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O GALO-DE-CAMPINA INFORMANDO, CUSTE O QUE CUSTAR ! Ano II Nº 2 COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA ABRIL/MAIO DE 2018 CMF NO DIA DO EXÉRCITO CMF VAI ÀS ALTURAS Nos dias 18 e 20 de abril, ocorreu, nos shoppings Benfica e Parangaba, respectivamente, a tradicional Exposição do Colégio Militar referente ao Dia do Exército. O Colégio se fez representar na exposição com alunos da Legião de Honra, no stand do Exército, e na formatura da Guarnição de Fortaleza, no 23º Batalhão de Caçadores, com alunos do Grêmio de Infantaria. Dando um pequeno passo para os alunos e um grande passo para o CMF, o nosso recém-formado clube de astronomia participou da MOBFOG (MOstra Brasileira de FOGuetes), uma olimpíada que consiste em construir e lançar, obliquamente, foguetes, a partir de uma base de lançamento; e da primeira JCF (Jornada Cearense de Foguetes), olimpíada semelhante à MOBFOG, realizada no Campus do Pici, da Universidade Federal do Ceará, nos dias 16 e 17 de maio. O evento contou com a presença do diretor da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia), Sr. João Canalle. Participaram os seguintes alunos: Lara Barbosa, Carla Vida, Ana Morgado, Beatriz Menezes, Lucas Carioca, Morgado, Sérgio Moita, Caíque Alves e Caio Fernando, distribuídos em 4 equipes, que conquistaram 2 troféus de ouro e 2 troféus de prata na JCF. Quanto à MOBFOG, cabe destacar que o maior lançamento, realizado pela aluna Lara Barbosa, do 7° ano, alcançou quase 200 metros. Mantendo esse ritmo, o futuro do clube de astronomia do CMF será muito promissor. Para frente, custe o que custar! O Dia do Exército Brasileiro é comemorado anualmente em 19 de abril. A data foi criada para homenageá-lo, como protetor do território e da nação brasileira. O Dia do Exército é comemorado neste dia, pois é a data da primeira Batalha dos Guararapes, que ocorreu em 19 de abril de 1648. Neste episódio, reuniram-se, pela primeira vez, brancos, negros e índios em prol de um objetivo comum: combater a dominação holandesa e defender a Pátria brasileira. Hoje, os militares que compõem o Exército Brasileiro, uma das três Forças Armadas do Brasil, trazem consigo a essência de Guararapes e os valores de seu Patrono, Duque de Caxias. São grandes heróis! Quem sabe, um dia, você, leitor, poderá ser um deles! Exposição no Shopping Benfica Alunos integrantes do clube de astronomia, junto ao Ten Santana, e ao Sr Professor João Canalle. Grêmio de Infantaria no 23º BC

O GALO-DE-CAMPINA · uma paródia do programa humorístico televisivo e radiofônico ... Maria Carolina, Letícia Nunes, Beatriz ... Galo-de-Campina destinará um lugar

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O GALO-DE-CAMPINA

INFORMANDO, CUSTE O QUE CUSTAR ! Ano II – Nº 2 – COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA – ABRIL/MAIO DE 2018

CMF NO DIA DO EXÉRCITO

CMF VAI ÀS ALTURAS

Nos dias 18 e 20 de abril, ocorreu, nos shoppings Benfica e

Parangaba, respectivamente, a tradicional Exposição do Colégio

Militar referente ao Dia do Exército.

O Colégio se fez representar na exposição com alunos da

Legião de Honra, no stand do Exército, e na formatura da Guarnição

de Fortaleza, no 23º Batalhão de Caçadores, com alunos do Grêmio

de Infantaria.

Dando um pequeno passo para os alunos e um grande

passo para o CMF, o nosso recém-formado clube de astronomia

participou da MOBFOG (MOstra Brasileira de FOGuetes), uma

olimpíada que consiste em construir e lançar, obliquamente,

foguetes, a partir de uma base de lançamento; e da primeira JCF

(Jornada Cearense de Foguetes), olimpíada semelhante à

MOBFOG, realizada no Campus do Pici, da Universidade Federal

do Ceará, nos dias 16 e 17 de maio. O evento contou com a

presença do diretor da OBA (Olimpíada Brasileira de

Astronomia), Sr. João Canalle.

Participaram os seguintes alunos: Lara Barbosa, Carla

Vida, Ana Morgado, Beatriz Menezes, Lucas Carioca, Morgado,

Sérgio Moita, Caíque Alves e Caio Fernando, distribuídos em 4

equipes, que conquistaram 2 troféus de ouro e 2 troféus de prata

na JCF. Quanto à MOBFOG, cabe destacar que o maior

lançamento, realizado pela aluna Lara Barbosa, do 7° ano,

alcançou quase 200 metros. Mantendo esse ritmo, o futuro do

clube de astronomia do CMF será muito promissor. Para frente,

custe o que custar!

Legenda da foto: alunos integrantes do clube de astronomia, junto

ao Ten. Santana, e ao professor João Canalle

O Dia do Exército Brasileiro é comemorado anualmente em

19 de abril. A data foi criada para homenageá-lo, como protetor do

território e da nação brasileira. O Dia do Exército é comemorado

neste dia, pois é a data da primeira Batalha dos Guararapes, que

ocorreu em 19 de abril de 1648. Neste episódio, reuniram-se, pela

primeira vez, brancos, negros e índios em prol de um objetivo

comum: combater a dominação holandesa e defender a Pátria

brasileira.

Hoje, os militares que compõem o Exército Brasileiro, uma

das três Forças Armadas do Brasil, trazem consigo a essência de

Guararapes e os valores de seu Patrono, Duque de Caxias.

São grandes heróis! Quem sabe, um dia, você, leitor, poderá

ser um deles!

Exposição no Shopping Benfica

Alunos integrantes do clube de astronomia, junto ao

Ten Santana, e ao Sr Professor João Canalle.

Grêmio de Infantaria no 23º BC

O GALO-DE-CAMPINA – ABRIL/MAIO DE 2018 – Página 2

COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA – CLUBE DE JORNALISMO _______________________________________________________________________________

VISITA DE SUPERVISÃO ESCOLAR DA DEPA

INCORPORAÇÃO DOS NOVOS LEGIONÁRIOS

Formatura Geral

Nos dias 14 a 16 de maio, ocorreu a visita de supervisão escolar da

Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial, com a finalidade de avaliar

a estrutura, a rotina e a administração do Colégio Militar de Fortaleza. A visita

teve início com a formatura geral para recepcionar o General de Divisão Flávio

Marcus Lancia Barbosa.

Coral do CMF canta e encanta junto com a Banda

Na noite de 15 de maio a Banda de Música e o Coral do CMF, sob a

regência do 1º Ten PTTC Rufino, do ST Aguiar e 2º Sgt PTTC Edimilson,

transitaram do popular ao erudito, executando as canções “Raiders March”, de

John Willians, música tema da franquia cinematográfica Indiana Jones; Que

“Nem Jiló”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; “Aquarela”, de Toquinho;

e “Canto do Pajé”, do maestro Heitor Villa-Lobos. Em seguida, os irmãos

Clara Vieira e José Palmeiras, do Grêmio Lira, executaram belíssimas peças

musicais ao violino.

Grupo Arte & Manha dá aula de bom humor

Por fim, o Grupo de Teatro Arte & Manha, com direção da

Professora Liliana Costa, apresentou a “Escolinha do Coronel Raymundo”,

uma paródia do programa humorístico televisivo e radiofônico Escolinha do

Professor Raymundo, criado pelo grande artista cearense Chico Anysio e

adaptado ao cotidiano do Colégio Militar pelo antigo aluno Vitor Araújo. Os

alunos interpretaram versões de personagens inesquecíveis, como Pedro

Pedreira, Dona Bela, Zé Bonitinho e muitos outros.

O Aluno Sávio, do 2º Ano do Ensino Médio, que interpretou o

faminto e bem-humorado Seu Boneco, gostou muito da experiência. “A

melhor parte é ouvir as risadas do público”, declarou.

A apresentação do Grupo, que também contou com número de

dança, teve uma excelente repercussão entre os alunos. “Foi muito engraçado!

O público gostou e tenho certeza que o General também!”, disse o Aluno

Militão, do 3º Ano do Ensino Médio.

Anualmente ocorre a seleção de alunos para

a Legião de Honra do CMF, os quais são

selecionados em virtude de seu destaque na área

afetiva e cognitiva. Este ano, no dia 13 de abril, foi

realizada a formatura de entrega dos distintivos dos

novos legionários.

O Galo-de-Campina, então, entrevistou as

alunas Isabelle Clermont, Thais Rats, Maria

Carolina, Letícia Nunes, Beatriz Menezes,

Alessandra Arruda e Sofia Fiuza, alunas do 7º ano do

ensino fundamental que entraram para a Legião de

Honra em 2018.

Ao perguntarmos o que a Legião de Honra

representava para elas, a aluna Isabelle Clermont

respondeu: “Representa uma parcela de alunos que

são exemplo, por se destacarem em situações

diversas, e a Legião em si representa uma parte

importante tanto na história do Colégio quanto na

minha.” A aluna Letícia Nunes, por sua vez,

respondeu: “Não representa apenas uma conquista,

mas é também uma responsabilidade carregar esse

símbolo”.

Ao ser questionada quanto ao sentimento de

passar a fazer parte desse grupo tão seleto, a aluna

Maria Carolina relatou: “Fiquei surpresa, pois não é

fácil entrar, é necessário se destacar, visto que são muitas

pessoas que não apenas querem entrar, mas que merecem”.

Por fim, perguntamos que conselho elas gostariam de

transmitir aos alunos que desejem alcançar a mesma conquista

e todas responderam que é necessário tentar ser exemplo,

evitar atos que não estejam no padrão do Colégio, respeitar os

professores e cuidar bem de seu uniforme, para estar sempre

bem apresentado.

“Tenho muito orgulho de fazer parte dessa família,

pois foi isso que a Legião se tornou para mim”, disse a Aluna

Letícia Nunes.

O Jornal Galo-de-Campina parabeniza os novos

legionários e ressalta a responsabilidade que assumiram com o

papel de liderança dentro e fora do CMF.

Legionários Destaques de 2017 Juramento dos Novos Legionários

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CMF RECEBE HOMENAGEM NA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA

À ESPERA DO CENTENÁRIO...

Fonte: “O Casarão do Outeiro: Memórias e Ilustrações

“São muitas histórias”. “Somos todos uma grande família”.

Quando alguém pergunta para qualquer antigo aluno como foi sua estadia no CMF, são sempre essas

respostas simples: “São muitas histórias”. “Somos todos uma grande família”.

Por trás delas, porém, há muita saudade e paixão pela instituição. Sentimentos tão fortes que só um

antigo integrante da Casa de Eudoro Corrêa entenderia, e nem sempre conseguiria explicar.

Rumo ao centenário

O Colégio Militar de Fortaleza completará, em 2019, o seu centésimo aniversário. Com isso, o Jornal

Galo-de-Campina destinará um lugar especial, nas suas próximas cinco edições, para contemplar um pouco da

história desse tão querido Casarão. Nelas, abordaremos temas como a origem da Casa de Eudoro Corrêa, a

Escola Militar do Ceará, o Colégio Militar do Ceará e a Escola Preparatória de Fortaleza, além de algumas

experiências vividas por antigos alunos, a fim de mostrar curiosidades sobre a nossa Escola.

A origem

O Casarão do Outeiro foi construído ao final do Século XIX, a partir da década de 1870. Nessa época,

ele não era conhecido por ser a “Casa de Eudoro Corrêa”, mas sim como "O Casarão do Outeiro”. Seus fins

também não eram militares, tendo em vista que foi construído para ser um “Asylo de Mendicidade”, um

abrigo para os retirantes que viviam no interior e, em decorrência de secas devastadoras, se mudavam para a

capital.

Só foi em 1889 que o local passou a ter caráter militar, em decorrência da criação da Escola Militar do

Ceará...

Ficou curioso (a)? Esse já é assunto para outro momento! A gente se vê nas próximas edições...

No dia 23 de maio de 2018, transcorreu um evento

solene na Assembleia Legislativa de Fortaleza. Nesta

oportunidade o Colégio Militar de Fortaleza foi homenageado

pelo transcurso de seu 99º aniversário de criação.

No ato solene, a Casa de Eudoro Corrêa foi

representada por diversos militares e civis que compõem o

corpo da instituição, além de alunos legionários.

A cerimônia homenageou o Casarão do Outeiro por

sua importância no desenvolvimento de Fortaleza, destacando

seu papel na formação de personalidades de grande

relevância não só para a história da cidade, mas do estado

inteiro. Foram citados, entre muitos outros, os nomes dos

colaboradores que ajudaram na criação da Academia

Cearense de Letras. O evento mostrou um pouco de todo o

valor que nosso Colégio possui e com certeza, possuirá por

mais 99 anos.

Representação de alunos na sessão solene da

Assembleia Legislativa.

Passadiço em 1924

Parte do passadiço

Arquitetura

Alojamento

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Espaço da Crônica

Folhetim

Colaboração: Al Geovanni, AL Lívia, Antigo Aluno Vitor Araújo; Redação: Andryela, Beatriz Menezes, Bianca Costa, Blanda Uchôa, Camila Florêncio,

Fernanda Fontes, Maria Carolina, Mariana Noronha, Sarah Cavalcante; Redação Final: Rafaela Servilha; Editor-Chefe: Wendy Gomes; Oficial Orientador:

Maj Noguti.

TIRAGEM: 1.000 exemplares; EDIÇÃO: 04 Páginas; FECHAMENTO: 31 de maio de 2018.

Em uma folha – parte 2

Em uma folha de caderno manchada,

Escrevi um poema chamado “O.K.”

Porque tudo estava bem,

Mas a monotonia estava em todo canto;

A casa amarela de portões largos não era tão

grande assim,

Outro senhor de duas gemadas gostava muito

de matemática,

A boina ainda era vívida garança, a blusa

cáqui, o sapato engraxado

E a moça de óculos rosa estava sempre linda,

só que longe de mim.

Olhos não mais vendados

Era o meu aniversário e eu estava indo ao local da festa, com minha mãe, segurando o bolo no colo.

Enquanto o sinal estava fechado, um moço veio limpar o vidro do nosso carro.

Ao terminar, inclinou-se na janela para recolher os trocados, até que viu a grande forma redonda,

com chantili e morangos em cima, que eu levava comigo. Para minha surpresa, ele esboçou um grande

sorriso e, animado, falou “feliz aniversário!”.

Por causa disso, um turbilhão de reflexões veio à minha mente. Eu não faço nem ideia de quando foi

a última vez que ele comemorou o próprio aniversário, e não sei nem ao menos com que frequência ele se

alimenta. Mas, mesmo assim, ele foi genuíno ao me parabenizar.

Não demonstrou inveja, cobiça, raiva ou qualquer sentimento parecido. Eu pude ver que seu sorriso

era puro e que sua felicidade, por mim, era verdadeira.

Se alguém que, lamentavelmente, não tem nem metade das oportunidades e dos bens materiais que

eu tenho, é capaz de se alegrar com o gozo ou conquista de outra pessoa, quem sou eu para não fazer o

mesmo? Percebi que a ingratidão é como uma venda. Precisamos tirá-la dos nossos olhos, para que vejamos

que nem tudo é tão escuro quanto parece e para que possamos sorrir com os que sorriem, não nos deixando

dominar pela amargura e insatisfação.

Os “flanelinhas”, os limpadores de vidro, a senhora deitada em um colchão velho na esquina, o cara

que faz malabarismos no sinal e todos os outros em circunstâncias parecidas, são tão humanos quanto

alguém que mora numa cobertura na orla. A classe menos favorecida não deve ser menosprezada, ignorada

ou estereotipada. Valores morais e princípios não estão ligados ao dinheiro, e nenhuma posição social é

capaz de tornar uma pessoa melhor do que outra. Seja tardio para julgar e preste atenção ao seu redor, todos

têm muito a nos ensinar, mesmo que sem querer. Por trás de um papelão esticado na calçada, existe uma

pessoa, uma história.

Al Lívia Borges dos Santos

Parte 3

Em uma folha de carta rosa,

Escrevi um poema chamado “Amor”,

Pois era o que eu sentia

E o amor estava em todo canto;

A casa amarela de portões largos estava feia,

Mas o novo senhor de duas gemadas era

bonzinho,

A boina era garança, a blusa cáqui clara, o sapato

meio sujo

E a moça de óculos, sempre linda, segurava

minha mão.

(...)

Al Geovanni G. Bandeira