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O ESPÍRITO SANTO E A MISSAO DA IGREJA

Kwabena Donkor

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O ESPÍRITO SANTO E A MISSAO DA IGREJAKwabena Donkor

Nesta seção, o foco será na missão da igreja e a relação do EspíritoSanto com essa missão. A partir da perspectiva da crescenteinfluência do movimento missionário da igreja, não podemos ignorarcertos assuntos de cunho contemporâneo e restringir a nossadiscussão às ideias tradicionais sobre a igreja, a missão e o EspíritoSanto.

O problema que enfrentamos hoje é a diversidade de maneiras quea missão da igreja é compreendida entre os cristãos. John Stott, porexemplo, define missão Como sendo "cada obra que Deuscomissiona seu redimido povo a realizar pelo mundo”. Outros,porém, não estão dispostos a definir "missão" de maneira tãoabrangente. Entretanto, é importante que esteja clara a natureza damissão da igreja, pois sem ela, relação do Espírito Santo com amissão não pode ficar evidente. Incidentalmente, a natureza damissão da igreja também está relacionada à própria maneira de seolhar para a ela. Portanto é igualmente relevante para esta discussãoda relação do Espírito Santo com a missão da igreja, ter alguma luzsobre como enxergá-la.

É certo que a natureza do Espírito Santo também é relevantepara esta dis cussão, mas visto que ela será abrangida em outrasseções, não iremos nos con cntrar nela aqui. Tocaremos apenasnaquele pontos que podem ser críticos para nossa preocupaçãoprincipal. Sendo assim, a nossa apresentação pode ser definidacomo o seguinte: uma entidade (a igreja), com uma tarefa (missão)e um agente capacitador da tarefa (o Espírito Santo).

Relacionando esses pontos mais especificamente com o EspíritoSanto no contexto da missão, a apresentação será direcionada,primeiro, para aqueles com que o Espírito Santo está serelacionando (a igreja); segundo, para a precisa natureza daquilo emque o Espírito Santo está se focando (missão); e terceiro, como oEspírito Santo se relaciona com os outros dois pontos.


QUAL IGREJA?

Vários anos atrás, Jürgen Moltmann expressou preocupaçõesquanto a concepções de igreja em que "determinar condições é algofacilmente restringido a dignidades e funções dos titulares de cargosda igreja. Moltmann compreende que a "eclesiologia se tornahierárquica se nós não partirmos do fato de que cada crente, seja umtitular de cargo ou não, é membro do povo messiânico de Deus. ParaMoltmann, essa compreensão é importante para prevenir missão dese "tornar insípida -sem espiritualidade um tipo de culto social, ondeo carisma se torna um culto do gênio da religião': Ele estáfortemente comprometido com a visão de que todos os crentes sãochamados e comissionados à vida eterna e para darem testemunhodisso. Porém, ele também acredita que a igreja consiste no"povoprofético, sendo que a existência e o estilo de vida desse povotestemunha, diante do mundo, o seu futuro e as promessas de Deus.

O movimento missionário atual da igreja, abrangendo muitasdenominações cristãs, pode concordar com o entusiasmo deMoltmann em relação ao chamado essencial da igreja à missão e àparticipação de todos os crentes. Entretanto. Eles encontrarãoalguma dificuldade com o ponto de vista dele de que a igreja é opovo profético mencionado acima. Embora alguns defendam a visãoda igreja como "única, santa, católica e apostólica”, ou a visãoprotestante da igreja como "um lugar onde a Palavra éverdadeiramente pregada, onde os sacramentos são devidamenteadministrados e o povo de Deus é corretamente conduzido”, omovimento missionário da igreja encontra falhas fundamentais navisão das igrejas acima apresentadas. Essas falhas estão enraizadas,particularmente, no contexto da missão.

Muitas objeções são levantadas contra o credo da igreja. Dizer que aigreja é única negar a "pluralidade e diversidade óbvias quecaracterizam o real estado de assuntos eclesiásticos·: ecompreender de maneira distorcida o objetivo do diálogoecumênico.


Argumenta-se que "o objetivo de recepcionar um encontro com amultiplicidade de 'outros' não é manipulá-los para que as ideiassejam as mesmas, mas encontrar novas possibilidades paratransformação, precisamente dentro da complexidade geradora deforças diferentes”. As outras objeções são as seguintes: a igreja comosanta gera uma distinção entre "nós" e "eles” provocando umdistanciamento.

A igreja como católica tende a se concentrar nos direitos políticos,enquanto a igreja como apostólica cria um debate sobre asustentação de uma versão particular do status quo (tradição). Apreocupação básica de todas essas objeções é que a visão a partirdo credo da igreja cria obstáculos para a missão. Contra a visãoprotestante argumenta-se o seguinte:

O problema não é novo. A igreJa foi definida, com o passar dosséculos, primariamente em termos de sua vida interior, como umlugar onde a Palavra é verdadeiramente pregada, onde ossacramentos são devidamente administrados e o povo écorretamente conduzido. Não é de admirar que a missão seja vistaapenas como 'mais um coisa para se fazer' dentre outras, sendo,portanto, convenientemente deixada para poucos entusiastas dacongregação.

F. Leron Shults percebe corretamente o ponto principal de todasessas objeções ao observar que enquanto muito do debate tem sidosobre a validade e o valor das igrejas emergentes, as quais estãocrescendo rapidamente entre as fronteiras das denominaçõestradicionais e contestando antigas estruturas organizacionais, poucaatenção tem sido dada ao modo com que elas desafiam a ideia doque significa ser (ou se tornar) uma igreja" (grifo nosso).

O movimento missionário da igreja é contrário, na visão deChristopher Du raisingh, a qualquer eclesiologia que seja "centradanos moldes 'criação-queda-reden ção".


Ele explica o que é tão objetável em tais eclesiologias:

A ênfase está em um cristianismo exclusivo, o qual considera que aigreja é o único lugar de salvação. O propósito de sua missão,portanto, é a conversão daqueles que estão fora da igreja e, paraisso, deve-se plantar igrejas em todo lugar, para que assim osbeneficios da paixão de Cristo possam ser dispensados.

Duraisingh prefere o que ele chama de uma eclesiologia centradaem concursus Dei, a qual presume que a história de Jesusrepresenta a instância de uma “atividade cocriativa de Deus; umaconcretização dramática na história e a manifestaçao do poder doconcursus [reunião, encontro] de Deus com a criação”. Nessa visão, aencarnação é uma concepçao do concursus divino, e o Espírito doCristo ressurreto fornece uma gestalt cristã, a qual está disponível atodos. "A igreja é uma manifestação de um movimento dentro domovimento de Deus, refletindo o acompanhamento soberano deDeus com a criação”.

A visão eclesiológica da Igreja Adventista do Sétimo Dia estádiametralmente oposta às visões sustentadas pelos movimentos deigreja missional e emergente. Ellen G. White talvez seja a melhorexpressão da visão adventista da igreja no contexto da missão.

A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação doshomens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelhoao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que através desua igreja seja refletida para o mundo sua plenitude e suficiência.Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para suamaravilhosa luz, compete manifestar sua glória. A igreja é adepositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será a seutempo manifesta, mesmo aos "principados e potestades nos Céus"(Ef 3:10), a final e ampla demonstração do amor de Deus."

Nas bases da eclesiologia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, éimpossível prosseguir a missão através dos novos caminhospropalados pelos movimentos da igreja missional e emergente.


QUAL A MISSÃO?

A revisão eclesiológica em andamento nos movimentos de igrejamissional e emergente atualmente, espalhados pelas denominaçõestradicionais cristãs, tem conduzido à mudança de paradigma sobremissão. No centro de processo está o conceito de mission Dei o qualé definido como a preexistência de Deus e a missão eterna." Em1932, Karl Barth, ao utilizar a frase actio Dei, falou sobre a missãocomo uma atividade do próprio Deus. (O misiologista alemão KarlHartenstein seguiu pelo caminho estabelecido por Karl Barth, masexpressou a obra de Deus como missio Dei. O conceito parece tersido originalmente concebido como resistência contra os efeitos doIluminismo sobre a missão - que começava a ser encarada como umesforço meramente humano.

Stan Nussbaum observa que "as pessoas se tornaram tãoconvencidas da importância da iniciativa humana, que elasdificilmente pensavam em Deus como um ser ativo na missão. Aidentificação algumas vezes feita da missão com o imperialismoocidental e o colonialismo é marcada por esse fenômeno." Osproblemas com o conceito de missio Dei se tornam evidentesquando ele é explorado pela teologia do processo, levantando,posteriormente, conceitos parecidos sobre a obra Deus na história.Foi essa visão do conceito que abasteceu o evangelho social nadécada de 1960.


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Para os seus proponentes, a genialidade do conceito missio Dei estáno fato que ele muda o agente da missão, da igreja para Deus. Muitoembora superficialmente, a mudança não pareça ter importância, elalevanta uma questão teológica que também pode parecer umamera mudança de perspectiva: o foco da missão é teocêntrico oucristocêntrico? Essa questão é significativa, pois ajuda a "identificar,de maneira mais precisa, a relação entre Deus e Cristo, de modo quea igreja compreende o seu papel no mundo. O conceito de missioDei, com um foco teocêntrico, causa aos seus pro ponentes umafalsa aproximação entre a missão e a criação, em vez da obra deCristo na história da redenção. O principal motivo para fazer dacriação o centro de muitas interpretações da missio Dei é alibertação de qualquer conotação exclusivista, seja com respeito àpessoa e obra de Jesus Cristo ou com o papel da igreja na missão.

O argumento estabelecido no parágrafo anterior pede por umacompreensão bíblica mais clara de missão. Esse esclarecimento énecessário não apenas para ajudar a igreja a se concentrar na missãocomissionada, mas também para deixar claro que, teologicamente,parece haver uma confusão entre providência e missão.

Andreas J. Kostenberger, por meio da análise bíblico-teológica demissão nos escritos do apóstolo João, conclui que "a missão dacomunidade messiânica é estender aos incrédulos o perdão dospecados por meio da obra completa de Jesus Cristo. Kostenbergercoloca a sua análise de João em um contexto de debatescontemporâneos sobre o teocentrismo/cristocentrismo na missão.Ele afirma que o foco da missão é cristocêntri co, apontando que "osjudeus, durante o ministério terreno de Jesus (assim como no fimdo primeiro século, quando João escreveu), já acreditavam emDeus - a questão chave era se Jesus era ou não o verdadeirorepresentante de Deus."


A sua conclusão para os debates contemporâneos é significativa:

A igreja enfrenta uma situação parecida hoje. Em geral, não é amensagem da existência de Deus ou do seu amor que éofensiva, mas se o amor de Deus tem encontrado sua decisiva eprincipal expressão em Jesus.Todo ecumenismo alcançado àcusta de diminuir a centralidade da obra, reivindicações eexigências de Jesus, não apenas é de pouco valor, masverdadeiramente enganoso e ilusório. A proclamação(missionária) da igreja deve ser teocêntrica por sercristocêntrica, visto que de acordo com as Escrituras, arevelação de Deus e redenção são final e ultimamentecompletadas em Jesus.

Em seu artigo, Michael Raiter analisa os termos apostellein epempein por todo o NT para uma compreensão bíblica de missão.Ele conclui que em Mateus "o uso do termo 'enviar' está ligado como propósito de Deus na história da redenção, enviando seusmensageiros para anundar o reino vindouro. Ao se referir àexpressão "enviar" em Mateus e em Lucas/Atos, ele salientaque"embora exista objeção à descrição de 'enviar' nesses contextoscomo sendo tecnicas não deve escapar à atenção do leitor que apalavra é utilizada no contexto da ministração do evangelho. Nascartas de Paulo, Raiter reconhece o uso da terminologia "enviar',quando o apóstolo envia os seus colaboradores para diferentesigrejas, mas em todos os casos a preocupação era o ministério daproclamação do evangelho. Sua conclusão geral é que de acordocom o Novo Testamento, a missão é uma proclamação verbal doevangelho. Tudo que não tem como caracteristica definida aproclamação do evangelho, com o objetivo final de levar homens emulheres ao Reino de Deus, para que eles estejam santos e semmácula diante dele no último dia, não é missão.''


Raiter não tem a intenção, entretanto, de negar o papel da obra decaridade na atividade missionária. Ele não vê dois aspectos no enviodos apóstolos em Mateus 10:6-8, como se a missão deles tenhaconsistido tanto em pregar como em fazer as obras de caridade ecura. Ao contrário, por mais que as obras de caridade de Jesus e deseus apóstolos estivessem atestando o Reino de Deus, "são falhas astentativas de desenvolver um paralelo entre os milagres de Jesus eas obras modernas de caridade”.

O ESPÍRITO SANTO NA MISSÃO DA IGREJA

Com base na discussão anterior, exploramos o papel do EspíritoSanto a partir da compreensão missiológica de que Deus, enviandoo seu Filho e seu Espírito, também enviou a igreja, constituindo umanova comunidade de Aliança, para que o Senhor Jesus Cristo sejaproclamado e levado à toda humanidade. Essa compreensão demissão é tão cristocêntrica como eclesiológica. Em outras palavras, amissão está intimamente identificada com Jesus Cristo e a históriada redenção, e desempenha um papel central na igreja. O papel doEspírito Santo na missão se tornará mais claro quando examinadodessa perspectiva.


A MISSÃO COMO “PROCLAMAÇÃO"

No NT, a missão envolve, basicamente, a comunicação das boasnovas do alvorecer de uma nova era em Jesus Cristo. Em grego, hádiversas palavras para expressar a ideia de passar uma informaçãoou instrução. A palavra principal para comunicar a história de Jesus éo termo keryssõ. Contudo, a sua forma substantiva, keryx, éraramente utilizada (apenas 3 vezes), ao contrário da forma verbalkeryssõ, a qual é encontrada cerca de 61 vezes.

Lothar Coenen explica que as testemunhas do NT deliberadamenteevitam identificar-se a si mesmas ou os mensageiros de Deus com otermo grego keryx, adotando a visão de que "não é a instituição ou apessoa que é importante, mas somente a efetividade do ato deproclamação: Até mesmo kérygma, apesar de ser um substantivo, égeralmente utilizada no NT para ex pressar não o conteúdo, emparticular, do que é dito, mas a forma, atividade ou fenômeno de umdiscurso que faz uma reivindicação aos ouvintes." De fato, ainterpretação neotestamentária de Coenen como um todo é que afrequência do uso verbal de kêryssõ aponta para a "concepção deproclamação como um processo e evento cujo conteúdo somentepode ser determinado por uma definição mais exata".


Apesar das observações feitas acima, é mantida no NT a naturezaobrigatória, impositiva e resolutiva da proclamação como distinta deoutros grupos de palavras como angello. Quando Paulo, emRomanos 2:21, pergunta:"Tu, que pregas que não se deve furtar,furtas?”, utiliza kêrysson em um sentido de comando definitivo, oqual exige obediência. A ideia é que, para Paulo, a proclamaçãopressupõe uma certa autoridade, razão pela qual não ésimplesmente a transmissão de informação, mas sim um chamado àentrega de si próprio (Rm 10:15). De maneira similar, Coenen observaque, em Mateus, o uso restritivo do termo kerysein para João, Jesuse os discípulos "enfatiza a obrigatoriedade quase que judicial e umcaráter oficial da proclamação, contrastando com didaskein,'ensinar’,que ocorre não somente nas sinagogas, mas também no deserto enos vilarejos”.Como o Espírito Santo se relaciona com a proclamação enquantocomunicação formal, autoritativa e obrigatória? lsso tem a ver com aconfirmação do Espírito e a rapidez da proclamação. Uma vez que oEspírito Santo autentica objetivamente a proclamação cristã, Ele criauma obrigação de obediência, sendo que ignorá-la não ésimplesmente um ato de indiferença, mas de recusa. Em Atos 4 éregistrada a prisão de Pedro e João enquanto eles estão envolvidosna proclamação no templo. O verso 2 mostra de maneira clara quãocrítica situação era. Os saduceus estavam ressentidos com Pedro eJoão não "por ensinarem o povo e anunciarem a ressurreição deJesus': mas porque estavam anunciando "em Jesus, a ressureiçãodentre os mortos”. Os saduceus entendiam que aquela proclamaçãotinha uma força obrigatória/autoritativa (v.7) e les desejaramconhecer o que aquela autoridade significava par aos discipulos.Pedro não perdeu a oportunidade de lhes falar (v.10), mas apenasporque ele estava cehio do Espírito Santo (v.8).


Talvez em nenhum outro momento a confirmação da proclamaçãpelo Espirito Santo tenha sido tão dramática quanto no Pentecostes.O texto traz, de maneira cuidadosa, os diferentes aspectos damaneira pela qual o Espírito veio. Havia um som que preenchia todaa casa (At 2:2); línguas apareceram e pousaram sobre cada um dosdiscípulos (v.30); e estando do cheios do Espírito Santo, elespassaram a falar em outras línguas (v. 4). A objetividade eautencidade do evento é evidente: foi audível, visível e envolveudiscurso inspirado. Thomas Oden enfatiza o envolvimento do EspíritoSanto no Pentecostes como um evento de proclamação."O EspíritoSanto demonstrou a intenção divina de comunicar para todos oprimeiro milagre da igreja'. Embora também possa sercompreendido como um milagre do ouvir, os principais exegetastêm, em geral, compreendido como um milagre do discurso”.

Ao considerar a missão da igreja da perspectiva da proclamação,podemos concluir que é o Espírito Santo quem concede eficácia,credibilidade e autencidade para a missão cristã. Essa conclusão fazcom que a proclamação seja um evento espiritual ao invés de umexercício do discurso humano. Pensar na proclamação sem procurerde maneira séria, o envolvimento do Espírito Santo, é iniciar umexercício fútil.

A MISSÃO COMO "EVANGELÍSTICA"

Se keryssõ é simplesmente um verbo que formalmente descreveuma comunicação obrigatóna e autoritativa, sem se preocupar, emparticular, com o conteúdo, então a missão cristã precisa serconsiderada próxima da perspectiva do conteudo e a relação doEspírito Santo com o conteúdo. Paulo escreve sobre o seu labor efadiga enquanto ele prega o evangelho de Deus (I Ts 2:9). Oconteúdo de sua proclamação é a mensagem de salvação e atransfomlação do mundo por Cristo, a sua morte em nome dospecadores e a esperança da ressurreição (ICo 1:23; 15:12).


Ainda assim, seja o "evangelho de Deus" ou o "evangelho de Cristó:ogcnitivo é tanto subjetivo quanto objetivo. Tanto Deus quanto Cristosão o conteúdo da mensagem de boas novas e, também, os autoresdela. Baseado em passagens como Lucas I:19; 2:10;9:6 e Atos 5:42,Coenen comenta a nuance particular de keryssõ comparando-a comoutros sinônimos para comunicar a mensagem de Cristo, e a pontaque ela é "particularmente utilizada quando a mensagem dogoverno de Deus, iniciada em Cristo com sua ressurreição, éproclamada.

Tendo Cristo como o conteúdo da proclamação, somos compelidosa analisar a relação entre Jesus e o Espírito Santo se quisermoscompreender o papel deste ultimo na missão a partir da perspectivado evangelho. O que o Espírito Santo tem a ver com o conteúdo daproclamação, a qual é Jesus e/ou sua mensagem? A resposta é orelacionamento íntimo entre Jesus e o Espírito Santo.

A identificação da pessoa e obra de Jesus com o Espírito Santosignifica que o evangelho não pode ser compreendido sem oEspírito Santo. Vale a pena notar que o Espirito Santo também échamado de Espírito de Cristo (Rm 8:9; FI 1:19). Até mesmo aquelesque têm abraçado o evangelho, sendo frequentemente descritospor Paulo como estando Cristo" (GI 2:17), são tambémcompreendidos como estando "no Espírito" (1Co 6:11). De maneirasimilar, os cristãos são tanto santificados"em Cristo" ( ICo 1 :2) quanto"no Espirito” (ICo 6:11 ).

Portanto, quando consideramos Jesus como o conteúdo daproclamação, não podemos desconsiderar o Espírito." É apenas pelapresença interna do Espírito Santo que os discípulos compreendiamverdadeiramente a Jesus”. Nessa conexão, a mensagem de Jesusaos discípulos, que diz respeito à vinda do Espírito Santo, é bemrelevante.


Em João 16:13, o Espírito Santo é descrito como o "Espírito daverdade”, que guiará os discípulos em toda a verdade. A frase "emtoda a verdade" tem suscitado diferentes interpretações, baseadasnas leituras preferidas pelos intérpretes do texto. Entretanto, comoGeorge Beasley-Murray observa, "o significado do verso 13 é oreconhetimento de que o Espírito é participante na tarefa dacomunicação da revelação à igreja em virtude de sua relação comCristo, assim como Jesus é comunicado em virtude de sua relaçãocom o Pai”. Ao comparar e contrastar os papéis relativos de Jesus edo Espirito Santo na comunicação da verdade, Beasley-Murray citaF. Porsch: "Jesus traz a verdade e a faz presente por meio de suavinda ao mundo; o Espirito-paraklêtos abre essa mensagem e criauma entrada para ela aos crentes”.

A Importância do Espírito Santo na missão da igreja, da perspectivado conteúdo da proclamação, não pode ser exageradamenteenfatizada. Para os cristãos, nos quais a responsabilidade da missãorepousa, o Espírito Santo se torna o agente que torna o evangelhoefetivo em sua vida: Ele os inicia por meio do batismo (At 2:38),confirma a sua adoção (Rm 8:15), os santifica (Rm 15:16) e os vivificaem Cristo (2Co 3:6). É por esses meios que o Espirito Santo preparaos crentes, "guiando em toda a verdade"e os capacita para a missão.

O ESPÍRITO SANTO E A IGREJA EM MISSÃO

Na seção anterior, nos concentramos no papel do Espírito Santo,fundamentando o cristão no evangelho. Embora o papel do Espíritonão seja uma atividade missionária direta, é indispensável para osucesso da missão da igreja. O Espírito Santo, entretanto, contribuide uma maneira mais direta para a missão por meio de sua atividadecapacitadora e unificadora da igreja. Por isso, é dificil colocar a obrado Espírito Santo em categorias organizadas, visto que é dentro deseu ambiente que todas as obras de Deus ocorrem no mundo.


O ESPIRITO SANTO "CAPACITA” A IGREJA PARA A MISSÃO

Há um consenso de que as obras da igreja são as do EspíritoSanto. Thomas Oden observa que sem deixar de ser atividadehumana, a igreja é vivificada pala atividade de Deus. Essa relaçãonão é bem compreendida se partimos de uma premissa panteísta,na qual Deus seria observado como o corpo do processo social/natural , mas sim da premissa de que aquele que não foi criado ésuperior à toda a criação.

Como mediador da presença de Deus na igreja, o Espírito Santoatinge cada aspecto da vida eclesiástica, ainda mais à medida quetestemunha de Cristo. De acordo com Jesus, o poder do EspiritoSanto é a realidade pressuposta do testemunho da igreja. Jesusprometeu aos discipulos: “Mas recebereis poder, ao descer sobrevós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto emJerusalém como em toda a Judeia e Samaria e a té aos confins daTerra”. (At 1:8). Essa concessão de poder, no entanto, é expressadade muitas maneiras.

O Espírito Santo capacita a pregação do evangelho pela suaconcessão de poder. A sucessão de eventos durante os momentosfinaas de Cristo com os discípulos enfatiza a importância dessaconexão. Após a ressurreição, o arrependimento e perdão dospecados deveriam ser pregados pelos discípulos, os quais haviam"testemunhado dessas coisas", mas antes era primordial que elesfossem, primeiro, revestidos de poder do alto (Lc 24:47-49). Após asvárias promessas da vinda do Espírito (Jo 14:17, 26; 15:26; 16:7, 13),Jesus sopra o Espirito sobre os discípulos após a ressurreição (Jo20:22). O climax dessa preparação ocorre no Pentecostes, quando oEspírito foi derramado nos crentes reunidos. Obviamente, oPentecostes foi um divisor de águas na pregação do evangelho.Contudo, esse foi somente o início da obra capacitadora do Espíritona pregação do evangelho.


Por estarem cheios do Espirito Santo, os discípulos foram capazes defalar com coragem e poder sobre o Senhor ressurreto (At 4:8; 31;6:10); e Paulo falou aos tessalonicenses sobre o poder disponível doEspírito Santo, razão pela qual o evangelho não veio a eles apenaspor meio da palavra ( 1 Ts 1:5).

Outra maneira pela qual o Espírito capacita a igreja para missão é pormeio da concessão de dons espirituais. Um ponto enfatizado portodas as passagens do NT é o de que os dons espirituais foiconcedido a todos. Pedro escreve sobre esses dons em sua primeiraepístola (I Pe 4:10-11), e os ensinos de Paulo sobre esse assunto estãoconcentrados em Romanos 1 e 2, I Coríntios 12 e Efésios 4.

As três diferentes palavras que Paulo utiliza em I Corintios 12 lançamluz sobre algumas características importantes dos dons espirituaisCharisma aprasenta a graça de Deus como a fonte dos donsespirituais. G. T. Montag define charisma como :

“O dom de algumas capacidades dadas por Deus paraprestar um serviço habilitado pela graça”. Diakonia seconcentra no propósito do dom espiritual ou seja, oministério da edificação da igreja. Energema (trabalhar)descreve o efeito do emprego dos dons: ele resulta noauxílio para que a igreja seja construída”.

Qual é o papel do Espirito Santo na missão com respeito aos donsespirituais? Embora os dons espirituais sejam dados pelo SENHORressurreto, eles estão sob a administração do Espírito Santo que,com sua presciência, sabe qual dom se encaixa melhor em cadacrente. Mas o ponto a ser enfatizado é que quando o Espíritoadministra os dons para o corpo de Cristo, não é para propósitospessoais e egoístas, mas para o serviço.


Dessa perspectiva, há algo que deve ser dito em favor daqueles queargumentam que à luz de declarações como "o mesmo Espírito[...] omesmo SENHOR [...] o mesmo Deus" (ICo 12:4-6), Paulo utiliza aimagem de um corpo (v. 12) e reúne o tema de unidade ediversidade como um modo de se concentrar nos objetivos dosdons espirituais. Sendo assim, concluiu-se que os dons não sãoconcedidos para ostentação, mas para dar oportunidade à pregação[...]os cristão são "escravos [de Cristo]" [.J.]

Bittlinger observa que, como a obediência do escravo demonstra nodominio público que confessar Cristo como Senhor equivale emtermos de estilo de vida prático, assim os serviços em toda a suavariada distribuição (Siapeoic siakovicov) exibem "o caminho no qualo dom se torna real na prática”.

Não é uma questão de "humilhação”, mas de "uma disposição paraagir [...] não uma questão de esperar algo 'vir sobre mim", naspalavras memoráveis de Suurmond. "Não é tanto uma questão de terum dom, mas ser um dom."

O Espírito Santo auxilia a missão da igreja ao capacitá-la a venceroposições espirituais para a pregação do evangelho. Nos dias deCristo e da igreja primitiva, a pregação do evangelho encontrouoposição espiritual. No ministério terreno de Jesus, essa oposição foiabundantemente evidente. Aos fariseus incrédulos, ele declara: "Se,porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente échegado o Reino de Deus sobre vós" (Mt 12:28).

A implicação da afirmação de Jesus, de que a vinda do Reinoenvolveria o confront de poderes demoníacos, é consistente com avisão do AT de que "os exorcismos seriam parte da obra deconcessão do Espírito a seus servos ( ls 42:1-4)”.


A experiência de Paulo com Elimas em Chipre esclarece que asforças do mal operavam para perverter os caminhos do Senhor.Cheio do Espírito Santo, Paulo denuncia Elimas, dizendo:"Ó filho dodiabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda ajustiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do SENHOR?"(At 1 3:10).

No livro do Apocalipse, nos é dada uma visão do conflito espiritualde imensas proporções, conforme o evangelho eterno é pregadoaos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua,e povo (Ap 14:6). Apocalipse 16:12-14, o qual é parte da sexta praga,descreve as obras enganadoras de espíritos imundos enquanto aproclamação do capítulo 14:6-12 reúne os fiéis a Deus. StephenSmalley declara que "as três repetidas referências à 'boca' [...) dascriaturas das quais o espírito emerge sugere 'propagandapersuasiva e enganosa' irá dirigir os infiéis seculares no tempo do fima se comprometer com a causa do mal e a se isolar da fonte daverdade”.

Como o Espírito Santo auxilia no avanço da missão em um contextode oposição espiritual? O Espírito Santo outorga à igreja, por meio daoração, a capacidade de confrontar essa oposição espiritual. Foi ditoa nós que "não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espíritointercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis" (Rm8:26).

Nesse contexto, dois dons são especialmente relevantes para amissão, sendo que ambos estão ligados ao Espírito Santo. Primeiro, odom de "discernimento de espíritos" (lCo 12:10), dado pelo EspíritoSanto, é uma ferramenta indispensável na luta contra as forças domal. O segundo é a Palavra de Deus, que é a "espada do Espírito" ( Ef6:17).Com o Espírito, a iluminação da Bíblia é uma arma poderosacontra os principados e potestades (Ef 6:14).


O ESPIRITO SANTO UNIFICA A IGREJA PARA A MISSÃO

O próprio Cristo apontou para a importância da unidade para osucesso da missão da igreja. A oração sacerdotal de Cristo em favorde seus disdpulos foi feita em um contexto missionário. Apreocupação de Jesus com a unidade de seus seguidores era um deseus fardos mais pesados, conforme o seu ministério chegava ao fim.Uma unidade que, sucessivamente, estava enraizada na própriaunidade de Jesus com o Pai (Jo 17:21 ).

Essa unidade juntamente com o amor (Jo 13:33-55), é apresentadacomo um pré-requisito para o sucesso da missão (Jo 17:21, 23). Defato, Jesus estende a sua oração por meio de seus discípulos paraincluir todos aqueles que acreditarem nele pela palavra (Jo 17:20), oque enfatiza o significado da unidade da igreja para o sucesso damissão.

Ellen G. White observa que:

Não é a oposição do mundo o que mais ameaça a igreja deCristo. É o mal abrigado no coração dos crentes queacarreta suas mais graves derrotas, e mais seguramenteretarda o progresso da causa de Deus. Não há maneiramais certa de debilitar a espiritualidade que acariciar ainveja, a suspeita, a critica e as vis desconfianças. Por outrolado, o testemunho mais convincente de haver Deusenviado seu Filho ao mundo é a existência de harmonia eunião entre os homens de variados temperamentos quecompõem sua igreja. É privilégio dos seguidores de Cristodar este testemunho.


É necessário que se enfatize que a unidade pode ser encontradapor diferentes razões. Portanto, é sempre necessário manter emmente que

Embora existam, obviamente, muitas razões práticas eorganizacionrus para a unidade e muitas outras importantes razõespara se manter uma unidade de doutrina, a maior razão que Jesus ePaulo apresentam para manter a unidade é o impacto de nossotestemunho. A unidade da igreja é a melhor propaganda para opoder e graça de Deus. Essa demonstração de unidade conferecredibilidade à nossa missão e capacita o nosso testemunho.Somente na medida em que a igreja refletir na realidade de que é ocorpo de Cristo, unida no amor, sua missão será bem sucedida. Aunidade entre todos nós é simplesmente fundamental paratestemunho e missão eficazes.'"

Há muitas passagens nas Escrituras que apontam para o EspíritoSanto como um agente divino que estimula a unidade e que énecessário para o sucesso da missão da igreja. Nos escritos dePaulo, encontramos uma ênfase especial nesse ponto. Assim comoem sua benção trinitariana à igreja de Corinto, o Espírito Santo éencontrado como a fonte de União -"A graça do SENIIOR JesusCristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam comtodos vós" (2Co 13:14) -,também a função unificadora do Espirito éreconhecido por ele em Filipenses 2:1-2: "Se há, pois, algumaexortação em Cristo, alguma consolação de amor, algumacomunhão do Espirito, se há entranhados afetos e misericórdias,completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa,tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmosentiment”. Além disso, a unidade da igreja é constrúida "no Espírito"(Ef2:22) e o laço de paz é mantido "na unidade do Espírito" (Ef 4:3).

Muitas outras passagens da Bíblia poderiam ser citadas parasustentar a visão de que é o Espírito Santo que provê a unidade naigreja, mas a conclusão que necessita ser feita neste ponto é que namedida em que influência unificadora do Espírito Santo está ausenteda igreja, o verdadeiro ministério cristão sofre.


MlNISTÉRIO E MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO NO MUNDO

Muito do que foi dito está relacionado com a obra interna doEspírito Santo

na e pela igreja. Entretanto, o principal objetivo da obra do EspíritoSanto é trazer ao "mundo" o reconhecimento da soberania deJesus Cristo. Em João 16:8-11 , temos uma indicação nas Escriturasde que o Espírito executaria uma obra "no mundo”. Muitacontrovérsia cerca a interpretação dessa passagem devido,primeiramente, à forma como se traduz o verbo êlenchein no verso8. Alguns comentaristas traduzem o verbo como "revelar","convencer" ou "condenar”, embora, em inglês, cada uma dessastraduções esteja repleta de ambiguidades.

D. A. Carson prefere traduzir êlenchein como "acusar':argumentando que esse uso pode ser entendido em um sensopuramente juridico de trazer à tona um veredicto negativo,independentemente da parte acusada admitir ou não culpa. Poroutro lado, ela é usada em contextos religiosos para dizer algocomo "trazer ao co nhecimento de alguém uma culpa pessoal”.Carson, então, vê a obra do Espírito no mundo como uma luzmissionária positiva, concordando com o ponto de vista de F.Buchsel de que a palavra êlenchein significa "mostrar a alguém oseu pecado e levá-lo ao arrependimento". John Aloisi fr isa que umproblema teológico é levantado nessa passagem quando a obra doEspírito é vista em termos tão positivos. "A acusação é necessáriapara a salvação", ele diz, "mas ela própria não leva o descrente àsalvação”. Ele declara, mais tarde, que a acusação é uma obraespecial do Espírito Santo que sempre é executada em conexãocom uma revelação especial. A acusação envolve convencer ospecadores de coisas que eles não sabtam sem a revelação (..) OEspirito pode trabalhar de maneira direta para convencer aspessoas por meio da lei de Deus (Tg 2:9), mas Ele frequentementeemprega crentes para comunicar a verdade que Ele utiliza paraconvencer os descrentes.


A argumentação feita por Aloisi no parágrafo anterior liga a obra doEspirito Santo no mundo (Jo 16:8- 11) com o papel capacitador doEspírito em nome dos discípulos/igreja mencionados acima (ver Jo15:26-27). William Hendriksen está correto: "A obra do Espírito nomundo é descrita nos versos 8- 10. Por meio da pregação e obrados discípulos (...) é que o Espírito, tendo estabelecido a suaresidência no coração dos crentes (... ) convencerá o mundo". Oministério do Espírito Santo no mundo não está separado dotestemunho da igreja. Ao contrário, somos informados de que,teleologicamente, o papel final do Espírito Santo na missão daigreja é trazer todo o mundo ao conhecimento da redenção emCristo por meio do testemunho dos crentes.

Desta forma, também, temos o sentido da confiabilidade absoluta daigreja do Espirito Santo para o seu sucesso na missão, pois Eleestende a missão para o mundo além do que os discípulos por si sópoderiam ter previsto. Dessa maneira, também possuimos o sensoda absoluta dependência da igreja em relação ao Espírito Santopara o sucesso da missão, pois Ele estende a missão a todo omundo, indo além do que os discípulos por si só poderiam prever.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A igreja cristã atual enfrenta uma ironia, pois embora exista muitadiscussão sobre missão, ela parece ser concebida de maneiradiferente do que foi tradicionalmenel definido. Muitos desses novosfocos de risco dificultam a posição do Espírito Santo na missão, poissua a forma cristológica e eclesiológica está em jogo. A missãobíblica crista verdadeira é pneumatológica, pois ela é, igualmente,cristológica e eclesiológica. A missão cristã não pode serdescontextualizada da íntima relação teológica entre o Espírito Santoe Cristo assim como a sua obra e a igreja. Entretanto, quando amissão cristã é compreendida dentro de sua estrutura teológicaespecífica, a indispensabilidade do Espírito Santo na missão, dasperspectivas descritas nessa apresentação, se tornaabundantemente aparente.

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REFERÊNCIAS

Aloisi, john. "The Paraclete's Ministry of Conviction: Another Look at John 16:8-11",Journal of Evangelical Theological Society, vol. 47. 2004, p. 66.

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