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CONDUZIMOS O PEUGEOT 208 1.6 HDI DE 92 CV E AS OUTRAS
A Peugeot vai substituiro 207 já a partir de abril,um modelo que não teve
o êxito do seu antecessor,o 206. Mais pequeno,
mais leve, mais emocional,mais feminino e com
grande argumentono preçário-canhão;a partir de 12.700 €
•^ Joaquim Oliveira
NAvida de uma marca de automó-
veis hã momentos que definemtodo o seu futuro. Rara a Peugeot
este é um dolos. A chegada do novo 208
já em abril reveste-se de importância vi-ta! para a marca (rançosa, assolada por pre-juízos importantes em 2011 o agora om
parceria com a General Motors, com quemtentará aprender a depender menos do umúnico mercado fno caso, a Europa) e a glo-balizar-se.
Na projeção do 208, a Peugeot usou a
má experiência quo tcvo com o 207 parasaber tudo o que não queria para o sou
fuluro representante no segmento B. O
207 cresceu 20 cm em comprimento e
acrescentou 86 kg de peso face ao 206, o
208 perde 7 cm e 110 kg em média rela-
tivamente ao 207. Mais pequeno, mais
leve, mas usando a mesma baso rolantedo 207 (suspensões, vias, distância entreeixos do antecessor), para reduzir em
30% os custos de desenvolvimento.Rara recuperar o sucesso do 206 (que
vendeu 7,8 milhões de unidades
entre 2001 e 2006, contra 2,4milhões do 207 entre 2006
e 2011), a Peugeot pisca o
olho as mulheres rejeita-das no 207. Não se pen-se, porém, que os 7 cmencolhidos na carro-
çaria se notam nointerior, até porquea distância entre ei-
xos foi mantida (as
projeções da carroça-ria diminuíram fi cm à
frente e 1 cm atrás j. Ftelc
contrário: ao baixar a ai-
lura dos assentos e ao diminuir a sua es-
pessura, a Peugeot acrescentou espaçoao habitáculo do 208, enquanto algumasastúcias no interior da bagageira acrcsccn-
taram-lhe 1 5 litros. Como é normal, as cos-
tas dos bancos traseiros rebatem em par-tes assimétricas, mesmo som criar umazona de carga totalmente plana
Um passageiro de
I .Bom do alijura sen-
ta-se atrás sem tocar com a cabeça no te-
to, a não sor que esteja montado tejadi-lho panorâmico, roubando alguns centí-metros em altura.
Mas 6 no painel de bordo que o 2UB
mais se atreve, com interessante ecrã tá-til central (de série a partir do nível II de
equipamento), que tem o mérito de redu-zir a quantidade de teclas de comando (vercaixa]. O mesmo é verdade em relação ao
muito pequeno volante, acima do
qual se consegue ver (nuns ca-sos melhor do que noutros...)
a sóbria instrumentação.Predominam os plásti-
cos duros no interior,exceção para uma
banda horizontal no
imߣl de bordo, o
quer dizero 208 está
Rbgt;de ser re-
rência a esto
nível nesta clas-
se. Amplas são as bol-
sas nas portas à frente, nias
as versões mais básicas falham
om aspetos conio a lampa do porta-luvas que abre sem amortecimento o na
VERSÕES DO PROMISSOR UTILITÁRIO, QUE CHEGA EM ABRIL COM PREÇOS APELATIVOS
inexistência de apoios para copos/lataspara os ocupantes dos bancos dianteiros.
A oferta de propulsores a gasolina e
composta pelas unidades made in BMWque já conhecemos, a que se junta umanova família de propulsores de 3 cilindros,um dos quais tivemos ensejo de condu-zir neste primeiro contacto exclusivo emPortugal (ver caixa). Entre os Diesel, o1 .4 HDi será rei e senhor, mas para já
apenas pudemos rodar com o 1 .6 HDi de92 cv: com apenas 2 válvulas por cilin-dro não é dos motores a gasóleo maismodernos e isso nota-se Da sua pouco re-finada rumorosidade e também nas pres-tações. No entanto, tem relações do cai-xa mais favoráveis do que a unidade de115 cv e igual cilindrada, que começapor agradar bastante mais na resposta abaixos e médios regimes, mas que se per-
de por culpa de relações finais de caixaa perder de \4sia (nem esgota a 4 a
, quan-to mais a 5 a e a (V 1
), colhendo benefíciosnos consumos (um dos pontos fortos do208 devido à redução de 10% do seu
peso total). Os sclotores de velocidadedas versões Diesel são bem mais ruido-sos e viris de engrenar do que os homó-
logos associados aos motores a gasolina(1.2 Vli e 1.4 VTi que conduzimos).
A direção é razoavelmente direta e dis-
põe de dcsmultiplicação correia. Nadade errado com a dosagem dos travões, mas
já os movimentos da carroçaria são maissensíveis do que em outros rivais do 208.A arquitetura de suspensão com eixo de
torção atrás é adequada para minimizara intrusão dos elementos da mesma nabagageira e é mais barata, mas não con-
segue proporcionar os mesmos níveis decomodidade de uma suspensão traseira
independente a rolar sobre maus pisos.Para o fim o aspelo mais brilhante da
análise dinâmica do novo Peugeot : o sen-sacional sistema de paragem e arranqueautomático do motor (montado só nosDiesel e reconhecível pela sigla e-HDI)que, nesta 3 a geração, 6 só o melhor quejá experimentámos. í
Não havia nada de errado no chassis do
207, pelo que a Peugeot foi prática e de-
cidiu usar o mesmo hardware comajus-
tes de software nas ligações ao solo. 0
208 tem comportamento ágil e estável,
além de relativo conforto, ganhando em
performances e consumos com motores
mais modernos e menos peso. E tem me-
lhor habitabilidade. 0 painel de borda é
original e a qualidade geral aceitável. 0
preço mais baixo do que o do 207 deve-
rá preocupar a concorrência.
Volante minimalista, painel de bordo sobrelevado e ecrã tátil: Peugeot decide radicalizar
A habitabilidade nos lugares posteriores é bastante razoável
Bancos dianteiros são acolhedores e têm boa ergonomia
Bagageira ganhou 15 litros de capacidade em relação à do 207