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¦ ." Rio, 1G de Janeiro RUA DES. JOSÉ M. II fVBLlOAglO «nÇàS. QUINTAS B SAB34D0Í OROAO Dl MORAUtAÇÂO SOOIAL mm, mm i wmm m um» iibhhi, seio nnsno di justiça i. p. di som dahus i DATAS GLORIOSAS CORSÁRIO ia NI •"M--'_ÍJ &;¦¦ ,.'< UDÁOÇlO' RUA DES. JOSÉ N. M ASSIWÀTtntlI fOR ANNO (fôr» iM*) CBEfl DE POLICIA 0.1. TRIGO DI LOUEtUM 1' 7 ral «• 14 4e feseiie —Aieosi «aoe alaintüe 4a jMitifV auiee prepsr-ses oompra do tltnl eda atiwi íslha co» MiWWOM.'--11 #.« Jaaolíe X polida llafaif ala principia a rasgar folhas o a eaitaxeef ef _•»•«»¦ Toadedoícs.— tt 4o Jaselre ? volteia, toado k saa fronte am doa sens Intoga-Of. tmvaái» a aoua efgalaa, yrc*4»utí*-aoB o aoa nosioa eupregadoi, eoaduindo orlgl- _*•»< o mais papela 4o íaptiUimU.-' 80 «Üe Oüsubrí —Uma hord» ds vândalos, oapiianeados per frias Ai toureiro, «rroaiba, « gelpea «t» mashaáo, «ti portai dn nossa ofBelna. Roabaraa o qae- sw_*ii* íi«4© <¥»o ».£¦• si» oo faoil oeslneu-*, lançando foge aes dostrofos o pretendendo s»««»*~wq?^i»a«H|B-|e~^-»ss|i>jj-^^ aMualaar-noa.— II dsDsismtre-fie «opartedoa 4oaa aldadlos, tidos pslogovorao aosaoa comparssi. 1881 80 de Jaaolro Apollala eoaeóde-aei o prato 4e oltodlaa para ratlrarmo-aoa da «Arte, Ml paaa do deporteelo.—14 do Março Fomos, por ordem da policia, espancados por ama aaalf» de capangas, que tentaram assaiiinar-noi.-1 do Jnnhe —O aafardana trigo 4a loureiro,Ja» ta-aoa dei pejas do aoaaa maoklna do impraasio o qaatro paginas de am Jornal tio damos a Imprimir. CORSÁRIO Rio, 16 de Janeiro de 1883 Nós sabemos perfeitamente que oS impossível extinguir noBrazil a pederastia. Para isso fora necessário, além de leis geraes sobre ella, organi- sar outras para uso do exercito e da marinha; e estas, com magua o dizemos, seriam com toda a certeza transgredidas por áquelles mesmos a quem mais tocava fa* zel-as respeitar—-os officiaes. Leva-nos a fazer esta dolorosa afirmação o proceder, actual delles. Com effeito, quem quizer certiô- car-se do que avançamos, inter- rogue qualquer praça do exercito e da marinha, e ouvirá contar casos que se dão todos os dias, de officiaes, homens hliâs muito res- respeitáveis, que perseguem e castigam barbaramente áquelles dos seus subordinados que não se querem submetter aos seus dese- jos, ao passo que protegem e estimam os que a elles se prestam. E para fazer uma* idéa da ma- neira porque no exercito e na armada se exerce a pederastia, perguntem a qualquer medico militar o numero de praças que baixam ao hospital affectadas de moléstias contralíidas no uso de tão degradante vicio. Mas, quando no exercito não se pudesse fazer mais do que limitar tamanha vergonha, a pederastia publica, exercida por sujeitos que delia fazem modo de vida, podia, quando não extinguir-se de todo, reduzir-se a ponto de fazer cessa1* os espectaculos revoltantes que a todo o momento dão no meio da rua os abjectos entes de que tra- tamos. Para isso era preciso faz r mais alguma cousa do que prèndel-os quando fossem encontrados em logares públicos; era preciso que a vigilância da policia se exer- cesse, sobretudo nas casas de alu- gar quartos, e que as penas da lei recahissem igualmente sobre o pederasta activo e o passivo. Em França, por exemplo,, ha leis muito severas que punem um vicio análogo de que as prostitu- tas fazem uso entre si; a policia visita freqüentes vezes as ca.sas de tolerância, de dia ou de noite, e quando encontra em um leito duas mulheres, pune-as de' con- formidade com essas leis. Entre nós podia-se fazer a mesma cousa com relação â pede- rastia; as casas de passe, que tanta vigilância exigem, e entre- t,anto gozam, por assim dizer, das mesmas garautias que qualquer estabelecimento commercial, de- viam ser visitadas, não periódica- mente, mas o maior numero de vezes possivel, sobretudo â noite; e logo que dous homens fossem encontrados no mesmo quarto, serem ambos presos, e pezarem bastante pesadas, de prisão prin- cipalmente. assim complementada daria algum resultado útil a medida policial de não consentir nas ruas e nos largos os indivíduos conhe- cidos corao pederastas passivos. Com as immunidades, porém, de que gozam as casas de toleran- cia, sobre as quaes a vigilância policial se exerce apenas rara- mente, quando alguma grande desordem o reclama, não ha me- dida policial bastante a suspender os progressos assustadores que tão degradante vicio faz entre nÓ3. A. utilidade da medida que in- dicamos iria reflectir-se também no exercito, marinha e estabele- cimentos relativos. Entre os in- dividuos presos em flagrante nas casas de passe figurariam em grande numero soldados, mari- nheiros, menores pertencentes a estabelecimentos do exercito e da armada, etc, etc, etc. Castigados severamente os que fossem presos em taes circum- stancias, o vicio diminuiria con- sideravelmente, podendo-se che- gar a liraital-o aos quartéis e rfavios, onde, pelas razões que expendemos, é mais difficil, senão impossivel extirpal-o de todo. Conscios da profunda desmora- lisação, do nenhum prestimo, e do proverbial relaxamento que distingue os nossos governos, não temos a menor esperança de que blicos poderes a minima provim dencia.. em 1879, sendo presente á câmara dos deputados uma repre- sentação assignada por 759 nego- ciantes, pedindo ao poder legisla- tivo medidas contra a prostitui*- ção, a commissão encarregada de dar parecer sobre o assumpto, deu effectivamente um, assignado pelos Srs. Felicio dos Santos e Lima Duarte, dizendo, depois de muito palanfrorio estéril, que— entendia não haver necessidade de providencias especiaes do poder legis- látivo geral—Legem habemus. E acrescentava que o objecto é unicamente de policia municipal, e por isso se enviasse á câmara municipal e chefe de policia copia da representação para providen- ciarem. Isto quanto â prostituição; mas nós cremos que o objecto de que nos occupamos é bastante digno da attenção até do poder legisla- tivo. UM GATUNO E' sabido que a chantage é escan- dalosamente exercida no Rio de Janeiro, pelos donos de uns jor- naes que por ahi se publicam. Muitos exploram os incautos em nome do Corsário; ameaçam cem artigos publicados nesta fo- lha, e quando recebem o dinheiro sobre ambos, igualmente, penas | sobre tal assumpto dêm os pu-1 dão o recibo, então corn p nome da mÊ?~e*^* FOLHETIM traição dos seus direitos legítimos ; estes como a liberdade de imprensa, a abolição não se aluavam nem com os que que- j do direito mòrgádò, etc, etc; outros riam limitar o progresso democratico,nem com os que o queriam proseguir; o re- REVOLUÇÃO FRANCEZA 1789—1792 período de creação POH % H. Carnot CAPITULO V . . . TOMADA DA BASTILHA E FEDERAÇÃO {Continuação) Em Londres, em Hamburgo, na Ho- landa, festejou-se o anniversario da to- mada da Bastilha, e bebia-se a extinção dos ódios nacionaes. A Federação Fran- ceza tornava-se a Federação Européa. Formoso dia l CAPITULO VI DA FEDERAÇÃO NO FIM DA ASSEMBLÉA CONSTITUINTE Este estado de cousas não foi de longa duração ; não podia agradar aos homens âue olhavam a Revolução como um acci- ente, ou que maldiziam n'ella a des- trocesso os podia satisfazer. A lueta tornou-se mais encarniçada. Do lado dos revolucionários pollula- vam jornaes e pamphletos; o point jour, começado por Bavère na abertura dos Estados Geraes, o courrier de pro- vence, por Mirabeau, o courrier de biu- bant, por Camillo Desmoulins, l'ami du peuple e l'orateur du peuple, por Ma- rat e Fréron, e les revolution de paris, por Loustalot, gue foi o de mais circula- ção; chegou a tirar 200,000. exemplares." Do lado dos Realistas, l'ami du roí, pelo abbade Royon, o apocalypse, os actos dos apóstolos des halles. Os escriptos deste partido, que exce- diam em cynismo injurioso os dos revo- lucionarios, eram largamente subvencio- nados pela lista civil; ó o que se sabe Selas confissões dos dous ministros, lont-Morin e Bertrand de Molleville. Este ultimo diz também quanto custaram ao bolsinho do rei os primeiros excessos das secçoes e das tribunas, porque se tratava de fazer a revolução tor repu- gnancia de si própria. Os clubs também se multiplicaram e serviram de aguilhão á assembléa. Mui* tos dos seus membros os freqüentavam, ao menos os de opiniões avançadas, con- servando-se assim em útil communica- çâo com o sentimento nacional. Aa quês* toes debatiam-se ali, e vinham prepara- das para a discussão parlamentar. Alguns desses clubs tinham um fim especial, comprehendiam a política em geral. A « Sociedade dos amigos da Constituição», fundada em Versailles com o nome de « Club bretão», e que tomou o nome de Jacobinosdo logar onde veio estabele- cer*se cm Paris, gerou uma multidão do suecursaes nas provincias. Simples loca- tarios na igreja do antigo convento dos Jacobinos, ali faziam as suas sessões, de- baixo das abobadas sombrias e no meio dos túmulos antigos. Ali retumbaram palavras que muitas vezes se tornaram em actos nas ruas de Paris. A' medida que os partidos se seoararam na consti- tuinte, separaram-se também nos jaco- binos; os realistas constitucinaes sepa- raram-se para ir fundar um novo circulo, em um antigo convento, logar sumptuoso, communicando directamente com a as- sembléa por meio de corredores. Mas os departamentos continuaram filiados aos Jacobinos denominação que passou a ser dada aos homens mais acti- vos e mais ambiciosos, e sobretudo ao mais activo e mais ambicioso de todos— Robespierre. A' medida que a vida des- apparecia da Assembléa, refluía ás so- ciedades particulares, e de preferencia ás mais ardentes ; afinal, muitos da socie- dade reentraram para o grêmio dos jaco* binos. Na assembléa mesmo as, divergências traduairam-se por uma linguagem vehe- mente e alguns duellos entre os deputa- dos; havia dous campos, designados pelo logar que cada um oecupava em relação á cadeira do presidente—direita e es- ¦m \ ¦ **s*mmessm*mmmmmmÊmm'mÈÊÊm!m*m'tmmm+ querda; esta mesma divisão se fez em toda a França, e os mesmos nomes fica- ram para distinguir duas opiniões : Os adversários da Revolução e os ami- gos d'ella. Entretanto, as idéas absolutamente retrogradas não ousavam quasi produ- zir-se no seio da assembléa; Duval d'Epiémesnil, o mesmo parlamentar que tomara, annos antes, uma attitude tão guerreira, tendo um dia proposto ince- nuamente que se voltasse ao antigo regimen, foi acolhido por áquelles mes- mos que no intimo acalentavam essa idéa, com gargalhadas. Os antigos parlamentares, os próprios que tinham appellado para os Estados Geraes, vendo constituir-se uma justiça regular, produeto da eleição, entraram violentamente na reação. Protestaram não contra a dissolução dos parlamen- tos, mas « contra todos os actos de uma pretendida assembléa, que abusava dos seus poderes, e violava todo o gênero de propriedades. Alguns destes protestos foram publi- cos, outros conservaram-se secretos : o do parlamento de Paris ficou nas mãos do presidente Rõsambo, em £uja casa foi encontrado em 1793. No exercito haviam disputas eiitre os officiaes fidalgos na maior parte, e muito irritados com as reformas, e os soldados, quasi todos dedicados ao novo regimen». e pouco, dispostos a supportar tratameü- tos severos ou humilhantes. I (Continua}

DATAS GLORIOSAS - BNmemoria.bn.br/pdf/363065/per363065_1883_00045.pdf · paaa do deporteelo.—14 do Março — Fomos, por ordem da policia, espancados por ama aaalf» de capangas,

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Rio, 1G de Janeiro

RUA DES. JOSÉ M. II

fVBLlOAglO«nÇàS. QUINTAS B SAB34D0Í

OROAO Dl MORAUtAÇÂO SOOIALmm, mm i wmm m um» iibhhi, seio nnsno di justiça i. p. di som dahus i

DATAS GLORIOSAS

CORSÁRIOia NI •"M--'_ÍJ

&;¦¦,.'<UDÁOÇlO 'RUA DES. JOSÉ N. M

ASSIWÀTtntlIfOR ANNO (fôr» d» iM*)

CBEfl DE POLICIA 0.1. TRIGO DI LOUEtUM

1' 7ral

«• 14 4e feseiie —Aieosi «aoe alaintüe 4a jMitifV auiee prepsr-ses • oompra do tltnl edaatiwi íslha co» MiWWOM.'--11 #.« Jaaolíe — X polida llafaif ala principia a rasgar folhas o aeaitaxeef ef _•»•«»¦ Toadedoícs.— tt 4o Jaselre — ? volteia, toado k saa fronte am doa sensIntoga-Of. tmvaái» a aoua efgalaa, yrc*4»utí*-aoB o aoa nosioa eupregadoi, eoaduindo orlgl-_*•»< o mais papela 4o íaptiUimU.-' 80 «Üe Oüsubrí —Uma hord» ds vândalos, oapiianeados perfrias Ai toureiro, «rroaiba, « gelpea «t» mashaáo, «ti portai dn nossa ofBelna. Roabaraa o qae-sw_*ii* íi«4© <¥»o ».£¦• si» oo faoil oeslneu-*, lançando foge aes dostrofos o pretendendo

s»««»*~wq?^i»a«H|B-|e~^-»ss|i>jj-^^

aMualaar-noa.— II dsDsismtre-fie «opartedoa 4oaa aldadlos, tidos pslogovoraoaosaoa comparssi.

1881 — 80 de Jaaolro — Apollala eoaeóde-aei o prato 4e oltodlaa para ratlrarmo-aoa da «Arte, Mlpaaa do deporteelo.—14 do Março — Fomos, por ordem da policia, espancados por ama aaalf»de capangas, que tentaram assaiiinar-noi.-1 do Jnnhe —O aafardana trigo 4a loureiro,Ja»ta-aoa dei pejas do aoaaa maoklna do impraasio o qaatro paginas de am Jornal tiodamos a Imprimir.

CORSÁRIORio, 16 de Janeiro de 1883

Nós sabemos perfeitamente queoS impossível extinguir noBrazila pederastia.

Para isso fora necessário, alémde leis geraes sobre ella, organi-sar outras para uso do exercito eda marinha; e estas, com maguao dizemos, seriam com toda acerteza transgredidas por áquellesmesmos a quem mais tocava fa*zel-as respeitar—-os officiaes.

Leva-nos a fazer esta dolorosaafirmação o proceder, actualdelles.

Com effeito, quem quizer certiô-car-se do que avançamos, inter-rogue qualquer praça do exercitoe da marinha, e ouvirá contarcasos que se dão todos os dias, deofficiaes, homens hliâs muito res-respeitáveis, que perseguem ecastigam barbaramente áquellesdos seus subordinados que não sequerem submetter aos seus dese-

jos, ao passo que protegem eestimam os que a elles se prestam.

E para fazer uma* idéa da ma-neira porque no exercito e naarmada se exerce a pederastia,perguntem a qualquer medicomilitar o numero de praças quebaixam ao hospital affectadas demoléstias contralíidas no uso detão degradante vicio.

Mas, quando no exercito não se

pudesse fazer mais do que limitartamanha vergonha, a pederastia

publica, exercida por sujeitos quedelia fazem modo de vida, podia,quando não extinguir-se de todo,reduzir-se a ponto de fazer cessa1*os espectaculos revoltantes que atodo o momento dão no meio darua os abjectos entes de que tra-tamos.

Para isso era preciso faz r maisalguma cousa do que prèndel-osquando fossem encontrados emlogares públicos; era preciso quea vigilância da policia se exer-cesse, sobretudo nas casas de alu-gar quartos, e que as penas da leirecahissem igualmente sobre opederasta activo e o passivo.

Em França, por exemplo,, haleis muito severas que punem umvicio análogo de que as prostitu-tas fazem uso entre si; a policiavisita freqüentes vezes as ca.sasde tolerância, de dia ou de noite,e quando encontra em um só leitoduas mulheres, pune-as de' con-formidade com essas leis.

Entre nós podia-se fazer amesma cousa com relação â pede-rastia; as casas de passe, quetanta vigilância exigem, e entre-t,anto gozam, por assim dizer, dasmesmas garautias que qualquerestabelecimento commercial, de-viam ser visitadas, não periódica-mente, mas o maior numero devezes possivel, sobretudo â noite;e logo que dous homens fossemencontrados no mesmo quarto,serem ambos presos, e pezarem

bastante pesadas, de prisão prin-cipalmente.

Só assim complementada dariaalgum resultado útil a medidapolicial de não consentir nas ruase nos largos os indivíduos conhe-cidos corao pederastas passivos.

Com as immunidades, porém,de que gozam as casas de toleran-cia, sobre as quaes a vigilânciapolicial se exerce apenas rara-mente, quando alguma grandedesordem o reclama, não ha me-dida policial bastante a suspenderos progressos assustadores que tãodegradante vicio faz entre nÓ3.

A. utilidade da medida que in-dicamos iria reflectir-se tambémno exercito, marinha e estabele-cimentos relativos. Entre os in-dividuos presos em flagrante nascasas de passe figurariam emgrande numero soldados, mari-nheiros, menores pertencentes aestabelecimentos do exercito e daarmada, etc, etc, etc.

Castigados severamente os quefossem presos em taes circum-stancias, o vicio diminuiria con-sideravelmente, podendo-se che-gar a liraital-o aos quartéis erfavios, onde, pelas razões queexpendemos, é mais difficil, senãoimpossivel extirpal-o de todo.

Conscios da profunda desmora-lisação, do nenhum prestimo, edo proverbial relaxamento quedistingue os nossos governos, nãotemos a menor esperança de que

blicos poderes a minima provimdencia..

Já em 1879, sendo presente ácâmara dos deputados uma repre-sentação assignada por 759 nego-ciantes, pedindo ao poder legisla-tivo medidas contra a prostitui*-ção, a commissão encarregada dedar parecer sobre o assumpto, deueffectivamente um, assignadopelos Srs. Felicio dos Santos eLima Duarte, dizendo, depois demuito palanfrorio estéril, que—entendia não haver necessidade deprovidencias especiaes do poder legis-látivo geral—Legem habemus.

E acrescentava que o objecto éunicamente de policia municipal,e por isso se enviasse á câmaramunicipal e chefe de policia copiada representação para providen-ciarem.

Isto quanto â prostituição; masnós cremos que o objecto de quenos occupamos é bastante dignoda attenção até do poder legisla-tivo.

UM GATUNOE' sabido que a chantage é escan-

dalosamente exercida no Rio deJaneiro, pelos donos de uns jor-naes que por ahi se publicam.

Muitos exploram os incautosem nome do Corsário; ameaçamcem artigos publicados nesta fo-lha, e quando recebem o dinheiro

sobre ambos, igualmente, penas | sobre tal assumpto dêm os pu-1 dão o recibo, então corn p nome damÊ?~e*^*

FOLHETIM traição dos seus direitos legítimos ; estes como a liberdade de imprensa, a aboliçãonão se aluavam nem com os que que- j do direito dô mòrgádò, etc, etc; outrosriam limitar o progresso democratico,nemcom os que o queriam proseguir; só o re-

REVOLUÇÃO FRANCEZA

1789—1792período de creação

POH %

H. CarnotCAPITULO V

*» . . .TOMADA DA BASTILHA E FEDERAÇÃO

{Continuação)Em Londres, em Hamburgo, na Ho-

landa, festejou-se o anniversario da to-mada da Bastilha, e bebia-se a extinçãodos ódios nacionaes. A Federação Fran-ceza tornava-se a Federação Européa.

Formoso dia lCAPITULO VI

DA FEDERAÇÃO NO FIM DA ASSEMBLÉACONSTITUINTE

Este estado de cousas não foi de longaduração ; não podia agradar aos homens

âue olhavam a Revolução como um acci-

ente, ou que maldiziam n'ella a des-

trocesso os podia satisfazer.A lueta tornou-se mais encarniçada.Do lado dos revolucionários pollula-

vam jornaes e pamphletos; o point düjour, começado por Bavère na aberturados Estados Geraes, o courrier de pro-vence, por Mirabeau, o courrier de biu-bant, por Camillo Desmoulins, l'ami dupeuple e l'orateur du peuple, por Ma-rat e Fréron, e les revolution de paris,por Loustalot, gue foi o de mais circula-ção; chegou a tirar 200,000. exemplares."

Do lado dos Realistas, l'ami du roí,pelo abbade Royon, o apocalypse, osactos dos apóstolos des halles.

Os escriptos deste partido, que exce-diam em cynismo injurioso os dos revo-lucionarios, eram largamente subvencio-nados pela lista civil; ó o que se sabe

Selas confissões dos dous ministros,

lont-Morin e Bertrand de Molleville.Este ultimo diz também quanto custaramao bolsinho do rei os primeiros excessosdas secçoes e das tribunas, porque setratava de fazer a revolução tor repu-gnancia de si própria.

Os clubs também se multiplicaram eserviram de aguilhão á assembléa. Mui*tos dos seus membros os freqüentavam,ao menos os de opiniões avançadas, con-servando-se assim em útil communica-çâo com o sentimento nacional. Aa quês*toes debatiam-se ali, e vinham já prepara-das para a discussão parlamentar. Algunsdesses clubs tinham um fim especial,

comprehendiam a política em geral. A« Sociedade dos amigos da Constituição»,fundada em Versailles com o nome de« Club bretão», e que tomou o nome deJacobinosdo logar onde veio estabele-cer*se cm Paris, gerou uma multidão dosuecursaes nas provincias. Simples loca-tarios na igreja do antigo convento dosJacobinos, ali faziam as suas sessões, de-baixo das abobadas sombrias e no meiodos túmulos antigos. Ali retumbarampalavras que muitas vezes se tornaramem actos nas ruas de Paris. A' medidaque os partidos se seoararam na consti-tuinte, separaram-se também nos jaco-binos; os realistas constitucinaes sepa-raram-se para ir fundar um novo circulo,em um antigo convento, logar sumptuoso,communicando directamente com a as-sembléa por meio de corredores.

Mas os departamentos continuaramfiliados aos Jacobinos denominação quepassou a ser dada aos homens mais acti-vos e mais ambiciosos, e sobretudo aomais activo e mais ambicioso de todos—Robespierre. A' medida que a vida des-apparecia da Assembléa, refluía ás so-ciedades particulares, e de preferencia ásmais ardentes ; afinal, muitos da socie-dade reentraram para o grêmio dos jaco*binos.

Na assembléa mesmo as, divergênciastraduairam-se por uma linguagem vehe-mente e alguns duellos entre os deputa-dos; havia dous campos, designados pelologar que cada um oecupava em relaçãoá cadeira do presidente—direita e es-

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querda; esta mesma divisão se fez emtoda a França, e os mesmos nomes fica-ram para distinguir duas opiniões :

Os adversários da Revolução e os ami-gos d'ella.

Entretanto, as idéas absolutamenteretrogradas não ousavam quasi produ-zir-se no seio da assembléa; Duvald'Epiémesnil, o mesmo parlamentar quetomara, annos antes, uma attitude tãoguerreira, tendo um dia proposto ince-nuamente que se voltasse ao antigoregimen, foi acolhido por áquelles mes-mos que no intimo acalentavam essaidéa, com gargalhadas.

Os antigos parlamentares, os própriosque tinham appellado para os EstadosGeraes, vendo constituir-se uma justiçaregular, produeto da eleição, entraramviolentamente na reação. Protestaram nãosó contra a dissolução dos parlamen-tos, mas « contra todos os actos de umapretendida assembléa, que abusava dosseus poderes, e violava todo o gênero depropriedades.Alguns destes protestos foram publi-cos, outros conservaram-se secretos : odo parlamento de Paris ficou nas mãosdo presidente Rõsambo, em £uja casafoi encontrado em 1793.

No exercito haviam disputas eiitre osofficiaes fidalgos na maior parte, e muitoirritados com as reformas, e os soldados,quasi todos dedicados ao novo regimen».e pouco, dispostos a supportar tratameü-tos severos ou humilhantes.

I (Continua}

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folha a que realmente pertencem.Foi o que se deu, ha dias, com o

gatuno cabral pinheiro.Esse sujeito íbi á casa de uma

mulher, que não conhecíamos,exigir-lhe 100#, em nosso nome,

para não publicar uns artigos quedizia ter contra ella.

A mulher, que, ao que nos in-formam, mora ha muito tempo nacasa em que está, por cima de umimportante estabelecimento com-mercial, porta-se apezar da vida

que leva, de maneira irreprehen-sivel, merecendo os créditos detoda a visinhança; e, portanto, não

quer attrahir para a sua casa aattenção que sempre despertamtaes artigos. Por isso pagou, de-

pois de prévio acordo com o ga-tuno, 30$ para não ser encommo-dada.

£ Tendo-lhe alguém dito, entre-tanto, o ódio que o Corsário tem acabral pinheiro e a todos os maisgatunos, mandou-nos a mulhermostrar o recibo, por uma criada,

pedindo-nos providencias.Nós, sedentos de apanhar o la-

drão, que para vergonha de tudoquanto no Brazil tem contribuidocom a menor pare ei Ia de trabalhopara um tal jornal, guardamos orecibo, para o mostrarmos aoSr. chefe de policia e pedir-lheprovidencias, afim de que, quandose disser que no Rio de Janeiro seexerce a chantage, se saiba quema exerce. E á mulher recominen-damos que, quando cabral lhe fosseextorquir mais dinheiro, nos man-dasse avisar, e o entretivesse. dequalquer modo até à nossa che-gada.

No sabbado, tendo aviso de queás 4 horas o gatuno ia dar segun-do tiro, fomos a casada mulheresperal-o.

Era o proprietário desta folha eum seu empregado. Ó primeirosubio, e o segundo, tendo recla-mado o auxilio de um guarda ur-baho, ficou na rua.

Quando cabral ia subindo, paraexigir da pobre mulher o paga-mento do que ninguém lhe devia,

. appareceu o proprietário destafolha.

cabral empallideceu e quiz fu-gir, mas á porta o urbano tolheu-lhe o passo, dando-lhe voz. deprisão á ordem do chefe de policia.

O gatuno foi conduzido á esta-: ção do largo de S. Domingos, e

de lá á policia, sendo solto dali abocado pelo Sr. delegado Sá Valle

não sabemos se legal ou illegal-mente. Verificar-se-ha isso doprecesso a que vai ser submetidoo gatuno cabral.

Eis a verdade, sem rodeios, semcominentarios e o facto tal comose deu.

Não queremos acrescentar umapalavra, porque depois de termosapanhado cabral pinheiro em lia-grante delicto de gat unico, nãolhe damos a honra de o desçòm-por.

Esse desgraçado, a quem somosmuito superiores para lhe dar, ahonra de discutir com elle, ha delembrar-se oppor tuna mente doseu boletim de domingo.

ftffl INotas críticas

Tal qual como um sujeito quemuito desmoralisãdo, muda o no-me para não ser conhecido pelosincautos, o Capistrano de Abreu,critico süino da Gazeta, mudou otitulo das suas criticas de águasuja para ver ae illude a gente.

Trabalho perdido!O estyio é o homem, e o do Ca-

pistrauo de Abreu cheira a chuléá légua.

Ultimamente até se tem disfar-çado; mudou de nome e de an-drajos; mas, coitado, não seescondeu tanto que a gente nãoveja logo que é ehe; o Oapistranodenuncia-se pelo fedor, como ummonte da tal cousa em que a gentepisa por descuido.

Nos últimos dias o Capistranotem deitado bostas criticas a res-pe to dos Subsídios Ltilerarios, docommendador Guilherme Belle-garde, e dus EsiadisUs e Parla-meniaves, de Eunapio Deiró.

Está-se a ver nas taes notas queo biltre anda de orelha murcha erabo entre as pernas, como cãovagabundo que apanhou pan-caua. Que com esta comparaçãonãt) se uiíeiidani os cães vagabüu-dos.

Mas está se vendo que o homemestá tonto, completamente deso-ne n tado.

Tambem, quem ainda ha dousannos foi reprovado em francez,no concurso para um logar deamanuense, e estava muito con-cho, pensando que não se sabictde nada, deve ücar assim meioespantado quando pega na pen napara rabiscar umas bostas cri-ticas.

Tambem nós não sabemos "ondediabo a Gazeta tinha o juízoquando foi chamar para criticoum sujeito daquelles, porco comouma latrina, burro como dousbispos, um burroeo Carlos Pátria,pedante, malcriado, feio, lorpa,idiota, safado, insolente e igno-rante 1

E o Dr. Araújo, conservando noseu jornal semelhante lacráu,parece que com a ida a Paris nãoadiantou lá essas cousas I

ver, veja, e quem tem ouvidos deouvir, ouça, como dizem as escri-pturas.

Anda ahi pelas ruas um francez,maluco, ou que toma as suaspiellas, que lhe dão apenas paracantar a^MwseílieztiQ as cançõesde Berangér. UmamauiainotFen-siva e patriótica.

Aqui ha dias foi o homem preso,por cantar alto de mais em umavenda do largo da Carioca. Ven-do se engaiolado no xadrez, enaturalmente, para se consolar,deu largas á phantasia e á gar-ganta e principiou a cantar.

Mas os Srs. urbanos parece quese sentiram otfendidos nos seustympaiios delicados, pela cantoriaüo homem, e entrando no xadrez,onde com o argumento con viu-ceute das pranchadas dos respe-ctivos chaufalhos forçaram o lio-mem a callar-se.

E' bonito, pois não é '?Na segunda-feira da semana

passada, um individuo que íbi, demanhã, ler o teu jornal no PasseioPublico, foi brutalmente espan-ca do pelos empregados da conser-vaçãu do jardim.

Todo ensangüentado, e com acabeça quebrada, foi traizdo áestação com os aggressores, queforam ua mesma nora postos emliberdade. Apezar de querer fazertodas as despezas precisas paraprucessar os sujeitos, o subdele-gado e o commandante da estaçãonão quizeram ouvir nada e ahldaameaçaram o homem de ir parao xadrez se faltasse mais em corpode delicto!.

isto já não é a tal cousa; é umaestação daquelia cousa.

Se os outros guardas quizeremfallar verdade, podem até dizer-lhe que elle se gabou da suagrande proeza, com uma caramais dura que a de qualquer abo-licionista... pratico.

O illustre collega que anda afazer uma limpa nessa corpora-ção relaxada, tome á sua contadar ao urbano gatuno a recom-pensa que merece o seu acto debravura.

Se quizer fazer alguma cousanão se deixe levar por cantigasdo tal tenente Caramujo, queéoutro barriga de tapatudo ; seaté o quarto de carne aprehen-dido a um gatuno, aqui ha tempos,lheservio !

Olhe que a gente encontra cadaum, hein, compadre?

4o distrlcá-iDecididamente é um dos mais

patuscos distnctos policiaes, otal 4o! Ha ali cada ratice I

Ora vejam só.; aprompte o pu-blico a sua attenção toda, o col-lega chefe de policia passe o lençonos óculos, e quem tem olhos de

«Uarlos Patifaria fiüesía La-cflrào Safado

Anda cá, ó esgoto I Chega-tepara aqui, ladrão piíio, mísera-vel cajten da imprensa !

^òs queremos te ver a nojentatromba, ó javardo, e applicar-tedous pontapés no assento.

Então porque estamos em férias,ha ténas para tudo, heim, Iara-pio

'!Não se deita mais um apedido

no Cruzeiro, uma collecçao deasneiras entercallada de artigosdo código edesaforos reles de mu-lher de rotula ?

E' o frade de Santo Antônio,a quem tu andas ajudando a co-mer os cobres da ordem, que tetoma o tempo.todo ? Ou andas afazer subscnpção eatre os gatu-nos, teus confrades, para^nos pro-cessar H

Deixa-te estar, safardana ruim,cara de assombração, que te ha-vemos de inetter n'uns varaes desucaa com o Capistrano.

Vai armando a tua igrejinha,salafrário enorme, que nós t?a des-mancliaremos.

E tica certo, lacraia, que aindanão toste esquecido.

Proezas urbanasSr. chefe de policia.—Esque-

ceu-nos no nosso ultimo numerocontar-lhe este bocadinho triste,»que o collega deve apreciar muito.

Entre os urbanos que o tenenteCaramujo nos mandou para a por-ta, na quinta feira passada, veiourn conhecido por (Jary—Gary,que tem o costume de se aprovei-tar do barulho dos pequenos para1 lies bifar os cobres que pôde.Ainda nesse dia elle bateu a um1$, òou rs. a outro e até dous vin-tens, (um miserável pataco !) quefoi o que pôde roubar a um outro,lhe foram ter ás profundezas da

Mgi beira.

.Passes gratuitosOs redac tores da Folha Nova têm

dito cousas do arco da velha arespeito do grande numero depasses gratuitos que as compa-nliias cie bonds fornecem ao go-verno, o que constitue uma ver-dadeirâ ladroeira exercida pelosSrs. públicos.

Ha inda a notar que esses passessão para uso dos empregados damais alta cathegoria, dos que tempingues ordenados, e, portanto,menos carecem de tal favor; osempregados de 50$ e G0# por mez,esses, se querem andar de bond,tem de puxar pelo competentetostão, se não andam a pé.

O que, porém, é mais indecenteem toda esta questão é a biblio-theca nacional dar ao Capistranopasses para bond; de fôrma que,em vez delle ir no logar que lhecompete, isto é, puxando o carro,vai sentado dentro, a empestar ospassageiros adjacentes, com graverisco para a salubridade publica.

Isto é que é im moral e contra anatureza, que marcou aos qua-drupedes os seus logares, e que anenhum deu direito de andar debond, nem de ser critico!

Insistam os Íllustres redactoresda Folha Nova; gritem bem alto—•não pôde!—para ver se ao meno3se suspende o passe do Capistranoe se lhe assigna o logar conve-niente, a puxar um bond ahi dequalquer linha.

PublicaçõesPhantasma, ii. 2—scintillante.

Parece....gallinha.

Argonauta, n. 3—opereta pelomaestro Cardim, boa peça.

CaloteirosEstá assumindo proporções de

verdadeira patifaria a maneiraporque os altos poderes do estadoestão de*spresando os interessesdos pequenos empregados do go-verno.

Na alfândega,, na typographianacional, nas obras publicas, emtoda a parte, os empregados decathegoria inferior, serventes,trabalhadores, operários, etc,"sórecebem os seus vencimentos deum mez no dia 15 e 20 do mezseguinte, e ás vezes quando játêm outro mez vencido.

Ainda no dia 13 recebemos umaqueixa,dos operários das obraspublicas, dizendo que os seusvencimentos lhes são pagos com amaior irregularidade, o que osprejudica sobre maneira, porquesão homens que não tem outro re-curso a não ser o seu trabalho.

Já fizeram uma petição ao mi-nistro neste sentido, e elle em vezde dar providencias sobre o caso,

Page 3: DATAS GLORIOSAS - BNmemoria.bn.br/pdf/363065/per363065_1883_00045.pdf · paaa do deporteelo.—14 do Março — Fomos, por ordem da policia, espancados por ama aaalf» de capangas,

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deu o seguinte despacho, queveio publicado no Diário Oficial:—Requeiram ao chefe.

Isto é o mesmo que responder:—Vão á tabúa.

As férias do pagamento forampara a secretaria da agriculturano dia 9 do corrente, e até no dia13 não tinham tido o menor anda-mento, de fôrma que os pobreshomens dar-se-hão por muito fe-lizes se lá para o dia 20 ou vintee tantos houver novas do seurico cobrinho.

E depois hão de nos dizer queestamos a bater chapas se aindauma vez repetirmos que temos ogoverno mais caloteiro, rela-xdo, pifio, reles e ladrão de to-dos os governos havidos e porhaver!

CorreioAqui d'el-reü... Estamos rou-

bados... quem nos açode? Va-lham-nos! I!

São estes os primeiros gritosque temos vontade de soltarquando recebemos reclamaçõesdos nossos assignantes.

Se assim fizermos, bradaremosno deserto.

Quem irá tomar conta do nossogrito ?

O ministro da agricultura ?Coitado! elle tem tanto que fazer...

O José do Telhado *?Mas se elle é o chefe daquella

cafila de ladrões que se açoita alina rua Primeiro de Março, na-quelie casarão que chamam cor-reio geral.

Ah !... Uma idéa :Srs. ladrões, VV. querem ler o

Corsário de meia cara?Venham cá que nós daremos um

exemplar a cada um de VV.Querem a importância dos

sellos ?.Venham que nós também lhe

daremos.Querem papel para venderem a

peso ?Nós lhe daremos o Jornal Ma-

cario.Dar-lhe-hemos até a tromba do

Deiró, mas não nos roubem assimcom prejuízo dos nossos assignan-tes, Srs. gatunos safados.

Olhem, se VV. continuarem anão mandar as folhas que nós re-mettemos para os nossos assi-gnantes do sertão da Bahia, nóspegaremos em VV. e marcal-os-liemos, com um ferro em braza

na testa, a letra JL. Ao chefe deVV. faremos um presente da talcousa do Manoel Carneiro.

Depois dahi depois dahiEstá bom...

corsário júnior gatunoA requisição do chefe de po-licia de S. Paulo, foram presos, em

Campinas, vários gatunos entreos quaes figura um tal Mazzi,que declarou ser repórter do cor-sario júnior.

Perante esta declaração a po-licia devia ficar firmemente con-victa de que, efíectivamente, otal Mazzi é gatuno de profissão.Este facto nós soubemol-o pelaGazeta de Noticias, de hontem, queo leu no Diário de Campinas.

Com vistas á policiaOs moradores da rua do Ferreira

Vianna e logares adjacentes, in-formam-nos. que ha naquella rua,esquina da praia do Flamengo,uma casa desliabitada, que, entre-tanto, é habitada de mais, poisserve de couto e quartel generala uma collecção de" vagabundos eratoneiros que infestam aquellasvisinjianças, levando o terror e opânico aos gallinheiros, coradou-ros de roupa, a tudo quanto pó-dem, tendujá cornmettido diver-sos roubos.

Na nossa opinião, o collegachefe de policia andaria muitoavisadamente, e de acordo coma segurança daquelles logares,dando alguma providencia paraque a tal casa desliabitada tenhamenos moradores.

£atre coinanemladoresO Brandão é homem methodico.Sobretudo não gosta de fallar

com os empregados.Para isso organisou um regu-

lamento, em que estão especiíi-cadas as leis da casa,

Eis aqui, para amostra, algunsdos pontos mais importantes:

E' prohibido aos emprega-dos fumarem charutos ou cigar-ros e bem assim tomarem rape ououtras cousas viciosas. (O queserâVj

E' prohibido aos emprega-dos porem o cuapéu em casa. (Hãode deixal-o na rua?)

E' prohibido aos emprega-dos andarem sentados, ainda

mesmo que não estejam a traba-lharem.

Por causa do Corsariof nashoras de trabalho, os empregadosnão podem lerem jornaes nemnada em letra de fôrma, e nasoutras horas também não.

N B.—Esta lei é geral paratodos e não se exceptua pessoanenhuma.Os caixeiros entisicaram.

SÊCÇÃO HUMORÍSTICACousas e tal

Também, quem me mandoucomprometter a fazer humorismoás terças-feiras!

Poimsso agora eu estou aquitão atrapalhado para inventarratices como a nova municipalidade para inventar melhoramen-tos e reformas, até ser tempo deprincipiar a pôr o municipio noprego!

Por fallar. nisto —A Folha Novaé que, com toda a sua manha ebom modo, está fazendo o diabocom a nossa municipalidade.

Nós estamos tão pouco habi-tuados a ver qualquer jornalguerrear assim uma instituiçãoséria, que não podemos deixar"deperguntar cá aos nossos botõeso que diabo terão os novos verea-dores feito aquelle jornal ?

Ha dias, fazendo a critica dolivro do Sr. Bellegarde, dizia aFolha Nova que tal e sim senho-res, que se não aggravassem, por-que não queriam mal ao auctor dolivro, cujos defeitos apontavamao mesmo passo que lhe notavamas utilidades. Isto não tem razãode ser ; só se a Folha Nova nãotem consciência do que diz,e nessecaso é melhor não dizer nada.

*

A propósito de Bellegarde, di-zia-me, ha dias, um amigo muitoserio, com ares de indeciso:

Homem í Este sujeito citatanto, que eu mesmo não sei seelle é Bellegarde ou bele..*. guim!Este meu amigo está ameaçadopelo Lopes Cardoso de um pro-cesso. E' bem feito.

_ . * •Eu tenho uma paciência desanto.

Aturo sem pestanejar, duranteduas horas, um sujeito que meconta a sua vida ou a historia do

seu ultimo namoro ; que me recita uns versos de um amigo in-timo que morreu no Paraguay,ou que conta anecdota de Boc-cage. Já uma vez ouvi recitarãopiano,' sem fazer uma desordem,e um dia que o Serzedello me prin-cipiou a ler um folhetim delle eutnem siquer apitei I

Entretanto, ha uma cousa qu«me faz zangar : é ver bulir comquem está quieto. Por isso, quandoeu leio um folhetim do Valentira.Magalhães, em que elle diz queia com o cigarro á bocea, e acha-pou á cabeça, eu tenho vontadede lhe botar uma cangalha áscostas e de o mandar á favaí

* *E' damnndo para inventar mo-das, o tal Valentim! Pois se ellejá (lescobrio a cor dos sons I

Seria por aquelle meio da gar-' rafa, sabem, que elle fez a expe-rielicia ?

f^lora Mattos Lobo, vul-go Mata-íbme

Continua esta torpe "meretriz a aíTron-tar a moralidade publica, perrí duvidafiada no seu azeiteiro, o grandississimosafado o relês gatuno cabral pinheiro.Se, porém, alguém julga que assimfallando mentimos, leiam o que se segue,que é uma caria que aquelle miserávelclirigio ao Sr. Guilherme Machado, pro-prietario do «Carbonario», e que ficanesta redacçâo para quem quizer podeimelhor avaliar quem ó aquelle cão :

(( Amigo Sr. Guilherme.— Sehouver alguns ar.tigos oumofinascontra a Flora da rua theophiloOttony—não consinta a publica-ção—e caso seja—estou promptoa rècompençar o seu trabalho.—Do Seu Affecto— Cabral Pinha"?u—11 Janeiro—1883.»

Deixemos por emquanto Flora Mata-fome e tratemos do sevandija cabralpinheiro.

Este cão hydrophobo não contente emcomer os cobres magros de Flora Mata-fome, ainda quer explorar as algibeirasde umas pobres raparigas, e como estasnão se prestam mais a satisfazer a suaganância, elle manda escrever artigosdiifamatorios contra ellas.

Estas raparigas chamam-se Augustae Presciliana, contra as quaes o bandidocabral pinheiro publica em todos os nu-meros artigos no seu miserável pasquim,contra ella3, porque não lhe queremdar mais dinheiro, infâmias nojentas, echama para ellas a attenção da policia.Jogador ousado l tu falias em policia l

Quem mais do que tu precisa ser cor-reccionado ?

Mas vamos ao facto :Eis o bilhete, que também fica nesta

redacçâo, que o safado e ladrão cabralI pinheiro escreveu a estas raparigas :

FOLHETIM

O

MED! Ü ÍFESS0RPOR

lVII

A PALAVRA SUPREMA

(Continuação)A Sra. de Fraivières, pallida como a

morte, fugia desesperada.Gabriella, louca de terror, agarrava-se

ao cortinado e soltava gritos de magua.O moribundo não sofria já somente no

abdômen, e mim também no estômago, nopeito, na garganta; tinha fogo por todoo corpo, sobre a peile, nos músculos, nosossos, tinha estremecimentos, caimbras,

. regidez titanica.Este homem é Um martyr, disse

Landreyarde coiTcndo pura elle e pres-tanda-lhe os primeiros soecorros.Felizmente elle perdeu todo o co-

nhecimeato, disso Hugonet recuandoamedroutado.

— Sim, felizmente... respondeu Lan-dreyarde com uma expressão de amar-gura na voz.

-De repente o doente escapou-lhe e porum esforço sobre-humano pòz-se de pé.Antes que tivessem tempo de contel-odeu alguns passos pelo quarto e precipi-tou-se om uma outra sala, cuja portaestava entreaberta.

Foi uma scena horrivel, indiscriptivel,e os espectadores conservaram-a emlembrança toda a sua vida..

Seu grande corpo erguia-se como umesqueleto e os ossos sé entrechocavamcomo se se quebrassem e se desprendes-sem das junetas. Seus compridos braçosestendiam-se como para ainda apoderar-se dos objectos que não existiam e queseus dedos quebrados recusassem agar-íar#O rosto, que mais nada tinha de hu-mano, convulsionava-se, os lábios pen-diam entumeciclos, a bocea contorcia-semostrando o paladar secco, as gengi-vas sangrentas, olhos pretos reentradoscercados de sombras espessas, tinhama profundeza de um abysmo, todo o cor-po estava inundado de suor, e os cabellosbrancos eniçavam-se-lhe sobre a cabeçamedonha. E o moribundo corria esbar-"rando contra os inoveis, continuando asoltar gritos dilacerantes erugidosformi-daveis. Foi cousa de um segundo, masesse segundo durou um século.

Afinal cahio aniquilado e Landreyardeque so lançara sobre elle, carregou-o nosrobustos braços, collocou-o sobre a camaonde conteve-o alguns minutos.

Um desfallecimento profundo suece-deu á crise vioenta. Landreyarde dissealguma cousa ao ouvido de Hugonet, quefazendo-se livido, disse:Não I

E' preciso, não vejo senão estemeio.

Deixe este homem morrer em paz,disse Hugonet, que tomado de terro;*cahio numa cadeira e fechou os olhos.

Landreyarde deixou então o leito, di-rigiu-se á mesa, tomou uma penna, edepois de pensar dous segundos, traçourapidamente algumas linhas.

Aqui está o que receito, disse elleapresentando o papel á Sra. de Fraiviè-res que recebeu-o tremendo.

MasjIIugonot pulando,tomou a receita,agarrou a mesma penna, escreveu, e es-tendendo um outro papel á Sra. de Frai-vieres, perguntou com voz que procuravatornal-a calma e que trahia uma' agi-tação extraordinária :

A quem é que se ouve aqui ?Ao senhor, somente, caro doutor,respondeu a dama.

Pois bem l ahi está o que sahe deminha máo.

Corra, disse a Sra. de Fraivièresa Germana entregando-lhe a receita "doDr. Hugonet. E approximando-se deLaudreyarde disse-lhe:

Queira perdoar-me, senhor, mas ha20 annos que o Dr. Hugonet é o medicoda casa.

Landreyarde lançou sobre esta mulherum olhar frio e profundo, e disse :Oh I pouco importa, minha senhora;o Sr. de Fraivières é um homem morto.

Ella curvou a cabeça e ello retirou-seMas, não tinha chegado á porta, sen-»tio que acompanhavam-o.Era Gabriella que alcançou-o :Volte l volte l meu pai está mor-rendo 1

O Dr. Hugonet...Confessa não saber o que fazer.¦ — E que farei eu agora mais do quaelle *Oh l volte sempre.E' tarde de mais.

Ella tomou-lhe as mãos e curvou osjoelhos :

Volte lElle deixou-se arrastar.Que moléstia espantosa l murmu-

rou Gabriella precipitando os passos ee ativando os de Landreyarde; meususto ó igual a minha dòr... De quemorre meu pai, senhor ?.'.. Diga I... Devoe quero saoel-o 1^Landreyarde olhou-a, vio-a tão bella,tão tocante, tão lamentosa que sentio umestremecimento e uma immensa piedade,e respondeu-lhe :Não m'o pergunte.Oh I ao contrario, falle ; parece-meque sabendo isso hei de consolar-me.

E juntava as mãos, estavam ao pé daporta do quarto onde o moribundo agoni-bíX VHs

Landreyarde parou'e disse : ^Bem, minha senhora, escute-me etaça por me comprehendçr: seu pai aindatinha vida para 20 annos.

(Continua)

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«Sra. D. Augusta, ePerciliana.—Se puder chegar ao nosso es-1criptorio Já é favur. porque lhe,quero iallar,-0. P%rúmro.-b*-\neral Câmara 203.»

Agora, sabem o que queria cabral pi-nheiro destas infelizes (\n ™n-

Ouc ellas lhe dessem dinheiro, do cou-tóo as levaria para a casa de correcçao,

chefe cie policia, mas;, que se lhe dessem200#, tudo se abafaria e ellas nada some-ri

Perguntamos a S.Ex. o Sr. Dr. chçfcde policia se pôde continuar i#une^mtal canalha que abusa do nome^^M-«ara roubar a incautas e ignorantes mu*

Ellas?estão promptas a jurar e dar tes-temunhas das gentilezas deste, larapio, eacreditamos que V. Ex, "™ú*\ZaTrerá passar por apatrocinar a gatunos-

Estas mulheres moram na rua de U-guayana i. 137 ; V. Ex. mande-as cha*Siar e informe-se bem do que tia.

Além disso o ladrão cabral pmheiioébem conhecido ahi na policia, e osi bis.Drs. delegados ou quaesquer dos secie-tas bem poderá informar a V. to. queméo jogador cabral pinheiro.-V. Ex. iá deve estar informado comofoi elle preso no sabbado, em casa deuma destas mulheres; agora cumpie queV.Ex. as mande chamar e as "-tenogue.Não tenha escrúpulos, Sr. desembargadoichefe de policia" por estas m*ormaçp|9-lho serem dadas pelo Corsário, powroelle ó que tem a coragem de dizei ascousas como ellas são. s_

V. Ex., sem perda da sua reputação,nâo pôde deixar impune um ladrão querouba em nome de ^V. Ex. ^

O contrario disto é V. Ex. nao ser chefede policia, mas sim de gatunos.

(Continuaremos)

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Zfk:'kk-

Freguezia de AlooíraA descrença mais cruel leva-me já ao

ponto de despresar uma parte do gênerohumano que, pelas leis de compensação,vem escurecer, com a sua presença, tudoquanto ha de bom e de sublime nessamesma humanidade.

Não é só nas mattas virgens, nem nascavernas das montanhas inaccessiveisciue existem animaes ferozes. .

Na sociedade ha tambem verdadeirasferas, tigres sedentos da honestidade dos

Uma dessas feras ó Josó Marquesum desgraçado que se ligou a umaprostituía vaidosa o ordinária. ,

Eu,cieinente«como sou, peço só piedaüepara esse infame, eternamente prosu-tüid0< «Imparcial»

ANNUNCIOS m 1 PffllF1E. SAMUEL HOFFMANNEmprosta.se dinheiro sobre penhores

de ouro, prata e brilhantes.

15 A TRAVESSA DO ROSÁRIO 15 A

(DWRONTE DA SACURlSTIA DA IGREJA) pOl* prOÇO H-OdlCO.

Jlllfiu*250-RÜÃ D'ALFANDEGA-^250

Nesta casa encontra-se todos osdomingos o bom mocotó e angua bahiana.

Fornece-se comida para fora,

111b :w-

XIO' Witruviò, meu vaidoso,Tu nâo és mais estudante,Tu não passas de ebriosoO' Witruvio, meu vaidoso ;Caíageste rancoroso,Pigmeu, taful, pedante,O' Witruvio, meu vaidosoTu não és mais estudaute.

XIIO' Witruvio safardano,Latinista mulatinho,Tu náo és ícpubiicano,ü' Witruvio safardano.Tens do nome só o «cano»Para esgoto do «padrinho»O' AVitiuvio sáfardanaLatinista mulatiulio l

« Lacio »(Continua)

AtteneaoSai ou não o baronato de S. Luiz ?...

AOS SUS. FAZEKDE1U0S

INSECTICIDA BRAZILEIROO ÚNICO LIQUIDO QUE

ESTINGUE OS FORMIGUEIROS

NA.'#

, Sr. redactor.- Deparando nos a pedi-dos dc sua conceituada folha, de? e 13 docorrente, uns artigos onde sou miserável-mente agredida por um infame, que naoSo a coragem ao menos de uni cao.procurou por esse meio üludir a boa e§e V., fazendo crer que era verdadetudo quanto continha aquelle aranzel ;se procuro por esse tribunal a minhadefesa é por amor ao publico que naome conhece, afim de esclarecer a verdadenua e crua como ella è,e não para respon-der a artigos de um miserável que eu jánão nosso sustental-o nein vestil-o; ossodesgraçado teve a petulância de invocarm fimiliaa do logar onde eu moro paramelhor fazer acreditar ao Exm. Sr. desern-bareador chefe de policia, que eu era defacto uma má mulher; por que nao aponta,seu biltre, quaes são estas tarnilias que euprovoco ? Onde moram o quaes os seusSnmes? Desapontado esse miserável,Jeronymo Pinto da Silva Alvarenga,riois assim se chama o meu aggressorSo eu o ter deixado, visto que o naoSodiamais sustental-o nem dar-lhe fa-Sotas e dinheiro, procurou proyocar-mepor essa folha, aíim de amedrontar-me ecbamal-o outra vez, e continuar aloçuple-tar-me: pois, engana-se, meu caro, jauaotam não duro, vá trabalhar. ,

SeP sou uma mulher de má vida.como diz o tal senhor no seu artigo deqé porque fui seduzida do templo da

ronymo, afim de vir no abysmo da des*craca prostituir-me e obter dinheiropara repartir com elles; ho e, porem, queS exneiíencia me tem demonstrado queesses b ltres que circulam pela cidade,da ordem do Sr. Jeronymo, os quaes oSuko chamam-lhes azeiteiros, que naodevo de sustental-os trato de escamo-tôal-os, porque para ama de leite já naooosto e tenha paciência, meu caro, ]á naofempão^ duro. V., Sr. redactor, pararnellior conhecer a verdade procure obterK avaliar, que o senhor dos ditos ar-titíos lhe apresente os nomes das fami-lias que eu provoco, pois assim melhor

julgará a sua consciência.

Mas uma oaftina

S^^Oo^dfe n. 109 A,umafranceza de nome Celina d'Arley que^tíí&uWunia-caftina

de nova es,

PBAÍuga por um preço «o principio ra-, • xoaver, se o é, tomar 10^1 por dia de uma

mulher que utilisa-se de um quarto e ai-1 cova, mas na oceasião do pagamento in*venta quanto extraordinário entendeinventa? e consegue assim explorar aspobres desgraçadas que lhe cahem de*Sâixo das garras. Não contente com issovai augmentando sem motivo plausívelde dia para dia o aluguel que pagamessas infelizes que deixam-se expolliarpor uma mulher, que, sob a cipa de fin-gidaproteção, incita-as ainda a maisprostituirem-se para encherem aquelle£orvedouro de ouro, representado nacaftina Celina de Arley que costumalambem assignar-se Celina d'Auger.

Ao Sr. cliele cie policiaSabbado ultimo, ás 11 e 20 minutos da

noite, houve giaiide polemica na rua doSenhor dos Passos, canto da rua deS. Jorge, entre os rondautes e as pessoasu ue por ali passavam. ,

Esse ronuante implicava com toda agente, e dous moços que esperavamuaiuiuiliaiiieute o uond, foram grave-meuie insultados pelo biltre lardado que,insoieuteuienle, os intimava paia naoesperarem o boiad.

pedimos providencias.«Duas victimas»

62 RUA DO VISCONDE DE INHAÚMA 62FERRO, VALENTE & C.

ÃlÃffl DE Üi E MOLHADOSVENDAS POR ATACADO E A VAREJO

«ttf ^lqueíencÒnimenda que llíe seja feita, mesmo para fora desta corte.

111 Rua do Senador Euzebio 113 ]"s^CCÕaRáíÕ

DA MOCIDADEPRECIOSO DESINEECTANTE

mim m mm m i. uirara mV*\* adstringente teve a propriedade de terminar com as vaccinas syphiliticas,

om \S&VWéu?l?í%aatto annos a esta parte; a todos que fizeram o uso deste pre-?S^d?Sí e?tonte,qque hoje offereço ao povo do progresso, e tenho annunciado

S^SS def ouças » e « Jonml do Oon.mo.C1o ...OEJPOSITOS

Oariciaae evangélicaNa rua do Núncio, canto da de S. Pe-

dio, foi visto .o liev. padre Carlos deSanta Eugenia', capellâo do hospital demarinha ou batainao naval, lorçandotenazmente uma poure escrava para linslibidinosos ; e como esta recusasse ceder-lhe, elle, sacerdote, entre outras amabiii-dades disse : nao sabes - de&giaçada, quete posso comprar, mandar para a chácarae ia te corlar a vergaiuo V...

A estas sucrosamas palavras a escravarespoudeu com lagrimas, isto vai comvisias ao nosso diocesano.

«Um sachristão apreciador»

IniiaumaAconselhamos a uma senhora que

mora neste logar e que faz papel de ai-coviteira, que trate de seus ülnos, assimcomo a uma menina que ínera defronte eque da casa delia nao sane um talbr. Iguacio. .

Perguntamos quem será o pai da enan-ca, pois já sao quatro : tres uraziieiros eum portuguez, o que dizem que e certo.

Òae horror vai neste logar 1...«li... D...

Ti na do Senhor dos Passos n. 25; rua da Uruguayna n. 21B ; rua de Gonçalves

PE

GÀBilÜitô

SISIiUMIT LACOMBEI._

31-RUA HALFELD-31AUGUSTO ROBERTO OHLARproficiente na sua arte de barbeiro e

caoelleireiro, coni especialidade em pen-teados e postiços, tem sempre em suacasa grande e variado sortimento de per-fuma?ias dos mais afamados auetoresde Paris, bem como faz applicaçao debichas e ventosas, indo a qualquer parteque seja.

JUIZ DE FORA

ALMOÇO 500 JFtS.2 prato*, a escolher pela lista,

arroz, raatte, chá ou café, pão emanteiga.

JANTAI^ 500 Ilã*.Sopa, 3 pratos, a escolher pela

lista, arroz, sobremesa de doce oufrueta, chá ou café.

30 RUA DE S. JOSÉ 30(SOBRADO)

CASA DO MOURÃO

Ainda o caltismoChama-se a attenção de S. Ex. o Sr.

chefe de policia, para uma messalina dolargo do Rocio n. 6, chegada ultima-mente do norte com duas moças dasquaes exige diariamente 100, a pontodestas fizerem actos immoraes.

Esta nova caftina chama-se Franciscade tal Corrêa, bem conhecida em Paranápela» suas proezas.

Ladeira do OastelloOs tres casadinhosVivem de casa e pucarinho

Lá vai motte: elle o é e não sabe, delledevemos ter piedade, mas elle o é e con-sente, elle o seja para sempre. Agora qnejá vos dei os numes de que sois dignos abenção do padre Martinho vos cubra e aminha. Até, até •

iPindamonlLangabaS. PAULO

Quem. quizer ser insultado, maltratadoe ameaçado na sua algibeira, vá hospe-dar-se no hotel Godoy, couto de gatunos,jogadores e de assassinos ultramou-tanos.

IMAGENS DA BAHIANa rua do Regente n. 72, ha, de

uma pessoa que está de paisagempara o Sul, lindas imagens detodas as invocações, com appare-lhosdeouro eprata. Uma grandevariedade de Senhor Menino eSanto Christo.

Os fieis devotos devem apro-veitar a oceasião, pois, imagenstão perfeiias como estas, aindanão vieram ao Rio de Janeiro.

A encarnação é de primeiraqualidade. '"dinheiro

Empresta-se sobre penhores, nacasa deP. J.C.Paiva, á rua doSenhor dos Passos n. 80, portalarga.

«[MPEIROAluga-se um, branco, de maior idade,

para casa de commercio ou de família;tem pratica e fiador, sujeita-se a todoserviço; na rua dos Pescadores n. b4.

RUA SETE DE SETEMBRO N. 90

. Especialidade em fumos des-fiados do Rio Novo, Goyano;*Pomba, Barbacena e todas as>qualidades de fumos estrangeiros^superiores charutos e cigarros detodas as qualidades por commodopreço; á rua Sete de Setembron. 9*0, entre á travessa de S. Fran-cisco e rua da Uruguayna.

Attençãos Pede-se aos senhores que com*praram, no leilão que fez o Sr*Enéas Pontes, a 7 de Agosto ul-timo, dous quadros, sendo um aóleo, representando uma jarra-antiga com flores, e outro repre-.sentando um desenho de cabellos*que queiram deixar no escripto-rio desta folha as suas moradas,,por isso que ha uma pessoa quetem interesse em adquirir os ditoaquadros.

Typographia do Cousa aio$