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1 O FUTURO DO INTERIOR Desafios e Oportunidades LUÍS RAMOS

O FUTURO DO INTERIOR Desafios e Oportunidades trabalho: como criar e fixar emprego produtivo e duradouro? ... O DESAFIO Romper o círculo vicioso das baixas densidades territoriais

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O FUTURO DO INTERIORDesafios e Oportunidades

LUÍS RAMOS

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I. O INTERIOR: GEOGRAFIA OU METÁFORA?

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I. O INTERIOR: GEOGRAFIA OU METÁFORA?

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I. O INTERIOR: GEOGRAFIA OU METÁFORA?

Perfil Territorial - Hipsometria, Amplitude Térmica e Uso do Sol

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I. O INTERIOR: GEOGRAFIA OU METÁFORA?

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I. O INTERIOR: GEOGRAFIA OU METÁFORA?

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Dois terços do território nacional estão

ameaçados de despovoamento e das suas inevitáveis consequências:

• abandono de terras e das atividades produtivas associadas;

• declínio das atividades económicas e a perda de massa crítica;

• acréscimo dos custos de provimento de infraestruturas e equipamentos;

• Menos serviços públicos e menos oportunidades e condições de vida.

A AMEAÇA

II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Densidade Populacional

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Variação da População Residente

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Proporção da população residente com 65 ou mais anos de idade

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Proporção da população residente com 14 ou menos anos de idade

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Proporção da População residente em lugares com 2000 ou mais habitantes

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Proporção da População residente em lugares com 100 ou menos habitantes

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Ganho Médio Mensal

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Importância da População agrícola familiar na população residente

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Proporção da população residente com pelo menos o 3º ciclo completo

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Níveis de Acessibilidade Territorial

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Despovoamento e

dispersão

territorial

Poucos

consumidores e

pulverização dos

mercados locais

Perda de

população mais

jovem e mais

qualificada

Mercado de

emprego escasso e

pouco qualificado

Reduzidos níveis de

empreendedorismo e

de investimento

privado

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II. O CÍRCULO VICIOSO DAS BAIXAS DENSIDADES

Lógica extrativa da Economia

Mercado de emprego escasso

e pouco qualificado

Reduzida criação e fixação de

valor acrescentado

Reduzidos níveis de

empreendedorismo e de

investimento privado

Rarefação das funções e serviços

comerciais

Despovoamento e dispersão territorial

Redução da oferta de

equipamentos e serviços públicos

Abandono de espaços

agroflorestais e desertificação

física

Perda de população mais

jovem e mais qualificada

Níveis críticos de infraestruturas

públicas

Reduzida massa crítica

empresarial e institucional

Declínio das atividades produtivas tradicionais

Poucos consumidores e pulverização dos mercados locais

Envelhecimento populacional

Perda de capital humano

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melhoria das acessibilidades;

construção de infraestruturas e equipamentos;

oferta de solo industrial a preços simbólicos;

(re)localização de empresas;

redução de impostos e de taxas municipais;

incentivos à criação de empresas e de emprego;

subsídios de natalidade, etc.

Desde os anos 1980 foram implementadas muitas medidas e investidos muitos milhões

III. O ESTADO ABANDONOU O INTERIOR?

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III. O ESTADO ABANDONOU O INTERIOR?

III. O ESTADO ABANDONOU O INTERIOR?

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Mas falharam na concretização da sua principal ambição:

Estancar a perda de população, o despovoamento e a perda de serviços e emprego.

O nó górdio é o mesmo de sempre:

a geração de riqueza e emprego.

A fixação de população só será possível com emprego produtivo

Tem-se procurado combater o problema do declínio populacional com

uma abordagem infraestrutural, corretiva e "assistencialista".

III. O ESTADO ABANDONOU O INTERIOR?

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Um maior compromisso da economia com o território; aumentar o peso das empresas e

atividades locais na formação do valor final do produto regional.

1

Portugal necessita de um novo paradigma da coesão territorial que privilegie a redução

das assimetrias pela via da criação de riqueza e valor, em detrimento da função

eminentemente corretora e redistribuidora do Estado

O reforço da dimensão e da competitividade urbana. O futuro dos territórios de baixa

densidade joga-se, em grande parte, nas suas cidades e vilas.

2

Transformar os TBD em espaços mais empreendedores, criativos e inovadores, garantindo

a especialização inteligente das suas economias

3

Garantir a promoção da igualdade de oportunidades no acesso a bens e serviços coletivos,

assegurando a indispensável equidade social e territorial,

4

Combater o minifúndio e a fragmentação institucional, através do reforço do

associativismo, da cooperação e da governança territorial.

5

IV. OS DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES DO INTERIOR

IV. OS DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES DO INTERIOR

1. A Natalidade: como inverter as tendências regressivas?

IV. OS DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES DO INTERIOR

1. A Natalidade: como inverter as tendências regressivas?

IV. OS DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES DO INTERIOR

2. O trabalho: como criar e fixar emprego produtivo e duradouro?

IV. OS DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES DO INTERIOR

2. O trabalho: como criar e fixar emprego produtivo e duradouro?

IV. OS DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES DO INTERIOR

3. As condições de vida: como garantir equidade no acesso a serviços públicos?

IV. OS DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES DO INTERIOR

3. As condições de vida: como garantir equidade no acesso a serviços públicos?

V. A PORTA ABRE POR DENTRO

33

Uma nova abordagem da coesão e do desenvolvimento territorial - mais

articulação, integração, coordenação das políticas e dos atores.

Uma nova geração de

políticas públicas territoriais

/ políticas e programas mais

persistentes, complexos e

integradas

1

2

Um maior compromisso da

economia com o território

aposta na valorização

económica dos recursos e

competências locais

Reforço da atratividade e da

competitividade e

minimização dos custos de

contexto e das externalidades

negativas

3 4

Um novo paradigma para a valorização do capital humano apostando na formação dos

recursos humanos e na sua qualificação profissional

5

Um novo paradigma de intervenção na segurança e proteção social que promova o Estado

“parceiro” em detrimento do Estado “tutelar”

6

Garantir uma igualdade efetiva de oportunidades dos cidadãos no acesso a bens e serviços

públicos fundamentais de qualidade

7

Uma Agenda Nacional para os Territórios de Baixa Densidade.

V. A PORTA ABRE POR DENTRO

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O DESAFIO

Romper o círculo vicioso das baixas densidades territoriais de modo a preservar

a massa crítica e a energia mínima que são necessárias a qualquer estratégia de

desenvolvimento que vise mais largo do que o assistencialismo público e estatal.

A AMBIÇÃO

O Interior não se pode transformar num fardo para o País, nem depender

cronicamente do "assistencialismo" público e estatal.

Pode e deve contribuir para o crescimento e o emprego e participar ativamente

nas reformas sociais e económicas que o País reclama.

O PROJETO

Estimular a valorização económica dos recursos endógenos (capacidades

empresariais, mão de obra qualificada, recursos financeiros, saberes e

competências específicas) e uma maior interação da economia com o território.

V. A PORTA ABRE POR DENTRO

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PILAR I

• alteração substantiva do quadro político-institucional para a

Uma nova abordagem da coesão e do desenvolvimento territorial -

mais articulação, integração, coordenação das políticas e dos atores.

Propostas e Recomendações

► Criação da Órgão Interministerial para a Coesão Territorial

► Criação do Estatuto dos Territórios de Baixa Densidade

► Criação do Programa Nacional para a Coesão Territorial (PNCT)

► Implementação do Programa de Desconcentração Administrativa

► Aposta na consolidação do associativismo municipal e das Comunidades Intermunicipais (CIM)

► Programa de Descentralização de competências do Estado Central para a Administração Local

V. UMA AGENDA PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE

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PILAR II

• alteração substantiva do quadro político-institucional para a

Uma nova geração de políticas públicas territoriais

políticas e programas mais persistentes, complexos e integradas

Propostas e Recomendações

► Assegurar uma repartição transparente e justa das verbas disponíveis à luz dos objetivos de convergência

► Reforçar a descentralização e a desconcentração na gestão dos programas regionais e temáticos

► Modelo de intervenção que privilegie a contratualização de programas de desenvolvimento territorial

► Agilizar procedimentos e desburocratizar o acesso aos apoios nacionais e comunitários

V. UMA AGENDA PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE

► PROVERE – Estratégias de Eficiência Coletiva

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PILAR IIIUm maior compromisso da economia com o território

aposta na valorização económica dos recursos e competências locais

Propostas e Recomendações

► Promover uma exploração e valorização eficaz das indústrias extrativas e transformadoras

► Geração e fixação de mais-valias nas principais fileiras produtivas territoriais (agrícolas e florestais)

► Estratégia de especialização inteligente que valorize os recursos e as competências destes territórios

► Conceber e implementar uma estratégia de desenvolvimento turístico e da economia da cultura

V. UMA AGENDA PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE

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PILAR IVReforço da atratividade e da competitividade e minimização dos custos de

contexto e das externalidades negativas

Propostas e Recomendações

► Lançamento do programa Portugal Porta-a-Porta - transporte flexível e a “pedido”

► Garantir a sustentabilidade da rede de ensino superior / polos de competitividade territorial

► Beneficios Fiscais para investimentos produtivos e Estatuto de residente não habitual

►Melhoria da cobertura de infraestruturas e redes - gás natural, comunicações móveis, banda larga, TDT

► Garantir a equidade efetiva em matéria de preços e tarifas em bens e serviços como a água e a energia

► Programa +Superior – incentivos para os estudantes ds instituições do ensino superior do Interior

V. UMA AGENDA PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE

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PILAR VUm novo paradigma para a valorização do capital humano

apostando na formação dos recursos humanos e na sua qualificação profissional

e atuando nos mercados de trabalho e de emprego

Propostas e Recomendações

► Criação de um mecanismo de apoio ao emprego para atividades de elevada sazonalidade

► Criação de estruturas de apoio ao microempreendedorismo

► Programa de microcrédito e microfisco para projetos territoriais e de valorização de recursos

► Programa de Formação Profissional - ex: valorização comercial de produtos e bens transacionáveis

V. UMA AGENDA PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE

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PILAR VIUm novo paradigma de intervenção na segurança e proteção social que promova

o Estado “parceiro” em detrimento do Estado “tutelar”

Propostas e Recomendações

► Reorganizar a Segurança Social e do Emprego, adequando a sua intervenção às novas realidades

►Descentralizar competências através da RLIS – Rede Local de Intervenção Social

► Desenvolver um modelo de intervenção preventivo para a população idosa e/ou com incapacidades,

► Apoiar e estimular o empreendedorismo e inovação social

V. UMA AGENDA PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE

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PILAR VIIGarantir uma igualdade efetiva de oportunidades dos cidadãos no acesso a bens

e serviços públicos fundamentais de qualidade

► Estratégia de Reorganização dos Serviços de Atendimento da Administração Pública

► Plataforma Colaborativa de Estruturas, Equipamentos e Serviços de Utilização Coletiva GeoEquip,

Propostas e Recomendações

► Programa de Capacitação para formar decisores e executores de políticas públicas locais

► Definir o nível de serviço universal comum e elimiares mínimos de acessibilidade para cada serviço

► Repensar os modelos de organização dos serviços desconcentrados da administração central

► Promover soluções inovadoras, alternativas à oferta tradicional de serviços públicos, ao melhor custo

V. UMA AGENDA PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE

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O FUTURO DO INTERIORDesafios e Oportunidades

LUÍS RAMOS