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1 O futuro dos seguros automotivos O impacto da conectividade veicular e do ADAS no mercado Um estudo conjunto da HERE e da Swiss Re

O futuro dos seguros automotivos - Revista Cobertura · Os carros modernos, diferente de seus congêneres mais antigos, não são apenas conectados, são tam-bém inteligentes. Uma

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O futuro dos seguros automotivosO impacto da conectividade veicular e do ADAS no mercado

Um estudo conjunto da HERE e da Swiss Re

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Introdução ...................................................................................................................5

Situação atual do mercado de seguros automotivos ............................................6

O crescimento da conectividade veicular ...............................................................9

O crescimento de ADAS ...........................................................................................10

Interesse dos consumidores por conectividade veicular e ADAS ......................12

Estudo de caso: as implicações da conectividade veicular e ADAS ..................13

Oportunidades de negócios geradas pela conectividade veicular e ADAS ......18

Análise de comportamento veicular (Vehicle Behaviour Analytics, VBA) conforme contexto .......................................22

Sumário

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IntroduçãoPouco mudou na indústria automotiva nas últimas três décadas – até agora. Novas tecnologias de as-sistência ao motorista e serviços conectados estão propiciando um novo mundo de experiências automo-bilísticas. Nesse novo mundo, o motorista transfere ao veículo responsabilidades cada vez maiores por suas decisões. Nas estradas de hoje em dia, já há carros com sistemas avançados de assistência ao motorista (Advanced driver assistance systems, ADAS), tais como o assistente de permanência na pista ou a frenagem de emergência, que estão encurtando cada vez mais a distância em relação à direção autônoma do futuro.

Nossa relação com o veículo também está mudando. O número de proprietários de veículos está caindo, sobretudo entre indivíduos urbanos da geração do milênio e outros residentes de áreas urbanas, pois as pessoas estão pesando o custo supostamente alto de se adquirir um carro em relação a alternativas como a carona solidária e o compartilhamento de veículos. Aparentemente, o carro está se tornando apenas uma entre diversas opções de transporte disponíveis.

Essa reviravolta na indústria automotiva e no ecossis-tema da mobilidade de um modo geral traz desafios e oportunidades para seguradoras e montadoras. No presente estudo, a HERE e a Swiss Re uniram esfor-ços para analisar de que maneira dois importantes avanços – o crescimento da conectividade veicular e o aumento da taxa de aceitação de ADAS – poderiam impactar o mercado e a distribuição de seguros au-tomotivos. Focalizaremos as possíveis implicações do aumento da segurança nas estradas e discutiremos de que maneira a conectividade veicular poderia criar um sistema de envolvimento tendo o veículo como elemento central, não como um meio para se locomo-ver de A para B, mas como um canal para novos servi-ços personalizados voltados tanto para proprietários de veículos e para usuários de mobilidade, gerando, dessa forma, novas oportunidades de negócios para montadoras e para o setor de seguros.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os acidentes de trânsito matam anualmente 1,2 milhões de pessoas, gerando para os países custos da ordem de 1-3% do produto interno bruto1. Esses custos se devem a:

• Tratamentos de pessoas feridas e/ou deficientes em decorrência de acidentes• Redução da produtividade de familiares que traba-lham menos para cuidar das vítimas• Substituição ou conserto de veículos• Investigação de acidentes• Manutenção de estradas, inclusive reparos de in-fraestrutura depois de acidentes graves e custos de mão de obra correspondentes

Diante disso, é difícil ignorar a importância dos seguros. Ao longo dos últimos dez anos, tem havido uma divergência no crescimento dos prêmios de seguros automotivos em mercados desenvolvidos e mercados em desenvolvimen-to (Figura 1). Enquanto esse tipo de seguro tem demons-trado uma expansão acelerada em mercados emergentes, seu crescimento nos mercados mais desenvolvidos estag-nou. Porém, a perspectiva para as economias desenvolvi-das está melhorando e deverá apresentar uma retomada em consonância com o crescimento econômico durante o período de projeção. Nos mercados emergentes, nes-se ínterim, haverá uma ligeira desaceleração, mas ainda assim com desempenho superior.

Situação atual do mercado de seguros automotivos

Figura 1O ramo de seguros automotivos é a mais importante linha de negócios em nível mundial

Fonte: Swiss Re, 2015

Outros ramos elementaresSeguros automotivos

US$ 500 bi.38%

62%

Seguros automotivos em mercados desenvolvidos

US$ 200 bi.58%

42%

Seguros automotivos em mercados emergentes

58%US$ 700 bi.42%

Seguros automotivos em mercados globais

Outros ramos elementaresSeguros automotivos

US$ 500 bi.38%

62%

Seguros automotivos em mercados desenvolvidos

US$ 200 bi.58%

42%

Seguros automotivos em mercados emergentes

58%US$ 700 bi.42%

Seguros automotivos em mercados globais

Outros ramos elementaresSeguros automotivos

US$ 500 bi.38%

62%

Seguros automotivos em mercados desenvolvidos

US$ 200 bi.58%

42%

Seguros automotivos em mercados emergentes

58%US$ 700 bi.42%

Seguros automotivos em mercados globais

Crescimento em %

Mundo

Mercados desenvolvidos

Mercados emergentes

2015-2016E

3,5%

1,0%

14,0%

2016E-2026E

6,8%

4,1%

11,2%

Outros ramos elementaresSeguros automotivos

US$ 500 bi.38%

62%

Seguros automotivos em mercados desenvolvidos

US$ 200 bi.58%

42%

Seguros automotivos em mercados emergentes

58%US$ 700 bi.42%

Seguros automotivos em mercados globais

Outros ramos elementaresSeguros automotivos

US$ 500 bi.38%

62%

Seguros automotivos em mercados desenvolvidos

US$ 200 bi.58%

42%

Seguros automotivos em mercados emergentes

58%US$ 700 bi.42%

Seguros automotivos em mercados globais

1 Fonte: Relatório sobre a situação global da segurança no trânsito. Organização Mundial da Saúde, 2015

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Os seguros automotivos representam 42% do volume bruto de prêmios de todo o mercado de seguros elementares

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Os seguros automotivos têm alto grau de correlação com o desempenho econômico dos países (Figura 2). Embora as economias desenvolvidas estejam mos-trando sinais de recuperação, seu volume de prêmios de seguros automotivos continuará sob pressão devi-do, inclusive, a tecnologias revolucionárias que provo-cam mudanças na segurança de veículos motorizados

e afetam não só a frequência como também, simul-taneamente, a severidade dos sinistros. O impacto de seguros automotivos crescerá à medida que os veículos evoluírem e apresentarem níveis superiores de automação tecnológica, passando da automação básica e parcial para funcionalidades com automação elevada ou total.

PIB per capita em milhares de US$

Penetração dos seguros automotivos (volume de prêmios em relação ao PIB)

(Swiss Re Economic Research & Consulting)

Canadá

África do Sul

China

BrasilPolônia

ColômbiaRússia

MéxicoEmirados Árabes Unidos

Arábia SauditaHong KongIndonésia

Nigéria

Índia

ItáliaLuxemburgo

SuíçaJapão

FrançaReino Unido

AustráliaAlemanha

Estados Unidos1,2%

1,4%

0,0%

0,2%

0,6%

0,6%

0,8%

1,0%

1.000100100,1 1

Figura 2Penetração de seguros automotivos

Penetração dos seguros automotivos (volume de prêmios em relação ao PIB)

Fonte: Swiss Re, 2015

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Reunimos projeções de longo prazo para o mercado de seguros automotivos nos catorze maiores mer-cados automotivos, considerando o impacto espera-do das tecnologias de automação veicular. Segundo mostra a Figura 3, estima-se que os prêmios tenham um crescimento de US$ 510 bilhões em 2015 para US$ 616 bilhões em 2020, caso a taxa de adoção de tecnologias de automação veicular se mantenha constante nos patamares de 2015 e os efeitos da inflação sejam excluídos. Levando em consideração o avanço tecnológico, em 2020 esse mercado teria

um volume estimado de US$ 594 bilhões. Isso sugere que, no período de seis anos, haveria uma redução de pouco mais de US$ 20 bilhões no volume anual de prê-mios em decorrência do aumento da segurança nas estradas possibilitado por tecnologias de automação veicular. Essa redução seria maior se não houvesse a previsão de um crescimento global das vendas de veículos, impulsionado, sobretudo, pelo crescimento na Ásia emergente, em especial China e Índia, que se tornarão os maiores mercados de seguros automo-tivos até 2025, em termos de volume.

Ano2035E2030E2025E2020E2015

1.400,00

1.200,00

1.000,00

800,00

600,00

400,00

Prêmios (em bilhões de US$)

Total de prêmios de seguros automotivos sem considerar o impacto de tecnologias VA

Total de prêmios de seguros automotivos (levando em consideração as tecnologias VA)

Figura 3Projeção do volume de prêmios de seguros automotivos, levando em consideração o impacto de tecnologias (não considerando a inflação e pressupondo que a taxa de adoção de ADAS seja de 100%)

Efeito de tecnologias VA

Fonte: Swiss Re, 2015

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Os 14 maiores mercados automotivos são: Brasil, Canadá, China, Egito, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos

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Ainda que os veículos tenham se tornado complexos ambientes de computação, a grande maioria conti-nua não tendo nenhuma conectividade. Mas isso está mudando, pois as montadoras atualmente estão no processo acelerado de equipar seus veículos com op-ções de conectividade. É possível dizer que o termo “carro conectado” já faz parte de nosso vocabulário. Porém, de acordo com uma pesquisa realizada pela Nielsen e SBD2, embora a grande maioria das pessoas tenha ouvido falar de carros conectados por meio de veículos publicitários, em 2014, apenas 15% delas sabiam o que o termo significa na prática.

Há duas modalidades de conectividade: embutida e compartilhada. Na modalidade embutida, a conectivi-dade é habilitada por uma unidade receptora embutida no próprio veículo. Ela é oferecida pelas montadoras nor-malmente pelo sistema de assinatura, semelhante aos cartões pré-pagos de celular. Na modalidade comparti-lhada, o veículo utiliza a conexão de outros sistemas, tais como smartphones ou outros dispositivos eletrônicos de consumo. Neste caso, para acessar a internet, o mo-torista usa o plano de dados do dispositivo.

A conectividade veicular básica oferecida por telefones celulares permite o uso de sistemas conectados, tais como navegação em tempo real ou seguros baseados no uso (Usage-based insurance, UBI). Com a conecti-vidade embutida, o veículo passa a poder transmitir aos servidores na nuvem os dados gerados por seus sensores integrados, possibilitando serviços conecta-dos de maior sofisticação, tais como dados contextu-ais em tempo real obtidos na nuvem, para amplificar

funcionalidades de ADAS. No longo prazo, os veículos se conectarão à Internet das Coisas (Internet of Things, IOT), comunicando-se com outros veículos (comunica-ção veículo-veículo ou V2V) e com a infraestrutura em seu redor (comunicação veículo-infraestrutura ou V2I).

Nossa estimativa é de que até 2020 mais de dois terços dos veículos vendidos mundialmente terão al-guma forma de conectividade. A adoção de soluções de telemática híbrida (que oferecem tanto a conecti-vidade embutida como a conectividade compartilhada com eletrônicos de consumo) crescerá ao ritmo mais acelerado, com uma taxa composta de crescimen-to anual (TCCA) de aproximadamente 88%. A rápida proliferação da telemática híbrida pode ser, em parte, decorrente do desejo dos motoristas de trazer as já conhecidas interfaces de smartphones para dentro do carro, ou simplesmente de sua relutância em usar interfaces novas ou diferentes.

Como mostra a Figura 4, o número de veículos com conectividade embutida ou compartilhada crescerá com uma TCCA de 20%.

Em 2020, estarão circulando nas estradas de todo o mundo aproximadamente 260 milhões veículos co-nectados. Como os veículos de luxo modernos são equipados com dezenas de sensores sofisticados, isso permitirá que um gigantesco volume de dados do motorista seja agregado, processado, analisado e aproveitado para diferentes finalidades.

O crescimento da conectividade veicularFigura 4: Número de veículos conectados vendidos por ano conforme o tipo de conectividade (em milhões)

Fonte: IHS Trax, 2014

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Número de veículos conectados vendidos por ano conforme o tipo de conectividade (em milhões)

2022E2021E2020E2019E2018E2017E2016E20152014

Total

Telemática híbrida

Telemática embutida

Telemática de eletrônicos de consumo

2 Re-defining Success, SBD and Nielsen, Mobility Telematics Autonomous, feira Automotive Detroit, 3-4 de junho de 2015 9

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Os carros modernos, diferente de seus congêneres mais antigos, não são apenas conectados, são tam-bém inteligentes. Uma das tecnologias que está re-forçando essa tendência é a de Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista (Advanced Driver Assis-tance Systems, ADAS). Os ADAS são desenvolvidos para automatizar e adaptar sistemas veiculares, além de aumentar a segurança nas estradas. Os tipos mais comuns de ADAS no mercado atualmente têm foco em evitar colisões (a exemplo do alerta de colisão frontal e detecção de ponto cego) e em prestar apoio ao motorista (tais como o assistente de estacionamento, o controle de velocidade inteligente e o controle au-tomático de farol alto). Estima-se que a conectividade veicular aperfeiçoe ainda mais os ADAS permitindo que o motorista receba dados em tempo real. Isso ficou conhecido no mercado como “ADAS conecta-

dos” e é considerado um passo importante rumo à direção de veículos altamente automatizada e, em última instância, à direção totalmente automatizada.De acordo com a empresa de pesquisas IHS, o número de veículos fabricados anualmente atingirá a marca de 105 milhões até 2020. Contudo, estima-se que o número de unidades de ADAS produzidas em 2020 será consideravelmente maior – aproximadamente 180 milhões. Essas estimativas pressupõem que, em média, haverá 1,7 ADAS instalados por carro. A distribuição, porém, não será igual:

a Figura 5 mostra a evolução estimada do mercado nos próximos quatro anos.

• Segundo projeções, em 2020, a América do Norte, Europa, China e Japão responderão por 92% da

O crescimento de ADAS

Produção de unidades de ADAS por região (em milhões)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

200

2020E2019E2018E2017E2016E2015

TotalResto do mundoCoreia do SulJapãoChinaEuropaAmérica do Norte

Figura 5Produção de unidades de ADAS por regiões (em milhões)

Fonte: IHS Trax, 2015

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O assistente de estacionamento continua sendo o tipo de ADAS mais popular (Figura 6). Porém, a par-ticipação dessa funcionalidade no total de produção diminuirá, enquanto outras modalidades de ADAS te-rão um crescimento mais acelerado. Entre elas, estão o alerta de saída de pista, o alerta de colisão frontal e o reconhecimento de sinais de trânsito.

Figura 6Produção de aplicativos com ADAS – percentual do total

2020E2019E2018E2017E2016E2015

100% Adaptive Cruise Control

Automatic High Beam Control

Autonomous Park Assist

Blind Spot Information

Driver Monitoring

Forward Collision Warning

Front Lighting

Lane Departure WarningNight Vision

Park Assist

Surround-view Park AssistTraffic Sign Recognition

80%

60%

40%

20%

0%

No total, o mercado de ADAS poderá crescer em mais de US$ 20 bilhões até 2020.

Fonte: IHS Trax, 2015

produção mundial de ADAS e por 93% da receita global com esses sistemas, estimada em US$ 20,5 bilhões

• A Europa e a América do Norte terão as maiores taxas projetadas de crescimento da produção de ADAS, com uma TCCA de 22%

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Como seria de se esperar, o interesse dos consu-midores por conectividade veicular está crescendo. Segundo uma pesquisa realizada em 2015 pela McKin-sey entre consumidores de veículos conectados, “ao longo do último ano, o percentual de consumidores dispostos a abandonar sua marca de carro em troca de veículos com melhor conectividade quase dobrou, passando de 20 por cento em 2014 para 37 por cento em 2015”.

O interesse por funcionalidades de ADAS também está crescente. Um estudo realizado entre os consumido-res, em 2015, pela Strategy Analytics, revelou que, em

comparação com o ano anterior, houve na Europa, EUA e China um aumento considerável do interesse geral por funcionalidades de ADAS e da disposição para pagar por elas (ver Figura 7). Detecção de ponto cego e visão noturna foram as duas principais funcionalida-des pelas quais os consumidores estavam dispostos a pagar. Por outro lado, a disposição para pagar por funcionalidades com alto grau de automação conti-nua relativamente baixa. O motivo disso talvez seja a pouca familiaridade dos consumidores com essa tecnologia. Nossa estimativa é de que isso mudará à medida que aumentar o conhecimento dos consumi-dores em relação aos benefícios de ADAS.

Interesse dos consumidores por conectividade veicular e ADAS

Figura 7Diferença bruta do interesse dos consumidores em comprar cada funcionalidade de ADAS (2014-2015), em comparação com o ano anterior

n = 4.400; EUA, Europa Ocidental, China

15%10%5%0%-5%

15%10%5%0%-5%

Direção autônoma

Alerta de colisão frontal

Detecção de ponto cego

Controle de velocidade inteligente

Monitoramento do motorista

Faróis dianteiros inteligentes

Direção autônoma em autoestradas

Assistente de estacionamento autônomo

Direção totalmente autônoma

Visão noturna

Alerta de velocidade

Alerta de saída de pista

China

Europa

EUA

Fonte:Strategy Analytics, 2015

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Estudo de caso: as implicações da conectividade veicular e ADAS

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Para compreender melhor até que ponto a conecti-vidade veicular e as funcionalidades de ADAS podem reduzir a frequência de acidentes, a Swiss Re analisou estatísticas elaboradas pelo Departamento de Trans-portes do Reino Unido, que contemplam descobertas sobre por que e como acontecem acidentes de trân-

Figura 8Dez principais fatores que contribuem para acidentes nas estradas, por categoria de estrada (os percentuais não totalizam 100% porque são vários os fatores que podem contribuir para um mesmo acidente)3

sito. Os dez principais fatores que contribuem para acidentes de trânsito são mostrados na Figura 8. As causas mais comuns de acidentes tanto em vias ur-banas como em autoestradas são a falta de atenção do motorista e o descuido do motorista em avaliar a rota/velocidade de outro motorista.

AutoestradasOutras vias

45%40%35%30%25%20%15%10%5%0%

Total

Dez principais fatores que contribuem para acidentes nas estradas, por categoria de estrada

Falta de atenção do motorista

Descuido do motorista em avaliar a rota/veloci-dade de outro motorista

Negligência, imprudência ou pressa do motorista

Perda de controle

Má execução de curva ou manobra

Falta de atenção do pedestre

Via escorregadia (devido ao tempo)

Velocidade do veículo demasiada para as condições

Frenagem repentina

Distância de acompanhamento demasiada-mente curta

3 As estatísticas abrangem apenas acidentes que foram comunicados à polícia, não contemplando acidentes de pouca gravidade, tais como acidentes ao estacionar veículos.

Fonte: Departamento de Transportes do Reino Unido, 2013-2015

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Nosso estudo analisou cada uma das categorias de acidentes e o impacto potencial de funcionalidades de ADAS sobre a frequência de acidentes nessas categorias, fazendo uma distinção entre autoestradas e outras vias.

Foi estimado o impacto das seguintes tecnologias:

• ADAS básicos: incluindo alerta de colisão frontal, detecção de ponto cego e alerta de saída de pista

• ADAS sofisticados: assistente de permanência na pista, assistente de frenagem de emergência, visão noturna

• ADAS avançados: piloto automático em autoestradas

Os resultados exibidos na Figura 9 mostram até que ponto os acidentes poderiam ser reduzidos se o ve-ículo em questão tivesse sido equipado com ADAS básicos, sofisticados ou avançados, pressupondo que estes fossem utilizados ininterruptamente:

Figura 9Taxa de redução de acidentes como resultado de funcionalidades selecionadas no ano de 2020, pressupondo uma taxa de 100% de adoção e uso de cada funcionalidade

• Os ADAS básicos seriam responsáveis por uma redução de 16,3% dos acidentes em autoestradas 11,6% em outras vias

• Os ADAS sofisticados seriam responsáveis por uma redução de 25,7% dos acidentes em autoestradas 27,5% em outras vias

• Os ADAS sofisticados seriam responsáveis por uma redução de 45,4% dos acidentes em autoestradas 27,5% em outras vias

Com base nessas estimativas, haveria um claro bene-fício em todos os níveis de funcionalidade de ADAS, sobretudo tendo em vista o potencial de redução de acidentes em autoestradas para quase a metade por meio do uso de ADAS avançados.

AutoestradasOutras vias

ADAS avançadosADAS sofisticadosADAS básicos

-25,7%

-45,4%

-27,5%-27,5%

-16,3%-11,6%

Taxas de redução de acidentes como resultado de funcionalidades selecionadas no ano de 2020, pressupondo uma taxa de 100% de adoção e uso de cada funcionalidade

0%

-10%

-20%

-30%

-50%

-40%

Fonte: Swiss Re, 2015

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Desenvolvemos uma projeção para 2020 que leva em consideração diferentes taxas de adoção para cada funcionalidade (Figura 10). Embora o pressuposto seja de que as categorias de acidentes e as frequências sejam similares no período de 2009-2013, estimamos as taxas de adoção de cada funcionalidade com base nos dados data do Highway Loss Data Institute (HLDI)4.

É estimado que, até 2020, os ADAS básicos, sofisti-cados e avançados reduzirão acidentes em 4,3%. Os ADAS avançados (piloto automático em autoestradas) reduzem acidentes em apenas 0,2%, pois a taxa de adoção estimada será relativamente baixa. Caso se-jam levados em consideração também os efeitos da conectividade veicular sobre a redução de acidentes, a taxa de redução seria de aproximadamente 6%.

Figura 10Cenário de redução projetada da frequência de acidentes até 2020, levando em consideração as taxas de adoção de tecnologias de ADAS

Esta projeção foi feita com base em dados históricos que contemplam apenas acidentes comunicados à polícia. Uma parcela considerável de acidentes com veículos ocorre ao estacionar ou manobrar, casos em que a quei-xa não é feita à polícia. Segundo estimativa da Allianz, 40% dos acidentes com veículos que resultam em per-das ou danos físicos ocorrem ao estacionar ou manobrar

veículos5. Sem dúvida, as funcionalidades de ADAS tais como o assistente de estacionamento e o assistente de estacionamento autônomo ajudarão a reduzir essa estatística. Além disso, serviços de carros conectados como os de gestão da mobilidade também contribuirão para a redução de acidentes que ocorrem ao estacionar ou manobrar, pois reduzem o tempo que os motoristas passam buscando um local para estacionar.

Os ADAS também desempenham um papel crucial na atenuação da gravidade de acidentes no trânsito rodoviário. Segundo um estudo do IIHS, baseado em testes com o Honda Accord, a utilização de funcionali-dades como os alertas de colisão frontal e de saída da pista reduziu o impacto de colisões, gerando menos ferimentos graves, menos despesas com consertos e, consequentemente, menos sinistros6.

TotalAutoestradasOutras vias0,00%

-1,00%

-2,00%

-3,00%

-5,00%

-4,00%

ADAS avançadosADAS sofisticadosADAS básicos

-0,5%

-3,6%

-0,2%

-0,6%

-3,4%

-0,3%

-0,5%

-3,6%

-0,2%

Cenário de redução projetada da frequência de acidentes até 2020, levando em consideração as taxas de adoção de tecnologias de ADAS

4 Highway Loss Data Institute. 2014. Predicted availability of safety features on registered vehicles – an update. Loss Bulletin. Vol. 31, nº 15. Arlington, VA

5 https://www.allianz.com/en/press/news/commitment/community/150505_a-sudden-bang-when-parking.html/

6 http://www.iihs.org/iihs/sr/statusreport/article/49/4/2

Fonte: Swiss Re, 2015

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É comum pensar que o desenvolvimento de veículos com direção automatizada se dará de forma linear com substituição gradativa do controle humano pela automação. Porém, tudo indica que o progresso de-penderá do êxito em desenvolver tanto os recursos técnicos centrais como a familiaridade do consumidor com novas funções de direção automatizada integra-das no veículo. Um estudo da Capgemini demonstrou que 65% dos consumidores estariam dispostos a per-mitir que as seguradoras monitorem sua conduta no trânsito em troca de prêmios mais baixos, mas, por outro lado, há também sérias questões de privacidade que dizem respeito aos dados de motoristas e que poderiam gerar novas barreiras regulatórias e legais7.

Apesar de recentes inovações e sinais de aceitação da telemática de apólices de seguros baseados no uso (Usage-based insurance, UBI), a rapidez e extensão do impacto da conectividade veicular ainda é incerta. De acordo com um estudo da KPMG, para a maio-ria das seguradoras de automóveis que trabalham com pessoas físicas e jurídicas não haverá mudança considerável no mercado por pelo menos mais uma década8. Embora as seguradoras reconheçam que a Internet das Coisas (Internet of Things, IOT) seja um fator importante que influi sobre suas perspectivas futuras, para pelo menos um quarto dos executivos ainda é cedo demais para dizer qual será o impacto9.

Apesar da perspectiva incerta, a inércia não é uma opção viável: as seguradoras precisam tomar decisões estratégicas sobre como prosperar na era dos seguros baseados em dados. A demora em adaptar modelos de negócios poderá deixar as seguradoras vulneráveis

a novos concorrentes oriundos de segmentos afins e, sobretudo, às empresas com foco em software que têm aperfeiçoado seus recursos técnicos na área de processamento e análise de megadados. Além disso, enquanto antigamente as inovações revolucionárias podiam levar muitos anos para transformar um seg-mento econômico, alguns pesquisadores destacam que os novos recursos digitais encurtaram conside-ravelmente o tempo de adaptação10.

A lista de concorrentes potenciais é longa, variando desde empresas de software e informática estabe-lecidas e emergentes até as tradicionais montadoras ou fabricantes de peças. As montadoras podem optar por não compartilhar os dados que coletarem, pre-ferindo usá-los para elaborar suas próprias apólices. Um estudo recente da KPMG sugere que, para 58% das seguradoras, os fabricantes de equipamentos originais (OEM) passarão a estar entre os principais distribuidores de seguros automotivos no futuro, en-quanto quase 40% acreditam que as empresas de tecnologia estabelecidas também se tornarão ven-dedoras diretas de seguros11.

7 World Insurance Report, Capgemini, 2015

8 Automobile insurance in the era of autonomus vehicles, KPMG, junho de 2015.

9 Are insurers ready for the Internet of Things?, Celent, outubro de 2014.

10 Big Bang Disruption, Harvard Business Review, março de 2013.

11 Automobile insurance in the era of autonomus vehicles, KPMG, junho de 2015.

Oportunidades de negócios geradas pela conectividade veicular e ADAS

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A maior oportunidade para as seguradoras em relação à conectividade veicular é o segmento de seguros baseados no uso (Usage-based insurance, UBI). Produtos criados com base na frequência, local e modo como as pessoas conduzem veículos permitem às seguradoras determinar o valor de riscos com mais exatidão, podendo resultar em prêmios mais baixos para segurados que assumirem menos riscos. A demanda por apólices de seguro com base em telemática baseada em veículos tem crescido, e nossa estimativa é que a variedade de apólices disponível também aumentará.

A oportunidade para seguradoras não se resume ao veículo propriamente dito. Reunindo dados veiculares com informações de outras fontes, tais como smartphones ou sistemas de transportes públicos, uma seguradora tem o potencial de construir uma visão mais abrangente do uso que o motorista faz de serviços de mobilidade, independentemente do tipo de transporte que ele usar. Isso abre caminho para as seguradoras desenvolverem novos tipos de apólices cobrindo a mobilidade do usuário de um modo geral e não apenas enquanto ele estiver dirigindo um veículo.

Figura 11Este gráfico representa um exemplo interessante do crescimento do mercado de análise de megadados no segmento de telecomunicações

Fonte: Heavy Reading, 2013

Tamanho do mercado de análises de megadados por categoria de negócios

Aperfeiçoamento daexperiência do cliente

Eficiência operacional

Marketing de precisão

Análises em tempo reale tomadas de decisões

2013

$ 1,95

$ 0,55

$ 0,33

$ 0,45

$ 0,27

2014

$ 2,35

$ 0,63

$ 0,37

$ 0,49

$ 0,47

2015

$ 3,01

$ 0,75

$ 0,42

$ 0,57

$ 0,84

2016E

$ 3,95

$ 0,92

$ 0,50

$ 0,70

$ 1,30

2017E

$ 5,26

$ 1,20

$ 0,63

$ 0,90

$ 1,89

2018E

$ 6,84

$ 1,62

$ 0,85

$ 1,20

$ 2,34

2019E

$ 8,55

$ 2,27

$ 1,19

$ 1,68

$ 2,29

2020E

$ 9,79

$ 3,57

$ 1,32

$ 1,92

$ 1,58

$ 1,40

$ 1,12

$ 0,83$ 0,64

$ 0,53$ 0,43$ 0,39

$ = bilhões de dólares

$ 0,35

Modelos de negóciosinovadores

Tamanho do mercado de análises de megadados por categoria de negócios

Aperfeiçoamento daexperiência do cliente

Eficiência operacional

Marketing de precisão

Análises em tempo reale tomadas de decisões

2013

$ 1,95

$ 0,55

$ 0,33

$ 0,45

$ 0,27

2014

$ 2,35

$ 0,63

$ 0,37

$ 0,49

$ 0,47

2015

$ 3,01

$ 0,75

$ 0,42

$ 0,57

$ 0,84

2016E

$ 3,95

$ 0,92

$ 0,50

$ 0,70

$ 1,30

2017E

$ 5,26

$ 1,20

$ 0,63

$ 0,90

$ 1,89

2018E

$ 6,84

$ 1,62

$ 0,85

$ 1,20

$ 2,34

2019E

$ 8,55

$ 2,27

$ 1,19

$ 1,68

$ 2,29

2020E

$ 9,79

$ 3,57

$ 1,32

$ 1,92

$ 1,58

$ 1,40

$ 1,12

$ 0,83$ 0,64

$ 0,53$ 0,43$ 0,39

$ = bilhões de dólares

$ 0,35

Modelos de negóciosinovadores

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Figura 12Sinistralidade combinada de uma seguradoraA sinistralidade combinada é a soma dos gastos e perdas ocorridas (+ gastos com regulação de sinistros) dividida pelos prêmios ganhos. Esse índice mede a lucratividade de uma seguradora em suas operações de subscrição. Uma sinistralidade combinada de < 100% indica que a subscrição está gerando lucro, enquanto um índice de > 100% sugere que a atividade está gerando perda, pois a seguradora está pagando por um volume maior de sinistros do que o recebido em prêmios. Contudo, mesmo com uma sinistralidade combinada de >100%, uma seguradora ainda assim pode registrar lucro, pois esse índice não inclui os retornos de investimentos.

Swiss Re, 2015

3. Administração

2. Elaboração

1. Aquisição

=/( )+Despesas

5. Prêmios4. Sinistros

Sinistralidade combinadaPerdas Prêmios

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12 A Renault-Nissan, por exemplo, começou a vender apólices de seguro em parceria com a plataforma de telemática Floow Insurance Telematics.

13 Em 2014, fraudadores tentaram obter £ 20.000 da seguradora britânica Aviva forjando sinistros de seguros de danos pessoais relacionados com um acidente automobilístico. Porém, dispositivos de telemática integrados mostraram que o veículo estava, na verdade, bem longe do suposto local do incidente.

14 O Departamento de Transportes dos EUA afirma que as comunicações V2V poderiam evitar até 76% de todas as colisões de veículos – ver http://www.its.dot.gov/connected_vehicle/connected_vehicle_research.htm#sthash.uebqPpqL.dpuf

15 Teoricamente, uma seguradora com neutralidade em relação a riscos determinará prêmios que sejam justos do ponto de vista atuarial e cujo valor seja igual ao de perdas esperadas associadas com o contrato de seguro.

16 Automobile insurance in the era of autonomous vehicles, KPMG, junho de 2015.

A Figura 12 mostra os componentes do índice de sinis-tralidade combinada de uma seguradora. O impacto de ADAS sobre esses componentes é discutido nas próximas seções:

1. AquisiçãoO aumento da conectividade veicular e a criação de um sistema de envolvimento tendo o veículo como elemento central abrem novos canais de distribui-ção para a venda de seguros automotivos ou venda cruzada de produtos de seguros ao motorista. Ao explorarem as possibilidades da telemática veicular integrada, as seguradoras podem aprender mais sobre seus clientes, para identificar oportunidades poten-ciais para vendas cruzadas ou maximização de vendas com produtos suplementares e coberturas opcionais. Além disso, as montadoras de veículos estão adquirin-do mais interesse em ingressar na cadeia de valores do mercado de seguros e em distribuir seguros. Elas entendem que o fato de serem um ponto central de coleta de dados de motoristas e veículos a partir de dispositivos equipados com telemática lhes dá um excelente posicionamento para distribuir seguros ou vender dados a seguradoras12.Algumas montadoras já estão equipando veículos com dispositivos de te-lemática e firmando parcerias com seguradoras.

2. Análise de Risco / SubscriçãoVeículos conectados geram enormes quantidades de dados que podem permitir às seguradoras sele-cionar e precificar riscos com mais exatidão.

3. AdministraçãoA conectividade veicular simplifica a administração de apólices de seguros. Ao aproveitar as oportuni-dades da telemática veicular integrada, as segura-doras podem oferecer serviços adicionais tais como rastreamento de furtos de veículos, chamadas de emergência, diagnósticos de veículo, aviso de pane, eficiência de combustível, dicas de direção segura e assim por diante. Esses produtos opcionais ajudam a seguradora a se diferenciar dos outros provedores de seguros automotivos e incentiva a fidelidade do cliente em um mercado cada vez mais comoditizado.Isso, juntamente com as possibilidades de economia de custos que as novas tecnologias podem trazer, tais como redução do potencial de fraude13 e mais eficiên-cia no processamento mais de sinistros, pode ajudar a reforçar a lucratividade de operações de subscrição mesmo com uma concorrência acirrada.

4. SinistrosA conectividade veicular e a implantação de tecno-logias cada vez mais sofisticadas de assistência ao motorista e direção autônoma gerarão uma melhora considerável da segurança. Transmissões de dados veículo-veículo (V2V) e veículo-infraestrutura (V2I) informarão os motoristas sobre riscos e situações perigosas das quais eles normalmente não estariam cientes, solicitando que eles evacuem o veículo.De acordo com um relatório do Departamento de Trans-portes dos EUA, o uso conjunto de sistemas V2V e V2I tem o potencial de evitar, anualmente, aproxi-madamente 81% das colisões com qualquer tipo de veículo, 83% das colisões com veículos leves e 72% das colisões com veículos pesados14.

5. PrêmiosComo a conectividade veicular e os ADAS em prin-cípio geram uma redução de estimativas de perdas para as seguradoras, os prêmios pagos pelos moto-ristas às seguradoras devem diminuir de um modo geral15. Em pesquisa recente, 45% dos executivos do ramo de seguros indicaram que contam com uma re-dução de prêmios de seguros automotivos pessoais à medida que os veículos com direção automatizada16 entrarem no mercado. Contudo, ao avaliar o impacto da transição para veículos altamente automatizados, as seguradoras precisam estar atentas ao potencial de perdas inesperadas de grande volume que não podem ser evitadas simplesmente combinando riscos de um grande número de segurados (e investindo os prêmios correspondentes em ativos financeiros disponíveis).A maior autonomia na direção altera a natureza de ris-cos segurados, com a consequência de que as perdas agregadas podem ficar mais imprevisíveis, podendo se tornar mais variáveis.

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Um veículo em movimento gera um enorme volume de dados, mas o valor potencial desses dados não tem sido plenamente aproveitado. Quer sejam re-gistrados por sistemas veiculares embutidos ou por smartphones, a maioria dos programas de telemática ou de seguros baseados no uso (Usage-based insu-rance, UBI) é relativamente rudimentar, permitindo a análise de uma gama limitada de dados, tais como hora, velocidades de condução e número de pisadas no freio durante um acidente.

Foco em entender a conduta do motorista no mundo real

Os programas de seguros baseados no uso (Usage--based insurance, UBI) poderiam ser beneficiados com análises bem mais complexas. É possível obter uma maior compreensão e informações sobre o veículo se os dados veiculares forem analisados e compre-endidos juntamente com outros dados, tais como informações sobre localização e comportamento do motorista. Ao utilizar um leque combinado de dife-rentes conjuntos de dados, as seguradoras poderiam obter acesso a padrões e informações que antes eram ocultas ou não óbvias. Com isso, ingressamos na es-fera da Análise de Comportamento Veicular (Vehicle Behavior Analytics, VBA) conforme contexto.

A VBA oferece oportunidades para novos modelos de subscrição que avaliam o comportamento de um mo-torista no contexto de outros motoristas. Isso pode ser feito de diversos modos. Por exemplo, como pres-tadora de serviços de navegação e trânsito, a HERE todos os dias coleta dados de bilhões de pontos de dados localizados em uma enorme quantidade de veículos, processando esses dados em seu mapa. O resultado é um gigantesco banco de dados de pon-tos de acesso atribuídos com precisão a diferentes estradas, permitindo à HERE compreender melhor de que forma a população em geral dirige veículos em qualquer estrada. Esses dados são usados para criar modelos comparativos de análise populacional. Em seguida, os dados de determinado motorista são comparados com os dos mesmos trechos de estradas e padronizados com base nesse modelo populacional para criar uma “nota do motorista” para cada trecho de estrada.

Análise de comportamento veicular (Vehicle Behaviour Analytics, VBA) conforme contexto

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Ao buscar o contexto de comportamento de um mo-torista, também é útil poder examinar quais eram as condições do trânsito na estrada no momento em questão. Essa comparação com as condições reais de trânsito nos permite compreender o contexto no qual o motorista estava dirigindo. Por exemplo, um motorista talvez estivesse dirigindo a 60 km por hora em uma área cujo limite é de 50 km, mas se a maior parte do trânsito ao seu redor também estava se locomovendo na mesma velocidade, esse motorista pode ter se comportado de maneira absolutamente adequada e responsável. Da mesma forma, mesclan-do dados sobre o comportamento do motorista com dados sobre as condições do tempo, poderia ser pos-sível chegar à conclusão de que embora o motorista estivesse dirigindo dentro do limite de velocidade, sua velocidade era inadequada diante da chuva pe-sada que provocava visibilidade reduzida e aumento do risco de derrapagem de pneus.

A Figura 13 oferece uma ilustração da granularidade possível quando se pode sobrepor os dados do mo-torista a um modelo detalhado da estrada que inclua informações sobre pistas. Os produtos de trânsito atualmente disponíveis no mercado oferecem apenas uma média harmônica ponderada da velocidade de todas as estradas, mas, na realidade, muitas vezes o trânsito segue em velocidades diferentes em cada

pista, especialmente no caso de grandes cruzamentos e bifurcações. A precisão adicional dos dados pos-sibilitada por funcionalidades como a do cálculo do trânsito com mudança de pista dá às seguradoras maior confiança ao calcular riscos.

Outros dados e modelos de seguros baseados em tecnologias

As seguradoras podem ainda utilizar bancos de dados sobre o comportamento de motoristas para oferecer uma apólice baseada em dados, sem ter acesso a da-dos especificamente retirados do veículo do cliente. Usando seu banco de dados de acidentes com veícu-los, a HERE também tem condições de atribuir a cada estrada uma “nota de segurança” que represente a probabilidade de ocorrer um acidente para cada de-terminado número de veículos. Dessa forma, a HERE está identificando estradas nas quais a probabilidade de acidentes é acima da média – dados que, em segui-da, podem ser usados para avaliar melhor o risco das vias normalmente utilizadas pelo motorista durante, por exemplo, deslocamentos entre a residência e o local de trabalho.

À medida que mais veículos se conectam, aumentam as oportunidades para as seguradoras e montadoras analisarem comportamentos de motoristas ao dirigir,

Figura 13Ilustração de trânsito com mudança de pista, uma nova funcionalidade do produto de trânsito da HERE

Trânsito fluindo livremente

Trânsito congestionado

Fonte: HERE, 2015

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no contexto de outros motoristas e outros dados – não apenas de maneira retroativa, mas também quase em tempo real. A conectividade veicular lhes permite estabelecer pontos de contato regulares com moto-ristas usando VBA como um sistema precoce de alerta capaz, inclusive, de prever melhor os novos riscos. Uma seguradora poderia, por exemplo, enviar avisos direcionados diretamente ao painel de instrumentos de que é recomendável colocar os pneus de inverno mais cedo do que o normal devido a uma previsão de onda de frio.

Possibilidades para montadoras

Especificamente para as montadoras, o fato de po-derem oferecer seguros baseados em dados no pon-to de venda lhes permite ampliar seus portfólios de serviços financeiros e se reposicionar na cadeia de valor de seguros, além de prestar serviços com va-lor agregado para reforçar sua diferenciação como marca. A gestão interna de clientes de UBI dará às montadoras a oportunidade de manter contato com os clientes, aperfeiçoando seus programas de gestão de relacionamento com o cliente. Além disso, as expe-riências dos motoristas com montadoras que atuam como seguradoras afetarão também a preferência de consumidores por uma marca de carros específica. E, por fim, um acesso direto a clientes e seus veículos criaria gigantescos bancos de dados para a prestação de recomendações personalizadas.

Dados contextuais como a próxima fronteira para as seguradoras

Os seguros automotivos estão à beira de uma trans-formação enquanto novas tecnologias como a da telemática abrem caminho para um aumento da se-gurança nas estradas e permitem que as segurado-ras sigam modelos de negócios baseados em dados. Apesar do surgimento de novos riscos em relação à segurança de dados e de software dentro do carro, nossa estimativa é de que o crescimento da conec-tividade veicular e dos ADAS no longo prazo reduzirá o risco geral e o número de acidentes. Isso, por sua vez, reduzirá a necessidade de seguros automotivos de linhas pessoais e, ao mesmo tempo, aumentará a importância de coberturas de apólices de responsa-bilidade civil de produtos.

A grande oportunidade para as seguradoras reside no aproveitamento de dados de veículos e outras fon-tes para precificar com mais precisão o seguro para automóveis. Naturalmente, a rapidez com que os mo-delos baseados em dados poderão ser empregados dependerá de nossa capacidade de captar, processar e aproveitar dados. Hoje, a maior parte dos dados existe de forma isolada. Contudo, estão sendo empreendi-dos esforços para acabar com essa fragmentação. Um primeiro passo crucial é a busca, da indústria automo-tiva, de um consenso em relação ao modelo padrão de transmissão de dados veiculares à nuvem para fins de agregação e análise. Isso permitirá que todo o setor seja beneficiado com o processamento de dados em grande escala, para uma maior exatidão e precisão na criação de serviços de trânsito e sistemas de alerta de riscos nas estradas. Nesse ínterim, os UBI e seu desdo-bramento, a VBA, permitem que a seguradoras passem a explorar esse rico manancial de dados para repensar totalmente seus processos de cálculos de riscos.

Atualmente, as seguradoras participam de diferentes maneiras da transição para a direção totalmente auto-matizada de veículos. Foram empreendidos muitos es-forços para compreender as mudanças que ocorrerão nas responsabilidades e apólices. Algumas empresas estão demonstrando maior rapidez na construção dos recursos necessários para avaliar as funcionalidades automatizadas de veículos e desenvolver abordagens baseadas em dados para uso no cálculo de riscos.

No futuro, a diferenciação e a integração de novas tec-nologias serão fatores decisivos para as seguradoras prosperarem nesse ambiente de transformações. Está claro que os UBI e, cada vez mais, a VBA propiciarão oportunidades para as seguradoras aproveitarem as potencialidades de dados de motoristas, para oferecer aos motoristas produtos mais personalizados com foco no cliente. Ao mesmo tempo, as seguradoras pre-cisam estar preparadas para viverem em um mundo no qual ser proprietário de um veículo está perdendo importância para alguns. Diante da disponibilização de um grande número de opções de mobilidade, as seguradoras precisam avaliar como pretendem segu-rar um indivíduo não apenas pelo uso de um veículo, mas também por todos os riscos associados com a mobilidade.

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Quem somos

O Swiss Re Group é uma das principais empresas de res-seguros, seguros e outros tipos de transferência de ris-cos baseada em seguros. Interagindo diretamente ou por meio de corretores, a base global de clientes da empresa inclui outras seguradoras, empresas de médio e grande porte e o setor público. De produtos padronizados a co-berturas específicas em todas as linhas de negócios, a Swiss Re coloca à disposição sua solidez financeira, sua experiência e sua capacidade de inovação para permitir que riscos sejam assumidos, condição imprescindível ao progresso empresarial e social. Fundada em Zurique, na Suíça, em 1863, a Swiss Re atende clientes por meio de uma rede de aproximadamente 70 escritórios no mun-do inteiro e tem a nota de crédito “AA–” da Standard & Poor’s, “Aa3" da Moody’s e “A+” da A.M. Best. As ações registradas na empresa holding do Grupo Swiss Re, Swiss Re Ltd, são cotadas conforme o International Reporting Standard na bolsa de valores da Suíça (SIX Swiss Exchange) e negociadas sob a sigla SREN. Para obter mais informa-ções sobre o Grupo Swiss Re, acesse o site www.swissre.com ou siga-nos no Twitter @SwissRe.

A HERE, empresa de dados de localização com ar-mazenamento na nuvem, oferece aplicativos e expe-riências de localização complexos e em tempo real para consumidores, veículos, empresas e entidades públicas. Fundada por um consórcio das empresas AUDI AG, BMW Group e Daimler AG, a HERE acredita que a tecnologia de localização desempenhará um papel crucial no aumento da segurança de nossas estradas, redução de congestionamentos e melhora da qualidade de vida de pessoas que vivem em áre-as urbanas. Para saber mais sobre a HERE, inclusive sobre a atuação da empresa nas áreas de condução conectada e automatizada, acesse o site http://360.here.com.

Autores

Bernd Fastenrath – Marketing de produtos, infraestrutura

digital de transporte

Com atuação anterior nas áreas automotiva e de te-lecomunicações, Bernd se ocupa em buscar novas maneiras de conectarmos nossos veículos e malhas rodoviárias, para permitir a criação de novos tipos de serviços para consumidores, empresas e cidades. Entre esses serviços estão a direção automatizada, gestão avançada de trânsito e maior eficiência em lo-gística empresarial. Além disso, Bernd também presta apoio à atuação da HERE na área emergente de análise de dados veiculares, que está aproveitando a tecno-logia de dados de localização com armazenamento na nuvem para desenvolver modelos de negócios baseados em dados na área de telemática.

Colaboradores

Semira Martirosyan – Gerente de marketing de produtos, HERE

Dora Heinkel – Gerente de pesquisa de marketing, HERE

James Etheridge – Diretor de relações com a imprensa, HERE

Chuck Smolich – Gerente sênior de desenvolvimento de

soluções, HERE

Colaboradores

Sebastiaan Bongers – Diretor de soluções automotivas,

Swiss Re

Finn Krüger – Economista júnior, Swiss Re Economic Research

& Consulting

Darren Lee Pain – Economista sênior, Swiss Re Economic

Research & Consulting

Cheuk On Li – Estagiária, Swiss Re Group Strategy

& Development

[email protected]

Autores

Andrea Keller – Gerente de desenvolvimento de negócios,

Swiss Re Automotive Solutions

Andrea atua na equipe recentemente montada de So-luções Automotivas, que faz parte da divisão de Casu-alty da Swiss Re. A equipe investiga oportunidades de negócios de seguros e resseguros envolvendo telemá-tica e veículos com direção automatizada. A Swiss Re pretende assumir a liderança intelectual nessa questão e busca ajudar seus clientes a navegar no ambiente desafiador oferecendo soluções inovadoras nessa área.

[email protected]

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HERE Deutschland GmbH

Invalidenstr. 116

10115 Berlim, Alemanha

T +49 0 30 28 873 304

HERE Deutschland GmbH

Sede da sociedade: Berlim

Comarca de registro: Amtsgericht Charlottenburg, Berlim

Registro comercial nº HRB 106443 B

Diretores:

Michael Bültmann

Robertus A. J. Houben

here.com

Sobre a HERE

A HERE, empresa de dados de localização com armazenamento na nuvem, oferece aplicativos e experiências de localização complexos e em tempo real para

consumidores, veículos, empresas e entidades públicas. Fundada por um consórcio das empresas AUDI AG, BMW Group e Daimler AG, a HERE acredita que a

tecnologia de localização desempenhará um papel crucial no aumento da segurança de nossas estradas, redução de congestionamentos e melhora da qualida-

de de vida de pessoas que vivem em áreas urbanas. Para saber mais sobre a HERE, inclusive sobre a atuação da empresa nas áreas de condução conectada e

automatizada, acesse o site http://360.here.com.

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O conteúdo integral deste estudo está sujeito a direitos autorais, com todos os direitos reservados. As informações poderão ser usadas para finalidades

particulares ou internas, desde que não sejam removidos direitos autorais ou outros avisos de propriedade. É proibida a reutilização eletrônica dos dados

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É permitida a reprodução total ou parcial, além do uso para qualquer finalidade pública, mas apenas mediante autorização prévia por escrito e se for feita

referência à fonte com o seguinte título: “O futuro dos seguros automotivos; o impacto da conectividade veicular e ADAS sobre o mercado”. Teremos a maior

satisfação em enviar exemplares de cortesia.

Embora todas as informações utilizadas neste estudo tenham sido obtidas de fontes confiáveis, a Swiss Re não assume qualquer responsabilidade pela exati-

dão ou integridade das informações fornecidas ou de declarações prospectivas feitas. As informações fornecidas e as declarações prospectivas aqui feitas se

destinam exclusivamente a finalidades informativas e não constituem de maneira alguma e nem devem ser interpretadas como se representassem a posição

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Para obter mais informações, acesse o site company.here.com