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01 | Novembro | 2014 - Se Na linha da frente da informação, para que se mantenha sempre informado com rigor e isenção - Nº 5 - Ano 1 | quarta-feira 01 de Novembro de 2014 POMARÃO - PORTO MINEIRO pág 10/11 I JORNADA INTERDISCIPLINAR DA MINA DE SÃO DOMINGOS É importante perceber o impacto ambiental que as escórias ainda têm hoje, as poeiras que se encontram agarradas são lançadas ao vento quando a escória é revolvida. pág 5 O sistema de extracção O transporte do mineral desde o fundo da mina até à superfície pág 3 a 6 Texto, recolha e tratamento de informação de: José Zarcos Tirado Palma

O gasometro 5

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- SeNa linha da frente da informação, para que se mantenha sempre informado com rigor e isenção - Nº 5 - Ano 1 | quarta-feira 01 de Novembro de 2014

POMARÃO - PORTO MINEIRO pág 10/11

I JORNADA INTERDISCIPLINAR DA MINA DE SÃO DOMINGOSÉ importante perceber o impacto ambiental que as escórias ainda têm hoje, as poeiras que se encontram agarradas são lançadas ao vento quando a escória é revolvida.

pág 5

O sistema de extracçãoO transporte do mineral desde o fundo da mina até à superfície

pág 3 a 6Texto, recolha e tratamento de informação de: José Zarcos Tirado Palma

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editorial O seu a seu donoMina dos meus amores

A Mina tem sido ao longo dos tempos assolada pela chegada de populações de várias localida-des, tanto nacionais como internacionais. Desde épocas remotas, ainda em inícios do séc. XIX que a esta localidade rumaram várias pessoas para trabalhar na mina, vinham de terras próximas ou distantes, de Portugal e muitos da vizinha Espanha, foi um povo que sempre lutou contra as dificuldades do dia a dia numa mina, sem nunca saber se regressava a casa, uma incerteza constante no olhar, no entanto um povo cheio de amor e força de vontade.

Hoje são muitos aqueles que reconhecem o esforço desta população e o trabalho árduo que prestaram, e que muitos pagaram com a própria vida.

Muita comunidade académica tem dedicado os seus estudos, tanto em Licenciaturas como em Mestrados e até Doutoramentos a esta localidade e ao território envolvente, são estudos com muito rigor científico e que são devolvidos à população e às entidades competentes a custo zero, nas mais variadas formas, livros, documentos escritos, ensaios etc... Estes estudos se fizessem parte de uma encomenda a uma empresa, teriam custos muito elevados. Na situação descrita anterior-mente chegam-nos a custo zero, no entanto existe a necessidade, urgente, de aplicar esses estudos à realidade do local, do espaço, do património.

Aqui deve entrar o poder local, que absorva este conhecimento o descodifique e utilize em prol das populações, é isto que se espera de uma autarquia consciente e responsável.

Tive o prazer de participar na I Jornada In-terdisciplinar da Mina de São Domingos, pro-movida pela Fundação Serrão Martins, e fiquei honrado por ver o destaque que a Mina tem vindo a merecer por parte dos envolvidos nestes projectos em torno da Mina de São Domingos. Estes projectos que envolveram várias discipli-nas, como sejam; Fotografia, Geologia, Química, Arqueologia Industrial, Território e Património Arquitectónico, tornaram esclarecedor alguns pontos que, penso, sobre os quais devia incidir um outro olhar das entidades competentes locais para os colocar em prática.

É uma oportunidade única de aproveitarmos todo este conhecimento, todo este trabalho desenvolvido.

No final, na sessão de encerramento João Serrão da Fundação Serrão Martins, lançou o repto à Universidade de Évora e ao Instituto de História Contemporrânea para estarem presentes no próximo ano, no que serão as II Jornadas Interdisciplinares da Mina de São Domingos, estou tentado em lançar eu próprio um repto a João Serrão, de para o ano nas II Jornadas Inter-disciplinares, termos um caderno onde estejam inscritos a maior parte dos pontos referidos nos estudos anteriores e à frente, a palavra concluído.

Penso que depois desta jornada inicial o que todos podemos esperar é acção.

Continuam a decorrer em bom ritmo as obras tanto da remodulação da Escola Primária, assim como do passeio junto à estrada nacional.

Foi com satisfação que constatei que a obra do passeio que há muito era pretendida pela população finalmente se encontra em avanço rápido, gostei do facto de a opção ter passado por manter as árvores que já se encontravam ao longo do trajecto permitindo assim alguma sombra durante os tórridos dias de verão.

Para o ano os nossos emigrantes e imigrantes, assim como os turistas que nos visitarem já pode-rão usufruir deste passeio, que ao mesmo tempo além de proporcionar momentos de lazer, também facilita a circulação dos peões que principalmente em dias de mercado e de muito movimento cir-culavam nestas zonas.

O caminho de acesso à Praia da Tapada Grande também está a receber requalificação, existindo bolsas de estacionamento e acesso pedonal.

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A corda sem fim

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O sistema de extracçãoO transporte do mineral desde o fundo da mina até à superfície

1 - Introdução

A exploração de mineral que tinha sido iniciada em 1854 através de poços e galerias irá ser objecto ao longo dos anos seguintes da introdução de diferentes sistemas de lavra com o objectivo de se ajustar às necessidades operacionais face à progressão dos trabalhos.

A fase inicial que se tinha caracterizado por uma utilização intensiva de mão de obra no

2 - A Corda sem fimO sistema de corda-sem-fim , começa a ser

instalado nas minas a nível mundial a partir de 1911 tendo este sistema sido instalado na Mina de São Domingos no ano de 1912, Fig.3.

O sistema escolhido era do tipo directo, com uma única corda e um tambor de tracção acionado

por um motor eléctrico e semelhante ao da Fig.4.A corda sem fim tinha um comprimento total

de 756 metros incluindo as 3 voltas em redor do tambor do motor de tracção e saía junto ao chão do topo norte do cais de descarga , descia à mina até ao piso 150 onde invertia o sentido e começava a subir até à entrada do cais onde os zorritos eram descarregados e depois descia do cais até ao tambor

desmonte da corta e o transporte do mineral efectuado por pequenas locomotivas a vapor, Fig.1,iria dar lugar a todo um conjunto de novos desafios com vista a trazer até à superfície desde o fundo da mina as centenas de toneladas de mineral extraídas diariamente.

Numa 1ª fase e ainda a pouca profundidade e com os túneis com pouca inclinação e à semelhança das práticas em outras minas do império britânico foi usada a tracção animal onde centenas de muares faziam a tracção dos vagões, Fig.2, mas com o aumento progressivo da profundidade da exploração e da inclinação dos túneis de acesso à mina , este sistema rapidamente se tornou obsoleto e incapaz de responder às necessidades.

É nesta altura que se decide a instalação de um sistema de corda-sem-fim do tipo directo com uma única corda e um tambor de tracção acionado por um motor eléctrico.

Fig. 1

Fig. 2

Fig. 3

Fig. 4

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de tracção tudo isto num ciclo contínuo.Este cabo de aço com 1 1/4” (31,75mm) de

diâmetro tinha 3 voltas em redor do grande tambor de tracção, tambor este acionado por um motor eléctrico de 130 hp e era objecto de cuidados especiais tal como não a deixar molhar com água forte e mantê-la permanentemente lubrificada existindo pessoal especialmente dedicado a esta missão.

A corda sem-fim estava apoiada ao longo de todo o seu percurso em rolos colocados no chão e entre os carris, Fig.5,ao longo do todo o percurso e nas curvas era guiada por guias metálicas e rolos

para reduzir o atrito.Para manter a corda com uma tensão constante

existia no interior da mina e no piso 150, um engenhoso sistema que em caso de sobrecarga devido, por exemplo, a descarrilamentos e outros factores que impedissem o normal funcionamento do sistema, desligava automaticamente o motor eléctrico à superfície, Fig.6.

3 - Os ZorritosOs vagões conhecidos por “zorritos” quer

na sua viagem para a superfície quer na descida

Fig. 5

Fig. 6

até ao piso 150 , eram fixados à corda sem fim em intervalos nunca inferiores a 25 mts para dar tempo aos manobradores para fazer o seu engate e desengate da corda e também para melhor balancear todo o sistema de transporte em termos da distribuição da carga.

Os zorritos eram engatados e desengatados manualmente com a corda sem-fim sempre em movimento e fixados à mesma através de um

em 3 zonas distintas, Fig.8.A zona central onde estavam instalados os 2

elevadores, uma zona com a escada de serviço

Fig. 8

mecanismo com um sistema de duas pinças que abraçavam o cabo.

Estas pinças também chamados na gíria por “clips ou molas” eram fechadas e abertas com o pé através de uma alavanca sendo engatadas à argola existente no chassi do zorrito através de um gancho com uma corrente de ligação.

Para se aferir da importância da operacionalidade permanente de todo o sistema da corda sem-fim sabe-se que o tunel dos zorritos tinha desde o piso 150 até à superfície, um trabalhador cada 50 mts para garantir o fluxo normal de zorritos e em caso de acidente, descarrilamento ou qualquer ocorrência que inibisse o funcionamento continuo estes operários acionavam um sistema de aviso e a corda era parada até se restabelecer a circulação.

Chegados ao cimo do cais eram descarregados nas toldas respectivas de acordo com a classificação do minério que traziam e desciam por um elevador existente no topo norte do cais para voltarem ao interior da mina para novo carregamento.

Para além da sua função principal de transporte do mineral eram também usados para o transporte de materiais para o fundo da Mina e para trazer para a superfície os resíduos das latrinas dos vários pisos.

4 - O Poço Nº4

O início do poço nº4 , era no piso 150 e dava acesso a todo o sistema de galerias.Era circular, com 4 mts de diâmetro interior, todo forrado com tábuas de madeira de riga e a sua área era dividida

Fig. 7

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entre pisos e outra zona com tubagens e cabos eléctricos para alimentação dos pisos inferiores.

O elevador ou gaiola como também era chamado pelos mineiros-era o mesmo para subir o minério e descer e subir o pessoal mas o transporte do mineral só se fazia quando o elevador não estava a ser usado para transportar os mineiros na mudança de turno ou “relevo”.

Os 2 elevadores, trabalhavam em paralelo e eram acionados por um cabo de aço de 1 1/8” (28mm) de diâmetro e recebiam cada um deles um zorrito que pesava 930 kg quando completamente carregado com mineral.

Por razões de segurança era feita uma inspecção semanal ao seu estado geral e substituídos na totalidade cada 6 meses.

O guincho que acionava os elevadores localizado no piso 150 tinha um motor de 130hp e era comandado por um sistema de controle que parava automaticamente os elevadores se estes atingissem uma determinada velocidade máxima sendo este o único dispositivo de segurança existente para uma operação tão complexa.

5 - O Poço Nº4 e a corda sem-fim

Era no piso 150 e a uma distância de 20 metros do poço Nº4 que se desenrolava toda a actividade de engate dos zorritos para serem transportados para a superfície ou o seu desengate no retorno ao piso 150, vazios ou carregados com terra e pedra para enchimento das galerias já exploradas, madeira para apoio das galerias, materiais de manutenção, de acordo com as necessidades do interior da mina e que eram comunicadas ao pessoal das toldas existentes na boca do tunel.

Toda a movimentação dos zorritos neste piso era feita manualmente e se tomarmos em consideração que cada zorrito carregado pesava aproximadamente 930kgs podemos ter uma ideia do esforço humano para processar toda a logística neste piso.

6 - Vestígios ainda existentes

Infelizmente a informação sobre este tema que sobreviveu é muito pouca e uma parte importante deste artigo que este mês vos trazemos, baseia-se na síntese de várias conversas com os poucos mineiros ainda existentes e nos preciosos apontamentos do amigo John Higgins e cujos desenhos se reproduzem.

As 2 roldanas que guiavam a corda sem-fim quando esta saía do cais em direcção ao tambor de tracção são um dos últimos vestígios desse sistema de extracção que ainda hoje podem ser observadas na face do cais virada a nascente , Fig.9.

Da “casa da corda sem-fim” no topo Norte do cais, Fig.10, onde estava o sistema de comunicações, quadro eléctrico e motor com o tambor de tracção da corda sem fim nada mais resta do que vestígios desses tempos gloriosos quando a Revolução Industrial passou pela Mina de São Domingos.

Texto, recolha e tratamento de informação de: José Zarcos Tirado Palma

Fig. 9

Fig. 10

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I Jornada Interdisciplinar Mina de São DomingosÉ importante perceber o impacto ambienta l que as escór ias a inda têm hoje , as poeiras que se encontram agarradas são lançadas ao vento quando a escória é revolvida.

Decorreu no passado dia 07 de Outubro no edifício do Musical, na Mina de São Domingos a I Jornada Interdisciplinar

da Mina de São Domingos, o painel de oradores era composto na sua maioria por professores universitários de vários estabelecimentos de en-sino entre os quais destacamos a Universidade de Évora na sua maioria e ainda o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa.

A sessão de abertura contou com uma primeira intervenção de João Serrão em representação da Fundação Serrão Martins que esplanou o trabalho que esta Fundação tem vindo a efectuar na zona da Mina de São Domingos, de manhã pudemos ainda ouvir as intervenções de Jorge Ferreira da Universidade de Évora sobre o tema, A Explora-ção Mineira nas Publicações de Instituições de Carácter Técnico-Científico, Geologia e Métodos

de Exploração na Mina de São Domingos, Fátima Farrica, também da Universidade de Évora falou sobre o “Arquivo da Mina de São Domingos” como fonte de informação para abordagens mul-tidisciplinares e a sessão da manhã foi encerrada com João Matos do LNEG de Beja, que nos fa-lou sobre “Percursos Geológicos e Mineiros na Mina de São Domingos e Chança, Faixa Piritosa Ibérica, um tema muito interessante e que pode sem dúvida gerar uma mais valia para toda esta zona na oferta que pudemos constatar que existe no terreno.

A sessão da tarde iniciou-se com uma visita à Achada do Gamo onde João Matos do LNEG mais uma vez de forma apaixonada nos falou da geologia no local e chamou a atenção para as en-tidades responsáveis presentes de alguns pontos que podem ser melhorados e tornarem-se assim uma mais valia para os visitantes com custos

muitos baixos para o investidor.De regresso ao Musical, foi tempo de ouvir o

Doutor Jorge Custódio que de forma apaixona-da nos falou da “Energia a Vapor em Contexto Mineiro, A Central a Vapor da Mina de São Domingos”, uma viagem que nos fez perceber a importância da máquina a vapor na exploração da Mina e o poder que existia aqui em relação a outras minas do país e até mesmo da Europa, a Mina de São Domingos estava muitos passos à frente no desenvolvimento deste tipo de energia.

Em seguida Rui Carvalho da CMM-Câmara Municipal de Mértola falou sobre arquitectura e a Mina de São Domingos como conjunto de interesse público a sua delimitação e valor patrimonial, já na fase final José Mirão da Universidade de Évora fez uma abordagem sobre matérias e problemas ambientais na Mina de São Domingos, sendo uma abordagem muito cientifíca e com estudos alguns

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preocupantes o orador conseguiu captar o interesse da assistência e de forma muito clara transmitir a mensagem. Penso que é importante a autarquia e as entidades responsáveis perceberem o perigo que ainda existe debaixo das escórias e em toda a sua periferia, perceber então que a remoção ou até mesmo o seu revolvimento está ainda hoje a causar danos e que são ainda dificeis de apurar.

Seria então importante perceber que o que se está a passar na zona da Achada do Gamo com os passeios TT em cima do monte de escórias é um perigo ambiental.

Antes da sessão de encerramento houve ainda lugar à palavra de Idalina Sardinha da Univer-sidade de Lisboa, que nos falou sobre como Compreender o Desenvolvimento Sustentável Local, falou do que é ser sustentável o que a palavra significa e as suas várias vertentes, a sustentabilidade não pode ser entendida como uma lei que se aplica a todos de igual modo, a sus-

tentabilidade tem de ser flexível região a região caso a caso. A sessão de encerramento esteve a cargo de Maria Fátima Nunes da Universidade de Évora e de João Serrão da Fundação Serrão Martins, ambos agradeceram o trabalho desenvolvido por todos os participantes e as suas intervenções e estiveram em acordo de que no próximo

mérito e rigor-científico não fique preso às fo-lhas de papel que os comportam, esperemos a intervenção das entidades locais responsáveis para o desenvolvimento de todo este manacial de ideias que aqui foi levantado.

CDU lança propostasVereadores da CDU lançam propostas para combater o desemprego e o despovoamento

Com vista à criação de um conjunto de dispositivos institucionais virados para a criação de emprego e combate

ao despovoamento, necessidades urgentes do concelho, os vereadores da CDU na Câmara Municipal de Mértola propuseram um Programa Municipal de Apoio à Criação de Emprego e Combate ao Despovoamento assente nas seguintes medidas:

MEDIDA CASA - Breve apresentação e objetivos: incidindo na reabilitação urbana, o que permitirá não só o apoio às famílias, sobretudo por parte de indivíduos e agregados mais carenciadas, na recuperação das suas residências, mas também a dinamização das empresas de construção civil do concelho e do comércio local. As normas de apoio deverão prever uma majoração de 10% no caso dos materiais de construção, mobiliário, louças sanitárias, etc, serem adquiridos no Concelho. Os trabalhos a desenvolver nesta Medida deverão destinar-se apenas a empresários sedeados no Concelho. Verbas municipais a afetar em 2015: 300.000 €

MEDIDA INVESTE JOVEM - Breve apresentação e objetivos: visa apoiar a criação de novas empresas por parte de jovens do Concelho, através de uma Bolsa Anual, de valor variável a determinar em função do investimento realizado e do número de postos de trabalho criados. As normas de participação deverão considerar áreas a majorar, nomeadamente a cinegética, agropecuária, turismo, transformação/comercialização de produtos locais e património.

As referidas normas não deverão no entanto impossibilitar o apoio a outros sectores de atividade. Verbas municipais a afetar em 2015: 100.000 €

MEDIDA CÂMARA AMIGA - Breve apresentação e objetivos: as IPSS do Concelho são hoje, no seu conjunto e a par do município, a principal entidade empregadora, gerando um dinamismo social, económico e cultural que ultrapassa em muito a criação de emprego ou a resposta a problemas sociais. Para além do reforço da qualidade dos serviços já prestados (muito em particular no domínio do SAD), ou do reforço de outros (a nível por exemplo do alojamento de idosos) justifica-se que o município adote uma atitude de promoção e incentivo à criação de novas respostas em áreas como por exemplo as demências ou as dependências. Sugere-se ainda que uma parte do montante financeiros a afetar a esta Medida, se centre nas condições de trabalho dos colaboradores das IPSS(s) , incentivando o aumento do nº. de trabalhadores vinculados e reforço das qualificações profissionais. Verbas municipais a afetar em 2015: 200.000 €

Estas medidas representariam uma aplicação de cerca de 800.000,00 € na economia do concelho, e cerca de 2 400 000,00€ nos próximos três anos, o que obviamente se traduzirá num “choque” económico que geraria dinâmicas que se reproduziriam em mais-valias económicas mas também sociodemográficas. Suporte financeiro do Programa - De uma análise mais cuidada às propostas de GOP e Orçamento ressaltam algumas rúbricas e/ou afetação de verbas, que na

opinião dos eleitos da CDU deveria ser repensada. Apenas alguns exemplos: - Feiras Temáticas e Outras Iniciativas de Recreio – 391 250,00 €; - Aquisição de serviços – 2 551 650,00 € dos quais 170 000 € só para estudos e projetos; - Publicidade – 46 500,00 € Em contrapartida a rúbrica do Desenvolvimento Económico, surge apenas com 10 500 €, o que é em nossa opinião é manifestamente pouco se considerarmos a urgente necessidade do município desenvolver uma estratégia própria neste domínio, e que obviamente tem que ter a correspondente dotação financeira. Para o financiamento do Programa que agora apresentamos, que também poderá vir a ser co-financiado no âmbito do próximo programa comunitário Horizonte 2020, sugere-se que seja ponderada a possibilidade de afetar ao mesmo, 50% da receita estimada para o IMI e IMT (513 380 €), devendo ainda, e em nossa opinião, reduzir-se significativamente (numa percentagem a definir), o montante das verbas previstas para Aquisição de Serviços, Publicidade, Feiras Temáticas e Outras Iniciativas Recreio, entre outras. Porque o concelho de Mértola precisa e os mertolenses merecem!

Mértola, 28 de outubro de 2014 Os Vereadores Miguel Bento / Madalena Marques

ano seria importante continuar estas Jornadas, convite que foi lançado por João Serrão e que pareceu ter logo ali o aval dos participantes.

Foi uma jornada muito enriquecedora, agora resta esperar que todo este trabalho de grande

A Câmara Municipal de Mértola, foi con-tactada, para poder dar a sua opinião sobre as propostas apresentadas, no entanto até ao momento de fecho da edição, não chegou qualquer resposta ao mail de “O Gasómetro”.

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estórias com história

JoséAntónio Estevão

12 TOSTÕESEntusiasmado o Toninho Américo vem ter comigo,

… anda,vamos á loja do Baião, … ele está a distribuir cadernetas novas dos cromos da bola …

¬¬__ Vou, … mas não vou fazer coleção, … irritava--me, porque já tinha quatro ou cinco cadernetas, … e faltava sempre um cromo, … o tal que dava direito a completar a caderneta e á bola de “catchum,” … eram sempre comprados os últimos por qualquer amigalhaço do merceeiro gastando 15 ou 20 escudos …

… Era dia de “Pago”, e á tarde como habitualmente fomos a pé á Mina ao encontro do meu pai que saia ás 3,30h.

Com a minha irmã pequenina ao colo, a minha mãe queixava-se do calor, … eu não! … eu queria era chegar ao Pago e estar no meio daquela multidão de gente entre as tendas onde tudo se vendia …

Encostada á parede da praça, … lá estava a senhora dos bolos, …__ aqui está o habitual “suspiro” para o menino, … era o bolo que eu mais gostava, … talvez por ser o mais doce …

Meu pai agora com a minha irmã ao colo, … parou divertido em frente a um tendeiro que com as mãos bem lá em cima segurava cuecas de senhora, apregoan-do bem alto: … “olha as gaiolas, … comprem gaiolas mulheres, … há de todas as cores …

Confesso que não entendi a graça do pregão que fez divertir o meu pai …

Estava na hora do regresso á Corte do Pinto, … logo á saída da Mina vejo no chão dois cromos da bola da nova caderneta, ainda dobrados tal com vinham enrolados no rebuçado, … e mais á frente mais outro, … e mais outro …

Era a mulher do tio Brioso que ia á nossa frente, … apesar da censura entre dentes da minha mãe de mau governo, ia comendo rebuçados e deitando os cromos da bola fora, … e foi assim todo o caminho, … quando cheguei á aldeia já tinha cromos suficientes para iniciar a nova caderneta e … até para a troca …

Eu tinha sempre um mealheiro, fruto dos mandados que fazia á vizinhança.

A melhor freguesa era a tia Maria Colaça, … os 2 tostões por semana estavam garantidos, … sempre beberam água do poço do telheiro e desde que o tio Manuel Gomes andava pior da asma, … apenas albar-dava a burra, punha as enormes enfusas nas cangalhas de ferro e lá ia eu todo feliz montado com o caldeirão na mão direito ao telheiro…

Só para andar montado na burra eu adorava fazer este mandado, … e a tia Colaça ainda me dava no final da semana 2 tostões, … até chegar ao poço a burra ia a passo porque tinha medo que as enfusas vazias se soltassem das cangalhas, … mas á vinda já com as

“quartas” cheias, oh meu amigo, … obrigava a burra a correr, … o que a pobre fazia com dificuldade, pois … já era burra velha…

… E esta semana ainda tive mais um tostão ex-tra da tia Colaça, … zangada e falando alto por ser surda, pediu-me, porque o tio Manuel Gomes se recusou, para escrever ao filho Chico que havia mais de um mês que tal com os irmãos Zé, Manel e João que estavam aqui para as bandas da Amadora, não davam notícias …

… Neste envelope já com selo vais pôr: Maria Colaça… Corte do Pinto, Mértola, Baixo Alentejo …. Senão ele ainda apanha lá o envelope já selado e aproveita e em vez de escrever para mim, escreve para a filha do Zé Custódio …

… e agora escreve neste bilhetinho: …. E não te mando a tinta para a caneta, … porque entornava e borrava o envelope … __ agora vê lá se escreves á desgraçada da tua mãe …

… A tia Alice também era generosa, nos manda-dos que me pedia também me dava quase sempre 2 tostanitos … só não gostava muito de fazer mandados para a tia Barbara Pedema, … pagava-me com figos secos, …e figos secos roubava eu os que queria dos tabuleiros ao sol da cerca do tio António Henriques …

Já tinha 12 tostões, … meti-os no bolso e fui á loja do Baião comprar os rebuçados com os cromos da bola …

O Blé Pires foi atrás de mim, mas eu corria mais que ele, … e até mesmo que a burra velha do tio Manuel Gomes e da tia Colaça, … e quando virei á azinhaga em frente da casa do tio João Alves, … deixei de ver o Blé Pires …

Encostado ao balcão do Baião, … escalfado, … pedi 12 tostões de rebuçados com os cromos da bola, … joguei a mão ao bolso, … e apenas lá estava o buraco na algibeira, … acabei de perder os 12 tostões …

… O Baião zangou-se comigo, … que tinha mais que fazer, … que eu estava a brincar com ele, … Olha o barrigudo do Baião, … danado estava eu por ter perdido uma semana inteira de mandados, que eram

os meus 12 tostanitos …Cabisbaixo e olhos no chão, voltei pelo mesmo

caminho na esperança de ainda encontrar algum dos meus 12 tostões…

Junto á taberna do Chico Ferrador, o Blé Pires que eu tinha deixado para trás na corrida, … notou que eu vinha danado, … depois de o informar da malapata, reconfortou-me com uma palmadinha nas costas, … __ deixa lá Zé, … não te chateeis, … toma um rebuçado …

Chupando o rebuçado do Blé, voltei para casa muito triste e ainda de olhos no chão, … mas dos 12 tostões, … nada.

… Há algum tempo atrás, juntei-me a um grupo de

rapaziada do meu tempo que como eu passavam uns dias de férias na aldeia, … até que um que eu não conhecia me pôs a mão no ombro e, … __ eh pá Zé, … deixa-me dar-te um abraço … eu sou o Blé Pires …

Claro que já não o conhecia …Saltaram as lembranças da nossa infância …Mas o Blé olhou-me hesitante, … __escuta lá Zé,

… eu tenho uma confissão a fazer-te, … há quase 50 anos que ando com ela atravessada e a roer-me a consciência, … lembras-te de uma vez teres perdido 12 tostões? … Pois, … fui eu que os achei! …

… Levei essa manhã toda a comer rebuçados que comprei no Chico Ferrador com os teus 12 tostões, … mas lembra-te, … ainda te dei um rebuçado para te consolar …

Eh Zé, … desculpa, … sei que estou em divida contigo em 12 tostões, … só que agora com esta coisa do euro, é complicado pagar-te o equivalente a 12 tostões…

… Mas olha, … pegas na família e vais ao meu restaurante a Setúbal e pago eu os almoços e convi-vemos um bocado …

… Blé Pires meu grande malandro, …prepara lá o choco frito, … porque um dia destes vais mesmo pagar os meus 12 tostões que há quase 50 anos eu perdi e tu achas-te …

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Pomarão é uma pequena aldeia alentejana situada no concelho de Mértola, freguesia de Santana de Cambas, tendo muito

pouca população. Faz fronteira com Espanha e fica situada na encosta, na margem esquerda do rio Guadiana, junto à confluência do rio Chança.

Entre 1859 e 1860, a empresa proprietária da mina de São Domingos mandou levantar no Pomarão uma povoação, armazéns, depósitos de mineral, terminal ferroviário e dois cais de embarque, onde atracavam os navios mineraleiros

à vela e a vapor que subiam o Guadiana desde a foz.Dali partiam os navios carregados com o

minério (pirites) que vinha por via férrea desde a mina de S. Domingos, encerrada no início dos anos 70, para a CUF, no Barreiro, e para Inglaterra (por Vila Real de Santo António).

O minério chegava ao porto do Pomarão transportado por uma das primeira linhas de caminho-de-ferro construídas em Portugal (1858), apenas dois anos após a inauguração do troço Lisboa-Carregado.

POMARÃO - Porto mineiroO movimento do porto era elevado. Em 1864

apresentaram-se no Pomarão 563 navios para embarque de minério.

De referir que era considerado porto comercial, pois fica situado no limite de navegabilidade do Guadiana, com acesso a embarcações até cerca de 4 metros de calado.

“Considerado fundamental para a viabilização do estabelecimento mineiro de São Domingos e para a exportação do minério através do rio Guadiana, o porto fluvial do Pomarão começou

Cheias no Pomarao 1997

POMARAO 1958

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a ser construído em 1859, em simultâneo com a via-férrea, uma das primeiras do país, destinada ao transporte das pirites da mina até aos embarcadouros deste porto.

No sítio onde até então nada existia nasceu uma pequena povoação. O movimento dos comboios e dos navios estrangeiros passa assim a dominar o dia-a-dia deste local, com cerca de 500 navios por ano a aportarem no Pomarão, logo após a sua construção. A localização estratégica, na confluência da ribeira do Chança com o rio Guadiana, confere-lhe a importância de entreposto logístico e comercial onde se processa a expedição do minério e se recebe o abastecimento de materiais, alimentos e géneros provenientes de Inglaterra, destinados ao desenvolvimento do grande complexo mineiro industrial.

O rápido incremento das atividades portuárias levou a Mason and Barry a construir um bairro para os trabalhadores e um palacete para a direção dos trabalhos e residência da administração inglesa. Repetindo a mesma tipologia utilizada em São Domingos, a habitação operária implantou-se em bandas escalonadas na íngreme encosta, paralelamente à margem do rio e em n.º aproximado de uma centena de fogos, enquanto que o palacete foi construído próximo do cais.

Em 1876, o Pomarão foi fatidicamente atingido pela cheia diluvial que quase provocou a sua total destruição. O dilúvio inundou as casas dos operários arrasando o ancoradouro, a zona do cais, o caminho-de-ferro e a casa da administração. Na reconstrução do porto, o palacete atualmente existente foi então implantado em local mais elevado.

Após um século de intensa atividade, quebra-se a ligação funcional à mina, devido ao encerramento do estabelecimento mineiro. A pequena comunidade sofre com o consequente despovoamento e os que permaneceram passam a subsistir essencialmente da atividade piscatória. Mais recentemente, o potencial turístico que constituem a envolvente natural, o património construído e o cais fluvial do Pomarão, é considerado um factor fundamental para a sua revitalização e para o desenvolvimento da região.”

( Textos e fonte, “A Mina de São Domingos - Passado Industrial, Futuro Turístico” Mestrado em Turismo Especialização em Gestão Estratégica de Destinos Turísticos

Ana Catarina Gomes Ferreira, Março 2012, sob a Orientação: Prof. Gabriela Carvalho e wikipedia.org)

( Imagens de autoria desconhecida, fonte: Centro de Estudos da Mina de São Domingos, http://cemsd.minadesdomingos.com/ e página de facebook dos Amigos da Mina de S. Domingos)

( Arranjo e edição de António Pacheco)

VELEIROS DE TRANSPORTE DE MERCADORIAS 1864

1873 PORTO DO POMARAO MOVIMENTAÇÃO DE NAVIOS

DRAGA MOWE PROPRIEDADE DA MASON BARRY

1856 POMARAO PRIMEIROS DESEMBARQUES

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AntóniaFernandes

Correia

momentos d e p o e s i a

bom garfoAÇORDA de PERDIZ

C O R P O S

Ingredientes

Grão AlhosCoentrosPerdizAzeite

1 - Cozer o grão (deixar de molho do dia anterior).

2 - Juntar a perdiz a meio da cozedura do grão. Quando esta se encontrar cozida retirar e reservar

3 - Desossar as perdizes e desfiar a carne.

4 - Fazer puré de metade do grão, reservar o restante.

5 - Passar o caldo da cozedura (do grão e da perdiz) pelo passador (1 litro), e colocá-lo novamente ao lume com a perdiz já desfiada, o grão e o puré de grão (torna a perdiz mais suculenta)

6 - Esmagar os alhos, coentros e pimento verde numa tijela, cobrir com o azeite.

7 - Deitar a água a ferver sobre o azeite e restantes ingredientes na tijela,rectificar de sal, Deitar o pão previamente cortado em fatias muito finas (sopas).

8 - Distribuir pelos pratos fundos a perdiz. Sobre esta deitar a sopa de pão e o caldo da açorda.

9 - Acompanhar com uma boa azeitona de conserva, rábano, e um bom vinho tinto.

Quando não existir Perdiz, uma boa opcção é fazer com galinha do campo, pode juntar um cravinho que lhe dará um toque aromatizado e realça os sabores.

O ADEUS À MINA

Adeus ó Mina, querida terra nataltive muita pena, de ter de te deixar,lá fui nascida e criada e ter de te abandonar,por outra terra trocada

Quando te deixei ó Mina, querida terra natalcomo eu chorei baixinho, por ter de deixar meu laraquele querido cantinho, e por isso terra queridaeu não te esqueci jamais, e quando é possíveleu vou matar saudades à casa dos meus pais

Ó Mina de S. Domingos, de Mina já não tens nadasó o que resta do que é teu, é a água da tapadafoste uma terra tão rica, em dinheiro e mocidademas tudo a ti roubaram sem dó nem piedade

A noite há muito que tinha levantado o seu véu, a maresia da manhã bailava sobre os corpos deita-dos à beira da água límpida da Tapada. Cansados da vida, beijavam a terra que lhes fora madrasta, e descansando das tormentas da escuridão do ventre da terra, ali ficaram, deitados.

Esses corpos sémen de muitas vidas, colos de muitos risos, mãos ásperas com dedos de amor, cansados, explorados, despojados da vida, ali ficaram.

Mineiros de profissão, pais, maridos, filhos por afectos, são povo de pele áspera, prenhe de amor e com os olhos repletos de sonho. São eles que nos afagam o rosto e nos alegram a esperança, são eles que nos dão a força que nos impele na luta.

Seja no ventre escuro da terra ou na sua su-perfície tórrida, todos eles levavam nas sacolas a esperança de um regresso a casa, e no gasómetro a luz que os iluminava.

António Peleja

Quando os dias parecem azedos, olho as minhas memórias. Vejo lá longe um passado que não vivi, vejo lá longe terras que me chamam. Suas gentes, esforçadas trabalharam nas entranhas da terra, muitos ficaram pelo caminho, deixaram mães abandonadas, filhos não esquecidos. No olhar um vazio e na voz trémula um mundo de incertezas, no coração muito amor, no rosto marcado pelo tempo um sorriso. Eram difíceis e amargos os dias, e as noites e os anos, lutaram por tudo o que não queriam, um trabalho esforçado, uma vida incerta escondida sempre atrás da morte, para os seus quiseram o melhor e sempre que possível, mesmo que com os olhos repletos de água, afastaram os seus para bem longe, para que procurassem uma nova vida, com esperança de dias melhores no olhar e nos bolsos as lembranças de quem lutou por eles. São esses que hoje de longe sentem o chamamento desta terra que encerra milhares de lembranças, cemitério vivo de uma geração. Bem hajam todos aqueles que lutaram de forma heroica nas profundezas da terra, que hoje transparece como espelho das suas memórias.

António Peleja

QUANDO OS DIAS SE TORNAM AZEDOS

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CARTOON

Igreja Mina de São Domingos (2014) - Ilustração: Helder Peleja

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LAMSD - Magusto

A Liga dos Amigos da Mina de São Domingos (LAMSD) com a sua equipa de Futsal está a disputar um torneio, Superliga Futsal Linksport, onde neste momento já se encontra em 1º lugar com 8 jogos cumpridos conta já com 7 vitórias, sem derrotas e um empate.

Pode acompanhar a evolução do torneio através do link: http://www.linksport.pt/index2.php?area=torneio_detalhe&id=504

Realizou-se no dia 11 de Novembro o tradicional magusto da LAMSD, com participação de sócios e amigos.

Publicação de Alice Gregório no GAMSD, pi-quenique á moda antiga...na nossa tapada..já lá vão quase 50 e tais...

Foto publicada no GAMSD por António Pacheco, 1864/1866 , Casa da Balança e primeira edificação das Oficinas.

O Centro de Estudos da Mina de São Domingos (CE-MSD), foi criado e é alimentado por um grupo de elementos que em comum têm o grande amor por esta localidade. A máxima, “faz mais quem quer, do que quem pode”, aplica-se bem a este projecto que só é possível através da carolice de todos. Este site tem sido motivo de consulta de muitos historiadores e investigadores e já se encontra referenciado em algumas publicações.

Passeie através da história da Mina em: http://cemsd.minadesdomingos.com/