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O exercício profissional do assistente social na gestãoanálise da gestão da assistência social em
Peterson Alexand
(1) Faculdade Metropolitana de Maringá, U(2) Universidade Estadual de Maringá, UEM, Brasil. E
Resumo: O presente artigo integra resultados de estudos investigativos realiMaringá/PR sobre a atuação do assistente social nos espaços de gestão social, nesse caso, a polítde assistência social. Foi realizada uma pesquisagestor da política a fim de compreender os condicionantes técnicos e políticos do seu exercício profissional. Os resultados atestam que o Serviço Social tem avançado nos espaços de gestão, possui formação que o instrumentaliza para tal intervenção, porém condicionantes ideopolíticas ainda limitam a materialização ao projeto social defendido pela categoria.
Palavras
Abstract: This article includes resultssocial worker in the spaces of social management, in this case, social welfare policy. Were conducted field research with professionals working in the policy governing body in order to understand technical and political constraints of your professional practice. The results show that social work has advanced in the areas of management, has training that exploits for such intervention, however ideopoliticals constraints still limit the materiali
Key
1. INTRODUÇÃO
A partir da consolidação do capitalismo monopolista no Brasil, anos 1930, o trabalho do assistente
social passa a ser requisitado, considerando sua utilidade
elaboração de respostas qualificadas à questão social.
O assistente social amplia ao longo das décadas o desenvolvimento de suas teorias, técnicas e visão
política no âmbito da sociedade a qual intervém. Essa profissão
capitalistas, irá desenvolver um terreno fértil para sua intervenção, seja na condição de executor final
das ações ou gestor responsável pelo planejamento das mesmas.
Nesse ponto do planejamento das políticas sociais
espaço sócio-ocupacional para o assistente social. Vêm, sobretudo a partir da promulgação da
Constituição Federal, de 1988, constituir num espaço no qual o profissional enxer
imprimir direção às políticas sociais para além dos interesses de reprodução do modelo capitalista
atendendo, especialmente, os interesses da classe trabalhadora.
Porém as condições socio-históricas dessa gestão social tem sido
Esse ideário político-econômico vai imprimir um desmonte de direitos sociais, limitando a gestão
social para caminhos cujo resultado atinge severamente a massa trabalhador
Dessa forma se torna urgente refletir acerca do papel do assistente social que atua nos espaços de
gestão social. Discutindo até que ponto seu arsenal de saberes e técnicas, além de sua direção socio
política, encontram ambiente favorável para execução
Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
O exercício profissional do assistente social na gestão análise da gestão da assistência social em Maringá/PR
Peterson Alexandre Marino (1) Marcelo de Oliveira Nascimento
de Maringá, UNIFAMMA, Brasil. E-mail: [email protected](2) Universidade Estadual de Maringá, UEM, Brasil. E-mail: [email protected]
O presente artigo integra resultados de estudos investigativos realizados no município de Maringá/PR sobre a atuação do assistente social nos espaços de gestão social, nesse caso, a polítde assistência social. Foi realizada uma pesquisa de campo com profissionais que atuam no órgão gestor da política a fim de compreender os condicionantes técnicos e políticos do seu exercício profissional. Os resultados atestam que o Serviço Social tem avançado nos espaços de gestão, possui
o instrumentaliza para tal intervenção, porém condicionantes ideopolíticas ainda limitam a materialização ao projeto social defendido pela categoria.
Palavras-chave: Gestão Social. Serviço Social. Assistência Social
This article includes results of research studies conducted in Maringá/social worker in the spaces of social management, in this case, social welfare policy. Were conducted field research with professionals working in the policy governing body in order to understand technical and political constraints of your professional practice. The results show that social work has advanced in the areas of management, has training that exploits for such intervention, however ideopoliticals constraints still limit the materialization social project defended by category.
Key-words: Social management. Social Work. Social assistance
A partir da consolidação do capitalismo monopolista no Brasil, anos 1930, o trabalho do assistente
considerando sua utilidade na divisão social e técnica do trabalho,
elaboração de respostas qualificadas à questão social.
O assistente social amplia ao longo das décadas o desenvolvimento de suas teorias, técnicas e visão
ade a qual intervém. Essa profissão, no interior
desenvolver um terreno fértil para sua intervenção, seja na condição de executor final
das ações ou gestor responsável pelo planejamento das mesmas.
nejamento das políticas sociais, a gestão social se apresenta enquanto importante
ocupacional para o assistente social. Vêm, sobretudo a partir da promulgação da
Constituição Federal, de 1988, constituir num espaço no qual o profissional enxer
imprimir direção às políticas sociais para além dos interesses de reprodução do modelo capitalista
especialmente, os interesses da classe trabalhadora.
históricas dessa gestão social tem sido atravessadas pelo ideário neoliberal.
econômico vai imprimir um desmonte de direitos sociais, limitando a gestão
social para caminhos cujo resultado atinge severamente a massa trabalhadora.
refletir acerca do papel do assistente social que atua nos espaços de
gestão social. Discutindo até que ponto seu arsenal de saberes e técnicas, além de sua direção socio
política, encontram ambiente favorável para execução dos serviços de gestão. E até q
1
e 09 a 12 de Junho de 2015.
social: uma Maringá/PR
Marcelo de Oliveira Nascimento (2)
mail: [email protected] mail: [email protected]
zados no município de Maringá/PR sobre a atuação do assistente social nos espaços de gestão social, nesse caso, a política
de campo com profissionais que atuam no órgão gestor da política a fim de compreender os condicionantes técnicos e políticos do seu exercício profissional. Os resultados atestam que o Serviço Social tem avançado nos espaços de gestão, possui
o instrumentaliza para tal intervenção, porém condicionantes ideopolíticas ainda
Assistência Social.
ch studies conducted in Maringá/PR on the role of social worker in the spaces of social management, in this case, social welfare policy. Were conducted field research with professionals working in the policy governing body in order to understand the technical and political constraints of your professional practice. The results show that social work has advanced in the areas of management, has training that exploits for such intervention, however
zation social project defended by category.
Social assistance.
A partir da consolidação do capitalismo monopolista no Brasil, anos 1930, o trabalho do assistente
na divisão social e técnica do trabalho, na
O assistente social amplia ao longo das décadas o desenvolvimento de suas teorias, técnicas e visão
, no interior das políticas sociais
desenvolver um terreno fértil para sua intervenção, seja na condição de executor final
a gestão social se apresenta enquanto importante
ocupacional para o assistente social. Vêm, sobretudo a partir da promulgação da
Constituição Federal, de 1988, constituir num espaço no qual o profissional enxerga a possibilidade de
imprimir direção às políticas sociais para além dos interesses de reprodução do modelo capitalista,
essadas pelo ideário neoliberal.
econômico vai imprimir um desmonte de direitos sociais, limitando a gestão
refletir acerca do papel do assistente social que atua nos espaços de
gestão social. Discutindo até que ponto seu arsenal de saberes e técnicas, além de sua direção socio-
. E até que ponto o
Serviço Social é suscetível a reproduzir as contradições próprias da sociedade capitalista.
nesse artigo, nos centramos na política de assistência social, importante componente da Seguridade
Social brasileira que visa promover o bem
Fugir do assistencialismo, de ações fragmentárias e compensatórias é o desafio da gestão social no
interior dessa política, a qual no
profissionais assistentes sociais.
Sabemos que a gestão social não é tarefa exclusiva do Serviço Social, é resultado do esforço coletivo
entre as diferentes disciplinas e saberes (materializadas em diferentes profissões e sujeitos) e ainda da
presença da população demarcando o caráter democrático que a mesma deve ter. Entretanto nossa
proposta de reflexão aqui apresentada versa por esse profissional, considerando os interesses e
curiosidades científicas destes pesquisadores.
2. SERVIÇO SOCIAL E GESTÃO SOCIAL NO CONTEXTO
2.1. Contexto econômico e político da gestão social
Ao nos referirmos acerca da
problematizar inicialmente sobre qual Estado estamos falando. A concepção de Estado, entend
executada pelos entes políticos, define o resultado de uma série de outros fatores que, por sua vez,
afetará o desenvolvimento das políticas sociais, o trabalho do assistente social e o acesso aos direitos
sociais e humanos da classe trabalhadora.
A discussão e teorização em torno do Estado é muito antiga, sendo várias as teorias que objetivam
responder essa questão. Desde o italiano Nicolau Maquiavel (1469
Hobbes (1588-1679), John Locke (1632
importantes debates acerca do Estado são formulados no intuito de compreender por que os homens o
organizam e que funções ele deve desempenhar
Tecer considerações sobre a concepção de Estado introduz a proposta inicial em reflet
papel e também como sua atuação pode influir na gestão social. Coloca em pauta, a discussão teórica
quanto às suas funções; e, até em que medida existe
considerados de extrema relevância para a
brasileiro, a presença do Estado se faz manifesta, especialmente por meio da condução das políticas
sociais e essas políticas se constituem como o
apresentando um espaço de luta por projetos políticos.
As políticas sociais, conforme
associadas ao modo capitalista de produzir e reproduzir
reconhecimento da questão social
nas relações de exploração do capital sobre o trabalho. Com o agravo da questão social, o Estado
Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
Serviço Social é suscetível a reproduzir as contradições próprias da sociedade capitalista.
nesse artigo, nos centramos na política de assistência social, importante componente da Seguridade
Social brasileira que visa promover o bem-estar e a proteção social à famílias.
Fugir do assistencialismo, de ações fragmentárias e compensatórias é o desafio da gestão social no
interior dessa política, a qual no Município de Maringá tem no seu órgão gestor a presença de vários
Sabemos que a gestão social não é tarefa exclusiva do Serviço Social, é resultado do esforço coletivo
entre as diferentes disciplinas e saberes (materializadas em diferentes profissões e sujeitos) e ainda da
cando o caráter democrático que a mesma deve ter. Entretanto nossa
proposta de reflexão aqui apresentada versa por esse profissional, considerando os interesses e
curiosidades científicas destes pesquisadores.
SERVIÇO SOCIAL E GESTÃO SOCIAL NO CONTEXTO DO ESTADO NEOLIBERAL
Contexto econômico e político da gestão social
acerca da intervenção do Estado por meio de políticas sociais precisamos
problematizar inicialmente sobre qual Estado estamos falando. A concepção de Estado, entend
executada pelos entes políticos, define o resultado de uma série de outros fatores que, por sua vez,
afetará o desenvolvimento das políticas sociais, o trabalho do assistente social e o acesso aos direitos
sociais e humanos da classe trabalhadora.
discussão e teorização em torno do Estado é muito antiga, sendo várias as teorias que objetivam
responder essa questão. Desde o italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527), passando por Thomas
1679), John Locke (1632-1704) e Jean Jacques Rousseau (1712-
importantes debates acerca do Estado são formulados no intuito de compreender por que os homens o
organizam e que funções ele deve desempenhar.
Tecer considerações sobre a concepção de Estado introduz a proposta inicial em reflet
papel e também como sua atuação pode influir na gestão social. Coloca em pauta, a discussão teórica
s; e, até em que medida existe neutralidade na sua atuação. Tais aspectos são
considerados de extrema relevância para a construção teórica desta pesquisa, uma vez que no contexto
brasileiro, a presença do Estado se faz manifesta, especialmente por meio da condução das políticas
sociais e essas políticas se constituem como o lócus privilegiado de trabalho do assistente social
apresentando um espaço de luta por projetos políticos.
ais, conforme a compreensão de Behring e Boschetti (2008), são estratégias
associadas ao modo capitalista de produzir e reproduzir-se, especialmente no que tange ao
da questão social, própria deste modo de produção, no qual o fundamento se encontra,
nas relações de exploração do capital sobre o trabalho. Com o agravo da questão social, o Estado
2
e 09 a 12 de Junho de 2015.
Serviço Social é suscetível a reproduzir as contradições próprias da sociedade capitalista. Para tanto,
nesse artigo, nos centramos na política de assistência social, importante componente da Seguridade
Fugir do assistencialismo, de ações fragmentárias e compensatórias é o desafio da gestão social no
unicípio de Maringá tem no seu órgão gestor a presença de vários
Sabemos que a gestão social não é tarefa exclusiva do Serviço Social, é resultado do esforço coletivo
entre as diferentes disciplinas e saberes (materializadas em diferentes profissões e sujeitos) e ainda da
cando o caráter democrático que a mesma deve ter. Entretanto nossa
proposta de reflexão aqui apresentada versa por esse profissional, considerando os interesses e
DO ESTADO NEOLIBERAL
intervenção do Estado por meio de políticas sociais precisamos
problematizar inicialmente sobre qual Estado estamos falando. A concepção de Estado, entendida e
executada pelos entes políticos, define o resultado de uma série de outros fatores que, por sua vez,
afetará o desenvolvimento das políticas sociais, o trabalho do assistente social e o acesso aos direitos
discussão e teorização em torno do Estado é muito antiga, sendo várias as teorias que objetivam
1527), passando por Thomas
-1778), dentre outros,
importantes debates acerca do Estado são formulados no intuito de compreender por que os homens o
Tecer considerações sobre a concepção de Estado introduz a proposta inicial em refletir sobre o seu
papel e também como sua atuação pode influir na gestão social. Coloca em pauta, a discussão teórica
neutralidade na sua atuação. Tais aspectos são
construção teórica desta pesquisa, uma vez que no contexto
brasileiro, a presença do Estado se faz manifesta, especialmente por meio da condução das políticas
privilegiado de trabalho do assistente social –
i (2008), são estratégias
especialmente no que tange ao
modo de produção, no qual o fundamento se encontra,
nas relações de exploração do capital sobre o trabalho. Com o agravo da questão social, o Estado
apresenta respostas imediatistas às crescentes demandas apresentadas pela sociedade, especialmente se
considerarmos o potencial risco que isso influi a este modo de produção.
A grande depressão econômica de 1929, com seus dramáticos efeitos inflacionários e depressivos,
ocasionou um notável aumento do desemprego, provocando, em todo o mundo ocidental, tensões
sociais intensas. Tal contexto exigiu do Estado capitalista franca regulação estratégica.
Para tanto, esse Estado teve que assumir despesas consideráveis para sustentar o emprego inclusive, de um corpo doutrinário que lhe deu, por mais de trinta anos, suporte teórico e político. (PEREIRA, 2008a, p. 32)
O Estado passa a cumprir uma postura de maior intervenção, sen
momentos de crise, no sistema capitalista, atuando para resolver problemas que a economia capitalista
produziu em seu interior. No entanto, isso não significou ter deixado de ser um Estado capitalista; pelo
contrário, essa postura visa justamente dar estabilidade ao sistema.
Considerando a diferenciação do Estado de Bem
Andersen (1995, p. 84-98) lista três regimes básicos de bem
- O caminho setor público, induzido pelo próprio
- A rota neoliberalNova Zelândia e EUA. Estratégia de desregulamentaçãde trabalho, associada a um certo grau de erosão do Welfare State.
- A rota da redução do trabalhoItália). Estratégia de redução induzida da oferta de mão de obra
A crise do mundo capitalista, nos anos 1970, deu início a derrocada desse modelo, haja vista que o
Estado de Bem-Estar foi eleito como um dos principais responsáveis. Foi criticado de forma veemente
pelos economistas neoclássicos, neoliberais e liberais, num moviment
ortodoxia” liberal.
O novo liberalismo encontrou força em potências econômicas, como EUA e Inglaterra
respectivamente liderados pelos governos Ronald Reagan e Margareth Tatcher. A ofensiva neoliberal
indicou como alternativa a redução do Estado nos setores sociais para maior concentração no apoio
direto ao capital.
Segundo Pereira (PEREIRA, 2008a), o pensamento neoliberal se apoiou nos seguintes argumentos,
para apontar o Welfare State como pilar dessa crise: a) excessiv
sociais; b) a regulação do mercado pelo Estado é negativa, pois desestimula o capitalista de investir; c)
a proteção social pública garantida é nociva ao desenvolvimento econômico, porque onera as classes
possuidoras, além de aumentar o consumo das classes populares em detrimento da poupança interna.
A solução para esses problemas, segundo os segmentos mais conservadores, seria a redução do Estado
e de suas responsabilidades sociais junto à população. No entanto, conforme
2008a, p. 39) avalia, com exceção da redução da inflação, todas as metas propostas pelos neoliberais
apresentaram índices negativos, se comparadas com as políticas keynesianas dos anos 1960.
Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
às crescentes demandas apresentadas pela sociedade, especialmente se
considerarmos o potencial risco que isso influi a este modo de produção.
A grande depressão econômica de 1929, com seus dramáticos efeitos inflacionários e depressivos,
otável aumento do desemprego, provocando, em todo o mundo ocidental, tensões
sociais intensas. Tal contexto exigiu do Estado capitalista franca regulação estratégica.
Para tanto, esse Estado teve que assumir despesas consideráveis para sustentar o emprego e oferecer melhores condições de vida aos trabalhadores, valendoinclusive, de um corpo doutrinário que lhe deu, por mais de trinta anos, suporte teórico e político. (PEREIRA, 2008a, p. 32)
O Estado passa a cumprir uma postura de maior intervenção, sendo instrumento preponderante nos
momentos de crise, no sistema capitalista, atuando para resolver problemas que a economia capitalista
produziu em seu interior. No entanto, isso não significou ter deixado de ser um Estado capitalista; pelo
postura visa justamente dar estabilidade ao sistema.
Considerando a diferenciação do Estado de Bem-Estar nos diferentes países capitalistas, Esping
98) lista três regimes básicos de bem-estar social, nos quais ele agrupa:
caminho escandinavo, baseado na social democracia. Estratégia na expansão do setor público, induzido pelo próprio Welfare State;
rota neoliberal, formada por países anglo-saxões, em particular, GrãNova Zelândia e EUA. Estratégia de desregulamentação dos salários e do mercado de trabalho, associada a um certo grau de erosão do Welfare State.
rota da redução do trabalho, países da Europa Continental (França, Alemanha, Itália). Estratégia de redução induzida da oferta de mão de obra
mundo capitalista, nos anos 1970, deu início a derrocada desse modelo, haja vista que o
Estar foi eleito como um dos principais responsáveis. Foi criticado de forma veemente
pelos economistas neoclássicos, neoliberais e liberais, num movimento que foi intitulado de “retorno à
O novo liberalismo encontrou força em potências econômicas, como EUA e Inglaterra
respectivamente liderados pelos governos Ronald Reagan e Margareth Tatcher. A ofensiva neoliberal
ativa a redução do Estado nos setores sociais para maior concentração no apoio
Segundo Pereira (PEREIRA, 2008a), o pensamento neoliberal se apoiou nos seguintes argumentos,
para apontar o Welfare State como pilar dessa crise: a) excessivo gasto governamental com políticas
sociais; b) a regulação do mercado pelo Estado é negativa, pois desestimula o capitalista de investir; c)
a proteção social pública garantida é nociva ao desenvolvimento econômico, porque onera as classes
ém de aumentar o consumo das classes populares em detrimento da poupança interna.
A solução para esses problemas, segundo os segmentos mais conservadores, seria a redução do Estado
e de suas responsabilidades sociais junto à população. No entanto, conforme
2008a, p. 39) avalia, com exceção da redução da inflação, todas as metas propostas pelos neoliberais
apresentaram índices negativos, se comparadas com as políticas keynesianas dos anos 1960.
3
e 09 a 12 de Junho de 2015.
às crescentes demandas apresentadas pela sociedade, especialmente se
A grande depressão econômica de 1929, com seus dramáticos efeitos inflacionários e depressivos,
otável aumento do desemprego, provocando, em todo o mundo ocidental, tensões
sociais intensas. Tal contexto exigiu do Estado capitalista franca regulação estratégica.
Para tanto, esse Estado teve que assumir despesas consideráveis para sustentar o e oferecer melhores condições de vida aos trabalhadores, valendo-se,
inclusive, de um corpo doutrinário que lhe deu, por mais de trinta anos, suporte
do instrumento preponderante nos
momentos de crise, no sistema capitalista, atuando para resolver problemas que a economia capitalista
produziu em seu interior. No entanto, isso não significou ter deixado de ser um Estado capitalista; pelo
Estar nos diferentes países capitalistas, Esping-
estar social, nos quais ele agrupa:
, baseado na social democracia. Estratégia na expansão do
saxões, em particular, Grã-Bretanha, o dos salários e do mercado
de trabalho, associada a um certo grau de erosão do Welfare State.
, países da Europa Continental (França, Alemanha, Itália). Estratégia de redução induzida da oferta de mão de obra.
mundo capitalista, nos anos 1970, deu início a derrocada desse modelo, haja vista que o
Estar foi eleito como um dos principais responsáveis. Foi criticado de forma veemente
o que foi intitulado de “retorno à
O novo liberalismo encontrou força em potências econômicas, como EUA e Inglaterra –
respectivamente liderados pelos governos Ronald Reagan e Margareth Tatcher. A ofensiva neoliberal
ativa a redução do Estado nos setores sociais para maior concentração no apoio
Segundo Pereira (PEREIRA, 2008a), o pensamento neoliberal se apoiou nos seguintes argumentos,
o gasto governamental com políticas
sociais; b) a regulação do mercado pelo Estado é negativa, pois desestimula o capitalista de investir; c)
a proteção social pública garantida é nociva ao desenvolvimento econômico, porque onera as classes
ém de aumentar o consumo das classes populares em detrimento da poupança interna.
A solução para esses problemas, segundo os segmentos mais conservadores, seria a redução do Estado
e de suas responsabilidades sociais junto à população. No entanto, conforme Pereira (PEREIRA,
2008a, p. 39) avalia, com exceção da redução da inflação, todas as metas propostas pelos neoliberais
apresentaram índices negativos, se comparadas com as políticas keynesianas dos anos 1960.
O que estamos tentando deixar claro aqui é que para além dos mecan
o Planejamento), a gestão social está longe da
de interesses das camadas e classes sociais.
Posições em confronto na sociedade expressamluta política, em torno das políticas sociais e econômicas, ou seja, opções, decisões e ações estratégicas, adotadas ou que se deixa de adotar, segundo os interesses preponderantes em determinadas conjunturas históricas. (SILVA, 2004, p.
A proposta neoliberal que vigora firmemente no ideário econômico e político brasileiro coloca a
perspectiva do Estado não mais tendo por missão servir toda a sociedade, mas fornecer bens e serviços
a interesses setoriais e a clientes ou consumidores, com o clar
desigualdades entre os cidadãos e as regiões do país
Por isso, conforme aponta Nogueira (1998), no atual contexto, do ponto de vista da gestão e de seus
operadores, o essencial numa proposta de construção contra
apreensão de tecnologias gerenciais, mas sim na qualificação das pessoas para atuar na fronteira entre
a técnica e a política.
Para Silva (2004) o termo gestão social
especialmente na década de 1990, entretanto a mesma constitui objeto da intervenção profissional do
Serviço Social brasileiro desde a sua gênese na década de 1930, ainda que sob diferentes abordagens.
A partir dos anos 1980/1990, com a nova propos
procura estabelecer um diálogo crítico com os diversos e multifacetados sujeitos e interlocutores e
tendências da esfera da gestão social contemporâneo. Silva (2004, p.34) destaca que a Faculdade de
Serviço Social da PUC-SP insere, a partir de sua última reforma curricular,
Gestão Social no curso de graduação.
A preocupação vai além, a partir da elaboração de eventos e a pesquisa de docentes nessa temática
seja na PUC-SP ou em outras instituições de ensino superior do país. Para Silva (2004, p.
[...] a gestão social constitui campo de docência, de pesquisa, de intervenção profissional e de intensa militância organizativoprofissional dos assistentes sde outras áreas. Em primeiro lugar no poder público, depois nas empresas e no chamado terceiro setor, o Serviço Social participa do planejamento e gestão de programas e projetos habitacionais e ambientprevenção, promoção ou recuperação da saúde, de serviços e benefícios previdenciários, de defesa de direitos, de segurança social e prevenção do risco pessoal e social, de proteção social à criança e ao adolescente, e às mais diversas formas de exclusão social, de saúde ocupacional ou de melhoria da qualidade de vida, de economia solidária e trabalho cooperativo, de apoio a movimentos sociais urbanos e rurais, de fomento à organização e funcionamefóruns e conselhos de políticas públicas, entre outros.
O Serviço Social vê na gestão social a possibilidade da justiça social
privilegiado para a gestão das condições coletivas de existência dessa justiça social.
Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
O que estamos tentando deixar claro aqui é que para além dos mecanismos técnicos (o qual se destaca
o Planejamento), a gestão social está longe da idéia de consenso social, sendo a expressão de conflitos
de interesses das camadas e classes sociais.
Posições em confronto na sociedade expressam-se no Estado, privilegiada aluta política, em torno das políticas sociais e econômicas, ou seja, opções, decisões e ações estratégicas, adotadas ou que se deixa de adotar, segundo os interesses preponderantes em determinadas conjunturas históricas. (SILVA, 2004, p.
posta neoliberal que vigora firmemente no ideário econômico e político brasileiro coloca a
perspectiva do Estado não mais tendo por missão servir toda a sociedade, mas fornecer bens e serviços
a interesses setoriais e a clientes ou consumidores, com o claro risco de agravamento das
s cidadãos e as regiões do país (SILVA, 2004).
Por isso, conforme aponta Nogueira (1998), no atual contexto, do ponto de vista da gestão e de seus
operadores, o essencial numa proposta de construção contra-hegemônica ao neoliberalismo não está na
apreensão de tecnologias gerenciais, mas sim na qualificação das pessoas para atuar na fronteira entre
Para Silva (2004) o termo gestão social – sob perspectiva multidisciplinar – se disseminou
especialmente na década de 1990, entretanto a mesma constitui objeto da intervenção profissional do
Serviço Social brasileiro desde a sua gênese na década de 1930, ainda que sob diferentes abordagens.
90, com a nova proposta de projeto social profissional, o Serviço Social
procura estabelecer um diálogo crítico com os diversos e multifacetados sujeitos e interlocutores e
tendências da esfera da gestão social contemporâneo. Silva (2004, p.34) destaca que a Faculdade de
SP insere, a partir de sua última reforma curricular, 1996,
Gestão Social no curso de graduação.
a partir da elaboração de eventos e a pesquisa de docentes nessa temática
s instituições de ensino superior do país. Para Silva (2004, p.
[...] a gestão social constitui campo de docência, de pesquisa, de intervenção profissional e de intensa militância organizativo-representativa da categoria profissional dos assistentes sociais em interlocução e colaboração com profissionais de outras áreas. Em primeiro lugar no poder público, depois nas empresas e no chamado terceiro setor, o Serviço Social participa do planejamento e gestão de programas e projetos habitacionais e ambientais, de geração e garantia de renda, de prevenção, promoção ou recuperação da saúde, de serviços e benefícios previdenciários, de defesa de direitos, de segurança social e prevenção do risco pessoal e social, de proteção social à criança e ao adolescente, e às mais diversas formas de exclusão social, de saúde ocupacional ou de melhoria da qualidade de vida, de economia solidária e trabalho cooperativo, de apoio a movimentos sociais urbanos e rurais, de fomento à organização e funcionamefóruns e conselhos de políticas públicas, entre outros.
O Serviço Social vê na gestão social a possibilidade da justiça social, tendo no Estado um instrumento
privilegiado para a gestão das condições coletivas de existência dessa justiça social.
5
e 09 a 12 de Junho de 2015.
ismos técnicos (o qual se destaca
de consenso social, sendo a expressão de conflitos
se no Estado, privilegiada arena de luta política, em torno das políticas sociais e econômicas, ou seja, opções, decisões e ações estratégicas, adotadas ou que se deixa de adotar, segundo os interesses preponderantes em determinadas conjunturas históricas. (SILVA, 2004, p. 33).
posta neoliberal que vigora firmemente no ideário econômico e político brasileiro coloca a
perspectiva do Estado não mais tendo por missão servir toda a sociedade, mas fornecer bens e serviços
o risco de agravamento das
Por isso, conforme aponta Nogueira (1998), no atual contexto, do ponto de vista da gestão e de seus
gemônica ao neoliberalismo não está na
apreensão de tecnologias gerenciais, mas sim na qualificação das pessoas para atuar na fronteira entre
se disseminou no país
especialmente na década de 1990, entretanto a mesma constitui objeto da intervenção profissional do
Serviço Social brasileiro desde a sua gênese na década de 1930, ainda que sob diferentes abordagens.
ta de projeto social profissional, o Serviço Social
procura estabelecer um diálogo crítico com os diversos e multifacetados sujeitos e interlocutores e
tendências da esfera da gestão social contemporâneo. Silva (2004, p.34) destaca que a Faculdade de
1996, a disciplina de
a partir da elaboração de eventos e a pesquisa de docentes nessa temática –
s instituições de ensino superior do país. Para Silva (2004, p. 34),
[...] a gestão social constitui campo de docência, de pesquisa, de intervenção representativa da categoria
ociais em interlocução e colaboração com profissionais de outras áreas. Em primeiro lugar no poder público, depois nas empresas e no chamado terceiro setor, o Serviço Social participa do planejamento e gestão de
ais, de geração e garantia de renda, de prevenção, promoção ou recuperação da saúde, de serviços e benefícios previdenciários, de defesa de direitos, de segurança social e prevenção do risco pessoal e social, de proteção social à criança e ao adolescente, de combate à pobreza e às mais diversas formas de exclusão social, de saúde ocupacional ou de melhoria da qualidade de vida, de economia solidária e trabalho cooperativo, de apoio a movimentos sociais urbanos e rurais, de fomento à organização e funcionamento de
Estado um instrumento
privilegiado para a gestão das condições coletivas de existência dessa justiça social.
De acordo com Filho (2013) a proposta aos profissionais assistentes sociais que atuam na gestão
pública é assumir a categoria “administração pública democrática”, ou seja, aquela que tem como
finalidade a equidade, a justiça social, a participação política
orientação de universalização e aprofundamento dos direitos” (FILHO, 2013, p.
Entretanto, o Estado é concebido como arena contraditória de equacionamento dos interesses em
confronto na sociedade. O mesmo é atualmen
capitalista global e da reforma do Estado.
Na contramão dos rumos políticos e econômicos conservadores em vigência, o Serviço Social (além
das técnicas e saberes) se apóia, a partir dos anos 1980, num
gestão social numa perspectiva antagônica aos interesses do mercado.
Nessa arena a qual diferentes projetos societários são confrontados, a profissão carrega a bandeira da
defesa pela presença do Estado no campo soc
desresponsabilização e transferência ao mercado e sociedade civil). Tal postura contribuiria para o
acesso universal aos serviços sociais públicos, o que garantiria a cidadania social.
2.3. A assistência social no Brasil
A política de assistência social integra o rol das políticas constantes na Seguridade Social Brasileira,
conforme o artigo 194 da Constituição Federal de 1988. É resultado de um amplo processo de
construção que passa por inúmeras transformações ao longo das décadas no país.
No campo conceitual, a introdução da
avanço dos direitos sociais no Brasil. Pela primeira vez, o texto de uma constituição aponta a
responsabilidade do Estado na cobertura das necessidades sociais da população e garante o acesso
dessa população à condição de cidadão.
Até o período que antecede à Constituição de
primazia do Estado, sendo relegada à s
Após a aprovação da Carta Magna
movimento em torno de sua regulamentação.
De fato, a assistência social foi a última das políticas da
orgânica. Fez-se necessária a elaboração de diagnósticos, estudos e propostas promovidas pelo Estado,
categorias profissionais e organizações da socied
e o vínculo de tal área com os setores populares
A gestão neoliberal da política brasileira
Assistência Social (LOAS) no país. Sua efe
governo, nos seus três níveis de gestão.
Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
De acordo com Filho (2013) a proposta aos profissionais assistentes sociais que atuam na gestão
pública é assumir a categoria “administração pública democrática”, ou seja, aquela que tem como
finalidade a equidade, a justiça social, a participação política, accountability e democracia “numa
orientação de universalização e aprofundamento dos direitos” (FILHO, 2013, p. 220).
o Estado é concebido como arena contraditória de equacionamento dos interesses em
confronto na sociedade. O mesmo é atualmente acometido pelo contexto da reestruturação econômica
capitalista global e da reforma do Estado.
Na contramão dos rumos políticos e econômicos conservadores em vigência, o Serviço Social (além
, a partir dos anos 1980, num projeto político que busca consolidar a
gestão social numa perspectiva antagônica aos interesses do mercado.
Nessa arena a qual diferentes projetos societários são confrontados, a profissão carrega a bandeira da
defesa pela presença do Estado no campo social (rompendo com a atual proposta de sua
desresponsabilização e transferência ao mercado e sociedade civil). Tal postura contribuiria para o
acesso universal aos serviços sociais públicos, o que garantiria a cidadania social.
Brasil - breves apontamentos
A política de assistência social integra o rol das políticas constantes na Seguridade Social Brasileira,
conforme o artigo 194 da Constituição Federal de 1988. É resultado de um amplo processo de
ras transformações ao longo das décadas no país.
No campo conceitual, a introdução da Seguridade como Sistema de Proteção Social é um marco no
avanço dos direitos sociais no Brasil. Pela primeira vez, o texto de uma constituição aponta a
do Estado na cobertura das necessidades sociais da população e garante o acesso
dessa população à condição de cidadão.
à Constituição de 1988 a assistência social enquanto política nunca foi
primazia do Estado, sendo relegada à sociedade civil como atividade ligada à filantropia e caridade.
Após a aprovação da Carta Magna - com destaque aqui aos artigos 203 e 204
sua regulamentação.
De fato, a assistência social foi a última das políticas da seguridade social brasileira a criar sua lei
se necessária a elaboração de diagnósticos, estudos e propostas promovidas pelo Estado,
categorias profissionais e organizações da sociedade civil, a fim de compreender o significado político
l área com os setores populares (SPOSATI, 2004).
A gestão neoliberal da política brasileira marca o contexto de surgimento da L
no país. Sua efetivação nesse período encontrou pouco eco nos setores do
governo, nos seus três níveis de gestão.
6
e 09 a 12 de Junho de 2015.
De acordo com Filho (2013) a proposta aos profissionais assistentes sociais que atuam na gestão
pública é assumir a categoria “administração pública democrática”, ou seja, aquela que tem como
e democracia “numa
220).
o Estado é concebido como arena contraditória de equacionamento dos interesses em
te acometido pelo contexto da reestruturação econômica
Na contramão dos rumos políticos e econômicos conservadores em vigência, o Serviço Social (além
projeto político que busca consolidar a
Nessa arena a qual diferentes projetos societários são confrontados, a profissão carrega a bandeira da
ial (rompendo com a atual proposta de sua
desresponsabilização e transferência ao mercado e sociedade civil). Tal postura contribuiria para o
A política de assistência social integra o rol das políticas constantes na Seguridade Social Brasileira,
conforme o artigo 194 da Constituição Federal de 1988. É resultado de um amplo processo de
ocial é um marco no
avanço dos direitos sociais no Brasil. Pela primeira vez, o texto de uma constituição aponta a
do Estado na cobertura das necessidades sociais da população e garante o acesso
1988 a assistência social enquanto política nunca foi
ociedade civil como atividade ligada à filantropia e caridade.
com destaque aqui aos artigos 203 e 204 - começou-se outro
ocial brasileira a criar sua lei
se necessária a elaboração de diagnósticos, estudos e propostas promovidas pelo Estado,
ade civil, a fim de compreender o significado político
surgimento da Lei Orgânica de
tivação nesse período encontrou pouco eco nos setores do
Na verdade, o processo de construção do campo da assistência social como política pública tem sido
historicamente relegado ou, no mínimo, retardado por exigên
conservadorismo, que sempre demarcou o âmbito e o modo da gestão da assistência
conjuntura brasileira (SPOSATI, 2005)
Para isso, a efetivação da assistência social em política exige, primeiramente, a primazia do
condução e, também, que as ações eventuais se t
público deve garantir continuidade, aprimoramento e expansão desses serviços perante as
características da demanda. Tal proposta se consolida a partir
Assistência Social (SUAS), objetivando que a política no país adote um padrão continuado de serviço,
mesmo sob governos diferentes.
Assim, no Brasil, a assistência social como seguridade social passa a ser gerida por um
descentralizado e participativo no que diz respeito à decisão e ao controle social. Tem por pilares a
proteção social, através da oferta de uma rede de serviços provedora de seguranças e benefícios sociais
que transferem meios e recursos par
3. O ASSISTENTE SOCIAL NOS ESPAÇOS DE GESTÃO SOCIAL: REFLEXÕES SOBRE A
ASSISTÊNCIA SOCIAL EM MARINGÁ/PR
A cidade de Maringá está localizada na parte cen
segundo estimativa do IBGE, uma população de 390 mil habitantes. Como qualquer cidade desse
porte, possui uma demanda social elevada, especialmente na área da assistência social.
A política de assistência social esta estruturada na perspectiva do SUAS (S
Assistência Social) estando no nível de
organizada, conforme a relação das unidades de serviço governamental abaixo:
Proteção Social BásicaCRAS Centro de Convivência e Fortalecimento de Escola ProfissionalizanteCentro da Juventude
Proteção Social Especial de Média ComplexidadeCREAS Medidas SocioeducativasCentro Pop RuaCentro Dia SEAS - Serviço Especializado de Abordagem Social de Criança e AdolescenteVerificação de Denúncia
Proteção Social Especial de Alta ComplexidadeAcolhimento InstitucionalAcolhimento FamiliarServiço de Acolhimento em República
Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
Na verdade, o processo de construção do campo da assistência social como política pública tem sido
historicamente relegado ou, no mínimo, retardado por exigência da necessária ruptura com o
conservadorismo, que sempre demarcou o âmbito e o modo da gestão da assistência
(SPOSATI, 2005).
Para isso, a efetivação da assistência social em política exige, primeiramente, a primazia do
condução e, também, que as ações eventuais se transformem em serviços continuados. O orçamento
público deve garantir continuidade, aprimoramento e expansão desses serviços perante as
Tal proposta se consolida a partir da construção de um Sistema Único de
Assistência Social (SUAS), objetivando que a política no país adote um padrão continuado de serviço,
Assim, no Brasil, a assistência social como seguridade social passa a ser gerida por um
descentralizado e participativo no que diz respeito à decisão e ao controle social. Tem por pilares a
proteção social, através da oferta de uma rede de serviços provedora de seguranças e benefícios sociais
que transferem meios e recursos para a proteção social básica dos cidadãos (SPOSATI, 2005)
O ASSISTENTE SOCIAL NOS ESPAÇOS DE GESTÃO SOCIAL: REFLEXÕES SOBRE A
ASSISTÊNCIA SOCIAL EM MARINGÁ/PR
A cidade de Maringá está localizada na parte centro-norte do estado do Paraná.
segundo estimativa do IBGE, uma população de 390 mil habitantes. Como qualquer cidade desse
possui uma demanda social elevada, especialmente na área da assistência social.
A política de assistência social esta estruturada na perspectiva do SUAS (S
Assistência Social) estando no nível de “gestão plena”, e conta com uma rede de serviços bem
organizada, conforme a relação das unidades de serviço governamental abaixo:
Proteção Social Básica
Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Escola Profissionalizante Centro da Juventude
Proteção Social Especial de Média Complexidade
Medidas Socioeducativas Centro Pop Rua
Serviço Especializado de Abordagem Social de Criança e AdolescenteVerificação de Denúncia
Proteção Social Especial de Alta Complexidade Acolhimento Institucional Acolhimento Familiar Serviço de Acolhimento em República
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e 09 a 12 de Junho de 2015.
Na verdade, o processo de construção do campo da assistência social como política pública tem sido
cia da necessária ruptura com o
conservadorismo, que sempre demarcou o âmbito e o modo da gestão da assistência social na
Para isso, a efetivação da assistência social em política exige, primeiramente, a primazia do Estado na
ransformem em serviços continuados. O orçamento
público deve garantir continuidade, aprimoramento e expansão desses serviços perante as
da construção de um Sistema Único de
Assistência Social (SUAS), objetivando que a política no país adote um padrão continuado de serviço,
Assim, no Brasil, a assistência social como seguridade social passa a ser gerida por um sistema único
descentralizado e participativo no que diz respeito à decisão e ao controle social. Tem por pilares a
proteção social, através da oferta de uma rede de serviços provedora de seguranças e benefícios sociais
a a proteção social básica dos cidadãos (SPOSATI, 2005).
O ASSISTENTE SOCIAL NOS ESPAÇOS DE GESTÃO SOCIAL: REFLEXÕES SOBRE A
norte do estado do Paraná. Tem atualmente,
segundo estimativa do IBGE, uma população de 390 mil habitantes. Como qualquer cidade desse
possui uma demanda social elevada, especialmente na área da assistência social.
A política de assistência social esta estruturada na perspectiva do SUAS (Sistema Único de
, e conta com uma rede de serviços bem
Serviço Especializado de Abordagem Social de Criança e Adolescente
Outros ServiçosCentro da Juventude Antonio Paulo PuccaCondomínio Cidade NovaCSU - Centro Social UrbanoEscola Profissionalizante Professora Laura Rebouças de AbreuEspaço da Juventude Brinco da VilaPAC Social Projeto de Inclusão Social e DigitalRestaurante Popular
Conta ainda com a rede não governamental que serve de apoio à execução dos serviços, programas e
projetos socioassistenciais. Todos esses serviços buscam materializar os pressupostos da PNAS
(Política Nacional de Assistência Social, de 2004), porém enfrenta os velhos desafios e limitações que
as políticas públicas sociais enfrentam no contexto neolibera
No que tange à gestão da política, a mesma é estruturada com base em diretorias e gerências:
• diretoria de gestão instituição• diretoria de programas sobre drogas• diretoria de segurança alimentar/restaurante popular• diretoria de projetos sociais• gerência administrativo e financeiro• gerência de projetos sociais• gerência de programas sobre drogas• gerência de proteção social básica• gerência de proteção social especial• gerência de gestão suas• gerência de materiais• gerência de materiais
Segundo a NOB/RH (2006), as funções essenciais da gestão municipal da assistência social, são
• Gestão do Sistema Municipal de Assistência Social • Coordenação da Proteção Social Básica • Coordenação da Proteção Social Especial • Planejamento e Orçamento • Gerenciamento do Fundo Munici• Gerenciamento dos Sistemas de Informação • Monitoramento e Controle da Execução dos Serviços, Programas, Projetos e
Benefícios • Monitoramento e Controle da Rede Socioassistencial • Gestão do Trabalho Apoio às Instâncias de Delibera
No que tange ao Serviço Social na gestão social são atualmente
na gestão da política de assistência social no município, executando funções de gerência, planejamento
e assessoria.
As relações empregatícias variam
dos profissionais possui pós-graduação e está na SASC (Secretaria de Assistência Social e Cidadania)
há mais de um ano.
Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
Outros Serviços Centro da Juventude Antonio Paulo Pucca Condomínio Cidade Nova
Centro Social Urbano Profissionalizante Professora Laura Rebouças de Abreu
Espaço da Juventude Brinco da Vila
Projeto de Inclusão Social e Digital Restaurante Popular
Conta ainda com a rede não governamental que serve de apoio à execução dos serviços, programas e
ojetos socioassistenciais. Todos esses serviços buscam materializar os pressupostos da PNAS
(Política Nacional de Assistência Social, de 2004), porém enfrenta os velhos desafios e limitações que
as políticas públicas sociais enfrentam no contexto neoliberal.
No que tange à gestão da política, a mesma é estruturada com base em diretorias e gerências:
diretoria de gestão instituição diretoria de programas sobre drogas diretoria de segurança alimentar/restaurante popular diretoria de projetos sociais
administrativo e financeiro gerência de projetos sociais gerência de programas sobre drogas gerência de proteção social básica gerência de proteção social especial gerência de gestão suas gerência de materiais gerência de materiais
as funções essenciais da gestão municipal da assistência social, são
Gestão do Sistema Municipal de Assistência Social Coordenação da Proteção Social Básica Coordenação da Proteção Social Especial Planejamento e Orçamento Gerenciamento do Fundo Municipal de Assistência Social Gerenciamento dos Sistemas de Informação Monitoramento e Controle da Execução dos Serviços, Programas, Projetos e
Monitoramento e Controle da Rede Socioassistencial Gestão do Trabalho Apoio às Instâncias de Deliberação
No que tange ao Serviço Social na gestão social são atualmente 08 (oito) assistentes sociais que atuam
na gestão da política de assistência social no município, executando funções de gerência, planejamento
As relações empregatícias variam de cargos comissionados, cargos públicos e estatutários. Boa parte
graduação e está na SASC (Secretaria de Assistência Social e Cidadania)
8
e 09 a 12 de Junho de 2015.
Conta ainda com a rede não governamental que serve de apoio à execução dos serviços, programas e
ojetos socioassistenciais. Todos esses serviços buscam materializar os pressupostos da PNAS
(Política Nacional de Assistência Social, de 2004), porém enfrenta os velhos desafios e limitações que
No que tange à gestão da política, a mesma é estruturada com base em diretorias e gerências:
as funções essenciais da gestão municipal da assistência social, são
Monitoramento e Controle da Execução dos Serviços, Programas, Projetos e
assistentes sociais que atuam
na gestão da política de assistência social no município, executando funções de gerência, planejamento
de cargos comissionados, cargos públicos e estatutários. Boa parte
graduação e está na SASC (Secretaria de Assistência Social e Cidadania)
Foram repassados os questionário
sendo que apenas 4 (quatro) retornaram
Questionados inicialmente sobre a formação do assistente social voltadas à gestão social,
maioria atesta que o Serviço Social tem essa característica.
O Serviço Social possui na sua formação uma característica peculiar ao tratar da gestão social. Além
da defesa por um projeto societário que privilegia
processos de desigualdade social, o assistente social passa no seu processo de educação profissional a
se municiar dos instrumentos de gestão.
Nas Diretrizes Curriculares de 1996 (ABEPSS), destacam
necessários à formação de bacharéis em Serviço Social
Social. Capacitando o discente a ter uma visão de formulação e gestão de políticas sociais.
Administração e Planejamento em os modelos gerenciais na organização do trabalho e nas políticas sociais. Planejamento e gestão de serviços nas diversas áreas sociais. Elaboração, coordenação e execução de programas e projetos na área de Servde administração e planejamento em órgãos da administração pública, empresas e organizações da sociedade civil. (ABEPSS, 1996)
Na sequência questionamos aos profissionais quais aspectos da formação em Serviço Social mais
auxiliam os processos de gestão no seu exercício profissional. O
citado 3 vezes; o “debate sobre planejamento
foi citada 2 vezes; o “conhecimento sobre orçamento e fundos públicos
“descentralização e participação social
citada 1 vez; a “política de assistência social
vez.
Todos profissionais entrevistados apontaram que conseguem visualizar aspectos globais da economia
e política na gestão da assistência social de Maringá/PR.
estes profissionais têm da política
Na questão do planejamento, este se torna ferramenta de gestão essencial para o exercício profissional
(fato que é central nas atribuições e competências do assistente social
A metade dos entrevistados declarou que
política a qual trabalha. Um entrevistado disse que
orçamento da política municipal de assistência social; e outro (1) disse se envolver moderadamente.
Questionamos ainda sobre os principais instrumentos de gestão utilizados pelos profissionais.
Algumas falas deram conta de atestar o equívoco entre instrumentos de gestão e instrumentos técnico
operativos do assistente social, sendo
Institucionais” foram citadas como instrumentos da gestão social.
Outros entrevistados listaram os seguintes instrumentos de gestão por eles utilizados:
Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
questionários e solicitada a participação voluntária de todos esses profissionais,
etornaram a pesquisa.
Questionados inicialmente sobre a formação do assistente social voltadas à gestão social,
que o Serviço Social tem essa característica. Apenas 1 entrevistado disse
O Serviço Social possui na sua formação uma característica peculiar ao tratar da gestão social. Além
da defesa por um projeto societário que privilegia a justiça social em detrimento da reprodução dos
processos de desigualdade social, o assistente social passa no seu processo de educação profissional a
se municiar dos instrumentos de gestão.
Nas Diretrizes Curriculares de 1996 (ABEPSS), destacam-se os tópicos de estudo
necessários à formação de bacharéis em Serviço Social – de administração e planejamento em Serviço
Social. Capacitando o discente a ter uma visão de formulação e gestão de políticas sociais.
Administração e Planejamento em Serviço Social - As teorias organizacionais e os modelos gerenciais na organização do trabalho e nas políticas sociais. Planejamento e gestão de serviços nas diversas áreas sociais. Elaboração, coordenação e execução de programas e projetos na área de Servde administração e planejamento em órgãos da administração pública, empresas e organizações da sociedade civil. (ABEPSS, 1996)
ncia questionamos aos profissionais quais aspectos da formação em Serviço Social mais
cessos de gestão no seu exercício profissional. O “debate sobre gestão social
debate sobre planejamento” 4 vezes; as “políticas sociais no contexto neoliberal
conhecimento sobre orçamento e fundos públicos” , foi citado 3 vezes; a
descentralização e participação social”, foi citada 3 vezes; o “debate sobre gestão de território
política de assistência social – trajetória histórica e contemporaneidade
nais entrevistados apontaram que conseguem visualizar aspectos globais da economia
assistência social de Maringá/PR. O que reflete uma visão mais abrangente
da política social a qual estão inseridos.
uestão do planejamento, este se torna ferramenta de gestão essencial para o exercício profissional
(fato que é central nas atribuições e competências do assistente social – arts 4° e 5
dos entrevistados declarou que “quase não se envolve” com a discussão sobre orçamento na
. Um entrevistado disse que participa efetivamente de todas as discussões sobre
municipal de assistência social; e outro (1) disse se envolver moderadamente.
tionamos ainda sobre os principais instrumentos de gestão utilizados pelos profissionais.
Algumas falas deram conta de atestar o equívoco entre instrumentos de gestão e instrumentos técnico
operativos do assistente social, sendo que “Elaboração de Relatório”, “Pareceres”
Institucionais” foram citadas como instrumentos da gestão social.
s listaram os seguintes instrumentos de gestão por eles utilizados:
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e 09 a 12 de Junho de 2015.
ária de todos esses profissionais,
Questionados inicialmente sobre a formação do assistente social voltadas à gestão social, a grande
Apenas 1 entrevistado disse o contrário.
O Serviço Social possui na sua formação uma característica peculiar ao tratar da gestão social. Além
a justiça social em detrimento da reprodução dos
processos de desigualdade social, o assistente social passa no seu processo de educação profissional a
tópicos de estudo – os conteúdos
de administração e planejamento em Serviço
Social. Capacitando o discente a ter uma visão de formulação e gestão de políticas sociais.
As teorias organizacionais e os modelos gerenciais na organização do trabalho e nas políticas sociais. Planejamento e gestão de serviços nas diversas áreas sociais. Elaboração, coordenação e execução de programas e projetos na área de Serviço Social. Funções de administração e planejamento em órgãos da administração pública, empresas e
ncia questionamos aos profissionais quais aspectos da formação em Serviço Social mais
debate sobre gestão social” foi
políticas sociais no contexto neoliberal”,
, foi citado 3 vezes; a
debate sobre gestão de território”, foi
trajetória histórica e contemporaneidade”, foi citada 1
nais entrevistados apontaram que conseguem visualizar aspectos globais da economia
O que reflete uma visão mais abrangente que
uestão do planejamento, este se torna ferramenta de gestão essencial para o exercício profissional
e 5° da Lei 8.662/93).
discussão sobre orçamento na
participa efetivamente de todas as discussões sobre
municipal de assistência social; e outro (1) disse se envolver moderadamente.
tionamos ainda sobre os principais instrumentos de gestão utilizados pelos profissionais.
Algumas falas deram conta de atestar o equívoco entre instrumentos de gestão e instrumentos técnico-
o”, “Pareceres” “Visitas
s listaram os seguintes instrumentos de gestão por eles utilizados:
Plano Municipal da Assistência Social, Plano Municipal da Criança e do Adolescente, membro do COMAD representando a gestão, Coordenação do Programa Família Paranaense, Plano SINASE, e articuladora do Programa Prefeito Amigo da Criança, são os principais trabalho.
Planejamento, orçamento, monitoramento e acompanhamento dos serviços, dialogo e aproximação com Conselhos de direitos e políticas públicas que resultam em Resoluções.
Quanto a materialização do projeto profissional do Serviço Social, os sujeitos entrevistados disseram
que conseguem ver a materialização deste no seu exercício profissional.
Sim, com certeza, os assistentes sociais precisam ocupar os espaços da gestão das políticas públicas, desta forma, a luta pelos princípios éticos previstos do Serviço Social podem alcançar êxito, a defesa intransigente dos direitos da sociedade só pode ser realizada, se participarmos de todo processo de trabalho e, não limitandoa execuçã
Atuando enquanto assessora técnica do Conselho Municipal de Assistência Social, assumimos uma postura éticovoltada à garantia dos direitos, contribuindo na participação e controle sociaexemplo, estimulando a participação dos usuários no Controle Social do SUAS, bem como, ter o compromisso com uma gestão democrática.
Apenas um dos entrevistados respondeu que não visualiza a materialização do PEPSS na sua atuação
profissional e justificou:
Pela condição de tempo limitado do assistente social, muitas vezes não conseguimos fazer nem ao menos uma reflexão das ações planejadas e executadas. E também pelas limitações da gestão, e a falta de autonomia que nos impossibilitamde visualizar e c
De fato, o processo de materialização do projeto profissional encontra uma realidade social que é
dinâmica e contraditória, revelando
pela categoria.
Lógico que é uma luta diária, mas precisa ser exercicomum e se omitir as responsabilidades profissionais.
Sobre as principais limitações do assistente social nesse
trabalho intersetorial; a burocracia;
que envolvem as políticas sociais. Cabe apresentar outro dado no qual
declararam que geralmente esses aspectos ideopolíticos costumam ser empecilhos para o exercício
profissional.
[...] mas em especial no órgão público está a influência política partidária representada por interesses pessoais e partidários; não continuidade de ações/serviçavaliação técnica e sim partidária.
Nesse debate político em torno da gestão social se destaca a participação social, caracterizando o
aspecto democrático da gestão. Questionamos acerca dos espaços democráticos de gestão e qual a
compreensão dos entrevistados:
Discutir a democratização das políticas públicas é de extrema pertinência e urgência, ainda não estão regulamentadas a gestão da informação nos órgãos de gestã
Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
Plano Municipal da Assistência Social, Plano Municipal da Criança e do Adolescente, membro do COMAD representando a gestão, Coordenação do Programa Família Paranaense, Plano SINASE, e articuladora do Programa Prefeito Amigo da Criança, são os principais instrumentos utilizados no meu campo de trabalho. (Entrevistado 3)
Planejamento, orçamento, monitoramento e acompanhamento dos serviços, dialogo e aproximação com Conselhos de direitos e políticas públicas que resultam em Resoluções. (Entrevistado 4)
o a materialização do projeto profissional do Serviço Social, os sujeitos entrevistados disseram
que conseguem ver a materialização deste no seu exercício profissional.
Sim, com certeza, os assistentes sociais precisam ocupar os espaços da gestão das icas públicas, desta forma, a luta pelos princípios éticos previstos do Serviço
Social podem alcançar êxito, a defesa intransigente dos direitos da sociedade só pode ser realizada, se participarmos de todo processo de trabalho e, não limitandoa execução. (Entrevistado1)
Atuando enquanto assessora técnica do Conselho Municipal de Assistência Social, assumimos uma postura ético-político, teórico-metodológica e técnico operativa voltada à garantia dos direitos, contribuindo na participação e controle sociaexemplo, estimulando a participação dos usuários no Controle Social do SUAS, bem como, ter o compromisso com uma gestão democrática.
Apenas um dos entrevistados respondeu que não visualiza a materialização do PEPSS na sua atuação
Pela condição de tempo limitado do assistente social, muitas vezes não conseguimos fazer nem ao menos uma reflexão das ações planejadas e executadas. E também pelas limitações da gestão, e a falta de autonomia que nos impossibilitamde visualizar e concretizar nosso projeto ético-político. (Entrevistado
De fato, o processo de materialização do projeto profissional encontra uma realidade social que é
dinâmica e contraditória, revelando-se num campo de luta intensa a favor dos pressupostos defendidos
Lógico que é uma luta diária, mas precisa ser exercida para não entrar no senso comum e se omitir as responsabilidades profissionais. (Entrevistado 4)
Sobre as principais limitações do assistente social nesse espaço foram apontadas a dificuldade do
; a burocracia; a limitação da autonomia profissional; e condições ideopolíticas
que envolvem as políticas sociais. Cabe apresentar outro dado no qual 75%
geralmente esses aspectos ideopolíticos costumam ser empecilhos para o exercício
mas em especial no órgão público está a influência política partidária representada por interesses pessoais e partidários; não continuidade de ações/serviços pela troca de gestão (prefeito, secretários, gerentes entre outros) sem avaliação técnica e sim partidária. (Entrevistado 4)
Nesse debate político em torno da gestão social se destaca a participação social, caracterizando o
. Questionamos acerca dos espaços democráticos de gestão e qual a
Discutir a democratização das políticas públicas é de extrema pertinência e urgência, ainda não estão regulamentadas a gestão da informação nos órgãos de gestã
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e 09 a 12 de Junho de 2015.
Plano Municipal da Assistência Social, Plano Municipal da Criança e do Adolescente, membro do COMAD representando a gestão, Coordenação do Programa Família Paranaense, Plano SINASE, e articuladora do Programa Prefeito
instrumentos utilizados no meu campo de
Planejamento, orçamento, monitoramento e acompanhamento dos serviços, dialogo e aproximação com Conselhos de direitos e políticas públicas que resultam em
o a materialização do projeto profissional do Serviço Social, os sujeitos entrevistados disseram
Sim, com certeza, os assistentes sociais precisam ocupar os espaços da gestão das icas públicas, desta forma, a luta pelos princípios éticos previstos do Serviço
Social podem alcançar êxito, a defesa intransigente dos direitos da sociedade só pode ser realizada, se participarmos de todo processo de trabalho e, não limitando-se
Atuando enquanto assessora técnica do Conselho Municipal de Assistência Social, metodológica e técnico operativa
voltada à garantia dos direitos, contribuindo na participação e controle social, por exemplo, estimulando a participação dos usuários no Controle Social do SUAS, bem como, ter o compromisso com uma gestão democrática. (Entrevistado2)
Apenas um dos entrevistados respondeu que não visualiza a materialização do PEPSS na sua atuação
Pela condição de tempo limitado do assistente social, muitas vezes não conseguimos fazer nem ao menos uma reflexão das ações planejadas e executadas. E também pelas limitações da gestão, e a falta de autonomia que nos impossibilitam até mesmo
(Entrevistado3)
De fato, o processo de materialização do projeto profissional encontra uma realidade social que é
dos pressupostos defendidos
a para não entrar no senso (Entrevistado 4)
espaço foram apontadas a dificuldade do
e condições ideopolíticas
% dos entrevistados
geralmente esses aspectos ideopolíticos costumam ser empecilhos para o exercício
mas em especial no órgão público está a influência política partidária representada por interesses pessoais e partidários; não continuidade de
os pela troca de gestão (prefeito, secretários, gerentes entre outros) sem
Nesse debate político em torno da gestão social se destaca a participação social, caracterizando o
. Questionamos acerca dos espaços democráticos de gestão e qual a
Discutir a democratização das políticas públicas é de extrema pertinência e urgência, ainda não estão regulamentadas a gestão da informação nos órgãos de gestão das
projeto profissional nesse espaço, porém são claras algumas dificuldades a medida que componentes
ideopolíticos limitam sua atuação.
Embora com alguns equivocos, no geral
da graduação em Serviço Social, a qual capacita o profissional à gestão social
(com destaque ao planejamento e domínio dos instrumentos d
profissional com uma visão da totalidade macrossocial que cerca as políticas sociais e,
consequentemente, nosso exercício profissional.
A participação social, caracterizando a democratização da gestão, também foi apon
entrevistados enquanto importante componente desse processo. Em Maringá o conselho gestor da
assistência social funciona ativamente
que esses espaços usualmente possuem.
Espera-se que a discussão aqui proposta contribua no debate sobre o exercício profissional do
assistente social e as tendências desse espaço sócio
políticas sociais no Brasil. Espera
os espaços de gestão a medida que o assistente social possui competência política, técnica e teórica
para tal função.
REFERÊNCIAS
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___________________. Política Social: tema e questões
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Londrina PR, de 09 a 12 de Junho de 2015.
projeto profissional nesse espaço, porém são claras algumas dificuldades a medida que componentes
ideopolíticos limitam sua atuação.
no geral os sujeitos da pesquisa destacaram ainda o caráter formativo
da graduação em Serviço Social, a qual capacita o profissional à gestão social
(com destaque ao planejamento e domínio dos instrumentos de gestão) ou politicamente, formando o
profissional com uma visão da totalidade macrossocial que cerca as políticas sociais e,
consequentemente, nosso exercício profissional.
A participação social, caracterizando a democratização da gestão, também foi apon
entrevistados enquanto importante componente desse processo. Em Maringá o conselho gestor da
assistência social funciona ativamente sem, entretanto, se desvencilhar das debilidades e dificuldades
possuem.
que a discussão aqui proposta contribua no debate sobre o exercício profissional do
assistente social e as tendências desse espaço sócio-ocupacional no contexto de reconfiguração das
políticas sociais no Brasil. Espera-se ainda, que o debate aqui proposto incentive que a categoria ocupe
os espaços de gestão a medida que o assistente social possui competência política, técnica e teórica
BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social – Fundamentos e História
Gestão social e trabalho social. São Paulo: Cortez, 2014.
O Futuro do Welfare State na Nova Ordem Mundial. Revista Lua Nova, n. 35,
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e 09 a 12 de Junho de 2015.
projeto profissional nesse espaço, porém são claras algumas dificuldades a medida que componentes
s sujeitos da pesquisa destacaram ainda o caráter formativo
da graduação em Serviço Social, a qual capacita o profissional à gestão social – seja tecnicamente
e gestão) ou politicamente, formando o
profissional com uma visão da totalidade macrossocial que cerca as políticas sociais e,
A participação social, caracterizando a democratização da gestão, também foi apontada pelos
entrevistados enquanto importante componente desse processo. Em Maringá o conselho gestor da
entretanto, se desvencilhar das debilidades e dificuldades
que a discussão aqui proposta contribua no debate sobre o exercício profissional do
ocupacional no contexto de reconfiguração das
incentive que a categoria ocupe
os espaços de gestão a medida que o assistente social possui competência política, técnica e teórica
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