1
O Estado do Maranhão São Luís, 11 de setembro de 2017. Segunda-feira 3 POLÍTICA ESTADO MAIOR Mais gente nesta disputa O senador Roberto Rocha (PSB) reagiu de forma quase imediata às declarações do governador Flávio Dino (PCdoB) sobre a disputa eleitoral de 2018 no Maranhão. Segundo o comunista, no próximo ano, o pleito será “entre a tentativa de voltar ao passado e a continuidade do nosso projeto”. A declaração é uma tentativa de mostrar que na disputa somente terá espaço para o grupo Sarney e o grupo contrário composto pelo comunista. Rocha se põe como uma via alternativa e, por isso, não gostou nada da declaração de Dino e logo reagiu nas redes sociais. “Na verdade, a tentativa é dele [Flávio Dino], de projetar para o passado o cenário eleitoral, na esperança de que a população do Maranhão não enxergue uma perspectiva de futuro diferente”. O que o senador quer mostrar é que o discurso anti- Sarney está ultrapassado e que para o grupo de Dino é o que resta, já que a promessa de 2014 – o discurso de mudança – nunca foi posto em prática. Além de Roberto Rocha, Flávio Dino também deverá ter como adversária a ex-prefeito de Lago da Pedra, Maura Jorge (Podemos), que percorre o Maranhão como pré-candidata ao governo. Odeputado estadual Eduardo Braide (PMN) também é colocado como uma possibilidade dentro da disputa. Ele apareceu bem em pesquisas eleitorais e, por isso, aliados têm difundido essa ideia. Mas, esse cenário com uma disputa pulverizada com várias candidaturas não interessa a Flávio Dino. Ele quer na eleição de 2018 usar os mesmos argumentos cansados e ultrapassados que vem usando para justificar os numerosos escândalos que contabilizam sua gestão no Maranhão. Lamentável ver que prevaleceu a rivalidade e faltou esforço do time do Sampaio, cuja derrota para o Botafogo-PB acabou provocando o rebaixamento do Moto. Flávio Dino chegou a tomar o Parque Independência da Associação de Criadores para evitar a realização da Expoema. E MAIS Flávio Dino quer é que a disputa seja polarizada e, por isso, vende a ideia já cansada do anti-sarneysismo Na ocasião, o comunista disse que faria no local um conjunto habitacional para servidores públicos, o que nunca ocorreu. CARLA LIMA Subeditora de Política A direção estadual do PSB realizou no fim de se- mana o congresso esta- dual da legenda. Entre as decisões ficaram determinadas a recondução do presidente da le- genda no Maranhão, Luciano Lei- toa, e o apoio dos socialistas ao governo de Flávio Dino (PCdoB) e também a sua candidatura à reeleição. Mas, a decisão que mais cha- mou a atenção foi a aprovação, por unanimidade, do pedido de expulsão do senador Roberto Rocha dos quadros da legenda. O pedido foi feito pelo depu- tado Bira do Pindaré na presença do presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira. O parlamentar argumentou que o senador descumpre o que diz o código de ética do partido e, por isso, um processo de expulsão deveria ser iniciado. O presidente municipal faz re- ferência tanto à posição do sena- dor de votar contra orientação do partido em Brasília quanto à po- sição que tem em relação ao go- vernador Flávio Dino, fazendo oposição ao governo comunista. Mesmo sendo aprovada no en- contro, a decisão da direção esta- dual não surte efeito para o sena- dor já que devido ao mandato, somente a direção nacional tem o poder de expulsar um senador. Recado Essa é a segunda vez que Pindaré manda recado para Roberto Rocha para que o senador deixe a legenda. A primeira vez ocorreu assim que Bira foi eleito presi- dente municipal do PSB em en- contro municipal ainda em agosto. Em entrevista, Bira do Pindaré disse que Roberto Rocha deveria deixar a legenda porque não tinha mais espaço. “O lugar dele é qualquer outro lugar, menos aqui no PSB. Essa é minha visão em relação a este in- divíduo. Espero que ele tenha o bom senso e perceba que não tem ambiente pra ele no PSB”, disse Pindaré. Rocha respondeu à provoca- ção do seu adversário e disse que sua expulsão é uma vontade do governador Flávio Dino. “Quem deseja minha saída é o Flávio Dino, que alugou o partido. Mais um aluguel camarada”, disse o senador. Decisões Sem aprofundar o debate sobre a sugestão de Bira do Pindaré, os socialistas votaram o nome de Lu- ciano Leitoa para permanecer na presidência estadual do PSB. Além disso, no encontro esta- dual o partido decidiu ficar ofi- cialmente na base de apoio do go- vernador Flávio Dino assim como apoiar a candidatura à reeleição do comunista. Bira do Pindaré já havia falado sobre a saída de Roberto Rocha do PSB assim que assumiu o partido em SL Direção do PSB aprova pedido para expulsar o senador Roberto Rocha Pedido foi do deputado estadual Bira do Pindaré que foi colocado em análise com a presença do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira Fotos/Divulgação Reação Após manifestação de Roberto Rocha, o secretário de Comunicação e Articulação Política de Flávio Dino, Márcio Jerry, também reagiu. De forma “enigmática” e grosseira, Jerry chama o senador de idiota e ainda diz que não dará resposta ao socialista. O secretário braço direito e esquerdo do governador completou dizendo: “Cães ladram e a caravana vai passando”. Articulações E enquanto o senador Roberto Rocha briga nas redes sociais com seu adversário maior, o governador Flávio Dino faz gestos para mostrar que o destino de Rocha é deixar o PSB. No sábado, o comunista participou do encontro estadual do partido, que confirmou o prefeito de Timon, Luciano Leitoa, na permanência da presidência no Maranhão. Nessa questão partidária, o senador prefere o silêncio, já que aguarda o desenrolar nacional para depois confirmar se fica ou sai dos quadros socialistas. Cobrança Vereadores de São Luís prometem cobrar do presidente da Câmara Municipal, Astro de Ogum (PR), votação do projeto de lei que regulamenta o Uber. A manifestação dos parlamentares se deu devido ao episódio de agressão entre um taxista e um motorista de Uber na última sexta- feira, 8. O projeto de lei é de autoria de Paulo Victor (Pros) e deveria ter sido votada na semana passada conforme prometeu Ogum após decisão do TJ sobre a legalidade do aplicativo na capital. Calados A cobrança para votar a proposta de regulamentação do Uber pode não acontecer, porque muitos vereadores têm receio de se expor com o assunto. A maioria dos parlamentares tem se mantida à distância da polêmica sobre o Uber e aguarda o desenrolar da questão, que vem sendo tratada pelo presidente da Câmara. Apenas os vereadores Marquinhos Silva (DEM), Honorato Fernandes (PT) e Chico Carvalho (PSL) falaram a respeito do serviço. Os demais preferem, até agora, o silêncio. Dever de casa A Prefeitura de São Luís vem respondendo às críticas sobre a situação das escolas da rede municipal de ensino. Mesmo que seja após pressão do Ministério Público Estadual (MP), a gestão de Edivaldo Holanda Júnior (PDT) vem fazendo investimentos nas unidades. A Prefeitura enumera que já são mais de 70 escolas reformas e recuperadas e até o fim do ano o número total será 120. Número acima do previsto no Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o MP. Cobrança Após o feriadão, membros da oposição na Assembleia Legislativa garantem que trarão para a discussão o caso da funcionária fantasma da Secretaria Estadual de Saúde. Sem qualquer resposta consistente da SES e também do governador Flávio Dino, os deputados de oposição prometem cobrar um posicionamento todos os dias. Essa cobrança será pelo menos até os órgãos fiscalizadores já provocados se posicionarem sobre o assunto. Contraditório Em mais uma contradição, o governo no Estado já mostra os investimentos que estão sendo feitos para a realização da Expoema no Parque Independência. Em 2015, o governador e seu séquito divulgaram a ideia de que a Expoema era um evento privado e não deveria ter qualquer ajuda do Poder Público. Algum tempo depois, Dino – como de costume – muda de ideia, faz o contrário e não admite o erro que cometeu, já que a feira é um evento que gera receita para o estado. MAIS O comando do PSB em São Luís pertencia ao filho do senador Roberto Rocha, Roberto Júnior. Direção trocou comando em SL Enquanto membros do PSB ma- ranhense pedem a saída de Ro- berto Rocha dos quadros da le- genda, o senador se tornou líder do partido no Senado e agora pas- sou a trabalhar de forma mais in- tensa a possibilidade de se man- ter na legenda, com o direito de ser candidato a governador em 2018 com o apoio do PSDB. Rocha se tornou líder após a saída do senador Fernando Be- zerra Coelho do PSB - ele se filiou ao PMDB. Além disso, a saída de Coelho do PSB deixa a ala do partido, a de Per- nambuco, enfraquecida para a elei- ção interna para presidente nacio- nal da sigla. Essa disputa terá influência direta nos rumos que Rocha irá tomar para o pleito do próximo ano. Fernando Coelho era um dos nomes que pertencia ao grupo de Pernambuco do PSB e que trabalha para deixar o partido, no Maranhão, ao lado do governador Flávio Dino, o que inviabilizaria uma candida- tura de Rocha ao governo em 2018 pelo partido socialista. Com a saída dele do PSB, o grupo de Pernambuco fica enfra- quecido e o de São Paulo, cujo can- didato a presidente nacional é Már- cio França, que é vice-governador paulista, a situação para Rocha me- lhora ainda mais. Estratégia Com o PSB nas mãos dos mem- bros paulistas, aumenta a possi- bilidade de Rocha ser o candidato a governador pelo partido e ainda ter o PSDB como seu aliado no próximo ano. E enquanto não fica definida a si- tuação de Rocha no PSB, o senador vem se reunindo com nomes de des- taque do PSDB nacionalmente. Ro- berto, na semana passada, foi rece- bido pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Na pauta, a rela- ção do senador com o PSDB, a pos- sibilidade do retorno de Rocha ao ninho tucano e, principalmente, a necessidade de posicionamento da legenda em relação a aliança do par- tido com o PCdoB no Maranhão. Rocha se tornou líder do PSB no Senado Câmara poderá votar PEC que muda sistema eleitoral “Distritão” e criação de fundo para financiamento de campanha deverão ser analisados pelos deputados que já aprovaram fim das coligações e cláusula BRASÍLIA O plenário da Câmara dos Deputa- dos pode retomar amanhã a análise da Proposta de Emenda à Consti- tuição (PEC) 77/03, relatada pelo de- putado Vicente Candido (PT-SP), que altera o sistema para eleição de deputados e vereadores e cria um fundo público para o financiamento das eleições. Até o início da votação, os depu- tados vão tentar fechar um acordo para analisar pelo menos o texto bá- sico da proposta, com eventuais destaques para depois. Dependendo da negociação, essa PEC pode continuar em votação na quarta-feira, 13. Também está na pauta outra proposta da reforma política: a PEC 282/16, relatada pela depu- tada Shéridan (PSDB-RR), que al- tera as regras sobre coligações par- tidárias nas eleições proporcionais e cria uma cláusula de desempe- nho para acesso a recursos do Fundo Partidário e ao horário gra- tuito de rádio e TV. Há acordo para que a votação da PEC 282, cujo texto-base já foi aprovado em primeiro turno, só ocorra após a conclusão da análise da PEC 77. A decisão sobre o sistema eleito- ral terá prioridade porque influen- cia diretamente as regras sobre co- ligações: por exemplo, se for aprovado o chamado “distritão”, que é a eleição pelo sistema majoritário de deputados e vereadores em 2018 e 2020, o sistema de coligações não afeta a distribuição das cadeiras. Por outro lado, se as mudanças forem rejeitadas e ficar mantido o sistema proporcional atual, as regras para as coligações são determinantes para o resultado. MP Caso não haja acordo, ou após ven- cidas as PECs, os deputados podem analisar a Medida Provisória 783/17, que permite o parcelamento de dí- vidas com a União, tanto de pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, concedendo descontos e possibili- tando o uso de prejuízo fiscal e de base negativa da Contribuição So- cial sobre o Lucro Líquido (CSLL) para pagar os débitos. Segundo o projeto de lei de con- versão do deputado Newton Car- doso Jr (PMDB-MG), os descontos, que no texto original giravam em torno de 25% a 90%, passam a ser de 85% a 99% quanto a multas, juros de mora, encargos legais e hono- rários advocatícios. O governo estendeu o prazo ori- ginal da MP para adesão ao pro- grama por meio de outra medida provisória (798/17), que passa de 31 de agosto para 29 de setembro, e tem negociado um texto alter- nativo com menos benefícios aos devedores. Também poderá ser analisado o Projeto de Lei 8107/17, que des- membra 26,45% da área da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim para criação da Área de Proteção Am- biental (APA) do Jamanxim, ambas localizadas em Novo Progresso, no sudoeste do Pará. As APAs possuem regras de exploração menos rígidas que as florestas nacionais. Essa proposta foi enviada pelo go- verno após o veto do presidente Mi- chel Temer à Medida Provisória 756/16. O percentual de floresta trans- formado em APA é menor que o pre- visto na MP, que foi vetada após críti- cas de organizações ambientais. Deputados federais devem analisar PEC 77/03 nesta terça-feira, 12 Divulgação

O Estado do Maranhão São Luís, 11 de setembro de 2017 ... · dente municipal do PSB em en-contro municipal ainda em agosto. ... Municipal, Astro de Ogum (PR), votação do projeto

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O Estado do Maranhão São Luís, 11 de setembro de 2017 ... · dente municipal do PSB em en-contro municipal ainda em agosto. ... Municipal, Astro de Ogum (PR), votação do projeto

O Estado do Maranhão São Luís, 11 de setembro de 2017. Segunda-feira 3POLÍTICA

ESTADO MAIOR

Mais gente nesta disputa

Osenador Roberto Rocha (PSB) reagiu de forma quaseimediata às declarações do governador Flávio Dino(PCdoB) sobre a disputa eleitoral de 2018 no Maranhão.

Segundo o comunista, no próximo ano, o pleito será “entre atentativa de voltar ao passado e a continuidade do nossoprojeto”. A declaração é uma tentativa de mostrar que nadisputa somente terá espaço para o grupo Sarney e o grupocontrário composto pelo comunista.

Rocha se põe como uma via alternativa e, por isso, nãogostou nada da declaração de Dino e logo reagiu nas redessociais.

“Na verdade, a tentativa é dele [Flávio Dino], de projetar parao passado o cenário eleitoral, na esperança de que a populaçãodo Maranhão não enxergueuma perspectiva de futurodiferente”.

O que o senador quermostrar é que o discurso anti-Sarney está ultrapassado e quepara o grupo de Dino é o queresta, já que a promessa de2014 – o discurso de mudança– nunca foi posto em prática.

Além de Roberto Rocha,Flávio Dino também deverá ter como adversária a ex-prefeitode Lago da Pedra, Maura Jorge (Podemos), que percorre oMaranhão como pré-candidata ao governo.

Odeputado estadual Eduardo Braide (PMN) também écolocado como uma possibilidade dentro da disputa. Eleapareceu bem em pesquisas eleitorais e, por isso, aliados têmdifundido essa ideia.

Mas, esse cenário com uma disputa pulverizada com váriascandidaturas não interessa a Flávio Dino. Ele quer na eleiçãode 2018 usar os mesmos argumentos cansados e ultrapassadosque vem usando para justificar os numerosos escândalos quecontabilizam sua gestão no Maranhão.

• Lamentável ver que prevaleceu a rivalidade e faltou esforço dotime do Sampaio, cuja derrota para o Botafogo-PB acabouprovocando o rebaixamento do Moto.

• Flávio Dino chegou a tomar o Parque Independência daAssociação de Criadores para evitar a realização da Expoema.

E MAIS

Flávio Dino quer éque a disputa sejapolarizada e, porisso, vende a ideiajá cansada doanti-sarneysismo

• Na ocasião, o comunista disse que faria no local um conjuntohabitacional para servidores públicos, o que nunca ocorreu.

CARLA LIMASubeditora de Política

Adireção estadual do PSBrealizou no fim de se-mana o congresso esta-dual da legenda. Entre

as decisões ficaram determinadasa recondução do presidente da le-genda no Maranhão, Luciano Lei-toa, e o apoio dos socialistas aogoverno de Flávio Dino (PCdoB)e também a sua candidatura àreeleição.

Mas, a decisão que mais cha-mou a atenção foi a aprovação,por unanimidade, do pedido deexpulsão do senador RobertoRocha dos quadros da legenda.

O pedido foi feito pelo depu-tado Bira do Pindaré na presençado presidente nacional da sigla,Carlos Siqueira.

O parlamentar argumentouque o senador descumpre o quediz o código de ética do partido e,por isso, um processo de expulsãodeveria ser iniciado.

O presidente municipal faz re-ferência tanto à posição do sena-dor de votar contra orientação dopartido em Brasília quanto à po-sição que tem em relação ao go-vernador Flávio Dino, fazendooposição ao governo comunista.

Mesmo sendo aprovada no en-contro, a decisão da direção esta-dual não surte efeito para o sena-dor já que devido ao mandato,somente a direção nacional temo poder de expulsar um senador.

RecadoEssa é a segunda vez que Pindarémanda recado para RobertoRocha para que o senador deixe alegenda. A primeira vez ocorreuassim que Bira foi eleito presi-dente municipal do PSB em en-contro municipal ainda emagosto.

Em entrevista, Bira do Pindarédisse que Roberto Rocha deveriadeixar a legenda porque não tinhamais espaço.

“O lugar dele é qualquer outrolugar, menos aqui no PSB. Essa éminha visão em relação a este in-divíduo. Espero que ele tenha o

bom senso e perceba que não temambiente pra ele no PSB”, dissePindaré.

Rocha respondeu à provoca-ção do seu adversário e disse quesua expulsão é uma vontade dogovernador Flávio Dino. “Quemdeseja minha saída é o FlávioDino, que alugou o partido. Maisum aluguel camarada”, disse osenador.

DecisõesSem aprofundar o debate sobrea sugestão de Bira do Pindaré, ossocialistas votaram o nome de Lu-ciano Leitoa para permanecer napresidência estadual do PSB.

Além disso, no encontro esta-dual o partido decidiu ficar ofi-cialmente na base de apoio do go-vernador Flávio Dino assim comoapoiar a candidatura à reeleiçãodo comunista.

Bira do Pindaré já havia falado sobre a saída de Roberto Rocha do PSB assim que assumiu o partido em SL

Direção do PSB aprovapedido para expulsar osenador Roberto RochaPedido foi do deputado estadual Bira do Pindaré que foi colocado emanálise com a presença do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira

Fotos/Divulgação

ReaçãoApós manifestação de Roberto Rocha, o secretário de Comunicação e

Articulação Política de Flávio Dino, Márcio Jerry, também reagiu.De forma “enigmática” e grosseira, Jerry chama o senador de idiota e

ainda diz que não dará resposta ao socialista.O secretário braço direito e esquerdo do governador completou

dizendo: “Cães ladram e a caravana vai passando”.

ArticulaçõesE enquanto o senador Roberto Rocha briga nas redes sociais com seu

adversário maior, o governador Flávio Dino faz gestos para mostrarque o destino de Rocha é deixar o PSB.

No sábado, o comunista participou do encontro estadual do partido,que confirmou o prefeito de Timon, Luciano Leitoa, na permanênciada presidência no Maranhão.

Nessa questão partidária, o senador prefere o silêncio, já que aguardao desenrolar nacional para depois confirmar se fica ou sai dos quadrossocialistas.

CobrançaVereadores de São Luís prometem cobrar do presidente da Câmara

Municipal, Astro de Ogum (PR), votação do projeto de lei queregulamenta o Uber.

A manifestação dos parlamentares se deu devido ao episódio deagressão entre um taxista e um motorista de Uber na última sexta-feira, 8.

O projeto de lei é de autoria de Paulo Victor (Pros) e deveria ter sidovotada na semana passada conforme prometeu Ogum após decisãodo TJ sobre a legalidade do aplicativo na capital.

CaladosA cobrança para votar a proposta de regulamentação do Uber pode

não acontecer, porque muitos vereadores têm receio de se expor com oassunto.

A maioria dos parlamentares tem se mantida à distância da polêmicasobre o Uber e aguarda o desenrolar da questão, que vem sendotratada pelo presidente da Câmara.

Apenas os vereadores Marquinhos Silva (DEM), Honorato Fernandes(PT) e Chico Carvalho (PSL) falaram a respeito do serviço. Os demaispreferem, até agora, o silêncio.

Dever de casaA Prefeitura de São Luís vem respondendo às críticas sobre a situação

das escolas da rede municipal de ensino.Mesmo que seja após pressão do Ministério Público Estadual (MP), a

gestão de Edivaldo Holanda Júnior (PDT) vem fazendo investimentosnas unidades.

A Prefeitura enumera que já são mais de 70 escolas reformas erecuperadas e até o fim do ano o número total será 120. Número acimado previsto no Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o MP.

CobrançaApós o feriadão, membros da oposição na Assembleia Legislativa

garantem que trarão para a discussão o caso da funcionária fantasmada Secretaria Estadual de Saúde.

Sem qualquer resposta consistente da SES e também do governadorFlávio Dino, os deputados de oposição prometem cobrar umposicionamento todos os dias.

Essa cobrança será pelo menos até os órgãos fiscalizadores jáprovocados se posicionarem sobre o assunto.

ContraditórioEm mais uma contradição, o governo no Estado já mostra os

investimentos que estão sendo feitos para a realização da Expoema noParque Independência.

Em 2015, o governador e seu séquito divulgaram a ideia de que aExpoema era um evento privado e não deveria ter qualquer ajuda doPoder Público.

Algum tempo depois, Dino – como de costume – muda de ideia, faz ocontrário e não admite o erro que cometeu, já que a feira é um eventoque gera receita para o estado.

MAIS

O comando do PSB em SãoLuís pertencia ao filho dosenador Roberto Rocha,Roberto Júnior.

Direção trocou comando em SL

Enquanto membros do PSB ma-ranhense pedem a saída de Ro-berto Rocha dos quadros da le-genda, o senador se tornou líderdo partido no Senado e agora pas-sou a trabalhar de forma mais in-tensa a possibilidade de se man-ter na legenda, com o direito deser candidato a governador em2018 com o apoio do PSDB.

Rocha se tornou líder após asaída do senador Fernando Be-zerra Coelho do PSB - ele se filiouao PMDB.

Além disso, a saída de Coelho doPSB deixa a ala do partido, a de Per-nambuco, enfraquecida para a elei-ção interna para presidente nacio-nal da sigla. Essa disputa teráinfluência direta nos rumos queRocha irá tomar para o pleito dopróximo ano.

Fernando Coelho era um dosnomes que pertencia ao grupo dePernambuco do PSB e que trabalhapara deixar o partido, no Maranhão,ao lado do governador Flávio Dino,o que inviabilizaria uma candida-tura de Rocha ao governo em 2018

pelo partido socialista.Com a saída dele do PSB, o

grupo de Pernambuco fica enfra-quecido e o de São Paulo, cujo can-didato a presidente nacional é Már-cio França, que é vice-governadorpaulista, a situação para Rocha me-lhora ainda mais.

EstratégiaCom o PSB nas mãos dos mem-bros paulistas, aumenta a possi-bilidade de Rocha ser o candidatoa governador pelo partido e aindater o PSDB como seu aliado nopróximo ano.

E enquanto não fica definida a si-tuação de Rocha no PSB, o senadorvem se reunindo com nomes de des-taque do PSDB nacionalmente. Ro-berto, na semana passada, foi rece-bido pelo governador de São Paulo,Geraldo Alckmin. Na pauta, a rela-ção do senador com o PSDB, a pos-sibilidade do retorno de Rocha aoninho tucano e, principalmente, anecessidade de posicionamento dalegenda em relação a aliança do par-tido com o PCdoB no Maranhão. �

Rocha se tornou líder do PSB no Senado

Câmara poderá votar PECque muda sistema eleitoral“Distritão” e criação de fundo para financiamento de campanha deverão seranalisados pelos deputados que já aprovaram fim das coligações e cláusula

BRASÍLIA

O plenário da Câmara dos Deputa-dos pode retomar amanhã a análiseda Proposta de Emenda à Consti-tuição (PEC) 77/03, relatada pelo de-putado Vicente Candido (PT-SP),que altera o sistema para eleição dedeputados e vereadores e cria umfundo público para o financiamentodas eleições.

Até o início da votação, os depu-tados vão tentar fechar um acordopara analisar pelo menos o texto bá-sico da proposta, com eventuaisdestaques para depois.

Dependendo da negociação, essaPEC pode continuar em votação naquarta-feira, 13.

Também está na pauta outraproposta da reforma política: aPEC 282/16, relatada pela depu-tada Shéridan (PSDB-RR), que al-tera as regras sobre coligações par-tidárias nas eleições proporcionaise cria uma cláusula de desempe-nho para acesso a recursos doFundo Partidário e ao horário gra-tuito de rádio e TV.

Há acordo para que a votaçãoda PEC 282, cujo texto-base já foiaprovado em primeiro turno, sóocorra após a conclusão da análiseda PEC 77.

A decisão sobre o sistema eleito-ral terá prioridade porque influen-cia diretamente as regras sobre co-ligações: por exemplo, se foraprovado o chamado “distritão”, queé a eleição pelo sistema majoritáriode deputados e vereadores em 2018e 2020, o sistema de coligações não

afeta a distribuição das cadeiras. Poroutro lado, se as mudanças foremrejeitadas e ficar mantido o sistemaproporcional atual, as regras para ascoligações são determinantes parao resultado.

MPCaso não haja acordo, ou após ven-cidas as PECs, os deputados podemanalisar a Medida Provisória 783/17,que permite o parcelamento de dí-vidas com a União, tanto de pessoas

físicas quanto pessoas jurídicas,concedendo descontos e possibili-tando o uso de prejuízo fiscal e debase negativa da Contribuição So-cial sobre o Lucro Líquido (CSLL)para pagar os débitos.

Segundo o projeto de lei de con-versão do deputado Newton Car-doso Jr (PMDB-MG), os descontos,que no texto original giravam emtorno de 25% a 90%, passam a serde 85% a 99% quanto a multas, jurosde mora, encargos legais e hono-rários advocatícios.

O governo estendeu o prazo ori-ginal da MP para adesão ao pro-grama por meio de outra medidaprovisória (798/17), que passa de31 de agosto para 29 de setembro,e tem negociado um texto alter-nativo com menos benefícios aosdevedores.

Também poderá ser analisado oProjeto de Lei 8107/17, que des-membra 26,45% da área da FlorestaNacional (Flona) do Jamanxim paracriação da Área de Proteção Am-biental (APA) do Jamanxim, ambaslocalizadas em Novo Progresso, nosudoeste do Pará. As APAs possuemregras de exploração menos rígidasque as florestas nacionais.

Essa proposta foi enviada pelo go-verno após o veto do presidente Mi-chel Temer à Medida Provisória756/16. O percentual de floresta trans-formado em APA é menor que o pre-visto na MP, que foi vetada após críti-cas de organizações ambientais. �

Deputados federais devem analisar PEC 77/03 nesta terça-feira, 12

Divulgação