15
~ 1 ~ Alessandra Alves O Fantasma do Cavalheiro Negro Primeira Edição Rio de Janeiro 2012 PerSe

O Fantasma do Cavalheiro Negro - perse.com.br · mais inteligente. Disse Saluel Simon aparecendo no lugar cercado de capangas com o rosto coberto como ... incorporar o espírito de

Embed Size (px)

Citation preview

~ 1 ~

Alessandra Alves

O Fantasma do

Cavalheiro Negro

Primeira Edição

Rio de Janeiro 2012

PerSe

~ 2 ~

Cristiane é uma professora carioca de 23 anos,

uma jovem muito frágil e sonhadora que começou

seus estudos e sua vida de mulher muito cedo. Órfã foi

criada por seu padrinho quase toda sua vida até a

morte do mesmo. Com uma estrema fissura pelo

romantismo, e por tudo que lhe fale sobre histórias,

Cris, é uma jovem donzela como seria conhecida por

muitos. Noiva de Marcelo, um advogado frio e

calculista, os destinos dos dois não tem nada de

traçado. Um é de fato o oposto do outro. Seria como

uma espada, que já retirou sangue de corpos se

apaixonar por uma rosa que perfumou o pensamento e

o coração dos mesmos. Sonhadora, cria sérios

problemas com o noivo por causa de sua fissura pelas

coisas mais puras da vida.

Ao longo da história que começarei contando com

passagens pelo tempo, Marcelo se torna um conhecido

desconhecido. Cris percebe que ele não é o sonho dela

e sim seu verdadeiro pesadelo.

E para ajudar Cris sair dessa paixão “chave de

cadeia” eis que aparece um estranho. Quem seria? O

que ele poderia querer com a doce professora de

literatura? Mais esse estranho trás a Cris muito mais

do que uma simples luxúria ou desejo, muito mais do

que a vontade de desejar o proibido. O desconhecido

proporciona a ela o verdadeiro Amor, e a realização de

um sonho de menina: Amar e ser Amada.

Será que esse desconhecido é real? Será que é

de fato bom, ou sua bondade só existe nos contos que

Cris idealiza? Será que ele seria capaz de tirar vidas

por uma história de que ele seria um fantasma de um

homem assassinado a séculos atrás?

~ 3 ~

O que VOCÊ faria se essa história se passasse com

você? Se estivesse apaixonada (o) pelo fantasma de

um escritor (a) morto (a) há séculos?

Uma história para os céticos reverem seus conceitos. Um romance para os românticos.

Beijokas achocolatadas;

Boa Leitura…

A autora.

~ 4 ~

No século XVIII em Plena Inquisição Europeia: -Já disse para não mexer nas minhas coisas!

-José tenha piedade!

-Não vou participar dessa sua loucura Carlo!

Não serei testemunha do seu óbito!

-Serás sim! Se não me ajudar serás não só do

meu, mais de Rosa e do filho que ela carrega no

ventre!

-Não use de chantagem…

-Jamais! Só digo a verdade! Simon me odeia!

Nos matará da forma mais cruel que puder e você não

fará nada José? Nada?

-Fuja!

-Eu não quero fugir!

-O que quer então?

-És o maior conhecedor de magia que eu

conheço…

-Não!

-…Precisa me ajudar num pacto…

-Não!

-…Numa promessa então…

-Não!

-…Usa o poder do feiticeiro que você estuda

-Você pirou de vez! Volte para sua mansão no

Brasil! Aqui na Rússia você será morto!

-Não abandonarei meu país. Amo o Brasil,

terra que me acolheu como filho… Mas daqui eu não

saio sem a minha Rosa. Você conhece tudo sobre o

feiticeiro Cipriano…

-Sim mais não pratico nada! Cipriano

converteu-se! Você sabe o que aconteceu com o

~ 5 ~

discípulo dele que ainda era devoto do demônio?!

Clamou o mesmo pedindo poderes e logo após se

jogou dentro de uma caldeira… seu corpo foi

dizimado pelo calor em poucos segundos!

-Por que era um imbecil! Não quero ser

discípulo de demônio algum até por que não creio

nisso!

-E o que queres?! Fale de uma vez!

-Eu quero dividir minha alma! Metade para o

bem… e metade para o mal. Quero invocar Asmodeus

e…

-Ficou maluco Carlo?! Não!! Você sabe quem

é Asmodeus?! Sabe?! Ele é considerado um dos

príncipes do inferno abaixo somente de Lúcifer!! É o

demônio da luxúria o pior dos pecados! Você está

louco! Não vou dar aval a essa sua loucura! Você é só

um menino!

-Tudo bem José… não quer ajudar, não o faça.

Mas saiba que eu sou um homem. E agirei como tal.

* * *

-Carlo! Carlo!! Chamava uma mulher

clamando para que o homem aparecesse logo afinal,

sentia dores imensas do parto que já estava por vir.

-Rosa! Estou aqui!

-Graças a Deus! Precisa fugir meu amor! O

Saluel pediu sua cabeça! Disse aos inquisidores que

você é um bruxo, que essa mancha em suas costas é o

símbolo do demônio! Carlo por Deus…

-Saluel Simon é um covarde isso sim! Rosa…

eu fiz um pacto não posso fugir.

-Pacto?! Você está mexendo com o diabo

Carlo?!

~ 6 ~

-Enlouqueceu Rosa?! Esqueceu que pra mim

esse negócio de diabo é só mais uma invenção da

igreja?! O que eu fiz foi uma promessa ao bem e ao

mal. Coloquei um preciosíssimo diamante, a chave da

nossa fortuna nesse pacto.

-Tá vendo?! É por isso que querem te matar!

Você fica com essas maluquices!

-Não é maluquice, é o equilíbrio do universo!

Ninguém é totalmente bom, nem totalmente mal! E

você sabe muito bem que não é por isso que o Simon

me odeia! Simon quer me matar por que é seu noivo e

sabe que nos amamos, sabe que você é e sempre será

minha! Usa essa desculpa de bruxaria por que me

odeia!

-Carlo pelo nosso filho que guardo em meu

ventre não fique!

-Falando nisso, por que está com a mão

apoiando o ventre assim?

-Pesas demais! Acho que o susto me fez mal…

já posso sentir as dores do parto…

-Deus! Se já podes sentir as dores aí mesmo

que vou ficar! Eu sou um homem Rosa, não vou fugir

feito um covarde!

-Sinceramente Carlo Nero… pensei que fosses

mais inteligente. Disse Saluel Simon aparecendo no

lugar cercado de capangas com o rosto coberto como

eram os carrascos e inquisidores daquela época.

-Simon…

-Tem um último pedido a fazer?

-Por que não para de se esconder atrás da

inquisição e me enfrenta como homem Simon?!

-Podem levar! Levem esse filho do demônio

para a câmera da evisceração!

-Não!!! Não!!! Berrava Rosa.

~ 7 ~

-Quanto a você sua traidora, amo-te demais

para mata-la. Mas essa criança há de ser afogada

assim que nascer.

-Você não vai tocar no meu filho!!

-É sangue do maldito Nero!!

Mordendo a mão do Simon que a segurava, Rosa

conseguiu fugir no meio da floresta.

Não aguentando mais correr e sentindo as

dores muito fortes apoiou-se em um imenso Carvalho,

foi quando sentiu seu bebê rasgar seu ventre:

-Aiii!! Carlo!!! Deus!!! Que dor!!!

-Precisa deitar… não vai dar tempo de sairmos

da floresta. Dizia uma linda mulher que se aproximou:

-Laomá…

-Rosa peço que pelo menos agora esqueça o

ódio que tens por mim e me deixe ajuda-la.

Rosa cruzou as pernas:

-Não!! Você é uma bruxa! Vai querer comer

meu bebê!

-Deixe de ser ridícula Rosa! Isso é invenção da

igreja para denegrir nossa imagem! Eu não como nem

se quer carne nem mesmo de animais quanto mais de

gente!

-Mas nós amamos o mesmo homem!! Ai!!

-Eu sei e é por isso que quero que o filho dele

nasça! Para dar continuidade ao sobrenome Nero!

Rosa você vai sufocar seu filho!

-Ai!!!

Laomá juntou folhas que estavam caídas no chão

colocou o manto que cobria seu corpo por cima e

deitou Rosa:

~ 8 ~

-Deusa mãe Terra criadora nos proteja…

Laomá viu que a criança já coroava e disse a Rosa: -

Força Rosa!! Força!!

-Ai!!! Carlo!!! Laomá… se eu morrer… cuide

dele… por favor…

-Não precisa por que você não vai morrer.

Olha, é um lindo menino. Tão lindo quando o pai.

Rosa… Rosa não! Não morra, por favor, Rosa!!

Triste pela morte da rival, Laomá seguiu até a

praça pública onde seu amado teria sido morto. Vendo

o corpo de Carlo ainda lá, ela logo arranjou uma

maneira de retirá-lo de lá levando para o casarão onde

a família de Carlo morou sempre.

Numa biblioteca que ficava no sótão, Laomá

cavou uma sepultura e enterrou o amado sofrendo

muito pela sua morte horrível. Mas logo que a

inquisição descobriu que Laomá trabalhava com ervas

e era uma curandeira além de ter roubado o cadáver de

Carlo ela teve o mesmo destino e foi condenada a

fogueira por bruxaria tempos depois da morte do

amado poeta.

Já Saluel Simon ao saber da morte da amada

Rosa Vigal enforcou-se desesperado.

Muitos Anos Depois: -Henrique!

-Tomas não grite. Estou com muita cefaleia.

-Há de ficar ainda mais! Onde está meu pai?!

Hã?! Fala Henrique!!

-Internado. Papai não está bem Tomas…

-Seu desgraçado! Você internou meu pai sem a

minha opinião?!

~ 9 ~

-Sou filho mais velho, portanto a decisão é

minha.

-Por erro do destino! Deus do céu, como meu

pai ainda pode amar um filho como você?!

-Tomas ele está louco! Uma pessoa que diz

incorporar o espírito de um homem morto há anos não

pode ser normal!

-Nosso bisavó Carlo Nero disse que através do

pacto ele retornaria no corpo de um Nero…

-Isso é coisa de satanás!

-Não, não é! Coisa de satanás é você ter

nascido um Nero quando deveria ter sangue de um

Simon!! Você é um desgraçado!

-Escuta aqui seu…

-Senhor, senhor! Chamou um empregado

intervindo na discussão.

-O que é?!

-Senhor eu sinto… sinto muito.

-Sente o que?! Fala de uma vez!!

-Seu pai e seu filho… ambos foram

sequestrados.

-Que?! Como?!

-Levaram o menino dos braços de sua

esposa…

-Senhor! Telefone…

Henrique pegou o telefone:

-Alo?!

-Henrique… como vai?

-Rodolfo… foi você!! Você sequestrou meu

filho!!

-E seu pai também.

-O que quer?! Hã?! Fala Rodolfo Simon!!Meu

pai tem oitenta anos Rodolfo!!

-Já matei seu pai.

~ 10 ~

-Não… não!!!

-Cala a boca e me escute! Drenei o sangue do

corpo dele só para ver se ele era imortal mesmo. Não

era. Era só mais um lunático! Vou colocar seu filho na

prisão. Você tem vinte e quatro horas para renunciar a

sua fortuna, ao livro das Sombras e ao Diamante

Negro. Caso contrário mato seu herdeiro.

-Rodolfo!! Rodolfo!!!

-O que faço com o bebê coronel? Perguntou

um capanga. Rodolfo ia responder mais ouviu:

-Pai…

-Vá para casa Marcelo! Não quero você

zanzando por aqui!

-Quem é esse bebê?

-Filho de um amigo.

Mas o pequeno Marcelo de apenas quatro anos, ficou

escondido a observar o que o pai e um dos seus

capangas fariam com aquele bebê recém-nascido de

apenas uma semana de vida.

Marcelo se assustou ao ver o pai passando o

bebê para um terceiro homem e o mesmo ser “lavado”

em sangue e quase ter se afogado por esse capanga.

-E agora coronel?

-Tirem fotos. Escrevam uma carta e mandem

para o pai dele. Aquele desgraçado do Henrique Nero

terá que ceder!

-O que senhor quer que escreva na carta?

-Tome nota; “Caro, Henrique. Não esqueça!

Você tem vinte e quatro horas. Quero que saiba que o

sangue do seu pai, aquele velho maluco, acabou de ser

o líquido que batizou seu filho. Condolências, Rodolfo

Simon.”

~ 11 ~

Ao jogar o pobre bebê junto com os outros

prisioneiros, uma das mulheres que estava presa

apiedou-se e acalentou-o em seus braços. Banhando-o

e limpando-o com todo cuidado, ela tentava retirar

aquele sangue do corpo da criança.

O tempo passou e o bebê crescia aos cuidados

daquela mulher e de seu marido também prisioneiro.

Na prisão também havia outras crianças da qual o ex-

bebê brincava muito. Logo, um guarda entrou,

segurou no braço dele e disse:

-Chegou sua hora maldito Nero!

-Não!! Me solta!! Pedia o menino.

O marido da mulher entrou na frente do garoto

dizendo:

-Não vai levar ele para lugar nenhum!

Nesse ato de heroísmo, o homem acabou sendo morto.

O jovem menino foi levado mesmo assim

assustadíssimo por ter presenciado a morte do tão

amado protetor.

-Aqui está coronel.

-Olá… Nero.

-Me solta!!

-Cala a boca!! Berrou o capanga.

-Deixe o moleque. E então Nero? É melhor

passar pro meu lado.

O pequeno cuspiu no rosto do homem :

-Escuta menino… sabe quem foi Carlo Nero

não sabe?

-Meu tataravô.

-Isso! E sabe como ele foi morto? Bem eu vou

explicar… Ele foi morto na câmara de evisceração.

Estava preso pelas juntas e foi eviscerado vivo pelo

~ 12 ~

carrasco. A tortura era executada do seguinte modo: o

carrasco abria o estômago com uma lâmina. Então

prendia com pequenos ganchos as vísceras e, com uma

roda, lentamente puxava os ganchos e as partes presas

saíam do corpo como se estivesse pescando até que,

após muitas horas, chegasse à morte. Até que ele foi

bem corajoso. Segundo meu bisavô que foi quem

ordenou a morte dele ele demorou seis horas pra

morrer.

O menino sentiu medo. Mas continuou

encarando Rodolfo Simon.

-Eu estou tentando ser seu amigo…

-Eu jamais serei amigo de um Simon! Não

venero vermes!

-Levem-no! Acorrentem-no e deixem lá… uma

hora vai ceder…

-Não!!! Não!!!

-Será que ele vai ajudar coronel?

-Vai… ele é só um moleque de dez anos.

Quando sentir o calor do deserto queimando seus

miolos, vai falar.

Com apenas dez anos, foi levado para um

deserto amarrado em um tronco e deixado lá, sem

água, sem comida, torrando em um forte Sol. Como se

fosse um animal recebeu um pequeno símbolo feito a

ferro quente em seu braço; o símbolo dos Simon. A

memória do homem que cuidou dele sendo morto

ardia em sua mente.

O menino sentiu quando algo mais fresco

bateu em seu rosto. Era um outro jovem que tentava

“ressuscitá-lo” com um pano úmido acariciando sua

~ 13 ~

face. O menino cortou a corda que o amarrava e o

levou para um lugar seguro:

-Oi… você está bem?

-Ai… estou vivo, bem eu não sei. Onde estou?

-Está entre amigos. Acharam que como você é

um menino não ia fugir. Então nós fomos lá, cortamos

a corda e te trouxemos pra cá.

O menino se chamava Darlan, e eram da mesma idade.

Muito inteligente, mais também muito sofrido, Darlan

era o cabeça de um grupo de cinco meninos.

-Eu preciso fugir.

-Todos nos precisamos. Simon ateou fogo em

nossas casas. Meu pai e minha mãe morreram por

causa dele.

-Todos vocês são órfãos?

-Todos. Ele nos deixou vivos por que seremos

escravos dele. Por isso precisamos fugir. Essa ferida

no seu braço…

-Ele me marcou com ferro quente! Eu vou tirar

isso daqui! Juro pela minha vida... ele vai pagar por

tudo! Tudo!!

-Quem é você?

-Sou um Nero.

Os meninos se olharam:

-Um Nero?! O pior inimigo dos Simon?!

Amigo tens muita sorte por estar vivo.

-Vou me vingar dos Simon! Tudo o que ele fez

a mim e a minha família a de pagar com seu sangue!

-Mas como? Você é só um menino como nós!

-Não sou não… mamãe costumava dizer que

Carlo Nero me protegia.

-Isso é uma lenda boba! Vem vamos nos

abrigar… você precisa descansar.

~ 14 ~

Mas o menino não conseguiu dormir. Sentia uma dor

insuportável no antebraço até que viu um caroço nele.

Com um pequeno pedaço de vidro, rasgou o tal

furúnculo e sentiu algo duro. Pressionou mais um

pouco e dele saiu uma pedrinha de mais ou menos

dois centímetros:

-Ai está o Diamante Negro.

O jovem deu um pulo. Na sua frente via um homem.

Não conseguia ver seu rosto direito, mais assustado o

jovem perguntou:

-Quem é você?!

-Não tenha medo. Eu sou você. Sou Carlo

Nero.

-Mamãe tinha razão… Você voltaria.

-Seu pai é um covarde. Se eu estivesse vivo

deserdaria ele da nossa família. Como ele pode deixar

você sozinho tão pequeno?!

-Não fale assim do meu pai… por favor…

-E como quer que eu fale?! Henrique é a minha

vergonha! Medroso, covarde… sorte minha que você

nasceu o contrário dele. Mas agora eu estou aqui.

Você não vai ser igual a ele. Vai ser um homem forte,

de caráter inigualável… nunca mais um Simon a de

derramar o sangue de um Nero. Seguirá até o Brasil.

Na nossa casa está o Livro das Sombras, neste livro

está escrito tudo sobre mim e nossa família. Na

contracapa dele está a Veste Negra. A partir de hoje,

toda vez que puser a máscara e o Diamante Negro se

tornará o Cavalheiro Negro. Todos os futuros Neros

tem o dever de obedecer ao Nero que carrega o

Cavalheiro. A maldição passara sucessivamente.

-Maldição?

-É. O Pacto foi feito para que a família Nero

continuasse a existir. O fiz entre o bem e o mal para

~ 15 ~

equilibrar o universo. Sendo que antes de uma dádiva

ser, o Cavalheiro é uma Maldição.

-Ei!! Ei!! Temos que fugir!! O Simon nos

achou!! Disse Darlan.

Se vendo cercado pelos capangas o Nero disse a

Darlan:

-Fuja! Eu vou distraí-los!

-Eles vão te matar!!

-Não vão não! Me aguarde no cais… estarei lá

é uma promessa!

Um dos guardas o deteve e sendo arrastado até

o Simon ele sentiu quando o Coronel puxou seu rosto:

-E então? Resolveu se aliar a mim?

O jovem permaneceu mudo:

-Acha pouco o que já passou? Confesso que

você é até bastante forte. Pensei que não fosse durar

um dia. Não vai falar? Tudo bem. Podem leva-lo para

a mesa.

-Não!!! Não!!!

Com o mesmo ferro que Simon marcou o menino, ele

o pegou e colocou bem no rosto do capanga que cheio

de dor gritava e enquanto isso conseguiu fugir.

Simon gritava feito um doido para que os outros

homens o achassem mas o pequeno Nero sumiu. Com

o diamante nas mãos falava:

-Não permito mais que me machuquem… eu

sou seu pupilo, seu sucessor… você é meu mestre. Eu

sou o Fantasma do Cavalheiro Negro.

A União dos Céus com o Inferno. Em tempos atuais: