O ciclo de vida, dimensão a qual se atribui uma importância
muito especial pela relação óbvia que existe entre a idade e o processo
de envelhecimento. O relacionamento cultural e situação no trabalho,
por se tratar também de duas dimensões que estão associadas aos
receios decorrentes do envelhecimento demográfico: menos
produtividade, desequilíbrio entre população activa e inactiva e
enfraquecimento demográfico da população autóctone.
A sociedade não acompanhou, na sua forma de organização e de
pensar, as alterações da sua composição e da realidade com que se
confronta. Dá assim, sinais de estar ultrapassada, de ter parado no
tempo, apesar de todas as mudanças que foram acontecendo. Entre
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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
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estas, tem especial relevo o envelhecimento da população, processo que
teve mérito de suscitar muitas destas inadequações e de obrigar a
reflectir sobre elas à procura de outras vias possíveis.
Proposta: ciclo de vida
Existem traços colectivos que diferenciam o grupo etário “pessoas
idosas” dos restantes grupos etários. É o caso de este grupo ser
maioritariamente composto por mulheres, em virtude de a esperança de
vida feminina ser superior à masculina, por inactivos reformados ou
pensionistas, resultado da aplicação prática do marcador administrativo
que é a idade de reforma, por pessoas com níveis de instrução
relativamente baixos, por um conjunto significativo de indivíduos em
situações de pobreza ou por um elevado número de pessoas que vivem
sós. Muitas destas características colectivas, não dependem de
atributos inerentes ao facto de se ser mais velho, mas apenas de
marcas de uma sociedade passada. Em suma, as pessoas idosas não
devem, necessariamente, ser vistas como inactivos, ou mais pobres, ou
menos instruídas, do que os outros grupos etários da população. Mas
são-no agora, o que explica por um determinado passado.
A programação da vida profissional dos indivíduos não está em
consonância com a evolução física, e sobretudo mental, ao longo da vida.
Enquanto o ser humano sofre profundas transformações, a sua
actividade profissional é encarada como imutável, fazendo-se dentro de
um determinado rumo de barreiras precisas. Se a actividade
profissional do individuo se adapta bem a uma idade mais avançada
(como por exemplo o caso dos professores universitários), o
trabalhador sénior não perde “valor de mercado”, caso contrario se a
actividade não for adequada a progressão da idade, dá-se uma ruptura,
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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
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acompanhada com consequências de desemprego, insatisfação e
reforma antecipada.
A vida individual está organizada em função de três elementos que
se vão sobrepondo uns aos outros.
A primeira fase é a formação. É a fase dedicada à qualificação que
tende durar mais do que no passado através do aumento dos incentivos.
Provavelmente até aos 18 anos ou mais.
A segunda fase corresponde à vida activa, ou seja, ao período de
produção. Provavelmente para durar até aos 65 anos.
A terceira fase diz respeito à reforma, é caracterizada pelo
encerramento da vida profissional. E dura até ao final da vida.
Existe uma frustração frequente com aquilo que, em cada momento,
não podemos ter daí existir uma insatisfação específica em cada uma
destas três fases.
É possível formular como proposta, a consideração de outra
organização alternativa, que eventualmente possa ser mais adequada a
uma sociedade como a nossa.
Neste caso, propor-se-á um modelo de ciclo de vida no qual as fases
se apresentem em interligação no qual não se atropelem mas onde
coexistam de forma pacífica ao longo do tempo. Esta proposta talvez
possa apresentar muitas mais vantagens do que inconvenientes.
O primeiro período está bem organizado concentrado na formação.
Numa sociedade como a actualmente é indispensável iniciar a produção
sem a formação prévia de conhecimento.
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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
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Quantos às seguintes fases (dois e três), deveriam esbater a sua
separação. Ou seja a partir do fim da primeira fase, as actividades de
formação, produção/trabalho e descanso/lazer deviam prolongar-se em
simultâneo.
A adopção de um modelo deste tipo permitiria, atenuar as
insatisfações e as frustrações descorrentes das mudanças de fase.
Um conjunto de vantagens associadas a este modelo numa sociedade
envelhecida, como a maior realização pessoal e profissional, o maior
aproveitamento das capacidades dos indivíduos, a diminuição dos
encargos sociais com as reformas ou o aumento do período de
autonomia financeira dos indivíduos face aos Estado, justifica que se
discuta a sua realização.
Em termos genéricos, poderiam ser imaginados quatro grandes
períodos.
Primeiro: a fase de formação de base, no qual o objectivo seria
adoptar o individuo dos conhecimentos essenciais para a vida.
Segundo: a fase da carreira principal, cujo principal objectivo seria
a aprendizagem permanente a actualizada de uma actividade
profissional.
Terceiro: a fase da transição para a segunda carreira cujo objectivo
seria a preparação e a aprendizagem necessárias para uma segunda
carreira mais sénior.
Quarto: a fase de segunda carreira, também com a formação
necessária.
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A componente de produção poderia iniciar mais cedo, facilitando a
entrada na fase de vida activa e acabar mais tarde. Ao longo da vida
activa, ou mesmo num determinado momento de tempo, os indivíduos
poderiam ter duas ou três actividades, porventura umas como
trabalhadores por conta própria e outros como trabalhadores por conta
de outrem.
A componente laser/descanso poderia ser permanente ao longo da
vida, ocupando os tempos deixados pelas duas outras anteriormente
referidas, incluindo-se aqui todo o restante tempo, sobretudo ligado à
família e aos outros.
Outro ponto: relacionamento cultural
Os temas envelhecimento e imigração andam actualmente muito
ligados um ao outro. A imigração serve para atenuar os níveis de
envelhecimento populacional.
Na realidade, os imigrantes são, no mundo laboral,
preferencialmente empurrados para lugares subalternos e menos
qualificados, de preferência para o desempenho de trabalho manual e
indiferenciado. Actualmente não estamos dispostos a aceitar que os
engenheiros que chegam a Portugal possam ter direito a um respeito
superior aquele que há 50 anos quando partimos, para França tivemos,
em situação de perfeito analfabetismos, para as terras de França ou da
Alemanha.
É uma atitude mental global de menoridade e perigo, que nos impede
de assimilar os imigrantes de forma adequada e, consequentemente, útil
para o país.
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Nos dias de hoje, as componentes culturais das nossas sociedades
podem ser bastante mais prosaicas e envolver menos elementos. Apesar da
importância da cultura ser menor na vida dos cidadãos, a ligação a
identidade cultural não foi atenuada. Continua-se com uma ideia de que
somos muito diferentes dos membros das outras comunidades e como seria
de esperar, convencidos de que somos os melhores. O imigrante de países
terceiros é frequentemente visto, como um ser humano, à partida,
estranho, duvidoso, que não tem as mesmas referências, a mesma maneira
de viver.
Imaginando um país futuro, inundado de imigrantes encontra-se um
medo global, que é em bom rigor, o da perda da própria entidade cultural.
Excluir alguém do seu contributo social com base em pressupostos
administrativos, como a idade e agora nacionalidade de origem, é um mau
princípio. Enriquecer o capital humano dentro do território nacional é um
objectivo prioritário, mas as barreiras administrativas ou morais relativas
à nacionalidade só servem para dificultar, acabando por desperdiçar
milhares de trabalhadores altamente qualificados
As culturas poderão ser diferentes e, eventualmente, manter parte
dos seus elementos: alguns modos de vida, religiões ou línguas. Mas, no
entanto, deve permanecer uma “interligação” para todos os homens: a
igualdade de direitos e de oportunidades.
Outro ponto: situação no trabalho
Além do ciclo de vida e do relacionamento cultural, já analisados,
existe um outro elemento de antagonismo importante: a situação no
trabalho, e aqui o mercado divide-se em trabalhadores por conta própria
ou trabalhadores por conta de outrem.
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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
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A moda estatística é o trabalhador por conta de outrem, numa
situação em que Portugal, quase totalmente exclusiva se se pertence a um
grupo, não se pode pertencer a outro. Quer isto dizer que o grau de
empreendedorismo é baixo. Em Portugal após o trabalho sobra pouco
tempo para desenvolver este tipo de iniciativas próprias empreendedoras.
Mas, as baixas qualificações da população podem ajudar a compreender a
situação, pois sem conhecimento aumenta o risco de insucesso dos
projectos empreendedores.
Reflectindo sobre o modelo de partição existente conduz a uma
conclusão inevitável: mais cedo ou mais tarde, obedecendo ou não a
requisitos prévios, o bem-estar e a garantia dos direitos sociais dependerá
cada vez mais do empenhamento efectivo dos cidadãos, tendo a ausência
desse empenhamento efeitos prejudiciais para todos.
Actualmente, toda e estrutura produtiva parece assentar sobre o
emprego. Este termo emprego, supõe uma relação duradoura entre quem
dá trabalho e quem o executa. O conceito de trabalho, bem mais antigo do
que o emprego, tem que ver com o esforço humano associado ao
desempenho de alguma tarefa física ou intelectual. Os indivíduos
continuam a procurar emprego, que tende inevitavelmente a desaparecer,
não vislumbrado que teriam por certo uma aposta mais bem sucedida se se
orientassem para o trabalho.
A escassez de empregos duradouros que caracteriza o mercado de
trabalho actual pode explicar-se por inúmeras razões. Mas há uma razão
especialmente importante que se relaciona com um factor determinante
para a competitividade económica: o conhecimento. Sendo o conhecimento
um valor não estável, é compreensível que os postos de trabalho adquiram
flexibilidade.
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Ponto final: ”meritocracia”
Mais cedo ou mais tarde, a população portuguesa tem de entender
que o seu bem-estar dependerá cada vez mais do seu empenhamento
efectivo, do seu empreendedorismo, da sua dedicação, é certo, mas
também da sua criatividade. Ou seja, não se trata de um empenhamento
teórico, mas de modo concreto como os indivíduos conseguirão criar
condições de sucesso real no âmbito da sua actividade.
As sociedades são compostas por pessoas que nascem, crescem e
aprendem contextos particulares, baseados em pressupostos que o tempo
se encarga de tornar resistente à mudança. O que está em causa é um
modelo assente em antagonismos ultrapassados, como foi descrito, mais do
que o mérito e os resultados do esforço, têm importância aspectos
discutíveis como a antiguidades, o estatuto, a nacionalidade ou a idade.
Conclusão
O futuro da sociedade, face ao envelhecimento demográfico,
dependerá do modo como o programarmos. O mundo que nos espera,
certamente com muito mais pessoas idosas, conseguirá ser produtivo, e
feliz, se o pensarmos de novo, e com todos os intervenientes envolvidos,
que são os indivíduos enquanto tal, independentemente do seu sexo, idade
ou nacionalidade. O que apenas depende da capacidade de os homens, face
ao envelhecimento demográfico, criarem uma sociedade mais inteligente.
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Pontos Fracos e fortes do documento:
Relativamente aos pontos fortes, na minha opinião o livro trata de
um assunto bastante importante para a sociedades actual, e por vezes este
não tem o seu devido valor. Todos os temas aqui abordados foram de
extrema importância para compreender a realidade existente nos dias de
hoje em Portugal. O autor explica as suas ideias de maneira bem clara e
com uma linguagem acessível dando exemplos bastante explícitos e de fácil
compreensão. O único aspecto negativo na minha opinião baseia-se na
explicação do autor sobre alguns aspectos ser demasiado extensa.
Conclusão:
A autora com este livro permite abordar um tema
“envelhecimento”, fazendo pensar e agir com esta realidade cada vez maior
nos dias de hoje.
O envelhecimento é um tema preocupante hoje em dia, não por se
ter idade mas sim pelo que a sociedade pensa da população envelhecida e
pelo valor que esta lhe dá. A sociedade terá que mudar os seus
pensamentos e as suas acções perante esta realidade. É importante
valorizarmos todas as fases etárias da vida, principalmente o
envelhecimento fase esta que já passou por muitas etapas da vida e
merece ser valorizada.
A frase chave para concluir é “O principal problema das sociedades
modernas não é o futuro, é o passado”. Estamos presos a modelos
disfuncionais que herdámos, em que as lógicas de vida partidas em fases
antagónicas, a defesa incondicional dos direitos adquiridos ou as barreiras
de idade e de nacionalidade no aproveitamento do conhecimento em nada
beneficiam o sucesso da sociedade.
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Recursos de Estilo e Linguagem:
Comparação, Enumeração, Adjectivação.
Principais Autores Citados ou eventuais Protagonistas identificados no
texto:
o Cícero, filósofo romano da Antiguidade;
o Jeanne Calment (Francesa) morreu em 1997 com quase 123 anos;
o Maria de Jesus (Portuguesa) morreu em 2009 com quase 116 anos.
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5. Avaliação da página de Internet
A página da Internet que decidi avaliar é Bionet – “Conhecer
melhor as ciências da vida e debater os assuntos controversos”.
É um site que permite explorar e debater as últimas
descobertas das ciências da vida. É um sítio de divulgação científica e
resulta de um projecto de colaboração entre oito museus e centros de
ciência europeus e pelo ECSITE. Este, pode ser apresentada em nove
línguas além de português (Castellano, Català, Dansk, Deutsch, English,
Français, Italiano, Suomi, Svenska).
Contém bastante informação acerca do tema que abordei.
Demonstra ser acessível, podendo ser consultado por todos os cidadãos,
basta para isso ir ao site do Bionet em http://www.bionetonline.org.
Contém perguntas e respostas às mesmas sobre o tema em questão
“Envelhecimento”, entre muitos outros.
É uma página bastante interactiva, pois permite que qualquer
pessoa coloque as suas questões ou as suas dúvidas de modo a um melhor
esclarecimento ou mesmo a possibilidade de debater os assuntos
abordados pelo site.
A BIONET apresenta um mapa do site bastante organizado
em que tem como temas principais (Mapa, Células Estaminais, Viver Mais
Tempo, Viver com o VIH, Bebés a medida, Alimentos do Futuro e, por
último, A quem pertencem os nossos genes) estes, têm diversos botões
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com perguntas relacionadas com tema, isto permite-nos através dos
diferentes tipos de
informação, encontrar, em cada um dos itens, o link que nos permite ir
directamente ao que nós pretendemos.
Existe também um motor de pesquisa que nos permite
através de palavras-chave ou frases encontrar mais rápido o que se
pretende.
Permite ainda ver os seus eventos e aceder à página de cada
um dos museus e centros de ciência europeus que compõem o site.
Esta página esta bem concebida uma vez que está
relativamente bem organizada e com uma boa apresentação tendo uma
letra bem legível com uma cor ideal e com um tipo de fonte agradável não
saturando a vista quando se esta a ler, assim como as imagens que estão
bastante adequadas a cada tema e com bastante qualidade de visualização
tornando o site mais atraente.
Em suma, considero que o site do Bionet é um site completo,
muito bem organizado, com informação diversificada, que evidencia-‐se pela
sua autenticidade e pela funcionalidade. Foi bastante importante para o
desenvolvimento do meu trabalho.
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6. Conclusões
Antes de iniciar o meu trabalho procurei elaborar um
“esquema” de forma a construir o meu trabalho. O meu objectivo foi falar
e estudar temas interessantes e diferentes. A ficha de leitura que foi
sobre o livro “O Envelhecimento na Sociedade Portuguesa” também me
ajudou bastante a seleccionar subtemas aos quais tratei. Foi um livro
bastante interessante e importante para perceber em que situação a
sociedade envelhecida portuguesa se encontra.
Durante o desenvolvimento do trabalho procurei dar a
conhecer o tema de forma coerente e de certa forma “entusiasmar” quem
o lê.
O principal problema na realização do meu trabalho não está
no desenvolvimento do trabalho ou seja no “Estado das Artes” mas sim na
avaliação da página de Internet, mas apesar de tudo consegui superar as
dificuldades.
A conclusão que retiro deste trabalho é sem dúvida bastante
boa. Era para mim um tema que me interessava, e toda a pesquisa
enriqueceu-me bastante a nível de conhecimentos.
No que diz respeito aos objectivos da disciplina, penso que
me esforcei para conseguir realizar os meus trabalhos, e para obter as
competências necessárias à disciplina de Fontes de Informação
Sociológica.
Em suma, todas as etapas para a realização do meu trabalho
foram sem dúvida bastante importantes, enriqueceram-me tanto a nível da
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realização de trabalhos como acerca do tema. Foi um tema que me deu
bastante interesse tratar. Os trabalhos enriquecem-nos pois as
dificuldades vão aos poucos sendo ultrapassadas. Os subtemas abordados
fazem pensar e quem sabe um dia, não irei agir de certa forma pois estudei
formas que me permitem ter um envelhecimento de forma mais agradável.
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7. Referências bibliográficas
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Ilustração2-
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http://veja.abril.com.br/noticia/saude/visao-positiva-da-velhice-melhora-a-saude-de-idosos Ilustração 3-
Terceira Idade. (s.d.). Terceira Idade. s. l., s. l., Brasil.
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Internet
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Fontes de Informação Sociológica Dr. Paulo Peixoto
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Anexo A
Ilustração 5 Livro utilizado na Ficha de Leitura
Ilustração 6 Índice do livro utilizado
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